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TIC’S NO ENSINO DA QUÍMICA
Sidney Brum1
Liane Maria Vargas Barboza2
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi relatar o desenvolvimento do projeto de intervenção
pedagógica, com as novas tecnologias de informação e comunicação (TICs) no
processo de ensino e aprendizagem da Química com os educandos. Este trabalho foi
requisito para a conclusão do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) do
Estado do Paraná. A metodologia empregada no desenvolvimento do projeto foi a
pesquisa-ação. Os participantes foram professores e educandos do Colégio Estadual
La Salle, localizado em um bairro periférico na cidade de Curitiba – Paraná e
professores da rede estadual de ensino do Paraná de diversos municípios do Estado,
por meio do Grupo de Trabalho em Rede (GTR). O projeto foi elaborado no ano de
2016 e desenvolvido em 2017. Constatou-se que os grupos de professores de
Química do Colégio pouco utilizavam esses recursos em sala, justificando o fato pela
falta de conhecimento metodológico, de interesse dos alunos e de recursos na escola.
Os professores do Grupo de Trabalho em Rede socializaram diferentes experiências
realizadas com sucesso em sala, utilizando as TICs. Ambos os grupos apontaram a
necessidade de melhorar as capacitações oferecidas aos professores, no que se
refere ao uso das TICs para atender uma sala de aula com alunos que têm acesso a
uma grande quantidade de informações, porém muitas vezes não são exploradas na
construção do conhecimento. Os educandos consideraram muito importante o uso das
TICs no ensino da Química e apontaram que outros professores poderiam tornar as
aulas mais dinâmicas com as TICs.
Palavras-chave: TICs; Ensino de Química; Formação Docente.
_________________________
1 Professor do Colégio Estadual La Salle. Participante do Programa de Desenvolvimento Educacional -
2016/2017 – SEED/PR. E-mail: [email protected]
2 Professora do Setor de Educação – Departamento de Teoria e Prática de Ensino - UFPR e Professora
Orientadora do PDE. E-mail: [email protected]
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho apresenta os resultados de estudos, pesquisas e atividades
práticas desenvolvidas durante a participação no Programa de Desenvolvimento
Educacional (PDE) no ano de 2016, de formação continuada dos Professores da Rede
Pública Estadual de Ensino do Estado do Paraná, da Secretaria Estadual de
Educação (SEED).
O PDE acontece em parceria com Instituições de Ensino Superior (IES) do
Paraná e proporciona o retorno do Professor da Educação Básica às atividades
acadêmicas de sua área de formação superior, possibilitando oportunidades de
atualização, aprofundamento de estudos e aperfeiçoamento de seus conhecimentos.
O objetivo do projeto foi trabalhar com as novas tecnologias de informação e
comunicação no processo de ensino e aprendizagem da Química. A metodologia de
projetos pode oportunizar aos educandos o pleno desenvolvimento de suas
potencialidades, apropriação dos conteúdos, desenvolvimento da criatividade, do
espírito crítico, do pensamento inovador e da autonomia, contribuindo para a
transformação da sociedade, instalando-se um processo coletivo e emancipatório
para além da sala de aula.
O ensino nos dias de hoje ainda se dá, muitas vezes, pela transmissão e
memorização dos conteúdos. Observa-se ainda o professor como o detentor do
conhecimento e desconsiderando a importância da construção do conhecimento por
parte dos alunos. Hoje é recorrente o uso de equipamentos eletrônicos que possuem
uma grande conectividade com o mundo, possibilitando acesso ao conhecimento.
A maioria dos educandos tem dispositivos móveis como o celular, smartphone
e tablets, porém não fazem uso dos mesmos em atividades escolares.
Os docentes muitas vezes têm interesse em utilizar estes dispositivos em sala
de aula, porém não apresentam conhecimentos ou habilidades para planejar e
desenvolver aulas com o uso destes recursos.
Cabe aos educadores buscar alternativas para tornar o ensino da Química
interessante e significativo. A construção do conhecimento em química exige o
desenvolvimento de métodos de ensino planejados e uso de recursos didático-
pedagógicos e ambientes de aprendizagem adequados.
Nesse sentido, faz-se necessário que o docente utilize estratégias de ensino
com o uso das TICs, que se bem planejadas, contribuam para a melhoria da qualidade
do processo de ensino e aprendizagem. Diante deste contexto questiona-se:
Como desenvolver atividades didático-pedagógicas utilizando as TICs no ensino da
Química?
Os educadores vêm vivenciando o enorme desenvolvimento das tecnologias,
computadores cada vez mais potentes e velozes, redes interligadas com acesso a um
vasto mundo de informação e a possibilidade de interação com pessoas do mundo
inteiro em tempo real. Com a internet, onde as pessoas têm acesso a um mundo de
conhecimentos de forma rápida, as novas tecnologias e a informática são elementos
decisivos na criação de novos modelos pedagógicos.
2 REVISÃO DE LITERATURA
Os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio (BRASIL, 1999),
estabelecem o uso das tecnologias na educação como um instrumento para novas
estratégias de ensino e aprendizagem.
Os docentes devem planejar e desenvolver atividades que não se limitem a
sala de aula, criando assim oportunidades de aprendizagens emancipatórias.
Utilizando técnicas de ensino mais presentes a realidade do educando, pretende-se
propiciar ao mesmo a possibilidade de se tornar o protagonista do seu crescimento
educacional.
Como ressalta Masetto (2000, p.141):
O aluno, num processo de aprendizagem, assume o papel de aprendiz ativo e participante (não mais passivo e repetidor), de sujeito de ações que o levam a aprender e a mudar seu comportamento.
Além disso, os professores precisam variar suas formas de interação com os
educandos e com as tecnologias atuais. Ao professor, quando da utilização das TICs,
caberá promover a pesquisa, a colaboração, a interação e o debate de ideias,
propondo, aos educandos, atividades críticas e multidisciplinares. O professor assume
um papel de mediador e incentivador à pesquisa e a construção do conhecimento.
Assim, todos os produtos científicos e culturais disponíveis na humanidade passam a ser didáticos no momento em que professores qualificados os utilizem nos processos formativos (PRETTO, 2012, p. 97).
É necessário esclarecer aos alunos o que se almeja obter ao longo do trabalho
utilizando as TICs, e o porquê é importante se aperfeiçoar nesse assunto. O professor
precisa incentivar os estudantes para aprender a usar os computadores, os tablets,
os smartphones, os aplicativos gratuitos (softwares livres) e da internet para
aprendizagem dos conteúdos e temas.
GOOGLE CLASSROOM
O Google Classroom é parte integrante da plataforma Google Apps for
Education, que oferece diversas funcionalidades, de forma gratuita, dos aplicativos do
Google, como o Gmail, Drive, Classroom e Documentos Google, para escolas e
universidades (GOOGLE FOR EDUCATION, 2017).
O Google Classroom inclui recursos que otimizam o tempo, como a
possibilidade de enviar uma cópia das atividades automaticamente para cada aluno.
A ferramenta possibilita uma interação rápida entre o professor e o aluno. As tarefas
podem ser organizadas em pastas específicas para cada educando, que são criadas
automaticamente. Os alunos podem ver as tarefas que precisam ser feitas e começar
a fazer imediatamente e os professores podem acompanhar o andamento das
atividades, orientando os educandos em tempo real. Com o desenvolvimento de
atividades didático-pedagógicas com esta ferramenta, os professores podem tornar o
processo de ensino e aprendizagem mais produtivo.
O Classroom está disponível para qualquer usuário do G Suite for Education,
um pacote gratuito de ferramentas de produtividade que inclui o Gmail, o Documentos
e o Drive. Seu cadastro é gratuito para escolas e universidades públicas, bastando
acessar o site do Google for Education.
3 METODOLOGIA
A pesquisa classifica-se como pesquisa-ação. A pesquisa-ação surgiu na
década de 1960, e um dos pioneiros foi o psicólogo alemão Kurt Lewin. Hoje, a
pesquisa-ação, é largamente aplicada na área da educação. É um tipo de pesquisa
qualitativa que considera que a sociedade está em mudança contínua, e que o
pesquisador e a pesquisa são partes integrantes dessa mudança.
Nesse contexto, Engel (2000, p.186), define fases para o processo da
pesquisa-ação onde se inicia com a definição do problema. O pesquisador considera
o “problema” como algo que o intriga, que pode ser melhorado na área de ensino, ou
o reconhecimento da necessidade de inovação em algum aspecto do programa de
ensino.
Segunda etapa, após a de definição do problema, a pesquisa preliminar foi
dividida em três etapas: revisão bibliográfica, observação em sala de aula e o
levantamento das necessidades da clientela.
A revisão bibliográfica da literatura relacionada à situação problemática é feita com o fim de verificar o que pode ser aprendido de pesquisas semelhantes realizadas anteriormente, por exemplo, de seus objetivos, procedimentos ou problemas encontrados. A observação em sala de aula é feita com o fim preliminar de entender o que realmente está ocorrendo em sala de aula com relação à situação problemática. O professor poderá procurar observar as ocorrências em sala de aula, fazendo registros de som e/ou imagem, no decorrer de alguns dias, sem ainda introduzir qualquer mudança, por enquanto. A seguir, fará uma análise destes dados com o fim de interpretá-los (ENGEL, 2000, p. 186-187).
Após a pesquisa preliminar, inicia-se, a terceira etapa, à formulação de uma
ou mais hipóteses, a serem testadas. Para reverter a situação problemática segue-se
a última etapa, o desenvolvimento do plano de ação, onde o professor decide
modificar a maneira de transmissão do conteúdo da disciplina. O plano de intervenção
deve ser verificado se surtiu efeito e se necessita ser aperfeiçoado num novo ciclo de
pesquisa.
Segundo Thiollent (2008) a pesquisa-ação é um método ou uma estratégia de
pesquisa que concilia várias técnicas da pesquisa social com as quais é estabelecida uma estrutura coletiva, participativa e ativa ao nível da captação da informação ela pode ser utilizada quando houver realmente uma ação de caráter “não-trivial” por parte das pessoas envolvidas no problema.
Na pesquisa-ação os pesquisadores desempenham um papel ativo no
equacionamento dos problemas encontrados, no acompanhamento e na avaliação
das ações desencadeadas em função dos problemas (THIOLLENT, 2008, p. 17).
O projeto do PDE foi elaborado em 2016 e implementado no Colégio Estadual
La Salle Curitiba no Estado do Paraná, localizado em um bairro periférico na cidade
de Curitiba – Paraná.
O universo da pesquisa foram os educandos do Ensino Médio e professores
do colégio e professores da rede estadual de ensino do Paraná de diversos municípios
do Estado, por meio do Grupo de Trabalho em Rede (GTR).
A amostra foi composta por 137 educandos dos 3º anos do Ensino Médio das
turmas A, B, C, D e E do período matutino, 16 professores do colégio e 18 professores
que participaram do GTR.
Neste trabalho estão sendo enfatizados os resultados do desenvolvimento do
projeto de intervenção pedagógica, com as novas tecnologias de informação e
comunicação (TICs) no processo de ensino e aprendizagem da Química com os
educandos.
As atividades didático-pedagógicas do projeto de intervenção no ensino da
Química tiveram início no 1º semestre de 2017 e finalização em setembro do mesmo
ano. As mesmas foram desenvolvidas utilizando a ferramenta Google Classroom da
empresa Google.
Para o início das atividades os educandos receberam um convite para
acessarem a sala de aula virtual e desenvolverem a primeira atividade.
A primeira atividade desenvolvida foi intitulada “Aprendendo usar o Google
Drive e compartilhar arquivos ou pastas” (Quadro 1).
QUADRO 1 – ROTEIRO DA ATIVIDADE I
ROTEIRO DA ATIVIDADE I
1 Crie uma pasta na sua conta do Drive para os materiais da disciplina de Química.
2 Pesquise na internet: o que é exatamente o pré-sal?
3 Produza um texto sobre o tema proposto acima no writer e salve uma cópia no formato PDF em
sua pasta do drive. Não esquecer de referenciar a origem do conteúdo. Anexe o arquivo PDF de sua
produção.
4 Escreva um e-mail de apresentação na disciplina de Química desta etapa. Anexe o arquivo PDF
de sua produção neste e-mail. Encaminhe-o para um colega e para o professor.
5 Crie um grupo de e-mails dos colegas da sua turma de escola.
6 Abra sua caixa de e-mail e verifique a pasta da disciplina de Química. Caso tenha recebido e-mails
de seus colegas, confirme a leitura.
7 Exclua os e-mails que não são mais úteis e limpe sua lixeira para ter mais espaço na sua conta.
8 Após elaborar sua atividade, e anexá-la devidamente, é necessário clicar em "tarefa concluída".
A segunda atividade foi intitulada “Google Classroom”. O objetivo foi levar o
educando a ambientar-se no Google Classroom.
Para trabalhar na plataforma foram planejadas duas atividades com os
seguintes temas: “Pré-sal” e A importância da Síntese da ureia de Friedrich Wöhler
para a Química Orgânica” (Quadro 2).
QUADRO 2 – ROTEIRO DA ATIVIDADE 2
ROTEIRO DA ATIVIDADE II
1 Pesquise na internet sobre a síntese da ureia de Friedrich Wöhler e a teoria da força vital de
Berzelius.
2 Produza um texto fazendo uma analogia entre os dois temas propostos acima. Salve uma cópia
em sua pasta do Drive. Não esqueça de referenciar a origem do conteúdo.
3 Este texto deve ser compartilhado para edição com seu(a) colega de trabalho.
4 Logo após o término do texto salve o arquivo em PDF e envie para o professor com seus
respectivos: nome, número e turma.
5 Efetue também o compartilhamento do link, onde seu trabalho está arquivado, para visualização
do professor.
6 Utilize seus apontamentos, o livro didático e/ou a pesquisa realizada na internet para resolver as
questões propostas na atividade que será realizada no Formulário Google.
Após a realização desta atividade 2 o (a) educando (a) também foi
convidado(a) a responder uma avaliação, pelo aplicativo Formulário Google, para ser
preenchido online.
A terceira atividade, do aplicativo Prezi, teve como objetivo levar os
estudantes a conhecer o potencial deste aplicativo (Quadro 3).
QUADRO 3 – ROTEIRO DA ATIVIDADE III
ROTEIRO DA ATIVIDADE III
1 Pesquise na internet sobre o aplicativo Prezi;
2 Faça seu cadastro gratuito no Prezi;
3 Produza, em equipe de no máximo 5 colegas, uma apresentação utilizando o aplicativo Prezi
abordando um dos seguintes tópicos: Compostos Bioquímicos, Proteínas, Lipídios, Glicídios ou um
capítulo do livro “Os Botões de Napoleão”;
4 Compartilhe o link da sua produção com seus demais colegas de turma e com o professor.
5 Apresentação das produções e discussão dos temas.
De acordo com o próprio site da Google, no Formulário Google é possível
planejar eventos, criar pesquisas ou votações, preparar testes para alunos, bem como
coletar outras informações de forma simples e rápida.
Como instrumento de coleta de dados foi elaborado um questionário no
Formulário do Google, para traçar o perfil dos educandos e também avaliar o
desenvolvimento as atividades desenvolvidas. O formulário foi postado na plataforma
Google Classroom.
O questionário foi composto por 12 questões objetivas e uma questão aberta
sobre a importância do uso das TIC no processo de ensino e aprendizagem.
Das 12 questões objetivas 7 tratavam de conhecer o perfil dos educandos
com relação ao uso das TIC e 6 questões eram para avaliar as atividades
desenvolvidas na plataforma Google Classroom.
As 6 questões avaliativas apresentavam uma escala de 1 a 5, onde o
educando deveria marcar na escala, segundo sua análise a melhor resposta para
cada questão.
.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Com relação a pesquisa com os professores constatou-se que os grupos de
professores de Química do Colégio pouco utilizavam esses recursos em sala,
justificando o fato pela falta de conhecimento metodológico, de interesse dos alunos
e de recursos na escola.
Os professores do Grupo de Trabalho em Rede (GTR) socializaram diferentes
experiências realizadas com sucesso em sala, utilizando as TICs. Ambos os grupos
apontaram a necessidade de melhorar as capacitações oferecidas aos professores,
no que se refere ao uso das TICs para atender uma sala de aula com alunos que têm
acesso a uma grande quantidade de informações, porém muitas vezes não são
exploradas na construção do conhecimento.
Na primeira atividade realizada com os educandos, os mesmos aprenderem
a fazer: upload de arquivos e download de arquivos e também desenvolveram
atividades interativas e colaborativas por meio do Google Drive.
A presente atividade teve como objetivo propiciar ao educando se familiarizar
com este aplicativo, aprendendo os comandos básicos para que possa armazenar
arquivos no Drive e poder compartilhar com demais colegas. Com essa ferramenta
podem ser compartilhados arquivos para leitura ou até mesmo elaborar a edição
cooperativa entre vários colaboradores. Nesta etapa também foi feito o uso do editor
de texto Writer (editor de texto), de forma colaborativa.
Este primeiro encontro teve sua realização no laboratório de informática, onde
foram expostos o projeto PDE e os passos iniciais para se familiarizarem com os
aplicativos gratuitos do Google for Education.
No primeiro momento foi exibida uma apresentação de iniciação ao Google
Drive e seus comandos básicos por meio de um projetor ligado ao computador pessoal
do professor no qual foram armazenados tutoriais e vídeos para a apresentação.
Os estudantes foram organizados ao longo da bancada de computadores, que
infelizmente não estavam operantes e sem conexão com a rede de internet, situação
que permaneceu até o final da aplicação das atividades. Durante o ano de 2016,
quando foram feitos levantamentos na escola, os computadores, do laboratório de
informática, estavam operantes e com acesso à internet. Ainda se vislumbrava a
adequação de rede wifi em todo o colégio, devido a aplicação do registro de classe
on-line (RCO). Desta feita, previa-se a possibilidade também de se utilizar
computadores pessoais, tablets, smartphones em sala de aula, pelos educandos e
professor, na aplicação destas atividades.
No segundo momento foi proposto uma atividade de pesquisa, na internet,
sobre o Pré-sal, onde os alunos elaboram um texto de uma página referente ao tema
proposto.
Durante esse processo os estudantes foram orientados pelo professor para
sanar eventuais dúvidas no processo de iniciação na plataforma. Lembrando que o
objetivo principal desta atividade foi ambientação com o aplicativo, aprender a editar
um texto, salvar no Google Drive e disponibilizar aos demais participantes da sala.
Na Tabela 1 pode ser observado o desempenho dos educandos na
ambientação com o aplicativo.
TABELA 1 – DESEMPENHO DOS EDUCANDOS NA AMBIENTAÇÃO
Turmas Desempenho
3 A 3 B 3 C 3 D 3 E
Concluintes pela plataforma 14 10 13 4 8
Acessaram, mas não concluíram pela plataforma
6 7 16 16 14
Com base na Tabela 1 concluiu-se que a as turmas do 3º ano A, 3º ano C e
3º ano B foram as que apresentaram o maior número de concluintes. As turmas do 3º
ano D e 3º ano E registraram o menor número de participantes concluintes das
atividades na plataforma.
Na Tabela 2 estão representados os dados da segunda atividade referente a
aula da Síntese de Wohler, teoria da força vital de Berzelius e da avaliação realizada
no formulário preenchida online, realizadas por meio do Google Classroom.
TABELA 2 – PARTICIPAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DA AULA E AVALIAÇÃO
Turmas Desempenho
3 A 3 B 3 C 3 D 3 E
Concluintes pela plataforma a produção do texto
15 11 17 16 14
Acessaram, mas não concluíram pela plataforma a produção do texto
5 6 12 4 8
Responderam a avaliação pelo formulário on-line
17 13 24 19 19
Acessaram, mas não concluíram pela plataforma a avaliação
3 4 5 1 3
De acordo com a Tabela 2 constatou-se que houve uma maior participação
dos educandos no desenvolvimento das atividades em relação a primeira atividade.
As todas turmas do 3º ano C e 3º ano D apresentaram o maior número de concluintes.
As turmas do 3º ano C e 3º anos D e E foram as que tiveram o maior número de
educandos participantes da atividade avaliativa.
A terceira atividade, teve como objetivo levar os estudantes a aprenderem a
utilizar o aplicativo Prezi. Como alternativa ao Power Point, o aplicativo Prezi é um
software online de criação de apresentações não lineares com recursos, que permite
produzir exposições com texto, imagens e vídeos. Com uma dinâmica diferenciada,
onde utiliza apresentações com possibilidade de zoom, interatividade e movimento, o
Prezi causa um grande impacto em sua apresentação.
Esta atividade foi disponibilizada ao aluno no Google Classroom onde também
foram inseridos links e/ou tutoriais para orientação do aluno em cada etapa da
atividade.
A Tabela 3 apresenta os dados da participação no desenvolvimento da
atividade sobre o aplicativo Prezi.
TABELA 3 – ATIVIDADE COM O APLICATIVO PREZI
Turmas Desempenho
3 A 3 B 3 C 3 D 3 E
Concluintes pela plataforma 24 25 22 20 27
Acessaram, mas não concluíram pela plataforma
0 0 1 0 0
Segundo os dados da Tabela 3 verificou-se que todos os educandos das
turmas do 3º ano A, do 3º ano B, do 3º ano D e 3º ano E, acessaram a plataforma e
concluíram a atividade.
A análise da atividade avaliativa das três turmas revelou que responderam
esse questionário exatos 80 participantes, dos quais, 45 educandos eram do sexo
feminino (56 %) e 35 eram do sexo masculino (44%) e todos com idade inferior a 20
anos.
Com relação a possuir computador ou dispositivo móvel com acesso à internet,
99% afirmaram positivamente.
Em relação a frequência da utilização do computador verificou-se que 56%
utilizavam o computador uma ou mais vezes por dia e 44% não utilizavam o
computador nenhuma vez ao dia.
Os educandos utilizam o computador com maior frequência em casa (77%),
seguido do local de trabalho (15%), locais públicos pagos (4%), escola (3%) e locais
públicos gratuitos (1%).
Pesquisa realizada por Löbler, Pretto, Bolzan (2013) com estudantes do
Ensino Médio revelou que 92% tinha acesso na casa onde residiam, 63% na escola
pública onde cursavam o Ensino Médio, 13% na casa dos familiares e 8% utilizavam
telecentros e cybers para acessar TIC.
Estudo realizado por Barroqueiro e Amaral em 2011 sobre o uso das
tecnologias da informação e da comunicação (TICs) no processo de ensino-
aprendizagem dos alunos nativos digitais nas aulas de Física e Matemática do ensino
médio integrado revelou que 98,6% responderam que possuem computador e 47,4%
têm internet com banda larga em casa, mas 2,6% não há acesso à internet.
Quanto a utilização da internet diagnosticou-se que 94% utilizam a internet
uma ou mais vezes ao dia e 6% não acessam a internet diariamente.
Pela pesquisa de Belloni (2003), 34% dos jovens ouvidos declaram utilizar a
internet “todos os dias ou quase todos os dias”, enquanto 37% dizem usar “muitas
vezes”, o que mostra um percentual significativo de usuários frequentes (71%).
Barroqueiro e Amaral (2011, p. 135) identificaram que os estudantes da
geração Z utilizam a internet para realizar pesquisas e as de maior incidência são as
escolares (65,3%). A frequência com que ficam na internet entre 5 a 10 horas é de
52,6%, mas 6,9% permanecem entre 11 e 12 horas. Estes números realçam muito
bem que a geração Z adora ficar conectada, interagindo virtualmente, seja trocando
informações, conversando ou participando de jogos “multiplayers” online ou jogos
individualmente offline.
Em relação as atividades que os educandos realizam por meio da internet
(35%) declararam que fazem uso da internet para comunicação com o aplicativo do
facebook, whasapp, e-mail, skipe entre outros; (28%) afirmaram que fazem uso da
internet para entretenimento, (20%) busca de informação como as notícias e (17%)
para a realização de trabalhos.
No trabalho realizado por Burlamaqui (2009, p. 7) com alunos da 5ª e 6ª série
revelou que 23% dos jovens dizem usar sempre a rede para pesquisa escolar. Um
número maior (34%) declarou navegar ao acaso, visitando sites, enquanto 30% dizem
“fazer download de jogos ou programas”, usos tipicamente de divertimento. Outro
aspecto interessante foi a constatação de que, apesar de usarem frequentemente o
computador, os estudantes não demonstram particular interesse pela
correspondência através de e-mails, por exemplo.
Estudo realizado por Ramos em 2012 para investigar o uso das TIC em sala
de aula, com alunos do Ensino Médio de um colégio estadual diagnosticou que os
alunos usam bastante os celulares na escola, primeiramente para mandar
mensagens, em segundo para ouvir música e em terceiro para telefonar.
Para avaliação das TICs em algumas questões foi usada uma escala, onde
foi solicitado para os educandos(as) atribuíssem uma nota de 1 (pouco importante) a
5 (muito importante).
A avaliação do uso das TICs nas aulas revelou os seguintes resultados
apresentados no Gráfico 1.
GRÁFICO 1 – AVALIAÇÃO DO USO DAS TICs NAS AULAS DE QUÍMICA
Com relação a avaliação do uso das TICs nas aulas (38%) consideraram
muito importante, (29%) consideraram entre importante e muito importante; (27%)
consideraram importante , (5%) consideraram entre importante e pouco importante e
somente (1%) considerou pouco importante.
Os educandos foram questionados sobre a facilitação proporcionada pelas
TICs no desenvolvimento das atividades. As respostas dos educandos(as) podem ser
observadas no Gráfico 2.
GRÁFICO 2 – AVALIAÇÃO DA FACILITAÇÃO PROPORCIONADA PELAS TICs NO
DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES NAS AULAS
Como pode-se observar (38%) dos educandos afirmaram que as TICs
facilitaram muito o desenvolvimento das atividades, (31%) consideraram
moderadamente importante, (21%) importante, (5%) moderadamente pouco
importante e (5%) pouco importante.
Os educandos(as) também foram questionados se as TICs contribuem para a
melhoria da aprendizagem (Gráfico 3).
GRÁFICO 3 – CONTRIBUIÇÃO DAS TICs PARA A MELHORIA DA APRENDIZAGEM
Os educandos (20%) respoderam que as TICs contribuiram muito para a
assimilação dos conteúdos, (38%) assinalaram entre muito importante e importante,
(32%) consideraram importante, (6%) assinalaram entre importante e pouco
importante e (4%) consideraram pouco importante.
Quanto a intensificação da dinâmica das aulas, foram obtidos os seguintes
resultados, representados no Gráfico 4.
GRÁFICO 4 – INTENSIFICAÇÃO DA DINÂMICA DAS AULAS COM A INSERÇÃO DAS TICs
Relacionando a intensificação da dinâmica das aulas, com a inserção das
TICs (30)% dos educandos relataram que as TICs foram muito importantes para
tornarem as aulas mais dinâmicas, (25%) consideraram entre muito importante e
importante, (27%) consideraram importante, (13%) consideraram entre importante e
pouco importante e (6%) consideraram pouco importante.
O grau de motivação pelo uso das TICs durante as aulas está representado
no Gráfico 5.
GRÁFICO 5 – GRAU DE MOTIVAÇÃO PELO USO DAS TICs DURANTE AS AULAS
Com base no Gráfico 5 os educancos (20%) se consideraram muito motivados
quando utilizaram as TICs durante as aulas, (33%) se consideraram entre muito
motivados e motivados, (26%) se consideraram motivados, (15%) se consideraram
entre motivados e pouco motivados e somente (6%) afirmaram serem pouco
motivados pelo uso das TICs.
Na pesquisa realizada por Löbler, Pretto e Bolzan (2013) os educandos foram
questionados sobre a motivação para aprender com o uso das TICs e 91% dos
educandos indicaram que sua motivação para o aprendizado aumenta quando o
professor utiliza TICs.
Quanto o laboratório de informática de sua escola atende suas necessidades
70% dos educandos informaram que não atende.
Os educandos foram pesquisados quanto a importância do uso das TICs nas
aulas (Gráfico 6).
GRÁFICO 6 – IMPORTÂNCIA DE OUTRO PROFESSORES UTILIZAR AS TICs NAS AULAS
Conforme resultados apresentados no Gráfico 6 dos educandos pesquisados
(38%) consideraram ser muito importante de outros professores utilizarem as TICs,
(22%) afirmaram entre muito importante e importante, (25%) consideraram importante,
(10%) assinalaram entre importante e pouco importante e somente (5%) apontaram
ser de pouca importância.
Esta afirmação dos educandos pesquisados corrobora com os dados
identificados, na pesquisa realizada por Löbler, Pretto e Bolzan (2013) com jovens de
14 a 20 anos matriculados em uma escola pública, no qual 91% dos mesmos
acreditavam que o professor deveria utilizar mais as TICs para o desenvolvimento das
aulas.
Na questão aberta sobre o uso das TICs os alguns dos educandos
pesquisados relataram que:
“Seria muito importante que o laboratório de informática do colégio atendesse
as necessidades dos alunos e que seus computadores estivessem sempre a
disposição do aluno” (A1).
“A com isso, tenhamos acesso a internet mais prolongado e com mais
aproveitamento do uso da TIC” (A2).
“Por conta das TIC muito alunos não têm como acessar a internet, devia ter
mais facilidade para esses alunos no ambiente escolar” (A3).
Nas falas dos educandos diganosticou-se a necessidade de uma boa estrutura
física do laboratório de informática, um bom funcionamento dos recursos tecnológicos
e também a importância de uma disponibilidade mais efetiva dos computadores para
uso de todos os educandos. A presença de um técnico em informática poderia
contribuir para o desenvolvimento das aulas, juntamente com o professor regente da
disciplina.
Segundo as Orientações Curriculares para o Ensino Médio de Química o
contexto da sociedade e da educação apontam necessidades que requerem abordagens teóricas e práticas curriculares diferentes das convencionais, também em meio a novas dinâmicas sociais, a novos artefatos tecnológicos, a novas formas de produção e circulação de conhecimentos, e saberes no contexto social. Essas necessidades e mudanças marcam as interações sociais constitutivas dos seres humanos, que hoje se constituem em outras dimensões, formando nova consciência transformadora do meio, nas relações com outros (BRASIL, 2006, p. 132).
O educando 4 abordou a questão da tecnologia e da aprendizagem, como
pode ser observado na fala:
“Eu acredito que a tecnologia pode ser uma aliada para um melhor
aprendizado” (A4).
Silva e Cruz (2017, p. 10) realizaram uma pesquisa sobre as concepções dos
estudantes sobre o uso dos recursos tecnológicos e 96% deles acreditam que tais
recursos podem contribuir de forma significativa no processo ensino-aprendizagem de
Ciências e, coincidentemente, os mesmos 96% acreditam que estes recursos podem
tornar as aulas mais dinâmicas, atrativas e motivadoras.
O aluno 5 percebeu a necessidade do planejamento adequado dos recursos
tecnológicos e o desenvolvimento dos conteúdos, como pode ser observado na
seguinte fala:
“Acho que deveriam ser bem elaboradas as atividades e que não seja uma
coisa sem sentido referente a matéria” (A5).
De acordo com a fala do educando é preciso planejar os conteúdos e as
estratégias de ensino e aprendizagem e os recursos para o bom desenvolvimento de
uma aula. Os conteúdos e temas devem ser significativos para os educandos e o uso
dos recursos tecnológicos precisam ser orientados pelo professor.
Segundo Moran (1997) ensinar utilizando a Internet pressupõe uma atitude do
professor diferente da convencional. O professor não é o "informador", o que centraliza a informação. A informação está em inúmeros bancos de dados, em revistas, livros, textos, endereços de todo o mundo. O professor é o coordenador do processo, o responsável na sala de aula. Sua primeira tarefa é sensibilizar os alunos, motivá-los para a importância da matéria, mostrando entusiasmo, ligação da matéria com os interesses dos alunos, com a totalidade da habilitação escolhida.
Nesse sentido, o professor precisa estar capacitado para trabalhar com as
TICs e também saber planejar e orientar o desenvolvimento das atividades de ensino
e aprendizagem.
Na fala do Aluno 6 verificou-se a preocupação com o laboratório de informática
e a rede wifi:
“Acredito que é necessário, a melhoria do laboratório de informática e wifi. E
que os professores das outras as disciplinas passem a utilizar as TIC” (A6).
De acordo com a fala do educando constatou-se a necessidade da melhoria
da estrutura tecnológica do laboratório de informática do colégio e que outros
professores sejam estimulados a utilizarem as TICs no desenvolvimento das
disciplinas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As TICs podem auxiliar no processo de ensino e aprendizagem nas diversas
áreas do conhecimento. Para tanto, o professor precisa planejar as aulas para o uso
das TICs no espaço da sala de aula ou no laboratório de informática.
O trabalho revelou que a escola não apresenta uma rede de wifi que atenda
a necessidade da escola.
O aplicativo Google Classroom é um aplicativo gratuito que possibilitou o
desenvolvimento de atividades online na área do ensino da Química e estimulou a
interação entre os educandos e dos educandos com o objeto de estudo.
O trabalho contribuiu para os professores refletirem sobre os conhecimentos
básicos do uso de computadores e sua aplicação em ensino de Química.
O Programa do Desenvolvimento Educacional contribuiu para desenvolver as
habilidades de pesquisa, planejamento e reflexão crítica sobre o processo de ensino
e aprendizagem da área da Química e o uso das TICs.
Espera-se que este trabalho venha a contribuir para uma adequação da
internet e wifi nas escolas e que o uso das TICs seja enfatizado na formação inicial e
continuada dos professores de Química e de outras áreas do conhecimento.
REFERÊNCIAS
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