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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PROJETO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA A EDUCAÇÃO ESPECIAL DA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN POR MARTA CRISTINA BATISTA DOS SANTOS PROFESSORA ORIENTADORA FABIANE RIO DE JANEIRO

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA

A EDUCAÇÃO ESPECIAL DA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN

POR MARTA CRISTINA BATISTA DOS SANTOS

PROFESSORA ORIENTADORA FABIANE

RIO DE JANEIRO

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JANEIRO/2005

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

A EDUCAÇÃO ESPECIAL DA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN

Trabalho de conclusão de curso em

psicopedagogia apresentado à Universidade Candido Mendes com o projeto de pesquisa

em especialização em criança com Síndrome de Down com idade de 6 anos

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, pois Ele me ajudou a não deixar parar

este projeto. Pois durante a construção do mesmo

encontrei muitos obstáculos mais com ajuda de Deus

cheguei ao meu objetivo. A minha irmã Sandra a qual me

ajudou a organizar, meus manuscritos e a professora

Fabiane.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais, marido, minha filha e

minha irmã que estiveram ao meu lado, me apoiando

dando-me forças para prosseguir e concluir este projeto.

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EPÍGRAFE

“Quero celebrar as minhas conquistas exaltando também,

o sofrimento que me fez crescer e evoluir. Quero renovar

a cada dia a coragem de reconhecer”

(autor desconhecido)

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RESUMO

Este estudo busca o interesse de pesquisar a importância da educação para a

formação e desenvolvimento de criança portador de Síndrome de Down e a influência

da estimulação precoce. Na realização do trabalho foram utilizadas contribuições de

diferentes campos do estudos, no sentido de caracterizar a Síndrome, no que diz respeito

aos aspectos neurológico, psicológicos, anatômicos e pedagógicos. E como a

aprendizagem é processo complexo, a cerca da qual existem infinitas definições e

conceitos. Procurou-se manter uma linha de trabalho, seguindo uma seqüência,

passando pelas etapas da educação infantil, descrevendo também a relação entre o

cérebro e a linguagem. Para finalizar o trabalho é necessário enfatizar o papel da família

para as aquisições e ressaltar, que em toda bibliografia pesquisada, a importância da

família nos processos de construção da linguagem é citada.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ..............................................................................................................8 CAPÍTULO I - O QUE É A SINDROME DE DOWN? ...........................................11 1.1 – Principais características da criança Down ..........................................................14 1.2 – Dificuldades de aprendizagem do portador da Síndrome de Down ....................16 CAPÍTULO II - A EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN ..............................................................................................19 2.1 – A importância da pré-escola ..................................................................................19 2.2 – A educação Especial ..............................................................................................22 CAPÍTULO III – POLÍTICAS PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO ESPECIAL ...........29 3.1 – Legislação e Normas .............................................................................................30 CAPÍTULO IV: ENFOQUES DE INTERVENÇÃO PADAGÓGICA JUNTO À CRIANÇA DOWN .......................................................................................................41 CONCLUSÃO .............................................................................................................45 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS .........................................................................48

........................................................................................................................................49

........................................................................................................................................50

ÍNDICE .........................................................................................................................51

FOLHA DE AVALIAÇÃO ........................................................................................52

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INTRODUÇÃO

Os trabalhos sobre Síndrome de Down surgiram por volta do século XIX, e a

cada dia novos estudos surgem com propostas inovadores sobre o assunto. Através de

pesquisas realizadas sobre a evolução desses estudos encontramos um fato muito

interessante que é a imagem que a sociedade por muitos anos postulou aos sindrômicos.

Na cultura grega, especialmente na espartana, os indivíduos com deficiências não eram tolerados. A filosofia grega justificava tais atos cometidos contra os deficientes postulando que estas criaturas não eram humanas, mais um tipo de monstro pertencente a outras espécies. (...) Na Idade Média, os portadores de deficiências foram considerados como produto da união entre uma mulher e o Demônio. (SCHWARTZMAN, 1999, p.3-4).

Por muitos anos a criança Down foi considerada como retardada e incapaz, e, em

algumas sociedades, era considerada como monstro ou filho do demônio.

Atualmente ainda encontramos algumas confusões sobre o conceito de Down,

que freqüentemente é tido como deficiente mental..

No entanto, “a Síndrome de Dows é decorrente de um erro genético presente

desde o momento da concepção ou imediatamente após(...)” (SCHWARTZMAN, 1999,

P. 3).

Trata-se de uma alteração genética, cujos portadores, apesar das limitações e

dificuldades, podem ter uma vida normal e realizar atividades diárias da mesma forma

que qualquer outra pessoa, desde que lhes sejam oferecidas condições especiais para

aprendizagem, através de estimulações adequadas.

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As dificuldades de aprendizagem, os distúrbios de conduta, a problemática de

sua interação completam, mas não esgotam o quadro da educação do aluno Down.

Um dos grandes objetivos da educação infantil é fazer com que a criança seja mais autônoma na sala de aula. Adquirir autonomia é interiorizar regras da vida social para que se possa conduzir sem incomodar o restante do grupo. E essa adequação social é condição sine qua non para que seja integrada. (MILLS apud SCHWARTZMAN, 1999,p. 23)

Os interesse por esse tema surgiu a partir da descoberta dos inúmeras

possibilidades e habilidades dessa criança especial, em especial o trabalho de

Schwartzman, (1999), para quem “As dificuldades de aprendizagem, os distúrbios de

conduta, a problemática de sua interação completam, mas não esgotam o quadro da

educação do aluno com Síndrome de Down”. (MILLS apud SCHWARTZMAN, 1999,

p 23).

É de extrema importância para familiares e professores, o conhecimento sobre as

possibilidades e limitações das crianças Down, tendo em vista proporcionar melhores

condições para o seu desenvolvimento, através dos estímulos adequados.

Desta forma o estudo também focaliza técnicas inovadoras que podem facilitar o

trabalho com essas crianças.

Assim o trabalho está estruturado em quatro capítulos, incluindo esta

introdução.

No primeiro capítulo a Síndrome é caracterizada, neurologicamente e pela sua

etiologia.

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No terceiro capítulo são discutidas as políticas públicas, voltada para Educação

Especial desenvolvidas ao longo dos anos.

No terceiro é abordada a importância da Educação Especial, a partir da

necessária intervenção pedagógica junto à criança.

No último são apresentadas as conclusões finais.

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CAPÍTULO I – O QUE É A SÍNDROME DE DOWN.

A Síndrome de Down é decorrente de uma alteração genética ocorrida durante

ou imediatamente após a concepção. A alteração genética se caracteriza pela presença a

mais do cromossomo 21, ou seja, ao invés do indivíduo apresentar dois cromossomos

21, possui três. A essa alteração denominamos trissomia simples.

No entanto, podemos encontrar outras alterações genéticas, que causam

Síndrome de Down. Estas são decorrentes de translocação, e neste caso, o cromossomo

21, a mais, está fundido a outro autossomo.

O erro genético pode ocorrer pela proporção variável de células. Neste caso,

existem células trissômicas presente ao lado de células citogeneticamente normais.

Estes dois tipos de alterações genéticas são menos freqüentes, que a trissomia

simples.

Todas essas alterações decorrem de “defeito” em um dos gametas, que formarão

o indivíduo. Os gametas deveriam conter apenas um cromossomo, que pela união do

materno com o paterno geraria um gameta filho com dois cromossomos.

Ocorre que, por algum fator, durante o processo de reprodução, podem ser

formados gametas com cromossomos duplos, que ao se unirem a outro cromossomo

pela fecundação, resultam em uma alteração cromossômicas.

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Recentemente concluiu-se que a trissomia do cromossomo 21 livre é muito

freqüente e decorre de erros, que propiciam a formação de gametas com dois

cromossomos 21 e normalmente é comum em mulheres de idade avançada.

Estudos recentes, com polimorfismos de DNA (següência de DNA, produzidas, por enzimas de restrição e que passam de uma geração a outra) do cromossomo, estabelecem que aproximadamente 95% dos casos resultam de não-disjunção na meiose materna. Destes 76% a 80% são erros no processo de meiose . Assim a não-disjunção na meiose materna é responsável por 67% a 73% de todos os casos de trissomia do 21 livre (ANTONORAKIS; SHERMAN, apud SCHWARTZMAN, 1999, p. 38).

Como já foi citado, na alteração por disjunção, o erro genético ocorre devido a

não divisão cromossômica, quando os dois componentes do par cromossômico devem

ser separar originando células filhas. Neste caso, a divisão incorreta gera uma célula

com excesso de cromossomos e outra com falta.

A célula que fica com dois cromossomos homólogos, que não sofrerão

disjunção, se fecundada formará em um zigoto trissômico, por possuir três

cromossomos equivalentes ao invés de apenas um par. E como já foi citado é muito

comum em mulheres de idade avançada, devido o envelhecimento do óvulo.

Para explicar esta relação, entre o envelhecimento do óvulo e o fenômeno de

disjunção, muitas teorias foram propostas, mas alguns autores sugerem que “a

aneuplóide, já está presente nos ovócitos por ocasião do nascimento das mulheres e se

deve a não-disjunção micótica, durante a embriogenese ovariana”. (ZHENG; BYERS

apud SCHWARTZMAN, 1999, p.40).

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Estas alterações genéticas alteram todo o desenvolvimento e maturação do

organismo, conferindo características especiais ao portador da Síndrome, e alterando

sua capacidade de cognição.

Em geral o portador da Síndrome é um indivíduo calmo, afetivo, bem humorado

e com prejuízos intelectuais, porém este comportamento pode sofrer de variações,

apresentando distúrbios e desordens de conduta. É preciso ressaltar que, além do

potencial genético, as características culturais também influenciam o comportamento.

A história oficial da Síndrome de Down no mundo começa no século XIX.

Até então, os portadores eram vistos como um único grupo homogêneo. Não se

tinha conhecimento de que uma redução de inteligência poderia representar um sinal

comum a dezenas de situações bastante variadas, decorrentes de uma série muito grande

de alterações no sistema nervoso, particularmente no cérebro.

Foi em 1866 que o cientista inglês John Langdon Down, contrariando as crenças

da época, fez uma observação interessante. Ele questionou por que algumas crianças,

mesmo filhas de pais europeus, apresentavam traços que lembravam a população da

raça mongólica, como a face achatada e larga, os olhos oblíquos e o nariz pequeno, além

de terem os cabelos ralos e lisos, mas de uma cor marrom e não negra como os

mongóis.

Não foi só John Langdon Down que percebeu que essas pessoas faziam parte

de um grupo distinto entre portadores de deficiência mental. O francês e Seguin (1846)

e o inglês Duncan (1866) também haviam notado em alguns pacientes as características

da Síndrome No entanto, Langdon Down foi o primeiro a reconhecer e registrar que se

tratava de um grupo distinto de pessoas. Além disso, do que erroneamente considerava

uma doença, fez uma descrição física e clínica tão completa que é válida até hoje.

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No século XX, inúmeros avanços no estudo dos cromossomos humanos

possibilitaram ao cientista francês Jerone Lejeune descobrir, em 1958, a verdadeira

causa da Síndrome de Down. Estudando os cromossomos dessas pessoas, percebeu que

ao invés de terem 46 cromossomos por células, agrupados em vinte e três pares, tinham

quarenta e sete cromossomos, ou seja, um a mais.

Ele identificou este cromossomo extra justamente no par 21 que em vez de dois

passava a ter três cromossomos. Trata-se de um acidente genético que pode acontecer

com qualquer casal em qualquer idade.

Síndrome é um conjunto de sinais e de sintomas que caracterizam um

determinado quadro clínico. No caso da Síndrome de Down, um dos sintomas é

deficiência mental.

1.1 – Principais Características da Criança Down.

Segundo Schwartzman (1999), a Síndrome de Down é marcada por muitas

alterações orgânicas associadas, elas podem Ter caráter anatômico, neurológico e

fisiológico.

O indivíduo portador da Síndrome pode apresentar cardiopatias, prega palmar

única, baixa estatura, atresia duodenal, comprimento reduzido do fêmur e úmero,

bexiga pequena e hiperecongenica, ventriculomegalia cerebral, hidronefrose e

dismorfismo da face e ombros. Além de braquicefalia, fissuras palpebrais, hipoplasia da

região mediana da face, diâmetro fronto-occipital reduzido, pescoço curto, língua

protusa e hipotônica e distância aumentada entre o primeiro, o segundo dedo dos

pés, crânio achatado, mais largo e comprido: narinas normalmente arrebitadas por

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falta de desenvolvimentos dos ossos nasais; quinto dedo da mão muito curto, curvado

para dentro e formado com apenas uma articulação; mãos curtas; ouvidos simplificado;

lóbulo auricular aderente e coração anormal.

O sistema nervoso da criança com o Síndrome apresenta anormalias estruturais

e funcionais, que resultam em disfunções neurológicas variando quanto à manifestação

e intensidade. Sabe-se entretanto, que essas alterações podem ser identificadas ainda

no estágio fetal.

Não foi exatamente esclarecida a causa da Síndrome, no entanto, a partir da

constatação de que determinados tipos de histórico durante a gestação estão associados

a ocorrência de alterações genéticas, foram estabelecidos alguns fatores de risco, que

podem ser classificados como endógenos e exógenos.

Um dos principais fatores de risco endógenos é a idade da mãe. Embora ainda

não haja nenhuma evidência conclusiva, acredita-se que o envelhecimento dos óvulos

aumenta a possibilidade destes sofrerem alterações.

Os fatores de risco são muito importantes, pois nos permite prevenir a ocorrência

das alterações genéticas ou ainda minimizar os fatores de risco.

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1.2 – Dificuldades de Aprendizagem do Portador da Síndrome de Down.

A criança Down têm idade cronológica diferente da idade funcional, desta

forma, não devemos esperar uma resposta idêntica à resposta da “normais”.

Esta defasagem decorre de lesões cerebrais e desajustes funcionais do sistema

nervoso.

O fato de criança não ter desenvolvido uma habilidade ou demonstrar conduta imatura em determinada idade, comparativa a outras com idêntica condições genética, não significa impedimento para adquiri-la mais tarde, pois é possível que madure lentamente” ( Shwartzman, 1999, P.253).

As crianças geralmente nascem com tudo o que é necessário para a sua

satisfação, ao menos durante o primeiro estágio da vida.

No entanto, os pais, dominados pela ansiedade, podem ter dificuldade para

entender o processo mais lento de desenvolvimento de seus filhos. Por exemplo, uma

mãe pode interpretar a falta de habilidade de sugar do bebê como uma rejeição a ela, ao

invés de atribuí-la a uma fraqueza dos músculos necessários para sugar ou deglutir. Da

mesma forma, ela pode não saber que os movimentos um pouco menos vigorosos dos

músculos do tronco, pernas e braços podem ser explicados, provavelmente, como

fraqueza muscular devido a uma redução do tônus muscular, que precisa ser

devidamente trabalhado.

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Além disso, os estímulos sensoriais, como a voz, o toque e a cor têm que ser

mais intensos para ter o impacto apropriado no bebê Down.

A família precisa ser orientada e motivada a colaborar e participar no processo

de desenvolvimento da criança, pois por meio de atividades, comportamentos

adequados e treinamento precoce, podem ajudá-la a superar as limitações imposta pela

Síndrome.

Estudiosos tem afirmado (Wisniewski, 1990) que a inteligência, tal como é

medida nos testes tradicionais não é uma qualidade imutável, ao contrário, ela pode ser

aperfeiçoada através da intervenção do adulto, proporcionando situações de interação

entre a criança e o ambiente em que atua como mediador. Embora necessária a qualquer

criança, a exposição direta aos estímulos e às experiências de vida não bastam,

freqüentemente, para modificar significatividade os padrões de aprendizagem de

crianças com a Síndrome . É preciso que se desenvolva uma situação de aprendizagem

mediada, na qual os pais ou o responsável pelo cuidado da criança selecionam os

estímulos apropriados e desconsiderem os inapropriados, aumentando os níveis de

interesse, atenção e habilidade da criança.

Se aprendizagem da criança “normal” exige uma boa parcela de prática e

experiência, o que dizer da criança Down, que necessita ultrapassar um grande número

de obstáculos que desaceleram o ritmo de sua aprendizagem?

É importante auxiliar a criança, pois, segundo Vygotsky (1988) o sujeito do

conhecimento não é um ser passivo, regulado por forças externas, e nem somente ativo,

moldado forças internas, ele é essencialmente interativo.

Por isso é importante, desde muito cedo, atuar no sentido de desenvolver os

interesses e habilidades necessárias para a realização de uma variedade de atividades

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físicas e recreacionais, como jogar bola, nadar, e acompanhar ritmos com o movimento.

A alegria e a satisfação derivadas do uso efetivo do corpo podem contribuir no sentido

de tornar as experiências futuras da vida da criança recompensadoras.

Shwartzman(1999,p.221), afirma que:

Entre outras deficiências que acarretam repercussão sobre o desenvolvimento neurológico da criança com Síndrome de Down, podemos determinar dificuldades na tomada de decisões e iniciação de ação; na elaboração do pensamento abstrato; no cálculo; na seleção e eliminação de determinadas fontes informativas, no bloqueio das funções perceptivas (atenção e percepção); nas funções motoras e alterações da emoção e do afeto.

No entanto, ela tem possibilidades de se desenvolver e executar atividades

diárias e até mesmo adquirir formação profissional. As atividades como leitura e escrita

podem ser desenvolvidas a partir das experiências da própria criança.

As inúmeras alterações do sistema nervoso repercutem em alterações do

desenvolvimento global e da aprendizagem. No entanto, não há um padrão previsível

para as crianças Down, pois o desenvolvimento da inteligência, embora abaixo da

média, não depende exclusivamente da alteração cromossômica, mas é também

influenciada por estímulos provenientes do meio em que esta criança está inserida.

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CAPÍTULO II – A Educação Especial para Criança com

Síndrome de Down.

2.1 – A Importância da Pré-Escola

Assim como os programas de intervenção precoce favorecem o desenvolvimento

da criança Down, uma experiência positiva na pré-escola exerce um papel muito

importante em sua vida.

A escola é importante pois estende a sensação da família e representa um apoio

da comunidade, reforço extra que tanto a criança quanto a família necessitam.

Na escola, a criança pode se beneficiar da interação social e de disciplina,

trabalhando as habilidades da vida diária, praticando coordenação motora e aprendendo

a viver com diferentes tipos de pessoas e de comportamentos.

Na pré-escola, uma das mais valiosas habilidades que a criança adquire é a arte

do brincar. O brincar é o veículo natural do crescimento e da aprendizagem.

As crianças nos primeiros estágios necessitam de assistência no brincar. Para

realizar precisam imitar, aprender na ação, precisam realizar escolhas e compartilhar.

Eles devem aprender a colaborar, e compreender os seus limites.

Existem vantagens para a escolarização precoce? Em geral, as crianças tem

poucas dificuldade para conseguir uma adaptação tranqüila da casa para e escola.

Vygotsky diz que: “a aprendizagem favorece o desenvolvimento das funções

mentais”.(1988).

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Piaget, por sua vez, afirma que “a aprendizagem depende do estágio de

desenvolvimento atingido pelo sujeito”.(1970)

Sendo assim, podemos conceder a escolarização da criança Down, como

importante instrumento do de apoio ao seu processo de desenvolvimento.

A alegria da descoberta que é estimulada no ambiente escolar é muito

recompensadora por isso é preciso oferecer a essas crianças a oportunidade de progredir

para o seu potencial máximo.

Ela deve ser estimulada a explorar seu mundo com liberdade, pois, “O

aprendizado adequadamente organizado resulta em desenvolvimento mental que, de

outra forma, seriam impossíveis de acontecer “(Vygotsky, 1988).

Encorajá-la no caminho da independência representará um preparo para estar

longe de casa. Juntos, pais e professores devem fornecer a segurança que a criança

precisa para crescer e aprender.

Por tudo isso, a pergunta que devemos fazer é se a escola está pronta para

receber a criança com Síndrome de Down? Ou ainda, se a escola fornece todos os

elementos necessários para se educar um aluno com Síndrome de Down?

A escola precisa estar preparada para oferecer vivências estimulantes e ricas,

precisa ser um local que estimule a criança em seu processo de descoberta, do mundo e

de si mesma, possibilitando a construção da sua identidade pessoal, fundada no

auto-respeito. Deve dar oportunidade para que ela interagir socialmente, além de

prepará-la para contribuir de forma produtiva para a sociedade, oferecendo apoio para

que ela desenvolva habilidades físicas e cognitivas, e também competências sociais.

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Alguns pais pensam que a escola deve apenas ensinar a ler, a escrever e a contar,

no entanto, um bom programa educacional deve ir além, preparando a criança para se

inserir socialmente.

A prontidão para a aprendizagem depende da complexa interação dos processos

neurológicos, e da harmoniosa evolução de funções específicas como linguaguem,

percepção esquema corporal, orientação têmporo-espacial e lateralidade. Crianças

portadoras de Síndrome de Down, não desenvolvem estratégias de aprendizagem de

forma espontânea, e terá muitas dificuldades em resolver problemas e encontrar

soluções sozinhas.

Também e comum que elas apresentem dificuldades quanto a apreensão de

grandezas primitivas como tempo e espaço, que se refletem especialmente na memória e

aquisição de linguagem.

Outras deficiências que acometem a criança Down e implicam dificuldades ao

desenvolvimento da aprendizagem são: alterações auditivas e visuais, incapacidade de

organizar atos cognitivos e condutas e debilidade de associar e programar seqüências.

Estas dificuldades ocorrem principalmente porque a imaturidade nervosa pode

dificultar funções mentais como a abstração e a memorização.

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2.2 – A Educação Especial

A Educação Especial é uma modalidade de ensino, que visa promover o

desenvolvimento global a alunos portadores de deficiências que necessitam de

atendimento especializado, respeitando as diferenças individuais, de modo a lhes

assegurar o plano exercício dos direitos básicos de cidadão e efetiva integração social.

Segundo Shwartzan: Existem 2 posições teóricas de fundo sobre a função social

que a Educação Especial exerce na sociedade moderna e que têm influenciado

decisivamente tanto nas análises sobre ela, como sua própria trajetória histórica:

A Educação Especial nasce com a chegada da chamada sociedade industrial e

veio para responder a anseios de democratização da educação.

Ela, nasceu do objetivo de atender às crianças com necessidades educacionais

especiais, que não conseguiriam acompanhar o processo regular do ensino. A Educação

Especial veio para responder às necessidades da população deficiente.

- Uma visão exatamente oposta, que entende que a Educação Especial nasceu

para segregar o indivíduo deficiente, uma vez que as instituições de Educação Especial

surgidas a partir do final do século XVIII eram, em sua totalidade internatos.

Eram na verdade asilos que tinha como objetivo único a separação dos ditos

“anormais”. Mesmo depois de os asilos serem substituídos por instituições abertas,

contínua até hoje com a visão de exclusão social da pessoa deficiente.

Nem uma das posições teóricas correspondem às verdadeiras funções da

Educação Especial, ela precisa oferecer a educação para os sindrômicos como direito do

cidadão. A Educação Especial atende a 2 vertentes contraditórias: o de oferecer

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escolaridade a criança anormais, ao mesmo que serve de instrumento de segregação da

criança com Síndrome de Down.

A Educação Especial baseia-se no fato de que as crianças com Síndrome de

Down têm necessidades, qualidades e dificuldades diferentes, precisam de um

atendimento específico . Este tipo de educação deve ser utilizado em escolas comuns,

especiais e em casa. Felizmente está acabando a idéia de que existem 2 grupos distintos

de crianças: deficientes e não-deficientes, ou melhor, os que necessitam de educação

especial ou só de educação. O que existe são necessidades educacionais diferentes que

visam oportunizar a criança uma ajuda ampla para a sua melhor integração na

sociedade. Devemos conhecer a criança com Sídrome para que possamos ajudá-la.

O portador de Síndrome de Down, sabemos hoje, que tem um ritmo de

aprendizagem mais lento, embora as etapas sejam as mesmas. O objetivo da Educação

Especial é justamente acelerar esse processo que foi lentificado focado pela

Síndrome.

A Síndrome diminui a inteligência da criança ao nascer como condição pela qual

o cérebro está impedido de atingir o desenvolvimento adequado dificultando a

aprendizagem e privando-o do seu ajustamento social.

Segundo Mills (Apud Schuwartzman, 1999,p.233) a educação da criança é uma

atividade complexa, pois exige adaptações de ordem curricular que requerem cuidadoso

acompanhamento dos educadores e dos pais.

Freqüentar a escola permitirá a criança especial adquirir, progressivamente

conhecimentos, cada vez mais complexos que serão exigidos da sociedade e cujas bases

são indispensáveis para a formação de qualquer indivíduo.

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Segundo a psicogênece, o indivíduo é considerado como instrumento essencial à

interação e ação. E como descreve Piaget (1970), o conhecimento não procede, em

suas origens, nem de um sujeito consciente de si mesmo, nem de objetos já constituídos

e que a eles se imponham. O conhecimento resulta da interação dos dois.

Desta forma consideramos, que a escola deve adotar uma proposta curricular,

que se baseia na interação sujeito objeto, envolvendo o desenvolvimento desde o

começo.

E o ensino das crianças especiais deve ocorrer de forma sistemática e

organizada, seguindo passos previamente estabelecidos, o ensino não deve ser teórico e

metódico e sim deve ocorre de forma agradável e que desperte interesse na criança.

Normalmente o lúdico atrai muito a criança, na primeira infância, e é um recurso

muito utilizado, pois, permite o desenvolvimento global da criança através da

estimulação de diferentes áreas.

Uma das maiores preocupações em relação à educação da criança, de forma

geral, se dá, na face que se do nascimento ao sexto ano de idade. Neste período de

educação infantil tem por objetivo promover à criança maior autonomia, experiência de

interação social e adequação. Permitindo que esta se desenvolva em relação a aspectos

efetivos e cognitivos, que sejam espontâneas e antes de tudo sejam “crianças”.

Inicialmente, a criança adquire uma gama de conhecimentos livres e estes lhe

propiciarão desenvolver conhecimentos mais complexos, como o caso de regras.

O atendimento à criança portadora de Síndrome de Down deve ocorrer de forma

gradual, pois estas crianças não conseguem absorver grande número de informações.

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Também não deve ser apresentadas, à criança Down, informações isoladas ou

mecânicas, de forma que aprendizagem deve ocorre de forma facilitada através de

momentos prazerosos.

É importante que o profissional promova o desenvolvimento da aprendizagem

nas situações diárias da criança, e a evolução gradativa da aprendizagem deve ser

respeitada. Não é adequado pularmos etapas ou exigimos da criança atividades que ela

não possa realizar, pois estas atitudes não trazem benefícios à criança e ainda podem

causar-lhe estresse.

Em criança com Síndrome de Down é comum observarmos evolução

desarmônica e movimentos estereotipados. Esta defasagem pode ser compensadas

através do planejamento psicomotor bem direcionada, que lhe proporcionam

experiências fundamentais para a sua adaptação.

A atividade física na escola tem proporcionado não só as crianças normais como

também as crianças portadoras de necessidades especiais, um grande desenvolvimento

global que será a base para as demais aquisições.

O resgate da importância do corpo e seus movimentos, o conceitos de vida

associado a movimento, a retomada do indivíduo como agente ativo na construção de

sua história, proposto pela educação física.

O indivíduo possui um corpo que está sobre o seu domínio e que todas as partes

estes constituem o sujeito, de forma que o corpo precisa tornar-se sujeito e pela

integração de mente ao corpo reconstruímos os elos quebrados. Para que as aquisições

ocorrem íntegras é preciso, o sindrômico vivencie experiências e, a partir desta,

formule seus conceitos e internalize as informações adquiridas.

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Antes de adquirir qualquer conhecimento a criança precisa descobrir seu corpo e

construir uma imagem corporal que em uma representação mental, perceptiva e

sensorial de si mesmo e um esquema corporal que compreende uma representação

organizada dos movimentos necessários a execução de uma ação, e a organização das

suas funções corporais. Estes vão sendo construídos e reformulados ao longo da vida.

Funções como capacidade de dissociar movimentos, individualizar ações,

organizar-se no tempo e no espaço e coordenação motora servem de base para

desenvolver atividades específicas, assim são fundamentais as aquisições, a descoberta

do corpo e de seus seguimentos, relação do corpo com objeto, espaço entre corpo e o

objeto, percepção dos planos horizontal e vertical entre outras. São fundamentais para a

relação sujeito-meio, que será pano de fundo de todas as aprendizagens. Ganhos na

aprendizagem são conquistados a partir de ações exploratórias, ações que podem ser

físicas, como a manipulação de objetos, ou mentais (pensar sobre algo). Pensar é

diferente de perceber. (Piaget, 1970)

A relação quantidade, qualidade e forma que o sujeito internaliza as informações

determinará a qualidade da formulação de seus conceitos. Com as reduções das

atividades lúdicas na vida da criança com Síndrome de Down, esta tem suas

experimentações restritas, pois precisam interagir com a realidade usando todos os seus

sentidos e todos o seu corpo.

A Educação Especial frente a grande das habilidades e dificuldades da

Síndrome de Down considera programas individuais e nestes enfatiza-se as

possibilidades de aprendizagem de cada criança e a motivação necessária para o

desenvolvimento destas. Para tanto o professor deve conhecer diferenças de

aprendizagem de cada criança de forma a organizar seu trabalho e programação

didática.

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Um bom currículo deve considerar todas as características da criança com

Síndrome de Down em termos de pedagogia para que a partir destas sejam escolhidas

técnicas, que mantenham a criança atenta e motivada. Em termos de ambiente de

aprendizagem procura-se evitar o aparecimento de variáveis que possam bloquear o

processo e por isso muitas vezes são utilizadas salas de recursos, que são classes

especiais inseridas na escola comum.

A sala de recursos deve consistir em local apropriado a receber as crianças

especiais, que deverão receber assistência pedagógica especializadas.

Normalmente encontramos as salas de recursos em escolas normais onde

crianças “normais” ficam juntas das especiais. Assim a sala de recursos funciona

desenvolvendo com as crianças especiais as atividades, que já trabalhou com seus

demais colegas.

O professor de recursos deve priorizar as atividades que apresentam maiores

dificuldades para as crianças. Este deve servir como tutor dos estudantes com

Síndrome de Down e, em sua classe, devem receber os materiais e equipamentos

didáticos, que se façam necessários.

Um fator determinante para uma boa assistência a crianças especiais é não

sobrecarregar demais a sala de recursos especiais para que o professor possa trabalhar

bem. E é fundamental também, que o professor indicado esteja preparado, para ser

capaz de atender as necessidades de seus alunos.

Alguns princípios básicos devem ser considerados em relação ao ensino da

crianças especiais como as portadoras da Síndrome de Down:

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- As atividades devem ser centradas em coisas concretas, que devem ser

manuseadas pelos alunos;

- As experiências devem ser adquiridas no ambiente do próprio aluno;

- Situações que possam provocar estresse ou venham a ser traumatizantes

devem ser evitadas;

- A criança deve ser respeitada em todos os aspéctos de sua personalidade.

- A família da criança deve participar do processo de seu intelecto.

Podemos encontrar classe parcialmente integradas, ou seja, onde as crianças e

professores passam parte do dia em classes regulares e o resto do tempo de classes

especiais. Este método é muito utilizado no ensino e permite aos sindrômicos

participarem de aulas regulares de artes, música, educação física e trabalhos práticos,

enquantos que as matérias mais complexas como matemática, português e outras são

destinadas ao ensino especializado com professores especiais.

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CAPÍTULO III - POLÍTICAS PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

O Futuro não é uma coisa escondida na esquina. O futuro a gente constrói no presente. ( Paulo Freire,1992.)

A educação é entendida, em sentido amplo, como condição de desenvolvimento

integral do ser humano e de sua preparação para uma vida produtiva em sociedade.

Muitos crêem que a educação é um fator de construção de equilíbrio, entre os

interesses individuais e as regras que regem a vida social. Na estratégia de

desenvolvimento de um país, a educação é tida como principal fator da modernidade,

ela deve expressar-se em ações efetivas para a formação de cidadania, colocada como

questão nacional prioritária na construção da contemporaneidade.

Nem sempre esta perspectiva torna-se realidade, compete à sociedade, assumir

democrática e organizadamente, o papel de pressionar o Estado para que cumpra o

seus deveres em relação a educação em nível nacional, mas, sobretudo esta deve

assumir o papel de co-responsável no desenvolvimento das ações educativas.

A conquista de Educação Especial tem sido o resultado de lutas históricas dos

povos no sentido de garantir o respeito aos direitos humanos.

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Para Gallagher (1987,p227).

“A idéia de que é preciso de educar as crianças até os limites de suas capacidades é relativamente nova. Consideram, que o uso atual do termo excepcional é, em si mesmo, um reflexos das mudanças radicais dos pontos de vista da sociedade em relação às pessoas que desviam da norma”.

3.1 - Legislação e Normas.

O conceitos de necessidades educativas especiais começou a ser utilizado nos anos 60, mas não foi capaz de modificar a concepção dominante. O informe Warnock, solicitado pela secretaria de educação do Reino Unido e uma comissão de especialistas, presidida por Mary Warnock, em 1973, e publicado em 1978, teve um grande mérito de convulsionar os esquemas vigentes e popularizar uma concepção diferente de educação especial. Uma boa parte de suas propostas foram inseridas poucos anos depois na legislação inglesa e começaram a ser aplicadas posteriormente ao sistema educacional. (COLL,1995,p.10)

As Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 4024 de 1961 afirmava,

em seu artigo 88, o direito das crianças especiais à educação, que deveria enquadrar-se,

dentro do possível, ao sistema geral de educação, como forma de integrá-las à

comunidade.

Pode-se inferir que o princípio básico aí implícito é o de que a Educação

Especial deve ocorrer com a utilização dos mesmos serviços educacionais organizados

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pela população em geral (situação comum de ensino), podendo se realizar através de

serviços educacionais especiais (situação especial de ensino) quando aquela situação

não for possível.

Entretanto, na expressão “sistema geral de educação”, pode-se interpretar o

termo “geral” com um sentido genérico, isto é envolvendo situações diversas em

condições variáveis, ou ainda, com um sentido de universal, referindo-se a totalidade

das situações .

Nesse entendimento estariam abrangendo tanto os serviços educacionais

regulares quanto os especiais.

Por outro lado, pode-se interpretar que, quando a educação de crianças especiais

não se enquadrar no sistema geral, será enquadrado em um sistema especial de

educação. Nesse caso as ações educacionais desenvolvidas em situações especiais

estariam à margem do sistema escolar ou “sistema geral de educação”.

No artigo 89 dessa mesma Lei, há o compromisso explícito dos poderes públicos

de dispensarem tratamento especial mediante concessão de bolsa de estudos,

empréstimos subvenções à iniciativa privada.

Nesse compromisso ou “comprometimento” dos poderes públicos com a

iniciativa privada não fica esclarecida se a subvenção se fará pelos especializados

oferecidos, ou se incluem a escolarização regular.

Estas indefinições acarretaram uma série de implicações políticas, técnicas e

legais, na medida em que quaisquer serviços de atendimento educacional especial,

mesmo aqueles não incluídos como escolares, uma vez considerados eficientes pelos

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Conselhos Estaduais de Educação tornavam-se elegíveis ao tratamento especial, isto é,

bolsas de estudos, empréstimos e subvenções.

Aqui a mesma e velha questão da destinação das verbas públicas para a

educação comum ou especial, agravada pela indefinição da natureza do atendimento

educacional.

Já a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 5692 de 1971, com

relação alterada pela Lei nº 7.044/82, que fixa as diretrizes e bases do ensino de 1º e 2º

graus, definia como objetivo geral para estes graus de ensino (comum ou especial).

Proporcionar ao educando a formação necessária ao desenvolvimento de suas potencialidades como elemento de auto-realização, preparação para o trabalho e para o exercício consciente da cidadania. (Art. III).

Além disso, no seu artigo 9º, assegura “tratamento especial” aos “alunos que

apresentam deficiências físicas ou mentais, os que se encontrem em atraso considerável

quanto à idade regular da matrícula e os superdotados”, de conformidade que os

Conselhos Estaduais de Educação definirem.

Neste termos, tanto se pode entender que tal recomendação contraria o

preceituado no artigo 88 da Lei 4.024/61, como também que, embora desenvolvida

através de serviços especiais, “a educação de crianças especiais” pode enquadrar-se no

“sistema geral de educação”.

Com vista a esclarecer o atendimento do Conselho Federal de Educação a

respeito deste artigo, o conselheiro Valnir Chagas, através do Parecer nº 848, aprovado

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em 10 de agosto de 1972, deixa explícito que o tratamento especial de forma nenhuma

dispensa o atendimento regular a essas crianças. Completando o seu esclarecimento:

Uma atuação nacional para incremento desta linha de escolarização deve fixar-se em 3 pontos fundamentais: (a) o desenvolvimento de técnicas a empregar nas várias formas de excepcionalidades: (b) o preparo e o aperfeiçoamento de pessoal; e (c) a instalação e melhoria de escola ou seções escolares especializadas nos diversos sistemas de ensino. Os dois primeiro terão de apoiar-se grandemente sobre as universidades, cujos os programas de ensino e pesquisa, à medida que se amplie a oferta de educação especial, encontrarão um campo ideal para a experimentação e prática nas próprias escolas ou seções escolares especiais que se instalem. Aperfeiçoamento de pessoal; e (c) instalação e melhoria de escolas ou seções escolares especializadas nos diversos sistemas de ensino. Os dois primeiros terão de apoiar-se grandemente sobre as universidades, cujo os programa de ensino e pesquisa, à medida que se amplie a oferta de educação especial, encontrarão um campo para a experimentação e prática nas próprias escolas ou seções escolares que se instalem . Entretanto no início, não se há de desprezar nem um acervo de soluções reunido até hoje, em iniciativas pioneiras cuja experiência cabe antes sistematizar e utilizar, nem muito menos os recursos humanos formados em meios as dificuldades e sacrifícios pessoais de toda a ordem. Medidas especiais devem ser previstas para esse aproveitamento e fazer-se pelo único limite da autenticidade. Aliás, no citado parecer nº 07/72, O Conselho Federal de Educação já abril claramente o caminho em tal direção. O terceiro ponto - a instalação da escola ou de seções escolares especializadas, a cargo dos sistemas - repousa sobre os dois anteriores: e os três, direta ou indiretamente, sempre supõe a coordenação, o estímulo e a assistência do Ministério da Educação e da cultura. Esta ação nacional do MEC, razão de sua própria existência , abrangerá desde o estabelecimento de condições que dêem realidade à política mais agressiva e orgânica em perspectiva, até conjugação e racionalização dos esforços regionais, o incentivo a novas iniciativas, o reclamo de providências e a oferta de reforços técnicos e financeiros onde maior seja a carência de meios.

Neste pronunciamento do Conselho Federal de Educação está patenteada uma

abordagem do “tratamento especial” como medida integrante de uma política

educacional... Entendo a “educação de crianças especiais” como uma “linha de

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escolarização”, portanto como educação escolar, o Conselho Federal de Educação

assume seu papel normativo também com relação a este campo. Todavia o órgão

Federal responsável pela educação especial seguiu uma outra linha de orientação.

No capítulo III, da família da Educação e da cultura , os artigos 175, 176, da

Lei Nº 5692/71, definem respectivamente, que lei especial disporá sobre a Educação

Especial; que a Educação é direito de todos e dever do Estado, devendo ser dada no lar e

na escola.

Já no capítulo II, da Ordem Econômica e social, em sue artigo único, assegura

aos deficientes a melhoria de suas condições social e econômica, mediamente:

I- Educação especial e gratuita;

II- Assistência, reabilitação e reinserção na vida econômica e

social do país;

III- Proibição de discriminação, inclusível quanto a admissão ao

trabalho ou ao serviço público e a salários;

IV- Possibilidade de acesso a edifícios e logradouros públicos.

Em 1977, pela Portaria Internacional nº 477, de 11 de agosto, os Ministério da

Educação e Cultura e da Previdência e Assistência Social estabeleceram diretrizes

básicos para a ação integrada, dos órgãos a eles subordinados, no atendimento as

crianças especiais.

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Tal Portaria foi regulamentada pala Portaria Interministerial nº 186, de março

de 1978. Destacam-se dentre os objetivos gerais delineados os seguintes:

Ampliar oportunidades de atendimento especializado, de natureza médica e psicossocial e educacional especial, a fim de possibilitar sua integração social e propiciar continuidade de atendimento, através de serviço especializado de reabilitação e educação... É definida também a clientela dos serviços especializados da natureza educacional, prestados por órgãos ou entidades ligados ao Centro Nacional de Educação Especial – CENESP/MEC, dos serviços especializados de reabilitação da Fundação Legião Brasileira de Assistência – LBA/MPAS, dos serviços de saúde.

Tais diretrizes deixam claro um posicionamento que atribui um sentido clínico

e/ou terapêutico à educação especial.

Em 1986, o Centro Nacional de Educação Especial, que se encontrava

praticamente desativado, edita a Portaria CENESP/MEC nº 69 definindo normas para a

prestação de apoio técnico e/ou financeiro à Educação Especial nos sistemas de ensinos

públicos e particular. Nota-se neste instrumento um certo avanço, especialmente ao

nível conceitual, quanto à caracterização das modalidades de atendimento e da clientela

a que se destina.

A Educação Especial aparece concebida como parte integrante da Educação

visando ao desenvolvimento pleno das potencialidades do “educando com necessidades

especiais”. Aparece aí, pela primeira vez, a expressão “educando com necessidades

especiais” em substituição a expressão “aluno excepcional” que daí é definitivamente

abolida dos textos oficiais.

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Em 5 de outubro de 1988 é promulgada a nova Constituição Brasileira. Alguns

dos seus itens de maior importância no que se refere ao tema estão dispostos no

capítulo IV, da Educação, da cultura e do Desporto:

A Educação é direito de todos e dever do Estado e da família. Será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (art.205).

No artigo 208:

O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a

garantia de :

I- Ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para o que a este não tiveram acesso na idade própria .

II- Progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio.

III- Atendimento especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino.

VII- Atendimento ao educando, no ensino fundamental através de programas suplementares de material didático–escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

E também no artigo 213:

“Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos à escolas comunitárias confecionais ou filantrópicas definidas em Lei..”

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Com relação à legislação, é importante registrar a Lei 7.853, de 24 de outubro de

1989, que define as medidas a serem tomadas pelos órgãos da administração direta e

indireta a área da educação.

a) A inclusão, no sistema educacional, da Educação Especial como modalidade educativa que abranja a educação precoce, a pré-escola, as de 1º e 2º graus, a supletiva, a habilitação e reabilitação profissionais, com currículos, etapas e exigências de diplomação próprios:

b) A inserção, no referido sistema educacional, das escolas especiais, privada e públicas;

c) A oferta obrigatória e gratuita, de Educação Especial em estabelecimentos públicos de ensino;

d) O oferecimento obrigatório de programas de Educação Especial a nível pré-escolar e escolar, em unidades hospitalares e congêneres nas quais estejam internados, por prazo igual ou superior a um ano, educandos portadores de deficiência;

e) O acesso de alunos portadores de deficiência aos benefícios conferidos aos demais educandos, inclusive material escolar, merenda escolar e bolsas de estudos;

f) A matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares de pessoas portadores de deficiência capazes de se integrarem no sistema regular de ensino. Medicamentos, próteses e outros recursos para tratamento, habilitação ou reabilitação.

Com relação à Educação, no seu artigo 54 dispõe que:

É dever do Estado assegurar A criança e ao adolescente: (...) atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência preferencialmente na rede regular de ensino.

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Vale lembrar que o Estatuto estabelece um conjunto de direitos e deveres

legalmente estabelecido para toda criança e adolescente portador de deficiência ou não.

No que se refere à Educação Especial essa legislação significa um importante caminho

para o exercício de direitos até então presentes em “declarações” genéricas e abstratas,

mas poucas vezes praticados por falta de mecanismos eficazes.

O acesso à escola regular é um desses direitos, afinal ela é considerada o

principal lugar de socialização da criança. Segundo Durkhein (apnd Martins 1994, p

49):

O indivíduo, ao nascer já encontra pronta e construída a sociedade. Assim, o direito, os costumes, as crenças religiosas, o sistema financeiro foram criados, não por ele, mas pelas gerações passadas, sendo transmitido através do processo de educação.

Como já foi dito, a Educação Especial é prevista na Constituição Federal, como

dever do Estado, que deve garantir atendimento educacional especializado aos

portadores de deficiências, preferencialmente na rede de ensino (art. 208, caput, III CF).

A política nacional de Educação Especial consiste de objetivos gerais e

específicos que fundamentam e orientam o processo, visando garantir o atendimento

educacional ao aluno portador de necessidades especiais.

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Os objetivos formulados pela política de Educação Especial são:

- Promover a interação social;

- Desenvolver práticas de educação física, atividades físicas e

sociais;

- Promover direito de escolha;

- Desenvolver habilidades lingüísticas;

- Incentivar autonomia e possibilitar o desenvolvimento social,

cultural artístico e profissional, das crianças especiais.

Para assegurar a educação especializada, algumas medidas devem ser tomadas, como:

- Aumento da oferta de serviços de Educação Especial com

equipamentos;

- Equipe qualificada;

- Material de didático especializado e espaço físico adequado às

necessidades especiais dos deficientes;

- Criação de programas de preparo para o trabalho;

- Estímulo a aprendizagem informal e orientação à família.

No entanto, a falta de atendimento especial principalmente em pré-escolas

carência de recurso e equipe qualificada, inadequação do ambiente físico, falta de novas

propostas de ensino, descontinuidade de planejamento e ações desigualdade de recursos

e oportunidades, vêm dificultando o acesso de muitas crianças especiais ao ensino

especializado.

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Segundo Câncido (1983,p.12), a escola

Possui vida própria, cujas as leis escapam em parte à superordenação prevista pela sociedade. Ela é uma “unidade social”, determinando tipos específicos de comportamento, definindo posições e papéis, propiciam formas de associação. (...) Os elementos que integram a vida escolar são em parte transpostos de fora: em parte redefinidos na passagem, para ajustar-se às condições grupais, em parte desenvolvidos internamente e devidos a esta condição.

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CAPÍTULO IV: ENFOQUES DE INTERVENÇÃO

PADAGÓGICAJUNTOÀCRIANÇADOWN

Conforme aponta Mazzota (1982,p.196-197),

Nem toda a pessoa portadora de deficiência requer serviços da Educação Especial, mesmo que possa necessitar ‘tratamento ou intervenção terapêutica” devido as suas condições físicas ou mentais. Salienta que a Educação Especial faz parte da educação geral e deve ser considerada uma instituição paralela ou meramente preparatória para o ingresso dos alunos portadores de deficiência em ensino comum. Pela retrospectiva histórica, pode-se dizer que estamos evoluído, como pessoas e seres sociais, e que estamos gradativamente conseguindo construir uma sociedade melhor para todos, com um sistema educacional que seja cada vez menos excludente, marginalizante e segregativo e que possa em breve sanar uma deficiência, diríamos, milenar numa área imprescindível para a formação de qualquer ser humano.

A criança Down apresenta muitas debilidades e limitações, assim o trabalho

pedagógico deve primordialmente respeitar o seu ritmo e propiciar-lhe estimulação

adequada para o desenvolvimento de suas habilidades. Programas devem ser criados e

implementados de acordo com as necessidades específicas das crianças.

Assim, um bom currículo deve considerar todas as características do deficiente

mental para que, a partir destas, sejam escolhidas técnicas que mantenham a criança

atenta e motivada.

Em termos de ambiente de aprendizagem procura-se evitar o aparecimento de

variáveis que possuam bloquear o processo.

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A sala de recursos, que são classe especiais inserida na escola regular, deve

consistir em local apropriado a receber as crianças especiais, que deverão receber

assistência pedagógica especializada.

Alguns pontos devem ser considerados quanto à educação do portador da

Síndrome de Down. Ela deve Ter por objetivo:

- Estruturar sue auto-conhecimento;

- Desenvolver seu campo perceptivo;

- Desenvolver a compreensão da realidade;

- Desenvolver a capacidade de expressão;

- Progredir satisfatoriamente em desenvolvimento físico;

- Adquirir hábitos de bom relacionamento;

- Trabalhar cooperativamente; Adquirir destreza com materiais com uso diário;

- Atuar em situações do dia a dia; Adquirir conceitos de forma, quantidade, tamanho, espaço, tempo e ordem;

- Familiarizar-se com recursos da comunidade onde vive;

- Conhecer as aplicar regras básicas de segurança física;

- Desenvolver interesses, habilidades e destrezas que o oriente em atividades profissionais futuras;

- Ler e interpretar textos expressos em frases diretas;

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- Desenvolver habilidades e adquirir conhecimentos práticos que o levem a descobrir conhecimentos práticos que o levem a descobrir valores que favoreçam seu comportamento no lar, na escola e na comunidade.

O atendimento devem atender `as características específicas de cada aluno,

proporcionando o desenvolvimento do seu equilíbrio emocional, de sua autoconfiança,

de sua capacidade de criação, de condições essenciais à sua integração e harmonia na

sociedade.

Com relação à alfabetização, não há método voltado especificamente para as

crianças de Down, cada criança requer uma forma de intervenção específica, mais

adequada às suas necessidades. Ela deverá ser iniciada quando a criança for capaz de

escrever objetos e ações; discriminar sons; identificar semelhanças e diferenças entre

sons iniciais e finais de palavras; identificar símbolos gráficos, articular fonemas

corretamente; estabelecer relações simples entre objetos; combinar elementos concretos

para a formação de conjuntos; organizar perceptivamente da esquerda para a direita;

utilizar conceitos nas área de relações tempo-espaciais; participar de atividades lúdicas;

seguir e dar instruções simples; estabelecer símbolos e significados; participar de

conversas; organizar idéias em seqüência lógica; demonstrar controle muscular;

reconstruir ações passadas e prever ações futuras; demonstrar criatividade e estabelecer

pensamento crítico.

É muito difícil para as crianças desenvolverem habilidades de leitura de leitura e

escrita, no entanto, este processo será mais facilitado se for permitido a criança

vivenciar, interagir e experimentar.

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Alguns princípios devem nortear a aprendizagem da leitura e escrita.

- Favorecer a realização de atividades relacionadas com leitura e escrita;

- Ajusta a competência da criança ao contexto lingüístico;

- Facilitar o contato com materiais de leitura e escrita.

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CONCLUSÃO

As leituras realizadas nos levam a concluir que a família é primordial para a

aquisição de linguagem oral, principalmente nos primeiros anos de vida, quando a

criança encontra-se em período de maturação orgânica e seu sistema nervoso está sendo

moldado pelas experiências e estímulos recebidos e internalizados.

A estimulação do portador de necessidades especiais na face inicial da vida é

extremamente importante para seu desenvolvimento, sendo, em alguns casos, capaz de

minimizar os déficits de linguagem na primeira infância, aumentando as chances de um

desenvolvimento mais adequado ao longo da vida, pois na primeira infância, o cérebro

humano é altamente flexível.

A Educação Especial é determinante no processo de estimulação inicial e cabe

ao professor de turmas especiais trabalhar suas crianças de forma que ela venham

desenvolver sua capacidades, tornando-se aptas a exercer atividades cotidianas de forma

autônoma e independente, exercendo seu direito de cidadania, inclusive atuando

profissionalmente.

Por isso profissionais especializados devem ser mobilizados e cuidados especiais

precisam ser tomados.

Enfim, a grande importância de estimulação se dá pela grande necessidade da

criança de vivenciar experiências permitiram seu desenvolvimento , respeitando suas

deficiências e explorando suas habilidades.

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Ao tratar-se da Síndrone de Down que é uma doença causada por uma alteração

genética, que pode ser durante ou após a concepção.

Esta pesquisa monografia traduz de uma forma mais ampla de como os

indivíduos devem tratar o portador de Down. O fato do portador ter uma conduta

imatura em determinada idade, ele pode ser considerado de forma igual à outras

crianças; ou seja, o portador tem capacidades e habilidades, sendo um pouco lenta,

mais o mesmo consegue êxito. É de uma importância, que o profissional saiba como

lidar com o portador.

A família deve acompanhar o desenvolvimento do portador de perto, ou seja,

está, atentos as recomendações da escola: professora, coordenadora, supervisora e

diretor, pois isso ajuda no desenvolvimento do mesmo. A família precisa ser orientada e

estimulada a colaborar no processo do desenvolvimento do portador.

A inteligência do portador pode ser aperfeiçoada, através da intervenção dos

adultos, onde trarão situações de interação entre o portador e o ambiente. A pré-escola

torna-se o cume do salto para o desenvolvimento do portador pois traz benefícios de

interação social, pois as valiosas habilidades que o portador adquire é a arte de brincar.

O brincar é a arte da aprendizagem, sendo assim, podemos conceber a escolarização do

portador do Down, como um grande instrumento de apoio ao seu processo de

desenvolvimento. Existem 2 posições teóricas ou fundo sobre a função social que a

educação especial exerce na sociedade moderna e que tem influenciado, nas análises

sobre ela, como sua própria trajetória histórica.

A classe especial é a estratégia mais indicada para o trabalho com crianças

especiais, pois permite a interação desta na sociedade.

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Todo professor de educação especial, tem que ser especializados e treinados e

garante a assistência e a instrução destas crianças.

Este trabalho coloca em ênfase a desvantagem da escola especial é que trata de

um ambiente segregado. Porque a mesma não oferece interação social. Quando escolhi

o tema Síndrome de Down foi justamente para buscar um esclarecimento de que forma

o portador deve ser tratado, em que meio o mesmo deve conviver? Somente com

portadores de Down, ou pode adquirir o convívio com outras crianças.

Nas bibliografias que consultei todas trazem na bagagem ou batem nas mesmas

teclas, com linguagens diferentes. Em resumo todas colocam a necessidade do portador

de conviver com outras crianças(normais).

Gostei do trabalho, apesar das noites que quase não dormir, por não saber o que

escrever, ou até mesmo digitar. Mas valeu apena por que valorizo hoje esta pesquisa,

porque valorizamos aquilo que é realmente exigido, para ser valorizado. Quero dizer

que dou valor pelos sufocos que passei, as dúvidas as preocupações.

Chego ao final desta conclusão que foi ótimo o trabalho monográfico me

qualifiquei quanto a montar uma pesquisa não monográfica, mas de relatórios, resenhas.

Quero que as legislações coloquem as suas atenções voltada para esses casos.

Não se devem deixá-los guardados em gavetas ou apenas papéis. Tem que acontecer

algo da parte dos nossos governantes, para esses portadores possam obter seu espaço,

no meio social. Podendo expandir seu empenho e seu aprendizado.

Espero no futuro ver mudanças quanto a estes casos. Termino aqui as minhas

conclusões.

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ÍNDICE

Capa ................................................................................................................................. 1 Folha de Rosto ................................................................................................................. 2 Agradecimento ................................................................................................................. 3 Dedicatória ....................................................................................................................... 4 Epígrafe ............................................................................................................................5 Resumo .............................................................................................................................6 Sumário .............................................................................................................................7 Introdução ........................................................................................................................ 8 CAPÍTULO I - O QUE É A SINDROME DE DOWN? ................................................11 1.1 – Principais características da criança Down ..........................................................14 1.2 – Dificuldades de aprendizagem do portador da Síndrome de Down ....................16 CAPÍTULO II - A EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN .....................................................................................................................19 2.1 – A importância da pré-escola ..................................................................................19 2.2 – A educação Especial ..............................................................................................22 CAPÍTULO III – POLÍTICAS PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO ESPECIAL ...............29 3.1 – Legislação e Normas .............................................................................................30 CAPÍTULO IV: ENFOQUES DE INTERVENÇÃO PADAGÓGICA JUNTO À CRIANÇA DOWN .........................................................................................................41 CONCLUSÃO ...............................................................................................................45 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................48 .........................................................................................................................................49 .........................................................................................................................................50 ÍNDICE ..........................................................................................................................51 FOLHA DE AVALIAÇÃO ..........................................................................................52

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

PÓS – GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA

Título do Livro: A Educação Especial da Criança com Síndrome de Down.

Data da Entrega: ________________________________________________________

Avaliação: Como você avalia este livro?

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Avaliado por: __________________________ Grau: __________

Rio de Janeiro, ___ de ________________ de ________