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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO UNINOVE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO LARISSA AUREA TEREZANI A DANÇA COMO COMPONENTE CURRICULAR NA LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA: Desafios e Possibilidades. São Paulo - SP 2017

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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO – UNINOVE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO

LARISSA AUREA TEREZANI

A DANÇA COMO COMPONENTE CURRICULAR NA

LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA:

Desafios e Possibilidades.

São Paulo - SP

2017

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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO – UNINOVE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO

LARISSA AUREA TEREZANI

A DANÇA COMO COMPONENTE CURRICULAR NA

LICENCIATURA EM EDUCAÇO FÌSICA:

Desafios e Possibilidades.

Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da UNINOVE, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Doutor em Educação. Orientador: Prof. Dr. Marcos Antônio Lorieri.

São Paulo –SP

2017

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Terezani, Larissa Aurea

A dança como componente curricular na licenciatura em educação física:

Desafios e Possibilidades. / Larissa Aurea Terezani. 2017.

171 f.

Tese (Doutorado) - Universidade Nove de Julho - UNINOVE, São Paulo,

2017.

Orientador (a): Prof. Dr. Marcos Antônio Lorieri.

1. Licenciatura em educação física. 2. Dança e formação humana. 3.

Dança e educação. 4. Dança e educação física

I. Lorieri, Marcos Antônio. II. Titulo.

CDU 37

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BANCA EXAMINADORA

_______________________________________________________

Orientador: Prof. Dr. Marcos Antônio Lorieri – UNINOVE/SP

________________________________________________________

Prof.ª Dra. Ana Maria Haddad Baptista - UNINOVE/SP

_____________________________________

Prof.ª Dra. Mônica de Avila Todaro – UFSJ/MG

_____________________________________________________

Prof.ª Dra. Elaine T. Dal Mas Dias – UNINOVE/SP

____________________________________________________

Prof. Dr. Roberto Gimenez – UNICID/SP

__________________________________________________

Prof.ª Dra. Branca Jurema Ponce – PUCSP – (Suplente)

_____________________________________________

Prof. Dr. Maurício Pedro da Silva – UNINOVE/SP

São Paulo, agosto de 2017.

___________________________________________

Professor: Dr. José Eustáquio Romão

Diretor do PPGE – UNINOVE/SP

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RESUMO

Esta tese resultou do projeto de pesquisa que teve como objeto a presença do componente Dança nas propostas curriculares dos cursos de Licenciatura em Educação Física e a identificação dos objetivos e conteúdos que têm sido trabalhados neste componente curricular com vistas à formação do (a) professor (a) de Educação Física que atuará na escola. Como recorte deste objeto, trabalhou-se com o seguinte problema de pesquisa: qual é a presença do componente Dança nas propostas curriculares dos cursos de Licenciatura em Educação Física da Cidade de São Paulo e de alguns desses cursos na Região Metropolitana de São Paulo e quais objetivos e conteúdos têm sido trabalhados neste componente curricular com vistas à formação de professores (as) de Educação Física que atuará na escola? Como desdobramento deste problema, algumas questões foram levantadas e que serviram como guia na busca e na análise dos dados. Foram elas: Como entender a Dança e sua relação com a educação? Como é vista a Dança, nos documentos oficiais brasileiros, como conteúdo curricular na Educação Física? Com que objetivos e conteúdos este componente curricular é trabalhado nos cursos identificados? Os objetivos e conteúdos das disciplinas de Dança, mencionados nestes cursos, podem responder ou corresponder ao que é considerado desejável na literatura pesquisada e nas indicações da legislação oficial brasileira com relação à mesma? A hipótese inicial era de que, em poucos Cursos de Licenciatura em Educação Física seria encontrada a presença da disciplina Dança e que, nesses poucos cursos, a oferta da disciplina estaria bem distante das orientações legais e da produção acadêmica a ela relativa. Como objetivos buscou-se constatar a presença da oferta da disciplina Dança nos Cursos de Licenciatura em Educação Física das Instituições de Ensino Superior da Cidade de São Paulo e informações a respeito dos conteúdos trabalhados nesta disciplina e se estes conteúdos estavam afinados com as orientações legais a respeito e com, ao menos, parte da bibliografia da área. Foi desenvolvida pesquisa bibliográfica e documental. A hipótese de que, na minoria dos Cursos de Licenciatura em Educação Física seria encontrada a presença da disciplina Dança e que, nesses cursos, a oferta da disciplina estaria bem distante das orientações legais e da produção acadêmica a ela relativa, não foi confirmada. Foi, por certo, uma grata não confirmação, apesar do pequeno número de IES pesquisadas. Julgamos ter atingido satisfatoriamente os objetivos propostos. Palavras-chave: Ensino Superior; Formação de Professores (as) de Educação Física; Dança e Educação.

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ABSTRACT

This thesis resulted from the research project that had as its object the presence of the Dance in the curricular proposals of the Degree courses in Physical Education and the identification of the objectives and contents that have been worked in this curricular component with a view to the formation of the Physical Education Teacher related to his/her preparation for the action with the contents of Dance in Basic Education. As a cut-off from this object, we worked with the following research problem: what position does Dance take in the curricular proposals of the degree courses in Physical Education of the City of São Paulo and of some of these courses in the Metropolitan Region of São Paulo and What objectives and contents have been worked on in this curricular component with a view to the training of Dance teachers for Basic Education? As a result of this problem, some questions were raised and served as a guide in the search and analysis of the data. They were: How to understand Dance and its relationship with education? How is Dance seen in Brazilian official documents as a curricular content in Basic Education? With what objectives and contents does this curricular component work in the courses identified? Can the objectives and contents of Dance as a discipline mentioned in these courses respond to or correspond to what is considered desirable in the researched literature and in the indications of the official Brazilian legislation in relation to it? The initial hypothesis was that, in very few Physical Education Degree Courses, the presence of Dance as a discipline would be found and that, in these few courses, the offer of the discipline would be far from the legal guidelines and related academic production. The objective was to verify the level of presence of the offer of Dance in the Physical Education Degree Courses of the Institutions of Higher Education of the City of São Paulo and information about the contents worked in this discipline and if these contents were in tune with the orientations And with at least part of the bibliography of the area. We developed bibliographical, documentary and field research. The hypothesis that, in very few Physical Education Degree Courses, the presence of Dance as a discipline would be found and that, in these courses, the offer of the discipline would be far from the legal guidelines and the academic production related to it, was not confirmed. It was, of course, a welcome non-confirmation, despite the small number of HEIs surveyed. We believe that we have achieved satisfactorily the proposed objectives. Key words: Higher Education; Training of Physical Education Teachers; Dance and Education.

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RESUMÉE

Cette thèse résulte du projet de recherche qui a eu comme objet la composante de Danse présente dans les propositions de programmes de cours de Diplôme en Éducation Physique et l'identification des objectifs et des contenus qui ont été travaillées dans ce volet curriculaire en vue de la formation du Maître d'Éducation Physique en ce qui concerne sa préparation à la performance avec le contenu de la Danse dans l'éducation de base. Pour couper cet objet, on a travaillé avec le problème de la recherche suivante: quelle est la présence de la composante de la Danse dans les propositions de programmes de cours de diplôme en éducation physique de la ville de São Paulo et certains de ces cours dans la région métropolitaine de São Paulo et dont les objectifs et le contenu ont été travaillé dans ce volet de programme destiné aux enseignants de formation (comme) la danse pour l'éducation de base? En conséquence de ce problème, des questions ont été soulevées et qui ont servies de guide dans l'analyse de la recherche et des données. Ells étaient: Comment comprendre la Danse et sa relation avec l'éducation? Comment afficher la Danse, les documents officiels brésiliens tels que le contenu des programmes dans l'éducation de base? Avec quels objectifs et le contenu de cette composante éducative travaille dans les cours identifiés? Les objectifs et le contenu des cours de Danse, mentionné dans ces cours, peut répondre ou correspondre à ce qui est considéré comme souhaitable dans la littérature et des directives des règlements officiels du Brésil concernant les mêmes? L'hypothèse de départ était que on trouverait très peu de cours de diplôme en éducation physique avec la présence de la discipline de la Danse et que, dans ces quelques cours, l'offre de la discipline serait bien loin des directives juridiques et la recherche universitaire qui s'y rapportent. Comme objectifs on a cherché à voir le degré de représentation de la discipline de la danse dans des cours de diplôme en Éducation Physique des établissements d'enseignement supérieur de la ville de São Paulo et des informations sur le contenu travaillé dans cette discipline et ces contenus sont en phase avec les directives juridiques et au moins une partie de la littérature. On a fait une recherche bibliographique, documentaire et sur le terrain. L'hypothèse, pas confirmée, était que dans très peu de cours de diplôme en Éducation Physique on trouverait la présence de la discipline de la Danse et que dans ces cours, l'offre de la discipline serait bien loin des directives juridiques et la recherche universitaire concernant. Il était certainement pas une confirmation agréable, malgré le petit nombre d'IES interrogés. Nous pensons que nous avons atteint les objectifs de manière satisfaisante. Mots-clés: Enseignement supérieur; Formation d'enseignants en éducation physique; Danse et éducation.

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RESUMEN

Esta tesis resultó del proyecto de investigación que tuvo como objeto la presencia del componente Danza en las propuestas curriculares de los cursos de Licenciatura en Educación Física y la identificación de los objetivos y contenidos que se han trabajado en este componente curricular con vistas a la formación del Profesor (a) de Educación Física relativa a su preparación para la actuación con los contenidos de Danza en la Educación Básica. Como recorte de este objeto, se trabajó con el siguiente problema de investigación: cuál es la presencia del componente Danza en las propuestas curriculares de los cursos de Licenciatura en Educación Física de la Ciudad de São Paulo y de algunos de esos cursos en la Región de la Metropolitana de São Paulo y ¿Qué objetivos y contenidos se han trabajado en este componente curricular con vistas a la formación de profesores de Danza para la Educación Básica? Como desdoblamiento de este problema, algunas cuestiones fueron planteadas y que sirvieron como guía en la búsqueda y el análisis de los datos. Fueron ellas: ¿Cómo entender la Danza y su relación con la educación? ¿Cómo es vista la Danza, en los documentos oficiales brasileños, como contenido curricular en la Educación Básica? ¿Con qué objetivos y contenidos este componente curricular se trabaja en los cursos identificados? Los objetivos y contenidos de la disciplina Danza, mencionados en estos cursos, pueden responder o corresponder a lo que es considerado deseable en la literatura investigada y en las indicaciones de la legislación oficial brasileña con relación a la misma? La hipótesis inicial era que en muy pocos Cursos de Licenciatura en Educación Física se encontraría la presencia de la disciplina Danza y que en esos pocos cursos la oferta de la disciplina estaría muy lejos de las orientaciones legales y de la producción académica a ella relativa. Como objetivos se buscó constatar el nivel de presencia de la oferta de la disciplina Danza en los Cursos de Licenciatura en Educación Física de las Instituciones de Enseñanza Superior de la Ciudad de São Paulo e informaciones acerca de los contenidos trabajados en esta disciplina y si estos contenidos estaban afinados con las orientaciones Legales al respecto y con, al menos, parte de la bibliografía del área. Se desarrolló una investigación bibliográfica, documental y de campo. La hipótesis de que en muy pocos Cursos de Licenciatura en Educación Física se encontraría la presencia de la disciplina Danza y que en esos cursos la oferta de la disciplina estaría muy alejada de las orientaciones legales y de la producción académica a ella relativa, no fue confirmada. Fue, por cierto, una grata no confirmación, a pesar del pequeño número de IES investigadas. Juzgamos haber alcanzado satisfactoriamente los objetivos propuestos. Palabras clave: Enseñanza Superior; Formación de Profesores (as) de Educación Física; Danza y Educación.

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DEDICATÓRIA

Dedico a todos (a) que, por algum motivo, tiveram interesse em ler esta tese. Aos (as) bailarinos (as), dançarinos (as); coreógrafos (as), professores (as), alunos (as), pesquisadores (as) e apreciadores (as) das artes em geral e, especialmente, da Dança. Aos (as) defensores (as) do corpo em movimento, da Dança na Escola, da Dança Educação, da Dança na Educação Física, e da Dança como um canal de acesso ao conhecimento. Aos (as) que lutam por justiça nos meios educacionais e pela liberdade de expressão. Aos discentes, docentes, colegas e familiares que instigaram o meu desejo de investigar a Dança, o Corpo, a Formação Humana, e a Educação Física. Às energias superiores pelas orientações recebidas ao longo desse caminho.

Fonte: Disponível em https://cispladancas.wordpress.com/page/4/ Acesso em 24 de jun. de 2017.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço ao Prof. Dr. Marcos Antônio Lorieri meu ilustre orientador que jamais desistiu

de ler o que escrevi e por quem criei admiração e respeito. Aquele que aceitou a dançar junto

comigo. À Prof.ª Dra. Ana Maria Haddad Baptista com quem iniciei as aulas no programa de

doutorado em educação e que me incentivou a desenvolver meu projeto. Ao Prof. Dr. Manuel

Tavares Gomes com quem comecei as orientações a respeito da pesquisa. À Prof.ª Mônica de

Avila Todaro a qual sempre me recebeu de braços abertos e pela criação de uma eterna

amizade.

À Prof.ª Dra. Roberta Gaio, ao meu pai e Professor Oswaldo Luiz Terezani, à minha

mãe Letícia Helena Sarcedo Terezani os quais são responsáveis por eu conhecer a Ginástica

Rítmica, pela escolha em cursar Educação Física e, agora, por estudar a Dança. Ao meu irmão

Denis Roberto Terezani que sempre foi um incentivador da minha vida.

À amiga/irmã/mãe Renata Barbosa da Silva e à amiga/irmã Bárbara Megda Magrin as

quais estenderam a mão para me ajudar nas horas que meu corpo cansava e todos os irmãos

e irmãs que nasceram dessa relação.

Ao meu marido André De Filippis pela companhia e amor de toda vida, que impediu de

desistir.

Aos coordenadores do curso de Educação Física da Universidade Nove de Julho –

UNINOVE que me abriram as portas para atuar como docente. À Universidade Nove de Julho –

UNINOVE por conceder esta oportunidade com a isenção das taxas. Ao diretor da educação

da Universidade Nove de Julho – UNINOVE Prof. Dr. José Carlos de Freitas Batista e à

Professora e amiga Claudia Nolla de Freitas Batista com quem tudo começou, ainda, quando

residíamos em Piracicaba e agora em São Paulo.

Aos funcionários da Secretaria do PPGE da UNINOVE pela atenção sempre

dispensada a todos nós. Aos coordenadores dos programas de mestrado e doutorado em

educação da Universidade Nove de Julho – UNINOVE, Prof. Dr. José Eustáquio Romão, Prof.

Dr. Jason Ferreira Mafra; e ao corpo docente desses programas, formado por um grupo de

excelência, pessoas com quem tive a oportunidade de conviver e com quem tenho muito que

aprender. A todas as amizades construídas ao longo desses quatro anos.

Recebam aqui o meu abraço e a minha eterna gratidão. Pois, sem vocês deixaria de

acreditar que a Dança é uma manifestação humana que transforma pessoas; ela me

transformou e pode transformar você:

Arquivo pessoal da autora.

“A Dança utiliza o que se pode chamar de linguagens sonora, visual e tátil. E como, ao dançar, entra-se em contato com essas matérias, pode-se dizer que esse tipo de atividade física é também uma atividade de expressão. Sendo assim, pode-se dizer que se movimenta o corpo e expressa-se a alma”

Mônica de Ávila Todaro (2001, p. 80).

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1. Instituições de Ensino Superior da Região Metropolitana de São

Paulo que têm Licenciatura em Educação Física.

Quadro 2. Instituições de Ensino Superior da Cidade de São Paulo que têm

Licenciatura em Educação Física.

Quadro 3. Matriz Curricular do Curso de Educação Física – Licenciatura IES 1.

Quadro 4. Matriz Curricular do Curso de Educação Física – Licenciatura IES 2.

Quadro 5. Matriz Curricular do Curso de Educação Física – Licenciatura IES 3.

Quadro 6. Matriz Curricular do Curso de Educação Física – Licenciatura IES 4.

Quadro 7. Matriz Curricular do Curso de Educação Física – Licenciatura IES 5.

Quadro 8. Matriz Curricular do Curso de Educação Física – Licenciatura IES 6.

Quadro 9. Matriz Curricular do Curso de Educação Física – Licenciatura IES 7.

Quadro 10. Matriz Curricular do Curso de Educação Física – Licenciatura IES 8.

Quadro 11. Diferenças de Nomenclaturas das Disciplinas que Contemplam os

Blocos de Conteúdo das Atividades Rítmicas e Expressivas nos Cursos de

Ensino Superior de Licenciatura em Educação Física entre as IES de São

Paulo.

Quadro 12. Semestres das Disciplinas de Atividades Rítmicas e Dança dos

Cursos de Ensino Superior de Licenciatura em Educação Física.

Quadro 13. Carga Horária das Disciplinas de Atividades Rítmicas e Dança dos

Cursos de Ensino Superior de Licenciatura em Educação Física.

Quadro 14. Ementas das Disciplinas por I.E.S.

Quadro 15. Objetivos das Disciplinas por I.E.S.

Quadro 16. IES Que Desenvolvem os Mesmos Objetivos em Dança.

Quadro 17. Conteúdos das Disciplinas por I.E.S.

Quadro 18. IES Que Desenvolvem os Mesmos Conteúdos em Dança.

Quadro 19. Relação das obras utilizadas nas Referências Básicas.

Quadro 20. Relação das obras utilizadas nas Referências Complementares.

p.75

p.79

p.81

p.83

p.84

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p.89

p.91

p.92

p.94

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p.96

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p.97

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p.111

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LISTA DAS ILUSTRAÇÕES.

Figura 1. Linguagem do movimento Rudolf Laban.

Figura 2. Representação de figuras encontradas nas cavernas.

Figura 3. Figuras de corpos nas cavernas.

Figura 4. Pintura rupestre de Lérida, Espanha, uma das mais antigas

encontradas, cerca de 8300 mil anos a. C., representa uma Dança num ritual

de fertilidade.

Figura 5. Imagem Manuscrito Bíblico Medieval com a Dança de Miriam.

Figura 6. Dança da Música do Tempo.

Figura 7. Ballet da Corte.

Figura 8. Jean- George Noverre.

Figura 9. Dança Educação.

p.24

p.32

p.34

p.34

p.36

p.40

p.42

p.44

p.57

Figura 10. Dança na Educação Física.

Figura 11. Dança na Educação Física 1.

Figura 12. Michael Jackson.

Figura 13. Mundo da Dança.

Figura 14. Dança na Educação Física 2.

p.71

p.116

p.136

p.143

p.151

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 15

CAPÍTULO 1. DANÇA, CORPO E SOCIEDADE: ASPECTOS HISTÓRICOS 24

1.1. A Dança e suas representações: apontamentos iniciais. 25

1.2. Panorama Histórico da Dança.

1.2.1. Corpo-Dança na Pré-História.

1.2.2. Corpo-Dança na Idade Antiga.

1.2.3. Corpo-Dança na Idade Média.

1.2.4. Corpo-Dança no Renascimento.

1.2.5. Corpo-Dança na Idade Moderna.

1.2.6. Corpo-Dança na Época Contemporânea.

32

32

35

39

41

43

50

CAPÍTULO 2. DANÇA E EDUCAÇÃO E DANÇA NA EDUCAÇÃO FÍSICA. 57

2.1. Dança, Corpo e Educação. 58

2.2. Dança-Educação e Dança na Educação Física. 62

CAPÍTULO 3. A DANÇA COMO CONTEÚDO FORMATIVO PARA A LICENCIATURA EM

EDUCAÇÃO FÍSICA.

71

3.1. A Dança na Matriz Curricular para os Cursos de Educação Física. 72

3.2. Dança e/ou Atividades Rítmicas como componente da Matriz Curricular das

Licenciaturas em Educação Física das IES investigadas.

73

3.3 Informações das IES analisadas. 80

3.4. Dança e/ou atividades rítmicas nos Planos de Ensino das Licenciaturas em

Educação Física investigadas.

96

CAPÍTULO 4. ANÁLISE DOS PLANOS DE ENSINO DE DANÇA DOS CURSOS DE

ENSINO SUPERIOR DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA.

4.1. Análises dos Conteúdos dos Planos de Ensino de Dança dos Cursos de

Licenciatura em Educação Física pesquisados.

4.2. Análises das Ementas e Objetivos dos Planos de Ensino de Dança de Licenciatura

em Educação Física.

116

120

124

CONSIDERAÇÕES FINAIS. 136

REFERÊNCIAS. 143

ANEXOS. 151

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O Dançar:

Dançar é poder se apaixonar em cada amanhã e em cada anoitecer. Dançar pode ser movimento e movimento pode ser Dança.

Dançar pode ser ritmo e ritmo pode ser Dança. Dançar pode ser música e música pode ser Dança. Dançar pode ser poesia e poesia pode ser Dança.

Dançar pode ser arte e arte pode ser Dança. Dançar pode ser política e política pode ser Dança.

Dançar pode ser filosofia e filosofia pode ser Dança. Dançar pode ser religião e religião pode ser Dança. Dançar pode ser cultura e cultura pode ser Dança.

Dançar pode ser expressão e expressão pode ser Dança. Dançar pode ser linguagem e linguagem pode ser Dança.

Dançar pode ser tempo e tempo pode ser Dança. Dançar pode ser espaço e espaço pode ser Dança.

Dançar pode ser parábola e parábola pode ser Dança. Dançar pode ser fábula e fábula pode ser Dança.

Dançar pode ser conto e conto pode ser Dança. Dançar pode ser tradição e tradição pode ser Dança.

Dançar pode ser liberdade e liberdade pode ser Dança. Dançar pode ser fantasia e fantasia pode ser Dança.

Dançar pode ser brincadeira e brincadeira pode ser Dança. Dançar pode ser jogo e jogo pode ser Dança.

Dançar pode ser educação e educação pode ser Dança. Dançar pode ser Educação Física e Educação Física pode ser Dança.

Dançar pode ser vida e vida pode ser Dança. Dançar é poder perder as rédeas da vida para almejar a felicidade plena.

(Larissa Terezani)

Arquivo pessoal da autora.

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INTRODUÇÃO

Julgo importante, inicialmente, colocar algumas informações de minha

vida, em especial meu percurso acadêmico, pelo fato de o mesmo poder

auxiliar no entendimento de minha escolha do tema de pesquisa no doutorado.

Nasci em Piracicaba, Estado de São Paulo. O corpo sempre foi e ainda

é um tema que me chama muito à atenção, mesmo porque muito cedo fui

estimulada ao movimento pelo meu pai e minha mãe que também são

professores (as) de Educação Física. Desde cedo me colocaram para praticar

natação e, também, me encantei pela Ginástica Rítmica, tendo-me envolvido

em um Projeto de Ginástica Rítmica Popular, desenvolvido na cidade, por uma

parceria entre a Prefeitura e uma Universidade.

No Ensino Médio havia a “Semana Cultural”, da qual faziam parte

atividades de teatro, Danças e ginásticas que traziam motivação e prazer. Eu

participava delas. Na universidade, escolhi cursar Educação Física área na

qual acreditava poder contribuir futuramente com a educação do corpo, pois

esse já era um ideal presente em mim. Este ideal me levou a participar em uma

equipe de treinamento de Ginástica Rítmica do município de Piracicaba, uma

vez que, essa ginástica em 2005, passou a integrar os Jogos Regionais e

Abertos do Interior de São Paulo e houve a necessidade de se construir uma

equipe na qual permaneci durante cinco anos como técnica. Hoje, esta equipe

ainda é mantida por outros (as) profissionais, sendo Piracicaba consagrada

com muitos títulos nessa modalidade.

Ao participar das competições, observei uma quantidade sempre muito

grande de meninas, mulheres, alunas, professoras, técnicas, atletas, ou seja,

um espaço dominado pelo gênero feminino. Esta predominância permaneceu

por muitos anos e é, ainda grade a presença feminina nestas atividades. A

partir destas observações, discuti na minha dissertação de mestrado em

Educação Física, o seguinte tema: “O (Des) Encontro de Gênero na Ginástica

Rítmica: um estudo sobre Formação Profissional em Educação Física”; sob a

orientação da Prof.ª Dr.ª Roberta Gaio que foi, também, a idealizadora do

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projeto piracicabano intitulado “Ginástica Rítmica Popular” que, em 2015,

comemorou 25 anos de existência.

Nessas minhas participações, sinto desconfortos ao ver a Ginástica

Rítmica competitiva presa ao perfil do corpo padronizado, o qual deve repetir

os movimentos até a exaustão para buscar premiações e vitórias. Essas

atitudes, até hoje, me incomodam e me impulsionaram a atuar diretamente com

a formação dos (as) futuros (as) docentes em Educação Física para ensinar a

essência dessa sabedoria que é ser professor (a), ou seja, compartilhar com os

outros corpos as experiências afetivas, sociais, culturais, acadêmicas.

Hoje sou docente de ensino superior no curso de Licenciatura em

Educação Física, em São Paulo no qual tive e tenho a oportunidade de

ministrar as disciplinas de ginástica, atividades rítmicas e Dança, as quais

talvez sejam as que mais se preocupam com o corpo na sua totalidade, com a

corporeidade do (a) discente e a liberdade de expressão. Essas áreas também

são aquelas em que ocorrem minhas pesquisas, como projetos de iniciação

científica e extensão.

Foi a partir deste meu histórico que surgiu o desejo de fazer o doutorado

e ampliar meus conhecimentos. Encontrei na mesma universidade na qual atuo

como docente o doutorado em educação. Não é um doutorado específico em

Educação Física, mas é em Educação e, a Educação Física faz parte da

Educação, caso contrário, não seria denominada assim. Minha intenção inicial

era aprofundar-me nos estudos sobre a corporeidade e sobre as relações

destes estudos com a educação, pois a mesma parece que sempre

negligenciou este tema. Por conta, porém, de diversas circunstâncias, acabei

me dirigindo ao tema Dança e educação e, dentro dele ao recorte trabalhado

nesta pesquisa. Em 2012 e 2013 cursei algumas disciplinas como aluna

especial no PPGE da UNINOVE e, em 2014 ingressei como aluna regular,

inicialmente com a orientação do Prof. Dr. Manuel Tavares e co-orientação da

Prof.ª Dr.ª Mônica de Ávila Todaro. Ao conhecer o grupo de pesquisa

“Pedagogia do Corpo” idealizado pela professora Dr.ª Mônica de Ávila Todaro e

minha segunda orientadora, devido às coincidências de meus interesses com

as propostas do grupo de pesquisa, abracei a causa de continuar estudando o

corpo, e a corporeidade, na universidade, mas com novos olhares voltados à

valorização da cultura popular nos currículos de Dança. Tendo esta minha

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orientadora deixado a UNINOVE, passei a ser orientada pelo Prof. Dr. Marcos

Antônio Lorieri. A esta altura, com todas as mudanças havidas, chegamos a

um consenso em relação ao meu projeto de pesquisa, sem abandonar de todo,

as preocupações centrais de meus interesses, ou seja, os estudos relativos aos

movimentos do corpo e suas relações com a educação. Resolvemos, então,

dadas as limitações de tempo, àquela altura, e dadas as minhas preocupações

com o ensino de Dança nos Cursos de Licenciatura em Educação Física

(ensino que desenvolvo), reelaborar meu projeto de pesquisa centrando-o no

tema e problema que, aqui, é apresentado.

O desenvolvimento desta pesquisa deve-se ao meu interesse pela

Dança de modo geral e, mais especificamente pela minha preocupação com a

presença da Dança nas escolas como elemento importante na formação das

novas gerações. A formação humana não se esgota, nem na formação para o

desempenho de atividades produtivas (ainda que importante e necessária),

nem, também, no seu importante e igualmente necessário desenvolvimento

intelectual que inclui o aprendizado de conhecimentos e o aprendizado de

produção deles e, nem mesmo, pode ser vista apenas como preparação para a

boa convivência e participação social. Há mais e igualmente importantes

aspectos que devem fazer parte dos processos formativos das pessoas. Dentre

eles os aspectos relacionados à sua sensibilidade (aspectos estéticos) e às

suas manifestações, incluindo, aí, as manifestações artísticas. Com relação a

estas últimas, a formação humana deve contemplar não apenas o seu

conhecimento, mas, também, a possibilidade de aprendizagens relativas ao

domínio de suas manifestações: se não todas, ao menos algumas delas. É

importante, para a realização do ser humano, que ele possa se expressar

cantando, ou tocando, ou desenhando, ou pintando, ou como ator (a), ou como

escultor (a), ou como produtor (a) de textos literários incluindo aí, poesias e,

também, podendo se expressar dançando. Assim como é importante e

necessário que ele possa fruir dessas manifestações artísticas. Para tudo isso

é preciso aprender: aprender a criar e aprender a fruir as produções próprias e

de outros (as).

Quando da minha formação no Curso de Educação Física, deparei-me

com algo que me chamou a atenção: a possibilidade de, como professora da

área, trabalhar conteúdos de atividades rítmicas e de Dança. Esta possibilidade

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é aberta pela legislação que indica, inclusive, que os Cursos de Licenciatura

em Educação Física devem oferecer preparo para este professor (a) poder

trabalhar com Dança na Escola.

A Dança sempre me interessou. Ela é o olhar para si e para o (a) outro

(a) em profundidade; é o toque mais sensível do humano que possibilita

transcender limites impostos ao corpo por conta de certos entendimentos

culturais que, aos poucos foram sendo rompidos e superados. A Dança é o

encontro com as nuances da sonoridade do ser e do universo. Pode-se dizer

que, em geral, a Dança é a arte de expressar o corpo ritmicamente ao som de

música e sem ela também.

Outra maneira de se dizer sobre a Dança é afirmar ser ela uma forma de

arte que consiste no movimento expressivo do corpo. Nem sempre ao som de

música (e isso, já é outra discussão). Movimentos que têm valor estético e

simbólico. Estético por manifestar, por meio dos movimentos corporais

ritmados, sensibilidades humanas em relação à realidade e ao próprio ser

humano e suas vivências. Simbólico pelo forte conteúdo significativo que

manifesta.

Além destes dois aspectos, a Dança pode ser uma forma de

divertimento para os (as) que a praticam e dela usufruem, comemoram, fazem

cerimônias ou rituais. Trata-se de uma manifestação do ser humano que o

complementa, juntamente com outras suas manifestações. Todas juntas o

completam. Faltando alguma, ele fica incompleto e, isso, não se pode querer.

Meu interesse pela Dança cresceu ainda mais quando me tornei

professora da disciplina Dança no curso de Licenciatura em Educação Física

da UNINOVE e, este fato, além de vir ao encontro de meus gostos e

interesses, despertou o desejo de saber a respeito do que se pensa sobre a

Dança na educação, sobre a presença desta disciplina nos cursos de

Licenciatura em Educação Física que preparam, também, os (as) professores

(as) de Educação Física para o trabalho com Dança em suas aulas e sobre

como é vista a disciplina Dança nestes cursos.

O interesse no tema da formação do (a) docente de Educação Física foi

objeto de minha dissertação de mestrado defendida em 2007 na UNIMEP com

o seguinte título: “(DES) ENCONTRO DE GÊNEROS NA GINÁSTICA

RÍTMICA: um estudo sobre Formação Profissional em Educação Física”. Como

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se vê, dentro deste tema já, me interessava problemas relacionados à

formação superior, às atividades rítmicas, nas quais se inserem a Dança.

Daí surgiu meu projeto de pesquisa, um recorte dentro de meus

interesses mais amplos, que tem como objeto a presença do componente

Dança nas propostas curriculares dos cursos de Licenciatura em Educação

Física e a identificação dos objetivos e conteúdos que têm sido trabalhados

neste componente curricular com vistas ao preparo do (a) professor (a) de

Educação Física para o trabalho com Dança em suas aulas.

No âmbito deste objeto, o problema de pesquisa posto foi o seguinte:

qual é a presença do componente Dança nas propostas curriculares dos cursos

de Licenciatura em Educação Física da Cidade de São Paulo e de alguns

desses cursos na Região Metropolitana de São Paulo e quais objetivos e

conteúdos têm sido desenvolvidos neste componente curricular com vistas à

formação de professores (as) de Educação Física que atuarão, também com a

Dança, na Escola?

Como desdobramento deste problema, algumas questões foram

levantadas e que serviram como guia na busca e na análise dos dados. Foram

elas: Como entender a Dança e sua relação com a educação? Como é vista a

Dança, nos documentos oficiais brasileiros, como conteúdo curricular na

Escola? Com que objetivos e conteúdos este componente curricular está

presente nos cursos identificados? Os objetivos e conteúdos das disciplinas de

Dança, mencionados nestes cursos, podem responder ou corresponder ao que

é considerado desejável na literatura pesquisada e nas indicações da

legislação oficial brasileira com relação à mesma?

A hipótese era de que, em poucos Cursos de Licenciatura em Educação

Física seria encontrada a presença da disciplina Dança e que, nesses poucos

cursos, a oferta da disciplina estaria bem distante das orientações legais e da

produção acadêmica a ela relativa.

Os objetivos da pesquisa eram e foram o de buscar constatar o nível

de presença da oferta da disciplina Dança nos Cursos de Licenciatura em

Educação Física das Instituições de Ensino Superior da Cidade de São Paulo e

o de buscar informações a respeito dos conteúdos trabalhados nesta disciplina,

nestes cursos, em especial se estes conteúdos estavam afinados com as

orientações legais a respeito e com, ao menos parte da bibliografia da área.

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Além disso, outro objetivo foi o de buscar subsídios para as discussões a

respeito da formação do (a) professor (a) de Educação Física relativa ao seu

preparo para o trabalho com os conteúdos de Dança na Escola.

Trata-se de pesquisa qualiquantitativa, com combinação de pesquisas

bibliográfica e documental. Em um primeiro momento foi realizada pesquisa

bibliográfica e documental, seguida de busca de dados relativos aos Cursos de

Licenciatura em Educação Física, em especial em São Paulo, com vistas a

identificar a presença da disciplina Dança em suas propostas pedagógicas. A

pesquisa de campo analisou Planos de Ensino de Dança de Licenciatura em

Educação Física de seis IES da Cidade de São Paulo e mais duas da Região

Metropolitana.

Foi realizada uma revisão da literatura para verificar o que foi produzido,

nos últimos cinco anos, a respeito do tema ou a respeito de temas correlatos

ao da pesquisa contemplam algo relativo ao preparo dos (as) professores (as)

de Educação Física para o trabalho com a Dança na escola. Esta busca foi

feita nos sites das bibliotecas digitais de teses e dissertações da CAPES e de

algumas Universidades nas quais há a Licenciatura em Educação Física.

Foram encontradas as seguintes teses e dissertações, apresentadas pela

ordem do ano em que foram defendidas:

RENGEL, Lenira Peral. Dicionário Laban. Campinas: UNICAMP, 2001.

Dissertação (Mestrado) - Instituto de Artes da Universidade Estadual de

Campinas, Campinas, 2001.

PÉREZ GALLARDO, Jorge S. Discussões preliminares sobre os objetivos

de formação humana e de capacitação para a Educação Física escolar, do

berçário até a quarta série do Ensino Fundamental. Campinas: UNICAMP,

2002. Tese (Livre Docência) - Faculdade de Educação Física da Universidade

Estadual de Campinas, Campinas, 2002.

EHRENBERG, Mônica Caldas. A Dança como conhecimento a ser tratado

pela Educação Física Escolar: aproximações entre Formação e Atuação

Profissional. Campinas: UNICAMP, 2003. Dissertação (Mestrado) - Faculdade

de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2003.

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GOMES, Antônio Sérgio Milani. Uma análise fenomenológica do Dançar nos

discursos dos formandos em Educação Física. São Paulo: São Judas

Tadeu, 2007. (Dissertação) Mestrado – Programa de pós-graduação stricto

sensu em Educação Física da Universidade São Judas Tadeu, São Paulo,

2007.

ALVARENGA, Arnaldo Leite de. Klauss Vianna e o Ensino de Dança: uma

Experiência Educativa em Movimento (1948 – 1990). Belo Horizonte: UFMG,

2009. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Educação e

Inclusão social da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas

Gerais, Belo Horizonte, 2009.

LAMBERT, Marisa Martins. Expressividade Cênica pelo Fluxo

Percepção/Ação: O Sistema Laban/Bartenieff no desenvolvimento somático e

na criação em Dança. Campinas: UNICAMP, 2010. Dissertação (Doutorado) -

Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2010.

MIYABARA, Renata Aparecida. Papel do conteúdo curricular Dança na

formação do licenciado em Educação Física. São Paulo: São Judas Tadeu,

2011. (Dissertação) Mestrado – Programa de pós-graduação stricto sensu em

Educação Física da Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, 2011.

LEITE, Flávia Regina. Melhoria do ensino de Dança na Educação Física

nas escolas municipais de Anápolis, Goiás, e nas universidades formadoras

de professores diante das dificuldades que enfrentam na atualidade. Asunción:

Universidade Americana, 2013. Dissertação (mestrado em educação) –

Faculdade Educacion Universidade Americana, Asunción, 2013.

Foram identificadas, ainda as seguintes publicações que tratam da

temática da Dança nos cursos de Licenciatura em Educação Física, o que

mostra o interesse pelo tema no âmbito dos estudos de Educação Física:

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MUGLIA-RODRIGUES, Barbara; CORREIA, Roberto. Produção acadêmica

sobre Dança nos periódicos nacionais de Educação Física. Rev Bras Educ Fís

Esporte, (São Paulo) 2013 Jan-Mar; 27(1): 91-99.

PACHECO, Ana Julia Pinto. A Dança nos textos de Educação Física:

análise de uma produção. Anais do III EnFEFE - Encontro Fluminense

de Educação Física Escolar, 1999.

DUARTE, Dosmary de A. Fogaça. A evolução das atividades rítmicas e de

Dança no currículo do curso de educação física da Universidade Federal do

Paraná, 1943-1995. In: Coletânea do III Encontro Nacional de História do

Esporte, Lazer e Educação Física. Curitiba: DEF/UFPR, 1995, p.289-299.

KUNZ, Maria do Carmo Saraiva. Ensinando a Dança através da improvisação.

In: Motrivivência, ano 4, n. 5, 6 e 7, dez, 1994, p.167-169.

LEITÃO, Fátima C. do Valle & SOUSA, Iracema Soares de. O homem Dança ...

In: Motrivivência, ano 7, n. 8, 1995, p.250-259.

MIRANDA, Maria Luiza de Jesus. A Dança como conteúdo específico nos

cursos de educação física e como área de estudo no ensino superior. Revista

Paulista de Educação Física, v.8, n. 2, jul./dez, 1994, p.3-13.

NANNI, Dionísia. Dança...educação. Sprint, ano 14, n. 81, nov./dez, 1995, p.4-

13. Revista Brasileira de Ciência e Movimento. A Dança no contexto da

sociedade e da escola. v. 2, n. 1, 1988, p.45-47.

SILVA, Monique Costa de Carvalho; ALCÂNTARA, Andressa Sheyene Moreira

de; LIBERALI, Rafaela; NETTO, Maria Ines Artaxo; MUTARELLI, Maria

Cristina. A importância da Dança nas aulas de Educação Física – revisão

sistemática. In: Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte – v. 11, n.

2, São Paulo, 2012, p. 38-54.

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Não foram encontrados trabalhos de pesquisa e publicações específicas

sobre o tema e o problema desta tese, a qual está organizada, além desta

Introdução, nos seguintes capítulos:

Capítulo 1, com o título: Dança, Corpo e Sociedade: Aspectos Históricos,

no qual são apresentadas algumas noções a respeito da Dança e um breve

histórico de sua presença na história da humanidade.

Capítulo 2, com o título: Dança e Educação, busca trazer contribuições de

pensadores (as) que se dedicaram a investigações a respeito da relação da

Dança com a educação. Esta pesquisa tem como foco a presença do

componente curricular Dança nos cursos de Licenciatura em Educação Física

que se destinam a formar professores (as) para a Escola. Daí a necessidade

de se analisar esta presença à luz de considerações teóricas a respeito do

reconhecimento da Dança na educação, em especial na Escola.

Capitulo 3, com o título: Dança nos cursos de Educação Física, traz

inicialmente informações a respeito do que diz a legislação educacional

brasileira a respeito da presença deste componente curricular nos referidos

cursos e, em seguida, os dados colhidos relativos à presença do mesmo nos

Cursos pesquisados.

Capítulo 4, com o título: Análise dos dados, no qual constam as análises dos

dados informados no capítulo anterior. Esta análise será feita a partir de

categorias originadas especialmente no que foi apresentado no capítulo 2 e,

também no que indicam as diretrizes para os cursos de Licenciatura em

Educação Física, conforme apontado no capítulo 3.

Por fim, as Considerações finais, referências bibliográficas, e anexos.

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CAPÍTULO 1

DANÇA, CORPO E SOCIEDADE: ASPECTOS HISTÓRICOS.

Figura 1.

Linguagem do Movimento de Rudolf Laban Fonte: Disponível em

http://www.photographersdirect.com/buyers/stockphoto.asp?imageid=535443 Acesso em 24 de jun. de 2017.

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1.1 A Dança e suas representações: Apontamentos Iniciais.

A Dança é o respirar mais puro; é o sabor mais doce; reflete o que ouve,

principalmente das músicas, sejam elas eletrizantes ou suaves como a

natureza; é ver além dos olhos; é o tocar nas esferas mais profundas do

humano; é o sentir mais profundo; é um vendaval de emoções; é desvincular

das regras e ironias para expressar suas verdadeiras emoções; é usar todos os

sentidos para dizer algo.

A Dança é o encontro com a identidade rítmica buscando as nuances da

sonoridade do ser e do universo, é a arte de expressar o corpo ritmicamente ao

som de música. Entretanto, não há pontual obrigatoriedade para se ter um

acompanhamento musical.

A arte de dançar consiste em selecionar os movimentos expressivos do

corpo, tangenciado por valores estéticos e simbólicos. Estético por manifestar

os movimentos corporais ritmados, sensibilidades humanas em relação à

realidade e ao próprio ser humano e suas vivências. Simbólico pelo forte

conteúdo significativo que manifesta.

Além destes dois aspectos, a Dança pode ser uma forma de

divertimento para os que dela usufruem, comemoram, celebram cerimônias ou

rituais. Trata-se de uma manifestação cultural do ser humano, podendo ser

considerada uma das mais antigas expressões artísticas.

A Dança depende majoritariamente do corpo e da vitalidade humana

para cumprir sua função, expressar sentimentos e experiências subjetivas.

Garaudy (1980, p. 13) sumariamente consubstancia os significados da Dança:

A Dança é um modo de existir. Não apenas jogo, mas celebração, participação e não espetáculo, a Dança está presa à magia e à religião, ao trabalho e à festa, ao amor e à morte. Os homens dançaram todos os momentos solenes de sua existência: a guerra e a paz, o casamento e os funerais, a semeadura e a colheita.

Antes de ser arte e espetáculo, a Dança celebra a existência do ser que

convive com a natureza, a sociedade e seus deuses, engendrando mistérios de

origem humana e divina, assim:

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Em tempos remotos, por meio da Dança o homem identificava-se com os ritmos da natureza. Reconhecia e imitava os movimentos e as forças nela presentes. Mais do que apenas expressão e celebração da íntima relação entre homem e natureza, a Dança evoca nas suas origens um caráter comunitário, ligado a todos os aspectos da sobrevivência do grupo, seja no trabalho, seja no culto explícito aos deuses (OSTETTO, 2006, p. 70).

Scarpato (1999) caracteriza a Dança, especialmente nas sociedades

atuais, como uma das expressões mais significativas da humanidade. Portanto,

ao estar presente nos desdobramentos das sociedades, a Dança sempre

exprimiu significados e diante dos diferentes contextos históricos, se

ressignificou como ritual, expressão popular, profissão, arte e espetáculo,

cultura, lazer e entretenimento.

Pellegrini (2007, p. 1), por sua vez, considera a Dança como parte da

linguagem humana, suas manifestações acompanham a cultura das

civilizações pelos séculos, ou seja, são inúmeros e de variadas formatos os

relatos simbólicos registrados pelos diferentes povos, entretanto, a autora

ressalta que: “Sua história na cultura ocidental é objeto de significativas

pesquisas, apesar do caráter recente do interesse institucional sobre essa

temática”.

O significado da Dança vai além da mera repetição de movimentos

técnicos, podendo ser compreendida, apreciada e vivenciada como meio para

adquirir conhecimentos, opção de lazer, fonte de prazer, desenvolvimento da

criatividade, linguagem e importante forma de comunicação.

Paviani (2011, p. 2), sobre os dizeres de Platão a respeito da Dança,

assim se refere:

A Dança é muito mais do que a arte do movimento físico. Sendo gesto, linguagem corporal, expressão artística, manifestação social, mais do que pôr o corpo humano em movimento, a Dança é o próprio movimento que nasce do corpo. Assim, no sentido originário, o corpo é a origem da Dança, do canto, da música. Ele é o prolongamento da consciência no mundo. A impressão comum de que o corpo é motivado por apelos musicais externos é simplesmente ilusória. Na realidade, só pensamos desse modo porque perdemos a compreensão original das relações entre a mente, o corpo e o mundo, e nos deixamos iludir por essa percepção externa ao fenômeno que separa corpo, consciência e Dança.

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Além disso, a Dança nunca é apenas Dança no sentido trivial e comum do termo. Desde sua gênese, ela é corporeidade, movimento, expressão, canto, música, poesia e, portanto, também forma de culto, manifestação social e religiosa, forma artística e comunicação universal. Por isso, a Dança, quando entendida como expressão radical do ser humano, devolve-nos os sentidos da presença humana no mundo, nas relações com os outros e com as coisas.

Corpo e Dança são inseparáveis, sendo assim, torna-se impossível

abordar a Dança sem mencionar o corpo, pois desde os tempos primitivos os

corpos já dançavam, interagiam e se expressavam. Essa relação corpo-Dança

tem sido estudada, sob diversas perspectivas, como, por exemplo, a filosófica,

a sociológica, a antropológica, educacional, entre outras.

Sob o viés filosófico, a Dança é compreendida como uma das

expressões da sensibilidade humana, assim como a música, as artes plásticas,

a literatura, as artes cênicas. Como expressão da sensibilidade humana, as

abordagens filosóficas situam-se especialmente no campo da Estética. Este é o

campo ou a área da investigação filosófica que busca entendimentos e

significações para o fato de os seres humanos serem sensibilizados, de alguma

maneira, pelo que existe ou ocorre na realidade de que fazem parte.

Os seres humanos são afetados pelas coisas, pelos seres, por suas

manifestações, pelas demais pessoas, pelas relações que estabelecem com a

natureza e com seus semelhantes e, ainda, pelas próprias manifestações da

sensibilidade humana, assim, são influenciados pelo estímulo e, portanto,

sensibilizam-se pelas mais diversas manifestações artísticas, sendo a Dança

uma dessas.

A Dança expressa aspectos da sensibilidade humana e, ao fazê-lo,

comunica aos outros seres humanos esta sensibilidade. Torna-se, então, uma

forma de linguagem.

No tocante à estética, recorremos as proposições de Severino (2001), ao

estabelecer um diálogo capaz de abrigar dentro da mesma esfera as vivências

prazerosas provocadas pelo corpo, ou seja, é factível constatar que o estético

se refere a sensibilização do ser humano, seja ele tocado pelo prazer ou

desprazer.

O desprazer é algo que afeta o ser humano e que pode ser expresso por

diversas artes. Vejam-se as pinturas que expressam algum tipo de sofrimento

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ou algum fato histórico doloroso, como é o caso da famosa pintura de Picasso,

Guernica, das grandes composições musicais como as de Mozart, de Verdi, ou

até mesmo das missas de Réquiem.

Severino (2014) nos alerta para o fato de que a Filosofia não é restrita

apenas à dimensão cognitiva do ser humano, pois busca entendimentos sobre

os aspectos valorativos e, dentre esses, não apenas os relativos à moral ou à

ética, mas, também, os relativos aos valores estéticos. O autor considera que:

Delineia-se assim uma expansão do território da nossa subjetividade, que tem um amplo espectro de modos de nos colocar em relação com o mundo que nos envolve. Nós conhecemos os objetos que constituem o mundo pela mediação dos conceitos, construídos pela nossa consciência cognitiva; mas nós também avaliamos todos os objetos, todas as situações, mediante nossa consciência valorativa. Os valores estéticos são aqueles que vivenciamos ligados a nossa sensibilidade integrada, corpórea e mental, eles expressam qualidades vinculadas aos nossos sentimentos nascidos da própria vivência de nossa condição corporal. Vivenciamos esses valores naquelas experiências que têm nos sentidos do corpo uma mediação mais intensa, experiências estas que chamamos de estéticas, justamente por nascerem da sensibilidade (SEVERINO, 2014, p. 298).

Vivenciamos essas experiências, diz ele, mas também, as manifestamos

por meio de diversas formas. Uma delas é a forma da Dança. Com relação à

Dança, Paviani, ao comentar textos de Platão do seu Diálogo Leis (leis é um

diálogo do livro), diz o seguinte:

É próprio do ser humano, da cultura e da sociedade que cada

geração crie novas formas de expressão e de comunicação,

respeitando e recriando as formas tradicionais. Também é

próprio da educação buscar o desenvolvimento de todas as

potencialidades humanas. Tendo em vista esses princípios, a

educação estética da sensibilidade e a educação da

corporeidade, a Dança, desde os primórdios da civilização e

das culturas primitivas são momentos significativos da

civilização e meios expressivos do ser humano. A Dança é

muito mais do que a arte do movimento físico. Sendo gesto,

linguagem corporal, expressão artística, manifestação social,

mais do que pôr o corpo humano em movimento, a Dança é o

próprio movimento que nasce do corpo. Assim, no sentido

originário, o corpo é a origem da Dança, do canto, da música.

Ele é o prolongamento da consciência no mundo. A impressão

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comum de que o corpo é motivado por apelos musicais

externos é simplesmente ilusória. Na realidade, só pensamos

desse modo porque perdemos a compreensão original das

relações entre a mente, o corpo e o mundo, e nos deixamos

iludir por essa percepção externa ao fenômeno que separa

corpo, consciência e Dança (PAVIANI, 2011, p. 2).

Vivenciamos as experiências estéticas com o corpo, que

simultaneamente é consciência. Por sua vez, essas experiências podem se

expressar em forma de Dança, pois quem Dança é o corpo-consciência, vindo

a romper com os paradigmas das fragmentações, polarizações e dualidades

impostas ao longo dos séculos entre a mente pensante e o corpo sujeito.

Ao se entender o ser humano de maneira dual como corpo e mente,

corpo e alma, ou ainda como corpo e espírito, e mesmo ao considerar que

estas duas dimensões são responsáveis por constituir tão intimamente o ser

humano, ainda assim a dimensão da mente, espírito ou da alma é

compreendida como superior, ao privilegiar as manifestações do intelecto ou do

espírito em detrimento das manifestações do corpo, subjugando-o como inferior

ou mero executor de tarefas.

Será com a filosofia moderna, a partir do Século XIX, em especial com

Nietzsche e, posteriormente, já no Século XX, com Merleau-Ponty, que

reflexões começarão a emergir sobre a consideração e a primazia do corpo.

Melani (2012, p. 72) atribui enorme significado ao corpo, ao tratá-lo como

sendo capaz de agregar multiplicidade de fontes de produção e de expressões.

Nas suas palavras: “O corpo é uma razão em ponto grande. (...) Instrumento do

seu corpo é também a sua razão pequena, a que você denomina espírito: um

instrumentozinho e um brinquedinho de sua grande razão”.

Nos ensaios produzidos por Merleau-Ponty, há um vasto conjunto de

questionamentos sobre o corpo. Uma de suas principais obras “Fenomenologia

da Percepção”, publicada em 1945, vem despertando a atenção de inúmeros

pesquisadores (as), até os dias atuais, produzindo análises interessantes como

as de Nóbrega (2008, p. 142) que constam no artigo “Corpo, percepção e

conhecimento em Merleau-Ponty” do qual foi retirado este comentário a

respeito de uma citação do autor:

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A experiência perceptiva é uma experiência corporal. De acordo com Merleau-Ponty (1945/1994) o movimento e o sentir são os elementos chaves da percepção, desse modo: A percepção sinestésica é a regra, e, se não percebemos isso, é porque o saber científico desloca a experiência e porque desaprendemos a ver, a ouvir e, em geral, a sentir, para deduzir de nossa organização corporal e do mundo tal como concebe o físico aquilo que devemos ver, ouvir e sentir. Desaprendemos a conviver com a realidade corpórea, com a experiência dos sentidos, pois privilegiamos uma razão sem corpo. No entanto, a percepção, compreendida como um acontecimento da existência, pode resgatar este saber corpóreo.

A chamada de atenção, aqui, é sobre o que ocorreu na tradição

ocidental que desaprendeu a ver, a ouvir e a sentir. Houve um desaprender do

saber corpóreo. Este saber deve ser recuperado e, com ele, a recuperação do

prestígio do corpo e de suas múltiplas possibilidades, inclusive as expressivas.

Dentre elas a expressividade do corpo por meio da Dança. No fundo, o que

este filósofo indica é que o corpo é o grande veículo para as manifestações do

humano. Não apenas veículo, mas a fonte original de toda a expressão

humana. Diz ele, apontando uma crítica à tradição que identificava o originário

das expressões humanas no pensamento ou na alma e insistindo em que este

originário é o próprio corpo, ou a corporeidade:

Observou-se sempre que o gesto ou a palavra transfiguravam o corpo, mas todos se limitavam a dizer que ambos desenvolviam ou manifestavam outra força, pensamento ou alma. Não se via que, para poder exprimi-lo, o corpo deve, em última análise, tornar-se o pensamento ou a intenção que significa para nós. É ele que mostra, ele que fala eis o que aprendemos neste capítulo (MERLEAU-PONTY, 1971, p. 207).

Estas palavras estão no final do Capítulo VI da obra “Fenomenologia da

Percepção” que tem como título: “O corpo como expressão e a fala”. Chama à

atenção a afirmação de que o corpo deve tornar-se a intenção, pois é ele que

fala, é ele que mostra.

São palavras que veem a calhar com muitas das novas ideias que

voltam à cena no Século XX relativas à Dança as quais apontam ser esta arte

fundamentalmente uma arte de manifestação no corpo, nos seus movimentos,

do que os seres humanos querem e precisam dizer. Dizer, nesta linguagem

gestual/corporal. Na verdade, as manifestações nas várias línguas faladas são

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feitas, também, no corpo. Estamos evitando aqui dizer que estas

manifestações se fazem “por meio” do corpo como forma de evitar dizer que

ele é apenas um instrumento de algo além dele, seja o espírito ou a alma. As

manifestações fazem-se no corpo, até porque, o espírito ou o que se denomina

alma é, fundamentalmente corpo para esta visão.

A Dança, nesta perspectiva, deve ser vista como uma linguagem

artística do corpo, tão necessária como qualquer outra forma de linguagem.

Todas as linguagens são importantes e “todas elas devem ser consideradas”,

conforme diz Baptista (2005, p. 27) que também recorre, neste livro, a Merleau-

Ponty e a outros (as) pensadores (as) como Jorge Luis Borges, do qual cita

uma entrevista. A partir de uma resposta à pergunta sobre por que viajava

tanto, se ficara cego, Baptista reafirma o que disse sobre as linguagens assim:

“O que devemos aprender com Borges? Que todas as linguagens são

igualmente importantes”. (Idem, p. 17).

No âmbito da Sociologia, mais recentemente, algumas abordagens

interessantes sobre a Dança têm ampliado esta compreensão a respeito da

Dança, como é o caso de Medina e outros autores que dizem o seguinte: “A

Dança, portanto, pode ser entendida como uma forma de movimento

elaborado, que fornece elementos ou representações da cultura dos povos,

sendo considerada uma manifestação dos hábitos e costumes de uma

determinada sociedade” (MEDINA et al, 2008, p. 100).

Os (as) mesmos (as) autores (as) ampliam esse olhar sobre a Dança da

seguinte maneira:

Durante décadas, a humanidade estabeleceu um contato direto entre sua Dança e as representações na sociedade, traduzindo necessidades, anseios e transformações, como também a forma de manifestação das suas crenças, suas religiosidades e tradições. O homem, como ser social, utiliza-se dessa forma de expressão para representar uma cultura, porém, esse processo não necessariamente inclui, em sua reflexão, mecanismos integrantes necessários para a formação das instituições sociais nas quais está inserido (MEDINA et al, 2008, p. 100).

Estas ideias a respeito do corpo e sobre uma de suas manifestações, a

Dança, não são aceitas tranquilamente nem mesmo após Nietzsche, Merleau-

Ponty e outros (as) pensadores (as), artistas ou não, que chamaram a atenção

devida.

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Estas considerações iniciais tiveram como objetivo situar um pouco o

universo de compreensão a respeito da Dança como uma forma relevante de

expressão do ser humano que se faz por meio do seu corpo em determinados

movimentos.

A seguir, algumas informações que mostram a fortíssima presença da

Dança nas maneiras de ser dos seres humanos ao longo da história indicando

ser esta arte antiquíssima e expressiva, intrinsecamente ligada às suas vidas.

1.2 Panorama Histórico da Dança.

Não se pode desvincular a Dança do corpo e vice-versa. Como foi

afirmado, “a Dança é o próprio movimento que nasce do corpo”, na citação de

Paviani, feita anteriormente. Daí se optar por registar nos subtítulos, a seguir, a

expressão “corpo-Dança”.

1.2.1. Corpo-Dança na Pré-História.

Há estudos que mostram a presença da Dança em épocas primitivas,

assim como há registros pictóricos de corpos dançando, como os da imagem

abaixo, encontrados em várias cavernas.

Figura 2. Representação de figuras encontradas nas cavernas.

Fonte: Disponível em http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,ERT155193-15224-155193-3934,00.html Acesso em 5 de out. de 2016.

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“(...) os primeiros registros de movimentos do corpo – de expressões

corporais – datam de 14.000 anos atrás” (MAGALHÃES, 2005, p. 1).

Expressões corporais sempre ligadas às vivências humanas, como no caso

dos povos primitivos que Dançam representando as ou referindo-se às suas

experiências com a caça, por exemplo, como diz Magalhães (2005, p. 1):

O homem pré-histórico, da era Paleolítica, era predador. A sua subsistência era mantida através de caça, pesca e coleta. O homem era lançado ao destino, os animais, objetos de sua caça e difíceis de serem vencidos, condicionavam a sua sobrevivência fornecendo o alimento, a pele para sua roupa e os chifres para a manufatura de instrumentos. O homem Paleolítico vivia em função dos animais e, portanto, a sua Dança se referia a eles.

Além disso, as Danças refletiam crenças em seres superiores e em

espíritos que presidiam a natureza e a eles as Danças também se referiam: “...

a Dança leva e eleva os homens a um plano superior a si mesmo. Através de

giros em torno de si entram em êxtase e acreditam se comunicar com os

espíritos” (MAGALHÃES, 2005, p. 2).

Nestes casos, a Dança expressa busca de relações para além da

natureza, atingindo o céu, o sagrado. Aqui as Danças se encontram no centro

dos rituais e das consagrações à busca por novos horizontes. Muitas vezes ela

é indicativa de compromissos assumidos, seja os de um matrimônio, os do fim

de uma guerra, ou ainda indicam a celebração do sucesso em uma caça ou em

uma vitória na guerra.

Inscrições em cavernas são registros que mostram a existência de

expressões corporais na forma de Dança, nas sociedades primitivas, como o

mostra Magalhães (2005, p. 2);

(...) na gruta de Trois-Frères, que se encontra próxima a Montes quiou - Avantes, também na França, apesar de se encontrar isolada de outras representações, nos mostra além dos movimentos, vestimentas que nos sugerem o caráter da Dança que não difere do caráter sagrado que ela tem nos dias de hoje.

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Figura 3.

Figuras de corpos nas cavernas.

Cristina Charão (2002, p. 1) no seu artigo publicado na revista Galileu

comenta que “A mais antiga imagem da Dança, datada de 8300 a. C., foi

encontrada em pinturas de uma caverna na província de Lérida, na Espanha.

Mostra nove mulheres em torno de um homem despido, indicando ritual de

fertilidade”.

Figura 4. “Pintura rupestre de Lérida, Espanha, uma das mais antigas encontradas, cerca de 8300 mil

anos a. C., representa uma Dança num ritual de fertilidade”. (Cristina Charão, 2002, p. 1).

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As histórias da Dança e do corpo se complementam e estão

significativamente representadas nas pinturas pré-históricas, mostrando que

esses locais eram habitados e, ao se constituírem enquanto grupos registraram

seus próprios corpos durante os rituais, com movimentos expressivos que

podem ser interpretados como Danças primitivas.

1.2.2. Corpo-Dança na Idade Antiga.

A denominada Idade Antiga abrange, de acordo com certa classificação,

o período histórico que envolve, além de outras, as civilizações gregas e

romanas.

Há registros, por exemplo, na tradição hebraica (anterior, portanto, às

civilizações gregas e romanas). Dentre estes registros foram selecionados os

que seguem. São registros constantes na Bíblia, vista aqui, como um

documento histórico. No livro do Êxodo (15-16, c 15, v 19, 20 e 21) encontra-se

a seguinte passagem:

Quando a cavalaria do Faraó entrou no mar com seus carros e cavaleiros, Javé fez voltar sobre eles às águas do mar, enquanto os filhos de Israel caminharam a pé enxutos pelo meio do mar. A profetisa Maria, irmã de Aarão, pegou tamborim, e todas as mulheres a seguiram com tamborins, formando coros de Dança. E Maria entoava: Cantem a Javé, pois sua vitória é sublime: ele atirou no mar carros e cavalos.

No mesmo livro da Bíblia, outra passagem:

Quando se aproximou do acampamento e viu o bezerro e as Danças, Moisés ficou enfurecido, jogou as tábuas e as quebrou no pé da montanha. Pegou o bezerro que haviam feito, o queimou e moeu até reduzi-lo em pó. Depois espalhou o pó na água e fez os filhos de Israel beberem (BÍBLIA, s./d., ÊXODO 32, c 32, v 19 e 20).

No Livro Samuel (c 6, v 14, 15, 16, 20 e 21), outra passagem sugestiva

que revela a presença forte da Dança:

Davi Dançava com todas as suas forças diante do Senhor, cingido comum éfode de linho. O rei e todos os israelitas conduziram a arca do Senhor, soltando gritos de alegria e tocando a trombeta. Ao entrar a arca do Senhor na cidade de Davi, Micol, Filha de Saul, olhando pela janela, viu o rei Davi

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saltando e Dançando diante do Senhor, e desprezou-o em seu coração (...). Voltando Davi para abençoar a família, Micol, filha de Saul, veio-lhe ao encontro e disse-lhe: Como se distinguiu hoje o rei de Israel, dando-se em espetáculo às servas de seus servos, e descobrindo-se sem pudor, como qualquer um do povo! – Foi diante do Senhor que dancei, replicou Davi; diante do Senhor que me escolheu e me preferiu a teu pai e a toda a tua família, para fazer-me o chefe de seu povo de Israel. Foi diante do Senhor que dancei.

Em um Manuscrito Bíblico Medieval encontra-se a figura abaixo

representando o que nela é denominado de a Dança de Miriam, ou Mirim. Na

figura percebem-se as vestimentas, algo como uma apresentação e pessoas

aplaudindo ou acompanhando com palmas o ritmo.

Figura 5. Imagem Manuscrito Bíblico Medieval com a Dança de Miriam.

Fonte: Disponível em http://crisbaiao.blogspot.com.br/2011/06/Dança-na-evangelizacao_30.html Acesso em 18 de abr. 2015.

Na Grécia Platão e Aristóteles manifestaram-se sobre a Dança, pelo fato

de estarem diretamente vinculadas ao cotidiano da vida grega, integrando os

ritos religiosos, cerimônias cívicas, celebrações, bem como no treinamento

militar e na educação de crianças e jovens.

É possível mapear de forma satisfatória, embora não exata ou definitiva, as Danças praticadas na cultura grega, pois se fez presente desde sempre. A Dança na cultura grega fazia parte do cotidiano dos homens. Estava nos ritos religiosos, nas cerimônias cívicas, nas festas, fazia parte da educação das crianças, do treinamento militar. Mas, teve sua primeira manifestação como ato ritual, cerimonial. (MAGALHÃES, 2005, p. 2).

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Com relação a Platão, já na Grécia antiga, Paviani (2011) diz ser

relevante retomar suas ideias, de um lado para se puder constatar este valioso

testemunho histórico relativo ao mérito dado a Dança àquela altura (Século IV

a. C) e, de outro para possibilitar uma comparação entre o que se pensava

sobre a função educativa das artes em geral e da Dança em particular, com o

que compreendemos hoje. No diálogo As Leis, no Livro II, diz Paviani, Platão

apresenta considerações sobre o “caráter educativo, moral, religioso e político”

(2011, p. 2) da Dança, juntamente com a música, a participação nos corais ou

no coro. O coro “era formado por grupos que executavam uma Dança

acompanhada de canto” (PAVIANI, idem, p. 4). Um excerto significativo do

Diálogo As Leis é o que segue abaixo no qual a Dança é mencionada

explicitamente por Platão como um caminho educativo:

O que ele assevera é que, quase sem exceção, todos os indivíduos jovens são incapazes de conservar seja o corpo seja a língua imóvel, estando tais jovens sempre procurando incessantemente se mover e gritar, saltando, pulando e se deliciando com Danças e jogos, além de produzirem ruídos de todo naipe. Ora, enquanto todos os outros animais carecem de qualquer senso de ordem ou desordem nos seus movimentos (o que chamamos de ritmo e harmonia), a nós os próprios deuses, que se prontificaram como já o dissemos em serem nossos companheiros na Dança, concederam a agradável percepção do ritmo e da harmonia, por meio do que nos fazem nos mover e conduzir nossos corpos, de modo que nos ligamos mutuamente mediante canções e Danças; e o nome coro provém do júbilo que dele extraímos (PLATÃO, 2016, p. 104).

Após algumas trocas de ideias entre os personagens deste trecho do

diálogo mencionado, consta esta afirmação de Platão: “... o homem bem-

educado tem capacidade tanto de cantar quanto de dançar bem” (PLATÃO,

2016, p. 104). Após Platão, Aristóteles é outro filósofo grego (Século IV a. C)

que também diz algo sobre a Dança, aliás, muito pouco. De qualquer maneira

ele a menciona como uma das formas de arte que, como toda arte, tem seu

valor na vida das pessoas.

Estudiosos da história da Dança como Magalhães (2005) apontam a

reconhecimento que a Dança teve para os gregos que a ligavam aos deuses.

Os deuses foram os que ensinaram os homens a dançar, segundo

Homero, por exemplo.

Consoante Homero, a Dança foi ensinada aos mortais pelos deuses para que aqueles os honrassem e os alegrassem; foi

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em honra ao deus Dionísio que apareceram os primeiros grupos de Dança e foram compostos os primeiros Ditirambos. As pessoas que participavam dos Ditirambos travestiam-se em Sátiro, semideus representado por um ser meio homem meio animal, que durante o ritual evocava o deus cantando e Dançando. Os gregos consideravam a Dança como dom dos imortais e como um meio de comunicação entre os homens e os deuses. Vários autores e filósofos clássicos consideram que as características dos deuses eram a ordem e o ritmo e que estas eram também características das Danças em seu louvor. Logo, não havia celebração sem Dança, pois esta era o melhor meio de se agradar, honrar e alegrar um deus (MAGALHÃES, 2005, p. 3).

É de Magalhães, ainda, esta observação reportando-se ao já citado

Diálogo As Leis, de Platão. Nela, o autor menciona o interesse da Dança para

os gregos em geral como importante recurso na formação das pessoas.

Sócrates, um dos grandes filósofos gregos, através de Platão em Leis VII, considerou a Dança como a atividade que formava o cidadão por completo. A Dança daria proporções corretas ao corpo, seria fonte de boa saúde, além de ser ótima maneira de reflexão estética e filosófica, o que a faz ganhar espaço na educação grega. O homem grego não separava o corpo do espírito e acreditava que era o equilíbrio entre ambos que lhe trazia o conhecimento e a sabedoria (MAGALHÂES, 2005, p. 3).

Cabem, ainda, alguns registros relativos à Dança entre os Romanos,

como este de Diniz e Santos (2008, p. 6 e 7) reportando-se ao Século VI a. C.:

Roma foi dominada pelos Etruscos; assim, as Danças eram de origem agrária. Mas, podemos destacar também as Danças guerreiras (costume entre os Salinos) celebradas amplamente durante a primavera, e em honra a Marte, deus da guerra, ou seja, ainda nessa época encontra-se a Dança sagrada.

Mas, a Dança não teve ao longo do Império Romano, quase nenhum

prestígio como dizem ainda Diniz e Santos (2008, p. 7):

A população era basicamente de soldados em Roma, onde desprezava-se a Dança, considerando-a incompatível com o espírito do povo conquistador, então degradaram a Dança como fizeram com a poesia, a escultura e a filosofia. A maior parte do povo surgia nas enormes arenas, por exemplo, no Coliseu e no Circus Maximus, para ver gladiadores lutando com animais ferozes; isso sim era arte.

Daí os poucos registros em relação a este momento da história. Mas,

talvez uma busca mais acurada possa mostrar a presença da Dança em

diversas situações da vida deste povo.

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1.2.3. Corpo-Dança na Idade Média.

A Idade Média, na Europa, foi dominada pelo Cristianismo e teve, no

interior desta religiosidade, forte presença de intelectuais como foi o caso de

Agostinho, no Século IV e de Tomás de Aquino, bem mais tarde, no Século

XIII.

De Agostinho, são interessantes as considerações sobre o corpo regado

de sentidos e instintos humanos. Famosa é uma “Oração da Dança” a ele

atribuída e que circula na internet. Não foi possível obter certificação de que

realmente Agostinho a tenha escrito. Mas, pelo conteúdo que nela consta,

resolvemos registrá-la visto aí estarem presentes ideias interessantes relativas

à Dança:

Louvada seja a Dança, Ela libera o homem Do peso das coisas materiais, Para formar a sociedade. Louvada seja a Dança, Que exige tudo e fortalece A saúde, uma mente serena E uma alma encantada. A Dança significa transformar O espaço, o tempo e o homem. Que sempre corre perigo De perder-se ou somente cérebro, Ou só vontade ou só sentimento. A Dança, porém, exige O ser humano inteiro, Ancorado no seu centro, E que não conhece à vontade De dominar gente e coisas, E que não sente a obsessão De estar perdido no seu ego. A Dança exige o homem livre e abert Vibrando na harmonia de todas as forças. Ó homem, ó mulher aprenda dançar Senão os anjos no céu Não saberão o que fazer contigo.

Vale ressaltar que, nestes dizeres, além do mérito dado à Dança,

aponta-se que é notável, nela, a exigência de um “ser humano inteiro,

ancorado no seu centro” e que para Dançar, há necessidade de um ser

humano livre, vibrante e sensível. Além disso, há aí, uma convocação para que

todos (as) dancem: “Ó homem, ó mulher aprenda Dançar, senão os anjos no

céu não saberão o que fazer contigo”.

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Apesar destes dizeres, possivelmente remetidos à Idade Média, a Dança

não foi valorizada, nesta época, pela Igreja Católica que detinha enorme poder

sobre as populações. Isso por conta de sua doutrina que privilegiava as

chamadas “coisas do espírito”. O corpo e seus movimentos, especialmente nas

Danças, era visto como um desvio daquelas coisas do espírito, como um

convite ao pecado. Neste sentido, afirmam Diniz e Santos (s./d., p. 6) que: “A

Dança perdeu sua força nessa atmosfera de suspeita em relação ao corpo. A

partir do século IV, com os imperadores ditos ‘cristãos’, o teatro e a Dança

foram condenados”. Mas, ainda segundo estas duas autoras, a Dança

continuava a existir na tradição popular, mesmo que proibida:

O batismo era recusado aos que atuavam no circo ou na pantomima. E 398, no Concílio de Cartago, os que iam ao teatro nos dias santos foram excomungados. Mesmo no século XVII, na França, os comediantes ainda não podiam ser enterrados no "campo santo". A tradição popular, no entanto, é tão forte que até o século XII a Dança, sob a forma de rondas que acompanhavam os salmos, fez parte da liturgia. A partir do século XII, a Dança foi banida (DINIZ E SANTOS, s./d., p. 6).

Mesmo banida, porém, pode-se ver que há a sua presença em diversos

rituais, a ponto de merecer registros como no belo trabalho artístico de ‘Nicolas

Poussin’ chamado de "Dança da Música do Tempo":

Figura 6.

"Dança da Música do Tempo", Nicolas Poussin, 1640. Fonte: Disponível em http://artemazeh.blogspot.com.br/2015/03/nicolas-poussin-o-pintor-

filosofo.html Acesso em 10 de set. 2016.

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A maneira de pensar dominante na Idade Média, talvez tenha

influenciado as ideias de Tomás de Aquino, seu maior pensador do Século XIII.

Dele não há registros de falas sobre a Dança, ainda que tenha sido um filósofo

e teólogo que, seguindo as trilhas de Aristóteles, apresentou considerações

sobre o corpo como constituindo essencialmente ao ser humano juntamente

com a alma.

Os Séculos XIV e XV marcaram o grande caminho para a modificação

das maneiras de viver (dentre outras) na Europa e, por consequência, no

Ocidente da época. Inicia-se o chamado Renascimento.

1.2.4 Corpo-Dança no Renascimento.

Na Idade Média, como visto, não houve a presença “permitida” da

Dança, mas houve sua manifestação em comunidades pagãs que adoravam a

natureza por meio de bênçãos e gratificações dos (as) camponeses (as) em

forma de Danças, festejando pelos alimentos recebidos. O que era considerado

pela igreja católica, demoníaco e vulgar.

Já no Renascimento, nasce uma nova cultura emergente que permite a

criação artística, também por parte da aristocracia e que se propaga

progressivamente. Isso rompe com a tradição medieval e, no caso da Dança,

ela é considerada uma atração enfaticamente criativa. Isso se deve, também, a

uma nova concepção sobre o corpo e, por decorrência sobre seus movimentos.

Estudiosos (as) da história da Dança como Bourcier em sua obra sobre

A História da Dança no Ocidente traz informações interessantes sobre as inter-

relações das Danças da Corte (ou seja, da aristocracia) com o Renascimento

ao dizer que, “Enquanto na França as desventuras públicas impunham, durante

os séculos XIV e XV, uma semi-estagnação à evolução cultural, a Itália

passava por sua Renascença com o Quattrocento” (2006, p. 63). Isto é, havia

um olhar interessado pelo que ocorriam nos anos do Século XV, os anos de

1.400 em diante. Nestes anos há, especialmente na Itália, grande

desenvolvimento das artes em geral e, no bojo dele, também da Dança. Daí

este autor afirmar: “No campo do pensamento e das artes, a Renascença

francesa passa pela Renascença italiana. Para compreender a evolução da

coreografia na França do século XVI, é preciso examinar a do Quattrocento”

(BOURCIER, 2006, p. 63).

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Outro autor, Nunes (2015, p. 50) em sua dissertação intitulada, ‘As

Danças de corte francesa de Francisco I a Luís XIV: História e Imagem’ diz

que: “Muitos dos reis franceses (...) tiveram uma forte ligação com as artes ou,

mais especificamente, com a Dança como Francisco I, Henrique III e Luís XIV”.

A valorização da Dança, no âmbito das classes dirigentes dos países

líderes da Europa, nesta época, acompanha a reação contrária à visão

dominante na Idade Média relativa ao corpo e seus movimentos. “No mundo

Renascentista em vias de secularização, as artes que estavam até então a

serviço da Igreja, tornaram-se símbolo de riqueza e poder” (DINIZ e SANTOS,

s./d., p. 7). E as mesmas acrescentam: “Temos como exemplo no século XV,

na Itália, o Ballet que nasceu do cerimonial da corte e dos divertimentos da

aristocracia” (DINIZ e SANTOS, s./d., p. 7).

A imagem seguinte, desta época, mostra aspectos iniciais, por exemplo,

do Ballet. Trata-se uma pintura clássica e sensível que envolve várias pessoas

Dançando dentro de um cenário que representa um dia agradável de sol entre

montanhas e áreas verdes;

Figura 7.

Ballet da Corte Fonte: Disponível em https://sites.google.com/site/evelyntosta/historia-do-ballet---parte-ii

Acesso em 16 de set. 2016.

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Uma curiosidade histórica interessante sobre o “balé” é a seguinte.

Muitos (as) autores (as) definem que a expressão ‘Balé’ vem da Itália e

significa bailar. No texto ‘Do Diário do Grande ABC’ da autora Juliana Ravelli

(2012, s./p.) é afirmada que: “O primeiro bailado conhecido foi apresentado em

1459, durante festa de casamento. Balé vem, justamente, da palavra italiana

Ballare, que significa Dançar”. Este tipo de Dança teve recepção praticamente

mundial indicando reversão aos valores relativos ao corpo e seus movimentos

e, no caso à Dança, vindos da Idade Média.

Há uma história interessante do desenvolvimento do Ballet que tem

destacada importância no desenvolvimento histórico da Dança que vale a pena

conhecer, mas que não vem ao caso, aqui, dada a finalidade deste trabalho.

1.2.5. Corpo-Dança na Idade Moderna.

No período do denominado Absolutismo (na Europa ocidental e

correspondente ao período entre os séculos XVI e XVIII), a Dança ganha maior

valorização ainda, a ponto de Michaut (1978, p. 13), afirmar que “Todos os

cortesãos e os próprios reis eram amadores apaixonados pela Dança,

habituados desde jovens a esse meio”.

A época do absolutismo passa e já nos novos tempos da Modernidade,

por volta dos Séculos XVIII e XIX, a Dança continua a florescer, não com o

predomínio, por exemplo, da Dança clássica e, especial do Ballet. Bourcier

(2006, p. 107), afirma o seguinte:

A morte de Luís XVIII marca o fim de uma sociedade; de uma cultura. Após seu reinado, o Balé de corte será mantido em estado de sobrevivência artificial: procurava-se ao mesmo tempo uma forma de espetáculo Dançando e uma técnica mais específica do que a das Danças de corte.

Os Séculos XVIII e XIX são também conhecidos como os séculos do

Iluminismo, ou os séculos de engrandecimento do poder da Razão Humana

que a todos deve iluminar. Isso se reflete nas artes de modo geral que querem

representar o humano pensante e, na Dança também que busca uma maneira

de representação pura, expressa na natureza do cenário e na suavidade dos

bailarinos e bailarinas que Dançam como no que quer mostrar a figura a seguir:

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Figura 8.

Jean- George Noverre

Fonte: Disponível em http://industrializationerajeangeorgenoverre.blogspot.com.br/ Acesso em 2 de out. 2016

Jean- George Noverre (Paris, 1727 – Saint – Germain-en-Lave, 1810)

pode ser considerado com justiça o reformador da Dança (BOURCIER, 2006,

p. 164 e 165).

(...). Se teve, como é normal predecessores, tanto no plano teórico quanto no das realizações, foi ele quem reuniu as noções sobre ‘Balé de Ação’ num corpo doutrinário claro, diretamente assimilável pelos Dançarinos, foi ele quem examinou os meios técnicos para uma reforma da Dança, finalmente, foi ele quem impôs as novas ideias através de suas numerosas e célebres obras (BOURCIER, 2006, p. 165).

A reforma empírica de Noverre marcou a era de ascensão e poder

iluminista na qual está em evidência a loucura pela busca da razão sem

medidas e a experiência de um corpo que busca a sua melhora ao Dançar com

beleza, prazer e sentimento.

A busca pela precisão em tudo na Dança, não deixou de lado a busca

pela expressão do prazer e do sentimento. Isso se acentua nos séculos

seguintes em especial nos tempos do Romantismo. Há reações, em diversos

campos, à rigidez da razão que parece querer apagar as emoções. Daí dizer

(BOURCIER, 2006, p. 199):

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A ênfase sobre o indivíduo, mais do que sobre um arquétipo social, acarreta a rejeição das regras impostas pela sociedade no século XVII: a sensibilidade tem primazia sobre a razão; o coração e a imaginação assumem o poder, sem o controle de uma autocensura.

Assim é dito sobre o Romantismo:

O Romantismo surgiu na Alemanha entre 1770 e 1790, entre os literatos e filósofos alemães, como reação ao neoclassicismo, ao excessivo valor atribuído pela ilustração ao intelecto, a razão e o requinte da civilização e que preparou o caminho ao romantismo em seu país e na Europa. Proclamou a liberdade do gênio criador e rebelou-se contra a rigidez da ilustração (GONZÁLEZ e KRAMSKY, 2003, s./p.).

Rebelião conta a rigidez da ilustração, ou seja, à tirania da razão tal

como entendida pelo movimento iluminista.

Dançar, nessa nova visão romântica, é um alicerce transfigurado da

alma do artista que pulsa nas veias a intenção e o significado expondo com

simplicidade apenas o que está sentindo seu coração. Rosa afirma que para

Rosseau “A Dança é convertida num fenômeno que supõe uma dupla interação

realizada a uma só vez por intermédio do Corpo e da expansão das

consciências” (s./d., p. 37).

Esta mesma autora mostra um pouco mais sobre a maneira de pensar

romântica a respeito da Dança ao citar um trecho da obra de Rousseau (apud

ROSA, s./d., p. 37), Nova Heloísa, na qual, na carta XXIII da segunda parte, lê-

se o seguinte:

A maneira de inserir essas festas é simples. Se o príncipe está alegre, participa-se de sua alegria e dança-se; se está triste, querem alegrá-lo e dança-se. Ignoro se é moda na Corte organizar um baile para os reis quando estão de mau humor, o que sei sobre estes é que se pode admirar suficientemente sua constância estoica ao ver gaivotas ou a escutar canções enquanto se decide, atrás do palco, sobre sua coroa ou sua sorte. Mas há muitos outros motivos para dançar; as mais graves ações da vida se fazem dançando. Os padres Dançam, os soldados dançam, os deuses dançam, os diabos dançam, dança-se até nos enterros e tudo Dança por qualquer motivo.

Vê-se, por aí, o novo interesse dado à Dança a partir daí. Esta

importância virá num crescendo nos séculos seguintes. Já quase no final do

Século XIX, o filosofo alemão Friedrich Nietzsche (1844 - 1900), dentre outras

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coisas, afirma o seguinte com relação à Dança: “Perdido seja para nós aquele

dia em que não se dançou nem uma vez! E falsa seja para nós toda a verdade

que não tenha sido acompanhada por uma risada!” (NIETZSCHE, s./d., s./p.).

Há, aí, como em toda a obra de Nietzsche, uma reação às concepções que

vieram antes dele e, no caso, às concepções sobre o corpo e, no caso, à

Dança. Feitosa (2011, s./p.), em pesquisa realizada sobre ideias relativas à

Dança, assim se refere a ideia deste filósofo:

Constatei então que uma das grandes exceções era Nietzsche (1844-1900), um entusiasta do Corpo e de seus poderes. Sabemos que o pensador alemão recorria constantemente à Dança como imagem para seu pensamento, a Dança representava a tensão entre risco e disciplina, entre planejamento e improvisação, entre vontade e destino.

Feitosa (2011, s./p.), ainda no mesmo estudo, cita e analisa ideias de

Paul Valéry constantes do seu texto ‘A Alma e a Dança’ (1921). A partir de sua

análise afirma o seguinte comparando Valéry e Nietzsche: “Valéry, ao contrário

[de Nietzsche], interroga-se sobre o sentido da Dança enquanto tal, ele ousa

perguntar “O que é a Dança?": Estas informações, a partir de outras, indicam

um novo interesse que começa a ser despertado em relação à Dança. Valéry já

é um pensador do Século XX. Após ele, muitos outros virão e produzirão

análises desta atividade que nunca morreu, por ser uma atividade própria dos

seres humanos. O que, em determinadas épocas ocorreu foi, por razões

culturais diversas, visões mais ou menos negativas em relação à Dança.

Um exemplo marcante de um momento no qual a Dança é questionada

quanto ao seu significado e mesmo quanto à sua presença na vida social é o

que relata José Sasportes no livro ‘Pensar a Dança: a reflexão estética de

Mallarmé a Cocteau’ (1983).

O livro, como é dito na página 9, “tem por objeto a evolução da Dança

em França de 1883 a 1928”. Trata-se não apenas de um relato, mas de

considerações interessantes sobre algumas concepções relativas à Dança no

cenário europeu destes 50 anos e, de maneira especial, no cenário, pode-se

dizer, acadêmico ou da elite francesa. Não há no mesmo nenhuma discussão

sobre a situação da Dança entre a população de modo geral e, nas

denominadas camadas populares.

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O foco principal das discussões parte dos movimentos relativos ao

desligamento e, como diz o autor, à libertação da Dança do que é denominado

de quadro lírico, ou seja, da ópera ou, ainda, como é dito, em alguns

momentos, do melodrama.

Diz o autor:

Para melhor se compreender este percurso, é conveniente recordar que o Bailado e a Ópera derivam das mesmas fontes da renascença italiana, que nascem no seio de uma estética que concebia o espetáculo ideal como o resultado da perfeita fusão das diferentes artes numa só obra. Neste contexto, a ópera cedo encontrou a sua vocação sob a forma de melodrama, do drama musical, enquanto que o bailado levou muito mais tempo a conquistar uma fisionomia própria. O Bailado deixou-se também prender à noção de um discurso que se devia traduzir em movimento e procurou chamar a si o canto e a declamação de modo a tornar mais explícita a história que a Dança devia ilustrar. Mas a Dança não é uma arte narrativa e o Bailado não soube encontrar a forma justa que lhe consentisse afirmar a possibilidade de uma linguagem coreográfica independente (SASPORTES, 1983, p. 9).

Estas palavras apontam para diversas considerações. A primeira delas é

a de que o livro trata especificamente do que se conhece comumente por Balé

(forma aportuguesada de ballet) identificado, no texto por Bailado. Não trata da

Dança em geral, pois a mesma não se restringe ao Balé ou ao Bailado. A

própria citação em dois momentos utiliza as palavras Dança e Bailado para

indicar coisas diferentes. Mas, ao mesmo tempo, ao mencionar sobre a

necessidade de o Bailado buscar uma estética coreográfica própria, indica

também a necessidade de a Dança, em geral, ter definida a sua natureza no

campo das artes e como uma das formas de linguagem humana. Além disso,

ao afirmar que a Dança não é uma arte narrativa, para contrapor-se ao fato de

o Bailado, ou o balé, ter se deixado prender “à noção de um discurso que se

devia traduzir em movimento e procurou chamar a si o canto e a declamação

de modo a tornar mais explícita a história que a Dança devia ilustrar”.

As posições a este respeito foram diversas e até opostas no período de

abrangência do relato do livro. Algumas defendendo a participação do Bailado

nas óperas, pois ali, seria o seu lugar e outros como foi o caso de Wagner, que

simplesmente não aceitava isso. Aliás, os relatos dos posicionamentos de

Wagner e de vários de seus (suas) seguidores (as) ganham um grande

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destaque ao longo do livro. Foi nesse ambiente que, segundo o autor do livro,

aparece a figura de Mallarmé “que quis acreditar que a Dança podia ser uma

arte superior” (SASPORTES, 1983, p. 11). Wagner, na verdade, não era

contrário à Dança. O que ele não admitia era a presença dos bailados nas

óperas. Sua posição era de que a Dança deveria ter uma característica própria

enquanto arte e os seguidores de suas ideias trabalharam nessa direção. Mas,

a oposição entre os que defendiam a presença do Bailado nas óperas e os que

não o faziam, continuou por largo tempo.

Talvez a parte mais delicada da situação estivesse num fato relatado por

Sasportes (1983, p. 16) que assim o expõe:

Os problemas da teoria estética não interessavam nem bailarinos, nem coreógrafos, que raramente se dedicaram à reflexão sobre a sua arte e, ainda menos, chegaram a conceber e a formular projetos estéticos coerentes. Desejavam ser apenas homens do seu ofício, nada mais. Deixavam assim, livre o terreno aos poetas que passaram a encarregar-se de pensar a Dança, com a naturalidade de quem iria ocupar, no domínio do Bailado, um lugar idêntico ao do libretista no campo da ópera. Atribuíram-se o papel de autores dos Ballets e julgaram-se em posição de contribuir para o renovamento da Dança. Esta ambição tinha as suas raízes nas convenções da época que reduziam o coreógrafo a um simples artesão do espetáculo, sem grande poder sobre o projeto da obra a apresentar.

Aí está um problema sério: não ter poder sobre o projeto de qualquer

obra, no caso uma Dança, ou, por outra, uma coreografia. Ter poder sobre os

próprios projetos significa executar com intencionalidades claras e decididas

por quem os (as) realizam. Uma Dança, se individualmente concebida, deve

poder refletir algo que vem da pessoa: algo de sua sensibilidade provocada por

qualquer fator que seja. Realizá-la decorre de uma projeção, de um projeto (no

sentido de algo a ser lançado para frente, para o futuro, próximo ou mais

remoto). Nem sempre há muita clareza nos projetos, especialmente naqueles

que se originam de certas sensibilidades como as emocionais. Mas, há sempre

intencionalidades aí presentes. Prova disso podem ser certos dizeres quando

alguém executa algo e afirma não ter gostado. Em geral se diz: “não era isso o

que eu queria”. A execução, nesse caso, não correspondeu ao projetado. Fica-

se, de algum modo, satisfeito quando a execução corresponde ao desejado. É

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o caso de uma realização artística como uma Dança. O mesmo se pode dizer

de projetos coletivos de Danças como os bailados em grupos. Há neles

intencionalidades que devem ser partilhadas por todos os (as) participantes da

Dança a ser realizada. Estas intencionalidades devem refletir projetos ou

projeções de sentimentos dos envolvidos na obra realizada.

Quando era negativa a postura dos coreógrafos que se satisfaziam (ou

se acomodavam) a serem apenas artesãos das Danças por não participarem

do projeto, ou seja, das motivações ou das intencionalidades, o mesmo se

deve dizer de Danças que, mecanicamente, são “ensaiadas” com crianças ou

jovens nas escolas, por exemplo.

Vale, ainda, chamar a atenção para uma observação de Sasportes

relativa ao prestígio de Mallarmé e de Cocteau. Diz ele que, dado o fato, à

época (em torno do final do Século XIX e começo do XX), de os poetas e

músicos terem se dedicado a produzir ou libretos ou músicas para Danças, isso

os levou, de alguma maneira, a idealizar conteúdos ou significação para esta

arte, provocando certo movimento de busca de “certa substância estética de

que a Dança, no Ocidente, se tinha esvaziado” (SASPORTES, 1983, p. 16).

Mas, lamenta-se o autor, não houve quase contato, ou diálogo, desses poetas

e músicos com as pessoas que Dançavam. No entanto, houve algo que

influenciou o público dos espetáculos de Danças: este público aprendeu a

esperar de cada apresentação algo que lhe levasse não apenas uma

coreografia "mecânica", mas sim Danças com conteúdos significativos. Este

aprendizado levou o público parisiense a apreciar, em 1909, as apresentações

dos Balés russos que trouxeram, segundo o autor, uma revolução neste

campo, como ele diz:

Este público aprendeu a esperar por uma renovação da Dança e foi este clima de expectativa que permitiu transformar num grande acontecimento histórico a dúzia de espetáculos dos Ballets Russes, em Paris, em 1909. Foi também, neste momento, que o coreógrafo nasceu como artista moderno, a par dos músicos, pintores e poetas que revolucionaram as artes do novo século (SASPORTES, 1983, p. 16).

Apesar desse impulso inovador do início do Século XX, os esforços

pensantes a respeito da Dança, ou seja, as buscas pelos significados estéticos

desta arte não prosperaram muito. Faltou, ainda, até onde o autor conseguiu

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visualizar, uma produção importante de reflexão estética como a encetada por

Mallarmé e Cocteau. Ele se lamenta disso e diz ter sido negativo “... constatar

que hoje, na Europa, os coreógrafos não se entregam a uma reflexão profunda,

teórica e prática, sobre sua arte. Uma reflexão que seja um desenvolvimento

do pensamento estético que lhes coube herdar” (1983, p. 17).

Este lamento do autor parece contradizer o que afirmara anteriormente

ao dizer que, nos inícios do Século XX, o “coreógrafo nasceu como artista

moderno” (vide citação acima). Na verdade, o que procura mostrar no livro é

que este nascimento não prosperou ao longo do Século. Quando escreve o

livro, que em 1983 constata ser isso o que ocorreu. Ou seja, no âmbito da

Europa e até onde lhe foi possível averiguar, a Dança não mereceu a devida

atenção da reflexão estética. Apesar de ter havido um rico momento de

debates nos 50 anos descritos no livro e que deveria ter servido de recurso

para novas investidas no campo da Dança. Isso, porém, não aconteceu. Daí o

lamento do autor nas últimas linhas do livro: “Quem recebeu esta herança teve

entre mãos um imenso espólio estético, mas, na Europa, muitos anos deverão

passar até que o fogo criador e a capacidade de interrogar a Dança retomem o

seu lugar” (1983, p. 166).

Este fogo criador parece ter sido despertado ao longo do Século XX no

qual convivem visões negativas e positivas, caminhando, porém, para uma

predominância de visões positivas a respeito desta importante atividade

artística.

1.2.6. Corpo-Dança na Época Contemporânea.

A época na qual vivemos é denominada, por vários pensadores (as), de

época contemporânea, por outros (as), de época pós-moderna e, ainda, por

outros (as), de continuidade da época moderna. Preferimos, aqui, denominar

este momento histórico de época contemporânea. Nela, no caso da Dança, há

certa continuidade a partir do que ocorreu anteriormente.

A cultura renascentista deu início ao aumento das produções no campo

da literatura, artes e ciências o qual teve continuidade na Época Moderna. Isso

repercutiu, também, no desenvolvimento da Dança, o que veio a contribuir para

a criação da Dança Moderna. Esta, conforme diz Gitelman (1998), desvincula-

se do tradicional Balé, apontando para a liberdade da expressão corporal, na

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qual os movimentos buscam a expressão das subjetividades, ganham tons

mais vivos, inventivos e organizacionais ao caminhar no mesmo sentido das

conquistas humanistas.

A atribuição de valores relacionados aos movimentos integrantes da

Dança neste período possibilitou que os corpos obtivessem resultados de

movimentos jamais vistos, para serem apreciados pelas plateias e demais

admiradores (as) dos espetáculos artísticos. O estudo do corpo, agora, se volta

para o interior das pessoas que Dançam em busca de significados capazes de

transmitir, como também interpretar, a realidade à qual pertencem,

promovendo ressignificações constantes:

Curiosamente, é aproximadamente nesse mesmo momento, já na transição de séculos, que Loie Fuller, Isadora Duncan, Ruth Saint-Denis, Mary Wigman, Martha Graham, entre outras, começam a lançar as bases do que posteriormente seria chamado de Dança Moderna. Reivindicando maior liberdade para seus corpos, essas bailarinas abandonaram as sapatilhas de pontas e os corselets, experimentando novos figurinos. A verticalidade do torso é substituída por torções e flexões. Suas vidas pessoais, cheias de episódios de ousadia, bem expressam essa nova proposta de Dança, algo que tem relação, portanto, com uma nova postura feminina perante o mundo (MELO; LACERDA, 2009, p. 48).

A Dança veste uma nova roupagem, fica sem sapatilhas e se aproxima

dos valores cotidianos iniciados por inúmeros (as) percussores (as) para o

nascimento das diferentes formas de dançar. Pode-se afirmar que os caminhos

da Dança, neste momento, vão à direção de ideais educativos, estéticos.

Há fortes movimentos de ressignificação da Dança: a Dançarina e

pesquisadora da área de semiótica, Rosana Van Langendonck (2016),

esclarece que a partir da metade do século XX, alguns países pioneiros como

Alemanha, França, Inglaterra, Estados Unidos e Brasil fortaleceram as buscas

por propostas que pudessem reconfigurar a arte de dançar, desvinculando-se

da padronização dos movimentos coreográficos e da rigidez do tecnicismo

oriundo das Danças clássicas.

A designer e cenógrafa Bodanzky (2007) investiga os procedimentos

voltados à elaboração coreográfica da Dança Contemporânea, que se

reconfigura continuamente. Embora, a Dança continue a ser o principal foco do

encantamento artístico de um espetáculo, tanto para os que Dançam quanto

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para os que a apreciam, novidades com a implantação de elementos de

cenografia e iluminação se mostram, cada vez mais, imprescindíveis para a

plasticidade espaço-temporal do espetáculo.

Mas, mais que isso, para Bodanzky (2007) deve-se buscar despertar a

interpretação coreográfica da Dança com autonomia, dinamicidade,

subjetividade, contextualização. Diz ela que os significados, na Dança, se

revelam sustentados por características do sistema corporal em busca da

construção de imagens, na identificação de cores, na percepção de sons, entre

outros aspectos.

Já Reis (2005), chama a atenção para apropriação do contexto

sociopolítico pela Dança, visto que a arte reproduz a realidade, possibilitando

que o corpo expresse a vida como realmente é, com seus avanços e

retrocessos, alegrias e constrangimentos, escolhas e renúncias, desejos e

frustrações.

Surgiram, neste período, as Danças Modernas e Expressionistas que se

opuseram à Dança clássica. A Dança Expressionista na Europa, com destaque

para a Alemanha, e a Dança Moderna dos Estados Unidos influenciaram as

manifestações artísticas brasileiras no século XX, vindo a se estender até o

século XXI, consubstanciando diretamente os pilares da Dança

contemporânea, formados pela compreensão da sociedade, aquisição de

valores, preceitos, conceitos e culturalização.

A Dança, ao se ressignificar, é capaz de recriar métodos de ensino-

aprendizagem, propostas, Dançarinos, coreografias, contextos, linguagem,

expressão corporal, sentidos e significados para o corpo Dançante. Esta á a

realidade de nossos dias: novos caminhos para as artes em geral e para a

Dança, em particular, acompanhando os novos caminhos que a humanidade

percorre.

A Dança ao ser realizada como manifestação artística conserva os

costumes de um determinado local (povo), em paralelo ao respectivo período e,

ao mesmo tempo, está sujeita às transformações das próprias regras e

sentidos que a construíram ao longo do tempo, tornando-se difícil prever os

seus rumos.

Vários são os (as) atores (as) das mudanças em relação, não somente a

como dançar, mas principalmente, a como se entender a Dança, já no final do

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Século XIX e ao longo do Século XX. Dentre estes (as) autores (as) podem ser

citados: François Delsarte, Isadora Duncan, Martha Graham, Jaques-Dalcroze,

Rudolf Van Laban, José Sasportes e José Gil.

François Delsarte (1811-1871) criou a metodologia Delsertiana que é

estudada, por exemplo, na dissertação de mestrado de Madureira (2002)

intitulada ‘François Delsarte: personagem de uma Dança (re) descoberta’. Diz

este estudo, que a Dança a partir de Delsarte, libertar-se-á das sapatilhas de

ponta para cultuar novas possibilidades de movimentos. Suas pesquisas e a

formulação de conceitos aliados a aplicabilidade prática serviram de inspiração

para pedagogos, atuações teatrais, além de edificar as bases da Dança como

conteúdo da educação corporal. Sobre ele, Bourcier (2006, p.43) afirma o

seguinte:

O descobridor dos princípios fundamentais da Dança Moderna é um cantor semifracasso que, justamente em virtude de seu fracasso, concentrou sua reflexão e suas experiências nas relações entre alma e o corpo, mais exatamente nos mecanismos pelos quais o corpo traduz os estados sensíveis interiores: François Delsarte.

A bailarina norte-americana Angela Isadora Duncan (1877-1927), trouxe

ricas reflexões de como criar diferentes formas de movimentar o corpo que

Dança, buscando desvinculá-lo das rígidas exigências tecnicistas do Balé

Clássico.

As denúncias direcionadas às fatídicas lesões provocadas pelas

sapatilhas de ponta, que desde o período Renascentista se fazia presente

entre os Dançarinos clássicos, foram capitaneadas por Isadora Duncan. Sua

postura ousada, fruto, de sua personalidade questionadora para os padrões

sociais da época, tornaram-se características marcantes da sua Companhia de

Dança, influenciando inúmeros (as) Dançarinos (as) que por lá atuaram. Ela

constrói sua carreira balizada pelo prazer dos corpos que, pela Dança, se

correlacionam, permitindo criações coletivas que transmitam a subjetividade

dos (as) participantes do espetáculo Dançante. Espetáculo que passa, na visão

de Duncan, a oferecer liberdade ao corpo, contrapondo-se à alienação dos

movimentos das Danças clássicas, que ao serem repassados de geração em

geração, foram apenas replicados, sem a permissão para que fossem

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contestados e para que fossem possíveis expressões peculiares dos sujeitos

neles envolvidos. Para ela, a Dança deve ser expressão da vida, como afirma

nas palavras seguintes:

Desde o início, sempre dancei minha vida. Quando menina eu dançava a alegria espontânea dos seres em crescimento. Já adolescente, dançava, com uma alegria que se transformava em apreensão, obscuras e trágicas correntes que já começava a ressentir (DUNCAN, 1927, p. 14).

A nova forma de se dançar desenvolvida por Duncan permitiu que os

(as) Dançarinos (as) se despissem das sapatilhas de ponta, das amarras dos

espartilhos e do aprisionamento dos movimentos, para atuarem descalços, com

roupas de uso cotidianas e repletas de expressividade singular. Em razão

disso, sua fama e reconhecimento possibilitou que a mesma excursionasse por

vários países da Europa e da América, incluindo o Brasil. Suas experiências

foram registradas em duas publicações: “A Dança” (1909), editado em 1929

como a “Arte da Dança” e uma autobiografia “Minha Vida”, de 1927, ano de sua

morte.

Vale a pena registrar a citação seguinte de um estudioso da Dança:

A vida e a mensagem de Isadora Duncan são bem conhecidas. A partir da Califórnia, ela esteve presente em círculos artísticos de grande influência. Sabemos hoje que Michel Fokine, um jovem coreógrafo rebelde do teatro de Maryinsky, de fato a viu dançar e que sua Dança provavelmente reforçou as ideias que ele próprio tinha sobre o uso do tronco, do fluxo natural dos braços, de expressividade do movimento robusto e natural. Duncan deu à Dança moderna a controvérsia para a rebelião e injetou combustível no balé clássico propiciando seu renascimento através dos Ballets Russes de Diaghilev (GITELMAN, 1998, p. 10).

Concentrada na criação de uma Dança sem tamanho, sem raça, sem

repetição, sem mutilações, sem repertórios e, às vezes, até com ausência de

música, nascem alguns pilares das danças modernistas.

Outra Dançarina norte-americana, Martha Graham (1894–1991),

estabeleceu um novo padrão interpretativo da Dança para a sua época. É dela

a frase: “Dança é a linguagem da alma”. Ela busca fazer o corpo falar sem usar

a voz e assimilar a Dança como uma maneira de linguagem e comunicação

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expressiva, capaz de representar as ações cotidianas concretas. Ela era crítica

dos métodos de Isadora Duncan que transformava tudo em Dança, dos seres

da natureza aos objetos cotidianos. Segundo ela, isso era apenas mímica. Daí

ter desenvolvido métodos pautados na disciplina e no prazer em Dançar

expressivamente, sem se prender a sequências e imitações coletivas, tanto nos

ensaios e estudos dos exercícios quanto nos espetáculos artísticos.

Estas novas posturas decorrentes de análises críticas de certa tradição

da Dança, forma importantes para os novos caminhos da Dança para a época

contemporânea. Um desses caminhos é trilhado por Émile Jaques-Dalcrose

(1865-1950) que influenciou a Dança a partir da década de 1930. Ele buscava

uma nova era de movimento, ritmo e música. Suas fundamentações teórico-

práticas o levaram a elaborar o método eurrítmico, constituído por uma

organização de treinamento entre ritmo musical e expressão corporal,

baseando-se sempre nas respostas dos (as) aprendizes por meio de gestos

rítmicos-corporais. Nesse sentido, o movimento mostra-se de fundamental

gravidade para a aprendizagem e consciência rítmica corporal, fazendo aflorar

a musicalidade em concomitância ao corpo que se expressa (DALCROZE,

1954).

Considerado como um dos maiores teóricos da Dança no século XX,

Rudolf Van Laban veio ao mundo em 15 de dezembro de 1879, no extinto

estado Austro-húngaro, onde atualmente se encontra a cidade de Bratislava,

na Eslováquia. Educador, Dançarino, coreógrafo, mas principalmente um

profícuo estudioso da Dança, dedicou-se às pesquisas da linguagem da Dança

em diferentes estágios tangenciados pela ação de criar, apreciar e educar

inserindo a teatralização em suas apresentações e ensinamentos (LABAN,

1971). No Brasil é reconhecido como professor da percepção artística, da sua

origem estética e da Dança enquanto linguagem.

As obras de arte espalhadas pelo mundo afora, registros históricos,

livros e filmes instigam os apreciadores a valorizarem a criação, origem e

detalhamento do conhecimento artístico da Dança, tornando-a significativo

instrumento cultural.

Espera-se que, um pouco da história aqui apresentada, tenha mostrado

o quanto a Dança faz parte, juntamente com outras artes, da construção dos

seres humanos e o quanto ela é importante como forma de expressão de sua

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sensibilidade. Se houve momentos de desvalorização da Dança por parte de

certas elites, nunca deixou de existir e de ser valorizada pelo povo. Em nossos

dias esta valorização é crescente, mas, infelizmente, no campo da educação,

as visões positivas demoram mais tempo a ocorrer e, talvez se possa dizer que

elas não são, ainda, majoritárias. Há ainda, visões negativas em relação à

Dança no meio educacional. Mas, concepções positivas, já são mais

frequentes que em épocas anteriores, como o atestam os documentos oficiais

relativos à sua presença na educação em geral e, em especial, na Escola,

como se verá no Capítulo 3 desta tese. E, também, pode-se notar a presença

desta concepção positiva na Educação Superior ao se constatar a presença da

disciplina Dança, ao menos nos Cursos de Licenciatura em Educação Física,

como se mostrará, também.

O próximo capítulo abordará alguns aspectos da relação entre Dança e

educação com vistas à busca de entendimentos relativos à sua presença na

formação docente de Educação Física pelo fato de serem eles os responsáveis

mais frequentes pelo trabalho educativo com Dança na Escola.

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CAPÍTULO 2.

DANÇA E EDUCAÇÃO E DANÇA NA EDUCAÇÃO FÍSICA.

Figura 9. Dança Educação

Fonte: Disponível em http://www.dancaravida.org.br/ Acesso em 24 de jun. de 2017.

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Nas escolas da Escola, a Dança consta como um conteúdo dentro do

componente curricular da Educação Física. Como disciplina acadêmica, a

Dança integra diferentes cursos universitários ligados às Artes e Humanidades.

Há cursos específicos para a formação em Dança voltados à formação de

bailarinos (as), coreógrafos (as), diretores (as) de espetáculos e outros. E há,

nos cursos de Licenciatura em Educação Física, a presença, ou de um

componente curricular específico de Dança, ou de conteúdos como parte de

algum outro componente curricular. Em alguns destes cursos, a disciplina

Dança consta como obrigatória. Em outros como optativa. Esses fatos

merecem análises.

Esta pesquisa tem como foco a presença do componente curricular

Dança nos cursos de Licenciatura em Educação Física que se destinam a

formar docentes qualificados (as) para ensinar nos espaços escolares além dos

jogos, das brincadeiras, das ginásticas, dos esportes, também as Danças. Daí

a necessidade de se analisar esta presença à luz de considerações a respeito

do prestígio da Dança na educação, em especial na Escola.

2.1. Dança, Corpo e Educação.

O objetivo deste capítulo é trazer considerações da Dança para a

educação em geral e, em especial, para a Escola, ou seja, para o Ensino

Fundamental e Médio, campo majoritário de atuação do (a) docente de

Educação Física.

Convém retomar, aqui, duas ideias apresentadas no capítulo primeiro. A

primeira é a que afirma ser a Dança uma forma de arte que consiste do

movimento expressivo do corpo. Movimentos que têm valor estético e

simbólico. Estético por manifestar, por meio dos movimentos corporais

ritmados, sensibilidades humanas em relação à realidade e ao próprio ser

humano e suas vivências. Simbólico pelo forte conteúdo significativo que

manifesta.

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Se assim for, tem-se, aí, uma indicação forte relativa ao papel formativo

da Dança: por ser ela sequências de movimentos expressivos do corpo, sua

expressividade tem valor estético por manifestar sensibilidades humanas

(sempre uma necessidade) e tem valor simbólico por exatamente significar, ou

querer significar as sensibilidades manifestadas. Quando se quer significar, faz-

se isso para si mesmo e também para os outros. O ato de dançar é um rico

canal de expressão das sensibilidades e de manifestação destas sensibilidades

que, muitas vezes, ficam represadas nas pessoas por falta de um canal ou uma

via de expressão significativa que também a Dança lhes pode oferecer. Não

por acaso, a humanidade criou desde os seus primórdios como se viu no

primeiro capítulo, dentre as diversas linguagens, também a da Dança.

Esta primeira consideração faz refletir a necessidade do oferecimento de

oportunidades de desenvolvimento desta forma de expressão na educação de

crianças e jovens e, de modo particular, nas escolas.

A segunda consideração deriva da citação feita de dizeres de Paviani

(2011), também constantes do primeiro capítulo. Dela foram retiradas as

seguintes passagens:

A Dança é muito mais do que a arte do movimento físico. Sendo gesto, linguagem corporal, expressão artística, manifestação social, (...) perdemos a compreensão original das relações entre a mente, o corpo e o mundo, e nos deixamos iludir por essa percepção externa ao fenômeno que separa corpo, consciência e Dança. (...) a Dança nunca é apenas Dança no sentido trivial e comum do termo. (...) ela é corporeidade, movimento, expressão, canto, música, poesia e, portanto, também forma de culto, manifestação social e religiosa, forma artística e comunicação universal.

Não se pode perder a compreensão das relações “entre a mente, o

corpo e o mundo”, pois a Dança “é corporeidade, movimento, expressão, canto,

música, poesia” e “forma artística e comunicação universal”. Não se pode

perder nada disso, especialmente no processo educativo. As pessoas não

apenas o merecem, mas, disso, têm necessidade. E o que é necessário não

pode ser sonegado. Daí dizer, ainda Paviani (2011), também já citado: “Por

isso, a Dança, quando entendida como expressão radical do ser humano,

devolve-nos os sentidos da presença humana no mundo, nas relações com os

outros e com as coisas”.

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Como algo tão rico de interfaces culturais e políticas como a Dança, está

distante da atuação e da formação humana?

Talvez, porque, por condições histórico-culturais, tenha havido nos

sistemas de educação escolar, especialmente no mundo moderno, maior

valorização das atividades cognitivas e forte depreciação de tudo o que dizia e

diz respeito ao corpo, ou à corporeidade e às sensibilidades humanas e suas

manifestações. Dentre elas às manifestações proporcionadas pela Dança.

Dança e educação tem tudo a ver uma com a outra. E ambas

entrelaçadas com as necessidades de um ser humano que é,

fundamentalmente, também corpo. Pois, não é possível falar em Dança sem

falar do corpo. Dança, corpo e educação formam um tripé inseparável. Não é

possível dançar sem o movimento do corpo, e tudo o que diz respeito ao corpo

diz respeito, de alguma maneira à educação. Como a Dança diz respeito ao

corpo, ao corpo em movimento buscando significar algo, ela diz respeito,

também, à educação.

A Dança sempre fez parte da maneira de ser dos seres humanos e, pela

educação, as diversas maneiras de dançar, conforme as diversas culturas

foram ensinadas e transmitidas de uma geração à outra. Nossos ancestrais

nasciam em meio à Dança nos rituais comemorativos da natalidade. Nossos

bebês, hoje, nascem e ficam presos nas incubadoras, nos berços e nos

quartos; nossas crianças ficam restritas, muitas vezes, às casas e aos

apartamentos, sem participação em experiências de Dança. Nas salas de aula,

algo se faz, mas é pouco e nem sempre a Dança é vista, nas escolas, com o

sentido colocado nos dois capítulos anteriores. A vida nas cidades está

reduzindo nosso espaço e, consequentemente, nosso movimento e mais ainda

as possibilidades do movimento expressivo e significativo da Dança.

Gariba e Franzoni (2007), a partir de seus estudos, falam sobre a

presença da Dança nas sociedades desde os tempos mais antigos: “Ao se

analisar a vida de qualquer civilização, desde as mais remotas até os dias

atuais, verificam-se entre as expressões culturais atividades como jogos,

desportos e Dança” (2007, p. 155). Afirmam, ainda, que:

A Dança tinha características lúdicas e ritualísticas, nas quais ocorriam manifestações de alegria pela caça e pesca ou

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dramatizações pelos nascimentos e funerais. Percebe-se que os acontecimentos importantes e significativos, na sociedade antiga, ocorriam com uma constante participação corporal (GARIBA, 2005, p. 156).

Nos seus estudos estas autoras apontam como a Dança sempre foi uma

maneira forte de expressão dos sentimentos humanos nas diversas ocasiões,

especialmente em relação a acontecimentos julgados importantes em cada

sociedade.

Nesse sentido, a Dança sempre visou acontecimentos importantes da própria vida, da saúde, da religião, da morte, da fertilidade, do vigor físico e sexual, também permeando os caminhos terapêuticos, artísticos e educacionais, estabelecendo assim, uma diversidade interessante para essa manifestação. Dessa forma, a Dança se insere no universo cultural, expressando significados, simbolizando a existência humana (GARIBA, 2005, p. 156).

Por que, nos nossos dias, perguntam as autoras, a Dança está cada vez

mais ausente, seja na educação informal, seja, na educação formal, em grande

parte das escolas brasileiras? Se ela foi sempre tão valorizada, porque se torna

um assunto tão polêmico na educação e na formação contemporânea?

Isso não deveria acontecer, pois, a “(...) Dança enquadra-se como

linguagem que deve ser ensinada, aprendida e vivenciada, na medida em que

favorece o desenvolvimento de vertentes cognitivas, éticas e estéticas e

contribui qualitativamente para as questões da socialização e expressão”

(GARIBA, 2005, p. 159).

E mais, dizem as autoras: “Atividades corporais advindas da

expressividade, comunicação, alegria, liberdade são elementos relevantes na

vida do ser humano” (Idem p. 159). A Dança faz parte destas atividades

corporais e, por conta disso,

... a Dança, então, pode ser uma ferramenta preciosa para o indivíduo lidar com suas necessidades, desejos, expectativas e também servir como instrumento para seu desenvolvimento individual e social. Nessa perspectiva, pode-se considerar a Dança como uma fonte de percepção, entendendo-se que a elaboração do conhecimento passa pelo corpo (GARIBA, 2005, p. 160 e 161).

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Daí a importância de sua presença na educação: tema a ser tratado no

próximo item.

2.2 Dança-Educação e Dança na Educação Física.

Nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) a Dança é contemplada

nos conteúdos de Arte. Assim é dito a respeito de sua importância na

Educação:

A atividade da Dança na escola pode desenvolver na criança a compreensão de sua capacidade de movimento, mediante um maior entendimento de como seu corpo funciona. Assim, poderá usá-lo expressivamente com maior inteligência, autonomia, responsabilidade e sensibilidade. Tal visão está de acordo com as pesquisas mais recentes feitas pelos neurocientistas que estudam as relações entre o desenvolvimento da inteligência, os sentimentos e o desempenho corporal. Essas novas teorias criam um desafio à visão tradicional que separa corpo e mente, razão e emoção. Um dos objetivos educacionais da Dança é a compreensão da estrutura e do funcionamento corporal e a investigação do movimento humano (BRASIL, 1997).

Esta é uma visão que se coaduna com certos entendimentos da Dança

como componente curricular que a vê como algo educativo e não apenas como

algo a ser feito de maneira mecânica e sem sentido para os (as) alunos (as).

Dentre estes entendimentos, citam-se os que seguem.

Assim sendo, o ensino da Dança na escola deve estar vinculado a aspectos motores, sociais, cognitivos, afetivos, culturais, artísticos, pois como atividade pedagógica tem a função de superar uma cultura corporal voltada para execução de movimentos já preestabelecidos, produzidos pela humanidade (GARIBA, 2005, p. 160 e 161).

Daí dizerem ainda, estas autoras:

A Dança é importante para a formação humana, na medida em que possibilita experiências dos (as) alunos (as), bem como proporciona novos olhares para o mundo, envolvendo a sensibilização e conscientização de valores, atitudes e ações cotidianas na sociedade (GARIBA, 2005, p. 162).

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Valores, atitudes e ações que se complementam como outros bons

resultados das vivências educativas em Dança.

Entende-se que o fundamental é ser capaz de compreender a Dança como uma linguagem que, para além de permear o processo de produção do conhecimento e a inserção das práxis sociais, prioriza não só esse processo de construção, mas também os resultados dele advindos, remetendo-os a momentos preciosos, capazes de despertar a consciência crítica de quem os vivenciam (GARIBA, 2005, p. 159).

Deve haver um casamento entre Dança e educação, por diversas

razões. Infelizmente, a Dança e tudo o que diz respeito a ações educativas

voltadas para o corpo, não têm merecido a devida atenção, talvez por colocar

não só em primeiro lugar os aspectos intelectuais dos seres humanos (muitas

vezes como único objetivo). “No desenvolvimento histórico, a educação escolar

tem privilegiado valores intelectuais em relação a valores corporais” (GARIBA,

2005, p. 161). Esta situação merece ser repensada. Não para eliminar, ou

diminuir os cuidados com o desenvolvimento intelectual das novas gerações,

mas para apontar a necessidade dos cuidados com o corpo e com tudo o que

diz respeito a suas legítimas manifestações. Não é fácil caminhar na contramão

da crítica, ou das críticas que se fazem às propostas de valorização de uma

educação que leve em conta a corporeidade e suas manifestações.

Na contramão dessa crítica, há que se considerar que é

impossível negligenciar uma educação que considere o corpo

como um instrumento de valor, já que o indivíduo age no

mundo, por meio do seu corpo. É o corpo que serve como

veículo de expressão, comunicação, apreensão e

compreensão de uma realidade. As manifestações artísticas

figuram como propulsoras desse veículo e refletem em recurso

auxiliar na formação do indivíduo, uma vez que tratam o corpo

na sua totalidade (GARIBA, 2005, p. 161).

As novas posições relativas ao cuidado de se levar em conta a

corporeidade e suas manifestações na escola, no caso, as manifestações por

meio da Dança, respondem as expectativas que surgem em uma parcela

relativamente já ampla da população apontando por novas esperanças de

mudanças: “A visão tradicional da cultura corporal, entretanto, vem se

modificando. Alguns estudiosos da área elucidam que, atualmente, existe uma

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melhor compreensão dos valores formativos e criativos da Dança, que levam a

uma ampliação das ações corporais” (GARIBA, 2005, p. 161).

Isabel Marques (2012, p. 17), por exemplo, afirma o seguinte:

Felizmente, desde que Roger Garaudy (1989) pessimistamente declarou ser a Dança o “primo pobre da educação”, o parentesco dessa linguagem artística com as demais disciplinas do currículo já foi bastante alterado. No Brasil, nos últimos anos, a preocupação de educadores e legisladores em pelo menos mencionar a Dança em seus trabalhos e programas, tem sido evidente.

Ela cita como exemplos o fato de a Secretaria Municipal de Educação

de São Paulo ter dado relevância à Dança considerando-a “como linguagem

artística diferenciada e o fato de a Dança ter sido incluída nos Parâmetros

Curriculares Nacionais” em 1997 (Idem, p. 17).

Vê, ainda, diversas outras manifestações que apontam para novas

possibilidades neste campo e, em relação a estas possibilidades afirma o

seguinte:

... talvez seja este o momento mais propício para refletirmos criticamente sobre a função e o papel da Dança na escola formal, sabendo que este não é – e talvez não deva ser – o único lugar para se aprender Dança com qualidade, profundidade, compromisso, amplitude e responsabilidade. No entanto, a escola é hoje, sem dúvida, um lugar privilegiado para que isto aconteça e, enquanto ela existir, a Dança não poderá continuar mais sendo sinônimo de ‘festinhas de fim de ano’ (Idem, p. 19).

São, desta autora, posições significativas a respeito da Dança na

educação que passamos a comentar.

Passados alguns anos desde que pesquisadores começaram a

estudar e analisar a situação do ensino de arte no país, a

Dança ainda parece apresentar um risco muito grande a ser

tomado pela educação formal, pois ela ainda é uma

desconhecida da/para a escola. Propostas com Dança que

trabalhem seus aspectos criativos e transformadores, portanto,

imprevisíveis, ainda “assustam” aqueles aprenderam e são

regidos pela didática tradicional e pelo pensamento

conservador. Os processos de criação em Dança (e não os de

reprodução de repertórios prontos) acabam não se encaixando

nos modelos tradicionais de educação (Idem, p. 20-21).

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Há, como se vê, novas ideias relativas ao papel da Dança na educação

e, em especial, na Escola. Para que elas se efetivem é necessário pensar na

formação de docentes afinados com elas para que tragam os inegáveis

benefícios que a Dança pode oferecer. Há, hoje, uma nova forma de apreensão

de conhecimentos, diz ainda esta autora, que está ligada ao movimento do

corpo e, por conseguinte aos movimentos da Dança. Diz ela que,

... nossos alunos não mais apreendem o mundo somente por

meio das palavras, mas principalmente das imagens e dos

movimentos. A Dança, portanto, como uma das vias de

educação do corpo criador e crítico, torna-se praticamente

indispensável para vivermos presentes, críticos e participantes

na sociedade atual (Idem, p. 28).

Mas, alerta ainda, apesar de a Dança ser movimento, ela não é apenas

movimento. Ela é arte e, como tal, deve ser tratada, especialmente no tocante

aos aspectos já mencionados anteriormente relativos à manifestação da

sensibilidade (aspecto estético) e ao de expressão ou de simbolismo desta

sensibilidade.

Para se obter docentes capazes de atuar com a Dança é necessário

buscar formá-los com o ensino de certos conteúdos (que de alguma maneira

serão também ensinados nas escolas da Escola). Dentre estes conteúdos,

Izabel Marques propõe os seguintes:

Em suma, os conteúdos específicos da Dança são: aspectos e componentes do aprendizado do movimento (aspectos de Coreologia e Educação Somática); áreas de conhecimento que contextualizem a Dança (História, Estética, Apreciação e Crítica, /sociologia, Antropologia, Música, assim como saberes de anatomia, fisiologia e cinesiologia) e possibilidades de vivenciar a Dança em si (repertórios, improvisação e composição coreográfica) (2012, p. 34).

Com relação ao que ensinar nas escolas relativamente à Dança em si,

Marques indica diversas modalidades de Dança que existem em nossa

sociedade, como aquelas voltadas ao lazer (coreografias de carnaval, Danças

de salão, Danças das casas noturnas) e aquelas voltadas aos rituais (por

exemplo, as Danças dos terreiros de candomblé) ou as artísticas e teatrais

(balé, Danças populares, modernas e contemporâneas) e outras. Estes tipos

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de Dança, ou alguns deles, podem e devem ser ensinados nas escolas e, por

conta disso devem fazer parte do aprendizado do (a) licenciado (a) em

Educação Física para que as possa levar para o seu trabalho nessas

instituições. Mas, não só diz ela. Deve-se estimular as improvisações em

Dança, o que auxilia no necessário desenvolvimento da criatividade. Diz ela a

respeito:

Desta forma, incluímos a improvisação e a composição coreográfica como Danças a serem ensinadas nas escolas. Tanto uma como a outra são formas e fazer-pensar Dança e, portanto, arte. Na verdade, são esses dois processos que mais permitem aos alunos experimentar, sentir, articular e pensar a arte como criadores e participantes do mundo (Idem, 2012, p. 35).

Além disso, é importante levar em conta as escolhas dos (as) aprendizes

nas escolas. Eles têm “seus próprios repertórios de Dança, suas escolhas

pessoais de movimento para improvisar e criar assim como formas diferentes

de apreciar as Danças trabalhadas em sala de aula ou construídas em

sociedade” (Idem, p. 35).

Ou seja, a Dança já está na vida das pessoas, assim como falar e se

expressar por diversos meios. Assim como no caso da linguagem falada, a

educação escolar parte das experiências falantes das crianças para oferecer-

lhes novas aprendizagens expressivo-linguísticas, inclusive a da escrita, assim,

no caso da educação em Dança, deve-se partir do que os (as) aprendizes já

fazem e oferecer-lhes algo mais que se ligue significativamente a isso que já

sabem. Vale registrar as palavras de Marques que indicam algo a ser levado a

sério nas escolas e, também, obviamente, na formação dos (as) professores

(as) de Educação Física que atuarão com a Dança:

Ou seja, conectado ao universo sociopolítico-cultural dos alunos, cabe ao professor também escolher e intermediar as relações entre a Dança dos alunos (seus repertórios pessoais e culturais como o rap, o funk, a Dança urbana, ou ainda suas escolhas pessoais de movimento), a Dança dos artistas (o mestre de capoeira, a passista, um coreógrafo contemporâneo) e o conhecimento em sala de aula. Sem ele, as experiências de Dança já conhecidas podem se tornar vazias, repetitivas e até mesmo enfadonhas (2012, p. 36).

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Para que isso aconteça é necessário que este aspecto esteja presente

nos cursos que formam professores (as) que poderão trabalhar as Danças nas

escolas, especialmente os (as) docentes de Educação Física.

Outro aspecto interessante para o qual Marques chama a atenção, diz

respeito ao modo de encarar a Dança, nas escolas, não como algo apenas a

se fazer, mas como algo a se fazer contendo elementos de compreensão, de

entendimento, em relação a esta arte tão relevante como qualquer outra.

Docentes e discentes que dançam, não devem ser vistos apenas como

fazedores (as) de Dança, como ela diz.

Minha experiência no mundo da Dança fez-me perceber que, tradicionalmente, Dançarinos/coreógrafos/diretores têm dificuldade em manter uma distância em relação a seus corpos físicos: fomos ensinados a estar sempre, de uma maneira ou de outra, atrelados, conectados, inseparáveis deles, mesmo que com a intenção de superá-los e transcendê-los. Esta tendência desconsidera o processo intelectual para o aprendizado em Dança, por considerar que o Dançarino ou a Dançarina são simplesmente "fazedores de Dança". (...) (MARQUES, 1998, p. 71).

Ser fazedor de Dança é, simplesmente, ser um reprodutor do movimento

sem buscar a reflexão do (a) aprendiz sobre por que está aprendendo ou

realizando exercícios e composições coreográficas que têm como objetivo

apresentar para um público que admira a Dança, mas não sabe o que

realmente acontece atrás das cortinas, nas salas de aulas, nos ensaios.

Esta visão alinha-se à concepção de corpo como instrumento da Dança, como meio, "máquina" para a produção artística. O corpo nesta concepção é algo a ser controlado, dominado e aperfeiçoado segundo padrões técnicos que exigem do Dançarino uma adaptação e submissão corporal, emocional e mental àquilo que está sendo requerido dele externamente. É o Dançarino sendo visto como "material humano" (...) (MARQUES, 1998, p. 72).

Deste modo, há aqueles (as) que acreditam ser o corpo apenas uma

máquina que se molda como dentro de padrões rígidos e como se fosse uma

máquina. Mas, como ficam os sentimentos, as emoções, a sensibilidade

humana para sentir na pele a sua própria vida e a do (a) outro (a) com quem

Dança? A partir do momento em que se ignora a percepção do corpo humano

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com todas as suas diferenças e imperfeições ocorre a morte da Dança

educação.

O processo educacional atrelado a esta concepção de corpo, visa, consequentemente, a aprimorar, controlar, vencer o corpo e seus limites físicos. Não há preocupação com o processo criativo corporal individual, muito menos em traçar relações entre corpo, Dança e sociedade. O produto é o objetivo último da educação. Em geral, nesta concepção, é privilegiado o ensino de técnicas codificadas (balé clássico, Dança moderna, etc.) (MARQUES, 1998, p. 72).

Esta inquietação da autora chama a atenção para certo entendimento de

Dança, comum também em escolas, que busca apenas por resultados com alto

nível de desempenho dando valor só ao produto final do corpo. O processo do

aprendizado é esquecido pelos (as) professores (as) que acompanham grupos

de artistas-alunos (as) refletindo somente na possibilidade de vender esse

corpo-máquina-produto que conquistou um ideal de beleza.

A partir de suas reflexões, baseadas nas suas experiências como

bailarina e professora de Dança, Marques propõe uma nova compreensão da

Dança. Diz ela o seguinte: “(...) aprendi tanto intelectual quanto corporalmente

que podia pensar Dançando e Dançar pensando (...)” (MARQUES, 1998, p.

71).

“(...). Em outras palavras, o processo educativo não poderia destruir a

nossa criança interior. O processo, assim, torna-se bem mais importante que o

produto” (MARQUES, 1998, p.73). “(...). Com isto, nosso corpo é a expressão

de nosso gênero, etnia, faixa etária, crença espiritual, classe social etc.”

(MARQUES, 1998, p. 75).

Suas ideias indicam a possibilidade de construção de caminhos que

levem a um novo conhecimento que possa provocar inquietações sobre como e

porque os currículos devem abraçar a Dança na educação, o que deve

expressar nos planejamentos, metodologias, conteúdos, objetivos, avaliações e

até no referencial bibliográfico.

Estes caminhos começaram a se abrir não faz muito tempo. Mas, já há

avanços conforme dizem Albano e Ostetto (2010, p. 7): “Se a arte-educação

articulou-se, historicamente, através de discussões e propostas que envolviam

apenas as artes visuais, compreendemos hoje a necessidade de integrar no

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campo a Dança, a música, o teatro, o cinema e a literatura”. Essa compreensão

começa a se expandir, mas estamos ainda no momento de delinear algumas

estratégias didático-pedagógicas para auxiliar o corpo docente e discente das

instituições de ensino a repensarem suas atuações e formações, mesmo

vencidos por problemas políticos educacionais que revelam a dificuldade e

deficiência em ensinar a Dança nos espaços educativos. Uma das dificuldades

está mesmo no campo do ensino de artes, pois não há, ainda, um

reconhecimento generalizado a respeito da Dança na educação como o há em

relação às artes tradicionalmente já realizadas nas escolas.

Por outro lado, não se trata de negar essas artes tradicionais, implica uma perspectiva de arte não só para ser contemplada e admirada à distância, mas para ser aprendida, compreendida, experimentada e explorada, numa tentativa de levar o indivíduo a vivenciar o corpo em todas suas dimensões. Remete a Dança como atividade capaz de ampliar o rol de conhecimentos de um indivíduo, pela relação consigo mesmo, com os outros e o mundo, no desenvolvimento das suas potencialidades humanas. Enfim, permitindo uma maior acessibilidade da população a essa linguagem (GARIBA, 2005, p. 162 e 163).

Isso é necessário, mesmo que ainda veja a Dança, quando ela está

presente em alguns momentos na escola, como apenas reprodução de tipos de

Danças e não como criação por parte dos (a) alunos (as). Muitos (as) docentes

propõem reproduções de movimentos da Dança ao invés de permitir a criação

de novas linguagens. A proposta é que perceba “que o campo de abrangência

desse conteúdo é rico e diversificado, porém não deve ser entendido como

‘receita de bolo’, em uma visão tradicional” (GARIBA, 2005, p. 163).

Deve, sim, ressoar como auxiliar, acrescentando ao processo de ensino-aprendizagem aspectos diretamente relacionados ao corpo, à Dança, à pluralidade cultural, levando sua prática a uma (re) leitura de mundo totalmente voltada para nossa realidade histórica e social (GARIBA, 2005, p. 163).

As ideias destas autoras e de outras e outros, precisam chegar não

apenas ao corpo docente de Educação Artística em sua formação, mas

também, ao de Educação Física aos quais tem sido confiado comumente o

ensino de Dança nas escolas.

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Esta preocupação com a preparação dos (as) formados (as) em

Educação Física para o ensino de Dança tem sido ampliada e isto pode ser

visto seja nas indicações legais relativas aos currículos dos cursos de

Licenciatura em Educação Física, seja na constatação da presença efetiva da

disciplina Dança nas propostas desses cursos em diversas instituições de

ensino superior que os oferecem como se verá nos próximos capítulos.

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CAPÍTULO 3.

A DANÇA COMO CONTEÚDO FORMATIVO PARA A LICENCIATURA EM

EDUCAÇÃO FÍSICA.

Figura 10. Dança na Educação Física.

Fonte: Disponível em http://janioamabale.blogspot.com.br/2010/05/relacao-entre-danca-e-educacao-fisica.html Acesso em 24 de jun. de 2017.

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3.1. A Dança na Matriz Curricular para os cursos de Educação Física.

Na Resolução do Conselho Nacional de Educação que aprovou as

Diretrizes para a Graduação em Educação Física (publicada no Diário Oficial

da União em 05/04/2004) há, em seu artigo 4º, parágrafo 1º a seguinte

indicação:

O graduado em Educação Física deverá estar qualificado para analisar criticamente a realidade social, para nela intervir acadêmica e profissionalmente por meio das diferentes manifestações e expressões do movimento humano, visando à formação, a ampliação e o enriquecimento cultural das pessoas, para aumentar as possibilidades de adoção de um estilo de vida fisicamente ativo e saudável (Negritos nossos) (BRASIL, 2004, p. 1).

Esta ideia encontra-se ampliada nos termos em que aparece na

Resolução do CNE, ao indicar os conteúdos e competências que devem estar

incluídos no curso de Educação Física, aparecendo a Dança formalmente na

seguinte passagem do artigo 6º ao indicar que o futuro docente deve ser capaz

de:

Pesquisar, conhecer, compreender, analisar, avaliar a realidade social para nela intervir acadêmica e profissionalmente, por meio das manifestações e expressões do movimento humano, tematizadas, com foco nas diferentes formas e modalidades do exercício físico, da ginástica, do jogo, do esporte, da luta/arte marcial, da Dança, visando à formação, a ampliação e enriquecimento cultural da sociedade para aumentar as possibilidades de adoção de um estilo de vida fisicamente ativo e saudável (Negrito nosso) (BRASIL, 2004, p. 2).

No parecer do Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação

Superior (CNE/CES) número 0058/2004, aprovado em 18/02 de 2004, do qual

decorrem as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em

Educação Física está presente a Dança como conteúdo necessário neste

curso, nos seguintes termos:

A dimensão da prática de atividades físicas, recreativas e esportivas refere-se ao direito de os indivíduos conhecerem e terem acesso às manifestações e expressões culturais que constituem a tradição da Educação Física, tematizadas nas

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73

diferentes formas e modalidades de exercícios físicos, da ginástica, do jogo, do esporte, da luta/arte marcial, da Dança (Negrito nosso) (BRASIL, 2004).

Nos Parâmetros Curriculares Nacionais 3°e 4° ciclos do Ensino

Fundamental: Educação Física, à página 71, em nota de rodapé é afirmado em

relação ao que deve ser considerado também como orientações para atuar

com Dança no âmbito das aulas de Educação Física:

O enfoque neste item é complementar ao utilizado pelo bloco de conteúdo Dança, que faz parte do documento de Arte. O professor encontrará, naquele documento, mais subsídios para desenvolver um trabalho de Dança, no que tange aos aspectos criativos e à concepção da Dança como linguagem artística (BRASIL, 1998, p. 71).

Estas e outras falas indicam o reconhecimento educativo da Dança, nos

documentos oficiais, os quais apontam, ainda, para a necessária formação

específica do (a) professor (a) da Licenciatura em Educação Física para o

ensino educativo da Dança nas escolas.

Se assim é, de acordo com o que foi colocado nos capítulos anteriores e

de acordo com o que é indicado nos documentos legais, conforme visto acima,

faz sentido investigar, primeiro, se a componente Dança está presente nas

propostas dos Cursos de Licenciatura em Educação Física. Seja como

disciplina obrigatória, seja como disciplina optativa.

3.2. Dança e/ou Atividades Rítmicas como componente da Matriz

Curricular das Licenciaturas em Educação Física das IES investigadas.

Esta investigação foi feita, primeiro, junto a IES da Cidade de São Paulo

e junto a duas IES da Grande São Paulo que oferecem cursos de Licenciatura

em Educação Física.

Em seguida foi investigado a respeito dos conteúdos que constam em

planos de ensino (ou em programas de ensino) da disciplina Dança ou da

disciplina Atividades Rítmicas dos Cursos de Licenciatura em Educação Física

dessas Instituições de Ensino Superior. O resultado desta investigação é

apresentado no item seguinte a este.

Antes, porém, é importante frisar que o objeto inicial da pesquisa eram

os Cursos de Licenciatura em Educação Física das Instituições de Ensino

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Superior da Cidade de São Paulo. Contudo, dadas as dificuldades encontradas

para se obter os dados de um número significativo de IES desta Cidade (foram

obtidos apenas de seis IES) e, tendo sido possível obter dados de duas IES da

Região Metropolitana de São Paulo, optou-se por incluí-las na pesquisa para

se ter um universo de estudos um pouco mais amplo.

Os caminhos percorridos para a obtenção dos dados de que

precisávamos, levaram-nos a outras informações que julgamos interessantes

registrar, pelo fato de ajudarem a situar o caso das oito IES investigadas em

um contexto mais amplo.

A seguir, uma descrição sucinta desses caminhos e uma apresentação

dessas informações.

O primeiro passo foi o de identificar as IES, na Cidade de São Paulo que

ofereciam Cursos de Licenciatura em Educação Física. Foi acessada a

plataforma de consulta do Ministério da Educação (MEC), na qual são

disponibilizadas as home page das Instituições de Ensino do Brasil e, por meio

desta plataforma foram detectados os endereços eletrônicos dos (as)

coordenadores (as) e/ou diretores (as) das IES de São Paulo. Como, nesta

plataforma, constam informações a respeito das IES do Brasil que oferecem

cursos de Educação Física e, ao mesmo tempo, informações sobre as que

oferecem somente bacharelado, as que oferecem somente Licenciatura e as

que oferecem ambas as modalidades, julgamos interessante registrar estas

informações.

Esta consulta foi realizada em outubro de 2016 e foi encontrado o total

de 1212 Cursos de Ensino Superior de Educação Física com oferta de

Bacharelado e Licenciatura no Brasil.

TOTAL

Instituições de Ensino Superior com cursos de

Licenciatura e Bacharelado em Educação Física do BRASIL em 2016.

1212

Cursos de Ensino Superior de Educação Física do Brasil de Bacharelado e Licenciatura. Disponível em http://www.buscafaculdade.com/curso/390/# Acesso em 16 de out. de 2016.

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75

Na mesma consulta foram encontrados 335 Cursos de Ensino Superior

de Bacharelado e Licenciatura em Educação Física no Estado de São Paulo.

TOTAL

Instituições de Ensino Superior com cursos de

Licenciatura e Bacharelado em Educação Física no ESTADO DE SÃO PAULO.

335

Cursos de Ensino Superior de Educação Física do Estado de São Paulo de Bacharelado e Licenciatura.

Disponível em http://www.buscafaculdade.com/curso/390/# Acesso em 16 de out. de 2016.

Destes 335 cursos, 100 deles localizam-se na Região Metropolitana de

São Paulo.

Quadro 1- Instituições de Ensino Superior da Região Metropolitana de

São Paulo que têm Licenciatura em Educação Física.

No. INSTITUIÇÃO PÚB/PRIV

1 CENTRO UNIVERSITÁRIO AMPARENSE Privada

2 CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA Privada

3 CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO Privada

4 CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE BARRETOS

Privada

5 CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ASSOCIADAS DE ENSINO

Privada

6 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAQUARA Privada

7 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JALES Privada

8 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE RIO PRETO Privada

9 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOTUPORANGA Privada

Continua

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76

Continuação

No. INSTITUIÇÃO PÚB/PRIV

10 CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE PAULISTA Privada

11 CENTRO UNIVERSITÁRIO FIEO Privada

12 CENTRO UNIVERSITÁRIO HERMINIO OMETTO Privada

13 CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE SÃO PAULO Privada

14 CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA Privada

15 CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCÍNIO Privada

16 CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA Privada

17 CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO Privada

18 CENTRO UNIVERSITÁRIO TOLEDO Privada

19 CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFAFIBE Privada

20 CENTRO UNIVERSITÁRIO UNISEB Privada

21 ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA DE ASSIS Privada

22 ESCOLA SUPERIOR DE CRUZEIRO "PREFEITO HAMILTON VIEIRA MENDES"

Privada

23 ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA DE JUNDIAÍ Privada

24 ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO DE PORTO FERREIRA

Privada

25 ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO DE RIO CLARO

Privada

26 FACULDADE ADVENTISTA DE HORTOLÂNDIA Privada

27 FACULDADE BIRIGUI Privada

28 FACULDADE DE AMERICANA Privada

29 FACULDADE DE CIÊNCIAS E LETRAS DE BRAGANÇA PAULISTA Privada

30 FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS Privada

31 FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E AGRÁRIAS DE ITAPEVA Privada

32 FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA ASSOCIAÇÃO CRISTÃ DE MOÇOS DE SOROCABA

Privada

33 FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA DE BARRA BONITA Privada

34 FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO INTERIOR PAULISTA Privada

35 FACULDADE DE FILOSOFIA CIÊNCIAS E LETRAS DE SÃO JOSÉ DO RIO PARDO

Privada

36 FACULDADE DE JAGUARIÚNA Privada

37 FACULDADE DE MAUÁ Privada

38 FACULDADE DE PRESIDENTE PRUDENTE Privada

39 FACULDADE DE SÃO VICENTE Privada

40 FACULDADE DE TAQUARITINGA Privada

41 FACULDADE DE VINHEDO Privada

42 FACULDADE DIADEMA Privada

43 FACULDADE DO CLUBE NÁUTICO MOGIANO Privada

Continua

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77

Continuação

No. INSTITUIÇÃO PÚB/PRIV

44 FACULDADE ESTÁCIO Privada

45 FACULDADE INTEGRAÇÃO TIETÊ Privada

46 FACULDADE INTEGRADA METROPOLITANA DE CAMPINAS Privada

47 FACULDADE MARECHAL RONDON Privada

48 FACULDADE MARIO SCHENBERG Privada

49 FACULDADE MAX PLANCK Privada

50 FACULDADE MOGIANA DO ESTADO DE SÃO PAULO Privada

51 FACULDADE NETWORK Privada

52 FACULDADE NOSSA CIDADE Privada

53 FACULDADE PERUIBE Privada

54 FACULDADE PIAGET Privada

55 FACULDADE POLITEC Privada

56 FACULDADE PRAIA GRANDE Privada

57 FACULDADE RANCHARIENSE Privada

58 FACULDADES ADAMANTINENSES INTEGRADAS Privada

59 FACULDADE SANT´ANNA DE SALTO Privada

60 FACULDADE SÃO SEBASTIÃO Privada

61 FACULDADES DE DRACENA Privada

62 FACULDADES ESEFAP Privada

63 FACULDADES INTEGRADAS DE BAURU Privada

64 FACULDADES INTEGRADAS DE BOTUCATU Privada

65 FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS Privada

66 FACULDADES INTEGRADAS DE ITARARÉ Privada

67 FACULDADES INTEGRADAS DE RIBEIRÃO PIRES Privada

68 FACULDADES INTEGRADAS DE SANTA FÉ DO SUL Pública

69 FACULDADES INTEGRADAS DO VALE DO RIBEIRA Privada

70 FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA Privada

71 FACULDADES INTEGRADAS PADRE ALBINO Privada

72 FACULDADE SUDOESTE PAULISTA Privada

73 FACULDADES INTEGRADAS STELLA MARIS DE ANDRADINA Privada

74 FACULDADE UNIDA DE SUZANO Privada

75 FACULDADES INTEGRADAS DE SANTO ANDRÉ Privada

76 FACULDADE DE PINDAMONHANGABA Privada

77 INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE ITAPIRA Privada

78 INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO ORÍGENES LESSA Privada

79 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS Privada

Continua

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78

Conclusão

No. INSTITUIÇÃO PÚB/PRIV

80 UNIÃO DAS ESCOLAS DO GRUPO FAIMI DE EDUCAÇÃO Privada

81 UNIÃO DAS FACULDADES DOS GRANDES LAGOS Privada

82 UNIVERSIDADE DE FRANCA Privada

83 UNIVERSIDADE DE MARÍLIA Privada

84 UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES Privada

85 UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO Privada

86 UNIVERSIDADE DE SOROCABA Privada

87 UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ Privada

88 UNIVERSIDADE DO OESTE PAULISTA Privada

89 UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA Privada

90 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS Pública

91 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Pública

92 UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA Privada

93 UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO Privada

94 UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Privada

95 UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SAO CAETANO DO SUL Pública

96 UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA Privada

97 FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS DE SÃO ROQUE

Privada

98 FACULDADE ESAMC SOROCABA Privada

99 FACULDADE METROPOLITANA SÃO CARLOS Privada

100 UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Privada

FONTE: A autora (2017).

Foi, ainda, detectado que, na Cidade de São Paulo e em sua Região

Metropolitana, dos 100 cursos de Educação Física, há 14 Instituições que

oferecem apenas bacharelado:

TOTAL

Instituições de Ensino Superior que oferecem apenas Bacharelado em

Educação Física do

MUNICÍPIO DE SÃO PAULO e sua REGIÃO METROPOLITANA.

14

Cursos de Ensino Superior de Educação Física do Estado de São Paulo de Bacharelado Disponível em http://emec.mec.gov.br/ Acesso em 2 de nov. de 2016.

Há, portanto, 86 cursos de Educação Física, nesta região que oferecem

Licenciatura em Educação Física, ou seja, a grande maioria dos cursos oferece

a Licenciatura. Isso se deve a dois fatores: a modificação havida na legislação

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79

em 2005, indicando, de alguma maneira, a prioridade para a formação de

professores (as) nos cursos superiores de modo geral e certas exigências para

a oferta de bacharelados e a grande procura, por parte de candidatos, pelo

magistério. Não cabe, aqui, analisar as razões desta acentuada procura.

O total de 100 cursos não corresponde ao total de Instituições, visto que,

uma mesma instituição tem diversos campi na região.

Afunilando, ainda mais os dados das informações sobre as IES da

Cidade de São Paulo, foram identificadas 31 que oferecem a Licenciatura em

Educação Física, conforme quadro abaixo. Como várias delas têm diversos

campi, nessas Instituições há vários cursos de Educação Física. Todos os

cursos de uma mesma Instituição seguem uma mesma proposta curricular e

têm o mesmo plano de ensino para as suas unidades. Daí o número de 31 IES

(não tendo sido computadas as unidades como IES em separado).

Quadro 2 - Instituições de Ensino Superior da Cidade de São Paulo que

têm Licenciatura em Educação Física.

No. INSTITUIÇÃO PÚB/PRIV

1 CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE SÃO PAULO Privada

2 CENTRO UNIVERSITÁRIO CAPITAL Privada

3 CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS

UNIDAS (FMU)

Privada

4 CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO RADIAL DE SÃO PAULO Privada

5 CENTRO UNIVERSITÁRIO ÍTALO-BRASILEIRO Privada

6 CENTRO UNIVERSITÁRIO SANT´ANNA Privada

7 CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC Privada

8 FACULDADE BRASÍLIA DE SÃO PAULO -----

9 FACULDADE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE Privada

10 FACULDADE DAS AMÉRICAS Privada

11 FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS E ADMINISTRATIVAS

SANTA RITA DE CÁSSIA Privada

12 FACULDADE DE SÃO PAULO Privada

13 FACULDADE FLAMINGO Privada

14 FACULDADE INTERLAGOS DE EDUCAÇÃO E CULTURA Privada

15 FACULDADE MORUMBI SUL Privada

16 FACULDADE VILLAS BOAS Privada

17 UNIVERSIDADE CAMILO CASTELO BRANCO Privada

18 UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO Privada

19 UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL Privada Continua

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80

Conclusão

No. INSTITUIÇÃO PÚB/PRIV

20 UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO Privada

21 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Pública

22 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO Pública

23 UNIVERSIDADE IBIRAPUERA Privada

24 UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO Privada

25 UNIVERSIDADE PAULISTA Pública

26 UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE Privada

27 UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU Privada

28 UNIVERSIDADE BANDEIRANTE DE SÃO PAUL Pública

29 CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO Privada

30 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO Privada

31 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO Pública

FONTE: A autora (2017).

A partir daí, em janeiro de 2016, foram enviadas mensagens eletrônicas

e cartas explicativas sobre a pesquisa aos (as) coordenadores (as) dos Cursos

de Licenciatura em Educação Física destas IES solicitando a matriz curricular

do curso e, no caso de oferecerem as disciplinas Dança e/ou Atividades

Rítmicas, os respectivos Planos de Ensino. Apenas seis delas responderam à

solicitação. Em seguida, a partir de contatos pessoais com outras duas

Instituições da Região Metropolitana de São Paulo obteve as suas matrizes

curriculares e os seus Planos de Ensino. Julgamos por bem incluí-los na

pesquisa, visto poderem oferecer mais dados relativos ao que era pretendido.

Com isso, foram oito as IES cujos planos de ensino das disciplinas Dança e

atividades rítmicas que puderam ser analisados.

No intuito de não identificar estas IES, elas são mencionadas nesta

pesquisa, por números de 1 a 8.

3.3 Informações das IES analisadas.

São apresentadas algumas informações a respeito de cada uma das oito

IES e, a seguir, sua matriz curricular na qual constam as disciplinas Dança e/ou

atividades rítmicas.

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IES n. 1

Trata-se de uma universidade, de caráter particular localizada no

município de São Paulo e com outros campi no interior.

Declara, no Plano do Curso de Licenciatura em Educação Física, que os

concluintes do mesmo são preparados para atuar na Escola, ou seja,

Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio.

Sua matriz curricular contempla as disciplinas atividades rítmicas e

Dança.

Quadro 3 - Matriz Curricular do Curso de Educação Física – Licenciatura IES 1.

Primeiro Semestre

DISCIPLINA CH

HISTÓRIA E INTRODUÇÃO à EDUCAÇÃO FÍSICA 34

ATLETISMO 68

RECREAÇÃO E LAZER 68

GINÁSTICA 68

LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL 68

ANATOMIA HUMANA I 102

ATIVIDADES COMPLEMENTARES (AACC) 35

Total Semestral: 443 horas

Segundo Semestre

DISCIPLINA CH

CINESIOLOGIA 34

HANDEBOL 68

FILOSOFIA E ÉTICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA 34

PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 34

CULTURAS CORPORAIS DE LUTAS 68

PRÁTICA DE ENSINO EM EDUCAÇÃO FÍSICA 80

ANATOMIA HUMANA II 102

ATIVIDADES COMPLEMENTARES (AACC) 35

Total Semestral: 455 horas

Terceiro Semestre

DISCIPLINA CH

BIOLOGIA 34

ANTROPOLOGIA E SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO 34

GINÁSTICA ARTÍSTICA 68

CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO HUMANO 34

FUTEBOL 68

PRÁTICA DE ENSINO INFANTIL 80

APRENDIZAGEM MOTORA 68

ATIVIDADES COMPLEMENTARES (AACC) 35

Total Semestral: 421 horas

Continua

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Conclusão

Quarto Semestre

DISCIPLINA CH

ATIVIDADES RÍTMICAS 68

BIOQUÍMICA 34

BASQUETEBOL 68

DIDÁTICA 34

ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO I 140

PRÁTICA DE ENSINO FUNDAMENTAL I 80

FISIOLOGIA HUMANA 68

METODOLOGIA DA PESQUISA APLICADA A EDUCAÇÃO FÍSICA

34

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO I 40

ATIVIDADES COMPLEMENTARES (AACC) 35

Total Semestral: 601 horas

Quinto Semestre

DISCIPLINA CH

ESPORTES RADICAIS 68

LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS – LIBRAS 34

PRÁTICA DE ENSINO FUNDAMENTAL II 80

FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO 68

DANÇA 68

DISCIPLINA ELETIVA I 34

METODOLOGIA DO ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA 34

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II 40

ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO II 130

ATIVIDADES COMPLEMENTARES (AACC) 30

Total Semestral: 586 horas

Sexto Semestre

DISCIPLINA CH

SOCORROS DE URGÊNCIA 34

EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA 34

VOLEIBOL 68

ESPORTES DE RAQUETE 34

MEDIDAS E AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA 34

DISCIPLINA ELETIVA II 34

PRÁTICA DE ENSINO MÉDIO 80

ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DE ENSINO 34

ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO III 130

ATIVIDADES COMPLEMENTARES (AACC) 30

Total Semestral: 512 horas

CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 3.018 horas

Essas informações foram cedidas pelo (a) coordenador (a) do curso de

licenciatura em Educação Física.

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83

IES n. 2

Trata-se de uma universidade de cunho privado, com diversas unidades

na Cidade de São Paulo, no interior do Estado de São Paulo, além de outros

estados brasileiros.

Esta IES oferece o curso de licenciatura em Educação Física em apenas

algumas dessas unidades. Pode-se acessar o endereço eletrônico da

instituição no qual está disponível o projeto pedagógico do curso de

Licenciatura em Educação Física do qual constam objetivos, atividades,

mercado de trabalho, práticas e a duração de três anos.

Quadro 4 - Matriz Curricular do Curso de Educação Física – Licenciatura IES 2.

DISCIPLINA CH

Anatomia 60

Anatomia dos Sistemas 60

Aprendizagem e Desenvolvimento motor 60

Atividades Complementares 200

Atividades Práticas Supervisionadas 560

Atletismo: Aspectos Pedagógicos e Aprofundamentos 90

Avaliação Diagnóstica 30

Basquetebol: Aspectos Pedagógicos e Aprofundamentos 30

Biologia (Citologia) 60

Biomecânica 60

Ciências Sociais 30

Comunicação e Expressão 30

Corporeidade e Motricidade Humana 30

Crescimento e Desenvolvimento humano 60

Didática Específica - Educação Física 30

Didática Geral 30

Direitos Humanos 30

Educação Ambiental (Optativa) 20

Educação Física Adaptada 60

Educação Física Infantil 30

Educação Física Interdisciplinar 30

Educação Física no Ensino Fundamental 30

Educação Física no Ensino Médio 90

Estágio Curricular 400

Estrutura e Funcionamento da Escola 30

Estudos Disciplinares 140

Filosofia e Dimensões Históricas da Educação Física 60

Fisiologia Aplicada à Atividade Motora 60

Futebol: Aspectos Pedagógicos e Aprofundamentos 60

Ginástica Geral 60

Ginástica Artística 60

Handebol: Aspectos Pedagógicos e Aprofundamentos 30

Homem e Sociedade 30

Interpretação e Produção de Textos 30

Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS 20

Lutas: Aspectos Pedagógicos e Aprofundamentos 60

Continua

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Conclusão

DISCIPLINA CH

Marketing Pessoal (Optativa) 20

Medidas e Avaliações 60

Metodologia do Trabalho Acadêmico 30

Metodologia do Treinamento Físico 30

Métodos de Pesquisa 30

Natação: Aspectos Pedagógicos e Aprofundamentos 60

Planejamento e Políticas Públicas de Educação 30

Políticas Públicas e Inclusão Social 30

Pratica de Ensino: Introdução à Docência 30

Pratica de Ensino: Integração Escola e Comunidade 30

Prática de Ensino: Observação e Projetos 30

Pratica de Ensino: Reflexões 30

Prática de Ensino: Trajetória da Práxis 30

Prática de Ensino: Vivência no Ambiente Educativo 30

Primeiros Socorros 30

Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem 30

Recreação 60

Relações Étnico-Raciais e Afro descendência (Optativa) 20

Ritmo e Dança 30

Voleibol: Aspectos Pedagógicos e Aprofundamentos 60

CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 3.410 horas-aula e 2.842 horas

Para esta pesquisa foram cedidos o Plano de Ensino de ‘Ritmo e

Dança’ contendo 30 horas do curso, Matriz Curricular e o projeto pedagógico

de Licenciatura em Educação Física que é o mesmo para todas as suas

unidades.

IES n. 3.

Sediada, como as anteriores na Cidade de São Paulo desde o ano 2000,

oferece o Curso de Licenciatura em Educação Física “que visa formar

profissionais que estejam aptos a atuarem no contexto escolar. (...) pautando-

se no ensino e reflexão das práticas da cultura corporal do movimento”.

Quadro 5 - Matriz Curricular do Curso de Educação Física – Licenciatura

IES 3.

PRIMEIRO

SEMESTRE

DISCIPLINA CH HR

Introdução e História da Educação Física 80 66.66

Linguagem e Produção de Textos 80 66.66

Anatomia 80 66.66

Esportes Individuais 80 66.66

Esportes Coletivos I 80 66.66

Práticas Curriculares I 45 45

Total Semestral: 430 horas / 363.33 Horas relógio

Continua

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85

Continuação

Segundo Semestre

DISCIPLINA CH HR

Metodologia da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico 80 66.66

Bases Biológicas aplicadas à Educação Física 80 66.66

Crescimento, Desenvolvimento e Aprendizagem motora 80 66.66

Manifestações Rítmicas e Expressivas 80 66.66

Esportes Coletivos II 80 66.66

Práticas Curriculares II 45 45

Total Semestral: 430 horas / 363.33 Horas relógio

Terceiro Semestre

DISCIPLINA CH HR

Organização e Políticas da Escola 80 66.66

Didática Aplicada à Educação Física 80 66.66

Educação Física na Educação Infantil 40 33.33

Dimensões Sociológicas da Educação Física 80 66.66

Recreação e Lazer 80 66.66

Fisiologia Humana 40 33.33

Práticas Curriculares III 45 45

Estágio Supervisionado na Educação Infantil 100

Total Semestral: 430 horas / 463.33 Horas relógio

Quarto Semestre

DISCIPLINA CH HR

Noções Básicas de Saúde e Primeiros Socorros 40 33.33

Biomecânica 40 33.33

Fisiologia do Exercício 80 66.66

Nutrição aplicada à Educação Física 80 66.66

Fundamentos e Práticas do Ensino da Educação Física no Ensino Fundamental do 1° Ciclo

80 66.66

Ginásticas 80 66.66

Práticas Curriculares IV 45 45

Estágio Supervisionado no 1° Ciclo do Ensino Fundamental 100

Total Semestral: 430 horas / 463.33 Horas relógio

Quinto Semestre

DISCIPLINA CH HR

Psicologia da Educação 80 66.66

Filosofia e Ética Profissional 40 33.33

Fundamentos e Práticas do Ensino da Educação Física no 2ºCiclo do Ensino Fundamental

40 33.33

Atividades Circenses e de Aventura 80 66.66

Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS 80 66.66

Estudos das Realidades Contemporânea I 40 33.33

Cinesiologia 40 33.33

Práticas Curriculares V 45 45

Estágio Supervisionado no 2° Ciclo do Ensino Fundamental 100

Total Semestral: 430 horas / 463.33 Horas relógio

Continua

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86

IES n. 4

É outra universidade privada que oferece o Curso de Licenciatura em

Educação Física, com unidades na Cidade de São Paulo, no interior do Estado,

e em outros estados brasileiros. É a mais antiga dentre as oito unidades: sua

criação data de 1870.

Quadro 6 - Matriz Curricular do Curso de Educação Física – Licenciatura IES 4

1ª ETAPA

Cod. Disc. Nome da Disciplina CH T P D.N.*

Anatomia Humana I 04 02 02 S

Citologia e Histologia 04 02 02 S

220.6104.5 Bases Filosóficas Aplicadas à Educação Física I 03 03 N

220.6105.5 Bases Psicológicas Aplicadas à Educação Física I 03 03 N

Teoria e Prática da Ginástica 03 02 01 S

282.6101.1 Teoria e Prática do Handebol I 03 02 01 N

Português Instrumental 02 02 S

041.6100.9 Ética e Cidadania I 02 02 N

Crescimento e Desenvolvimento Motor 03 02 01 S

281.6102.5 Teoria e Prática dos Jogos e Recreação I 03 02 01 N

Total Semestral: CH=30 / T=22 / P= 08

Continua

Continuação

Sexto Semestre

DISCIPLINA CH HR

Fundamentos e Práticas do Ensino da Educação Física no Ensino Médio

40 33.33

Educação Física Inclusiva 80 66.66

Lutas 80 66.66

Atividades Aquáticas 80 66.66

Avaliação Educacional 40 33.33

Estudo da Realidade Contemporânea II 80 66.66

PI: Cidadania e Responsabilidade Social 60

Estágio Supervisionado no Ensino Médio 100

Total Semestral: 360 horas / 460 Horas relógio

CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 2.320 horas / 2.893 Horas relógio

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87

Continuação

2ª ETAPA

Cod. Disc. Nome da Disciplina CH T P D.N.*

Anatomia Humana II 02 01 01 S

Bases Biológicas Aplicadas à Educação Física 02 01 01 S

220.6202.5 Bases Filosóficas Aplicadas à Educação Física II 03 03 N

282.6201.8 Teoria e Prática do Handebol II 03 02 01 N

Fisiologia 04 03 01 S

Primeiros Socorros 04 02 02 S

041.6200.5 Ética e Cidadania II 02 02 N

282.6204.2 Bases Pedagógicas Aplicadas a Educação Física I 03 02 01 N

282.6504.1 Teoria e Prática do Basquetebol I 03 02 01 N

281.6201.3 Teoria e Pratica dos Jogos e Recreação II 03 02 01 N

Total Semestral: CH=29 / T=22 / P= 07

3ª ETAPA

Cod. Disc. Nome da Disciplina CH T P D.N.*

282.6504.1 Teoria e Prática do Basquetebol II 03 02 01 N

040.6301.5 Bases Sociológicas Aplicadas à Educação Física I 02 02 N

Aprendizagem e Controle motor I 03 02 01 S

Fisiologia do Exercício I 03 02 01 S

282.6303.0 Teoria e Prática do Voleibol I 03 02 01 N

282.6302.2 Teoria e Prática das Atividades Rítmicas I 03 02 01 N

282.6303.0 Teoria e Prática do Futebol I 03 02 01 N

282.6507.6 Metodologia do Trabalho Científico I 02 02 S

282.6310.3 Bases Pedagógicas da Educação Física II 03 02 01 N

Educação Física na Infância I 03 02 01 S

221.2515.9 Língua Brasileira de Sinais – Libras 02 01 01 N

Total Semestral: CH=30 / T=20 / P= 10

4ª ETAPA

Cod. Disc. Nome da Disciplina CH T P D.N.*

Fisiologia do Exercício II 03 02 01 S

Bases Sociológicas Aplicadas à Educação Física

II 03 03 S

282.6500.9 Aprendizagem e Controle Motor II 02 02 N

282.6600.5 Metodologia do Trabalho Científico II 02 02 S

282.6406.1 Teoria e Prática do Voleibol II 03 02 01 N

282.6404.5 Teoria e Prática das Atividades Rítmicas II 03 02 01 N

282.6405.3 Teoria e Prática do Futebol II 03 02 01 N

Educação Física na Infância II 03 02 01 S

221.6201.1 Fundamentos da Educação 03 03 N

Docência na contemporaneidade 03 03 S

Psicologia da Educação 02 02 S

Total Semestral: CH=30 / T=25 / P= 05

Continua

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88

Conclusão

5ª ETAPA

Cod. Disc. Nome da Disciplina CH T P D.N.*

282.6614.5 Teoria e Prática da Educação Física Adaptada I 03 02 01 S

282.6503.3 Teoria e Prática do Atletismo I 03 02 01 N

110.6601.6 Tecnologia da Informação e da Comunicação 03 03 N

Cineantropometria 03 02 01 S

282.6508.4 Biomecânica I 02 02 N

282.6414.2 Teoria e Prática da Ginástica Artística I 03 02 01 N

281.6401.6 Teoria e Prática das Lutas I 03 02 01 N

221.2466.7 Educação e Alteridade 02 02 N

Metodologia do Ensino da Ed. Física na Educa.

Infantil 03 02 01 S

Metodologia do Ensino da Ed. Física no Ens.

Fundamental I 03 02 01 S

282.6512.2 Trabalho de Conclusão de Curso I 02 01 01 S

Total Semestral: CH=30 / T=22 / P= 08

6ª ETAPA

Cod. Disc. Nome da Disciplina CH T P D.N.*

282.6615.3 Bases Nutricionais Aplicadas à Ed. Física I 03 03 N

281.6101.7 Teoria e Prática dos Esportes Aquáticos I 03 02 01 N

282.6604.8 Teoria e Prática do Atletismo II 03 02 01 N

Educação Física na Adolescência 03 02 01 S

Metodologia de Ensino da Ed. Física Escolar

Adaptada 02 02 S

Metodologia do Ensino da Ed. Física no Ens.

Médio 03 02 01 S

Metodologia Do Ensino da Ed.Física no Ens.

Fundamental II 03 02 01 S

Projetos Educacionais 03 02 01 S

221.6501.0 Políticas Educacionais 03 N

282.6611.0 Trabalho de Conclusão de Curso 02 01 01 S

Total Semestral: CH=28 / T=21 / P= 07

TOTAL CH (h) 2.256 h

ATIVIDADES COMPLEMENTATRES 200 h

ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS 400 h

TOTAL DE HORAS DO CURSO DE LICENCIATURA 2.856 h

A IES forneceu os Planos de Ensino das disciplinas ‘Teoria e Prática

das Atividades Rítmicas I e II’ e a Matriz Curricular do Curso de Licenciatura

em Educação Física.

IES n. 5

Trata-se de uma Faculdade particular sediada no município de Suzano,

que faz parte da região metropolitana de São Paulo.

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O objetivo do curso de Licenciatura em Educação Física é o de oferecer

formação para os futuros docentes atuarem na Educação Infantil, Ensino

Fundamental e Ensino Médio.

Segue a Matriz Curricular do Curso Licenciatura em Educação

Física do ano de ano de 2017, conforme fornecido pelo (a) Coordenador

(a).

Quadro 7 - Matriz Curricular do Curso de Educação Física – Licenciatura IES 5

Primeiro Semestre

DISCIPLINA CH

Introdução à Atividade Acadêmica 40

Biologia I 40

Anatomia I 40

Introdução à Motricidade 40

Ludomotricidade 40

Desenvolvimento Motor 80

Antropossociologia e Trabalho de Campo Antropológico 40

Informática e Sistemas de Informação 40

Comunicação Oral e Escrita 40

Atividades Complementares 20

Total Semestral: 420 horas

Segundo Semestre

DISCIPLINA CH

Anatomia II 80

Cinesiologia 80

Fisiologia Humana 80

Motricidade Humana: Dinâmicas de Jogos 40

Dinâmicas do Mundo Contemporâneo 40

Motricidade Humana: Esportes Coletivos I 40

Psicologia do Desenvolvimento e Epigênese 40

Atividades Complementares 20

Total Semestral: 420 horas

Terceiro Semestre

DISCIPLINA CH

Metodologia e Prática de Ensino em Educação Física 80

Motricidade Humana: Esportes Coletivos II 80

Psicologia Aplicada à Educação Física 40

Educação Motora na Escola I 80

Dimensões Sociais e Históricas da Educação Física 80

Didática 40

Atividades Complementares 40

Total Semestral: 440 horas

Continua

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90

Conclusão

Quarto Semestre

DISCIPLINA CH

Didática Aplicada à Educação Física 40

Planejamento e Avaliação em Educação Física 40

Educação Motora na Escola II 80

Fundamentos das Ginásticas I 40

Motricidade Humana: Os Esportes Individuais 80

Motricidade Humana: Lutas 40

Motricidade Humana: Dança 40

A Humanidade e o Futuro: Paradigmas Ecológico, ético, poético e Direitos Humanos

40

Estágio Supervisionado 80

Atividades 40

Total Semestral: 520 horas

Quinto Semestre

DISCIPLINA CH

Educação Motora Adaptada I 80

Epistemologia e Metodologia científica 40

Fundamentos das Ginásticas II 40

Motricidade Humana: Ecomotricidade e as Atividades de Aventura I 80

Primeiros Socorros 40

Organização da Educação Brasileira 80

Estágio Supervisionado 160

Trabalho de Conclusão de Curso I 40

Atividades Complementares 40

Total Semestral: 600 horas

Sexto Semestre

DISCIPLINA CH

Motricidade Humana: As Práticas Corporais e a Promoção da Saúde 80

Motricidade Humana: Recreação e Lazer 80

Educação Motora Adaptada II 40

Fundamentos das Atividades Aquáticas 80

Língua Brasileira de Sinais – Libras 40

Trabalho de Conclusão de Curso II 40

Estágio Supervisionado 160

Atividades Complementares 40

Total Semestral: 560 horas

CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 2.960 horas

IES n. 6

Universidade privada com sede no município de São Paulo, e que

oferece a Licenciatura em Educação Física com vistas a que seus (suas)

concluintes possam atuar na Escola. Propõem em seu projeto pedagógico,

oferecer conhecimentos e práticas em Danças, atividades rítmicas e

expressivas, além de outros conteúdos próprios da área.

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91

Possui duas unidades na cidade de São Paulo e tem a seguinte Matriz

Curricular do curso de Licenciatura em Educação Física cedida pela Instituição.

Quadro 8 - Matriz Curricular do Curso de Educação Física – Licenciatura

IES 6.

DISCIPLINAS

PRÁTICA DE ENS E ORIEN ESTÁG CURRIC SUPERVIS EM EDUCAÇÃO FÍSICA I

PRÁTICA DE ENS E ORIEN ESTÁG CURRIC SUPERVIS EM EDUCAÇÃO FÍSICA II

ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA II

PRÁTICA DE ENS E ORIENTAÇÃO EST CUR SUPERV EM EDUCAÇÃO FÍSICA III

ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA III

ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA I

MANIFESTAÇÕES CULTURAIS ESPORT: ESPORTES INDIVIDUAIS

ANATOMIA HUMANA

APRENDIZAGEM MOTORA

ASPECTOS ORGANIZACIONAIS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

ASPECTOS TEÓRICOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA

ATIVIDADES AQUÁTICAS

BASES TEÓRICO-PRÁTICAS DO CONDICIONAMENTO FÍSICO

CINEANTROPOMETRIA

CRESCIMENTO E DESENV HUMANO APLICADOS À ED FÍSICA I

CRESCIMENTO E DESENVOL HUMANO APLICADOS À ED FÍSICA II

DIDÁTICA

EDUCAÇÃO FÍSICA E LAZER

EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA

EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL

EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO MÉDIO

ENSINO DE LUTAS NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

ESTUDOS DIRIGIDOS

ESTUDOS DIRIGIDOS I

ESTUDOS DIRIGIDOS II

ESTUDOS DIRIGIDOS III

ESTUDOS DIRIGIDOS IV

ESTUDOS DIRIGIDOS V

FILOSOFIA

FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO

FUNDAMENTOS DE BIOLOGIA APLICADOS À EDUCAÇÃO FÍSICA

FUNDAMENTOS DE BIOMECÂNICA APLICADOS À EDUCAÇÃO FÍSICA

FUNDAMENTOS DE CINESIOLOGIA APLICADOS À EDUCAÇÃO FÍSICA

FUNDAMENTOS DE FISIOLOGIA APLICADOS À EDUC FÍSICA

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA

JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

LEGISLAÇÃO DA ESCOLA E POLÍTICAS EDUCACIONAIS

MANIFESTAÇÕES CULTUR ESPORTIVAS: ESPORTES COLETIVOS II

MANIFESTAÇÕES CULTURAIS ESPORTIVAS

MANIFESTAÇÕES CULTURAIS ESPORTIVAS: ESPORTES COLETIVOS I

MANIFESTAÇÕES GÍMNICAS

MANIFESTAÇÕES RÍTMICAS E EXPRESSIVAS

METODOLOGIA DE PESQUISA

OPTATIVA

OPTATIVA

PESQUISAS EM EDUCAÇÃO FÍSICA I

PESQUISAS EM EDUCAÇÃO FÍSICA II

PROCESSOS E TÉCNICAS DE ESTUDO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

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92

IES n. 7

Uma faculdade privada sediada, também, no Município de Suzano

(Grande São Paulo) que disponibilizou sua Matriz Curricular e o Plano de

Ensino de Dança. Como as demais, visa, com a Licenciatura em Educação

Física, a preparação de professores (as) para a Escola.

Quadro 9 - Matriz Curricular do Curso de Educação Física – Licenciatura IES 7.

COMPONENTE CURRICULAR

CARGA HORÁRIA SEMESTRAL

CH Semanal

Presencial Práticas Total Hora

Relógio

1o SEMESTRE

Introdução e História da Educação Física

4 80 80 66.66

Linguagem e Produção de Textos

4 80 80 66.66

Anatomia 4 80 80 66.66

Esportes Individuais 4 40 40 80 66.66

Esportes Coletivos I 4 40 40 80 66.66

Pesquisas e práticas curriculares I

45 45 45

SUBTOTAL 20 320 125 445 378

2o SEMESTRE

Metodologia da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico

4 80 80 66.66

Bases Biológicas aplicadas à Educação Física

4 80 80 66.66

Crescimento, Desenvolvimento e Aprendizagem motora.

4 80 80 66.66

Manifestações Rítmicas e Expressivas

4 40 40 80 66.66

Esportes Coletivos II 4 40 40 80 66.66

Pesquisas e práticas curriculares II

45 45 45

SUBTOTAL 20 320 125 445 378

3O SEMESTRE

Organização e Políticas da Escola

4 80 80 66.66

Didática Aplicada à Educação Física

4 80 80 66.66

Dimensões Sociológicas da Educação Física

4 80 80 66.66

Recreação e Lazer 4 40 40 80 66.66

Fisiologia Humana 4 80 80 66.66

Pesquisas e práticas curriculares III

45 45 45

SUBTOTAL 20 360 85 445 378

Continua

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93

Continuação

COMPONENTE CURRICULAR

CARGA HORÁRIA SEMESTRAL

CH Semanal

Presencial Práticas Total Hora

Relógio

4o SEMESTRE

Noções de Primeiros Socorros 2 40 40 33.33

Cinesiologia 2 40 40 33.33

Fisiologia do Exercício 4 80 80 66.66

Noções Básicas de Saúde 4 80 80 66.66

Fundamentos e Práticas do Ensino da Educação Física na Educação Infantil e no Ensino

Fundamental 1

4 80 80 66.66

Ginásticas 4 40 40 80 66.66

Pesquisas e práticas curriculares IV

45 45 45

Estágio Supervisionado na Educação Infantil

100

Estágio Supervisionado no 1o

Ciclo do Ensino Fundamental 100

SUBTOTAL 20 280 165 445 578

5º SEMESTRE

Psicologia da Educação 4 80 80 66.66

Filosofia e Ética Profissional 2 40 40 33.33

Fundamentos e Práticas do Ensino da Educação Física no

Ensino Fundamental 2 2 40 40 33.33

Atividades Circenses 2 20 20 40 33.33

Atividades de Aventura 2 20 20 40 33.33

Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS

4 80 80 66.66

Biomecânica 2 40 40 33.33

Pesquisas e práticas curriculares V

45 45 45

Estágio Supervisionado no 2o

Ciclo do Ensino Fundamental 100

SUBTOTAL 18 280 125 405 444,97

6o

SEMESTRE

Fundamentos e Práticas do Ensino da Educação Física no

Ensino Médio 2 40 40 33.33

Lutas 4 60 20 80 66.66

Políticas da Educação Ambiental 2 40 40 33.33

História e cultura afro-brasileira e indígena

2 40 40 33.33

Educação física para pessoas com necessidades especiais

4 60 20 80 66.66

Avaliação Educacional 2 40 40 33.33

Estudo da Realidade Contemporânea e Direitos

Humanos 2 40 40 33.33

Pesquisas e práticas curriculares VI

45 45 45

Estágio Supervisionado no Ensino Médio

100

SUBTOTAL 18 280 125 405 444,97

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94

Conclusão

Carga Horária Hora aula Hora relógio

(1) CH de disciplinas curriculares presenciais

1.840 1.533

(2) CH de estágio supervisionado 400

(3) CH de atividades complementares 200

(4) Atividades de práticas curriculares disciplinares

480 400

(5) Pesquisas e Práticas curriculares 270

Carga Horária total do curso 2320 2.803

Aqui, também, não há a disciplina Dança, mas a disciplina

Manifestações Rítmicas e Expressivas que, nos seus conteúdos contempla a

Dança.

IES n. 8

Outra faculdade particular do município de São Paulo, de recente

criação e com duas unidades. Oferece o Curso de Licenciatura em Educação

Física com duração de nove (9) semestres, presencial, com carga horária de

2893 horas, visando, como as demais, a preparar professores (as) para a

Escola. Consta na sua matriz curricular, a disciplina manifestações rítmicas e

expressivas que contempla como nos demais casos já citados, a Dança.

Quadro 10 - Matriz Curricular do Curso de Educação Física –

Licenciatura IES 8

Primeiro Semestre

DISCIPLINA CH HR

Introdução e História da Educação Física 80 66.66

Linguagem e Produção de Textos 80 66.66

Anatomia 80 66.66

Esportes Individuais 80 66.66

Esportes Coletivos I 80 66.66

PI: Cidadania e Responsabilidade Social 60

Total Semestral: 400 horas / 393.33 Horas relógio

Segundo Semestre

DISCIPLINA CH HR

Metodologia da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico 80 66.66

Bases Biológicas aplicadas à Educação Física 80 66.66

Crescimento, Desenvolvimento e Aprendizagem motora

80 66.66

Manifestações Rítmicas e Expressivas 80 66.66

Esportes Coletivos II 80 66.66

PI: Cidadania e Responsabilidade Social 60

Continua

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95

Conclusão

Terceiro Semestre

DISCIPLINA CH HR

Organização e Políticas da Escola 80 66.66

Didática Aplicada à Educação Física 80 66.66

Dimensões Sociológicas da Educação Física 80 66.66

Recreação e Lazer 80 66.66

Fisiologia Humana 80 66.66

PI: Cidadania e Responsabilidade Social 60

Total Semestral: 400 horas / 393.33 Horas relógio

Quarto Semestre

DISCIPLINA CH HR

Noções de Primeiros Socorros 40 33.33

Cinesiologia 40 33.33

Fisiologia do Exercício 80 66.66

Noções Básicas de Saúde 80 66.66

Fundamentos e Práticas do Ensino da Educação Física na Educação Infantil e no Ensino Fundamental

1 80 66.66

Ginásticas 80 66.66

PI: Cidadania e Responsabilidade Social 60

Estágio Supervisionado na Educação Infantil 100

Estágio Supervisionado no 1o Ciclo do Ensino Fundamental

100

Total Semestral: 400 horas / 593.33 Horas relógio

Quinto Semestre

DISCIPLINA CH HR

Psicologia da Educação 80 66.66

Filosofia e Ética Profissional 40 33.33

Fundamentos e Práticas do Ensino da Educação Física no Ensino Fundamental 2

40 33.33

Atividades Circenses 40 33.33

Atividades de Aventura 40 33.33

Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS 80 66.66

Biomecânica 40 33.33

PI: Cidadania e Responsabilidade Social 60

Estágio Supervisionado no 2o Ciclo do Ensino Fundamental

100

Total Semestral: 360 horas / 459.97 Horas relógio

Sexto Semestre

DISCIPLINA CH HR

Fundamentos e Práticas do Ensino da Educação Física no Ensino Médio

40 33.33

Lutas 80 66.66

Políticas da Educação Ambiental 40 33.33

História e cultura afro-brasileira e indígena 40 33.33

Atividades Aquáticas 80 66.66

Avaliação Educacional 40 33.33

Estudo da Realidade Contemporânea 40 33.33

PI: Cidadania e Responsabilidade Social 60

Estágio Supervisionado no Ensino Médio 100

Total Semestral: 360 horas / 460 Horas relógio

CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 2.320 horas / 2.893 Horas relógio

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96

3.4. Dança e/ou Atividades Rítmicas nos Planos de Ensino das

Licenciaturas em Educação Física Investigadas.

Outro dado que chamou a atenção, foi o da diferença de nomenclatura

ou de denominação de disciplinas que contemplam os blocos de conteúdo das

atividades rítmicas e expressivas (que incluem a Dança) nos cursos de Ensino

Superior de Licenciatura em Educação Física, conforme mostrado a seguir.

Veja-se o quadro abaixo:

Quadro 11 - DIFERENÇAS DE NOMENCLARATURAS DAS DISCIPLINAS QUE

CONTEMPLAM OS BLOCOS DE CONTEÚDO DAS ATIVIDADES RITMICAS E

EXPRESSIVAS NOS CURSOS DE ENSINO SUPERIOR DE LICENCIATURA EM

EDUCAÇÃO FÍSICA ENTRE AS IES DE SÃO PAULO.

I.E.S 1 I.E.S 2 I.E.S 3 I.E.S 4 I.E.S 5 I.E.S 6 I.E.S 7 I.E.S 8

Atividades Rítmicas

Ritmo e

Dança

Manifestações Rítmicas e

Expressivas

Teoria e Prática das A.

Rítmicas I

Motricidade Humana:

Dança

Manifestações Rítmicas e

Expressivas

A. Rítmicas

Manifestações Rítmicas e

Expressivas

Dança

Teoria e Prática das A.

Rítmicas II

FONTE: A autora (2017).

Há também diferenças, tanto de localização da oferta das disciplinas

rítmicas e Dança nos semestres ou etapas dos cursos das IES, quanto de

quantidade de semestres ou etapas em que são oferecidas e também na carga

horária das mesmas, conforme mostram os dois quadros seguintes:

Quadro 12 - SEMESTRES DAS DISCIPLINAS DE ATIVIDADES RITMICAS E DANÇA DOS CURSOS DE ENSINO SUPERIOR DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA.

I.E.S 1 I.E.S 2 I.E.S 3 I.E.S 4 I.E.S 5 I.E.S 6 I.E.S 7 I.E.S 8

4º e 5º Semestres

6º Semestre

2º Semestre

Etapa 3 e 4

4º Semestre

2º Semestre

2º Semestre

2º Semestre

FONTE: A autora (2017).

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Quadro 13 - CARGA HORÁRIA DAS DISCIPLINAS DE ATIVIDADES RITMICAS E DANÇA DOS CURSOS DE ENSINO SUPERIOR DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

I.E.S 1 I.E.S 2 I.E.S 3 I.E.S 4 I.E.S 5 I.E.S 6 I.E.S 7 I.E.S 8

156

HORAS 40

HORAS 80

HORAS 60

HORAS 40

HORAS 40

HORAS 33

HORAS 80

HORAS

FONTE: A autora (2017).

Esta distribuição, bem como a atribuição de carga horária destas

disciplinas, pode ser um indicador da maior ou menor importância dada a estas

disciplinas nos cursos das IES investigadas.

Afirma-se que pode ser um indicador, mas o mesmo deve ser

investigado, pois há outros fatores que influenciam esta organização curricular

que variam de instituição para instituição. Um deles pode ser a maior ou menor

influência exercida por certos grupos de docentes, ou, nos casos de instituições

públicas, a existência de professores (as) concursados e a necessidade ou

conveniência de que estejam com as cargas horárias de seus contratos de

trabalho preenchidas. Ainda que interessante de ser analisada, esta situação

não é o foco deste trabalho.

Os dados seguintes são mais diretamente ligados a esta pesquisa,

como: as ementas, os objetivos apontados pelas IES e os conteúdos que nelas

são indicados para serem efetuados na formação dos (as) futuros (as)

professores (as) de Educação Física.

No próximo quadro, segue as informações das ementas presentes nos

planos de ensino das IES analisadas.

Quadro 14 - EMENTAS DAS DISCIPLINAS POR I.E.S Plano 1 da I.E.S 1

As Atividades Rítmicas como forma de manifestação cultural e linguagem corporal.

Ritmos e as possibilidades de movimentos utilizados pela cultura corporal e suas adaptações à população escolar.

Criatividade, expressão e consciência corporal.

Ginástica Rítmica e as possibilidades do ritmo.

Concepção do ritmo na Educação Física e sua importância no ensino aprendizagem para o conhecimento da cultura corporal de movimento por meio da música, da percussão e da ginástica.

As relações das atividades rítmicas e expressivas com gênero, etnia e deficiências.

Continua

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98

Continuação

EMENTAS DAS DISCIPLINAS POR I.E.S

Plano 2 da I.E.S 1

Abordagem da Dança como manifestação histórica e expressão cultural humana.

Dança enquanto linguagem não verbal e comunicação corporal.

Relações da Dança com a Educação, Arte, Diversidade Humana, Qualidade de Vida, Saúde, Treinamento, Educação Física e Escola.

As relações da prática da Dança com gênero, etnia e deficiência. I.E.S 2

Introdução aos conceitos e definições do Ritmo e da Dança e sua relação com a Educação Física;

Estudo do ritmo enquanto elemento fundamental na vida do ser humano;

Exploração do componente musical na atuação profissional;

Sistemas e métodos de Dança.

I.E.S 3

Estudo das atividades rítmicas e expressivas, através da compreensão de sua história, cultura, métodos didáticos de ensino e aprendizagem e sua aplicação na escola no contexto da escola e da Educação Física.

Experimentação da Dança através da vivência em atividades rítmicas e expressivas, Danças populares e folclóricas, manifestações afro-brasileiras e indígenas, exercícios de musicalização, criatividade, consciência corporal, pesquisa de movimentos e montagens

coreográficas. Plano 1 da I.E.S 4

A disciplina procura desenvolver a fundamentação e análise da relação Ritmo-movimento e suas características, tipos e funções gerais.

Os elementos do Ritmo (pulso, andamento, acento, intensidade e padrões rítmicos) são conceituados e caracterizados.

Estratégias de ensino-aprendizagem dos elementos do Ritmo são analisadas e aplicadas.

Discute-se a relação música-movimento e os aspectos relevantes na prática profissional. Plano 2 da I.E.S 4

Na disciplina a Parlenda é caracterizada enquanto atividade rítmica.

As atividades rítmicas criativas são analisadas bem como estratégias para a sua aplicação.

A relação música-movimento e os aspectos relevantes na prática profissional são discutidos.

Analisa-se a relação Ritmo-movimento e suas diversas possibilidades no esporte, ginástica, Dança e atividades físicas em geral.

Desenvolve-se a fundamentação e aplicação de aspectos metodológicos e pedagógicos de ensino-aprendizagem das atividades rítmicas em geral para diferentes faixas etárias.

I.E.S 5

O elemento DANÇAS como patrimônio cultural e sua influência nos diferentes contextos.

As teorias das DANÇAS e suas múltiplas abordagens no universo da Educação Física- Motricidade Humana.

O papel do profissional de Educação Física na sociedade contemporânea que trabalha com o tema DANÇAS.

Construção de um repertório de DANÇAS.

Organização de espaços e ambientes que propiciem a prática de DANÇAS.

Desenvolver práticas e reflexões sobre os diversos tipos de DANÇAS. Continua

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Conclusão

EMENTAS DAS DISCIPLINAS POR I.E.S

I.E.S 6

Estudo da noção de ritmo nas suas diversas formas de análise, objetivando o conhecimento do gesto e seu potencial expressivo relacionado à Dança no universo das artes e como recurso educacional.

I.E.S 7

Componentes básicos que propiciam um desenvolvimento sensório-motriz.

A exploração associativa da música, da percussão e do movimento favorece a percepção rítmica.

Valor educativo da atividade rítmica.

Processo ensino-aprendizagem das atividades rítmicas.

I.E.S 8

Estudo das atividades rítmicas e expressivas, por meio da compreensão de sua história, cultura, métodos didáticos de ensino e aprendizagem e sua aplicação na escola no contexto da escola e da Educação Física.

Experimentação da Dança por meio de vivências em atividades rítmicas e expressivas, Danças populares e folclóricas, manifestações afro-brasileiras e indígenas, exercícios de musicalização, criatividade, consciência corporal, pesquisa de movimentos e montagens coreográficas.

Dança como meio de inclusão

FONTE: A autora (2017).

Inicialmente buscou-se listar em um quadro, informações relativas aos

objetivos presentes nos planos de ensino das IES investigadas. Estes dados,

como já afirmados, serão objeto de análise no próximo capítulo.

Os Planos de Ensino das disciplinas de Dança, atividades rítmicas e

correlatas constam do Anexo 1.

Quadro 15 - OBJETIVOS DAS DISCIPLINAS POR I.E.S

Plano 1 da I.E.S 1

Competências Desenvolvidas:

Conhecer as Atividades Rítmicas para estimular à criação e reflexão.

Compreender a música como meio para a expressão do movimento.

Analisar timbres, sons, instrumentos e objetos musicais.

Aplicar a teoria musical como componente motivador e educacional nas aulas de atividades rítmicas e expressivas na Educação Física escolar.

Compreender o ritmo como fenômeno universal e educativo.

Sintetizar o trabalho integrado com música, percussão e movimento.

Esclarecer os sentidos para o desenvolvimento da percepção rítmica. Habilidades Desenvolvidas:

Planejar a Ginástica Rítmica como meio para integrar movimento corporal, os movimentos dos aparelhos e a música.

Promover as Danças folclóricas e as manifestações populares que compõem a cultura do nosso país e fora dele.

Desenvolver o sentido auditivo por meio da educação musical, rítmica e sonora.

Reconhecer as relações de gênero presentes na sociedade, na Educação Física e especialmente nas atividades rítmicas e expressivas.

Continua

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100

Continuação

OBJETIVOS DAS DISCIPLINAS POR I.E.S

Plano 1 da I.E.S 1

Verificar o conhecimento, a compreensão, a aplicação, a análise, a síntese e a avaliação

dos/as alunos/as diante de cada processo de aprendizagem da disciplina

Plano 2 da I.E.S 1

Competências Desenvolvidas:

Compreender os diferentes contextos históricos da Dança na sociedade;

Apreender os conhecimentos sobre o corpo na sociedade por meio da corporeidade e da motricidade;

Entender a Dança enquanto área de intervenção e conhecimento;

Desenvolver o conteúdo da Arte, da Linguagem e da Cultura Corporal de Movimento na Educação Física;

Analisar a complexidade que envolve a Dança na Educação Física na diversidade humana, enquanto treinamento, saúde, qualidade de vida, arte e educação dentro do ambiente escolar.

Habilidades Desenvolvidas:

Questionar os padrões do corpo e do movimento da Dança na sociedade contemporânea construída por meio dos meios de comunicação de massa;

Promover o conhecimento da Dança educação a partir das diferentes linguagens técnicas da Dança afro, popular, urbana, de salão, esportiva como conteúdo da Educação Física Escolar;

Valorizar a imaginação, a criatividade, a percepção e a expressão corporal;

Capacitar para planejar e aplicar as diferentes manifestações das Danças na escola;

Planejar apresentações de Dança para o Ensino Infantil, Ensino Fundamental I e II, e Ensino Médio;

Elaborar espetáculos de técnicas de Dança por meio de composições coreográfica no ambiente escolar.

I.E.S 2

Gerais:

Utilizar o ritmo como um dos meios para o desenvolvimento de habilidades motoras e capacidades físicas.

Repensar e valorizar a Dança como um bem cultural, compreendendo e reconhecendo seu valor social, filosófico, artístico e educacional.

Estudo do movimento e das diversas possibilidades da Dança com foco em educação e atividade física.

Capacitar aos alunos como pesquisadores em Dança. Específicos:

Facilitar a integração dos conteúdos rítmicos e expressivos para formulação de trabalhos que demonstrem o domínio conceitual da linguagem corporal.

Promover a experimentação e pesquisa das diversas formas de locomoção, deslocamentos e orientação no espaço (caminhos, direções, planos e níveis)

Promover a experimentação na movimentação considerando as mudanças de velocidade, de tempo, de ritmo e o desenho no espaço.

Facilitar ao professor de Educação Física a elaboração, desenvolvimento e aplicação da Dança em programas escolares, bem como em programas em geral.

Reconhecer e identificar a Dança e suas concepções estéticas nas diversas culturas considerando as criações regionais, nacionais e internacionais.

Compreender quais são as capacidades físicas mais requisitadas para a prática.

Continua

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101

Continua

Continuação

OBJETIVOS DAS DISCIPLINAS POR I.E.S

I.E.S 3

Estimular o aluno do curso de formação em Educação Física a descobrir as atividades rítmicas e expressivas como possibilidades de intervenção pedagógica no contexto escolar;

Compreender e vivenciar a Dança como exercício de pesquisa de movimentos;

Assumir uma desconstrução da noção de Dança pautada na perspectiva tecnicista, para redescobri-la e significá-la como movimento corporal expressivo e rítmico, que ajuda no desenvolvimento psicomotor, estético e interacional da criança;

Vivenciar manifestações artístico-culturais afro-brasileiras e indígenas, observando a importância desta transmissão cultural às novas gerações, valorizando a cultura nacional.

Competências:

Ao final do curso, o aluno deve estar apto a planejar, organizar e desenvolver atividades rítmicas e expressivas no ambiente escolar, como componente curricular da Educação Física, adaptados à realidade escolar em que está inserido;

Capacidade para compreender as diferentes formas de manifestação corporal da Dança e Atividades Rítmicas e Expressivas;

Capacidade de propor e solucionar problemas constatados em aulas de Educação Física por meio da Dança e das Atividades Rítmicas e Expressivas

Habilidades:

Conhecimento dos diferentes conceitos de ritmo e expressão e aplicação dos mesmos na intervenção pedagógica;

Ser capaz de elaborar um planejamento para o desenvolvimento da Dança e das Atividades Rítmicas e Expressivas nas aulas de Educação Física na escola de acordo com cada ano/série;

Conhecimento sobre montagem e elaboração de coreografias no contexto escolar;

Conhecimento dos conteúdos de Dança propostos para cada nível de ensino, de acordo com os PCN’s.

Plano 1 da I.E.S 4

Compreender o Ritmo como elemento do movimento humano e sua importância na cultura do movimento de um povo.

Reconhecer a atividade rítmica como contribuição valiosa na educação integral do indivíduo.

Propor e aplicar práticas de intervenção para favorecer o domínio dos elementos do Ritmo, por meio das atividades rítmicas fundamentais, valorizando o aluno como centro do processo ensino-aprendizagem.

Compreender a harmonia, o equilíbrio e a influência entre o Ritmo e o movimento.

Analisar os aspectos metodológicos e pedagógicos relevantes na escolha da seleção musical, conhecendo a influência da música sobre o ouvinte.

Relacionar os conhecimentos sobre Ritmo com os conhecimentos de outras disciplinas numa abordagem interdisciplinar.

Valorizar a importância da participação do profissional como agente efetivo do processo ensino-aprendizagem.

Cooperar na elaboração e execução das tarefas propostas em grupos.

Valorizar o domínio do vocabulário próprio da profissão.

Valorizar as formas de comunicação oral e escrita.

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Continuação

OBJETIVOS DAS DISCIPLINAS POR I.E.S

Plano 2 da I.E.S 4

Reconhecer na ‘parlenda’ uma contribuição e influência valiosa na educação integral do indivíduo.

Analisar os aspectos metodológicos e pedagógicos das atividades rítmicas criativas: imitativas, interpretativas e criação de Dança.

Compreender o Ritmo como um elemento do movimento humano, analisando está inter-relação em diferentes tipos de atividades físicas: esporte, ginástica, Dança e atividades físicas em geral.

Analisar os aspectos metodológicos relevantes na escolha da seleção musical adequada a diferentes objetivos e tipos de atividades físicas em geral.

Relacionar os aspectos conceituais da disciplina com os de outras disciplinas numa abordagem interdisciplinar e sua aplicação na prática da intervenção profissional.

Elaborar e aplicar programas para a prática da intervenção, sendo capaz de aplicar os princípios didáticos-metodológicos, através da elaboração de aulas (sessões), mais adequadas à diferentes faixas etárias.

Valorizar a importância da participação do profissional como agente efetivo do processo ensino-aprendizagem.

Valorizar o domínio do vocabulário próprio da profissão assim como as formas de comunicação oral e escrita.

I.E.S 5

Desenvolvimento crítico- criativo sobre a Dança escolar

Reconhecimento do movimento através Dança como objeto que nos eleva para a transcendência humana.

Objetivando o reconhecimento do aluno como sujeito criador do seu próprio movimento.

I.E.S 6

Cognitivos:

Adquirir informações sobre o contexto histórico no qual os conhecimentos do Ritmo e da Dança se produziram;

Conhecer o processo histórico das manifestações rítmicas e expressivas e suas diferentes concepções de ensino;

Adquirir conhecimentos sobre os conceitos que relacionam a ideia de corpo, ritmo e Dança no mundo moderno e contemporâneo;

Classificar as diferentes manifestações rítmicas;

Analisar os possíveis significados intrínsecos à vivência do ritmo e da Dança. Habilidades:

Relacionar os conhecimentos adquiridos em ritmo e Dança à prática pedagógica;

Realizar trabalhos individuais e coletivos visando uma produção cultural no seu espaço de trabalho;

Relacionar as artes corporais com outras áreas do conhecimento humano; apreender as manifestações rítmicas, expressivas e estéticas;

Elaborar projetos, pesquisas e programas em Dança e ritmo;

Reconhecer e usar símbolos das várias linguagens;

Observar, analisar e comparar manifestações estéticas. Atitudes:

Valorizar a pesquisa como fonte de aquisição de conhecimento;

Valorizar o conhecimento como instrumento de transformação social;

Ser crítico nas condutas pessoais e profissionais;

Ser corresponsável pelo processo ensino aprendizagem.

Continua

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103

FONTE: A autora (2017).

Quadro 16 - IES QUE DESENVOLVEM OS MESMOS OBJETIVOS EM DANÇA

Objetivos I.E.S

1 I.E.S

2 I.E.S

3 I.E.S

4 I.E.S

5 I.E.S

6 I.E.S

7 I.E.S

8 TOTAL

S N

1 - Despertar a Expressão Corporal. X X 2 6

2- Implantar a Coreologia da Dança (Conhecer Formas, Tempos, Espaços, Energias).

X 1 7

3 - Dialogar sobre Educação Somática.

X X X X X X X 7 1

4 - Manifestar a Cultura e Cultura Corporal de Movimento das Danças.

X X X X X X X 7 1

5 - Executar os Benefícios da Dança.

X X X X X X 6 2

6 - Conhecer a História da Dança. X X X X 4 4

7 - Inserir apreciações e críticas. X X X X X X 6 2

8 - Apreciar os aspectos Sociológicos da Dança.

X X X 3 5

9 - Apreciar os aspectos Antropológicos da Dança.

0 8

10 - Educar o ritmo (música, percussão e canto).

X X X X X X 6 2

Continua

Conclusão

OBJETIVOS DAS DISCIPLINAS POR I.E.S

I.E.S 7

Fornecer ao aluno conhecimento do ritmo como fenômeno universal e instrumento educativo.

Viabilizar um trabalho integrado de música, percussão e movimento.

Proporcionar ao educador condições básicas para uma adequada utilização da música e do movimento em sua prática profissional.

Utilizar a ginástica como um recurso facilitador da aprendizagem.

I.E.S 8

Geral:

Estimular o acadêmico do curso de formação em Educação Física a descobrir as atividades rítmicas e expressivas como possibilidades de intervenção pedagógica no espaço escolar;

Compreender e vivenciar a Dança como exercício de pesquisa de movimentos;

Analisar de forma crítica as noções comuns e recorrentes de Dança, visando à construção de uma concepção ampla desse fenômeno;

Vivenciar manifestações artístico-culturais afro-brasileiras e indígenas, observando a importância desta transmissão cultural às novas gerações.

Específicos:

Possibilitar as vivências corporais rítmicas dentro do contexto escolar, discutir a corporeidade, os ritmos, as manifestações culturais folclóricas e favorecer a criação de programas institucionais artísticos culturais.

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104

Conclusão

IES QUE DESENVOLVEM OS MESMOS OBJETIVOS EM DANÇA

Objetivos

I.E.S 1

I.E.S 2

I.E.S 3

I.E.S 4

I.E.S 5

I.E.S 6

I.E.S 7

I.E.S 8

TOTAL

S N

11 - Aplicar Anatomia, Fisiologia e Cinesiologia.

0 8

12 - Explorar a Criatividade e Improvisações.

X X X X X 5 3

13 - Incentivar a Composição Coreográfica.

X X X X X 5 3

14 - Refletir a Estética da Dança. X X X 3 5

15 – Discutir a Filosofia da Dança. 0 8

16 – Relacionar a Arte e a Dança. X X X X 4 4

17 - Oferecer a Linguagem Corporal. X X X 3 5

18 - Vivenciar a Dança Educação e na Escola.

X X X X X X X X 8 0

19 - Incluir a Dança e a Diversidade Humana (Gêneros, Raças, Etnias, Deficientes).

X

1 7

FONTE: A autora (2017).

A seguir, as informações relativas aos conteúdos que são indicados nos

planos de ensino das disciplinas (Dança, atividades rítmicas e afins) dos cursos

de Licenciatura em Educação Física das IES. Optou-se por listar os conteúdos

previstos tal como aparecem nestes planos de ensino sem distinguir os da

disciplina Dança e os da disciplina atividades rítmicas pelo fato de, na prática,

as duas disciplinas serem entendidas como ou idênticas, ou complementares

entre si.

Continua

Quadro 17 - CONTEÚDOS DAS DISCIPLINAS POR I.E.S

Plano 1 da I.E.S 1

Enfoque Antropológico da Dança

Evolução Histórica da Dança

Relações de Gênero e Etnia

Dança como: Cultura, Arte, Educação e Treinamento.

Concepções de Corpo e Movimento

A Dança como ferramenta interdisciplinar

Técnicas de Danças na sociedade

Vivências: Dança Urbana

Vivências: Dança Contemporânea

Vivências: Dança Clássica

Vivências: Dança Afro Brasileiro

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105

Continua

Continuação

CONTEÚDOS DAS DISCIPLINAS POR I.E.S

Plano 2 da I.E.S 1

Vivências: Dança de Salão

Vivências: Dança Esportiva

A Dança para Pessoas com Deficiência

Composição Coreográfica

Elaboração de Planos de Aula

Atividades Rítmicas e Ritmo

O ritmo no seu próprio corpo

Os sentidos do corpo humano e o despertar auditivo

Estudos dos sons e suas propriedades

Teoria Musical

I.E.S 2

Conceitos e definição de Ritmo

O Ritmo e o som musical

Conceitos e definição de Dança

História da Dança

Dança como: Cultura, Arte, Educação e Treinamento.

Vivências: Dança Integrativa

Vivências: Dança Circular

Vivências: Dança Folclórica

Vivências: Dança Clássica

Vivências: Dança Moderna

Vivências: Dança Jazz

Vivências: Dança Contemporânea

Vivências: Sapateado

Vivências: Dança de Salão

Composição Coreográfica

Elaboração de Planos de Aula

I.E.S 3

Dança como exploração das possibilidades do movimento

Dança como conteúdo da Educação Física

Musicalização e Movimento

Improvisação e Criatividade

Dança como consciência corporal

Dança como: Cultura, Arte, Educação e Treinamento.

Vivências: Dança Popular

Vivências: Dança Folclórica

Vivências: Dança Urbana

Vivências: Dança Afro-Brasileira

Vivências: Dança Indígena

Vivências: Dança Moderna

Vivências: Dança Contemporânea

A Dança e a Síndrome de Down

Composição Coreográfica

Elaboração de Planos de Aula

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106

Continua

Continuação

CONTEÚDOS DAS DISCIPLINAS POR I.E.S

I.E.S 4

Ritmo e Movimento

Elementos do Ritmo

Música e Movimento

Parlenda

Atividade Rítmica Interpretativa e Criativa

Composição Coreográfica

I.E.S 5

Tipos e Classificação de Ritmos

Ritmo e som musical

Ritmo e movimento

História da Dança

Dança como: Cultura, Arte, Educação e Treinamento.

Improvisação e Criatividade

Dança como consciência corporal

Linguagem Corporal

Elaboração de Planos de Aula

I.E.S 6

O processo histórico da Dança

Conceito de Ritmo

Ritmo e Musica

Ritmo e Movimento

Danças Populares

Danças Circulares

Danças Folclóricas

Dança Contemporânea

Dança como: Cultura, Arte, Educação e Treinamento

Dança Afro-Brasileira

A Dança para Pessoas com Deficiência

Expressão Corporal

Composição Coreográfica

Consciência Corporal

I.E.S 7

Conceitos Básicos Ritmo, Som, Música, Dança.

Corpo: Movimentos e Possibilidades

Dança Criativa

Dança Educacional

Folclore e Danças Circulares

Processos Pedagógicos na Dança

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FONTE: A autora (2017).

Quadro 18 - IES QUE DESENVOLVEM OS MESMOS CONTEÚDOS EM DANÇA

I.E.S 1

I.E.S 2

I.E.S 3

I.E.S 4

I.E.S 5

I.E.S 6

I.E.S 7

I.E.S 8

TOTAL

Sim Não

Enfoque Antropológico

da Dança

X 1 7

Evolução Histórica da

Dança

X X X X 4 4

Relações de Gênero e Etnia

X 1 7

Dança como: Cultura, Arte e

Educação

X X X X X X X 7 1

Dança e Treinamento

X X 2 6

Concepções de Corpo e

Movimento

X X X X X X X 7 1

A Dança como ferramenta

interdisciplinar

X X X X 4 4

Técnicas de Danças na sociedade

X X X 3 5

Consciência corporal

X X X X X 5 3

Improvisação e Criatividade

X X X X X 5 3

Dança Urbana X X 2 6

Dança Popular X X X 3 5

Continua

Conclusão

CONTEÚDOS DAS DISCIPLINAS POR I.E.S

I.E.S 8

Aspectos teóricos e práticos de ritmo

Ritmo, métrica e som.

Percussão corporal

Elementos Rítmicos

Atividades Rítmicas

Ritmo e coordenação motora

Dança Criativa

Elaboração de Coreografia

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Conclusão

IES QUE DESENVOLVEM OS MESMOS CONTEÚDOS EM DANÇA

I.E.S

1 I.E.S

2 I.E.S

3

I.E.S 4

I.E.S 5

I.E.S 6

I.E.S 7

I.E.S 8

TOTAL

Sim Não

Dança Folclórica

X X 2 6

Dança Contemporânea

X X X X 4 4

Dança Clássica X X 2 6

Dança Afro Brasileiro

X X X 3 5

Dança de Salão X X 2 6

Dança Esportiva

X 1 7

Sapateado X 1 7

Dança Indígena X 1 7

Expressão Corporal

X X X 3 5

A Dança para Pessoas com

Deficiência

X X X 3 6

Composição Coreográfica

X X X X X X 6 2

Linguagem Corporal

X X 2 6

Elaboração de Planos de Aula

X X X X 4 4

Conceitos e definição de

Ritmo

X X X X X X X X 8 0

O Ritmo e o som musical

X X X X X X X X 8 0

FONTE: A autora (2017).

Estes conteúdos coincidem em quase sua totalidade com as indicações

constantes nos documentos legais e na bibliografia consultada, conforme

consta dos capítulos 2 e 3.

Dois outros quadros, com dados complementares, são colocados, a

seguir, mostrando, no primeiro, as quantidades de IES nas quais os mesmos

conteúdos relativos à Dança e às atividades rítmicas são trabalhados.

No segundo quadro há o resultado de levantamento feito, nos planos de

ensino, no qual se pode ver uma listagem da bibliografia indicada e,

possivelmente utilizada, nas disciplinas Dança e atividades rítmicas, nas IES

pesquisadas.

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Quadro 19 - RELAÇÃO DAS OBRAS UTILIZADAS NAS REFERÊNCIAS BÁSICAS

Autores Títulos I.E.S

1 I.E.S

2 I.E.S

3 I.E.S

4 I.E.S

5 I.E.S

6 I.E.S

7 I.E.S

8 TOTAL

Sim Não

ALMEIDA T.M.M.

Quem canta seus males espanta

(2001)

X

1 7

ARTAXO, I

Ritmo e movimento: teoria

e prática (2000, 2008 e

2009)

X X X X X 5 3

BATISTA, J. C. F.

Ginástica em questão: Corpo e

movimento (2010)

X 1 7

BRASIL SECRETA

RIA DE EDUCAÇ

ÃO FUNDAMENTAL

PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais:

Educação Física (1997)

X 1 7

BRATIFISCHE, S. A.

Dança e Educação Física: diálogos possíveis

(2014)

X 1 7

DAOLIO, J.

Da Cultura do corpo (2010)

X 1 7

DARIDO, S. C.

Educação Física no ensino superior:

Educação Física na escola:

implicações para a prática

pedagógica (2006)

Para ensinar

Educação Física: possibilidades de

intervenção na escola (2007)

X X 2 6

ELENOR, K.

Didática da Educação Física

(1998) X 1 7

EHREMBERG, M.

C.

Dança e Educação Física: diálogos possíveis

(2014)

X 1 7

FERNANDES, R. C.

Dança e Educação Física: diálogos possíveis

(2014)

X 1 7

GAIO, R.

Ginástica em questão: Corpo e

movimento (2010)

Ginástica e

Dança no ritmo da escola

(2010)

X X 2 6

Continua

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110

Continuação

RELAÇÃO DAS OBRAS UTILIZADAS NAS REFERÊNCIAS BÁSICAS

Autores Títulos I.E.S

1 I.E.S

2 I.E.S

3 I.E.S

4 I.E.S

5 I.E.S

6 I.E.S

7 I.E.S

8 TOTAL

Sim Não

GALLAHUE, D. L.

Compreendendo o

desenvolvimento motor: bebês,

crianças, adolescentes e

adultos (2001)

X 1 7

GARCIA, A.

Ritmo e dança (2004)

X 1 7

GERALDO M.

Folclore na escola (2002)

X 1 7

GERHRES, A. F.

Corpo-Dança-educação: na

contemporaneidade ou da

construção de corpos fractais

(2008)

X 1 7

GODOY, K. M. A.

Oficinas de Dança e

Expressão Corporal para o

Ensino Fundamental (2009 e 2013)

X X 2 6

GOIS, A. F

Ginástica em questão: Corpo e

movimento (2010)

X 1 7

GUIMARÃES, J.

Folclore na escola (2002)

X 1 7

HAAS, A. N.

Ritmo e dança (2003 e 2004)

X X 2 6

JEANDOT, N.

Explorando o universo da

música (2001) X 1 7

LABAN, R. Dança educativa

moderna (1990)

X 1 7

MARQUES, I. A.

Dançando na escola (2003)

Ensino de Dança hoje: textos e

contextos (2011)

X X X X 4 4

MONTEIRO, G. A

Ritmo e movimento: teoria

e prática (2000 e 2008)

X X X X 4 4

NANNI, D.

Dança educação: pré-

escola a universidade

(2001 e 2010) Dança

educação: princípios, métodos e técnicas (2008)

X X X 3 5

Continua

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111

Conclusão

RELAÇÃO DAS OBRAS UTILIZADAS NAS REFERÊNCIAS BÁSICAS

Autores Títulos I.E.S

1 I.E.S

2 I.E.S

3 I.E.S

4 I.E.S

5 I.E.S

6 I.E.S

7 I.E.S

8 TOTAL

Sim Não

RANGEL, I. C. A.

Educação Física no ensino superior:

Educação Física na escola:

implicações para a prática

pedagógica (2006)

X 1 7

RANGEL, N. B. C

Dança, educação,

Educação Física: propostas de

ensino da Dança e o universo da

Educação Física (2002)

X 1 7

SÁ, I. R.

Oficinas de Dança e

Expressão Corporal para o

Ensino Fundamental (2009 e 2013)

X X 2 6

VERDERI, E. B. L. P.

Dança na escola: uma proposta

pedagógica (2009) Dança na Escola

(2009)

X X X 3 5

FONTE: A autora (2017).

Quadro 20 - RELAÇÃO DAS OBRAS UTILIZADAS NAS REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES

Autores Títulos I.E.S

1 I.E.S

2 I.E.S

3 I.E.S

4 I.E.S

5 I.E.S

6 I.E.S

7 I.E.S

8 TOTAL

Sim Não

Agostini, B. R.

Ballet clássico: preparação física,

aspectos cinesiológicos, metodologia e

desenvolvimento motor (2010)

X

1 7

Alvarenga, A.

Klauss Vianna e o ensino de Dança: uma experiência

educativa em movimento

(2009)

X 1 7

Artaxo, I

Ritmo e movimento:

teoria e prática (2008)

X X 2 6

Assis, M. D. P.

O feminino e o masculino na

Dança: das origens do balé à contemporaneida

de (2013)

X 1 7

Continua

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112

Continuação

RELAÇÃO DAS OBRAS UTILIZADAS NAS REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES

Autores Títulos I.E.S

1 I.E.S

2 I.E.S

3 I.E.S

4 I.E.S

5 I.E.S

6 I.E.S

7 I.E.S

8 TOTAL

Sim Não

Barreto, D.

Dança: ensino, sentidos e

possibilidades na escola (2005)

Dança... ensino, sentidos e

possibilidades na escola

(2004)

X X 2 6

Bertazzo, I.

Cidadão corpo: identidade e

autonomia do movimento

(1998)

Corpo vivo: reeducação do

movimento (2010)

X 1 7

Betti, M.

Corpo, cultura, mídias e

Educação física: novas relações no

mundo contemporâneo

(2004)

X 1 7

Bourcier, P.

História da Dança no Ocidente

(2006)

X 1 7

BRASIL. Ministério

da Educação

e do Desporto

Secretaria de Educação

Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais:

Educação Física (2000)

X 1 7

Bregolato, R. A.

Cultura Corporal do Esporte

(2008) X 1 7

Brikman, L.

A linguagem do movimento

corporal (1988)

X 1 7

Bruhns, H. T

Conversando sobre o corpo

(1994) X X 2 6

Bruns, M. A.

Gênero, diversidades e

direitos sexuais nos laços da

inclusão (2012)

X 1 7

Camargo, M. L. M.

Música / movimento: um

universo em duas dimensões: aspectos técnicos e pedagógicos na Educação Física

(1994)

X X 2 6

Carvalho, A.

Folclore e educação

(1981) X 1 7

Continua

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113

Continuação

RELAÇÃO DAS OBRAS UTILIZADAS NAS REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES

Autores Títulos I.E.S

1 I.E.S

2 I.E.S

3 I.E.S

4 I.E.S

5 I.E.S

6 I.E.S

7 I.E.S

8 TOTAL

Sim Não

Claro, E.

Método Dança-Educação Física

– uma reflexão sobre consciência

corporal e profissional

(1995) Método Dança: Educação Física

(1995)

X X X 3 5

Cunha, M.

Dance aprendendo:

aprenda dançando (1992)

X X 2 6

Darido, S. C.

Educação Física na escola:

implicações para a prática

pedagógica (2008)

X 1 7

Ferreira, V.

Dança Escolar: um novo ritmo

para a Educação Física (2005)

X X 2 6

Gaio, R.

Ginástica e Dança no Ritmo da Escola (2010)

Ginástica Rítmica

Desportiva "Popular" uma

proposta educacional

(1996)

X X 2 6

Gallahue, D. L.

Develop mental Physical

Education for Today's

Elementary (1987)

X 1 7

Garaudy, R.

Dançar a vida (1980)

X X 2 6

Laban, R.

Domínio do Movimento

(1978)

Dança educativa moderna

(1990)

X X 2 6

Lorenzetto, L. A.

Práticas corporais

alternativas (2008)

X 1 7

Continua

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114

Continuação

RELAÇÃO DAS OBRAS UTILIZADAS NAS REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES

Autores Títulos I.E.S

1 I.E.S

2 I.E.S

3 I.E.S

4 I.E.S

5 I.E.S

6 I.E.S

7 I.E.S

8 TOTAL

Sim Não

Marques, I. A.

Ensino de Dança hoje: textos e

contextos (1999)

Dançando na

escola (2003)

A Dança no

contexto: uma proposta para

Educação Contemporânea

(1996)

X X 2 6

Martins, S.

Ginástica Rítmica

Desportiva: aprendendo

passo a passo (2000)

X 1 7

Mendes, M. G

A dança (2000)

X 1 7

Nanni, D.

Dança educação: pré-escola à universidade

(2001 e 2003) Ensino da

Dança (2003)

X X X 3 5

Ossana, P. A educação pela

dança (2000)

X 1 7

Pereira, V.

Dança de salão: uma alternativa

para o desenvolvimento motor no ensino

fundamental (2014)

X 1 7

Rangel, I. C. A.

Educação Física na escola:

implicações para a prática

pedagógica (2008)

X 1 7

Sandra, R. Música para

Dança de Salão (2007)

X 1 7

Santos, A. C. M.

Dança de salão: uma alternativa

para o desenvolvimento motor no ensino

fundamental (2014)

X 1 7

Saraiva M. C.

O feminino e o masculino na

Dança: das origens do balé à contemporaneida

de (2013)

X 1 7

Continua

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115

Conclusão

RELAÇÃO DAS OBRAS UTILIZADAS NAS REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES

Autores Títulos I.E.S

1 I.E.S

2 I.E.S

3 I.E.S

4 I.E.S

5 I.E.S

6 I.E.S

7 I.E.S

8 TOTAL

Sim Não

Schinca, A.

Psicomotricidade, ritmo e expressão corporal: exercícios práticos (1991)

X X X 3 5

Silva, T. D.

Aspectos rítmicos motor e sonoro em aulas

de Educação Física (2008)

X 1 7

Souza-Leite, C. R.

V.

Gênero, diversidades e

direitos sexuais nos laços da

inclusão (2012)

X 1 7

Verderi, E. B. L. P.

Dança na escola (2001)

X 1 7

FONTE: A autora (2017).

Este quadro contendo a listagem da bibliografia indicada nos Planos de

Ensino das IES é apenas complementar para se ter uma ideia da mesma. De

modo geral trata-se de bibliografia atualizada e pertinente.

A seguir, no próximo capítulo, a análise dos dados até aqui

apresentados.

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116

CAPÍTULO 4.

ANÁLISE DOS PLANOS DE ENSINO DE DANÇA DOS CURSOS DE

ENSINO SUPERIOR DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA.

Figura 11. Dança na Educação Física 1.

Fonte: Disponível em http://www.fafit.com.br/cont.php?c=noticia&id=1140 Acesso em 24 de jun. de 2017.

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117

Neste capítulo constarão as análises dos dados informados no capítulo

anterior. Esta análise será feita a partir de categorias originadas especialmente

no que foi apresentado no capítulo 2 e, também no que indicam as diretrizes

para os cursos de Licenciatura em Educação Física, conforme apontado no

capítulo 3.

Do referencial teórico apresentado no Capítulo 2, constam indicações

relativas à importância educativa da Dança, a partir das quais os Planos de

Ensino podem ser analisados. Dentre elas, foram selecionadas as seguintes:

a) A Dança é uma forma de arte que têm valor estético e simbólico.

Estético por manifestar sensibilidades humanas em relação à realidade

e ao próprio ser humano e suas vivências. Simbólico pelo forte conteúdo

significativo que manifesta. Este é um aspecto importante a ser

trabalhado na formação docente em Educação Física no tocante à sua

atuação com a Dança, visto que, não se trata de oferecer treinos em

modalidades de Danças e sim em favorecer o desenvolvimento

expressivo desta arte por meio de sua realização criativa pelos (as)

alunos (as). Busca-se, na análise, verificar se este enfoque está

presente nos Planos de Ensino. Vale retomar, aqui, palavras registradas

no Capítulo 2: “A arte da Dança é um rico canal de expressão das

sensibilidades e de manifestação destas sensibilidades que, muitas

vezes, ficam represadas nas pessoas por falta de um canal ou uma via

de expressão significativa que somente a Dança lhes pode oferecer.

Não por acaso, a humanidade criou, dentre as diversas linguagens,

também a da Dança”.

b) Outro aspecto enfatizado no Capítulo 2 foi a relação intrínseca entre

Dança e educação. Ou seja, como a Dança diz respeito ao corpo, ao

corpo em movimento buscando significar algo, ela diz respeito, também,

à educação. Esta relação tem merecido a ênfase necessária nos Planos

de Ensino coletados? A análise quer verificar isso.

c) O caráter histórico e cultural da Dança, sempre presente ao longo do

tempo e nas diversas culturas, é enfatizado nos documentos legais e no

Capítulo 2. Este é um tópico indicado como necessário na formação dos

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118

(as) professores (as): verificar-se-á se sua presença é garantida nos

Planos de Ensino.

d) Izabel Marques, uma especialista em estudos referentes à relação

Dança e educação, cujas ideias foram trabalhadas no Capítulo 2, além

de ideias de outros (as) autores (as), indica um rol de conteúdos (vide

Capítulo 2) que, segundo ela, devem ser trabalhados em Dança nas

escolas e, por conseguinte, devem compor o rol de conteúdos da

formação de futuros (as) professores (as) que são os seguintes:

aspectos e componentes do aprendizado do movimento (aspectos de

Coreologia e Educação Somática); áreas de conhecimento que

contextualizem a Dança (História, Estética, Apreciação e Crítica,

Sociologia, Antropologia, Música, assim como saberes de

Anatomia, Fisiologia e Cinesiologia) e possibilidades de vivenciar a

Dança em si (repertórios, improvisação e composição coreográfica).

Estes conteúdos estão contemplados nos Planos de Ensino? A verificar.

Dos documentos legais apresentados no Capítulo 3 podem, também,

serem retiradas as seguintes indicações:

a) O (a) concluinte em Educação Física deverá estar preparado para

oferecer atividades relativas às diferentes manifestações e

expressões do movimento humano, visando à formação, à ampliação

e ao enriquecimento cultural das pessoas, para aumentar as

possibilidades de adoção de um estilo de vida ativo e saudável.

Dentre essas manifestações os documentos apontam a Dança como

um deles. Ela deve visar, juntamente com outras manifestações e

expressões do movimento humano, o enriquecimento cultural das

pessoas. A análise dos planos de ensino da disciplina Dança

pretende verificar se este objetivo está ali presente.

b) Os documentos legais apontam a Dança como parte integrante das

culturas humanas. Ou seja, apontam-na como um bem cultural

presente em todas as culturas. Indicam ser este um aspecto a ser

enfatizado como conhecimento a ser aprendido pelos (as) futuros

(as) professores (as), para que o transmitam aos (as) alunos (as),

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119

nas escolas. A análise busca verificar se isso está contemplado nos

Planos de Ensino.

c) São afirmados os benefícios da Dança para o desenvolvimento de

crianças e jovens os que repercutem em suas aprendizagens. Isso

deve ser objeto de estudos por parte dos (as) futuros (as)

professores (as) de Educação Física, segundo os documentos legais.

Na análise, buscar-se-á saber os Planos de Ensino contemplam este

conteúdo.

d) É afirmada, ainda, a Dança como uma forma importante de

expressão dos sentimentos ou afeições dos seres humanos que

deve ser incentivada junto às crianças e jovens no seu processo

educativo. Os (as) professores (as) devem poder saber disso e saber

como fazer para que este incentivo seja proporcionado. Os Planos de

Ensino dão conta desta necessidade formativa dos (as) futuros (as)

professores (as)? A análise dos dados busca saber isso.

Tomando-se o que consta nos dois grupos de itens, acima, foi feita uma

listagem síntese de aspectos e conteúdos que devem, de acordo com o que foi

levantado nas investigações nos documentos legais e na bibliografia

consultada, serem trabalhados em Dança nos cursos de Licenciatura em

Educação Física.

Estes aspectos e conteúdos dizem respeito ao que deve ser trabalhado

nas escolas da Escola no Ensino Fundamental e no Ensino Médio e, portanto,

devem ser contemplados nos cursos de Licenciatura em Educação Física, na

componente Dança ou em Atividades Rítmicas, com vistas à formação dos (as)

futuros (as) professores (as) destes componentes.

Esta listagem síntese é tomada, aqui, como um rol de categorias de

análise dos Planos de Ensino coletados nas oito IES pesquisadas. São elas:

1. A Dança como uma das diferentes manifestações e expressões do

movimento humano: conhecimento deste conteúdo e proposta de

atividades que ensejam estas manifestações e expressões.

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120

2. A Dança como uma forma importante de expressão da sensibilidade

humana que deve ser incentivada junto às crianças e jovens no seu

processo educativo. Seus aspectos estéticos e simbólicos.

3. Aspectos e componentes do aprendizado do movimento corporal

(aspectos de Coreologia e Educação Somática).

4. A Dança como um bem cultural presente em todas as culturas. Caráter

cultural da Dança.

5. Relação entre Dança e educação. Benefícios da Dança para o

desenvolvimento de crianças e jovens, o que repercute em suas

aprendizagens.

6. Áreas do conhecimento que contextualizem a Dança (História,

Apreciação e Crítica, Sociologia, Antropologia, Música, assim como

saberes de anatomia, fisiologia e cinesiologia).

7. Possibilidades de vivenciar a Dança (repertórios, improvisação e

composição coreográfica).

4.1 Análises dos Conteúdos dos Planos de Ensino de Dança dos Cursos

de Licenciatura em Educação Física Pesquisados.

Trata-se, aqui, de identificar a presença destes aspectos (categorias)

nos Planos de Ensino das oito IES.

1. Com relação ao primeiro aspecto ou categoria (A Dança como uma das

diferentes manifestações e expressões do movimento humano:

conhecimento e atividades), ele aparece em dois componentes dos

Planos de Ensino: no componente “Concepções de Corpo e Movimento”

(em seis das oito IES) e no componente “Consciência corporal” (em

quatro delas). Este dado indica uma razoável compreensão da Dança

como expressão importante do movimento humano, mas indica, ao

mesmo tempo, que esta compreensão não está tão amplamente

arraigada no âmbito da Educação Física como estão outras

manifestações, por exemplo, os jogos em especial os esportivos.

2. Com relação ao segundo aspecto ou categoria (A Dança como uma

forma importante de expressão dos sentimentos ou afeições dos

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121

seres humanos que deve ser incentivada junto às crianças e jovens

no seu processo educativo. Seus aspectos estéticos e simbólicos).

Em apenas duas das oito IES, o aspecto estético é contemplado nos

planos de curso. A IES 2 menciona como um dos conteúdos da

disciplina Dança, no plano de ensino, o seu aspecto estético. Assim,

também, IES 6 indica como conteúdos a serem aprendidos, as

manifestações rítmicas expressivas e estéticas, bem como o saber

observar, analisar e comparar manifestações estéticas presentes nos

diversos tipos de Danças. Já quanto ao aspecto simbólico ou expressivo,

há a presença da “Improvisação e criatividade” nos planos de curso

de cinco das oito IES. Constam, ainda, em três delas “Expressão

Corporal” e em duas, “Linguagem Corporal”. Mesmo assim, sente-se

falta de entendimentos a respeito deste aspecto importante da Dança

como arte e, portanto, como foram de expressão da sensibilidade

humana tão presente ao longo da História, como se viu no Capítulo

Primeiro.

3. Com relação ao terceiro aspecto ou categoria (Aspectos e

componentes do aprendizado do movimento: Coreologia e

Educação Somática), não aparecem conteúdos, em nenhuma das IES,

relativos à Educação Somática e Coreologia da Dança. Não com esta

terminologia. Aparecem, sim, conteúdos visando à aprendizagem de

“composições coreográficas”, ou “construções coreográficas” e

“elaboração de coreografias”.

4. Com relação à quarta categoria (A Dança como um bem cultural

presente em todas as culturas. Caráter cultural da Dança), o

conteúdo “Cultura, Arte e Educação” está presente nas oito

instituições. Há, ao que parece, uma tomada de consciência de que a

Dança é uma componente presente e importante da cultura. Talvez vista

mais como uma presença e nem tão acentuadamente como um bem

cultural e, menos ainda, como uma rica expressão estética.

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122

5. Com relação ao quinto aspecto ou categoria (Relação entre Dança e

educação Benefícios da Dança para o desenvolvimento de crianças

e jovens, o que repercute em suas aprendizagens), em sete das oito

IES consta “Dança como cultura, arte e educação” e, ainda, em uma IES

com a denominação de “Dança como ferramenta interdisciplinar”.

Nos planos de curso das oito IES, nada foi encontrado relativamente

aos benefícios da Dança para o desenvolvimento de crianças e

jovens, ou como algo que repercuta em suas aprendizagens. Talvez isso

se deva a pouca literatura existente a respeito e, por consequência, à sua

pouca presença nos cursos de modo geral. Pensamos ser necessário

haver mais estudos que mostrem estes benefícios e maior divulgação

dos resultados dos mesmos nos cursos de formação de professores (as),

em especial de Educação Física.

6. Com relação ao sexto aspecto ou categoria, relativo a áreas de

conhecimento que contextualizem a Dança (História, Apreciação e

Crítica, Sociologia, Antropologia, Música, assim como saberes de

anatomia, fisiologia e cinesiologia), pode-se constatar o seguinte:

aspectos de antropologia aparecem apenas em uma das IES; aspectos

históricos constam em quatro IES; sobre apreciação e crítica a respeito

da Dança em geral, nada consta nos planos de curso; não consta

nenhuma proposta de abordagem sociológica da Dança; alguma

relação entre Dança e música aparece em conteúdo sobre ritmo e som

musical nas oito IES; os aspectos de anatomia, fisiologia e cinesiologia

aparecem contemplados como “Concepções de Corpo e Movimento” em

sete das oito IES. Estas áreas de conhecimento estão mais presentes

na literatura sobre Dança, em especial as que dizem respeito aos

saberes de anatomia, fisiologia e cinesiologia e, ainda música. Daí eles

estarem presentes em quase todos os planos de curso das IES

pesquisadas. Com relação à presença dos aspectos de História,

Apreciação e Crítica, Sociologia, Antropologia, ela é menor, mas já indica

avanços, pois, estes aspectos nem sempre foram o forte nas análises da

Dança. Talvez dois deles sim, tiveram uma presença mais acentuada na

literatura da área (História e Antropologia Cultural). As produções

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123

contendo apreciações críticas relativas a certos entendimentos e certas

atividades de Dança também são relativamente recentes, como se viu no

Capítulo Primeiro. Estas apreciações críticas voltaram-se especialmente

à visão mecanicista da Dança (reprodução mecânica de movimentos, por

exemplo) do que resultou um caminho aberto para a criatividade ao

Dançar e para, por consequência, a improvisação levando, às ideias de

manifestação da sensibilidade humana por meio desta arte. Estas

considerações podem explicar, de alguma maneira, a pouca presença

destes aspectos nos planos de curso das disciplinas Dança e atividades

rítmicas nestas IES.

7. Com relação ao sétimo aspecto ou categoria (Possibilidades de

vivenciar a Dança: repertórios, improvisação e composição

coreográfica), estes conteúdos são trabalhados como “Improvisação e

criatividade” em cinco das oito IES e também como “Composição

Coreográfica” em seis delas. Este dado parece conflitar com o dado

presente na categoria anterior sobre análises críticas relativas a certos

entendimentos e certas atividades de Danças. Na verdade, julgamos a

presença destes conteúdos já se deve às produções críticas produzidas

especialmente no final do Século XX e neste início do Século XXI. O que

é indicado no item anterior é a pouca presença destes conteúdos teóricos

de análises críticas. Aqui vê uma maior presença de atividades

inovadoras ou incentivadoras da criatividade ao se dançar.

Como se pode observar, nestas oito IES que oferecem a disciplina

Dança ou sua correlata, atividades rítmicas, há forte presença de alguns

conteúdos indicados na legislação que orienta sua oferta para a formação de

futuros (as) professores (as) de Educação Física no tocante a sua atuação nas

escolas da Escola. Alguns dos conteúdos indicados pouco aparecem e um

deles não aparece nenhuma vez, como foi apresentado.

O que isso pode indicar? No nosso modo de ver, pode indicar que, de

forma geral, nestas oito IES, há sim um conhecimento, por parte dos (as)

elaboradores (as) das propostas pedagógicas dos cursos de Licenciatura em

Educação Física, tanto das orientações legais, quanto de certa bibliografia,

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124

relativas ao que deve ser oferecido como conhecimentos e práticas

necessários para a formação destes futuros docentes no tocante a sua possível

implantação da Dança no Ensino Fundamental e Médio. Nem todos os

aspectos indicados em ambas as fontes (legislação e bibliografia) são

contemplados, mas, ao menos a maior parte deles sim.

Quando isso não é oferecido pelos (as) professores (as) formados

nestas IES, nas escolas da Escola, não se pode dizer que é por conta de falta

de informações e orientações por parte dos Cursos de Licenciatura em

Educação Física das IES da região pesquisada. Outros fatores podem influir na

não oferta destes aspectos formativos em Dança, ou mesmo na oferta de

conteúdos de Dança. Um destes fatores pode estar relacionado ao fato de

certas escolas contarem com professores (as) de Educação Física não

concluinte por estas IES, ou formados em época anterior a estas novas visões

da Dança e novas maneiras de ver a Dança na educação escolar. Estas novas

visões da Dança e sua presença na educação escolar, conforme foi mostrado

nos capítulos anteriores é, relativamente nova e, mais novo ainda, é seu

impacto na legislação orientadora da educação escolar e na bibliografia

correspondente.

4.2 Análises das Ementas e Objetivos dos Planos de Ensino de Dança de

Licenciatura em Educação Física.

As constatações, acima, indicam a preocupação das propostas de

Cursos de Licenciatura em Educação Física das IES pesquisadas, em atender,

de alguma maneira, o que é indicado nos documentos oficiais e na literatura

consultada a respeito da presença da Dança na educação escolar e a respeito

da relação entre Dança e educação. Mas, vale ainda, buscar nas ementas e

nos objetivos dos Planos de Curso, mais indicações a respeito do

desdobramento destes conteúdos indicados nos títulos das disciplinas. Isso

porque estas indicações podem oferecer uma compreensão mais ampla do que

tem sido trabalhado nos referidos cursos para, com vistas à formação dos (as)

professores (as) de Educação Física, poder oferecer conteúdos e atividades

considerados adequados, do ponto de vista educacional, para os (as) discentes

da Escola.

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Para esta análise, serão utilizadas as mesmas categorias, conforme o

que vem a seguir.

1. A Dança como uma das diferentes manifestações e expressões do

movimento humano.

De acordo com as diretrizes legais e com o referencial utilizado, uma das

principais características das Danças e das Atividades Rítmicas e

Expressivas, é o seu caráter expressivo do humano, em especial de

suas emoções.

Ainda que pouco contemplada, esta característica, talvez por conta,

ainda de certa tradição técnica no cultivo da Dança, aparece apenas em

alguns Planos de Ensino de algumas IES. Ela aparece nas ementas e

nos objetivos dos Panos de Ensino de Dança, como “Expressão

Corporal”, ou maneiras de dizer equivalentes. É o caso do conteúdo

expressão e consciência corporal presente na ementa dos planos de

ensino 1 e 2 da IES de número 1. Consta, também, nos dois planos, na

sua ementa, as palavras “expressão humana”, assim como, ao indicar,

nos objetivos, habilidades a serem desenvolvidas constam que o (a)

discente deve aprender a valorizar a expressão corporal.

O mesmo ocorre na IES 3, ao indicar como objetivo na formação do (a)

professor (a) de Educação Física que ele supere a perspectiva tecnicista

da Dança, para redescobri-la e significá-la como movimento corporal

expressivo. Nos planos de ensino das demais IES (2, 4, 5, 6, 7 e 8)

nada consta a respeito da “Expressão Corporal”.

Ainda que, apenas duas, das oito IES, apresentem esta perspectiva, já

se pode considerar um avanço, visto que, como foi apontado no Capítulo

2, muitas vezes, que a Dança é vista na educação, apenas como

reprodução de movimentos mecanicamente aprendidos. Esta maneira

de ver a Dança decorre de uma perspectiva tecnicista que não leva em

conta os aspectos estéticos e expressivos ou simbólicos próprios da

Dança apontados nos capítulos anteriores.

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2. A Dança como uma forma importante de expressão da sensibilidade

humana que deve ser incentivada junto às crianças e jovens no seu

processo educativo. Seus aspectos estéticos e simbólicos.

Aqui, como ocorreu na análise dos conteúdos dos Planos de Ensino das

IES pesquisadas, em poucas delas o aspecto estético é contemplado.

Apenas três das oito IES apontam para os aspectos estéticos em suas

ementas e objetivos. A IES 2 menciona como um dos objetivos da

disciplina, reconhecer e identificar a Dança e suas concepções estéticas

nas diversas culturas considerando as criações regionais, nacionais e

internacionais. A IES 3 contempla, nos objetivos, o desenvolvimento

psicomotor, estético e interacional da criança. Nos objetivos do plano de

ensino da IES 6 indica-se como objetivos a serem aprendidos, as

manifestações rítmicas expressivas e estéticas, bem como o saber

observar, analisar e comparar manifestações estéticas presentes nos

diversos tipos de Danças. Fica claro, nestes dados que ainda é pouca a

consciência a respeito desta característica fundamental da Dança que é a

de ser um dos canais importantes de expressão dos sentimentos dos

seres humanos. Este aspecto estético da Dança é bastante enfatizado

nos dois primeiros capítulos desta tese e, no Capítulo 3, há indicações de

que, na formação dos futuros professores (as) de Educação Física, este

aspecto deva ser contemplado pela importância de isso ser percebido e

ser levado em conta nas aulas de Danças.

Não é algo comum nos discursos educacionais a menção aos aspectos

estéticos e ainda há um longo caminho a ser percorrido neste sentido.

3. Aspectos e componentes do aprendizado do movimento: aspectos

de Coreologia e Educação Somática.

Em apenas uma das oito IES (IES 2), aparece “Coreologia da Dança”

no plano de ensino, assim explicitada: “Promover a experimentação e

pesquisa das diversas formas de locomoção, deslocamentos e

orientação no espaço (caminhos, direções, planos e níveis). Promover a

experimentação na movimentação, considerando as mudanças de

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velocidade, de tempo, de ritmo e o desenho no espaço. Compreender

quais são as capacidades físicas mais requisitadas para a prática”.

Em sete das oito IES aparece o aspecto “Educação Somática”. Vale

aqui, indicar algumas passagens do que consta em ementas e objetivos

de Planos de ensino dessas IES. Por exemplo, na IES 1, é proposto que

seja trabalha a corporeidade e a motricidade pela sua importância como

facilitadora da aprendizagem de conhecimentos. A IES 2 aponta

explicitamente como um objetivo o estudo do movimento. Já a IES 3 é

mais explícita e enfática em sua diretriz curricular ao apontar, como

objetivo, que o (a) aluno (a) possa compreender e vivenciar a Dança

como exercício de pesquisa de movimentos. Mais explicitamente, a

IES 5 aponta, nos objetivos, o reconhecimento do movimento, por

meio da Dança, como algo que nos eleva para a transcendência

humana. Propõe que se pense o (a) aluno (a) como sujeito criador do

seu próprio movimento. E, ainda, indica a necessidade, para a

formação na área, do estudo das teorias das Danças e suas múltiplas

abordagens no universo da Educação Física - Motricidade Humana.

A IES 6 propõe, como objetivo, que os alunos adquiram conhecimentos

a respeito do corpo, nas aulas de Dança. A IES 7 apresenta na

ementa do seu Plano de Ensino componentes básicos que propiciem um

desenvolvimento sensório-motriz. Por fim, está presente na IES 8, no

objetivo geral do Plano de Ensino, que é necessário compreender e

vivenciar a Dança como exercício de pesquisa de movimentos.

Como se vê, com exceção da IES 4, as demais buscam atender, ao

menos nas indicações de seus planos de ensino de Dança, as

indicações de autores (as) da área e das diretrizes oficiais relativas a se

contemplar, na formação dos (as) futuros (as) professores (as) de

Educação Física, aspectos relacionados ao “Domínio do Movimento”

conforme o proposto por Laban (1971) no que ele denomina de estudos

de “Coreologia da Dança”. Trata-se, nesses estudos de conhecer

Formas, Tempos, Espaços e Energias presentes neste campo das artes.

Propor estudos, com relação a estes conteúdos traz inegáveis benefícios

no processo de formação do (a) licenciado (a) em Educação Física para

que em geral e, de maneira específica, possam desenvolver atividades e

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ensino de Dança nas escolas capazes de superar aulas apenas de

reprodução mecânica de repertórios.

4. A Dança como um bem cultural presente em todas as culturas.

Caráter cultural da Dança.

Em sete das oito IES está presente, nos objetivos de seus Planos de

Ensino, a indicação da necessidade de, na formação do (a) professor (a)

da área, discutir e entender a Dança como um importante bem cultural.

Ressalte-se o que a IES 1, ao tratar do perfil docente, no seu plano de

ensino 1, aponta que o (a) professor (a) desta disciplina deverá

demonstrar conhecimentos culturais a respeito da diversidade cultural

nas manifestações corporais (Dança e atividades rítmicas). Enfoca, já na

ementa, as atividades rítmicas como formas de manifestação cultural

e, nos objetivos, indica que devem ser conhecidas e promovidas as

Danças folclóricas e as manifestações populares que compõem a

cultura do nosso país e fora dele. Na ementa do plano 2 da mesma

IES aparece a abordagem da Dança como expressão cultural humana.

Assim, também, a IES 2 apresenta como objetivos gerais, repensar e

valorizar a Dança como um bem cultural. A IES 3 aponta como

objetivos da disciplina, vivenciar manifestações artístico-culturais

afro-brasileiras e indígenas, observando a importância desta

transmissão cultural às novas gerações, valorizando a cultura

nacional. A IES 4 aponta como um objetivo, compreender a importância

da cultura do movimento de um povo. Na IES 5 o elemento Danças

como patrimônio cultural e sua influência nos diferentes contextos

está também indicado explicitamente na ementa do seu plano de ensino.

A IES 6 indica que se devam realizar trabalhos individuais e coletivos

visando uma produção cultural. Pode-se entender que se queira

almejar a compreensão da Dança como uma das produções culturais

importantes. Mais explícitas são as indicações constantes na ementa do

Plano de Ensino da disciplina da IES 8 na qual se propõe o estudo das

atividades rítmicas e expressivas, por meio da compreensão da cultura

na qual estão inseridas. Coerentemente com esta proposta, o objetivo

geral indica que se deve buscar vivenciar manifestações artístico-

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culturais afro-brasileiras e indígenas, observando a importância desta

transmissão cultural às novas gerações. Isso é complementado nos

objetivos específicos: possibilitar as manifestações culturais

folclóricas e favorecer a criação de programas institucionais

artísticos culturais.

A maioria absoluta das IES investigadas segue o que dizem os

Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997, 1998) quando afirma

que as Atividades Rítmicas e Expressivas e as Danças são Culturas

Corporais de Movimento essenciais aos ambientes educativos da

Educação Física. Ambientes estes, em que a cultura se manifesta nas

relações entre as pessoas e no aprendizado de diversas Danças, que

evoluíram ao longo de décadas.

5. Relações entre Dança e educação: benefícios da Dança para o

desenvolvimento de crianças e jovens, o que repercute em suas

aprendizagens.

A busca de compreensão destes benefícios trazidos pela Dança faz

parte dos objetivos da disciplina nos planos de ensino de seis das oito

IES pesquisadas. No plano 1 da IES 1 na indicação das habilidades a

serem desenvolvidas existem os seguintes objetivos: verificar o

conhecimento, a compreensão, a aplicação, a análise, a síntese e a

avaliação dos (as) alunos (as) diante de cada processo de

aprendizagem da disciplina. Já no plano 2, nada consta a respeito. O

que não deixa de ser estranho. O mesmo se pode dizer da IES 2. Na

IES 3 um dos objetivos da disciplina é o de favorecer para que o (a)

futuro (a) professor (a) descubra “as atividades rítmicas e expressivas

como possibilidades de intervenção pedagógica no contexto escolar”, o

que é repetido como uma das competências a serem, nele,

desenvolvidas. Pode-se entender que haja, nesta formulação, uma

preocupação em relação aos benefícios da Dança para o

desenvolvimento de crianças e jovens. No plano 1 da IES 4 é proposto

como um dos objetivos, “reconhecer a atividade rítmica como

contribuição valiosa na educação integral do indivíduo”. Ainda que seja

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uma a firmação genérica, não deixa de indicar alguma preocupação ou

entendimento de possíveis benefícios da Dança para a educação. Nas

IES 5 e 6, não há nenhuma relação entre Dança e seus benefícios para

as aprendizagens em geral e, menos ainda, qualquer menção em

relação aos seus possíveis bons resultados educacionais. Na IES 7 logo

na ementa do plano de ensino, aparece a indicação de estudo do

seguinte conteúdo: “Valor educativo da atividade rítmica”, o que é

complementado com a indicação, do seguinte objetivo: “fornecer ao

aluno conhecimento do ritmo como fenômeno universal e instrumento

educativo”. Na oitava IES, há o seguinte objetivo a expressar

compreensão e propósito relativo aos benefícios educacionais das

atividades rítmicas: “Estimular o acadêmico do curso de formação em

Educação Física a descobrir as atividades rítmicas e expressivas como

possibilidades de intervenção pedagógica no espaço escolar”

Vemos assim, que a maioria das Instituições pesquisadas incorpora nos

seus programas de ensino de Dança dos cursos superiores de

Licenciatura em Educação Física este aspecto discutido no capítulo 2

sobre Dança e Educação. Desta forma, estas Instituições valorizam a

mérito de ter na escola e na formação docente reflexões que envolvam

os benefícios educativos da Dança.

6. Áreas do conhecimento que contextualizam a Dança: História,

Apreciação e Crítica, Sociologia, Antropologia, Música, assim como

saberes de anatomia, fisiologia e cinesiologia.

De modo geral, nas ementas e nos objetivos das IES pesquisadas, este

conjunto de conhecimentos aparece. Nem sempre como conhecimentos

de todas as áreas mencionadas, mas, ao menos, boa parte deles. Isso

indica atenção das IES para com as orientações legais a respeito do que

deve constar na formação destes futuros (as) professores (as) de

Educação Física em relação ao seu preparo para trabalharem com a

Dança, bem como, certa finidade com a literatura da área identificada

em nossas buscas.

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Por exemplo, na IES 1, há esta afirmação na ementa da disciplina “O

professor desta disciplina deverá demonstrar conhecimentos históricos,

filosóficos e culturais das diversas manifestações corporais de

Atividades Rítmicas”, assim como menciona, em alguns objetivos, obter

conhecimentos de música e de aspectos de antropologia. Na IES 2,

consta o seguinte objetivo: “Repensar e valorizar a Dança como um bem

cultural, compreendendo e reconhecendo seu valor social, filosófico,

artístico e educacional” e este: “Compreender quais são as capacidades

físicas mais requisitadas para a prática” (da Dança, no caso). Na IES 3

há menções a respeito dos aspectos históricos, sociais e filosóficos, o

que não ocorre nos objetivos e ementa da IES 4. Nesta última quase

nada destes aspectos é mencionado, o mesmo ocorrendo com a IES 5.

Já na IES6, vários destes aspectos são mencionados na ementa da

disciplina: “Adquirir informações sobre o contexto histórico no qual os

conhecimentos do Ritmo e da Dança se produziram; conhecer o

processo histórico das manifestações rítmicas e expressivas e suas

diferentes concepções de ensino; adquirir conhecimentos sobre os

conceitos que relacionam a ideia de corpo, ritmo e Dança no mundo

moderno e contemporâneo; classificar as diferentes manifestações

rítmicas; analisar os possíveis significados intrínsecos à vivência do

ritmo e da Dança”. A IES 7, na sua ementa e objetivo menciona

destacadamente conhecimentos de música e não das demais áreas e, a

IES 8, contempla boa parte destas áreas como os aspectos históricos,

culturais, antropológicos e musicais.

Com relação à apreciação e crítica da Dança vale registrar o que consta

nos objetivos da disciplina Dança, da IES 3: “Assumir uma

desconstrução da noção de Dança pautada na perspectiva tecnicista,

para redescobri-la e significá-la como movimento corporal expressivo e

rítmico, que ajuda no desenvolvimento psicomotor, estético e

interacional da criança”. Isso se reflete em ao menos um dos conteúdos

programáticos do plano de ensino desta IES: “Desconstruindo a noção

tecnicista da Dança”. Apesar de apenas em uma das IES isso aparecer,

já é um início positivo.

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Com relação a conteúdos que tratem de música e sua relação com ritmo

e Dança, estes aparecem em diversos planos de várias IES. Em apenas

duas das IES (IES: 1 - plano 1, 3, 4 – plano 1 e 2, 6, 7, 8), não há a

menção a relações entre ritmo, música e as Danças. Nas demais IES

constam menções importantes a respeito destas relações, como é

mostrado a seguir.

No plano 1 da IES 1, no perfil docente, é afirmado que o (a) professor (a)

da disciplina Dança, deverá ser capaz de demonstrar, nas diversas

manifestações corporais de Atividades Rítmicas, seus aspectos rítmicos

e musicais. Nesta mesma IES, nos seus objetivos, é indicado como

necessário, desenvolver as seguintes competências: compreender a

música como meio para a expressão do movimento; analisar timbres,

sons, instrumentos e objetos musicais; aplicar a teoria musical como

componente motivador e educacional nas aulas de atividades rítmicas e

expressivas na Educação Física escolar; compreender o ritmo como

fenômeno universal e educativo; sintetizar o trabalho integrado com

música, percussão e movimento; esclarecer os sentidos para o

desenvolvimento da percepção rítmica. Além disso, é indicado que se

deva desenvolver o sentido auditivo por meio da educação musical,

rítmica e sonora. Na ementa da IES 3, consta a indicação de que se

deva promover exercícios de musicalização e, além de propor, como um

dos objetivos da disciplina, o conhecimento dos diferentes conceitos de

ritmo. Ao analisar o plano 1 da IES 4 aparece na ementa: A disciplina

procura desenvolver a fundamentação e análise da relação Ritmo-

movimento e suas características, tipos e funções gerais. Os elementos

do ritmo (pulso, andamento, acento, intensidade e padrões rítmicos) são

conceituados e caracterizados. Como um de seus objetivos é proposto

que sejam analisados os aspectos metodológicos e pedagógicos

relevantes na escolha da seleção musical, conhecendo a influência da

música sobre o ouvinte. No plano 2 da mesma IES, há na ementa, a

relação música-movimento; e nos objetivos: compreender o Ritmo como

um elemento do movimento humano, analisando esta inter-relação em

diferentes tipos de atividades físicas: esporte, ginástica, Dança e

atividades físicas em geral. A ementa da IES 6 apresenta o estudo da

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noção de ritmo nas suas diversas formas de análise. Existe nos objetivos

cognitivos a preocupação de que o (a) discente adquirira os

conhecimentos do ritmo e da Dança; adquirir conhecimentos sobre os

conceitos que relacionam a ideia de corpo, ritmo e Dança no mundo

moderno e contemporâneo; analisar os possíveis significados intrínsecos

à vivência do ritmo e da Dança. Assim como nas habilidades, é indicado

que deve ser capaz de relacionar os conhecimentos adquiridos em ritmo

e Dança à prática pedagógica; elaborar projetos, pesquisas e programas

em Dança e ritmo.

A IES 7 cita na ementa que, a exploração associativa da música, da

percussão e do movimento favorece a percepção rítmica. O objetivo

indica que se deva fornecer ao (a) aluno (a), o conhecimento do ritmo

como fenômeno universal e instrumento educativo. Viabilizar um

trabalho integrado de música, percussão e movimento. Proporcionar ao

educador condições básicas para uma adequada utilização da música e

do movimento em sua prática profissional. Por último, na ementa da IES

8 são contemplados os exercícios de musicalização e, nos objetivos

específicos, é proposto discutir os ritmos.

7. Possibilidades de vivenciar a Dança (repertórios, improvisação e

composição coreográfica).

A ideia básica, aqui, é a de que o (a) professor (a) de Educação Física

possa possibilitar nas aulas de Dança e de atividades rítmicas, que os

alunos (as) da Escola aprendam repertórios diversos e, também, possam

improvisar Danças e ritmos que expressem sua sensibilidade de alguma

maneira.

Neste sentido, a ementa do Plano de Ensino da IES 1 para a disciplina

“atividades rítmicas”, indica como conteúdo o estudo das “possibilidades

de movimentos utilizados pela cultura corporal e suas adaptações à

população escolar. Criatividade, expressão e consciência corporal”. No

plano de ensino da disciplina “Dança” propõe que este (a) professor (a)

aprenda a “Valorizar a imaginação, a criatividade, a percepção e a

expressão corporal”.

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No plano de ensino da IES 2 estes aspectos não são mencionados

claramente, o que já não ocorre na IES 3 que identifica como necessários,

nesta formação, o conhecimento da disposição para a criação de diversas

expressões por meio dos ritmos e da Dança em especial. No plano de

ensino desta IES é apontado como conteúdo a ser trabalhado o seguinte:

“Experimentação da Dança por meio da vivência em atividades rítmicas e

expressivas, Danças populares e folclóricas, manifestações afro-

brasileiras e indígenas, exercícios de musicalização, criatividade,

consciência corporal, pesquisa de movimentos e montagens

coreográficas”. Nesta direção caminha o plano de ensino 2 da IES 4 ao

propor como objetivo: “Analisar os aspectos metodológicos e pedagógicos

das atividades rítmicas criativas: imitativas, interpretativas e criação de

Dança”. Já, na IES 5, é valorizada a “Construção de um repertório de

DANÇAS” e, também, o aprendizado da “Organização de espaços e

ambientes que propiciem a prática de DANÇAS”. A ênfase, no caso, está

nos repertórios e não na criatividade em relação às Danças. O plano de

ensino da IES 6 caminha nesta mesma direção, ainda que mencione,

além do aprendizado de repertórios, a possibilidade de aprendizado de

produção cultural e de elaboração de “projetos, pesquisas e programas

em Dança e ritmo”. No plano de ensino da IES 7, não há nenhuma

menção a este respeito, o contrário do plano de ensino da IES 8 no qual é

dito explicitamente que seja oferecido, na formação docente,

oportunidades de “Experimentação da Dança por meio de vivências em

atividades rítmicas e expressivas, Danças populares e folclóricas,

manifestações afro-brasileiras e indígenas, exercícios de musicalização,

criatividade, consciência corporal, pesquisa de movimentos e montagens

coreográficas”. Alia-se, aqui, a proposta de aprendizado de repertórios e,

ao mesmo tempo, de aprendizado de criação.

Por estes recortes pode-se confirmar o que foi dito no início deste item

relativamente à preocupação das propostas de Cursos de Licenciatura em

Educação Física das IES pesquisadas: elas buscam atender, de alguma

maneira, o que é indicado nos documentos oficiais e na literatura consultada a

respeito da presença da Dança na educação escolar e, por consequência em

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relação ao que se espera seja oferecido na preparação do (a) futuro (a)

professor (a) de Educação Física para que possa desenvolver seu trabalho

contemplando nele, as atividades de Dança e/ou Atividades Rítmicas. Estas

análises das ementas e dos objetivos constantes dos Planos de Ensino

reforçam o constatado nos conteúdos de ensino dos mesmos planos.

Mesmo assim, vários aspectos importantes relativos à Dança ficam

ausentes das propostas pedagógicas destes cursos, especialmente aqueles

relativos à dimensão estética tão importante de ser contemplada nos processos

de formação humana, assim como falta uma ênfase maior nos aspectos de

criação e de improvisação como caminhos abertos para as manifestações e

expressões da sensibilidade humana por meio deste canal artístico tão

relevante.

O que foi aqui apresentado é uma análise dos dados constantes dos

planos de ensino das disciplinas Dança e Atividades Rítmicas das oito IES

investigadas, buscando referenciá-la ao conjunto de ideias apresentadas nos

capítulos dois e três desta tese. Outras considerações analíticas poderiam ser

apresentadas, mas, tendo em vista os objetivos propostos para esta pesquisa,

julgamos suficiente o que foi dito até aqui.

Nas considerações finais apresentaremos mais alguns comentários de

ordem geral que, esperamos, podem ampliar entendimentos e principalmente a

compreensão da presença da Dança nas escolas com qualidade e

competência que podem servir de incentivo para que haja cada vez mais

estudos e valorização dos (as) professores (a) de Educação Física para o

ensino de Dança, visto ser esta uma de suas funções prevista na legislação do

ensino no Brasil.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS.

Figura 12. Michael Jackson

Fonte: Disponível em http://amantesdanca.blogspot.com.br/2013/03/imagens-de-danca.html

Acesso em 19 jan. 2016

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“Pros loucos que falam que sou Louco porque Danço, Loucos são eles que não sabem o prazer da Dança.

Serei eternamente um Amante da Dança. Já nasci pra Dançar!

Desde pequeno a Dança faz parte da minha vida. A Dança sempre estará no meu coração, por que foi lá de onde ela surgiu em mim”

Michael Jackson (2003).

A epígrafe supracitada refere-se à entrevista concedida pelo polivalente

astro do pop, Michael Jackson e é uma reflexão acerca da “loucura”, isto é, do

extremo envolvimento que o ser humano-corpo atinge ao Dançar. Muitos (as)

acreditam que o ato de dançar é para loucos, mas, pode-se dizer, é para

sujeitos (as) cheios de loucura por poderem expressar suas emoções

dançando. Um dos mais belos e ricos predicados do ser humano é o da sua

capacidade expressiva.

A história da vida de Michael Jackson mostra que a Dança preencheu de

satisfação sua infância e toda a sua vida, mesmo sabendo-se que, ao menos

na infância, se dançava por prazer, também o fazia de maneira impositiva por

parte do seu pai. Vale ainda registrar estes seus dizeres que reforçam sua

busca prazerosa pela Dança: "(...) dance não para se exibir ou para

impressionar, mas pelo simples prazer de dançar (...)" (2003, s./p.). A Dança

deve proporcionar prazer ao invés da obrigação. Dançar é enaltecer a vida, o

corpo, e a arte com belas expressões. A indicação deste astro Dançante vale

para todas as pessoas, pois, como se viu nos capítulos iniciais desta tese, a

expressão da sensibilidade humana é uma profunda necessidade e a Dança é

um caminho privilegiado desta expressão respondendo, assim, à satisfação

desta necessidade.

Algumas ideias a respeito do que seja a Dança e sua presença na vida

humana formaram o conteúdo do primeiro capítulo com a intenção de oferecer

um pano de fundo, ou um contexto, para situar a problemática que envolveu e

desencadeou o objeto da pesquisa realizada. O breve relato histórico,

apontando a presença da Dança desde os tempos mais remotos da

humanidade, mostra, primeiro, como o ser humano é um ser que tem

necessidade intrínseca à sua natureza de expressar-se das mais diversas

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maneiras, sua sensibilidade, assim como expressa, várias possibilidades de

seus entendimentos a respeito da realidade e de si mesmo nela. Isso se soma

a como expressa sua necessidade de convívio com outros seres humanos, não

apenas organizando-se socialmente de diversas maneiras, mas também

produzindo um enorme acervo de conhecimentos a respeito da vida coletiva. O

mesmo ocorre com suas necessidades produtivas que se manifestam nas

relações de transformação da natureza e dos próprios materiais por ele

produzidos, que desenvolve, juntamente com seus pares e busca expressar

também na forma de conhecimento e na forma de arte. Esta última não apenas

dá a conhecer este algo fundamental do ser humano que é o trabalho, mas

expressa inúmeros sentimentos envolvidos no agir produtivo. O ser humano é

sim, ao mesmo tempo e complementarmente, do agir social e do agir

simbolizador ou expressivo. Não podem separar estes aspectos do ser

humano, pois eles o constituem, ou seja, o formam como humano. A falta de

desenvolvimento de qualquer um deles afeta a integralidade de sua

constituição ou formação.

Um desses aspectos, simbolizador e expressivo, é o das artes e, dentro

delas, situa-se as Dançar. Ela é uma necessidade como foi apontado no

Capítulo 1 e, também, no Capítulo 2 ao se tratar da Dança na educação. Não

fosse necessária a Dança, não teria estado presente tão colado à história da

humanidade, como foi visto.

O Capítulo 2 procurou mostrar a vinculação necessária da Dança com a

educação e como alguns (algumas) pensadores (as) veem esta vinculação.

Necessária porque a educação deve tratar de ajudar as novas gerações a

buscarem com o máximo de lucidez possível, os caminhos de sua realização

ou formação humana. São vários estes caminhos: um deles é o do acesso ao

conhecimento, por certo e, também o do acesso à preparação para o mundo do

bom trabalho (aquele trabalho que realmente soma realizações e não o que

aliena o homem de si mesmo) e ainda o acesso aos caminhos da boa

sociabilidade e o acesso aos caminhos da realização de sua sensibilidade e

aos caminhos de expressão da mesma. Oferecer ajudas para o acesso a estes

e outros caminhos é papel da educação. Ora, se os trajetos da Dança levam a

caminhos de expressão da sensibilidade humana que, auxiliam na sua

realização, por que não ter presentes na educação atividades da Dança?

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Se as considerações apresentadas no Capítulo 2 servirem para motivar

quem não está motivado para buscar garantir as atividades de Dança na

educação escolar e servir para reforçar os que já estiverem motivados, já nos

sentimos bem pagos pelo trabalho que desenvolvemos ali. Esta motivação

deve ser reforçada pelos ordenamentos legais que, sabiamente, indicam a

necessidade de a Dança ser contemplada na Escola e, por conta dessa

necessidade, a necessidade de haver o correspondente preparo do corpo

docente para ensinar propostas de Dança aos (as) aprendizes.

Um destes, diz a legislação, é o (a) professor (a) de Educação Física, o

qual deve ser formado com qualidade para esta tarefa, também sua. Foi o que

buscou desvelar no Capítulo 3. Nossa intenção não foi apenas o de expor o

que indicam ou mesmo determinam as orientações legais, mas sim apontar

que estas orientações se casam, muito bem, com o que foi exibido no Capítulo

2, ou seja, o que a literatura a respeito também indica e recomenda.

Desenhados o quadro histórico relativo à Dança, o quadro relativo ao

que se cogitar da relação Dança e educação aliado ao quadro das orientações

legais, buscou-se o que era o principal objetivo da pesquisa: identificar a

presença de estudos e vivências de Dança nos currículos dos seis Cursos de

Licenciatura em Educação Física da Cidade de São Paulo aos quais foram

agregados dois cursos da região metropolitana de São Paulo. Os resultados

desta busca constam, também, do Capítulo 3.

Infelizmente, não foi possível obter os dados de todas as IES da Cidade

de São Paulo, como era a intenção inicial da pesquisa, mas os dados das oito

Instituições de Ensino Superior mostraram que, ao menos estas estão afinadas

com a literatura já produzida a respeito da Dança na educação e com o que

indicam os mais recentes documentos legais relativos à Escola e relativos à

formação de docentes de Educação Física para o trabalho com Dança (onde

se permite sua atuação) no Ensino Fundamental I, II e no Ensino Médio.

No tocante aos nossos objetivos foi possível identificar a presença da

Dança nas propostas curriculares dos Cursos de Licenciatura em Educação

Física das IES pesquisadas, bem como a “afinação” dos conteúdos e objetivos

da disciplina Dança com as orientações legais a respeito e com, ao menos

parte da bibliografia da área.

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Permitimo-nos, aqui, relembrá-lo: buscar constatar o nível de presença

da oferta da disciplina Dança nos Cursos de Licenciatura em Educação Física

das Instituições de Ensino Superior da Cidade de São Paulo e o de buscar

informações a respeito dos conteúdos trabalhados nesta disciplina, nestes

cursos, em especial se estes conteúdos estavam afinados com as orientações

legais a respeito e com, ao menos parte da bibliografia da área.

Este objetivo foi certamente alcançado e, melhor ainda, ao atingi-lo,

tivemos não confirmada nossa hipótese de que, em uma minoria de Cursos de

Licenciatura em Educação Física seria encontrada a presença da disciplina

Dança e que, nesses poucos cursos, a oferta da disciplina estaria bem distante

das orientações legais e da produção acadêmica a ela relativa.

Foi, por certo, uma grata não confirmação, apesar do pequeno número

de IES pesquisadas. Resta saber se a maneira e a profundidade com a qual os

conteúdos elencados nos Planos de curso ocorrem de modo a satisfazer o que

se espera da formação destes (a) docentes para projetar a implantação da

Dança nas escolas.

Sentimos, também, ao concluir a pesquisa que, ao menos em parte,

respondemos satisfatoriamente às indagações iniciais colocadas que foram as

seguintes: Como entender a Dança e sua relação com a educação? Como é

vista a Dança, nos documentos oficiais brasileiros, como conteúdo curricular na

Escola? Com que objetivos e conteúdos este componente curricular é

trabalhado nos cursos identificados? Os objetivos e conteúdos da disciplina

que desenvolvem as danças mencionadas nestes cursos podem responder ou

corresponder ao que é considerado desejável na literatura pesquisada e nas

indicações da legislação oficial brasileira com relação à mesma?

Além disso, com relação a outro objetivo que foi o de buscar subsídios

para as discussões a respeito da formação docente de Educação Física

relativa ao seu conhecimento para ensinar os conteúdos de Dança na Escola,

se não delineamos grandes avanços, ao menos foi possível indicar os

benefícios das Danças nas escolas e com um tipo de que privilegie não as

atividades repetitivas ou mecânicas, nesta área, mas sim o que ela pode

incentivar de expressividade e de manifestação criativa da sensibilidade das

crianças e jovens de nossas escolas.

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Ao ter realizado este trabalho relativo ao componente curricular Dança

nos Cursos de Licenciatura em Educação Física, sentimos, além da satisfação

das constatações obtidas, um novo alento para continuar não só a defender a

presença desta manifestação artística nesses cursos e na preparação desses

professores (as), mas para continuar nossos estudos e pesquisas relativas ao

Dançar. Estudar e vivenciar a Dança, inevitavelmente, é tratar sobre a

sensibilidade humana e, mais particularmente sobre as possibilidades de sua

expressão com criatividade por meio dos movimentos dos corpos promovendo,

inclusive não só o encantamento, pela Dança, nos expectadores (as) que veem

Danças, mas promover neles (as) e em quem Dança as melhores e mais

genuínas manifestações de suas emoções. Algumas danças e dançarinos (as),

às vezes, valorizam mais as disputas em prol da perfeição dos movimentos

técnicos, mas a Dança deve realmente invadir o corpo com sensibilidade e

superar regras, sempre com novas criações, para obter prazer e liberdade.

Como hoje presenciamos uma era das tecnologias, talvez, a Educação

Física e a Dança ainda sejam uma das poucas atividades humanas que

manifestam o contato entre as pessoas, por isso, aqui fica a nossa defesa em

prol da valorização dessas profissões para não vivermos um futuro sem toque.

Mover com expressão e plasticidade, sentir e agir com consciência,

representar o mundo à sua volta e as próprias emoções a partir das

descobertas dos movimentos rítmicos e artisticamente, são ações

fundamentais para dançar.

Quando o ser humano Dança, o corpo se posiciona como veículo para

expressar o seu sentir as coisas e o mundo. Dançar é festejar.

Festejemos a vida, dançando e permitamos que muitas crianças e

jovens dancem a festa da vida, ajudando-as a aprender esta maravilhosa forma

de expressão de nossa humanidade.

Com palavras de Fernando Pessoa, em seu poema ‘Liberdade’,

queremos concluir esta tese, não assumindo a condenação do ir à escola para

estudar em livros ou do ter deveres a cumprir, mas carecemos de saber

consentir espaços em nossas vidas para os prazeres da liberdade dentre os

quais ele contempla os da Dança.

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Liberdade. Ai que prazer Não cumprir um dever, Ter um livro para ler E não fazer! Ler é maçada, Estudar é nada. Sol doira Sem literatura O rio corre, bem ou mal, Sem edição original. E a brisa, essa, De tão naturalmente matinal, Como o tempo não tem pressa... Livros são papéis pintados com tinta. Estudar é uma coisa em que está indistinta A distinção entre nada e coisa nenhuma. Quanto é melhor, quanto há bruma, Esperar por D. Sebastião, Quer venha ou não! Grande é a poesia, a bondade e as danças... Mas o melhor do mundo são as crianças, Flores, música, o luar, e o sol, que peca Só quando, em vez de criar, seca. Mais que isto É Jesus Cristo, Que não sabia nada de finanças Nem consta que tivesse biblioteca (Negritos nossos).

Esta pesquisa apenas teve seu início e, seus primeiros resultados aqui

estão. Para nós, ela é um incentivo na continuidade da busca. Mas, não

deixaremos de buscar, também, “a poesia, a bondade e (principalmente) as

danças”.

Vale acrescentar que ela me trouxe importantes acréscimos acadêmicos

em minha formação como professora de Dança na Licenciatura em Educação

Física e um maior incentivo na continuação de meus estudos.

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ANEXOS

“[...] Dançar é executar movimentos corporais de maneira ritmada, em geral ao som de música, bailar, balançar, oscilar; sacudir-se, agitar-se, mexer-se, movimentar-se”.

Hollanda (1999).

Figura 14. Dança na Educação Física 2.

Fonte: Disponível em http://granbery.edu.br/noticias/estudantes-de-educacao-fisica-brilham-na-14a-mostra-de-danca Acesso em 19 jul. 2017.

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ANEXO 1: PLANOS DE ENSINO DE DANÇA OU AFINS DAS

LICENCIATURAS EM EDUCAÇÃO FÍSICA.

IES n. 1. PLANO DE ENSINO 1

Nome da disciplina ATIVIDADES RITMICAS

Carga horária 68

Semestre 04º

Grade/ano 2016 1

PERFIL DOCENTE O professor desta disciplina deverá demonstrar conhecimentos históricos, filosóficos e culturais das diversas manifestações corporais de Atividades Rítmicas, em seus aspectos técnicos, rítmicos, musicais, desportivos, folclóricos e populares, bem como, poder saber ensiná-los pedagogicamente e estabelecer vínculos com a Educação Física Escolar.

EMENTA As Atividades Rítmicas como forma de manifestação cultural e linguagem corporal. Ritmos e as possibilidades de movimentos utilizados pela cultura corporal e suas adaptações à população escolar. Criatividade, expressão e consciência corporal. Ginástica Rítmica e as possibilidades do ritmo. Concepção do ritmo na Educação Física e sua importância no ensino aprendizagem para o conhecimento da cultura corporal de movimento por meio da música, da percussão e da ginástica. As relações das atividades rítmicas e expressivas com gênero, etnia e deficiências.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Atividades Rítmicas e Ritmo na Educação Física.

Percepção do ritmo no seu próprio corpo, no corpo do outro e no meio em que vive.

Os sentidos do ser humano e o despertar auditivo.

Estudo dos sons e suas propriedades.

Teoria musical: compassos, frases, temas, andamento e batidas por minuto – BPM.

Estudo da rítmica, do ritmo e do movimento.

Percepção de materiais alternativos que produzem sons e percussão.

Relações de Gênero e etnia nas Atividades Rítmicas e Expressivas, na Ginástica Rítmica, na Educação Física escolar e na sociedade em geral.

Ginástica Rítmica e as possibilidades do ritmo.

Metodologia de ensino da ginástica rítmica para deficientes

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Música, percussão e movimento.

Construções coreográficas.

OBJETIVOS Competências Desenvolvidas:

Conhecer as Atividades Rítmicas para estimular à criação e reflexão.

Compreender a música como meio para a expressão do movimento.

Analisar timbres, sons, instrumentos e objetos musicais.

Aplicar a teoria musical como componente motivador e educacional nas aulas de atividades rítmicas e expressivas na Educação Física escolar.

Compreender o ritmo como fenômeno universal e educativo.

Sintetizar o trabalho integrado com música, percussão e movimento.

Esclarecer os sentidos para o desenvolvimento da percepção rítmica. Habilidades Desenvolvidas:

Planejar a Ginástica Rítmica como meio para integrar movimento corporal, os movimentos dos aparelhos e a música.

Promover as Danças folclóricas e as manifestações populares que compõem a cultura do nosso país e fora dele.

Desenvolver o sentido auditivo por meio da educação musical, rítmica e sonora. Reconhecer as relações de gênero presentes na sociedade, na Educação Física e especialmente nas atividades rítmicas e expressivas.

Verificar o conhecimento, a compreensão, a aplicação, a análise, a síntese e a avaliação dos/as alunos/as diante de cada processo de aprendizagem da disciplina.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Bibliografia Básica

ARTAXO, I e MONTEIRO, G. A. Ritmo e movimento: teoria e prática. 4. Ed. São Paulo: Phorte, 2008.

GAIO, R; GOIS, A. F. GÓIS; BATISTA, J. C. F. (org.). Ginástica em questão: Corpo e movimento. 2ª edição, São Paulo: Phorte, 2010.

GUIMARÃES, J. GERALDO M. Folclore na escola. 3. ed. São Paulo: Manole, 2002. Bibliografia Complementar

BRUNS, M. A; SOUZA-LEITE, C. R. V. Gênero, diversidades e direitos sexuais nos laços da inclusão. Curitiba: Editora CRV, 2012.

CAMARGO, M. L. M. Música / movimento: um universo em duas dimensões: aspectos técnicos e pedagógicos na Educação Física. Belo Horizonte, MG: Villa Rica, 1994.

CARVALHO. A. Folclore e educação. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1981.

MARTINS, S. Ginástica Rítmica Desportiva: aprendendo passo a passo. Rio de Janeiro: Shape, 2000.

SCHINCA. A Psicomotricidade, ritmo e expressão corporal: exercícios práticos. São Paulo: Manole, 1991.

SILVA, T. D. da et al. Aspectos rítmicos motor e sonoro em aulas de Educação Física. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte, São Paulo, v.7, n.3, p. 36-41, 2008. Disponível em: http://www3.mackenzie.br/editora/index.php/remef/article/view/1487/1135 - Acesso em 14 maio 2014.

Metodologia de Ensino

Aulas expositivas, processos pedagógicos, vivências corporais, leituras, pesquisas, seminários prático-teórico.

Metodologia de Avaliação A composição das notas da AV1, AV2 e AV3 contará com avaliações contínuas com conteúdo interdisciplinares que pretendem avaliar as capacidades e competências desenvolvidas ao longo dos semestres. AVALIAÇÃO AV1: a) Soma das notas dos instrumentos abaixo descritos e Instrumentos de Avaliação: b) 1º Instrumento de Avaliação Disciplinar: Seminário sobre “Produção científica sobre ritmo e ginástica rítmica” Para essa avaliação devem estudar artigos científicos sobre os temas em questão e apresentar em forma de seminário. A classe será organizada em grupo e cada grupo

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apresentará um artigo, previamente preparado. Essa avaliação tem valor total de 10,00 pontos. 2º Instrumento Avaliação Disciplinar: Plano de aula de ginástica rítmica com aparelhos alternativos Dividir a sala em oito ou mais grupos e sortear as séries (fundamental I, II ou médio). Os grupos, com a orientação do/da docente deverá elaborar um plano de aula de Ginástica Rítmica para escola, de acordo com a série sorteada anteriormente. O grupo deve entregar, antes de iniciar a apresentação do plano de aula, uma cópia impressa do trabalho escrito para o/a professor/a de acordo com as normas já aprendidas de elaboração de trabalho. O tempo de explanação é de no mínimo 15 e máximo 20 minutos, é deverá ter a participação de todos os integrantes. Essa avaliação tem o valor total de 10,0 pontos. 3º Instrumento Avaliação Disciplinar: Coreografia de Ginástica Rítmica – Conjunto com aparelho oficial Dividir a sala em oito ou mais grupos e sortear os aparelhos oficiais da ginástica rítmica. Cada grupo deverá apresentar uma composição coreográfica de ginástica rítmica, de acordo com as regras estudadas e adaptadas para as condições escolares e de iniciação na modalidade.

Composição da Av1 Valores

Seminário Científico Ritmo e GR 0,0 a 10,0

Plano de Aula 0,0 a 10,0

Composição coreográfica de GR 0,0 a 10,0

Avaliação Teórica 0,0 a 10,0

TOTAL 40,0

MÉDIA 40,0/4 = de 0,0 a 10,0

Objetivo da Avaliação Critérios de Avaliação Av1 - Taxonomia de Bloom SEMINÁRIO SOBRE RITMO E GINÁSTICA RÍTMICA Conhecimento Refere-se à habilidade do aluno em recordar, definir, reconhecer ou identificar informação específica sobre o ritmo ou ginástica rítmica abordada na disciplina de Atividades Rítmicas, a partir de situações de aprendizagens anteriores. Compreensão Refere-se à habilidade do aluno em demonstrar compreensão pelos conhecimentos gerais e o ritmo/ ginástica rítmica presentes na cultura de um povo abordado na disciplina de Atividades Rítmicas, sendo capaz de reproduzir a mesma por ideias próprias. Aplicação Refere-se à habilidade do aluno em aplicar os conhecimentos gerais do ritmo e da Ginástica Rítmica presentes na cultura do povo, contemplado na disciplina de Atividades Rítmicas, em situações ou problemas concretos como identificar métodos e/ou abordagens para o ensino-aprendizagem da Ginástica Rítmica. Análise Refere-se à habilidade do aluno em estruturar informação sobre os conhecimentos gerais e o folclore presentes na cultura de um povo, separando as partes das matérias de aprendizagem e estabelecendo relações, explicando-as, entre as partes constituintes. Síntese Refere-se à habilidade do aluno em recolher e relacionar os conhecimentos gerais e a manifestação cultural – ginástica rítmica com ritmos diversos na nossa cultura e em outras, até formar um produto novo. Avaliação Refere-se à habilidade do aluno em fazer julgamentos sobre o valor do ritmo e da ginástica rítmica para além da Educação Física Escolar ao levar em consideração o conhecimento sobre cultura, seja ela nacional ou internacional, que serve como meio de transformações e mudanças. AVALIAÇÃO AV2:

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Instrumento de Avaliação Avaliação institucional integrada, composta pelos conteúdos interdisciplinares do semestre. Esta avaliação será composta, quase em sua totalidade, por questões de múltipla escolha, disciplinares e interdisciplinares, porém também serão apresentadas questões discursivas, cujo conteúdo será sobre conteúdos interdisciplinares e conhecimento geral. Objetivo da Avaliação Relacionar conceitos teóricos de diversas áreas de forma interdisciplinar. AVALIAÇÃO AV3: Instrumento de Avaliação Estas questões teóricas avaliação terá um caráter integrador e interdisciplinar. Será aplicada uma avaliação individual, composta por de estudo de caso, cujo conteúdo contemplará todas as disciplinas ministradas no semestre. Objetivo da Avaliação O objetivo desta avaliação está na finalização dos temas e nas suas interpretações para a prática do professor de Educação Física.

Regime de Oferecimento: Semestral.

Pré-requisitos: Nenhum.

PLANO DE ENSINO 2

Nome da disciplina DANÇA

Carga horária 68 h

Semestre 5º

Grade/ano 2016 1

PERFIL DOCENTE O/A professor/a desta disciplina deverá descrever e demonstrar conhecimentos históricos, filosóficos, artísticos e educacionais das diferentes manifestações da Dança. Deverá abordar a Dança na visão da complexidade, da corporeidade e da motricidade humana, demonstrando a aplicação dos conhecimentos da Dança e seus desafios educacionais na atualidade, planejando e organizando pedagogicamente tais conhecimentos na Educação Física Escolar.

EMENTA Abordagem da Dança como manifestação histórica e expressão cultural humana. Dança enquanto linguagem não verbal e comunicação corporal. Relações da Dança com a Educação, Arte, Diversidade Humana, Qualidade de Vida, Saúde, Treinamento, Educação Física e Escola. As relações da prática da Dança com gênero, etnia e deficiência.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Enfoque antropológico da Dança: o significado da Dança da pré-história até a contemporaneidade;

Evolução histórica da Dança e as relações com gênero e etnia;

A Dança em diferentes contextos: Cultura, Arte, Educação e Treinamento;

Concepções sobre Corpo e movimento: corporeidade, motricidade, gênero, inclusão e suas inter-relações;

O papel da Dança educativa na formação do educador e do educando;

Elementos da Dança educacional baseados em Rudolf Laban;

A Dança como ferramenta interdisciplinar nas aulas de Educação Física;

As diferentes técnicas de Dança na sociedade brasileira e mundial;

Vivência de Dança educativa, Danças urbanas, Dança contemporânea, balé clássico, jazz, afro-brasileira, Danças de salão e esportiva;

Metodologia de ensino da Dança adaptada para deficientes;

Criação de planos de aulas, composições coreográficas, figurinos e cenografia.

OBJETIVOS Competências Desenvolvidas:

Compreender os diferentes contextos históricos da Dança na sociedade;

Apreender os conhecimentos sobre o corpo na sociedade por meio da corporeidade e da motricidade;

Entender a Dança enquanto área de intervenção e conhecimento;

Desenvolver o conteúdo da Arte, da Linguagem e da Cultura Corporal de Movimento na Educação Física;

Analisar a complexidade que envolve a Dança na Educação Física na diversidade humana, enquanto treinamento, saúde, qualidade de vida, arte e educação dentro do

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ambiente escolar. Habilidades Desenvolvidas:

Questionar os padrões do corpo e do movimento da Dança na sociedade contemporânea construída por meio dos meios de comunicação de massa;

Promover o conhecimento da Dança educação a partir das diferentes linguagens técnicas da Dança afro, popular, urbana, de salão, esportiva como conteúdo da Educação Física Escolar;

Valorizar a imaginação, a criatividade, a percepção e a expressão corporal;

Capacitar para planejar e aplicar as diferentes manifestações das Danças na escola;

Planejar apresentações de Dança para o Ensino Infantil, Ensino Fundamental I e II, e Ensino Médio;

Elaborar espetáculos de técnicas de Dança por meio de composições coreográfica no ambiente escolar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Bibliografia Básica

GAIO, Roberta et al. Ginástica e Dança no ritmo da escola. Várzea Paulista: Fontoura, c2010.

RANGEL, Nilda Barbosa Cavalcante. Dança, educação, Educação Física: propostas de ensino da Dança e o universo da Educação Física. São Paulo: Fontoura, 2002.

VERDERI, Érica Beatriz Lemes Pimentel. Dança na escola: uma proposta pedagógica. São Paulo: Phorte, 2009. Bibliografia Complementar

ASSIS, Marília Del Ponte de; SARAIVA Maria do Carmo. O feminino e o masculino na Dança: das origens do balé à contemporaneidade. Movimento, Porto Alegre, v.19, n.2, abr./jun. 2013, p. 303-323. Disponível em: <http://www.seer.ufrgs.br/Movimento/article/view/29077/25265>. Acesso em: 4 nov. 2014.

BARRETO, Débora. Dança: ensino, sentidos e possibilidades na escola. 2. ed. São Paulo: Autores Associados, 2005.

BETTI, Mauro. Corpo, cultura, mídias e Educação física: novas relações no mundo contemporâneo. E F Deportes - Revista Digital, Buenos Aires, v.10, n.79, dez. 2004. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd79/corpo.htm>. Acesso em: 4 nov. 2014.

DARIDO, S. C. (Coord.) RANGEL, I. C. A. Educação Física na escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.

MARQUES, I.A. Ensino de Dança hoje: textos e contextos. São Paulo: Cortez, 1999.

MARQUES, I.A. Dançando na escola. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2003.

NANNI, D. Dança educação: pré-escola à universidade. Rio de Janeiro: Sprint, 2003.

METODOLOGIA DE ENSINO Aulas expositivas, estudos dirigidos, vivências práticas, debates/discussões, vídeos e apresentações teóricas e práticas dos/as alunos/as.

METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO A composição das notas da AV1, AV2 e AV3 contará com avaliações contínuas com conteúdo interdisciplinares que pretendem avaliar as capacidades e competências desenvolvidas ao longo dos semestres. AVALIAÇÃO AV1: Instrumento de Avaliação Média aritmética dos dois instrumentos descritos abaixo: a) Avaliação conceitual específica: Individual e escrita sobre os conteúdos da disciplina a qual envolve o estudo antropológico e histórico social da Dança; seus contextos culturais, artísticos, educacionais, para a saúde, qualidade de vida, treinamento e diversidade humana. A organização destes conteúdos no contexto escolar por meio das diferentes, técnicas e manifestações das Danças. O corpo, a corporeidade, a motricidade humana e a linguagem corporal por meio da Dança. Valor: de 0 a 10 (peso 2). b) 1º Trabalho em Grupo – Plano de Ensino de Dança Organizados em 4 grupos, os (as) alunos (as) deverão desenvolver e aplicar um Plano de

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IES n. 2. Plano de Ensino Ritmos e Dança I–EMENTA Introdução aos conceitos e definições do Ritmo e da Dança e sua relação com a Educação Física; estudo do ritmo enquanto elemento fundamental na vida do ser humano; exploração do componente musical na atuação profissional; sistemas e métodos de Dança. II – OBJETIVOS GERAIS Utilizar o ritmo como um dos meios para o desenvolvimento de habilidades motoras e capacidades físicas. Repensar e valorizar a Dança como um bem cultural, compreendendo e reconhecendo seu valor social, filosófico, artístico e educacional. Estudo do movimento e das diversas possibilidades da Dança com foco em educação e atividade física. Capacitar aos alunos como pesquisadores em Dança. III - OBJETIVOS ESPECÍFICOS Facilitar a integração dos conteúdos rítmicos e expressivos para formulação de trabalhos que demonstrem o domínio conceitual da linguagem corporal. Promover a experimentação e pesquisa das diversas formas de locomoção, deslocamentos e orientação no espaço (caminhos, direções, planos e níveis) Promover a experimentação na movimentação considerando as mudanças de velocidade, de tempo, de ritmo e o desenho no espaço. Facilitar ao professor de Educação Física a elaboração, desenvolvimento e aplicação da Dança em programas escolares, bem como em programas em geral. Reconhecer e identificar a Dança e suas concepções estéticas nas diversas culturas considerando as criações regionais, nacionais e internacionais.

Ensino sobre Dança educação aplicada à Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II e Ensino Médio. Valor: de 0 a 10. c) 2º Trabalho em grupo – Seminário das Pesquisas e Composição Coreográfica de Dança Os/as discentes deverão se dividir em grupos, pesquisar, compor e apresentar uma coreografia escolhendo apenas uma das diferentes técnicas da Dança, que podem ser: clássica, moderna, jazz, Danças de salão, Danças urbanas (hip hop), afro, dentre outras, com temas interdisciplinares ou transversais. Valor: de 0 a 10. A Média da Av1 acontecerá somando as três avaliações que terão valores de 0 a 10 pontos e depois deve ser dividida por três, sendo que a avaliação conceitual terá peso 2. AVALIAÇÃO AV2: Instrumento de Avaliação Avaliação institucional integrada, composta pelos conteúdos interdisciplinares do semestre. Esta avaliação será composta, quase em sua totalidade, por questões de múltipla escolha, disciplinares e interdisciplinares, porém também serão apresentadas questões discursivas, cujo conteúdo será sobre conteúdos interdisciplinares e conhecimento geral. Objetivo da Avaliação Relacionar conceitos teóricos de diversas áreas de forma interdisciplinar. AVALIAÇÃO AV3: Instrumento de Avaliação Esta avaliação terá um caráter integrador e interdisciplinar. Será aplicada uma avaliação individual, composta por questões teóricas de estudo de caso, cujo conteúdo contemplará todas as disciplinas ministradas no semestre. Objetivo da Avaliação a) O objetivo desta avaliação está na finalização dos temas e nas suas interpretações para a prática do professor de Educação Física.

Regime de Oferecimento: Semestral.

Pré-requisitos: Nenhum.

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Compreender quais são as capacidades físicas mais requisitadas para a prática. IV - CONTEÚDO PROGRAMÁTICO. 1. Ritmo. 1.1 Conceitos, Definições e Objetivos. 1.2 Estruturação do Ritmo. 1.3 Ritmo e Arritmia. 1.4 Percussão Corporal. 2. O Ritmo e o Som Musical. 2.1 Princípio Básico. 2.2 Ritmo e Métrica Musical. 2.3 Elementos do Pulso. 2.4 Mapeamento Musical. 2.5 Percussão Instrumental. 3. Dança 3.1 Conceitos, Definições, Funções e Objetivos. 3.2 História da Dança. 4. Sistemas e Métodos de Dança a. Danças Integrativas a.1 Danças circulares. a.2 Danças da Cultura Popular ou Folclóricas. a.3 Dança de Salão b. Dança Educativa (Rudolf Von Laban) b.1 Vida e obra de Laban. b.2 Eucinética. b.3 Fatores do Movimento. b.4 Oito Ações Básicas. c. Dança Arte c.1 Balé Clássico c.2 Dança Moderna c.3 Jazz c.4 Dança contemporânea c.5 Sapateado 5. O Desenvolvimento das Capacidades Físicas. 6. A Prática como componente Curricular 6.1 Elaboração de planos de aulas com conteúdos de Ritmo e Dança. 6.2 Aplicação dos planos de aula elaborados. 6.3 Desenvolvimento do Ritmo e da Dança em programas escolares. 6.4 Desenvolvimento do Ritmo e da Dança em programas em geral.

Módulos

Descrição das Atividades

1 Aula teórica: Apresentação da disciplina, critérios de avaliação; Conceitos, definições e objetivos do Ritmo.

2 Aula teórica: Estruturação do Ritmo, Ritmo e Arritmia. Aula Prática: Percussão Corporal (Prática como Componente Curricular/Elaboração de uma Orquestra Corporal).

3 Aula teórica: O Ritmo e o Som Musical: Princípio Básico, Ritmo e Métrica, Elementos do Pulso. Vídeo: Barbatuques (percussão corporal) e Stomp (percussão instrumental)

4 Aula Teórica: Mapeamento Musical. Aula Prática: Escuta musical, identificação do pulso e mapeamento da música.

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5

Aula Prática: Escuta da música, identificação e marcação do pulso através de palmas, estalos, etc. Deslocamentos com variação de direção espacial, andamento e pausas. (Prática como Componente Curricular/Elaboração de uma sequência de deslocamentos com marcação rítmica).

6 Aula Prática: Percussão Corporal com marcação do pulso e deslocamentos, com mudança de direção e nível.

7 Aula teórica: Dança: Conceitos, Definições, Funções e Objetivos. História da Dança (vídeo)

8 Avaliação Prática (Prática como Componente Curricular/ Elaboração de uma coreografia com percussão instrumental e variações rítmicas)

9 NP1

10 Aula Teórica: Sistemas e Métodos de Dança: Danças Integrativas, Danças da Cultura Popular ou Folclórica e Dança de Salão. Trabalho sobre Rudolf Von Laban.

11 Aula Prática: vivência de Danças Integrativas.

12 Aula Teórica: Dança Arte; Treinamento para desenvolvimento das capacidades físicas para o Dançarino. Aula Prática: Análise das 8 ações do esforço.

13 Aula Prática: vivência de Danças Integrativas e Dança Educativa.

14 Avaliação Prática (Prática como Componente Curricular/ Elaboração de uma coreografia com pesquisa em Danças Integrativas)

15 NP2

16 Revisão de prova

17 Prova Substitutiva

18 Exame

19 Revisão de Exame

20 Entrega de Notas

V - ESTRATÉGIA DE TRABALHO Aulas teóricas expositivas e apresentação de vídeos de Dança e de percussão corporal e instrumental. Vivências práticas para estimular o entendimento do que está sendo apresentado. Leitura de textos relacionados aos conteúdos, estimulando também a sua capacidade de análise e crítica construtiva. VI – AVALIAÇÃO Provas teóricas bimestrais, como forma de sintetizar os conteúdos discutidos. Provas práticas bimestrais, em grupo, abordando o conjunto de atividades desenvolvidas no período. Média ponderada das notas atribuídas às provas de teoria e prática. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Bibliografia Básica ARTAXO, I. & MONTEIRO, G. de A. Ritmo e movimento. São Paulo: Phorte, 2000. GARCIA, Â. & Haas, A. N. Ritmo e dança. São Paulo: Phorte, 2004. MARQUES, I. A. Dançando na escola. São Paulo: Cortez, 2003.

Bibliografia Complementar NANNI, D. Dança educação: pré-escola a universidade. 3. ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2001. VERDERI, É. B. L. P. Dança na escola. Rio de Janeiro: Sprint, 2001. CLARO, E. Método Dança-Educação Física – uma reflexão sobre consciência corporal e profissional. São Paulo: Robe, 1995. MENDES, M G. A dança. 2. ed. Rio de Janeiro: Ática, 2000, OSSONA, P. A educação pela dança. 3.ed. São Paulo: Summus, 2000.

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IES n. 3. PLANO DE ENSINO

Disciplina: Manifestações Rítmicas e Expressivas

Ano: semestre: 2º

Carga horária semestral: 80 horas

Carga horária semanal: 4 horas

EMENTA: Estudo das atividades rítmicas e expressivas, através da compreensão de sua história, cultura, métodos didáticos de ensino e aprendizagem e sua aplicação na escola no contexto da escola e da Educação Física. Experimentação da Dança através da vivência em atividades rítmicas e expressivas, Danças populares e folclóricas, manifestações afro-brasileiras e indígenas, exercícios de musicalização, criatividade, consciência corporal, pesquisa de movimentos e montagens coreográficas. OBJETIVOS DA DISCIPLINA: Estimular o aluno do curso de formação em Educação Física a descobrir as atividades rítmicas e expressivas como possibilidades de intervenção pedagógica no contexto escolar; Compreender e vivenciar a Dança como exercício de pesquisa de movimentos; Assumir uma desconstrução da noção de Dança pautada na perspectiva tecnicista, para redescobri-la e significá-la como movimento corporal expressivo e rítmico, que ajuda no desenvolvimento psicomotor, estético e interacional da criança; Vivenciar manifestações artístico-culturais afro-brasileiras e indígenas, observando a importância desta transmissão cultural às novas gerações, valorizando a cultura nacional.

COMPETÊNCIAS: Ao final do curso, o aluno deve estar apto a planejar, organizar e desenvolver atividades rítmicas e expressivas no ambiente escolar, como componente curricular da Educação Física, adaptados à realidade escolar em que está inserido; Capacidade para compreender as diferentes formas de manifestação corporal da Dança e Atividades Rítmicas e Expressivas; Capacidade de propor e solucionar problemas constatados em aulas de Educação Física por meio da Dança e das Atividades Rítmicas e Expressivas.

HABILIDADES: Conhecimento dos diferentes conceitos de ritmo e expressão e aplicação dos mesmos na intervenção pedagógica; ser capaz de elaborar um planejamento para o desenvolvimento da Dança e das Atividades Rítmicas e Expressivas nas aulas de Educação Física na escola de acordo com cada ano/série; Conhecimento sobre montagem e elaboração de coreografias no contexto escolar; Conhecimento dos conteúdos de Dança propostos para cada nível de ensino, de acordo com os PCN’s.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: Unidade 1. - Desconstruindo a noção tecnicista da Dança; - Dança como pesquisa/exploração das possibilidades de movimento; - Dança no contexto da Educação Física: manifestações rítmicas e expressivas; Unidade 2. - O silêncio: o primeiro passo na busca pela pesquisa/exploração das possibilidades de movimento; Unidade 3. - Musicalização e Movimento: dissolvendo a dicotomia entre Ritmo e Movimento; - Atividades Rítmicas – percussões, rimas, cantigas de roda, brincadeiras cantadas; - A proposta educacional de Orff; - Noção de Rítmica (Euritmia) em Dalcroze; - Improvisação e criatividade; Unidade 4. - Primeiro nível relacional: o corpo consigo mesmo: - Explorando a estrutura óssea e as articulações corporais; - Conscientização da Postura corporal – Técnica Klauss Vianna; - A respiração e a relação fundamental com o movimento;

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Unidade 5. - Segundo nível relacional: o corpo no espaço: - A Kinesfera (espaço pessoal); - Planos espaciais: alto, médio, baixo; - O corpo como agente transformador/criador/modificador do espaço; Unidade 6. - Terceiro nível relacional: o corpo com os outros: - Relação espiral entre os corpos; Unidade 7. - Estilos de Dança: Danças populares; Danças de Salão; Danças folclóricas; Danças Urbanas; Danças Afro-brasileiras; Danças Indígenas; dentre outras; Unidade 8. - Dança Educativa Moderna e Contemporânea; - Atitudes Internas e movimentos expressivos; - Qualidades expressivas (força/peso, tempo, espaço e fluência); Unidade 9. - Composição coreográfica; - A Dança no contexto da Ginástica Geral – trabalho coletivo de criação e montagem coreográfica; Unidade 10. - Planejamento da aula de Dança; - Dança na escola – diretrizes dos PCN´s; - A educação pela Dança; - Dança e a Síndrome de Down.

ESTRATÉGIAS: Aulas teóricas e práticas; Estudo de diversos textos científicos, leitura de livros, relatos de experiência, análise e discussão de filmes, elaboração e apresentação de seminários, aulas práticas de pesquisa e montagem coreográfica, aplicação de planos de aulas e elaboração de uma mostra de Dança. Recursos: Data Show, Computador, Sala de Ginástica, Microssistem, TV, DVD, Materiais diversos para prática como bolas, arcos, cordas e construção de materiais.

SISTEMA DE AVALIAÇÃO: Informações Gerais: Os alunos terão 2 (duas) médias ao longo do semestre, N1 e N2. Cada média é composta por: - Uma Prova Oficial (P), com valor de 6,0 (seis) pontos. - 1 Trabalho Unificado (T), podendo conter subtarefas, com valor de 4,0 (quatro). Média (N): (P+T) / 2 Média final = N1 + N2 / 2, sendo que a média final mínima para aprovação é 7.0 (sete). Trabalhos bimestrais: - Pesquisa e exploração das possibilidades de percussão corporal; elaboração de uma “Orquestra Percussiva”; - Trabalho sobre “Ritmos externos” e iniciação à montagem coreográfica: experimentação da regularidade rítmica; - Elaboração e apresentação de seminário sobre Estilos de Dança: Escolha e pesquisa do estilo de Dança a ser estudado; - Montagem e apresentação de uma coreografia versando sobre o estilo de Dança escolhido; Organização de uma Mostra de Dança e/ou de uma exposição; Observação: Junto a estes trabalhos serão propostos a análise e discussão de filmes (como, Billy Elliot, Sob a luz da fama, dentre outros), além da leitura de textos científicos, livros e artigos que ajudem a contextualizar e a desenvolver os trabalhos solicitados; Para a avaliação dos alunos será considerado a dedicação e empenho dos alunos nos laboratórios de pesquisa e exploração dos movimentos corporais;

BIBLIOGRAFIA BÁSICA 1. SÁ, I. R.; GODOY, K. M. A. Oficinas de Dança e Expressão Corporal para o Ensino Fundamental. São Paulo: Cortez, 2009. 2. VERDERI, Érica. Dança na Escola. Phorte, 2009.

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3. NANNI, D. Dança Educação - Pré-Escola à Universidade. 4ª ed. São Paulo: Sprint, 2010. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 1. BOURCIER, P. História da Dança no Ocidente. São Paulo: Martins Fontes, 2006. 2. FERREIRA, V. Dança Escolar: um novo ritmo para a Educação Física. Rio de Janeiro: Sprint, 2005. 3. BARRETO, D. Dança... ensino, sentidos e possibilidades na escola. Campinas: Autores Associados, 2004. 4. NANNI, D. Ensino da Dança. Rio de Janeiro: Shape, 2003. 5. GAIO, R. et. al. Ginástica e Dança no Ritmo da Escola. São Paulo: Fontoura, 2010.

IES n. 4. PLANO DE ENSINO 1

Código Unidade

040

Curso Etapa Sem. / Ano

EDUCAÇÃO FISICA 3

Código Disciplina

Nome da Disciplina

272.6302-2 TEORIA E PRÁTICA DAS ATIVIDADES RÍTMICAS I

Horas/Aula Semanais

Teoria Prática Grupos

3

Ementa: A disciplina procura desenvolver a fundamentação e análise da relação Ritmo-movimento e suas características, tipos e funções gerais. Os elementos do Ritmo (pulso, andamento, acento, intensidade e padrões rítmicos) são conceituados e caracterizados. Estratégias de ensino-aprendizagem dos elementos do Ritmo são analisadas e aplicadas. Discute-se a relação música-movimento e os aspectos relevantes na prática profissional.

Objetivos: Nessa disciplina espera-se que o discente seja capaz de:

Compreender o Ritmo como elemento do movimento humano e sua importância na cultura do movimento de um povo.

Reconhecer a atividade rítmica como contribuição valiosa na educação integral do indivíduo.

Propor e aplicar práticas de intervenção para favorecer o domínio dos elementos do Ritmo, por meio das atividades rítmicas fundamentais, valorizando o aluno como centro do processo ensino-aprendizagem.

Compreender a harmonia, o equilíbrio e a influência entre o Ritmo e o movimento.

Analisar os aspectos metodológicos e pedagógicos relevantes na escolha da seleção musical, conhecendo a influência da música sobre o ouvinte.

Relacionar os conhecimentos sobre Ritmo com os conhecimentos de outras disciplinas numa abordagem interdisciplinar.

Valorizar a importância da participação do profissional como agente efetivo do processo ensino-aprendizagem.

Cooperar na elaboração e execução das tarefas propostas em grupos.

Valorizar o domínio do vocabulário próprio da profissão. Valorizar as formas de comunicação oral e escrita.

Método: O conteúdo programático será assim desenvolvido:

Aulas expositivas e dialogadas: serão ministradas de forma a possibilitar a organização e síntese dos conhecimentos das respectivas Unidades Temáticas.

Leituras recomendadas e elaboração de textos em aula: serão indicadas com a finalidade de proporcionar ao graduando oportunidades para (a) consulta de uma bibliografia específica relacionada com a disciplina e (b) desenvolvimento das suas capacidades de análise, síntese e crítica.

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Tarefas orientadas: realizados individualmente ou em pequenos grupos, devem estimular a participação ativa do graduando no processo de aprendizagem, proporcionando momentos para (a) apresentar e discutir assuntos relacionados à disciplina e (b) desenvolver suas capacidades criativas.

Seminários: realizados pelos graduandos para que estes apresentem, embasados pela literatura, uma síntese e análise dos temas propostos, bem como suas ideias pessoais.

Vivências motoras: serão oferecidas para que os graduandos experimentem a prática das habilidades específicas da modalidade e seu grau de complexidade, assim como para problematizar sua aprendizagem.

Reflexão sobre a prática da intervenção: momento no qual os graduandos participam de atividades com ênfase nos procedimentos de observação (de forma direta ou indireta) e reflexão sobre a prática da intervenção, problematizando o cotidiano profissional:

Estudos de caso: para aproximar as discussões conceituais e teóricas da realidade profissional, serão analisados casos que envolvam o conteúdo da disciplina e acontecimentos reais ou simulados, analisando situações-problemas e propondo soluções.

Recursos audiovisuais: para viabilizar o aprendizado serão utilizados diapositivos, transparências, textos jornalísticos, filmes, fitas de vídeo, músicas e poesias.

Prática da intervenção supervisionada: momento no qual os graduandos são responsáveis pela organização do processo de intervenção, com os colegas e/ou com a comunidade, experimentando as etapas de: a) diagnóstico das características do público alvo, b) de elaboração de programas (definição de objetivos, conteúdos, metodologias e avaliação), c) de aplicação do mesmo e d) avaliação de todo processo.

Conteúdo Programático: Unidade Temática 1: Ritmo e movimento Dimensão Conceitual: Conceituação geral do Ritmo; Compreensão do Ritmo como um elemento do movimento humano; Analise da relação Ritmo e movimento em diferentes tipos de atividades físicas em geral. Dimensão Procedimental: Aplicação da relação Ritmo e movimento em diferentes tipos de atividades físicas em geral. Dimensão Atitudinal: Valorização das atividades rítmicas como contribuição importante no desenvolvimento integral do indivíduo. Unidade Temática 2: Elementos do Ritmo Dimensão Conceitual: Compreensão doconceito e características dos elementos do Ritmo: pulso, andamento, acento, intensidade e padrões rítmicos; Analise de estratégias para favorecer o domínio dos elementos do Ritmo, por meio de atividades rítmicas fundamentais. Dimensão Procedimental: Aplicação de estratégias para favorecer o domínio dos elementos do Ritmo. Dimensão Atitudinal: Valorização do aluno como centro do processo ensino aprendizagem. Unidade Temática 3: Música e movimento Dimensão Conceitual: Conhecimento da influência da música sobre o ouvinte; Analise dos aspectos relevantes na escolha da seleção musical para atividades rítmicas. Dimensão Procedimental: Aplicação de seleção musical adequada a diferentes objetivos e tipos de atividades rítmicas. Dimensão Atitudinal: Respeito à preferência dos alunos como um dos critérios para a seleção musical adequada a diferentes objetivos e tipos de atividades rítmicas.

Critérios de Avaliação: A média Final de Promoção (MFP) será definida a partir da seguinte fórmula: MF= [ (AIx6) + (PAFx4) ] / 10

Onde: MF 7,0 e 75% de frequência (aluno aprovado) MF < 5,5 (aluno reprovado)

5,5 MF 6,9 (FAR, aprovado apenas com percentual 80% de frequência) AI: média das avaliações intermediárias; MF: média final; FAR: fator de apuração de rendimento – Ato de reitoria nº 6 de 28/06/2002 Detalhamento das avaliações intermediárias:

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Desempenho do aluno em avaliações escritas que abordarão os temas e conceitos discutidos em sala de aula, trabalhos em grupo e apresentações de seminários.

Prova intermediária + observação de atitudes e valores em sala de aula (Nota "A").

Prova Final (Nota "B"). Média Final = "A" + "B": 2

Bibliografia Básica: ARTAXO,I. Ritmo e Movimento – Teoria e Prática. São Paulo, Phorte Editora Ltda, 2009. GALLAHUE, D.L. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. São Paulo, Phorte Editora, 2001. HAAS, A.N. Ritmo e Dança. Canoas, Editora Ulbra, 2003. JEANDOT, N. Explorando o universo damúsica. São Paulo, Editora Scipione, 2001.

Bibliografia Complementar: BRIKMAN, L. A linguagem do movimento corporal. São Paulo, Summus, 1998. GAIO, R. Ginástica Rítmica Desportiva "Popular" uma proposta educacional. São Paulo, Robe Editorial, 1996

GALLAHUE, D. Develop mental Physical Education for Today's Elementary. School Children. Mac Millan, 1987, cap. 7, p. 473-523. LABAN, R. Domínio do Movimento, São Paulo, Summus, 1978.

PLANO DE ENSINO 2

Código Unidade

040

Curso Etapa Sem. / Ano

EDUCAÇÃO FISICA 4

Código Disciplina

Nome da Disciplina

282.6404-5 TEORIA E PRÁTICA DAS ATIVIDADES RÍTMICAS II

Horas/Aula Semanais

Teoria Prática Grupos

3

DRT Professor (es)

Ementa: Na disciplina a Parlenda é caracterizada enquanto atividade rítmica. As atividades rítmicas criativas são analisadas bem como estratégias para a sua aplicação. A relação música-movimento e os aspectos relevantes na prática profissional são discutidos. Analisa-se a relação Ritmo-movimento e suas diversas possibilidades no esporte, ginástica, Dança e atividades físicas em geral. Desenvolve-se a fundamentação e aplicação de aspectos metodológicos e pedagógicos de ensino-aprendizagem das atividades rítmicas em geral para diferentes faixas etárias.

Objetivos: Nessa disciplina espera-se que o discente seja capaz de:

Reconhecer na ‘parlenda’ uma contribuição e influência valiosa na educação integral do indivíduo.

Analisar os aspectos metodológicos e pedagógicos das atividades rítmicas criativas: imitativas, interpretativas e criação de Dança.

Compreender o Ritmo como um elemento do movimento humano, analisando esta inter-relação em diferentes tipos de atividades físicas: esporte, ginástica, Dança e atividades físicas em geral.

Analisar os aspectos metodológicos relevantes na escolha da seleção musical adequada a diferentes objetivos e tipos de atividades físicas em geral.

Relacionar os aspectos conceituais da disciplina com os de outras disciplinas numa abordagem interdisciplinar e sua aplicação na prática da intervenção profissional.

Elaborar e aplicar programas para a prática da intervenção, sendo capaz de aplicar os princípios didáticos-metodológicos, através da elaboração de aulas (sessões), mais adequadas à diferentes faixas etárias.

Valorizar a importância da participação do profissional como agente efetivo do processo ensino-aprendizagem. Valorizar o domínio do vocabulário próprio da profissão assim como as formas de

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comunicação oral e escrita.

Método: O conteúdo programático será assim desenvolvido:

Aulas expositivas e dialogadas: serão ministradas de forma a possibilitar a organização e síntese dos conhecimentos das respectivas Unidades Temáticas.

Leituras recomendadas e elaboração de textos em aula: serão indicadas com a finalidade de proporcionar ao graduando oportunidades para (a) consulta de uma bibliografia específica relacionada com a disciplina e (b) desenvolvimento das suas capacidades de análise, síntese e crítica.

Tarefas orientadas: realizadas individualmente ou em pequenos grupos, devem estimular a participação ativa do graduando no processo de aprendizagem, proporcionando momentos para (a) apresentar e discutir assuntos relacionados à disciplina e (b) desenvolver suas capacidades criativas.

Seminários: realizados pelos graduandos para que estes apresentem, embasados pela literatura, uma síntese e análise dos temas propostos, bem como suas ideias pessoais.

Vivências motoras: serão oferecidas para que os graduandos experimentem a prática das habilidades específicas da modalidade e seu grau de complexidade, assim como para problematizar sua aprendizagem.

Reflexão sobre a prática da intervenção: momento no qual os graduandos participam de atividades com ênfase nos procedimentos de observação (de forma direta ou indireta) e reflexão sobre a prática da intervenção, problematizando o cotidiano profissional.

Estudos de caso: para aproximar as discussões conceituais e teóricas da realidade profissional, serão analisados casos que envolvam o conteúdo da disciplina e acontecimentos reais ou simulados, analisando situações-problemas e propondo soluções.

Recursos audiovisuais: para viabilizar o aprendizado serão utilizados diapositivos, transparências, textos jornalísticos, filmes, fitas de vídeo, músicas e poesias.

Prática da intervenção supervisionada: momento no qual os graduandos são responsáveis pela organização do processo de intervenção, com os colegas e/ou com a comunidade, experimentando as etapas de: a) diagnóstico das características do público alvo, b) de elaboração de programas (definição de objetivos, conteúdos, metodologias e avaliação), c) de aplicação do mesmo e d) avaliação de todo processo.

Conteúdo Programático: Unidade Temática 1: Parlenda Dimensão Conceitual: Conhecimento da Parlenda como elemento do movimento humano e as possibilidades rítmicas, e análise de estratégia para utilização da Parlenda como atividade rítmica auditiva. Dimensão Procedimental: Aplicação de estratégias dos conteúdos da unidade temática como atividade rítmica auditiva. Dimensão Atitudinal: Valorizar a Parlenda como parte da cultura popular do País. Unidade Temática 2: Atividades rítmicas imitativas, interpretativas e criação de Dança. Dimensão Conceitual: Análise de aspectos relevantes no domínio das atividades rítmicas imitativas e interpretativas valorizando o aluno como centro do processo ensino-aprendizagem; Análise de estratégias para utilização dos conteúdos da unidades temática. Dimensão Procedimental: Aplicação de estratégias para utilização dos conteúdos da unidade temática no planejamento e desenvolvimento de trabalhos em grupo. Dimensão Atitudinal: Valorização das atividades rítmicas imitativa e interpretativa como elementos importantes na relação ritmo-movimento. Unidade Temática 3: Música e atividades físicas Dimensão Conceitual: Análise da relação música-movimento em diferentes tipos de atividades físicas: esporte, ginástica e Dança. Dimensão Procedimental: Elaboração e aplicação de estratégias para favorecer o domínio do conteúdo da unidade temática para diferente faixas etárias. Dimensão Atitudinal: Valorização da Música como parte integrante de qualquer atividade física.

Critérios de Avaliação: A média Final de Promoção (MFP) será definida a partir da seguinte fórmula: MF= [(AIx6) + (PAFx4)] / 10

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Onde: MF 7,0 e 75% de frequência (aluno aprovado) MF < 5,5 (aluno reprovado)

5,5 MF 6,9 (FAR, aprovado apenas com percentual 80% de frequência) AI: média das avaliações intermediárias; MF: média final; FAR: fator de apuração de rendimento – Ato de reitoria nº 6 de 28/06/2002 Detalhamento das avaliações intermediárias:

Desempenho do aluno em avaliações escritas que abordarão os temas e conceitos discutidos em sala de aula, trabalhos em grupo e apresentação de seminários.

Seminários + observação de atitudes e valores em sala de aula (Nota "A").

Prova Final (Nota "B"). Média Final = "A" + "B": 2.

Bibliografia Básica: ALMEIDA, T.M.M. Quem canta seus males espanta. v.1 e 2, São Paulo, Editora Caramelo, 2001. ELENOR, K. (ORG). Didática da Educação Física. Ijuí, Editora UNIJUÍ, 1998. JEANDOT, N. Explorando o universo da música. São Paulo, Editora Scipione, 2001. VERDERI, E.B.L.P. Dança na escola: uma proposta pedagógica. São Paulo, Phorte Editora, 2009.

Bibliografia Complementar: AGOSTINI, B.R. Ballet clássico: preparação física, aspectos cinesiológicos, metodologia e desenvolvimento motor. São Paulo, Fontoura, 2010. BRIKMAN, L. A linguagem do movimento corporal. , São Paulo, Summus, 1988. COLEÇÃO O PODER DO PODER. O poder da música. São Paulo, Editora Martin Claret. CAMARGO, M.L.M. Musica e movimento: um universo em duas dimensões; aspectos tecnicos e pedagogicos na educação fisica. Belo Horizonte, MG; Vila Rica, 1994. SANDRA, R. Música para Dança de Salão. Curitiba, Protexto, 2007.

IES n. 5. 1 – IDENTIFICAÇÃO

Curso: EDUCAÇÃO FÍSICA

Disciplina: Motricidade Humana: Danças

SEMESTRE: 4º SEMESTRE Carga Horária: 40

Regime Oferecido: Presencial Pré-requisito: Não há

2 – OBJETIVOS

Desenvolvimento crítico- criativo sobre a Dança escolar, reconhecimento do movimento através Dança como objeto que nos eleva para a transcendência humana. Objetivando o reconhecimento do aluno como sujeito criador do seu próprio movimento.

3 – EMENTA

O elemento DANÇAS como patrimônio cultural e sua influência nos diferentes contextos. As teorias das DANÇAS e suas múltiplas abordagens no universo da Educação Física- Motricidade Humana. O papel do profissional de Educação Física na sociedade contemporânea que trabalha com o tema DANÇAS. Construção de um repertório de DANÇAS. Organização de espaços e ambientes que propiciem a prática de DANÇAS. Desenvolver práticas e reflexões sobre os diversos tipos de DANÇAS.

4 – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Recepção aos alunos, apresentação do plano de ensino e todas as suas diretrizes: Apresentação: Abordagens da Disciplina no decorrer do semestre, a relevância da temática para a formação profissional do professor de Educação Física. Dinâmica: O Objeto representa. O processo histórico da Dança (Aula-conceitual). Conceito de Ritmo e seu reconhecimento através do pulso da música, movimentos com palmas, pés e integrados. (Aula-conceitual e prática). Danças populares brasileiras: as diferentes abordagens de Danças de acordo com cada região. O fator cultural na formação de conceitos e símbolos sobre a Dança.

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Aula Prática- Atividades rítmicas, desenvolvimento de coreografias através das atividades do cotidiano. Ex: andar, escovar os dentes, pentear o cabelo. Danças circulares e Dança contemporânea: O valor expressivo dessas Danças, o desenvolvimento da expressão corporal. Avaliação Prática- Apresentação do trabalho de ritmos “Elementos coreográficos como parte integrante do nosso dia-a-dia”. Percepção Corporal: Sua construção perpassando pelo processo da consciência corporal, esquema corporal e imagem corporal. A Dança Escolar: perspectiva de Laban - os fatores do movimento, conflitos encontrados no âmbito escolar, ferramentas de enfrentamento para as situações-problemas, o encantamento da Dança. Aula Prática: Atividades rítmicas vivenciando diferentes movimentos corporais individual, em dupla e em grupos: saltos, balanços, movimentos em pares em grupos. Parâmetros Curriculares Nacionais: Os conteúdos da Educação Física e os temas Transversais. Como podemos desenvolver esses temas contemplando a Dança. Aula Prática: Percussão corporal através de atividades com materiais alternativos, montagem de uma coreografia cooperativa. Dança-afro brasileira: Concepções gerais e sua forte influência. Dança para portadores de necessidades especiais: Um olhar diante do Multiculturalismo. Avaliação Prática: Festival de Dança, apresentação das coreografias elaboradas pelos Alunos abordando a temática- “Corpo e mente indissociável”. Abordagens Contemporâneas da Dança na escola, uma nova perspectiva. Concretizando a disciplina. Debate sobre as entrevistas com professores atuantes na escola.

5 – ESTRATÉGIAS (METODOLOGIA DE ENSINO E RECURSO)

5.1. Metodologia de Ensino As aulas serão expositivas, dialogadas e práticas. Trabalhos individuais ou de grupo; Seminários. 5.2. Recursos Projetor multimídia, materiais de Educação Física.

6 – BIBLIOGRAFIA (Básica e Complementar)

6.1 Bibliografia Básica GEHRES, A. de F. Corpo-Dança-educação: na contemporaneidade ou da construção de corpos fractais. Lisboa [Portugal]: Instituto Piaget, 2008. DAOLIO, J. Da Cultura do corpo. 15. ed. Campinas, SP: Papirus, 2010. RANGEL, Irene Conceição Andrade; DARIDO, Suraya Cristina. Educação Física no ensino superior: Educação Física na escola: implicações para a prática pedagógica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. 1 recurso online. ISBN 978-85-277-1972-8. Disponível em: <http://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/978-85-277-1972-8>. Bibliografia complementar: ARTAXO, Inês. Ritmo e movimento: teoria e prática. 4ª. Ed. São Paulo: Phorte, 2008. BERTAZZO, I. Cidadão corpo: identidade e autonomia do movimento. 4. ed. São Paulo: Summus, 1998. BERTAZZO, I. Corpo vivo: reeducação do movimento. 1. ed. São Paulo: Sesc, 2010. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Educação Física. 2. ed. Brasília: MEC/SEF, 2000. LORENZETTO, Luiz Alberto. Práticas corporais alternativas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.

IES n. 6. PLANO DE ENSINO 2016 / 2º SEMESTRE Disciplina: Manifestações Rítmicas e Expressivas - Curso: Educação Física - C/H Semestral: 40 - Turnos: Diurno / Noturno

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EMENTA Estudo da noção de ritmo nas suas diversas formas de análise, objetivando o conhecimento do gesto e seu potencial expressivo relacionado à Dança no universo das artes e como recurso educacional. REQUISITOS - Não se aplica. OBJETIVOS Cognitivos Adquirir informações sobre o contexto histórico no qual os conhecimentos do Ritmo e da Dança se produziram; conhecer o processo histórico das manifestações rítmicas e expressivas e suas diferentes concepções de ensino; adquirir conhecimentos sobre os conceitos que relacionam a ideia de corpo, ritmo e Dança no mundo moderno e contemporâneo; classificar as diferentes manifestações rítmicas; analisar os possíveis significados intrínsecos à vivência do ritmo e da Dança. Habilidades Relacionar os conhecimentos adquiridos em ritmo e Dança à prática pedagógica; realizar trabalhos individuais e coletivos visando uma produção cultural no seu espaço de trabalho; relacionar as artes corporais com outras áreas do conhecimento humano; apreender as manifestações rítmicas, expressivas e estéticas; elaborar projetos, pesquisas e programas em Dança e ritmo; reconhecer e usar símbolos das várias linguagens; observar, analisar e comparar manifestações estéticas. Atitudes Valorizar a pesquisa como fonte de aquisição de conhecimento; valorizar o conhecimento como instrumento de transformação social; ser crítico nas condutas pessoais e profissionais; ser corresponsável pelo processo ensino aprendizagem. CONTEÚDO Unidade I - Apresentação da disciplina cronograma, avaliação e propostas de trabalhos. Unidade II – 1. Tipos e classificações dos diferentes ritmos; Descrição dos elementos mutáveis numa estrutura rítmica; Conteúdos sobre métrica e a musicalidade; 2.Estruturação e discernimento entre movimento, exercício e movimento condicionado, Percussão corporal e de instrumentos alternativos; 3. Estratégias de trabalho para o ritmo e movimento; Unidade III - O universo da Dança nos povos antigos, a Dança na idade média e as manifestações expressivas populares; Unidade IV - 1. Método Laban, análise e discussão sobre os elementos de Laban; Isabel Marques, discussão sobre os temas escolares; Método Klauss Vianna, Educação Somática. 2. Processos de criação e improvisação em Dança; Unidade V - 1. Representações mentais e os gestos; 2. Sequências corporais e as intenções rítmicas influenciadas pela cultura; 3. Linguagem verbal, visual e musical; Unidade VI - 1. Avaliações parciais: prova integrada; tarefas; projetos, seminários e visitas técnicas (individualmente ou em grupo). 2. Avaliação regimental: prova individual. ESTRATÉGIA DE ENSINO: Aulas expositivas dialogadas; Aulas reflexivas com análise de dados da realidade; Projeção de vídeos; Debates; Atividades práticas e expositivas; Estudos individuais; Pesquisa bibliográfica e trabalho escrito; RECURSOS DISPONÍVEIS: Projetor multimídia. A disciplina utiliza as instalações do Clube Esportivo da Penha para o desenvolvimento de aulas práticas.

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AVALIAÇÃO: O processo avaliativo compreenderá: - Avaliação Regimental (A1) no valor de 0,0 a 5,0. - Avaliações parciais e processuais (A2) no valor de 0,0 a 5,0. A Nota Final (NF) resulta da soma destas duas notas (A1 A2). É considerado aprovado na disciplina o aluno que obtiver Nota Final (NF) igual ou superior a 6,0 (seis) e que tenha, no mínimo, 75% (setenta e cinco por cento) de frequência às atividades acadêmicas. Mais informações sobre o processo avaliativo podem ser obtidas no Manual do Aluno e com os respectivos professores das disciplinas. BIBLIOGRAFIA BÁSICA BRATIFISCHE, S. A; EHREMBERG, M.C; FERNANDES, R. C. ratifische. Dança e Educação Física: diálogos possíveis. Jundiaí: Editora Fontoura, 2014. MARQUES, Isabel A. Ensino de Dança hoje: textos e contextos. 6.ed. São Paulo: Cortez, 2011. SÁ, Ivo Ribeiro de, GODOY, Kathya Maria Ayres. Oficinas de Dança e expressão corporal para o ensino fundamental. Cortez Editora. 2013. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ALVARENGA, A. L. Klauss Vianna e o ensino de Dança: uma experiência educativa em movimento. Tese apresentada a Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, 2009. FERREIRA, V. Dança escolar: um novo ritmo para Educação Física. Rio de Janeiro: Sprint, 2005. MARQUES, I. A. A Dança no contexto: uma proposta para Educação Contemporânea. São Paulo, 1996. PEREIRA, V; SANTOS, A. C. M. Dança de salão: uma alternativa para o desenvolvimento motor no ensino fundamental. São Paulo: Editora Phorte, 2014.

IES n. 7. PLANO DE ENSINO

DISCIPLINA: ATIVIDADES RÍTMICAS EMENTA Componentes básicos que propiciam um desenvolvimento sensório-motriz. A exploração associativa da música, da percussão e do movimento favorece a percepção rítmica. Valor educativo da atividade rítmica. Processo ensino-aprendizagem das atividades rítmicas. OBJETIVO Fornecer ao aluno conhecimento do ritmo como fenômeno universal e instrumento educativo. Viabilizar um trabalho integrado de música, percussão e movimento. Proporcionar ao educador condições básicas para uma adequada utilização da música e do movimento em sua prática profissional. Utilizar a ginástica como um recurso facilitador da aprendizagem. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES · Ser capaz de discutir, fundamentar e justificar a presença das Atividades Rítmicas como componente curricular na escola; · Ser capaz de sistematizar e socializar a reflexão sobre a prática docente, investigando o contexto educativo e analisando a própria prática profissional; · Conhecer e dominar os conteúdos das Atividades Rítmicas, adequando-os ao espaço e tempo escolares, compartilhando saberes de diferentes áreas do conhecimento; · Criar, planejar, realizar, gerir e avaliar situações didáticas eficazes para a aprendizagem e para o desenvolvimento dos alunos; · Analisar e produzir materiais e recursos didáticos; · Utilizar estratégias diversificadas de avaliação da aprendizagem. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1. Conceitos básicos (ritmo, som, música, Dança, movimento). 2. Corpo: possibilidades, movimentos básicos e variações.

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3. Dança criativa. 4. Folclore e Resgate das rodas, brinquedos cantados e Danças circulares. 5. Dança educacional moderna (Laban) - estudo dos fatores do movimento. 6. A criança e a ginástica rítmica. 7. Processos pedagógicos na Dança e na ginástica rítmica. BIBLIOGRAFIA BÁSICA ARTAXO, Inês; MONTEIRO, Gizele de Assis. Ritmo e movimento. 4. ed. São Paulo: Phorte, 2008. MARQUES, Isabel A. Ensino de Dança hoje: textos e contextos. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2011. NANNI, D. Dança educação: princípios, métodos e técnicas. 5. ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2008. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BRUHNS, H. T. Conversando sobre o corpo. 5. ed. São Paulo: Papirus, 1994. CLARO, E. Método Dança: Educação Física. São Paulo: Robe Editorial, 1995. CUNHA, M. Dance aprendendo: aprenda dançando. 2. ed. Porto Alegre: Sagra – DC Luzzatto, 1992. GARAUDY, R. Dançar a vida. São Paulo: Nova Fronteira, 1980. LABAN, R. Dança educativa moderna. São Paulo: Ícone, 1990. SCHINCA, M. Psicomotricidade, ritmo e expressão corporal. São Paulo: Manole, 1991.

IES n. 8. PLANO DE ENSINO

DISCIPLINA: MANIFESTAÇÕES RÍTMICAS E EXPRESSIVAS. EMENTA:

Estudo das atividades rítmicas e expressivas, por meio da compreensão de sua história, cultura, métodos didáticos de ensino e aprendizagem e sua aplicação na escola no contexto da escola e da Educação Física. Experimentação da Dança por meio de vivências em atividades rítmicas e expressivas, Danças populares e folclóricas, manifestações afro-brasileiras e indígenas, exercícios de musicalização, criatividade, consciência corporal, pesquisa de movimentos e montagens coreográficas. Dança como meio de inclusão.

OBJETIVO GERAL:

Estimular o acadêmico do curso de formação em Educação Física a descobrir as atividades rítmicas e expressivas como possibilidades de intervenção pedagógica no espaço escolar; compreender e vivenciar a Dança como exercício de pesquisa de movimentos; analisar de forma crítica as noções comuns e recorrentes de Dança, visando à construção de uma concepção ampla desse fenômeno; vivenciar manifestações artístico-culturais afro-brasileiras e indígenas, observando a importância desta transmissão cultural às novas gerações.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Possibilitar as vivências corporais rítmicas dentro do contexto escolar, discutir a corporeidade, os ritmos, as manifestações culturais folclóricas e favorecer a criação de programas institucionais artísticos culturais.

Apresentação dos Conteúdos

Ritmo - Aspectos teóricos e práticos

Conceitos e princípios básicos;

Objetivos e funções;

Ritmo, métrica e som;

Qualidades e propriedades do som;

Ritmo e arritmia.

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Atividades Rítmicas Percussivas

Percussão corporal;

Instrumentos de percussão;

Confecção de instrumentos rítmicos percussivos;

Conscientização dos elementos rítmicos

Frase e mapeamento musical;

Expressão corporal;

Atividades rítmicas infantis;

Ritmo e coordenação motora;

Ginástica Rítmica Escolar e Dança;

Dança criativa

Elaboração de Coreografias

Exame final

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:

O aproveitamento escolar é avaliado através de acompanhamento contínuo do aluno e dos resultados por ele obtidos nas provas, trabalhos, exercícios escolares e outros e, caso necessário no exame final.

Dentre os trabalhos escolares há pelo menos uma avaliação escrita no bimestre, podendo ser submetido o aluno a diversas formas de avaliação, tais como: projetos, seminários, pesquisas bibliográficas e de campo, relatórios. O aluno deverá obter média semestral igual ou superior a 7,0 (sete) e frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento). Não alcançada a média mínima de aprovação (7,0), o aluno poderá se submeter ao exame final, desde que tenha obtido no mínimo 4,0 (três) na média final do semestre. Para a aprovação após o exame, o aluno deverá obter no mínimo, média 5,0 (cinco), resultante do cálculo aritmético simples entre a média semestral e a nota do exame. Será considerado promovido ao semestre ou módulo subsequente o aluno que for aprovado em todas as disciplinas da matriz curricular do semestre ou que ficar reprovado no máximo em três delas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BÁSICA: ARTAXO, Inês; MONTEIRO, Gizele de Assis. Ritmo e movimento. 4. ed. São Paulo: Phorte, 2008. BRASIL. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL: PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física; Secretaria de Educação Fundamental MEC/SEF Brasília, 1997. DARIDO, Suraya. Para ensinar Educação Física: possibilidades de intervenção na escola. Campinas – SP: Ed. Papirus, 2007. LABAN, R. Dança educativa moderna. São Paulo: Ícone, 1990. MARQUES, Isabel A. Ensino de Dança hoje: textos e contextos. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2011. NANNI, D. Dança educação: princípios, métodos e técnicas. 5. ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2008. COMPLEMENTAR: BREGOLATO, R. A. Cultura Corporal do Esporte. São Paulo: Ícone Editora, 2008. BRUHNS, H. T. Conversando sobre o corpo. 5. ed. São Paulo: Papirus, 1994. CLARO, E. Método Dança: Educação Física. São Paulo: Robe Editorial, 1995. CUNHA, M. Dance aprendendo: aprenda dançando. 2. ed. Porto Alegre: Sagra – DC Luzzatto, 1992. GARAUDY, R. Dançar a vida. São Paulo: Nova Fronteira, 1980. SCHINCA, M. Psicomotricidade, ritmo e expressão corporal. São Paulo: Manole, 1991.