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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ

COLEGIADO DE ENGENHARIA FLORESTAL

COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL

1º CONGRESSO AMAPAENSE DE ENGENHARIA FLORESTAL

Tema: “Perspectivas Econômicas com Base no Manejo

Florestal Sustentável para a Amazônia”

4 a 7 de novembro de 2014

Macapá- AP- Brasil

2014

Perseu da Silva Aparício

Reitor da Universidade do Estado do Amapá

Jadson Coelho de Abreu

Coordenador do Curso de Engenharia Florestal

COMISSÃO ORGANIZADORA

Coordenação Geral

Jadson Coelho Abreu

Comissão Científica

Jadson Coelho de Abreu

Mariana Medeiros

Lina Bufalino

Fernando Rabelo

Robson borges

Carla Priscilla

André Camilo

Comissão Técnica/Apoio

Anderson Silva de Almeida

André Tavares de Jesus

Beatriz Costa Monteiro

Carla Samara Campelo de Sousa

Caroline da Cruz Vasconcelos

Cryslene da Costa Furtado

Edielza Aline dos Santos Ribeiro

Fábio Lacerda Jucá

Glaucileide Ferreira

Harliany de Brito Matias

Heidelanna Cilibelly da Silva Bacelar

Hugo Leonardo Pires e Pires

Jaynna Gonar Lôbo Isacksson

Livia Marques de Jesus

Luandson Araújo de Souza

Marciane Furtado Freitas

Marcos Alves Nicacio

Marcos Vinícius Dias Ribeiro

Michelle Vasconcelos Cordeiro

Raianny Nayara de Souza

Suellen Cristina Pantoja Gomes

Vanessa Carla Campelo de Sousa

Editoração e Organização do Livro de Resumos

Harliany de Brito Matias

Marcos Alves Nicacio

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

O conteúdo dos resumos é de exclusiva responsabilidade de seus autores. A Comissão Organizadora não se responsabiliza por consequências decorrentes de uso de quaisquer dados, afirmações e opiniões inexatas publicados neste livro.

1º Congresso Amapaense de Engenharia Florestal- CONAEF

Livro de Resumos do 1º Congresso Amapaense de Engenharia Florestal, realizado em

Macapá-AP – nov. 2014.

PREFÁCIO

Em sua primeira edição, o Congresso Amapaense de Engenharia

Florestal - CONAEF, estima reunir cerca de 300 pessoas, entre engenheiros

florestais, pesquisadores, estudantes, representantes dos setores público e

privado, com intuito de discutir temas relevantes sobre o setor florestal,

fortalecer o ensino, a pesquisa, a extensão e o mercado florestal na Amazônia,

especialmente no Estado do Amapá.

A ideia do 1º CONAEF surgiu através da Coordenação do Curso de

Engenharia Florestal, da Universidade do Estado do Amapá – UEAP,

juntamente com os acadêmicos do referido curso, que atuam na sua

organização. Será um momento ímpar na história da UEAP, uma vez que

consistirá no mais importante evento na área de Engenharia Florestal, em nível

de Amapá.

O evento pretende envolver diferentes setores da sociedade para

apresentar e discutir a situação atual das florestas no Estado, conscientizando

sobre a importância das florestas produtivas e de conservação nas diferentes

esferas da sociedade, buscando uma evolução da Política Florestal Estadual,

da Pesquisa e do Desenvolvimento Florestal de acordo com a realidade e as

necessidades atuais e futuras da sociedade.

A escolha do tema “Perspectivas Econômicas com Base no Manejo

Florestal Sustentável para a Amazônia” teve por objetivo chamar a atenção

para a importância do setor florestal, em prol de formas de vida sustentáveis, já

que esse tema teve um papel secundário na história do desenvolvimento

florestal amazônico.

Aproveitamos a presença de todos para agradecer a todos os gestores,

orientadores, consultores, avaliadores, alunos, coordenadores e colaboradores

que não mediram esforços para a conclusão dessa etapa.

Macapá, 08 de agosto de 2014.

Comissão organizadora

Sumário BIOMETRIA DE FRUTOS E SEMENTES DE Caesalpinia pulcherrima(L.) Sw. USADA NA

ARBORIZAÇÃO URBANA DE MACAPÁ, AMAPÁ .................................................................... 8

DISTRIBUIÇÃO DE CIPÓ TITICA (Heteropsisflexuosa, Araceae) NAS ÁRVORES

HOSPEDEIRAS NA FLONA, AMAPÁ-BRASIL ............................................................................ 9

ESTRUTURA DA Hevea brasiliensis (Willd. ExAdr. de Juss.) Muell-Arg. NUMA FAIXA DE

PRESERVAÇÃO PERMANENTE EM FLORESTA DE VÁRZEA ........................................... 10

COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA DA REGENERAÇÃO NATURAL DE ESPÉCIES

ARBÓREAS EM FLORESTA DE VÁRZEA NA APA DA FAZENDINHA, MACAPÁ-AP ... 11

LEVANTAMENTO FLORÍSTICO NO SÍTIO BERÉ, JARDIM-CE ........................................ 12

USO DE SUBSTRATOS ALTERNATIVOS NA ACLIMATAÇÃO DE PLÂNTULAS

MICROPROPAGADAS in vitro DE Cattleya nobilior Rchb.F * .................................................. 13

AVALIAÇÃO DA CAP DO PARICÁ APÓS CINCO ANOS DE CULTIVO EM SISTEMA DE

INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA-FLORESTA EM PARAGOMINAS-PA ................. 14

PORCENTAGEM, ÍNDICE DE VELOCIDADE E TEMPO MÉDIO DE GERMINAÇÃO DA

PALHETEIRA (Clitoria Fairchildiana R. A. Howard) ................................................................. 15

AVALIAÇÃODA GERMINAÇÃO DE SEMENTES ALADAS E SEM ALAS DO GÊNERO

Tabebuia sp. UTILIZANDO DIFERENTES SUBSTRATOS. ...................................................... 16

CARACTERÍSTICAS DENDROMÉTRICAS DE UM CANTEIRO FLORESTAL NO

MUNICÍPIO DE PARAGOMINAS-PA ......................................................................................... 17

DETERMINAÇÃO DA QUALIDADE FÍSICA E DA CURVA DE EMBEBIÇÃO DE

SEMENTES DE IPÊ-ROSA (Androanthus heptaphyllus (MART.) MATTOS.) ......................... 18

CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS E PRODUTIVAS DO MILHO EM SISTEMA DE

INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA-FLORESTA NO NORDESTE DO PARÁ .............. 19

AVALIAÇÃO DA BIOMASSA MICROBIANA DO SOLO EM CONSORCIAÇÃO COM

Eucalyptus urograndis NO CERRADO DO AMAPÁ .................................................................... 20

IMPACTO DO MANEJO FLORESTAL PARA EXPLORAÇÃO DE MADEIRA, NA

SANIDADE DAS ÁRVORES REMANESCENTES ..................................................................... 21

OCORRÊNCIA E COMPOSIÇÃO FLORISTICA DE BURSERACEAE NO VALE DO JARÍ,

ESTADO DO AMAPÁ. .................................................................................................................... 22

EFEITO DA RAIZ PIVOTANTE NA QUALIDADE DE MUDAS E DOS PLANTIOS DE

ESPÉCIES FLORESTAIS ............................................................................................................... 23

BIOMETRIA E GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE Syagrus flexuosa (Mart.) Becc. ........... 24

OCORRÊNCIA DE PALMEIRAS EM FLORESTA INUNDAVEL NA AMAZONIA

ORIENTAL, ESTADO DO AMAPÁ, BRASIL ............................................................................. 25

LEVANTAMENTO DA FLORA E AVALIAÇÃO DO ESTADO DE CONSERVAÇÃO DO

PARQUE ECOLÓGICO DAS TIMBAÚBAS EM JUAZEIRO DO NORTE - CEARÁ ........... 26

LEVANTAMENTO FLORÍSTICO E ASPECTOS ETNOBOTÂNICOS DE CACTÁCEAS

OCORRENTES EM UMA CIDADE DO INTERIOR DE PERNAMBUCO ............................. 27

POTENCIAL PRODUTIVO DE MADEIRA DAS ESPÉCIES DO GÊNERO Cecropia

(URTICACEAE) PÓS-EXPLORAÇÃO NA FLONA TAPAJÓS ................................................ 28

AVALIAÇÃO DA BIOMASSA MICROBIANA DO SOLO EM SISTEMA DE SUCESSÃO

DE MILHO (Zea maiz) COM Brachiaria ruziziensis CONSORCIADO COM TRÊS

ESPÉCIES ARBÓREAS NO CERRADO AMAPAENSE ............................................................ 29

CONSERVAÇÃO DO SOLO: O CASO DAS RAVIANAS NO PARQUE ECOLÓGICO DA

TIMBAÚBAS, NO MUNICÍPIO DE JUAZEIRO DO NORTE-CE ............................................ 30

AVALIAÇÃO DO EXTRATO DE Ambelania acida Aubl. COMO CONTROLE

ALTERNATIVO IN VITRO SOBRE Quambalaria sp EM Eucalyptus sp. ................................... 31

AVALIAÇÃO DE MÉTODOS DE ISOLAMENTO DE Ceratocystis fimbriata A PARTIR DE

CLONE DE Eucaliptus INFECTADO COM O PATÓGENO ...................................................... 32

EFEITO ANTAGONISTA in vitro DE Trichoderma sp. SOBRE Lasiodiplodia sp. em

Eucalyptus sp. NO ESTADO DO AMAPÁ ..................................................................................... 33

DIPTEROS FRUGÍVOROS ASSOCIADOS AO INGÁ-CIPÓ (Inga edulis Martius, Fabaceae)

NO ESTADO DO AMAPÁ .............................................................................................................. 34

COMPARAÇÃO ENTRE MÉTODOS DE ANÁLISE DE QUANTIDADE E QUALIDADE DE

RNA TOTAL EXTRAÍDO DE FOLHAS DE EUCALIPTO ....................................................... 35

MOGNO BRASILEIRO (Swietenia macrophylla King.) EM AMBIENTE URBANO:

CARACTERIZAÇÃO BIOMÉTRICA DA SEMENTE ............................................................... 36

DISTRIBUIÇÃO DIAMÉTRICA EM UMA FLORESTA DE VÁRZEA NA LOCALIDADE

DA ILHA DE SANTANA-AP, BRASIL ......................................................................................... 37

PRODUÇÃO DE PAPELÃO ARTESANAL SEM ADITIVOS QUÍMICOS UTILIZANDO

FIBRA DE COCO (Cocos nucifera L)............................................................................................. 38

ELABORAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE UM MINI VIVEIRO MÓVEL PARA SUBSIDIAR

PEQUENOS PROJETOS DE GERMINAÇÃO ............................................................................ 39

CARACTERIZAÇÃO SÓCIOPRODUTIVA DAS FAMÍLIAS EXTRATIVISTAS DO RIO

CHARAPUCU, MUNICÍPIO DE AFUÁ, PÁRÁ, BRASIL .......................................................... 40

PERFIL SÓCIOECONÔMICO DA COMUNIDADE PARAGONORTE – P.A. LUIZ

INÁCIO, SITUADA NO MUNICÍPIO DE PARAGOMINAS/PA ............................................... 41

BENEFICIAMENTO DE SEMENTES FLORESTAIS PARA PRODUÇÃO DE BIOJÓIAS

NO MUNICÍPIO DE ALTAMIRA, PARÁ .................................................................................... 42

EXTRAÇÃO DO BREU BRANCO: IMPACTOS SÓCIOECONÔMICO NA COMUNIDADE

TRADICIONAL DA VILA DE SÃO FRANCISCO – RDS DO IRATAPURU .......................... 43

ANÁLISE DOS RESÍDUOS MADEIREIROS GERADOS NAS MARCENARIAS DO

MUNICÍPIO DE PARAGOMINAS – PARÁ ................................................................................. 44

AVALIAÇÃO CLIMATOLÓGICA NA REGIÃO DE PARAGOMINAS - PA ......................... 45

ANÁLISE DA QUALIDADE DO CARVÃO VEGETAL COMERCIALIZADO EM UMA

REDE DE SUPERMERCADOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM-PA ............ 46

IDENTIFICAÇÃO MACROSCÓPICA DE MADEIRAS ORIUNDAS DE SERRARIAS DO

MUNICÍPIO DE TOMÉ AÇU- PARÁ ........................................................................................... 47

CRESCIMENTO DE MUDAS DE BARU EM VIVEIRO SOB ADUBAÇÃO DE N-P-K E

LODO DE ESGOTO ........................................................................................................................ 48

IDENTIFICAÇÃO MACROSCÓPICA DAS ESPÉCIES MADEIREIRAS USADAS NAS

EMPRESAS DE INSTRUMENTOS MUSICAIS EM BELÉM-PA ............................................. 49

ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DA ARBORIZAÇÃO NO CONFORTO TÉRMICO EM DUAS

AVENIDAS EM BELÉM-PARÁ .................................................................................................... 50

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA .................................................................................... 51

QUEBRA DE DORMÊNCIA E AVALIAÇÃO DO PERIODO GERMINATIVO DO PARICÁ

(Schizolobium parahyba var. amazonicum(Huber ex Ducke)) Barneby). ........................................ 52

INVENTÁRIO DA ARBORIZAÇÃO DO CANTEIRO CENTRAL DA AVENIDA

AMAZONAS, IRANDUBA-AM ...................................................................................................... 53

MODELO FLORESTAL PARA PRODUÇÃO DE ENERGIA E RECUPERAÇÃO DE

ÁREAS DE RESERVA LEGAL ..................................................................................................... 54

CRESCIMENTO INICIAL DE Bagassa guianesis Aubl. EM DIFERENTES

ESPAÇAMENTOS ........................................................................................................................... 55

CONSIDERAÇÕES SOBRE A QUALIDADE DA MADEIRA DE PARICÁ PLANTADA NO

NORDESTE PARAENSE ................................................................................................................ 56

8

BIOMETRIA DE FRUTOS E SEMENTES DE Caesalpinia pulcherrima(L.) Sw.

USADA NA ARBORIZAÇÃO URBANA DE MACAPÁ, AMAPÁ

Rafael Anderson Lemos Ramos 1

Kézia Pereira da Silva2

Ana Luiza de Sousa Costa1

Aynna Raira Lima de Sousa 2

Caroline da Cruz Vasconcelos3

Caesalpinia pulcherrima (L.) Sw. (Fabaceae – Caesalpinioidea), conhecida

popularmente como flamboyanzinho, possui porte arbóreo-arbustivo, sendo utilizada como cerca-viva e quebra-vento, além do uso medicinal e paisagístico. Este trabalho

objetivou avaliar as dimensõesde frutos e sementes do flamboyanzinho, usado na

arborização urbana de Macapá-AP. Os frutos foram coletados diretamente da copa de

uma árvore localizada na Praça da Bandeira, no centro de Macapá, antes do início da

deiscência. Processou-se o material coletado no Laboratório de Sementes da Embrapa

Amapá, onde se escolheu aleatoriamenteuma amostra de 28 frutos e 30 sementes sadios.

Para a mensuração dos propágulos, tomou-se como medidas: comprimento, largura e

espessura, além do peso fresco e contagem do número de sementes/fruto. As avaliações

do tamanho foram realizadas com auxílio de paquímetro digital e régua graduadae a

massa em balança analítica (0,0001 g). Os dados foram avaliados por meio de estatística

descritiva pelo software Excel® 2013. Fruto tipo legume deiscente, glabro, marrom-

escuro quando maturo; pedúnculo relativamente grande (ca. 5 cm). Apresenta em

média: 9,3 (6,0-10,5/ CV 11,6%) cm de comprimento; 1,7 (1,2-2,2/ CV 16,2%) cm de

largura e 0,7 (0,2-1,4/ CV 46,7%) cm de espessura; 2 (0,8-3,1/ CV 29,2%) g de peso e 5

(1-9/ CV 39,6%) sementes/fruto, sendo que o percentual de sementes inviáveis foi de

4,6%. Sementes oblongas-ovaladas e marrom-claras, apresentando em média: 8,5 (7,3-

13,0/ CV 12%) cm de comprimento; 7,0 (5,9-11,6/ CV 20,3%) cm de largura; 3,1 (2,2-

8,0/ CV 42,2%) cm de espessura e 0,1 (0,08-0,15/ CV15,1%) g de peso. De modo geral,

observou-se grande variação para os parâmetros biométricos, embora tenha ocorrido

menor variabilidade em relação ao comprimento dos propágulos. Para o fruto, a maior

variação ocorreu para peso, espessura e nº de sementes, enquanto que para semente foi

largura e espessura. Estes resultados subsidiarão estudos envolvendo a caracterização e

identificação dessa espécie.

Palavras-chave: Fabaceae, Morfologia, Propágulos, Flamboyanzinho.

1Graduandos do 2º semestre do curso de Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Amapá/UEAP.

E-mail: [email protected] 2Graduandas do 6º semestre do curso de Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Amapá/UEAP. 3Graduanda do 10º semestre do curso de Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Amapá/ UEAP.

9

DISTRIBUIÇÃO DE CIPÓ TITICA (Heteropsisflexuosa, Araceae) NAS

ÁRVORES HOSPEDEIRAS NA FLONA, AMAPÁ-BRASIL

Dayane Nathália Barbosa Pastana1

Bruno Costa Santos1

Ingrid Rezende De Oliveira1

Luana Silva Bittencourt2

O Cipó titica ou titicão(Heteropsisflexuosa(H.B.K) Bunth), é uma liana característica

das florestas de terra firme, amplamente utilizado para a confecçãode cestas, móveis e

outros objetos artesanais. Todavia, as pesquisas no Amapá sobre sua disposição são

escassas. Desta forma, o objetivo do presente trabalho foi descrever a distribuição do

cipó titica nas árvores hospedeiras na FLONA, Amapá. Para obter tais informações, ao

longo da linha 5, no ponto 500m, no quadrante 25, totalizando 20 parcelas de 40x100. A

área de amostragem foi de 8 Há. Realizou-se análise do número de raízes em função do

DAP e altura das hospedeiras. Para a análise estatística foram utilizadas planilhas do

Excel e o programa Bioestat 5.0. De acordo com os resultados obtidos, dentre as árvores

hospedeiras que possuem cipó, 22% preferem a parte do tronco. Sendo que o DAP e

altura não interferem na disposição das raízes. A altura é significativamente maior na

Parcela PR e as árvores de Cipó titica não tiveram nenhuma associação especial com o

diâmetro. Pode-se perceber que em áreas alagadas ocorre a diminuição da ocorrência de

cipó. Portanto, para o cipó não há preferência entre o DAP da árvore. A planta-mãe

prefere instala-se no tronco e o tamanho da árvore hospedeira influência em sua

presença. Sendo que em parcelas de linha reta sua ocorrência é maior do que em curvas

de níveis.

Palavras-chave: disposição, titicão, terra firme

1 Discente – Colegiado de Engenharia Florestal - Universidade do Estado do Amapá (UEAP). Av.

Presidente Vargas, 650. CEP 68904070. Macapá – AP – Brasil. 2 Prof. MSc – Colegiado de Engenharia Florestal – UEAP. E-mail: [email protected]

10

ESTRUTURA DA Hevea brasiliensis (Willd. ExAdr. de Juss.) Muell-Arg. NUMA

FAIXA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE EM FLORESTA DE VÁRZEA

Fábio Lacerda Jucá1

Carla Samara Campelo de Souza1

Marcos Vinícius Ribeiro Dias1

Luana Lima dos Santos2

Perseu da Silva Aparício3

As várzeas estuarinas são áreas que margeiam os rios, lagos, paranás, furos e igarapés, e

sofrem influência direta das marés oceânicas. A vegetação natural dessas áreas é

composta por vastos campos inundáveis ou formações florestais. Diante do exposto,

este trabalho tem como objetivo avaliar a distribuição diamétrica da Hevea brasiliensis

(Willd. ExAdr. de Juss.) Muell-Arg., num curso d’água no município de Macapá, AP,

de acordo com a maior faixa definida pelo Código Florestal (Lei 12.651/2012). A área

de estudo abrange a margem do Igarapé da Fortaleza até a Gruta do bairro Zerão, o qual

possui uma extensão de 9 km e uma largura média de 22,3 m. Foram alocados de forma

aleatória 10 parcelas de 10 x 50 m, totalizando 500 m² (0,5 ha amostrados). Todos os

indivíduos da espécie com DAP (Diâmetro à Altura do Peito a 1,30 m do solo) ≥ 5 cm

foram mensurados para posterior estimativa da distribuição diamétrica. Também foram

coletados materiais botânicos (ramos férteis ou não) para identificação da espécie por

especialistas do Herbário da Universidade Federal do Amapá/UNIFAP (HUFAP). No

inventario foram encontrados 21 indivíduos vivos, com diâmetro máximo encontrado de

47,10 cm, mínimo de 6,42 cm e média de 21,60 cm, divididos em 6 classes diamétricas,

onde a primeira classe contemplou indivíduos de 6 < DAP < 14 cm e a última classe

DAP > 41 cm. A distribuição diamétrica obteve maior número de indivíduos na

primeira classe (8 indivíduos), havendo uma distribuição irregular na segunda classe de

diâmetro. Tal fato pode estar relacionado com certas dificuldades de regeneração devido

a essa área ser bastante antropizada, causando uma perturbação nessa regeneração ou

ser de característica da própria espécie em floresta de várzea. Assim, a estrutura da

espécie Hevea brasiliensis tem sido afetada diretamente pela faixa de preservação

permanente prevista no código florestal.

Palavras-chave: Mata ciliar, Seringueira, Distribuição Diamétrica.

.

1 Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Amapá/UEAP. E-mail:

[email protected] 2 Mestranda em Direito Ambiental/UNIFAP. 3 Orientador, Professor Dr. Adjunto do Curso de Engenharia Florestal/UEAP.

11

COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA DA REGENERAÇÃO NATURAL DE ESPÉCIES

ARBÓREAS EM FLORESTA DE VÁRZEA NA APA DA FAZENDINHA,

MACAPÁ-AP

Jaynna Gonar Lôbo Isacksson1

Caroline da Cruz Vasconcelos1

Jadson Coelho de Abreu2

Estudos sobre composição florística fornecem informações básicas para tomadas de

decisão no manejo e conservação de espécies, especialmente em Unidades de

Conservação. O objetivo deste trabalhofoi avaliar a composição florística da

regeneração natural de espécies arbóreas na APA da Fazendinha, em Macapá-AP.

Alocou-se sistematicamente 21 parcelas 5x5m (25m2) equidistantes em 50m,

distribuídas em 3 transectos equidistantes em 500m e perpendiculares ao rio Amazonas.

Inventariou-se os indivíduos com altura (h) > 0,5cm e diâmetro a altura do solo (DAS)

< 5cm. A identificação taxonômica foi realizada em campo com ajuda de um

parabotânico local. Para análise da diversidade e riqueza, utilizou-se o índice de

Shannon-Wiener (H’) e a curva espécie/área, respectivamente. Verificou-se que as

parcelas foram suficientes para representar a composição florística da regeneração

natural das espécies arbóreas da APA da Fazendinha. Amostrou-se 761 indivíduos,

distribuídos em 20 famílias botânicas, 35 gêneros e 43 espécies (1 identificada em nível

de família e 6 em nível de gênero), compondo densidade total de 14.495,24 ind.ha-1. As

famílias que apresentaram maior representatividade em número de espécies foram

Fabaceae, com 12 espécies (27,9%); Violaceae e Bignoniaceae, com 3 espécies cada

(6,9%); Chrysobalanaceae, Apocynaceae, Malvaceae, Sapotaceae, Clusiaceae,

Meliaceae e Annonaceae, com 2 espécies cada; as quais conjuntamente representaram

74,4% do total. As espécies que se destacaram com maior número de indivíduos foram,

respectivamente, Mora paraensis (Ducke) Ducke (512), Virola surinamensis (Rol. ex

Rottb.) Warb. (38), Symphonia globulifera L. f. (23), Eugenia floribunda H. West ex

Willd. (22) e Rinorea racemosa (Mart.) Kuntze (21). De modo geral, Mora paraensis

(Ducke) Ducke foi a espécie que obteve maior representatividade para a comunidade

estudada. O índice de Shannon-Wiener (H’) foi de 1,66 nats/ind. Considerando a baixa

diversidade, especialmente por se tratar de uma floresta de várzea, estes valores

ressaltam a importância implementar ações prioritárias para conservação daUC.

Palavras-chave: Amazônia, Unidade de conservação, Diversidade.

1 Graduandas em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Amapá/UEAP. E-mail:

[email protected] 2 Professor Assistente do curso de Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Amapá/ UEAP.

12

LEVANTAMENTO FLORÍSTICO NO SÍTIO BERÉ, JARDIM-CE

Pedro Silvino Pereira 1

Harliany de Brito Matias 2

Cícero Luciano de Ferreira de Castro 3

Luiz de Marivando Barros 4

Antonio Marcos Drumond 5

Este estudo objetivou avaliar a composição florística de uma área de Caatinga arbustiva

arbórea fechada existente no sítio Beré, trabalho este desenvolvido no município de

Jardim, CE. Foi realizado um levantamento florístico, aplicando o método de trabalho

de campo “caminhamento”, o qual consiste no levantamento e reconhecimento dos tipos

de espécies da vegetação na área amostrada com posterior elaboração da lista das

espécies Para tal caracterização utilizou-se o método de amostragem de superfície com

25 parcelas de 20m x 20m = 400 m2, totalizando um hectare amostrado. Como critério

de inclusão em cada parcela foram feitas as seguintes avaliações da vegetação para cada

indivíduo: nome vulgar (regional), foram levantados todos os indivíduos com

circunferência à altura da base (CAB) ≥ 6cm, diâmetro da altura do peito e a altura de

cada espécie no interior das referidas unidades amostrais. Foram anotadas as

características morfológicas de cada espécie amostrada e sua fenologia. Foram

amostrados 103 indivíduos pertencentes a 30 espécies e distribuídas em 14 famílias. As

famílias euphorbiaceae e fabaceae foram as mais representativas na área estudada em

número de indivíduos. A espécie mais abundante foi o Croton sonderianus Müll. Arg.,

o marmeleiro preto, com 30 espécimes, respondendo por 29,12% do total amostrado,

sendo a única espécie representada em todas as unidades amostrais. Também foi

representativa a presença da Anadenanthera macrocarpa (Angico) e Caesalpinia

pyramidalis Tul (catingueira). A classe de altura 2,49m a 5,30m foi a que obteve maior

número de árvores, 80,14% de todas as espécies inventariadas. O uso destas espécies

nas vidas das pessoas da zona rural é muito importante para a sua manutenção e como o

uso na medicina caseira, o uso da lenha para o cozimento do alimento, a venda da

mesma e a produção de carvão para o seu enobrecimento.

Palavras-chave: Florística, caatinga, Semiárido.

1 Mestrando em Ciências Florestais, Universidade Federal de Campina Grande/UFCG. E-mail:

[email protected] 2 Graduanda em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Amapá/UEAP. 3 Graduado em Geografia, Universidade Regional do Cariri/URCA. 4 Doutorando DINTER/UFMS/URCA. 5 Orientador, Professor Dr. do curso do Mestrado em Ciências Florestais/UFCG.

13

USO DE SUBSTRATOS ALTERNATIVOS NA ACLIMATAÇÃO DE

PLÂNTULAS MICROPROPAGADAS in vitro DE Cattleya nobilior Rchb.F *

Danielle Monteiro Vasconcelos 1

Mônica Patrini de Oliveira Barros 1

Marcelo de Jesus Veiga Carim 2

José Renan da Silva Guimarães 3

Amanda Maria de Sousa Diógenes Almeida 4

Na micropropagação de orquídeas, a etapa de aclimatização exige mais atenção devido

à mudança da condição in vitro para ex vivo. Para que se obtenha sucesso na etapa de

aclimatação, o substrato é um fator extremamente importante para o resultado final.

Esse trabalho objetiva avaliar o efeito de diferentes substratos no crescimento e

desenvolvimento das plântulas obtidas in vitro de Cattleya nobilior Rchb.F. As

plântulas de C. nobilior foram oriundas de cultivo in vitro¸ realizado no Laboratório de

Biotecnologia do IEPA. As mudas foram transplantas para bandejas de poliestireno com

diferentes substratos: T1 esfagno; T2 vermiculita; T3 seixo, T4 fibra de coco e T5 fibra

de coco com casca de pinus. As plântulas foram submetidas a irrigação diariamente, e

adubação foliar em intervalos de 15 dias, com fertilizante líquido contendo NPK e

Enxofre, diluídos 10 ml/L de água. O delineamento experimental foi inteiramente

casualizado, contendo nove plântulas em cada tratamento, os parâmetros avaliados

foram mortalidade e crescimento. Os dados biológicos mensurados: altura da parte

aérea, número de folhas, comprimento da raiz maior. Nos resultados obtidos, a taxa de

sobrevivência das plântulas apresentou diferença significativa entre o tratamento T5,

com mortalidade de 95% e T4 com mortalidade de 45%, ambos até o segundo mês. O

tratamento T1 e T2 não apresentaram diferenças estatísticas significativas, os dois foram

capazes de permitir a sobrevivência de 95% das plântulas. Com relação ao

prolongamento da parte aérea o tratamento T2, apresentou uma média de 0,5mm de

crescimento em relação ao T1 com 0,3mm. Observou-se que os tratamentos T3, T4 e T5

após dois meses não resistiram obtendo uma mortalidade de 100%. Diante do exposto,

podemos concluir que os substratos de vermiculita e esfagno, apresentaram menor

mortalidade e maior desenvolvimento, sendo duas alternativas para aclimatação dessa

espécie após sua multiplicação in vitro.

Palavras-chave: orquídeas, ex vitro, desenvolvimento.

1 Graduandas do Curso Técnico em Meio Ambiente, Centro de Ensino Profissionalizante Profª. Graziela

Reis de Souza - AP. E-mail: [email protected] 2 Orientador, Pesquisador M.Sc. do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá

- IEPA. 3 Co-orientador, Pesquisador Esp. do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do

Amapá - IEPA. 4 Pesquisadora, M. Sc. do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá - IEPA.

* Bolsista de iniciação Cientifica Junior da Fundação de amparo a Pesquisa do Amapá - FAPEAP

14

AVALIAÇÃO DA CAP DO PARICÁ APÓS CINCO ANOS DE CULTIVO EM

SISTEMA DE INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA-FLORESTA EM

PARAGOMINAS-PA

Dyonara D. de Sousa Castro 1

Agust Sales 1

Felipe Gaia de Sousa 1

Hiogo M. da silva Araújo 2

Lucieta G. Martorano 3

No nordeste paraense há uma grande necessidade de se transformar os recursos naturais

degradados em áreas produtivas. O sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta

(iLPF) possibilita a recuperação de áreas degradadas de forma sustentável e com uma

maior produção por área. O paricá (Schizolobium amazonicum) tem se tornado uma

importante alternativa para estes sistemas em função de seu rápido crescimento e idades

de corte dos povoamentos homogêneos. O trabalho tem como objetivo avaliar a

Circunferência à Altura do Peito (CAP) do paricá após cinco anos de cultivo no sistema

iLPF. O estudo foi desenvolvido na fazenda Vitória, no município de Paragominas -

PA. Segundo a classificação de Koppen, o clima é Aw. A precipitação média é de 1743

mm. O solo foi classificado como Latossolo amarelo textura argilosa. Utilizou-se o

milho (BRS 1030) como cultivo de grãos, Brachiaria ruziziensis para forragem e a

espécie florestal utilizada foi o paricá. O plantio de paricá foi realizado em junho de

2009. Foram mensuradas 280 árvores de paricá após 5 anos de cultivo. A CAP das

árvores de paricá apresentou média de 57,11 ± 18,45 cm. A variabilidade das amostras

mensuradas ocasionou um coeficiente de variação de 32,31%. O paricá apresentou

rápido e uniforme crescimento, observou-se fuste aproximadamente cilíndrico e reto e

desrama natural. O paricá teve um desenvolvimento satisfatória no sistema iLPF mesmo

com escassez hídrica ocorrida naquele local. Essas peculiaridades do sistema iLPF

implicam em diferentes estratégias de manejo agrossilvipastoril. Para tanto, as

recomendações devem ser mais bem estudadas, respeitando as situações em particular.

Palavras-chave: floresta, manejo, Schizolobium amazonicum, solo

1 Estudante de Graduação em Engenharia Florestal - UEPA, estagiário Embrapa Amazônia Oriental,

Paragominas/PA, [email protected] 2 Estudante de Graduação em Engenharia Florestal - UEPA, Paragominas-PA. 3 Pesquisadora da Embrapa Amazônia Oriental, Belém - PA.

15

PORCENTAGEM, ÍNDICE DE VELOCIDADE E TEMPO MÉDIO DE

GERMINAÇÃO DA PALHETEIRA (Clitoria Fairchildiana R. A. Howard)

Carla Vanessa Moraes da Silva 1

Dayseanne Oliveira de Alencar 1

Jonatas da Silva Costa 1

Perseu da Costa Andrade 1

A espécie florestal Clitoria fairchildiana R. A. Howard, vulgarmente conhecida como

palheteira é nativa da região amazônica, pertencente à família Fabacea-Papilionoideae.

Devido a crescente expansão de projetos visando à recuperação de áreas degradadas, é

imprescindível o conhecimento sobre a semente da palheteira, para que ocorra o manejo

adequado aproveitando-se o potencial da espécie. O objetivo desse trabalho foi avaliar

as características de germinação da palheteira. Os testes foram desenvolvidos com

sementes coletadas de seis matrizes de palheteira, cada uma proveniente de um

município paraense diferente; dispostas em delineamento Blocos Casualizados, com 5

repetições de 10 plantas cada, totalizando 300 mudas cultivadas em viveiro da

SAGRI/PARÁ por 30 dias. As sementes foram postas a germinar, com semeadura

direta, sendo uma semente em cada saco, preenchidos com substrato de terra preta,

caroço de açaí e casca de castanha-do-pará na proporção 2:1:1. As variáveis avaliadas

foram: Porcentagem de Germinação (%G), Índice de velocidade de germinação (IVG) e

Tempo médio de germinação (TMG). As plântulas iniciaram sua germinação no terceiro

dia após a semeadura, com a protrusão da raiz primária aos 9 dias, seguida de

emergência dos cotilédones aos 13 dias e formação da gema apical e da plântula aos 16

dias. As matrizes localizadas em Moju e Maracanã foram as que apresentaram um

atraso durante o processo de germinação. A matriz localizada em Castanhal destacou-se

no IVG com 2,2 e a matriz de Moju obteve o pior IVG com 3,1. Todas as mudas de

todas as matrizes apresentaram alta porcentagem de emergência (>80%) indicando uma

alta taxa de sobrevivência da espécie. A matriz localizada em Castanhal obteve 100% de

germinação, e a de Tomé-açu foi a que apresentou o menor percentual com 84%. A

matriz de Castanhal apresentou melhores resultados para as variáveis avaliadas,

possuindo sementes com alta qualidade sendo indicada a comercialização.

Palavras-chave: Semente, Manejo, Matriz.

1 Graduandos de Engenharia Florestal pela Universidade Federal Rural da Amazônia- UFRA. Av.

Presidente Tancredo Neves, 2501, 66077-530, Belém, PA. Endereço Eletrônico:

[email protected]

16

AVALIAÇÃODA GERMINAÇÃO DE SEMENTES ALADAS E SEM ALAS DO

GÊNERO Tabebuia sp. UTILIZANDO DIFERENTES SUBSTRATOS.

Maira Simone Gabriel Lira1

Karla Danielle Barros de Souza²

Rayssa Rodrigues da Silva³

Samara do Socorro Santos Freitas4

Henriqueta da Conceição Brito Nunes5

A propagação sexuada é o processo mais empregado na obtenção de mudas de espécies

nativas para atender o reflorestamento e o paisagismo urbano. Objetivo do trabalho foi

avaliar a germinação de sementes com e sem alas em diferentes substratos. As sementes

foram coletadas em novembro de 2013 na Praça Célio Miranda no município de

Paragominas-Pa em diferentes matrizes. Após a coleta, foram levadas ao Laboratório da

UEPA – Campus de Paragominas. Foram selecionadas trezentas sementes

aleatoriamente, vinte serviram para avaliar os parâmetros biométricos. As sementes

foram submetidas ao pré-tratamento de embebição em água destilada por 48 horas. O

delineamento experimental foi inteiramente casualizado 2x3, instalado na área de

Campo da UEPA, com seis repetições de cinqüenta sementes com e sem ala em

diferentes substratos: areia; terra preta, areia + terra preta na proporção de 1:1, mantida

em condições ambientais. Os resultados da biometria apresentaram sementes com ala

variando no comprimento entre 33,8 a 41,4 cm; largura de 8,0 a 9,6 cm e espessura de

0,9 a 1,9 cm, sendo as médias encontradas de 37,97cm; 8,71cm e 1,45 cm. O maior

coeficiente de variação foi de 18,3% para o comprimento das sementes. A germinação

teve início no quinto dia após o semeio no substrato areia branca em sementes com ala.

As maiores porcentagens de germinação ocorreram nos substratos areia + terra preta

(92% e 99%) e terra preta (86% e 84%), para sementes com ala e sem ala. Esses valores

foram superiores ao substrato utilizando somente areia que obteve um percentual de

germinação de 64%para sementes com ala e 58% para sementes sem ala. Observou-se

que a presença ou ausência da ala nas sementes de ipê não teve influência significativa

no processo de germinação, o substrato areia + terra preta e somente em terra preta

foram mais apropriados na avaliação de germinação.

Palavras-chave: ipê, espécies florestais, biometria.

1 Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. E-

mail:[email protected]

² Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. E-

mail:[email protected]

³ Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. E-

mail:[email protected] 4 Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. E-

mail:[email protected] 5 Orientador, Professora Assistente IV da Universidade do Estado do Pará/UEPA. E-

mail:[email protected]

17

CARACTERÍSTICAS DENDROMÉTRICAS DE UM CANTEIRO FLORESTAL

NO MUNICÍPIO DE PARAGOMINAS-PA

Karla Danielle Barros de Souza1

Maira Simone Gabriel Lira2

Rayssa Rodrigues da Silva³

Samara do Socorro Santos Freitas4

Iêdo Souza Santos5

Os canteiros florestais, conhecidos como mini bosque, desempenham diversas funções

importantes nas cidades, relacionados a aspectos ecológicos, estéticos e sociais. O

objetivo deste trabalho foi avaliar as características dendrometricas: distribuições

diamétricas, volumétricas e de área basal por classe de diâmetro, em um canteiro

florestal na PA 125 no município de Paragominas- PA Na área de estudo foram

coletados dados de 160 indivíduos, em uma área total de 2.475 m² utilizando 72% dessa

área, cerca de 1800 m². Sendo mensuradas a partir das variáveis: DAP (Diâmetro altura

1,30cm do solo), com uma fita métrica, estimativa da altura (m), foi determinada com

auxílio de vara graduada de 6 m, área basal (m²) e o volume (m³) foi encontrado a nível

de cálculo conforme os resultados dos diâmetros e altura devido as arvores encontrarem

em fase de crescimento. Após a coleta de dados em campo, de acordo com o DAP de

cada indivíduo mensurado foi observada a frequência de valores sendo tirada uma

média formando as 5 classes Nos centros de classes DAP´s 2 e 3 (4,35-6,82cm e 7,00-

9,86cm) foram amostradas cerca de 73% indivíduos por classe de diâmetro, observa-se

que o comportamento volumétrico foi diferente á distribuição do número de indivíduos.

Assim como distribuição volumétrica por classes diamétricas foi observado

comportamento semelhante para os valores de área basal nas classes 4 e 5 (10,18-13,68

e 14,00-17,50) com valores maiores correspondendo 55%. O comportamento da altura

em relação ao número de indivíduos, as alturas de 4 e 5 m obtiveram os maiores

resultados, correspondem cerca de 56% dos indivíduos, as alturas 3, 8 e 8,5 foram as

que apresentaram menores quantidades correspondendo apenas 2,5%. A distribuição nas

classes diamétricas apresentou um padrão típico de J-invertido, ou seja, alta

concentração de indivíduos nas classes de menor diâmetro e redução acentuada no

sentido das classes maiores.

Palavras-chave:Classes diamétricas, volume, altura, área basal

1 Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. E-

mail:[email protected] 2 Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. E-

mail:[email protected]

³ Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. E-

mail:[email protected] 4 Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. E-

mail:[email protected] 5 Orientador, Professor Assistente II da Universidade do Estado do Pará/UEPA. E-mail:

[email protected]

18

DETERMINAÇÃO DA QUALIDADE FÍSICA E DA CURVA DE EMBEBIÇÃO

DE SEMENTES DE IPÊ-ROSA (Androanthus heptaphyllus (MART.) MATTOS.)

Rafaela Patrícia da S. Ceretta 1

Dyonara Deyse de S. Castro 2

Aline Carneiro da Silva 2

Eliane Francisca de Almeida 3

O Ipê-rosa (Androanthus Heptaphyllus (Mart.) Mattos.) é uma árvore pertencente á

família Bignoniaceae, natural do Brasil que ocorre em quase em todo país, além de

possuir madeira de excelente qualidade, apresenta grande potencial ornamental. Diante

disto, objetivou-se avaliar a qualidade física e a curva de embebição de sementes de ipê-

rosa. O estudo foi realizado no Laboratório de Engenharia Florestal da Universidade do

Estado do Pará, localizado na cidade de Paragominas - Pará, com sementes doadas pela

empresa Metalúrgica e Viveiro Dacko. A biometria consistiu na mensuração do

comprimento, largura e espessura em 50 sementes de A. Heptaphyllus, sendo que os

valores foram expressos em milímetros (mm), com o auxílio de um paquímetro digital.

A qualidade física consistiu na determinação do peso de mil sementes, número de

sementes por Kg e o teor de umidade. Para a curva de embebição foram utilizadas 4

repetições com 25 sementes cada, que foram submersas em água destilada e colocadas

em copos descartáveis com capacidade de 200 ml, nos períodos de: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 24,

48, 72 e 96 horas. A curva de embebição foi determinada pelo ganho de massa. Com

relação aos dados biométricos as sementes apresentaram em média um comprimento de

10,93 mm, largura de 7,57 mm e espessura de 1,22 mm. O peso de mil de sementes de

foi de 25,5 g, número de sementes por quilograma 39.216,00 kg, e teor de umidade de

5,9%. A absorção de água em relação ao peso inicial das sementes aumentou

gradativamente com o aumento do período de embebição, porém observa-se que nas

primeiras horas, a embebição alcançou um porcentual de 49,61%. Diante dos resultados

conclui-se que as sementes possuem comportamento ortodoxo com possibilidade de

serem armazenadas por um longo período de tempo e não apresentam impermeabilidade

tegumentar.

Palavras-chave: Biometria, absorção de água, ortodoxa.

1 Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. E-mail:

[email protected] 2 Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. 3 Docente do curso de Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA.

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CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS E PRODUTIVAS DO MILHO EM

SISTEMA DE INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA-FLORESTA NO

NORDESTE DO PARÁ

Agust Sales 1

Arystides Resende Silva 2

Carlos Alberto Costa Veloso 2

Eduardo Jorge Maklouf Carvalho 2

Ewerton Souza de Araújo 3

Há uma grande necessidade de transformar áreas degradadas no nordeste do Pará em

áreas produtivas. A inclusão da agricultura e silvicultura em áreas de pastagens

degradadas é uma forma de viabilizar economicamente a recuperação e diminuir a

pressão sobre as áreas naturais. O milho é dos principais produtos agrícolas da região

devido a sua participação na formação da renda agrícola e pela sua contribuição na

alimentação animal. O trabalho tem como objetivo avaliar as características

agronômicas e produtivas do milho (BRS 1030) consorciado com paricá, no sistema

Santa Fé e solteiro. O estudo foi desenvolvido na fazenda Vitória, no município de

Paragominas - PA. Segundo a classificação de Koppen, o clima é Aw. A precipitação

média é de 1743 mm. O solo foi classificado como Latossolo amarelo textura argilosa.

Utilizou-se o milho como cultivo de grãos, Brachiaria ruziziensis para forragem e a

espécie florestal utilizada foi o paricá (Schizolobium amazonicum). O experimento

ocupou uma área de 4,05 ha com milho intercalado com paricá, 5 ha para o cultivo do

milho no sistema Santa Fé e 3 ha para o milho solteiro. O plantio de milho foi realizado

em fevereiro de 2009. A colheita foi realizada em julho de 2009. O milho apresentou

maiores valores de altura de planta consorciado com paricá (2,23 m) e altura de espiga

no Santa fé (1,21 m). A produção do milho no Santa Fé foi maior do que no consórcio

com paricá (5,8; 5,6 t/ha e 97,57; 93,44 saca/ha, respectivamente). Quanto aos valores

de produção de palhada destacaram-se o Santa Fé e Solteiro (5,6; 4,9 t/ha,

respectivamente). O milho teve uma produção satisfatória mesmo com uma alta taxa de

precipitação ocorrida naquele local. Essas peculiaridades do sistema iLPF implicam em

diferentes estratégias de manejo agrossilvipastoril. Portanto, é importante estudar as

recomendações respeitando as peculiaridades locais.

Palavras-chave: BRS 1030, manejo, pastagem, solo.

1 Estudante de Graduação em Engenharia Florestal - UEPA, estagiário Embrapa Amazônia Oriental,

Paragominas/PA, [email protected] 2 Pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental, Belém-PA. 3 Estudante de Graduação em Engenharia Florestal - UEPA, Paragominas-PA

20

AVALIAÇÃO DA BIOMASSA MICROBIANA DO SOLO EM

CONSORCIAÇÃO COM Eucalyptus urograndis NO CERRADO DO AMAPÁ

Pedro Hernandez Padilha1 Camila Elizabete Severiano²

Harliany de Brito Matias³

Frederico Dimas Fleig4

Madson dos Santos Martins5

Os estudos relacionados à atividade microbiana revelam as influências do solo na

ciclagem dos nutrientes. Deste modo, o objetivo deste trabalho foi avaliar a biomassa

microbiana do solo (BMS), carbono orgânico total (COT) e quociente microbiano (qM)

sob pastagens de Andropogon gayanus cv. Planaltina e de Brachiaria brizantha cv.

Marandu em consorciação com Eucalyptus urograndis. O estudo foi realizado em uma

área de 2,50 ha de cerrado no município de Macapá/AP, no ano de 2012. O solo

predominante na área é Latossolo Amarelo, textura média, apresentando elevada acidez e

baixa fertilidade, característico das áreas de cerrado do Estado. Foram realizados dois

tratamentos: ME (Brachiaria brizantha cv. Marandu consorciado com Eucalyptus

urograndis) e AE (Andropogon gayanus cv. Planaltina consorciado com Eucalyptus

urograndis). A coleta de dados foi realizada em dois períodos: Agosto (fim do período

chuvoso) e Outubro (fim do período de seca). Nos tratamentos ME e AE haviam 11

linhas duplas de Eucaliptos, com espaçamento de 2 x 2 x 12m. Para a amostragem

foram selecionadas 3 entrelinhas de E. urograndis. Nas distâncias 0,5m, 1,5m, 3,0m e

6m, tendo como ponto de referência as árvores, foram coletadas na profundidade de 0-

10 cm 4 amostras simples que compostas formaram 1 repetição. Os dados foram

submetidos a ANOVA, comparando-se as médias pelo teste de Tukey a 5% mediante

emprego do programa SISVAR 5.0. Após análise dos dados constatou-se que em

sistemas consorciados há uma tendência decrescente dos valores de qM, BMS e COT

do solo com o aumento da distância dos Eucalyptus urograndis em sistema silvipastoril.

Vale ressaltar que o solo sob Andropogon gayanus cv. Planaltina apresenta no período

de chuva valores de qM superiores a Brachiaria brizantha cv. Marandu quando

consorciado ao Eucalyptus urograndys. Portanto, conclui-se que a época de chuva

favorece a BMS e o qM.

Palavras-chave: Sistema silvipastoril, Marandu, Planaltina.

1 Mestrando no PPG em Agrobiologia, UFSM [email protected]

² Mestranda no PPG em Engenharia Florestal, UFSM [email protected]

³ Discente em Engenharia Floresta, UEAP [email protected]

4 Doutor e Professor Adjunto, UFSM, [email protected]

5 Engenheiro Florestal [email protected]

21

IMPACTO DO MANEJO FLORESTAL PARA EXPLORAÇÃO DE MADEIRA,

NA SANIDADE DAS ÁRVORES REMANESCENTES

Adriano Araújo da Silva1

Lia de Oliveira Melo2

Francisco de Assis Oliveira3

Ulisses Sidnei da Conceição Silva4

Maria Kelliane Valentim dos Santos5

A exploração sustentável de madeira é a atividade do manejo com maior potencial em

causar danos a floresta remanescente. O objetivo deste trabalho foi analisar o efeito da

exploração sustentável de madeira na floresta remanescente em um período de 11 anos.

A pesquisa foi realizada em uma área de manejo florestal, localizada na Floresta

Nacional do Tapajós, município de Belterra, estado do Pará. Os dados foram coletados

1 ano antes da exploração (AE), 1 ano depois da exploração (1DE) e 11 anos depois da

exploração (11DE). Na área de 483,8ha, foram instaladas 5 parcelas permanentes de 50

x 50m, onde foram inventariadas todas as árvores com DAP≥10 cm. Antes da

exploração, 96,24% dos indivíduos registrados possuíam o fuste completo com copa e

apenas 3,62% não tinham copa. Um ano após a exploração, o percentual de indivíduos

com fuste completo diminuiu para 78,89% e os que tinham fuste sem copa aumentaram

para 6,12% do total de indivíduos e 11 DE o número de indivíduos com fuste completo

aumentou para 83,33%. Entre os dados de AE e 1DE, foi verificado que do total de

indivíduos com fuste completo, 82,08% não sofreram nenhum tipo de impacto e os

18,03% dos indivíduos impactados, podem ter sido afetados pela exploração ou por

ações naturais. Foi identificado também que 5,97% dos indivíduos morreram por causa

natural e um percentual menor, 3,61% por consequência das atividades exploratórias. O

número de árvores colhidas foi menor que 1% de todos os indivíduos registrados. Na

última ocasião, a porcentagem de indivíduos vivos em pé com fuste completo,

aumentou quando comparado com os valores encontrados 1DE, foram 83,33% de

indivíduos. Percebe-se que a derruba de árvores, mesmo quando planejada pode causar

danos nas árvores remanescentes, porém, a floresta possui condições naturais de

regeneração.

Palavras-chave: Exploração de Impacto Reduzido, Sustentabilidade, Regeneração e

colheita.

1Professor M.Sc. do Instituto Federal do Amapá/IFAP. E-mail: [email protected]. 2Professora Drª. da Universidade Federal do Oeste do Pará/UFOPA. 3Professor Dr.da Universidade Federal Rural da Amazônia/UFRA. 4Professor M.Sc. da Universidade Federal do Oeste do Pará/UFOPA. 5Engenheira Florestal, Mestre em Ciências Florestais.

22

OCORRÊNCIA E COMPOSIÇÃO FLORISTICA DE BURSERACEAE NO

VALE DO JARÍ, ESTADO DO AMAPÁ.

Ricardo Lucena Arcoverde Junior1

Anderson Maurício de Souza Coelho2

Marcelo de Jesus Veiga Carim3

José Renan da Silva Guimarães4

Luciedi de Cássia Leôncio Tostes5

A maior parte dos levantamentos florísticos realizados na Amazônia indica um alto

valor de importância para as espécies representantes da família Burseraceae, além de

sua importância histórica, sua distribuição nos trópicos e a diversidade de espécies se

adaptam nas mais variadas tipologias vegetais. Um dos principais caracteres que podem

ser utilizados para o reconhecimento das Burseraceae é o forte aroma exalado por suas

folhas e cascas, destas características, provem grande parte do interesse econômico

desta família. Apesar de sua importância, poucos são os estudos realizados para esta

família. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi verificar a ocorrência e composição

floristica da família Burseraceae, na região do Vale do Jarí, Estado do Amapá. Os dados

foram obtidos, por meio de um banco de dados composto por 48 unidades amostrais,

sendo 28 unidades em florestas de igapó, localizadas no Rio Jari e 20 unidades em

floresta de Terra Firme. Foram alocados aleatoriamente 48 parcelas de um hectare

(100m x 100m). No interior de cada parcela foram registradas todas as palmeiras

arbóreas com DAP ≥ 10cm (diâmetro a altura do peito). Para classificação dos vegetais

foi utilizado o sistema APG III, (2009). Ao todo foram registradas em floresta de Igapó

303 indivíduos distribuídos em 15 espécies, sendo as espécies Protium sagotianum

Cuatrec.e Protium pallidum Marchand., as mais abundantes com 70 e 62 indivíduos

consecutivamente, em floresta de Terra firme foram registrados 765 indivíduos,

distribuídos em 18 espécies, sendo as mais abundantes Protium sagotianum Cuartec.

(194 indivíduos) e Protium decandrum March.(158). Doze espécies foram comuns nas

duas tipologias. Contudo, encontrou-se neste estudo grande número de espécies da

família Burseraceae, o que nos permite inferir sobre sua ótima adaptação e distribuição

nestas duas tipologias estudadas e o predomínio de Protium sagotianum ocorrendo nas

duas tipologias estudadas.

Palavras-chave: distribuição, igapó, terra firme

1Graduando em Ciências Biológicas, Faculdade de Macapá/FAMA. E-mail: [email protected] 2Graduando em Ciências Biológicas, Faculdade de Macapá/FAMA. E-mail: [email protected] 3Orientador, PesquisadorM.Sc. do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá

- IEPA. 4Co-orientador, Pesquisador Esp. do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do

Amapá - IEPA. 5Pesquisadora, M. Sc. do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá - IEPA.

23

EFEITO DA RAIZ PIVOTANTE NA QUALIDADE DE MUDAS E DOS

PLANTIOS DE ESPÉCIES FLORESTAIS

Osmar José Romeiro de Aguiar 1

Alinne Santos da Silva 2

Vanessa Gomes de Sousa3

O aumento da produtividade das florestas plantadas no Brasil, com as do gênero

Eucalyptus, foi ocasionado pelos programas de melhoramento florestal, o que tem

tornado o Brasil competitivo na produção de matéria-prima de baixo custo. Apesar

dessa evolução, vários pesquisadores apresentam preocupações com a manutenção da

produtividade florestal, previsto por vários fatores como fitopatológicos, distúrbios

fisiológicos e estresse hídrico entre outros. Para entender e encontrar uma relação que

justifique os problemas apresentados nos plantios de Eucalyptus tanto no Brasil, como

no Pará, e em outras espécies nativas e exóticas, foi levantada a seguinte hipótese:

“Mudas de espécies florestais que tenha a sua raiz pivotante danificada (meristema

apical retirado) ou mudas clonadas (clones), serão mais susceptíveis a apresentar o

estado de estresse hídrico, principalmente, no período de déficit hídrico”. Entre as

evidências de danos no sistema meristemático apical, foi observado nos viveiros, danos

nas pivotantes. A utilização de tubetes, prática muito utilizada, em grandes viveiros,

visa a poda química da pivotante pelo ar. Concluídas algumas avaliações, observou-se

que o crescimento das raízes pivotantes, chegam entre duas a três vezes o tamanho da

parte superior (aérea). Sabendo-se que com a retirada das células merismáticas do ápice

das pivotantes a raiz é atrofiada anulando o geotropismo positivo e assim é estimulando

o crescimento das raízes secundárias. Durante os períodos de déficit hídrico no solo,

essas raízes não conseguem buscar umidade em horizontes mais profundos, entrando as

plantas em estado de estresse hídrico, baixando sua resistência fisiológica, ficando

susceptíveis a doenças e outros danos. Espera-se que no final da presente pesquisa seja

possível desenvolver um novo sistema de produção de mudas, onde seja considerado a

integridade das raízes pivotantes e com isso a melhoria dos plantios florestais.

Palavras-chave: Sistema Radicular; Viveiro Florestal; Melhoria de Plantio.

1 Professor Dr. do curso de Engenharia Florestal da Universidade do Estado do Pará/UEPA.

E-mail: [email protected] 2 Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. 3 Engenheira Florestal, Projeto Restaura Ambientes / Embrapa Amazônia Oriental

24

BIOMETRIA E GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE Syagrus flexuosa (Mart.) Becc.

Genilda Canuto Amaral1

Jéssica Pereira Garcia2

Rosana de Carvalho Cristo Martins3

Inaê Mariê de Araújo Silva4

Jéssica Cristina Barbosa Ferreira5

Dada a importância do melhor entendimento sobre as diferentes espécies do Cerrado, como forma

de incentivo a preservação e uso das mesmas, objetivou-se estudar a biometria e germinação de

sementes de Syagrus flexuosa (Mart.) Becc., espécie ornamental, popularmente conhecida como

coco de raposa. Para tal, frutos de S. flexuosa foram coletados de 12 matrizes criteriosamente

selecionadas, em uma área localizada na UnB (15º46’05.8’’S e 47º51’09.4’’O), em maio de 2012.

Após a coleta, os frutos foram despolpados e 100 deles caracterizados biometricamente (altura,

diâmetro, peso e descrição de aspectos externos). Em seguida, as sementes foram contabilizadas e

separadas por grau de infestação por fungos, sendo separadas em deterioradas, parcialmente

atacadas e sem ataque aparente. Procedeu-se, então, o teste de germinação. As sementes

classificadas como deterioradas foram descartadas e as demais foram postas para germinar em

vermiculita textura média em bandejas plásticas (25x40x10cm) sob temperatura e umidade

ambiente, no Laboratório de Sementes e Viveiro Florestais da UnB. Antes da montagem do teste

de germinação, as sementes passaram por processo de desinfestação com o uso de hipoclorito de

sódio (2% de cloro ativo) diluído em 50% de água. Avaliou-se a germinabilidade – G% e o Índice

de Velocidade de Germinação – IVG. Adotou-se delineamento inteiramente casualizado, com

quatro repetições de 25 sementes/tratamento. Os dados foram submetidos à ANOVA e as médias

comparadas pelo teste de Tukey (P<0,01). Os frutos coletados apresentaram um valor médio de

19,34 mm e 36,07 mm para o diâmetro e altura, respectivamente. O peso médio por semente foi de

8,26 g. Além disso, apresentavam epicarpo com coloração desde verde até amarelada, com

formato elipsóide. Somente as sementes sem ataque aparente de fungos germinaram, com G% de

29,31% e IVG igual a 0,604. Baixos percentuais de germinação também têm sido relatados em

outras palmeiras do mesmo gênero, associados, geralmente, a problemas de dormência.

Palavras-chave: Coco de raposa, Germinabilidade, Índice de Velocidade de Germinação.

1 Mestranda em Ciências Florestais, Universidade de Brasília/UnB. Email: [email protected]. 2 Eng. Florestal, Universidade de Brasília/UnB. 3 Profa. Dra. Departamento de Eng. Florestal, Universidade de Brasília/UnB. 4 Doutoranda em Ciências Florestais, Universidade de Brasília/UnB. 5 Mestranda em Ciências Florestais, Universidade de Brasília/UnB.

25

OCORRÊNCIA DE PALMEIRAS EM FLORESTA INUNDAVEL NA AMAZONIA

ORIENTAL, ESTADO DO AMAPÁ, BRASIL

Marcelo de Jesus Veiga Carim 1

José Renan da Silva Guimarães 2

Alan Pereira de Jesus Facundes 3

Luciedi de Cássia Leôncio Tostes 4

Estudos na Amazônia demonstram que as palmeiras perfazem entre 6 e 7% da biomassa aérea

total da floresta, possuem seus frutos ricos em lipídios e carboidratos contribuem com cerca de

60% do conteúdo energético de todos os frutos produzidos. Também são importantes componentes

da paisagem em regeneração, principalmente em áreas severamente perturbadas. Por outro lado, as

palmeiras de pequeno porte que crescem no sub-bosque reduzem sensivelmente a sobrevivência

de plântulas de outras espécies, provavelmente devido ao sombreamento excessivo. No Brasil as

palmeiras possuem algo em torno de 37 gêneros e 387 espécies, sendo consideradas na maioria de

importância econômica, social e ambiental. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a

diversidade e estrutura de palmeiras em floresta inundável de igapó no vale do Jari, Município de

Laranjal do Jarí, Amazônia Oriental. Os dados foram obtidos, por meio de um banco de dados,

onde foram distribuídas aleatoriamente 13 parcelas de um hectare (100m x 100m). No interior de

cada parcela foram registradas todas as palmeiras arbóreas vivas com DAP ≥ 10cm (diâmetro a

altura do peito). Para classificação dos vegetais foi utilizado o sistema APG III, (2009). Foram

identificados oito espécies Attalea maripa Mart. com 253 indivíduos (50,70%), Euterpe oleraceae

Mart. com 107 indivíduos (21,44%) e Astrocaryum murumuru Mart. com 84 indivíduos (16,83%)

apresentaram as maiores densidade, 62% dos indivíduos encontraram-se nas primeiras classes de

diâmetro e 59% nas primeiras classes de altura. Juntas responderam por aproximadamente 90% do

total de indivíduos registrados. Contudo, a área estudada apresentada uma riqueza considerável,

com grande número de espécies de palmeiras. A diversidade de palmeiras encontrada mostrou-se

em conformidade com outros trabalhos realizados em florestas na Amazônia, as espécies

amostradas encontraram-se nas primeiras classes de diâmetro e altura.

Palavras-chave: fitossociologia, diversidade, Amapá.

1 Pesquisador M.Sc. do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá – IEPA, Departamento

de Botânica - CPZG. Email [email protected]. 2 Pesquisador Esp. do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá – IEPA, Departamento

de Botânica – CPZG. 3Acadêmico de Engenharia Florestal – Instituto Macapaense de Ensino- IMMES, estagiário do Departamento de

Botânica – IEPA- CPZG. 4 Pesquisadora, M. Sc. do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá – IEPA,

Departamento de Botânica – CPZG.

26

LEVANTAMENTO DA FLORA E AVALIAÇÃO DO ESTADO DE CONSERVAÇÃO DO

PARQUE ECOLÓGICO DAS TIMBAÚBAS EM JUAZEIRO DO NORTE - CEARÁ

Luiz Marivando Barros1

Pedro Silvino Pereira2

Juliana de Lima Silva3

Harliany de Brito Matias4

Ana Paula de Assis Oliveira Westerkamp5

O Parque Ecológico das Timbaúbas, localizado no município Juazeiro do Norte, Estado Ceará,

constitui uma Área de Proteção Ambiental (APA) cuja criação nasceu da necessidade de recuperar

a Várzea da Timbaúba e resguardar os mananciais subterrâneos existentes na área e ser uma área

de lazer para a comunidade local. Sua área de abrangência compreende 634,50 hectares. O

presente trabalho tem por objetivos realizar um inventário das espécies que compõem a flora e o

estado de conservação do Parque Ecológico das Timbaúbas. A metodologia empregada está

dividida em duas fases: etapa de campo com coleta de material botânico e coleta de dados através

da aplicação de um questionário abrangendo questões relacionadas ao estado de conservação e

gestão do parque e a segunda etapa identificação das espécies coletadas. Foram identificadas 32

espécies distribuídas nas 16 famílias: Anacardiaceae, Annonaceae, Araceae, Asclepiadaceae,

Boraginaceae, Caesalpiniaceae, Chrysobalanaceae, Euphorbiaceae, Mimosaceae, Papilionaceae

,Piperaceae, Rhamnaceae, Solanaceae, Sterculiaceae, Turneraceae e Verbenaceae. Segundo o

núcleo gestor o Parque Ecológico das Timbaúbas vem enfrentando dificuldades para realizar as

ações de manejo, fato relacionado diretamente ao mau uso da área pelos visitantes e moradores do

entorno. As ações de recuperação realizadas aparecem como solução para parte dos problemas

enfrentados ao longo do período que transcorreu desde a sua criação. O projeto reflorestamento foi

iniciado, embora sem identificação das espécies existentes têm como meta recuperar a diversidade

da flora e salientar a importância do cultivo de espécies nativas dentro de uma área de conservação

ambiental. O conhecimento das espécies, bem como o estabelecimento de unidades de

conservação e sua manutenção configuram-se como artifícios fundamentais para a conservação e

manutenção do patrimônio natural do município.

Palavras-chave:; Inventário da Flora; Manejo, Unidade de Conservação, Reflorestamento.

1Doutorando DINTER/UFMS/URCA. E-mail: [email protected] 2Mestrando em Ciências Florestais, Universidade Federal de Campina Grande/UFCG. 3Graduanda em Biologia, Universidade Regional do Cariri /URCA. 4Graduanda em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Amapá/UEAP. 5Orientadora e Professora da Universidade Regional do Cariri/URCA.

27

LEVANTAMENTO FLORÍSTICO E ASPECTOS ETNOBOTÂNICOS DE CACTÁCEAS

OCORRENTES EM UMA CIDADE DO INTERIOR DE PERNAMBUCO

Cícero Cordeiro Alexandre 1

Pedro Silvino Pereira 2

Harliany de Brito Matias 3

Juliana de Lima Silva 4

Luiz de Marivando Barros 5

A presente pesquisa enfoca o levantamento florístico das cactáceas do município de Cedro-PE,

tem como objetivo a listagem e a importância econômica das mesmas para o referido município. A

metodologia usada para a realização do levantamento florístico, foi a aplicação do método de

trabalho de campo “caminhamento”, o qual consiste em três etapas distintas: reconhecimento dos

tipos de vegetação (fitofisionomias) na área a ser amostrada, elaboração da lista das espécies

encontradas a partir de caminhadas aleatórias ao longo de uma ou mais linhas imaginárias, e

análise dos resultados. Foram identificadas as seguintes espécies: Melacactus melocantoides

(coroa de frade); Cereus jamacaru (mandacaru); Opuntia inamoena K. Schum (quipá); Opuntia

monacantha How (palmatória); Cereus squamosus Guerk (facheiro); Cephalocerus gounellei Brit

et. Rose (xiquexique); Leocereus bahiensis Brit et. Rose (rabo de gato). Na região as espécies de

mandacaru (Cereus jamacaru), facheiro (Cereus squamosus Guerk), xiquexique (Cephalocerus

gounellei Brit et. Rose) e palma (Opuntia monacantha How) são as mais utilizadas como

forrageiras. Das espécies estudadas o quipá (Opuntia inamoena K. Schum) é a mais nociva aos

animais provocando nódulos no estômago, esôfago, e intestino. Os indivíduos pertencentes a esta

família apresentam-se em quantidade regular na área em estudo tendo em vista a extinção

eminente de certas espécies desencadeadas por vários fatores, como o manuseio inadequado destas

espécies quando utilizado para alimentação animal; uma vez que, o caule central que produz os

futuros brotos é destruído pelo camponês ao cortar a planta por inteiro, provocando a morte da

mesma. Outro fator negativo são as queimadas indiscriminadas realizadas por agricultores com as

chamadas “brocas”. Fato relevante que justifica um estudo mais aprofundado desta família, bem

como desenvolvimentos de projetos que visem sua conservação.

Palavras-chave: Flora, Cedro, agricultores.

1 Graduando em Biologia, Universidade Regional do Cariri /URCA. E-mail: [email protected] 2 Mestrando em Ciências Florestais, Universidade Federal de Campina Grande/UFCG. 3 Graduanda em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Amapá/UEAP. 4 Graduanda em Biologia, Universidade Regional do Cariri /URCA. 5 Orientador e Doutorando DINTER/UFMS/URCA.

28

POTENCIAL PRODUTIVO DE MADEIRA DAS ESPÉCIES DO GÊNERO Cecropia

(URTICACEAE) PÓS-EXPLORAÇÃO NA FLONA TAPAJÓS

Paulo Cezar Gomes Pereira 1

Ademir Roberto Ruschel 2

Osmar José Romeiro de Aguiar 3

Classificadas como pioneiras no processo de sucessão florestal, as espécies do gênero Cecropia,

pertencente à família Urticaceae, popularmente conhecidas como embaúba, têm como

características ocupar rapidamente clareiras abertas naturalmente ou pela exploração florestal e

formações secundárias. Parâmetros como o rápido crescimento, a ampla distribuição espacial e

elevada abundância, associados às propriedades tecnológicas da madeira favoráveis para utilização

na indústria colocam o gênero em destaque diante da necessidade de introduzir novas espécies no

mercado visando compor colheitas futuras. Assim, o objetivo deste trabalho é determinar o

potencial produtivo de madeira das espécies do gênero através da dinâmica populacional pós-

colheita. O experimento está localizado na FLONA Tapajós, município de Belterra-PA, onde em

1979 foi realizada a exploração florestal. Em 1981 foram instaladas ao acaso 36 Parcelas

Permanentes, sendo inventariados todos os indivíduos com DAP ≥ 5 cm. As medições foram

realizadas em nove cronossequêcias em 33 anos pós-colheita. Parcelas testemunhas também foram

instaladas. Os resultados mostram que foram identificadas em destaque na área, duas espécies do

gênero, Cecropia distachya e Cecropia sciadophylla. Foi observado um aumento considerável na

densidade, atingindo um pico máximo quatro anos após a exploração (82,3 árvores/ha) e posterior

decréscimo até atingir, após 28 anos, valores similares à área não explorada. Em termos de

dominância e volume o acréscimo foi significativo aos 13 anos pós-colheita (1,7 m²/ha; 14,3 m³/ha),

com uma produtividade máxima levemente superior em volume aos 18 anos (15,6 m³/ha), tendo a

partir deste momento um rápido declínio. Conclui-se que as espécies do gênero Cecropia

apresentam potencial para produção de madeira após exploração florestal em menor tempo do que o

ciclo de corte estabelecido na legislação, que é de 35 anos, o que sugere um manejo diferenciado por apresentarem dinâmica de curta duração.

Palavras chave: pioneiras, embaúba, manejo florestal.

1 Pós graduando em Ciências Florestais, Universidade Federal Rural da Amazônia/UFRA. [email protected] 2 Pesquisador Dr. Embrapa Amazônia Oriental/CPATU. 3 Professor Dr. do curso de Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA.

29

AVALIAÇÃO DA BIOMASSA MICROBIANA DO SOLO EM SISTEMA DE

SUCESSÃO DE MILHO (Zea maiz) COM Brachiaria ruziziensis

CONSORCIADO COM TRÊS ESPÉCIES ARBÓREAS NO CERRADO

AMAPAENSE

Tainá Madalena Oliveira de Morais 1

Ana Elisa Alvim Dias Montagner 2

Daniel Marcos de Freitas Araújo 3

Gustavo Spadotti Amaral Castro 4

A avaliação da Biomassa Microbiana do Solo (BMS) indica transformações no solo

decorrentes de cultivos e a sustentabilidade de sistemas produtivos. Isto porque representa

a parte viva da matéria orgânica responsável pela decomposição e mineralização dos

resíduos orgânicos, influenciando diretamente na sua fertilidade. O objetivo desse estudo

foi comparar a BMS em sistemas integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) na sucessão

de milho (Zea maiz) e pastagem (Brachiaria ruziziensis), consorciados com três espécies

arbóreas. O experimento foi realizado no Campo Experimental do Cerrado da Embrapa

Amapá, situado entre 00°22’55” e 00°24’30” N, 51°01’40” e 51°04’10” O. Os tratamentos

estudados foram T1- MBE, milho sucedido de Brachiaria ruziziensis consorciada com

Eucalipto (Eucalyptus urograndis); T2 - MBT, milho sucedido de Brachiaria ruziziensis

com Tachi branco (Sclerolobium Paniculatum); T3 - MBG, milho sucedido de Brachiaria

ruziziensis com Gliricídia (Gliricidia sepium). A Gliricídia e o Tachi branco estabelecidos

em linhas simples e o Eucalipto em linhas duplas, com entrelinhas de 12 m. As amostras

de solo foram coletadas no final do período chuvoso (julho) a 1,5 m e 6,0 m das linhas das

arbóreas, com quatro repetições para cada distância. A BMS não diferiu entre tratamentos

e entre as distâncias de coleta. Entretanto, ocorreu uma interação significativa (P=0,0005)

entre tratamentos e distâncias das arbóreas, indicando a interferência da espécie de árvore

na quantidade de BMS de acordo com a distância de coleta Na distância de 1,5 m, BE

apresentou maior BMS diferindo dos demais. Na distância de 6,0 m o BT foi superior ao

BE enquanto BG apresentou BMS intermediária independente da distância aplicada.

Observando cada tratamento, constatou-se que a BMS foi superior mais próxima das

arbóreas (1,5 m) no BE e foi maior no centro da entrelinha (6,0 m) no BT. Conclui-se que

a espécie de árvore influencia na distribuição espacial da quantidade da BMS.

Palavras-chave: iLPF, Sistema agroflorestal, Eucalyptus urograndis, Gliricidia

sepium, Sclerolobium Paniculatum.

1 Graduando em Ciências Biológicas, Universidade Federal do Amapá/UNIFAP. E-mail:

[email protected] 2Pesquisador A, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária- Embrapa Amapá

3Analista A - Laboratório de Solos, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária- Embrapa Amapá. 4 Analista A, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária- Embrapa Amapá.

30

CONSERVAÇÃO DO SOLO: O CASO DAS RAVIANAS NO PARQUE

ECOLÓGICO DA TIMBAÚBAS, NO MUNICÍPIO DE JUAZEIRO DO NORTE-

CE

Cicero Luciano Ferreira de Castro 1

Pedro Silvino Pereira 2

Harliany de Brito Matias 3

Luiz Marivando Barros 4

Marcos Antonio Drumond 5

Fundamentado em estudos realizados sobre o uso do solo e processos erosivos o

presente trabalho tem como objetivo averiguar a conservação do solo no Parque

Ecológico da Timbaúbas no Município de Juazeiro do Norte – CE. Apresentando um

latossolo vermelho-amarelo com uma estrutura granulada de aspecto maciça associadas

à estrutura desenvolvida em blocos subangulares, este tipo de solo ocorrem nos mais

variados domínios morfoestruturais e unidades de relevo. São áreas que podem ser

encontradas: na depressão do Alto Tocantins, associados às coberturas sedimentares, na

Serra da Mantiqueira, no Planalto Centro-Sul de Minas e nas Chapadas de cobertura

sedimentares inconsolidadas, o que justifica a presença deste tipo de solo já que estamos

em uma microbacia pertencente à Bacia Sedimentar do Araripe. A pesquisa trata da

erosão do solo ocasionando pelo escoamento superficial concentrado oriundo da

precipitação pluviométrica, onde o lençol de água rasga o solo arrastando os agregados

minerais caracterizando o surgimento de ravinas. O uso do solo neste tipo de processo

erosivo compromete qualquer construção civil presente muito próximo ao local onde ela

se encontra. A pesquisa foi constituída de um levantamento preliminar teórico

metodológico e da aplicação de um questionário semiestruturado a cem moradores em

um perímetro de 500m (quinhentos metros) do Parque Ecológico. Foi usado o software

Excel® para tabulação dos dados. Os resultados da pesquisa apontaram que 86%

desconhecem a origem das ravinas; 57% também não souberam quais os fatores que

contribuem para o surgimento da mesma; porém 67% responsabilizaram a prefeitura

pelo surgimento da mesma. Entende-se que os moradores pouco sabem o que são

ravinas e os fatores que contribuem para o seu aumento. É necessário fazer uma

campanha educativa com o intuito de orientar a população e sensibilizar o poder público

para que os mesmos mudem os seus hábitos em relação a conservação do solo.

Palavras-chaves: Latossolo, erosão, escoamento superficial concentrado.

1 Professor Esp. em Geografia e Meio Ambiente, Rede Municipal de Ensino de Juazeiro do Norte – CE.

E-mail: [email protected] 2 Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Amapá/UEAP. 3 Professor M.Sc. do curso de Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Amapá//UEAP. 4 Doutorando DINTER/UFMS/URCA. 5 Orientador, Professor Dr. do curso do Mestrado em Ciências Florestais/UFCG.

31

AVALIAÇÃO DO EXTRATO DE Ambelania acida Aubl. COMO CONTROLE

ALTERNATIVO IN VITRO SOBRE Quambalaria sp EM Eucalyptus sp.

Heidelanna Cilibelly da Silva Bacelar 1

Harliany de Brito Matias 2

Marcos Alves Nicacio 3

Raianny Nayara de Souza 4

Rosângela da Conceição Marques Pena 5

O eucalipto é uma espécie arbórea pertencente à família Myrtacea, nativa da Austrália

com grande importância econômica para o setor florestal. Sendo extensivamente

utilizada nos setores de celulose, carvão vegetal, construção civil, madeira serrada entre

outros. Atualmente uma das principais causas de doenças em culturas de Eucaliptos

tanto em mini-jardim clonal, quanto em viveiro é provocada pelo fungo do gênero

Quambalaria, responsável pela mancha foliar. Devido à sua recente constatação no

Brasil, pouco se conhece sobre a epidemiologia e o controle dessa doença. Com isso,

para reduzir as perdas em viveiros florestais, várias medidas de controle são tomadas

para combater esse patógeno, dentre elas estão: controle químico, físico, genético e

alternativo. Diante disso, este trabalho teve como objetivo a utilização de extrato-bruto

de Ambelania acida Aubl., conhecido popularmente como pepino-do-mato, a fim de

verificar o seu potencial inibitório no combate ao crescimento micelial do fungo

Quambalaria sp. Foram utilizados seis diferentes tratamentos, com seis repetições cada:

constituídos de testemunha, concentrações de 5, 10 e 20 mg/mL, do extrato diluídos em

2,5 mL de solvente, um tratamento apenas com o solvente etanol na concentração de 2,5

mL, e ainda a mesma para o fungicida Derosal®, todos em meio de cultura B.D.A. e

suplementados com 5 gotas de cloranfenicol. A partir dos experimentos técnicos-

científicos, o extrato de Ambelania acida Aubl. apresentou resultados satisfatórios. O

tratamento de 10mg/mL (0,4268), classificou-se como inibidor do patogênico

Cylidrocladium sp. pelos critérios utilizados na avaliação estatística. Portanto, esta

concentração de 10mg/mL tem grande possibilidade de minimizar futuras infestações da

doença associadas a culturas de eucaliptos, causadas por este fungo.

Palavras-chave: Fungo, Contaminação, Inibição.

1 Graduanda em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Amapá/UEAP. E-mail:

[email protected] 2 Graduanda em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Amapá/UEAP. 3 Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Amapá/UEAP. 4 Graduanda em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Amapá/UEAP. 5 Professora M.Sc. do curso de Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Amapá//UEAP.

32

AVALIAÇÃO DE MÉTODOS DE ISOLAMENTO DE Ceratocystis fimbriata A

PARTIR DE CLONE DE Eucaliptus INFECTADO COM O PATÓGENO

Ariadne Marques 1

Inaê Mariê de Araújo Silva 2

Júnia Grazielle Soares da Silva 3

Janaína Fernandes Gonçalves 4

Marcelo Luiz de Laia 5

A obtenção de patógeno em cultura pura (Isolado) é passo inicial para testes de

resistência genética e demais estudos referentes ao organismo. Este estudo objetivou

testar três métodos de isolamento de Ceratocystis fimbrita a partir de clone de eucalipto

infectado e determinar se os isolados obtidos são realmente deste fungo. Material

lenhoso de eucalipto foi submetido à três métodos de isolamento: câmara úmida,

incubação em meio BDA e sanduíches de cenoura. Posteriormente incubados à 28 ºC ±

2 ºC e observados diariamente sob microscópio estereoscópico e óptico. Quando as

primeiras estruturas reprodutivas apareceram, o exsudato foi transferido para meio de

cultura BDA. Após os isolados foram replicados para meio líquido. E, então, inoculados

em plantas sadias de eucalipto para verificar a expressão dos sintomas típicos da murcha

de Ceratocystis. 70 dias após a inoculação segmentos do caule foram colocados em

condições ideais de desenvolvimento fúngico para reisolamento. As primeiras estruturas

reprodutivas do patógeno foram observadas sob microscópio 15 dias após a incubação

em BOD. Dos três métodos avaliados apenas o de sanduiches de cenoura proporcionou

o desenvolvimento de estruturas reprodutivas semelhantes às do fungo. Durante a

avaliação nenhuma das mudas apresentaram sintomas de murcha ou morte. Porém,

todas apresentaram sintoma de descoloração do xilema e, segmentos do caule que foram

mantidos em câmara úmida apresentaram colonização do patógeno. Confirmando, que

estas, embora não tenham reproduzido todos os sintomas típicos da doença, foram

infectadas pelo fungo. Dentre as metodologias de isolamento testadas a de sanduiche de

cenoura é a mais indicada para isolamento do C. fimbriata. Uma vez que, dentro do

período de avaliação (15 dias) foi a única que possibilitou verificar a ocorrência de

esporulação do patógeno. Os isolados obtidos poderão ser utilizados na inoculação de

plantas, sadias, para desenvolvimento de estudos de resistência / suscetibilidade à

murcha de Ceratocystis.

Palavras-chave: murcha, resistência, suscetibilidade, fitopatógeno, isolado.

1 Mestre em Ciência Florestal, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri/UFVJM. E-

mail: [email protected] 2 Doutoranda em Ciência Florestal, Universidade de Brasília - UnB. 3 Bacharel em Engenharia Florestal, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri/UFVJM . 4 Professora Dr. substituta do curso de Ciências Biológicas, Universidade Federal dos Vales do

Jequitinhonha e Mucuri/UFVJM . 5 Professor Dr. adjunto do curso de Engenharia Florestal, Universidade Federal dos Vales do

Jequitinhonha e Mucuri/UFVJM.

33

EFEITO ANTAGONISTA in vitro DE Trichoderma sp. SOBRE Lasiodiplodia sp.

em Eucalyptus sp. NO ESTADO DO AMAPÁ

Priscila Vanessa Souza Pinto Portilho 1

Rosângela da Conceição Marques Pena 2

O Eucalyptus sp. é a essência florestal mais utilizada em monocultivos, destinados

principalmente para a produção de celulose. No entanto, doenças como a murcha,

causada pelo fungo Lasiodiplodia sp., podem comprometer a produtividade e qualidade

das plantações. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito antagonista in vitro do

fungo Trichoderma sp. sobre o crescimento micelial de Lasiodiplodia sp. em cinco

meios de cultivo e sob a ação de dois fungicidas. O estudo foi conduzido nos

laboratórios de Fitopatologia e de Isolamento e Cultivo de Microrganismos da

Universidade do Estado do Amapá, com amostras fornecidas pela Empresa Amapá

Florestal e Celulose - AMCEL. Os isolados do patógeno foram obtidos de caule

infectado, desenvolvidos em meio de cultura Batata-Dextrose-Agar, e os de

Trichoderma sp. foram obtidos de amostras de solo com diluição em meio de cultura

Trichoderma-Selective-Medium. O efeito antagonista de Trichoderma sp. sobre o

patógeno foi avaliado através do cultivo pareado, com o uso de colônias puras, com sete

dias de crescimento. Os tratamentos foram compostos de: Trichoderma sp. nos meios

Batata-Dextrose-Agar, Malt-Extract-Agar, Agar-Água, Trichoderma-Selective-

Medium, Extrato-de-Malte, Batata-Dextrose-Agar+Daconil(1000ppm), Batata-

Dextrose-Agar+Derosal(1000ppm) e suas respectivas testemunhas, com doze repetições

cada, incubados à 25 ± 2ºC com fotoperíodo de 12h. As avaliações ocorreram durante

sete dias e os dados foram analisados pelo teste estatístico não-paramétrico de Kruskal-

Wallis. Já o grau de antagonismo foi avaliado de 1 a 4, conforme a escala de Ezziyyani.

Pôde-se verificar que Trichoderma sp. inibiu o crescimento micelial do patógeno na

maioria dos meios testados: em MEA (p=0,0001) e EM (p=0,0045), mais ricos em

nutrientes, e em AA (p=0,0081), mais escasso. Em meio MEA, o antagonismo foi mais

evidente, com grau 4, conforme a escala utilizada. Desse modo, pode-se inferir que

Trichoderma sp. poderá ser utilizado como um componente promissor no controle da

murcha causada por Lasiodiplodia sp. em Eucalyptus sp.

Palavras-chave: Patologia Florestal, Murcha, Controle Biológico.

1 Graduada em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Amapá/UEAP. E-mail:

[email protected] 2 Professora M.Sc. do curso de Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Amapá//UEAP.

34

DIPTEROS FRUGÍVOROS ASSOCIADOS AO INGÁ-CIPÓ (Inga edulis Martius,

Fabaceae) NO ESTADO DO AMAPÁ

Taline de Lima Silva 1

Jonh Carlo Reis dos Santos 2

Camila Ribeiro Lima 3

Maria do Socorro M. de Sousa 4

Ricardo Adaime 5

O ingá-cipó (Inga edulis Martius) é uma leguminosa arbórea nativa da América

Tropical que produz um fruto comestível muito apreciado pela população rural da

Amazônia. É um bom componente de Sistemas Agroflorestais e pode ser utilizado na

recuperação de áreas degradadas, por fixar nitrogênio no solo. Dípteros frugívoros,

especialmente das famílias Tephritidae e Lonchaeidae, comumente utilizam espécies

vegetais da família Fabaceae como recurso alimentar. Em caso de infestação

significativa, os frutos ficam imprestáveis para comercialização e consumo. O objetivo

deste trabalho foi avaliar os índices de infestação de ingá-cipó por dípteros frugívoros

em quatro municípios do estado do Amapá. No período de 20/04 a 14/11 de 2009,

foram coletadas 20 amostras (três frutos por amostra) de ingá-cipó, totalizando 60 frutos

(10,9 Kg), nos municípios de Ferreira Gomes, Macapá, Mazagão e Porto Grande. Em

campo os frutos foram processados segundo metodologia utilizada para obtenção de

dípteros frugívoros (amostras de frutos individualizados) e conduzidos ao Laboratório

de Entomologia da Embrapa Amapá, em Macapá. O material foi examinado a cada

cinco dias, sendo os pupários retirados e transferidos para frascos de plástico, contendo

uma fina camada de vermiculita umedecida. Infestação por dípteros frugívoros foi

observada em 12 das 20 amostras (60%) e em 24 dos 60 frutos (40%) que compunham

as amostras, totalizando 460 pupários. Considerando apenas os frutos infestados, o

índice médio de infestação foi de 19,6 pupários/fruto (variando de 1 a 71

pupários/fruto). Foram obtidos 106 espécimes de Anastrepha distincta Greene

(Tephritidae) e 258 espécimes de Lonchaeidae: Neosilba zadolicha McAlpine &

Steyskal (49♂), Neosilba glaberrima (Wiedemann) (47♂), Neosilba dimidiata (Curran)

(27♂) e Neosilba pseudozadolicha (2♂). Em quatro frutos infestados (16,7%) houve

ocorrência simultânea de A. distincta, N. glaberrima e N. zadolicha. O presente estudo

evidencia a infestação de ingá-cipó por dípteros frugívoros, especialmente da família

Lonchaeidae.

Palavras-chave: Anastrepha distincta, Tephritidae, Neosilba glaberrima, Neosilba

zadolicha, Lonchaeidae

1 Pós-graduanda em Desenvolvimento Regional, Universidade Federal do Amapá/UNIFAP. E-mail:

[email protected] 2 Graduando em Engenharia Florestal, Instituto Macapaense de Ensino Superior/IMMES. 3 Graduada em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Amapá//UEAP. 4 Pós-graduanda em Desenvolvimento Regional, Universidade Federal do Amapá/UNIFAP. 5 Orientador, Pesquisador Embrapa Amapá.

35

COMPARAÇÃO ENTRE MÉTODOS DE ANÁLISE DE QUANTIDADE E

QUALIDADE DE RNA TOTAL EXTRAÍDO DE FOLHAS DE EUCALIPTO

Michael Willian Rocha de Souza 1

Inaê Mariê de Araújo Silva 2

Kamilla Emmanuelle Carvalho de Almeida3

Ariadne Marques 4

Marcelo Luiz de Laia 5

A quantidade de RNA e a presença de impurezas no produto extraído são fatores que

podem comprometer o sucesso na construção de bibliotecas de cDNA, em estudos de

expressão gênica, em espécies florestais. Assim, comparou-se dois métodos de análise

de quantidade e qualidade de RNA total extraído de folhas de eucalipto -

espectofotometria e eletroforese em gel. Para tal, foram conduzidas 24 extrações de

RNA total de folhas coletadas de um clone híbrido de Eucalyptus “urograndis”,

utilizando-se o reagente PureLink® Plant RNA, conforme recomendações do

fabricante. A qualidade e a concentração do RNA foram determinadas através da leitura

das amostras em comprimento de onda de 260 e 280 nm, em espectofotômetro Lambda

Bio e posteriormente, através de uma alíquota de cada amostra de RNA submetida a

eletroforese em gel de agarose 1%, corado com 2 µl de brometo de etídio. A imagem do

gel foi visualizada e digitalizada, sob luz ultravioleta, em transiluminador Loccus

Biotecnologia. Em geral, as extrações de RNA total apresentaram um excelente

rendimento. A quantidade mínima extraída foi 1176,0 ng/μl e a máxima 3500 ng/μl,

com a média geral girando em torno de 2275,042 ng/μl, segundo a espectofotometria.

As razões 260/280 e 260/230 fornecidas pelo espectrofotômetro, que devem variar

numa faixa ótima de 1,8 - 2,1, sugeriram contaminação do RNA total com proteínas e

outros possíveis contaminantes. Em contrapartida, a análise das amostras em gel de

agarose 1% revelou uma boa qualidade das amostras, caracterizada por bandas de rRNA

bem definidas e sem rastros consideráveis. A análise do gel de agarose também

confirma as altas concentrações de RNA provenientes das extrações. Ressalta-se,

portanto, para fins de análise de qualidade e concentração de RNA, a necessidade de se

utilizar o conjunto, espectofotometria e eletroforese em gel, evitando-se a interpretação

equivocada, devido a especificidades de cada método de análise.

Palavras-chave: Extração, ácido ribonucleico, concentração, impurezas, Eucalyptus.

1 Graduando em Agronomia, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri/UFVJM. E-

mail: [email protected] 2 Doutoranda em Ciências Florestais, Universidade de Brasília/UnB. 3 Mestranda em Ciências Florestais, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri/UFVJM. 4 Mestre em Ciências Florestais, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri/UFVJM. 5 Orientador, Professor Dr. adjunto do curso de Engenharia Florestal/UFVJM.

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MOGNO BRASILEIRO (Swietenia macrophylla King.) EM AMBIENTE

URBANO: CARACTERIZAÇÃO BIOMÉTRICA DA SEMENTE

Maylon Souza da Cunha 1

Ana Cristina Magalhães Carvalho 2

Swietenia macrophylla King. (Meliaceae), estudos com esta espécie é importante, pois

está presente na lista de espécies ameaçadas de extinção devido à exploração e o grande

valor comercial. A necessidade de adequação das Regras para Análise de Sementes para

espécies florestais favorece aos estudos que possam fomentar a realização de protocolos

para análise de sementes florestais. Este estudo teve como objetivo a caracterização

biométrica de sementes do mogno brasileiro. Foram coletados frutos para obtenção de

sementes de 8 árvores matrizes, localizada em área urbana no Município de

Paragominas – PA (S 02º 59’ 27”, W 47º 22’ 26” e Altitude 116 m ). O estudo foi

desenvolvido no Laboratório de Engenharia Florestal da Universidade do Estado do

Pará, localizada as margens da rodovia PA - 125, no Município de Paragominas - PA.

Selecionou-se ao acaso 100 sementes com alas, para medições com auxílio de

paquímetro digital, para a pesagem da massa seca e úmida foi utilizado balança analítica

em seguida as sementes foram umedecidas em água destilada por 24 horas. Foram

considerados os seguintes aspectos biométricos para a classificação das sementes:

comprimento, largura, espessura, peso seco e úmido. Os resultados do comprimento

variaram de 7,5 a 11,1 cm, enquanto a largura e espessura apresentaram valores de 2 a

2,7 cm e 0,01 a 0,02 cm, respectivamente. Para a mensuração da massa seca e úmida

das sementes sem alas os valores foram 20,74g e 42,52g. Foram mensuradas sementes

com médias de 9,11 cm de comprimento, 2,28 cm de largura, 0,01 cm de espessura.

Com base nas avaliações de literatura, as sementes de mogno apresentaram dimensões

reduzidas, acredita-se que por se tratar de uma espécie plantada e o fato das matrizes

estarem localizadas em ambiente de área urbana e as margens de uma rodovia, isto

tenha influenciado no tamanho reduzido das sementes.

Palavras-chave: Meliaceae, Amazônia, espécie florestal.

1 Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. E-mail:

[email protected] 2 Orientadora, Professora M.Sc. adjunto do curso de Engenharia Florestal/UEPA.

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DISTRIBUIÇÃO DIAMÉTRICA EM UMA FLORESTA DE VÁRZEA NA

LOCALIDADE DA ILHA DE SANTANA-AP, BRASIL

Ronaldo Oliveira dos Santos 1

Rubiene Neto Soares 2

Michelle Vasconcelos Cordeiro 3

Bruno de Souza Dantas 4

Jadson Coelho de Abreu 5

Entre os ecossistemas, que compõem a floresta equatorial amazônica estão as florestas

de várzea, por sua abrangência ser consideravelmente marcante na região sua

preservação e conservação são fatores indispensáveis para a manutenção da sua

biodiversidade, além de ser fonte de renda para a população local que dela retira seu

sustento. O objetivo geral deste trabalho foi avaliar a distribuição diamétrica em uma

floresta de várzea estuarina da ilha de Santana, servindo de subsídio para manejo

florestal. A área estudada possui extensão de 2.005,13 ha (00°04´00” S e 51°08´00” W)

com diferentes ecossistemas, sendo destes o objeto de estudo da pesquisa a floresta

ombrófila densa aluvial. Foram alocadas de forma sistemática seis parcelas de 10 x 20

m (200 m²), equidistante 5 m entre si, adotando-se como critério de inclusão todas as

árvores com circunferência mensurada à altura de 1,30 m do solo > 15 cm. Foi realizado para as espécies inventariadas na área, a distribuição diamétrica, a qual o número de classes

diamétricas foi definido por meio da fórmula de Sturgues K= 1+ 3,33*Log(n). Na

floresta de várzea estudada, foram amostrados 24 indivíduos com uma área basal de

3,19 m²/ha, distribuídos em 12 espécies, na qual as principais encontradas foram: Virola

- (Virola surinamensis Warb.) – Myristicaceae, Anani- (Simphonia globulifera L.) -

(Clusiaceae), e Pau-mulato- (Calycophyllum spruceanum Benth.) Hook. f. ex. K.

Schum. – (Rubiaceae). Foram geradas cinco classes diamétricas, as classes que

apresentaram maior número de indivíduos por hectares foram 1, 2 e 3 (10 ≤ a < 20; 20 ≤

a < 30; 30 ≤ a <40), sendo que a classe dois foi que apresentou maior número de

indivíduos, conforme analisado no gráfico da distribuição diamétrica. A estrutura

diamétrica das espécies demonstraram que a população apresenta tendência a um

balanceamento, caracterizando-se como uma floresta que provavelmente esteja em

início de sucessão. No entanto, em função da amostra ser pequena verifica-se a

necessidade de alocar mais parcelas para representar a população, e assim ser ter uma

maior confiabilidade das classes geradas.

Palavras-chave: Amazônia, Manejo florestal, Inventário florestal, Biodiversidade.

1 Graduando em Engenharia Florestal e Bolsista de Iniciação Científica (PIBIC/CNPq/UEAP),

Universidade do Estado do Amapá/UEAP. E-mail: [email protected] 2 Graduanda em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Amapá/UEAP. 3 Graduanda em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Amapá/UEAP. 4 Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Amapá/UEAP. 5 Professor M.Sc. do curso de Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Amapá//UEAP.

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PRODUÇÃO DE PAPELÃO ARTESANAL SEM ADITIVOS QUÍMICOS

UTILIZANDO FIBRA DE COCO (Cocos nucifera L)

Ana Claudia Gama Batista1

Jéfyne Campos Carréra2

Walysson Gama Ferreira3

Marcelo José Raiol Souza4

O grande movimento da sustentabilidade possibilita novas formas de beneficiamento de

resíduos para transformação de produtos que poderão competir no mercado. O trabalho

teve como objetivo a reutilização das fibras coco (Cocos nucifera L.) como matéria-

prima da produção do papelão artesanal. A coleta ocorreu na Praça da República,

localizada em Belém (PA). Foram coletadas cinco amostras de cocos verdes e levados

para o Laboratório de Madeira da Universidade do Estado do Pará – UEPA. Para o

processo de desfibramento, os cocos foram cortados em cubos, após o corte foram

colocados em balde de 15 litros e adicionada água para amolecimento das fibras, foram

batidas no liquidificador industrial e lavadas em água corrente com auxilio de uma

peneira. Após a lavagem, as fibras passaram pelo processo de secagem em estufa

durante seis horas a 175 ºC. As polpas celulósicas foram preparadas com papel A4

branco com gramatura 75 g/cm2 e papelão, picados, ambos foram colocados em balde e

adicionados 10,5 litros de água, o material ficou descansando por seis dias e depois

foram batidos em liquidificador, para melhor resultado o processo foi repetido duas

vezes. Depois a polpa foi misturada às fibras na proporção 7:3 houve três tipos de

mistura: somente papel A4 branco, somente papelão, e mistura de papel A4 branco e

papelão. As misturas foram colocadas em uma peneira com dimensões 59 x50 cm e

levadas para secar ao ar livre durante dez dias. Como resultado, obtivemos melhor

aderências das fibras de coco a pasta celulósica de papel A4 e mistura de papel com

papelão, a polpa composta de papelão não aderiu bem às fibras de coco devido à grande

concentração de lignina. A utilização das fibras de coco na produção de papelão

artesanal é uma forma de mitigação para resíduo proveniente do seu consumo gerando

oportunidade econômica.

Palavras-chave: Sustentabilidade, pasta celulósica, lignina, resíduos.

1Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. E-mail:

[email protected] 2Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. 3 Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado Pará /UEPA. 4 Orientador, Professor Dr. adjunto I do curso de Engenharia Florestal/UEPA.

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ELABORAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE UM MINI VIVEIRO MÓVEL PARA

SUBSIDIAR PEQUENOS PROJETOS DE GERMINAÇÃO

Jocenildo Junior de Sousa Gemaque 1

Elienara de Almeida Rodrigues 2

Larissa da Silva Pereira 3

Dr. Osmar José Romeiro de Aguiar 4

Os viveiros florestais representam um elemento fundamental em todos os estágios de

um profissional na área da floresta, visto que são considerados como berçários de

mudas de espécies florestais. Um viveiro consiste em um local adequado e previamente

preparado para produção de mudas para comercialização ou mesmo para experimentos.

Os viveiros temporários destinam se a produção de mudas durante um determinado

período de tempo, e cumprida a sua finalidade é desativado. O seu planejamento não

requer grandes cuidados e sua vantagem consiste no baixo custo de implantação e na

redução de despesas. O objetivo principal construir um mini-viveiro móvel para suprir

as necessidades dos alunos para a realização de experimentos de germinação. A

elaboração do projeto se deu com a criação do croqui com as dimensões 0,7m x 1m x

0,7m e para isso foram utilizados para montar a estrutura do viveiro 16,5 m de cano pvc

de 20mm; com 38 conexões; 1,5m² de tela de sombrite (1,5m x 1m); 4 m² de tela

branca(4m x 1m); uma placa de metal (90 cm x 60 cm); calha de afiação de pvc (2,55

m). Diante das características do material utilizado para a construção, a estrutura se

mostrou leve e susceptível a eventos climáticos de alta intensidade (chuvas e ventos),

contudo as pequenas dimensões e a fácil mobilidade amenizam tal dificuldade, além dos

reforços na base da estrutura ao ponto de mantê-la mais fixada ao solo. As dimensões

internas possibilitam o alojamento de grande quantidade de amostras devido a

resistência e disposição do material utilizado para a construção. A relação custo-

benefício possibilita a construção de varias unidades de viveiro ou uma em grande

escala capaz de comportar grande quantidade de amostras, tornando-se viável para

subsidiar elaboração de projetos de germinação.

Palavras-chave: Mudas, experimentos, produção, estrutura.

1 Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. E-mail:

[email protected] 2 Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. 3 Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. 4 Orientador, Professor Dr. adjunto do curso de Engenharia Florestal/UEPA.

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CARACTERIZAÇÃO SÓCIOPRODUTIVA DAS FAMÍLIAS EXTRATIVISTAS

DO RIO CHARAPUCU, MUNICÍPIO DE AFUÁ, PÁRÁ, BRASIL

Waldemiro de Oliveira Rosa Junior1

Nayane Soares de Menezes2

Carlos Kleiton da Silva Rodrigues3

Darcileide Trindade Correa4

Marinelson Antônio Santos da Silva5

Apesar dos esforços centrados na melhoria do setor rural, ainda persiste um cenário de

pobreza e subdesenvolvimento de uma gama de famílias extrativistas, sobretudo nas

regiões ribeirinhas do Estado Pará, as quais constituem um desafio para o governo, as

instituições de pesquisa e extensão rural. Neste contexto, o presente trabalho teve como

objetivo caracterizar os aspectos sociais e as atividades produtivas de famílias

extrativistas na área de influência do rio Charapucu Município de Afuá no arquipélago

do Marajó. Para obtenção dos dados foram aplicados questionários semiestruturados,

com perguntas abertas e fechadas, abrangendo questões sociais (educação, organização

social, posse e bens, entre outros) e de produção das unidades familiares. Foram

entrevistadas 49 famílias, que somando seus membros representam um universo de 259

indivíduos, onde deste total observou-se que 57,9% encontram-se na faixa etária de até

20 anos, 51% são mulheres e o índice de analfabetismo é de 39,8%. Entre as unidades

familiares 87,8% possui casa de madeira coberta com palha, 100% utilizam o rio como

fonte de água potável e 100% recebem auxílio do Governo através da Bolsa Família.

Entre as atividades produtivas as que tiveram a maior frequência foram a exploração do

açaí para fruto (63,5%), seguido da extração de palmito (53,1%) e extração de madeira

(42,9%). É comum observar que muitas unidades familiares possuem mais de uma

atividade produtiva. Estes resultados representam a realidade de muitas famílias

extrativistas no Município de Afuá, onde os produtos da floresta são responsáveis pela

sua permanência no campo, mas a falta de políticas públicas e assistência técnica a essas

famílias podem gerar, futuramente, um cenário de degradação pela extração predatória

de produtos como palmito e a madeira.

Palavras Chave: Ilha do Marajó, Rio Amazonas, Sustentabilidade, Ribeirinho

1 Eng. Agrônomo, M.Sc. Extensionista Rural I – EMATER-PA. Email: [email protected]

² Eng. Florestal. Extensionista Rural I – EMATER-PA.

³ Eng. Agrônomo. Extensionista Rural I – EMATER-PA. 4 Téc. Agropecuária. Extensionista Rural II – EMATER-PA. 5 Téc. Agropecuária. Extensionista Rural II – EMATER-PA.

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PERFIL SÓCIOECONÔMICO DA COMUNIDADE PARAGONORTE – PA.

LUIZ INÁCIO, SITUADA NO MUNICÍPIO DE PARAGOMINAS/PA

Alice Fontineles Ribeiro1

Aline Carneiro da Silva2

Rosa Helena Ribeiro Cruz 3

A agricultura é uma atividade que contempla elementos pertencentes ao tripé da

sustentabilidade, que são as relações de interação entre fatores econômicos, ambientais

e sociais, e devido à economia gera renda para os produtores e a permanência da mão de

obra familiar no campo. O objetivo da pesquisa é identificar o perfil socioeconômico da

comunidade Paragonorte, área urbana do patrimônio pertencente ao Assentamento Luiz

Inácio, no município de Paragominas – Pará. Em setembro de 2014 foram

entrevistadas,12% da população, que é composta por 250 famílias. A metodologia

aplicada foi à quantitativa e qualitativa, usando como instrumento para o levantamento

de dados um questionário, com perguntas abertas e fechadas. No levantamento de dados

foram considerados aspectos como situação fundiária, sistema de produção, tipo de

cultura produzida, além da renda média mensal familiar, para então ser aplicada análise

estatística quantitativa. Atualmente a comunidade possui como base econômica a

plantação de Manihot esculenta Crantz conhecida popularmente como maniva.

Observa-se que 77% da população faz o plantio da mandioca, sendo que entre estes,

85% usam como renda e 15% para o consumo próprio, 23% não fazem o plantio, porém

de forma indireta estão envolvidos como trabalhadores assalariados dentro do

assentamento. O sistema de produção predominante é o familiar e 70% da população

utiliza 1 hectare de terra do patrimônio para plantio de no máximo 5 tarefas por família.

A renda média mensal familiar de 60% da comunidade equivale a mais de um salário

mínimo e menos de dois, e quanto ao nível de ensino 56% dos agricultores não possuem

escolaridade. Torna-se então perceptível que a agricultura nessa região é uma questão

cultural, sendo que para os agricultores é mais viável a plantação de mandioca para

obtenção de renda, por ter baixo custo de produção e boa comercialização.

Palavras-chave: Situação fundiária, sistema de produção, Manihot esculenta Crantz,

renda.

1Estudante de Graduação em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. E-mail –

[email protected] 2Estudante de Graduação em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. 3 Professora Mestre em Agriculturas Amazônicas do curso de Engenharia Florestal, Universidade do

Estado do Pará/ UEPA.

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BENEFICIAMENTO DE SEMENTES FLORESTAIS PARA PRODUÇÃO DE

BIOJÓIAS NO MUNICÍPIO DE ALTAMIRA, PARÁ

Jéssica de Araújo Campos 1

Márcia Orie de Sousa Hamada 2

O extrativismo de Produtos Florestais Não Madeireiros, considerado uma atividade de

baixo impacto ambiental, apresenta relevante importância socioeconômica para

populações da Amazônia ao proporcionara a geração de renda complementar. Dentre

esses produtos destacam-se as sementes de essências florestais utilizadas na confecção

de artesanato, e biojóais. O presente trabalho teve por objetivo caracterizar as etapas de

beneficiamento de sementes florestais para a fabricação de biojóais no município de

Altamira, Pará. Para a coleta das informações em campo, foram visitados

estabelecimentos comerciais, artesões e vendedores ambulantes que comercializavam

biojóais confeccionadas com sementes, onde foram aplicados questionários

semiestruturados, totalizando 10 entrevistados. Os artesões adquirem as sementes

através de compra ou coleta, no entanto, a coleta é a mais praticada, as mesmas são

coletadas em áreas próximas da cidade, e entre os critérios para seleção das mesmas

estão: sementes com boa aparência, sem sinal de broca ou danos visíveis, proveniente

de frutos maduros e com pouca umidade. O beneficiamento das sementes e confecção

dos artesanatos consiste nas seguintes etapas: limpeza – onde as sementes são lavadas

com água corrente; secagem – ao sol sob lona plástica ou no forno; polimento – é feito

de forma manual com lixa ou com máquina específica; imunização – é a aplicação de

fumo visando à eliminação de possíveis patógenos; envernizamento – acabamento feito

com pincel; e montagem – as sementes são perfuradas e coladas. A correta execução

das etapas de beneficiamento garantirá a obtenção de um produto de boa qualidade. Os

materiais oriundos da floresta como as sementes permitem a confecção de objetos com

alto valor agregado de acordo com o processo de beneficiamento utilizado. Os

resultados desse processo dependerão da habilidade e criatividade do artesão.

Palavras-chave: artesão, extrativismo, essências florestais, coleta.

1 Graduando em Engenharia Florestal, Universidade Federal do Pará/UFPA. E-mail:

[email protected] 2 Professora, Doutora em Ciências Agrárias, Universidade Federal do Pará /UFPA.

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EXTRAÇÃO DO BREU BRANCO: IMPACTOS SÓCIOECONÔMICO NA

COMUNIDADE TRADICIONAL DA VILA DE SÃO FRANCISCO – RDS DO

IRATAPURU

Karoline Fernandes Siqueira Campos 1

Jadson Luis Rebelo Porto 2

Vinícius Batista Campos 3

Igor Costa 4

O presente estudo tem como objetivo analisar os impactos sociais e econômicos da

extração do breu branco (Protium pallidum Cuatrec) para a na comunidade tradicional

da Vila de São Francisco, advindos do pagamento do fundo de investimento do contrato

entre a vila situada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável – RDS do Iratapuru e

uma empresa do segmento de cosméticos. A pesquisa foi realizada no período de janeiro

a dezembro de 2013, aplicando um questionário semiestruturado, contendo 20 perguntas

objetivas e subjetivas, tendo como público alvo 40 membros familiares da comunidade.

Na coleta de dados constatou-se que o principal motivo da parceria está na extração do

patrimônio genético da espécie breu-branco que, em conjunto com a Castanha do Brasil,

são as principais fontes econômicas da comunidade da RDS - Iratapuru. Observou-se

também, como benefícios à comunidade, a infraestrutura básica de saneamento, o

projeto de uma Estação de Tratamento de Água (ETA), construção de posto e compra

de remédios, além de política de pagamento de bolsas aos moradores para cursar o

ensino técnico, profissionalizante e graduação e ainda a certificação do manejo florestal

com o devido projeto de topografia, que de acordo com os entrevistados foi um grande

benefício para o Estado do Amapá. Detectou-se além disso que a receita dos produtos

subsidiou a cadeia produtiva da espécie proporcionando a aquisição de maquinários,

capacitação técnica para os moradores e o pagamento de profissionais como contador e

assistente administrativo. Portanto notou-se que a exploração do breu branco culminou em

resultados satisfatórios, melhorando a qualidade da comunidade e promovendo o

desenvolvimento regional de maneira sustentável.

Palavras-chave: Sustentabilidade, Unidade de Conservação, Economia,

Responsabilidade Social.

1 Mestranda em Desenvolvimento Regional, Universidade Federal do Amapá / UNIFAP. E-mail:

[email protected] 2 Doutor em Engenharia Agrícola, Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Amapá / IFAP – Campus

Laranjal do Jari, E-mail: [email protected] 3 Doutor em Engenharia Agrícola, Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Amapá / IFAP – Campus

Laranjal do Jari, E-mail: [email protected] 4 Discente do curso técnico em secretariado, Bolsista PIBIC Jr/CNPq/FAPEAP, Instituto Federal de

Ciência e Tecnologia do Amapá / IFAP – Campus Laranjal do Jari

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ANÁLISE DOS RESÍDUOS MADEIREIROS GERADOS NAS MARCENARIAS

DO MUNICÍPIO DE PARAGOMINAS – PARÁ

Thiago dos Santos Souza 1

Cleciane Pantoja Pessoa ²

Dyelane Matoso dos Remédios 3

Álisson Rangel Albuquerque 4

Os resíduos gerados em indústrias de móveis de madeira do município Paragominas-

PA. Não possuem um controle ou destino final adequado. O objetivo deste trabalho foi

levantar as características quali-quantitativas dos resíduos gerados pelo Pólo Madeireiro

de Paragominas - PA, bem como do processo de produção. O critério de seleção das

marcenarias estudadas foi através do registro no Sindicato das Indústrias de

Serrarias Paragominas (SINDISERPA), sendo que todas as nove marcenarias

registradas foram avaliadas. A metodologia utilizada para o levantamento dos dados foi:

(a) aplicação de questionários, (b) visitas técnicas (diagnose visual) e (c) entrevistas

com proprietários e operadores. A atividade de coleta de dados foi realizada durante o

período de agosto e setembro de 2014, e centradas nas seguintes questões: (i) a

quantidade de resíduos gerados, (ii) os principais tipos de resíduos, (iii) se há e como se

dá o aproveitamento destes resíduos e (iv) o descarte destes resíduos. Os principais

produtos fabricados pelas marcenarias são móveis (67%) e esquadrias (32%), gerando

resíduos dos tipos: serragem (36%), os sarrafos (26%) e as maravalhas (23%) e cavacos

(13%). Levantou-se também as operações e equipamentos que geram maior percentual

de resíduos: serra-circular (16%), plaina (14%), lixadeira (14%), desengrossadeira

(12%), serra-fita (10%), seccionadeira (10%), esquadrejadeira (10%) e tupia (6%). Foi

constatado que a maioria das empresas visitadas doavam os resíduos produzidos e que

não havia preocupação por parte dos proprietários quanto à agregação de valor ao

resíduo gerado e quais os danos ambientais que estes poderiam ocasionar. Foi elaborada

uma proposta com medidas alternativas, com baixo impacto ambiental, para melhor

aproveitamento dos resíduos gerados como: (i) geração de energia através da queima

direta de resíduos oriundos da madeira sólida, (ii) fabricação de briquetes, (iii) uso

como fertilizantes naturais. Ações potencializadoras foram traçadas e apresentadas as

movelarias para diminuir a perda durante o processamento.

Palavras-chave: resíduos de exploração florestal, controle, movelaria.

1 Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. E-mail:

[email protected] 2 Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. 3 Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. 4 Professor M.Sc. do curso de Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA.

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AVALIAÇÃO CLIMATOLÓGICA NA REGIÃO DE PARAGOMINAS - PA

Gabriel Moura Martins1

Ewerton Souza de Araújo2

Agust Sales3

Edmir dos Santos Jesus4

Em cidades tropicais a mudança climática local pode levar a uma condição de estresse

bioclimático, afetando a saúde humana e aumentando o consumo de energia para a

climatização artificial. Os estudos de climatologia urbana são importantes alternativas

para o planejamento e a preservação da qualidade físico-ambiental urbana. O estudo tem

como objetivo avaliar as modificações climáticas da área urbana de Paragominas-PA.

O estudo foi desenvolvido em três áreas (A1, A2 e A3) na região do município de

Paragominas - PA. Segundo a classificação de Koppen, o clima é Aw. A precipitação

média é de 1743 mm. Mensurou-se a temperatura do bulbo seco e úmido (ºC), a úmida

relativa do ar (UR%), nebulosidade e direção dos ventos de hora em hora durante 24

horas no dia 2 de junho de 2014. No dia 2 de junho a área A1 apresentou maior

temperatura (38ºC) às 14:00 hrs, sendo que as áreas A2 e A3 registraram números de

temperaturas às 16:00 hrs de 36 e 35 ºC, respectivamente. O menor valor de temperatura

ocorreu na área A2 (21 ºC às 5:00 hrs), seguido da área A1 e A3 22; 24 ºC às 3:00; 4:00

hrs, respectivamente. Em relação à umidade relativa do ar, a área A1 e A2 mostraram

maiores e menores números (90; 50% às 05:00; 17:00 hrs e 98; 52% às 4:00; 13:00 hrs,

respectivamente). O maior índice de nebulosidade (6/8) nas três áreas ocorreu às 20:00 e

o menor (1/8) às 8:00. A direção do vento na maior parte (65%) do período apresentou

direção leste/oeste. Os valores encontrados foram satisfatórios, visto que o clima da

região é considerado tropical quente e úmido. O fator arborização contribuiu para a

amenização do calor e a elevação da umidade relativa do ar.

Palavras-chave: Climatologia, físico-ambiental, temperatura.

1Estudante de Graduação em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. E-mail:

[email protected] 2Estudante de Graduação em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. 3Estudante de Graduação em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. 4Orientador, Professor Dr. adjunto do curso de Engenharia Florestal/UEPA.

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ANÁLISE DA QUALIDADE DO CARVÃO VEGETAL COMERCIALIZADO

EM UMA REDE DE SUPERMERCADOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE

BELÉM-PA

Caio Felipe Almeida Rodrigues1

Jéfyne Campos Carréra 2

Ana Claudia Gama Batista3

Walysson Gama Ferreira4

Eunice Gonçalves Macedo5

O carvão vegetal é um produto proveniente da carbonização da madeira, que apresenta um

alto valor energético, sendo considerado recurso natural renovável comumente utilizado na

produção de energia contribuindo, juntamente com a lenha, com 8,3% para matriz energética

do país. A qualidade do carvão, medida através de suas propriedades físico-químicas, depende

da madeira utilizada como matéria-prima e do método de carbonização empregado. Assim, o

presente trabalho teve por objetivo avaliar a qualidade de uma marca de carvão vegetal, de

nome fantasia Super Brasa, comercializada em uma rede de supermercados da região

metropolitana de Belém-PA. Para análise em questão foram produzidos dez corpos de prova

através de fragmentos de carvão cujas dimensões eram de 3cmx2cmx2cm, e após isso,

realizados seis testes físico-químicos: Teor de umidade (NBR 11941), densidade aparente,

densidade a granel, teor de materiais voláteis, teor de cinzas e teor de carbono fixo, entre eles,

a densidade e o teor de carbono fixo são os que tem maior influência sobre a qualidade do

carvão vegetal, visto que tais parâmetros estão diretamente relacionados com a eficiência

energética. Todas as análises foram realizadas na Universidade do Estado do Pará – Campus

V (CCNT). Os resultados encontrados foram valores médios de: Teor de umidade (6,57%);

Densidade aparente (0,27%); Densidade a granel (37,4 kg/m³); Teor de materiais voláteis

(0,97%), Teor de cinzas (5,08%) e Teor de carbono fixo (90,68%). Através da análise das

propriedades, detectou-se que a marca de carvão analisada é viável para uso doméstico e

afins, devido apresentar densidade de baixa a média. Contudo, não foi possível relacionar os

valores médios obtidos nos ensaios de densidade relativa aparente e teor de carbono fixo a

uma espécie madeireira em particular, uma vez que o material utilizado nos testes são

resíduos procedentes de indústria.

Palavras-chave: Propriedades químicas, propriedades físicas, fitoenergia.

1Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. Email:

[email protected] 2Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. 3 Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará /UEPA. 4 Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará /UEPA. 5 Orientador, Professor Msc. do curso de Engenharia Florestal/UEPA.

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IDENTIFICAÇÃO MACROSCÓPICA DE MADEIRAS ORIUNDAS DE

SERRARIAS DO MUNICÍPIO DE TOMÉ AÇU- PARÁ

Elienara de Almeida Rodrigues 1

Larissa da Silva Pereira2

Eunice Gonçalves Macedo 3

A comercialização de madeira, geralmente, ocorre utilizando-se o nome vernacular, Tal

atividade dificulta o fluxo de comercialização dessas madeiras tropicais provocando

prejuízos para as empresas envolvidas. Para se evitar possíveis erros, a correta

identificação da madeira é essencial. Logo, pode-se usar a identificação macroscópica

da madeira, que requer poucos recursos e ferramentas de fácil aquisição. O objetivo

deste trabalho foi realizar a identificação da anatomia macroscópica das espécies de

madeiras comercializadas em serrarias do município de Tomé- Açu no Estado do Pará.

Foram coletadas amostras das espécies madeireiras utilizadas no período das visitas

(junho de 2012) encontrado no pátio das empresas. Para o estudo foram preparados

corpos de prova de acordo com normas e técnicas utilizadas comumente na

identificação macroscópica de madeira; foram ainda usados a comparação com

literatura, com amostras da coleção de madeiras do IAN, além de programas para

identificação de madeira. As empresas visitadas trabalham exclusivamente com madeira

serrada. Foram identificados 12 espécies distribuídas em 10 gêneros e seis famílias

botânicas. As espécies identificadas foram: Sapotaceae (Manilkara huberi Ducke ),

Fabaceae (Enterolobium schomburgkii Benth., Dinizia excelsa Ducke, Piptadenia

suaveolens Miq., Zollernia sp.), Chysobalanaceae (Parinari rodolphii Huber.),

Vochysiaceae (Qualea paraenses Ducke, Qualea sp., Erisma sp.), Lecythidaceae

(Couratari sp.), Moraceae (Bagassa guianensis Aubl.). As famílias mais representativas

com maior número de gêneros foram Fabaceae (04) e Vochysiaceae (02), dentre as

espécies estudadas, cinco foram identificadas apenas por gênero. As espécies são

comumente comercializadas no mercado madeireiro do estado, sendo que dentre as

citadas nas serrarias foi observado a troca indevida, podendo comprometer o processo

de beneficiamento, preservação e o uso sustentado das espécies florestais. Portanto, a

identificação anatômica da madeira é de grande importância para a definição dos

aspectos tecnológicos e do controle da comercialização das mesmas.

Palavras-chave: Diagnóstico, xilema secundário, indústria madeireira.

1 Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. E-mail:

[email protected] 2Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. 3 Professor M.Sc. do curso de Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará//UEPA.

48

CRESCIMENTO DE MUDAS DE BARU EM VIVEIRO SOB ADUBAÇÃO DE

N-P-K E LODO DE ESGOTO

Anderson Marcos de Souza 1

Kennedy Medeiros Maia 2

Inaê Mariê de

Araújo Silva 3

O baru (Dipteryx alata Vogel) é uma espécie arbórea leguminosa típica do Cerrado, que

produz madeira de boa qualidade e frutos com potencial de exploração econômica.

Contudo, a utilização sustentável do baru tem se esbarrado com um déficit de

conhecimento técnico no sistema de produção de mudas. O tipo de substrato e

formulações de adubação, por exemplo, são aspectos importantes a serem pesquisados.

Nesse contexto, objetivou-se avaliar o crescimento inicial de mudas D. alata em viveiro,

sob diferentes dosagens de adubação de N-P-K e a incorporação de lodo de esgoto ao

substrato de produção de mudas. Para tal, utilizou-se sementes de baru, coletadas de

matrizes de populações naturais localizadas no entorno do Distrito Federal. As sementes

foram semeadas em sacos plásticos de 15 x 30 cm, preenchidos com substrato terra de

subsolo. Adotou-se Delineamento Inteiramente Casualizado, num esquema fatorial 4 x

3: proporções de incorporação do lodo de esgoto no substrato (0; 30; 50 e 70%) e

dosagens de adubação de N-P-K (04-14-08) (0,1; 0,3; 0,5g/muda), com 30

repetições/tratamento. Acrescidos à adubação com N-P-K, misturou-se 0,1g de FTE-

BR12/muda. No 90° dia de experimento, avaliou-se a altura e o diâmetro do coleto das

plantas. Os dados foram submetidos a ANOVA e as médias discriminadas pelo teste de

Scott & Knott. As análises revelaram que as variáveis em estudo apresentaram interação

significativa entre os dois fatores estudados, desdobrando-se a interação. Para a variável

altura, o desdobramento revelou que o tratamento adubação 0,5g/muda de N-P-K com a

incorporação na proporção de 50% de lodo de esgoto ao substrato (terra de subsolo)

proporcionou maior crescimento em altura das plantas. Resultado semelhante foi

verificado para variável diâmetro do coleto. De modo geral, o lodo de esgoto afetou

positivamente o crescimento inicial das mudas de baru, configurando-se como uma

alternativa viável para diminuir os custos com adubação química.

Palavras-chave: Dipteryx alata, crescimento, resíduos orgânicos.

1 Prof. Dr. do Departamento de Engenharia Florestal, Universidade de Brasília/UnB. E-mail:

[email protected]. 2 Engenheiro Florestal, Universidade de Brasília/UnB. 3 Doutoranda em Ciências Florestais, Universidade de Brasília/UnB.

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IDENTIFICAÇÃO MACROSCÓPICA DAS ESPÉCIES MADEIREIRAS

USADAS NAS EMPRESAS DE INSTRUMENTOS MUSICAIS EM BELÉM-PA

José Lucas Sarmanho Monteiro 1

Reure Pinheiro Macena2

Aline Lima de Sena 3

Betel Cavalcante Lopes4

Osmar José Romeiro de Aguiar5

Nos últimos anos o mercado consumidor de instrumentos musicais, tem tido um

crescimento considerável. No entanto a maioria as madeiras utilizadas para a produção

destes instrumentos são provenientes do mercado exterior. Tendo em vista que a

Amazônia é uma vasta área de espécies madeireiras que podem ser utilizadas para a

produção de instrumentos, o presente trabalho tem como objetivo identificar

macroscopicamente madeiras brasileiras utilizadas para a fabricação de guitarras e

contrabaixos elétricos, a fim de potencializar seu uso nas indústrias nacionais que, por

muitas vezes, preferem madeiras importadas. Para realizar o estudo, foram consultadas

quatro fabricantes de guitarras e contra baixos elétricos localizados na região

metropolitana de Belém-PA, onde foram aplicados questionários e coletadas amostras

das espécies que foram caracterizadas e identificadas macroscopicamente por meio de

técnicas tradicionais de análises anatômicas da madeira, utilizando lupa conta fios de

10x de aumento, estereo microscópio e chavede idenficação de madeiras. A partir dos

resultados constatou-se uso de 10 gêneros florestais, sendo nestes utilizados mais de

uma espécie como matéria-prima para produção de guitarras e contra-baixos elétricos,

os gênero encontrados e os respectivos nomes populares de suas espécies

comercializadas na região foram: Tabebuia sp. (Ipê), Cedrela sp. (Cedro), Astronium

sp. (Muiracatiara), Couratari sp. (Tauari). Swietenia macrophylla (Mogno), Vochysia

sp. (Pau Amarelo), Simarouba sp. (Marupá), Dalbergia nigra (Jacarandá), Ocotea

porosa (Imbuia), Peltogyne sp. (Pau Roxo). Esse tipo de estudo é muito importante para

identificar as madeiras utilizadas para nichos de mercado específicos, a fim de auxiliar o

estudo de espécies alternativas para fabricação de instrumentos e assim proporcionar

avanços no estudo de políticas de incentivo ao uso sustentável.

Palavras-chave: Anatomia, Luthieria, Mercado.

1Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. E-mail:

[email protected] 2Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. 3Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. 4Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. 5 Orientador, Professor Dr. do curso de Engenharia Florestal/UEPA.

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ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DA ARBORIZAÇÃO NO CONFORTO

TÉRMICO EM DUAS AVENIDAS EM BELÉM-PARÁ

Reure Pinheiro Macena 1

José Lucas Sarmanho Monteiro2

Salomão Salin 3

Antônio José Oliveira Macedo 4

Eliane C. Coutinho5

A cidade de Belém, localiza-se às margens da Baia do Guajará e Rio Guamá, no

estuário do Rio Pará, com uma altitude média de 5 metros acima do nível médio do mar

(Belém, 2011). A cidade vem sofrendo com o aumento acelerado na frota de veículos,

causando congestionamentos caóticos, sobretudo nas vias que dão acesso às cidades que

compõem a região metropolitana. O Objetivo desse trabalho é estudar influencia da

desarborização das vias para implementação de obras de infraestrutura de transito no

conforto térmico das cidades. Para a coleta de dados, foram determinados dois pontos

em avenidas paralelas: um localizado na Av. Almirante Barroso e outro na Av. Joao

Paulo II. Estas avenidas foram escolhidas por serem próximas e com características

semelhantes no que consiste em fluxo de pessoas e de veículos, porém, a Av. João

Paulo II possui maior presença de arborização ainda existente. A coleta de dados foi

realizada durante 6 dias, de 20 de maio a 25 de maio de 2013 em três momentos do dia,

aplicando um questionário de percepção térmica aos pedestres próximos aos locais de

coleta. A metodologia empregada foi adaptada dos experimentos de BATIZ ET AL

(2009). De acordo com as medições e os questionários realizados, observou-se que na

Av. Almirante Barroso ouve um aumento sensível de temperatura, e na sensação

térmica, causado possivelmente pela redução da arborização e sombreamento após

iniciadas as obras do BRT (Bus Rapid Transit), e diminuição na velocidade do vento na

Avenida. O mesmo fato não se observou na av. Joao Paulo II, onde existe maior

quantidade de árvores e arbustos e os ventos apresentaram maior velocidade. A

sensação térmica e o conforto térmico consequentemente se tornam mais agradáveis,

fator confirmado pelos termômetros que mostraram valores menores se comparados as

medições obtidas na Av. Almirante Barroso.

Palavras-chave: Agrometereologia, Percepção térmica, Arborização urbana

1Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. E-mail:

[email protected] 2Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. 3Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. 4Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. 5Msc. Meteorologia., Centro de Ciencias Naturais e Tecnologia, Universidade do Estado do Pará/UEPA.

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA

Islanny Alvino Leite 1

Jacob Silva Souto 2

Clarany Alvino Leite 3

Kely Dayane Silva do Ó 4

Francisco A Pereira Leonardo 5

As questões ambientais, atualmente, já encontram certa penetração nas comunidades. A

escola é um espaço privilegiado para estabelecer conexões, informações e interagir com

o meio ambiente. Como perspectiva educativa, a educação ambiental deve estar

presente, permeando todas as relações e atividades escolares, pois é importante que

sejam apresentadas práticas ecologicamente corretas para incutir uma conscientização

acerca do meio ambiente desde cedo. Sendo assim, objetivou-se avaliar como a

educação ambiental é trabalhada na Escola E. E. F. M. Dr. Dionízio da Costa –

PREMEN, município de Patos-PB. O estudo foi do tipo exploratório descritivo, com

abordagem quanti-qualitativa. Para tanto, aplicou-se um questionário estruturado

contendo perguntas subjetivas e objetivas aos alunos das três séries do ensino médio da

escola supra. Os dados obtidos na coleta foram compilados e analisados com base em

um enfoque quanti e qualitativo. Participaram da pesquisa 56 alunos, dos quais 82%

relataram que a escola desenvolve projetos na área ambiental. Questionados se a escola

trabalha a realidade ambiental local, 84% dos alunos responderam que sim. Sobre a

coleta seletiva de lixo na escola, 73% dos alunos disseram que existe. Questionou-se se

na escola há campanhas contra o desperdício de água, 63% dos alunos responderam que

não. Alguns alunos (36%) ainda pensam de foram errônea com relação a natureza,

afirmando que seus recursos naturais nunca irão acabar (infinitos). Sobre

sustentabilidade, apenas 18% dos alunos afirmaram saber o que significa esse termo,

apresentando algumas respostas equivocadas. Percebe-se ainda a falta de

conscientização em relação a educação ambiental, a qual necessita ser cumprida de

acordo com as Leis que regem esse tema. Portanto, conclui-se que a escola ainda precisa

se adequar às necessidades atuais, pois a escola é o ambiente perfeito para utilizar

metodologias que gerem uma nova consciência ambiental no aluno.

Palavras-chave: Sustentabilidade, Recursos naturais, Sistema educacional

1,4 Mestranda em Ciências Florestais. Centro de Saúde e Tecnologia Rural, Universidade Federal de

Campina Grande-UFCG, campus de Patos, PB. 2 Professor Doutor Adjunto do Centro de Saúde e Tecnologia Rural, Universidade Federal de Campina

Grande, Patos, PB. 3 Graduanda em Ciências Biológicas. Universidade Federal da Paraíba-UFPB. 5 Bolsista CAPES/PNPD, Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais, Universidade Federal de

Campina Grande, Campus de Patos, Paraíba, Brasil

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QUEBRA DE DORMÊNCIA E AVALIAÇÃO DO PERIODO GERMINATIVO

DO PARICÁ (Schizolobium parahyba var. amazonicum(Huber ex Ducke)) Barneby).

CarlosValmison da Silva Araújo1

Luana Picancio de Mendonça²

Savia Coelho da Silva³

Vera Lucia Da Silva Costa4

Henriqueta da Conceição Brito Nunes5

Desde a década de 90 o reflorestamento vem apresentando uma grande expansão de

espécies nativas no Estado do Pará, sendo que umas das espécies mais utilizadas tem

sido o Schizolobium parahyba var. amazonicum, pelo rápido crescimento e qualidade da

madeira, além de possuir um grande potencial para plantios em áreas degradadas,

reflorestamentos e em sistemas agroflorestais. A propagação do paricá por meio de

sementes apresenta um alto percentual de germinação quando são submetidas a

processos mecânicos, físicos ou químicos de quebra de dormência. Considerando a

importância do paricá para os sistemas agroflorestais este trabalho teve por objetivo

realizar a análise de crescimento, e a utilização de diferentes processos de quebra de

dormência. Para superar a dormência as sementes foram escarificadas passando por uma

quebra de dormência mecânica feito com uma lixa manual de numeração 60. As

sementes não escarificadas foram submetidas à quebra de dormência física em choque

térmico a uma temperatura de 100° C. A quebra de dormência química foi realizada

com o Ácido Sulfúrico (H2SO4) 98,08%, onde as mesmas foram imersas em um Becker

por 60 minutos em uma câmara de exaustão de gases. Foram utilizadas 10 repetições

com cinco sementes/saco totalizando 800 sementes. De acordo com a análise de

variância, obtida no programa ASSISTAT versão7. 6, houve diferença significativa entre

os tratamentos utilizados na quebra de dormência no Schizolobium parahyba,

mostrando que as sementes submetidas á escarificação manual apresentaram um

percentual significativo de 95% em sua taxa de germinação, seguido de 70% em quebra

de dormência física, e 50% no processo químico, levando a confirmação de alto poder

germinativo da espécie. Com isso, a utilização de outros métodos de quebra de

dormência não se faz necessário, uma vez que comprovado que o método de

escarificação é o mais eficaz.

Palavras-chave: variância, escarificação, espécie, germinação, exaustão

1 Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. E-mail:

[email protected]

²Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. E-mail:

[email protected]

³Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. E-mail:

[email protected] 4Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. E-mail:

[email protected] 5Orientador, Professora Assistente IV da Universidade do Estado do Pará/UEPA. E-mail:

[email protected]

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INVENTÁRIO DA ARBORIZAÇÃO DO CANTEIRO CENTRAL DA AVENIDA

AMAZONAS, IRANDUBA-AM

Caio Frade Souza Silva 1

Liane Jardim 2

David Franklin da Silva Guimarães 3

Isabela Cristina Ribeiro de Almeida 4

Norma Cecília Rodrigues Bustamante 5

A arborização é essencial a qualquer planejamento urbano e têm funções

importantíssimas como: propiciar sombra, purificar o ar, atrair aves, diminuir a poluição

sonora, constituir fator estético, diminuir o impacto das chuvas, contribuir para o

balanço hídrico e aumentar a qualidade de vida local. Mas a arborização deve ser

acompanhada de um planejamento minucioso, desde as escolha das espécies mais

adequadas até o tratamento e monitoramentos dos indivíduos plantados. Neste contexto

foi realizado o levantamento da arborização no canteiro central da Avenida Amazonas

no Município de Iranduba/AM. Foi realizado o inventário dos indivíduos presentes nos

8 canteiros distribuídos em 750 metros da avenida em estudo. O método de inventário

utilizado no levantamento foi de caráter quali-quantitativo, do tipo censo, também

denominado inventário total. Os parâmetros coletados foram: a identificação das

espécies, DAP, altura e condições fitossanitárias. Foram analisadas 45 indivíduos,

pertencentes a 3 espécies (Ficus benjamina, Mangifera indica e Syzygium malaccense),

sendo a espécie Syzygium jambos (L.)Alston (jambeiro) a mais abundante com o

percentual de 91,11% dos indivíduos analisados, ressalta-se a falta de diversidade dos

indivíduos empregados na arborização urbana do município de Iranduba e a utilização

soberana de espécies exóticas, o que caracteriza a falta de identidade com o bioma local.

Ao analisar as condições fitossanitárias dos espécimes levantados foi verificado que a

maioria 62,79% está em boas condições, 27,91% estão em péssimas condições e

11,63% em condições regulares. Os danos mais comuns das espécies encontrados são

causados por podas irregulares e as pragas mais comuns são formigas e cupins. O

município de Iranduba precisa criar um plano municipal de arborização para o

planejamento da atividade, bem como priorizar o uso de espécies nativas na arborização

do município.

Palavras-chave: Amazônia, Caracterização, Urbanização, Vegetação.

1 Graduando em Engenharia Florestal, Universidade Federal do Amazonas/UFAM. E-mail:

[email protected] 2 Graduanda em Engenharia Florestal, Universidade Federal do Amazonas/UFAM. 3 Graduando em Engenharia Florestal, Universidade Federal do Amazonas/UFAM. 4 Graduanda em Engenharia Florestal, Universidade Federal do Amazonas/UFAM. 5 Orientadora, Professora Dra. do curso de Engenharia Florestal/UFAM, Tutora do Programa de

Educação Tutorial do curso de Engenharia Florestal.

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MODELO FLORESTAL PARA PRODUÇÃO DE ENERGIA E RECUPERAÇÃO

DE ÁREAS DE RESERVA LEGAL

Stephane Hayara Silva Aguiar 1

Andresa Soares da Costa 2

Vanessa Gomes de Sousa 3

Silvio Brienza Júnior 4

Arllen Élida Aguiar Paumgartten 5

Nas últimas décadas a floresta amazônica vem sofrendo grandes alterações devido às

atividades antrópicas como agricultura de grãos, pastagem, agricultura de corte e

queima, entre outros. Parte dessa alteração está em áreas de reserva legal, e que, de

acordo com a nova Lei Florestal, as áreas desmatadas deverão ser recompostas em até

20 anos. Diante disso, este trabalho teve como objetivo testar um modelo florestal de

produção visando a recuperação de áreas de reserva legal. Em 2012 foi instalado um

modelo em dois municípios no estado do Pará, em Ulianópolis e Vigia, com diferentes

tipos de solo. Foram instalados também oito tratamentos de adubação de NPK. O

modelo foi composto por faixas de consórcio, no espaçamento de 3,0 m x 4,0 m, com

espécies de ciclo longo - Copaifera duckei e Bertholletia excelsa - e de médio a curto

prazo - Schizolobium parahyba var. amazonicum - e faixas homogênea, no espaçamento

de 3,0 m x 2,0 m, com espécie de ciclo curto, para produção energética - Tachigali

vulgares. Aos 18 meses de idade, T. vulgaris não apresentou resposta à adubação nos

dois municípios, o que provavelmente, pode ser que o desenvolvimento desta espécie

dependa mais das condições climáticas, solo e tratos culturais, do que a níveis de

nutrientes. Independente do município, T. vulgaris apresentou bom desenvolvimento

silvicultural aos 18 meses de idade, se comparado com outros estudos para a o taxi-

branco. Além disso, observou-se que T. vulgaris colocado em competição mais intensa,

apresentou fustes mais retilíneos, característica desejável na planta quando se trata de

produção volumétrica de madeira, quer seja para uso em serraria ou para produção de

energia. As demais espécies também mostraram que as condições climáticas, bem como

os tratos culturais, podem ser fatores que influenciam diretamente na sobrevivência e no

crescimento em altura.

Palavras-chave: Recuperação de áreas degradadas; Arranjo produtivo; Crescimento

silvicultural

1 Graduando em Engenharia Florestal, Universidade Federal Rural da Amazônia/UFRA. E-mail:

[email protected] 2 Graduando em Engenharia Florestal, Universidade Federal Rural da Amazônia/UFRA 3 Engenheira Florestal, Projeto Restaura Ambientes / Embrapa Amazônia Oriental 4 Orientador, Dr. Pesquisador Embrapa Amazônia Oriental 5 Graduando em Engenharia Florestal, Universidade Federal Rural da Amazônia/UFRA

55

CRESCIMENTO INICIAL DE Bagassa guianesis Aubl. EM DIFERENTES

ESPAÇAMENTOS

Arllen Élida Aguiar Paumgartten1

Vanessa Gomes de Sousa2

Silvio Brienza Junior3

Alberto Bentes Brasil Neto4

Stephane Hayara Silva Aguiar5

O reflorestamento com espécies amazônicas, como a Bagassa guianensis Aubl.

(tatajuba) para produção madeireira dependem de estudos sobre os fatores que

influenciam o padrão de crescimento dessas espécies. O espaçamento de plantio pode

afetar o desenvolvimento e a produtividade dos povoamentos florestais, portanto nesse

trabalho objetivou-se avaliar o crescimento inicial de Bagassa guianesis em

reflorestamento, sob espaçamentos diferentes. O experimento foi instalado no município

de Belterra, no Oeste paraense. Para a avaliação do crescimento inicial foram utilizados

os dados de altura (H) e sobrevivência (%) dos indivíduos em quatro espaçamentos

(3x2, 3x3, 3x4 e 4x4 metros) aos 12 meses de idade. O delineamento experimental foi

em blocos ao acaso e os dados foram analisados ao nível de significância de 5% no teste

de Scott-Knott. A sobrevivência das mudas foi estatisticamente igual nos diferentes

espaçamentos, sendo o espaçamento 3x4 m o que apresentou a maior sobrevivência

(98,8%) e o 3x2 m a menor (98,4%), mostrando a boa capacidade de adaptação da

tatajuba ás condições de campo. Aos 12 meses, o crescimento da Bagassa guianensis

em altura não foi afetado pela diferença espacial entre plantas e a média da altura foi de

1,3 m. Independentemente do espaçamento, até a idade avaliada não está ocorrendo

competição interespecífica, isso pode estar relacionado às características ecológicas da

espécie, que apresenta crescimento lento.

Palavras-chave: reflorestamento, desempenho silvicultural, arranjo espacial

1 Graduanda em Engenharia Florestal, Universidade Feral Rural da Amazônia/UFRA. Bolsista

PET/UFRA. E-mail: [email protected] 2 Engenheira Florestal, Projeto Restaura Ambientes/ Embrapa Amazônia Oriental 3 Orientador, Dr. Pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental 4 Graduando em Engenharia Florestal, Universidade Feral Rural da Amazônia/UFRA. Bolsista

PIBIC/UFRA 5 Graduanda em Engenharia Florestal, Universidade Feral Rural da Amazônia/UFRA

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CONSIDERAÇÕES SOBRE A QUALIDADE DA MADEIRA DE PARICÁ

PLANTADA NO NORDESTE PARAENSE

Maria Waldenys da Silva e Silva 1

Breno Rodrigues da Silva2

Orivan Maria Marques Teixeira3

Iêdo Souza Santos4

Luiz Eduardo de Lima Melo 5

A visão sobre a floresta plantada evoluiu, dando-se ênfase não só para a maximização

da rentabilidade, mas também para a qualidade da matéria prima produzida, lém de

preservar a característica da floresta amazônica e promover estudos sobre o

comportamento e características da espécie. O paricá é uma espécie tropical que

apresenta um crescimento acelerado podendo ser implantada em plantios homogêneos

ou consorciada com espécies como mogno, breu, teca, jatobá, sumaúma e pau de balsa.

O objetivo deste trabalho foi caracterizar as propriedades físicas da espécie conhecida

como paricá (Schizolobium parahyba var. amazonicum (Huber ex Ducke) Barneby)

plantado no nordeste paraense em diferentes espaçamentos (4 x 4 m e 8 x 4 m). O

material desta pesquisa foi proveniente de um plantio no município de Garrafão do Norte no

Estado do Pará os corpos de prova foram retirados de diferentes posições (0, 25, 50, 75,

100%) de 10 árvores. As propriedades físicas de físicas de densidade básica (ρbas),

contrações lineares – radiais (εr) e tangenciais (εt) e contração volumétrica (εv) foram

determinadas no Laboratório de Tecnologia da Madeira da Universidade do Estado do

Pará, foi utilizado o procedimento de ensaio especificado pela NBR 7190 da ABNT

(1997), porém adotando um número de 70 corpos de prova de dimensões de 5 x 3 x 2

cm, sendo a primeira dimensão no sentido longitudinal da árvore, a segunda no sentido

radial e a terceira no sentido tangencial, confeccionados a partir de 10 árvores. Os

valores médios apresentados foram de 0,34g/cm³ para densidade básica, 3,17% para

contração radial, 3,76% para contração tangencial 6,49% para a contração volumétrica e

1,14% para coeficiente de fator anisotrópico

Palavras-chave: Propriedades físicas, Garrafão do Norte e Schizolobium parahyba var.

Amazonicum.

1 Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará /UEPA. E-mail:

[email protected] 2 Graduando em Engenharia Florestal, Universidade do Estado do Pará/UEPA. 3 Chefe do Laboratório de Solos/Embrapa Amazônia Oriental. 4 Orientador, Professor M.Sc. do curso de Engenharia Florestal/UEPA. 5 Co-orientador, Professor M.Sc. do curso de Engenharia Florestal/UEPA.