19

TECNOLOGIAS, ENSINO DE GEOGRAFIA, CIDADANIA E … · sendo um projeto para intervir no Centro Estadual de ... A informática escolar deve ser vista como ferramenta na ... ponte estática,

  • Upload
    voduong

  • View
    216

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: TECNOLOGIAS, ENSINO DE GEOGRAFIA, CIDADANIA E … · sendo um projeto para intervir no Centro Estadual de ... A informática escolar deve ser vista como ferramenta na ... ponte estática,
Page 2: TECNOLOGIAS, ENSINO DE GEOGRAFIA, CIDADANIA E … · sendo um projeto para intervir no Centro Estadual de ... A informática escolar deve ser vista como ferramenta na ... ponte estática,

1

TECNOLOGIAS, ENSINO DE GEOGRAFIA, CIDADANIA E TRABALHO

Autora: Alda Mary Santos Vainer1

Orientador: Paulo Nobukuni2

RESUMOO artigo resulta das atividades desenvolvidas junto ao PDE (Programa de

Desenvolvimento Educacional), uma iniciativa do Governo do Estado do Paraná,

sendo um projeto para intervir no Centro Estadual de Jovens e Adultos (CEEBJA),

de Laranjeiras do Sul. Como a problemática foi sobre as dificuldades no ensino de

Geografia, o objetivo foi avançar em relação à estas, utilizando-se um conteúdo

pertinente e procedimentos diferenciados para desenvolvê-lo. Os alunos envolvidos,

em princípio, demonstraram aversão ao uso de determinados procedimentos, para

desenvolver o conteúdo, como, por exemplo, da Internet e aplicativos de informática,

inclusive alguns argumentaram que isto não iria fazer diferença no seu cotidiano. A

grande maioria não usava ou pouco utilizava o computador e a Internet. Com o

desenvolver das ações, ocorreu uma melhor aceitação dos referidos itens. Estes,

também propiciaram a melhoria no estudo afeito à Geografia, mostarndo serem úteis

quanto ao processo ensino-aprendizagem.

Palavras-chave: Tecnologias, ensino de Geografia, cidadania e trabalho

1. INTRODUÇÃO

O presente artigo é resultado das atividades desenvolvidas junto ao PDE,

uma iniciativa do Governo do Estado do Paraná.

No primeiro semestre de 2010, foi desenvolvido um projeto para intervir

no CEEBJA, de Laranjeiras do Sul, Paraná. Nos seis meses posteriores, preparou-

se o material didático pedagógico para intervenção na escola. No próximo semestre,

1 Autora e professora PDE da disciplina de Geografia do Município de Laranjeiras do Sul, Estado do Paraná.

2 Orientador e Professor da UNICENTRO – Guarapuava - PR

Page 3: TECNOLOGIAS, ENSINO DE GEOGRAFIA, CIDADANIA E … · sendo um projeto para intervir no Centro Estadual de ... A informática escolar deve ser vista como ferramenta na ... ponte estática,

2

houve a implementação do que foi projetado e, nos últimos seis meses,

sistematizou-se as ações desenvolvidas na escola, culminando com este artigo.

Como a problemática era sobre as dificuldades no ensino de Geografia, o

objetivo geral foi quanto a avançar em relação à esta. Especificamente, procurou-se

desenvolver um conteúdo pertinente, bem como utilizar procedimentos diferenciados

para desenvolvê-lo.

2. DESENVOLVIMENTO GERAL

Perante a problemática da dificuldade no ensino de Geografia e a

pertinência em avançar em relação à esta, desenvolveu-se um conteúdo relevante à

realidade do corpo discente, que foi sobre alguns aspectos da questão urbana de

Laranjeiras do Sul.

Para desenvolver o item anteriormente referido, utilizaram-se de alguns

procedimentos diferenciados, em especial o estudo do meio, inclusive, através do

uso de equipamentos filmofotográficos e de informática.

O descrito foi composto em um processo formado de quatro partes

interligadas, sendo elas o projeto de intervenção no CEEBJA; a seleção do material,

dos equipamentos e aplicativos para lidar com o primeiro, para intervir na escola; a

implementação do projetado; bem como a sistematização das ações desenvolvidas

na unidade escolar e sua publicização.

Além de partir de algo concreto do cotidiano escolar, que foi a dificuldade

sentida no processo ensino-aprendizagem em Geografia; assim como daquilo

vivenciado fora da escola pelos alunos e professores, que é a questão urbana de

Laranjeiras do Sul; embasou-se teoricamente, para melhor avançar-se sobre a

realidade, sendo esta última parte constituída pela fundamentação teórica.

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

“Ensinar inexiste sem aprender e vice-versa e foi aprendendo socialmente que, historicamente, mulheres e homens descobriram que era possível ensinar. Foi assim, socialmente aprendendo, que ao longo dos tempos mulheres e homens perceberam que era possível

Page 4: TECNOLOGIAS, ENSINO DE GEOGRAFIA, CIDADANIA E … · sendo um projeto para intervir no Centro Estadual de ... A informática escolar deve ser vista como ferramenta na ... ponte estática,

3

– depois, preciso – trabalhar maneiras, caminhos, métodos de ensinar” (FREIRE, 1997, p. 26).

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A EJA

Historicamente no Brasil, as políticas para a educação de jovens e adultos

ficaram restritas ao processo de alfabetização. É recente o reconhecimento, a

conquista e a definição desta modalidade de ensino como política pública de acesso

à escolarização. Conforme Diretrizes Curriculares da EJA – Paraná (PARANÁ,

2006), como modalidade educacional que atende a alunos trabalhadores, a

educação de jovens e adultos tem como finalidade e objetivos o compromisso com a

formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo que os educandos

aprimorem sua consciência crítica e adotem posturas éticas e compromisso político,

para o desenvolvimento da sua autonomia intelectual.

Assim, é função da EJA, ao receber o indivíduo jovem e adulto,

proporcionar-lhe uma educação que permita retomar seu potencial, desenvolver

habilidades, confirmar competências adquiridas na educação extra-escolar e na

própria vida, visando torná-lo um profissional mais qualificado, atuante na sociedade.

Para esses educandos que não tiveram acesso ou continuidade da escolarização na

denominada idade própria, a modalidade em pauta é uma possibilidade de

desenvolvimento humano, intelectual, profissional e social. É uma forma de superar

a marginalização social a que normalmente encontra-se este tipo de educando.

Na década de 1990 foi promulgada a atual Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional, numerada como 9394/96, onde a EJA passa a ser considerada

uma modalidade da Educação Básica nas etapas do Ensino Fundamental e Médio e

com especificidade própria. Em maio de 2000 foram promulgadas as Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos, elaborada pelo

Conselho Nacional de Educação, que superaram a visão preconceituosa do

analfabeto ou iletrado como inculto ou apto apenas para as tarefas e funções ditas

desqualificadas no mundo do trabalho. Além disso, reconhece que a diversidade

Page 5: TECNOLOGIAS, ENSINO DE GEOGRAFIA, CIDADANIA E … · sendo um projeto para intervir no Centro Estadual de ... A informática escolar deve ser vista como ferramenta na ... ponte estática,

4

cultural e regional, presente nos diferentes estratos sociais, é portadora de uma rica

cultura baseada na oralidade.

As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e

Adultos passaram a valorizar ainda as especificidades de tempo e espaço para seus

educandos, o tratamento presencial dos conteúdos curriculares, a importância em

distinguirem-se as duas faixas etárias (jovens e adultos) consignadas nesta

modalidade de educação e a formulação de projetos pedagógicos próprios e

específicos dos cursos noturnos regulares e os da EJA.

As diretrizes ressaltam ainda a EJA como direito e substituíram a idéia de

compensação pelos princípios de reparação e equidade. Nesse contexto, a

educação de jovens e adultos foi incluída no Plano Nacional de Educação (PNE),

aprovado e sancionado em 9 de janeiro de 2001, pelo Governo Federal do Brasil.

ALFABETIZAÇÃO DIGITAL

Atualmente pode-se afirmar que as pessoas podem estar inseridas

também no mundo digital, sendo que para tal é necessário que exista uma educação

desta modalidade, o que envolve desde a denominada alfabetização da mesma,

constituindo o início da compreensão da informática e derivando para outros níveis

deste saber.

O conhecimento em informática poderá ser uma forma de

desmarginalização, inserindo o indivíduo como cidadão no mundo contemporâneo

(TAKAHASHI, 2000).

A partir do investimento em alfabetização digital pode-se garantir um

melhor aprendizado escolar, oportunidades de futuro e emprego para a população e

maiores perspectivas para o desenvolvimento da sociedade em geral.

Takahashi (2000) afirma ainda que o indivíduo moderno está inserido na

denominada ‘sociedade da informação’, onde se exige o conhecimento em

informática, sendo este um dos critérios para que se seja cidadão de fato.

Nesse sentido, Kenski (2010, p. 64) corrobora tal afirmação ao garantir

que:

Page 6: TECNOLOGIAS, ENSINO DE GEOGRAFIA, CIDADANIA E … · sendo um projeto para intervir no Centro Estadual de ... A informática escolar deve ser vista como ferramenta na ... ponte estática,

5

Estar fora dessa nova realidade social – chamada de Sociedade da Informação – é estar alijado das decisões e do movimento global da economia, das finanças, das políticas, das informações e interações com o mundo. A sociedade excluída do atual estágio de desenvolvimento tecnológico está ameaçada de viver em estado permanente de dominação, subserviência e barbárie.

Este conhecimento mínimo passa por atividades corriqueiras como

movimentar a conta bancária em um terminal de auto-atendimento bancário, pela

internet; falar ao telefone; trocar mensagens com pessoas do outro lado do mundo;

verificar multas de trânsito; comprar; pesquisar ou estudar. Essas atividades

cotidianas estão presentes no mundo todo, no entanto, existe uma grande parcela

da população que não tem conhecimento para usufruir dessa tecnologia da

informação e é com essa que se deve preocupar, pois proporcionar esse

conhecimento é tarefa de toda sociedade.

A chamada sociedade da informação pode trazer consigo uma mudança

profunda na organização de si e da economia de um local além de uma marcante

dimensão social devido ao seu elevado potencial de promover a integração entre as

regiões, ao reduzir distâncias entre as pessoas e poder aumentar o seu nível de

conhecimento.

Para atingir este objetivo deve-se partir do pressuposto que as

necessidades básicas para a vida do ser humano ultrapassam o simples saciar da

fome, das condições de moradia, assistência à saúde, etc. Aí estão inclusas também

a necessidade básica de conhecimento e domínio tecnológico através da

alfabetização digital, que poderá ser uma etapa imprescindível para a

desmarginalização social.

A tecnologia está imersa na sociedade, a realidade está posta e a escola

sendo parte daquela, não pode ficar alheia ao desenvolvimento, podendo contribuir

através da informática educativa como um dos caminhos possíveis para superar

este problema social.

A informática escolar deve ser vista como ferramenta na possibilidade de

construção do conhecimento, promovendo produção e autoria, não somente mera

possibilidade de absorção de informações.

Page 7: TECNOLOGIAS, ENSINO DE GEOGRAFIA, CIDADANIA E … · sendo um projeto para intervir no Centro Estadual de ... A informática escolar deve ser vista como ferramenta na ... ponte estática,

6

Assim, a escola não pode ficar alheia a essa ferramenta e buscar

alternativas para inserir os alunos neste contexto é fundamental.

EDUCAÇÃO E RECURSOS DA INFORMÁTICA

A sociedade vive atualmente um acelerado momento de mudanças e a

tecnologia está presente direta ou indiretamente na vida e assim sendo, ela não

pode estar ausente da escola.

Algumas formas de ministrar aulas estão obsoletas e ultrapassadas e esta

sensação é sentida tanto por professores quanto por alunos e, portanto, é

necessário incorporar novas ferramentas à prática pedagógica. Torna-se

imprescindível combinar momentos convencionais com outros, onde o professor

torna-se o estimulador e coordenador das ações. É claro que só as Tecnologias da

Informação e Comunicação (TIC’s) não resolvem o problema, pois o uso delas só

justifica-se caso contribua para a melhoria na qualidade do ensino.

Para Moran (2001, p.13), há uma preocupação com ensino de qualidade

mais do que com educação de qualidade. Segundo ele, ensino e educação são

conceitos distintos, pois:

Na educação o foco, além de ensinar, é ajudar a integrar ensino e vida, conhecimento e ética, reflexão e ação, a ter uma visão da totalidade. Educar é ajudar a integrar todas as dimensões da vida, a encontrar nosso caminho intelectual, emocional, profissional, que nos realize e que contribua para modificar a sociedade que temos.

Existem muitos caminhos que facilitam a aprendizagem, entre eles pode-

se falar em aprender pela necessidade, por interesse, por prazer, por preferência de

um ou outro assunto, por estímulo, desafio, etc., assim se aprende também com a

Internet, sendo esse processo permanente.

Os educadores devem adaptar-se à programação, às reais necessidades

dos alunos, incorporando o novo. Nesse sentido, Brunel (2008, p. 23) diz que “[...]

precisamos repensar o espaço escolar e desta maneira agirmos para mudar aquilo

Page 8: TECNOLOGIAS, ENSINO DE GEOGRAFIA, CIDADANIA E … · sendo um projeto para intervir no Centro Estadual de ... A informática escolar deve ser vista como ferramenta na ... ponte estática,

7

que não acrescenta muito e trabalharmos na construção de novas relações entre os

sujeitos que ocupam o espaço da EJA”.

Atualmente, a informação, os dados, imagens, resumos estão disponíveis

na Internet de forma atraente, colorida e dinâmica. O professor não é mais o

detentor do conhecimento. A ele cabe contextualizar, relacionar, interpretar,

problematizar, sintetizar as informações, atuando como mediador neste processo de

aquisição do conhecimento para que este seja significativo ao aluno e a informação

seja incorporada. Neste sentido MASETTO, apresenta a seguinte concepção de

mediação pedagógica:

Por mediação pedagógica entendemos a atitude, o comportamento do professor que se coloca como um facilitador, incentivador ou motivador da aprendizagem, que se apresenta com a disposição de ser uma ponte entre o aprendiz e sua aprendizagem – não uma ponte estática, mas uma ponte “rolante”, que ativamente colabora para que o aprendiz chegue aos seus objetivos. É a forma de se apresentar e tratar um conteúdo ou tema que ajuda o aprendiz a coletar informações, relacioná-las, organizá-las, manipulá-las, discuti-las, debatê-las, com seus colegas, com o professor e com outras pessoas (interaprendizagem), até chegar a produzir um conhecimento que seja significativo para ele, conhecimento que se incorpore ao seu mundo intelectual e vivencial, e que o ajude a compreender sua realidade humana e social, e mesmo a interferir nela. (2001, p.144-145).

Lévy (2000, p. 158) diz também que

“todas as tecnologias intelectuais da cibercultura disponíveis atualmente favorecem a aprendizagem personalizada e a aprendizagem coletiva em rede e ao professor reserva-se o papel de“animador da inteligência coletiva de seus grupos de alunos em vez de um fornecedor direto de conhecimentos”.

Diante do exposto, cabe ao professor integrar as tecnologias disponíveis

ao seu cotidiano de maneira adequada para cada situação ou grupo de aprendizes,

ajudando os alunos a aprender melhor e nesse sentido, Gasparin (2002, p.144)

afirma que:

Page 9: TECNOLOGIAS, ENSINO DE GEOGRAFIA, CIDADANIA E … · sendo um projeto para intervir no Centro Estadual de ... A informática escolar deve ser vista como ferramenta na ... ponte estática,

8

“Professor e alunos modificam-se intelectual e qualitativamente em relação a suas concepções sobre o conteúdo que reconstruíram, passando de um estagio de menor compreensão científica a uma fase de maior clareza e compreensão dessa concepção dentro da totalidade”.

O ENSINO DA GEOGRAFIA

Durante muito tempo o ensino da Geografia limitou-se a explicitar a

realidade de um espaço praticamente fixo, como se o homem fosse um ser alheio

àquele ambiente. Exigia-se do aluno que memorizasse nomes de rios, capitais,

acidentes geográficos, etc., esquecendo seu dinamismo. Era a chamada Geografia

Clássica, que enfatizava a observação e a descrição minuciosa do local em estudo.

A partir da década de 1930 deu-se a institucionalização da Geografia no

Brasil quando as pesquisas procuravam compreender e descrever o território

brasileiro com o intuito de servir aos interesses políticos e econômicos do Estado.

Era necessário um levantamento detalhado sobre os recursos naturais do país, além

dos dados demográficos, para efetivar objetivos tais como a exploração mineral e

desenvolver a indústria de base e políticas sociais.

Essa forma de abordagem do conhecimento em Geografia perdurou até os anos de 1950-1960, caracterizando-se, na escola, por um ensino de compêndio e pela ênfase na memorização de fatos e informações que refletiam a valorização dos conteúdos em si, sem levar, necessariamente, a compreensão do espaço (PARANÁ, 2008).

O foco do ensino de Geografia consistia na descrição do espaço, na

formação e fortalecimento do nacionalismo. Esse modo de ensinar ficou conhecido

como Geografia Tradicional.

Contrapondo-se ao método da Geografia Tradicional surge a Geografia

Crítica, que propõe uma análise crítica do espaço geográfico, compreendido como

sendo um espaço social, produzido e reproduzido pela sociedade humana.

A Geografia Crítica propõe valorizar os aspectos históricos e a análise dos

processos econômicos, sociais e políticos constitutivos do espaço geográfico,

utilizando o método dialético, sendo que segundo esse, nenhum fenômeno pode ser

Page 10: TECNOLOGIAS, ENSINO DE GEOGRAFIA, CIDADANIA E … · sendo um projeto para intervir no Centro Estadual de ... A informática escolar deve ser vista como ferramenta na ... ponte estática,

9

entendido isoladamente, só é possível conhecer o particular quando situado na

totalidade.

Ainda, de acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica de

Geografia (PARANÁ, 2008, p. 53), a disciplina Geografia tem um papel importante

na formação dos alunos e

entende-se que, para a formação de um aluno consciente das relações socioespaciais de seu tempo, o ensino de Geografia deve assumir o quadro conceitual das abordagens críticas dessa disciplina, que propõem a analise dos conflitos e contradições sociais, econômicas, culturais e políticas, constitutivas de um determinado espaço.

Conforme as referidas diretrizes, para a análise dos conflitos e

contradições sociais, há necessidade que o aluno tenha conhecimento e

compreenda a realidade, que seja capaz de comparar crenças e certezas anteriores

e reformular suas posições. O conhecimento da realidade faz-se de forma contínua

e gradual e nesse processo o professor tem papel vital, mediando o processo de

ensino aprendizagem, sendo necessário que este esteja preparado para

desempenhar este papel. Esse é o maior desafio, tendo sempre uma nova postura

enquanto educadores da escola contemporânea.

Os grupos humanos desde suas primeiras formas de organização sempre

estabeleceram relações com a natureza como parte estratégica para garantir sua

sobrevivência. Observar e conhecer a dinâmica das estações do ano, a direção dos

ventos, o movimento das marés ou as variações climáticas, permitiu às sociedades

se relacionarem com a natureza e modificá-la em benefício próprio.

Assim, ao pensar o ensino de Geografia para jovens e adultos, que

atenda a educandos-trabalhadores, com características e histórias de vida

diferenciadas e na maioria das vezes excluídos da escola por razões diversas, deve-

se ter em mente uma maneira de ensinar dinâmica e crítica, interligada com a

realidade próxima, que permita aos alunos apropriarem-se dos conceitos

fundamentais da Geografia compreendendo o processo de produção e

transformação do espaço geográfico como um processo histórico.

Page 11: TECNOLOGIAS, ENSINO DE GEOGRAFIA, CIDADANIA E … · sendo um projeto para intervir no Centro Estadual de ... A informática escolar deve ser vista como ferramenta na ... ponte estática,

10

O ensino da Geografia, portanto, pode e deve contribuir para a formação

de um sujeito capaz de interferir na realidade de maneira consciente e crítica,

alterando assim sua condição social. Nessa perspectiva de ensino, Soek (2009, p.

25) confirma o descrito quando nos diz que:

os conteúdos de Geografia podem auxiliar no desenvolvimento mental do educando, uma vez que esse desenvolvimento serádeterminado pelo contexto histórico e cultural no qual ele está inserido. Isso permitirá que ele entenda a realidade em que vive para nela agir.

Conforme Takahashi (2000, p. 45), no Livro verde, no que diz respeito à

função de educar para a sociedade da informação,

trata-se de investir na criação de competências suficientemente amplas que lhes permitam ter uma atuação efetiva na produção de bens e serviços, tomar decisões fundamentadas no conhecimento, operar com fluência os novos meios e ferramentas em seu trabalho, bem como aplicar criativamente as novas mídias, seja em usos simples e rotineiros, seja em aplicações mais sofisticadas. Trata-se também de formar os indivíduos para “aprender a aprender” de modo a serem capazes de lidar positivamente com a contínua e acelerada transformação da base tecnológica.

4. A INTERVENÇÃO NO CEEBJA – PASSO A PASSO

Em um primeiro momento, apresentou-se a proposta de trabalho aos

discentes do ensino médio, esclarecendo que a mesma era de conhecimento da

direção e equipe pedagógica do CEEBJA de Laranjeiras do Sul.

Destacou-se Destacou-se que a problemática a ser tratada seria a da

dificuldade no ensino de Geografia, bem como da pertinência em avançar em

relação à mesma.

Ainda, esclareceu-se que para desenvolver o trabalho, seria desenvolvido

um conteúdo relevante à realidade do corpo discente, sendo este sobre alguns

aspectos da questão urbana de Laranjeiras do Sul.

Page 12: TECNOLOGIAS, ENSINO DE GEOGRAFIA, CIDADANIA E … · sendo um projeto para intervir no Centro Estadual de ... A informática escolar deve ser vista como ferramenta na ... ponte estática,

11

Também, destacou-se que o desenvolvimento do tema referido no

parágrafo anterior, seria através de determinados procedimentos, utilizando-se, por

exemplo, do estudo do meio, da Internet, aplicativos de informática, dentre outros,

que surgiriam posteriormente.

Quanto ao estudo do meio, esclareceu-se aos alunos, que seria através

de atividade prática, como a observação de pessoas, dos fluxos e itens que

compõem a paisagem. Isto seria filmado e apresentado, inclusive com algumas

conclusões. Para tanto, usariam-se equipamentos filmofotográficos e de informática.

Finalizando esta primeira fase, explicitou-se aos educandos que o estudo

do meio, é importante, pois é no local que o indivíduo age mais diretamente, o que

propicia melhorar a cidadania. Ainda, esclareceu-se que o uso de equipamentos,

como aqueles relacionados à filmofotografia e informática, potencializam a

desmarginalização de parte da população quanto ao uso destes e de outros

semelhantes, como aqueles dos caixas eletrônicos.

Iniciando a segunda etapa, após comentários sobre a importância da

tecnologia no cotidiano, aplicou-se um questionário sobre o uso do computador e da

Internet pelos alunos, tendo-se resultados importantes, como aquele que uma

maioria absoluta necessitava de um apoio para lidar com o aparato em pauta. Os

mesmos são descritos de forma mais minuciosa, nas considerações finais.

Diante de tais resultados, foi proposto e aceito pelos educandos as

denominadas “oficinas de alfabetização digital”, em contra-turno, trabalhando-se

também os conceitos básicos da Geografia.

Após a etapa anterior, iniciou-se a aplicação do material didático

pedagógico denominado “Problemas urbanos de Laranjeiras do Sul”, preparado no

segundo semestre de execução do PDE.

Vale lembrar que foi escolhido o conteúdo “meio urbano”, por ser possível

trabalhalhá-lo sob diversas dimensões, como a econômica, política, cultural,

demográfica e ambiental.

No laboratório de informática da escola os alunos acessaram o texto

“Planeta urbano”. Ele permitiu analisar a dinâmica urbana atual e a necessidade de

políticas públicas que venham a amenizar os problemas urbanos brasileiros.

Page 13: TECNOLOGIAS, ENSINO DE GEOGRAFIA, CIDADANIA E … · sendo um projeto para intervir no Centro Estadual de ... A informática escolar deve ser vista como ferramenta na ... ponte estática,

12

Após a leitura do texto no computador, os educandos receberam-o

impresso, para destacar os termos que desconheciam. Como era de se esperar,

foram os específicos da disciplina geográfica, que após as explicações, foram

pesquisados na Internet. Ainda, acessaram-se mais informações, através de vídeos

e imagens, sobre algumas megacidades.

Ainda, na Internet, analisaram-se o mapa-mundi, com destaque às

cidades, bem como gráficos, sendo que estes mostram claramente que a maioria

das pessoas está optando por morar em cidades, contribuindo para o processo de

urbanização. Nesta ação foi possível trabalhar os conceitos de metrópole,

megalópole, regiões metropolitanas, êxodo rural, etc.

Em seguida, os alunos produziram texto de opinião sobre o porquê das

pessoas estarem optando por viver nas cidades e as principais consequências ou

problemas decorrentes deste processo. Na sequência, os educandos foram

incitados a pensar sobre os problemas da cidade de Laranjeiras do Sul,

comparando-os com aqueles do restante do Brasil.

Dando continuidade aos trabalhos, acessou-se o site do IBGE (Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística) para se trabalhar dados geográficos, históricos

e do censo de 2010, sobre o município de Laranjeiras do Sul. Em seguida, utilizando

o BrOffice Calc, montaram-se gráficos sobre a população total, urbana e rural do

local.

Foi apresentado aos educandos slides sobre as transformações ocorridas

em Laranjeiras do Sul, com imagens das décadas de 1940, 50, 60 e 1970 e os

mesmos espaços, atualmente. Com estas pranchas, foram levantados muitos

questionamentos sobre os espaços públicos, a importância dos mesmos, o

patrimônio cultural, vestígios ou marcas antigas que resistiram ao tempo, etc.

Page 14: TECNOLOGIAS, ENSINO DE GEOGRAFIA, CIDADANIA E … · sendo um projeto para intervir no Centro Estadual de ... A informática escolar deve ser vista como ferramenta na ... ponte estática,

13

Ilustração 1: Imagens de diversos momentos, de Laranjeiras do Sul.

Em seguida, como atividade prática, os alunos escolheram um espaço

público, observaram as pessoas, os fluxos e atividades que compõem a paisagem,

sendo que alguns filmaram com celular o observado, para apresentarem suas

conclusões para a turma, posteriormente.

Na sequência, em sala de aula, os educandos visualizaram fotos do lixão,

dos bairros mais carentes, cemitério, etc; de Laranjeiras do Sul, levantando-se

questões de como melhorar a infraestrutura e amenizar os problemas ali detectados,

além da importância da participação de cada um, para tentar solucionar as questões

problemáticas.

Foram realizadas visitas in loco no referido lixão e em alguns locais

considerados mais carentes. Durante a visita puderam entrevistar alguns catadores

e abordar-se a questão do preço dos recicláveis; a condição de vida das pessoas; a

segurança no trabalho quanto à contaminação a que estão expostas, uma vez que

no local avistaram-se mulheres grávidas trabalhando, cães e gatos doentes, todos

dividindo o mesmo espaço.

Page 15: TECNOLOGIAS, ENSINO DE GEOGRAFIA, CIDADANIA E … · sendo um projeto para intervir no Centro Estadual de ... A informática escolar deve ser vista como ferramenta na ... ponte estática,

14

Após a visita, na sequência dos trabalhos, os alunos produziram textos

sobre o assunto e declararam que “ficou fácil escrever” sobre o assunto,

demonstrando a forte diferença entre informação repassada e conhecimento

significativo.

Na próxima etapa, o recurso tecnológico utilizado no desenvolvimento das

atividades foi o Google Earth. Inicialmente, propunha-se utilizar o espaço de

informática para realização desta ação, porém não foi possível, devido ao laboratório

PR Digital não permitir que se instalasse o referido programa.

Para contornar o problema foram utilizados notebooks emprestados dos

colegas de trabalho e foi possível trabalhar com o referido recurso devido a escola

contar com wirelles.

As atividades desenvolvidas através do referido programa iniciaram-se

com a apresentação do mesmo e um levantamento sobre o que os educando

conheciam do assunto. Esclareceu-se que o aplicativo tem, entre suas funções, a

apresentação de um modelo tridimensional do globo terrestre, construído a partir de

imagens de satélite obtidas de variadas fontes, possibilitando identificar lugares,

entre outros elementos.

Devido à utilização do programa como recurso pedagógico atender ao

propósito de desenvolver habilidade de localizacão espacial bem como compreender

e interpretar realidades locais e globais, inclusive de Laranjeiras do Sul, foram

produzidos textos em sala de aula, bem como um breve documentário sobre o

município e uma áudionovela.

A áudionovela teve o formato de uma novela, abordando temas ligados ao

dia-a-dia das pessoas, possuindo conteúdos educativos, que convidaram à reflexão.

Para produção do documentário e da áudionovela foram selecionados os

principais problemas detectados em Laranjeiras do Sul, quais sejam, a falta de UTI,

IML e superlotação do cemitério. Após a produção do roteiro, divisão dos papéis aos

“atores” e ensaios referentes aos diálogos entre os personagens, iniciou-se a

gravação.

Para finalizar o trabalho foi apresentado o programa Audacity, que é livre

e gratuito, de código fonte aberto, para edição de áudio digital, sendo disponível

Page 16: TECNOLOGIAS, ENSINO DE GEOGRAFIA, CIDADANIA E … · sendo um projeto para intervir no Centro Estadual de ... A informática escolar deve ser vista como ferramenta na ... ponte estática,

15

para Mac OS X, Microsoft Windows, GNU/Linux e outros sistemas operacionais; com

o qual foi produzida a radionovela. O outro aplicativo utilizado foi o Avidemux, que

lida com vídeo.

5. ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

Na apresentação da proposta de trabalho aos discentes do ensino médio,

ao destacar-se que a problemática observada foi a dificuldade no ensino de

Geografia e que, portanto, seria pertinente avançar em relação à mesma, isto foi

aceito por toda a turma. O mesmo ocorreu quando se explicitou que o tema seria

sobre a questão urbana de Laranjeiras do Sul.

No que diz respeito ao uso de determinados procedimentos, para

desenvolver o conteúdo, ao explicar que se utilizaria, por exemplo, da Internet e

aplicativos de informática, alguns alunos demonstraram aversão a tais itens,

argumentando que isto não iria fazer diferença no seu cotidiano.

Quanto à aversão anteriormente citada, iniciou-se um trabalho, que de

uma forma ou outra, tratou sobre a mesma. Isto ocorreu, aplicando-se um

questionário sobre o uso do computador e da Internet pelos alunos, tendo-se que

66,66% não tinham nenhum conhecimento sobre o assunto; bem como 33,33 % só

dominavam o básico, conforme é notado na ilustração 2.

Ilustração 2: Dados coletados em levantamento realizada no CEEBJA de Laranjeiras do Sul, em agosto de 2011.

Após comentar sobre a importância da tecnologia no cotidiano, bem como

esclarecer que o uso de equipamentos, como aqueles relacionados à filmofotografia

e informática, potencializam a desmarginalização de parte da população quanto ao

Page 17: TECNOLOGIAS, ENSINO DE GEOGRAFIA, CIDADANIA E … · sendo um projeto para intervir no Centro Estadual de ... A informática escolar deve ser vista como ferramenta na ... ponte estática,

16

uso destes e de outros semelhantes, como aqueles dos caixas eletrônicos; ocorreu

uma melhor aceitação dos referidos itens.

Inclusive, aceitou-se bem a realização das denominadas “oficinas de

alfabetização digital”, em contra-turno, trabalhando-se também a partir delas, alguns

conceitos básicos de Geografia.

A ação das citadas oficinas desdobrou-se para o laboratório de

informática da escola, sendo que nele, os alunos puderam analisar a dinâmica

urbana atual e a necessidade de políticas públicas que venham a amenizar os

problemas urbanos brasileiros, após o acesso ao texto “Planeta urbano”.

Após a leitura no computador, do texto citado, ao receberam o mesmo

impresso, os educandos destacaram os termos que desconheciam, assim ampliando

seu conhecimento, ao pesquisá-los na Internet, bem como, ainda, ao acessarem

mais informações, quer seja através de vídeos e imagens, sobre algumas

megacidades.

O trabalho anterior, permitiu que os educandos entendessem que a

maioria das pessoas está optando por morar em cidades, contribuindo para o

processo de urbanização, inclusive, lidaram com conceitos, como de metrópole,

megalópole, regiões metropolitanas, êxodo rural, etc.

Outra questão positiva, foi que os alunos opinaram sobre o porquê das

pessoas estarem optando por viver nas cidades e as principais consequências ou

problemas decorrentes deste processo, inclusive, produzindo texto sobre o tema.

Ainda, ao acessarem o site do IBGE os educandos tiveram a

oportunidade de pesquisar dados históricos, geográficos e do censo de 2010, sobre

o município, comparando com outros locais da região e do Brasil. Também puderam

trabalhar com mapas interativos disponíveis no endereço eletrônico.

A atividade anterior foi bastante significativa, por vários motivos. Um

deles, é que para muitos alunos, foi a primeira vez que lidaram com a informática.

Também, foi eficaz, pois os educandos passaram a entender que, por exemplo, em

todo o Brasil, a população é majoritariamente urbana.

Page 18: TECNOLOGIAS, ENSINO DE GEOGRAFIA, CIDADANIA E … · sendo um projeto para intervir no Centro Estadual de ... A informática escolar deve ser vista como ferramenta na ... ponte estática,

17

Os educandos utilizaram-se do BrOffice Calc, para montarem gráficos

sobre a população total, urbana e rural, percebendo que a representação gráfica é

importante para se entender a realidade.

No procedimento metodológico seguinte utilizou-se do programa Google

Earth, entendendo-se que o mesmo é um poderoso instrumento auxiliar para

desenvolverem-se conteúdos geográficos.

Com o auxilio do referido software os educandos puderam desenvolver

habilidade de localização espacial, visualizar o globo terrestre tridimensionalmente, o

que, para a maioria deles, foi uma experiência única, uma vez que não conheciam

essa possibilidade de poder “ver” sua rua, sua cidade, enfim, o seu espaço de

vivência.

Um ponto positivo desta experiência, utilizando a Internet, o computador e

as imagens de satélite como mediadores do processo ensino-aprendizagem de

Geografia, está no fato dos alunos perceberem que estes recursos podem ser

usados não só para o entretenimento, mas também para obter e construir novos

conhecimentos, além de possibilitar que se tornem cidadãos mais participativos e

críticos, pois, dependendo de como são trabalhados, além de despertarem o

interesse para novas possibilidades, propiciam a construção de aprendizagens

significativas.

Um dos pontos fundamentais deste trabalho foi o educando compreender

e interpretar realidades locais e globais, fazendo comparações inclusive delas, com

Laranjeiras do Sul, produzindo textos em sala de aula, bem como um breve

documentário sobre o município e uma áudio novela que enfocou os principais

problemas deste.

No processo descrito, os discentes selecionaram os problemas

relacionados à falta de UTI, IML e a superlotação do cemitério. Desenvolveram o

roteiro, ensaiaram e partiram para a gravação e edição do documentário e da áudio

novela.

A utilização do programa Audacity, com o qual foi editada a radionovela

despertou o interesse de alguns alunos que trabalham com sonorização de festas e

eventos, destacando que o mesmo será de grande valia para seu trabalho. O outro

Page 19: TECNOLOGIAS, ENSINO DE GEOGRAFIA, CIDADANIA E … · sendo um projeto para intervir no Centro Estadual de ... A informática escolar deve ser vista como ferramenta na ... ponte estática,

18

aplicativo utilizado foi o Avidemux, que trabalha com edição de vídeo, despertando

curiosidade, inclusive quanto à aplicação no cotidiano.

6. REFERÊNCIASBRUNEL, Carmem. Jovens cada vez mais jovens na educação de jovens e adultos. Porto Alegre: Ed. Mediação, 2004.FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1997. (Coleção Leitura).GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. 3. ed. Rev. Campinas, SP: Ed. Autores Associados, 2002.KENSKI, Vani Moreira. Educação e Tecnologias: O novo ritmo da informação. 6. ed. Campinas, SP: Papirus, 2010.LÉVY, Pierre. Cibercultura. Tradução de Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Ed. 34, 2000.MASETTO, Marcos. Mediação pedagógica e o uso da tecnologia. In: José Manuel, Marcos T. Masetto, Marilda Aparecida Behrens. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 3. ed. São Paulo: Papirus, 2001.MORAN, José Manuel, Marcos T. Masetto, Marilda Aparecida Behrens. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 3. ed. São Paulo: Papirus, 2001.PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes curriculares da educação básica – Geografia. Curitiba: SEED, 2008.PARANÁ. Secretaria de Estado Educação/Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação de jovens e adultos no Estado do Paraná – DCE. Curitiba: SEED. 2006.SOEK, Ana Maria (Org.). Mediação pedagógica na Educação de Jovens e Adultos: ciências humanas. Curitiba: Positivo, 2009. TAKAHASHI, Tadao (Org.). Sociedade da informação no Brasil: livro verde. Brasília: Ministério da Ciência e Tecnologia, 2000.