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Sumário
1 - Apresentação 22 - Identificação do Estabelecimento 43 - Objetivo 74 - Marco Situacional 85 - Marco Conceitual 186 - Marco Operacional 427 - Referências Bibliográficas 568 - Plano de Ação 619 - Anexos 78
1- APRESENTAÇÃO
Partindo do pressuposto de que na sociedade que vivemos, não é possível
compreender a educação sem a escola, pois ela tem assumido além de seu
compromisso de ensinar, também a parte social, educacional no todo, tarefa que
cabe a vários segmentos da sociedade e, a Escola está inserida numa sociedade
competitiva, conflituosa e complexa, marcada pelas desigualdades sociais, múltiplas
relações de poder, transições econômicas, políticas e sociais, conflitos e
contradições com marcos e raízes históricas, mudanças constantes, progressos
científicos e avanços tecnológicos, requer por parte de todos os envolvidos no
processo educativo, uma profunda reflexão, tomada de consciência e uma postura
comprometida com o ato de ensinar e aprender, em relação às ações pedagógicas
desenvolvidas, desencadeando um trabalho pedagógico voltado às reais
necessidades dos educandos, buscando a melhoria da qualidade de ensino.
Ofertar Ensino Público gratuito e de qualidade, implica necessariamente, a
efetivação de uma ação coletiva para a organização, articulação, elaboração,
desenvolvimento e avaliação do Projeto Político Pedagógico.
Assim, o Colégio Estadual Barão do Rio Branco construiu o seu Projeto
Político Pedagógico, envolvendo todos os profissionais da educação (pais, alunos,
comunidade escolar), através de debates, cursos, estudos, pesquisa, para avaliar
que escola temos e que escola queremos. Do trabalho coletivo resultaram algumas
mudanças que serão propostas no Projeto Político Pedagógico, sempre tendo como
princípio a Educação como direito de todo cidadão, a valorização do profissional da
Educação, o trabalho coletivo e a gestão democrática, em todos os níveis
institucionais e o atendimento às diferenças e a diversidade cultural.
Para efetivar o Projeto Político Pedagógico, o Colégio Estadual Barão do Rio
Branco tem como Filosofia:
- Proporcionar aos educandos um conjunto de práticas pedagógicas, que
resultem em aprendizagem, significativas e essenciais, com o propósito de
contribuir para que os mesmos apropriem-se do conhecimento científico de
maneira crítica e construtiva.
- Preparar e instrumentalizar os educandos, para que os mesmos
conscientes de seus deveres e direitos, sejam capazes de atuar com
competência e dignidade, participando do processo de transformação da
sociedade, no exercício de sua cidadania.
- Valorizar as experiências de vida, as diferentes culturas, o potencial do
educando respeitando as suas particularidades, proporcionando o acesso ao
saber elaborado e sistematizado, na busca da autonomia intelectual.
2 - IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
O Colégio Estadual Barão do Rio Branco – Ensino Fundamental e Médio,
código 00056, está localizado no imóvel: quadra n° 16 com área de 5.000 m², na
Rua Cristiano Bender, 419, na sede do Município de Flor da Serra do Sul, código
0777, telefone n. ° (46) 35656 1261, endereço eletrônico:
[email protected]. O Estabelecimento tem como mantenedora a SEED -
Secretaria de Estado da Educação, código 02, do Governo do Estado do Paraná e
pertence ao Núcleo Regional de Educação – Francisco Beltrão, código 012.
O Município em que está localizado o Colégio Barão do Rio Branco, Ensino
Fundamental e Médio, faz parte da região Sudoeste do Estado do Paraná, com uma
área de 254.125 km², sendo que a área urbana tem 375.000 m². É cortado pela BR
373, e tem como limites, ao NORTE os Municípios de Salgado Filho e Francisco
Beltrão, ao SUL com o Município de Palma Sola – Estado de Santa Catarina, a
LESTE com o Município de Marmeleiro e OESTE com o Município de Barracão.
Sendo a área rural de 257.412,25 ha e a área urbana de 375.000 m² e a
população total estimada em 2010, de 4.936 habitantes. Estando o mesmo inserido
em uma realidade onde a maioria da população é descendente de portugueses,
italianos, alemães e poloneses; cuja renda familiar atual fica entre 1(um) a 3(três)
salários mínimos, predominando as atividades agrícolas com pequenas e médias
propriedades rurais, a produção básica de feijão, milho, fumo, criação do rebanho
bovino e suínos e avicultura. Na área urbana, reside a minoria da população, com
aproximadamente 900 casas residenciais, com pequenos estabelecimentos
comerciais e industrias que geram um número razoável de empregos, porém não
atendendo a demanda da população sulflorense.
Algumas famílias não possuem renda fixa, garantindo sua subsistência
trabalhando como diaristas, meeiros e arrendatários.
O município de Flor da Serra do Sul foi desmembrado dos municípios de
Salgado Filho, Barracão e Marmeleiro, sendo que antes de tornar-se emancipado
politicamente era distrito de Salgado Filho. Através da Lei n.° 9300/90 de 18/06/1990
criou-se o Município de Flor da Serra do Sul.
O Colégio tem seu histórico inicial quando pertencia ao município de Salgado
Filho. Em 04/02/1983, através da Resolução nº 302/83, ficaram autorizadas a
funcionar as séries finais do 1º Grau na Escola Rural Estadual de Flor da Serra, do
Distrito de Flor da Serra, Município de Salgado Filho, esta criada e autorizada a
funcionar pela Res. 3704/82. Com a implantação das séries finais, o
Estabelecimento em tela passará a denominar-se Escola Estadual de Flor da Serra
– Ensino de 1° Grau. Em decorrência do disposto nesta Resolução, fica extinta a
extensão do Colégio Estadual Padre Anchieta – Ensino de 1° e 2° Grau, até então
em funcionamento, desde 1972 no Distrito de Flor da Serra, Município de Salgado
Filho. Pela Resolução n° 2783/83, a Escola Estadual de Flor da Serra – Ensino de 1°
Grau passou a denominar-se Escola Estadual Barão do Rio Branco – Ensino de 1°
Grau. Pela resolução 389/94, é reconhecido o estabelecimento e o Curso da Escola
Estadual Barão do Rio Branco – Ensino de 1° Grau.
O acesso ao Ensino Médio até 1993 era garantido na sede durante alguns
anos através de uma extensão do Colégio Salgado Filho em um outro período até a
emancipação, através de transporte pago pelos pais até os municípios de Salgado
Filho - PR e Palma Sola - SC. Pela emancipação e nuclearização do Ensino,
solicitou-se por parte do governo municipal a implantação do Ensino Médio. Assim o
Conselho Estadual de Educação, pelo Parecer n.° 629/94 aprova Projeto de
implantação do Ensino de 2° Grau Regular, com Habilitação em Auxiliar de
Contabilidade na Escola Estadual Barão do Rio Branco, passando o
Estabelecimento de Ensino denominar-se Colégio Estadual Barão do Rio Branco –
Ensino de 1° e 2° Grau, sendo o curso reconhecido pela Resolução n.° 3072-97, de
30/09/97, em caráter excepcional, exclusivamente para fins de cessação gradativa
de suas atividades escolares.
O Parecer n.° 947/97 aprova a implantação Adicional do Curso de 2° Grau
-Educação Geral, de forma gradativa, tendo em vista a adesão ao PROEM. A
Resolução 2003/97 autoriza o funcionamento do curso de 2° Grau – Educação
Geral. Pela Resolução n.° 3660/99 foi reconhecido o Ensino Médio do Colégio
Estadual Barão do Rio Branco – Ensino Fundamental e Médio, publicado no diário
oficial do Estado n.° 5596, em 08/10/99.
A Renovação do Reconhecimento do Ensino Fundamental foi concedida pela
Resolução nº 1617/2003 de 26/06/2003 e do Ensino Médio pela Resolução nº
958/05 de 18/04/2005. O Ato Administrativo nº 245/2001 de 25/0-9/2001, aprovou o
Regimento Escolar.
3 - OBJETIVO
Num processo democrático de tomada de decisões, constituiu-se o Projeto
Político Pedagógico que vem proporcionar ao educando uma Educação Básica
ofertada pelo Colégio Estadual Barão do Rio Branco no Ensino Fundamental e
Médio com os seguintes objetivos:
• Preparar e capacitar os cidadãos para uma nova sociedade, que se
deseja mais justa e humana;
• Formar cidadãos, críticos, criativos, participantes, capazes de preparar
as condições que tornarão possíveis novas estruturas sociais pautadas na
fraternidade, na solidariedade, na justiça social e na verdadeira cidadania
para todos;
• Fomentar as relações e interações que constituem o dia a dia da
escola, apreendendo forças que a impulsionam, identificando as estruturas de
poder e os modos de organização do trabalho escolar, analisando a dinâmica
de cada sujeito neste complexo interacional;
• Interar-se do processo de ensino-aprendizagem, como é concebido
executado e avaliado o currículo escolar, quais atitudes, valores e crenças
são almejados e quais as forças de organização do trabalho pedagógico;
4 - MARCO SITUACIONAL
Atualmente, o Colégio Estadual Barão do Rio Branco oferta Ensino Regular
Fundamental, no turno matutino e vespertino. Ensino Médio Regular em dois turnos
oficiais, matutino e noturno, EJA (Educação de Jovens e Adultos) no turno noturno e
Centro de Língua Estrangeira Moderna - CELEM/ Língua Espanhola no turno
intermediário; atendendo no total 716 alunos. Possui uma sala de recursos no
período vespertino, uma sala multifuncional no período matutino, duas Salas de
Apoio (português e matemática), período matutino e vespertino e CAEDV ( Centro
de Atendimento Especializado aos Deficientes Visuais) no período matutino e
vespertino atendendo cinco alunos. O turno matutino conta com 07 (sete) turmas de
Ensino Fundamental do 6º ao 9º Ano, com o total de 188 alunos e 06 (seis) turmas
do Ensino Médio com 177 alunos. No período vespertino funcionam 05 (cinco)
turmas do Ensino Fundamental (6º, 7º e 8º Ano) com um total 127 alunos. No
período noturno, funcionam 03 (três) turmas do Ensino Médio, com um total de 89
alunos. Na EJA estão matriculados 20 ( vinte) alunos no Ensino Fundamental (6º ao
9º Ano) e 25 (vinte e cinco) no Ensino Médio. Nas turmas do CELEM/ Língua
Espanhola são atendidos um total de 50 alunos. Aproximadamente 401 alunos
utilizam o transporte escolar.
Sua estrutura física é composta por 14 salas de aula; e 01 (uma) sala de
multiuso; 01 (uma) sala para o Laboratório de Ciências Físicas, Químicas e
Biológicas (no momento no turno matutino e vespertino está sendo utilizada como
sala de recursos e sala multifuncional); 01 (uma) sala para o Laboratório de
Informática; Secretaria, Cozinha, Depósito de Merenda, Área de Serviço,
Almoxarifado e Saguão, seis banheiros femininos e quatro masculinos; 01 (uma)
sala de madeira (construída em parceria com o município); totalizando 1.330m² de
área construída.
O espaço físico destinado à sala de Artes está sendo utilizado como sala de
aula, bem como o espaço reservado à biblioteca foi reduzido, sendo utilizado parte
como sala de aula, devido à falta de espaço físico condizente com o número de
alunos.
As instalações do prédio do Colégio Estadual Barão do Rio Branco, de
propriedade do Governo Estadual, são utilizados em dualidade administrativa com
a Escola Municipal Nossa Senhora da Glória que no período vespertino atende
alunos do Ensino Fundamental do 1º ao 5º Ano. Esta situação proporciona uma
conservação melhor do prédio e, efetivação de melhorias a cada ano.
O quadro de Recursos Humanos é composto por Direção, Vice-Direção, 05
Agentes Educacional II, 01 Secretária, 07 Agentes Educacional I. Corpo Docente
com 36 professores, sendo 36 graduados, 32 pós-graduados, 03 pós-graduandos,
03 acadêmicos, 23 efetivos.
Através da pesquisa e do trabalho conjunto com a comunidade escolar,
percebeu-se que há uma grande angústia e ao mesmo tempo uma grande
esperança por parte dos pais e comunidade no sentido de esperar da educação a
possibilidade de proporcionar ao aluno uma mudança de vida.
Nas reuniões com pais, alunos, funcionários, professores, Conselho Escolar,
APMF e membros da comunidade, uma das solicitações dos pais foi à mudança da
organização e funcionamento do Ensino Fundamental para séries com notas, pois
desde 2001, era estruturado em ciclos, com registro de avaliação realizado em
fichas de acompanhamento semestral com parecer descritivo final e ao término do
ciclo, com retenção no 2º ano do 3º e 4º ciclos e em qualquer ciclo, caso o aluno não
atinja 75% de frequência em cada ano letivo.
A justificativa para esta solicitação é a constatação da acomodação diante da
não reprovação nas séries iniciais dos ciclos. Também porque muito cedo, estes
alunos, por serem na maioria, em torno de 75%(setenta e cinco por cento) alunos
filhos de pequenos proprietários rurais e arrendatários, buscam precocemente sua
sobrevivência através do trabalho nos grandes centros e o único caminho que a
maioria tem, para prepará-los, ajudá-los, é a educação oferecida pela Escola
Pública.
É pensamento da comunidade escolar que a nova realidade social, é
consequência da desestruturação econômica e está incidindo diretamente na
família, escola e sociedade.
Nesta realidade o aluno muitas vezes não consegue conciliar o estudo e o
trabalho e acaba abandonando a escola, ocasionando o fracasso escolar, com
efeitos no plano moral, afetivo e social que geralmente acompanharão esses
indivíduos durante toda sua vida, resultando em exclusão social.
Apesar de todos os esforços, contato direto com os pais e parcerias com os
órgãos públicos municipais (Prefeitura Municipal, Secretaria Municipal de Educação
e Conselho Tutelar), ainda é preocupante a evasão escolar.
Entendemos que não basta mudar o sistema de avaliação, de parecer para
nota, para garantir a qualidade de ensino, pois a mesma implica em preparo,
compromisso de ensinar, postura, condições de trabalho, material didático e
envolvimento de todos os profissionais da educação, ou seja, da comunidade
escolar como um todo. Porém, no conjunto decidiu-se que o Colégio Estadual Barão
do Rio Branco – Ensino Fundamental e Médio adota a partir do ano letivo de 2006 a
organização do tempo escolar no Ensino Fundamental em séries, com implantação
simultânea e, avaliação semestral por nota, e a partir de 2012 ocorre a mudança
simultânea de série para ano nos anos finais do Ensino Fundamental. Para o
Ensino Médio, decidiu-se continuar a organização do tempo escolar em séries, com
avaliação por nota e semestral.
A elaboração do Calendário Escolar a cada ano é realizada em conjunto com
a Escola Estadual (Tatetos), Secretaria Municipal de Educação, Conselho Escolar e
demais profissionais da Educação. De maneira democrática, respeitando os 200
(duzentos) dias letivos estabelecendo-se as datas que serão desenvolvidos os
projetos em comum, parcerias e posteriormente cada Escola faz o calendário de
suas atividades internas.
Os Conselhos de Classe são realizados de acordo com o calendário escolar
de cada ano letivo e o feriado municipal respeitado (13 de maio). Sempre que
possível, o Colégio permite e incentiva a participação de professores, funcionários,
membros da APMF e Grêmio a participarem de eventos, cursos de capacitação,
para melhorarem o desempenho.
A organização utilizada é por disciplinas ofertando no Ensino Fundamental as
disciplinas de: Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, História, Geografia, Arte
Educação Física, Língua Estrangeira – Inglês e Ensino Religioso (6º e 7º Ano) na
Base Nacional Comum e na base diversificada Língua Estrangeira/CELEM – Língua
Espanhola. Na Parte do Médio, são ofertadas as seguintes disciplinas na Base
Nacional Comum: Língua Portuguesa, Matemática, Arte, História, Educação Física,
Química, Física, Biologia, História, Geografia, Filosofia e Sociologia. Na Parte
Diversificada, Língua Estrangeira Moderna – Inglês e CELEM – Língua Espanhola.
Na EJA ( Educação de Jovens e Adultos) as disciplinas ofertadas são as mesmas
que a do Ensino Fundamental e Médio do ensino regular, tendo uma organização
coletiva ou individual.
A avaliação do Ensino Fundamental e Médio é com nota, sendo que o
rendimento mínimo exigido é a nota 6,0 (seis vírgula zero) por disciplina,
semestralmente, considerando também a participação, produções de trabalhos e
empenho dos educandos no processo de construção do conhecimento.
São aprovados alunos que tem frequência igual ou superior a 75%(setenta e
cinco por cento) do total da carga horária do período letivo e média igual ou superior
a 6,0(seis vírgula zero).
A matricula com progressão parcial é garantida no Ensino Médio, quando o
aluno reprovado em uma disciplina pode matricular-se na série seguinte,
concomitantemente à disciplina na qual reprovou em turno contrário, chamada de
dependência.
Quando o colégio recebe transferência de alunos com progressão parcial no
Ensino Médio, com mais de uma disciplina, oferta um plano especial de estudos, em
forma de adaptação. Quando o aluno for do Ensino Fundamental, oferece-se plano
especial de estudos para as disciplinas em dependência, em forma de adaptação.
A reprovação só acontece depois de oportunizar todas as possibilidades que
o Regimento Escolar garante e, ainda, atendidas as iniciativas da escola no sentido
de motivar os alunos ao estudo e o exercício da verdadeira cidadania.
A recuperação paralela de estudos é realizada logo após a conclusão de cada
assunto, na própria sala de aula, trabalhando a retomada dos conteúdos.
Ainda é preocupante a quantidade de alunos com necessidades educacionais
especiais, no que diz respeito a distúrbios de aprendizagem, para minimizar essa
situação, contamos com a ajuda da sala de recursos e sala de apoio com
profissionais habilitados para atenderem aos alunos. Esse atendimento é ofertado
em turno contrário.
Para melhor prepará-los para o exercício da cidadania, acreditamos que é
preciso facilitar o acesso à tecnologia (Informática, Internet, etc.), o Laboratório de
Informática, funciona com aproximadamente 39 computadores para os alunos e 4
para os professores, o acesso à internet é proporcionado pelo Paraná Digital. Os
alunos concluintes do Ensino Médio, através de parcerias com as Secretarias
Municipais de Educação e Assistência Social, tem gratuitamente o acesso a um
curso de Informática Básica.
A biblioteca dispõe, no momento, de um espaço pequeno. A disponibilidade
de livros ainda não é suficiente, principalmente os de pesquisa e literatura infanto-
juvenil.
O livro didático é um material de forte influência na prática do ensino
brasileiro. É importante, porém, considerar que o livro didático não deve ser o único
material a ser utilizado, pois a variedade de fontes de informação é que contribuirá
para dar ao aluno uma visão ampla do conhecimento.
Meios de comunicação social, tais como: revistas, folhetos, propagandas e
outros, são ótimos recursos de trabalho, pois os alunos aprendem sobre algo que
tem função social real garantindo além do conhecimento formal o informal.
Nos últimos quatro anos para socialização de trabalhos desenvolvidos pelos
alunos é feita a Semana Cultural com atividades de dança, teatro, música, oficinas
organizadas pelas disciplinas com exposição de painéis, trabalhos artísticos e
experimentos utilizando temas que se abrangem no ano, tais como: biografias de
representantes importantes a cada disciplina, temas Educacionais Contemporâneos,
etc.
Para atender os estudantes com diferentes graus de desenvolvimento são
utilizadas estratégias variadas, atividades adequadas e desafiadoras que visam
garantir a aos mesmos o conhecimento dos saberes já sistematizados; para os
que não estão no mesmo nível que os outros e apresentam defasagens
educacionais são ofertadas a Sala de Recursos, Sala Multifuncional e sala de apoio,
nas quais são realizadas atividades variadas, lúdicas e recreativas levando-se em
consideração a realidade de conhecimento de cada aluno e suas particularidades.
Para o enriquecimento do trabalho pedagógico são utilizados os recursos
disponibilizados, tais como: TV multimídia em cada sala, laboratório de informática,
data Show que vem complementando e aprimorando as atividades planejadas pelos
educadores.
As capacitações, Grupos de Estudos aos sábados, PDE, GTR, Formação em
Ação são suportes importantes para melhorar a prática docente, ampliando o
conhecimento e proporcionando novos subsídios.
A Direção, Conselho Escolar e APMF, procuram incentivar em parceria com o
município a participação dos alunos nos Projetos como: Olimpíadas de Física e
Matemática, jogos escolares e outras atividades que acontecem durante o ano
letivo.
O Colégio Estadual Barão do Rio Branco – Ensino Fundamental e Médio é
formado pelo Corpo Docente, Direção e Equipe Pedagógica e Agentes Educacionais
I e II. Podendo ser considerada uma Escola de Campo, pela procedência de
aproximadamente 78% de alunos do meio rural, procura proporcionar ao aluno um
ambiente agradável, buscando complementar o ensino-aprendizagem com projetos
que proporcionem uma visão de mundo e de possibilidades de permanecer no
campo desenvolvendo atividades complementares, que possam melhorar a
qualidade de vida e o aumento de renda familiar.
Os funcionários tiveram aprovado seu Plano de Carreira no ano de 2008,
conquistando alguns benefícios e maior valorização profissional. A SEED
proporciona cursos específicos para as funções que os funcionários desenvolvem na
escola, porém é ainda insuficiente. Nos últimos anos os funcionários participam da
semana pedagógica, proporcionando grande conhecimento pedagógico e da
educação, somando para que se entenda o importante processo de que participam
na escola. Priorizando as relações profissionais de uma boa convivência entre os
colegas de trabalho onde é pautada o conhecimento a colaboração e cooperação
sendo que é um ambiente de troca de experiências profissionais.
As reuniões com pais, são proporcionadas geralmente através de convites
previamente entregues pelos próprios alunos, geralmente em grupos pequenos, pois
não é possível acomodar pais e alunos nos veículos de transportes pois, na maioria
das Linhas, o transporte escolar é o único meio de transporte coletivo.
A participação nas Festas Tradicionais é significativa. Dentre as festas mais
importantes temos: A Festa Julina e a Despedida dos alunos do Ensino Médio
(formatura). Organizadas pelo Conselho Escolar e APMF, visam à confraternização
e o levantamento de recursos para suprir às necessidades da escola.
São realizadas viagens de estudos, em parceira com empresas locais e
prefeitura, com o objetivo de conhecer empresas e propriedades rurais em outros
municípios, bem como faculdades próximas para motivação de continuidade aos
estudos.
As atividades esportivas são realizadas no mini-ginásio do Colégio,
complementadas no campo de futebol municipal e particulares, pertencentes a
associações do município.
O colégio, ainda procura distribuir a Hora Atividade de forma a favorecer o
trabalho coletivo dos professores que atuam na(s) mesma(s) turma(s), anos, etc. ou
ano(s) dos diferentes níveis de ensino ou por área de conhecimento, ou ainda com a
formação de grupos que favoreçam o trabalho interdisciplinar. Elas representam,
assim, lugar de participação e decisão, em aspecto de discussão, negociação e
encaminhamento das demandas educacionais, possibilitando a participação social e
promovendo a gestão democrática.
Buscando o enriquecimento do trabalho pedagógico são utilizados os
recursos disponibilizados, tais como: TV multimídia em cada sala, laboratório de
informática, data show que vem complementando e aprimorando as atividades
planejadas pelos educadores.
Durante o ano são propostas atividades como: palestras, seminários, debates
que servem de mediação a conhecimentos também ensinados em sala de aula.
A merenda escolar é enviada pelo Governo Estadual em sua totalidade,
sendo complementada com recursos do fundo rotativo para produtos perecíveis.
Presta-se conta todo mês do uso dos alimentos e do cardápio servido aos alunos.
A educação em todos seus âmbitos passa por inúmeras transformações.
Desde 2005, no país, tem-se trabalhado com a ampliação do Ensino Fundamental,
com nove anos de duração, para crianças a partir de seis anos de idade. Essa
mudança, mais do que a adição de um ano, inserido no 1º segmento do Ensino
Fundamental, implica em rever o processo de formação dos educandos com uma
nova organização curricular que permita a permanência qualificada de todos os
alunos ao sistema de ensino. O Colégio estadual Barão do Rio Branco, visando
atender essa nova perspectiva, tem realizado estudos, reflexões, pesquisas a cerca
do Ensino de nove anos, fazendo adaptações dos documentos escolares e parcerias
com as escolas municipais.
Em 2005 foi promulgada a primeira lei específica do Ensino Fundamental de
nove anos, a lei nº. 11.114/05, que altera o artigo 6º da LDB, tornando obrigatório a
matrícula da criança aos seis anos de idade no Ensino Fundamental. A lei nº
11.274/06 trata da duração do Ensino Fundamental, ampliando-o para nove anos,
com matricula obrigatória aos seis anos de idade.
A universalização da matrícula aos seis anos é uma conquista, especialmente
para as famílias das classes populares ou carentes que eram as que tinham as
menores possibilidades de conseguir vagas para os filhos. O ingresso das crianças
aos seis anos representa uma ampliação do direito à educação. Tendo um tempo
maior para a construção do processo de alfabetização.
A Resolução 07/2010 – trata das Diretrizes Curriculares Nacionais para o
Ensino de nove anos e a Instrução 008/2011 estabelece que: “As instituições do
Sistema Estadual de Ensino com oferta do Ensino Fundamental - anos finais,
devem, a partir de 2012, implantar o 6º ao 9° ano do Ensino Fundamental.
O Parecer 407/11 Acolhe o pedido da SEED, garantindo a implantação de
forma simultânea, para os anos finais do Ensino Fundamental de 09 anos em todas
as escolas do Sistema Estadual de Ensino a partir de 2012.
Seguindo orientações da Instrução 004/2011 – que estabelece a
regulamentação das atividades complementares em contraturno, alunos do Ensino
Médio, conseguem desenvolver conhecimentos sobre o Mundo do Trabalho e
Geração de Rendas, tendo conhecimentos sobre noções básicas de Direito
Trabalhista (direitos e deveres do trabalhador; cálculo de valores referentes aos
direitos rescisórios); noção e situação problema envolvendo temas como:
Previdência Social, FGTS, seguro desemprego, Imposto de Renda, e outros; estudo
e construção de documentos básicos (procurações, contratos, atas estatutos, livro
caixa, declarações, etc) e noções e cálculos dos tributos e principais impostos
( ICMS, ICMS Ecológico, IPI e outros) bem como das Contribuições e melhorias.
No segundo semestre de 2011 (Instrução 007/2011), as escolas tiveram
abertura automática de uma Sala de Apoio à Aprendizagem de Língua Portuguesa e
uma de Matemática para alunos matriculados no 6º ano e 9ª Ano, ficando o Colégio
Estadual Barão do Rio Branco com uma turma de Sala de Apoio no período
matutino, para os 6º Anos ( já existente) e mais uma Sala de Apoio em português e
matemática no período vespertino para alunos do 9º Ano. Estas salas são de grande
importância e representam a possibilidade de recuperação para muitos alunos que
apresentam defasagens de conhecimento. É de fundamental importância que o
Professor da Sala de Apoio Conheça os fundamentos psicopedagógicos da faixa
etária de seus alunos, compreendendo os mecanismos que estão ligados a
maturação e desenvolvimento cognitivo, além de ter domínio dos conteúdos básicos
das séries iniciais bem como dos conteúdos relativos ao segundo segmento do
ensino fundamental(6º e 9º Ano).
O professor da Sala de Apoio deve ter seu diferencial, trabalhando de forma
mais lúdica, recreativa, possibilitando aos alunos reconhecer diferentes sensações,
possibilidades de aprendizagem e desenvolvimento. Ao trabalhar com Sala de Apoio
de Português do 6º Ano, devido as características dos alunos dessa faixa etária e
suas necessidades relacionadas a infância é produtivo o trabalho que envolva a
motricidade, lúdico, jogos, a imaginação, criatividade o que exige um docente
alegre, criativo, dinâmico, perspicaz, que goste de sentar-se ao chão, cantar, contar
histórias, utilizar jogos, brincadeiras para efetivação do aprendizado. No 9º Ano, nas
aulas de Apoio em Português, devem ser observados fatores ligados a adolescência,
seus conflitos, mudanças e necessidades; culminando em práticas mais dinâmicas,
criativas, podendo utilizar para isso debates, teatros, pesquisas, jogos, entre
outros, visando sempre trabalhar os 3 eixos: oralidade, leitura, escrita.
Quanto ao professor de Sala de Apoio de matemática, além das
características já comentadas anteriormente, no 6º Ano é fundamental propor
atividades fora da sala de aula, como medições, contagens, uso de jogos e
brincadeiras, uso de material manipulável para efetivação do aprendizado e domínio
dos conceitos básicos tão necessários para progredir nos estudos. No 9º Ano
propor atividades que instiguem os alunos a desenvolver o cálculo, trabalhar os
conteúdos em defasagem de aprendizagem de anos anteriores, fazendo uso das
tendências Metodológicas na Educação Matemática, como Modelagem, Resolução
de Problemas, Jogos, uso da História da Matemática, de recursos tecnológicos e
Investigação matemática.
O colégio possui área verde entre as alas, com floreiras, conservadas pelo
trabalho voluntário da direção, direção auxiliar e funcionários, bem como, de alguns
alunos.
5 - MARCO CONCEITUAL
Num mundo marcado pela globalização econômica, cultural e pelos avanços
tecnológicos é cada vez mais forte o reconhecimento de que a diversidade étnica,
regional e cultural continua a exercer um papel crucial e de que é no âmbito do
Estado / Nação, que a cidadania pode ser exercida.
A realidade social e educacional atual de nosso país, requer o enfrentamento
e a garantia dos direitos sociais.
A escola é uma instituição social que faz parte do universo relacionado a
infância e adolescência. Ao falar em infância e adolescência, observa-se que
existem diferentes enfoques dados a estes, e que existem diferentes pontos de
vista teóricos que acabam culminando em formar múltiplos conceitos desses
grupos referidos. Assim, é necessário pensar melhor sobre quais são e como se
construíram as diferentes concepções de infância e de adolescência em nossa
sociedade.
Todos nós temos em algum momento de nossa vida, uma relação próxima
com crianças e adolescentes. Essa relação ocorre por motivos diversos e
proporciona diferentes níveis de conhecimento quanto ao universo infantil e infanto-
juvenil. No decorrer da infância ocorrem inúmeras mudanças tanto no
desenvolvimento físico como mental, essas mudanças devem ser consideradas pela
escola, pois influenciam no processo de ensino e aprendizagem. As questões de
maturação e mudanças no corpo, levam o adolescente a inúmeros conflitos, dúvidas
e mudanças de gostos, hábitos, tornando-os cada vez mais inseridos no mundo
adulto, responsáveis por seus próprios atos.
De acordo com dicionários da língua portuguesa a palavra infância é descrita
como o período de crescimento que vai do nascimento até o ingresso na puberdade,
por volta dos doze anos de idade. Segundo a Convenção sobre os Direitos da
Criança, de novembro de 1989, "criança são todas as pessoas menores de dezoito
anos de idade". Já para o Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), criança é
considerada a pessoa até os doze anos incompletos, enquanto entre os doze e
dezoito anos, idade da maioridade civil, encontra-se a adolescência.
Definir o que é criança na atualidade é muito difícil devido a amplitude do
tema e suas construções ao longo da história. É necessário perceber a criança e seu
mundo a partir de seu próprio ponto de vista, ou seja “se quisermos realmente
conhecer o universo infantil, precisamos nos desvencilhar das imagens
preconcebidas e abordar esse universo e essa realidade tentando entender o que há
neles, e não o que esperamos que nos ofereçam” (COHN, 2005, p. 8).
ARIÈS ( 1978, p. 32), defende que a infância faz parte de uma construção
histórica, cultural, ideológica. Ela se constrói diferentemente a cada momento
histórico e em cada coletivo social. O desenvolvimento da infância não é algo
homogêneo, mas algo muito diversificado e abrangente, e é isso que produz tantas
infâncias. Essa diversidade está ligada ao contexto social, econômico, cultural e
político. É importante que a escola reconheça e trabalhe esses fatores, visando
sempre contemplar de forma particular todos os aluno e suas peculiaridades,
valorizando a diversidade existente.
Os adolescentes de uma maneira geral são os que mais sofrem
transformação batalham com seus corpos, que crescem e se transformam. Lidam
com as dificuldades de crescer no quadro complicado da família moderna e de uma
sociedade que luta contra fatores de risco e violência contra menores, ou seja,
nossos alunos estão expostos diariamente a situações de exploração diversas,
drogadição, violência, exclusão, entre outros, e escola não pode ignorar esses
fatores de risco.
A infância, nessa perspectiva, deve ser observada como um modo particular
de se pensar a criança, e não um estado universal, vivida por todos da mesma
maneira. O que exige uma mudança de postura de todo coletivo escolar, que não
deve se deixar levar por ideias preconceituosas e estabelecidas ao longo da história.
A maturação está estritamente ligada ao crescimento, aos aspectos biológicos,
físicos e evolutivos das pessoas. Ao falar em desenvolvimento humano deve-se
pensar sobre as evoluções da linguagem, raciocínio, memória, atenção, estima,
entre muitos. Trata-se do processo mediante o qual se põe em andamento as
potencialidades dos seres humanos. Consideramos que é um processo interminável,
no que se produz uma série de saltos qualitativos que levam de um estado de
menos capacidade para um de maior capacidade e reflexão.
Tendo como enfoque ARIÈS ( 1978, p.54), pode-se ressaltar que a infância
foi uma invenção da modernidade, visto que a infância que conhecemos hoje foi
uma criação de um tempo histórico e de condições socioculturais determinadas,
sendo um erro querer analisar todas as infâncias e todas as crianças com o mesmo
referencial. A partir disso, podemos considerar que a infância muda com o tempo e
com os diferentes contextos sociais, econômicos, geográficos, e até mesmo com as
peculiaridades individuais. Portanto, as crianças de hoje não são exatamente iguais
às do século passado, nem serão idênticas às que virão nos próximos séculos.
O mesmo autor defende duas teses principais sobre a infância: na primeira,
afirma que a sociedade tradicional da Idade Média não via a criança como ser
distinto do adulto. Na segunda, indica a transformação pela qual a criança e a família
passam, ocupando um lugar central na dinâmica social. Com essa transformação, a
família tornou-se o lugar de uma afeição necessária entre os cônjuges e entre pais e
filhos, o que não existia antes. A criança passou de um lugar sem importância a ser
o centro da família.
De acordo com as Orientações Pedagógicas para o Ensino Fundamental de
nove anos (2010, p. 11), a concepção de infância e de desenvolvimento infantil é
uma construção histórica. Nos tornamos humanos a partir da interação com outros
seres humanos, ou seja, a partir do contexto cultural, interação com diferentes
grupos, participação em práticas sociais historicamente construídas. Ter essa
compreensão é de fundamental importância para a escola, é uma das possibilidades
de que o trabalho pedagógico se efetive no âmbito educacional.
Pensando-se na superação do distanciamento entre os anos iniciais e finais
do Ensino Fundamental, é primordial que exista essa aproximação com um trabalho
que possibilite a complementaridade e continuidade do processo de ensino-
aprendizagem, assegurando a característica de aprofundamento e complexidade
dos conhecimentos sistematizados.
Com a aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente, em 1990, passou
a definir todas as crianças como sujeito de direitos, com necessidades específicas,
decorrentes de seu desenvolvimento peculiar, e que, por conta disso, deveriam
receber uma política de atenção integral a seus direitos construídos social e
historicamente. A mudança é radical, vai à raiz: o menor retoma seu lugar de
criança. O menor passa a ser visto como cidadão de direitos e não como um
expectador das tentativas de sabê-lo vítima ou responsável pelas derrotas sociais. A
criança volta a ocupar o seu lugar de um ser humano, de um sujeito construído
historicamente, com direitos e deveres que devem ser exercidos hoje, com uma vida
concreta que pode ser muito dura e distante do sonho dourado da infância mítica da
classe média. Contudo, uma criança.
Assim como a infância, a adolescência é também compreendida hoje como
uma categoria histórica, que recebe significações e significados que estão longe de
serem essencialistas. É como a naturalização da adolescência e sua
homogeneização só podem ser analisadas à luz da própria sociedade. Assim, as
características “naturais” da adolescência somente podem ser compreendidas
quando inseridas na história ou contexto que as geraram.
Para a maior parte dos estudiosos do desenvolvimento humano, ser
adolescente é viver um período de mudanças físicas, cognitivas e sociais que,
juntas, ajudam a traçar o perfil desta população. Atualmente, fala-se da adolescência
como uma fase do desenvolvimento humano que faz uma ponte entre a infância e a
idade adulta. Nessa perspectiva de ligação, a adolescência é compreendida como
um período atravessado por crises, que encaminham o jovem na construção de sua
subjetividade e identidade. Porém, a adolescência não pode ser compreendida
somente como uma fase de transição. A adolescência deve ser pensada como uma
categoria que se constrói, se exercita e se reconstrói dentro de uma história e
tempos específicos.
Tendo como perspectiva a ideia de que hoje a escola é espaço fundamental
para introdução da criança e do adolescente em um meio social. Desde os primeiros
dias de aula de uma criança até o seu maior grau de formação, é de fundamental
importância respeitar seu desenvolvimento, possibilidades e limitações a escola
possibilita que o indivíduo participe de uma vida em grupo, encare novos desafios e
descubra o prazer de aprender a conviver de maneira natural. A vivência de novas
experiências traz à criança e o adolescente o despertar de uma sociedade que
busca inovações. Essas concepções trazem à nossa realidade enquanto escola, um
encargo maior de responsabilidade pelos menores, pois, vivemos em um contexto
social em que a família e a própria sociedade de maneira geral depositam toda a
responsabilidade da formação acadêmica/cidadã de uma criança ou adolescente na
escola. As instituições escolares além de serem responsáveis pela educação
acadêmica, hoje são também formadoras de cidadãos críticos.
A escola vista como instituição social, deve estar atenta não somente ao
desenvolvimento acadêmico de uma criança ou adolescente, ela deve percebê-los
como seres vivos em fase de amadurecimento físico e amenizar os transtornos
psicológicos que esse amadurecimento traz como consequência, mediante a
erupção dos hormônios na puberdade, que trazem consigo as mais variadas
manifestações comportamentais, que por vezes podem parecer como isolamento
pessoal.
A infância não é um dado isolado, mas um dado histórico, construído, em
torno de uma realidade existente seja do desenvolvimento cientifico, religioso,
histórico e social.
De acordo com as Orientações Pedagógicas para o Ensino de Nove Anos
(2010, p. 16), na infância aprendemos muitas coisas brincando como: regras, limites,
cooperação, competição, valores, noções de topologia, lateralidade, esquema
corporal, expressão, cantigas, dança, movimentos motores, trabalhos em grupo,
cuidados, enfim uma série de fatores que serão de fundamental importância para
toda a vida escolar ou não. As atividades envolvendo a jogos e a brincadeira tanto
espontânea como dirigida são utilizadas para se ensinar conteúdos, constituindo
outro modo de ensinar. O professor é diretamente responsável pelo processo
pedagógico e a troca de experiência com outros professores, equipe pedagógica e
direção, trabalhando de forma mais articulada ao contesto que pertence.
Tendo como enfoque ARROYO (2000, p. 37), a infância como todo tempo de
formação é total. Uma infância quebrada, uma infância corrompida,
desumanizada,porque sua humanidade foi roubada, exige um profissional
transdisciplinar, porque as questões da dor, do sofrimento, da miséria e da vivência
no limite não encontram disciplina em nossa universidade e em nossa formação
acadêmica, não há disciplinas que tratam da morte, que tratam da dor humana e
menos da infância. Poderíamos dizer que há um distanciamento entre a formação
recebida na docência e a infância-adolescência popular com trabalho na extensão e
nas escolas.
A presença da família e principalmente da mãe é algo tão forte na construção
da infância, da adolescência, da juventude e da vida adulta, popular. Deve-se ter um
pouco mais de atenção ainda ao peso formador da família e de todo trabalho. Por
que a figura da mãe representa a proteção em contextos sociais espaciais de
desproteção, discriminação, de desamparo e julgamento.
Para ARROYO (2000, p. 34):
A visão romântica da infância como anjinho, pura, flor se quebrou. De uma imagem angelical passamos a uma imagem diabólica-imoral. Estamos em tempos em que a sociedade não merece sua infância e adolescência. De alguma forma a sociedade vem construindo suas autoimagens e julgamentos. A imagem que temos da família é em função da infância. Como a imagem nossa de educadores(as) se reflete no espelho da infância-adolescência. A imagem da mulher está colada com a imagem da infância. Já a imagem patriarcal do macho não está tão colada à infância. A construção da infância popular está associada à autoimagem da sociedade, das instituições, das políticas do Estado, do Estado paterno, o Estado pai dos pobres, o Estado-previdência. Imagens da creche, da escola, e até da universidade, da Extensão. Muitas autoimagens salvadoras, educadoras de ONGs e de seus coletivos de educadores, se vem no espelho da infância e adolescência populares.
Baseado nas Orientações Pedagógicas para o Ensino de Nove Anos (2010,
p. 14), a inclusão das crianças de seis anos no Ensino Fundamental culmina em
inúmeras reflexões quanto ao processo ensino-aprendizagem, principalmente no
que se refere ao trabalho pedagógico e suas concepções. É de grande valia que os
professores tenham clareza e responsabilidade acerca da perspectiva teórica
adotada e expressa na Proposta para o Ensino de nove anos e também da
documentação existente na escola, o que deve ser feito em todas as disciplinas
escolares e com parceria entre diferentes instituições.
De acordo com o mesmo documento a organização didática estabelece
alguns desafios aos professores como adequação dos diferentes conteúdos no
tempo escolar, dando a todas as disciplinas a mesma importância e interligações
entre as mesmas. A obrigatoriedade do ingresso dessas crianças na escola com
um ano de antecedência, exige muitas adequações principalmente quanto a lúdico
e a recreação, tão importante e necessárias na idade de 6 anos, esse ingresso
também possibilidades que estas crianças estejam mais cedo ligadas ao universo
escolar desenvolvendo potencialidades relacionadas a alfabetização e ao cálculo,
que servirão de base para as etapas posteriores de ensino.
“A sociedade configura todas as experiências individuais do homem,
transmite-lhe resumidamente todos os conhecimentos adquiridos no passado do
grupo e recolhe as contribuições que o poder de cada indivíduo engendra e que
oferece a sua comunidade. Nesse sentido, a sociedade cria o homem para si”.
(Pinto, 1994).
A sociedade é mediadora do saber e da educação presente no trabalho
concreto dos homens, que criam novas possibilidades de cultura e do agir social a
partir das contradições geradas pelo processo econômico.
Nas sociedades tradicionais a estabilidade da organização política, produtiva
e social garantia um ambiente educacional relativamente estável. Agora, a
velocidade do progresso científico e tecnológico e da transformação dos processos
de produção torna o conhecimento rapidamente superado, exige-se uma atualização
contínua que garanta uma postura de educador proporcionando aos alunos atitudes
críticas e ações que possam melhorar esta sociedade.
Segundo Demerval Saviani (1995, p. 55), o entendimento do mundo, como
funciona a sociedade não pode se limitar às aparências. É necessário compreender
as leis que regem o desenvolvimento da sociedade. Obviamente que não se trata
aqui de leis naturais, mas sim de leis históricas, ou seja, de leis que se constituem
historicamente.
Atílio Boron (1986, p.71) questiona, que tipo de sociedade deixa como
legados estes quinze anos de hegemonia do neoliberalismo? Uma sociedade
heterogênea e fragmentada, marcada por profundas desigualdades de todo o tipo –
classe, etnia, gênero, religião, etc. - que foram exacerbados com a aplicação das
políticas neoliberais. Uma sociedade dos “dois terços” ou uma sociedade “com duas
velocidades”, como costuma ser denominada na Europa, porque lá um amplo setor
social, um terço excluído e fatalmente condenado à marginalidade e que não pode
ser “reconvertido” em termos laborais, nem inserir-se no mercado de trabalho formal
do capital desenvolvido. Essa crescente fragmentação do social que potencializaram
as políticas conservadoras foram por sua vez reforçada pelo excepcional avanço
tecnológico e científico e seu impacto sobre o paradigma produtivo contemporâneo.
O homem produz a sua existência, como sujeito ativo de sua vida, faz sua
história, cria, recria, inventa coletivamente, articula teoria e prática. Possui valores e
saberes a serem desenvolvidos do trabalho, age sobre a natureza ajustando-as às
suas necessidades e transformando-a.
Considerando o homem um ser social, ele atua e interfere na sociedade, se
encontra com o outro nas relações familiares, comunitárias, produtivas e também na
organização política, garantindo assim sua participação ativa e criativa nas diversas
esferas da sociedade.
Partindo do pressuposto que o homem constituiu-se um ser histórico, faz-se
necessário compreendê-lo em suas relações inerentes a natureza humana. O
homem é, antes de tudo, um ser de vontade, um ser que se pronuncia sobre a
realidade, reconhecendo a existência do afro – brasileiro, a seus ancestrais
( africanos), sua trajetória na vida brasileira na condição de sujeitos na construção
da sociedade. Portanto, inovar buscando finalidades, os motivos, os objetivos e os
meios adequados, ao tratar esta temática, sem com isso desvalorizar as demais
culturas, todas significativas para o Brasil.
Nesse contexto, promover a releitura da história do mundo Africano
promovendo a cidadania e igualdade racial.
A escola é uma das instituições sociais que possibilita a formação de
cidadãos críticos e capazes de transformar em sociedade em um mundo melhor.
Para auxiliar nesse trabalho, o colégio pode contar com o Grêmio Estudantil,
que é uma organização de alunos com objetivos de proporcionar e cooperar numa
formação política, administrativa e social. Desta forma, contribui no desenvolvimento
de projetos, atividades recreativas, ações voluntárias, gincanas e outros.
Este grupo também se encarrega de propor e organizar palestras, ações
com pessoas voluntárias sugerido pelos alunos, visando a integração dos
estudantes a fim de fortalecer as ações, valorizando a participação, envolvimento
nos eventos e prioridades estabelecidas pela escola.
Ainda, o colégio conta com a Associação de Pais, Mestres e Funcionários -
APMF que é um órgão de representação dos Pais, Mestres e Agentes Educacionais
do Estabelecimento de Ensino, sem fins lucrativos, constituído por prazo
indeterminado e tem como objetivo discutir e sugerir ações de assistência ao
educando de acordo com o Projeto Político Pedagógico do Colégio, representa os
interesses da comunidade escolar, contribuindo desta forma, para a melhoria da
qualidade de ensino, visando uma escola pública, gratuita e universal. Ainda, gerir e
administrar recursos financeiros próprios e os que lhes forem repassados através de
convênios, de acordo com as prioridades em reunião conjunta com o Conselho
Escolar, sugerindo alterações que julgar necessário no Projeto Político Pedagógico
do Colégio.
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa, consultiva
e fiscal, sem fins lucrativos que tem por finalidade efetivar a gestão escolar, na
forma de colegiado, promovendo a articulação entre os segmentos da comunidade
escolar e os setores da escola, constituindo-se como órgão auxiliar da direção. Tem
papel decisivo na democratização da educação e da escola, na medida em que
reúne diretores, professores, funcionários, estudantes, pais e representantes da
comunidade para discutir, definir e acompanhar o desenvolvimento do Projeto
Político Pedagógico. No entanto, trata-se de enfrentar o desafio de construir uma
Gestão Democrática, participativa, possibilitando uma construção permanente e
coletiva.
A Gestão Democrática implica a efetivação de novos processos de
organização e gestão, baseados em uma dinâmica que favoreça os processos
coletivos e participativos de decisão.
“Educação é um fenômeno próprio dos seres humanos, significa afirmar que
ela é, ao mesmo tempo, uma exigência do e para o processo de trabalho, bem como
é ele próprio, um processo de trabalho”.(Saviani, 1992, p.19).
A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens
situando-os dentro da história – ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser
mudado pela sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho.
Vista como processo de desenvolvimento da natureza humana, a educação
tem suas finalidades voltadas para o aperfeiçoamento do homem que dela necessita
para constituir-se e transformar a realidade.
O conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações
entre os homens e a natureza.
A abordagem dos conteúdos integra uma série de conhecimentos de
diferentes disciplinas, que contribuem para a construção de instrumentos de
compreensão e intervenção na realidade em que os alunos vivem.
O professor como mediador do processo educativo, deverá fornecer
condições necessárias para que os alunos consigam obter os conhecimentos
curriculares com sucesso.
O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e das
condições que o geram configurando as dinâmicas históricas que representam as
necessidades do homem a cada momento, implicando necessariamente nova forma
de ver a realidade, novo modo de atuação para obtenção do conhecimento,
mudando, portanto a forma de interferir na realidade. Essa interferência traz
consequências para a escola, cabendo a ela garantir a socialização do
conhecimento que foi expropriado do trabalho nas suas relações. Conforme Veiga
(Veiga, Ilma Passos, Projeto Político da Escola: uma construção coletiva – 1995,
p.27).
“O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação do
conhecimento científico, que se adequaria à faixa etária e aos interesses dos alunos”
(VEIGA, 1995 p. 28). Dessa forma, o conhecimento escolar é resultado de fatos,
conceitos, e generalizações, sendo, portanto, o objeto de trabalho do professor.
O conhecimento não ocorre individualmente. Ele acontece no social gerando
mudanças internas e externas no cidadão e nas relações sociais, tendo sempre uma
intencionalidade.
Na educação, a organização faz-se fundamental para a definição de políticas
educacionais que orientem a prática educativa e os processos de participação. É
importante convocar as pessoas que vivem em torno da escola, no sentido de
participar, de comprometer-se com o destino e com o sucesso da escola.
A escola proporciona um conjunto de práticas com o propósito de contribuir e
proporcionar a apropriação de conteúdos sociais e culturais de maneira crítica e
construtiva.
A escola tem a função social de garantir o acesso de todos aos saberes
científicos produzidos pela humanidade. Nereide Saviani(1995) afirma que “a ciência
merece lugar destacado no ensino como meio de cognição e enquanto objeto de
conhecimento” (p. 56), ou seja, ao mesmo tempo em que eleva o nível de
pensamento dos estudantes, permite-lhes o conhecimento da realidade, o que é
indispensável para que não apenas conheçam e saibam interpretar o mundo em que
vivem, mas com isso saibam nele atuar e transformá-lo.
A escola deve assumir-se como um espaço de vivência, não uma estância
normativa e normatizadora, mas um local social privilegiado de construção dos
significados éticos necessários e constitutivos de toda e qualquer ação de cidadania,
promovendo discussões sobre a dignidade do ser humano, igualdade de direitos,
recusa categórica de formas de discriminação, importância da solidariedade e
observância das leis.
Organizar, sistematizar e desenvolver as capacidades científicas, éticas e
tecnológicas, tendo por finalidade o pleno desenvolvimento do educando,
preparando-o para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
O termo cidadania tem muitas conotações. Preliminarmente poderíamos
entender que ser cidadão é ter assegurado o direito à participação social de modo
consciente o que, por sua vez, só é possível quando o ser humano tem garantido o
direito ao trabalho. Em outras palavras, a cidadania aqui definida não possui o
mesmo sentido que lhe é atribuído pela concepção liberal, na qual a noção vincula-
se a criação dos meios que assegurem ao indivíduo o direito à propriedade. Pelo
contrário, admitimos que o exercício da cidadania ocorre quando os indivíduos têm
acesso às riquezas que, através do trabalho, ajudam a construir.
A prática escolar deve ter como objetivo formar cidadãos capazes de atuar
com competência e dignidade na sociedade, tendo como princípio de ensino
contemplar conteúdos que estejam em consonância com as questões sociais cuja
aprendizagem e assimilação são essenciais para que os alunos possam exercer
seus direitos e deveres, condições fundamentais para o exercício da cidadania na
construção de uma sociedade crítica e democrática.
“O trabalho é uma atividade humana intencional que envolve forma de
organização, objetivando a produção dos bens necessários à vida” (Andery, 1998,
p.13).
No trabalho educativo o fazer e o pensar entrelaçam-se dialeticamente é
nesta dimensão que está posto a formação do homem.
Ao considerarmos o trabalho uma práxis humana, é importante o
entendimento de que o processo educativo é um trabalho não material, uma
atividade intencional que envolve, formas de organização necessária para a
formação do ser humano.
O conhecimento como construção histórica é matéria-prima (objeto de estudo)
do professor e do aluno, que indagando sobre o mesmo irá produzir novos
conhecimentos, dando-lhes condições de entender o viver, propondo modificações
para a sociedade em que vive, permitindo “ao cidadão-produtor chegar ao domínio
intelectual do técnico e das formas de organização social sendo capaz de criar
soluções originais para problemas novos que exigem criatividade a partir do domínio
do conhecimento”. (Kuenzer, 1985, p.33 e 35).
Cabe a escola enfatizar a importância da interação dos indivíduos entre si,
enquanto sujeitos sociais e da relação destes como todo social no processo de
aquisição dos conhecimentos escolares.
A tarefa do professor e dos alunos desenvolve-se através de ações didático-
pedagógicas necessárias à efetiva construção conjunta do conhecimento escolar
num processo dialético que vai do empírico ao concreto pela mediação do abstrato,
realizando as operações mentais de analisar, comparar, criticar, levantar hipóteses,
classificar, conceituar...
A concepção de ensino e aprendizagem revela-se na prática de sala de aula e
na forma como professores e alunos utilizam os recursos tecnológicos disponíveis,
livro didática, giz e lousa, televisão ou computador. A presença de aparato
tecnológico na sala de aula não garante mudanças na forma de ensinar e aprender.
A tecnologia deve servir para enriquecer o ambiente educacional, propiciando a
construção de conhecimentos por meio de uma atuação ativa, critica e criativa por
parte de alunos e professores.
A política de valorização dos trabalhadores em educação referente aos
funcionários da escola, reconhece que todos os espaços da escola, além do espaço
da sala de aula, são importantes espaços educativos. Esse reconhecimento implica
uma nova visão e concepção de educador, reconhecendo os Agentes Educacionais I
e II como parte integrante do processo educativo.
Segundo Cristina Gomes Machado (2002, p. 68), o processo educativo há de
se revelar capaz de sistematizar a tendência à inovação solicitando o papel criador
do homem. É preciso implementar no Sistema Educacional, uma pedagogia
mediante a qual não apenas se reforme o ensinamento, mas que também se facilite
à aprendizagem.
A tecnologia tem um impacto significativo não só na produção de bens e
serviços, mas também no conjunto das relações sociais e nos padrões culturais
vigentes.
A LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96 ao propor a
formação tecnológica como eixo do currículo assume, segundo KUENZER (2002, p.
45), a concepção que aponta como a síntese, entre o conhecimento geral e o
específico, determinando novas formas de selecionar, organizar e tratar
metodologicamente os conteúdos.
A tecnologia deve ser entendida como uma ferramenta sofisticada e
alternativa no contexto educacional, pois a mesma pode contribuir para o aumento
das desigualdades, ou para a inserção social se vista como uma forma de
estabelecer mediações entre o aluno e o conhecimento em todas as áreas.
Nosso país tem grande diversidade regional, cultural e com grandes
desigualdades sociais, portanto, não é possível pensar em um modelo único para
incorporação de recursos tecnológicos na educação. É necessário pensar em
propostas que atendam aos interesses e necessidades de cada região ou
comunidade.
A cultura é resultado de toda a produção humana segundo Saviani, “para
sobreviver o homem necessita extrair da natureza, ativa e intencionalmente, os
meios de sua subsistência. Ao fazer isso ele inicia o processo de transformação da
natureza, criando um mundo humano (o mundo da cultura)” (1992, p.19).
É fundamental que a escola assuma a valorização da cultura de seu próprio
tempo, busque ultrapassar seus limites, propiciando as crianças e aos jovens
pertencentes aos diferentes grupos sociais o acesso ao saber, tanto no que diz
respeito aos conhecimentos socialmente relevantes da cultura brasileira no âmbito
nacional e regional, como na que faz parte do patrimônio universal da humanidade.
Em torno das atividades culturais, os adolescentes e jovens adquirem e
difundem informações, desenvolvem a imaginação e expressam suas questões, das
convicções às dúvidas mais profundas.
Toda a organização curricular, por sua natureza e especificidade precisa
contemplar várias dimensões da ação humana, entre elas a concepção de cultura.
Como afirma Saviani “a mediação da escola, instituição especializada para operar a
passagem do saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular à cultura
erudita; assume um papel político fundamental”, (Saviani, apud Frigotto, 1994,
p.189).
Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular e erudita
cabe a escola aproveitar essa diversidade, existente, para fazer dela um espaço
motivador, aberto e democrático.
A análise de possibilidades de aprendizagem permite identificar com base em
Darsie (1994, p. 11) duas dimensões: recepção-repetição e significação.
A primeira inscreve-se num contexto de ensino em que é apresentado. Um
conteúdo em ritmo continuo e orientado por necessidades do professor e alheias aos
alunos, que cumprem rotinas, repetem em testes e provas definições e
terminologias, sem acrescentar algo de “classificação” dos alunos.
A segunda corresponde um contexto de ensino no qual os conhecimentos dos
alunos e aqueles propostos pela escola são postos em diálogo, pois, aprender um
conteúdo implica atribuir-lhe um significado, construir uma representação ou um
“modelo mental” do mesmo. A avaliação auxilia o professor na organização do
trabalho, fornece informações dos alcances e necessidades dos alunos (avaliação
do processo e não do produto). De classificatória a avaliação converte-se em
instrumento do ensino e da aprendizagem.
Faz parte do trabalho docente saber o que pretende ensinar, diagnosticar o
que os alunos sabem e pensam sobre o tema de estudo, definir suas intenções de
ensino, escolher os materiais didáticos e atividades pedagógicas adequados para
cada situação, avaliar as repercussões de suas intervenções e quais as dificuldades
na aprendizagem.
Há determinadas considerações a fazer a respeito do trabalho em sala de
aula, que extravasam as fronteiras de um tema ou área do conhecimento. Estas
considerações evidenciam que o ensino não pode estar limitado ao estabelecimento
de um padrão de intervenção homogêneo e idêntico para todos os alunos. A prática
educativa é bastante complexa, pois o contexto de sala de aula traz uma grande
diversidade e abrange também questões de ordem afetiva, emocional, cognitiva,
física e de relação pessoal.
As orientações didáticas apontam alguns tópicos considerados essenciais no
processo ensino-aprendizagem: autonomia, diversidade, interação e cooperação,
disponibilidade para a aprendizagem, organização do tempo, organização do
espaço, e seleção de material.
As novas demandas da educação básica, apontam que sejam trabalhados em
sala de aula, conteúdos que façam sentido para o momento de vida presente e que
ao mesmo tempo favoreçam o aprendizado do conhecimento científico
historicamente construído.
Para tanto, é necessária a utilização de metodologias capazes de desenvolver
o espírito crítico, favorecer a criatividade, a compreensão dos limites, alcances
lógicos das explicações propostas, desenvolvimento da autonomia do sujeito,
sentimento de segurança em relação às suas próprias capacidades de interagir num
trabalho de equipe.
Considerando que o mundo vive um acelerado desenvolvimento, em que a
tecnologia está presente direta ou indiretamente em atividades comuns, e para que
a escola cumpra sua função na formação de indivíduos que possam exercer sua
cidadania, deve estar aberta e incorporar novos hábitos, comportamentos,
percepções e demandas.
Parte-se, portanto, do pressuposto de que o homem, “... é efetivamente
cidadão, se pode efetivamente usufruir bens materiais necessários para sustentação
de sua existência física, dos bens simbólicos necessários para sustentação de sua
existência subjetiva e dos bens políticos para sustentação de sua existência social”
(SEVERINO, 1994, p.98).
“Neste sentido, ser cidadão implica em participar e apropriar-se das condições
materiais, sociais e culturais onde as relações (de poder) sejam democráticas, com
igualdade de oportunidades, pois a democracia é aquela característica de uma
sociedade que garante à totalidade de seus membros essas condições”.
(SEVERINO, 1994, p.94).
A valorização de todos os profissionais da educação é um dos marcos
importantes para a transformação da educação do país, com estímulo à qualificação
profissional, a recuperação da dignidade profissional pela atribuição de salários
justos. O Processo de formação continuada e o Plano de Carreira para os Agentes
Educacionais I e II expressam algumas das conquistas dos profissionais da
educação.
A política curricular é o processo no qual selecionam e produzem saberes,
visões de mundo, habilidades, valores, símbolos e significados de culturas,
instituindo a forma de organizar o conhecimento tornando-a ensinável.
O currículo, pensando-se em definição é relacionado a um conjunto de
experiências, organizadas pela escola e pelas quais a escola se responsabiliza e
disponibiliza aos alunos, com o objetivo que aprendam algo. O eixo no qual o
currículo gira, é o Conhecimento Escolar, e a centralidade é o conhecimento.
Pode-se dizer que o Currículo apresenta quatro características:
1- Organizador: é um instrumento sistematizador do processo educativo
escolar, materializando a ação educativa.
2- Intenções e Práticas: são ações realizadas para concretizar a prática.
3- Escolhas: é um conjunto que ocorrem nas Secretarias de Educação, nas
escolas e vão até a sala de aula, justificando-se de acordo com os entendimentos e
interesses políticos científicos e pedagógicos.
4- Efeitos: contribui para a construção das identidades, deixando marcas da
instituição (escolar), de um professor, de um conhecimento em cada aluno.
O currículo deve ter escolhas coletivas, onde os professores tem o direito e o
dever de discuti-lo. Construir um currículo não é um trabalho técnico, que se faz
para os outros seguirem. O Planejamento, a implementação e a avaliação do
currículo deve ser tarefa de cada professor e a preocupação constante da busca
pelo novo.
Além dos conteúdos, a forma de organizá-los, quantas horas por disciplina,
quanto tempo de trabalhos extraescolares, etc. Coloca-se a necessidade da
Seleção e Organização, através da Hierarquização e da Distribuição, discutindo a
valorização de alguns saberes e a importância de outros.
É preciso enfrentar as questões curriculares em cada área do conhecimento,
estabelecendo discussões de ordem social, política e epistemológica, não
esquecendo os objetivos da escola, tão pouco, da inclusão ou integração do aluno
na sociedade desenvolvendo suas possibilidades e aptidões como sujeito de sua
formação pessoal, interagindo plenamente como pessoas e cidadãos.
A educação vive um clima de intensa efervescência em função dos novos
paradigmas da Educação Especial. É necessário almejar uma escola que inclua
todos os alunos, independentemente das condições pessoais e socioculturais, lutar
contra a exclusão. Sob essa perspectiva deve residir o compromisso da escola com
todos e para todos. A construção de espaços escolares inclusivos requerem
modificações significativas e duradouras.
A prática escolar necessita de mudanças conceituais e pragmáticas dos
educadores, o que requer reflexão, flexibilidade e atualização contínua.
O respeito às dificuldades, exige dos responsáveis renovação, estudo de
observação, avaliação e argumentação, a fim de convencer a todos de que rejeitar
as mudanças, é, rejeitar o amanhã. A inclusão é desafio que necessita
reconhecimento, pela complexidade de condições necessárias, para que a escola
seja realmente inclusiva, ou seja, todos para todos e com todos. Por isso, não
depende somente de uma reforma do pensamento e da escola, mas, também, de
professores especializados, capazes de ministrar uma educação que venha atender
o seu público, em suas necessidades e potencialidades, permitindo a autonomia e
independência na construção dos processos de aprendizagem, nas adaptações
curriculares, metodologias inovadoras e avaliações. A prática de inclusão propõe um
novo modo de interação social, no qual há uma revolução de valores e atitudes que
exigem mudanças na estrutura da sociedade e na própria educação escolar, mas
principalmente o comprometimento de profissionais e políticas que permitam a
realização de pequenas e grandes ações que realmente tenham como objetivo o
crescimento e a realização do ser humano como um todo.
Dessa maneira, além de oportunizar o acesso à educação a todas às
pessoas, que no decorrer da história ficaram à margem da sociedade e do processo
educativo, obviamente, discutir a inclusão representa repensar conceitos e
preconceitos já impregnados. O processo da educação inclusiva faz-se necessário,
porém sabe-se que é um processo de construção gradativa.
“O ser humano é um ser social por natureza, ele só se constitui na presença
de outro ser humano, e só se desenvolve pelo indivíduo essencialmente social, tem
necessidade de sentir-se como pertencente a um grupo”. (Educar em Revista, p.46)
A concepção de inclusão social traz o pressuposto da organização da
sociedade para que sejam propiciadas as condições, o respeito e a valorização das
diferenças.
Nesse contexto, a escola tem uma grande responsabilidade, sendo
fundamental, uma reflexão profunda sobre a forma de acolher e avaliar o estudante,
de forma que ele se sinta incluído em todo o processo e, principalmente no meio
social.
Avaliar é um processo que constitui a ação dos homens sobre o mundo.
Assim, com certeza, as formas de avaliação vigente na escola, não são invenções
individuais de cada professor, os padrões de avaliação refletem um longo percurso
de construção histórica e portanto coletiva.
Realidades institucionais burocratizadas, políticas pedagógicas desligadas
das necessidades práticas do trabalho escolar configuram-se em bom espaço de
sustentação de padrões de ensino e aprendizagem, conservadores e neste
dificilmente teremos a cobrança a novas atitudes profissionais dos docentes, de
onde a avaliação resultante seja formativa a professores e alunos em seus
percursos distintos no trabalho pedagógico.
A avaliação de aprendizagem escolar adquire seu sentido na medida em que
se articula com um projeto pedagógico e com seu consequente projeto de ensino.
Para Luckesi (1996, p. 46)
Um educador, que se preocupa que a sua prática educacional esteja voltada para a transformação não poderá agir inconsciente e irrefletidamente: cada passo de sua ação deverá estar marcado por uma decisão clara, explícita, do que está fazendo e para onde possivelmente está encaminhando os resultados de sua ação.A avaliação, neste contexto, não poderá ser uma ação mecânica. Ao contrário, terá de ser uma atividade racionalmente definida, dentro de um encaminhamento político e decisório a favor da competência de todos para a participação democrática da vida social.
Para avaliar não existe data marcada. Existe apenas a consciência do
educando e do educador para tornarem a educação um meio cultural, soberano,
meio pelo qual as pessoas que por ela passarem, sejam críticas, abertas e
sociáveis.
Nas palavras de Luckesi (1984): “A avaliação deverá manifestar-se como um
mecanismo de diagnóstico da situação, tendo em vista o avanço e o crescimento e
não a estagnação disciplinadora”. ( p. 44)
Segundo LUCKESI (1984): “ela terá de ser o instrumento de reconhecimento
dos caminhos percorridos e de identificação dos caminhos a serem percorridos...”
A ação conjunta de um posicionamento pedagógico claro e explícito será o fio
que conduz uma prática consciente dos seus fins em todas as suas etapas de
planejamento, execução e conclusão.
Uma avaliação para ser justa tem de ser global, e isso só é possível com a
participação de todos aqueles que compõe o processo de ensino.
A avaliação da aprendizagem deve fazer com que educadores e educandos
cresçam como pessoas, integrados no grupo de trabalho, colaborando para o
enriquecimento individual e grupal. Disponibilidade, flexibilidade, entusiasmo, etc.
devem ser valorizados quando na luta por uma vida mais democrática, justa e livre.
Para LUCKESI (1995, p. 94): “para a avaliação escolar assumir seu
verdadeiro papel, de instrumento dialético, de diagnóstico para o crescimento, ela
terá que se situar e estar a serviço de uma pedagogia que esteja preocupada com a
transformação social e não com a sua conservação”.
Para acontecer esse resgate, dependerá de todos os envolvidos no processo
educativo, na realização de um trabalho voltado para a construção do novo,
possibilitando a emancipação dos alunos como seres individuais, livres, e com
características de serem cidadãos de caráter desafiador dessa sociedade que aí
está.
Boa avaliação não se faz sozinha, mas juntamente com uma boa educação,
procurando desta forma, realizar a Avaliação-Aprendizagem como um ato que não
ameace os alunos.
As reflexões sobre a atuação em sala de aula, os debates e as teorias ajudam
a conhecer os fatores que interferem na aprendizagem dos alunos. Ao serem
considerados provocam mudanças significativas no diálogo entre ensino e
aprendizagem e repercutem de maneira positiva no ambiente escolar, na
comunidade, na família, pois os envolvidos passam a atribuir sentido ao que fazem e
ao que aprendem.
A partir de objetivos definidos pela escola, os quais são constituídos para a
discussão, levam-se em conta algumas análises sobre prática pedagógica. Angela
Dalben, define que existem inúmeras dimensões do Conselho de Classe como, a
relação com o processo pedagógico da escola, intervenções na sala de aula com os
alunos, interferências nas discussões ou aspectos que orientam as possibilidades de
limites de restruturação do trabalho pedagógico, entre outras. A autora afirma
também que a organização do trabalho escolar, sendo parte do todo da escola o
tornam ao mesmo tempo expressão dessa totalidade.
Portanto, os aspectos que mais interferem na organização do trabalho,
permite consequentemente uma organização do processo do ensino aprendizagem
a partir de uma proposta integradora.
Dessa forma, entende-se que a existência desse espaço coletivo é necessário
para a reflexão e troca de experiências, centrada na análise do processo de ensino.
Sendo assim, torna-se imprescindível promover uma discussão mas aprofundada
das questões postas pelo processo de ensino e pela relação professor / aluno.
Neste sentido, o processo ensino-aprendizagem, tem abrangência e
finalidades, baseado numa perspectiva mais eficaz para todos, que organiza e dirige
situações de aprendizagem, mantendo um espaço amplo para as discussões e
procedimentos. A organização da escola deve respeitar os alunos e suas
temporalidades, levando em conta uma diversidade de questões.
Quando questiona-se modelos fechados e abstratos de igualdades e se
incorporam as diferenças, supera-se todas as formas de classificação e
segregação. É importante não deixar de reconhecer e estar atentos a diversidade de
contextos e aprendizagens e as trajetórias humanas sociais de cada educando e
também do coletivo.
Para LUCKESI (1995, p. 72), o ideal seria a inexistência do sistema de notas.
A aprovação ou a reprovação do educando deve se dar pela efetiva aprendizagem
dos conhecimentos mínimos necessários, como consequente desenvolvimento de
habilidades, hábitos e convicções.
Entretanto, diante da intensa utilização de notas e conceitos na prática
escolar e da própria legislação educacional que determina o uso de uma forma de
registro dos resultados da aprendizagem, é necessário sanar dificuldades pelo
conhecimento, habilidades e hábitos mínimos a serem adquiridos pelos educandos e
pelo encaminhamento do ensino a partir desta definição.
Portanto, através de uma avaliação diagnóstica, como meio investigativo da
aprendizagem, são destacados três momentos interdependentes da avaliação:
coleta de dados, expressão de um juízo e tomada de decisão para que se faça um
repensar constante da prática educacional. Ajudar os alunos a escrever o melhor,
participar da aprendizagem e do desenvolvimento do projeto educativo.
Quanto aos procedimentos de recuperação das dificuldades de
aprendizagem, à superação das mesmas, a escola propõe a recuperação da
aprendizagem e não apenas da nota, sendo que a mesma deve ser processual e
paralelo.
Para que a recuperação de aprendizagem se efetive, entendemos que, mais
do que uma estrutura da escola, deve significar uma postura do educador no sentido
de garanti-la a todos os alunos, especialmente àqueles que tem maior dificuldades
em determinados momentos e conteúdos, adotando uma metodologia
participativa, servindo-se das horas atividades e projetos de apoio pedagógico
com recursos do FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.
O maior desafio da escola, hoje em dia, é formar um cidadão crítico e
consciente, bem como estabelecer parcerias para dar conta das novas demandas
que se apresentam.
Ainda, é muito grande o índice de evasão escolar, argumentada no trabalho
para contribuir na renda familiar. Portanto, mais difícil ainda, é formar esse cidadão
crítico e consciente sem a apropriação do conhecimento científico, quando ele não
frequenta a escola, ou quando muito cedo desistiu do processo de ensino-
aprendizagem.
A participação de toda a comunidade, criação de políticas públicas, uma
melhor distribuição de rendas, a inclusão de todas as diversidades, são algumas
ações que podem ajudar nesse desafio. Porém, esse é um trabalho coletivo, ético e
de muito compromisso.
Dentre muitas perspectivas relacionadas ao ensino, encontra-se a educação
Integral, esta, pressupõe um conjunto de estratégias para a formação completa do
ser humano, amplia a concepção da educação proporcionada pela escola e pela
família e abre espaço para o envolvimento e a responsabilização de toda a
sociedade em relação às novas gerações.
Tem como premissa a integração de tempos, espaços e conteúdos. Na
perspectiva da fundação social, a circulação de crianças, adolescentes e jovens por
diversos ambientes possibilita a ampliação de repertórios relacionais, culturais,
científicos, artísticos, todos importantes para a criação de significados, a
compreensão da realidade e o fortalecimento da capacidade de intervenção positiva.
O conceito de educação integral, quando referido à escola contemporânea, é
um conceito em construção. Resulta da reavaliação do papel da instituição escolar,
ou seja, relaciona-se à busca dos limites e possibilidades de atuação dessa
instituição social.
A qualidade da educação brasileira tem sido preocupação intensa tanto por
parte do Governo quanto da sociedade civil. Nas últimas décadas, houve avanço
considerável em relação à democratização do Ensino Fundamental, em
contrapartida, as pesquisas na área, revelam acentuados problemas quanto à sua
eficiência. Considerando a relevância da influência de uma boa educação para
outros setores da sociedade como a saúde, a economia e o desenvolvimento, essa
pauta também integra diferentes agendas da nação.
Educação em tempo Integral, termo bastante difundido nos dias atuais, refere-
se basicamente à ideia de uma educação sendo oferecida em um período maior de
tempo que as quatro horas atualmente ofertadas pela grande maioria das
instituições escolares de nosso país, contudo, a palavra integral no termo educação
integral, tem uma dupla função dentro do conceito, que seria não só a de definir o
período maior de permanência do aluno no ambiente escolar, mas também definir a
formação do aluno de uma forma integral, completa, total. Aliado a esse conceito
consideraremos também o conceito de Educação Cidadã, defendido por Paulo
Freire, que seria justamente a formação do aluno na condição de cidadão, ou seja,
quebrar o paradigma da escola que ensina apenas o conteúdo de sua grade
curricular, procurando, utilizando-se desse tempo adicional concedido pela prática da
Educação Integral, formar o cidadão, cunhado em uma assimilação das práticas
sociais consideradas corretas do ponto de vista moral e ético da sociedade, através
da convivência harmoniosa e enriquecedora com os seus pares, guiado por uma
proposta pedagógica bem elaborada e eficaz que possibilite aos mesmos uma
diversidade de atividades e possibilidades de oportunidades que eles não têm
asseguradas no regime atual de ensino nem em outra instituição pública diferente da
escol
A formação dos educadores associados à proposta de Educação Integral é
tarefa a ser construída, tanto pelos cursos de formação inicial e continuada quanto
pelos sistemas e pelas próprias escolas, levando-se em conta, essencialmente, uma
restruturação na formação e valorização dos educadores, na organização das
escolas e dos sistemas de ensino, na democratização e na eficiência da gestão.
Essa ampliação do campo da educação propõe ao administrador público um
desafio para o planejamento de políticas públicas de educação. Novos sujeitos
ganham legitimidade para propor políticas públicas de educação que se
complementam, uma vez que as diversas linguagens são reconhecidas como parte
de um mesmo processo de construção do conhecimento.
A Educação Integral articulada a um projeto de cidadania está, também,
intimamente, ligada a um projeto político-pedagógico de escola construído
democraticamente, com a participação da comunidade. É necessário reiterar o papel
de centralidade e de protagonismo da escola, cuja relevância social e política deverá
promover a articulação entre todos os agentes sociais que demonstram potencial
educativo. Isto envolve romper com o tradicional isolacionismo da escola, prevendo
uma disposição para o diálogo e para a construção de um projeto político e
pedagógico que contemple princípios e ações compartilhados rumo a uma Educação
Integral/integrada.
Um projeto pedagógico para a Educação Integral considera as múltiplas
dimensões da formação humana e os diferentes contextos em que acontece, como a
família, a escola, a comunidade próxima e a cidade, buscando favorecer
aprendizagens significativas relacionadas à convivência, à participação e à
autonomia. As ações daí decorrentes implicam um conjunto de espaços educativos,
incluindo a escola, que operam de forma integrada rompendo a histórica
fragmentação de projetos políticos e pedagógicos e das lógicas que confundem a
centralidade da escola nos processos educativos com a sua exclusividade na
educação de crianças, adolescentes e jovens.
É na crença e na luta pelo trabalho político-pedagógico projetado para a
dinâmica da vida e para as transformações necessárias a um mundo mais solidário
e justo, o qual integre relações de respeito às diferenças e ao meio ambiente e
cultive a ética e a paz entre todos, que reside uma Educação Integral e integrada e
de qualidade.
6 - MARCO OPERACIONAL
A educação é, sem dúvida nenhuma, uma obra complexa demais para ficar
apenas sob a responsabilidade da família ou da escola. Acredita-se que a educação
só apresentará melhoras quando todos os segmentos da comunidade escolar,
direção, professores, equipe pedagógica, agentes educacionais I e II, pais, alunos,
APMF, Grêmio Estudantil e Conselho Escolar trabalharem juntos, de maneira
participativa em torno de um objetivo maior, ou seja, do verdadeiro exercício da
cidadania, capaz de transformar, melhorar o meio em que está inserida.
Assim, o Colégio Estadual Barão do Rio Branco – Ensino Fundamental e
Médio, constrói seu Projeto Político Pedagógico de maneira participativa, incluindo
todos os segmentos da comunidade e, procuram juntos achar o melhor caminho
para que o processo ensino-aprendizagem aconteça de maneira democrática,
oportunizando o acesso ao colégio, tornando o ambiente agradável, conservando o
patrimônio, disponibilizando os recursos que possui, buscando melhorar sempre,
para que o aluno sinta prazer em frequentar o colégio, se sinta incluído participando
do processo ensino-aprendizagem contando com o apoio e trabalho de todos,
principalmente do professor, direção e Equipe Pedagógica, respeitando as
diferenças, propondo alguns desafios para serem resolvidos individualmente e
outros coletivamente, priorizando sempre o saber científico.
O grande desafio da escola é possibilitar, reconhecer e valorizar as diferentes
culturas, para a criação de uma identidade cultural em que o aluno possa
compreender o mundo e sua relação com ele.
O comprometimento de toda a comunidade escolar com o processo de ensino
e aprendizagem inicia-se com um ambiente de cooperação e harmonia, com a
participação e comprometimento de toda a comunidade escolar com as dinâmicas
que envolvem a educação. É importante que os conhecimentos universais e
historicamente produzidos sejam priorizados, para isso, é de fundamental
importância que no Plano de Trabalho Docente estejam contemplados metodologias
que priorizem o processo de ensino e aprendizagem, utilizando atividades variadas,
recuperação de estudos, processos avaliativos mais abrangentes, trabalhando os
conteúdos de forma articulada e de acordo com as DCEs, fazendo a troca de
experiência entre professores. Também é importante o comprometimento do governo
para a criação de políticas que possam dar subsídios financeiros e capacitação de
professores e funcionários e incentivo a formação continuada.
Conscientes dos diversos preconceitos e necessidades sociais existentes a
comunidade escolar proporcionará mecanismos de enfrentamento, para garantir o
direito ao acesso e permanência com qualidade no processo educacional
trabalhando com os Desafios Educacionais Contemporâneos: Educação Ambiental,
Educação em Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na
Escola, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas e temas ligados ao Departamento da
Diversidade como: História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e a Sexualidade e
Educação do campo.
Esses temas serão trabalhados interdisciplinarmente, promovendo a
pesquisa de textos informativos e literários, disponibilizando recursos audiovisuais
para servir de base aos debates, discussões, teatros, estudo de gráficos estatísticos
que reconheçam e valorizem a importância dos mesmos, e sua contribuição para o
país e para a humanidade. Durante o ano esses temas deverão ser trabalhados
pelas disciplinas de acordo com afinidades de cada uma, algumas paralelamente ao
conteúdo estudado, outras, de forma específica de acordo com a necessidade.As
produções serão socializadas na Semana Cultural de acordo com os temas
desenvolvidos na forma de textos, poesia, danças, teatros, maquetes, entre outros,
com a participação de toda a comunidade escolar.
Visando Possibilitar aos alunos e comunidade escolar o conhecimento de
outra língua, o colégio oferta duas turmas de CELEM/ Língua Espanhola em turno
intermediário. Para que o trabalho se efetive de maneira satisfatória é importante
que os alunos compareçam nas aulas e não desistam ao longo do processo, com
este intuito será Incentivada a participação dos mesmos com acompanhamento periódico
através conversas, incentivos, aulas bem preparadas. É importante que o professor organize
sua prática pedagógica com atividades que instiguem os alunos a pesquisa,
desenvolvendo de maneira natural e expressiva a familiaridade com essa nova
língua, utilizando-se para isso músicas, jogos, brincadeiras, vídeos, entre outros.
O colégio Estadual Barão do Rio Branco possui uma sala de CAEDEV
(Centro de Atendimento Especializado aos Deficientes Visuais). O objetivo principal
é proporcionar a esses alunos, condições que favoreçam o desenvolvimento de
suas potencialidades, visando sua autorrealização, aprendizagem, integração e
independência. Tem também como objetivo desenvolver nestes alunos as
competências e readaptações para a inclusão social e o exercício da cidadania.
Para que isso se concretize será necessário Incentivar os professores da rede
regular a adaptar materiais de acordo com as necessidades dos alunos do CEDV
como: material ampliado, utilização de áudio, formas com relevo e textura, entre
outros; propor atividades práticas que levem estes alunos a ter uma maior
independência como: aguçar a sensibilidade de outros sentidos (tato, olfato, paladar
e gustação), ler e escrever em Braile, andar na rua com bengala, identificação no
espaço e estabelecer parcerias entre os professores da sala regular e o professor da
sala do CAEDV.
Através da articulação das disciplinas busca-se oportunizar conteúdos e
metodologias para que o estudante possa aprimorar-se de conhecimentos científicos
e construção de valores e atitudes de natureza diversa, que possibilitem a formação
de um estudante crítico, capaz de agir com autonomia nas relações sociais,
exercendo a verdadeira cidadania, para que as transformações sociais possam
acontecer, atendendo às necessidades e aspirações de todos.
Para que esse trabalho possa ser realizado cada vez melhor, quando o
professor manifestar vontade de aperfeiçoar-se através de cursos e outros eventos
com temas da educação, a escola autorizará a participação, porém se em horário de
aula, sem prejuízo para o aluno.
Para que o processo de ensino e aprendizagem se concretize o Colégio
através da direção e equipe pedagógica proporcionará condições favoráveis
suprindo necessidades materiais, físicas e humanas, de um ambiente de harmonia
de comprometimento através do diálogo, reuniões, debates e palestras. Também a
avaliação constante da prática pedagógica.
Através da direção, representando os segmentos do Colégio, buscar-se-á o
comprometimento também do governo para cobrar políticas públicas que possam
dar subsídio financeiro para que muitas ações possam sair do papel para a prática.
Também, que o governo possa ofertar a capacitação dos professores e funcionários
e, principalmente que sejam valorizados e bem remunerados. Em parceria com a
APMF e governo municipal, busca parceria para a formação continuada dos
professores e funcionários, através dos cursos oferecidos ao nível de município.
Ainda que, por melhor que seja a escola, por mais bem que sejam preparados
seus professores, muitas vezes, a escola precisa suprir além das necessidades
inerentes à escola, a carência de uma família ausente e tudo que ela representa.
Sabendo da importância da participação da família na escola, o Colégio
possibilita o entrosamento entre diversos segmentos ligados a educação ( Conselho
Escolar, APMF, Grêmio, pais, alunos, professores, direção, equipe pedagógica,
agentes educacionais I e II) promovendo oficinas para pais trabalhando temas
como: limites, drogas, violência, lixo, meio ambiente entre outros. Os pais através de
convites e convocações, também participam de palestras que defendem a
importância da família na educação, como colaborar para a melhoria da qualidade
do ensino, entre outros. Além de participar das atividades culturais, jogos e
festividades realizados pelo Colégio.
Considerando que a escola também tem a responsabilidade de formar o
caráter, de educar para os desafios da vida, quebrar paradigmas sobre a diversidade
cultural, inclusão e cultivar valores éticos e morais, ainda, atendendo solicitação dos
pais, através da pesquisa, quando cobram da escola a oferta de palestras sobre
assuntos como: gravidez na adolescência, DSTs, profissões, valores e outras
informações que envolvem direitos e deveres do cidadão como código civil,
legislação trabalhista, tributária e casamento. Entendem os pais e professores, que
para se exercer verdadeiramente a cidadania, o aluno precisa ter conhecimento
mais aprofundado sobre temas que garantam uma melhor condição de vida, que
possa preservá-la e, principalmente o aluno do Ensino Médio, tenha o conhecimento
básico legal dos direitos e deveres do cidadão, do trabalhador, pois, uma grande
parte já está no mercado de trabalho.
Buscando uma ação concreta o Colégio, através da direção, num trabalho
conjunto com a prefeitura municipal e as universidades mais próximas, procura
suprir e atender os pais; na solicitação das palestras e oficinas. Assim são
trabalhados temas como: gravidez na adolescência e DSTs, drogas, limites, meio
ambiente, profissões, legislação trabalhista, código civil e tributário. Esses temas são
trabalhados em forma de palestras e oficinas, coordenadas pela direção,
professores e alunos das Universidades e supervisionados pela direção da escola,
equipe pedagógica e auxílio da APMF e Conselho Escolar. Os Desafios
Contemporâneos (Enfrentamento à Violência e droga, Meio Ambiente, Educação
Fiscal), Temas da Diversidade como: Relações Étnico raciais e Afro descendentes,
sexualidade e Educação do Campo estão contemplados neste trabalho.
Partindo do pressuposto que as pessoas são resultantes de suas relações
sociais, busca-se maior conhecimento resultando assim na valorização da cultura
afro-brasileira e seus descendentes, bem como estar flexível à diversidade para
possíveis mudanças onde possamos incluir e oportunizar o desenvolvimento de
todos e de pessoas com necessidades educacionais especiais.
Aceitar as diferenças, não significa revestir o trabalho de docilidade ou
irracionalidade, significa sim, aprender com as riquezas dos encontros e das
interações entre pessoas. Não oferecemos metodologias para impressionar ou
engrandecer estatísticas mas, oportunizar alunos com necessidades especiais de
vivenciar novas situações que valorizem as diferenças onde cada um possa
desenvolver seu potencial. A Equipe Pedagógica juntamente com a família avaliam
individualmente e cuidadosamente cada criança na busca de identificação de sua
expressão no processo de aprendizagem, bem como, das necessidades
educacionais que apresenta. Com permissão e consentimento da mesma serão
tomadas as devidas iniciativas.
Para o tema valores (respeito, solidariedade, justiça, ética, limites, etc) serão
realizados estudos reflexivos, de acordo com a necessidade e as características do
grupo, sempre que o professor achar necessário.
Dentre as atividades práticas realizadas com o coletivo de alunos, o colégio
organiza a “ Oficina colaborativa” que tem por objetivo consolidar os temas respeito,
solidariedade, responsabilidade, justiça, inclusão e respeito a diversidade através de
atividades propostas no sentido de mostrar a importância de se trabalhar em prol de
um objetivo comum; de reconhecer e expressar a importância do outro; respeito às
diferenças individuais, intercâmbio de ideias, empenho e dedicação, sem prêmios,
onde a vitória e a derrota cedem lugar ao simples prazer da participação humana, e
do intercâmbio de sentimentos e doações. Esse trabalho é realizado nas
dependências do ginásio do Colégio, elaborado e supervisionado pelos professores
de Educação Física, envolvendo todos os profissionais, cada um contribuindo de
uma maneira singular dentro de suas atribuições e responsabilidades no Colégio.
Para o tema profissões sugerido pelos pais para os alunos do Ensino Médio,
o Colégio através do Conselho Escolar, Direção e Equipe Pedagógica, elabora por
escrito uma pesquisa tendo como público alvo os alunos concluintes do Ensino
Médio, na qual consulta quais as profissões que o aluno acha interessante. Quais as
sugestões que ele daria para a escola para que tivesse maiores informações. Na
maioria das vezes, o aluno sugere uma conversa informal com profissionais das
diversas áreas.
Nos meses de setembro, outubro e novembro de cada ano letivo,
profissionais das diversas áreas, são convidados pela direção, equipe pedagógica e
Conselho Escolar para uma conversa na própria sala de aula, informando e
esclarecendo dúvidas dos alunos. Ainda, nos meses de julho e novembro, o Colégio,
através da direção e equipe pedagógica em parceria com o governo municipal
proporciona visitas às universidades, dentro de seus projetos de apresentar os
cursos oferecidos para os alunos. Nessas visitas, sempre há o acompanhamento de
Professores, direção e representante de pais.
Dentro do trabalho “O Jovem e o Campo” (escola de campo), pretende-se
estimular os jovens do Ensino Médio, para uma busca de alternativas para
diversificar as propriedades em que vivem, buscando melhorar a qualidade de vida
através de visitas a Escolas Agrícolas, Assentamentos, Casa Familiar Rural e
palestras com agrônomos da Emater, facilitar o acesso aos cursos, escolas que
ofereçam cursos de Técnico Agrícola. Esse acesso, será proporcionado através de
parcerias com a Prefeitura Municipal, Emater e outros.
Com o pensamento de que o esporte, arte e tecnologia são
reconhecidamente meios de inclusão e relação social, que despertam na maioria
dos jovens o fascínio e atração, e que são também poderosos aliados no resgate de
alunos evadidos, com dificuldades de aprendizagem, estimulando atividades
diferenciadas, vinculando à qualidade, interesse e dedicação aos estudos, o Colégio
Barão do Rio Branco oportunizará espaços de tempo para o acesso às tecnologias,
arte e ao esporte, seja em gincanas, pesquisa extraclasse, feiras, mostras de
talentos, entre outros .
Para sensibilizar o aluno de sua responsabilidade e das consequências de
seus atos quanto ao cuidado com o ambiente em que vivemos, o Colégio
desenvolve o Projeto Material Reciclável, envolvendo todos os alunos, tanto do
Ensino Fundamental, quanto do Médio. Nesse projeto são desenvolvidas palestras e
ações que buscam sensibilizar o aluno da importância de se preservar desde as
instalações, até o mais simples objeto que compõe o patrimônio do colégio,
principalmente o compromisso em se preservar o meio ambiente ecologicamente.
Durante o ano letivo, todos os professores, principalmente os de Ciências,
Geografia, Artes e Biologia coordenam ações que são desenvolvidas envolvendo o
estudo e análise da evolução do processo de degradação da natureza, onde o aluno
em conjunto com seu familiares, fazem uma avaliação de qual era a preocupação
em se preservar a natureza tempos atrás e, após o surgimento de campanhas para
consciência ecológica; conduzem uma abordagem história com base nas
informações obtidas (palestras, estudos, vídeos e etc.), questionando e levando o
aluno a pensar e registrar através de poemas, ilustrações e textos, as mudanças
ocorridas no meio-ambiente, suas causas, consequências e ações concretas a
serem desenvolvidas para minimizarmos as consequências. Como ação concreta,
desenvolve uma campanha de coleta seletiva de lixo e recolhimento de material
reciclável; visitas ao aterro sanitário do município e empresas que compram e
processam o lixo reciclável; utilização de material reciclável na confecção, de
objetos de arte; plantio de árvores e flores no colégio e nas proximidades; em
parceria com a Emater e Secretaria Municipal da Agricultura e do Meio Ambiente,
reposição da mata ciliar, principalmente na faixa exigida às margens dos rios que
formam a bacia do Rio Marrecas, que abastece os habitantes do município de
Francisco Beltrão.
Ainda, o Colégio, dentro de suas ações desenvolve o projeto Maratona
Literária que tem como objetivo estimular a leitura da Literatura e a realização de
atividades afins como: festivais, varal literário, apresentações de peças teatrais,
declamação de poesias e outras apresentações.
Visando melhorar a prática e o gosto pela leitura, nas aulas em que faltam
professores (motivos legais), serão feitos momentos de leitura com diferentes
portadores de texto como: gibis, revistas, recortes de textos, poesias, livros literários,
jornais, artigos, slides, piadas, frases, entre outros. Também serão realizados
momentos de leituras mensais, no qual toda a escola para para ler. Uma prática que
já existe é dispor no saguão do colégio uma frase de um livro que pertence ao
acervo bibliográfico da biblioteca do colégio. O aluno que mostrar o livro, ou souber
o nome do mesmo e a página que se encontra a frase, recebe um prêmio. Para
essa prática também buscaremos proporcionar espaço físico diferente, como uma
tenda para leitura.
A Matemática faz-se presente em diversas atividades realizadas pelos alunos
e oferece aos homens em geral várias situações que possibilitam o desenvolvimento
do raciocínio lógico, da criatividade e a capacidade de resolver problemas. O ensino
dessa disciplina pode potencializar essas capacidades, ampliando as possibilidades
dos alunos de compreender e transformar a realidade. Nos jogos, os conteúdos
matemáticos estão presentes e despertam a curiosidade dos alunos, que precisam
discutir e argumentar sobre as respostas encontradas, decidir se estão corretas ou
não, verificar o motivo dos seus erros e corrigi-los com o apoio do grupo. Nesse
momento, os alunos têm a oportunidade de ser mais ativos e de se supervisionarem
mutuamente, desenvolvendo a autonomia. Sabendo da importância desses jogos,
os professores de matemática confeccionarão alguns jogos matemáticos e utilizarão
os mesmos e os já existentes mais constantemente em sala de aula.
Nas aulas de Física e Química, serão feitas montagens práticas de fórmulas e
conteúdos com sistematização em sala de aula, os alunos também serão
incentivados a fazer experimentação do que vem sendo estudado, utilizando o
laboratório de Ciências.
Na elaboração do calendário escolar organiza-se com todos os professores
coordenados pelos professores de Língua Portuguesa um cronograma de atividades
que serão desenvolvidas. Para efetivação do cronograma das atividades os
professores farão reuniões periódicas utilizando parte das horas atividades e
extraclasse, planejamento e avaliando o cronograma. As ações dos alunos serão
socializadas para todos os alunos e também para a comunidade escolar.
Para os alunos interessados, será proporcionado o acesso à Informática
Básica em turno contrário e em parceria com a Secretaria de Ação Social que
atende com profissional disponível a demanda.
As mudanças nas relações do mundo do trabalho, as novas necessidades
exigem que a escola tenha uma nova postura e busque melhor preparar os alunos
para essas relações sistematizadas historicamente . Pensando nisso o Colégio
Estadual Barão do Rio branco está ofertando para os alunos do Ensino Médio a
Proposta Pedagógica da Atividade Complementar Curricular em Contraturno, Mundo
do Trabalho e Geração de Rendas, no período vespertino, tendo como objetivo
proporcionar a estes conhecimentos básicos para que possam melhorar a
participação na sociedade, nas políticas e assim, possam exercer a cidadania plena.
Nesta proposta serão trabalhados conteúdos e temas referentes: noções
básicas de Direito Trabalhista (direitos e deveres do trabalhador, cálculo de valores
referentes aos direitos rescisórios); noções e situações problema envolvendo temas
como: Previdência Social, FGTS. seguro desemprego, Imposto de renda e outros;
Estudo e construção de documentos básicos (procurações, contratos, atas,
estatutos, livro caixa, declarações, etc); noções e cálculos dos Tributos e principais
impostos ( ICMS, ICMS Ecológico, IPI, e outros).
O Festival Estudantil da Canção tem por objetivo proporcionar o encontro de
talentos da música do colégio onde os alunos coordenados pelos professores das
disciplinas de Arte e Educação Física, são pré-classificados e após uma eliminatória
são selecionados para uma apresentação final na Semana Cultural.
Diante da necessidade de estarmos preparados a executar ações de
prevenção de incêndios, desastres naturais e situações de risco da escola, existe o
Programa Prontidão Escolar Preventiva ( PEP) tendo em vista a importância de
docentes e discentes e toda a comunidade escolar estejam preparados, de maneira
eficaz para enfrentar esses acontecimentos. O programa consiste em capacitar a
comunidade escolar através de palestras com bombeiro, reuniões com membros da
comunidade escolar para criar a brigada de emergência e trabalhar com os alunos
planos de evacuação e exercícios de alerta.
Preocupados em preparar melhor nosso aluno e melhorar os índices ( IDEB
e ENEM e Olimpíada de Matemática) serão realizados estudos do material
disponibilizado pelo MEC nas diversas disciplinas melhorando a participação
responsável do aluno e consolidando com um simulado realizado em parceria com a
Secretaria Municipal de Educação, envolvendo todas as séries e modalidades de
ensino.
A hora Atividade será trabalhada agrupando professores por áreas do
conhecimento, utilizando-as para preparar aulas, corrigir atividades dos alunos,
reuniões e discussões que envolvem a aprendizagem do aluno.
A matrícula com progressão parcial é garantida no Ensino Médio, quando o
aluno reprovado em uma disciplina pode matricular-se na série seguinte,
concomitantemente à disciplina na qual reprovou em turno contrário, chamada
dependência.
Quando o Colégio recebe transferência de alunos com progressão parcial
no Ensino Médio, com mais de uma disciplina, oferta um plano especial de estudos,
em forma de adaptação. Quando o aluno for do Ensino Fundamental, oferece-se
plano especial de estudos para as disciplinas em dependência, em forma de
adaptação.
A Biblioteca é atendida por um Agente Educacional II, que atende os alunos
na pesquisa, no empréstimo de livros de literatura, em datas e horários previamente
estabelecidos, bem como aberta à comunidade escolar, sempre que alguém quiser
fazer uso, no horário de atendimento da escola.
Para conservação do Livro Didático, o Colégio com sua equipe de Agentes
Educacionais I e II, tem realizado campanhas de recuperação e manutenção do livro
didático. No período de férias dos alunos, essa equipe verifica os livros, suas
condições e realiza trabalhos de recuperação, colocando-os em condições de uso.
Este trabalho vem sendo facilitado a cada ano pois, a maioria dos nossos alunos já
sabe da sua responsabilidade, graças a um trabalho de sensibilização realizado por
professores e alunos, através de teatros e campanhas.
A escola Possui o Grêmio Estudantil, abrangendo alunos do Ensino
Fundamental e Médio, os quais desenvolvem atividades como cinema, música no
intervalo para lanche, cuidados com o ambiente escolar, jornal estudantil, entre
outros.
Os Conselhos de Classe são realizados conforme calendário Escolar, com a
presença de representantes de turmas escolhidos previamente pelo regente da
turma que trará para o Conselho problemas e sugestões da turma. Também um
representante de pais do Conselho Escolar, Agente Educacional I e II. O Conselho
tem como base ações para minimizar os problemas que forem apresentados, em
todos os segmentos da escola. O Conselho é organizado em três fases: Pré-
conselho, no qual são levantados dados com alunos, professores, pais sobre o
processo ligado ao ensino e aprendizagem; Conselho de Classe, são observados os
dados, discutidos, feitas reflexões e tomada de decisões pelo coletivo; no Pós-
conselho são aplicadas as decisões tomadas no conselho, como: chamar os pais,
realizadas conversa com alunos, mudanças na metodologia, forma de avaliação,
entre outros.
A recuperação paralela acontecerá durante o ano letivo, quando o professor
da disciplina diagnosticar que o aluno não aprendeu o conteúdo trabalhado deve
rever o mesmo com uma metodologia significativa e diferenciada, dando novas
oportunidade e condições de aprendizagem: como participação em trabalhos orais
ou escritos, pesquisas, seminários, maquetes, desenhos e sínteses. Diante do baixo
rendimento escolar os alunos matriculados no 6º e 9º Ano podem frequentar a sala
de apoio, casos específicos de transtorno de aprendizagem que possuem avaliação
psicopedagógica frequentam a Sala de Recurso, Sala Multifuncional e alunos com
baixa visão ou deficiência visual são atendidos no CAEDV.
Acreditamos que para que a escola possa formar cidadãos críticos, capazes
de transformar a realidade e o meio em que vivem, é necessário o empenho e a
participação de todos. Ainda, que o presente projeto não constitui em algo pronto e
acabado, devendo o mesmo estar aberto a questionamentos, alterações e
complementações.
O Projeto Político Pedagógico aponta um rumo, uma direção, um sentido
explícito para um compromisso estabelecido, construído e que deve ser executado
coletivamente. Tal esforço para elaboração do mesmo é compensado com melhores
resultados na ação pedagógica por parte de todos.
É preciso, no entanto, fazer uma avaliação do trabalho realizado, verificando
os pontos positivos e os que não foram atendidos, quais as causas, e possíveis
ações para melhorar. Essa avaliação será realizada no Conselho de Classe aos
sábados semestralmente, pois no Conselho de Classe estarão presentes,
professores, direção, equipe pedagógica, funcionários, Conselho Escolar, alunos e
pais.
A partir de 2012, seguindo orientações do Parecer 407/11 teremos a
implantação simultânea do Ensino Fundamental de Nove Anos. Este ano a mais na
vida dos alunos do Ensino Fundamental contribuirá significativamente para a
melhoria dos processos ligados ao letramento, cálculo e alfabetização. É uma
oportunidade para estabelecer ligações e parcerias entre o 1º e 2º segmento do
Ensino Fundamental visando sempre a melhoria do Ensino. Com a implantação do
Ensino Fundamental de nove anos surgem novas oportunidades de prática
pedagógica refletindo sobre toda a realidade escolar. Com essas mudanças espera-
se que os alunos tenham mais oportunidade de desenvolver competências e
habilidades relacionadas aos saberes sistematizados, tendo um maior sucesso em
sua vida escolar. O ingresso dessas crianças exige que o grupo de profissionais
tenha um planejamento com atividades bem estruturadas e atitudes coerentes e
compartilhadas com as famílias lenvando-se em consideração aspectos
relacionados a infância e adolescência e as etapas do desenvolvimento humano e o
saber sistematizado.
O trabalho em equipe oferece chances maiores de produção de
conhecimentos através de trocas de opiniões permitindo relacionar, também, o
conhecimento com a ação, vive-se um processo de avanço do conhecimento, o qual
se assume como condição indispensável para a elaboração de propostas de
intervenção dos profissionais na política educativa. Tendo como base o respeito a
diversidade, as questões étnico-raciais, conhecimentos de leis, estatutos que
trabalham com essas questões, no Colégio Estadual Barão do Rio Branco existe a
Equipe Multidisciplinar. A Equipe Multidisciplinar é composta por diferentes
profissionais da escola e membros da comunidade escolar, que mensalmente se
reúnem para estudar, pesquisar, refletir, produzir trabalhos que envolvem a
diversidade com enfoque nas relações énico-raciais.
Equipes Multidisciplinares são instâncias de organização do trabalho escolar,
preferencialmente coordenadas pela equipe pedagógica, e instituídas por Instrução
da SUED/SEED, de acordo com o disposto no art. 8º da Deliberação nº 04/06 –
CEE/PR, com a finalidade de orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações
relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura
Afro-Brasileira, Africana e Indígena, ao longo do período letivo.
As Equipes Multidisciplinares se constituem por meio da articulação das
disciplinas da Base Nacional Comum, em consonância com as Diretrizes
Curriculares Estaduais da Educação Básica e Diretrizes Curriculares Nacionais para
a Educação das Relações Etnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-
Brasileira e Africana, com vistas a tratar da História e Cultura da África, dos
Africanos, Afrodescendentes e Indígenas no Brasil, na perspectiva de contribuir para
que o aluno negro e indígena mire-se positivamente, pela valorização da história de
seu povo, da cultura, da contribuição para o país e para a humanidade.
A discussão e proposta de trabalho na Equipe Multidisciplinar é um meio
extremamente importante justamente pelo ecletismo de visões, para que se possa
enxergar o aluno em sua amplitude e definir mais precisamente os rumos
educacionais trabalhando e valorizando a diversidade existente.
Na Matriz Curricular, o Colégio oferta 75% (setenta e cinco por cento) da
carga horária na Base Nacional Comum distribuída da seguinte forma: Ensino
Fundamental disciplinas de: Artes; Ciências; Educação Física; Ensino Religioso;
Geografia; História; Língua Portuguesa; Matemática. Ensino Médio disciplinas de:
Artes; Biologia; Educação Física; Física; Geografia; História; Língua Portuguesa;
Matemática; Química.
Na Parte Diversificada tanto para o Ensino Fundamental quanto para o Ensino
Médio, o colégio oferta até 25% (vinte e cinco por cento) da carga horária,
contemplando somente a disciplina de Língua Estrangeira Moderna – Inglês, para o
Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, a disciplina de Língua Estrangeira
Moderna – Inglês e Filosofia. Em turno contrário e intermediário, será ofertado 160
horas anuais de Língua Estrangeira Moderna - Espanhol (CELEM - Língua
Espanhola). Quanto a Educação de Jovens e Adultos (EJA) contempla o total de
carga horária estabelecida na legislação vigente nos níveis do Ensino Fundamental
e Médio com organização coletiva ou individual.
A Avaliação do PPP acontecerá anualmente no mês de novembro, por uma
comissão formada pelos membros do Conselho Escolar, que farão uma pesquisa
através de questionários entregues aos pais, onde serão levados a analisar as
atividades desenvolvidas pelo Colégio, de acordo com o PPP (Projeto Político
Pedagógico) e PPC ( Proposta Pedagógica Curricular), no ano letivo, bem como dar
sugestões para melhorar o funcionamento do Colégio em todos os seus segmentos.
O Conselho Escolar organizará os dados coletados e, socializará a
comunidade escolar. Diante desses dados, no início do ano letivo, representantes
da comunidade escolar, convidados pelo Conselho Escolar, farão uma avaliação,
traçarão novos rumos, novos projetos, para sanar deficiências e melhorar cada vez
mais, o trabalho coletivo desenvolvido por todas as pessoas que formam o Colégio
Estadual Barão do Rio Branco.
7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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9 - ANEXOS