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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE CICLO DE SERVIÇOS DE SEGURO DE AUTOMÓVEL Por: Geisa Costa Araújo Orientador Prof. Aleksandra Sliwowska Rio de Janeiro 2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

CICLO DE SERVIÇOS DE SEGURO DE AUTOMÓVEL

Por: Geisa Costa Araújo

Orientador

Prof. Aleksandra Sliwowska

Rio de Janeiro

2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

CICLO DE SERVIÇOS DE SEGURO DE AUTOMÓVEL

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Marketing

Por: Geisa Costa Araújo

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AGRADECIMENTOS

À DEUS que me ajuda em todos os

momentos da minha vida, a minha

família que me dão força sempre, e ao

meu namorado que esteve ao meu

lado.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais,

meus irmãos, meu namorado e aos meus

amigos que direta e indiretamente

contribuíram para a confecção deste

trabalho.

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RESUMO

Este trabalho científico busca explicar como um ciclo de serviços

poderia ser aplicado em uma empresa privada de seguro de automóvel para

garantir o aumento das vendas e a partir da análise de algumas informações

como: A importância, características e qualidades de serviços, peculiaridades

de seguro, a análise sobre as vendas de veículo 0 km no ano de 2009

elaborado pela FENABRAVE (Federação Nacional da Distribuição de Veículos

Automotores) bem como a verificação do estudo de caso da Empresa Sul

América Seguros foi possível verificar que é necessário oferecer um serviço de

qualidade bem como valores agregados a este serviço para que o cliente tenha

suas necessidades atendidas e no momento de verdade (que é o momento

crítico do ciclo de serviços) para que este tenha uma boa percepção da

empresa/serviço. Apurou-se ainda que um ciclo de serviço pode ser aplicado

em uma empresa privada de seguro de automóvel para garantir o aumento das

vendas, pois um conjunto de serviços bem elaborados e com qualidade

proporcionam ao cliente a percepção que suas necessidades e desejos estão

sendo satisfeitos. O reflexo disso será o aumento das vendas da empresa.

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METODOLOGIA

A monografia foi realizada a partir de pesquisa bibliográfica através de

leitura de livros, revistas, artigos referentes a serviços, ciclo de serviços,

seguros e vendas de veículo de zero quilômetro. Foram realizadas ainda

pesquisas em web sites sobre o assunto estudado.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 07

CAPÍTULO I - Serviços 09

1.1 – A Importância dos Serviços 09

1.2 – O Conceito de serviço 12

1.3 – Categorias do Mix e características de Serviços 13

1.4 – Qualidade em Serviço 16

1.5 – Momentos da verdade e Ciclo de Serviços 17

CAPÍTULO II - Seguros 19

2.1 – História do Seguro 19

2.2 – Definições, Finalidade, características e Classificação do Seguro 20

2.3 – Risco, Prêmio, Franquia e Inspeção do Risco 23

2.4 – Sinistro 28

2.5 – Salvados e Ressarcimento 30

2.6 – Seguros de Automóvel 30

2.7 Responsabilidade Civil Facultativa 31

CAPÍTULO III – Vendas 32

3.1 – Vendas de Veículo zero km no Ano de 2009 32

3.2 – Estudo de Caso da Empresa Sul América Seguros 33

CONCLUSÃO 39

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 40

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INTRODUÇÃO

O setor de serviços vem crescendo e tornando-se cada vez mais

importante em muitos países que outrora tinham a sua economia apenas

voltada para a atividade industrial. Alguns fatores são primordiais para o

crescimento do setor de serviços tais como: o aumento da qualidade de vida

das pessoas e a urbanização da população. Gianesi e Correa (2009, p.13).

É possível observar ainda que alguns elementos proporcionem o

aumento pela demanda de serviços, podemos destacar: Desejo de mais

qualidade de vida, mudanças demográficas, mudanças socioeconômicas,

aumento da sofisticação dos hábitos dos consumidores e aumento da

criminalização que requer maior segurança para a população.

Nesse contexto, verificou-se que a área de seguros de automóvel

requer atenção, pois as pessoas cada vez mais adquirem seguro para o seu

veículo a fim de obter maior segurança e evitar perdas por situações adversas

(acidentes e roubos), fazendo com que o setor de seguros de automóveis

cumpra o seu papel principal: Reposição do bem.

A partir disso, torna-se imprescindível realizar uma análise a fim de

verificar a resposta para a seguinte pergunta: Como o ciclo de serviços poderia

ser aplicado em uma empresa privada de seguro de automóvel para garantir o

aumento das vendas? Tal explicação será apresentada ao longo deste trabalho

científico.

No primeiro capítulo será abordado o tema serviços demonstrando a

sua importância, o seu conceito, suas características e as suas qualidades.

Serão apresentados os momentos da verdade no ciclo de Serviços.

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No segundo capítulo será analisado o tema seguro apresentando a

história do seguro, suas definições, finalidade, características e classificação.

Serão apresentadas as peculiaridades do seguro como: risco, prêmio, franquia,

inspeção do risco, sinistro, salvados e ressarcimento bem como a explicação

sobre seguros de Automóvel que se tratam de parte importante da questão

problema.

No terceiro capítulo será verificado o tema vendas onde será

apresentado um levantamento feito pela FENABRAVE (Federação Nacional da

Distribuição de Veículos Automotores) sobre as vendas de veículo 0 km no Ano

de 2009. Ainda neste capítulo será realizado o estudo de caso da Empresa Sul

América Seguros com enfoque no produto Sul América Auto Zero km e por fim

será realizada a correlação do ciclo de serviços com o aumento das vendas de

seguro de automóvel.

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CAPÍTULO I

SERVIÇOS

1.1 – A Importância dos Serviços

Verificou-se que o setor de serviços vem crescendo e tornando-se cada

vez mais importante em muitos países que outrora tinha a sua economia

apenas voltada para a atividade industrial.

Tal importância para serviços foi demonstrada através das informações

de diversos autores conforme demonstrado abaixo:

Identificou-se que o mundo ocidental encontra-se em uma sociedade

de serviços, pois mais da metade do produto interno bruto é produzido no setor

de serviços (FUCHS, 1968).

LOBOS (1993) afirma que a partir do início dos anos 90 o diferencial

competitivo de qualquer organização, seja qual for o mercado, tem sido, não

apenas Produtos, mas também Serviços.

Apurou-se em um estudo publicado em 1983 pelo Office of U.S Trade

Representative que aproximadamente ¾ do valor agregado no setor de bens

foram gerados pelas atividades de serviços desse setor. Giarini explica tal fato

da seguinte forma:

...se observarmos todos os setores da atividade econômica

contemporânea, podemos facilmente descobrir que os serviços de

qualquer tipo representam a parte essencial do sistema de produção

e entrega de bens e serviços. O primeiro fato fundamental a

considerar é que para cada produto (bem) que compramos, seja um

automóvel ou um tapete, o custo tão-somente de produção

rarissimamente ultrapassa 20 ou 30% do preço final desses produtos

e que 70 ou 80% vêm representados pelo custo de fazer funcionar o

complexo sistema de serviços e entregas. Isto significa que as

funções de serviço se tornaram a maior parte das preocupações e

dos investimentos, mesmo nas mais tradicionais organizações

industriais. (Giarini, 1990)

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Observou-se que o setor de serviços apresenta contribuições à

economia conforme identificado por Quinn & Gagnon (1986):

1. As pessoas valorizam os serviços pelo menos na mesma

intensidade dos bens industrializados. Os serviços não são algo que se busca

depois que as necessidades por bens tinham sido satisfeitas.

2. O valor agregado produzido por empresas de serviços é bem

comparável, ou até mesmo mais elevado, do que o valor agregado produzido

pelos fabricantes de bens.

3. O setor de serviços é pelo menos tão capital intensivo quanto o setor

de fabricação de bens, e muitas empresas da indústria de serviços produzem

impacto de alta tecnologia.

4. As indústrias de serviços tendem a ser tão concentradas quanto as

de fabricação e as empresas de serviços tendem a ser suficientemente

grandes em escala para se constituírem em compradores importantes e

sofisticados.

KOTLER (2006, p. 396) afirma que as empresas prestadoras de

serviços são cada vez mais o combustível da economia mundial.

Segundo GRONROOS (1993, p.12), a economia de serviço está

crescendo durante as últimas décadas e destaca oito razões para tal

crescimento:

1. Maior afluência – Serviços que os consumidores realizavam por si

próprio;

A empresa SulAmérica tinha em seu quadro de funcionários, pessoas

para realizar serviços de limpeza e conservação. Porém, há alguns anos a

empresa contratou uma empresa prestadora de serviços e os seus funcionários

estão ligados apenas ao negócio da organização.

2. Mais tempo de lazer – Maior procura por agências de viagens;

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3. Alto percentual de mulheres na força de trabalho – Maior procura por

creches e serviços domésticos;

4. Expectativa de vida mais longa – Maior demanda por serviços de

saúde e estabelecimentos de assistência aos idosos;

O site do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, informou

que no período de apenas uma década (1998 a 2008), os brasileiros ganharam

mais três anos, dois meses e 12 dias de vida. O Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE) constatou que a esperança de vida no país

saltou de 69,6 anos para 72,8 anos. O ganho foi de três meses de vida entre

2007 e 2008. Em 1970, a expectativa de vida do brasileiro era de 57 anos.

5. Maior complexidade dos produtos – Maior procura por especialistas

responsável por manutenção de produtos complexos; ·.

6. Maior complexidade da vida – Maior demanda por profissionais que

preparem o imposto de renda, aconselhamento de casais entre outros;

7. Maior preocupação com a ecologia e a escassez de recursos – Maior

procura por serviços adquiridos ou alugados como ônibus de porta a porta ou

de aluguel de automóveis;

8. Maior procura de novos produtos – O surgimento de serviços como

conserto de computadores e periféricos, todos em decorrência do

desenvolvimento da computação.

Gianese e Corrêa (2009, p. 17 e 18) explicam que as atividades de

serviços exercem um papel importante no desempenho de outros setores da

economia e este papel pode ser dividido em três categorias:

1. Como diferencial competitivo – as atividades de serviços

prestados aos clientes (como projeto, crédito, distribuição e assistência técnica)

pelas empresas de manufatura têm atuado no sentido de diferenciar o pacote

de produto e serviço que a empresa oferece ao mercado, gerando um

diferencial competitivo em relação aos concorrentes;

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2. Como suporte às atividades de manufatura – muitas das funções

dentro das empresas de manufatura são operações de serviços (como

recursos humanos, manutenção, processamento de dados entre outros), as

quais são fundamentais para o desempenho competitivo da empresa;

3. Como geradores de lucro – muitas atividades de serviços de

empresas de manufatura podem desenvolver-se a um ponto tal que

ultrapassem a mera função de apoio passando a constituir “centros de lucro”

dentro das empresas.

Verificou-se que os serviços como centro de lucro em empresa de

manufatura tem se tornado uma tendência nos últimos anos conforme destaca

Gianesi e Corrêa (2009, p. 28). O autor informa que muitos serviços

que originalmente foram criados para auxiliar o processo de comercialização de

bens denominados facilitadores passaram a ser oferecidos como atividades

geradoras de lucro para as empresas, inclusive com a criação de unidades de

negócio separadas das empresas que lhes deram origem.

1.2 – O conceito de serviço

O serviço é algo complexo e sua palavra apresenta diversos

significados bem como várias definições sugeridas por vários autores. Destaca-

se:

“Um serviço é qualquer atividade ou benefício que uma parte possa

oferecer à outra que seja essencialmente intangível e que não resulte

em propriedade de coisa alguma. Sua produção pode ou não estar

ligada a um produto físico” (Kotler & Blom 1984; e Kotler 1988).

“Para o consumidor, serviços são quaisquer atividades colocadas à

venda que proporcionem benefícios e satisfações valiosas; atividades

que o cliente não possa ou prefira não realizar por si próprio”

(Bessom, 1973).

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“O atendimento das expectativas do cliente durante uma venda e na

venda e na atividade pós-venda, através da realização de uma série

de funções que se equiparam ou que superam a concorrência de

forma a prover um lucro incremental para o fornecedor” (Free, 1987).

“Serviço é algo que pode ser comprado e vendido, mas que você não

consegue deixar cair sobre o seu pé” (Gummesson, 1987b).

“Serviços são produtos intangíveis, inseparáveis, variáveis e

perecíveis”. Como resultado normalmente exige mais controle de

qualidade, credibilidade do fornecedor e adaptabilidade. São

exemplos de serviços cortes de cabelo, assessoria jurídica e serviços

de reparos. (Kotler 2006)

Verificou-se que na maioria das vezes o serviço envolve interação

entre o cliente e o fornecedor, porém, existem situações que não existe tal

interação. Gronroos (1993) cita as duas circunstâncias: Quando um automóvel

com problemas é consertado em uma oficina, o cliente não está presente e,

portanto, não interage com ninguém ou nada. Entretanto, quando o carro é

consertado e depois entregue ao cliente, as interações ocorrem e fazem parte

dos serviços.

O setor de serviços é bem diversificado que inclui a área

governamental e a área empresarial. A primeira com hospitais, agências de

financiamento, serviços militares, departamentos de polícias, correios e escola

e a segunda destaca-se bancos, hotéis, seguradoras, escritórios de advocacia,

empresas de consultoria, imobiliárias entre outras.

1.3 – Categorias do Mix e características de Serviços

Observou-se que o componente de serviços pode ser a parte

secundária ou a parte principal da oferta total. Kotler (2006, p. 397) define cinco

categorias de oferta ao mercado:

1. Bem tangível: a oferta consiste principalmente em um bem

tangível, como sabão ou sal. Não há nenhum tipo de serviço associado ao

produto.

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2. Bem tangível associado a serviços: a oferta consiste em um

bem tangível associado a um ou mais serviços. Levitt observa que quanto mais

tecnologicamente sofisticado for o produto (por exemplo, carros e

computadores), mais suas vendas dependerão da qualidade e da

disponibilidade de serviços ao consumidor (por exemplo, showroom, entrega

assistência técnica, garantia entre outras).

3. Híbrida: a oferta consiste tanto em bens como serviços. Por

exemplo: freqüentam restaurantes pela comida e pelo serviço oferecido.

4. Serviço Principal associado a bens ou serviços secundários:

a oferta em um serviço principal com serviços adicionais ou bens de apoio. Por

exemplo: passageiros de companhias aéreas compram o serviço de transporte,

mas estão incluídos na viagem alguns itens tangíveis, como comidas e

bebidas, o canhoto da passagem e a revista de bordo. A execução do serviço

em si requer a operação de uma aeronave, mas o item principal é o serviço.

5. Serviço Serviço puro: a oferta consiste essencialmente em um

serviço. São exemplos os serviços de baby-sitter, psicoterapia e massagem.

Porter (2006, p.399) define quatros características principais para os

serviços, são elas: intangibilidade, inseparabilidade, variabilidade,

perecibilidade.

1. INTANGIBILIDADE – Os serviços não podem ser vistos, sentidos,

ouvidos, cheirados ou provados antes de adquiridos. Com o intuito de reduzir a

incerteza, os compradores procuram sinais ou evidências da qualidade do

serviço. Por conta disso é importante que o prestador de serviço administre a

evidência a fim de “deixar tangível o intangível”. As empresas prestadoras de

serviço tentam demonstrar a qualidade de seus serviços por meio de prova

física e apresentação. Carbone e Haeckel propõem um conjunto de conceitos

sob o nome de engenharia da experiência do cliente.

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2. INSEPARABILIDADE – Normalmente os serviços são produzidos

e consumidos simultaneamente, porém com os bens não ocorre da mesma

forma já que os bens são fabricados, estocados, distribuídos e só depois disso

são consumidos. A pessoa que presta o serviço é parte dele. Como o cliente

também está presente enquanto o serviço é executado. Quando os clientes

demonstram forte preferência por determinado prestador de serviços, o preço

dele aumenta quanto mais limitado estiver seu tempo.

3. VARIABILIDADE – Os serviços são altamente variáveis, pois

dependem de por quem, onde e quando são fornecidos. Os compradores de

serviços conhecem esta variabilidade e muitas vezes se informam com outros

compradores antes de decidir por um prestador. Para controlar a qualidade, as

empresas prestadoras de serviços podem tomar três providências: Investir em

bons processos de contratação e treinamento, Padronizar o processo de

execução do serviço em toda a organização, Acompanhar a satisfação do

cliente.

4. PERECIBILIDADE: Serviços não podem ser estocados. A

perecibilidade dos serviços é um problema quando a demanda oscila, pois as

empresas precisam tomar ações para solucioná-lo.

Para Gianesi e Corrêa (2009, p.32) as principais características das

operações de serviços são:

1. A intangibilidade dos serviços

2. A necessidade da presença do cliente ou um bem de sua

propriedade;

3. O fato de que geralmente os serviços são produzidos e

consumidos simultaneamente.

1.4 – Qualidade em Serviços

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A qualidade em serviços é um fator extremamente importante e

lucrativo e torna-se imprescindível a preocupação com a qualidade percebida

pelos clientes conforme destacam diversos autores abaixo:

Gianesi e Corrêa (2009, p. 196) destaca que a qualidade em serviços

pode ser definida como o grau em que as expectativas do cliente são

atendidas/excedidas por sua percepção do serviço prestado.

Grönroos (1995, p.89) informa que a qualidade em serviços

deve ser, “aquilo que os clientes percebem” e Grönroos (1993, p.89) destaca

que a qualidade é produzida localmente nos momentos da hora da verdade nas

interações comprador-vendedor.

Kotler (2006, p.406) afirma que empresas bem-sucedidas adicionam a

suas ofertas benefícios que não ó satisfazem os clientes, como também os

surpreendem e encantam e o autor ainda menciona a seguinte frase: “Encantar

os clientes é uma questão de superar as expectativas”.

Gianesi e Corrêa (2009, p. 80) explicam que necessidades de um

cliente são menos mensuráveis que suas expectativas e que estas

necessidades representam um importante formador das expectativas. O autor

informa ainda que o que o cliente expõe em uma pesquisa demonstram suas

expectativas e que tais pesquisas avaliam o serviço, pois os clientes comparam

o que esperavam com o que receberam.

O autor realiza ainda considerações sobre necessidades e expectativas

dos clientes:

Sempre que possível, o fornecedor de serviço deverá procurar

identificar tanto as expectativas como as necessidades de seus clientes;

O sistema de operações de serviços deverá estar apto, no curto prazo,

a atender às expectativas do cliente, pois é baseado nelas que o serviço será

avaliado;

O sistema de operações de serviço deverá, no longo prazo, visa as

reais necessidades dos clientes, capacitando-se para atendê-las;

O fornecedor do serviço deverá procurar influenciar as expectativas do

cliente, sempre que identificar uma inadequação entre estas expectativas e sua

visão de suas reais necessidades.

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Kotler (2006, p.407 e 408) destaca que os autores Parasuraman,

Zeithaml e Berry criaram um modelo de qualidade dos serviços e

desenvolveram a chamada escala SERVQUAL com 22 itens baseada em cinco

fatores determinantes da qualidade dos serviços, descritos abaixo e que

conforme Kotler foram relacionados por ordem de importância:

1. Confiabilidade: A habilidade de prestar o serviço exatamente

como o prometido;

2. Capacidade de resposta: A disposição de ajudar os clientes e de

fornecer o serviço dentro do prazo estipulado;

3. Segurança: O conhecimento e a cortesia dos funcionários e sua

habilidade de transmitir confiança e segurança.

4. Empatia: A atenção individualizada dispensada aos clientes;

5. Itens tangíveis: A aparência das instalações físicas, dos

equipamentos, dos funcionários e do material de comunicação.

1.5 – Momentos da verdade e Ciclo de Serviços

Verificou-se que a prestação do serviço é a principal responsável

pela percepção em relação ao serviço e autor Normann (1993) criou a

expressão momentos da verdade, para simbolizar o momento de contato entre

o fornecedor do serviço e o cliente.

Gianesi e Corrêa (2009, p. 87) destacam que a percepção do cliente a

respeito do serviço é formada em cada um dos momentos de verdade, ou seja,

em cada momento em que o cliente entra em contato com qualquer aspecto da

empresa fornecedora de serviços. Durante a prestação de serviço, o cliente

vivencia uma séria de momentos de verdade, os quais ocorrem numa

sequência específica. A esta sequência dá-se o nome de ciclo de serviço que o

autor define da seguinte forma: “O ciclo de serviço seria o mapa de todos os

momentos de verdade, conforme vivenciados pelo cliente, em sua sequência

habitual, ao receber o serviço”.

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Figura 1: Ciclo de Serviços de Supermercado (Fonte: Gianesi e Corrêa)

Verificou-se que alguns destes momentos são chamados de momentos

da verdade críticos que demonstram a percepção do cliente a respeito do

serviço prestado que leva o fornecedor a priorizar os seus esforços buscando

gerar uma percepção favorável do serviço para o cliente.

Gianesi e Corrêa (2009, p. 88) afirmam que na análise de qualquer

ciclo de serviço, os primeiros e os últimos momentos de verdade são

normalmente mais críticos na percepção do cliente. Os primeiros momentos de

contato são responsáveis por ajustar a percepção do cliente para o que poderá

ocorrer no restante do ciclo sendo difícil mudar a impressão do cliente para

aquilo que vem depois. Os últimos momentos também são críticos, pois

permanece na memória do cliente influenciando na decisão de compra do

mesmo.

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CAPÍTULO I

SEGUROS

2.1 – História do Seguro

A necessidade de proteção contra o perigo, a incerteza quanto ao

futuro e a possibilidade de perdas dos bens e da receita da família e do

indivíduo acompanham o Homem em sua evolução. Varanda (2009, p. 7).

O autor afirma ainda que apesar dos conceitos do seguro remontar

desde 2.500 antes de Cristo, foi em 1343 em Gênova na Itália que surgiu o

primeiro contrato de Seguro Marítimo com a emissão da respectiva apólice de

seguro.

No Brasil, o seguro surgiu em 1808, em consequência da vinda da

família real e da abertura dos portos às nações amigas, sendo a primeira

seguradora brasileira a Companhia de Seguros Boa-fé, fundada em

24/12/1808, regulada e dirigida pela Casa de Seguros de Lisboa. Em 1901, o

Decreto 4.270 regulou as operações de seguros no Brasil e criou as Inspetorias

de Seguros, subordinadas ao Ministério da Fazenda. Varanda (2009, p. 8).

2.1.1 – Sistema Nacional de Seguros Privados – SNSP

De acordo com Varanda (2009, p.10), o SNSP foi instituído pelo

Governo Federal, por meio do Decreto-Lei 73, de 1966, e composto pelos

seguintes órgãos:

CSNP (Conselho Nacional de Seguros Privados) – Órgão

governamental encarregado pela fixação das diretrizes e normas da política de

seguros privados no Brasil.

SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) – órgão

responsável pela regulação, supervisão, controle, fiscalização e incentivo das

atividades do mercado de seguros, Previdência Complementar Aberta,

Capitalização e resseguro. Varanda (2009, p.10),

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Resseguradores – Empresas legalmente constituídas com a finalidade

de operar o resseguro, entendido como sendo a transferência de riscos de uma

seguradora para um ressegurador. Varanda (2009, p.10),

Corretores de Seguros – pessoas físicas ou jurídicas; intermediários

legalmente autorizados a angariar e promover contratos de seguros entre as

seguradoras e as pessoas físicas ou jurídicas de Direito Privado. Varanda

(2009, p.11)

Seguradoras – empresas legalmente constituída sob a forma de

sociedade anônima, que assumem e gerem riscos, de acordo com critérios e

administrativos regulamentados pela SUSEP. Varanda (2009, p.11).

Entidades de Previdência Complementar Aberta – Sociedades

constituídas com o objetivo principal de instituir e executar planos de benefícios

de caráter previdenciário. Varanda (2009, p.11).

Sociedades de Capitalização – entidades organizadas sob a forma de

sociedades anônimas, com a finalidade de construir capitais, pagáveis em

moedas correntes, aos títulos de capitalização. Varanda (2009, p.11)

2.2 – Definições, Finalidade, características e Classificação do

Seguro

Verificou-se que existem várias definições para seguro que apresentam

basicamente o mesmo sentido embora escritas de formas diferentes.

Destacam-se abaixo algumas definições:

Julio Cezar Pauzeiro (2008, p.18) cita Aurélio Buarque de Holanda que

define seguro contrato aleatório, pelo qual uma das partes se obriga, mediante

cobrança de prêmio, a indenizar outra de um perigo ou prejuízo eventual.

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José Antônio Menezes Varanda (2009, p.13) cita Joseph Hérmard que

diz que seguro é operação pela qual, mediante o pagamento de uma pequena

remuneração, uma pessoa se faz prometer para si ou para outrem, no caso da

efetivação de um evento determinado, uma prestação de uma terceira pessoa

que, assumindo um conjunto de eventos determinados, os compensa de

acordo com as leis da estatística e o princípio do mutualismo.

O autor destaca que a finalidade do seguro é restabelecer o equilíbrio

econômico perturbado pelo evento previsto no contrato de seguro sendo

proibido ao segurado ter lucro com a operação de seguro. Verificou-se que o

setor de serviços vem crescendo e tornando-se cada vez mais importante em

muitos países que outrora tinha a sua economia apenas voltada para a

atividade industrial.

Julio Cezar Pauzeiro (2008, p.22) explica que o seguro apresenta três

características principais: previdência, incerteza e mutualismo.

Previdência: É a busca de proteção contra efeitos danosos de eventos

futuros. O ato de prevenir vai de encontro com o correto dimensionamento de

quando o evento previsto no contrato pode ocorrer.

Incerteza: Em todo e qualquer seguro, embora o acontecimento do

risco seja de data incerta, ele deverá sempre ser passível de mensuração

estatística, seja na quantidade ou no valor dos acontecimentos.

Mutualismo: Pode ser definidos como a reunião de um grande número

de expostos aos menos riscos que possibilita o estabelecimento do equilíbrio

aproximado entre as prestações do segurado (prêmio) e as responsabilidades

do segurador.

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O objeto do seguro será o evento causado de danos que atinjam

coisas, pessoas, bens e responsabilidades, obrigados e direitos e deverá estar

especificado nas condições gerais, especiais e ou particulares da apólice como

risco coberto pelo seguro. Julio Cezar Pauzeiro (2008, p.22). O autor menciona

que o seguro pode ser classificado de várias formas e sob diversas óticas,

porém considera a classificação quanto à: exploração da indústria; forma de

contratação; exposição ao risco; e classificação do risco.

Quanto à Exploração da Indústria:

Julio Cezar Pauzeiro (2008, p.23) informa que os seguros podem ser:

sociais ou privados.

Seguros sociais: São operados pelo Estado por meio da Previdência

Social;

Seguros privados: São operados por empresas do seguro privadas,

podendo ou não ser obrigatórios. Podem, ainda, apresentar características

sociais.

Quanto à Forma de Contratação:

Podem ser: obrigatórios ou facultativos. Julio Cezar Pauzeiro (2008,

p.23).

Seguro Obrigatório: É aquele cuja contratação é imposta pela lei.

Foram instituídos por alguns Decretos-Lei e têm por princípio e a proteção a

grandes perdas, ou perdas que gerem um desconforto social muito grande,

como por exemplo: o seguro de incêndio para empresas e condomínios, o

Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de

Via Terrestre (DPVAT).

Seguros Facultativos: Cada uma das partes envolvidas (segurado e

segurado) tem inteira liberdade para definir sobre a contratação e aceitação.

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Quanto à Exposição ao Risco: Podem ser: de pessoas, de bens ou

coisas, de responsabilidade e misto.

Seguros de pessoas: são os seguros que têm como base as pessoas,

suas vidas e suas faculdades. Típicos são seguros de vida, acidentes pessoais

e saúde.

Seguro de bens ou coisas: é aquele que trata da indenização ao

segurado pelas perdas materiais em conseqüência de risco coberto e prejuízos

aos bens de propriedade do próprio segurado.

Seguros de responsabilidade: São os seguros que tratam da

obrigatoriedade de ressarcimento de determinado evento que tenha sido

causado pelo segurado, gerando prejuízo à integridade física e/ou a coisas de

terceiros. Este tipo de seguro tem o objetivo de reembolso. Exemplo: seguro de

responsabilidade civil no seguro de automóvel.

Seguro misto: pode conjugar os seguros de pessoas de pessoas,

bens ou coisas e/ou os seguros de responsabilidade, sendo, portanto, mais

completo. Vale ressaltar que os riscos cobertos de uma carteira não podem ser

gerenciados ou contabilizados em outra carteira.

Quanto à Classificação do Risco

São definidos conforme a instrução normativa da SUSEP, que

classifica e disciplina cada tipo de risco, sua operação e forma contábil. No

Brasil, embora cada tipo de risco tenha sua característica, elas podem ser de

três grandes grupos: de ramos elementares, de vida e de saúde.

2.3 – Risco, Prêmio, Franquia e Inspeção do Risco.

2.3.1 – Risco

Verificou-se que risco é um conceito com diversos significados,

dependendo do contexto e da disciplina científica em que é usado. Para

pessoas que usam o termo de forma vaga, o conceito de risco significa

exposição à adversidade ou perigo. Julio Cezar Pauzeiro (2008, p.39).

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O risco é o elemento fundamental do contrato de seguro, e caracteriza

cada uma das carteiras ou ramos e modalidades de seguro. É definido como

um acontecimento possível, futuro e incerto, independente da vontade das

partes contratantes, de cuja ocorrência decorra prejuízos de ordem econômica

e que ameace por igual os integrantes de uma coletividade sem atingir

simultaneamente a totalidade do grupo. Julio Cezar Pauzeiro (2008, p.39).

Segundo Pedro Alvim, a noção de riscos é a mesma de um

acontecimento ou evento. Algo que ocorre por falha da natureza ou do homem.

O risco é o evento incerto ou de data incerta que independe da vontade

das partes contratantes, e que conduz a um resultado desfavorável contra o

qual é feito o seguro, ou seja, é a dúvida sobre o futuro. Julio Cezar Pauzeiro

(2008, p.39).

É o objeto do seguro.

É comum a palavra ser usada, também, para significar a coisa ou

pessoa sujeita ao risco.

Risco Segurável

Julio Cezar Pauzeiro (2008, p.41) informa que para que um risco seja

segurável, ele deverá ser:

• Possível;

• Futuro;

• Incerto;

• Mensurável;

• Independente da vontade das partes contratadas;

• Capaz de resultar em prejuízos financeiros.

Sem a correta avaliação do risco, não há como definir com exatidão as

ações de gerenciamento que necessitam ser tomadas, e consequentemente

não há como sobreviver neste mercado.

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Risco Excluído

Os riscos excluídos do contrato limitam a cobertura fornecida de acordo

com o prometido pelo segurador. Podem excluir certos riscos, bens, fontes de

responsabilidade, pessoas, danos, locais ou períodos de tempo. Julio Cezar

Pauzeiro (2008, p.45).

São, portanto, os riscos não cobertos pelo seguro. Pode ser excluída

por lei ou em função do ramo de seguro a que pertencem ou ainda por sua

ocorrência não ter sido dimensionada no custo do risco. Exemplos:

• Riscos fundamentais;

• Riscos que constituem carteiras específicas;

• Riscos decorrentes de atos ilícitos do segurado, proibidos pelo

Código Civil, única exceção admitida para os riscos de responsabilidade civil.

As exclusões relativas aos riscos que a seguradora não deseja segurar

servem, usualmente, a um ou mais dos seguintes propósitos:

Danos que o segurador considera não seguráveis porque uma ou mais

características de um risco idealmente segurável são seriamente violadas;

Excluir os danos que, tradicionalmente, estariam amparados por outros

contratos, ou que exigem subscrição ou taxação especial;

Baixar o prêmio devido pela proteção contra exposições que seriam

dispendiosas, pela alta freqüência ou pela severidade (custo monetário);

2.3.2 – Prêmio

Verificou-se que o conceito simples de prêmio, conforme destacado por Julio

Cezar Pauzeiro (2008, p.56):

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Prêmio é o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador para que este

assuma o risco objeto do seguro; ou seja, é o custo do seguro. Julio Cesar

Pauzeiro (2008, p.56).

É o pagamento que o segurado ou estipulante faz à companhia seguradora,

para obter direito a indenização na ocorrência de determinado evento.

2.3.3 – Franquia

Identificou-se que a franquia é o valor inicial da importância segurada

até o qual o segurado é o segurador de si próprio. Julio Cezar Pauzeiro (2008,

p.51)

A franquia tem como principal função reduzir o custo dos baixos

sinistros que ocorrem em grande quantidade (alta freqüência), e geralmente

tem custo pequeno (severidade). Julio Cezar Pauzeiro (2008, p.51).

A simples aplicação da franquia em alguns seguros ou ramos de

seguro pode viabilizar a aceitação de determinados riscos.

Julio Cezar Pauzeiro (2008, p.51) destaca que as funções da franquia

são:

• Reduzir as despesas administrativas;

• Excluir as “perdas normais esperadas” (sinistros que são

inerentes à atividade do segurado);

• Reduzir o custo do seguro;

• Estimular a prevenção de perdas.

O valor da franquia pode ser atribuído de várias maneiras, entre elas

como um valor fixo na apólice de seguros ou como um percentual do prejuízo

etc. Julio Cezar Pauzeiro (2008, p.52).

• Franquia básica ou obrigatória

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É a participação compulsória do segurado nos prejuízos advindos de

um sinistro.

É normalmente calculada para proporcionar uma redução no custo do

risco, em função da alta freqüência, porém com pequena severidade, cujo

valore deduzido de todos os prejuízos. É a mais utilizada.

• Franquia Reduzida

Tem seu funcionamento contrário ao da franquia facultativa, ou seja,

geralmente, é encontrada em função da aplicação de um percentual redutor na

franquia básica e consequentemente aumenta o custo do seguro. Em

compensação, diminui a participação financeira do segurado quando da

ocorrência de um possível sinistro.

2.3.4 – Inspeção do Risco

Conforme Julio Cezar Pauzeiro (2008, p.51), a inspeção do risco,

(principalmente) se feita antes da aceitação/tarifação do mesmo, constitui

importante, e muitas vezes o principal, fator de redução/ seleção do risco.

Essa inspeção é feita por vários motivos, principalmente para

determinação da taxa aplicável ao seguro. Em determinados ramos de

seguros há necessidade e obrigatoriedade de uma inspeção ou vistoria prévia

no risco ou riscos a segurar. O técnico que faz a inspeção de risco se chama

inspetor de risco.

O autor informa que a função da inspeção de risco é descrever a

atividade e instalações e/ou objeto a serem segurados, examinar os pontos

críticos, avaliar a exposição ao risco coberto, bem como, em alguns casos,

propor ações e medidas que minimizem a materialização de sinistros.

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2.4 – Sinistro

Julio Cezar Pauzeiro (2008, p.73) define sinistro como a ocorrência de

acontecimento previsto pelo contrato de seguro, de natureza súbita,

involuntária e imprevisível, que causa prejuízo pecuniário ao segurado coberto

pelo seguro, devendo este, então, ser indenizado pela seguradora.

Para que a seguradora tome conhecimento do sinistro, o segurado o

seu beneficiário deverá comunicar a ocorrência do dano ao objeto do seguro

assim que dele tenha conhecimento. Esta comunicação deve ser realizada por

meio do aviso de sinistro e pode ser feita por intermédio de formulário próprio,

por telefone, por internet ou por fax enviado diretamente à seguradora,

preferencialmente pelo próprio segurado. Julio Cezar Pauzeiro (2008, p.73).

O aviso de sinistro deverá conter o maior número possível de

informações que possibilitem à seguradora um amplo entendimento da

ocorrência do sinistro e suas conseqüências, bem como a identificação do

segurado. Julio Cezar Pauzeiro (2008, p.73).

A omissão injustificada da comunicação do sinistro anula o contrato se

a seguradora provar que, oportunamente avisada, teria sido possível evitar ou

atenuar as conseqüências do sinistro. Julio Cezar Pauzeiro (2008, p.73).

Os sinistros podem ser parciais ou totais e podem contemplar uma

simples garantia/cobertura e/ou a conjugação de várias garantias / coberturas

em único evento, bem como podem, ainda, provocar danos corporais, danos

materiais e de responsabilidade, e devem ter seu acontecimento previsto nas

condições contratuais da apólice. Julio Cezar Pauzeiro (2008, p.73).

Para que o segurado faça jus a indenização prevista no contrato de

seguro, deverá estar com o pagamento do prêmio rigorosamente dentro da

data estabelecida para tal fim.

Nos sinistros que provocam danos materiais, são observadas três

etapas: apuração de danos, regulação e liquidação. Julio Cezar Pauzeiro

(2008, p.74).

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Apuração dos Danos

Consiste no levantamento da causa, natureza e extensão das avarias.

Regulação

Na ocorrência de sinistro, é o exame das causas a fim de caracterizar o

ocorrido a fim de caracterizar o risco ocorrido, verificar se o segurado cumpriu

as obrigações contratuais e a verificação dos danos e prejuízos após a

avaliação do regulador de sinistro. É nesta etapa que se define se um sinistro

será um sinistro parcial ou total.

Liquidação

É a etapa final do processo da operação do sinistro, nela que se

processa o pagamento da indenização, quando houver cobertura de seguro na

apólice. Uma vez apurado os danos e concluído o processo com a indenização

os próximos passos são a venda de salvados e quando foi o caso, tentar

ressarcimento contra os causadores de sinistro.

Indenização

O dicionário webster define a indenização como “compensação ou

remuneração por perda ou dano sofrido”. Deste modo, as apólices de seguro

limitam o pagamento por perda ao valor desta perda, sujeita aos limites da

apólice.

Julio Cezar Pauzeiro (2008, p.78) descreve indenização como a

repararação aos prejuízos do sinistro, desde que sejam observadas as

condições estabelecidas no contrato de seguro. A reparação pode ser realizada

por meio de pagamento em dinheiro, de reembolso ou da reposição da coisa

danificada. A indenização não pode ser superior à importância segurada, e

nem ao valor real dos prejuízos, salvo se contratada cobertura específica.

Caso seja previsto na apólice, o sinistro pode ter sua indenização feita

pelo Valor de Novo ou pelo Valor Atual do bem.

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2.5 – Salvados e Ressarcimento

Conforme Julio Cezar Pauzeiro (2008, p.80), os salvados são os

objetos que se consegue resgatar de um sinistro e ainda possui valor

econômico.

Os salvados servem como uma fonte de diminuição da perda sofrida

com a indenização.

O autor relata que o ressarcimento é o reembolso a que a seguradora

tem direito, no caso de uma indenização paga ao segurado, conseqüente de

um evento danoso causado por alguém.

2.6 – Seguros de Automóvel

Varanda (2009, p.49) relata que o seguro de automóvel tem como

objeto os veículos terrestres de propulsão a motor e seus reboques, destinado

a transporte de pessoas, animais ou coisas, dentro do território brasileiro. Nos

seguros de automóveis, são passíveis de cobertura os riscos de colisão,

incêndio, roubo ou furto (total e parcial) e convulsões da natureza.

O autor classifica as coberturas em Automóveis como:

Básicas: Relacionadas diretamente ao veículo;

Adicionais: Utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas básicas, mediante citação expressa na apólice.

No seguro de automóvel, existe uma taxa para cada marca, tipo e

nacionalidade de veículo, além de descontos ou agravações em função do

perfil do segurado e/ou condutor do veículo.

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2.7 – Responsabilidade Civil Facultativa

Varanda (2009, p.49) cita que é comum no mercado, acoplar as apólices

de Seguro de Automóveis esse ramo de seguro, cuja finalidade é reembolsar

ao segurado a indenização paga, consequente de acidentes causados pelo

veículo discriminado na apólice e referente a danos materiais e corporais.

Para o autor, as apólices de Seguro de Automóvel, contratadas com

essa cobertura, deve-se discriminar uma verba para a Responsabilidade Civil

Facultativa de veículos – Danos Materiais e outra verba Responsabilidade

Civil Facultativa de veículos – Danos.

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CAPÍTULO III

VENDAS

3.1 – Vendas de Veículo zero km no Ano de 2009

Verificou-se que a maioria dos veículos 0 km (quilômetro) realiza

seguro e alguns deles já saem das concessionárias com seguro. Apurou-se

ainda que algumas seguradoras elaborem produtos específicos para estes

veículos. Neste capítulo será demonstrado o estudo de caso da empresa Sul

América demonstrando o produto Sul América Auto Zero Km.

Identificou-se junto ao site da FENABRAVE (Federação Nacional da

Distribuição de Veículos Automotores) que a venda de veículos 0 km aumentou

em 2009 e para efeito de cálculo será representado pelo número de

emplacamentos. A referida Federação informa que o segmento de automóveis

apresentou um crescimento de 12,94% nos emplacamentos no ano de 2009

em relação ao ano anterior. O desempenho foi superior aos registrados em

2008 (11,04%). O volume superior durante todo o ano de ano de 2009, com

exceção dos meses de janeiro, fevereiro e abril.

Figura 2: Evolução de emplacamentos Mensais (Fonte: Site FENABRAVE)

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3.2 – Estudo de Caso da Empresa Sul América Seguros

A empresa Sulamérica Seguros e Previdência possui 114 anos de

atuação e trata-se do maior grupo segurador independente do Brasil. A Sul

América foi fundada por Dom Joaquim Sanchez de Larragoiti em dezembro de

1895, que começou a operar no mercado brasileiro lançando diversos produtos

de seguros. Em 2002, o grupo financeiro holandês ING, assumiu 49% das

ações da Sul América Aetna. Em 2005 é inaugurado em São Paulo o primeiro

Centro Automotivo de Super Atendimento (C.A.S. A), que proporciona uma

prestação de serviços diferenciada no segmento de seguros de automóveis.

A SulAmérica lançou em São Paulo, no final de fevereiro de 2007, a

Rádio SulAmérica Trânsito 92,1 FM, que transmite 24 horas por dia, boletins,

notícias e dicas sobre o trânsito da capital paulista e contribuiu para a

consolidação da marca da SulAmérica no maior mercado de seguros do País.

Em 2009, a SulAmérica registro lucro líquido recorde de R$ 419,1

milhões com mais de 6,3 milhões de clientes na carteira.

3.2.1 – Missão e Visão da SulAmérica

A Missão da SulAmérica é “Assegurar proteção financeira e

tranquilidade aos nossos clientes, em uma relação única de agilidade,

confiança e transparência”. Assegurar é tornar seguro. Proteção financeira é o

benefício racional do negócio. Tranquilidade é o benefício emocional. Os

produtos e serviços devem estar associados a esse sentimento. Agilidade é o

compromisso em fazer certo, rápido e com qualidade superior. Transparência

representa o respeito que a empresa tem com nossos clientes. Confiança é a

essência da marca traduzida em: “Leva confiança aonde vai”.

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A Visão da Companhia é “Até 2012, ser a empresa preferida por

clientes e corretores, nos principais mercados em que atua, estando entre as

mais rentáveis”. Em três anos, daremos motivos para que a SulAmérica seja a

primeira escolha de quem queira contratar um seguro, plano de previdência ou

investimento. Reforçaremos os nossos laços históricos com o corretor, de

forma que todos prefiram fazer negócios com a SulAmérica. E não abriremos

mão de crescer de forma consistente, privilegiando a rentabilidade das nossas

operações.

3.2.2 – Produtos comercializados pela SulAmérica

A SulAmérica comercializa diversos produtos que atendem as

necessidades de pessoas (pessoa física) e empresas (pessoa jurídica) que

foram listados abaixo.

Pessoa Física

Auto, Residencial, Investimentos, Capitalização, Vida, Previdência,

Saúde e Odontológico.

Pessoa Jurídica:

Condomínio, SulAmérica Vida Empresa, Vida em Grupo, Previdência,

Saúde e Transporte.

3.2.3 – SulAmérica Auto Zero Km

O Seguro Sulamérica Auto Zero km foi criado para segurar veículos

novos com vantagens especiais, como a cobertura imediata do seu carro logo

após o recebimento da proposta de seguro pela SulAmérica e a indenização do

valor da nota fiscal por um ano.

A cobertura básica do SulAmérica Auto Zero km cobre os danos

parciais ou integrais ao veículo decorrentes de colisão, incêndio, roubo ou furto,

além de danos materiais ou corporais causados a terceiros.

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Entre os serviços oferecidos, têm a Assistência 24 Horas, que presta

socorro a você e ao seu veículo, a qualquer hora do dia ou da noite, em todo o

território nacional e também na Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile.

Na hora do sinistro, a SulAmérica leva o veículo até o C.A.S. A (Centro

Automotivo de Super Atendimento) para que a vistoria seja realizada e depois

encaminha o veículo até a oficina. O C.A.S. A oferece ainda carro reserva por

tempo ilimitado que o cliente retira na hora.

Vantagens e coberturas:

- Indenização do veículo 0 km pelo valor de nota fiscal durante toda a

vigência do seguro;

- Mantém o bônus por até 90 dias, caso esteja aguardando o carro

chegar à fábrica;

- Serviço de Leva e Traz que leva o veículo para a 1ª revisão ou

providencia um táxi caso você mesmo queira levar o carro até a

Concessionária;

- Cobertura imediata do veículo logo após o recebimento da proposta

pela SulAmérica;

- Cobertura gratuita para danos nas lanternas, faróis e retrovisores;

3.2.2 – Correlação do ciclo de serviços com o aumento das

vendas de seguro de automóvel

Verificou-se no capítulo 1 deste estudo no subtópico 1.4 que a

qualidade em serviços é um fator extremamente importante e torna-se

imprescindível a preocupação com a qualidade percebida pelos clientes.

Gianesi e Corrêa (2009, p. 196) destaca que a qualidade em serviços pode ser

definida como o grau em que as expectativas do cliente são

atendidas/excedidas por sua percepção do serviço prestado e Grönroos (1995,

p.89) destaca que a qualidade é produzida localmente nos momentos da hora

da verdade nas interações comprador-vendedor.

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Sendo assim, apurou-se que é necessário oferecer um serviço de

qualidade bem como valores agregados a este serviço para que o cliente tenha

suas necessidades atendidas e no momento de verdade (que é o momento

crítico do ciclo de serviços) este tenha uma boa percepção da empresa/serviço.

Em empresas de seguros, como é o caso da Sul América que foi

analisada no estudo de caso, o momento crítico é a ocorrência do sinistro, pois

é o momento de maior contato do cliente com a seguradora e se aquele não

tiver uma boa impressão não contratará mais vezes.

A figura abaixo representa o ciclo de serviços de seguro de automóvel da

empresa SulAmérica Seguros.

Figura 3: Ciclo de Serviços de Seguro de Automóvel da SulAmérica (Fonte:

Informações colhidas na Intranet da empresa - Portal do Funcionário)

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Etapas do Ciclo de Serviços:

1- Comprar um veículo 0KM – O cliente adquire um veículo de sua

escolha junto a uma concessionária.

2- Pedir ao corretor de seguros que faça cotações em seguradoras -

O cliente procura um corretor de seguros devidamente cadastrado junto à

SUSEP e solicita que o mesmo realize cotação de seguro em várias

seguradoras.

3- Escolher a melhor Cotação-O Cliente decide pela melhor cotação

4- Escolha da cotação da SulAmérica – O Cliente escolhe o seguro

SulAmérica pelos benefícios e por apresentar um seguro específico ao veículo

0km.

5- Envio da Proposta à Seguradora - O corretor envia uma proposta

à seguradora e a mesma possui um prazo de 15 (quinze) dias para aceitá-a ou

recusá-la

6. Aceitação da proposta e emissão da Apólice – A segurada aceita a

proposta com as condições informadas.

7- Reclamação de sinistro de danos materiais – O segurado realiza

um aviso de sinistro comunicando o ocorrido. Trata-se do MOMENTO DA

VERDADE.

6- Acionamento do reboque através da Assistência 24 horas – O

segurado liga para a seguradora para solicitar um reboque

7- O reboque deixa o veículo na oficina credenciada – O reboque

remove o veículo do local do acidente até a oficina.

8- Apuração dos danos através de vistoria no automóvel -

Consistem no levantamento da causa, natureza e extensão das avarias.

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11- Regulação do sinistro – Nesta etapa apura-se o risco ocorrido, se o

segurado cumpriu as obrigações contratuais e a verificação dos danos e

prejuízos após a avaliação do regulador de sinistro. É nesta etapa que se

define se um sinistro será um sinistro parcial ou total.

12- Caracterização de perda total no automóvel – Após a realização da

vistoria, a perda total é caracterizada, pois a dimensão dos danos ultrapassa

75% do valor do veículo.

13- Liquidação do sinistro - É a etapa final do processo da operação do

sinistro, nela que se processa o pagamento da indenização, quando houver

cobertura de seguro na apólice.

14- Indenização do valor do veículo ao segurado - É o momento em

que é creditado o valor da indenização ao segurado.

15- Venda do salvado – É a etapa da vendo dos salvados que são os

objetos que se consegue resgatar de um sinistro e ainda possui valor

econômico.

Destaca-se que a sétima etapa do ciclo, Reclamação de sinistro,

trata-se do momento crítico, ou seja, o momento da verdade. É no momento do

sinistro que o cliente descobre se o serviço é de qualidade.

Apurou-se que a empresa SulAmérica oferece aos seus clientes o

produto/serviço SulAmérica auto 0 km, que foi criado em 2009, que busca

suprir as necessidades de consumidores que adquirem um veículo 0 km.

Conclui-se que um ciclo de serviço pode ser aplicado em uma empresa

privada de seguro de automóvel para garantir o aumento das vendas, pois um

conjunto de serviços bem elaborados e com qualidade proporcionam ao cliente

a percepção que suas necessidades e desejos estão sendo satisfeitos. O

reflexo disso está no aumento das vendas já que a SulAmérica registrou lucro

recorde de 409 milhões em 2009 e o produto Auto 0 km faz parte desse

resultado já que a carteira de Automóvel é a segunda maior a empresa.

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CONCLUSÃO

Este trabalho científico teve por objetivo mostrar a importância do ciclo

de serviços bem como realizar a correlação deste com as vendas de seguro de

automóvel.

A pesquisa bibliográfica foi fator fundamental neste estudo como a

busca em livros, revistas, websites e estudos com o objetivo de aprofundar a

pesquisa.

Foi apresentada a importância de serviços na sociedade demonstrando

que um ciclo de serviços precisa ser bem elaborado, pois neste conjunto de

serviços existe o momento de verdade, que é o momento crítico, segundo a

percepção dos clientes.

Explicou-se ainda as peculiaridades de seguros bem como as

características principais do seguro de automóvel apresentando todas as fases,

desde a compra de um veículo zero quilômetro até a venda do salvado.

Este trabalho também demonstrou a venda de veículos zero quilômetro

no ano de 2009 de acordo com estudo realizado pela FENABRAVE (Federação

Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).

Apresentou-se ainda o estudo de caso da empresa SulAmérica

Seguros que possui um produto/serviços específico para veículos 0 km

(quilômetro) denominado SulAmérica Auto zero quilômetro que possui

benefícios e vantagens agregadas para este tipo de veículo.

Por fim, conclui-se que um ciclo de serviço pode ser aplicado em uma

empresa privada de seguro de automóvel para garantir o aumento das vendas,

pois um conjunto de serviços bem elaborados e com qualidade proporcionam

ao cliente a percepção que suas necessidades e desejos estão sendo

satisfeitos. O reflexo disso está no aumento das vendas já que a SulAmérica

registrou lucro recorde de 409 milhões em 2009 e o produto Auto 0 km faz

parte desse resultado já que a carteira de Automóvel é a segunda maior a

empresa.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

GIANESI E CORREA. Administração Estratégica de Serviços: Operações

para a satisfação do cliente. São Paulo: Atlas, 2009.

GROONROOS, Christian. Gerenciamento e serviços: A competição na hora

da verdade. Rio de Janeiro: Campus, 1993.

KOTLER, Philip. Administração de Marketing. São Paulo: Pearson Prentice

Hall, 2006.

PAUZEIRO, Julio Cezar. Seguro: conceitos, definições e princípios. Rio de

Janeiro: VTN Comunicação, 2008.

VARANDA, José Antonio Menezes. Conceitos básicos de seguros. Rio de

Janeiro: FUNENSEG, 2009.

www.fenabrave.com.br

www.sulamerica.com.br