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Universidade Estadual de Londrina
CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
CONCORDÂNCIA ENTRE DUAS TABELAS NORMATIVAS PARA DETECÇÃO DE EXCESSO DE PESO: ESTUDO COM CRIANÇAS DE UM PROJETO SOCIAL DE LONDRINA, PR.
MARCOS CORRÊA JUNIOR
LONDRINA
2008
MARCOS CORRÊA JUNIOR
CONCORDÂNCIA ENTRE DUAS TABELAS NORMATIVAS PARA DETECÇÃO DE EXCESSO DE PESO: ESTUDO COM CRIANÇAS DE UM PROJETO SOCIAL DE
LONDRINA, PR.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Bacharelado em Educação Física do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Estadual de Londrina.
LONDRINA
2008
Orientador: Prof. Dr. Arli Ramos de Oliveira.
MARCOS CORRÊA JUNIOR
CONCORDÂNCIA ENTRE DUAS TABELAS NORMATIVAS PARA DETECÇÃO DE EXCESSO DE PESO: ESTUDO COM CRIANÇAS DE UM PROJETO SOCIAL DE
LONDRINA, PR.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Bacharelado em Educação Física do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Estadual de Londrina.
COMISSÃO EXAMINADORA
---------------------------------------
Prof. Dr. Arli Ramos de Oliveira
---------------------------------------
Prof. Ms. Mathias Roberto Loch
---------------------------------------
Prof. Esp. Allan James de Castro Bussaman
Londrina, ____ de____________ de 2008
A Deus, aos meus pais e aos meus amigos... companheiros de todas as horas...
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Dr. Arli Ramos de Oliveira, braço amigo de todas as etapas deste trabalho.
Ao Prof. Allan por aceitar prontamente o desafio de compor minha banca.
A minha família, pela confiança e motivação.
Aos amigos de Dracena e colegas, pela força e pela vibração em relação a esta
jornada.
Aos professores e colegas de Curso, pois juntos trilhamos uma etapa importante de
nossas vidas.
A todos que, com boa intenção, colaboraram para a realização e finalização deste
trabalho.
Aos que não impediram a finalização deste estudo.
CORRÊA JUNIOR, Marcos. Concordância entre duas tabelas normativas para detecção de excesso de peso: Estudo com crianças de um projeto social de Londrina, Pr. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Bacharelado em Educação Física. Centro de Educação Física e Esporte. Universidade Estadual de Londrina, 2008.
RESUMO
A obesidade vem aumentando de forma alarmante, sendo considerada uma
verdadeira epidemia mundial, atingindo todas as faixas etárias. O objetivo do estudo
foi verificar a concordância entre duas tabelas normativas para detecção de excesso
de peso, sendo uma internacional e outra nacional. Este estudo utilizou Metodologia
Descritiva. A amostra foi constituída por 68 crianças, com idade entre 7 a 15 anos,
sendo 33 meninos e 35 meninas, todos participantes do Projeto Perobal, uma
parceria da Universidade Estadual de Londrina–Paraná com o Instituto Ayrton
Senna/Audi, de São Paulo. Foi mensurado a idade, estatura, peso corporal e o IMC.
As tabelas mostraram concordância no diagnóstico de sobrepeso e obesidade entre
os meninos. Entretanto, as tabelas não mostraram concordância no diagnóstico de
sobrepeso entre as meninas. As tabelas apresentam diagnóstico de prevalência de
obesidade similares, entretanto, o diagnóstico de prevalência de sobrepeso
apresenta divergência em meninas.
Palavras-chaves: obesidade, tabelas normativas, IMC.
CORRÊA JUNIOR, Marcos. Agreement between two normative tables for detention of weight excess: Study with children of a social project of Londrina, pr.
Abstract
The obesity has increasing of alarming form, being considered a true worldwide
epidemic, reaching all the ages. The objective of the study was to verify the
agreement between two normative tables for detention of weight excess, being the
International one and another national one. This study used Descriptive
Methodology. The sample was constituted by 68 children, with age among 7 and 15
years, being 33 boys and 35 girls, all participants of the Perobol Project, a
partnership of the State University of Londrina-Paraná with the Ayrton Senna/Audi
Institute, of São Paulo. It was assessed the age, stature, corporal weight and the
BMI. The tables have shown to agreement in the overweight diagnosis and obesity
between the boys. However, the tables have not shown agreement in the diagnosis
of overweight between the girls. The tables present similar diagnosis of prevalence of
obesity, however, the diagnosis of prevalence of overweight present divergence in
girls.
Key Words: obesity, normative tables, BMI.
LISTA DE TABELAS Páginas
Tabela 1 – Média de estatura, Peso, IMC e Coeficiente de Correlação de Spearman.
12
Tabela 2: Diagnóstico de sobrepeso e obesidade para os meninos. 13 Tabela 3: Diagnóstico de sobrepeso e obesidade para as meninas. 13
SUMÁRIO
PÁGINA
1. INTRODUÇÃO....................................................................................................1
1.1 JUSTIFICATIVA...............................................................................................4
1.2 OBJETIVO DO ESTUDO.................................................................................5
1.2.1 HIPÓTESES .................................................................................................5
2. REVISÃO DA LITERATURA.............................................................................6
3. MATERIAIS E MÉTODOS.................................................................................9
3.1 TIPO DE ESTUDO...........................................................................................9
3.2 CARACTERIZAÇÃO DOS SUJEITOS............................................................9
3.3 COLETA DE DADOS......................................................................................10
3.4. ANÁLISE ESTATÍSTICA................................................................................11
4. RESULTADOS.................................................................................................12
5. DISCUSSÃO.....................................................................................................14
REFÊRENCIAS...................................................................................................16
ANEXOS...............................................................................................................20
ANEXO A – TABELAS NORMATIVAS.................................................................21
ANEXO B – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO.............23
1. INTRODUÇÃO
A obesidade vem aumentando de forma alarmante, sendo considerada uma
verdadeira epidemia mundial, atingindo todas as faixas etárias, especialmente as
crianças (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1997). O aumento de gordura traz
sérias complicações para a saúde da criança, sendo um importante fator de risco
para uma obesidade adulta (WELLS, COWARD, COLE & DAVIES, 2002;
FONSECA, SICHIERI & VEIGA, 1998). A obesidade está associada a vários fatores
de risco que podem desenvolver, no futuro, doenças cardiovasculares, diabetes tipo
2 e hipertensão, além de hiperlipidemia, hiperinsulinemia e aterosclerose
(BERENSON, SRINIVASAN, BAO, NEWMAN, TRACY & WATTINGNEY, 1998;
ELGAR, ROBERTS, TUDOR-SMITH & MOORE, 2005).
No Brasil, dados populacionais indicam que a obesidade triplicou entre
crianças e adolescentes no período entre 1975 a 1997 (WANG, MONTEIRO &
POPKIN, 2002) e as crianças mais atingidas pela obesidade pertencem às classes
sociais mais privilegiadas, apesar da tendência de uma mudança neste perfil
(MONTEIRO & CONDE, 1999).
Embora pareça não existir dúvidas quando ao real aumento da obesidade nas
crianças, persistem questões quanto ao melhor critério para diagnosticá-la nessa
faixa etária (GIUGLIANO & MEIO, 2004; ANJOS, VEIGA & CASTRO, 1998). Diante
da relevância que a obesidade adquiriu nos últimos anos, sendo encarada como um
problema de saúde pública, a elaboração de métodos seguros, de diagnósticos
simples, de baixo custo, reproduzível e confiável para sua identificação tornou-se de
grande valia, tanto para profissionais da área da saúde quanto para serviços de
saúde (FERNANDES, ROSA, SEGATTO, DA SILVA, OLIVEIRA & FREITAS
JUNIOR, 2007; GIUGLIANO et al, 2004).
O uso de medidas antropométricas na avaliação do estado nutricional tem se
tornado, embora com limitações, o modo mais prático e de menor custo para análise
de indivíduos e populações, seja em ações clínicas, de triagem, ou mesmo em
monitoração de tendências (CONDE & MONTEIRO, 2006). O Índice de Massa
Corporal (IMC) é um dos métodos mais conhecidos e é amplamente utilizado em
todo o mundo, devido à sua facilidade de aplicação em grandes populações, fácil
treinamento de profissionais para realização das medidas de peso e estatura, menor
erro de medida e, por sua forte correlação, com a gordura corporal em diferentes
idades (ETO, KOMIYA, NAKO & KIKKAWA 2004). Segundo a Organização Mundial
da Saúde (OMS), o IMC é indicado para triagens de adolescentes obesos por
apresentar inúmeras vantagens operacionais e boa correlação com a gordura total
(MEIZ, LAURENCE, PIETROBELLI, GOULDING, GORAN, & DIETZ, 2002; VIEIRA,
ALVAREZ, MARTINS, SICHIERI & VEIGA, 2006).
Na literatura nacional e internacional são encontrados inúmeros valores
críticos de IMC para a indicação de sobrepeso e obesidade em populações jovens
(FERNANDES, ROSA, DA SILVA, BUENO, OLIVEIRA & FREITAS JUNIOR, 2007).
A existência de inúmeros valores críticos limita as comparações entre dados
pertencentes a diferentes países (ABRANTES, LAMOUNIER & COLOSIMO, 2002;
ABRANTES et al, 2003). Na tentativa de construir valores de referência adotados
mundialmente, o Grupo de Trabalho em Obesidade Infantil (Internacional Obesity
Task Force – IOTF), desenvolveu valores de referência, cujas curvas de IMC para
crianças e adolescentes foram publicadas por Cole et al. (2000), e referem-se a
valores de levantamentos representativos da população de seis países: Brasil,
Holanda, Inglaterra, China, Estados Unidos e Singapura (COLE, BELLIZZI, FLEGAL
& DIETZ, 2000; FERNANDES et al, 2007).
Conde e Monteiro publicaram em 2006 valores críticos de IMC específicos
para a população brasileira, utilizando dados da Pesquisa Nacional Saúde e
Nutrição (PNSN) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em
1989 (CONDE & MONTEIRO, 2006). Neste sentido o presente estudo pode
contribuir para essa área de conhecimento buscando melhor entendimento sobre a
distribuição da prevalência de excesso de peso em crianças e adolescentes
segundo as tabelas normativas.
1.1. Justificativa
A avaliação antropométrica do estado nutricional de crianças e adolescentes
ainda é um assunto de grande polêmica na literatura. A existência de inúmeros
valores críticos de referências para classificação de sobrepeso e obesidade limita as
comparações entre dados pertencentes a diferentes países. E tem-se sugerido
adaptações de pontos de cortes elaborados para adultos. Assim, estudos que
mostrem a existência ou não de concordância entre uma tabela normativa nacional e
outra internacional podem contribuir para um melhor diagnóstico de excesso de peso
em serviços de saúde.
1.2. Objetivo do Estudo
O objetivo do presente estudo foi verificar a concordância entre duas tabelas
normativas para detecção de excesso de peso, sendo uma internacional proposta
por Cole et al. (2000), e outra nacional proposta por Conde e Monteiro (2006).
1.2.1 Hipóteses Com base no delineamento e objetivo do presente estudo, estabeleceram-se
as seguintes hipóteses:
a) Existe concordância no diagnóstico de excesso de peso entre as duas tabelas
normativas.
b) Não existe concordância no diagnóstico de excesso de peso entre as duas
tabelas normativas.
2. REVISÃO DA LITERATURA
A seguir serão discutidos alguns estudos desenvolvidos a respeito do excesso
de peso em crianças, valores normativos e tabelas de referências.
Clínicas e pesquisadores utilizam com freqüência o Índice de Massa
Corporal (IMC) para avaliar a normalidade do peso corporal de uma pessoa
(McARDLE, KATCH & KATCH, 2003). Esses índices são definidos pela medida
equivalente ao peso corporal dividido por alguma potência da medida de estatura
(peso corporal/estaturap). A função exponencial p é estabelecida com a finalidade de
fornecer correlações máximas entre o excesso de gordura corporal e a ocorrência do
sobrepeso. O índice peso corporal/estatura mais empregado na área da composição
corporal é traduzido por valor de p = 2, que resulta no que se denomina de Índice de
Massa Corporal, ou originalmente estabelecido como índice de Quetelet, peso
corporal expresso em kg dividido pela estatura em m2 (GUEDES & GUEDES, 2006).
Existem, atualmente na literatura, inúmeros valores críticos de referência a
indicação de sobrepeso e da obesidade em crianças, assim limitando as
comparações entre dados pertencentes a diferentes países (ABRANTES et al, 2002;
ABRANTES et al, 2003). Na tentativa de construir valores de referências adotados
mundialmente, Cole et al. (2000) apresentaram valores de referência, cujas curvas
de IMC referem-se a valores representativos da população de seis países: Brasil,
Holanda, Inglaterra, China, Estados Unidos e Singapura. Conde e Monteiro (2006)
publicaram valores críticos de IMC específicos para a população brasileira
(FERNANDES et al, 2007).
No Brasil as crianças mais atingidas pela obesidade ainda pertencem às
classes sociais mais privilegiadas, apesar da tendência recente de uma mudança
nesse perfil (MONTEIRO & CONDE, 1999). Pontes da Silva, Balaban; Motta (2005)
relataram prevalência de obesidade em menores de cinco anos variando de 2.5%
entre as crianças de menor categoria de renda a 10.6% no grupo economicamente
mais favorecido.
Em um estudo realizado por Pontes da Silva et al. (2005), com intuito de
comparar a prevalência de sobrepeso e obesidade em um grupo de pré-escolares,
escolares e adolescentes de diferentes condições socioeconômicas da cidade de
Recife, foi constatado que entre os pré-escolares a prevalência de sobrepeso foi
semelhante, independente das condições socioeconômicas. E foi diagnosticado que
a prevalência da obesidade foi maior entre escolares de boas condições
socioeconômicas e no grupo de adolescentes de baixa condição socioeconômica.
Abrantes, Lamounier e Colosimo (2002) estudaram a prevalência de
sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes das regiões Sudeste e
Nordeste, observando que a prevalência de sobrepeso em adolescentes variou entre
1.7% no Nordeste e 4.2% no Sudeste. A prevalência de obesidade em adolescentes
variou entre 6.6% e 8.4%, e em crianças entre 8.2% e 11.9% nas regiões Nordeste e
Sudeste, respectivamente, sugerindo que a obesidade é maior no Nordeste.
Veiga, Cunha e Sichieri (2004) também estudaram valores de sobrepeso
entre adolescentes de regiões mais pobres (Nordeste) e mais ricas (Sudeste) e
constataram que a prevalência global de sobrepeso mais do que triplicou entre
garotos (de 2.6% para 11.8%) e mais do que dobrou entre garotas (de 5.8% para
15.3%) durante o período de 1975 a 1997 e que a região sudeste apresenta os
valores mais altos de sobrepeso quando comparado a região nordeste.
Em outro estudo realizado por Veiga, Dias e Anjos (2001) a prevalência de
sobrepeso e obesidade foi determinada usando pontos de cortes de IMC
recomendados para a população estadunidense e brasileira em adolescentes
brasileiros. E foi diagnosticado que os pontos de cortes de obesidade em
adolescentes (85% a 90%) recomendados pala OMS para a população
estadunidense não é adequado para a população brasileira, e que o seu uso
subestimaria a prevalência de obesidade na população brasileira.
A comparação entre tabelas normativas a respeito do excesso de peso em
crianças pode indicar a que tem melhor sensibilidade e melhor se ajusta à população
brasileira em seus valores de corte.
3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1. Tipo de Estudo
Este estudo utilizou Metodologia Descritiva, que se preocupa em investigar o
estado de arte de suas variáveis. A metodologia descritiva apresenta várias técnicas,
como o questionário, o levantamento normativo, o estudo de caso, a análise de
trabalhos, a pesquisa observacional, os estudos de desenvolvimento e os estudos
correlacionais (THOMAS, NELSON & SILVERMAN, 2007).
3.2. Caracterização dos Sujeitos
A amostra foi constituída por 79 crianças, com idade entre 7 a 15 anos, sendo
37 meninos e 42 meninas, todos participantes do Projeto Perobal, uma parceria da
Universidade Estadual de Londrina–Paraná com o Instituto Ayrton Senna/Audi, de
São Paulo, voltado à inclusão social de crianças e adolescentes. Todos os alunos
envolvidos na pesquisa e seus respectivos responsáveis foram informados quanto
aos objetivos do estudo e esclarecidos quanto aos métodos utilizados na pesquisa,
ficando garantido aos participantes o direito de desistir do estudo a qualquer
momento. Participaram da amostra apenas os escolares que retornaram com o
”Termo de Consentimento Livre e Esclarecido” devidamente assinado por seu
responsável, conforme determina o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade
Estadual de Londrina.
3.3. Coleta de dados Os dados utilizados neste estudo pertencem ao banco de dados do projeto
Perobal, que visa analisar aspectos físicos, motores, nutricionais e sociais de
crianças e adolescentes participantes do projeto. Foram utilizados os dados
referentes ao ano de 2006. As coletas foram realizadas durante o mês de Junho no
período da tarde. Para a realização do estudo foram coletadas informações sobre as
variáveis: idade (data de nascimento), sexo, massa corporal e estatura.
As medidas antropométricas referente à massa corporal e estatura foram
coletadas por acadêmicos devidamente treinados, do Curso de Educação Física da
Universidade Estadual de Londrina.
A massa corporal foi aferida por meio de uma balança antropométrica da
marca Filizola, com precisão de 0,1kg e capacidade máxima de 150 kg. O avaliado
estava usando o mínimo de roupa possível e descalço, posicionado em pé, de frente
para a escala de medida da balança, com afastamento lateral das pernas, os pés
afastados à largura dos quadris, o peso distribuído igualmente em ambos os pés, os
braços lateralmente ao longo do corpo e o olhar em ponto fixo à sua frente. Foram
tomadas três medidas levando-se em conta o valor mediano da série como medida
observada para análise.
As medidas de estatura foram obtidas por meio da utilização de um
estadiômetro de madeira, com extensão de 2m e precisão de 0,1 cm. Os avaliados
estavam descalços e com o mínimo de roupa possível. Estavam posicionados em
pé, de forma ereta, com os membros superiores pendentes ao longo do corpo, os
calcanhares unidos e as pontas dos pés afastadas aproximadamente em 60 cm
entre si, o peso corporal distribuído igualmente sobre ambos os pés e a cabeça
orientada no plano de Frankfurt, paralelo ao solo. Foram tomadas três medidas e foi
levado em conta o valor mediano da série como medida observada para análise.
O Índice de Massa Corporal (IMC) foi calculado por meio da divisão da massa
corporal/ (estatura)2, sendo a massa corporal expressa em quilogramas (kg) e a
estatura em metros (m). E para interpretação dos dados referente ao IMC foram
utilizadas duas tabelas normativas: uma internacional, proposta por Cole et al.
(2000), e uma nacional proposta por Conde e Monteiro (2006).
3.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA
A análise dos dados foi realizada com auxílio do programa Biostat versão 3.0,
sendo utilizada a estatística descritiva, para análise dos dados, com valores de
média e desvio padrão para caracterização da amostra. Foi aplicado o Coeficiente
de Correlação de Spearman para o diagnóstico de possível associação entre as
variáveis.
Foram utilizadas as tabelas normativas propostas por Cole et al (2000);
Conde e Monteiro (2006), para verificação da prevalência de sobrepeso e
obesidade.
4. RESULTADOS
Foram avaliadas 79 crianças de 7 a 15 (±1,42) anos, sendo 37 do sexo
masculino e 42 do sexo feminino. Entretanto, 11 crianças foram excluídas do estudo,
4 meninos e 7 meninas, por não apresentarem todos os dados necessários (data de
nascimento), restando 68. Os alunos apresentaram uma média de IMC de 18,8
Kg/m2, sendo 18,3 Kg/m2 para os meninos e 19,2 Kg/m2 para as meninas como
mostrado na Tabela 1 abaixo.
Tabela 1. Média de estatura, Peso, IMC e Coeficiente de Correlação de
Spearman(p).
Masculino (n=33) Feminino (n=35)
Média (DP) Média (DP)
Idade 12,3 ( 1,32) 11,6 (1,44) Estatura (cm) 146,6 (10,3) 148,3 (7,5)
Peso (Kg) 39,7 (11,7) 42,6 (9,5) IMC (kg/m2) 18,3 (4,19) 19,2 (3,71)
p 10,00 0,88 .
A prevalência de sobrepeso nos 33 meninos avaliados foi observada em 4
deles, e a prevalência de obesidade foi observada em 2 crianças, tanto na tabela
proposta Cole et al. (2000) quanto na de Conde e Monteiro (2006), mostrando
diagnóstico semelhante. Nas 35 meninas a prevalência de sobrepeso foi
diagnosticada em 4, segundo a tabela proposta por Cole et al. (2000), e em 7
meninas, segundo a tabela proposta por Conde e Monteiro (2006), sugerindo
diagnóstico discordante. Três (n=3) meninas apresentaram diagnóstico de
obesidade segundo as duas tabelas normativas. O Coeficiente de Correlação de
Spearman (p) do grupo apresentou correlação muito elevada (p=0,93).
IMC: Índice de Massa Corporal, DP: Desvio Padrão, p: Coeficiente de Correlação de
Tabela 2: Diagnóstico de sobrepeso e obesidade para os meninos.
Cole Conde e Monteiro
n n
Sobrepeso 4 4
Obesidade 2 2 N= número de indivíduos Tabela 3: Diagnóstico de sobrepeso e obesidade para as meninas.
Cole Conde e Monteiro
n n
Sobrepeso 4 7
Obesidade 3 3 N= número de indivíduos Na tabela 2 os quatro meninos diagnosticados com sobrepeso na tabela de
Cole (2000) foram diagnosticados com sobrepeso pela tabela de Conde e Monteiro
(2006). E os dois meninos diagnosticados com obesidade na tabela nacional
também foram diagnosticados com obesidade na tabela internacional.
Já na tabela 3 as quatro meninas diagnosticadas com sobrepeso pela tabela
de Cole (2000) foram diagnosticadas com sobrepeso pela tabela de Conde e
Monteiro (2006). Entretanto, três meninas só foram diagnosticadas com sobrepeso
pela tabela de Conde e Monteiro (2006). E as três meninas diagnosticadas com
obesidade na tabela nacional também foram diagnosticadas com obesidade na
tabela internacional.
5. DISCUSSÃO
A análise da prevalência de sobrepeso e obesidade fornecida pelos valores
críticos de Cole et al. (2000) e Conde e Monteiro (2006) indicou uma concordância
no diagnóstico de sobrepeso e obesidade entre meninos. Entretanto, essa
concordância não foi observada entre as meninas.
Estudo realizado por Fernandes (2007) demonstrou uma prevalência maior de
sobrepeso para a tabela de Cole (2000) quando comparada com outras tabelas
(Must, Conde e Monteiro). Soar (2004) usando a tabela proposta por Cole et al.
(2000), diagnosticou, em crianças de uma escola pública de Santa Catarina, uma
prevalência de sobrepeso maior em crianças do sexo masculino. Outro estudo
realizado por Fernandes (2007) analisando a concordância entre os valores críticos
de IMC proposto por Conde e Monteiro (2006) e valores da dobra cutânea tricipital
indicou uma concordância do estado nutricional entre IMC e dobra cutânea tricipital
para ambos os sexos.
Veiga (2004) observando a prevalência de sobrepeso pela tabela de Cole
(2000) em crianças da região nordeste e sudeste diagnosticou uma prevalência
maior de sobrepeso em crianças da região sudeste com valores maiores para as
meninas. Por outro lado, Guedes (2006) usando os valores propostos por Cole et al.
(2000) observou que a prevalência de sobrepeso em escolares do Município de
Apucarana, Paraná, foi maior entre as moças do que entre os rapazes, e que esses
valores são maiores de acordo com posições socioeconômicas mais elevadas.
Diante das informações apresentadas pode-se concluir que as tabelas
propostas por Cole et al. (2000) e Conde e Monteiro (2006) apresentam diagnóstico
de prevalência de obesidade similares, entretanto, o diagnóstico de prevalência de
sobrepeso apresenta divergência em meninas. Os resultados deste estudo
confirmam parcialmente o diagnóstico de excesso de peso entre as duas tabelas
normativas.
Recomenda-se que em estudos futuros com essa temática o envolvimento de
crianças de várias classes sociais, visto que este estudo utilizou uma amostra
composta por crianças pertencentes a um projeto de inclusão social, onde
predomina o baixo nível socioeconômico.
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ANEXOS
Anexos A
Tabela proposta por Conde e Monteiro (2006) com valores críticos de IMC
específicos para a população brasileira feita utilizando dados da Pesquisa Nacional
Saúde e Nutrição (PNSN) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística em 1989.
Masculino Feminino Idade (meses) EP (25 kg/m2) OB (30kg/m2) EP (25 kg/m2) OB (30 kg/m2)
24 19.17 21.98 18.47 20.51 24,5 19.13 21.94 18.43 20.47 30,5 18.76 21.53 18.03 20.00 36,5 18.45 21.21 17.70 19.64 42,5 18.20 20.98 17.44 19.38 48,5 18.00 20.85 17.26 19.22 54,5 17.86 20.81 17.14 19.15 60,5 17.77 20.85 17.07 19.16 66,5 17.73 20.98 17.05 19.23 72,5 17.73 21.19 17.07 19.37 78,5 17.78 21.48 17.12 19.56 84,5 17.87 21.83 17.20 19.81 90,5 17.99 22.23 17.33 20.10 96,5 18.16 22.69 17.49 20.44
102,5 18.35 23.17 17.70 20.84 108,5 18.57 23.67 17.96 21.28 114,5 18.82 24.17 18.27 21.78 120,5 19.09 24.67 18.63 22.32 126,5 19.38 25.14 19.04 22.91 132,5 19.68 25.58 19.51 23.54 138,5 20.00 25.99 20.01 24.21 144,5 20.32 26.36 20.55 24.89 150,5 20.65 26.69 21.12 25.57 156,5 20.99 26.99 21.69 26.25 162,5 21.33 27.26 22.25 26.89 168,5 21.66 27.51 22.79 27.50 174,5 22.00 27.74 23.28 28.04 180,5 22.33 27.95 23.73 28.51 186,5 22.65 28.15 24.11 28.90 192,5 22.96 28.34 24.41 29.20 198,5 23.27 28.52 24.65 29.42 204,5 23.56 28.71 24.81 29.56 210,5 23.84 28.89 24.90 29.63 216,5 24.11 29.08 24.95 29.67 222,5 24.36 29.28 24.96 29.70 228,5 24.59 29.50 24.96 29.79 234,5 24.81 29.75 24.97 29.83 240 25.00 30.00 25.00 30.00
EP= excesso de peso OB=obesidade
Tabela proposta por Cole et al. (2000) com valores críticos de IMC feitos com
valores de levantamentos representativos da população de seis países: Brasil,
Holanda, Inglaterra, China, Estados Unidos e Singapura.
Índice de Massa Corporal 25 kg/m2 Índice de Massa Corporal 30 kg/m2Idade (anos) Masculino Feminino Masculino Feminino
2 18.41 18.02 20.09 19.81 2.5 18.13 17.76 19.80 19.55 3 17.89 17.56 19.57 19.36
3.5 17.69 17.40 19.39 19.23 4 17.55 17.28 19.29 19.15
4.5 17.47 17.19 19.26 19.12 5 17.42 17.15 19.30 19.17
5.5 17.45 17.20 19.47 19.34 6 17.55 17.34 19.78 19.65
6.5 17.71 17.53 20.23 20.08 7 17.92 17.75 20.63 20.51
7.5 18.16 18.03 21.09 21.01 8 18.44 18.35 21.60 21.57
8.5 18.76 18.69 22.17 22.18 9 19.10 19.07 22.77 22.81
9.5 19.46 19.45 23.39 23.46 10 19.84 19.86 24.00 24.11
10.5 20.20 20.29 24.57 24.77 11 20.55 20.74 25.10 25.42
11.5 20.89 21.20 25.58 26.05 12 21.22 21.68 26.02 26.67
12.5 21.56 22.14 26.43 27.24 13 21.91 22.58 26.84 27.76
13.5 22.27 22.98 27.25 28.20 14 22.62 23.34 27.63 28.57
14.5 22.96 23.66 27.98 28.87 15 23.29 23.94 28.30 29.11
15.5 23.60 24.17 28.60 29.29 16 23.90 24.37 28.88 29.43
16.5 24.19 24.54 29.14 29.56 17 24.46 24.70 29.41 29.69
17.5 24.73 24.85 29.70 29.84 18 25 25 30 30
Anexo B
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
1. O Projeto Perobal desenvolvido na Universidade Estadual de Londrina (UEL), no Centro de
Educação Física e Desportos (CEFE), procura através desta carta informar sobre a avaliação
física que pretendemos realizar em todas as crianças participantes do projeto.
2. A equipe de pesquisadores do estudo: Concordância entre duas Tabelas Normativas para Detecção de excesso de Peso: Estudo com Crianças de um Projeto Social de Londrina, PR requisitou minha participação em um estudo de pesquisa nesta instituição.
3. Eu fui informado de que o propósito da pesquisa é examinar as mudanças relacionadas a
aspectos físicos, composição corporal e outras variáveis ligadas à saúde.
4. Eu compreendo que exista um possível desconforto ligado à dor muscular causada pela
fadiga dos testes físicos e que este, porém, não é prejudicial à minha saúde.
5. Não existem procedimentos alternativos disponíveis para este estudo, ou seja: somente
através dos testes a serem realizados os pesquisadores poderão chegar ao resultado que
esperam.
6. Eu compreendo que os resultados da pesquisa podem ser publicados, mas minha identidade
nunca será revelada. Para certificar-se disto, meu nome e minhas informações serão
transformados em números ao final da pesquisa.
7. Eu fui avisado de que a pesquisa na qual estarei participando envolve um risco mínimo,
evidenciado em diversos artigos científicos publicados em revistas internacionais, e constante
na lista de referências do projeto.
8. Eu fui informado que não serei remunerado pela minha participação.
9. Eu compreendo que nessa avaliação pretendem acompanhar o meu crescimento e
desenvolvimento através de medidas antropométricas e testes motores. Para tanto se faz
necessário à constatação da maturação biológica, a qual será realizada através da auto-
avaliação, das características sexuais em que estamos, sem necessidade de observação médica
e isento da situação constrangedora de invasão da privacidade.
10. Eu fui informado que quaisquer dúvidas que tiver em relação à pesquisa ou à minha
participação, antes ou depois do meu consentimento, serão respondidas pelo Prof. Dr. Arli
Ramos de Oliveira (DES/CEFE), coordenador do Projeto, residido e domiciliado na Rua Jorge
Velho, 847 – Apto. 104, Vila Larsen – CEP 86010-600 – Londrina-PR. Telefones: (43) 3321-
1299/9943-4212.
11. Eu compreendo que em caso de dúvidas sobre os meus direitos como um sujeito/participante
desta pesquisa, ou sentir que fui colocado em risco, poderei contatar os órgãos competentes.
12. Eu li a informação acima. Recebi explicações sobre a natureza, demanda, riscos e benefícios
do projeto. Assumo conscientemente os riscos envolvidos e compreendo que posso retirar
meu consentimento e interromper minha participação a qualquer momento, sem penalidade.
Nome do sujeito:_______________________________________________
Assinatura do sujeito: ___________________________________________
Data: _____/_____/ 2006.
13. Certifico que expliquei ao indivíduo acima a natureza, o propósito e possíveis riscos
associados com a participação nesta pesquisa, respondi a todas as questões que foram
levantadas, e testemunhei a assinatura acima.
Nome do investigador: __________________________________________
Assinatura do investigador: ______________________________________
Data: _____/______/ 2006.
AUTORIZAÇÃO DO PAI OU RESPONSÁVEL
Autorizo meu filho ___________________________________________
A participar do presente estudo, após lido o termo de consentimento e concordado com suas
normas, não restando dúvidas sobre sua realização.
Londrina, ____ de _______________ de 2006
Nome por extenso: ___________________________
Assinatura: _________________________________