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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO SÃO JOSÉ CURSO DE AUTOMAÇÃO DE ESCRITÓRIOS E SECRETARIADO REGIANE DA SILVA RELATÓRIO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO COMUNICAÇÃO ESCRITA NA EMPRESA CLÍNICA DA PELE Área de concentração: Comunicação Organizacional São José 2005

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO SÃO JOSÉ

CURSO DE AUTOMAÇÃO DE ESCRITÓRIOS E SECRETARIADO

REGIANE DA SILVA

RELATÓRIO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

COMUNICAÇÃO ESCRITA NA EMPRESA CLÍNICA DA PELE

Área de concentração: Comunicação Organizacional

São José 2005

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REGIANE DA SILVA

COMUNICAÇÃO ESCRITA NA EMPRESA CLÍNICA DA PELE

Relatório de Conclusão de Estágio apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Automação de Escritórios e Secretariado, pela Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação São José.

Orientadora: Prof ª. Cláudia Andrea Rost

São José 2005

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REGIANE DA SILVA

A COMUNICAÇÃO ESCRITA NA CLÍNICA DA PELE

Esta Monografia foi julgada adequada para obtenção do título de Bacharel em

Automação de Escritórios e Secretariado e aprovada pelo curso de Automação de Escritórios

e Secretariado da Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação São José.

Área de Concentração: Comunicação Organizacional

São José, 08 de junho de 2005.

Profa Msc Cláudia Andrea Rost

UNIVALI – São José

Orientadora

Profa Msc Emília Marta Schveitzer UNIVALI – São José

Membro

Profa Msc Luciana Merlin Bervian

UNIVALI – São José

Membro

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Dedico este trabalho a minha família,

aos professores e aos amigos que

compartilharam comigo toda essa

caminhada.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a

... DEUS...

Não se têm palavras para dizer a quanto sou grata a Ele, que esteve todo o momento

do meu lado me dando forças para que eu pudesse concluir este trabalho. Devo muito por tudo

e nada mais justo colocá-lo acima de qualquer pessoa que, nesta batalha, também me ajudou.

Agradeço ao meu noivo, por ter sido tão compreensível, paciente e amigo.

Aos meus pais, principalmente a minha mãe, que durante todo esse tempo arcou com

todos os serviços da casa, principalmente com aqueles que me pertenciam.

Sou grata à orientadora Claudia, que me acolheu, que me deu forças, que se preocupou

com meu trabalho em todos os momentos. Reconheço pela sua dedicação, sua calma e

paciência, não somente como orientadora neste Relatório de Conclusão, mas nos tempos em

que foi minha professora.

Agradeço a Ana, amiga, que esteve sempre comigo em quase todas as fases do curso.

Reconheço todas as coisas que me foram feitas, a companhia nos trabalhos, os xerox que

tirava gratuitamente, a sua calma e paciência comigo.

Aos professores, que compartilharam seus conhecimentos, permitindo o meu

crescimento pessoal e profissional.

A empresa onde trabalho, principalmente o diretor técnico, Dimas, que se dispôs a ser

meu supervisor e me ajudou muito neste trabalho.

Por fim, agradeço, mais uma vez a todas essas pessoas que estiveram comigo e que

estarão sempre no meu coração.

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O progresso é a benção do trabalho,

A ordem é a benção da disciplina,

O conhecimento é a benção do estudo,

A realização nobre é a benção do esforço

digno.

Emmanuel

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RESUMO

A comunicação eficaz é um atributo essencial da atividade humana, sendo necessário para o entendimento social e profissional. Assim, não se tem dúvida quanto a sua importância para o sucesso gerencial e organizacional, pois ela é requisito imprescindível para o bom funcionamento das organizações. Preocupando-se com isso, este trabalho teve como objetivo investigar a comunicação escrita da empresa Clínica da Pele, localizada em Florianópolis, Santa Catarina. Para a elaboração de um estudo eficiente, pesquisas bibliográficas contribuíram para o aprimoramento dos documentos e das correspondências, externos e internos, que compõe a comunicação escrita da empresa. Esses conhecimentos foram considerados de grande valia, pois serviram como referência para o reconhecimento dos acertos e das falhas no ato comunicativo escrito da Clínica da Pele. Na caracterização da empresa, desenvolveu-se um estudo de caso do tipo exploratório-descritivo, permitindo, assim, o amplo e detalhado conhecimento dos documentos e das correspondências por meio da observação, do registro e da sua análise. A coleta de dados deu-se através da observação participativa, do levantamento documental e da aplicação de um questionário aos três colaboradores e permitiu à pesquisadora adquirir informações e melhor detalhamento das respostas, ou seja, a melhor reestruturação das comunicações escritas. Na análise dos resultados referentes aos objetivos da pesquisa, verificou-se que há necessidade de algumas melhorias relacionadas à estrutura e linguagem da comunicação escrita da empresa. Em vista disso, a pesquisadora, em contato direto com os colaboradores da empresa, valendo-se das pesquisas efetuadas, sugeriu a unificação da documentação no que tange aos aspectos redacionais e estruturais que circulam no ambiente organizacional, trazendo benefícios como a redução de custos e a qualidade e a melhoria dos serviços aos clientes.

Palavras Chaves: Comunicação Escrita; Comunicação Organizacional; Reestruturação; Padronização.

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RESUMEN

La comunicación eficaz es un atributo esencial de la actividad humana, siendo necesario para el entendimiento social y profesional. Así no hay duda cuanto a su importancia para el éxito gerencial y organizacional, pues ella es requisito fundamental para el buen funcionamiento de las organizaciones. Preocupándose con eso, este trabajo tuvo como objetivo investigar la comunicación escritura de la empresa Clínica da Pele, localizada en Florianópolis, Santa Catarina. Para la elaboración de un estudio eficiente, encuestas bibliográficas contribuyeron con sus fundamientos para el mejoramiento de los documentos y de las correspondencias, externos e internos, que componen la comunicación escrita realizada en la empresa. Esos estudios y conocimientos fueron considerados de gran valía, pues sirvieron como referencia para el reconocimiento de los acertos y de los ajustes en el acto comunicativo escrito de la Clínica da Pele. En la caracterización de la empresa, se desarrolló un estudio de caso del tipo exploratorio-descriptivo permitiendo así, su amplio y detallado conocimiento de los documentos y de las correspondencias por medio de la observación, del registro y de su análisis. La colecta de datos se dio través de la observación participativa, del levantamiento documental y de la aplicación de un cuestionario a los colaboradores que permitieron al investigador adquirir informaciones y mejor detallamiento de las respuestas, o sea, la mejor reestructuración de las comunicaciones escritas. En el análisis de los resultados referentes a los objetivos de la investigación se comprueba que hay la necesidad de algunas mejorías relacionadas a la estructura y lenguaje de la comunicación escrita de la empresa. En vista de eso, la investigadora, en contacto directo con los colaboradores de la empresa, valiéndose de las investigaciones efectuadas, comprueba que podría unificar la documentación en lo que toca a los aspectos redaccionales y estructurales interna que circulan en el ambiente organizacional, trayendo beneficios como la reducción de los costos y la calidad y la mejoría de los servicios a los clientes.

Palabras-Clave: Comunicación Escrita; Comunicación Organizacional; Reestructuración y Normalización.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1 – Esquema de Comunicação de Vanoye................................................................23

FIGURA 2 – Foto da empresa Clínica da Pele.........................................................................67

FIGURA 3 – Organograma da empresa Clínica da Pele..........................................................68

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SUMÁRIO

RESUMO ..................................................................................................................... 6

RESUMEN ................................................................................................................... 7

LISTA DE ILUSTRAÇÕES ........................................................................................ 8

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 11

1.1 Apresentação do tema e do problema .................................................................... 11 1.2 Objetivos ................................................................................................................. 13 1.2.1 Objetivos geral ................................................................................................... 13 1.2.2 Objetivos específicos .......................................................................................... 13 1.3 Justificativa ............................................................................................................ 14 2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS ............................................................................ 15 2.1 Atividades secretariais .......................................................................................... 15 2.2 Comunicação ......................................................................................................... 20 2.2.1 Elementos básicos da comunicação .................................................................... 22 2.2.2 Modalidades da comunicação ............................................................................. 24 2.2.2.1 Comunicação oral .............................................................................................. 24 2.2.2.2 Comunicação escrita .......................................................................................... 25 2.2.3 Comunicação internas e externas ........................................................................ 26 2.2.3.1 Documentos internos .......................................................................................... 28 2.2.3.2 Documentos externos ......................................................................................... 29 2.3 O aspecto formal dos documentos utilizados na comunicação interna e externa 31 2.4 Qualidade da redação empresarial ....................................................................... 32 2.5 Padronização de formulários ................................................................................ 34 2.5.1 Prontuário médico .............................................................................................. 36 2.5.2 Funções dos formulários ..................................................................................... 37 2.6 Padronização do atestado ..................................................................................... 38 2.6.1 Partes do atestado e sua disposição no papel ....................................................... 38 2.6.2 Atestado médico ................................................................................................. 39 2.7 Padronização de declaração .................................................................................. 40 2.7.1 Partes da declaração ........................................................................................... 41 2.7.2 Declaração médica ............................................................................................. 41 2.8 Padronização da agenda ....................................................................................... 42 2.8.1 Agenda eletrônica ............................................................................................... 43 2.8.2 Agenda médica automatizada ............................................................................. 44 2.9 Padronização de e-mail ......................................................................................... 45 2.10 Comunicação organizacional ............................................................................... 46 2.11 Fatores que influenciam a comunicação nas organizações .................................. 49 2.12 Tipos de comunicação organizacional ................................................................. 51 2.12.1 Comunicação formal ........................................................................................... 53 2.12.2 Comunicação informal ........................................................................................ 54

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2.13 Considerações parciais ......................................................................................... 55 3 ASPECTOS METODOLÓGICOS......................................................................... 56 3.1 Característica da pesquisa ..................................................................................... 56 3.2 Delineamento da pesquisa ...................................................................................... 57 3.3 Coleta dos dados .................................................................................................... 58 3.4 Análise dos dados ................................................................................................... 60 4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ....................................... 61 4.1 Caracterização da Empresa ................................................................................... 51 4.1.1 Histórico ............................................................................................................ 61 4.1.2 Missão, objetivos, negócios e metas ................................................................... 62 4.1.3 Localização ........................................................................................................ 63 4.1.4 Área de atuação .................................................................................................. 63 4.1.5 Estrutura organizacional ..................................................................................... 64 4.1.5.1 Estrutura física ................................................................................................... 66 4.2 Atividades escritas diárias na Clínica da Pele ....................................................... 68 4.2.1 Documentos internos em uso na clínica .............................................................. 68 4.2.2 Documentos e correspondências externas em uso na clínica ............................... 68 4.3 Aspectos redacionais e estruturais que precisam de alteração ............................. 74 4.3.1 Análise dos documentos em estudo .................................................................... 74 4.3.1.1 Estrutura e redação dos documentos internos ..................................................... 74 4.3.1.2 Documentos e correspondências externos ........................................................... 76 4.3.2 Apresentação e análise dos resultados ................................................................. 79 4.4 Sugestão de melhorias da linguagem e da estrutura dos documentos internos e

externos da empresa Clínica da Pele ..................................................................... 82 4.4.1 Documentos internos sugeridos .......................................................................... 83 4.4.2 Documentos e correspondências externos sugeridos ........................................... 84

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 88

RECOMENDAÇÕES .................................................................................................. 90

REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 91

APÊNDICES ................................................................................................................ 95

ANEXOS ....................................................................................................................103

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1 INTRODUÇÃO

1.1 Apresentação do tema e do problema

Na era do fax, do computador e da Internet são inúmeras as maneiras de comunicação

entre as pessoas, de forma rápida e prática, para qualquer lugar do mundo. Nesse contexto, a

principal dificuldade enfrentada não está em como utilizar a tecnologia, mas sim em se fazer

entender claramente tanto na linguagem falada como na escrita, ou na corporal. Não é só o

meio de transmissão que se usa para comunicação que conta, mas também a forma, o

conteúdo e a linguagem que se utilizam para isso. Em certos contextos, a maneira utilizada, o

documento redigido e até as palavras e a forma de tratamento usada não são as mais indicadas

para uma determinada situação. Assim, seja um simples bilhete ou um documento importante,

em algum momento, a linguagem empregada não corresponde à formalidade ou informalidade

do assunto, ou à estrutura de texto escolhida.

Comunicar bem, portanto, não consiste somente em transmitir mensagens ou só

recebê-las bem; comunicação significa troca de informações e o seu entendimento. É

essencial, dentro desse processo, que o receptor da informação a receba e a compreenda de

modo integral. Nesse sentido, a tarefa de se comunicar só estará concluída quando houver

compreensão e ação resultante. Um erro comum, porém, ocorre ao se emitir instruções por

escrito e acreditar que sua interpretação será, assim, precisa e que não existirá possibilidade

de má interpretação. Há necessidade de tanto verificar a receptividade de uma erudição escrita

como a de examinar o entendimento de instruções faladas.

No entanto, nem sempre isso acontece, pois, muitas vezes, numa simples falta de

atenção ou num pequeno desconhecimento existente, empresas adotam modelos de

comunicação escrita já formatados e com muitos desacertos. Essas falhas, quando encontradas

em certos documentos, podem gerar sérios problemas para quem lê e principalmente para

quem escreve.

Essa situação não é diferente na Clínica da Pele, uma empresa de pequeno porte

devido ao seu capital e sua estrutura, atuante no ramo de prestação de serviços médicos

(clínico e estético) que tem como objetivo a qualidade dos mesmos aos seus clientes.

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A empresa investigada não possuía, segundo uma análise documental preliminar, em

alguns dos seus documentos, uma estrutura e uma linguagem padronizada, a saber: (i) a ficha

utilizada para a descrição de dados de pacientes e seu cadastro na clínica não seguia um

formato definido; (ii) o atestado médico apresentava informações em desuso e, portanto, não

estava de acordo com os manuais de redação de documentos oficiais, o que podia gerar

também várias interpretações por quem o recebe; (iii) a Clínica não dispunha de um

documento formalizado que comprove o comparecimento de pacientes nos consultórios: (iv) a

agenda médica utilizada para o registro de informações não possuía uma uniformização

correta e (v) o e-mail, também, não apresentava um padrão de redação.

Preocupando-se com isso, decidiu-se, no período de estágio na empresa, investigar

mais detalhadamente a importância desses documentos e sugerir, se necessário, a sua

reformulação. De certa forma, era um compromisso e uma obrigação por parte do profissional

de secretariado, adequar as informações a serem transmitidas, utilizando-se de uma linguagem

prática e de conhecimento comum a todos que participam da empresa. É de suma

responsabilidade do mesmo estabelecer uma comunicação eficaz adaptando-a ao ambiente em

que exerce sua função.

Nesse sentido, esperava-se fazer uma análise aprofundada durante a realização do

estágio desses documentos, usufruindo-se dos conhecimentos adquiridos pela estagiária ao

longo do tempo, já que exerce a função de secretária na empresa desde o ano de 98, ou seja,

há sete anos, e das informações obtidas no transcorrer do curso de Automação de Escritórios e

Secretariado. Além disso, adquiriu-se informações muito importantes nas disciplinas do Curso

de Automação de Escritórios e Secretariado. Envolveram-se as da área da comunicação e da

administração, como a Língua Portuguesa, a Língua Espanhola, a Expressão e Comunicação

Empresarial, a Psicologia e a Administração ao Secretariado.

O estágio teve por objetivo especializar a estagiária em sua função secretarial na

empresa, supondo ser essa etapa prática essencial para a busca de conhecimento e

aprendizagem. Nesse caso, considerou-se o aprimoramento do processo comunicativo escrito

uma das atribuições desse profissional, portanto zelar pela qualidade de documentos da

empresa auxilia no entendimento dos colaboradores e pacientes da Clínica.

Em vista disso, após essa averiguação preliminar, sentiu-se a necessidade de

desenvolver o estágio na área de comunicação organizacional. A finalidade era a de sugerir

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inovação nos documentos administrativos relacionados à área médica, aperfeiçoando-os e,

conseqüentemente, contribuindo para a melhoria da comunicação interna e externa da

empresa. Com esse propósito, questionou-se: Como unificar a documentação interna e externa

que circula no ambiente de trabalho secretarial da empresa Clínica da Pele?

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo Geral

Avaliar a comunicação interna e externa que circula no ambiente de trabalho

secretarial da empresa Clínica da Pele.

1.2.2 Objetivos específicos

-Descrever as atividades escritas praticadas diariamente na Clínica da Pele;

-Verificar, entre os textos que circulam, interna e externamente, na Clínica, os

aspectos redacionais e estruturais; e

-Sugerir a melhoria da linguagem e da estrutura dos documentos internos e externos da

Clínica da Pele.

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1.3 Justificativa

A comunicação eficaz é um atributo essencial da atividade humana, sendo

imprescindível para o entendimento social e profissional. Nesse sentido, torna-se

absolutamente essencial para o sucesso gerencial e organizacional. Ela é requisito

fundamental para o bom funcionamento das organizações e costuma fazer parte do seu

cotidiano.

A partir de um estudo preliminar realizado na documentação escrita que compõe a

comunicação interna da empresa Clínica da Pele, percebeu-se que a organização adotava

alguns modelos de documentos na área médica excessivamente desgastados quanto à estrutura

e à linguagem.

Observou-se, então, a necessidade de uma reformulação da documentação, visando

melhorá-la, primando pela correção cuja ausência compromete o perfeito entendimento e

desempenho de qualquer comunicação escrita.

Assim, acreditava-se poder contribuir para o avanço da comunicação escrita da

empresa, quer internamente, quer externamente, não somente por isso, mas também pela

responsabilidade que existe do profissional de secretariado em adequar informações a serem

transmitidas e otimizar serviços de escritórios que auxiliarão dentro desse ambiente.

Não houve dificuldade em fazer as adaptações citadas acima, pois a profissional de

secretariado, além de desenvolver o estágio curricular na empresa, é funcionária e encontrava-

se familiarizada ao vocabulário técnico utilizado no seu ambiente de trabalho. Acrescenta-se a

essas qualificações, os conhecimentos adquiridos durante a formação no Curso de Automação

de Escritórios e Secretariado, os quais viabilizaram esse empreendimento.

Pretendeu-se, portanto, elaborar um estudo eficiente que contribuísse para o

aprimoramento da qualidade da comunicação escrita realizada na empresa, buscando maior

produtividade e otimização das atividades da organização.

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2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS

Apresentam-se, neste capítulo teórico, conceitos essenciais à comunicação, seus

elementos e subsídios inerentes para a empresa. Acrescentam-se, também, as atividades

secretariais, as quais viabilizam nesse empreendimento. As diversas suposições dos autores

pesquisados acrescentam conhecimentos distintos e contribuem cientificamente para a

realização deste estudo.

Dessa maneira, relata-se, a seguir, o estudo bibliográfico pertinente às atividades

secretariais e à comunicação organizacional.

2.1 Atividades secretariais

O profissional de secretariado contribui muito para a empresa, sendo ele responsável

por uma série de atividades que envolvem a organização. É a ligação entre o chefe e seus

subordinados, entre a empresa e seus clientes, entre os fornecedores e os compradores, enfim,

é o elo que não pode ser perdido.

O trabalho do profissional de secretariado sempre se reveste de significativa

importância, qualquer que seja o porte da empresa, pequena, média ou grande, o que valoriza

significativamente a sua atuação.

Ritta (1999, p. 34) diz que

o profissional de secretariado tem sido definido como o agente de apoio à ação gerencial, intermediando as relações desta com o mundo interno, representado pelos clientes da organização para a qual presta serviços. Atua sempre ao lado dos centros de decisão, independente do porte ou atividade da organização.

Em decorrência de seu cargo, participa de assuntos confidenciais da organização e,

muitas vezes, de seus subordinados. Na verdade, a prioridade de um profissional de

secretariado em qualquer empresa é assessorar outro profissional.

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De acordo com Medeiros (2003, p. 32), “a secretária forma a organização. É um

profissional importante, que deve representar o executivo, com eficiência e eficácia. Dela a

empresa exige espírito cooperativo para trabalhar em equipe”.

Além disso, outros aspectos não menos importantes devem ser levados em

consideração, entre eles existem as tarefas diárias, as responsabilidades e as qualidades que

uma secretária deve ter.

Segundo Rita (1999, p.16), existem algumas atividades que fazem parte do dia-a-dia

do profissional que devem ser postas em prática.

A organização do local de trabalho é considerada imprescindível, pois ordenação é

demonstração de ambiente agradável, é nele que o profissional de secretariado e o executivo

líder a quem presta serviços permanecem aproximadamente 8 horas. Necessita-se: manter sua

mesa e/ou local organizado e purificado, verificar se os cinzeiros estão limpos, averiguar se a

sala da chefia está em ordem, fazer a reposição de materiais se necessário, manter atualizados,

jornais, revistas. Precisa-se ter sempre próximo à mesa os seguintes instrumentos: lista

telefônica, guia da cidade, código de endereçamento postal, dicionário, relação com nomes de

diretores, chefes de departamentos e funcionários e o fichário de mesa (RITTA, 1999, p. 17).

Com relação, ainda, ao ambiente de trabalho é necessário saber que tais elementos,

como os materiais e os equipamentos devem ser distribuídos e organizados no espaço físico

da empresa, ou seja, o layout, considerado, também, função da secretária.

Azevedo (2002, p. 37) diz que

um layout bem planejado é fundamental para o bom desenvolvimento do trabalho da secretária. A eliminação de obstáculos, o melhor emprego das máquinas e equipamentos, a racionalização do espaço, a economia de tempo, a segurança, a estética, entre outros, são alguns itens que propiciam a realização de trabalhos com qualidade.

Obrigatoriamente, deve-se recepcionar bem todas as pessoas, independente de

qualquer circunstância (grau de instrução, situação financeira), anunciando-as e

encaminhando-as aos encarregados.

Além disso, deve-se dispensar toda a atenção ao visitante, demonstrando real interesse

em ajudá-lo mesmo que o motivo da visita seja para reclamação. Cumprimentar gentilmente o

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cliente e, se for uma pessoa conhecida, acrescentar o nome desta. No telefone, também é

necessário tratar com delicadeza, pois através dele se concretizam negócios e assumem-se

compromissos dos mais diversos assuntos comerciais. Todas as chamadas são consideradas

importantes para as organizações empresariais. É indispensável o uso correto do código da

linguagem verbal, pois sua conservação deverá ser concisa e dentro do assunto (RITTA, 1999,

p.18).

Segundo Ribeiro (1990, p. 89), “o profissional de secretariado competente é aquele

que sabe exercer o que dele é esperado e o que ele próprio espera de si mesmo”. Diz, com

base nessa ação, que o profissional necessita de certas qualidades consideradas fundamentais

para o bom desempenho da profissão, sendo: o domínio de conhecimentos técnicos e

específicos, uma escrita rápida, o domínio de idiomas, um bom relacionamento, segurança,

humildade, sigilo, habilidade, bom senso, equilíbrio emocional, disponibilidade e senso de

humor.

É essencial saber como receber e expedir correspondências, sendo que para esse há um

local chamado protocolo, ou seja, setor onde as recebe entre outros documentos. Quanto ao

registro de documentos a sua forma de organização fica a critério do responsável ou da

empresa, que geralmente já tem seus métodos e sistemas implantados. Para a distribuição das

correspondências, deve-se, primeiramente, classificá-las, necessitando de cuidado ao abri-la e

ao lê-la. As correspondências confidenciais devem ser guardadas em envelopes num lugar

discreto na sala do chefe, distribuindo as demais aos departamentos ou setores que se

destinam, depois disso podem ser arquivadas (RITTA, 199 p. 20).

Necessita-se antes de exercer qualquer atividade dessas, saber redigir as

correspondências e outros documentos carecendo de constante leitura facilitando a atividade

de registrá-los.

Além disso, é imprescindível, também, atualização profissional constante, bom senso

nos julgamentos, visão de todo o trabalho, metodologia de execução do trabalho, flexibilidade

para enfocar a tarefa de diferentes modos, espírito de iniciativa e criatividade para realizar

tarefas novas e não exigidas, esforço para o aprimoramento das tarefas, sensibilidade para

evitar ausentar-se de sua mesa e perturbar colegas, discrição, capacidade para reconhecer

interesses da empresa, inteligência para respeitar a autoridade hierárquica e deixar de fazer

observações maldosas aos colegas, docilidade e compreensão para aceitar tarefas adicionais e,

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sobretudo ter cuidado e esmero em tudo o que faz. (MEDEIROS e HERNANDES, 2003, p.

32).

Uma outra atividade importante ao profissional de secretariado é a relacionada à sua

iniciativa própria: significa que o profissional de secretariado, em determinadas

circunstâncias, deverá assumir e tomar certas providências em ausências forçadas do seu

executivo líder, cuja falta poderá resultar em graves prejuízos para a empresa. Geralmente, ele

está informado dos negócios e deveres e, até mesmo dos pontos de vista dos chefes. Cabe ao

profissional decidir as medidas a serem tomadas (RITTA, 1999, p. 23).

Deve-se instituir um planejamento diário, pois sem ele, nenhum profissional de

secretariado terá condições de executar as tarefas dentro de uma empresa, pois a ação de

planejar implica definir objetivos, quantificar metas, determinar prazos e selecionar recursos,

de forma a atender aos interesses do executivo. Para isso, é essencial ter organizado e

atualizada a agenda que tem como finalidade auxiliar o profissional de secretariado a lembrar

e organizar os compromissos diários de sua chefia, bem como cancelá-los quando necessário

ou efetuar as alterações que ocorrerem. O arquivo, também deve estar sempre atualizado,

mantendo ordem rigorosa no que se refere ao arquivamento das pastas ou fichas (RITTA,

1999, p. 23).

A coordenação dos trabalhos do escritório e a sua supervisão são também atribuições

do profissional de secretariado.

Medeiros e Hernandes (2003, p. 32) dizem que “a empresa exige cuidado com a

aparência, roupas apropriadas ao desempenho de seu trabalho, hábitos de higiene e saúde”.

Quanto a roupas muitas empresas já possuem um modelo padronizado, com variações

de cores, e, muitas vezes diversificam de acordo com a área de atuação. Um exemplo prático é

a empresa que está em estudo, por ser clínica escolhem-se cores claras indicando higiene; usa-

se tailleur, ou seja, traje feminino composto de casaco e saia (abaixo do joelho) ou calça, que

além de confortáveis são indumentos formais. Quanto aos hábitos de higiene necessita-se de

um cuidado maior, além dos de costume, (banho, dentes escovados, cabelos limpos e

penteados, unhas feitas e roupas mundificadas) necessita-se, estar com as mãos sempre

limpas, utilizando-se de álcool (devido ao ambiente que se trabalha), luvas, máscaras e

guarda-pós em certos ambientes como consultórios e sala de procedimentos cirúrgicos.

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Quanto à saúde é importante fazer sempre exames de rotinas, procurando tratar sempre de

qualquer enfermidade que venha a surgir.

Ritta (1993, p. 31) ressalta que o profissional de secretariado

necessita estar apto a fazer essas atividades citadas, ou seja, ser eficiente no seu trabalho. Para isso deve apresentar pontualidade, cortesia, eficiência, tato, iniciativa, perspicácia, discrição, noções de psicologia, adaptação, impessoalidade e responsabilidade.

Todos os predicados aqui citados pelos autores são indispensáveis para um

profissional. No entanto, é importante salientar que não são os primordiais, pois existem

outros aspectos não menos importantes que devem ser levados em consideração.

A secretária, além da atividade secretarial canônica, precisa, também, ser especialista

em determinadas áreas, adquirindo, assim, aptidão para resolver determinados problemas

ocasionados na empresa.

Conforme Azevedo, (2002, p. 145), é exigido da secretária

conhecimentos e habilidades em áreas diversificadas, como administração, economia, contabilidade, finanças, marketing, matemática financeira, legislação, recursos humanos, domínio da língua portuguesa, domínio os idiomas inglês e espanhol e cultura geral.

A meta mais importante de qualquer profissional de secretariado é estar à altura das

responsabilidades de sua função, sendo necessário, antes de tudo, conquistar a confiança do

executivo a quem presta serviços, assim será indispensável a ponto de manter em suas mãos

as chaves mais valiosas e secretas de sua organização.

É importante enfatizar que todas essas responsabilidades impostas ao profissional, não

serão concretizadas com perfeição se esse não tiver habilidades na comunicação, pois ela é

fator vital no desempenho da atividade secretarial. Diante disso, apresentam-se, a seguir, as

definições de comunicação atribuídas por alguns autores, detalhando-as de forma a esclarecê-

las melhor.

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2.2 Comunicação

A palavra comunicar, em latim comunicare, significa “pôr em comum”. Assim a

comunicação põe idéias “em comum”. O objetivo dessa ação é a compreensão e o

entendimento entre os seres humanos. A fim de que se compreendam, os seres humanos

precisam se comunicar. (PENTEADO, 1976, p.1).

Chiavenato (1992, p.122) afirma que

a comunicação é o processo de transmissão de uma informação de uma pessoa para outra, sendo então compartilhada por ambas. Para que haja comunicação, é necessário que o receptor da informação a receba e a compreenda. A informação simplesmente transmitida, mas não recebida, não foi comunicada.

Só há comunicação, portanto, quando as pessoas envolvidas participam dela.

Por esse motivo, é necessário que se garanta essa ação, para que os indivíduos se

compreendam mutuamente. E para isso, é preciso que se entenda o significado dos sons

articulados, em se tratando de comunicação oral, caso contrário, o caminho da informação

deixa de existir, torna-se ininteligível, e, se a comunicação for escrita, será necessário o

domínio dessa forma de linguagem.

Saber o significado das palavras é fundamental, tanto quanto seu uso a partir de

construções sintáticas que servem de base para a elaboração de textos (orais e escritos), são

imprescindíveis à comunicação verbal.

Lee apud (PENTEADO, 1976, p.16) sugere cinco orientações fundamentais e

indispensáveis ao sucesso do ato comunicativo:

1. Familiarizar-se com o assunto;

2. Aprender a reconhecer os pontos fracos, os defeitos e as deficiências das

comunicações dos outros;

3. Começar a fazer exatamente a mesma coisa com as suas próprias comunicações;

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4. Desenvolver as habilidades no sentido de aperfeiçoar a sua capacidade de

comunicação; e

5. Aprender a aperfeiçoar a comunicação humana nos outros.

Em vista disso, sabe-se que ninguém deve aventurar-se a abordar um assunto do qual

não possua conhecimento profundo, em situações que exigem maior articulação. Qualquer

detalhe inerente a ele precisa ser primeiramente analisado para que seja exposto com clareza.

Comunicar é uma necessidade humana. Comunicar bem, oralmente ou por escrito é

uma dádiva.

A comunicação é vital e fazê-la com perfeição significa conquistar uma meta. Quem a

conquista, deve conservá-la, ou seja, deve resguardá-la.

A necessidade de se comunicar é intrínseca ao homem, que vive em permanente

interação com a realidade que o cerca e com os outros seres humanos. Comunicando-se, o

homem divide com seus semelhantes sua visão de mundo, suas experiências pessoais, seus

sentimentos. Para comunicar-se com os outros seres humanos, ele utiliza sistemas organizados

de sinais. Cada um desses sistemas recebe o nome de linguagem.

Segundo Robbins (2002, p.277), dentro das organizações, a comunicação é

considerada como sendo um processo ou fluxo de informações, no qual a informação é

fornecida e compreendida.

Existem muitas formas de comunicação humana, desde a forma mais simples, como a

linguagem não-verbal (gestos, expressões corporais), até a mais complexa que utiliza os

meios tecnológicos como a intranet, o telefone sem fio ou o satélite. (FERREIRA, 2000,

p.517). Pode-se planejar o ato comunicativo, como a escrita (jornais, quadros de avisos,

internet, etc.), mas, no contexto empresarial, sabe-se que, no seu plano, deve existir sempre a

comunicação interna informal, ou seja, a oral, os contatos festivos, a maneira como se escuta

o outro, etc.

O ato comunicativo é uma atividade muito extensa que necessita de compreensão.

Além da existência de suas formas há, também, elementos básicos, primordiais nesse

processo, que serão explanados a seguir.

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2.2.1 Elementos básicos da comunicação

A comunicação é um processo de transmissão de informações entre pessoas. Significa

ser basicamente uma barganha de subsídios que devem ser compreendidos dentro da empresa.

Assim, essa ação se concretizará desde que se empregue nesse processo alguns componentes

essenciais do sistema comunicativo.

Segundo Kelly (1990, p. 47), “para compreender a extensão da atividade de

comunicação na empresa, é preciso que se saiba quais são os elementos básicos”.

Embora a estrutura bem organizada de uma empresa possa facilitar aqueles que

precisam se comunicar, oralmente ou por escrito, existe uma sistematização do processo

comunicativo que, muitas vezes, não é perceptível. O conteúdo desse é geralmente uma

mensagem, enquanto o objetivo é a compreensão da mensagem por parte do destino (a pessoa

que a recebe) compreende ou interpreta a mensagem. Se a mensagem não chega ao destino, e

se o destino não a compreende, a comunicação não se efetiva (CHIAVENATO, 2000 p. 325).

Assim, uma boa comunicação ocorre quando a compreensão do receptor concorda com o

significado pretendido pelo emissor.

Vanoye (1998, p. 1) afirma que “toda a comunicação tem por objetivo a transmissão

de uma mensagem, e se constitui por um certo número de elementos”, os quais são indicados

na figura 1 abaixo:

Figura 1: O esquema da comunicação Fonte: Vanoye (1998, p. 1, adaptado pela pesquisadora)

Vanoye (1998, p. 2) apresenta cada um dos elementos que compõe a comunicação:

REFERENTE

EMISSOR OU DESTINADOR

RECEPTOR OU

DESTINATÁRIO

CANAL DE COMUNICAÇÃO

MENSAGEM

CÓDIGO

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• Emissor ou destinador é o que emite a mensagem; pode ser um indivíduo ou um grupo

(empresa, organismo de difusão, etc).

• Receptor ou destinatário é o que recebe a mensagem; pode ser um indivíduo, um grupo

ou mesmo um animal ou uma máquina.

• Mensagem é o objeto da comunicação; ela é constituída pelo conteúdo das informações

transmitidas.

• Canal de comunicação é a via de circulação das mensagens.

• Código é um conjunto de signos e regras de combinação destes signos; o destinador lança

mão dele para elaborar sua mensagem. O destinatário identificará este sistema de signos

se seu repertório for comum ao do emissor.

• Referente é constituído pelo contexto, pela situação e pelos objetos reais aos quais a

mensagem remete.

Exemplificando a atuação desses elementos, afirma-se que, na produção de um texto

escrito, precisa-se ter em mente que se está escrevendo para alguém. Quem escreve é emissor

e quem lê é receptor. O que o emissor escreve é a mensagem. O elemento que conduz o

discurso ou a mensagem do emissor para o receptor é o canal (no caso, o canal é o papel). Os

fatos, os objetos ou as imagens, os juízos ou raciocínios que o emissor expõe ou sobre os

quais discorre constituem o referente. A língua que o emissor utiliza constitui o código.

Assim, através de um canal, o emissor transmite ao receptor, em um código comum, uma

mensagem, que pode reportar-se a um referente (CAMPADELLI, 1998, p. 336).

É imprescindível o conhecimento desse canal de comunicação, para a efetivação do

entendimento entre as pessoas que participam dela, ressaltando que, para isso, há necessidade,

também, do conhecimento das modalidades comunicativas.

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2.2.2 Modalidades da comunicação

Para entender melhor esses elementos que compõem o ato comunicativo, evidenciam-

se, algumas considerações com relação a cada modalidade comunicativa que garante o

sucesso à comunicação. Tais aspectos são processos previamente estabelecidos que por meio

da linguagem falada e escrita, mediante a sinais ou símbolos, emitem, transmitem e receptam

mensagens.

2.2.2.1 Comunicação oral

A comunicação oral se dá através da fala, portanto, pode-se afirmar que, independente

de qualquer avanço da tecnologia, a fala jamais se tornará obsoleta, pois é universal,

independente do grau de desenvolvimento alcançado por um povo. Reafirmando isso,

Reyzábal (1993, p. 24) sugere que “o ensino e a aprendizagem da língua oral deve partir da

sua concretude, dos seus usos e formas específicas e levar em conta as realizações orais dos

habitantes”.

Por outro lado, Kaspary (1994, p. 27) diz que, em termos de eficácia comunicativa, a

linguagem oral oferece uma série de vantagens em relação à linguagem escrita, as quais são:

• Possibilidade de adaptação permanente da mensagem ao ouvinte, em função do

seu nível de compreensão e de suas reações;

• Possibilidade de usar uma série completa de meios de expressões: as inflexões da

voz, o olhar, os gestos, o jogo fisionômico, as atitudes, etc;

• Certeza de transmissão e recepção de mensagem;

• Rapidez e facilidade; e

• Enriquecimento mútuo dos interlocutores, pelo diálogo.

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Quando se está na posição de ouvinte, tem-se a chance de verificar como o outro se

expressa oralmente. Por isso, ouvir com atenção é mais que importante, para que não se caia

nas mesmas imperfeições.

Conforme destaca Kaspary (1994), não são, portanto, os grandes escritores que

desencadeiam e orientam os grandes movimentos coletivos, mas sim, os oradores de fala

fluente e persuasiva.

Percebe-se que a linguagem oral oferece uma série de vantagens o que do contrário, a

escrita não pode proporcionar, pois, para a transmissão da dessa mensagem, conta-se apenas

com as palavras. Por esse motivo é que a mensagem escrita deve ser tratada com um cuidado

todo especial, com encargos de clareza e expressão. É o que se apresenta a seguir.

2.2.2.2 Comunicação escrita

Saber expressar-se bem, por meio da modalidade escrita, não significa ser um dom que

poucas pessoas possuem. Necessita-se a técnica da escrita, para que se tenha o domínio da

metodologia e se saiba usar com adequação os elementos básicos da língua, das estruturas

lingüísticas, dos recursos expressivos. Deve-se ter em mente que tudo isso só se consegue

com perseverança na prática, pois é um processo lento, já que as idéias não aparecem de

imediato, elas necessitam ser trabalhadas, aperfeiçoadas.

Alcurea et al. (1996, p. 29) ressaltam que “a comunicação escrita surgiu milhões de

anos depois da fala [...]. A escrita é a representação dos sons articulados na fala, em sinais

gráficos, uma transformação da língua natural em um código”.

Esses sinais gráficos são os inúmeros registros que se têm e que se faz, através de um

determinado aprendizado adquirido. São inscrições de ocorrências, fatos e acontecimentos

importantes que podem ser usufruídos futuramente nos livros, jornais e outros documentos.

A comunicação escrita sempre foi e sempre será indispensável, sendo de grande

importância para o sucesso, porém, a elaboração de textos eficazes exige tempo de que muitas

vezes, não se dispõe.

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A mensagem escrita necessita de cuidado no momento de sua transcrição, deve-se

ordenar as idéias, observar a colocação dos termos na oração, ter critérios na escolha das

palavras, evitando impropriedade de termos e ainda, não sobrecarregar a frase, empregando

repetições desnecessárias (CASTRO, 1993, p. 27).

É indispensável diminuir a possibilidade de ter objetivos frustrados por causa de textos

mal elaborados, principalmente em situações nas quais eles precisam ser escritos rapidamente

e se faz necessária àquela palavra certa no lugar certo.

Documentos mal redigidos podem comprometer a imagem de eficiência e capacidade

de uma organização. Por isso, deve-se estar preparado para qualquer situação, na qual seja

necessária a transcrição de um modelo de correspondência, de um formulário ou um outro

documento qualquer, precisa ser elaborados com criatividade e conhecimento das mais

eficientes técnicas de redação que proporciona excelentes resultados.

Dentro de uma organização, a comunicação escrita ocorre de várias maneiras, por

meio de uma carta, de um memorando, de um relatório ou de um simples bilhete. Todas essas

formas podem ser empregadas em algum momento no local de trabalho e, dependendo das

circunstâncias, elas podem necessitar de formalidade ou não.

Assim, a comunicação é vital e fazê-la com perfeição significa conquistar uma meta.

Quem a conquista, deve conservá-la, ou seja, deve resguardá-la. Os canais de comunicação

interna e externa serão definidos e exemplificados na seqüência, pois são fatores relevantes à

comunicação organizacional.

2.2.3 Comunicações internas e externas

O nível de progresso de uma empresa está intimamente ligado à qualidade de suas

comunicações escritas, internas e externas. A comunicação é, efetivamente, a vida dos

negócios. Entende-se que a comunicação interna causará efeitos positivos ou negativos na

comunicação externa da organização, e essa, por sua vez, exercerá influência direta na

imagem da empresa perante o mercado em que atua.

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A comunicação interna das organizações, apesar de ser um tema ainda recente,

historicamente pode-se dizer que tem sua origem por volta de 1920 quando algumas empresas

identificaram a necessidade de que seus executivos aprendessem a falar mais adequadamente.

O crescimento dessa preocupação com a comunicação organizacional ocorreu juntamente

com o desenvolvimento da psicologia industrial, social e com as Teorias da Organização,

principalmente, com as Teorias Sistêmicas, que consideram a comunicação como seu

elemento fundamental, lembra Marín (1997).

Afirma Mattelart (1999) que os sistemas de comunicação contribuem para que a

empresa torne-se competitiva, devido ao fato de que suas atividades são realizadas por

pessoas e que a política de comunicação adotada pela organização irá influenciar no

desempenho dos mesmos; em outras palavras, as pessoas atuarão de acordo com as

informações que recebem, podendo ou não provocar conflitos.

Nessa perspectiva, Pretto (2000, p. 25), acerca da comunicação interna e externa,

assegura que ela “promove mudanças que podem ser direcionadas positivamente ou não,

conforme a capacidade de entendimento ou divergências das partes em interação". Kaspary

(1994, p. 13) afirma isso definindo a comunicação interna sendo

aquela trocada no âmbito da própria empresa, entre todos os níveis de autoridade e entre todas as partes a organização[...]e externa é aquela trocada entre a empresa e quaisquer pessoas ou entidades com as quais ela deva ou deseje relacionar-se, com a finalidade de promover os interesses a que visa seu ramo de atividades.

Portanto, a comunicação interna permite à empresa ter consciência de si mesma,

adaptar-se ao ambiente e utiliza-se de linguagem que se aproxima de níveis informais. Nesse

sentido, não se deve utilizar preciosismos e tampouco terminologia excessivamente técnica

em documentos. Por outro lado, a externa possibilita a realização de negócios. Segundo

Medeiros e Hernandes (2003, p.227), a organização de uma empresa depende basicamente do

fluxo de informações relacionadas com as pessoas, interna e externamente, e sobre ela. Uma

empresa, para ser eficaz, depende de seus padrões de comunicação atuais ou passados, tanto

internos como externos.

Medeiros e Hernandes (2003, p. 227) ainda dizem que

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o sucesso de uma empresa depende em grande parte das transações de comunicação que deve haver entre seus membros e dos membros com o ambiente externo. O administrador que não transmite informações, que não comunica seus objetivos a seus subordinados, que não avalia a efetividade de sua comunicação não pode esperar desempenho positivo de sua empresa.

O memorando, o relatório, a correspondência interna, o requerimento, entre outros são

documentos que podem ser classificados como internos, bem como o e-mail. Este último

juntamente com a carta, a declaração, o telegrama, o fax e o atestado, por exemplo, compõem

o âmbito da comunicação externa de uma organização. Constatada a importância evidente das

comunicações internas e externas de uma empresa e a variedade de textos1 que as compõem,

faz-se necessário defini-los a partir de uma estrutura formal e padronizada.

2.2.3.1 Documentos internos

Os documentos internos consistem em informações escritas que obedecem a certas

regras formais que visam instruir e facilitar o processo decisório. Além disso, permite à

empresa ter consciência de si mesma, adaptando-se ao ambiente.

Conforme Beltrão (1993, p. 264), o memorando “destinava-se inicialmente a tratar de

parte de assunto focado em mensagem anterior, passando depois a ser empregado para

veicular mensagem menos solene e de poucas palavras, avisos e informações breves”.

Caracteriza-se pela simplicidade, rapidez, clareza e concisão. Na verdade, utiliza-se de uma

linguagem que se aproxima de níveis informais. Não se deve, portanto, usar preciosismos e

tampouco terminologia excessivamente técnica em memorandos ou comunicados internos.

Segundo o mesmo autor, a correspondência interna assemelha-se ao memorando e é

aquela trocada no âmbito da própria empresa, entre todos os níveis de autoridade e entre todas

as partes da organização.

1 Como o universo organizacional apresenta uma variedade de documentos, optou-se por apenas definir uma amostra de modelos de textos que circulam nesse ambiente, não se exclui, pois, os demais. No item 2.6 a 2.8, apresentam-se, mais detalhadamente, os modelos de documentos e correspondências que fazem parte das atividades escritas da Clínica da Pele.

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Diz Medeiros (2003, p. 229) que “relatórios são comunicações produzidas pelos

membros de uma organização, desde que requeridos ou utilizados pelos administradores”.

Fala, também que eles podem ser uma simples carta ou memorando, ou, ainda, uma

conferência, um quadro, um gráfico, uma tabela. O relatório menos freqüente é o formal, ou

seja, aquele que é digitado e impresso.

No que diz respeito ao requerimento, Beltrão (1993, p. 309) define-o como

“instrumento que serve para solicitar algo a uma autoridade pública. Por extensão, é todo

pedido encaminhado, por escrito ou verbalmente, a uma autoridade do serviço público”.

É um documento de condição ou funcionalidade requerido por um usuário para

resolver um problema ou atender determinado pedido.

Esses documentos são de suma importância à empresa, pois reportam e disseminam

informações. Além deles há, também os documentos externos que possui mesma importância,

sendo ressaltados a seguir.

2.2.3.2 Documentos externos

Os documentos externos, também, consistem em informações escritas que permitem a

realização de negócios. São realizados da empresa para fora e vice-versa.

A carta é considerada um documento de correspondência que tem por finalidade

transmitir determinada mensagem e ficar como registro dessa mensagem. É um ato que se

caracteriza pela troca de informação, que, por sua vez, se caracteriza pela emissão e recepção

de mensagens. MEDEIROS (2003 p. 236).

Através da carta é possível ligar indivíduos distantes com a finalidade de manterem

uma troca de idéias. Sabe-se, claramente, que hoje em dia ela é considerada defasada devido

ao surgimento do e-mail que é um serviço mais rápido e mais barato, mas nem todas as

pessoas possuem, ainda, um computador ou têm conhecimento suficiente para enviá-lo. Dessa

forma sujeitam-se a utilizar a carta que é o meio de comunicação mais conhecido.

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De acordo com Medeiros (2003, p 278), a declaração “é a afirmação de um fato;

existência ou não de um direito. Tanto pode ser manifestada por escrito, como de viva voz.

Quando for por escrito é conhecida como documento”.

A declaração é uma prova escrita, documento, depoimento, explicação. Nela se

manifesta uma opinião, conceito, resolução ou observação.

O telegrama é um meio de comunicação empregado para o envio de mensagens curtas

de maneira rápida e em casos urgentes ou especiais. Considera-se uma mensagem telegráfica.

BELTRÃO (1993 p. 313).

O fax é uma modalidade de comunicação que possibilita a transmissão de informações

na forma original. Transmite e oferecem fotos, desenhos e textos, sobretudo, as mensagens

urgentes e o envio antecipado de documentos.

Conforme Medeiros (2003, p. 111) “o serviço de fac-símile proporciona a reprodução

de documentos em sua forma original (manuscritos, gráficos, quadros, tabelas, mapas). A

transmissão de textos não depende de manipulação prévia”.

O atestado segundo Flôres (2002, p. 67) “é o documento em que se declara algo. É

firmado por uma pessoa em favor de outra, atestando a verdade a respeito de determinado

fato”.

O E-mail conhecido por correio eletrônico é o serviço mais utilizado na Internet e

permite enviar e receber mensagens eletrônicas de forma rápida e barata. Por cada carta que

se envia pelos correios é necessário pagar um selo. Com o e-mail não é necessário pagar nada,

para além da ligação à Internet.

Apresentam-se, detalhadamente, os documentos internos e externos que são utilizados

pela empresa na qual se estuda. Para melhor adequação desses é apresentado seus aspectos

formais.

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2.3 O aspecto formal dos documentos utilizados na comunicação interna e

externa

Os documentos utilizados pelas empresas necessitam de cuidados relacionados à

redação e à sua conservação. Carecem de uma composição formal e de uma estrutura

uniformizada. Para entender melhor, esses devem ser redigidos em uma linguagem atual,

simples e espontânea, despida de artifícios inúteis e de palavras inexpressivas. Ao mesmo

tempo, a serviço de uma redação clara e simples, deve estar uma apresentação impecável, que

leva em conta a funcionalidade que impera no mundo dos negócios.

Com relação a isso, Kaspary (1994, p. 29) afirma que

um documento não comunica idéias, de forma eficaz, somente pelo seu conteúdo, pela propriedade de seus termos e a clareza de construção da frase. A aparência formal é um papel relevante, se esta não for atrativa, agirá negativamente, com prejuízo para a transmissão e aceitação da mensagem que veicula.

Se qualquer registro formal, produzir uma primeira impressão favorável, pela sua

aparência, o leitor se predisporá favoravelmente ao seu conteúdo, pois eles são extraordinários

agentes e relações públicas para a empresa.

Segundo Medeiros (2003, p. 249), “a linguagem utilizada é a burocrática; o código

verbal é o mesmo, as palavras são as mesmas, mas a redação se reveste de certas formalidades

que são peculiares ao meio”.

Existem outros fatores que contribuem para tornar mais agradável a aparência dos

documentos.

Kaspary (1994, p. 32) reforça que

o texto deve ser distribuído simétrica e harmoniosamente no papel. As margens e os espaços devem ser bem proporcionados, e os destaques oportunos e discretos. A impressão das letras deve ser parelha, ou seja, todas devem ter a mesma densidade de tinta. Letras rebatidas, borrões e rasuras são outros elementos que influem negativamente em qualquer mensagem escrita.

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Além da aparência do texto, é necessário disciplinar o uso de expressões e fórmulas,

aconselhando determinados fechos em lugar de outros que se apresentam demasiadamente

prolixos. Deve-se preocupar, também, com o uso repetições, chavões, clichês, frases forçadas

e sem nenhum proveito.

A prática não se constitui em aprendizado seguro para redigir com eficiência, ou seja,

alcançar o objetivo previamente estabelecido, visto que ela pode contribuir para a fixação de

formas inadequadas de comunicação.

Segundo Medeiros (2003, p. 249), “há necessidade de procurar continuamente novos

caminhos, aplainar os já trilhados para se alcançar eficácia na correspondência oficial ou

particular”.

A correspondência oficial é considerada, em sentido amplo, como redação técnica

assumindo um caráter pragmático e utilitário, onde as palavras têm significados precisos,

caracterizadores de idéias ou fatos. De um lado, a ausência de preocupação com a precisão

vocabular, na maioria das vezes, gera equívocos, conflitos, prejuízos; de outro lado, o uso do

código fechado favorece uma comunicação clara e objetiva (MEDEIROS, 2003, p. 250).

Apresentou-se, de forma generalizada, a formalização dos documentos que é

imprescindível, principalmente, para a empresa que se estuda. Com essa formalização, requer

inovar e adequar alguns dos seus documentos que não seguem uma padronização difundida e

clara.

No item, a seguir, explanar-se-ão alguns fundamentos voltados à qualidade da redação,

a fim de se melhorarem esses registros.

2.4 Qualidade da redação empresarial

A redação empresarial deve primar pela correção, cuja ausência compromete o

perfeito entendimento e desempenho de qualquer comunicação escrita.

De acordo com Gold (1999, p. 4), a comunicação empresarial

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tem como princípio fundamental uma resposta objetiva àquilo que é transmitido. A essa característica dá-se o nome de eficácia. Então, na correspondência empresarial, na qual o cliente será sempre o destinatário, é para ele que é redigido o documento e é ele quem deve dar essa resposta à mensagem. Se o cliente der a resposta que se espera, o texto foi eficaz: se não, o texto tem de ser obrigatoriamente repensado e reescrito.

Em vista disso, é necessário ter noção de eficácia e aplicá-las a todos os textos escritos

com a função de transmitir uma mensagem empresarial.

Segundo Kaspary (1994, p.16), os textos escritos no contexto empresarial necessitam

apresentar, de modo especial, as seguintes qualidades:

• Clareza: As mensagens claras oferecem pelo menos duas vantagens: não irritam o

destinatário, que as entende sem maior esforço, e, que é mais importante,

garantem ao remetente a resposta pretendida, em termos de reações ou atitudes.

• Concisão: Mensagens concisas, isto é, rápidas, contribuem para que o homem de

negócios tire o máximo proveito de seu tempo. Em nome da concisão, é claro, não

se devem sacrificar as idéias importantes nem eliminar as considerações

pertinentes. O ideal está no perfeito equilíbrio entre os dados que se pediram e

aqueles que se oferecem.

• Precisão: A precisão refere-se não somente à quantidade das informações, como,

também, à sua perfeita expressão. Necessita-se de palavras precisas e informações

indispensáveis.

• Coesão: Todas as partes da mensagem devem guardar relação entre si. Para isso,

não se deve avançar aos saltos e retroceder para completar idéias que se deixaram

incompletas em parágrafos anteriores. A coesão faz com que o leitor entenda mais

facilmente a mensagem, fazendo-o sentir como que levado pela mão, através dos

diversos parágrafos, até o final do texto.

• Naturalidade: A linguagem da redação empresarial deve ser simples, espontânea

e natural. Linguagem natural é aquela cujos termos são compreendidos e

empregados pelas pessoas de cultura média no seu trato diário.

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• Cortesia: É fundamental que as mensagens sejam redigidas numa linguagem

cortês. A cortesia não consiste em amabilidades ilógicas, frias e convencionais

maquinalmente lançadas no papel. Ela se manifesta, por um tom humano, amável

e sincero, que se identifica em toda a extensão da mensagem.

Além dessas qualidades existem, ainda, outras que são comumente difundidas como

próprias da redação empresarial: a correção, a expressividade, a harmonia, a motivação, a

objetividade, a oportunidade, a originalidade, a persuasão, a polidez, a propriedade e a

unidade (MEDEIROS, 1993, p. 39).

Para a produção de textos precisos e claros, é importante saber que dessas qualidades

citadas as mais requisitadas são a correção, a originalidade e a precisão, as demais são

consideradas conseqüências dessas.

Um texto qualificado é aquele visto sem vícios, ou seja, procedimentos adotados ao

longo do tempo que acabam tornando-se hábitos na redação empresarial, que muitas vezes,

não ajudam a correspondência, mas sim fazem dela uma inscrição pesada e ultrapassada, sem

eficácia para atingir o destinatário.

Nesse emaranhado de fundamentos que englobam aspectos formais e qualidades numa

redação, completa-se esse item com as normas e os padrões de linguagem apropriados à

documentação de uma empresa, seguindo da apresentação dos seguintes modelos de

documentos: os formulários ou fichas de clientes, o atestado, o e-mail, a declaração médica e

a agenda.

2.5 Padronização de formulários

O formulário é um meio indispensável de comunicação, transmissão e registro de

informações, por isso merece especial atenção. Por sua clareza e conteúdo, esse instrumento

contribui de forma fundamental para uma administração eficiente e eficaz. São de grande

importância a determinadas empresas ressaltando a que está em estudo. É um recurso que

logra uniformidade angaria informações necessárias ao processo decisório.

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O formulário pode ser definido ainda como

um instrumento administrativo composto de palavras, espaços ou campos, linhas e colunas, que obedece a um formato constante da tabela de medidas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. (SANTA CATARINA, 2002, p. 213)

Para Medeiros (2003, p.231), “formulário é um conjunto de fórmulas adotadas para

orientação de quaisquer atos”.

Significa dizer, segundo Medeiros, um conjunto de palavras ou modelo de texto em

que são redigidos determinados documentos. É uma forma já estabelecida para certificar,

executar e resolver algo com palavras precisas e determinadas pelo uso.

Conforme Beltrão apud (MEDEIROS, 2003, p. 231),

os formulários passaram a ser o pavor de contribuintes, associados e clientes. Há formulários que pedem seu nome invertido, formulários com muitos brancos inúteis, formulários para declarar sob juramento e para jurar em vão, brancos com espaços para não escrever, espaços do tamanho de uma pulga pigméia para um resumo da história do declarante.

O formulário é um elemento do sistema de informações. Esse é apoiado em

documentos cuja clareza, formato e conteúdo tornam eficientes e eficazes, contribuindo

fundamentalmente para o bom funcionamento do sistema.

Ao elaborar um formulário é necessário preocupar-se com a informação que se deseja

obter e com o uso desse dado.

• Formulário de uso interno: é o que circula dentro de um ou mais órgãos da mesma

instituição.

• Formulário de uso externo: é o que circula entre órgãos de diferentes instituições.

Formulário Específico: é o utilizado para controle de uma atividade própria de órgão

ou instituição. Esse tipo de formulário é usado como prontuário médico. O modelo utilizado

na Clínica da Pele pode ser chamado também de Ficha Médica. É um modelo de documento

feito manualmente pelas secretárias. Apresenta-se nele nome completo, naturalidade, estado

civil, data de nascimento, endereço, cep, cidade, telefone, convênio e indicação do paciente

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que estará sendo atendido. Após esse preenchimento é feito o registro salutar, onde consta o

diagnóstico e as prescrições médicas. (ANEXO A). Por fim, guarda-se num envelope onde

consta o nome completo do paciente facilitando, assim, a busca do prontuário no arquivo.

Esse é detalhado de maneira mais clara no próximo tópico.

2.5.1 Prontuário médico

O prontuário médico é o conjunto de documentos padronizados e ordenados, onde

devem ser registrados todos os cuidados profissionais prestados aos pacientes e que atesta o

atendimento médico a uma pessoa numa instituição de assistência médica ou num consultório

médico. É também o documento repositório do segredo médico do paciente.

É constituído por:

Ficha clínica com as seções: identificação, anamnese (queixas, antecedentes, história

mórbida pregressa e história da doença atual), exame físico, hipótese(s) diagnóstica(s) e plano

terapêutico;

Exames complementares: exames laboratoriais, exames anátomo patológicos,

exames radiológicos, ultra - sonográficos, etc,

Folha de evolução clínica;

Folha de pedido de parecer (que também podem ser feitos na folha de prescrição e

respondidos na de evolução clínica);

Folha de prescrição médica, que no prontuário em uso está logo após o quadro TPR

(temperatura, pulso, respiração), podendo conter relatório de enfermagem ou este ser feito em

folha separada,

Quadro TPR (temperatura - pulso - respiração) é a primeira folha do prontuário

quando em uso, e,

Resumo de alta / óbito.

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O prontuário médico corretamente preenchido é, e efetivamente tem sido, a principal

peça de defesa do médico nos casos de denúncias por mau atendimento com indícios de

imperícia, imprudência ou negligência, ou seja, na presunção da existência de erro médico.

O prontuário médico é o primeiro documento que a polícia, a Justiça e o próprio

Conselho solicitam aos hospitais/médicos denunciados para apreciação dos fatos da denúncia.

2.5.2 Funções dos formulários

As principais funções dos formulários, segundo a Associação Brasileira de Normas

Técnicas – ABNT –, são:

Uniformidade e padronização aos procedimentos inerentes à área administrativa e

técnica de cada órgão público; segurança aos usuários, pois não podem ser alterados sem o

controle da Gerência de Documentação; economia de tempo e recursos financeiros; garantia

do valor legal a determinadas operações ou concessões realizadas pelo órgão; estabelecimento

dos dados e informações que merecem registro e processamento.

Tem-se facilidade no controle das funções atribuídas às unidades organizacionais;

impedimento de escrituração repetitiva; facilidade no fluxo de informação, circulação

eficiente de dados e informações entre as diversas unidades organizacionais; facilidade no

tratamento dos dados e informações.

Além dessas funções é necessário conhecer, também, a maneira como se preenche um

formulário, garantindo mais eficiência no local de trabalho.

O modelo de formulário adequado, conforme ABNT (2002, p. 216), é aquele que

segue as normas a seguir.

O formulário deve conter espaço suficiente para registrar as anotações; carece manter

entre as linhas a distância conveniente ao preenchimento mecânico ou manual; precisa

estabelecer uma seqüência racional para o registro de anotações; necessita dispor de

elementos e títulos principais para facilitar a guarda e o arquivamento e deve realçar os

elementos e títulos principais para assegurar a impressão nítida de toda a matéria.

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Dessa maneira, é possível estabelecer um documento adequado e primoroso à

empresa.

2.6 Padronização do atestado

Existem documentos utilizados em algumas empresas com apenas o desígnio de

afirmar ou expor informações. Considera-se o atestado como um desses e por ser empregado

na organização na qual se estudada ele é mencionado (ANEXO B).

Segundo Flôres (2002, p. 67), “atestado é o documento em que se declara algo. É

firmado por uma pessoa em favor de outra, atestando a verdade a respeito de determinado

fato”.

O atestado difere da declaração porque esta pode ser firmada pela pessoa em favor de

si própria, e difere da certidão porque ele se refere a fatos transitórios, enquanto que a certidão

se refere a fatos permanentes, registrados em livros ou em boletins ou em outros documentos.

2.6.1 Partes do atestado e sua disposição no papel

O atestado é um documento importante que precisa de muito cuidado quanto a sua

disposição, assim ressaltam-se os seus componentes. Segundo Flôres (2002, p. 19), os

elementos que compõem o ofício são:

• Timbre: deve estar impresso no alto da folha.

• Título: ATESTADO, grafado em maiúsculas, abaixo do timbre, centrado na folha,

deixando espaço de 10 linhas entre ele e o timbre.

• Texto: inicia em parágrafo, três espaços abaixo do título, e se constitui de um único

parágrafo. Há duas variáveis de texto: a primeira inicia com o verbo atestar na 1ª

pessoa do singular- Atesto -, quando uma só pessoa assina; ou na 1ª do plural-

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Atestamos-, quando mais de uma pessoa assina; é seguido pela finalidade do

documento, definida e não vaga(não se usa a expressão “para os devidos fins”);

pelo nome do interessado; pela indicação do fato a ser atestado. A segunda

variável inicia com o nome e o cargo da pessoa que assina o atestado, seguidos do

verbo atestar na 3ª pessoa do singular (ou do plural) e dos elementos

anteriormente citados.

• Localidade e data: são centralizadas à direita da folha e dois espaços abaixo do

texto.

• Assinatura: necessita-se de quatro espaços abaixo da data, acima do nome

datilografado somente com as iniciais maiúsculas.

2.6.2 Atestado médico

Segundo o Manual de Orientação Ética e Disciplinar, os atestados médicos são

documentos oficiosos, isto é, são documentos que podem ser contestados.

Diz ainda, o Código de Ética Médica que o atestado médico é parte integrante do ato

médico, sendo o seu fornecimento direito inquestionável do paciente, não importando em

qualquer majoração de honorários.

Na emissão de atestados, deve-se evitar o clássico início "atesto para devidos fins...".

Tal exemplo permite que o mesmo atestado seja utilizado para qualquer fim, uma vez que não

está delimitado seu uso. Ao invés disso, deve-se determinar para que fim é o atestado, como

por exemplo "atesto para fins trabalhistas...". Tais atestados e declarações devem ser feitos

com cópia carbonada a ser arquivada no prontuário do paciente.

A contestação aludida é fruto da subjetividade intrínseca do atestado médico, ou seja,

o médico atesta a sua opinião sobre o estado do paciente, a qual pode não ser

obrigatoriamente a opinião de outro médico.

Quando um médico atesta que o paciente necessita tantos ou quantos dias para sua

recuperação, ele expressa um juízo de valor, segundo a aplicação dos conhecimentos

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científicos que possui para o caso. No entanto, poderá haver outro médico que, sem contestar

o conteúdo do documento em questão, conclua diferentemente sobre o prazo a conceder.

A contestação exige o reexame do estado mórbido atestado, sendo feita por uma junta

médica, não visando contestar o documento em si.

O profissional que vulgariza o atestado médico, faltando com a verdade por não ter

praticado os atos médicos atestados, causando prejuízos às empresas, ao governo e a terceiros,

está sujeito às penas da Lei por praticar ato antiético, ilícito civil e crime. O beneficiado por

atestado falso ou inidôneo também comete crime doloso.

2.7 Padronização da declaração

Declarar é dar a conhecer, esclarecer, explicar!

Código de Ética Médica, Art. 6º - parágrafo único.

A declaração é um documento necessário em algumas empresas e, também, como o

atestado, utilizado na empresa investigada neste estudo (ANEXO C).

Segundo Medeiros (2003, p.278), declaração significa a afirmação de um fato;

existência ou não de um direito. Tanto pode ser manifestada por escrito, como de viva voz.

Quando for por escrito, a declaração é conhecida como documento. Entretanto, quando a

declaração provém de alguma autoridade, recebe várias denominações, conforme o caso.

A declaração é prova escrita, documento, depoimento, explicação. Nele se manifesta

uma opinião, conceito, resolução ou observação. Seu emissor pode ser pessoa física ou

jurídica (empresa, entidade).

Kaspary (1994, p. 210) destaca que “para que a declaração possa servir de prova, é

necessário que o declarante, além de ter conhecimento do fato ou direito cuja existência ou

inexistência afirma, tenha capacidade e liberdade de afirmativa”.

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A declaração pode ser substituída pelo atestado.

2.7.1 Partes da declaração

Para maior eficiência, ao preencher uma declaração é importante que se considere os

seguintes componentes:

• Título – Declaração (de preferência em caracteres maiúsculos),

• Texto – Objeto da declaração. Pode-se mencionar a pedido de quem e para que fins

a declaração é feita. Na emissão de declarações deve-se evitar o clássico início

"declaro para devidos fins (...)". Tal exemplo permite que a mesma declaração seja

utilizada para qualquer fim, uma vez que não está delimitado seu uso. Ao invés

disso, deve-se determinar para que fim é a declaração.

• Local e data,

• Assinatura – Escreve-se o nome e, se for o caso, o cargo ou a função do declarante.

Essas informações são de suma importância para a análise da declaração da empresa

Clínica da Pele. Além dessas é necessário, também, os conhecimentos relativos à declaração

médica que é documento específico da Clínica e relatado a seguir.

2.7.2 Declaração médica

As declarações de comparecimento aos serviços médicos, sejam governamentais ou

privados, não podem jamais ser confundidas com atestados médicos por quem quer que seja.

Essas comunicações escritas apenas dizem que o paciente ou seu responsável (no caso

das crianças ou outros dependentes) compareceu à consulta naquele dia e devem conter a

expressão "Declaração" e iniciar dizendo "Declaro, a pedido da parte interessada, que...".

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Alguns médicos ao datar a declaração colocam também o intervalo horário do atendimento ou

expressões como "nesta manhã", "nesta tarde", etc.

2.8 Padronização da agenda

A agenda é um documento utilizado para registrar diversas informações, tendo por

finalidade organizar todos os compromissos assumidos pelo executivo e pela secretária. Ela é

de grande importância para o bom desempenho do trabalho, sendo considerada por muitas

secretárias como sua memória-viva. Diariamente ela deve checar as agendas, verificando se

ambas estão compatibilizadas e atualizadas.

Conforme Medeiros e Hernandes (1995, p. 62), “a agenda é o livro em que se anotam

compromissos, despesas, atividades, datas, horários”.

Todas as tarefas, listadas pela secretária, que terão de ser realizadas no dia-a-dia de

uma empresa, a estas anotações e planejamento denomina-se agenda. Isso faz com que

aumente a eficiência, possibilitando organizar e lembrar dos compromissos.

Segundo Azevedo e Costa (2002, p. 53), para que a agenda funcione como um ponto

de apoio tanto para a secretária como para o executivo, é necessário que os dois marquem um

horário diário a fim de programar os novos compromissos e checar os antigos.

Se na empresa, a secretária tiver sua agenda e o executivo outra, é importante que a

mesma compare constantemente a agenda dele com a dela, fazendo as devidas adaptações

precisas, para que não haja problemas.

Existem certas particularidades dos executivos, que precisam ser levadas em conta

pela secretária, ou seja, recomenda-se não marcar compromissos com pessoas que ele não

gostaria de receber, é importante confirmar por telefone todos os compromissos assumidos,

procurar sugerir horários e não deixar que o interessado marque o horário, obter o número das

pessoas que está assumindo um compromisso, anotar todos os compromissos constantes da

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agenda de seu executivo, informar todas as manhãs, por meio de lista, os compromissos do

dia (MEDEIROS e HERNANDES, 2003, p 67).

Além dessas peculiaridades da secretária, há, também, outros detalhes que não podem

ser esquecidos numa agenda, muitas vezes, esses pormenores fazem a diferença, ou seja,

sempre que o executivo solicitar sua presença, tenha a agenda à mão, pergunte e informe o

executivo dos novos compromissos a serem agendados, anote datas comemorativas, lembre o

executivo dos compromissos agendados com antecedência (AZEVEDO e COSTA, 2002, p.

54).

Enfim, para que a secretária trabalhe corretamente com a agenda, ela antes de tudo,

deve traçar prioridades e objetivos, garantindo, assim, eficiência em seu trabalho. Além

disso, é importante saber lidar com a agenda, seja essa, manual ou informatizada, sendo,

assim, flexível às atividades. Entretanto, nem todas as empresas são informatizadas, mas a

tendência de se utilizar tecnologias com o intuito de agilizar o serviço e diminuir o custo é

cada vez maior. Dessa forma, apresenta-se a agenda eletrônica, considerada uma tecnologia

eficiente no trabalho diário de qualquer empresa.

2.8.1 Agenda eletrônica

O computador tem se transformado num equipamento viável de automação do

escritório. Já existem, diversas ferramentas que executam as mais variadas atividades numa

empresa que possibilitam vários benefícios como o aumento da produtividade e a qualidade

do serviço realizado.

A agenda eletrônica é considerada uma dessas ferramentas que permite ao usuário

estabelecer uma agenda diária, semanal e mensal, em alguns casos, até anual, no computador.

Segundo Hernandes e Medeiros (1995, p. 109), “a agenda eletrônica determina níveis

de prioridade dos compromissos, contém calendários e relógio e pode totalizar compromissos

financeiros e transferir compromissos não cumpridos”.

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Sabe-se que nem todas as empresas investem em sistemas eletrônicos em virtude dos

custos de implantação serem bastante altos. Futuramente, como todos os equipamentos, a

tendência é reduzir esses mesmos custos, devido aos novos aparelhos criados, assim,

permitindo-se a obtenção desses instrumentos.

2.8.2 Agenda médica automatizada

A agenda médica automatizada (ANEXO E) é um artifício para otimizar o trabalho

médico, permitindo a visualização de seus pacientes agendados, controle de sala de espera,

por ordem de chegada ou por horário. Plano de horários de agendamento individualizado por

profissional ou Centro de Serviço. Além do planejamento geral para cada dia da semana,

pode-se ter planos de horários diferenciados para cada enésimo dia da semana dentro do mês.

Permite também o controle de pacientes internados com identificação do hospital, enfermaria,

leito, data de internação.

O acesso ao cadastro pode ser feito pelo nome, sobrenome ou número de prontuário do

paciente. Recursos para procurar pacientes por termos existentes em qualquer dos campos de

cadastro: nome, endereços, telefones, filiação, observações, comentário, etc.

A critério do cliente, as agendas podem ser agrupadas em Profissionais e Centros de

Serviço, ou ainda por Especialidade Médica. Há os recursos para bloqueio de horários ou dias

inteiros em que o profissional decide suspender seus agendamentos. Possui, também,

mecanismo para buscar o próximo dia com horário livre na agenda de um profissional ou

centro de serviço. Controle de lista de espera individualizado por profissional.

Alerta automático para existência de pacientes em lista de espera quando da liberação de

horário na agenda.

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2.9 Padronização do e-mail

Nos dias de hoje é fundamental para qualquer profissional estar em contato com uma

diversidade de pessoas, sejam elas, clientes, amigos, parentes, fornecedores, entre outras.

Sabe-se que atualmente através da Internet é possível, rapidamente, manter-se conectado a

alguém.

Segundo Demétrio (2001, p. 41), o e-mail é a aplicação campeã de uso da Internet,

hoje e sempre. Com ele é possível trocar mensagens de modo quase instantâneo entre pessoas

que possuam um endereço eletrônico. Acredita-se que esse meio de comunicação entrou na

vida pessoal e profissional das pessoas para ficar, pois já é considerado o mais utilizado por

todos.

Segundo Azevedo e Costa (2002, p. 184), o e-mail

é um recurso utilizado na Internet que envia e recebe mensagens. Ao fazer uma assinatura de acesso à Internet, adquire-se, também, um e-mail (eletronic mail - correio eletrônico), que nada mais é do que seu endereço particular na rede para envio e recebimento de mensagens”.

Conforme, o mesmo autor, o e-mail funciona como se fosse uma caixa postal. A

mensagem é enviada a um endereço, e para receber a mensagem deve-se conectar ao

provedor. Para preservar os arquivos que são recebidos é necessário, se possível, instalar um

antivírus para não trazer problemas ao computador como travamento, espiões, lentidão, entre

outros.

O e-mail, além de ter toda essa facilidade, permite enviar e receber mensagens

eletrônicas de forma rápida e barata. Com ele não é necessário pagar nada, somente o impulso

do telefone utilizado quando ligado à Internet. É considerado um documento externo e, como

os outros, é muito importante para a Clínica.

Diante da tarefa de enviar ou responder um e-mail, é importante considerar que

escrever é um processo que envolve variadas etapas. Deve-se iniciá-lo fazendo uma coleta dos

dados que deseja transmitir a seu correspondente, procurando pensar sobre tais informações.

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Não se deve, jamais, ser apressado a pôr-se a escrever imediatamente, os impulsos, nesses

momentos, devem ser controlados (MEDEIROS e HERNANDES 2003, p. 325).

Logo após, concluída essa etapa, é necessário considerar o fato mais importante que

tem em vista comunicar e qual é o seu objetivo. É primordial, construir um texto simples, sem

muitas complexidades, ou seja, de fácil compreensão. O importante é comunicar um

pensamento, tornando comum ao que se deseja que a pessoa correspondente entenda. Na

verdade, quando se fala em texto simples, não significa, necessariamente, um texto pobre ou

que contenha erros, mensagens mal escritas transmitem uma imagem muito ruim a pessoa que

escreveu e a própria empresa.

É preciso ter muito cuidado com relação à redação do texto que é enviado, para que

não haja problemas como esse. Para suprir esses problemas é essencial escrever com clareza,

procurando apresentar idéias em ordem direta: sujeito mais verbo mais complemento, usar

poucos adjetivos e advérbios, transmitindo idéias que devem ser emitidas por substantivos e

evitar construir mensagens literárias com muitas metáforas de difícil de codificação,

vocabulário raro, períodos intermináveis e incompreensíveis pelo deslocamento do sujeito ou

do predicado. (MEDEIROS e HERNANDES, 2003, p. 326).

O segredo da comunicação eficaz está no uso das palavras, ou seja, deve-se escolhe-

las e examiná-las com cuidado.

Após tratar, detalhadamente, acerca do aspecto formal dos documentos e

correspondências utilizadas na comunicação interna e externa da empresa, apresenta-se, na

seqüência, a comunicação organizacional que é considerada essencial no âmbito empresarial.

2.10 Comunicação organizacional

O ato comunicativo tem aplicação em todas as funções administrativas, mas é

particularmente importante na função de direção, pois representa o intercâmbio de

pensamento e de informações para proporcionar compreensão mútua e confiança, além de

boas relações humanas.

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A comunicação organizacional envolve troca de fatos, idéias, opiniões ou emoções

entre duas ou mais pessoas e é também definida como inter-relações por meio de palavras,

letras, símbolos ou mensagens e como um meio para o participante de uma organização

partilhar significado e compreensão com outros (CHIAVENATO, 2000, p. 324).

Para Melo (2002, p.51), o destaque no processo de expressão e recepção de idéias

dentro da empresa é dado pelas maneiras informais e formais de comunicação.

A maneira informal é aquela que trata de assuntos de interesse comum, sem restrições

ao que dizem um ao outro. É denominada como rumores, rede de boatos, ou ainda,

informações de bastidores. Por exemplo: os corredores, os refeitórios em qualquer ocasião em

que as pessoas se encontrem em grupos. Não é fácil evitá-la, porém, atende a muitos

propósitos, pois ela não acontece pelos canais formais, mas, esse tipo de comunicação se faz

necessário ao sistema de comunicação organizacional.

Quando a fluência das informações é aberta e simples, atenta às divergências e

possibilita argumentação, ela proporciona um futuro bem sucedido à organização.

A formal já obedece a um sistema mais rigoroso sendo aquela feita através de

documentos oficiais. É deliberadamente planejada e formalmente representada, em alguns

aspectos, pelo organograma. Ela dá ênfase a posições em termos de autoridade e

responsabilidade. Pode ser encontrada em todos os documentos da empresa (comunicados,

instruções, manuais de procedimentos ou organização).

A comunicação formal e a informal podem suplementar-se mutuamente, ou seja,

normalmente, a comunicação formal é utilizada para se oficializar um fato que já foi

comunicado através da comunicação informal.

Quanto aos processos de comunicações na organização é necessário avaliar e

reestruturá-los, pois constituem um fator crucial para que os administradores redirecionem as

estratégias organizacionais na busca de oportunidades de crescimento e inovação

organizacional.

Drucker (1998, p. 491) informa que

hoje em dia, é maior o empenho em estabelecer comunicações, e se verifica a existência de certa fartura de meios de comunicação, nunca imaginável para quem,

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por volta da Primeira Guerra Mundial, começava a dedicar-se aos problemas das comunicações no interior das organizações. Como fator de gerenciamento as comunicações passaram a constituir uma grande preocupação dos estudiosos e dos praticantes de todas as instituições empresariais.

Dentro de uma organização, a comunicação escrita é parte importante nos

procedimentos burocráticos, pois dessa forma pode-se atingir um número de pessoas amplos e

dispersos, porque nem sempre é possível falar pessoalmente, então, o papel substitui a

conversa pessoal.

O processo de transmissão escrito pode acontecer de muitas formas em uma empresa,

como em cartas, memorandos, relatórios e avisos. Todas essas formas são necessárias na

comunicação organizacional para passar informações, ordens e instruções que fluem

continuamente dos funcionários superiores da organização para os inferiores (e vice-versa) de

departamento para departamento, e é dentro dessa estrutura que a comunicação escrita deve

acontecer com habilidade.

A comunicação oral possui maiores possibilidades de sobrevivência do que a escrita.

Seria difícil, para não dizer utópico, supor que algum outro sistema venha a ocupar, no futuro,

o lugar da fala, tornando-a inútil ou obsoleta, pois a fala é universal, e independente do grau

de desenvolvimento alcançado por um povo. Já a escrita não o é. Prova disso, é que não existe

nenhum povo que não fale, porém há muitos povos que não conhecem nenhum sistema de

escrita.

Na organização, a comunicação falada acontece normalmente de forma flexível e

informal, porém, as palavras usadas devem sempre ser bem escolhidas. Elas podem confundir

os interlocutores, ou serem causas de antagonismos, pois cada vez que uma pessoa toma a

palavra, procura exprimir e comunicar uma imagem de si mesma.

A comunicação eficaz é absolutamente essencial para o sucesso gerencial e

organizacional. Se um gerente não conseguir se comunicar adequadamente com seus

subordinados, as funções gerenciais terão pouco sucesso. A comunicação serve de ponte entre

a meta e a criação de padrões de desempenho e de realização do funcionário. Funcionários

que não compreendem aquilo que é esperado no local de trabalho têm poucas chances de

alcançar os resultados alcançados (STONER e FREEMAN, 1995, p. 388).

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Na verdade, cada pessoa tem de saber usar uma boa linguagem para desempenhar o

seu papel de indivíduo humano e de membro de uma sociedade humana. Não se pode admitir

que um instrumento tão essencial seja mal conhecido e mal manejado.

2.11 Fatores que influenciam a comunicação nas organizações

A comunicação nas organizações é fator primordial em todos os departamentos e

setores indiferente de ser um chefe ou de ser um subordinado. É considerada uma das

qualificações mais essenciais para o sucesso de uma empresa.

Para tanto, é imprescindível que se saiba identificar alguns fatores de grande

relevância que influenciam a comunicação nas organizações. Explanar-se-á, então, os canais

formais de comunicação, a estrutura de autoridade, a especialização do trabalho e a

propriedade da informação.

Lesikar apud (STONER e FREEMAN, 1995) apresenta esses fatores, a saber:

Quanto aos canais formais de comunicação é possível dizer que esses influenciam de

duas maneiras à eficácia da comunicação empresarial. Primeiro, eles cobrem uma distância

cada vez maior à medida que as organizações se desenvolvem e crescem. Um outro aspecto a

se considerar é a inibição do fluxo livre de informação entre os diversos níveis hierárquicos da

organização. A informação não transita igualmente por todos os níveis; o que se torna

positivo, por evitar que funcionários de nível mais alto fiquem à mercê de excesso de

informação e negativo, por impossibilitar que os funcionários tenham acesso a informações

que deveriam receber. (LESIKAR apud STONER e FREEMAN, 1995).

A autoridade como condição básica para a tarefa administrativa investe o

administrador do direito reconhecido de dirigir subordinados, para que desempenhem

atividades dirigidas pra a obtenção dos objetivos da empresa. A autoridade formal é sempre

um poder concedido pela organização ao indivíduo que nela ocupe uma posição determinada

em relação aos outros.

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De acordo com Lesikar apud (STONER e FREEMAN, 1995), “as diferenças de status

e de poder ajudam a determinar quem irá se comunicar confortavelmente com quem”. O

conteúdo e a exatidão da comunicação também serão afetados pela diferença de autoridade.

Desta forma, a conversa entre o presidente e um funcionário de escritório, por exemplo, pode

ser prejudicada pela provável tensão existente entre eles, o que poderá provocar significativa

alteração da informação veiculada.

Quando as pessoas exercem funções de mesmo nível hierárquico, a tendência é de

haver uma maior facilidade de comunicação, embora, por influência de outros fatores pode

tornar-se também deficiente.

Acredita-se que o papel de uma autoridade maior na hierarquia administrativa não é

interpretado, muitas vezes, de maneira consistente. A posição de um supervisor, por exemplo,

tem sido descrita de diversas formas, variando desde um “elo crítico” dentro da empresa até

um “mal necessário”, ou seja, se defronta com diferentes percepções (CHIAVENATO, 1936,

p. 581).

A especialização do trabalho constitui em uma maneira de aumentar a eficiência e de

diminuir os custos na empresa.

Segundo Chiavenato (1936, p. 576), “a especialização leva as pessoas a desenvolver

diferentes orientações de trabalho por causa do seu ambiente de trabalho”. Assim um

indivíduo que trabalha numa empresa, no setor de peças de carros, por exemplo, será

orientado para manusear e manipular esses artifícios, enquanto um vendedor da mesma

empresa, estará encaminhado, diretamente, para o trabalho com pessoas.

Conforme Lesikar apud (STONER e FREEMAN, 1995), a comunicação será

beneficiada se, mesmo que se dê entre “grupos diferenciados”, aconteça entre pessoas que

compartilham do mesmo trabalho; o que determinará o uso de linguagem comum (jargão),

tarefas comuns, objetivos comuns, facilitando a troca de informações. A comunicação entre

grupos altamente diferenciados, entretanto, provavelmente será inibida. Na especialização, a

divisão de tarefas é padronizada e simplificada.

Ofélia (1996, p.142) argumenta que o número crescente de especialidades

administrativas e de sua profissionalização teve por efeito multiplicar os jargões

especializados que, às vezes, transformam a empresa em uma verdadeira Torre de Babel. Se,

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de um lado tais línguas profissionais facilitam a comunicação no interior de cada

especialidade, por outro lado, aumentam as dificuldades de compreensão entre elas. Muitas

palavras não encontram equivalentes de uma profissão a outra, e palavras idênticas têm seu

significado variando de acordo com seu contexto profissional, e o conhecimento cultural de

cada um dos envolvidos no processo.

Quando os indivíduos possuem informações e conhecimentos especiais sobre o

trabalho, significa que têm propriedade de informação; pode-se dizer que esses indivíduos têm

Know-how, possuem informações e conhecimentos especiais na atividade que desempenham.

Esse domínio de informação pode ser usado estrategicamente como forma de poder, ou seja,

faz com que o indivíduo que disponha de habilidades e conhecimentos específicos do seu

trabalho, se sobressaia em relação aos seus pares. Muitos indivíduos com essas habilidades e

conhecimentos não querem compartilhar essas informações com outras pessoas. Em

decorrência disso, não acontece a comunicação totalmente aberta na organização. (LESIKAR

apud STONER e FREEMAN, 1995, p. 395).

Chiavenato (2004, p. 318) afirma que

quase sempre a comunicação organizacional funciona como um estrangulamento das mensagens e significados entre a administração e as pessoas. Nesse verdadeiro gargalo devem passar todas as comunicações dentro da organização.

Acrescentam-se, então, os tipos de comunicações, para que de tal forma a

comunicação seja aplicada de modo eficiente nas organizações.

2.12 Tipos de comunicação organizacional

O objetivo da comunicação organizacional interna é conseguir uma imagem positiva e

um clima adequado para que se conheça a filosofia da empresa, os produtos que fabrica, os

serviços que oferece, assim como os objetivos que persegue.

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Com o fundamento teórico dos autores Storner e Freemann (1995, p. 397) e Hampton

(1990, p. 255), serão enfatizados os principais tipos de comunicação organizacional

existentes.

A comunicação vertical caracteriza-se na comunicação para cima (comunicação

ascendente) e para baixo (comunicação descendente) na hierarquia de comando da

organização.

A comunicação ascendente é aquela, onde o processo comunicativo se inicia nos

níveis mais baixos da administração para os níveis mais altos. Quando em uma organização

há a necessidade de tomada de decisões, a comunicação ascendente se faz necessária, pois os

subordinados oferecem informações sobre o andamento e problemas do trabalho aos

superiores, e dessa forma, as decisões passam a ser tomadas. Muitas vezes, a informação é

vetada, ou não é anunciada. Essa comunicação acontece entre os subordinados e os seus

superiores.

Segundo os autores citados acima, o foco mais importante da comunicação para cima

(ascendente) é levar informações aos níveis superiores sobre as ocorrências que estão

acontecendo nos níveis mais baixos, promovendo a participação mais efetiva dos

colaboradores que podem sugerir idéias para a melhoria de processos de produção ou do

ambiente de trabalho. Ocorre por meio de reuniões periódicas, em grupos ou individuais,

através de relatórios, cartas, formulários, sugestões, explicações, pedidos que ajudam na

tomada de decisões e outros documentos escritos (STORNER E FREEMANN, 1936, p. 398).

A comunicação Descendente é uma modalidade de comunicação organizacional que

passa do ponto mais elevado da instituição até a base, e dessa forma, une dois ou mais níveis

de hierarquia. Ela pode ser executada por meio de telefonema, memorando, regulamento da

empresa, nota de serviço, instruções para tarefas, comunicados de política de vendas e

manuais da empresa. O que marca as comunicações descendentes é que elas são

pormenorizadas e específicas e são os superiores que delegam as tarefas, instruções e

avaliações dos funcionários. Pode ser feita através de reuniões em grupo ou individuais,

procedimentos, memorandos, comunicados internos e outros tipos de informes.

Uma forma de comunicação descendente é a instrução, pois ela permite mostrar a um

subordinado o que ele deve fazer. O principal objetivo da instrução é proporcionar eficiência

no desempenho das funções. As principais metas da comunicação vertical descendente

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visam aconselhar, informar, dirigir, instruir e avaliar os subordinados e dar respaldo aos

membros da organização sobre objetivos e políticas da organização. (STORNER E

FREMANN, 1936, p. 398).

A comunicação diagonal refere-se à comunicação com pessoa de igual status na

empresa, mas que trabalha e outros departamentos distintos.

Essas modalidades possuem algumas características consideradas primordiais nesse

processo: elas envolvem relações intergrupais, são irregulares, interferem nas rotinas, crescem

com grande rapidez em quantidade, sua relação é sempre ambígua e a administração mantém

novos especialistas.

Com relação à comunicação horizontal defini-se como aquela que acontece entre

pessoas de níveis semelhantes dentro da estrutura empresarial; de um chefe de departamento

para outro chefe de departamento, fazendo com que os colaboradores trabalhem como uma

equipe multidisciplinar, onde todos têm responsabilidades iguais. Seja qual for o tipo de

comunicação a ser usada dentro da empresa, necessário se faz um cuidado muito criterioso

para evitar barreiras. Pode ser feita através de reuniões entre departamentos, através de

relatórios e comunicados variados, como cartas internas entre departamentos, revistas

informativas internas e outros.

Importa ressaltar que, além desses tipos de comunicações descritas, há ainda, em todas

as organizações, a comunicação formal, que é feita através de documentos oficiais, e a

comunicação informal, que seria todo o contato espontâneo entre colegas de trabalho. Faz-se

necessário explicitar-las a seguir.

2.12.1 Comunicação formal

A comunicação formal obedece a um sistema mais rigoroso utilizada para oficializar

um fato que já foi comunicado através da comunicação informal. Compreende toda a

comunicação avalizada, ou seja, aquela de autoridade reconhecida e que está pela própria

organização. Considera-se a fala autorizada que anuncia as diretrizes, os valores e as crenças

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organizacionais; apresenta e reafirma os padrões e as sanções; informa e institui a organização

como única.

Nela a mensagem é enviada, transmitida e recebida por meio de um padrão de

autoridade determinado pela hierarquia da empresa, comumente denominada cadeia de

comando. Entretanto, a maior parte da comunicação intercambiada dentro de uma empresa se

faz de maneira informal (CHIAVENATO, 2000, p. 329).

Documentos internos de suma importância como a declaração, a correspondência

interna, o memorando, o relatório, o requerimento, entre outros requerem linguagem padrão

formal e obediência a regras específicas e bastante tradicionais de feitura, que lhes incluem

acentuado caráter de formalidade.

A comunicação formal mantém uma relação direta com as necessidades de informação

e comunicação da organização e os objetivos organizacionais. Sua legitimidade implica em

dar uma certa estabilidade para assegurar o equilíbrio do grupo. Portanto, a oficialidade,

imprime no processo comunicacional as marcas do engendramento, do manuseio para dar

forma, ou seja, as marcas do planejamento (estratégico ou não). Tal manipulação (não se trata

de qualificá-la, pejorativamente, como um engodo ou algo desse tipo e, sim, como um

tratamento, um processo laboral) visa fazer com que os sentidos postos em circulação na

cadeia de comunicação atendam aos objetivos do empreendimento organizacional e, também,

aos dos seus agentes de interesse (PIERRI, 2000, p. 223).

Contudo, percebe-se o quanto à comunicação formal é relevante para as organizações

do mesmo modo por mais que pesem indicações contrárias, a comunicação informal não é

menos relevante. Inclusive, pode-se afirmar que, em muitos casos, o não-oficial goza de mais

credibilidade do que o discurso formal. Por esses motivos é explanada a seguir.

2.12.2 Comunicação informal

A comunicação informal é aquela que trata de assuntos de interesse comum, sem

restrições ao que dizem um ao outro. É denominada como rumores, rede de boatos, ou ainda,

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informações de bastidores. Por exemplo: os corredores, os refeitórios em qualquer ocasião em

que as pessoas se encontrem em grupos.

Não é fácil evitá-la, porém, atende a muitos propósitos, pois ela não acontece pelos

canais formais, mas, esse tipo de comunicação se faz necessário ao sistema de comunicação

organizacional.

Segundo Chiavenato (1936, p. 561), “o sistema de comunicação informal dentro de

uma empresa é geralmente denominado cacho de uva pelo seu aparente crescimento e

desenvolvimento casual em cadeias de segmentos através de grupos sociais”.

A rede de boatos das organizações é formada por várias linhas de comunicação

informal, por exemplo, os corredores, os refeitórios e em qualquer ocasião em que as pessoas

se encontrem em grupos. Não é fácil evita-la, porém, a comunicação informal atende muitos

propósitos, pois ela não acontece pelos canais formais, mas, esse tipo de comunicação se faz

necessário ao sistema de comunicação organizacional.

2.13 Considerações parciais

Apresenta-se como intento nessa fundamentação teórica a busca por embasamentos

nos diversos autores pesquisados, para ratificar considerações que enfocassem a comunicação

organizacional, pois servirão de base para esclarecimentos sobre a comunicação interna e

externa da empresa e para a formulação de hipóteses que futuramente serão verificadas.

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3 ASPECTOS METODOLÓGICOS

3.1 Caracterização da pesquisa

Como foi destacado no capítulo introdutório deste relatório, o objetivo deste trabalho

era investigar os textos utilizados nas comunicações, que circulavam no ambiente de trabalho

secretarial da empresa Clínica da Pele, com o intuito de melhorar a sua estrutura e atender à

qualidade da redação. Para tanto, foi desenvolvido um estudo de caso do tipo descritivo, bem

como um levantamento bibliográfico e documental para a elaboração da pesquisa.

Segundo Gil (1996, p. 58), o estudo de caso caracteriza-se como

um estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira que permita o seu amplo e detalhado conhecimento, tarefa praticamente e impossível mediante os outros delineamentos considerados.

O estudo de caso é uma modalidade de investigação considerada preferida quando o

tipo de questão de pesquisa é da forma “como” e por quê; quando o controle que o

investigador tem sobre os eventos é muito reduzido; ou quando o foco temporal está em

fenômenos contemporâneos dentro do contexto de vida real.

A pesquisa descritiva teve por finalidade observar, registrar e analisar os fenômenos

sem, entretanto, entrar no mérito do seu conteúdo.

Bello (2000) afirma, em outras palavras, que

a Pesquisa Descritiva descreve, através de questionários, coleta de dados e observação, características de determinado grupo ou fenômeno, sem manipulá-los. Descobre a freqüência com que ocorre um fato, sua natureza, característica, causa e relações.

Na pesquisa descritiva, não há a interferência do investigador, que apenas procura

descobrir, com o necessário cuidado, a freqüência com que o fenômeno acontece.

(OLIVEIRA, 1997, p. 128).

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A pesquisa torna-se mais fácil para quem a investiga, pois por não intervir nos dados a

qual se estuda diminui-se os riscos de obter erros. Não há interpretações distintas nem

modificadas das informações coletadas.

A pesquisa bibliográfica, segundo Lakatos e Marconi (1992, p. 43-44), versa de

levantamento de toda a bibliografia já publicada, em forma de livros, revistas, publicações avulsas e imprensa escritas. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo aquilo que foi escrito sobre determinado assunto.

Além da pesquisa bibliográfica, pode-se utilizar outras fontes, as quais sejam

importantes para o trabalho. Não apenas esse tipo de pesquisa na qual se utiliza impressão

escrita. Afirmando isso Oliveira (1997, p. 119) ressalta a pesquisa documental, que

pode ser feita em institutos e centros de pesquisas, museus acervos particulares, bem como fonte de informações para o levantamento do documento, no sentido de possibilitar o encontro de uma série de informações para comprovar a existência ou não de uma determinada hipótese que é ou foi objeto de estudo de outros pesquisadores[...].

Com a aplicação desses estudos, acreditava-se poder contribuir para a reestruturação

da comunicação escrita que circulava interna e externamente na empresa Clínica da Pele.

3.2 Delineamento da pesquisa

Para a elaboração deste Relatório de Conclusão de Curso foi necessário ter clara a

definição do termo "população". A população diz respeito a um conjunto de todos os

elementos, cada um deles, apresenta uma ou mais características em comum.

De acordo com Oliveira (1997, p. 160), “população é o conjunto de seres animados ou

inanimados que apresentam, pelos menos, uma característica em comum”.

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Pretendeu-se pesquisar neste trabalho dois universos de pesquisa, sendo um

relacionado aos colaboradores e o outro, os documentos que circulavam no ambiente

secretarial da Clínica da Pele.

Com relação aos informantes da Clínica da Pele, foram consultados por meio de

questionário. Verificou-se, assim, apenas uma parte da população, pois se excluiu uma das

secretárias, a qual é a investigadora deste estudo, para que, assim, não houvesse indícios de

que dados foram manipulados. A população foi composta por um funcionário (secretária) e

dois sócios, totalizando três colaboradores.

3.3 Coleta de dados

A fase de coleta dos dados é de grande importância na elaboração do estudo científico,

portanto, torna-se necessário manter alguns cuidados para que se possam garantir os

resultados. Um deles é a preparação das pessoas responsáveis pela pesquisa. É importante a

supervisão para que não se coletem dados errados, ou desnecessários. Do mesmo modo, todos

as informações coletadas devem estar sendo observadas, pois, se necessário, deve-se fazer a

reaplicação do instrumento.

Segundo Barros e Lehfeld (2000, p. 89), “a coleta de dados significa a fase da pesquisa

em que se indaga e se obtêm dados da realidade pela aplicação de técnicas”.

De acordo com Oliveira (2000, p. 182), a coleta de dados trata de uma tarefa

trabalhosa e ocupa, quase sempre, mais tempo do que se espera. Exige do pesquisador,

paciência, perseverança e esforço pessoal, além do cuidadoso registro dos dados e de um bom

preparo anterior.

É necessário, em uma pesquisa, a observação de algumas características específicas da

empresa na qual se estuda. Essas são consideradas informações cruciais que auxiliam na

validação de resultados.

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Para esta coleta, utilizou-se de alguns instrumentos que possibilitaram o cumprimento

de uma análise adequada, sendo eles, a observação participativa, o levantamento documental e

o questionário.

A observação participativa se caracteriza pelo envolvimento dos pesquisadores e dos

pesquisadores no processo de pesquisa Os observadores e seus instrumentos desempenham

papel ativo na coleta, análise e interpretação dos dados (GIL, 1999 p. 42). Os registros da

observação participativa serão feitos em uma ficha de observação (Apêndice A).

Lakatos e Marconi (1992, p. 43) afirmam que o levantamento documental

engloba todos os materiais, ainda não elaborados, escritos ou não, que podem servir como fonte de informação para a pesquisa científica. Podem ser encontrados em arquivos públicos ou particulares, assim como em fontes estatísticas compiladas por órgãos oficiais e particulares. Incluem-se como fontes não escritas: fotografias, gravações, imprensa falada, desenhos, pinturas, canções, indumentárias, objetos de arte, folclore, etc.

Escolheram-se para análise dois documentos internos, como a ficha médica e a agenda

médica, e três externos, como o atestado médico, a declaração médica e o e-mail, enviados

aos clientes e aos colaboradores no mês de dezembro de 2004. A escolha desses documentos

se deu pelo fato de que não havia nenhum critério quanto a sua formatação e estrutura.

Utilizando-se desse instrumento foi possível verificar as informações necessárias para

a modificação na estrutura e na linguagem dos documentos contribuindo na metodologia de

comunicação formal e escrita.

A importância do questionário para Nogueira de Faria apud (ARAÚJO, 1994, p. 70),

deve-se ao fato de “que com o seu uso o poder de atingimento é superior ao da entrevista, pois

pode alcançar um universo muito maior e com um grau semelhante de estímulos aplicados a

todos os respondentes”.

De certa forma, para que isso aconteça, é necessário que haja critérios como concisão

e clareza, na preparação e elaboração das perguntas.

Segundo Kelly apud (ARAÚJO, 1994, p. 71),

o questionário permite que o analista adquira informações e ao mesmo tempo trabalhe em outros problemas. Permite ao inquirido um período para formular respostas, O questionário é, via de regra, um meio eficiente de obter informações de

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pessoas que têm dificuldade em manter contatos por outros meios. Possibilita melhor detalhamento das respostas, dando tempo para busca de informações em arquivos, outras pessoas, etc.

Necessita-se, no momento em que ele é realizado, elaborar um plano ou um roteiro

para que as informações não deixem de ser colhidas. Procurar, também, selecionar pessoas

que realmente têm o conhecimento preciso para satisfazer as necessidades de informação. É

de suma importância preparar com antecedência as perguntas a serem feitas ao colaborador e

a ordem em que elas devem acontecer. (Apêndice B).

Todos esses instrumentos foram utilizados na coleta de dados durante o período de

estágio que permitiram reconhecer os acertos e as falhas no ato comunicativo escrito nesta

pesquisa.

3.4 Análise dos dados

A análise dos dados é considerada como uma pesquisa sistemática a fim de encontrar

variáveis pertinentes, que servirão de base para a formulação de suposições processadas

futuramente.

Para delinear o resultado da pesquisa foram analisados os componentes da coleta de

dados, podendo, assim, verificar o protótipo de documentos. Apresentou-se uma análise

comparativa e interpretativa desses, a fim de se conseguir respostas às indagações acerca da

comunicação escrita da empresa.

A análise interpretativa ou qualitativa não tem a pretensão de numerar ou medir

unidades ou categorias homogêneas. Essa pesquisa tem como objetivo criar situações

complexas ou estritamente particulares. As pesquisas que se utilizam da abordagem

qualitativa, possuem a facilidade de poder escrever a complexidade de uma determinada

hipótese ou problema (MEDEIROS, 1997, p. 116).

Atendendo ao segundo objetivo específico, o conteúdo do questionário foi analisado

em conformidade com os fundamentos teóricos.

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4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Neste capítulo, apresenta-se a análise dos resultados referentes aos objetivos da

pesquisa. Primeiramente, delinear-se-á o histórico da empresa, sua missão, seus objetivos,

seus negócios e suas metas, sua localização, sua área de atuação no mercado, suas

características principais e sua atual estrutura organizacional. Em seguida, conforme os

objetivos específicos apresentados, descrevem-se, por meio de observação participante e da

análise documental realizada em dezembro de 2004, as atividades escritas praticadas

diariamente na Clínica da Pele. Na seqüência, verificam-se entre os textos que circulam nesse

contexto, os aspectos redacionais e estruturais que necessitam de alteração. Além disso, para

levantar os principais problemas desse sistema, foi aplicado, em abril de 2005, um

questionário com os três colaboradores da empresa.

Por fim, também, são apresentadas as propostas de inovação para a comunicação

escrita tanto na parte interna quanto externa da empresa.

4. 1 Caracterização da empresa

4.1.1 Histórico1

Instituída em maio de 1995, cognominada Clínica da Pele, inicialmente, era uma

empresa de pessoa física e, posteriormente, tornou-se uma empresa de pessoa jurídica,

chamada de Jacobowski e Joaquim SC Ltda.

Possuía, nessa época, 4 (quatro) sócios, constituídos por dois médicos especialistas na

área de dermatologia, uma médica na área de cirurgia plástica e uma esteticista e 4 (quatro)

funcionários compostos por duas esteticistas e duas secretárias, totalizando, 8 (oito)

colaboradores. Com o passar do tempo, restaram-se apenas dois dos sócios, sendo eles, os

1 Informações reunidas a partir de relatos verbais dos sócios da empresa, Antonio Dimas Neves Jacobowski e Luiz Carlos Garcia Joaquim.

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médicos especialistas da área de dermatologia. Com o espaço livre de duas salas, contrataram

um médico (especialista em endocrinologia e clínica médica) e uma esteticista. Continuou-se,

então, com o mesmo número de funcionários.

A Clínica, atualmente, possui em seus registros, aproximadamente, 15000 (quinze mil)

pacientes já atendidos por esses especialistas da área médica, (esse número poderia ser

duplicado ou triplicado, devido aos retornos feitos por esses mesmos pacientes já registrados).

Para facilitar o atendimento e obter sempre um número maior de pacientes, procurou

oferecer variados convênios, entre eles: a AFALESC, a ASSEFAZ, a GEAP, a ELETROSUL,

a ELOSAÚDE, o CARTÃO MELHOR IDADE, a ODONTO PLUS, o SIDESC, a

TRACTEBEL, a UNIMED e a UNISANTA. Entre esses, alguns são cartões de desconto, o

paciente apresenta a carteira do convênio e efetua o pagamento. Além disso, oferece um

horário de atendimento bem flexível a todos, ou seja, há possibilidade de fazer o agendamento

para qualquer período (manhã, tarde e início da noite) procurando atender todos os dias úteis

(segunda a sexta).

4.1.2 Missão, objetivos, negócios e metas

Missão: Satisfazer a clientela, oferecendo serviços eficazes de alta qualidade.

Negócio: Prestação de serviços estético, clínico, endocrinológico e dermatológico.

Objetivos: Expandir a empresa de forma a contratar outras especialidades médicas,

aumentar a sua estrutura e principalmente tornar-se excelência na qualidade do atendimento,

abrangendo todos os setores na busca desse ideal.

Metas: Investir em marketing e na qualificação dos profissionais da empresa, estar

sempre atualizado no mercado, tendo em vista o alcance dos objetivos organizacionais.

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4.1.3 Localização

Figura 2: Foto da Clínica da Pele Fonte: Primária (fotografada pela pesquisadora em abril de 2005)

A empresa Clínica da Pele situa-se na Avenida Professor Osmar Cunha, nº 77, no

centro da cidade de Florianópolis/SC.

4.1.4 Área de atuação

A empresa Clínica da Pele é uma empresa de pequeno porte que atua no ramo de

prestação de serviços médicos (clínico e estético).

A seguir, detalham-se, claramente, as atribuições praticadas por cada colaborador e, na

seqüência, descrevem-se a posição e representação de cada um deles no organograma

empresarial.

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4.1.5 Estrutura organizacional

A empresa Clínica da Pele, com característica de pequena empresa, apresenta uma

clara divisão de níveis hierárquicos, conforme organograma.

Figura 3: Organograma da Clínica da Pele Fonte: Primária (elaborada pela pesquisadora)

O organograma, segundo Tenório (1999, p. 58), “é uma forma de visualizar as relações

de autoridade e de comunicação entre unidade e entre o grupo de trabalho”.

Ele mostra devidamente os departamentos e setores, facilitando a comunicação no

âmbito interno e externo da empresa.

A principal função do organograma é a de representar a organização formal,

configurada na estrutura oriunda do regulamento da empresa, demonstrando os diversos

órgãos, seus posicionamentos, vias hierárquicas existentes e as linhas de autoridade,

subordinadas e vinculação.

Qualquer estrutura organizacional é composta, basicamente, por órgãos de linha e por

órgãos de assessoria.

DIRETORIA

SECRETÁRIAS

MÉDICO DERMATOLOGISTA

MÉDICO DERMATOLOGISTA

MÉDICO PRESTADOR DE SERVIÇOS

(ENDOCRINOLOGISTA)

SERVIÇOS GERAIS

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Atualmente, os dois sócios que se manteram na empresa exercem funções de médicos

e de administradores. A idade deles e dos colaboradores está entre 22 e 45 anos e o nível de

escolaridade é de ensino médio completo a superior, com especialização. Há duas secretárias

que ficam responsáveis pelo atendimento de clientes e auxiliam nos trabalhos burocráticos

voltados à área médica e à administrativa. O médico endocrinologista presta serviços à

Clínica.

Os dermatologistas atendem de segunda a sexta das 8h 45min às 18h 45min, com um

intervalo de uma hora e meia para o almoço. Quando necessário, faz-se o atendimento no

sábado, no domingo ou, até mesmo, nos horários de intervalo.

Um desses especialistas trabalha apenas três semanas no mês, devido ao serviço que

ocupa em outro consultório no estado de São Paulo. Essa jornada feita mensalmente por esse

médico, deixa o paciente mais entusiasmado com o serviço oferecido, pois, eventualmente,

ele traz novidades quando retorna de viagem. Nesse intervalo, procura-se manter sempre um

médico dessa área na Clínica disponível a todos os pacientes.

O médico endocrinologista atende nas segundas e terças-feiras das 9h às 19h. O

atendimento é feito apenas nesses dois dias devido a um número maior de pacientes atendidos

em outra cidade. As esteticistas atendem de segunda a sábado das 08h às 19h.

Completando o quadro de funcionários, há, também, uma pessoa que auxilia nos

serviços gerais da empresa.

Descrição, detalhada, das atribuições, de cada uma dessas funções:

a) Diretoria: As tarefas da diretoria (dois médicos) são: coordenar, dirigir e controlar toda

a empresa. À diretoria, chegam as informações necessárias para a tomada de decisões

importantes. Além dessas funções administrativas, realizam serviços relacionados à área

médica, como consultas, que são feitas diariamente, procedimentos clínicos e cirúrgicos,

realizados eventualmente pelos dermatologistas.

b) Secretárias: Além de executarem suas tarefas como atender à clientela na recepção da

Clínica, ao telefone, enviar e receber e-mails, agendar pacientes e preencher prontuários, as

secretárias ainda cuidam da área administrativa e comercial. Elas coordenam e controlam,

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também, a empresa, repassam as informações à diretoria, estão encarregadas de efetivar

pagamentos ou recebimentos, manter atualizado o sistema que controla o vencimento das

obrigações financeiras e os recebimentos esperados. Também são suas atribuições: orientar a

execução dos serviços gerais, conservar a higiene e limpeza da empresa, abastecer o local de

trabalho quando necessário de material para escritório. Quanto à área comercial, elas são

responsáveis pelo contato com os clientes por meio de telefone, e-mail ou pessoalmente na

Clínica para agendamento de consultas e procedimentos cirúrgicos.

c) Médico (prestador de serviços): executa funções da área médica endocrinológica e

clínica médica geral, duas vezes por semana.

d) Auxiliar de serviços gerais: auxilia nos serviços diversos voltados à limpeza do

estabelecimento, uma vez por semana.

Além dessas funções, ressalta-se que os médicos e as secretárias, diariamente, têm um

grande contato com algumas documentações internas e externas compostos por declaração,

atestado, agenda, e-mail e ficha médica, conforme poderá ser verificado mais detalhadamente

no item 4.2.

São explanadas essas funções para que se possa ter um conhecimento das atribuições

exercidas por cada colaborador, assim se tem uma idéia da importância da posição de cada um

na empresa.

É necessário saber que essa estrutura organizacional não é composta apenas pela divisão

dos níveis hierárquicos, ou seja, abrange-se, também, outros aspectos como o espaço físico da

Clínica que se compõe de salas, equipamentos e instrumentos que serão detalhados a seguir.

4.1.5.1 Estrutura física

A estrutura física da Clínica da Pele é considerada pequena, porém, comporta diversas

salas, equipamentos, instrumentos e materiais. Explicando, detalhadamente, há três

compartimentos onde ficam situados os consultórios médicos compostos de móveis, (mesa,

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cadeiras, armários, pia, maca), equipamentos (ar condicionado, computador, calculadora,

telefone) e materiais (blocos de atestado, declaração, folhas de ofício, receituário comum e

controlado, guias de convênio).

Há outra sala maior identificada por sala de procedimentos cirúrgicos composta,

também por móveis (mesas, cadeiras, maca, pia), por equipamentos (ar condicionado,

telefone, autoclave, estufa, bisturi elétrico, aparelho de pressão) por instrumentos (tesouras,

bisturi, pinça, pontas, cabos para bisturi elétrico) e materiais (agulha, seringa, gaze, luva de

procedimento, luva estéril, lâmina de bisturi, fios de sutura, campos cirúrgico, micropore,

pastilhas de formol, anestésico, água destilada, álcool iodado, sabonete anti-séptico, álcool

70%, povidine, algodão, caixas para cirurgia, lixeiro hospitalar, saco plástico hospitalar).

Ao lado da sala de procedimentos cirúrgicos, fica situada a sala de arquivo e, também

almoxarifado. Nesse local se armazenam todas as fichas ou prontuários dos pacientes e os

materiais diversos (papel de embrulho, tecido TNT, papel lençol, papel toalha, escada, blocos

de convênios, envelopes, fichas). Na cozinha, há armários com materiais para o preparo do

café e petiscos e, ainda, uma dispensa com materiais de limpeza. Próximo dessa sala está um

banheiro para uso dos pacientes e funcionários.

Por fim, existe a sala de recepção onde se encontram, também, móveis, (cadeiras, mesas,

sofás) equipamentos (ar condicionado, computador, calculadora, telefone, fax, televisão,

porteiro eletrônico, câmera) e materiais (papel, blocos de convênio, lápis, caneta, borracha,

clipes, corretivo, régua, fitas, blocos de anotações, agendas, caderno, envelopes, fichas,

pastas).

A seguir, descreve-se, detalhadamente, um dos objetivos específicos, assim, as

atividades escritas praticadas diariamente na Clínica da Pele.

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4.2 Atividades escritas diárias na Clínica da Pele

A descrição das atividades escritas diárias na Clínica da Pele foi realizada a partir da

observação participativa e do levantamento documental realizados em dezembro de 2004.

A empresa Clínica da Pele tem como objetivo prestar serviços de qualidade a seus

clientes. Como já visto, anteriormente, executam-se atividades relacionadas às áreas clínica e

estética. Para que esses serviços sejam prestados de maneira eficiente, é necessária a

utilização de diversos recursos. Os documentos e as correspondências compõem um desses.

Verificou-se, durante o período pesquisado, que circulam diariamente no ambiente

secretarial da Clínica da Pele documentos internos, como o prontuário médico e a agenda

médica, e os externos, como o atestado médico, a declaração médica e o e-mail. Esses

documentos são de suma importância à empresa e, por isso, requerem uma linguagem padrão

formal que obedeça a regras específicas que lhes incluem caráter acentuado de formalidade.

Na Clínica da Pele, nem sempre se utiliza a formalização nos documentos, devido à

falta de conhecimentos das normas que deveriam ser seguidas e, por outros fatores, como a

falta de tempo para a busca de informações corretas, que dão credibilidade a um documento.

Usufrui-se, assim, uma má comunicação às pessoas que recebem o documento.

A seguir, apresenta-se, o conceito, a descrição, a estrutura e a freqüência de uso dos

documentos e das correspondências da empresa.

4.2.1 Documentos internos em uso na Clínica

Detalha-se, inicialmente, o prontuário médico (ou ficha médica), pois é através dele

que se tem o primeiro contato entre paciente e médico. Define-se, segundo o Manual de

Orientação Médica e Disciplinar, como um documento padronizado e ordenado, no qual

devem ser registrados todos os cuidados profissionais prestados aos pacientes e que atesta o

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atendimento médico a uma pessoa numa instituição de assistência médica ou num consultório

médico.

Dos cinco prontuários médicos (ANEXO A) analisados, verificou-se que se trata de

um documento impresso que passa, primeiramente, pelas mãos da secretária, a qual preenche

manualmente os dados do paciente (nome, naturalidade, endereço, CEP, cidade, data de

nascimento, estado civil, profissão, telefone, convênio e indicação do médico). Após esse

preenchimento, segue o documento para o médico solicitado que registra todas as queixas,

antecedências, história mórbida pregressa e história da doença atual. São realizados exame

físico, hipótese diagnóstica e plano terapêutico. Após seu término, o prontuário regressa para

a secretária que deve guardá-lo num envelope no qual é apontado o nome do paciente à caneta

para facilitar a identificação e arquivá-lo num arquivo de madeira, ou seja, num móvel

composto de dezesseis repartições que são separadas pelas letras do alfabeto. Esse arquivo é

utilizado para armazenar e organizar documentos e fica localizado na sala de arquivo. A ficha

apenas é retirada novamente do arquivo quando o paciente retorna à Clínica, assim costuma-

se utilizar sempre o mesmo prontuário, acrescentando apenas outra ficha branca quando a

anterior já foi toda preenchida.

Quanto ao formato desse documento é importante frisar que se constitui de um papel

de cartão branco com linhas na frente e no verso, com 15 cm de comprimento e 20 cm de

largura. Vale lembrar que esse é armazenado em um envelope que possui 18cm de

comprimento e 23 cm de largura. Vem a ter uns centímetros a mais para deixar a ficha com

mais folga, porque com o tempo outras fichas são arquivadas, também no mesmo envelope.

Na Clínica da Pele atendem-se por cada médico um total de 28 (vinte e oito) pacientes

por dia o que significa que se todos forem atendidos pela primeira vez, far-se-ão 28 (vinte e

oito) prontuários médicos, sendo essa a média diária. Todavia, não se tem, precisamente, um

registro de quantas pessoas são atendidas em certos períodos como o de inverno ou verão.

Sabe-se que a diferença é muito pequena, pois há muitos tratamentos que são feitos apenas

nas estações mais frias e outros, nas mais quentes. Assim, a demanda é sempre a mesma. Há

um declínio de atendimento apenas nas semanas de festas e feriados.

Confirmando isso, no período de dezembro do ano de 2004, verificou-se,

minuciosamente, o número de pacientes atendidos. Constatou-se uma média de 30 pacientes

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consultados por dia por cada médico, assim, uma média de 1800 pacientes atendidos por mês.

Houve uma diferença em relação há outros meses devido às festas comemorativas e às férias.

Além desse documento escrito, tem-se, ainda, a agenda médica que, também, é

considerada um documento interno. Define Medeiros e Hernandes (1995, p. 62), a agenda

como um livro em que se anotam compromissos, despesas, atividades, datas e horários. Nela

se faz o registro de diversas informações na qual a pessoa portadora por ela acredita ser

importantes.

Na Clínica da Pele, cada médico possui a sua, pois não haveria possibilidade de

agendar pacientes de um médico juntamente com a de outro, haveria sim falta de organização

que, conseqüentemente, geraria problemas no atendimento. Dessa maneira, os médicos fazem

o seu horário de acordo com suas necessidades e as dos pacientes.

Em cada agenda, dos três médicos, constam os dados pessoais dos médicos, ou seja,

nome completo, data de nascimento, endereço, telefones, endereço de e-mail, registro de seus

documentos (RG, CPF, CRM), dados bancários, entre outros, como calendário, telefones úteis

(representantes de laboratório, fornecedores, amigos e outros que acha importante terem

registrado) e de emergência, feriados internacionais, pagamentos a realizar e anotações.

O agendamento de pacientes ocorre, diariamente, na Clínica pelas secretárias que o faz

manuscrito a lápis, pois ocorre muitas vezes de o paciente necessitar trocar o horário ou

desmarcá-lo, assim se apaga com borracha, sem deixar algum tipo de borrão que ocorreria se

o fizesse à caneta. São agendados pacientes pela manhã, tarde e início da noite para todos os

médicos com algumas exceções já citadas anteriormente.

Com relação a sua estrutura, é importante frisar que as agendas utilizadas na Clínica

são manuais revestidas por papel off-set e capa de papelão com 130x 280mm e 216 folhas.

Quanto à freqüência de uso desse documento, afirma-se que todas as agendas dos

médicos são utilizadas, freqüentemente, na Clínica principalmente na função de agendamento

de consultas.

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4.2.2 Documentos e correspondências externas em uso na Clínica

Circula na Clínica da Pele o atestado médico (Anexo B), confeccionado com o

desígnio de afirmar ou expor informações relacionadas à saúde dos pacientes. É um

documento de suma importância que precisa de muito cuidado quanto à sua disposição

(timbre, texto, título, etc.), pois qualquer distorção dos dados pode comprometer o perfeito

entendimento e desempenho da comunicação escrita (FLÔRES, 2002, p. 19).

Esse é um documento com o qual a secretária não tem, também, um contato direto,

pois é solicitado, geralmente, no momento em que o paciente está no consultório.

O atestado médico empregado na Clínica da Pele é um documento formal que segue,

praticamente, todas os normas quanto à sua disposição. Dispõe-se de uma folha impressa de

papel sulfite com 15 cm de largura e 20 cm de comprimento, letra Times New Roman e Arial

Unicod MS, tamanho 12 (texto), 16 (título) e 20 (timbre) com cabeçalho, texto e rodapé,

considerando-se padronizado. Da mesma forma como a declaração, o atestado é

confeccionado por uma gráfica (a mesma que confecciona a declaração). A secretária faz o

pedido do mesmo que pode ser feito em blocos ou folha individual, dependendo da demanda.

Com relação ao fluxo de envio desse documento, na área dermatológica, verificou-se

que ele é utilizado somente em situações de maiores gravidades como aquelas em que o

paciente se submete a uma pequena intervenção cirúrgica ou necessita notificar seu estado de

saúde a uma empresa ou associação, entre outras. Não se exclui outra possibilidade, mas essas

descritas são mais freqüentes, ainda, porque essa especialidade médica possui poucos

diagnósticos graves. Já quanto à área endocrinológica, que é exercida pelo prestador de

serviços, declara-se que o número de atestados conferidos ao paciente é maior. Fazem-se, na

maioria dos casos, tratamentos de emagrecimentos que, aparentemente, não apresentam

gravidades, mas, em muitas situações na qual o paciente exibe obesidade mórbida ou anorexia

profunda, ele, conseqüentemente, apresenta problemas cardíacos, hipertensão, colesterol,

diabete ou a depressão que podem levá-lo à morte.

Procurando ser preciso quanto ao número desses documentos emitidos, investigou-se

no mês de dezembro a quantidade de pacientes que o recebeu. Constatou-se, primeiramente,

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na área dermatológica o fornecimento de 2 (três) atestados e 12 (quinze) na área

endocrinológica.

Outro texto analisado é a declaração médica (ANEXO C), que é um documento

externo que se assemelha ao atestado médico, pois é um documento no qual também se

declara algo. A diferença, conforme Flôres (2002, p. 67), é que a declaração pode ser firmada

pela pessoa em favor de si própria. Considera-se, ainda, a declaração como prova escrita,

documento, depoimento, explicação na qual se manifesta uma opinião, um conceito, uma

resolução, uma observação.

As declarações expedidas na Clínica da Pele são redigidas quando não se pode utilizar

o atestado, pois como foi visto anteriormente, não são todas as situações em que se emprega

este documento. A declaração possui uma liberação mais expansiva, já que em toda e

qualquer situação o paciente pode requerê-la, por exemplo, se o paciente comparecer à Clínica

apenas para a retirada de pontos de um procedimento cirúrgico e não tiver horário marcado na

agenda, ele terá direito a um documento que comprove que ele esteve ali, se necessário for.

Esse é um documento com o qual a secretária da Clínica da Pele não tem um contato

direto, pois é solicitado, geralmente, no momento em que o paciente está no consultório.

Ocorre, algumas vezes, de o paciente esquecer de solicitá-lo ao médico e, então, pedir para

que a mesma o solicite.

As cinco declarações observadas dispõem-se folhas de receituário comum

(documento utilizado para receitar medicamentos), nas quais constam o cabeçalho e o rodapé.

É um documento impresso padronizado pela Clínica confeccionado por uma gráfica. Quanto a

esse padrão, tem-se um documento transcrito em folha de sulfite branca com 14 cm de largura

e 21 cm de comprimento, letras no formato Arial Unicod MS, tamanho 32 e Times New

Roman, tamanho 12. No seu centro, há um espaço em branco que serve para o preenchimento

do assunto que será afirmado pelo médico. Primeiramente, de forma manuscrita, um pouco

abaixo do timbre, escreve-se o título “Declaração”, à caneta. Em seguida, o texto (onde o

médico prescreve que o paciente compareceu no consultório em um determinado período) e,

logo abaixo, o local e a data, também, manuscritos.

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Quanto à emissão desse documento, tanto na área dermatológica quanto na

endocrinológica, verificou-se que o número de declaração médica enviada aos pacientes é

praticamente o mesmo, sendo bem maior que o de atestado. Afirma-se isso, pois, no período

investigado (dezembro de 2004), observou-se à liberação na área dermatológica de 14

(quatorze) declarações e na endocrinológica 12 (doze) e 18 (dezoito) declarações.

O e-mail (Anexo D), conhecido por correio eletrônico é uma correspondência que

permite enviar e receber mensagens eletrônicas de forma rápida e barata. É considerado um

documento externo e, como os outros, descritos anteriormente, é muito importante para a

Clínica.

Para acessar os e-mails na Clínica da Pele, primeiramente, foi preciso se preocupar

com a conexão dos computadores que são ligados a uma rede local que, por sua vez, está

conectada à Internet. A rede local é ligada por cabeamento que fornece excelente serviço em

distâncias curtas (FALK, 1995, p. 9).

Segundo Azevedo e Costa (2002, p. 184),

o e-mail é um recurso utilizado na Internet que envia e recebe mensagens. Ao fazer uma assinatura de acesso à Internet, adquire-se, também, um e-mail (eletrocnic mail - correio eletrônico), que nada mais é do que seu endereço particular na rede para envio e recebimento de mensagens.

Através do correio eletrônico, é possível que os colaboradores da Clínica da Pele

contatem os pacientes, recebendo e enviando exames ou mesmo tirando suas dúvidas com

relação a seus diagnósticos. Recebe-se, por meio dessa correspondência, orçamentos de

empresas que proporcionam alguns serviços (como aquelas que fornecem medicamentos),

convites para congressos, tanto para os médicos, quanto para as secretárias, entre outros

assuntos.

Na Clínica da Pele, não se enviam muitos e-mails, pois, no período investigado

(dezembro), verificou-se o envio de 6 (seis) para fornecedores e pacientes. Já quanto ao

número de recebimentos observou-se, também, nesse período, 32 (trinta e dois) e-maisl, de

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fornecedor, paciente e convênio. Analisaram-se três desses e-mails enviados, um número bem

pequeno, devido aos poucos envios desse documento.

Os documentos relatados são de suma importância à empresa que se estuda, pois os

médicos e as secretárias dependem deles para a excelência na execução de suas funções.

4.3 Aspectos redacionais que necessitam de alteração 4.3.1 Análise dos documentos e correspondências em estudo

Esta análise foi realizada com base numa pesquisa comparativa e interpretativa no

período de março de 2005.

Com o intuito de contribuir para uma melhor apresentação do material escrito na

Clínica, constataram-se alguns aspectos positivos e outros que merecem ser reformulados.

Optou-se, então, primeiramente, por analisar cada uma dessas comunicações escritas que

circulam na Clínica da Pele.

Discriminam-se, então, tais aspectos redacionais e estruturais dos documentos e das

correspondências que necessitam de alteração.

4.3.1.1 Estrutura e redação dos documentos internos

Quanto à apresentação do prontuário médico1, aparentemente, parece seguir as

normas do Manual de Orientação Ética e Disciplinar, mas, verificando o prontuário escolhido

para a análise, detalhadamente, percebeu-se, na sua estrutura, que os espaços entre um dado

1 Lembramos o leitor que este texto encontra-se no Anexo A.

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e outro de identificação do paciente não são suficientes para registrar as anotações, por sua

vez, a ficha a ser confeccionada é de tamanho pequeno.

Não se tem, também, em relação à redação, um padrão deliberado da identificação do

prontuário, ou seja, como os dados são redigidos, manuscritamente à caneta, ora se escrevem

de uma maneira, ora se escrevem de outra, ou seja, não há um padrão especificado para ela,

muitas vezes, utiliza-se uma letra maior, outras vezes menor, utiliza-se letras corridas e outras

vezes letra de fôrma. Quanto ao envelope, utilizado para guardar o prontuário no arquivo de

madeira, percebeu-se que a fita utilizada para o registro do nome do paciente não é adequada,

pois com o tempo, a tinta da caneta que é utilizada para a descrição, desaparece da etiqueta

dificultando a identificação.

Conforme a ABNT (2002, p. 216), o correto seria dentro desse contexto, existir o

seguimento de algumas normas. Assim, devendo conter espaço suficiente para registrar as

anotações; carecendo manter entre as linhas a distância conveniente ao preenchimento

mecânico ou manual: precisando estabelecer uma seqüência racional para o registro de

anotações; necessitando dispor de elementos e títulos fundamentais para facilitar a guarda e o

arquivamento e devendo realçar os subsídios e títulos principais para assegurar a impressão

nítida de toda a matéria.

Conclui-se, assim, que os prontuários existentes na Clínica não seguem um padrão

formalizado.

Para a correta padronização, primeiramente, deve-se preocupar com a informação que

deseja obter e com o uso dessa informação. Para torná-la prática, necessita-se evitar

abreviaturas desconhecidas que dificultam a leitura. Não basta o registro inútil de dados não

significativos nem o envio de informações a funcionários que não sabem o que fazer com elas

(MEDEIROS e HERNANDES, p. 322).

Outra comunicação escrita analisada foi a agenda, considerada um documento interno

no qual se registram diversas informações. Através dela é possível manter a organização da

vida pessoal e profissional dos superiores. Afirmando isso Azevedo e Costa (2002, p.53)

dizem que a agenda tem por finalidade organizar todos os compromissos assumidos pelo

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executivo e pela secretária. Percebe-se, então que a organização é primordial para a eficiência

do trabalho através desse documento.

Segundo esses mesmos autores, a organização é a maneira de empregar os recursos da

empresa (humanos, financeiros ou materiais), alocando-os da melhor maneira, para alcançar

os objetivos propostos. (AZEVEDO E COSTA, 2002, p. 148).

Procurando, então, manter a ordem nas três agendas da Clínica, verificou-se que a

mesmas não estão de acordo com algumas normas e por esse motivo devem ser apontadas

com o intuito de serem melhoradas. Averiguou-se, primeiramente, quanto a sua estrutura,

que o espaço das agendas existentes na Clínica, não é suficiente para o preenchimento dos

dados (nome completo, convênio e telefone), necessitando, muitas vezes, fazer abreviações,

acarretando, assim, problemas na sua redação, ou seja, a falta de compreensão, muitas vezes

dos dados que leva tempo para se assimilar o que está escrito. Além disso, tem-se um outro

problema com relação às informações agendadas. Ocorre no agendamento, a necessidade de

trocar horários de pacientes para outros horários (de acordo com a necessidade do paciente ou

do médico), assim, mesmo apagando as informações com borracha, como visto anteriormente,

fica, esteticamente mal apresentada.

Portanto, deve-se preocupar, antes de tudo, com a estrutura da agenda, pois nesse

caso, verificou-se que o livro de anotações manual, não está sendo o documento mais

indicado nesse momento, pois não é específico para a área médica.

4.3.1.2 Estrutura e redação dos documentos e correspondências externas

Outro documento analisado é o atestado médico2 utilizado na Clínica da Pele e

definido como documento que expõe diversas informações. Ele possui na sua estrutura, o

cabeçalho juntamente com o timbre da empresa, o título, o texto, a localidade e a data, a

assinatura do médico juntamente com o seu carimbo e o rodapé. Quanto a essa disposição,

afirma-se que o timbre está perfeitamente correto, ou seja, localizado no alto da folha, assim

2 Lembramos leitor que este texto encontra-se no Anexo B.

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como a assinatura do médico que está no local devido. Quanto aos outros tópicos, ou seja, o

título, o texto e a localidade e data percebe-se neles, a falta de padronização, não estando de

acordo com que diz alguns fundamentos teóricos, por exemplo, o documento a ser emitido

não possui no seu título o espaço de dez linhas entre ele e o timbre e a localidade e a data não

se encontram centralizadas à direita, mas sim à esquerda.

No que diz respeito a sua redação percebeu-se, no texto, o clássico início “atesto para

os devidos fins...”, ou seja, além de hoje ser incorreto utilizá-lo, permite que o mesmo seja

empregado para qualquer fim, uma vez que não está delimitado seu uso. Embora o mesmo

possua uma nota no rodapé dizendo que “este atestado é válido para finalidades previstas no

art. 27 de CLPS, aprovado pelo decreto nº 89.312 de 23/01/84, e resolução CFM-1.190/84”.

(FLÔRES, 2002, p. 19). Aconselha-se, como essa mesma autora diz, ter muito cuidado quanto

a sua disposição, sendo necessário conter todos os seus componentes.

Com relação, ainda, à redação do atestado, questionou-se também o preenchimento

manuscrito das informações que os médicos devem expor no atestado. Como todo documento,

esses dados deveriam ser preenchidos no computador para melhor apresentação aos pacientes.

Além disso, esse documento, como foi visto, apresenta informações em desuso

atualmente e, portanto, não está de acordo com os manuais de redação de documentos oficiais,

o que pode gerar várias interpretações por quem o recebe.

Analisou-se a declaração3, ou seja, documento formalizado que significa a afirmação

de um fato. Com ele, o paciente tem uma prova escrita, um depoimento ou uma explicação do

que ocorreu com sua pessoa no consultório.

Os documentos da análise coletada estão, em relação a sua estrutura, de acordo com a

norma (disposição dos componentes), vista na fundamentação teórica, que preza pela maior

eficiência no seu preenchimento, apontando assim, todos os componentes necessários

KASPARY (1994 p. 211). Certamente, não são apenas esses apontamentos que fazem a

diferença no documento, pois há necessidade, também, de organização e formalização.

Esclarecendo isso, afirma-se que a Clínica não dispõe de um documento formalizado que

comprove o comparecimento de pacientes nos consultórios. Na verdade, os médicos

3 Lembramos o leitor que este texto encontra-se no Anexo C.

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usufruem, como declaração, um receituário comum, que é utilizado para redigir, de forma

manuscrita, essa comunicação. Dessa forma, a redação não se torna apresentável para quem

recebe esse documento, dificultando muitas vezes, o entendimento do texto que está escrito.

Por fim, analisou-se o e-mail4 enviado para fornecedores e pacientes considerado um

documento externo que permite enviar e receber mensagens eletrônicas.

Na Clínica, recebe-se mais do que se envia e-mails e mesmo sendo um número

pequeno de envios acarreta alguns problemas. Geralmente, quando um paciente faz uma

solicitação do resultado de exame ou quer sanar uma dúvida, via e-mail, ele automaticamente,

quer receber uma posição. Acontece, na maioria das vezes, das secretárias enviarem o e-mail

de qualquer maneira, com letras maiúsculas misturadas com minúsculas depreciando a sua

estrutura. Além disso, com relação à redação, muitas vezes, o e-mail é encaminhado sem

concordância entre uma palavra e outra, sem algumas letras de determinadas palavras.

Certamente, se esclarece, da melhor forma possível as informações solicitadas, porém, esses

detalhes citados, geralmente são esquecidos. Assim, o documento enviado não se torna

apresentável para quem o recebe.

Quanto a essa estrutura, tem-se a esclarecer, ainda, que a Clínica não possui um

arquétipo unificado do e-mail, ou seja, o seu próprio modelo com o logotipo da empresa, com

letra e tamanho uniformizados.

Acreditou-se, então, poder contribuir com a reformulação desses documentos citados,

usufruindo-se das investigações, da observação participativa e das opiniões obtidas no

questionário. É importante salientar que de todos esses documentos analisados, a agenda e o

e-mail, não foram explicitados no questionário. Após a observação da pesquisadora, achou-se

importante atribuí-los a essa pesquisa, mas já havia sido aplicado o questionário, assim, foram

analisados através dos outros instrumentos (observação participativa e levantamento

documental).

4 Lembramos o leitor que este texto encontra-se no Anexo D.

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4.3.2 Apresentação e análise do questionário

Discriminar-se-á, aqui, o detalhamento e a análise do questionário aplicado, no

período de 1º de abril a 12 de abril de 2005, aos três colaboradores (os dois médicos

dermatologistas e uma secretária) da empresa Clínica da Pele, procurando, assim, a percepção

de cada um com relação aos documentos escritos focalizados neste estudo. Este questionário

(Apêndice B) é composto por 11 (onze) questões abertas e fechadas envolvendo conteúdos

relacionados, apenas, aos documentos escritos que são utilizados por tais funções.

Apresenta-se, a seguir, uma análise comparativa e interpretativa, a fim de se conseguir

respostas às indagações acerca da comunicação escrita da empresa. Essa análise será feita de

forma analítico-descritiva e a apreciação das perguntas do questionário, será com base no

confronto com a observação participativa e a análise documental. As questões são delineadas

uma a uma, na seqüência, seguidas de análise e comentários em relação às respostas

atribuídas.

O questionamento que trata acerca do tempo de trabalho dos colaboradores na

empresa. Os três informantes disseram que executam suas funções entre cinco a dez anos na

Clínica da Pele, ou seja, estão juntos desde o início da organização. Com isso, sabe-se que

todos têm pleno conhecimento relacionado aos documentos e correspondências externos e

internos da empresa e, assim, podem fazer questionamentos um com outro em relação aos

mesmos.

Essa atitude, segundo Azevedo e Costa (2002, p. 106), “leva o grupo a uma melhor

interação, proporcionando o alcance dos objetivos estabelecidos da empresa”.

Os colaboradores foram questionados sobre o tempo que executam tarefas

envolvendo documentos. O objetivo dessa questão era saber, realmente, o tempo que

utilizaram os documentos (declaração, atestado, ficha,).

Dentre os documentos apresentados, aos informantes, constatou-se que, por

unanimidade, utilizam bem mais a ficha do que os outros documentos. Em vista disso, tem-se

por objetivo, priorizá-la no que se refere a modificações futuras.

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Sobre a freqüência com que os três colaboradores utilizam os documentos, esperava-

se que os colaboradores pudessem dizer, exatamente, se são ou não assíduos à declaração, ao

atestado e à ficha. Com relação à ficha, todos disseram que sempre a utilizaram; quanto ao

atestado e à declaração os dois médicos afirmaram que, somente, às vezes, fazem uso dos

mesmos, já a secretária disse que nunca se utiliza desses documentos, conforme relatado no

item 4.2.

Percebeu-se, durante o período de observação participativa, que a secretária e os

médicos sempre tiveram um grande contato com a ficha, já com relação aos outros

documentos (atestado e declaração), o uso não é constante, nem mesmo pelos médicos. Isso se

justifica porque as fichas devem ser preenchidas para todos os pacientes que comparecem à

Clínica, para que, assim, possa se ter um registro dos mesmos, do contrário, não há

necessidade, para cada um desses, a liberação de um atestado ou uma declaração, somente

quando o médico achar que deve ser prescrito.

Sobre a linguagem e o vocabulário, perguntou se os três informantes achavam os

documentos adequados à comunicação escrita. Esperava-se obter, de todos, uma resposta

negativa, conforme verificado no levantamento documental, mas todos responderam que os

documentos estão de acordo com a linguagem e o vocabulário utilizados no texto. Notou-se,

durante o período de observação participativa, que, em nenhum momento, por eles, foi

questionado qualquer apontamento inadequado com relação ao atestado e à declaração. Já o

prontuário médico, visivelmente, era percebido sua má estrutura, ainda assim, não foi citado

por eles nessa questão.

Perguntou-se, também, aos informantes se eles possuíam conhecimento das normas e

da estrutura desses documentos. Os médicos, então, responderam que conhecem bem, já a

secretária disse não conhecer.

O objetivo dessa questão foi procurar entender se a falta de estrutura dos documentos

era devido à falta de conhecimentos ou não. Esperava-se, de certa forma, que os médicos

respondessem que tinham conhecimentos relacionados a esses documentos. Mesmo obtendo

essa afirmação, verificou-se, no período de observação, com relação ao atestado e à

declaração, que esses informantes carecem de algumas informações relacionadas à redação

oficial desses documentos.

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Todos afirmaram que os documentos seguem um padrão da própria empresa, o que,

certamente, já se esperava, como resposta. No período de observação, percebeu-se que esses

documentos foram padronizados desde o momento que iniciaram as atividades na Clínica, ou

seja, a partir ano de 1995, sem existir qualquer modificação durante esse tempo até os dias de

hoje.

Questionou-se sobre as modificações que os informantes achavam ou não necessárias

fazer, com relação aos documentos e as correspondências, para o melhoramento no trabalho.

O objetivo desse questionamento era que os informantes afirmassem que os documentos

estariam necessitando de algumas modificações e que pudessem sugerir uma maneira de estar

melhorando-as conforme visto no levantamento documental. Como já se esperava, a ficha foi

colocada por eles como sendo o documento que nesse momento precisaria de reestruturação,

pois a mesma, em outra questão acima, foi reconhecida por sua má estruturação. Quanto às

sugestões todos foram unânimes nas respostas, dizendo que o ideal seria a automatização

desse documento.

Em outra questão abordou-se aos colaboradores se os documentos utilizados por eles

permitiam a realização das atividades com rapidez ou morosidade. O objetivo dessa questão

era identificar se esses documentos que são feitos de forma manuscrita trariam para todos,

agilidade ou não. A resposta de todos foi realização das atividades com rapidez.

O que se notou, no período de observação, é que as atividades não eram, realmente,

realizadas com morosidade devido à prática que todos sempre tiveram com esses documentos.

Sobre os documentos utilizados, procurou saber dos informantes se eles achavam

necessário, estar analisando alguns documentos internos e externos da empresa. Obteve-se

resposta positiva de todos, ou seja, para eles é de grande valia a padronização dos mesmos,

com foco em sua estrutura, buscando uma comunicação mais eficiente e eficaz dentro da

organização.

Enfim, esse questionário foi de suma importância para identificar as prováveis

reformulações que se pretende fazer, pois os três colaboradores informaram ser necessário

padronizar os documentos em estudo, com foco em sua estrutura, buscando uma comunicação

mais eficiente e eficaz dentro da organização. Essa uniformização não foi dedicada a todos os

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documentos analisados. Nas questões respondidas, pôde-se observar que os informantes

acreditaram ser, somente, importante a reestruturação do prontuário médico. Assim, para que

houvesse a possibilidade de modificação nos outros documentos, procurou-se apontar as

necessidades de alterações da declaração médica, do atestado médico e conseqüentemente da

agenda e do e-mail que não foram distinguidos no questionário.

4.4 Sugestão de melhoria da linguagem e da estrutura dos documentos

internos e externos da empresa Clínica da Pele

Como se pode verificar, foram identificadas informações relacionadas à melhoria da

linguagem e da estrutura dos documentos internos e externos da empresa. Certamente,

utilizou-se informação de alguns autores para que se pudesse chegar com afinco aos

resultados esperados, ou seja, a correção da redação e da estrutura e das correspondências dos

documentos. Assim, sabe-se que foram de suma importância os métodos, por esses

estudiosos, apontados e aplicados neste trabalho.

Todas as sugestões dadas aos documentos e às correspondências dizem respeito à

automatização. Para informatizá-los, seriam necessários, primeiramente, a instalação de

equipamentos e o uso de softwares de comunicação. Sugeriu-se, nesse caso, para todos os

documentos, com exceção do e-mail, a implantação do Prodoctor, um software feito para

clínicas, composto de agendas, prontuário médico, modelos para criar declarações e atestados

e diversos componentes.

De primeiro momento, o Prodoctor foi sugerido, pois a pesquisadora em contato com

um dos colaboradores da Clínica obteve conhecimento relacionado ao software e se constatou

que o mesmo era vantajoso tanto no seu conteúdo quanto às questões de custo. Além disso, o

ambiente do prodoctor foi criado com o objetivo de unir a facilidade de uso do Windows, com

ferramentas de manipulação de dados que pudessem trazer agilidade e versatilidade no

trabalho diário. O prodoctor é considerado um ambiente de fácil uso e ao mesmo tempo

eficaz.

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Com isso, chegou-se a algumas sugestões referentes ao prontuário médico, a agenda, o

atestado médico, a declaração médica e o e-mail.

4.4.1 Documentos internos sugeridos

Quanto ao prontuário médico (Anexo E), a sugestão que mais estaria de acordo às

questões citadas, anteriormente, seria a automatização desse documento. Certamente, para

isso, necessitaria apenas de um software específico à área médica, pois a Clínica já possui um

computador em cada sala (dos dois médicos e recepção). Com essa proposta existiria,

formalização, padronização, redução de custos (são utilizados para seu preenchimento a ficha,

a caneta e o envelope, corretivo, arquivo e espaço físico para o armazenamento) e

racionalização de tempo tanto por parte das secretárias como dos médicos da Clínica da Pele.

Com relação a esse último tópico, Drucker apud (AZEVEDO e COSTA 2002, p. 161)

afirmam que

o tempo é o elemento mais escasso e, se não for controlado, nada mais poderá sê-lo. A análise do próprio tempo, além disso, é o único caminho facilmente acessível, e, contudo, sistemático de analisar o próprio trabalho e de descobrir o que é realmente importante nele.

Nessa agenda de consultas (prontuário médico), é possível por a identificação do

paciente com nome, endereço, bairro, cidade, UF, CEP, telefone residencial, comercial, fax e

celular, correio eletrônico, página da web, indicado por (quem indicou o médico),

naturalidade, nacionalidade, escolaridade, sexo, cor, estado civil, profissão, data de

nascimento, convênio (com todos os espaços para detalhar o convênio), identidade, CPF, data

de retorno, data do cadastro, pendências, nome do pai, sua profissão e data de nascimento,

nome da mãe, sua profissão e sua data de nascimento, nome do cônjuge, sua profissão e data

de nascimento e observações. Obrigatoriamente, necessita-se preencher o nome completo do

paciente, a data de nascimento e o convênio.

Existe uma janela chamada anamnese utilizada para o médico registrar as informações

do paciente e podendo ser visualizada pela secretária quando necessário. Consta, data da

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consulta, idade do paciente e observações sobre o diagnóstico; tem-se espaço, também para a

evolução do paciente, ou seja, o que o médico prescreverá para a melhora do diagnóstico e o

campo para os impressos (receitas, cuidados, anotações, etc.).

No que diz respeito à agenda (Anexo F), acreditou-se que a melhor sugestão seria,

também, como o prontuário médico, a automatização desse documento em computador.

Considerou-se mais viável, pois o software médico, utilizado como sugestão para o

prontuário, seria usufruído, também, para esse documento, pois a agenda do software possui

fácil entendimento na sua linguagem e na sua estrutura. Geralmente, esses programas,

especializados para clínicas, vêm acoplados de ficha médica, agenda médica, agenda para

telefones, anotações, entre outros dados.

Dentro do prodoctor a agenda médica possui ligação direta com o cadastro de

pacientes (prontuário médico), tornando o trabalho ágil. Oferece um sistema de procura

avançado para se localizar consultas agendadas ou horários vagos. Possui recursos de controle

de presença, bloqueio de horário e impressão de consultas agendadas e ainda, avisa se o

paciente possui alguma pendência na Clínica. Há, ainda, um módulo pessoal onde cada

usuário (médico e secretária) poderá fazer anotações pessoais que não serão compartilhados

com os demais, se estiver trabalhando em rede. A agenda pode ser utilizada pelo médico para

acompanhar a situação da recepção, como quem está aguardando ou atrasado. Na agenda

diária visualiza-se, clicando na guia diária a grade de atendimento montada no cadastro de

usuários para cada usuário cadastrado.

4.4.2 Documentos e correspondências externos sugeridos

Em relação ao atestado médico (Apêndice C), acreditou-se que, antes de tudo, dentro

da sua estrutura, deveria-se organizar alguns componentes, como o título que não possui o

espaço de dez linhas entre ele e o timbre. Outro apontamento feito no atestado foi em relação

à localidade e data que não estão de acordo com as normas, ou seja, ele se encontra à esquerda

da folha com um espaço apenas abaixo do texto quando deveria estar à direita da folha com

dois espaços abaixo do texto. Poderia-se implantar um software no computador para o uso do

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atestado sendo que nele haveria possibilidade de obter a sua estrutura organizada, pois haveria

espaço maior para seu preenchimento.

Quanto à sua redação, há no início do texto um equívoco, já apresentado no item

4.3.1.2. Acredita-se reformular um outro início como “atesto que o Sr fulano foi atendido...”,

para que não haja desacertos e outras interpretações.

No software prodoctor, há um campo chamado modelo, que permite ao médico ou a

secretária criar modelos de impressos, não somente desses documentos, mas também, de

resultados de exames, laudos, dietas e textos diversos, que podem ser lançados dentro da ficha

dos pacientes para impressão. Os modelos arquivados podem ser editados especificamente

para cada paciente, alterando-se apenas o que for necessário. Com isso, evita-se o trabalho de

digitação do mesmo texto toda vez que houver necessidade de se imprimir um determinado

documento para cada paciente.

A declaração necessita de vários tópicos a serem revistos. Inicialmente, quanto a sua

redação, necessitaria criar um texto padrão, afirmando o comparecimento do paciente na

Clínica, pois o modelo utilizado pelos médicos caracteriza-se de uma folha em branco apenas

com timbre e cabeçalho e o restante dos dados prescritos à caneta e sem texto uniformizado.

Quanto a sua estrutura, dever-se-ia, conforme os autores pesquisados, constar o título

centralizado à folha e com letras maiúsculas na letra de tamanho 14, sendo um pouco maior

que o texto que deve conter letra no tamanho 12. A localização e a data devem estar à direita

do texto e, logo abaixo, a assinatura. Organizando, então, quanto à sua redação e a sua

estrutura, poder-se-ia implantar um software, no qual pudesse padronizar esse documento, far-

se-ia uso do mesmo que se utilizaria para o atestado.

No que diz respeito ao e-mail, um documento já informatizado, conforme

levantamento documental necessita de algumas modificações quanto à sua redação e à sua

estrutura. Sabe-se que o conteúdo que uma pessoa escreve numa mensagem eletrônica só diz

respeito a ela, pode-se escrever da maneira que quiser, sem ter muitas preocupações, mas isso

só acontece, quando as mensagens são pessoais, pois aquelas que diz respeito a assuntos da

empresa onde trabalha, não podem, jamais conter falhas. Para evitá-las, sugere-se a Clínica da

Pele a implantação de um documento (Apêndice E), que contenha na sua estrutura, o

logotipo da empresa, com tamanho da letra e o tipo de letra padronizados e quanto a sua

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redação é importante ao escrever o texto da mensagem, revisar tudo o que se escreveu antes

de enviá-lo, procurando não ter pressa. É necessário, também, que a pessoa domine a língua

portuguesa para não cometer gafes, podendo, assim, comunicar-se com exatidão.

Por fim, a agenda telefônica (Anexo G), apresenta-se nesse software uma atenção

com o recurso de discagem automática do número da pessoa cadastrada e de comunicação

direta com utilitários de correio eletrônico para página web na Internet. Para o cadastro de

dados das pessoas, obrigatoriamente é necessário que se preencham os campos nome e

empresa. A busca poderá ser feita por ambos os campos, através de suas caixas de procura. Na

agenda telefônica, há espaço para empresa ou nome da pessoa, endereço, bairro, cidade, UF,

CEP, país, correio eletrônico, página da web, telefone residencial, comercial, fax, celular,

outro número e anotações.

Criou-se, então, para esses documentos, modelos já reestruturados, adequados à

Clínica necessitando, apenas, inseri-los ao software.

O prodoctor, além de oferecer todos esses recursos, disponibiliza, ainda, outros

campos importantes como a farmacologia, que contêm nomes químicos, grupos

farmacológicos, indicações terapêuticas e laboratórios; o faturamento, que possui espaço para

anotações de convênios, tipos de guias, tipos de atendimento, prestadores de serviços, taxas e

diárias, materiais e medicamentos e tabelas de procedimentos; há o controle financeiro que

controla o estoque, contas a pagar e receber, relatórios de faturamento (procedimentos); tem,

também, o campo de relatórios financeiros, para extrato, balancete, fluxo, contas a pagar e

receber, cheques pré-datados, lançamentos para conferência, recibos emitidos, cheques

impressos; contêm os relatórios de estoque, para anotar dados de fornecedores, itens de

estoque, movimentação desses e conferência de notas; para finalizar, no campo ferramentas

encontra-se bloco de anotações, catálogo de imagem (para fotos e figuras), calculadora e

impressão de cheques.

Com esse programa, pôde-se perceber que a automação no ambiente organizacional

muda o perfil de trabalho de uma pessoa, pois automatiza as tarefas repetitivas e permite que

o profissional tenha mais tempo para se dedicar a outras atividades. Além disso, aumenta a

produtividade e a qualidade do serviço realizado.

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Esses são requisitos que as secretárias e os médicos podem adquirir na implantação

desse software. Eles, ainda, se beneficiarão em relação a custos, pois não terão, mais a

necessidade de se usufruírem alguns materiais como fichas, envelopes, caneta, borracha, lápis,

corretivo, fita adesiva para envelope, agendas anuais, arquivos para o armazenamento das

fichas médicas, entre outros.

A respeito, ainda, dos custos a pesquisadora em contato com o colaborador (médico

que já obtinha conhecimentos sobre o software) ficou sabendo, que a implantação desse é um

investimento excelente, acatou que hoje esse software estaria custando R$ 600,00 cada ponto

a ser instalado, ou seja, todas as salas que necessitarem do prodoctor, haverão de pagar esse

valor.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As empresas, nos tempos de hoje, vem se preocupando muito com as novas

tecnologias que o mercado vem proporcionando e, por isso, procuram estar sempre

atualizadas. Certas de que estarão à frente da concorrência, a cada dia, vão substituindo

pessoas por máquinas (computador, fax), priorizando a rapidez, a agilidade e os custos mais

baixos que esses equipamentos trazem como benefícios à empresa. Assim, vão esquecendo de

outros subsídios que podem parecer inúteis para as mesmas, mas que fazem a grande

diferença. Esse diferencial pode estar representado nas empresas pela comunicação, seja ela

externa ou interna, formal ou informal e escrita ou oral.

A comunicação é um atributo essencial da atividade humana, sendo imprescindível

para o entendimento social e profissional. É, também, um requisito fundamental para o bom

funcionamento das organizações e por esses motivos não pode, jamais, ser esquecida.

Preocupando-se com isso, desenvolveu-se uma pesquisa, investigando detalhadamente

a comunicação escrita na Clínica da Pele, sugerindo a sua reformulação e adequando as

informações necessárias a serem transmitidas, utilizando-se de uma linguagem prática e de

conhecimento comum a todos que participam da empresa.

Nesta pesquisa foi feita uma coleta de dados englobando alguns instrumentos que

possibilitaram o cumprimento de uma análise adequada, sendo eles o levantamento

documental, a observação participativa e o questionário.

Através do levantamento documental, que trouxe informações de diversos materiais

(ainda não elaborados, escritos ou não) foi possível verificar as informações necessárias para

a modificação na estrutura e na linguagem dos documentos contribuindo na metodologia de

comunicação formal e escrita. A observação participativa auxiliou bastante nessa análise, pois

através dela, a pesquisadora desempenhou papel ativo na coleta dos dados com o auxílio dos

seus conhecimentos pré-existentes, adquiridos na sua função de secretária na empresa há 7

(sete) anos. E, por fim, o questionário que foi aplicado aos 3 (três) colaboradores, entre eles,

dois médicos e uma secretária. Por meio dele, verificou-se que dos documentos e

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correspondências estudados, o mais utilizado por todos foi o prontuário médico. Considerando

a análise, afirma-se que, o uso mais freqüente dos documentos, realmente, está nesse

documento.

A reestruturação veio a ser para essa análise o principal foco para a pesquisadora. Os

informantes disseram que dois dos documentos analisados (a declaração e o atestado) não

necessitariam de qualquer alteração e que estariam de acordo com as necessidades dos

clientes. Quanto ao prontuário médico, todos acreditaram que ele deveria, sofrer modificação,

e sugestionaram, futuramente, a implantação do software prodoctor, já conhecido pelos

colaboradores da empresa, para o desempenho dessa tarefa.

Para que essa reestruturação seja feita é necessária, a padronização entre esses

documentos e correspondências analisados (prontuário médico, atestado médico, agenda

médica, declaração médica e e-mail), ou seja, procurar na estrutura e redação de cada um

desses, melhorar a disposição dos dados (fonte, tamanho da letra, logotipo, cabeçalho, etc), e

conseqüentemente a linguagem dos mesmos.

Cabe ressaltar que o profissional de secretariado pode contribuir com a adequação da

comunicação escrita na empresa, intervindo de modo a identificar falhas e sugerir melhorias

que proporcionam a qualidade nos documentos.

É importante salientar que o desenvolvimento deste trabalho obteve pontos positivos,

primeiramente pela sua conclusão e segundamente pelo alcance da reestruturação dos

documentos. Como qualquer pesquisa, também obtiveram os seus pontos negativos, como a

falta de tempo para análise de outros materiais (livros, revistas, Internet), dificuldades na

obtenção de dados e informações da empresa Clínica da Pele e problemas com o computador.

A seguir, serão feitas algumas recomendações como sugestões à Clínica orientadas

pela pesquisa.

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RECOMENDAÇÕES

Acredita-se que, após o término deste trabalho, a empresa Clínica da Pele possa

considerar as recomendações propostas a seguir:

Recomenda-se, devido à falta de padronização nos documentos e nas

correspondências, a implantação dos modelos sugeridos nesta pesquisa. É importante que

sejam revistas a formatação de algumas informações no atestado médico, na declaração

médica e no e-mail, tornando-os mais apresentáveis para quem os recebe, bem como a

informatização da agenda e prontuário médico, afim de que o serviço seja mais ágil e

eficiente.

Ressalta-se, ainda, com relação aos documentos e correspondências que os

administradores da Clínica poderiam estar oferecendo às secretárias, um treinamento anual

para atualização sobre a redação e a linguagem das comunicações escritas. Esse treinamento

pode ser oferecido pela própria pesquisadora, já que tem formação em Automação de

Escritórios e Secretariado.

Aconselha-se, também, que até que seja implantado o software, retira-se o arquivo de

madeira localizado na sala de arquivo, pois ele é considerado um foco contaminador devido a

diversos agentes nocivos como o ácaro, a poeira, o mofo, entre outros, que podem estar

contido ou surgir com o tempo nesse imóvel. Além disso, podem causar danos maiores à

saúde dos pacientes atendidos, pois o arquivo está localizado próximo à sala de

procedimentos cirúrgicos.

Propõe-se, além de tudo, que se a Clínica optar pela utilização do software, após a

implantação, sejam realizadas novas pesquisas a fim de se avaliar os benefícios que a empresa

adquiriu.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – Ficha de Observação

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ - UNIVALI

CENTRO DE EDUCAÇÃO DE SÃO JOSÉ

CURSO DE AUTOMAÇÃO DE ESCRITÓRIOS E SECRETARIADO

DATA

OBSERVAÇÃO

Roteiro de Observação

1) Os documentos e correspondências internos e externos possuem um modelo padrão?

2) Quais os documentos e correspondências mais utilizados na empresa?

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3) As ferramentas disponibilizadas pela empresa são suficientes para suprir a necessidade

das secretárias e dos médicos?

4) Como é o fluxo dos documentos e correspondências internos e externos ?

5) O serviço é considerado ágil e eficiente utilizando esses documentos e

correspondências?

6) Qual a importância que esses documentos e correspondências tem para a empresa?

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APÊNDICE B – Questionário aplicado aos colaboradores da

empresa Clínica da Pele

Prezados Senhores:

Esse questionário tem como objetivo coletar dados referentes à documentação externa

e interna da empresa Clínica da Pele com o intuito de padronizar a comunicação escrita da

mesma.

As respostas auxiliarão no relatório de conclusão de estágio da acadêmica Regiane da

Silva do Curso de Automação de Escritórios e Secretariado, da Universidade do Vale do

Itajaí, Campus VII – São José.

Espera-se que as questões possam ser todas contestadas e respondidas apenas com

caneta esferográfica, na cor preta ou azul e se possível devolvê-las até o dia 01/04/2005.

Agradeço, dede já, sua colaboração.

1) Qual a sua função na empresa Clínica da Pele?

( ) Médico ( ) Secretária

2) Quanto tempo executa sua função na empresa?

( ) de 1 a 5 anos ( ) de 5 a 10 anos ( ) mais de 10 anos

3) Durante esse tempo de trabalho, executou sempre tarefas envolvendo

documentos?

( ) sim ( ) não

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4) Dentre os documentos encontrados na Clínica identifique os mais utilizados

por você.

( ) declaração ( ) atestado ( ) formulário/ficha

5) De acordo com a numeração abaixo, informe com que freqüência você

usufrui cada um desses documentos escritos na Clínica?

(1) sempre (2) várias vezes (3) às vezes (4) nunca

( ) declaração ( ) atestado ( ) formulário/ficha

6) Na sua opinião, linguagem e o vocabulário desses documentos são adequados

à comunicação escrita?

( ) sim ( ) não

7) Você tem conhecimentos das normas e estrutura que esses documentos

precisam seguir?

( ) sim ( ) não

8) A comunicação escrita (declaração, atestado, formulário/ficha) que circula na

Clínica segue um padrão da empresa?

( ) sim ( ) não

9) Dos documentos que utiliza diariamente é necessário que haja alguma

modificação?

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( ) sim ( ) não

Se a resposta for positiva digam quais são suas sugestões.

10) Os documentos usados por você na Clínica, permitem a realização das

atividades com,

( ) rapidez ( ) morosidade

11) Para você é interessante a análise que está sendo feita com relação a esses

documentos?

( ) sim ( ) não

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APÊNDICE C – Modelo de Atestado Médico

CCllíínniiccaa ddaa PPeellee

(48) 222-7012

(48) 223-3829

ATESTADO MÉDICO

Atesto que o (a) Sr. (a) _______________________________________

foi atendido no dia ______/_______/______, às ________:________horas,

necessitando de (_________) dias de repouso.

CID_____________

Florianópolis, ______/______/______

Av. Osmar Cunha, 77A- Centro- 88.015-100- Florianópolis- SC

E-mail: [email protected]

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APÊNDICE D – Modelo de Declaração Médica

(48) 222-7012

(48) 223-3829

CCllíínniiccaa ddaa PPeellee

DECLARAÇÃO DE COMPARECIMENTO

Declaro que o Sr__________________ esteve em consulta médica no

dia___/___/___ durante o período___________________.

Florianópolis, _____/_____/_____.

Nome e CRM do médico

AV. Osmar Cunha, 77A- Centro- 88015-100

Florianópolis – SC- Fones: (48) 222-7012/223-3829

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APÊNDICE E – Modelo de E-mail

Original Message ----- From: Regiane To: [email protected] Sent: Thursday, December 09, 2004 10:34 AM Subject: consulta das funcionárias Isabel e Fernanda Monteiro na Clínica da Pele

Clínica da Pele �������������� ���� ������������� ��������� ������������� ������������������������������������������������ ������� ������� ����������� �����������������������!���������������������"#�$%�"&�'�������������(������������ ������������������!�����)������*���������������������� �����'�+��,&-.(/�������0��� ��������������������� ������� �����������������1�����������!����������������� �������������� ��21������������ ��������������� ��/������������ ���������������������� ��1���������������� ������������ ���� ���0�����������������3���������������2�/��)�� ������������������1��+����������4�����4���� �����

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ANEXOS

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ANEXO A – Formulário Específico/Prontuário Médico da

empresa Clínica da Pele

FICHA GEISE

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ANEXO B – Atestado Médico da empresa Clínica da Pele

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ANEXO C – Declaração Médica da empresa Clínica da Pele

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ANEXO D – E-mail enviado pela empresa Clínica da Pele

�� �5�� � �"#�$%�"&�$"56&��������

��5�� � �������������������7��������������2�����

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ANEXO E – Formulário Específico/ Prontuário Médico

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ANEXO F– Agenda Médica

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ANEXO G – Agenda Telefônica

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ASSINATURAS

Regiane da Silva Nome Cláudia Andrea Rost Estagiária Supervisor de campo Professora Orientadora

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ANEXOS

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