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Uma sequência de atividades para ensinar (e aprender) inequações

Uma sequência de atividades para ensinar (e aprender ... Ferreira.pdf · No final, apresento algumas considerações sobre o trabalho como um todo e algumas sugestões de leitura

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Adil Ferreira Magalhães

Uma sequência de atividades para ensinar (e aprender) inequações

Ouro Preto | 2014

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© 2014

Universidade Federal de Ouro Preto Instituto de Ciências Exatas e Biológicas|Departamento de Matemática

Programa de Pós-Graduação|Mestrado Profissional em Educação Matemática

Reitor da UFOP | Prof. Dr. Marcone Jamilson Freitas Souza Vice-Reitor | Profª Drª Célia Maria Fernandes Nunes

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E BIOLÓGICAS

Diretora | Profª Drª Raquel do Pilar Machado Vice-Diretora | Profª Drª Fernando Luiz Pereira de Oliveira

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

Pró-Reitor | Prof. Dr. Valdei Lopes de Araújo Pró-Reitor Adjunto | Prof. Dr. André Talvani Pedrosa da Silva

Coordenação | Profª Drª Regina Helena de Oliveira Lino Franchi

MEMBROS

Profª Drª Ana Cristina Ferreira Profª Drª Célia Maria Fernandes Nunes Prof. Dr. Dale William Bean Prof. Dr. Daniel Clark Orey Prof. Dr. Dilhermando Ferreira Campos Prof. Dr. Frederico da Silva Reis Profª Drª Marger da Conceição Ventura

Viana Profª Drª Maria do Carmo Vila Prof. Dr. Milton Rosa Prof. Dr. Plínio Cavalcanti Moreira Profª Drª Regina Helena de Oliveira Lino Franchi Profª Drª TeresinhaFumi Kawasaki

Catalogação: [email protected]

Reprodução proibida Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados

M188s Magalhães, Adil Ferreira.

Uma sequência de atividades para ensinar (e aprender) inequações / Adil

Ferreira Magalhães, Plínio Cavalcanti Moreira - Ouro Preto: UFOP,

2013.

48p.: il. color.; quadros.

ISBN:

1. Matemática - Estudo e ensino. 2. Formação de professores. 3.

Aprendizagem. 4. Inequações. I. Moreira, Plínio Cavalcanti

(Orientador). II. Título.

CDU: 512: 37.02

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“A aprendizagem da matemática ressalta fenômenos

complexos, pois é necessário ao mesmo tempo

levar em conta as exigências científicas

próprias dos conteúdos matemáticos

e o funcionamento cognitivo do

pensamento humano.”

(Raymond Duval)

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Expediente Técnico

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Organização | Adil Ferreira Magalhães

Pesquisa e Redação | Adil Ferreira Magalhães

Projeto Gráfico e Capa | Editora UFOP

Fotos | Adil Ferreira Magalhães

Ilustração | Adil Ferreira Magalhães

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Índice ________________________

Motivação: Prática docente ......................................................................................11

A literatura de pesquisa sobre o tema ......................................................................14

Público- Alvo .............................................................................................................17

A sequência de atividades.........................................................................................18

Atividade 1.................................................................................................................19

Atividade 2.................................................................................................................24

Atividade 3.................................................................................................................27

Atividade 4.................................................................................................................31

Atividade 5.................................................................................................................35

Atividade 6.................................................................................................................39

A título de conclusão.................................................................................................42

Referências...............................................................................................................44

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Apresentação

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Prezados Professores,

Apresento-lhes este material referente ao trabalho com inequações, o qual foi

construído com base em uma pesquisa bibliográfica ampla, e implementado em um

curso de Licenciatura em Matemática da região metropolitana de Belo Horizonte. A

ideia da concepção deste material didático é conectar e integrar, em um mesmo

processo, diferentes possibilidades de atuação didático-pedagógica sobre as

dificuldades na aprendizagem do tema.

Antes, no entanto, vou falar um pouco da minha trajetória pela Educação

Matemática, a fim de situar um pouco melhor o autor do trabalho, a história da

construção desse material e os objetivos pedagógicos e didáticos do próprio

trabalho. Lecionando em cursos de aperfeiçoamento profissional para professores da

educação básica (fundamental e médio), no curso de Licenciatura em Matemática de

uma instituição pública estadual ou diretamente em escolas públicas e particulares

do ensino fundamental e médio, sempre estive motivado, preocupado e atuante

diante das questões da Educação Matemática, buscando soluções para os

problemas trazidos por meus alunos e para os problemas decorrentes das reflexões

críticas que faço sobre a minha prática docente.

Entretanto, os questionamentos foram se tornando mais frequentes e me

propunham reflexões mais exigentes a cada dia de trabalho. Diante desse quadro,

ao ingressar no Mestrado Profissional em Educação Matemática, realizei uma

pesquisa teórica acerca do ensino e da aprendizagem das inequações e construí um

conjunto sequencial de atividades tendo como objetivo principal a retomada do

desenvolvimento do pensamento funcional e algébrico do licenciando. Trabalhei, em

variadas frentes, estabelecendo uma sincronia entre o uso dos conceitos

matemáticos e as técnicas de resolução de inequações, de forma a compor um

sentido para o domínio dessas técnicas a partir de aspectos semânticos e sintáticos.

Diante disso, acredito que a proposta possa trazer contribuições para o

desenvolvimento da formação inicial de futuros professores, levando-os a repensar

criticamente as formas aprendidas na escola básica, criando, talvez, oportunidades

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de construção de caminhos consistentes para o ensino do tema em sua futura

prática profissional.

Este produto educacional é parte de minha dissertação de mestrado “Estudo

das Inequações: contribuições para a formação do professor de matemática na

licenciatura”, que compartilho com vocês, refletindo acerca da condução e do

desenvolvimento das tarefas propostas, sob o ponto de vista do professor e

pesquisador que sou, além de tentar oferecer-lhes algumas sugestões de uso do

material em sala de aula, tanto da escola quanto de cursos de formação de

professores.

Inicialmente, dissertarei de maneira breve sobre minha experiência docente e

a razão que me levou à realização de todo o trabalho no mestrado. Em seguida,

exponho as concepções teóricas que permeiam esse Estudo das Inequações, as

quais foram de grande relevância na construção das atividades propostas. Detalharei

a aplicação das seis atividades desenvolvidas junto a uma turma do 2º período do

curso de Licenciatura em Matemática, na disciplina Funções.

No final, apresento algumas considerações sobre o trabalho como um todo e

algumas sugestões de leitura para os interessados em se aprofundar no estudo

didático do assunto.

Para mais detalhes sobre este trabalho, sugiro o acesso à dissertação na

página do programa de Mestrado Profissional em Educação Matemática da UFOP,

por meio do link

http://www.ppgedmat.ufop.br/index.php?option=com_content&view=article&id=60&Ite

mid=69 ou entrar em contato comigo por meio da Editora UFOP.

Desejo a todos uma leitura agradável!

Adil Ferreira Magalhães

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Motivação: prática docente ________________________

Examinando minha experiência docente, verifico que o tema _ estudo das

inequações _ sempre me deixou intrigado quanto à necessidade de um trabalho

especial visando a seu ensino, uma vez que essas dificuldades de alunos e

professores relativas a ele são perceptíveis mesmo a partir de uma observação

superficial. Estudando o assunto, constatei que as dificuldades provêm de diferentes

fontes. As abordagens usuais no trabalho com as inequações procuram, no geral,

enfatizar as técnicas de resolução, normalmente seguidas dos problemas de

“aplicação”, mas os resultados não são nada encorajadores. Assim, passei a tentar

novas abordagens em que as técnicas de resolução das inequações pudessem fazer

sentido para o aluno. Com isso, esperava que eles pudessem resolvê-las, ao mesmo

tempo em que compreendessem o significado e o alcance dessas resoluções, sendo

capazes de transferi-las, então, para situações novas.

A tentativa de levar os estudantes a entender “os porquês” das técnicas me

conduziu a novas ideias sobre a relação delas com a linguagem matemática, em

particular, com a linguagem e o pensamento algébrico. Em busca desse olhar

teórico, me deparei com o trabalho de Débora Veloso (2012), que me transportou a

uma reflexão mais profunda sobre as possibilidades de uma abordagem centrada no

desenvolvimento desse pensamento. Pude, então, compreender que o pensamento

algébrico pode se desenvolver ao longo de todo o processo de escolarização do

estudante, possibilitando melhor utilização da matemática como ferramenta na

resolução de problemas, na criação de modelos matemáticos, na compreensão de

fórmulas e interpretação de gráficos, enfim na apropriação efetiva da linguagem e

dos conceitos matemáticos fundamentais para a inserção do indivíduo na sociedade

contemporânea.

Assim, encontrei-me diante de um problema pedagógico complicado: uma

familiaridade superficial com o simbolismo pode acarretar a ilusão do aprendizado

matemático, reduzindo-o à pura memorização de regras, mas, ao mesmo tempo, não

ignorarando o papel que esse simbolismo pode ter no processo de desenvolvimento

do pensamento algébrico. No caso das inequações, esse problema pedagógico toma

uma dimensão ampliada porque o estudo é feito em estágios relativamente

avançados de aprendizagem matemática, quando os trabalhos didático-

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pedagógicos, que deveriam ter introduzido o aprendiz no processo de construção e

desenvolvimento do pensamento algébrico, já ficaram para trás, por assim dizer, em

termos do currículo escolar. Fui me convencendo, então, de que a grande dificuldade

no trabalho com as inequações refere-se a uma deficiência global no

desenvolvimento do pensamento algébrico tanto por parte do estudante da escola

como por parte do estudante da Licenciatura em Matemática, o que, em geral, tem

induzido um tratamento do assunto centrado nos procedimentos de resolução

algébrica de inequações. Incluídas nessa deficiência global referida acima, estão as

dificuldades associadas ao precário desenvolvimento do pensamento funcional,

incluindo familiaridade com a ideia de que certos valores dependem de outros,

variam de acordo com a variação de outros. O pensamento funcional, sendo parte do

pensamento algébrico, torna-se especialmente importante no estudo das inequações

porque, entre outros aspectos, a diferenciação do papel da letra como variável ou

como incógnita pode ser crucial.

Assim, desenvolvi este estudo acreditando na possibilidade de enfrentar as

dificuldades de aprendizagem do tema através de um trabalho sistemático de

retomada do desenvolvimento do pensamento funcional e algébrico, trabalhando, em

várias frentes, como mostrarei adiante.

No presente trabalho, apresento primeiramente minhas concepções acerca

do ensino do tema Inequações, derivadas de um estudo da literatura pertinente ao

tema e da minha experiência pessoal no ensino dessa temática, tanto na licenciatura

quanto no Ensino Básico. Em seguida, apresento a proposta de uma sequência de

seis atividades, contendo 20 questões relacionadas com as inequações para que

outros profissionais interessados no assunto e vivenciando dificuldades similares às

que descrevi anteriormente possa utilizar da forma que lhe parecer conveniente e de

acordo com o que as suas condições de exercício da docência permitem. Essa

sequência foi aplicada a um grupo de licenciandos em matemática e as reflexões

acerca da aplicação e dos resultados obtidos são apresentadas também neste texto.

É claro que a partir deste relato o leitor professor poderá realizar as alterações que

achar convenientes e adequadas à sua sala de aula específica. É uma sugestão que

pode contribuir para ampliar as possibilidades de ação do professor e que pode ser

usada tanto em partes inseridas entre aulas (expositivas ou não) sobre o assunto,

como também em sua totalidade, na condição de uma sequência de atividades

propostas para o trabalho em grupo ou individual. Pode ser utilizada também como

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diagnóstica das condições de aprendizagem dos alunos, antes do trabalho com o

tema ou numa experiência de avaliação, após o trabalho didático realizado pelo

docente com seus alunos. É claro que o professor é quem decide, o texto relata a

experiência e espero que ajude aquele docente que busca alternativas de ensino do

tema.

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A literatura de pesquisa sobre o tema

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Ao desenvolver a revisão de literatura, percebemos que muitas pesquisas

relacionadas ao tema tiveram a Teoria dos registros de representação semiótica de

Raymond Duval como referência. Por isso, fazemos uma pequena explanação das

ideias desse autor, a fim de facilitar a compreensão do texto e a avaliação das

potencialidades da proposta a ser apresentada.

Segundo Duval (2003), nos estudos sobre aprendizagem matemática, é

importante levar em consideração as especificidades dessa disciplina em relação às

outras disciplinas escolares e científicas, assim como o funcionamento cognitivo do

pensamento humano. Nesse sentido, o autor entende que o acesso aos objetos

matemáticos se dá fundamentalmente pelas suas representações, uma vez que eles,

em si, são construções mentais. Por exemplo, uma criança pode ver o símbolo 2,

mas não é possível ver o número que esse símbolo representa, pois o número é

uma construção da mente. O mesmo raciocínio pode ser estendido para um

quadrado. Pode-se desenhar uma coisa que leve as pessoas a pensar num

quadrado, mas o desenho é apenas uma representação, não o próprio quadrado

(entendido como um objeto matemático). Dentre outras considerações que

distinguem uma coisa da outra, podemos pensar que as linhas que formam o bordo

do quadrado desenhado têm espessura, quando, no objeto matemático, não têm.

Um aspecto importante na teoria de Duval é a distinção entre dois tipos de

transformação de representações, o tratamento e a conversão. O tratamento se

refere a transformações que se realizam dentro de um mesmo sistema de

representação de um dado objeto, por exemplo, aquelas que usualmente são

realizadas na resolução algébrica de uma inequação:

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4x3 ≥− → 3x – 4 ≥ 15 → 3x ≥ 19 → x

3

19≥ .

Essas transformações que levam ao resultado final foram desenvolvidas

dentro de um mesmo sistema de representação, usando uma linguagem algébrica.

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Já para as conversões, necessitamos de uma mudança no sistema de registro de

representações, como, por exemplo, passar da escrita algébrica da equação de um

círculo à sua representação gráfica.

Por outro lado, Duval observa que o objeto não se identifica completamente

com nenhuma de suas representações, no sentido de que a representação nunca é

exatamente o objeto. Além disso, normalmente, uma determinada representação é

sempre parcial como “substituta” do objeto que representa, portanto é preciso não só

conhecer diferentes representações do objeto a ser apreendido como também ser

capaz de transformar uma representação em outras, tanto dentro de um mesmo

sistema de registro (tratamento), mas, principalmente, no contexto de trânsito entre

diferentes sistemas de registro (conversão). Para que não se perca a “congruência”

em relação ao objeto no decorrer dessas transformações, seria necessário

desenvolver um domínio coordenado dos registros envolvidos, especialmente no

caso das conversões. Nesse sentido, o autor afirma que “se se quer analisar as

dificuldades de aprendizagem em matemática, é preciso estudar prioritariamente a

conversão das representações e não os tratamentos” (DUVAL, 2003, p.30).

Visto isso, observamos que a literatura específica sobre o tema das

inequações, influenciou de modo relevante nosso trabalho, porque foi a partir da

leitura minuciosa dos relatos apresentados na dissertação que construímos a

perspectiva mais ampla, segundo o qual este nosso estudo veio a ser desenvolvido.

As pesquisas relacionadas ao trabalho com as inequações mostraram, basicamente,

que a tendência dominante entre estudantes é restringirem-se ao tratamento

algébrico, não distinguindo adequadamente os procedimentos gerais, utilizados na

resolução de inequações, daqueles procedimentos particulares, utilizados na

resolução de certas equações específicas como as de primeiro grau, por exemplo. A

ênfase é posta, de modo geral, na memorização de regras operacionais, as quais

acabam sendo incorretamente generalizadas, visto que, na maioria das vezes, não

são indiscriminadamente aplicáveis, sendo necessário proceder a algum tipo de

análise para verificar se se adaptam ao caso em questão, o que normalmente não é

feito.

Após essa constatação, colocamo nos a seguinte pergunta: será que uma

abordagem mais ampla, trabalhando globalmente o conjunto das possíveis fontes de

dificuldades de aprendizagem indicadas pela literatura e pela nossa experiência de

sala de aula no trabalho com as inequações, uma abordagem em que se tenta cobrir

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(pelo menos parcialmente e no tempo permitido pelas condições de desenvolvimento

do tema dentro de uma disciplina) as deficiências de desenvolvimento do

pensamento algébrico e funcional dos estudantes da licenciatura, poderia levar a

resultados mais substanciais e mais fortemente evidenciados na aprendizagem do

tema?

Nessa perspectiva, mostraremos adiante o desenvolvimento das atividades

que aplicamos no 2º período de um curso de Licenciatura em Matemática, em uma

disciplina denominada Funções, destacando o impacto do trabalho com essa

sequência de atividades na aprendizagem dos alunos.

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Público- alvo ________________________

A proposta foi desenvolvida com uma turma de 34 alunos do 2º período do

curso de Licenciatura em Matemática, em uma disciplina denominada Funções, de

um instituto superior de educação da rede pública da região metropolitana de Belo

Horizonte, na qual o pesquisador é professor efetivo. Desses 34 alunos, 29

aceitaram participar da pesquisa, embora um desses não tenha efetivamente

participado de nenhuma aula no período em que as atividades foram aplicadas.

Verificamos pela lista de presença dos encontros que 11 estudantes faltaram a

vários encontros, portanto, 12 alunos foram desconsiderados para a coleta de dados;

nesse caso, ficamos com dados referentes a 17 deles.

As atividades foram desenvolvidas no horário regular das aulas e

realizadas em dois momentos: durante os primeiros 40 minutos da aula, os alunos

realizaram as tarefas propostas individualmente. No decorrer dos outros 60 minutos,

eram formados grupos de trabalho visando à socialização dos resultados, confronto

de ideias, discussões e troca de experiências.

Obtivemos a autorização dos alunos para a realização do trabalho e a

identificação de cada estudante, de forma a preservar sua privacidade, foi

substituída por códigos – E1, E2, E3,..., E17.

Segue, então, o desenvolvimento da sequência de atividades.

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A sequência de atividades ________________________

A sequência de atividades – envolvendo inequações – foi desenhada com os

seguintes objetivos:

1. Desenvolver a capacidade de interpretação e uso dos símbolos

matemáticos em vários sistemas de representação, no contexto de leitura de textos

em linguagem natural, algébrica padrão e gráfica, incluindo o trânsito entre elas

(coordenação de registros e conversões com atenção à congruência);

2. Reconhecer e expressar regularidades em determinados contextos

matemáticos (desenvolvimento do pensamento algébrico), particularmente aqueles

associados a situações envolvendo desigualdades numéricas e resolução de

inequações;

3. Construir e interpretar tabelas e gráficos, relacionando-os com as

resoluções de equações e inequações (pensamento funcional, tratamentos e

conversões);

4. Desenvolver a capacidade de analisar situações-problema e

apresentar respostas a questões a elas relacionadas, especialmente no que

concerne à resolução de inequações (resolução de problemas).

Para aplicação da sequência, realizamos inicialmente uma conversa com os

estudantes para explicar-lhes a metodologia de trabalho que iria conduzir o

desenvolvimento das seis atividades. Em cada encontro, folhas com as questões da

tarefa correspondente àquele dia seriam entregues a cada aluno. Ao final desse

primeiro momento, cópias impressas das questões da atividade seriam entregues a

cada grupo. Finalizado o segundo momento, seriam recolhidas as respostas

individuais e dos grupos (uma resposta para cada grupo), as quais seriam anexadas

ao relatório de grupo, postados também comentários das dificuldades encontradas

para realização das tarefas, as estratégias utilizadas, aspectos considerados

importantes das discussões que haviam ocorrido no interior do grupo.

Na próxima seção, descreveremos com detalhes as atividades realizadas.

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Atividade 1 ________________________

A Atividade 1, assim como as outras, foi aplicada seguindo a metodologia

descrita na seção anterior e propôs as seguintes tarefas:

1ª questão: Conversão da linguagem simbólica para linguagem natural e vice-

versa. Leitura de uma expressão algébrica e/ou “tradução” para a linguagem natural,

de modo a facilitar a construção de sentido para os textos algébricos.

FIGURA 1 – Questão 1/Atividade 1 (Q11)

2ª questão: Cálculo ou estimativa do valor numérico de uma expressão

algébrica.

Trabalhar com igualdades e desigualdades no contexto de letras como

variáveis.

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FIGURA 2 – Questão 2/Atividade 1 (Q12)

Ressaltamos que, na segunda questão, os estudantes apresentaram

dificuldades acentuadas nos itens a, b e c, demonstrando equívocos em relação às

estimativas dos cálculos de valor numérico que envolviam desigualdades no

contexto de letras como variáveis, o que não ocorreu quando se tratava do contexto

de letras como incógnitas. As setas da Figura indicam os itens referidos neste

comentário. Sugerimos, nesse caso, que haja intervenção do professor na discussão

dos itens assinalados, para que os estudantes obtenham um desempenho

considerável nessas estimativas, principalmente pelo fato de que nesses itens são

exigidos conceitos importantes para a compreensão de letras como variáveis, dentro

de certo domínio.

3ª questão: Propriedades básicas da ordem nos reais.

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FIGURA 3 – Questão 3/Atividade 1 (Q13)

4ª questão: Relações de ordem, envolvendo igualdades e desigualdades com

potências, números racionais e irracionais.

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FIGURA 4 – Questão 4/Atividade 1(Q14)

5ª questão: Inequações simultâneas, dadas as possíveis soluções. O objetivo

era fixar a ideia do significado da solução: essencialmente, um número é solução e

satisfaz a desigualdade proposta.

FIGURA 5 – Questão 5/Atividade 1(Q15)

6ª questão: Reconhecer que, ao multiplicar os dois membros de uma

desigualdade por número negativo, inverte-se o sentido da desigualdade, num caso

que envolve mais de um “passo”.

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FIGURA 6 – Questão 6/Atividade 1(Q16)

Essa atividade foi utilizada com o objetivo de retomar conceitos básicos para

o desenvolvimento do pensamento algébrico e das propriedades que envolvem

igualdades e desigualdades, além da resolução de inequações de primeiro grau.

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Atividade 2

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Ao iniciamos a aplicação da Atividade 2 os estudantes mostraram-se

comprometidos e desenvolveram os trabalhos normalmente, pois vivenciaram a

metodologia na atividade anterior. Essa atividade propôs as seguintes tarefas:

FIGURA 7 – Questão 1/Atividade 2 (Q21)

1ª questão: Verificação de soluções de inequações, mas dados números e

intervalos. A ideia também era fixar o sentido da solução como números que

satisfazem a inequação, mas com um nível de dificuldade maior, no sentido de testar

todo um intervalo.

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2ª questão: Resolução de problema escrito na linguagem natural, envolvendo

desigualdades, objetivando a tradução para a linguagem simbólica.

FIGURA 8 – Questão 2/Atividade 2 (Q22)

3ª questão: Resolução de questões envolvendo o preenchimento de uma

tabela, estabelecimento da lei da função apresentada por um problema em língua

natural, resolução de equações e inequações de 2º grau. Esperava-se do estudante

dois tipos de resolução: a percepção da regularidade dos valores da tabela ou a

resolução algébrica das equações e inequações.

FIGURA 9 – Questão 3/Atividade 2 (Q23)

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4ª questão: Resolução de inequações a partir de uma situação problema.

Nesse caso, o estudante poderia recorrer à construção de uma tabela, resolver

algebricamente ou simplesmente chegar ao resultado pela análise da natureza

quantitativa da fórmula dada.

FIGURA 10 – Questão 4/Atividade 2 (Q24)

Ressaltamos que a 1ª e a 2ª questão dessa atividade têm o mesmo objetivo

das questões da atividade 1, retomada de conceitos básicos, tanto para o

desenvolvimento do pensamento algébrico quanto para o desenvolvimento de

propriedades importantes na resolução de inequações, além de introduzir uma

situação-problema (questão 2), com o intuito de iniciar a tradução da linguagem

natural para a linguagem algébrica, tônica de todas as outras atividades

subsequentes.

No entanto, lembramos que as questões 3 e 4 dessa atividade foram

inseridas na análise de dados, constituindo algumas das rotas de aprendizagem

apresentadas na dissertação.

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Atividade 3 ________________________

A Atividade 3, composta de três questões, propôs as seguintes tarefas:

1ª questão: Dados fornecidos por uma figura geométrica; noções sobre área

de trapézio; resolução de equações e inequações apresentadas em linguagem

natural e conversão para linguagem algébrica. A construção de um trapézio visava à

inserção de elementos geométricos na realização das atividades.

FIGURA 11 – Questão 1/Atividade 3 (Q31)

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2ª questão: Preenchimento de tabela, reconhecimento da lei geral da função,

resolução de equações e inequações apresentadas em linguagem natural e em

linguagem algébrica, conversão entre elas.

FIGURA 12 - Questão 2/Atividade 3 (Q32)

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3ª questão: Preenchimento de tabela, resolução de inequações de 2º grau,

apresentadas em linguagem natural e em linguagem algébrica; conversão entre

linguagens, letras como incógnitas e como variáveis.

FIGURA 13 – Questão 3/Atividade 3 (Q33)

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Nessa atividade, os estudantes mostram algumas dificuldades na

resolução da terceira questã

Apresentam as conversões da linguagem natural para a algébrica, mas demonstram

desempenho decrescente nos tratamentos algébricos, como podemos observar pelo

registro do Estudante E

FIGURA 14

Sugerimos, neste caso, a intervenção do professor na retomada dos

procedimentos algébricos

Nessa atividade, os estudantes mostram algumas dificuldades na

resolução da terceira questão, cujo tema predominante são inequações de 2º grau.

Apresentam as conversões da linguagem natural para a algébrica, mas demonstram

desempenho decrescente nos tratamentos algébricos, como podemos observar pelo

registro do Estudante E3.

FIGURA 14 – Registro da Questão Q33 - Estudante E3

Sugerimos, neste caso, a intervenção do professor na retomada dos

procedimentos algébricos para resolução de inequações simultâneas de 2º grau.

Nessa atividade, os estudantes mostram algumas dificuldades na

inequações de 2º grau.

Apresentam as conversões da linguagem natural para a algébrica, mas demonstram

desempenho decrescente nos tratamentos algébricos, como podemos observar pelo

Sugerimos, neste caso, a intervenção do professor na retomada dos

resolução de inequações simultâneas de 2º grau.

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Atividade 4 ________________________

A Atividade 4, composta de duas questões, propôs as seguintes tarefas:

1ª questão: Preenchimento de tabela; resolução de inequação de 1º grau;

construção de gráfico; conversão entre linguagem gráfica, algébrica e natural; letras

como incógnitas e como variáveis.

FIGURA 15 – Questão 1/Atividade 4 (Q41)

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2ª questão: Área de um triângulo retângulo em função das medidas dos

catetos; domínio da função; resolução de equações e inequações apresentadas em

linguagem natural; gráfico da função. Nessa questão, foi inserido o elemento

geométrico, relacionando-a com a atividade anterior, mas exigindo o trabalho com

números irracionais.

FIGURA 16 – Questão 2/Atividade 4 (Q42)

Ressaltamos que os alunos obtiveram desempenho muito bom no

desenvolvimento da 1ª questão dessa atividade, mas demonstraram dificuldades na

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resolução de inequações de 2º grau, que apresentaram discriminante inteiro que não

era quadrado perfeito (2ª questão). Entretanto, os estudantes mostraram domínio na

formulação da lei da função Área e na determinação de sua condição de existência.

Outro ponto a ser destacado nessa questão é a tradução da linguagem

algébrica para a linguagem gráfica, referente ao item g da questão 2. Os estudantes,

em sua grande maioria, não apresentaram nenhum registro para esse item. E

quando o fizeram, cometeram alguns equívocos na construção do gráfico como

podemos observar no registro do Estudante E14.

FIGURA 17 – Registro da Questão Q42 – Estudante E14

Sugerimos, nesse caso, a intervenção do professor na retomada dos

procedimentos algébricos na resolução de inequações de 2º grau com

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discriminantes inteiros que não são quadrados perfeitos (enfatizando aproximações)

e da construção de gráficos dentro de um determinado campo de existência.

Entretanto, destacamos o fato de que os alunos apresentam conversões da

língua natural para a algébrica, mas não se sobressaem adequadamente quanto aos

tratamentos algébricos relativos à Função de 2º grau.

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Atividade 5 ________________________

A Atividade 5, composta de três questões, propôs as seguintes tarefas:

1ª questão: Resolução gráfica e algébrica de equações e inequações de 1º

grau; análise comparativa das soluções e elaboração de uma situação problema em

linguagem natural para as situações apresentadas em linguagem gráfica e algébrica.

FIGURA 18 – Questão 1/Atividade 5 (Q51)

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2ª questão: Resolução gráfica e algébrica de equações e inequações de 2º

grau e análise comparativa das soluções.

FIGURA 19 – Questão 2/Atividade 5 (Q52)

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3ª questão: Resolução gráfica e algébrica de equação e inequações

modulares e análise comparativa das soluções.

FIGURA 20 – Questão 2/Atividade 5 (Q53)

Ressaltamos um desempenho muito bom nas resoluções gráficas e

algébricas das equações e inequações apresentadas nas questões dessa atividade.

Entretanto, apresentaram poucos registros nas análises comparativas das soluções

e na elaboração de uma situação problema em linguagem natural, demonstrando

pouco domínio nessa conversão, como podemos observar no registro do Estudante

E3, na página seguinte. O aluno realiza a análise comparativa e não apresenta a

elaboração da situação problema solicitada no item d.

Sugerimos que o professor faça uma intervenção na realização desses itens,

já que essa conversão é fundamental para que a aprendizagem seja concretizada.

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FIGURA 21 – Registro da Questão Q51 – Estudante E3

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Atividade 6 ________________________

A Atividade 6, composta de duas questões, propôs as seguintes tarefas:

1ª questão: Resolução de equações e inequações de 2º grau apresentadas

em linguagem natural. Conversão da linguagem natural para a linguagem algébrica.

Incógnitas e variáveis em equações e inequações de 2º grau.

FIGURA 22 – Questão 1/Atividade 6 (Q61)

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2ª questão: Preenchimento de tabela; representação gráfica de função;

resolução de inequação modular e análise comparativa dos resultados. Uso da

tabela para auxiliar na resolução de inequações.

FIGURA 23 – Questão 2/Atividade 6 (Q62)

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Ressaltamos um desempenho muito bom na 2ª questão dessa atividade.

Entretanto, na análise comparativa dos resultados, os estudantes, em sua grande

maioria, não apresentaram registros. Sugerimos, nesse caso, a intervenção do

professor para a consolidação desse tipo de atividade, pois, há aqui a confirmação

do trânsito entre as diferentes linguagens, indicando avanços na aprendizagem.

Quanto à primeira questão dessa atividade, pudemos verificar pouco

domínio na resolução da equação e inequações de segundo grau, em que

discriminante é inteiro e não é quadrado perfeito. Observamos que os estudantes

iniciam a resolução e não a finalizam como podemos observar no registro do

Estudante E12. O estudante apresentou tentativas cometendo equívocos nos

tratamentos e na tradução algébrica das questões.

FIGURA 24 – Registro da Questão Q61 – Estudante

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A título de conclusão

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O estudo realizado pela aplicação de uma sequência de atividades voltada

para o desenvolvimento do pensamento algébrico, utilizando diferentes linguagens e

representações, teve como objetivo propor reflexões sobre elementos que a

literatura especializada indica como chaves para a compreensão e o uso das

técnicas e dos conceitos relevantes na solução de problemas envolvendo as

inequações.

A análise do processo desenvolvido com os estudantes evidenciou que houve

evolução dos estudantes no reconhecimento do sentido das regras e dos

procedimentos associados ao trato com as desigualdades, assim como na

construção e na interpretação de tabelas e gráficos, conseguindo relacionar,

algumas vezes, os resultados obtidos nesse sistema de representação com os

obtidos em tratamentos dentro da representação algébrica.

Diante disso, acreditamos que as reflexões propostas pelas atividades

contribuíram para o desenvolvimento da formação inicial dos alunos, levando-os a

repensar criticamente as formas aprendidas na escola básica e oferecendo

oportunidade de construção de caminhos mais consistentes de ensino na futura

prática profissional.

No entanto, pudemos identificar também algumas dificuldades apontadas em

outros estudos similares, e que não parecem ter sido ultrapassadas. Nesse sentido,

a grande dificuldade ainda a ser vencida é a forte barreira que se coloca para os

estudantes quando se pede para explicitar, no registro da língua natural, os

procedimentos e os processos dedutivos ou indutivos utilizados por eles nas

resoluções dos problemas. Esse tipo de explicitação, embora realmente difícil, é

importante à medida que desenvolve uma espécie de reflexão meta-analítica sobre

os procedimentos utilizados, permitindo perceber as limitações e as potencialidades

de generalização a outras situações, além de verificar as possíveis incongruências

entre diferentes representações mobilizadas para um mesmo objeto matemático.

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O estudo também nos indicou possibilidades de modificações importantes

nas atividades propostas e na forma com que elas foram realizadas em sala de aula.

Estamos convencidos de que um retorno aos alunos após o término de uma

atividade e antes do início da seguinte é fundamental para que se oportunize algum

tipo de síntese das aprendizagens potenciais proporcionadas pela atividade que

termina e que poderão ser utilizadas com mais propriedade e segurança na que

começa a seguir.

Nesse sentido, as atividades podem ser reorganizadas, tanto em sua

estrutura quanto na dinâmica em sala de aula, sempre de acordo com os objetivos

do decente visando à evolução de seus alunos. Além disso, enfatizamos que a

sequência de atividades propostas poderá ser aplicada de forma diagnóstica,

processual e avaliativa, já que contempla uma diversidade de aspectos importantes

para verificação da aprendizagem do tema.

Por fim, acreditamos que a fundamentação teórica sempre vem enriquecer a

nossa prática docente. Nessa perspectiva, àqueles que acharam relevante nossa

proposta e desejem aprofundar um pouco mais no estudo sobre ensino e

aprendizagem das inequações, recomendamos as leituras dos estudos citadas em

nossas referências.

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da Universidade Federal de Ouro Preto