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Terapia ARV inicial e opções de resgate
Unaí Tupinambás
Faculdade de Medicina
UFMG
Declaração de potenciais conflitos de interesse
• Funcionário público Federal – professor da FM UFMG
• Membro do Comitê Assessor de TARV do DCCI do Ministério da Saúde
• Não recebi apoio da indústria farmacêutica para participar de congressos/palestras nos últimos anos
Desenvolvimento da aula
✓ Histórico ARV e consensos
✓ Opções de TARV inicial: Inibidores de Integrase (INI)
✓ Uso INI em situações especiais: ✓ gestantes✓ TBC ✓ terapia dupla
✓ Switch para: INI, terapia dupla: Quando? Quem?
✓ Resgate
2017-2018 2003 -
2008
• Didanosina
• Zalcitabina
• Estavudina
• Lamivudina
• Saquinavir HG
• Saquinavir SGC
• Indinavir
• Nevirapina
• Ritonavir
• Combivir
• Delavirdina
• Nelfinavir
• Abacavir
• Efavirenz
• Amprenavir
• Didanosina EC
• Lopinavir/r
• Trizivir (FDC)
• Tenofovir DF• AZT
• Atazanavir
• Emtricitabina
• Enfuvirtide
• Fos-APV
• Truvada
(FDC)
• Tipranavir
• Atripla (FDC)
• Darunavir
• Maraviroque
• Raltegravir
• Etravirina
2011- 2016
1983
• Rilpivirina/TDF/FTC
• Nevirapina XR
• Rilpivirina
• Elvitegravir/C/F/TDF
• Dolutegravir
• Cobicistat
• Dolutegravir/ABC/3TC
• Elvitegravir/C/F/TAF
• Darunavir/COBI
• Atazanavir/COBI
• FTC/TAF (10, 25 mg)
• Rilpivirina/TAF/FTC1987
• Raltegravir HD
• FTC/TDF
• D/C/F/TAF
• Bictegravir/TAF/FTC
• Dolutegravir/RIL
• Dolutegravir/3TC/TDF
•Dolutegravir/FTC/TAF
1990
2002
-
• ITRN• IP• ITRNN• Inibidor de fusão• Antagonista de CCR5• INI• Cobiscistat
30 anos de tratamento antirretroviral
Adaptado de Calmy A. Antiretroviral Drugs and Beyond. IAS plenary session, 26 July 2017
1950-2015
5
Year
sImpacto da resposta à epidemia na expectativa de vida
Source: The World Bank life expectancy data. http://data.worldbank.org/indictor/SP.DYN.LE00.IN.
●Novas formulações:● pílulas combinadas, pequenas, dose única
●Esquemas simplificados● Menos medicamentos, doses menores
●Programas de ampliação do acesso
●Novas classes (vírus multirresistentes):● Ac monoclonais, inibidores de entrada, de maturação e do capsídeo
6
Mudança de paradigmas na TARV:melhor tolerada, +simples, +”barata”, + acessível
90%90%
90%90%
Diagnosticados TARV Supressãoviral
SaudávelBoa qualidade
de vida
Baseado em: Calmy A. Antiretroviral Drugs and Beyond. IAS plenary session, 26 July 2017
OMS
Julho 2019
Brasil
Setembro/2017 & NT
2018/19
EACS
novembro/2019
DHHS nov/2019
Diretrizes de tratamento
INI
(DTG)
INI
(DTG, BIC)
*possibilidade
terapia dupla:
DTG/3TC
INI
(BIC, DTG)
INI
(BIC, DTG)
DTG,EFV, RAL
TDF TDF ou TAF(ABC somente com
3TC e DTG em pílula
combinada)
TDF ou TAF(ABC somente com
3TC e DTG em pílula combinada)
TAF TDF
3TC 3TC* ou FTC 3TC ou FTC 3TC ou FTC 3TC ou FTC
Brasil abr 2018 EACS nov 2019 DHHS nov 2019 IAS jul 2016 OMS 2019 →jul 2017
+ ++ + +
+ + + + +
Preferência por dose única diária e pílulas combinadas
Esquemas para início de TARV(Para maioria das PVHIV)
Estudos de INSTIs em esquemas de TARV para tratamento ARV inicial
▪ Taxas de descontinuação por eventos adversos numericamente menores com INSTs vs IPs ou NNRTIs; e não foi detectada resistência a BIC ou DTG nesses ensaios
Avaliação Regime INSTI Comparador Semanas Resultado vs Comparador
GS-1489[1] BIC/FTC/TAF DTG/ABC/3TC 96 Não inferior
GS-1490[2] BIC/FTC/TAF DTG + FTC/TAF 96 Não inferior
SINGLE[3] DTG + ABC/3TC EFV/FTC/TDF 144 Favorece INSTI
FLAMINGO[4] DTG + 2 NRTIs DRV + RTV + 2 NRTIs 96 Favorece INSTI
SPRING-2[5] DTG + 2 NRTIs RAL + 2 NRTIs 96 Não inferior
ARIA[6] DTG/ABC/3TC ATV + RTV + FTC/TDF 48 Favorece INSTI
ACTG A5257[7] RAL + FTC/TDF ATV ou DRV + RTV + FTC/TDF 96 Favorece INSTI*
STARTMRK[8] RAL + FTC/TDF EFV + FTC/TDF 240 Favorece INSTI
*Endpoint composto de falha virológica ou descontinuações por AEs.
1. Wohl. IDWeek 2018. Abstr LB4. 2. Stellbrink. Glasgow 2018. Abstr O211. 3. Walmsley. JAIDS. 2015;70:515. 4. Molina. Lancet HIV. 2015;2:e127. 5. Raffi. Lancet Infect Dis. 2013;13:927. 6. Orrell. Lancet HIV. 2017;4:e536. 7. Lennox. Ann Intern Med. 2014;161:461. 8. Rockstroh. JAIDS. 2013;63:77. Créditos do slide:
clinicaloptions.com
Dados NAMSAL e ADVANCE (N Engl J Med 2019. 381)
▪ NAMSAL: EFZ400mg versus DTG (ambos 2ITRN):
‒ Dados importantes: 33% com CV >500 mil cópias. Não inferioridade DTG (não mostrou superioridade); eficácia aquém dos ECR (74,5% DTG; 69% EFZ); ganho de peso grupo DTG
▪ ADVANCE: 3 braços: DTG+TDF/3TC, DTG+TAF/3TC e EFZ600mg/TDF/3TC
‒ Dados importantes: Não inferioridade, análise OT* sem diferença na eficácia, ganho de peso significativamente maior (adiposidade central) grupo >DTG+TAF e DTG+TDF
*em tratamento
Segurança DTG na gestação
0.090.080.030.04
Tsepamo: Prevalência de NTD por exposição a ARV
▪ Até março de 2019 a taxa de NTDs com DTG na concepção era menor que o indicado inicialmente
▪ Sem diferenças significativas em grandes malformações estruturais e em outros desfechos neonatais adversos com TARV com DTG vs sem DTG
ResultadoNa concepção DTG na
gravidez(n = 3840)
HIV negativo(n = 89.372)
DTG(n = 1683)
Sem DTG(n = 14.792)
EFV (n = 7959)
NTDs por exposições, n/N 5/1683 15/14792 3/7959 1/3840 70/89372
▪ Diferença de prevalência, % (95% IC) Ref0.20
(0.01-0.59)0.26
(0.07-0.66)0.27
(0.06-0.67)0.22
(0.05-0.62)
NTDs por exposições desde maio 2018, n/N 1/1275 1/3492 0/2172 1/1028 9/23,315
Zash. IAS 2019. Abstr MOAX0105LB. Zash. NEJM. 2019;[Epub].
Antes de maio 2018Análise atual
DTG Qualquer TARV sem DTG
EFV HIV negativo
Gravidez
NTD
s (%
, 95
% I
C)
DTG
Concepção
0.30
0.10 0.050.00
0.5
1
0
0.94
0.12
Créditos do slide: clinicaloptions.com
Brasil: Resultados no nascimento com exposição a EFV, DTG ou RAL durante a concepção
▪ Sem NTDs entre 1452 nascimentos com resultados
‒ Incidência com exposição a DTG: 0 (95% IC: 0-0.0099)
‒ Incidência sem exposição a DTG: 0 (95% IC: 0-0.003)
Pereira. IAS 2019. Abstr MOAX0104LB.
Resultados do nascimento, n (%)
Sem DTG (n = 1068)
Qualquer DTG (n = 384)
P Value
NTD 0 (0) 0 (0) -
Outros resultados▪ Nascimento vivo▪ Natimorto▪ Aborto
1025 (96.0)15 (1.4)28 (2.6)
359 (93.5)2 (0.5)
23 (6.0)
< 0,01
Diretrizes atuais da OMS sobre o uso de DTG emmulheres com potencial reprodutivo sem tratamento
▪ O DTG pode ser prescrito para mulheres adultas e adolescentes emidade reprodutiva ou com potencial reprodutivo que desejamengravidar ou que não usam ou possuem acesso a um contraceptivoconsistente e eficaz se foram completamente informadas do aumento no potencial risco de defeitos do tubo neural (naconcepção e até o final do primeiro trimestre).
Atualização das políticas de ARV da OMS. Julho 2019. Créditos do slide: clinicaloptions.com
Interações medicamentosas entre contraceptivos hormonais e ARVs
Diretrizes da OMS. Junho 2016.
Interação clinicamente nao significativa ou improvável
Potencial interação que pode requerer monitoramento ou uma alteração do esquema ARV
*Inclui 3TC, ABC, d4T, ddI, FTC, TAF, TDF, ZDV.
Contraceptivo
hormonal
NRTI IP NNRTI INSTI
Qualquer* ATV LPV DRV RTV EFV NVP ETR DTG RAL
Contraceptivos orais
combinados
Implante de etonogestrel
ou levonorgestrel
Etinilestradiol
transdérmico
Noretisterona
(noretindrona)
DMPA
Injetável
Créditos do slide: clinicaloptions.com
Diretrizes brasileiras de 2018[1] Diretrizes da OMS de 2019[2,3]
▪ RAL + 3TC/TDFz ▪ DTG* + 3TC (ou FTC) + TDF
Diretrizes nacionais brasileiras e diretrizes da OMS: Regimes recomendados durante a gravidez
1. Ministério Da Saúde. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas HIV/Aids. 2. OMS. Recomendações atualizadas sobre regimes antirretrovirais de primeira e segunda linha, e profilaxia e recomendações pós-exposição em diagnóstico de HIV em diagnóstico precoce de HIV na infância Guia provisório. Dez 2018. 3. Atualização das políticas de ARV da OMS. Julho 2019.
*Discuta o potencial aumento no risco de defeitos do tubo neural (na concepção e até o final do primeiro trimestre) com DTG para que o paciente possa fazer uma escolha informada.
Créditos do slide: clinicaloptions.com
Escolhendo TARV para pessoas com diagnóstico recente de co-infecção HIV/TB
HIV e TB
▪ Pacientes com HIV/AIDS e infecção por TB latente têm um risco 20 a 30 vezes maior de desenvolver TB ativa vs indivíduos sem HIV
▪ A TB é responsável 25% de todas as mortes por AIDS
▪ O TARV está associada a uma diminuição de ~ 60% a 90% na incidenciade TB ativa
▪ A TB não pode ser controlada se a infecção pelo HIV não estivercontrolada
Principais características de estudos que avaliam o melhormomento para início da TARV durante o tratamento da TB
1. Blanc. NEJM. 2011;365:1471. 2. Havlir. NEJM. 2011; 365:1482. 3. Abdool Karim. NEJM. 2010; 362:697.
*Depois de iniciar o tratamento para a TB.
Estudo LocalMomento de
início do TARV*
Principais critérios de inscriçãoContagem mediana
de células CD4+, células/mm3 (IQR)
Endpoint primárioStatus de
TB
Contagem de células CD4+, células/mm3
CAMELIA[1] Camboja 2 sem vs 8 sem Smear+ ≤ 200 25 (10-56) Morte
STRIDE[2] Multinacional 2 sem vs
8-12 semanasSmear+ ou TB clínica
< 250 77 (36-145)AIDS ou morte
SAPIT[3] África do SulEm até 4 semanas vs 8-12 semanas
Smear + < 500 150 (77-254) Morte
Créditos do slide: clinicaloptions.com
Efeito dos prazos de início da TARV durante terapia para TB namorte (CAMELIA) ou morte/AIDS (STRIDE, SAPIT)
40% ↓ P = .002
20% ↓ P = .45
11% ↓ P = .73
34% ↓ P = .004
42% ↓ P = .02
68% ↓ P = .06
Contagem de células CD4+ < 50 células/mm3
Geral
▪ Supressão virológica: não é afetada pelo tempo para início de TARV ao final do tratamento da TB
▪ Mudanças para TARV: maior no grupo imediato do SAPIT
1. Blanc. NEJM. 2011;365:1471. 2. Havlir. NEJM. 2011; 365:1482. 3. Abdool Karim. NEJM. 2011;365:1492.
Taxa
de
mo
rte
CAMELIA[1]
(por 100 PY)STRIDE[2]
(%)SAPIT[3]
(por 100 PY)
CAMELIA[1]
(por 100 PY)STRIDE[2]
(%)SAPIT[3]
(por 100 PY)
Taxa
de
mo
rte
6
108
24
0
14
1816
12
10
15
5
0
20
30
25
Precoce Postergado
Créditos do slide: clinicaloptions.com
Inicio de TARV em pacientes com HIV/TB
▪ AIDS avançado (contagem de células CD4+ < 50 células/mm³): Inicioimediato de TARV (em até 2 semanas) melhora a sobrevida
‒ Maior risco de IRIS, incluindo IRIS fatal
‒ Ainda assim, há um benefício geral na sobrevida
▪ Contagem de células CD4+ > 50 células/mm³: A TARV precoce (~ 2 meses) fornece um bom equilíbrio entre os riscos concorrentes de morte/AIDS vs IRIS
▪ No caso de envolvimento do SNC, não há benefício com a TARV imediata, e o risco pode ser maior.
Ministério Da Saúde. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas HIV/Aids. Zolopa. PLoS One. 2009;4:e5575. Török. Clin Infect Dis. 2011;52:1374. Créditos do slide:
clinicaloptions.com
Recomendações para TARV em pacientes com infecçõesoportunistas selecionadas
Infecção oportunista Recomendação para TARV
Pneumocistose (pneumonia) ▪ Iniciar TARV em até 2 semanas desde o diagnóstico de
PCP
Toxoplasma gondii (encefalite) ▪ Muitos médicos iniciam o TARV em até 2-3 semanas
▪ Com base em estudo A5164 -282 pacientes com
OIs - 13 pacientes (5%) com toxoplasmose
Tuberculose ▪ Iniciar TARV em até 2 semanas se CD4+ < 50
células/mm3,
antes das 8 semanas para os demais
▪ Considere DDIs e suporte para adesão
Meningite criptocócica ▪ Pode ser prudente postergar a TARV até depois da fase de
indução com antifúngico (4-6 semanas)
Ministério Da Saúde. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas HIV/Aids. Zolopa. PLoS One. 2009;4:e5575. Créditos do slide:
clinicaloptions.com
Diretrizes nacionais brasileiras: esquemas recomendados para TARV inicial para individuos com HIV/TB
▪ Iniciar tratamento para TB baseado em rifampicina▪ Genotipagem pré-TARV
Iniciar TARV*▪ EFV/3TC/TDF: se os resultados de GT não mostram
resistência a NNRTI▪ RAL + 3TC/TDF: Se os resultados de GT mostram
resistência a NNRTI e em casos em que não há tempo para esperar pelos resultados da genotipagem
*Há uma atualização em curso das diretrizes para recomendar DTG (50 mg duas vezes por dia se usada com rifampicina) + 3TC/TDF, similar às diretrizesda OMS.
TB
Em até 2 semanas se CD4+ < 50 células/mm3
Em até 8 semanas if CD4+ > 50 células/mm3
1. Ministério Da Saúde. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas HIV/Aids. 2. OMS. Recomendações atualizadas sobre regimes antirretrovirais de primeira e segunda linha, e profilaxia e recomendações pós-exposição em diagnóstico de HIV em diagnóstico precoce de HIV na infância Guia provisório. Dez 2018. 3. Atualização das políticas de ARV da OMS. Julho 2019. Créditos do slide:
clinicaloptions.com
INSPIRING: DTG BID + 2 NRTIs para pacientes de ART que recebem terapia para TB baseada em rifampicina▪ Estudo aberto, randomizado, não comparativo e controlado de fase IIIb
‒ Desfecho primário: RNA HIV-1 < 50 c/mL na Sem 48 em grupo de DTG (FDA snapshot modificado, ITT-E)
‒ Pacientes da África do Sul, Brasil, Peru, México, Rússia, Argentina e Tailândia
Dooley. Clin Infect Dis. 2019. [Epub]
Pacientes virgens de TARV com RNA HIV-1 ≥ 1000 c/mL, contagem de CD4+ ≥ 50
células/mm3 e co-infecção com TB sensível a RIF
(n = 113)
EFV 600 mg QD + 2 NRTIs(n = 44)
Sem 48
DTG 50 mg BID + 2 NRTIs(n = 69)
*O tratamento para TB a base de RIF pôde ser iniciado até 8 semanas antes da randomização e não depois da triagem (28 a 14 dias antes da randomização). †A mudança de dose de DTG ocorre 2 semanas após a conclusão do tratamento para TB.
Sem 24†
DTG 50 mg QD + 2 NRTIs(n = 69)
HRZE (2 meses)* HR (4 meses)Tratamento para TB (todos os pacientes)
Randomização
Créditos do slide: clinicaloptions.com
INSPIRING: Resultados de eficácia e PK
Sem nConcentração de DTG (média geométrica), ng/mL (90% IC)
DTG 50 mg BID + RIF (Fase de tratamento da TB)
8 42 870 (208-2340)
24 23 964 (LLQ-3380)
DTG 50 mg QD (Fase posterior ao tratamento da TB)
36 27 854 (64.7-3310)
48 26 881 (47.1-3310)
RN
A H
IV-1
< 5
0 c
óp
ias/
mL
(%)
▪ Não participantes da analise FDA snapshot 17* no grupo de DTG; 8† no grupo de EFV
Dooley. Clin Infect Dis. 2019. [Epub]
60
100
80
20
40
0
51
0
8180 8289
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 44 48 52Sem
82 (95% IC: 70-93)
8175 75
(95% IC: 65-86)
41
59
0 14
DTG (n = 69)EFV 400 (n = 44)
*Todos descontados para descontinuação não relacionada ao tratamento.†4 pacientes descontinuados por problemas não relacionados ao tratamento; 2 pacientes descontinuados por AEs relacionadas ao medicamento; 2 pacientes tinham RNA do HIV-1 ≥ 50 cópias/mL.
Créditos do slide: clinicaloptions.com
Terapia dupla inicial?
Outra opção possível para TARV inicial? GEMINI-1 e -2: DTG + 3TC em adultos virgens de TARV
▪ Estudos de fase III paralelos, internacionais, randomizados, duplo-cegos, de não inferioridade
▪ Desfechos secundários na Sem 96: RNA HIV-1 < 50 cópias/mL (FDA snapchot e análises de TRDF); AEs; resistência; mudanças em comparação com linha de base em parâmetros ósseos, renais e lipídicos (TRDF: time to treatment related discontinuation)
▪ TRDF: descontinuação relacionada ao tratamento
Adultos sem TARV com RNA HIV-1 de 1000-500.000 cópias/mL, ≤ 10 dias de
TARV prévia, sem mutações principais de resistência a RT ou IP, sem infecção com HBV ou HCV que necessite tratamento
(n = 1433)
DTG + 3TC PO QD (n = 716)
DTG + FTC/TDF PO QD(n = 717)
Sem 144
Endpoint primárioSem 48
Estratificado por RNA HIV-1 (≤ vs > 100.000 cópias/mL), contagem de células CD4+ (≤ vs > 200 células/mm³)
Monitoramento em 28 dias após o início do estudo; estudos com duplo-cego até semana 96, abertos até semana 144.
Continuação de DTG + 3TC permitida
Análise atualSem 96
Cahn. IAS 2019. Abstr WEAB0404LB. NCT02831673. NCT02831764. Créditos do slide: clinicaloptions.com
GEMINI-1 e -2: Resposta virológica
▪ DTG + 3TC atendeu aos critérios de nao-inferioridade vs DTG + FTC/TDF na Sem 96
▪ Sem emergencia de resistecia ao tratamento observada em pacientes com falha virologica confirmada
*Ajustado por RNA HIV-1 pré-tratamento, contagem de células CD4+ pré-tratamento e por estudo.
Endpoint, % (n)DTG + 3TC(n = 716)
DTG + FTC/TDF(n = 717)
Diferença,* % (95% IC)
Participantes 86.0 (616) 89.5 (642) -3,4 (-6,7 a 0)
AR
N d
o H
IV-1
< 5
0
cóp
ias/
mL,
%
(9
5%
IC)
100
80
60
40
20
00 4 8 12 16 24 36 48 60 72 84 96
Sem
87.093.2 91.5 87.2 86.0
89.589.493.393.4
84.4
Cahn. IAS 2019. Abstr WEAB0404LB. Créditos do slide: clinicaloptions.com
GEMINI-1 and -2: Virologic Response at Wk 96 by Baseline HIV-1 RNA and CD4+ Cell Count
FDA Snapshot Analysis TRDF Analysis*
> 100,000≤ 100,000
BL HIV-1 RNA, copies/mL
> 200 ≤ 200
BL CD4+ Cell Count, cells/mm3
> 200 ≤ 200
BL CD4+ Cell Count, cells/mm3
BL HIV-1 RNA, copies/mL
499/576
510/564
117/140
132/153
573/653
594/662
43/63
48/55
560/576
545/564
132/140
146/153
633/653
638/662
59/63
53/55
Cahn. IAS 2019. Abstr WEAB0404LB. Reproduced with permission. Slide credit: clinicaloptions.com
n/N =
DTG + 3TC DTG + FTC/TDF
*Accounts for CVW, withdrawal for lack of efficacy or treatment-related AEs, and participants meeting protocol-defined stopping criteria.
Pat
ien
ts W
ith
HIV
-1 R
NA
<
50
co
pie
s/m
L (%
)
100
80
60
40
20
0
87 9084 86 88 90
68
87
Pat
ien
ts W
ith
ou
t TR
DF
(%)
n/N =
100
80
60
40
20
0
97 97 9794 9495 96 96
> 100,000≤ 100,000
Conclusões: TARV inicial
▪ O regime inicial preferencial no Brasil é DTG + 3TC/TDF
‒ O DTG apresenta uma eficácia não inferior e maior barreira de resistênciavs EFV
▪ O RAL e DTG demonstraram uma eficácia superior e segurançacomparável vs efavirenz quando iniciado no segundo ou terceirotrimestre da gravidez
▪ A combinação DTG + 3TC parece ser eficaz (não inferior a TARV com terapia tripla), apresentando baixo risco de resistência em estudosclínicos até o momento. Cuidado ao utilizar em PVHIV com doençaavançada (CD4<200).
Créditos do slide: clinicaloptions.com
Quando fazer switch? para terapia dupla(PVHIV virologicamente suprimidas)
• De ITRNN ou IP/r para INI
• De terapia tripla para terapia dupla (“desintensificação”)
Substituição de EFV ou IP-r por dolutegravir
Substituição para quem?
“... Desse modo, não é recomendada a substituição(switch) para esquemas com DTG em PVHIV com boaadesão à TARV atual, bem adaptados, sem sinais detoxicidade medicamentosa e em supressão viral estável, umavez que os riscos de troca para DTG podem superar osbenefícios.”
Para quem precisa!
• Ausência de resistência prévia a TARV
• Ausência de falha prévia a TARV
• >12 anos
• Primeiro esquema ou troca prévia por intolerância
• Carga viral <50 nos últimos 6 meses
Para quem pode!
Substituição para quem?
Substituição por DTG para quem?
Quem não pode?
• PVHIV com CV-HIV detectável
• PVHIV em abandono de tratamento
• Crianças menores de 12 anos
• Gestantes
• Uso concomitante de carbamazepina, oxicarbamazepina, fenitobarbital oufenitoína
Tenofovir, não dá...
AZT, nem pensar.Abacavir,
melhor não...
DDI?
Cê tá louco?!?
Esquemas sem ITRN?
Esquemas duplos?
Troca terapia tripla > terapia dupla
LVP/r + 3TC = 2 ITRN + LPV/r GARDEL
DRV/r + 3TC = TDF/3TC + DRV/r ANDES; resultado de 48 sem
LPV/r + RAL = 2ITRN + LPV/r PROGRESS: CV baixa no baseline
DRV/r + RAL = 2 ITRN + DRV/r
= 2 ITRN + RAL
NEAT: Pior se CD4 <200 ou CV > 100.000
A5262 (aberto): 4x mais falhas se CV>100.000
3TC + DTG = 2ITRN+DTG*(*maior falha CV acima de 500mil
copias e CD4 <200)
PADDLE: piloto, braço único, 90% de sucesso
ACTG 5353: piloto, braço único, 90% sucesso
GEMINI, ASPIRE, TRULIGHT (em andamento,
fase 3)
Quando não há “2 ITRN”...
Cahn et al.Lancet Infect Dis. 2014;14:572-580. Raffi et al. Lancet. 2014;384:1942-1951. Taiwo et al. AIDS. 2011;25:2113-2122.Bedimo et al. PLoS One. 2014;9:e106221. Figueroa et al. 15th EACS 2015; Barcelona, Spain. Abstract 114963
Descontinuação por efeitos adversos
Fraturas
com
booster
com
booster
sem
booster
sem
booster
TAF vs. TDF
Vantagem restrita aos esquemas
com booster (RTV ou cobi)
revisão sistemática
11 estudos randomizados
Hill et al. 218 Journal of Virus Eradication 2018; 4: 73–80
Considerações sobre a mudança de esquemas de TARV em pacientes virologicamente suprimidos
Comorbilidade:▪ Co-infecção com HBV
▪ Doença ou risco cardiovascular
▪ Função renal
▪ Densidade mineral óssea
▪ Gravidez
▪ Outras co-infecções
Segurança:
▪ Revise intolerância no histórico de TARV
▪ Deve ser negativo a HLA-B*5701 se for considerado ABC
▪ Considere interações medicamentosas
Resistência a medicamentos:
▪ Revise possível falha virologica no histórico de TARV
▪ Revise os resultados de todos os testes de resistência disponíveis
▪ Se a resistência prévia não é conhecida, considere a troca apenas se o novo esquema possa manter a supressão de vírus resistente
▪ Tenha cuidado ao mudar de um esquema com IP/r para um esquema baseado em outra classe se o histórico completo de tratamento/resistência for desconhecido
▪ Consulte um especialista ao fazer a mudança se houver resistência a ≥ 1 classe
▪ As mudanças dentro da classe normalmente mantêm a supressão virológica se não houver resistência a medicamentos nessa classe
Créditos do slide: clinicaloptions.com
Terapia de resgate
Potência e barreira genética
Medicamentos ativos
Novas classes
Histórico ARV
CD4 e CV
Potência x Barreira genética
Shafer, RW. Infect Genet Evol. 2016 Dec; 46: 292–307
Resgate 1ª linha
▪ Falha ITRN+ITRNN
▪ Falha ITRN+IP/r
▪ Falha ITRN+Integrase (DTG)
Va
ler
et a
l. A
IDS
18
, 20
94
–20
96
(2
00
4)
Ga
llan
t et
al.
JAM
A, 2
92
, 20
04
Estudo TenoRes: falha inicial de TDF + 3TC/FTC + EFV/NVP
44 estudos, 36 países, 1.926 indivíduos
Estudos Clínicos Randomizados com TDF/XTC + ITRNN
Resistência na falha com ITRNN
1.277 pacientes HIV+ em falha
sob 2 ITRN + ITRNN
LPV/r + 2-3 ITRN*
LPV/r + RAL
LPV/r + RAL
IP/r monoterapia
Seguimento de 144 semanas
Estudo abertoÁfrica subsaariana
4 anos de TARVCD4 = 71
CV = 70.00042% c/ CV>100.000
IMC = 21
Paton et al. N Engl J Med 2014;371:234
12 sem
96 sem
*ITRN novos ou reciclados
escolhidos pelo clínico
SEM genotipagem
Resgate de 2 ITRN + ITRNN sem genotipagemEstudo EARNST
IP/r + RAL comparável a IP/r + ITRNs• SECOND-LINE e ACTG 5273: resultados similares
LPV/RTV + RAL
(n = 433)
LPV/RTV + 2/3
ITRNs
(n = 426)
LPV/RTV
monoterapia
(n = 418)
Adaptado de: clinicaloptions.com
10
08
06
04
02
00
Pacie
nte
s (
%)
HIV-1 RNA < 50
cp/mL,
semana 96
7473
44
P < .001
HIV-1 RNA < 400 cp/mL na
sem 144
0
20
40
60
80
100
LPV/r + ITRN(Número de ITRN
ativos
Pts
(%
)
88
0 LPV/r + RAL
7781
85
61
1 2-3 LPV/r
Paton NI, et al. N Engl J Med. 2014;371:234-247.Paton, NI, et al. ACHA 2015.
EARNEST
⮚ A mudança dos ITRN no esquema de segunda linha é necessária?
⮚ Manter TDF beneficiaria os pacientes (tolerância e posologia)
DAWNING: DTG vs LPV/RTV em 2a Linha
~70% dos com 184V usaram
XTC2 ITRN + DTG (n = 312)
2 ITRN + LPV/r (n = 312)2 ITRN + LPV/r (n = 312)
DAWNING, sem 48 Resposta segundo a presença da 184V e uso de
XTC
Resgate 1ª falha com IP/rFalha de 1ª. Linha
pacientes virgens de IP
ou
falha de IP/r
IP/r 100% ativo
Mutações na falha de esquema inicial com IP/r
• São muito raras• Fatores de risco:
• Subtipos C e A• CD4 baixo, carga viral alta• Esquemas subótimos (mono IP/r, interações, subdose)• Monitorização esporádica / Falha prolongada
• DRV/r em geral se mantém preservado
Lembretes importantes
✓ Só inicie TARV se o paciente esta plenamente ciente de sua importância e da necessidade uso correto
✓ 1ª falha em paciente sem histórico de exposição prévia aos ARV:avaliar fatores de risco associados com adesão. Vulnerabilidades sociais, depressão, interações medicamentosas
✓ Converse com todos os colegas do serviço especializado no sentido de favorecer a adesão (quebrar barreiras e acesso tanto aos ARVscomo aos profissionais saúde)
Obrigado!