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2013/2014 Pedro Miguel Gonçalves Teixeira Taquicardias Supraventriculares: Diagnóstico e Tratamento da Taquicardia de Reentrada Nodal Auriculoventricular março, 2014

Taquicardias Supraventriculares: Diagnóstico e … · 1 Taquicardias Supraventriculares Diagnóstico e Tratamento da Taquicardia de Reentrada Nodal Auriculoventricular Supraventricular

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2013/2014

Pedro Miguel Gonçalves Teixeira

Taquicardias Supraventriculares:

Diagnóstico e Tratamento da

Taquicardia de Reentrada Nodal

Auriculoventricular

março, 2014

Page 2: Taquicardias Supraventriculares: Diagnóstico e … · 1 Taquicardias Supraventriculares Diagnóstico e Tratamento da Taquicardia de Reentrada Nodal Auriculoventricular Supraventricular

Mestrado Integrado em Medicina

Área: Cardiologia

Trabalho efetuado sob a Orientação de:

Doutor Manuel Joaquim Lopes Vaz da Silva

Trabalho organizado de acordo com as normas da revista:

Revista Portuguesa de Cardiologia

Pedro Miguel Gonçalves Teixeira

Taquicardias Supraventriculares:

Diagnóstico e Tratamento da

Taquicardia de Reentrada Nodal

Auriculoventricular

março, 2014

Pedro
Texto digitado
Pedro
Texto digitado
Pedro
Texto digitado
Pedro
Texto digitado
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Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE

Eu, _________________________________________________________________, abaixo assinado,

nº mecanográfico ____________________, estudante do 6º ano do Ciclo de Estudos Integrado em

Medicina, na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, declaro ter atuado com absoluta

integridade na elaboração deste projeto de opção.

Neste sentido, confirmo que NÃO incorri em plágio (ato pelo qual um indivíduo, mesmo por omissão,

assume a autoria de um determinado trabalho intelectual, ou partes dele). Mais declaro que todas as

frases que retirei de trabalhos anteriores pertencentes a outros autores, foram referenciadas, ou

redigidas com novas palavras, tendo colocado, neste caso, a citação da fonte bibliográfica.

Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, ___/___/______

Assinatura conforme cartão de identificação:

________________________________________________

Pedro Miguel Gonçalves Teixeira

080801204

20 03 2014

Pedro
Texto digitado
Pedro
Texto digitado
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Projecto de Opção do 6º ano – DECLARAÇÃO DE REPRODUÇÃO

NOME

Pedro Miguel Gonçalves Teixeira

CARTÃO DE CIDADÃO E-MAIL TELEFONE OU TELEMÓVEL

13766661 [email protected] 910913617

NÚMERO DE ESTUDANTE DATA DE CONCLUSÃO

080801294 2014

DESIGNAÇÃO DA ÁREA DO PROJECTO

Cardiologia

TÍTULO DISSERTAÇÃO/MONOGRAFIA (riscar o que não interessa)

Taquicardias Supraventriculares: diagnóstico e tratamento da Taquicardia de Reentrada Nodal

Auriculoventricular

ORIENTADOR

Dr. Manuel Joaquim Lopes Vaz da Silva

COORIENTADOR (se aplicável)

___________

É autorizada a reprodução integral desta Dissertação/Monografia (riscar o que não interessa) para

efeitos de investigação e de divulgação pedagógica, em programas e projectos coordenados pela

FMUP.

Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, ___/___/______

Assinatura conforme cartão de identificação: ______________________________________________

20 03 2014

Page 5: Taquicardias Supraventriculares: Diagnóstico e … · 1 Taquicardias Supraventriculares Diagnóstico e Tratamento da Taquicardia de Reentrada Nodal Auriculoventricular Supraventricular

Dedicatória _________________________

aos meus pais

à minha irmã

pelo apoio incontestável

março, 2014

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1

Taquicardias Supraventriculares Diagnóstico e Tratamento da Taquicardia de Reentrada Nodal Auriculoventricular

Supraventricular Tachycardias

Diagnosis and Treatment of Atrioventricular Nodal Reentrant Tachycardia

Autor:

Pedro Gonçalves Teixeira

Proveniência: Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Hospital de São João,4200-319 Porto, Portugal

Correspondência:

Morada: Rua do Académico Futebol Clube, nº 369, 3º esq. 4200-602, Paranhos, Porto

E-mail: [email protected]

Número total de palavras do manuscrito (excluindo resumo, figuras e quadros): 4961

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RESUMO A Taquicardia de Reentrada Nodal Auriculoventricular (TRNAV) é uma arritmia supraventricular paroxística

frequente, sobretudo em adultos, que beneficiou de avanços notáveis no conhecimento da sua fisiopatologia ao longo das últimas

quatro décadas. A isto juntou-se o desenvolvimento progressivo na abordagem diagnóstica e terapêutica, continuando ambas a

constituir um desafio. Clinicamente, a TRNAV determina níveis variáveis de incapacidade, apresentando-se raramente com um risco

para a vida. O tratamento farmacológico crónico é atualmente obsoleto para a grande maioria dos pacientes, em virtude da

altamente favorável razão de benefício-risco das técnicas ablativas por cateter, que permitem a cura numa percentagem

considerável de casos. A ablação por Radiofrequência (RF) da via lenta do circuito de reentrada é a terapia gold-standard para a

TRNAV. Esta técnica não é ausente de risco, sendo o bloqueio completo AV com necessidade de implantação de pacemaker

permanente, em aproximadamente 2%, o mais preocupante. A crioablação afirmou-se como alternativa segura e igualmente e

eficaz, no decorrer da última década. O seu perfil de segurança permite-lhe figurar em alguns centros como a técnica de escolha em

crianças, pacientes com cardiopatia estrutural, ou com anatomia cardíaca “difícil”. Ainda persistem, contudo, dúvidas quanto à sua

eficácia a longo termo comparativamente com a RF.

Palavras-chave: Taquicardia de Reentrada Nodal Auriculoventricular; Ablação por cateter; Radiofrequência; Crioablação

ABSTRACT Atrioventricular Nodal Reentrant Tachycardia (AVNRT) is a frequent paroxysmal supraventricular tachycardia,

namely in adults, and great development in the understanding of its pathophysiology has occurred over the last four decades.

Important progresses in the diagnosis and treatment have equally been seen, and still represent a significant clinical challenge.

Clinically, AVNRT presents with variable incapacity levels, and seldom as a life threatening condition. Chronic pharmacologic therapy

is currently obsolete to the majority of patients, due to the favorable risk-benefit ratio of catheter ablation techniques, which

represent a curative treatment in a considerable proportion of patients. Radiofrequency (RF) ablation of the slow-pathway of the

reentrant circuit is the gold-standard therapy for AVNRT. This technique is not free of risk: the complete AV block needing

permanent pacemaker implantation occurs in up to 2% of the procedures, and represents the most threatening complication. Over

the last decade cryoablation has established its position as a safe and equally efficacious alternative. Its safety profile makes some

centers to adopt it as the procedure of choice in children, patients with structural cardiopathy, or those with a more challenging

anatomy. However, doubts about its long term efficacy comparing to RF still persist.

Key-words: Atrioventricular Nodal Reentrant Tachycardia; Catheter Ablation; Radiofrequency; Cryoablation

Método de pesquisa A presente revisão da literatura foi elaborada com base numa pesquisa bibliográfica, efetuada entre

Novembro e Dezembro de 2013, nas bases de dados Isi Web, Pubmed e Scopus, utilizando as palavras-chave "tachycardia,

atrioventricular nodal reentry" [MeSH], “Catheter ablation” [MeSH], e “Cryosurgery” [MeSH], associado à restrição dos artigos

publicados nos últimos 5 anos, disponíveis na língua Inglesa e realizados em seres humanos. Foram excluídos os artigos de case

report que se centravam em pacientes com cardiopatias estruturais complexas e/ou que exigiam abordagens técnicas não

convencionais (5 artigos). Foram ainda incluídos, após pesquisa manual, alguns trabalhos científicos considerados relevantes,

designadamente os que assinalaram períodos e transições marcantes no paradigma de abordagem diagnóstica e terapêutica e/ou

que permitiram o seu melhor entendimento.

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3

INTRODUÇÃO

Em sentido lato, taquiarritmias reporta para um

distúrbio no ritmo cardíaco no sentido do

aumento da frequência cardíaca (acima de 100

bpm), devido quer a alterações na formação do

impulso elétrico (automacidade cardíaca), quer a

alterações na condução do mesmo (por um

mecanismo de reentrada, ou por atividade

“deflagrada”). O termo Taquicardias

Supraventriculares (TSV) é empregue para

designar um conjunto de taquiarritmias com

origem nos tecidos auriculares e/ou no nó

auriculoventricular (AV).1

Com uma incidência média estimada em 35 casos

por 100000 pessoas/ano, e uma prevalência de

aproximadamente 0,02%, as TSV são atualmente

uma fração importante das patologias do foro

cardiovascular. 2

Os tipos mais frequentes de TSV encontram-se

listados na Tabela 1.

A respeito da extensão do tema, a presente

revisão versa fundamentalmente a Taquicardia

Supraventricular de Reentrada Nodal

Auriculoventricular (TRNAV), correspondendo a

cerca de 56-70% dos casos de TSV paroxística,

designação que deve ao seu início e término

abruptos.3 A TRNAV é mais comum nas mulheres,

com um pico de incidência pela 2ª a 4ª décadas de

vida.4 É geralmente bem-tolerada, estando

presente na maioria das vezes, na ausência de

cardiopatia estrutural de base. 1

A terapêutica de ablação pode ser curativa na

grande maioria dos casos. Os avanços registados

na abordagem terapêutica não farmacológica e as

suas diferentes modalidades constituem um dos

principais objetivos deste trabalho.

ETIOPATOGENIA

A TRNAV tem como base um distúrbio a nível da

condução do impulso elétrico, por um mecanismo

de reentrada, que pressupõe a existência de duas

vias de condução com características

eletrofisiológicas distintas, aferentes da porção

compacta do nó AV e que estão presentes em até

um quarto da população1: uma via lenta

estendendo-se inferoposteriormente a partir do

nó AV compacto, ao longo da margem septal do

anel tricúspide, e até ao nível do seio coronário

(ou ligeiramente acima deste); e uma via rápida,

localizada anterosuperiormente, com inserção

auricular nas imediações do ápice do triângulo de

Koch, ou logo acima do tendão de Todaro 5 (Fig. 1).

A via lenta (S-slow) conduz mais lentamente e

com um período refratário menor e a via rápida

(F-fast) conduz a uma velocidade maior mas com

um maior período refratário6.

O maior número de casos de TRNAV entre adultos

pode ser explicado por alterações que

caracterizam o normal desenvolvimento da

fisiologia do nó AV, durante as primeiras duas

décadas de vida. 7, 8 A expressão diferencial da

proteína de gap junction Conexina 43 (Cx43) pode

dotar cada estrutura da junção AV de

propriedades de condução únicas, contribuindo

para o surgimento de taquicardias com origem na

região do nó AV. A corrente de cálcio ICa,L é

responsável pela fase ascendente do potencial de

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ação no nó AV, em lugar da corrente de sódio INa

(pela qual o canal NAV1.5 é responsável). A baixa

expressão de Cx43 e de NAV1.5 podem explicar a

condução lenta pelo nó AV nos humanos.9, 10

Sabe-se que mutações no gene SCN5A afetam a

condução nodal AV em humanos, mas continua

por apurar a base genética dos raros casos TRNAV

Familiar.3, 7, 9, 10

O circuito de reentrada pode envolver, e ao

contrário do que se acreditava tradicionalmente,

tecido perinodal entre as inserções auriculares

das duas vias de condução, para além da porção

compacta do nó AV, onde se localiza a junção

distal entre as duas vias de condução. Não está

ainda bem definida a existência de uma via

comum superior, a montante da porção compacta

do nó AV. 5, 11

A TRNAV está associada a bloqueio AV 2:1 em

aproximadamente 10% dos pacientes, o que

representa provavelmente um bloqueio funcional

infra-nodal ao nível do feixe de His, que assim se

confirma não ser necessário para a manutenção

da taquicardia.3, 7

O miocárdio ventricular também não é parte

integrante do circuito reentrante, e, desta forma,

um bloqueio de ramo (pré-existente ou

dependente de frequência) não resulta em

prolongamento do ciclo da taquicardia,

contrariamente ao que acontece com algumas

formas de taquicardia reentrada

auriculoventricular (TRAV), em que existe de uma

via acessória que conecta a aurícula ao

ventrículo.12

A frequência cardíaca na TRNAV varia entre 140 a

250 bpm.12 Do ponto de vista fisiológico, em ritmo

sinusal, o estímulo elétrico é conduzido para o

ventrículo, normalmente pela via rápida.

Foram descritos três tipos de TRNAV: a típica ou

slow-fast; e a atípica, que inclui as variantes fast-

slow e a rara forma slow-slow.

TRNAV Típica (Fig. 2): É a forma mais comum de

TRNAV, presente em cerca de 90% dos casos,

envolve condução anterógrada através da via

lenta nodal AV e condução retrógrada pela via

rápida (slow-fast) (Fig. 1). Inicia-se

frequentemente com uma extrassístole

supraventricular ectópica, criticamente localizada

no tempo, de tal forma que encontra a via rápida

no seu período refratário, e insinua-se pela via

lenta, resultando num prolongamento do

intervalo PR no ECG.11

A ativação quase simultânea das aurículas e

dos ventrículos, origina uma onda P oculta no

complexo QRS, ou como uma distorção deste (sob

a forma de uma onda pseudo S nas derivações DII,

III e aVF, ou uma onda pseudo r’ em V1, ver Fig. 3)

condicionando uma taquicardia de intervalo RP

curto (RP<PR).

A taquicardia termina normalmente na via

lenta13, mostrando o ECG uma onda P não oculta

por complexo QRS. 14

TRNAV Atípica: Na variante fast-slow o

circuito de reentrada é inverso, e envolve

condução anterógrada através da via rápida e

condução retrógrada pela via lenta nodal AV (Fig.

1). Esta forma de TRNAV caracteriza-se por uma

onda P retrógrada no ECG, precedendo o QRS,

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5

resultando numa taquicardia com intervalo RP

longo (RP>PR). A onda P é negativa nas derivações

inferiores (DII, DIII e aVF), sendo contudo positiva

ou isoelétrica em DI.

É iniciada mais frequentemente por uma

extrassístole ventricular (despolarização precoce),

sendo raramente sustentada. 13, 14

Raramente, uma variante de TRNAV Atípica

cujo circuito de reentrada é composto por vias

lentas tanto para condução anterógrada como

retrógrada, designada por slow-slow, pode ser

identificada. A onda P inscreve-se após o

complexo QRS, com um intervalo RP de pelo

menos 70ms. 12

A classificação dos subtipos de TRNAV é baseada

no local anatómico do primeiro local de ativação

retrógrada auricular, bem como da razão AH/HA,

referindo-se aos tempos de condução Auriculo-

Hisiano e Hisiano-Auricular, respetivamente

(Tabela 2).15-17

CLÍNICA

Esta forma de TSV paroxística é geralmente bem-

tolerada. Pode no entanto cursar com sintomas e

incapacidade variáveis, que podem fornecer pistas

diagnósticas, e constituir indicações para

diferentes decisões terapêuticas. De entre as

queixas mais frequentes contam-se as

palpitações, tonturas, dispneia, fadiga, vertigens,

desconforto/dor torácica e pré-síncope. A síncope

ocorre mais raramente, e habitualmente no

contexto de cardiopatia estrutural, ou de

fibrilação auricular (FA) com resposta ventricular

rápida (na coexistência de via acessória AV).1, 3, 18

DIAGNÓSTICO

O exercício diagnóstico é uma combinação

variável de achados clínicos típicos com aspetos

característicos ao ECG.

As palpitações rápidas, regulares e

paroxísticas, de início e fim súbitos, são mais

frequentemente devidas a TRNAV ou a TRAV. O

término da taquicardia com recurso a manobras

vagais (manobra de Valsalva, massagem do seio

carotídeo, ou imersão da face em água fria)

corrobora a suspeita de taquicardia de reentrada

envolvendo o nó AV. As palpitações irregulares

podem indicar despolarizações precoces, FA, ou

Taquicardia Auricular Multifocal, esta última

geralmente ocorrendo na presença de doença

pulmonar associada, desequilíbrio eletrolítico ou

intoxicação digitálica.

Em cerca de metade dos pacientes são

percecionadas pulsações cervicais, características

de TRNAV.7

A poliúria pode estar associada a TSV

sustentada, devida a produção de maiores

quantidades de peptídeo natriurético auricular,

em resposta a elevação persistente na pressão

auricular.18

É ainda fulcral esclarecer, na anamnese, o

padrão da taquicardia, pelo número de episódios,

sua duração, frequência, modo de início e

término, despiste de possíveis triggers (exercício

físico, cafeína, entre outros).3, 19

O registo eletrocardiográfico da arritmia é de

suma importância, recorrendo-se para isso ao ECG

de 12 derivações, em primeira instância.

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6

Um registo eletrocardiográfico de 24 horas

(Holter) pode revelar-se útil para documentação

de episódios frequentes (3 a 4 vezes por semana)

e mais curtos de taquicardia. Um Registador de

eventos com memória em ansa mostra-se

apropriado para episódios menos frequentes ( 3

a 4 vezes por mês). Por sua vez um Registador de

eventos implantável pode ser mais indicado para

episódios raros (menos de 2 por mês) associados

a sintomas severos ou instabilidade

hemodinâmica. 18

Caraterísticas do ECG: A TRNAV apresenta-se

como uma taquicardia de complexo QRS estreito

(QRS<120ms). Foram desenvolvidos diversos

algoritmos de diagnóstico diferencial para as

taquicardias com esta característica (ver Fig. 4).

Não havendo evidência de ondas P ou atividade

auricular, e na presença de intervalo RR regular, o

diagnóstico mais provável é o de TRNAV (na

suspeita de Flutter auricular 2:1, manobras vagais

causam bloqueio AV transitório e evidenciam

ondas F características)14.

A caracterização da atividade auricular pode

fornecer informações importantes, e assenta em

quatro características principais: (1) frequência

auricular; (2) morfologia da onda P (idêntica a do

ritmo sinusal, retrógrada, ou anormal); (3) posição

da onda P em relação ao complexo QRS seguinte e

precedente (isto é, o intervalo RP); e (4) a relação

entre frequências auricular e ventricular. As

características 2 e 3 em conjunto são,

frequentemente, as mais úteis14:

a) onda P retrógrada e intervalo RP curto é

sugestivo de TRNAV típica ou TRAV

utilizando via acessória; se a onda P se

inscrever no segmento ST e estiver

separada do complexo QRS por pelo

menos 70ms, o diagnóstico mais provável

é o de TRAV.14

b) onda P retrógrada e intervalo RP longo,

por sua vez, são sugestivos de TRNAV

atípica, TRAV com via acessória de

condução lenta, ou taquicardia auricular

(TA) com foco próximo do nó AV.12

TRATAMENTO

Fase aguda: A TRNAV apresenta-se raramente

com instabilidade hemodinâmica, sendo os

episódios agudos muitas vezes terminados

espontaneamente, ou com recurso a manobras

vagais (eliminam 33% dos episódios de TRNAV19),

que o paciente pode ser ensinado a utilizar. 1, 18

Se a arritmia persistir, particularmente se se

revelar incapacitante, recorre-se a terapia

farmacológica intravenosa. A adenosina constitui

o fármaco de eleição, pela sua efetividade

(termina cerca de 91% dos episódios, em doses de

6mg ou 12mg1), e pelo seu início de ação rápida

associado a semivida curta (1-10 segundos). A

adenosina causa aumento do intervalo AH

resultando frequentemente em bloqueio AV

transitório do 1º, 2º e 3º graus. Sempre que for

administrada, deve-se salvaguardar a

disponibilidade de equipamento de suporte

avançado de vida, pelas possíveis complicações

(raras) de broncospasmo e fibrilhação

ventricular.1 Deve por isso evitar-se o seu uso em

pacientes com asma grave, com doença arterial

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7

coronária (DAC) significativa, ou com pré-

excitação ventricular conhecida (em que a

possível indução transitória de FA pela adenosina

pode degenerar em taquicardia com repostas

ventriculares rápidas e FV).18

Nestes casos, os bloqueadores do canal de cálcio

não-dihidropiridínicos (verapamil e diltiazem) ou

os agentes β-bloqueadores (esmolol) são

preferíveis, bem como nos pacientes que

apresentem extrassístoles auriculares (ESA) ou

ventriculares (ESV) frequentes, que podem

contribuir para a recorrência de TSV paroxística. O

seu uso concomitante é desencorajado, pela

potenciação de efeitos adversos hipotensores

e/ou bradicardia marcada.20

Os agentes supracitados atuam na chamada via

lenta auriculoventricular nodal, tido como o

componente crítico do circuito para interrupção

da taquicardia.20

Tratamento crónico

– Terapêutica farmacológica de longo termo

A terapêutica farmacológica profilática, ou a

modalidade de terapia oral em dose única (Pill-in-

the-pocket: p.ex. diltiazem 120mg + propranolol

80mg)18 têm presentemente limitada utilização,

tendo em consideração as idades jovens de

apresentação das TSV paroxísticas, associada ao

perfil favorável de benefício/risco da ablação por

cateter.

– Ablação por cateter

Considerações históricas: A ablação por

cateter com corrente direta a partir de um

desfibrilhador externo começou a suplantar as

técnicas cirúrgicas de excisão de vias acessórias na

década de 80. A descarga de energia de alta

voltagem era difícil de dosear, e usada nas FA

refratárias ou nas TSV com a finalidade de criar

um bloqueio AV completo21.

Pelo início da década de 90, o uso da

radiofrequência (RF) ultrapassa aquele da energia

de corrente direta.21 A energia de RF conheceu

desde então uma evolução extraordinária,

afirmando-se, desde a sua descrição por Jackman

et al (1991) até aos dias de hoje, como uma

abordagem excecionalmente segura e eficaz no

tratamento de variadas formas de arritmias

ventriculares e supraventriculares.22 Outras fontes

de energia foram desenvolvidas entretanto,

incluindo micro-ondas, ultrassons focalizados de

alta energia, energia laser e crioenergia.22

Papel da Eletrofisiologia: Antes do

procedimento ablativo, quatro cateteres (com até

10 elétrodos cada) são normalmente colocados na

aurícula direita, feixe de His, seio coronário e

ápice ventricular direito (Fig. 5). O registo local

dos tempos de ativação, em cada elétrodo, é um

elemento fundamental na determinação da

atividade elétrica das diferentes regiões cardíacas

e do mecanismo subjacente à taquicardia.

Procede-se a uma estimulação elétrica

programada, por forma a fornecer estímulos

elétricos criticamente localizados no tempo na

tentativa de induzir a taquicardia. Com isto pode-

se evidenciar a dualidade fisiológica

auriculoventricular nodal (isto é, a presença de

duas vias de condução com características

eletrofisiológicas distintas, e tendo por base os

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8

diferentes períodos refratários entre ambas),

ainda que em até 39% dos pacientes ela possa

não estar presente.7, 23 Um estímulo auricular

progressiva e criticamente prematuro vai ser

conduzido pela via lenta, uma vez que a via rápida

ainda se encontra refratária. Isto provoca um

prolongamento súbito do intervalo PR, pela

condução mais lenta do impulso elétrico da

aurícula para o nó AV, que é designada de “salto”

na condução auriculoventricular. Em adultos, um

“salto” é definido como um aumento de >50ms

no intervalo AH, após antecipação de 10ms no

estímulo extra auricular.23

O intervalo AH (tempo decorrido entre ativação

registada no elétrodo auricular e aquele situado

na região do feixe de His) é usado como

parâmetro de avaliação da condução através do

nó AV, e o intervalo HV representa a condução

infra-nodal através do sistema His-Purkinje.22

Na vigência de condução retrógrada pela via lenta

(Fig. 6), o primeiro potencial de ativação auricular

(ASP) antecede uma onda menos marcada de

ativação auricular, registada pelo mesmo

elétrodo, nas imediações do seio coronário (onda

“A”) que é coincidente com a ativação auricular

detetada pelos restantes elétrodos dispostos

sobre a aurícula. Durante o ritmo sinusal

verificam-se igualmente os dois impulsos

elétricos, mas em ordem inversa, sendo o ASP

posterior ao impulso A auricular, que por sua vez

mantém a sua concordância temporal com os

restantes registos de ativação elétrica auriculares.

Daqui se infere que o local nas imediações do

registo do primeiro potencial de ativação auricular

(ASP), mais largo e pronunciado, corresponde à

inserção auricular da via lenta do circuito que

sustenta a TRNAV, sendo esta o alvo preferido nos

procedimentos de ablação. Assim, o local alvo é

identificado durante a taquicardia (em condução

retrógrada) nos casos de TRNAV Atípica; e

durante o ritmo sinusal, em condução

anterógrada, nos casos de TRNAV Típica.11

Ablação por Radiofrequência

I) Aspetos técnicos: Até 60 W de energia de

radiofrequência são aplicados entre a ponta do

cateter e uma placa terra aplicada no dorso do

paciente. O tempo de aplicação varia entre 30-60

segundos e a temperatura alvo ronda os 47 a 70º

C.21, 22

II) Uso de RF na TRNAV: Os pacientes com

TSV paroxística sintomática recorrente têm

indicação para esta modalidade de tratamento,

muitas vezes curativa.

Apesar de, nos primórdios da técnica ablativa por

RF, a via rápida de condução ter sido preferida

como alvo para a ablação (também conhecida

como abordagem anterior), atualmente

preconiza-se a primeira abordagem pela via lenta

(também conhecida como abordagem posterior).

Este paradigma é suportado pelas elevadas taxas

de bloqueio AV com a ablação da via rápida

(estimada em cerca de 21%), pela sua

proximidade anatómica do nó AV. As taxas de

sucesso pós procedimento (97-100% vs 80-90%) e

as taxas de recorrência (1-5% vs 13%) foram

também otimizadas com a ablação da via lenta

quando comparada com a ablação da via rápida.3

Page 14: Taquicardias Supraventriculares: Diagnóstico e … · 1 Taquicardias Supraventriculares Diagnóstico e Tratamento da Taquicardia de Reentrada Nodal Auriculoventricular Supraventricular

9

Para além de mais segura, a abordagem pela via

lenta garante ainda a eliminação de todas as

formas de TRNAV, incluindo as raras formas slow-

slow, em que a ablação da via rápida se mostra

ineficaz.5

Duas abordagens podem ser utilizadas para

direcionamento da ablação da via lenta: (1) uma

guiada por eletrograma, em que os potenciais de

ação da via lenta são procurados e registados para

dirigir a aplicação de energia; e (2) uma

abordagem predominantemente anatómica, em

que se afere a localização da via lenta ao nível do

triângulo de Koch. Uma abordagem combinada,

atentando à orientação anatómica com recurso ao

eletrograma, é correntemente preferida (sendo as

lesões aplicadas em locais na região póstero-

septal com potenciais da via lenta).3, 24 Na ablação

de vias acessórias (como no caso de TRAV) há uma

evidente perda de condução durante a libertação

de energia, mas o mesmo não é verdade para a

ablação da via lenta da TRNAV. Não havendo um

indicador específico para o bloqueio da via lenta

durante o procedimento, o desenvolvimento de

um ritmo juncional é um marcador sensível

(porém não específico25) de ablação bem-

sucedida. O mecanismo provável é o aumento de

automaticidade das células transicionais afetadas.

O não aparecimento deste ritmo em poucos

segundos após aplicação da RF requer a sua

interrupção, e recolocação do cateter. A exceção

notável a este facto são os raros casos de TRNAV

slow-slow, em que nem sempre o sucesso da

ablação se relaciona com o aparecimento de

ritmo juncional.24

O bloqueio retrógrado VA durante instalação

desse ritmo juncional sugere potencial bloqueio

anterógrado AV, e deve levar a interrupção do

procedimento. Não obstante, esse bloqueio pode

por vezes, ser sinal de ablação bem-sucedida da

via rápida de condução.24, 25

O endpoint ótimo pretendido na ablação da

TRNAV é a eliminação completa da condução pela

via lenta, sem afetar com isso a via rápida (por

onde se processa fisiologicamente a condução

anterógrada dos estímulos elétricos auriculares).

Todavia, a eliminação da TRNAV pode ser atingida

apesar de alguma condução remanescente pela

via lenta (i.e., pela persistência de dualidade de

condução no nó AV, com não mais que um

batimento-eco AV nodal), e constitui um endpoint

terapêutico aceitável.24, 26 Por outro lado, foi

proposta uma interação elétrica entre as duas vias

de condução, não sendo a ablação de uma via

ausente de efeitos sobre a outra. Digno de nota, o

período refratário efetivo da via rápida de

condução (PREVR) é significativamente diminuído

após ablação com eliminação completa da via

lenta.27

Para avaliação do atingimento desse objetivo

efetua-se, no final da ablação da via lenta, o

protocolo de estimulação elétrica programada

(com ou sem recurso a agentes

simpaticomiméticos, como a isoprenalina),que é

repetido após período de espera de 30 minutos

para confirmar que a taquicardia continua a não

ser indutível, o que no caso da TRNAV é a marca

de sucesso do procedimento.22 O teste com

isoprenalina não é necessário quando este

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10

fármaco não foi necessário à indução da

taquicardia antes da ablação.3

A ablação da via rápida, por seu turno, é

reservada para pacientes sintomáticos em que a

abordagem pela via lenta não foi bem-sucedida,

ou mesmo como estratégia inicial em pacientes

com prolongamento pré-existente do intervalo

PR, em que seja sugestivo dependerem da via

lenta para condução anterógrada.25, 28

III) Complicações: A complicação mais

frequente da aplicação de energia de RF é o

bloqueio AV completo com necessidade de

implantação de pacemaker permanente. A sua

incidência varia entre 0,2-5%.23, 29

Um marcador eletrofisiológico útil para pré-

determinar o risco de bloqueio inadvertido da

condução pelo nó AV é o intervalo entre o

componente auricular do eletrograma do feixe de

His (H) e o sinal auricular do catater de

mapeamento distal (Md), sendo que um intervalo

A(H) – A(Md) curto foi associado a maior risco de

bloqueio AV.25

Foram propostos diversos outros preditores de

bloqueio completo AV, que compreendem a

ocorrência de ritmo juncional (RJ) acelerado

(comprimento do ciclo inferior a 350ms),

ocorrência de bloqueio VA retrógrado durante

ritmo juncional, o número de aplicações de

energia de RF, redução significativa da condução

anterógrada AV durante o procedimento, ou

ainda a proximidade à porção compacta do nó

AV.5

Outras complicações incluem tromboembolismo

(0,1%), tamponamento cardíaco (0,1%), enfarte

do miocárdio ou AVC (0,05-0,01%), e morte

(0,05%).21 Em alguns pacientes, e em virtude de

dano dos aferências autonómicas dos nós sinusal

e AV, pode ainda desenvolver-se taquicardia

sinusal inapropriada.5

A recorrência não negligenciável de TRNAV, após

ablação por RF (3-5%)30 pode dever-se às

características morfológicas da lesão, com

aplicação desta forma de energia. A lesão térmica

provocada pela corrente sinusoidal de alta

frequência (500-750 Hz) consiste numa área

central de necrose de coagulação, rodeada por

uma região periférica de inflamação e

hemorragia, que pode conter ainda tecido

arritmogénico viável.21

Crioablação

I) Aspetos técnicos: É usado óxido nitroso

(N2O; protóxido de azoto) líquido, libertado na

ponta do cateter, arrefecendo rapidamente o

tecido adjacente. A temperatura cai inicialmente

para -30º C, resultando bloqueio elétrico

reversível. O impacto eletrofisiológico desse

bloqueio pode desta forma ser determinado,

antes da aplicação de temperaturas que

provoquem dano tecidual irreversível (por

exemplo -70ºC), num processo a que se dá o

nome de Cryomapping. A esta temperatura (-

30ºC), o cateter exibe ainda uma importante

propriedade de crioaderência ao local adjacente à

sua ponta. Esta aderência tem vantagem

reconhecida no impedimento do seu

deslocamento, evitando a potencial libertação

indesejada de energia ao nó AV ou ao feixe de His

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11

e na diminuição do tempo de exposição a

fluoroscopia.21, 26, 31, 32

II) Uso de Crioablação na TRNAV: A crioablação

efetiva é iniciada no seguimento de êxito na

realização de Cryomapping, definido como

bloqueio da condução pela via lenta, ou TRNAV

não indutível. A isto segue-se o protocolo de

estimulação auricular programada, efetuada

durante o procedimento, e após período de

espera de 30 a 45 minutos para confirmar a

eficácia da crioablação.32, 33

III) Complicações: A aplicação de crioenergia

a -70/-80 ºC durante 4 a 6 minutos resulta na

formação de lesões fibróticas homogéneas,

irreversíveis, com bordo bem definido,

potencialmente com menor potencial

arritmogénico que aquelas originadas por RF.25, 31,

34 O mecanismo de morte celular predominante é

a apoptose, sendo as células posteriormente

substituídas por tecido fibrótico.35 A integridade

ultra-estrutural dos tecidos vizinhos é conservada,

e o risco de ocorrerem eventos trombo-

embólicos, perfuração cardíaca ou

tamponamento é muito baixo com esta técnica.32,

34, 36 O bloqueio AV inadvertido transitório pode

ocorrer em 5 a 22,7% dos casos, sendo

controversa a sua capacidade de predizer

recorrência a longo prazo.37-40

CRIOABLAÇÃO vs ABLAÇÃO POR RF

Dados comparativos entre as duas técnicas

foram extensivamente descritos no decorrer na

última década, dos quais uma parte é resumida na

Tabela 3.

O sucesso relatado é largamente sobreponível

entre ambas as técnicas, sendo de 83-100% para

crioablação vs 88-100% para RF.26, 30, 41-52 Apenas

Gupta et al encontrou diferença estatisticamente

significativa: 84,6 vs 97,2% para ablação e RF,

respetivamente (p<0,01). Este estudo foi um dos

primeiros a comparar as duas técnicas, não se

podendo negligenciar o possível efeito que possa

resultar de a curva de aprendizagem da técnica

crioablativa se encontrar ainda na fase

ascendente.

Não foi registado nenhum caso de BAV de 3º

grau com o uso de crioablação, tendo esta

complicação ocorrido em até 10% na RF49, sendo

que apenas os estudos de Hanninem et al (2013) e

Santangeli et al (2013) tiveram poder estatístico

para encontrar significância nesta diferença.

Alguns autores advogam a reserva da

crioablação para pacientes selecionados, que

incluem aqueles com anatomia cardíaca anormal,

distúrbio da condução AV de base, ou que

necessitem de ablação em estreita proximidade

ao nó AV, após falha da RF.32, 44

Implicações de custo económico com o uso da

crioablação, quer pela mais alta taxa de

recorrência, quer pela necessidade de recorrer a

RF (no seguimento de falha no primeiro tempo)

podem tendencialmente digladiar-se com a

modesta vantagem em termos de segurança.44

No respeitante às taxas de recorrência, os

dados existentes na literatura são iminentemente

discordantes. Segundo alguns estudos é

globalmente de cerca de 11% com a crioablação

(numa faixa de 0% - 27,7%)26, 30, 41-52 por oposição

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12

à recorrência de 3 a 10% após uso de RF 26, 41-54.

Diferenças significativas foram apontadas em 6

dos 14 estudos.42, 44, 45, 50-52

Algumas particularidades de aperfeiçoamento

técnico da crioablação ao longo do tempo, com

possível relação à evolução das taxas de

recorrência, incluem aplicação de energia por

mais tempo (até 6min), aplicação de um maior

número de lesões (por exemplo as comummente

empregues lesões “bónus”), uso de cateteres de

6-mm (em lugar dos 4-mm primeiramente

utilizados), ou mesmo técnicas de lesão linear.43, 55

Estas particularidades foram, contudo,

inconsistentemente associadas a menores taxas

de recorrência, ou maior sucesso do

procedimento.

Foram apontadas diferenças nas taxas de

recorrência a longo termo com cateteres de 4-mm

ou 6-mm, associada a um risco 2,5 vezes menor

com o uso destes últimos.32, 56-58 Cateteres de 8-

mm provaram igualmente serem seguros e

eficazes, com baixas taxas de recorrência,

inclusivamente em pacientes pediátricos.59

Hanninem et al (2013), por outro lado,

encontrou diferença estatisticamente significativa

nas taxas de recorrência a longo termo (> 2

meses) após crioablação e RF, mesmo após ajuste

para cateteres maiores (6mm), ou aplicação de

lesões adicionais “de segurança”.

O endpoint primário que passa pela ablação e

impossibilidade de induzir a taquicardia, mas não

pela eliminação da via lenta, conquanto aceitável

no âmbito da utilização de RF, pode não ser o

mais apropriado quando se aplica crioablação, e

pode inclusivamente ter relação com as altas

taxas de recorrência frequentemente relatadas.38,

58, 60

Ainda, a presença de “salto AH” com ou sem

um único “batimento-eco” foi significativamente

associado a recorrência.40, 60 O “salto” residual

pode ser tolerável após crioablação se o Período

Refratário Efetivo nodal AV (PRENAV) pós-

procedimento for prolongado face ao PRENAV pré-

procedimento em >30ms, e não for possível

induzir a TRNAV.30

O tempo total médio do procedimento tende a

ser maior com a crioablação, ainda que os tempos

de exposição a radiação sejam significativamente

reduzidos com a sua utilização, possivelmente

fruto da maior estabilidade do cateter,

proporcionada pela propriedade de

crioaderência.26, 41-52, 54, 61

O número de aplicações de energia é com

frequência maior com o uso de crioablação, o que

pode dever-se ao menor tamanho das lesões

criadas por esta técnica.44, 48 Por outro lado, de

entre aqueles com recorrência após crioablação, o

número de lesões aplicadas foi significativamente

menor que nos pacientes livres de recorrência.44

A crioablação demonstrou ainda provocar menos

dor e desconforto nos pacientes, e menos stress

nos técnicos, comparativamente ao uso de RF.41,

48, 62

Considerações Especiais:

1) Idade Pediátrica: Devido ao seu reconhecido

perfil de segurança, a crioablação pode ser

efetivamente utilizada para o tratamento de

TRNAV nos pacientes em idade pediátrica.43, 63, 64

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13

O risco de bloqueio AV após RF de cerca de 2%,

em estudos neste subgrupo populacional, pode

ser atribuível ao menor tamanho das estruturas

anatómicas no coração das crianças, e menor área

de segurança para efetuar a ablação.65 Este risco,

conquanto percentualmente baixo, assume

preponderância face à recorrência a longo termo.

2) Idosos: Apesar da maior prevalência de

cardiopatia estrutural, não foi encontrado maior

risco de bloqueio AV em pacientes com mais de

75 anos.66 Juntando a isto a precária tolerabilidade

deste subgrupo à toxicidade da terapêutica

farmacológica, o tratamento de escolha deve

igualmente incluir a ablação por cateter nestes

pacientes.66-69

PERSPETIVAS FUTURAS

Novas técnicas de mapeamento eletrofisiológico

tridimensional foram recentemente

implementadas, incluindo os sistemas CARTO

(Biosense Webster] e Nav-X (St Jude Medical), que

utilizando um esquema com emissores e sensores

de campo magnético ou de atividade elétrica

respetivamente, providenciam uma localização

exata do cateter, numa reconstrução

tridimensional das câmaras cardíacas com

eletrograma sobreposto.22 Nalguns centros existe

um esforço no sentido de promover a sua

utilização quando se prevê que a exposição à

fluoroscopia não seja inferior a 20 minutos.21

A ablação robótica, por controlo remoto, surgiu

recentemente, como reposta às necessidades de

reduzir os tempos de exposição dos técnicos à

fluoroscopia, e de procedimentos que requerem

movimentos tendencialmente mais estáveis e

reprodutíveis.70, 71

CONCLUSÃO

A TRNAV é a forma mais frequente de TSV

paroxística, sendo o seu diagnóstico diferencial

por vezes um desafio. A TRNAV evidencia-se mais

comummente em idades jovens, e ocasiona níveis

díspares de incapacidade.

O tratamento farmacológico é atualmente

obsoleto para o manejo crónico dos casos

sintomáticos recorrentes.

A ablação por radiofrequência continua a ser a

abordagem gold-standard no tratamento da

TRNAV sintomática recorrente, em virtude do seu

incontestável perfil de eficácia e segurança.

A crioablação afirmou-se na última década como

uma técnica alternativa igualmente eficaz, sendo

mais segura em localizações anatómicas mais

desafiadoras. O seu uso encontra-se generalizado

entre a população pediátrica, onde a maior

segurança pode justificar aceitar taxas de

recorrência ligeiramente maiores. Está ainda

associada a menor tempo de exposição à radiação

fluoroscópica e maior conforto para o técnico e

para os pacientes.

Ademais, vários vieses podem estar implicados na

comparação dos resultados a longo termo entre

ambas as modalidades terapêuticas, incluindo o

efeito da curva de aprendizagem de uma nova

técnica, experiência da equipa interventiva, vieses

de seleção, dimensões do cateter, diferentes

endpoints tolerados, e diferentes durações de

follow-up.32, 43

Page 19: Taquicardias Supraventriculares: Diagnóstico e … · 1 Taquicardias Supraventriculares Diagnóstico e Tratamento da Taquicardia de Reentrada Nodal Auriculoventricular Supraventricular

14

A escassez de grandes estudos prospetivos

randomizados multicêntricos limita atualmente

aferições mais sólidas na comparação entre as

duas estratégias.

DECLARAÇÃO DE CONFLITOS DE INTERESSE

Nenhuma a Declarar.

AGRADECIMENTOS

O autor agradece ao Professor Dr. Manuel Vaz da

Silva pelo auxílio e gentileza inefáveis na leitura

crítica do artigo, na sua estrutura e conteúdo.

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tachycardia: Results of a prospective randomized study. J Interv Card Electrophysiol. 2013;36(1):41-5. 52. Santangeli P, Proietti R, Di Biase L, et al. Cryoablation versus radiofrequency ablation of atrioventricular nodal reentrant tachycardia. J Interv Card Electrophysiol. 2013. 53. Chanani NK, Chiesa NA, Dubin AM, et al. Cryoablation for atrioventricular nodal reentrant tachycardia in young patients: Predictors of recurrence. Pacing Clin Electrophysiol. 2008;31(9):1152-9. 54. Chan NY, Mok NS, Choy CC, et al. Treatment of atrioventricular nodal re-entrant tachycardia by cryoablation with an 8-mm-Tip catheter versus radiofrequency ablation. J Interv Card Electrophysiol. 2012;34(3):295-301. 55. Czosek RJ, Anderson J, Marino BS, et al. Linear lesion cryoablation for the treatment of atrioventricular nodal re-entry tachycardia in pediatrics and young adults. Pacing Clin Electrophysiol. 2010;33(11):1304-11. 56. Rivard L, Dubuc M, Guerra PG, et al. Cryoablation outcomes for AV nodal reentrant tachycardia comparing 4-mm versus 6-mm electrode-tip catheters. Heart Rhythm. 2008;5(2):230-4. 57. Das S, Law IH, Von Bergen NH, et al. Cryoablation therapy for atrioventricular nodal reentrant tachycardia in children: a multicenter experience of efficacy. Pediatr Cardiol. 2012;33(7):1147-53. 58. Sandilands A, Boreham P, Pitts-Crick J, et al. Impact of cryoablation catheter size on success rates in the treatment of atrioventricular nodal re-entry tachycardia in 160 patients with long-term follow-up. Europace. 2008;10(6):683-6. 59. Silver ES, Silva JNA, Ceresnak SR, et al. Cryoablation with an 8-mm tip catheter for pediatric atrioventricular nodal reentrant tachycardia is safe and efficacious with a low incidence of recurrence. Pacing Clin Electrophysiol. 2010;33(6):681-6. 60. Eckhardt LLL, Leal M, Hollis Z, et al. Cryoablation for AVNRT: Importance of ablation endpoint criteria. J Cardiovasc Electrophysiol. 2012;23(7):729-34. 61. Schwagten B, Knops P, Janse P, et al. Long-term follow-up after catheter ablation for atrioventricular nodal reentrant tachycardia: A comparison of cryothermal and radiofrequency energy in a large series of patients. J Interv Card Electrophysiol. 2011;30(1):55-61. 62. Fisher JD. AVNRT ablation: Aiming for 100/0, and for comfort! Pacing Clin Electrophysiol. 2011;34(1):1. 63. Kimman GP, Szili-Torok T, Jordaens LJ. Tachyarrhythmias in Koch's triangle: To be burned out or to be cool? Europace. 2007;9(10):906-8.

64. Villasenor M, Schaffer MS, Collins KK. Cryoablation for presumed atrioventricular nodal reentrant tachycardia in pediatric patients. Pacing Clin Electrophysiol. 2012;35(11):1319-25. 65. Fishberger SB, Whalen R, Zahn EM, Welch EM, et al. Radiofrequency ablation of pediatric AV nodal reentrant tachycardia during the ice age: A single center experience in the cryoablation era. Pacing Clin Electrophysiol. 2010;33(1):6-10. 66. Hoffmann BA, Brachmann J, Andresen D, et al. Ablation of atrioventricular nodal reentrant tachycardia in the elderly: results from the German Ablation Registry. Heart Rhythm. 2011;8(7):981-7. 67. Rostock T, Risius T, Ventura R, et al. Efficacy and safety of radiofrequency catheter ablation of atrioventricular nodal reentrant tachycardia in the elderly. J Cardiovasc Electrophysiol. 2005;16(6):608-10. 68. Dagres N, Piorkowski C, Kottkamp H, et al. Contemporary catheter ablation of arrhythmias in geriatric patients: patient characteristics, distribution of arrhythmias, and outcome. Europace. 2007;9(7):477-80. 69. Haghjoo M, Arya A, Heidari A, et al. Electrophysiologic characteristics and results of radiofrequency catheter ablation in elderly patients with atrioventricular nodal reentrant tachycardia. J Electrocardiol. 2007;40(2):208-13. 70.Chun KR, Schmidt B, Kokturk B, et al. Catheter ablation - new developments in robotics. Herz. 2008;33(8):586-9. 71. Ernst S, Ouyang F, Linder C, et al. Initial experience with remote catheter ablation using a novel magnetic navigation system: magnetic remote catheter ablation. Circulation. 2004;109(12):1472-5.

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FIGURAS E ESQUEMAS

Figura 1. Modelo anatómico e fisiopatológico da TRNAV. O triângulo de Koch está representado, limitado

posteriormente pela abertura do seio coronário (CS), superiormente pelo tendão de Todaro (TT) e

anteriormente pela inserção da cúspide septal da válvula Tricúspide (TV). A, durante o ritmo sinusal (A1) o

impulso é conduzido pela via rápida para o feixe de His e ventrículos, sendo o impulso conduzido pela via

lenta extinto; uma extrassístole auricular (A2) depara-se com uma via rápida ainda refratária, e insinua-se

pela via lenta, ocorrendo um prolongamento do intervalo PR; se o impulso atingir a via rápida já excitável, a

condução em sentido retrógrado originará um “batimento-eco” (A*); a sustentação deste circuito de

reentrada origina a TRNAV Típica. B, durante TRNAV Atípica (fast-slow), a condução anterógrada ocorre pela

via rápida e a condução retrógrada pela via lenta. (De J. Almendral et al7, com autorização, e a quem o autor

agradece a cortesia)

Figura 2. Traçado

eletrocardiográfico de

superfície, representando

TRNAV Típica. Trata-se de

uma taquicardia regular, de

complexo QRS estreito (110

ms). A frequência cardíaca é

de 189 bpm. Não se observa

atividade auricular, pois as

ondas P estão tipicamente

ocultas no complexo QRS.

Este fenómeno deve-se à

ativação simultânea

ventricular (pela via

fisiológica) e auricular

(retrogradamente, pela via

rápida). Indícios dessa

atividade podem contudo ser

evidentes sob a forma de

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deformações da porção final do complexo QRS, nomeadamente, e sendo mais característico, a presença de

uma onda pseudo-r’ em V1, ou uma onda pseudo-s nas derivações inferiores (DII, DIII ou aVF). A condução

AV (de onda P para complexo QRS) 1:1 pode ainda ser inferida pela ausência de variação na aparência do

segmento ST ao longo dos batimentos.

(Gentilmente cedida pela Dra. Cláudia Moura, a quem o autor agradece.)

Figura 3. Onda pseudo r’, distorcendo a porção final do

complexo QRS (seta), na derivação V1.

(Cortesia da Dra. Cláudia Moura.)

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Figura 4. Algoritmo diagnóstico de taquicardias de complexo estreito. O diagnóstico mais frequente é

assinalado a negrito quando o algoritmo levar a duas ou mais hipóteses. TS, taquicardia sinusal; ESA,

extrassístoles auriculares; AV, auriculoventricular; TAM, taquicardia auricular multifocal; TJRP, taquicardia

juncional reciprocante permanente. (Adaptado de Buttà C. com autorização. O autor agradece a cortesia.)

Fi

gura 5. Imagens fluoroscópicas nas projeções oblíqua anterior direita (OAD, à direita na imagem) e oblíqua

anterior esquerda (OAE, à esquerda na imagem), que representam os cateteres para diagnóstico e ablação

usados comummente para a TRNAV. Os cateteres diagnósticos estão colocados na aurícula direita (RA),

ventrículo direito (RV), seio coronário (CS) e nas imediações do feixe de His (His). O cateter para Ablação

(“Ablation) encontra-se localizado na região anatómica das fibras da via lenta. (De Joseph e Rajappan com

autorização, a quem o autor agradece a cortesia)

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Figura 6. Potenciais característicos registados a partir do septo posterior no local de Ablação bem-sucedida

da via lenta, em pacientes com formas Atípicas ou fast-slow (Painel A) e Típicas ou slow-fast (Painel B) de

TRNAV.

Traçados de DII, e eletrograma do apêndice auricular direito (RA), região do feixe-de-His (HB), e elétrodos

proximais e distais (PSP e PSD) do cateter de mapeamento, localizado entre o óstio do Seio Coronário e o

ânulo Tricúspide. (De Jackman et al11, com autorização. O autor agradece a cortesia)

TABELAS

TABELAS

Tabela 1. Classificação das Taquicardias Supraventriculares

Formas mais comuns

Fibrilhação Auricular*

Flutter Auricular*

Taquicardia Auricular

Taquicardia de Reentrada Nodal Auriculoventricular *

Taquicardia de Reentrada Auriculoventricular *

Taquicardia Sinusal (Fisiológica ou Inapropriada)

Formas mais raras incluem

Taquicardia de reentrada do nó Sinusal

Taquicardia Auricular Multifocal

Taquicardia Juncional Reciprocante Permanente*

Taquicardia Ectópica Juncional

Taquicardia Auriculofascicular (de Mahaim) *

* Mecanismo subjacente é o de reentrada.

LISTA DE ABREVIATURAS

AV: Auriculoventricular

AH: Aurículo - Hisiano

bpm: batimentos por minuto

ECG: Eletrocardiograma

FA: Fibrilhação Auricular

HV: Hisiano-ventricular

PRE: Período refratário efetivo

RF: Radiofrequência

TRAV: Taquicardia de Reentrada Auriculoventricular

TRNAV: Taquicardia de Reentrada Nodal

Auriculoventricular

TSV: Taquicardias Supraventriculares

VA: Ventriculo-auricular

ABBREVIATIONS

AF: Atrial Fibrillation

AH: Atrio - Hisian

AV: Atrioventricular

AVRT: Atrioventricular Reentrant Tachycardia

AVNRT: Atrioventricular Nodal

Reentrant Tachycardia

bpm: beats per minute

ECG: Electrocardiogram

HV: Hisian-ventricular

ERP: Effective Refractory Period

RF: Radiofrequency

SVT: Supraventricular Tachycardia

VA: Ventricular-atrial

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Tabela 2. Classificação dos tipos de TRNAV

HA VA (His) AH/HA

TRNAV Típica ≤ 70 ms ≤ 60 ms > 1

TRNAV Atípica > 70 ms > 60 ms Variável

Tabela 3. Crioablação vs Ablação com Radiofrequência no Tratamento da TRNAV: Comparação entre estudos

Autor Ano

nº pacientes Sucesso imediato (%) Taxa de recorrência

(%)

Bloqueio AV

requerendo PM (%)

TProcedimento

maior na

Crioablação?

TFluoroscopia

menor na

Crioablação?

Crio RF Crio RF P Crio RF P Cri

o RF P P P

Lowe et al 41 2003 14 32 87 97 NS 7,1 0 NS - - - <0,005 -

Zrenner et al 26 2004 100 100 97 98 NS 8 1 0,03* 0 0 NA <0,001 NS

Gupta et al 42 2006 71 71 84,6 97,2 <0,01 19,7 5,6 0,01 0 1,4 NS NS NS

Avari et al 43 2008 38 42 97 95 NS 2,6 2,4 NS 0 2,4 NS NS NS

Chan et al 44 2009 80 80 97,5 95 NS 9 1,3 0,03 0 2,5 NS NS 0,02

Papagiannis et al 46 2010 20 20 90 100 NS 27,7 10 NS 0 0 NA NS NS

Schwagten et al 47 2010 150 124 96 97 NS 11 5 NS 0 1,60 NS NS 0,002

Deisenhofer et al 45 2010 251 258 96,8 98,4 NS 9,4 4,4 0,03 0 0,4 NS 0,0012 NS

Chan et al 48 2011 11 9 100 89 NS 0 0 NA 0 0 NA NS 0,049

Chen et al 49 2012 18 20 100 100 NS 0 5 NS 0 10 NS NS 0,03

Chan et al 54 2012 20 20 90 95 NS 5,6 0 NS 0 0 NA NS 0,005

Rodriquez -Entem et al 51 2013 60 59 98 100 NS 15 3,4 0,03 0 1,7 NS NS 0,0001

Santangeli et al 52 † 2013 1078 1262 83 88 NS 9,1 3,5 <0,001 0 0,87 0,035 0,004 0,002

Hanninem et al 50 † 2013 1066 4551 96,9 97,8 NS 9,7 3,8 0,0002 0 0,75 0,01 <0,0001 0,0003

* Endpoint primário associado a p=0,03 é qualquer um de entre falha do procedimento, bloqueio completo AV ou recorrência

† Metanálise

Legenda: Crio: croablação; NA: não aplicável; NS: não significativo (p>0,05); PM: pacemaker definitivo; RF: radiofrequência; T procedimento: tempo total do

procedimento; T Fluoroscopia: tempo de exposição à radiação fluoroscópica

A TRNAV Atípica é tradicionalmente subclassificada nas

variantes fast-slow (HA > 70 ms, VA > 60 ms, AH/HA < 1, e AH <

200ms) ou slow-slow (HA > 70 ms, VA > 60 ms, AH/HA > 1, e AH >

200ms). Esta distinção, sobretudo para efeitos de categorização e

desprovida de consequências práticas e/ou terapêuticas, pode

não ser possível, quando todos os critérios não estiverem

presentes. AH, intervalo aurículo-hisiano; HA, intervalo hisiano-

auricular; VA, intervalo medido desde o início da ativação

ventricular no ECG de superfície até ao primeiro registo de

ativação auricular, medido no eletrograma do feixe de His.

(Adaptado de Katritsis et al, com autorização, a quem o autor

agradece a cortesia)

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AGRADECIMENTOS

Agradeço o auxílio inefável por parte do Doutor Manuel Joaquim Lopes Vaz da Silva, na

leitura crítica do artigo, na sua estrutura e conteúdo, e pela paciente e criteriosa forma com que

sempre abordou as dúvidas e incertezas por mim apresentadas.

Deixo também a minha mais sincera palavra de reconhecimento ao companheirismo e

apoio inegável dos colegas com quem tive o prazer de conviver ao longo dos últimos seis anos

na Tuna de Medicina do Porto, e que sub-reptícia e involuntariamente me foram modelando e

tornando, em muitos aspetos, mais completo, humana e profissionalmente, em potencial. De

igual forma, foi desse convívio e das exigências que do seio dele sempre surgem, tanto em

termos organizacionais, como comunicativos, ou técnicos nas mais diversas asserções; que tive

a oportunidade e a fortuna de ver as minhas habilidades e competências nesses domínios

engrandecidas e polidas. Agradeço de forma especial à Maria Isabel, minha colega e namorada,

pelo amparo e paciência, que com isso muita e preciosa força me concedeu, na reta final do meu

percurso académico.

Agradeço igualmente à Professora Maria Amélia, enquanto regente da cadeira do

Projeto de Opção, pela disponibilidade em atender aos nossos pedidos e pela pro-atividade e

perseverança na realização de formações e seminários, com vista ao nosso esclarecimento e

preparação adequados a realizar o melhor trabalho possível.

Ademais, não foi destituído de admiração a diversas referências académicas que ao

longo do curso tive a felicidade de conhecer, que escrevi esta monografia, inspirado, mais ainda

que por aquelas, pela dedicação que pretendo experimentar à mui nobre arte que é a Medicina,

para no futuro sentir que posso ser de igual modo útil na introdução de mentes e corações a tão

honrosa causa.

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ANEXO 1 ____________________________

Autorização para utilização da Figura 1 do manuscrito “Taquicardias

Supraventriculares: Diagnóstico e Tratamento da Taquicardia de

Reentrada Nodal Auriculoventricular”

Do artigo original de Almendral J, Castellanos E, Ortiz M.

“Update: Arrhythmias (V). Paroxysmal supraventricular tachycardias

and preexcitation syndromes.” Rev Esp Cardiol. 2012;65(5):456-69.

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Autorização de utilização da figura 4 do artigo original de Almendral, Jesus (2012) “Paroxysmal supraventricular

tachycardias and preexcitation syndromes”

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ANEXO 2 ____________________________

Autorização para utilização da Figura 4 do manuscrito “Taquicardias

Supraventriculares: Diagnóstico e Tratamento da Taquicardia de

Reentrada Nodal Auriculoventricular”

Do artigo original de Butta C, Tuttolomondo A, Di Raimondo D, et al.

“Supraventricular tachycardias: proposal of a diagnostic algorithm for

the narrow complex tachycardias.” J Cardiol. 2013;61(4):247-55.

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05/01/14 Master's Thesis on AVNRT Treatment - Portuguese Student's Request - [email protected] - Gmail

https://mail.google.com/mail/u/0/#inbox/14359cbce91fc64a 1/1

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b.hoffmann

carmelob147

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Manuel Vaz Silva

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Master's Thesis on AVNRT Treatment - Portuguese Student's Request

Pedro Teixeira <[email protected]>

to carmelob147

Good evening dear Professor Carmelo Buttà,

I m writing to know if it is possible for you to give me the permition to use the Figure number 7, of your original article on "The supraventriculartachycardias: Proposal of a diagnostic algorithm for the narrow complex tachycardias(2013).

I'm requesting it to include it as an important complement of information in my Master's Thesis on the matter "SVT's: Diagnosis and Treatment of theAtrioventricular Nodal Reentrant Tachycardia"

I really thank you for all the attention and kindness in advance. I hope this is not an inappropriate request.

Cordially,Pedro Teixeira(6th year Medical Student of the Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Portugal)

[email protected]

to me

Dear Pedro Teixeira,

I am glad for your interest in my article. I give you the permission to use figure number 7 in your Master’s Thesis. However, I would like that yousend me on line a copy of your completed Master’s Thesis.

Thank you and good luck.

See you soon

Carmelo Buttà

Gmail

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ANEXO 3 ____________________________

Autorização para utilização da Figura 5 do manuscrito “Taquicardias

Supraventriculares: Diagnóstico e Tratamento da Taquicardia de

Reentrada Nodal Auriculoventricular”

Do artigo original de Joseph JP, Rajappan K.

“Radiofrequency ablation of cardiac arrhythmias: past, present and

future.” QJM. 2012;105(4):303-14.

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RE: Master's Thesis on AVNRT Treatment - Portuguese Student's Request

Rajappan Kim (RTH) OUH [email protected]

to me

Dear Pedro Whilst I have no problem with you using this, the copyright transfers to the publisher of course once it is published. That having been said, I am very happy for you to use it, and I won't tell anyone if you don't! Good luck with your thesis Best wishes Kim Dr Kim Rajappan MA MD MRCP Consultant Cardiologist & Electrophysiologist Cardiac Department John Radcliffe Hospital Headley Way Headington Oxford OX3 9DU Fax no. 01865 740409 PA (Ms Holli Richards) tel no. 01865 223172 E mail address [email protected] ________________________________ From: Pedro Teixeira [[email protected]] Sent: 25 January 2014 18:18 To: Rajappan Kim (RTH) OUH Subject: Master's Thesis on AVNRT Treatment - Portuguese Student's Request Good evening dear Professors Rajappan, K. and Joseph, J.P. : I´m writing to know if it is possible for you to give me the permition to use the Figure number 2 , of your original article on "Radiofrequency ablation of cardiac arrhythmias: Past, present and future", published in the journal "QJM", 105 (4), 2012. I'm requesting it to include it as an important complement of information in my Master's Thesis on the matter "SVT's: Diagnosis and Treatment of the Atrioventricular Nodal Reentrant Tachycardia" I really thank you for all the attention and kindness in advance. I hope this is not an inappropriate request. Cordially, Pedro Teixeira (6th year Medical Student of the Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Portugal)

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ANEXO 4 ____________________________

Autorização para utilização da Figura 6 do manuscrito “Taquicardias

Supraventriculares: Diagnóstico e Tratamento da Taquicardia de

Reentrada Nodal Auriculoventricular”

Do artigo original de Jackman WM, Beckman KJ, McClelland JH, et al.

“Treatment of supraventricular tachycardia due to atrioventricular

nodal reentry, by radiofrequency catheter ablation of slow-pathway

conduction.” N Engl J Med. 1992;327(5):313-8.

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03/01/14 Master's Thesis on AVNRT Treatment - Portuguese Student's Request - [email protected] - Gmail

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Pedro Teixeira <[email protected]> 12/27/13 (7 days ago)

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Good evening dear Professor Warren M. Jackman,

I m writing to know if it is possible for you to give me the permition to use the Figure number 1, of your original article on "Treatment ofSupraventricular Tachycardia Due to Atrioventricular Nodal Reentry by Radiofrequency Catheter Ablation of Slow-Pathway Conduction", published inthe New England Journal of Medicine,1992 Jul30;327(5):313-8.

I'm requesting it to include it as an important complement of information in my Master's Thesis on the matter "SVT's: Diagnosis and Treatment of theAtrioventricular Nodal Reentrant Tachycardia"

I really thank you for all the attention and kindness in advance. I hope this is not an inappropriate request.

Cordially,Pedro Teixeira(6th year Medical Student of the Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Portugal)

Jackman, Warren M. (HSC) 12/27/13 (7 days ago)

to me

I am honored that you request to use the figure and you have my permission.

Happy New Year

Sonny

Warren (Sonny) [email protected]

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ANEXO 5 ____________________________

Autorização para utilização da Tabela 2 do manuscrito “Taquicardias

Supraventriculares: Diagnóstico e Tratamento da Taquicardia de

Reentrada Nodal Auriculoventricular”

Do artigo original de Katritsis DG, Josephson ME.

“Classification of electrophysiological types of atrioventricular nodal

re-entrant tachycardia: a reappraisal.” Europace. 2013;15(9):1231-40.

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(Autorização de utilização da Tabela 2, do artigo original de Katrisis D.)

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ANEXO 6 ____________________________

Normas da Revista Portuguesa de Cardiologia para Autores

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A Revista Portuguesa de Cardiologia, órgão oficial da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, é uma publicação científica internacional destinada ao estudo das doenças cardiovasculares.

Publica artigos em português na sua edição em papel e em portu-guês e inglês na sua edição online, sobre todas as áreas da Medicina Cardiovascular. Se os artigos são publicados apenas em inglês, esta versão surgirá simultaneamente em papel e online. Inclui regularmen-te artigos originais sobre investigação clínica ou básica, revisões te-máticas, casos clínicos, imagens em cardiologia, comentários editoriais e cartas ao editor. Para consultar as edições online deverá aceder através do link www.revportcardiol.org.

Todos os artigos são avaliados antes de serem aceites para publi-cação por peritos designados pelos Editores (peer review). A sub-missão de um artigo à Revista Portuguesa de Cardiologia implica que este nunca tenha sido publicado e que não esteja a ser avaliado para publicação noutra revista.

Os trabalhos submetidos para publicação são propriedade da Re-vista Portuguesa de Cardiologia e a sua reprodução total ou parcial deverá ser convenientemente autorizada. Todos os autores deverão enviar a Declaração de Originalidade, conferindo esses direitos à RPC, na altura em que os artigos são aceites para publicação.

Envio de manuscritosOs manuscritos para a Revista Portuguesa de Cardiologia são en-viados através do link http://www.ees.elsevier.com/repc. Para enviar um manuscrito, é apenas necessário aceder ao referido link e seguir todas as instruções que surgem.

Responsabilidades ÉticasOs autores dos artigos aceitam a responsabilidade definida pelo Comité Internacional dos Editores das Revistas Médicas (consultar www.icmje.org).

Os trabalhos submetidos para publicação na Revista Portuguesa de Cardiologia devem respeitar as recomendações internacionais sobre investigação clínica (Declaração de Helsínquia da Associação Médica Mundial, revista recentemente) e com animais de laboratório (So-ciedade Americana de Fisiologia). Os estudos aleatorizados deverão seguir as normas CONSORT.

Informação sobre autorizaçõesA publicação de fotografias ou de dados dos doentes não devem identificar os mesmos. Em todos os casos, os autores devem apre-sentar o consentimento escrito por parte do doente que autorize a sua publicação, reprodução e divulgação em papel e na Revista Portu-guesa de Cardiologia. Do mesmo modo os autores são responsáveis por obter as respectivas autorizações para reproduzir na Revista Portuguesa de Cardiologia todo o material (texto, tabelas ou figuras) previamente publicado. Estas autorizações devem ser solicitadas ao autor e à editora que publicou o referido material.

Conflito de interessesCada um dos autores deverá indicar no seu artigo se existe ou não qualquer tipo de Conflito de Interesses.

Declaração de originalidadeO autor deverá enviar uma declaração de originalidade. Ver anexo IProtecção de dadosOs dados de carácter pessoal que se solicitam vão ser tratados num ficheiro automatizado da Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) com a finalidade de gerir a publicação do seu artigo na Revista Portugue-sa de Cardiologia (RPC). Salvo indique o contrário ao enviar o artigo, fica expressamente autorizado que os dados referentes ao seu nome, ape-lidos, local de trabalho e correio electrónico sejam publicados na RPC, bem como no portal da SPC (www.spc.pt) e no portal online www.revportcardiol.org, com o intuito de dar a conhecer a autoria do artigo e de possibilitar que os leitores possam comunicar com os autores.

INSTRUÇÕES AOS AUTORESTodos os manuscritos deverão ser apresentados de acordo com as normas de publicação. Pressupõe-se que o primeiro autor é o repon-sável pelo cumprimento das normas e que os restantes autores conhe-cem, participam e estão de acordo com o conteúdo do manucrito.

NOTA IMPORTANTE! Para que se possa iniciar o processo de avaliação, o documento com o corpo do artigo deverá incluir todos os elementos que fazem parte do artigo: Títulos em português e em inglês; autores; proveniência; palavras-chave e keywords; Resumos em português e em inglês; Corpo do artigo, incluindo as tabelas; bibliogra-fia; legendas das figuras e das tabelas.

1. Artigos OriginaisApresentação do documento:• Com espaço duplo, margens de 2,5 cm e páginas numeradas.• Não deverão exceder 5.000 palavras, contadas desde a primeira à última página, excluindo as tabelas.• Consta de dois documentos: primeira página e manuscrito• O manuscrito deve seguir sempre a mesma ordem: a) resumo estru-turado em português e palavras-chave; b) resumo estruturado em inglês e palavras-chave; c) quadro de abreviaturas em português e em inglês; d) texto; e) bibliografia; f) legendas das figuras; g) tabelas (opcional) e h) figuras (opcional)-

Primeira páginaTítulo completo (menos de 150 caracteres) em português e em inglês.

Nome e apelido dos autores pela ordem seguinte: nome próprio, seguido do apelido (pode conter dois nomes)

Proveniência (Serviço, Instituição, cidade, país) e financiamento caso haja.Endereço completo do autor a quem deve ser dirigida a corres-

pondência, fax e endereço electrónico.Faz-se referência ao número total de palavras do manuscrito (ex-

cluindo as tabelas).

Resumo estruturadoO resumo, com um máximo de 250 palavras, está dividido em qua-tro partes: a) Introdução e objectivos; b) Métodos; c) Resultados e d) Conclusões.

Normas de publicação da Revista Portuguesa de Cardiologia

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Deverá ser elucidativo e não inclui referências bibliográficas nem abreviaturas (excepto as referentes a unidades de medida).

Inclui no final três a dez palavras-chave em português e em inglês. Deverão ser preferencialmente seleccionadas a partir da lista publica-da na Revista Portuguesa de Cardiologia, oriundas do Medical Subject Headings (MeSH) da National Libray of Medicine, disponível em: www.nlm.nihgov/mesh/meshhome.html.

O resumo e as palavras-chave em inglês devem ser apresentados da mesma forma.

TextoDeverá conter as seguintes partes devidamente assinaladas: a) In-trodução; b) Métodos; c) Resultados; d) Discussão e e) Conclusões. Poderá utilizar subdivisões adequadamente para organizar cada uma das secções.

As abreviaturas das unidades de medida são as recomendadas pela RPC (ver Anexo II).

Os agradecimentos situam-se no final do texto.

BibliografiaAs referências bibliográficas deverão ser citadas por ordem numérica no formato ‘superscript’, de acordo com a ordem de entrada no texto.

As referências bibliográficas não incluem comunicações pessoais, manuscritos ou qualquer dado não publicado. Todavia podem estar incluídos, entre parêntesis, ao longo do texto.

São citados abstracts com menos de dois anos de publicação, identificando-os com [abstract] colocado depois do título.

As revistas médicas são referenciadas com as abreviaturas utiliza-das pelo Index Medicus: List of Journals Indexed, tal como se publi-cam no número de Janeiro de cada ano. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/citmatch_help.html#JournalLists.

O estilo e a pontuação das referências deverão seguir o modelo Vancouver 3.

Revista médica: Lista de todos os autores. Se o número de autores for superior a três, incluem-se os três primeiros, seguidos da abreviatu-ra latina et al. Exemplo:

17. Sousa PJ, Gonçalves PA, Marques H et al. Radiação na AngioTC cardíaca; preditores de maior dose utilizada e sua redução ao lon-go do tempo. Rev Port cardiol, 2010; 29:1655-65Capítulo em livro: Autores, título do capítulo, editores, título do

livro, cidade, editora e páginas. Exemplo: 23. Nabel EG, Nabel GJ. Gene therapy for cardiovascular disease. En: Haber E, editor. Molecular cardiovascular medicine. New York: Scientific American 1995. P79-96.Livro: Cite as páginas específicas. Exemplo: 30. Cohn PF. Silent myocardial ischemia and infarction. 3rd ed. New York: Mansel Dekker; 1993. P. 33.Material electrónico: Artigo de revista em formato electrónico.

Exemplo: Abood S. Quality improvement initiative in nursing homes: the ANA acts it an advisory role. Am J Nurs. [serie na internet.] 2002 Jun citado 12 Ago 2002:102(6): [aprox. 3] p. Disponível em: http://www.nursingworld.org/AJN/2002/june/Wawatch.htm. A Bibliografia será enviada como texto regular, nunca como nota de rodapé. Não se aceitam códigos específicos dos programas de gestão bibliográfica.

1. FigurasAs figuras correspondentes a gráficos e desenhos são enviadas no for-mato TIFF ou JPEG de preferência, com uma resolução nunca inferior a 300 dpi e utilizando o negro para linhas e texto. São alvo de numera-ção árabe de acordo com a ordem de entrada no texto.• A grafia, símbolos, letras, etc, deverão ser enviados num tamanho que,

ao ser reduzido, os mantenha claramente legíveis. Os detalhes especiais deverão ser assinalados com setas contrastantes com a figura.• As legendas das figuras devem ser incluídas numa folha aparte. No final devem ser identificadas as abreviaturas empregues por ordem alfabética.• As figuras não podem incluir dados que dêem a conhecer a proveniência do trabalho ou a identidade do paciente. As fotogra-fias das pessoas devem ser feitas de maneira que estas não sejam identificadas ou incluir-se-á o consentimento por parte da pessoa fotografada.

TabelasSão identificadas com numeração árabe de acordo com a ordem de entrada no texto.

Cada tabela será escrita a espaço duplo numa folha aparte.• Incluem um título na parte superior e na parte inferior são refe-ridas as abreviaturas por ordem alfabética.• O seu conteúdo é auto-explicativo e os dados que incluem não figuram no texto nem nas figuras.

2. Artigos de RevisãoNº máximo de palavras do artigo sem contar com o resumo e qua-dros- 5.000Nº máximo de palavras do Resumo - 250Nº máximo de Figuras - 10Nº máximo de quadros - 10Nº máximo de ref. bibliográficas - 100

3. Cartas ao EditorDevem ser enviadas sob esta rubrica e referem-se a artigos publica-dos na Revista. Serão somente consideradas as cartas recebidas no prazo de oito semanas após a publicação do artigo em questão.• Com espaço duplo, com margens de 2,5 cm.• O título (em português e em inglês), os autores (máximo quatro), proveniência, endereço e figuras devem ser especificados de acordo com as normas anteriormente referidas para os artigos originais.• Não podem exceder as 800 palavras.• Podem incluir um número máximo de duas figuras. As tabelas estão excluídas.

4. Casos ClínicosDevem ser enviados sob esta rubrica.• A espaço duplo com margens de 2,5 cm.• O título (em português e em inglês) não deve exceder 10 palavras

Os autores (máximo oito) proveniência, endereço e figuras serão especificados de acordo com as normas anteriormente referidas para os artigos originais.

O texto explicativo não pode exceder 3.000 palavras e contem in-formação de maior relevância. Todos os símbolos que possam constar nas imagens serão adequadamente explicados no texto.

Contêm um número máximo de 4 figuras e pode ser enviado mate-rial suplementar, como por exemplo vídeoclips.

5. Imagens em Cardiologia• A espaço duplo com margens de 2,5 cm.• O título (em português e em inglês) não deve exceder oito palavras• Os autores (máximo seis), proveniência, endereço e figuras serão especificados de acordo com as normas anteriormente referidas pa-ra os artigos originais.• O texto explicativo não pode exceder as 250 palavras e contem informação de maior relevância, sem referências bibliográficas. To-dos os símbolos que possam constar nas imagens serão adequada-mente explicados no texto.• Contêm um número máximo de quatro figuras.

Normas de publicação da revista portuguesa de cardiologia

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ANEXO IISímbolos, abreviaturas de medidas ou estatística

6. Material adicional na WEBA Revista Portuguesa de Cardiologia aceita o envio de material electrónico adicional para apoiar e melhorar a apresentação da sua investigação científica. Contudo, unicamente se considerará para publicação o material electrónico adicional directamente relaciona-do com o conteúdo do artigo e a sua aceitação final dependerá do critério do Editor. O material adicional aceite não será traduzido e publicar-se-á electronicamente no formato da sua recepção.

Para assegurar que o material tenha o formato apropriado reco-mendamos o seguinte:

Formato Extensão Detalhes

Texto Word .doc ou docx Tamanho máximo 300 Kb

Imagem TIFF .tif Tamanho máximo 10MB

Audio MP3 .mp3 Tamanho máximo 10MB

Vídeo WMV .wmv Tamanho máximo 30MB

Os autores deverão submeter o material no formato electró-nico através do EES como arquivo multimédia juntamente com o artigo e conceber um título conciso e descritivo para cada arquivo.

Do mesmo modo, este tipo de material deverá cumprir também todos os requisitos e responsabilidades éticas gerais descritas nes-sas normas.

O Corpo Redactorial reserva-se o direito de recusar o material electrónico que não julgue apropriado.

ANEXO I

DECLARAÇÃO

Declaro que autorizo a publicação do manuscrito:

Ref.ª ........................................................................................

Título ...........................................................................................

.........................................................................................................

........................................................................................................

do qual sou autor ou c/autor.

Declaro ainda que presente manuscrito é original, não foi objecto de qualquer outro tipo de publicação e cedo a inteira propriedade à Revista Portuguesa de Cardiologia, ficando a sua reprodução, no todo ou em parte, dependente de prévia autorização dos editores.

Nome dos autores:

.........................................................................................................

.........................................................................................................

Assinaturas:

Normas de publicação da revista portuguesa de cardiologia

Designação

AmpereAnoCentímetro quadradoContagens por minutoContagens por segundoCurieElectrocardiogramaEquivalenteGrau CelsiusGramaHemoglobinaHertzHoraJouleLitroMetroMinutoMolarMoleNormal (concentração)OhmOsmolPesoPressão parcial de CO2

Pressão parcial de O2

QuilogramaSegundoSemanaSistema nervoso centralUnidade InternacionalVoltMilivoltVolumeWatts

Estatística:

Coeficiente de correlaçãoDesvio padrão (standard)Erro padrão (standard) da médiaGraus de liberdadeMédiaNão significativaNúmero de observaçõesProbabilidadeTeste «t» de Student

Português

Aanocm2

cpmcpsCiECGEq°CgHbHzhJL ou LmminMmolNΩosmolpesopCO2

pO2

kgsSemSNCUIVmVVolW

rDPEPMglχNSnpteste t

Inglês

Ayrcm2

cpmcpsCiECGEq°CgHbHzhJI ou LmminMmolNΩosmolWTpCO2

pO2

kgsecWkCNSIUVmVVolW

rSDSEMdfχNSnpt test

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ANEXO 7 ____________________________

Declaração de Originalidade para a Revista Portuguesa de

Cardiologia

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DECLARAÇÃO

Declaro que autorizo a publicação do manuscrito junto, com o título ............................................................................................................................ ............................................................................................................................ do qual sou autor ou co-autor. Declaro ainda que o presente manuscrito é original, não foi objecto de qualquer outro tipo de publicação e cedo a inteira propriedade à Revista Portuguesa de Cardiologia, ficando a sua reprodução, no todo ou em parte, dependente de prévia autorização dos editores. Data: ..................................................... Nome dos autores: Assinaturas:

Pedro Miguel Gonçalves Teixeira

25 de fevereiro de 2014

" Taquicardias Supraventriculares: diagnóstico e tratamento da Taquicardia de

Reentrada Nodal Auriculoventricular "

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APÊNDICE 1 ____________________________

Carta de apresentação do manuscrito “Taquicardias

Supraventriculares: Diagnóstico e Tratamento da Taquicardia de

Reentrada Nodal Auriculoventricular”, conforme submissão para

a Revista Portuguesa de Cardiologia

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Carta de Apresentação

Exmos. Senhores Editores da Revista Portuguesa de Cardiologia,

O manuscrito “Taquicardias Supraventriculares: diagnóstico e tratamento da Taquicardia de

Reentrada Nodal Auriculoventricular”, submetido para vossa avaliação, teve a sua autoria no

autor Pedro Miguel Gonçalves Teixeira, tanto nos aspetos que envolvem a sua conceção, como

na pesquisa e análise dos dados, e até à sua redação. O autor contou ainda com o auxílio do

Professor Doutor Manuel Joaquim Lopes Vaz da Silva (Especialista em Cardiologia) na revisão

dos rascunhos do trabalho.

O presente manuscrito pretende constituir uma revisão abrangente e exaustiva da literatura

quanto a esta forma prevalente de Taquicardia Supraventricular, para a qual o último artigo

dedicado na íntegra pela Revista Portuguesa de Cardiologia data já de há 20 anos (Elvas L. et al,

Radiofrequency catheter ablation of atrioventricular nodal reentrant tachycardia, de 1994), e

sobre a qual tem transcorrido considerável discussão e progresso no seio da comunidade

científica internacional, no período que desde então se passou.

A variedade de perspetivas que se procurou abranger foi, ou assim o procurou o autor

tenazmente, convertida num texto de leitura e consulta sucinta para os clínicos mais vezes

deparados com esta patologia, e que busquem na literatura portuguesa uma fonte credível, e

uma resposta concisa.

Pelo empenho e rigor que colocou na elaboração da revisão, e não tendo encontrado no seu

resultado final nada que às suas congéneres na literatura internacional seja devido, o autor

concebe-lhe cabimento no espaço que ainda há de enriquecimento no seio da literatura

científica de excelência em Portugal.

Ademais, muito agradeço pela atenção dispensada, na esperança ainda de ter sido a

dedicação a esta causa a primeira de muitas, e contando com uma crítica salutar e construtiva a

quem reconheço, mais do que para isso, ciência e entendimento.

O autor,

________________________________________

(Pedro Miguel Gonçalves Teixeira)