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Aliança Espírita Evangélica - Fraternidade dos Discípulos de Jesus - Difusão do Espiritismo Religioso Ano XXX - nº 338 Dezembro/2002 É Natal! Uma porta, uma luz e um Natal a Salvo A Aliança em Minas Gerais Reunião Geral Reencontro de Corações Nádia Sanches

Uma porta, uma luz e um Natal a Salvo...2002/12/12  · EXILADOS DA CAPELA (OS) - LOS DESTERRADOS DE CAPELLA(ESPANHOL) O relato de degredo de um grupo de espíritos que vie ram para

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Aliança Espírita

Evangélica -

Fraternidade dos

Discípulos de Jesus -

Difusão do Espiritismo

Religioso

Ano XXX - nº 338

Dezembro/2002

É Natal!Uma porta, uma luze um Natal a Salvo

A Aliança emMinas Gerais

Reunião Geral Reencontro de Corações

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2 O Trevo - Dezembro/02

EDITORA ALIANÇA (LISTA DE PREÇOS)

DiversosFITA DE VÍDEO CASSETE: PASSES E RADIAÇÕESDemonstração dos movimentos dos passes padro-nizados descritos no livro Passes e Radiações..........18,00.DiversosVIVÊNCIA DO ESPIRITISMO RELIGIOSOProgramas da Aliança Espírita Evangélica � Escola deAprendizes do Evangelho, Assistência Espiritual, Cursode Médiuns, Moral Cristã, Mocidades, Caravanas,etc.....................................................................................16,00DiversosCRESCENDO CANTANDO120 músicas cifradas. Brinde: 3 CD�s...........................38,00DiversosCURSO PREPARAÇÃO ENVANGELIZADOR INFANTO-JUVENILUma obra essencial para a preparação e reciclagem deevangelizadores, com todos os fundamentospedagógicos e orientações necessárias à prática na CasaEspírita........................................................................... 18,00DiversosEVANGELIZAÇÃO INFANTIL - PRIMÁRIO A...................28,00EVANGELIZAÇÃO INFANTIL - PRIMÁRIO B ..................28,00EVANGELIZAÇÃO INFANTIL - PRIMÁRIO C ..................26,00Contém aulas, com atividades para a Evangelização In-fantil.DiversosENTENDENDO O ESPIRITISMO.Contém aulas do Curso Básico da Aliança Espírita Evan-gélica................................................................................14,00DiversosINICIAÇÃO ESPÍRITAContém aulas da Escola de Aprendizes do Evange-lho....................................................................................20,00Bezerra de MenezesCOMENTÁRIOS EVANGÉLICOSMensagens do espírito Bezerra de Menezes comentandopassagens evangélicas....................................................12,00Edgard ArmondALMAS AFINS . .A afinidade espiritual através dos milênio.................10,00Edgard ArmondAMOR E JUSTIÇAHistória de uma obsessão. Toda a trama ligandoencarnados e desencarnados.A atuação de um espíritoem busca de vingança, e a cura do obsidiado.............12,00Edgard ArmondCORTINA DO TEMPO (NA)A história de um grupo de iniciados atlantes quesobrevivem ao afundamento da Pequena Atlântida e le-vam seus ensinamentos para o mundo pós-dilúvio........10,00Edgard ArmondDESENVOLVIMENTO MEDIÚNICOA experiência do autor colocada à disposição de todosaqueles que pretendem um desenvolvimento harmonio-so da mediunidade..........................................................8,00Edgard ArmondDUPLA PERSONALIDADE (A)Um caso de dupla personalidade, narrado de forma ro-manceada. As duas vidas de uma jovem, hoje no Brasil eontem na Rússia.............................................................12,00Edgard ArmondESPIRITISMO E A PROXIMA RENOVACAOColetânea de estudos doutrinários..............................16,00Edgard ArmondENQUANTO É TEMPOColetânea de mensagens e artigos doutrinários visando oaprofundamento no estudo de vários assuntos de ordemespiritual..........................................................................14,00Edgard ArmondEXILADOS DA CAPELA (OS) - LOS DESTERRADOS DECAPELLA (ESPANHOL)O relato de degredo de um grupo de espíritos que vieram para o exílio terrestre. Best seller com mais de 190 milexemplares vendidos.....................................................14,00Edgard ArmondFALANDO AO CORAÇÃO E TEXTOS SELECIONADOSColetânea de 6 obras contendo mensagens, instruções eorientações que auxiliam na transformação efetiva doHomem Velho no Homem Novo preconizado por Je-sus....................................................................................12,00Edgard ArmondGUIA DO APRENDIZManual de orientação para o aluno que ingressa no 1ºgrau da iniciação espírita.................................................4,00Edgard ArmondGUIA DO DISCÍPULOManual de orientação para o servidor que ingressa no 3ºgrau da iniciação espírita.................................................2,00Maria Vendrell SpinelliUMA HISTORIA QUASE COMUMAutobiografia romanceada de uma catalã que imigra parao Brasil e faz a Escola de Aprendizes.........................18,00

EDITORA ALIANÇARua Francisca Miquelina, 259 - Bela VistaSão Paulo (SP) - Brasil - CEP 01316-000

tel. (0**11)3105-5894 - fax (0**11)3107-9704e-mail:[email protected]

Edgard ArmondSEARA DO EVANGELHOTemas selecionados de Kardec, Bezerra Cairbar, AndréLuiz, Emmanuel, Ramatis e outros espíritos com mara-vilhosos comentários evangélicos................................10,00Edgard ArmondSEMEADURA I (NA)........................................................12,00SEMEADURA II (NA)......................................................12,00Uma coleção de pequenas informações e instruçõesacerca da Doutrina, evolução, mediunidade, Evangelho,história do pensamento religioso.Edgard ArmondTIRADENTES,MISSIONÁRIOS E TEXTOS SELECIONADOSJuntamente com Salmos (opúsculo) e Pensamentos emProsa e Verso compõem este volume onde o autor re-gistra magistralmente pensamentos edificantes.........10,00Edgard ArmondVERDADES E CONCEITOS (1)........................................10,00VERDADES E CONCEITOS (II)......................................12,00Seleção de artigos contendo assuntos de alto valordoutrinário, além de mensagens de grande motivaçãodirigidas aos trabalhadores do movimento espírita.F. AcquaroneBEZERRA DE MENEZES, O MÉDICO DOS POBRESUm livro completo sobre a vida e a obra do Dr. Bezerra,onde é retratado com clareza o momento histórico emque atuou o �Kardec Brasileiro�, em fins do séculopassado............................................................................12,00Ismael ArmondEDGARD ARMOND, MEU PAIA história do homem que criou as Escolas de Espi-ritismo no Brasil ...........................................................14,00Vladimir ÁvilaDIFERENÇAS NÃO SEPARAMMensagens mediúnicas e comentários evangélicos doEspírito Ranieri..............................................................10,00A. P. BernalHISTÓRIA DO QUADRADINHO (A)Uma verdadeira aula de fraternidade e amor aprendidacom elementos geométricos para a criança aprender sedivertindo. Faixa etária 3 a 6 anos..................................8,00Valentim Lorenzetti CAMINHOS DE LIBERTAÇÃOColetânea de crônicas publicadas pelo autor no jornalFolha da Tarde, de SãoPaulo. Assuntos de interesse geralabordados em linguagem jornalística.........................12,00Sônia M.S. OliveiraPLANETA AZULO espírito Angélica nos traz esta linda história de cida-dania, levando as crianças a meditar sobre a conservaçãoe preservação do planeta................................................ 8,00Maria Helena MattosMARCHAS E CONTRAMARCHASRomance que retrata a realidade da vida, onde o serhumano por sua própria escolha, às vezes, nem sempreescolhe a senda da paz e da verdade, na sua evolução es-piritual.............................................................................10,00Beth MiyashiroFÁBRICA DE PENSAMENTOS (A)O que as crianças pensam sobre si mesmas? Os adultostêm capacidade de entender os pensamentos infantis?Descubra o que uma menininha pensa sobre seu própriopensar.................................................................................6,00Harpas EternasPAI CELESTE (CD ESPECIAL)CD reunindo hinos e preces cantados pelos aprendizesdo Evangelho, além de diversas canções espíritas e espiri-tualistas............................................................................18,00

Edgard ArmondHORA DO APOCALISPSE (A)Mensagens de espíritos de elevada hierarquia (Bezerra,Emmanuel, Gandhi, Ismael, etc.) sobre os momentos detransição para o terceiro milênio.................................12,00Edgard ArmondLENDO E APRENDENDO(COM ÍNDICE REMISSIVO DESEMEADURA I E II)Uma coleção de pequenas informações e instruçõesacerca da Doutrina, evolução, mediunidade, Evangelho,história do pensamento religioso.................................12,00Edgard ArmondLIVRE-ARBÍTRIO (O)Coletânea de 3 opúsculos abordando desde a criação damônada, a sua trajetória evolutiva através dos reinos atéa conquista da razão e a liberdade de escolha pelo ho-mem.................................................................................12,00Edgard ArmondMARGENS DO RIO SAGRADO (ÀS)Um livro que mostra os pontos de concordância entre osensinamentos elevados do Oriente e as práticas da Dou-trina Espírita...................................................................12,00Edgard ArmondMEDIUNIDADE /MEDIUNIDAD (ESPANHOL) Um trata-do completo sobre a faculdade mediúnica, a classificaçãode mediunidade e os métodos de desenvolvimento. Best-seller mais de 120.000 exemplares vendidos..............18,00Edgard ArmondMENSAGENS E INSTRUÇÕESColetânea de mensagens para servidores e discípulos emcomemorações e cerimônias........................................12,00Edgard ArmondPASSES E RADIAÇÕES/PASES Y RADIACIONES (ESPANHOL)Um manual prático para aplicação dos métodos de curaespiritual. Best-seller com mais de 140 mil exemplaresvendidos..........................................................................16,00Edgard ArmondPRÁTICA MEDIÚNICASeis textos abordando a prática mediúnica, evolução depesquisas e descrição dos trabalhos que podem ser reali-zados na Assistência Espiritual..................................16,00Edgard ArmondPSIQUISMO E CROMOTERAPIAExplicações sobre os mecanismos da mente e a aplicaçãodas cores na assistência espiritual, de grande valia paramédiuns e estudiosos da mediunidade.........................8,00Edgard ArmondREDENTOR (O) / EL REDENTOR (ESPANHOL).A vida de Jesus, desde a preparação espiritual paraencarnação do Mestre, até seu sacrifício na cruz.......15,00Edgard ArmondRELEMBRANDO O PASSADOExperiências de trinta anos de trabalho em contato como sofrimento nos planos espiritual e físico................12,00Edgard ArmondRELIGIÕES E FILOSOFIASUm apanhado sobre as principais religiões e filosofias daHumanidade, com destaque para o Espiritismo, querepresenta a confluência da Religião, da Ciência e daFilosofia..........................................................................14,00Edgard ArmondRESPONDENDO E ESCLARECENDOSeleção de mais de 300 perguntas e respostas da seção deesclarecimentos doutrinários sob o título: Esclarecendo,na década de 1970, do jornal espírita O Semeador....12,00SALMOSAs grandes verdades espirituais, de todos os tempos, en-sinando ao homem o caminho da redenção..............12,00

CONDIÇÕES DE VENDA

VALOR DA NOTA FISCAL R$ PRAZO (dias)

150,01 a 300,00 Antecipado300,01 a 600,00 30 dd600,01 a 1.200,00 45 dd

Acima de . 1.200,01 45 dd e 60 ddDistribuidores desconto 50%

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E xpediente N

Número 338 - Dezembro de 2002

Aliança Espírita EvangélicaFraternidade dos Discípulos de JesusDifusão do Espiritismo Religioso

REDAÇÃORua Francisca Miquelina, 259 CEP 01316-000 - São Paulo (SP)Tel. (0**11) 3105-5894Fax (0**11) 3107-9704www.alianca.org.bre-mail: [email protected]

Diretor Geral da Aliança:Eduardo Miyashiro

Editoração: Thais Helena Franco (Clímax Tecnologia:www.climaxtec.com.br)

Conselho Editorial: Azamar Trinda-de, Bianca Murari, Gustavo da Silva, Lenilda Genari, Maria Cândida e Miriam Gomes.

Jornalista Responsável: Rachel Añón

Os conceitos emitidos nos textosassinados são responsabilidade de seusautores. As colaborações enviadas, mesmoas não publicadas, não serão devolvidas. Aredação reserva o direito de publicarsomente o que estiver de acordo com a li-nha editorial de O Trevo, que visa fornecerinformações gerais sobre o movimento espí-rita, relatar o desenvovimento das ativida-des da Aliança Espírita Evangélica e auxi-liar a promover a integração entre os gru-pos. Textos, fotos, ilustrações e outras cola-borações podem ser editados ou alterados afim de serem adequados ao espaço dispo-nível ou ao objetivo do jornal. Eventuaisalterações e edição só serão submetidas aosautores se houver manifestação por escritonesse sentido ao se enviar a colaboração.

A fim de que O Trevo circule naprimeira quinzena de cada mês, serãoavaliados para publicação na próximaedição, os textos, fotos, ilustrações edemais colaborações para o jornal quechegarem à secretaria da Aliança Espí-rita Evangélica até o dia 5 do mês ante-rior. Por exemplo, serão examinados,para eventual publicação em julho, ostextos que chegarem até 5 de junho. Paraa edição de agosto, os que chegarem até5 de julho e, assim, sucessivamente.

E ditorial

O Trevo - Dezembro/02

A Aliança completa 29 anos. E ao ingressar no seu trigésimo anode existência, prepara-se para traçar novos rumos. Lembramos da aulasobre o conceito de vida plena, ao refletirmos que, na jornada da vida,elegemos uma meta - o cume de uma montanha. Lá chegando, avis-tamos outro ponto elevado, e iniciamos nova caminhada. Deduzimosentão que a plenitude da vida não está em alcançar a meta, mas sim nocaminhar incessante.

Na fundação da Aliança Espírita Evangélica, em 1973, o grandedesafio era criar um movimento de apoio mútuo entre centros espíritasbaseado na uniformidade de práticas e num programa padronizado deevangelização, norteado pelas diretrizes traçadas pelo Plano Superiornas décadas de 1940 e 1950.

Atingida a meta, o novo desafio passou a ser a participação co-letiva: atuando de modo regionalizado, bem como planejando e diri-gindo de forma descentralizada. Estas etapas da jornada foram ven-cidas e trouxeram conquistas inequívocas ao nosso movimento. Cen-tenas de casas espíritas, milhares de turmas, dezenas de milhares dealunos e trabalhadores, em cujos coraÁ¦es brilha o sincero desejo deservir, constituem o registro vivo da contribuição da nossa Aliança.

Estacionar é delito grave nas leis divinas. Além disso, comovimos, a plenitude da vida está no caminhar. Portanto, a perguntaimediata e lógica a ser feita é: para onde vamos?

Para buscar quais perguntas devemos nos fazer (tarefa que àsvezes é mais difícil do que buscar as respostas), iniciaremos umprocesso de planejamento estratégico, envolvendo os conselheiros,em dezembro, e os representantes de todos grupos da Aliança, emmarço, na Reunião Geral da Aliança. Além disso, adotamos um temapara a nossa RGA: "A Aliança do Futuro". E rogamos a todos quepossamos, desde já, imaginar o que será a nossa Aliança no amanhã.

O Diretor Geral da Aliança

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EAEDCurso de Dirigentes de Escola

EspecialCarta para o Papai Noel

TrevinhoEu Te Amo...

BiografiaLéon Denis

esta edição

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D iretoria

O Trevo - Dezembro/02

O encontro com a Regional Minas Gerais

A primeira parte foi destinada aoencontro da Diretoria com os mem-bros da regional, enquanto que, apósas 18 horas, ocorreram reuniões espe-cíficas com expositores, FDJ e Evan-gelização Infantil.

Estavam presentes os grupos:Núcleo de Evangelização EspíritaAmor e Caridade de Contagem,Núcleo Kardecista Vida Luz, deTiradentes (toda equipe presente),Centro Espírita Adolfo Bezerra deMenezes, do Rio de Janeiro,Fraternidade Espírita Caminhos paraJesus, de Sete Lagoas, NúcleoEspírita de Evangelização Emma-nuel, de Governador Valadares,Fraternidade Espírita Nosso Lar,Fraternidade Espírita Vinha de Luz eCentro Espírita de EvangelizaçãoMaria de Nazaré, de BeloHorizonte.

Relatos dos Grupos

Núcleo Kardecista Vida Luz:a casa possui Assistência Espi-ritual e Tratamento a distância.Estão em andamento uma turmade Curso Básico e duas de Escolade Aprendizes do Evangelho. Onúcleo também conta com uma bi-blioteca. O centro realiza bazarbeneficente e assistência social,atividades realizadas em conjuntocom grupos de outras religiões dacidade.

Fraternidade Espírita Vinhade Luz: a Assistência Espiritual re-cebe 70 assistidos por semana e contacom o auxílio da Mocidade. Estão emandamento duas turmas de MocidadeEspírita, uma de Curso de Médiuns equatro de EAE, sendo que a 4ª turmapossui 30 alunos.

Fraternidade Espírita Cami-nhos para Jesus: Sete Lagoas, onde

fica a sede do novo centro, estálocalizada a 65 quilômetros de BeloHorizonte. O grupo iniciou uma tur-ma de Curso Básico com oito alunos.Em maio do ano que vem começa aEscola de Aprendizes. Apesar do re-cente início das atividades de Assis-tência Espiritual, a casa já está pe-quena para comportar os assistidos eo grupo está à procura de um espaçomaior. O Caminhos para Jesus teveinício com a mudança do companhei-ro Jeferson, aluno da 3ª turma da F.E.Nosso Lar, da capital mineira, e queestava participando da 12ª turma daEAE. Ele foi transferido para SeteLagoas, e com apoio dos companhei-ros de BH, abriu a nova frente detrabalho.

Grupo Espírita de Evangeliza-ção Emmanuel: funciona no primeiropavimento da sede uma creche, ondesão realizadas reuniões de mães e quepresta apoio social e espiritual semvínculo religioso. Na parte superior,funciona o Centro Espírita, com turmade Mocidade, Assistência Espiritual eEscola de Aprendizes. Destaque paraEvangelização Infantil onde sãoassistidas 180 crianças.

A cidade possui outros dez Cen-tros Espíritas vinculados à FederaçãoEspírita Mineira. Todas atuam demaneira integrada e participativa emdiversos eventos de GovernadorValadares.

Fraternidade Espírita Nosso Lar:a casa completou 15 anos de exis-tência neste ano. A atual diretoria écomposta por jovens companheirosdentro da proposta de renovaçãoconstante, bastante positiva, poisenquanto os companheiros mais ex-perientes dedicam-se ao apoio às de-mais casas desta Regional, deixamseu lugar para os novatos, que sem-pre trazem novas idéias para aper-feiçoar o trabalho. A Assistência

Espiritual atende 70 assistidospor semana e a EvangelizaçãoInfantil recebe de 40 a 50crianças. Estão em andamentoquatro turmas de EAE, alémda 17ª turma de Curso Básico,uma turma de Pré-Mocidade euma de Mocidade Espírita. ONosso Lar conta com livrariae realiza na assistência sociala distribuição de sopa e umtrabalho específico de apoioàs outras Casas Espíritas daRegional.

Centro Espírita de Evan-gelização Maria de Nazaré:estão em andamento três tur-mas de Escola de Aprendizes,

uma de Mocidade Espírita e outra deCurso Básico. Cerca de 30 criançasparticipam da Evangelização Infantil,enquanto a Assistência Espiritualatende 40 assistidos durante asemana. O centro construiu recente-mente um amplo galpão no fundo doterreno (foto), o que permitirá umamelhor distribuição dos trabalhos. Naassistência social realiza trabalhoscom artesanato e, em breve, haverá

A Diretoria da Aliança Espírita Evangélica reuniu-se com dirigentes e representantesdas casas pertencentes à Regional Minas Gerais no dia 12 de outubro, sábado, às 14

horas, na sede do Centro Espírita de Evangelização Maria de Nazaré, em BeloHorizonte. Praticamente todos os grupos da Regional participaram deste momento.

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um curso de informática e bazar. Estáprevisto para janeiro de 2003 o iníciode uma nova Casa Espírita, filhote doMaria de Nazaré, no bairro de VendaNova, em Belo Horizonte. O nomeescolhido é Grupo de Oração, Luz,Paz e Harmonia. Fruto do trabalho deCaravana da 2ª turma de EAE, a novacasa está numa situação inédita nomovimento de Aliança: estácomeçando as atividades com sedeprópria.

Núcleo de Evangelização Espí-rita Amor e Caridade: quatro anosem atividade, iniciou a 4ª turma deCurso Básico e possui três EAEs emandamento, Curso de Médiuns, Es-cola de Pais, uma Pré-Mocidade, bi-blioteca e livraria, além da Assis-tência Espiritual, que recebe atual-mente 30 assistidos. A EvangelizaçãoInfantil está em funcionamento e,recentemente, as crianças participa-ram da promoção Dia Feliz do SESC(Serviço Social do Comércio), resul-tando em uma maior integração entreas famílias das crianças.

Centro Espírita Adolfo Bezer-ra de Menezes: o grupo do Rio deJaneiro vive uma fase de rees-truturação, após passar por momen-tos muito difíceis. Em virtude disto,recebe forte apoio dos companheirosda Regional Minas neste momento. A14ª turma de EAE está em andamentoe a 15ª está prevista para iniciar emjaneiro. A creche, que teve suas ati-vidades interrompidas, voltará às ati-vidades após as obras da reforma dasede. Com essa adaptação, que tam-bém permitirá o atendimento da faixapré-escolar, há planos para que oCentro Espírita mude de local, ceden-do totalmente suas instalações paraas atividades sociais.

A equipe de trabalhadores estáreduzida a oito companheiros, porémeles prosseguem com a AssistênciaEspiritual atendendo cerca de 20 as-sistidos por semana. Os trabalhadoresestão revisando o Curso de Médiuns.

RGA

Foram recebidas 854 inscriçõesaté o momento. Durante a reunião,apresentaram-se decisões tratadas naúltima reunião do CGI (Conselho deGrupos Integrados), realizada em 15

de setembro. Também foram repas-sadas informações referentes ao lo-cal, alojamento, refeições e progra-mação.

Ficou estabelecido que no dia 7de dezembro de 2002, um sábado, osmonitores de todos os módulos daReunião Geral da Aliança estarãoreunidos em São Paulo para apre-sentar um simulado de cada trabalho,com vistas ao planejamento das con-dições de infra-estrutura necessárias.

CGI

Os presentes informaram que ocorreio sonoro referente ao Conselhode Grupos integrado enviado pela se-

cretaria da Aliança no começo do anofoi analisado e compreendido. A im-portância do papel das Casas Conse-lheiras ficou clara e os grupos presen-tes manifestaram interesse em contri-buir com o CGI, mas falta a eles a in-fra-estrutura necessária, uma vez queo deslocamento para São Paulo émais difícil e oneroso. Deverá perma-necer no Conselho a F.E. Nosso Lar,que já é casa conselheira no atualmandato.

Campanha da Biblioteca Espírita

Os companheiros da Diretoriadistribuíram os kits da campanha daBiblioteca, compostos por 32 obrasda Editora Aliança, destinados às ca-sas da Regional Minas Gerais. Osmembros de cada casa informaram oandamento da campanha pelo Brasil,com o envio de quase oito mil fichasde inscrição e manuais para aberturade bibliotecas, endereçadas aos Cen-tros Espíritas.

Mocidade

A companheira Fabiana, coorde-nadora Regional de Mocidade, rea-firmou que a atual prioridade dos co-ordenadores e dirigentes deste traba-lho da Aliança é buscar uma raciona-lização dos eventos gerais, de modo aconciliar a realização de encontros ea manutenção da qualidade do pro-grama de aulas e atividades. Os en-contros de caráter geral deverão sercentralizados numa única data, coin-cidindo com a realização da RGA.

Anualmente deve ser agendadoo Encontro Geral de Dirigentes deTurmas. O último encontro, realizadoem Sorocaba, contou com a expres-siva participação de 180 dirigentes esecretários, tendo como tema a pro-posta "Diferenças não Separam". ARegional Litoral realizou nos mesesde setembro e outubro um curso paradirigentes de Mocidade que teve oapoio das demais regionais na suaorganização.

Evangelização Infantil

O companheiro Gustavo, diretorde Evangelização Infantil (E.I.),comentou a responsabilidade dasCasas Espíritas que possuem o tra-balho dirigido à infância já implan-tado e consolidado, para o crescimen-to do programa dentro do movimentode Aliança. Há poucos anos, esta ati-vidade era feita de forma isolada emcada grupo e não como um compro-misso conjunto de todas os centrospertencentes à EAE. Hoje, todo ogrupo que possui o trabalho de E.I.consolidado será convidado a colabo-rar em sua regional com os que aindanão possuem esta atividade.

Na parte da noite, os compa-nheiros ligados à Evangelização In-fantil reuniram-se para planejar asnovas metas para o setor.

FDJ

Foram relatados os encontros daFraternidade dos Discípulos de Jesusna Regional. O companheiro Paulo,diretor da FDJ, trouxe notícias doprogresso desta atividade em todas asregionais da Aliança. Uma chave pa-ra o êxito dos encontros tem sido o ri-goroso respeito ao clima de fraterni-

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6 O Trevo - Dezembro/02

zação, em que não se busca trazerpessoas para o trabalho, mas forta-lecer cada coração no embate que tra-vam, testemunhando o bem nas lutasdiárias.

Estes companheiros também sereuniram à noite para planejar os no-vos rumos da FDJ na regional.

O Trevo

Eduardo apresentou um resumosobre a participação dos grupos emrelação ao O Trevo.A grande preo-cupação é que hoje 70% das nossasCasas estão recebendo a cota mínima(dez exemplares gratuitos), embora aquantidade de alunos e trabalhadoresdas mesmas supere muitas vezes estenúmero. Notou-se a falta de informa-ções relevantes por parte dos mem-bros o que demonstra a ausência daleitura do jornal.

Dentro de um movimento regio-nalizado e cuja direção é descentra-lizada, O Trevo é elemento funda-mental de ligação e manutenção dasbases do nosso programa. Todos fo-ram incentivados a refletir sobre co-mo nosso jornal pode progredir emqualidade e incentivar sua leitura.

Reunião de Expositores

Às 18h teve início a reunião comos expositores da Regional. Comonas demais ocasiões, foi apresentadoum breve histórico do Curso de For-mação de Expositores e comentou-sea conclusão da fase de reedição dasobras de Edgard Armond, que con-têm subsídios incomparáveis para aadequada vivência da Escola deAprendizes, em seu caráter de inicia-ção espírita e evangélica. Está sendolançada uma nova etapa que é a docrescimento do nível das aulas, com autilização de todo o material produ-zido por Armond. Para concretizareste objetivo, estão sendo convoca-dos os expositores de toda a Aliançapara engajarem-se num programa depesquisa do conjunto bibliográficoauxiliando na produção de uma novaedição do Referências Bibliográficaspara aulas da EAE e do CB.

Implantou-se uma metodologiade trabalho. A companheira Márcia,

E AED

Curso de Dirigentes de Escola deAprendizes e a Escola a Distância

A comissão coordenadora dotrabalho da EAE, ministrada a distân-cia, oferece o texto que se segue, co-mo sugestão de estudo para os cursosde Dirigentes de Escola em salas deaula. É um acréscimo às informaçõesjá contidas no livro Vivência do Espi-ritismo Religioso. Faz-se necessáriorefletirmos sobre o valor desta in-clusão:

- Temos em Aliança uma só Es-cola, uma só programação, logo, tor-na-se indispensável que os dirigentesconheçam todas as modalidades dotrabalho que poderão realizar.

- Mais necessário ainda, que elessaibam como proceder com seus alu-nos que venham a se afastar e que en-caixem, como possível, para o traba-lho, o aluno a distância. Nosso objeti-vo é que nenhuma pessoa perca essapreciosa oportunidade.

Objetivos da EAE

Buscar a renovação do homemem seus sentimentos, pensamentos eatitudes proporcionando experiênciasde seu verdadeiro autoconhecimentoe despertamento de seus ideais divi-nos (Vivência - capítulo 3).

EAE a Distância

Propõe levar esses mesmos ob-jetivos àqueles que, por motivos di-versos, não possam freqüentar umaescola tradicional.

Este trabalho supre uma lacunade nossas atividades, buscando aten-der a recomendação de Jesus: "Idepor todo o Mundo e pregai o Evange-lho a toda criatura (Marcos 16:15)".Exemplificado pelos apóstolos, prin-cipalmente por Paulo de Tarso, atra-vés de suas viagens e epístolas.

Também seguido por Kardec,que realizou amplo trabalho de divul-gação do Cristianismo redivivo - oEspiritismo nascente - utilizando-sede cartas, viagens, imprensa e outrosmeios.

Edgard Armond viabilizou aidéia de Jesus "Ide e Pregai", pelo pro-grama da EAE, deixando ainda a su-gestão de um método para levar aos"confins da Terra" (citação do cap 12,do Guia do Aprendiz). "As Escolasexistentes, como, aliás, já foi previsto(...) promoverão Cursos por Corres-pondência, com instruções conhecidase metódicas enviadas aos interessa-dos pelos meios normais conhecidos,encarregando-se também da apuraçãodos resultados nas épocas próprias".

Estrutura da EAE a Distância

No capítulo 3 do livro Vivênciaencontra-se todo o funcionamento daEAE a Distância. Reforçamos:

Reuniões: a equipe é compostapor três trabalhadores: coordenadordo trabalho, dirigente do(s) aluno(s) esecretário.

Perfil da equipe:idêntico ao dasala de aula. Recomenda-se que ocoordenador do trabalho já tenha di-rigido uma turma de EAE tradicional.

Programa: utiliza-se o mesmoprograma da EAE, porém acrescidode orientações e metodologias pecu-liares ao seu desempenho, constituí-do do guia da EAE a Distância.

Turma: o dirigente determina aquantidade de alunos que pretendeacompanhar, formando assim umaturma heterogênea quanto ao iníciodas aulas, uma vez que as matrículaspodem ser em épocas diferentes. Aexperiência mostra-nos que a quanti-dade ideal de alunos é de no máximodez. O dirigente deve estar compro-metido com essa turma até o términoda Escola.

A formação da turma: a atribui-ção do número da turma deve seguira orientação administrativa da casa.O período de recebimento de matrí-culas é determinado pelo dirigente.Sugerimos que as matrículas sejamencerradas com o prazo de seis meses

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7O Trevo - Dezembro/02

Reencontro de Corações

R GA

Lisane P. de Carvalho - Diretoria de Divulgação Doutrinária

por turma. Desta forma, o dirigente fi-ca livre para encerrar suas atividadesno prazo determinado, disciplinandoassim sua vida pessoal e seu trabalhojunto aos alunos.

Manutenção e despesas

Existem alternativas para diluirou minimizar as despesas para todos.A casa pode destinar uma parcela doseventos; realizar evento específico pa-ra este trabalho; criar um sistema dedoações de livros novos ou usados;

buscar com trabalhadores a existên-cia de alguém que possa fornecer xe-rox gratuito; pedir aos trabalhadoresdoações em selos ou abranger a comu-nidade através de ofícios em papela-rias, gráficas; etc.

Por sua vez, o dirigente deve es-timular no aluno o espírito de colabo-ração, aceitando suas doações e parti-cipação, conscientizando-o que somosum grupo sem fins lucrativos. Com-pete ao dirigente obter do aluno o cum-primento da parte que lhe cabe. As-sim como, avaliar e prover os casos

excepcionais. O que não faz sentido é que a ta-

refa de levar o Evangelho a todos ospovos, seja paralisada ou mesmo pre-judicada por limitações materiais, quepodemos superar se, munidos de boavontade, união na execução da tarefacom o mesmo ideal e confiança naespiritualidade.

Lembrando o nosso mestre: "Pe-di e dar-se-vos-á" (Mateus VII 7-11)ou "Olhai os lírios do campo; não an-deis cuidadosos da vossa vida..."(Mateus VI -l9-21,25-34).

Quando Jesus disse serem os ho-mens "crianças em espírito" nos ca-minhos da evolução, acredito termostrado muitas faces da verdade.

E uma delas diz respeito ao nos-so próprio estado d'alma. Neste casosentimo-nos mesmo como crianças, pu-ras, felizes, quando a alegria jorra denossos corações em ocasiões especiais.

É o que acontece quando os nos-sos ideais nos reúnem anualmentepara que possamos sentir e melhor des-frutar a presença do Mestre em nos-sas vidas, como um maravilhoso pro-grama de renovação e crescimento, as-sentado nas obras de Kardec e estru-turado nas obras de Edgard Armond.

Neste ponto, todos vocês já per-ceberam que estamos falando da Reu-nião Geral da Aliança - nossa RGA,que até o ano passado era realizada noprimeiro final de semana de dezem-bro, no Centro Pastoral Santa Fé, comparticipação limitada a três pessoaspara cada Casa Espírita pertencenteao Movimento de Aliança.

Mas como o tempo passa e as coi-sas mudam, uma reforma no CentroPastoral Santa Fé, transformando osquartos em apartamentos, diminuiusubstancialmente o número de vagasofertadas aos hóspedes de Encontrose Convenções.

Esses fatos levaram o Conselho

da Diretoria a repensar a realização daRGA e empreender as seguintesações:* Procurar um novo local para a pró-

xima Reunião Geral. Após algunslevantamentos foi definido que serána FATEC - Faculdade de Tecno-logia do Estado de São Paulo, lo-calizada na Avenida Tiradentes 709,em São Paulo, quase ao lado da es-tação do metrô Tiradentes.

* Reavaliar o tempo de duração e aocasião para realizar o evento. E foidecidido que será realizado nos diasde Carnaval (a próxima acontecerános dias 1,2,3 e 4 de março de 2003).

* Voltar a fazer reuniões plenágrias.Agora com reunião de abertura nosábado à tarde e encerramento naterça-feira de manhã, nos moldesdas velhas e gostosas reuniões daAliança, que eram realizadas numendereço da avenida 9 de Julho eabertas a todos os que quisessemparticipar, sem necessidade de ins-crição. Tempos maravilhosos quedeixaram saudades e que preci-samos resgatar.

*Ofertar módulos especiais, de as-suntos mais diversos, tais como Li-vrarias e Feira do Livro, Biblio-tecas, Internet, Comunicação So-cial, Exames Espirituais etc.

*Ofertar módulos tradicionais tais

como Mocidade, Evangelizaçãolho,FDJ, Ambiente da Casa Espírita, etc.

*Realizar Cursos para Monitores, quedeverão ser responsáveis pela for-mação de dirigentes dos diferentestrabalhos da Aliança, em suas res-pectivas regionais.

*Buscar nos irmãos de ideal da dinâ-mica São Paulo o espírito de frater-nidade, que deverá abrir as portas deseus lares para receber os irmãos deoutras terras, como hóspedes queridos.

*Selecionar hotéis para os que pre-ferirem ficar juntos, mais à vontade,e próximos do local do evento. As-sim foram escolhidos o NormandieDesign Hotel, na avenida Ipiranga1187 e o Nobilis Hotel, na rua SantaIfigênia 72. São hotéis 4 e 3 estre-las, respectivamente, ficando a diá-ria entre R$ 25 e R$ 20, por pessoa,em quartos duplos ou triplos.

Para encerrar, lembramos quenão mais existe limitação no númerode inscritos para a RGA. Agora, se ocentro desejar, poderá levar todos ostrabalhadores, para realmente seruma oportunidade valiosa de en-contro de corações e crescimento dealmas.

Que Jesus nos proteja e nos pre-pare, para que possamos participar ecolaborar nesta festa de luzes e defraternidade. Sincera ocasião de vi-

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8 O Trevo - Dezembro/02

Reunião Geral da Aliança

Módulos tradicionais:

T1 Ambiente da casa espíritaT2 Assistência espiritualT3 Conceitos de Aliança - prin-

cípios e ideaisT4 Escola de Aprendizes do

EvangelhoT5 Evangelização infantilT6 FDJ - Fraternidade dos Discí-

pulos de JesusT7 Liderança no meio espíritaT8 MediunidadeT9 Mocidade EspíritaT10 Reforma Íntima

Módulos Especiais:

E1 Administração do centro espírita

E2 Apoio ao exteriorE3 Assistência socialE4 Biblioteca espíritaE5 Comunicação socialE6 P3A e cromoterapiaE7 EAE a distânciaE8 Exames espirituaisE9 InternetE10 Sede própria da casa espíritaE11 LivrariaE12 Secretaria do centro espírita

Cursos de formação de monitores

C1 Dirigentes de EAEC2 Dirigentes de EAE a dis-

tânciaC3 Monitores de cursos de

expositoresC4 Dirigentes de mocidadeC5 Evangelizadores da infânciaC6 Dirigentes de cursos de

médiunsC7 Dirigentes de assistência

espiritual

Custo de inscrição individual:R$ 30,00 (trinta reais)Não há limite de inscrições por grupo. Não há necessidade de inscrições para participar das plenárias de abertura e encerramento.

Opções de hospedagem:a) lares dos voluntários das regionais São Paulo e ABCb) hotéis conveniados: diárias: Hotel Normandie (****)= R$25,00; Hotel Nobilis (***)= R$20,00. Todos os quartos com ar-condicionado, frigobar e tv.

Informações:coordenadores das regionais da Aliança ou secretaria da AEE, através do e-mail [email protected] fone (0xx11) 3105-5894As inscrições foram confirmadas através do portal da Aliança na internet (www.alianca.org.br) em novembro. Até

o fechamento desta edição, haviam sido incluídas mais de mil inscrições, restando todavia serem confirmadas amaioria das inscrições da primeira fase.O valor da hospedagem deve ser depositado até o dia 20/12, através de um depósito bancário para cada regional.

Informações básicas

Data: de 1º a 4 de março de 2003Local: FATEC/SP - Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo, à Av. Tiradentes, 709 (junto a estação Tiradentes do Metrô)

Programa:

Data Horário Atividades

01/03/2003 (sábado) 14h30-17h30 Reunião plenária de abertura02/03/2003 (domingo) 09h00-12h00 Sessão de Trabalhos I (10 módulos tradicionais, cursos de formação

de monitores, módulos especiais E1, E2 e E3, reunião do CGI)02/03/2003 (domingo) 14h30-17h30 Sessão de Trabalhos II (10 módulos tradicionais, cursos de formação

de monitores, módulos especiais E4, E5 e E6, reunião de Coorde-nadores Regionais)

03/03/2003 (2ªfeira) 09h00-12h00 Sessão de Trabalhos III (10 módulos tradicionais, cursos de formação de monitores, módulos especiais E7, E8 e E9, AGI - Assembléia de Grupos Integrados)

03/03/2003 (2ªfeira) 14h30-17h30 Sessão de Trabalhos IV (10 módulos tradicionais, cursos de formação de monitores, módulos especiais E10, E11 e E12, reunião do CGI eleito, coord. FDJ, coord. Evangelização Infantil)

04/03/2003 (3ªfeira) 09h00-12h00 Reunião plenária de encerramento

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9O Trevo - Dezembro/02

E AE

Objetivos da Escola de Aprendizes: Evangelização e Reforma Íntima

Taqueo Kusaba - CEAE Genebra

AEAE é um programa organi-zado para proporcionar a vi-vência do Cristianismo como

proposta essencial de aperfeiçoamen-to moral da humanidade por meio dareforma íntima do ser. Busca a reno-vação do homem em seus sentimen-tos, pensamentos e atitudes, propor-cionando-lhe experiências de verda-deiro autoconhecimento e o despertarde ideais divinos.

Não se trata de um curso comohabitualmente se entende a partir dapalavra escola, mas sim de um pro-cesso de iniciação espiritual, baseadono Evangelho de Jesus, entendido co-mo a forma mais pura de vivenciar aproposta religiosa do Espiritismo pa-ra o bem da humanidade (Edgard Ar-mond - Vivência do Espiritismo Reli-gioso).

Fazendo uma breve reflexão so-bre esta definição, o programa orga-nizado da EAE foi estruturado com aorientação da espiritualidade maior erealizado através de Armond com ogrupo de Razin. Assim, a base de ela-boração do programa tem um profun-do sentido espiritual.

A Escola de Aprendizes é umprocesso de iniciação espírita, comseus graus a serem alcançados. O alu-no percorrerá cada etapa para sua as-censão espiritual, descobrindo novosreferenciais e parâmetros na busca doautoconhecimento.

"Não se pode freqüentar esta Es-cola com a idéia frívola de receberum título, mas para dar-se ao serviçodo próximo, atingir o grau de discí-pulo e continuar a viver como qual-quer outra pessoa, porém interessadada vida coletiva, do bem dos seme-lhantes e dos ideais de fraternidadeuniversal, porque as responsabilida-des crescem com o aumento do co-nhecimento" (Armond - Mensagens eInstruções).

Concluindo, o programa de tra-

balho da Aliança Espírita Evangélica,através da EAE, dentro do processoda iniciação espírita, possui dois ob-jetivos a serem alcançados: a reformaíntima e, conseqüentemente, a evan-gelização de seus adeptos.

Evangelização

"Ademais, quando o aprendiz seinscreve na Escola, sabe porque ofaz, e o que deseja é justamente isso:transformar-se moralmente, evange-lizar-se e receber o auxílio para essarealização. Logo, nas primeiras aulasisso é exposto com clareza. Adverte-se que, se a busca não é exatamentea evangelização, nas bases em que aEscola oferece, melhor será não pros-seguir, pois certamente não haveráêxito na freqüência".

Dessa forma, opera-se uma sele-ção dos elementos mais aproveitáveise de maior interesse para a propa-gação da Doutrina.

"A finalidade da Escola, repeti-mos, não é transmitir conhecimentosacadêmicos comuns, mas encaminharo esforço da evangelização dos que aprocuram" (Guia do Aprendiz).

A evangelização é uma decisãopessoal e íntima de cada um, que arealiza de acordo com o seu grau decompreensão. Os testemunhos dadossão frutos da consciência despertada.Nesta fase, a pessoa sente uma imen-sa alegria em servir. Vivenciar esseprocesso nada mais consiste senãoem dar o seu sincero testemunho.

"Pensa a maioria que testemu-nho evangélico é assistir às sessões,dar passes, assistir doentes ou resol-ver dificuldades domésticas quando,na realidade, o problema é outro: é apurificação, a evangelização de cadaum. É o indivíduo mesmo que está emjogo e que representa o interesse cen-tral de todos os movimentos" (IsmaelArmond - Edgard Armond, Meu Pai).

Reforma Íntima

É um processo contínuo de auto-conhecimento de nossa essência es-piritual e, por meio dele, buscamos avivência evangélica. Conseqüen-temente, teremos a nossa transforma-ção na forma de sentir, agir e pensar.

Para promover este autoconhe-cimento é necessária a utilização dosinstrumentos propostos no programa.O aluno fará um mergulho interior,por meio de reflexões, descobrindosuas imperfeições e defeitos que atéentão passavam despercebidos, comotambém potencializar as virtudes quepossui.

Sócrates dizia "conhece-te a timesmo". A auto-análise torna-semais difícil quando estamos sozinhos,mas promovida dentro da EAEpropicia uma oportunidade deconhecer outros pensamentos esentimentos, muitas vezes afins. Oaluno começa a perceber que essasdificuldades até entãoparticularizadas são comuns a todos.De certa forma, propicia alívio e umprocesso de abertura para comparti-lhar as experiências.

O ser humano possui uma visãolimitada das verdades espirituais eainda busca satisfazer-se pelas pai-xões e vícios materiais, o que acar-reta sofrimento. O desespero, a má-goa e outros sentimentos negativospodem ter vários desdobramentos, asaber:a) Sentir culpa ou revolta, sem o

conhecimento das verdades espiri-tuais.

b) Momentos de reflexão em buscade uma saída.

c) Questionar os efeitos e ficar nocampo das hipóteses.

d) Buscar, através da religião, o le-nitivo para suas aflições.

O aluno, ao realizar seu pro-

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10 O Trevo - Dezembro/02

cesso de auto-análise, pode recair emqualquer dos itens acima. Para tanto,o dirigente deve estar sempre atento aestas oscilações nesta fase da vida doaluno, estando sempre à disposiçãopara ouvir, e quando necessário, en-caminhar para as soluções que estãoao alcance da própria casa espírita.

Outra etapa do processo da re-forma íntima é realizada através dotrabalho proposto pelo programa daescola. Estabelece-se assim umanova forma de convívio com os no-vos amigos, promovendo aprendiza-do e operando uma transformação nasua forma de agir em todos os am-bientes de convívio. Mostra-se assimum sentido maior para sua vida, mo-bilizando sua força interior e confian-ça, para expressar sentimentos semmedo de rejeição, aumentando aauto-estima.

A aplicação das ferramentas daEAE para realizar este processo ava-lia os esforços no campo da reformaíntima.

"O intelecto ajuda na reformaíntima, mas não serve para vivê-la.Coloquem o Evangelho acima de tu-do e sigam seus ensinamentos, por-que ele é o mesmo código pelo qualseremos todos julgados após o desen-carne. Escola de Aprendizes do Evan-gelho busca a evangelização com ba-se na reforma íntima e a Fraternidadedos Discípulos de Jesus destina-se aotestemunho pessoal dos ensinamen-tos, considerando que as transforma-ções morais pela reforma íntima e otestemunho em espírito e verdade dosensinamentos são pontos essenciaispara a evolução espiritual dos sereshumanos" (Edgard Armond, MeuPai).

A reforma íntima não é, por-tanto, uma obrigatoriedade impe-riosa, imposta pelo programa da es-cola. "Em nenhuma hipótese o apren-diz estará agindo sob influência coer-citiva, sugestões ou temores, provin-dos do exterior, pois que a Escola nãolhe exige algo que não queira ou nãopossa fazer, forçando o seu livre arbí-trio; e tudo quanto ela solicita é ne-cessário e útil ao seu progresso espi-ritual, para o qual, livre e espontanea-mente ingressou em seus quadros"

(Guia do Aprendiz).Portanto, cabe ao dirigente apli-

car os instrumentos que auxiliem esteprocesso, aferindo conscientementeos resultados obtidos pelo mesmo,sem concessões ou privilégios duran-te a avaliação de nota, e nem aviltaras regras deste processo por ocasiãodo exame espiritual.

O dirigente tem a responsabili-dade de orientar e encaminhar o alu-no aos esforços na transformação dohomem velho para o homem novo. Odirigente não faz a reforma íntima pe-lo aluno, mas o resultado desta cabeúnica e exclusivamente ao aluno.

"Um dia somente de esforçoíntimo e sincero de aperfeiçoamentomoral, com base no Evangelho de Je-sus, liberta o aprendiz mais depressadas inferioridades que o dominavam,que centenas de dias de freqüênciainócua ou conduta morna e estéril,em trabalhos exteriores, sem reper-cussão no campo interno e na almados necessitados" (Mensagens e Ins-truções).

Além das referências acima, re-comendamos também a leitura de oEvangelho Segundo o Espiritismo,Capítulo XVII : O Dever. É uma re-flexão sobre o trabalho moral. Pelotestemunho e pelo trabalho podemosentender o processo da reforma ínti-ma, fortalecendo-nos. Sentimos maisconfiança para assimilar as ocorrên-cias do dia-a-dia com mais sereni-dade, fé, e amor ao nosso próximo,apurando o nosso aperfeiçoamento.

A auto-análise não deve ser feitacom cobranças, culpas, fracassosporque ninguém cobra os resultadosobtidos, a não ser por ocasião do exa-me espiritual aonde é feita uma aná-lise, avaliação das conquistas dosadeptos, como todo e qualquer pro-cesso de caráter iniciático.

O entendimento deste processoleva a compreendermos melhor onosso semelhante, avaliando a nossaprógpria ação, reação, percepção danossa deficiência, dos sentimentos,procurando assim elevarmos o nossopróprio entendimento.

Na aula Introdução ao Processode Reforma Íntima, o dirigente en-contrará referências de alguns dos

Nova SedeA Sociedade Beneficente

Espírita Alvorada Cristã com-partilha com os companheiros daAliança a construção de sua no-va sede, em Cordeirópolis, inte-rior de São Paulo. Com mais es-paço, o grupo pretende ampliaros atendimentos tanto dostrabalhos de assistência social,quanto da Evangelização Infantile área de cursos.

O endereço é rua da Sauda-de, 300, Vila Barbosa.

* O CEAE Barretos abriusua primeira turma de MocidadeEspírita. Todos os sábados, às16h. Informações com Adriano,na sede do grupo.

* Conheça o site da Socie-dade Espírita Reviver:

www.sereviver.hpg.com.br

assuntos a serem abordados, constan-tes na apostila da Iniciação Espírita.

Em função da própria rotativi-dade dos participantes, peculiar nestafase inicial da escola, além dos itenspropostos na apostila, como sugestãopoderá mencionar os seguintes as-pectos: breve abordagem do processoda Iniciação Espírita e dos seus grause os objetivos da EAE (reforma ín-tima e evangelização); o processo dereconhecimento dos sentimentos,defeitos ou vícios, potencializando asvirtudes; os instrumentos da reformaíntima a serem implementados du-rante a escola; a responsabilidade doconhecimento (estudo/leitura), e dotrabalho a abraçar; avaliação dos re-sultados da reforma íntima em rela-ção ao exame espiritual.

Outros temas para abordagempodem ser consultados no livro Ma-nual Prático do Espírita, de Ney

"Deus nos concede o privilégiode trabalhar, a fim de agir por nósmesmos, e para que tenhamos a bên-ção de substituir aqueles que aindanão entendem a felicidade de trabalhar"

Emmanuel

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11O Trevo - Dezembro/02

A rtigos

Personalismo no Movimento Espírita

Ana Suely - Casa Evangélica CáritasEdna Maria Dourado - C.E. Jesus de Nazaré

Jorge Luiz A.Cardoso - C.E. Caminhos de

É comum em nosso meio de atua-ção, com o entusiasmo de bem de-senvolver um novo trabalho, não ob-servarmos certos aspectos que levama enfraquecer o principal objetivo denossa causa, que é a divulgação doEvangelho de Jesus através da Dou-trina Espírita. Talvez seja o perso-nalismo um desses aspectos que maisimpacto têm em nossas tarefas. De-vemos estar sempre atentos paraevitar cair nas armadilhas provocadaspor ele, uma vez que é comum nospegarmos realizando sozinhos umatarefa por acreditar que nosso enfo-que é o correto, impedindo que ou-tros contribuam para o crescimentodo trabalho. Isto gera nos demais umcomodismo capaz de alimentar senti-mentos de incapacidade, além decontribuir para a formação de "mitos"dentro do nosso movimento de Alian-ça.

Kardec, por ocasião de suas via-gens, que contribuíram para a difusãoda Doutrina Espírita, em discurso naBélgica, recordava o que dissera emLyon em 1861: "Vale mais, pois,existir em uma cidade 100 grupos de10 a 20 crentes, onde nenhum se ar-rogue o domínio sobre os demais, doque uma sociedade que a todos en-globasse. Tal fracionamento em nadapode prejudicar a unidade dos prin-cípios, já que a bandeira é uma só eque todos se encaminham para omesmo objetivo" (1).

A idéia principal do codificadoré que o grande número de núcleos,com certeza, traz mais contribuiçãoporque abrange maior quantidade depessoas e lugares, proporcionando,assim, uma rápida difusão da Dou-trina.

Um outro aspecto que deve serrefletido é quando Kardec diz, emacréscimo à idéia principal: "Ondenenhum se arrogue em domínio sobreos demais". Trazendo esta afirmativa

para o contexto de nossa análise, di-ríamos que Kardec alerta contra osmales do personalismo e ao mesmotempo, sinaliza para que em qualquertrabalho abraçado, seja ele empreen-dido por uma pessoa ou equipe, este-jamos sempre abertos à contribuiçãode todos. Agindo desta forma, tam-bém estaremos contribuindo a nãoalimentar a criação de uma figuracentralizadora.

Em nosso movimento de Alian-ça, o qual se realiza através de nossaprogramação, encontramos a execu-ção da idéia de Allan Kardec quandoEdgard Armond propõe uma Casaem cada esquina (2). E quandoafirma ser o discípulo, o fazedor deobras (3). Por outro lado, narealização de certos trabalhos, essaproposta nem sempre se verifica,pois, às vezes detectam-se trabalhossendo empreendidos por uma sópessoa ou grupo por um longoperíodo de tempo, contrariandoassim, os princípios que acabamos decitar.

Diante da situação, o que deve-ríamos fazer então? Nossa sugestão éque deveríamos passar em revistanossas posições e verificar se esta-mos agindo da forma proposta porKardec, ou melhor: *Se estamos nos dedicando mais aos

assuntos pertinentes a todo o movi-mento, participando mais das ativi-dades da Regional

*Se estamos verdadeiramente engaja-dos e lutando pela causa.

*Se estamos lutando contra o nossocomodismo, servindo mais, dimi-nuindo sobrecargas naqueles queestão à frente dos trabalhos, divi-dindo assim, as responsabilidadespara com o movimento.

*Se quando estamos empreendendouma nova tarefa, estamos formandoequipes, ensinando outros, dando

Caro companheiro/a e leitor,gostaríamos de conhecer seu ponto devista a respeito deste assunto. Paraisto, você poderá enviar seus comen-tários para o e-mail:

[email protected]

oportunidades a todos de participa-ção, enfim, mostrando que não es-tamos buscando realizar sozinhos atarefa em pauta.*Se como trabalhadores da Seara deJesus, não estamos perdendo o ru-mo de nossa reforma íntima perma-necendo firmes no combate aosnossos vícios e defeitos.

O Espírito Hamed, em Além doHorizonte, também nos alerta sobre otema: "O Espiritismo suprimiu o per-sonalismo e ensinou-nos a ligaçãodireta da criatura com Deus, dispen-sando intermediações e restituindo aohomem a visão de que o Criador de-seja que sejamos co-criadores, nãoaduladores ou escravos "(4).

A Aliança é um poderoso ins-trumento de evangelização para to-dos os encarnados neste períododifícil de transição que nosso planetaatravessa. Contribuir com este ins-trumento é tarefa que exige disci-plina, empenho e determinação. Semestes ingredientes, certamente nãochegaremos a bom termo na tarefa aque nos propomos. Lembremos sem-pre que o Evangelho, acima de tudo,nos concita à ação e não à inércia.

Fontes:1. Entendendo o Espiritismo; Cap.3,Item 3.1 pg.412. Vivência do Espiritismo Religioso;Multiplicação de Centros Espíritas -Um Aprendiz, pg. 248.3.Guia do Discípulo; Sentido e Fins dapreparação, pg. 06.4. Além do Horizonte, pg. 22 -

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12 O Trevo - Dezembro/02

O Decálogo e a evolução da Humanidade

Cecilia Simões Costa Montesanti - G.E

Há aproximadamente 3.400anos, Moisés libertou o povo hebreudo cativeiro do Egito, conduzindo-oà Canaã, a terra prometida, atravésde longa peregrinação pelo desertoconforme narração bíblica. Naregião do Sinai, no sopé do MonteHoreb, os judeus receberam direta-mente de Yahweh, o Senhor, os DezMandamentos, os quais constituema espinha dorsal da tradição judaico-cristã.

A história deste povoconfunde-se com a nossa, à medidaque, para nos livrarmos das amarrasque nos escravizam e encontrarmosa idealizada Canaã, percorremos osmesmos caminhos áridos, nosmeandros dos desertos interiores denossos seres.

As imperfeições que trazemosem nossa bagagem, herança por nósmesmos transmitidas, inseridas nosregistros da consciência, represen-tam a servidão maior. Afirmar quesomos escravos de nós mesmos éparadoxal, no entanto, as coisas to-mam forma ao indagarmos o seguin-te: o que estamos fazendo do nossolivre arbítrio?

A compreensão de Deus, na in-fância espiritual de um povo, adap-tou-se ao modelo de rigidez do Paicom presença marcante, a fim de as-severar, nortear, ajustar. É neste sen-tido que o Decálogo veio coibir pormeio de regras, condutas conside-radas reprováveis, estruturandoaquela sociedade num padrão de com-portamento desejável ao nível dematuridade da época.

De lá para cá, a humanidademuito evoluiu no aspecto intelectual,entretanto, os valores éticos, moraise espirituais, ficaram muito aquémdas expectativas aspiradas. Onde foique nos desviamos do caminho? Tal-vez com a supervalorização do ego,uma vez que é o limitador da cons-

ciência à vida individual, vista comoseparada da vida infinita.

O ego não reverencia ninguéma não ser a si mesmo. Até que com-preendamos que nosso maior ini-migo é o próprio ego, continuare-mos a caminhar em círculos. Oegoísmo nos leva a todas as formasde separação, seja em relação a nósmesmos, seja pelo meio que nos cer-ca, mas principalmente em relação aDeus.

Felizmente, como o Pai jamaisabandona seus filhos, de tempos emtempos somos agraciados com a pre-sença de seres iluminados, os "Ava-tares". Com a missão de auxiliar oimpulso do progresso da humanida-de despertam as consciências ador-mecidas na escuridão da noite.

Há 2002 anos, a luz de JesusCristo envolveu nosso orbe nobrilho dos seus ensinamentos sobreo amor universal, exemplificando demaneira terna, pura e humilde,porém corajosa, o valor do perdão eda caridade. Sintetizou o Decálogona lei do amor. A humanidade rece-beu conhecimentos de verdadeseternas, para que pudesse chegar àfase adulta de seu processo evolu-tivo, deixando para trás a infânciaespiritual.

Entramos no século XXI, numaera em que necessitaríamos ter al-cançado patamares mais elevados deassimilação dessas verdades. O co-nhecimento deveria ser utilizado pa-ra o desenvolvimento de valores maisnobres, como a integridade, a verda-de, a fraternidade, a justiça e, acimade tudo, a paz.

É lastimável assistir o que sepassa no cenário da Terra, onde amiséria, a violência, a destruição, ospreconceitos de todas as formas sãoas estrelas principais. A atmosferamental que envolve o planeta vibraem padrões inferiores, os quais nos

Na proporção em que nos despimos dos defeitos e vícios, a transformação de homem-velho para homem-novo se consolidará

acarretam conseqüências dolorosas.Quando somos colocados face a facecom essas conseqüências nefastasdos próprios pensamentos, senti-mentos e ações, desejamos evitar osofrimento ou, pelo menos, diminuí-lo.

A humanidade precisou chegara esse estado de coisas para tornar aprocurar aquilo que havia esqueci-do? A Doutrina Espírita veio reacen-der a luz dos ensinamentos de Jesus,despertando no mais íntimo das cria-turas as virtudes divinas, com umanova proposta que encontra-se em-basada não só na filosofia e religião,como também no conhecimento,conduzindo-nos a uma renovaçãointegral. O mundo carecia desta união,uma vez que ciência e religião ca-minhavam em direções opostas.

Na proporção em que nos des-pimos dos defeitos e vícios, que tan-to nos afastam do verdadeiro objeti-vo, a transformação de homem-ve-lho para homem-novo se consolidará.

Cabe a cada um de nós colabo-rar para que essa transformação seopere em dimensões cada vez maisabrangentes.

Podemos auxiliar a modificaras condições vibratórias, se colocar-mos em movimento influênciasopostas. Essas forças estimularão nahumanidade novas intuições, novospensamentos, novos sentimentos enovos ideais.

Aí sim, abrir-se-á verdadeira-mente uma nova era, comparável àque se iniciou com a vinda do Cris-to. O impulso trará a ciência parajunto da religião e assim, ambas pu-rificadas e vitalizadas orientarão ahumanidade para uma vida melhor emais verdadeira. E finalmente, usu-fruiremos da autêntica felicidade re-servada ao espírito que, tendo atin-gido certo grau de maturidade, sa-berá usar sua Mente Criativa na

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13O Trevo - Dezembro/02

E special

Carta para o Papai Noel

Bianca Silvello Murari - C.E. Fraternidade do Ipiranga

Caro Papai Noel,

Parece que foi ontem quando des-cobri que você não existia... Devia teruns cinco ou seis anos e, na euforiade compartilhar os planos de final deano com as amiguinhas da escola,percebi um olhar estranho que partiade uma delas. Naquela época, nãosabia que aquele era um olhar irô-nico, mas entendi que falara algo quenão caíra bem.

A menina da careta irônica es-tava uma ou duas séries à frente daminha e era de se esperar, dentro daminha lógica de pré-escola, que elasoubesse muito mais que eu. Ela fa-lou de uma vez, entre uma colheradae outra de gelatina, que aquela his-tória de Papai Noel era pura invençãodos pais. Em outras palavras, que mecustaram uma ou duas noites de sonoinquieto, ela me disse que Papai Noelnão existia, com todas as letras, semrodeio, nem receio.

Não vou dizer que meu mundoacabou naquele dia, mas rolou um es-tranhamento. Faltavam ainda algumassemanas para o Natal, que não foramsuficientes para me fazer esqueceraquela simples careta. Já havia pedi-do o meu presente a você, então, erasó esperar. Nunca fui de escrever car-tas, mesmo sabendo de colegas que ofaziam. O pedido era feito aos meuspais, que até então, sempre haviam seencarregado de fazê-lo chegar até você.

Na véspera, depois da festa, comtodos aqueles comes e bebes típicos,músicas natalinas, filmes de Papai Noelna TV e aquele suspense difícil deagüentar, como se nossa vida depen-desse daquela passagem do dia 24 pa-ra o dia 25, tive de me segurar paranão pegar no sono. Todos já haviam sedeitado, apenas a árvore permaneciaali na sala, altiva, elegante, piscandoao menor gesto. Os adultos insistiamque Papai Noel só apareceria depoisdas crianças dormirem. Não havia co-mo escapar a esse argumento.

E naquele ano tudo aconteceu

mais uma vez, com a simples dife-rença que Papai Noel transformara-seem papai e mamãe encaixando ospresentes debaixo da árvore.

Desde então, meus Natais foramganhando novo aspecto a cada ano.Ainda participei da farsa por unsanos, enquanto meu irmão e uma pri-ma permaneciam encantados. Mas,pouco a pouco, a idéia que eu faziade Natal foi mudando, e talvez hojePapai Noel seja uma figura mais realdo que naquela época.

O encantamento com os presen-

tes e os brinquedos ainda durou mui-tos anos, mas as comemorações fo-ram ficando mais familiares, aconche-gantes. Lembro-me de nos reunirmospara ensaiar alguma música de Natal.À meia-noite, fazíamos uma oração.Também eram comuns, na época nata-lina, as apresentações de teatro sobreo nascimento de Jesus na Evangeli-zação Infantil, as histórias que líamossobre sua vida, os filmes que o tra-ziam entre os pobres, humildes e es-tropiados, culminando com a cruci-ficação infame.

Claro que o caráter festivo nãose perdeu nas nossas comemorações,mas o Natal foi adquirindo um aspec-to místico, iluminado e envolvente.

Jesus era mais presente, as pessoasestavam mais presentes. Mesmoenfrentando as filas nas lojas, des-lumbrando-nos com os enfeites e asluzinhas pela cidade e pensando numprato especial para a noite de Natal,tudo isso não tinha o mesmo brilhonão fosse o nascimento do meninoJesus.

Por muitos anos, ele foi paramim o menino Jesus, mas não tardouque eu crescesse e passasse a encará-lo como um grande amigo. Durante aMocidade, ele se tornou Mestre e,hoje, já é luz, para mim e toda ahumanidade.

Mas por que estou escrevendoisso para você? Porque você é aqueleque ouve nossos pedidos de Natal...

Com o passar do tempo, minhasconversas com você também muda-ram. Meus pedidos já não fazem osolhos brilharem com a facilidade dosdesejos infantis, meus presentes nãocabem debaixo da árvore e o espíritonatalino não inspira meu coraçãoapenas no Natal.

Ouvir que você não existia foi,de alguma forma, dando-me força pa-ra acreditar que o contrário soavamais verdadeiro. Deslumbrar-me comos enfeites e o clima natalino ajudou-me a apreciar o belo, o singelo, ossorrisos. Aguardar com ansiedade apassagem do dia 24 para o dia 25ensinou-me a sondar meu próprio co-ração, estendendo o espírito natalinoao convívio com as pessoas queridasde todos os dias.

Escrevo para pedir que o encan-to do Natal continue renovando-se acada ano. Que eu possa ser a caixacom laço de fita a tirar um sorriso dorosto sapeca de uma criança; o abraçoapertado no amigo saudoso; o "muitoobrigada" em resposta à atitude ofer-tada sem muito zelo; o beijo de boanoite ao familiar cansado; a precesentida ao companheiro distante. Queeu possa ser o presente mais presente,Papai Noel! Que todos os dias sejamum pouco Natal!

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Prece a Jesus

Senhor Jesus!Recordando-te a vinda, quando te exaltaste na manjedoura por luz nas trevas, vimos pedir-

-te a bênção.Releva, se muitos de nós trazemos saudade e cansaço, assombro e aflição quando nos en-

volves em torrentes de alegria.Sabes, senhor, que temos escalado culminância... Possuímos cultura e riquezas, tesouros e

palácios, máquinas que estudam as constelações e engenhos que voam no espaço! Falamos de ti,de ti que volveste dos continentes celestes em socorro dos que choram na poeira do mundo. Notopo dos altos edifícios amontoamos conforto sem coragem de estender os braços aos compa-nheiros que recolhias no chão...

Destacamos a excelência de teus ensinos, agarrados ao supérfluo, esquecidos de que nãoguardaste uma pedra em que repousar a cabeça; e, ainda agora, quando comemoramos o nata-lício, louvamos-te o nome, em torno da mesa farta, trancando inconscientemente as portas do co-

ração aos que se arrastam na rua!Nunca tivemos, como agora, tanta abastança e tanta penúria, tanta inteligência e tanta discórdia! Tanto contraste

doloroso, Mestre, tão só por olvidarmos que ninguém é feliz sem a felicidade dos outros...Desprezamos a sinceridade e, calmos na ilusão, estamos ricos de ciência e pobres de amor. É por isso que, em te

lembrando a humildade, nós te rogamos para que nos perdoe e nos ame ainda... Se algo pudermos suplicar, além disso,desculpa o nada que te ofertamos, em troca do tudo que nos dá e faz-nos mais simples!...

Enquanto o Natal renova, restaurando-nos a esperança, derrama o bálsamo da tua bondade sobre as nossas preces edeixa, senhor, que venhamos a ouvir de novo, entre lágrimas de júbilo, que nos vertem a alma a sublime canção que oscéus te glorificam o berço de palha, ao clarão das estrelas:

"Glória a Deus nas alturas, paz na Terra, boa vontade para com os homens!"

Mônica Zamana Sakamoto - C.E. Caminhos de Libertação

14 O Trevo - Dezembro/02

E special

Uma porta, uma luz e um Natal a salvo

Ubiraci de Souza Leal / C.E. Irmão Alfredo

Era um dia de esperanças, defestas, de confraternização, de en-contro com os entes queridos.

Nossas ansiedades estavam vol-tadas para a ceia da noite com nos-sos familiares. Presentes seriam tro-cados, faríamos a nossa refeição,brincaríamos e cantaríamos felizesno nosso mundo.

Era véspera de Natal, por issoaquela não era uma quarta-feira co-mo outra qualquer. Ao meio-dia des-pedimo-nos de nossos colegas detrabalho, desejando felicidades e um"até sexta", porque não emendaría-mos o feriado com o fim de semana.

À tarde, aproveitamos paracomprar os presentes que faltavam.

Mas alguma coisa não haviamudado: o trabalho na casa espírita.Lá, era uma quarta-feira como outra

qualquer. Lá, estaria o plano espi-ritual com seus inúmeros colabora-dores, além dos trabalhadores en-carnados (é o que esperávamos).Mas será que iriam assistidos?

Provavelmente não haveria ne-nhum assistido. Se houvessem, semdúvida alguns trabalhadores supri-riam as necessidades. Afinal de con-tas, trabalhamos o ano inteiro e umafaltinha não teria muita importância.

Mas e as minhas obrigaçõesfirmadas com o Plano Espiritual?Bem, pontualmente às 19h30 estavaeu no centro. A festa ficaria paramais tarde.

Dos 15 trabalhadores rotinei-ros, apenas cinco apareceram, o su-ficiente para os trabalhos da câmarade passes.

Planejamos fazer todas as ati-

vidades até a preleção e, em seguida,o preletor iria para a câmaratambém, isso se aparecessem assis-tidos, o que continuávamos duvi-dando.

Às 20h chegaram três assis-tidos, que foram para não perder aseqüência de tratamentos. Passaram-se mais 15 minutos e chegou umaquarta assistida, que vinha pela pri-meira vez à casa. Foi atendida pelarecepção e em seguida encaminhadapara a entrevista comigo.

Sem que eu nada dissesse, elacomeçou a narrar sua história. Aspalavras surgiam em seus lábios,entrecortadas de soluços. Às vezes,elas tornavam-se inteligíveis. Suafamília estava desfazendo-se, elanão poderia ver nem seus filhosnaquele dia. O desespero era total.

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15O Trevo - Dezembro/02

egionaisR

Saiu com seu carro em alta velo-cidade e já tinha tudo planejado: elase jogaria no rio Pinheiros. Acredi-tava que assim calaria aquela fortedor da incompreensão que sentia nopeito.

Porém passando por aquela ruaviu a porta aberta e a luz acesa. Eraum centro espírita e, ainda quenunca tivesse entrado em um, re-solveu parar. Após o desabafo,dizia-se mais calma e estavadisposta a ouvir a preleção e tomar opasse.

Quando terminamos nossas ati-

O primeiro ano da Regional Campinas

A Regional Campinas,composta por 11 casas espíritas daAliança, formou as equipes regionaisde Escola de Aprendizes doEvangelho (expositores e dirigentes);exames espirituais (uma paramensagens e outra para avaliações deestudo, trabalho e reforma íntima) ede cursos.

O regimento interno está aindaem caráter experimental. Possui co-ordenadores regionais de FDJ, Moci-dade e Evangelização Infantil.

Durante o decorrer de 2002,foram realizadas várias atividades,entre elas:

Seminários

Ambiente da Casa Espírita eEAE realizados no dia 1 de maio naS.E.Reviver, de Itu, com a presençade 40 companheiros.

Já nos seminários Liderança eDireção de Casas Espíritas e Mediu-nidade, tivemos o apoio amoroso eeficiente da Regional Capital - SãoPaulo em sua realização.

O primeiro foi coordenado pe-los companheiros Mauro, Maria Apa-recida do Carmo e Cláudia, todos doCEAE - Genebra, que através de di-nâmicas aplicadas em grupos aler-

C.E. Semente de LuzCurso para entrevistadores: em

21 de abril, também no Semente deLuz

Curso para Dirigentes de EAE:o companheiro Taqueo Kusaba, daRegional Capital/SP coordenou ocurso que teve início no dia 11 demaio, prosseguindo durante nove se-manas (aos sábados das 13 às 16 ho-ras), no C.E. Cairbar Schutel, com 18alunos

Curso de formação de Evange-lizadores Infantis: 25 alunos partici-param do curso realizado em agostono C.E. Casa do Caminho, dirigidopelo companheiro Paulo HenriquePaspardelli.

Curso de formação de dirigen-tes de Mocidade:realizado no dia 3de novembro, no C.E. Luz do Ca-minho com 22 participantes

EAE a Distância: em Campinas,

vidades, ela não estava mais lá. Sópor aquela criatura já havia valido apena estarmos presentes na tarefanaquele dia. De repente, senti-meegoísta por não pensar naqueles quenão fazem parte do nosso convívio.Não ficou registrado em minha me-mória quem era aquela assistida,mas sem dúvida estivera para en-sinar a nós a importância da fra-ternidade.

Passados 15 anos, eu lembravaessa passagem aos participantes deuma reciclagem, tentando justificara importância de sermos disciplina-

taram-nos sobre a importância da mo-tivação do líder e sua presença de es-pírito junto à equipe levantando asvirtudes dos componentes como tam-bém da reforma íntima para o desen-volvimento de novas virtudes e oaperfeiçoamento dos líderes.

A companheira Judite do CEAEPerdizes coordenou o Mediunidadedeuma forma dinâmica e bastante parti-cipativa trabalhando conceitos im-portantíssimos para os médiuns. Elasalientou que a chave do intercâmbiomediúnido é a sintonia.

Ambos os seminários foramrealizados no dia 9 de julho, no C.E.Luz Divina, de Elias Fausto, com apresença de 56 companheiros.

Princípios e ideais da Aliança eAssistência Espiritualaconteceramno dia 17 de novembro, no C.E. Se-mente de Luz, em Indaiatuba.

Foram coordenados, respectiva-mente, pelo companheiro GitânioFortes, da Regional Capital, e pelanossa equipe responsável pela apre-sentação do módulo na RGA / 2003,liderada pelo Semente de Luz.

Outras atividades:

Reciclagem de expositores espí-ritas: realizada no dia 28 de abril, no

Quanto maior a dificuldade,tanto maior o mérito em supe-rá-la.

Beecher

dos e de cumprirmos com nossasresponsabilidades firmadas com oplano espiritual, inclusive nos diasespeciais do calendário, quais setornam muito mais especiais para osnecessitados.

Parecia ser um fato isolado,mas lá no fundo da sala, umasenhora levantou a mão dizendo: "-Sou eu, aquela pessoa de sua narrati-va. Hoje, aqui estou como trabalha-dora desta casa, disposta aotrabalho".

Realmente Natal é um dia

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16 O Trevo - Dezembro/02

IV Encontro FraternalEspírita

O ciclo de palestras realizadaspela USE - Santo André, AliançaEspírita Evangélica e CONFEESP -São Bernardo do Campo, tem co-mo tema central: Construamos aPaz promovendo o Bem

Confira a programação destemês.

DEZEMBRO

Dia 1 - tema: O desafio do ser humano neste século

Orador: Nelson MoraesDiadema - 9h30 às 11hLocal: Lar Luz e AmorR. Castro Alves, 165 - Parque Sete de SetembroParte Artística:Grupo Vocal Cantares

Dia 1 - tema: A mudança deati-

tude preservando a Paz e o Justiça Social

Orador: Dra Cleide CanhadasRio Grande da Serra - 15hLocal: Fundação KardecR. Vítor Breithaupt, 112Parte Artística: Grupo

Aquarela

Dia 7 - tema: A importância do pensamento na conquista da felicidade

Orador:Dr. José Carlos de LuccaSão Caetano do Sul - 20hLocal - Sociedade Espírita Luz e AmorR. Eldorado, 152 - ProsperidadeParte artística:Grupo Vocal a Caminho da Luz

Dia 8 - tema: Qual a contribui-ção que a Doutrina Espírita pode oferecer quanto a me-lhoria de sua atitude mental?

:Orador: Ana Maria MartinsSuzano - 16h às 17h30Local: Sociedade Espírita Allan KardecPraça João Pessoa, 60 - Centro

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Eu Te Amo...

Márcia Cristina O. Pereira - C.E A Caminho da Luz / São Vicente

Se me fos-se perguntadoqual foi o mo-mento mais im-portante e emo-cionante quevivenciei du-rante este ano,

com certeza, diria que foi no dia domeu aniversário quando uma tímida earredia aluninha do ciclo Jardim daEvangelização Infantil, do qual souuma das evangelizadoras, aproxi-mou-se meio sem jeito e entregou-meum pequeno pedaço de papel dobra-do. Fiquei surpresa e curiosa, abrin-do-o imediatamente. Com uma gra-ciosa letrinha infantil estava escrito"Tia, eu te amo".

Nossa, meu coração explodiu dealegria! Quanta felicidade! Agradecia Deus por este momento! Comcerteza, este foi o melhor presenteque recebi neste ano que finaliza.Esta meiga criança com seu gesto es-pontâneo, terno, sincero, nem poderiaimaginar o quanto me ajudou! Reno-vou-me os ânimos, fortalecendo-meno trabalho em prol da evangelização.

São essas pequenas grandes coi-sas que nos dão a certeza de que nadaé por acaso, e que realmente estamosonde devemos estar. Como discípulosde Jesus devemos estar sempre dis-poníveis ao trabalho cristão, colocan-do-nos como instrumentos da von-tade de Jesus e da espiritualidade.

E para isto devemos nos entre-gar de corpo e espírito, esforçando-nos a trabalhar com vontade, envolvi-mento, otimismo, perseverança, sin-ceridade, doação, renúncia e princi-palmente AMOR! Sem orgulho, daro melhor de nós, visando sempre obenefício e o progresso do trabalhoque abraçamos.

As dificuldades e os obstáculosdevem servir apenas como mecanis-

mos de estímulo à realização das ta-refas que nos foram confiadas. Emcada barreira transposta, em cada per-calço vencido, somamos novos e im-prescindíveis aprendizados na nossaevolução espiritual.

Devemos trabalhar sem apegose ter consciência de que tudo é tran-sitório. Sendo assim, a nossa respon-sabilidade é maior. O momento derealizar é agora! A seara de Jesusexige trabalhadores decididos, sem-pre prontos a servir e a ajudar indis-tintamente, buscando sempre nos es-forçar no caminho da nossa reformaíntima, não dando vazão aos senti-mentos inferiores que só nos impul-sionam à estagnação e ao negativismo.

Se chegamos até aqui devemosser coerentes, buscar colocar em prá-tica tudo o que aprendemos lá atrásna Escola de Aprendizes do Evan-gelho. Orai e vigiai, já dizia Jesus.Todos nós somos iguais perante Deuse estamos lutando por um mesmoideal.

Que através deste pequeninotrabalho dentro da EvangelizaçãoInfantil possamos deixar rastros deesperança, alegria, amor, fraterni-dade, solidariedade, perseverança,perdão, idealismo, otimismo e fé.Agradecemos ao nosso querido Mes-tre e às nossas amadas crianças, poresta oportunidade de trabalho eaprendizado. Cristianismo é sinô-nimo de trabalho!

"O degrau de uma escada nãoserve simplesmente para quealguém permaneça em cimadele, destina-se a sustentar o péde um homem pelo tempo su-ficiente para que ele coloque ooutro um pouco mais alto"

Thomas Huxley

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17O Trevo - Dezembro/02

Evangelização 2003: inovar para crescer

No dia 1º de setembro, no C.E.Círculo de Luz, no Guarujá, litoral deSão Paulo, foi realizada a reunião deEvangelização Infantil com Gustavo,diretor de Evangelização Infantil (EI)e com representantes deste trabalhoda Regional Litoral Sul. O objetivoera relatar experiências vivenciadasnas casas participantes.

O companheiro Gustavo comen-tou que para nosso trabalho evoluir,acreditamos ser relevante essa trocade experiências entre as casas, poisatravés dela teremos condições debuscar novas formas de atuação, vi-sando o crescimento do nosso traba-lho junto às crianças. Nós, da evange-lização do C.E. A Caminho da Luz,concordamos com a exposição e tive-mos, na prática, essa troca de expe-riências que nos enriqueceu e nosajudou muito.

Crianças mais Exigentes

As crianças de hoje são maisativas e exigentes. Estão evoluindo edevemos acompanhá-las nesta traje-tória, oferecendo um trabalho maisatraente e com novas opções para oaprendizado evangélico. Isto pode serrealizado dentro das normas daAliança, com criatividade e empenhodos evangelizadores.

Evangelização não combina comrotina e comodismo. Como evangeli-zadores, somos instruídos através decursos e reciclagens, e devemos ofe-recer o melhor para elas. Tornandoeste trabalho motivo de alegria e nãouma obrigação. Muitas vezes algu-mas crianças são trazidas contra von-tade, arrastadas pelas mãos dos pais.

Não está sendo questionado ocomportamento dos pais, mas a ques-tão é que nós, evangelizadores, deve-mos ter consciência da responsabili-dade de trabalharmos unidos, inovan-do, trocando experiências, procuran-do fazer da evangelização "um jar-dim feito de luz, onde as crianças sãoas flores, e o jardineiro nosso mestreJesus".

Finalizamos 2002 com erros e

acertos, porém, com a consciênciatranqüila. Portanto, gostaríamos derelatar para outras regionais, nossaspropostas e experiências, que foramcolocadas em prática por nossa equi-pe, durante este ano, testadas e apro-vadas pelo nosso principal termô-metro: as crianças e os pais.

As crianças chegam à nossa ca-sa, por volta das 14h30, quando seinicia a Assistência Espiritual Infan-til, que dura 45 min. Somente a partirdas 15h15 começa a EvangelizaçãoInfantil e o Círculo de Pais.

Oficinas de Artes: umaexperiência positiva

Para preencher esta lacuna deespera, intuídos pela espiritualidade,desenvolvemos as Oficinas de Artes,que têm como objetivo acabar com aociosidade e indisciplina das crian-ças, estimulando-as à prática de tra-balhos manuais, desenvolvendo a cria-tividade e o gosto pela arte. Funcio-nam em turmas separadas para os ci-clos Jardim e Primário, com ativi-dades propostas de acordo com a fai-xa etária das crianças: pintura, de-senho, colagens, trabalhos com suca-ta, porta-retratos, quadros etc. As ofi-cinas são conduzidas por dois evan-gelizadores fixos para cada ciclo, se-guindo um programa pré-determi-nado desde o início do ano.

Coral Infantil

Para as crianças do ciclo Inter-mediário implantamos o Coral Infan-til, visando despertar o interesse pelamúsica, desenvolvendo o senso rítmi-co. O repertório é tirado dos CD's daAliança e também de outras músicasapropriadas à educação dos senti-mentos, procurando acentuar o cará-ter religioso do centro espírita. Umvoluntário com experiência em músi-ca dirige o coral, com supervisão dascoordenadoras da Evangelização.

Para os pais, implantamos tam-bém uma Oficina de Artes, traba-lhando com dobraduras, buscando adescontração e integração do grupo.

Essa oficina é conduzida por umevangelizador fixo.

Trenzinho da Caridade

Colocamos em prática um pro-jeto chamado "Trenzinho da Carida-de" com o objetivo de incentivar tan-to os pais quanto as crianças à práticada caridade. Confeccionamos umtrem de cartolina, no qual são colo-cadas as contribuições das criançasassim que chegam para as aulas.

Este ano, a instituição bene-ficiada será o Asilo Vovó Valquíria.As doações efetuadas durante o mêssão levadas ao seu destino no últimodomingo do mesmo. Evangelizado-res, pais e crianças são convidados aparticiparem da visita.

Sobre as aulas de evangelização,ressaltamos a importância da músicapara fixação do tema e a responsabi-lidade do evangelizador na prepara-ção da aula, evitando improvisos eaprimorando a qualidade.

Clubinho dos Amiguinhos deJesus

No ciclo Jardim utilizamos di-versos recursos para transmitirmos amensagem e muita música. Procu-ramos também manter um contatomais próximo com os pais e sempreque necessário enviamos cartinhaspara as crianças, visando resgatá-lasao nosso trabalho Clubinho dos Ami-guinhos de Jesus.

O Círculo de Pais ficou dinâ-mico, com temas variados e reve-zamento de expositores, música e,por vezes, é utilizado o recurso dadramatização. Graças a Deus, a Jesuse à espiritualidade temos um saldopositivo neste final de ano e, mesmopassando por dificuldades, sentimoso amparo para realizar este trabalhotão lindo e gratificante. Só nos restaagradecer! Espero que o nosso pe-quenino e humilde trabalho possaservir de algum proveito para algumcompanheiro de ideal.

Márcia C. O. Pereira - C.E.

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ocidade em AçãoM

Artistas do Cristo

Bianca Silvello Murari - C.E. Fraternidade do Ipiranga

nosco mesmos e com os outros. Tro-cando em miúdos, enquanto dança-mos, irradiamos energias positivas,em forma de paz, amor, alegria e soli-dariedade - mesmo com os atropelosdos primeiros passos!

E para provar que o palhaço quetodos carregamos no coração temtambém sua razão de ser, a atividadedo GAAV (Grupo de Arte Amor eVida - trabalho social da Mocidadedo CEAE Manchester) veio mostraro quanto nossa alegria pode aliviar osofrimento alheio.

Por meio de uma encenação se-guida de bate-papo, o sorriso e a ale-gria revelaram-se recursos valiososna recuperação de doentes e na mo-tivação de crianças e idosos. Fanta-sia, maquiagem, mímica, música, ar-te circense ou mesmo uma palavra deconforto - tudo isso foi apresentadocomo bálsamo para as dores do corpoe da alma, como aliados terapêuticose espirituais.

Fomos, por fim, reunidos emplenário para a última atividade.Entretidos pelo Teatro da Solidão So-lidária, trabalho corporal desenvol-vido pelo CAAC (Centro Alternativode Artes e Cidadania, que promoveaulas de teatro, canto, dança do ven-tre, capoeira, instrumentos musicais,pintura, desenho e esportes junto aosmoradores de rua e pessoas margi-nalizadas socialmente, num resgatedos valores humanos), os partici-pantes interagiram apenas por meiode gestos. Durante longo silêncio, aspalavras deram lugar aos sentimen-tos, corporificados em atitudes soli-dárias que enlaçaram todo o grupo.

E chegava a hora do encer-ramento... A sensibilização comple-tou-se com as vibrações. O coraçãoparecia até bater melhor, alegre, empaz, como se acompanhasse uma me-lodia invisível.

"Respeitável público! Um mi-nuto de sua atenção, porque vem aí...o CIRCO!...". Começava assim o En-contro de Artes 2002, promovido pe-la Mocidade da Regional SP, no dia13 de outubro. Embalada por músicasde Edu Lobo e Chico Buarque, com-postas para o espetáculo "O GrandeCirco Místico", a peça do Grupo Tea-tral Despertar da Terra (da Mocidadedo Grupo Fraternidade Cristã) dava otom da alegria que animaria aqueledia reservado aos "artistas do Cristo".Encantando pela magia circense e afantasia do universo infantil, a peçailuminava pelo riso cada olhar atentoe imprimia novo colorido nos cora-ções mais sensíveis.

Longe de nos entreter com a artepela arte, o encontro estampou soli-dariedade em toda a sua filosofia eestrutura. "Caridade: esse show valea pena!" foi o tema escolhido. Rever-ter as mais variadas manifestaçõesartísticas em benefício dos outros, aproposta, despertando em cada um otalento e a criatividade na construçãode uma realidade mais fraterna.

Cerca de 168 alunos, dirigentese trabalhadores de Mocidade partici-param do evento. Diferente dos En-contros de Arte anteriores, que se ca-racterizavam por apresentações artís-ticas de diversas turmas de Mocida-de, a inovação de 2002 veio no fatode aliar em sua estrutura duas frentesde trabalho principais: assistência so-cial e arte. Além de desfrutar do tea-tro e das músicas, pudemos participarde atividades de sucata, dança e vo-luntariado, escolhendo, ao longo dodia, a ordem de participação em cadauma delas.

"Sucata não é lixo". Essa eraapenas uma das idéias que deveriamressoar em nossas mentes depois doEncontro de Artes. Numa das atividades, refletimos sobre o uso da su-

cata como material lúdico-pedagógi-co, instrumento de ação social e deeducação ecológica. A proposta erapensarmos a sucata como material re-ciclável em potencial para o desen-volvimento da criatividade e a con-fecção de brinquedos, recursos quepodem ser aplicados em trabalhossociais ou mesmo como elemento deinteratividade e motivação. Ao deixaras salas, carregávamos não só expe-riências trocadas e reflexões acercado nosso papel social e moral nomundo, como também uma lembran-ça feita por nós mesmos, com jornal,barbante e papel crepom.

Nos intervalos fomos convida-dos, mais de uma vez, a visitar umasala especialmente decorada comenfeites e brinquedos de sucata, ten-do ali uma amostra, singela e colo-rida, de como atuar em nossas turmasde Mocidade, propondo um trabalhosocial ou simples atividades de re-creação.

Em outra sala, que trazia o car-taz "Criatividade" na porta, brin-camos de roda. Dança Circular era amanifestação artística desenvolvidaali. Resgatando formas antigas deexpressão de diferentes povos, acres-cidas de criações, ritmos e signifi-cações próprias da nossa cultura, adança circular não possui um objeti-vo fixo, mas abre duas possibilidadesespeciais de trabalho: a caridade co-

Sem tirar coelho da cartola ou lançar mão de números mágicos mirabolantes, o Encontro de Artes 2002 encantou pela alegria, sensibilidade e pelo cunho social

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Mapa da SolidariedadeCarolina Pereira - CEAE Manchester

É estranho e ao mesmo tempoencantador como certas atividades querealizamos ao longo da vida vão, deforma quase imperceptível, tomandoproporções surpreendentes. Foi exa-tamente assim que o trabalho assis-tencial realizado na Mocidade tor-nou-se importante e valioso paramim. De um valor mágico que temdado um sentido especial à minha vi-da e que hoje me impulsiona a com-partilhar com as pessoas essa expe-riência tão fabulosa.

Coordeno dois trabalhos noCEAE Manchester, o jornal Nova EraEspírita e o Grupo de Teatro Alegriade Viver. Colaboro, ainda, nas ativi-dades assistenciais abertas pela Mo-cidade na casa. E foi trabalhando quepude detectar uma espécie de mapada solidariedade humana, que faz jusao velho ditado popular "o trabalhodignifica o homem". Eis o que per-cebi:

Há muitas formas de se en-gajar num trabalho voluntário!Alguns vão porque seus amigos jáparticipam, outros por curiosidade ehá aqueles que sempre quiseramrealizar uma atividade social, masnunca haviam tido uma oportunida-de. No meu caso, fui convidada paraum grupo de teatro. Ao lado deminha melhor amiga, recebi taloportunidade como um grandepresente. A idéia de conduzir umgrupo de jovens que gostava de teatro

como eu, conviver com pessoas comas quais me iden-tificavaintensamente e, ainda, no lugar quesempre considerei minha segundacasa, era motivação bastante para euencarar o desafio.

Há muitos modos de colaborarem um trabalho assistencial!Existesempre aquele pulso forte, que tomaas iniciativas. Considero este o san-gue do trabalho, porque seu pique nasatividades circula por todo o grupo econtagia a equipe inteira. Existemtambém os que preferem correr atrásdas tarefas pendentes. Chamo estesde pernas do trabalho. E há os quesão mais serenos nas ações, masmuito atentos às falhas da produção.São excelentes olhos do grupo. Todossão partes vitais do trabalho de as-sistência social. Como dirigente des-ses trabalhos, vejo-me como proteínaa alimentar a equipe, e não como ocoração, como muitos pensam. Foiobservando o amor e a vida deposi-tados por cada integrante no trabalhoque encontrei a sua verdadeira alma.

Há muitas formas de sentir otrabalho voluntário! Deixei-metocar pela descoberta de mim e dooutro, aflorada pelo trabalho. Deixei-me tocar por todas as potencialidadesque descobri em mim e que são, cadavez mais, as condutoras de minhavontade.

Há, por fim, muitos conflitoscom os quais temos de lidar no

trabalho assistencial! Muitas vezes,deparamo-nos com sensações com asquais não sabemos lidar (angústia,revolta, piedade). Com situações des-confortáveis como a miséria, o aban-dono, o desespero e a dor. Mais deuma vez pensei em jogar tudo para oalto... Mas partindo da experiência deviver em um mundo de provas e ex-piações, sempre acreditei fazer parteda lealdade à moral espírita a cons-ciência humanitária, de cidadania ejustiça social. Percebi que o trabalhovoluntário alimenta nossas posturasético-sociais, fazendo-nos verdadei-ros cidadãos conscientes, participan-tes dessas provas que são de todos nós.

Mas, afinal de contas, para ondenos levam os trabalhos sociais? Omapa da solidariedade humana apon-ta para a reforma íntima! Sim, foinesse ponto que cheguei e chego aotérmino de cada fim de semana de-dicado às minhas atividades, de cadanoite de sono doada, de cada com-promisso desmarcado. Reforma pelasdescobertas de si e do mundo viven-ciadas no trabalho assistencial. Re-forma pelas afinidades e diferençascom as quais aprendemos a lidar econviver.

A Mocidade descortinou-me umpoderoso instrumento de autoconhe-cimento, introspecção e reforma ínti-ma tão especial quanto a cadernetapessoal da EAE. Com o mapa da so-lidariedade humana descobri o valor

'Ensinar não é ferir, é orientar o próximo amorosamente para o reino dacompreensão e da paz'. Ensinar não é ferir, senão eu estaria todo machucadoou, se bobear, tinha batido as botas.Eu acho que não estou preparado paraensinar certas coisas, mas quando consigo fico feliz em saber que estouajudando as pessoas ao meu redor. Ensinar é difícil, é necessário ter muitapaciência (muita mesmo), porque sem ela, meu amigo, estou trocando umaidéia com o meu mentor e não saímos do lugar. Ensinar também é aprender,porque você pensa que sabe tudo, mas às vezes, você não sabe nada do queestá por trás de tudo. Eu confesso que não sei nada e, literalmente, não seiensinar nada, mas um dia, quem sabe, eu possa orientar as pessoas pelocaminho do bem. Enfim, é caminhando que se aprende'.

Edson Kendy - 21ª turma do CEAE Manchester

Caderno de Temas da MocidadePelos relatos da equipe mediú-nica, que trabalhou na sustentação,ficamos sabendo que companheirosespirituais puderam ser socorridosdurante o Encontro e muitos de nósfomos tratados. Era a apoteose dosartistas do Cristo!

Ao término do Encontro deArtes 2002, éramos artistas mais ta-lentosos, cidadãos mais responsáveissocialmente, espíritos mais felizespelas ricas trocas experimentadasdurante aquele dia! E em 2004 temmais...

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D iscípulos e Servidores

O Lar da Redenção

Eduardo Miyashiro - CEAE Genebra

Acho que perdi a conta das ve-zes em que escrevi aqui em O Trevosobre a importância da MocidadeEspírita em minha vida. Porém, destavez, quero falar sobre o trabalho denossa turma da Escola deAprendizes, iniciado em 1982.

Sou levado a essas reflexõesapós o sepultamento do pequeno Be-to, interno do Lar da Redenção nosúltimos 20 anos. Oramos, nos abra-çamos, sentimos a força da ligaçãoespiritual que une todas essas crian-ças a uma obra inspirada pelo planoespiritual e cuja realização só foipossível graças ao programa da EAE.

Em 1980 e 1981, a 32a turma doCEAE Genebra realizava a Caravanade Evangelização e Auxílio no Jar-dim Maria Luiza, no bairro de Pe-dreira, em São Paulo. Muitas liçõesrecebemos no contato com o povohumilde, que abria suas portas fra-ternalmente para uma oração. Lem-bro-me do apoio que nos deu nossodirigente, Valentim Lorenzetti. Umavez, por exemplo, uma família re-jeitou duramente nossa visita porqueapós o encontro anterior uma das crian-ças gravemente enferma desencarnou.Não fora o seu apoio, todos nós tería-mos nos desorientado.

Mas além da caravana, fomosconvidados a um trabalho diferente:visitar as crianças excepcionais inter-nadas na Casa da Criança JésusGonçalves, setor da Clínica de Re-pouso Francisca Júlia, do CVV,instalada em São José dos Campos.Eram 32 crianças com excepcionali-dade em grau severo e irreversível,predominando os casos de paralisiacerebral e oligofrenia. Não acompa-nhei a tarefa de perto devido às mi-nhas atividades na Mocidade e naEvangelização Infantil do Lar Espe-rança, também do CVV. Porém,quando coincidia o dia de meu traba-lho no Esperança, com o dos meus co-legas no Jésus Gonçalves, via o cari-nho com que eles abraçaram aquela

tarefa. O clínico chefe do lugar rela-tou progressos nas crianças, percep-tíveis após o início das visitas da turma.

Meses depois, veio a surpresa: oCVV se via forçado a encerrar as ati-vidades da Casa da Criança, devido àprofunda crise financeira. Estavamsendo consultadas as equipes de visi-tação para saber da possibilidade deabrirem lares especializados e rece-berem as crianças sem família.

Por falta de espaço, suprimo asexperiências daqueles meses, em quenos empenhamos em montar o esta-tuto, procurar uma sede, etc. Quantoàs instalações, vale a pena dizer que,com apoio do plano maior, no curtoespaço de uma semana encontramosuma casa em regime de comodato,além de ganharmos a reforma do lu-gar. A inauguração do Lar da Reden-ção foi no dia 16 de agosto de 1982,como um presente do céu para nossaturma de aprendizes, todos inexpe-rientes, porém motivados para o tra-balho. E instalamos em nossa peque-na casa o Luciano, o Alex, o Danilo,a Carminha, o Beto, o Mário e o Nelson.

Dentro do espírito desta coluna,devo testemunhar o aprendizado mo-ral que o Lar me proporcionou. Mui-tas vezes senti-me incompreendido edescobri como sou orgulhoso. Emoutras ocasiões, achei que a canseiradas atividades não trazia resultado edescobri como sou egocêntrico. Equase sempre, quem me ensinou issoforam as crianças. Devo a elas minhagratidão.

O Alex e o Danilo passaram aandar nos primeiros dias em que vie-ram para São Paulo. O Alex desen-volveu, com o passar dos anos, umagrande afinidade pelos trabalhos es-pirituais e colabora vivamente nocentro. O Luciano nos trouxe muitasalegrias, mas ele cresceu e ficou fortecomo um touro, restando-nos a deci-são difícil de encaminhá-lo a outrainstituição anos depois. No começo,pensamos que o Nelson não enxerga-

va, porém com um forte óculos elepassou a ver melhor, facilitando avida dele. A Carminha era a únicamenina e alvo de mimos e atenções.Lembro de sua gostosa gargalhadaquando recebeu seu cadeirão, mon-tado especialmente para seu tama-nho. Várias crianças vieram para oLar, mas quero falar um pouco maissobre as ligações espirituais dessegrupo que foi recebido pela Casa daCriança do CVV.

Mário e Roberto eram dois ir-mãos, de origem nipônica, com idadede 14 e 16 anos, à inauguração da ca-sa. Incapacitados para falar, alimen-tar-se, andar, sofriam várias enfermi-dades decorrentes da compleição fí-sica disforme. Porém tinham umapercepção aguda do que ocorria à vol-ta. Riam muito quando alguma crian-ça fazia uma travessura, trazendo-nosalegria e reconforto. Seus pais aindaestavam vivos, empregados numaplantação de chá, em Registro (SP).

Não tinham condições materiaispara criá-los, mas às vezes visitavamo Lar e traziam um pouco do seu cari-nho. Quase sem falar o português, lem-bro-me da tristeza que senti ao levaro Sr. Usaburo para a rodoviária quan-do o Mário desencarnou. Ele me dis-se que um terceiro filho havia faleci-do muito mais cedo, com os mesmosproblemas físicos e mentais e disseque ia vivendo com dificuldades, masaceitando a vontade de Deus. Naque-la hora eu me senti no jardim da in-fância da escola da vida.

Lembro-me de Valentim, na reu-nião que fizemos para comemorar oquinto ano do Lar (se não me falha amemória), já em nossa sede própria,no bairro da Mooca, quando nos con-tou das revelações mediúnicas queexplicavam os compromissos cármi-cos de todas as pessoas ligadas à Ca-sa Jésus Gonçalves. Contou da per-versidade dos bárbaros guerreiros queviviam no século VIII, nas estepes daÁsia Central. Quebravam as pernas

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21O Trevo - Dezembro/02

dos vencidos, abandonando-os em re-giões inóspitas e desertas a poucascentenas de metros de uma fonte deágua, para que morressem no totaldesespero. Lembrou-nos que as leisda vida nos reuniam a todos no mes-mo trabalho, algozes e vítimas dopassado, para que as bênçãos do per-dão e do amor fraternal possibilitas-sem nosso progresso espiritual. Foiuma das poucas vezes em que assistinosso dirigente se ver impedido deconcluir uma exposição, pelas pro-fundas lágrimas que lhe causaram es-se relato e a presença do espírito Jé-sus Gonçalves, incentivando a todos nós.

Com o desencarne do Valentimfui chamado ao trabalho no CEAEGenebra, mas, até hoje, quando rece-bo uma oportunidade para dar aulasno C.E. Caminho da Redenção, quefunciona integrado ao Lar, o abraçodestas crianças é sempre um refrigé-rio para o coração.

E no mês retrasado, meu caroAristides, que tem dirigido o Lar comenergia e bondade durante todos es-ses anos, telefonou-me para avisarque o Beto tinha desencarnado. Lem-brei do seu irmãozinho Mário, do Sr.Usaburo, do Valentim e de todos osque já estão no mundo espiritual eparticiparam desta instituição.

Telefonamos para vários compa-nheiros dos primeiros anos do Lar,diversos não pudemos encontrar. Eespero que este artigo possa servirpara fazer chegar a eles notícias dessaobra à qual devemos tanto.

No enterro do Beto sentimosuma paz íntima proporcionada peloapoio dos amigos espirituais e, prin-cipalmente, sentimos os laços da Fra-ternidade dos Discípulos de Jesus li-gando irmãos nos dois planos da vi-da. Sem dúvida, todos nós muito te-mos a agradecer e a louvar.

F raternidades

Rosa Mística de Nazaré

Miriam Damasceno Gomes - G.E. Razin

Maria de Nazaré, nossa mãe es-piritual, é responsável por esta Fra-ternidade do Espaço. Falar da mãe deJesus é tarefa difícil, pois ainda so-mos muito pobres espiritualmente enão conseguimos atingir as altas mo-radas celestes, onde ela está e que, se-gundo Paulo de Tarso (grande difusordo Cristianismo), é o sétimo céu.

O nome Maria vem de Miryam eseu significado é incerto. Alguns es-tudiosos acreditam que se originoudo egípcio 'mrjt' ou 'amada'. A espi-ritualidade superior escolheu essamulher excepcional para o testemu-nho sacrificial de proporcionar umcorpo material ao redentor da huma-nidade. Tantas eram as virtudes delaque, quando lhe foi anunciado queseria a mãe de Jesus apenas respon-deu: 'Eis aqui sua serva Senhor, cum-pra-se em mim segundo a sua von-tade' (Lucas, 1:38).

Nesta época, as mulheres eramconsideradas pessoas inferiores e osprimeiros evangelistas, de forma bas-tante simples, falam da sensibilidadedesta jovem que com a pureza de seucoração mantinha constante inter-câmbio com os enviados do PaiMaior. O evangelista Lucas conta,que quando em Belém reis e pastoresreverenciavam a chegada do reden-tor, Maria meditava sobre todos essesacontecimentos, sabendo que sua ma-ternidade era um compromisso de co-laboração com o espírito que Deusescolheu para aqui na Terra ser co-nhecido como seu filho.

Maria de Nazaré continua con-quistando com seu coração aman-tíssimo milhares de criaturas que setornaram suas legionárias e, ao de-senvolverem a capacidade de amar,procuram minorar o sofrimento naTerra.

Vivemos uma época de tran-sição em que todo o planeta se con-vulsiona na tentativa de transformar amentira em verdade, o ódio em amor

O Trevo abriu uma páginapara que Discípulos, Servidores eTrabalhadores possam escrever so-bre um tema importante na reformaíntima de cada um. É um espaçoaberto para que a pessoa possa con-tar uma experiência, um aprendi-zado, uma vivência. E, quem sabe,com a sua colaboração, outros com-panheiros necessitados vejam a luz.

Colabore!

e seus legionários estão sempre pre-sentes em todos os lugares aonde sereúnem pessoas de boa fé, para ofe-recer atendimento fraterno, preces evibrações facilitando assim o tra-balho das falanges do bem.

O grupo de Judas, filiado à Fra-ternidade da Rosa Mística de Nazaré,sob o patrocínio de Maria de Mag-da-la, atua no socorro dos suicidas e au-xilia os espíritos que em busca deevolução encarnaram em corposdoentes, com problemas mentais.

Há 46 anos os integrantes da Ro-sa Mística estão presentes nos tra-balhos de vibrações às quintas-feiras,protegendo e amparando os trabalha-dores e enriquecendo as emissões da-queles que se tornaram Discípulos deJesus, aprendendo a sublime arte deamar.

Fonte:- "Histórias das Fraterni-dades" - Martha Gallego ThomasEditora FraternidadeAssistencial Esperança

Borboleta ou lagarta

Ao observar-me pensei:Será que sou uma borboleta, ou

ainda a lagarta que fica escondidano seu casulo, aguardando paraalcançar o seu objetivo?

Se todos os dias estivermosdispostos a nos modificar, a com-preender os outros como a nósmesmos, a aceitar a vida lem-brando que os acontecimentossão aprendizados, com certeza se-remos uma linda borboleta. Quenão só encanta os olhos de quema vê, como também traz a gran-deza da liberdade, de sentir a bri-sa sem ferir ninguém.

O que importa são as trans-formações que conseguimos atra-vés das boas ações!

Cristina Ghiraldeli - C.E.Caminhos de Libertação

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B iografia

Léon Denis

Denis nasceunum lugarejo cha-mado Foug, naFrança, no dia 1ºde janeiro de 1846.Sua casa era hu-milde, assimcomoos pais Josephine(que era materia-lista) e AnaLúciaDenis (espírita).

Desde os primeiros passos nestemundo sentiu que os amigos invisíveiso auxiliavam. Ao invés de participarde brincadeiras próprias da juventude,procurava instruir-se o mais possível.Lia obras sérias, conseguindo assim,com esforço próprio, desenvolver suainteligência.

Concluiu o curso primário aos 12anos, mas a situação modesta de suafamília não lhe permitiu grandes estu-dos. Desde cedo teve problemas com asaúde, principalmente com a visão.

Era excelente orador. Trabalhoua vida toda como representante comer-cial, o que o obrigava a viajar constan-temente. Adorava música, gostava dededilhar ao piano, rimas conhecidas.Não fumava, não bebia e era quaseque exclusivamente vegetariano.

Tinha hábito de olhar livros ex-postos nas livrarias. E foi assim que,um dia, aos 18 anos, sua atenção fi-cou voltada para uma obra de títuloinusitado. Era O Livro dos Espíritos,de Allan Kardec. Comprou-o e se en-tregou com avidez à leitura. Seu es-pírito sentiu-se sacudido, em face doscompromissos assumidos no espaço,a iniciar o trabalho de propagação daDoutrina.

Encontrava-se em seus trabalhosde experimentações quando AllanKardec foi passar alguns dias na pacatacidade de Tours. Com seus amigos,todos espíritas, fora convidado a rece-bê-lo e saudá-lo.

Pelas cidades e vilas que percor-ria por força dos afazeres, pronuncia-va conferências e fundava círculos e bi-bliotecas populares. É incalculável o

número de conferências por ele profe-ridas na França, no propósito de pro-pagar a Liga de Ensino, fundada porJean Macé.

Em 1882, deu início ao seu ver-dadeiro apostolado. "Coragem, ami-go", dizia-lhe o espírito de Jeanne. "Es-taremos sempre contigo para te sus-tentar e inspirar. Jamais estarás só. M-eios ser-te-ão dados, em tempo, parabem cumprires a tua obra".

Em 2 de novembro de 1882, diados mortos, a manifestação daqueleespírito que, durante meio século, ha-via de ser seu guia, seu pai espiritual.Jerónimo de Praga, disse-lhe: "Vai, meufilho, pela estrada aberta diante de ti,caminharei atrás de ti para te sustentar".

A partir de 1884, achou conve-niente fazer palestras visando a difu-são das idéias espíritas. Escreveu OPorque da Vida, em que explica o queé o Espiritismo.

Sua obra literária foi voltada aoEspiritismo, mas escreveu, segundo otestemunho de Henri Sausse, livroscomo: Tunísia, Progresso, Ilha de Sar-denha, etc. A partir de 1910, a visãode Denis enfraqueceu. Suportava comcalma e resignação a marcha implacá-vel desse mal que o castigava desde ajuventude. O mal físico devia ser bemmenor do que a angústia que experi-mentava pelo fato de não mais podermanejar a pena. Em 1911, após des-pender não pequeno esforço no pre-paro da nova edição de O Problemado Ser, do Destino e da Dor, caiu en-fermo acometido pela pneumonia.

Veio a guerra de 1914 e seu espí-rito se condoía ao ver partir para ofront a maioria de seus amigos. Denispadecia então, nesta época, de umadoença intestinal e estava parcialmen-te cego. Pela incorporação, seus ami-gos do espaço, comunicavam-lhe opi-niões sobre a terrível guerra. Essas prá-ticas levaram-no a escrever certo nú-mero de artigos publicados na RevueSpirite, na Revue Suisse des SciencesPsychiques e no Echo Fid.

Com o final da 1ª Grande Guerra

Waldemar C. C. Giannotti - CEAE Manchester

Rádio BoaNova

1450 KhzAM

É hora de AliançaTodos os domingos às 8h

Para ouvir pela parabólica:Sintonize o receptor na faixa ho-rizontal, colocando no Canal doBoi. Em seguida, gire o botão deáudio para a direita até chegar aosom da Boa Nova.

aprendeu braile. Em 1915, um fortevento soprava contra o Espiritismo. Ofenomenismo metapsiquista espalha-va a doutrina do filosófico puro. De-nis entrou na discussão, na qualidadede presidente de honra da União Espí-rita Francesa, na qual estabelecia adiferença entre o Espiritismo e o Me-tapsiquismo. Exerceu grande ativida-de jornalística para responder críticase ataques de altos membros da IgrejaCatólica, saindo-se de maneira bri-lhante.

Terminara, em 1927, o manus-crito que intitulou: "O Gênio Céltico eo Mundo Invisível". Em 12 de marçodeste mesmo ano respirava com gran-de dificuldade, pois a pneumonia oatacava outra vez. Suas últimas pa-lavras foram dirigidas à empregadaGeorgette: É preciso terminar, resu-mir e concluir (fazia alusão ao prefá-cio da nova edição biográfica de Kar-dec). Às 21h, o seu corpo calou-se.Está sepultado no cemitério de LaSalle, na cidade de Tours.

Principal fonte de pesquisa: Centro Espírita Brasileiro

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P ágina dos Aprendizes

O Trevo - Dezembro/02

G.E. Francisco de Assis S. José dos Campos

"O mundo desengana e justifica o pes-simismo de muitos, mas este julgamentoé uma visão imperfeita.”

Élbea P. de Souza e Silva - 31ª turma

A mais sábia atitude diante de fa-tosdesagradáveis que assolam o nosso mun-do ainda é a do otimismo. É natural quefiquemos abalados com tanta violência,tantas catástrofes, tanto ódio ou com tan-ta falta de amor; porém precisamosaprender a enxergar tudo isto como mo-mentos de mudança. Este aparente cres-cimento do mal nos assusta, mas temosque saber que as forças do bem não irãonos desamparar. Tudo há de se encami-nhar para o desenvolvimento e evoluçãoespiritual e moral do nosso planeta.

C.E. Doze Apóstolos - Santo André/ABC

"Deus é a fonte do bem; o mal é criaçãodos homens."

Rosemar da S. M. Lima - 4ª turma

Mesmo antes de entrar para a Es-cola de Aprendizes sempre me preo-cupei em seguir o caminho do bem, em-bora já tenha cometido deslizes e medeixado influenciar pelos maus conse-lhos. O egoísmo, a cobiça, a ganância, ainveja e muitos outros defeitos manipu-lam o homem e nos afundam no mal.Atualmente esforço-me para não meenvolver em vibrações negativas. Nemsempre consigo, ainda tenho muitas fra-quezas que suplantam minha vontade equando percebo, já entrei no clima ne-gativo. Todavia, procuro sempre mevoltar para o agir e pensar, no bem.

C.E. Discípulos de Jesus - Paraíso/SP

“Discuta com serenidade, o opositortem direitos iguais aos seus.”

Clarissa Ribeiro do Valle - 1ª turma

O que tenho aprendido neste mo-mento de minha vida dentro da E.A.E. éque cada criatura tem suas próprias ra-zões. Isto fez com que eu respeitassemais ao próximo e passei a compreen-der que cada atitude vinda do outro temalgo de si, do que pensa e sente. Todareação é consequência de alguma coisaou mesmo de querer expor seus senti-

uma qualidade para tornar-se uma obri-gação perante a vida, a Deus e ao próxi-mo, compreendendo que cada pessoa éum mundo por si só, e ele se manifestae tem suas razões que devem ser respei-tadas da mesma forma que desejo queminhas atitudes sejam compreendidas,mesmo quando elas fogem da razão.

CEAE Manchester - São Paulo

"Nos caminhos das realizações espiri-tuais não há quedas definitivas."

Garibaldo Luis G. Chaves - 40ª turma

Nós seres humanos encarnados nes-te planeta maravilhoso estamos passan-do por momentos únicos em nossas vi-das, pois recebemos uma nova oportu-nidade de repararmos erros cometidosem nossa trajetória. Temos a oportuni-dade de beber desta água bendita que éo Evangelho. Após o meu ingresso noEspiritismo já tive momentos em quequase desisti de prosseguir a caminha-da, porém pessoas e algo muito elevadome ajudaram a pensar melhor, abrindomeus olhos para o que estaria me espe-rando mais na frente e isso me fezcontinuar.

C.E. Estrada de Damasco São Vicente/SP

“Falar pouco é dizer muito em poucaspalavras.”

Laide Galdino Guastieri - 17ª turma

Sou uma pessoa que gosta de con-versar, sou comunicativa, faço amizadecom facilidade, mas tenho dificuldadesde expressar-me em determinados as-suntos. Deve ser por causa da minha ti-midez. Mas quando alguém me procuracom seus problemas e me pedir um con-selho, aí sim eu encontro a frase certa,procurando envolver seu coração compalavras de amor, carinho e otimismopara levantar o ânimo e o padrão vibra-tório. Não sei se estou certa ou errada,mas é esse o meu jeito de ajudar. Sei quea prática no saber falar é um exercíciopara alcançar a sabedoria, mas eu aindaestou longe de alcançá-la. Precisoestudar muito.

CEAE Vila Nova York - São Paulo

"Ajude sem exigências, para que os ou-tros o auxiliem sem reclamações.”

Antônio Zeferino Sobrinho - 2ª turma

Quando eu ajudo alguém, sinto-meútil e muito bem, pois eu estou dando opor-tunidade para essa pessoa se reerguer deum momento difícil. Se preciso da ajudade alguém, e este me pede algo em troca,não é ajuda e sim, troca de interesses.Por isso, quando ajudo, o próprio bemque sinto já é a retribuição suficiente.

C.E. Caminhos de Libertação São Paulo

"A vida é mudança; o dia de amanhã se-rá diferente e marcará vitória, se a dife-rença for para melhor.”

Adélia Alves da Silva Lopes - 6ª turma

Para sentir a mudança em minhavida tive que reviver coisas do passadopara constatar a reviravolta que tive,cheia de tropeços, mas sempre me le-vantei e segui em frente. Apesar de tu-do, tive momentos bons e felizes quederam forças para seguir . Sei que aindatenho que lutar muito para tirar as pe-dras que aparecem, mas vou conseguir.Com as aulas de evangelização, forçade vontade e muito estudo conseguireique o dia de amanhã seja diferente, paramelhor.

C.E. Geraldo Ferreira - ABC

"O arrependimento é o primeiro passopara o pagamento de nossas dívidas.”

Cleuza de Souza Nunes - 4ª turma

Sou uma pessoa muito nervosa,porém desde que comecei a fazer a Es-cola de Aprendizes estou muito melhor.Antes julgava que sempre que alguémme magoasse eu deveria dar o troco, ouseja, revidar na mesma intensidade.Depois que tomava essa atitude, arrepen-dia-me. Hoje, procuro não entrar nasvibrações negativas das pessoas paranão ficar nervosa. Colocando em prá-tica os ensinamentos da EAE e graças aDeus, meu nervosismo está melhorandoe sinto-me muito melhor.

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O Trevo - Dezembro/0224

S eção de Livros

O Natal está se aproximando, graças a Deus! E a época das compras dos presentes para a ga-

rotada também. As ofertas são muitas. E os preços?E os critérios de escolha? Tudo é importante! Nos-sos filhos e os seus amiguinhos merecem o melhor,merecem os nossos cuidados em todos os detalhes,não é mesmo?

Vamos nos desdobrar e nos esmerar na seleçãopara conseguirmos o que há de melhor para eles,dentro das nossas disponibilidades, naturalmente.

Importante: seleção de acordo com as faixas etárias!Se há povo que precisa despertar o gosto para a leitura dos bons livros é

o brasileiro. Isto é fundamental para nos tornarmos uma nação soberana.Medidas adequadas para esse fim cabem aos pais em primeiro lugar e, de-

pois, aos homens componentes dos poderes constituídos.Problema de solução não muito difícil. O que está faltando é boa vontade

para tanto, é despertar para resolvê-lo, pois fartos e ricos recursos o povobrasileiro tem: vasta produção livreira e bons auto-res não nos faltam.

Na literatura espírita o elenco de títulos éimenso. O maior do mundo. Sem comparação!

Só na literatura espírita em geral contamoscom mais de 3 mil títulos e, na específica, desti-nada à nossa meninada, são também animadoresos recursos em quantidade e qualidade.

Autores excelentes, encarnados e desencarna-dos, recomendáveis, conteúdo válido e garantido

para a melhoria do conhecimento da moral evangélica-espírita e da meiguicedo amor de Jesus Cristo.

Se os pais nos permitirem sugestões, relacionamos aqui os títulos da nos-sa Editora, que não se descuidou deste ramo e que continuará cuidando e edi-tando livros para esta faixa etária, pois é na tenra idade que se deve despertaro gosto e o interesse pelo hábito da leitura dos bons livros como alimento paraas almas!

A Editora Aliança conta com três títulos infantis:

* A História do Quadradinho, de Alexandra ParasinosBernal.

* Planeta Azul, de Sônia Maria Silvestrini de Oliveira.* A Fábrica de Pensamentos, de Beth Miyashiro.

Aliás, todos os livros da Editora Aliança constituemoportunas e valiosas prendas para presentearmos nesteNatal 2002, certos de que estaremos, conscientemente,ofertando o que há de melhor para o progresso dadivulgação do Cristianismo, para a espiritualização dahumanidade nesta hora tão violenta em todos osquadrantes do globo terrestre.

NA SEARA DOEVANGELHO

Espíritos Diversos

Editora Aliança

Por ser termo pouco usado, nemtodos sabem o que seja uma seara. Sea-ra é 'campo de cereais, campo semeado,cultivado'. No sentido figurado a 'semea-dura, associação, agremiação, partido'.

Não sendo familiarizado com apalavra, não valorizará o livro, não sedará conta da relevância dos assuntoscontidos nele.

Dê uma folheada na obra. Cer-tamente passará a ser o seu livro de ca-beceira por muito tempo. Ou pelo me-nos, uma leitura para meditar e notarque você mesmo está melhorando a suavida, pelo seu engrandecimento inte-rior com percepção do ambiente quenos rodeia.

Essa preciosa obra nos foi ditadapor diversos espíritos do plano espiri-tual superior, por intermédio de mé-diuns. Sabemos que o que vale, sem-pre, é o conteúdo da mensagem. A finaflor dos espíritos que colaboram para aharmonização do ambiente astral emque vivemos manifestou-se, amenizan-do a agressividade reinante nos quatropontos cardeais.

Edgard Armond selecionou asmensagens e, na sua 'Explicação Ne-cessária' inicial brindou-nos com umpunhado de palavras, que são a síntesemais real, mais atual, mais elevada emais verdadeira da nossa realidade,quando nos diz: '... com reforma íntima,eliminando vícios e costumes pernicio-sos, defeitos morais, sentimentos e pen-samentos incompatíveis com a realiza-ção espiritual, buscando virtudes pró-prias do homem novo... é o que deve,com toda sinceridade, desejar ser..."

Sabemos que as mensagens vin-das do mundo espiritual são curtas eprofundas, isto é, transmitem-nosidéias sobre as quais devemos meditarpara, assim, ajudar-nos e colaborarmospara a melhoria de toda a humanidade.Esse é o conteúdo deste livro.

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