Cabeamento Estruturado

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PONTIFCIA UNIVERSIDADE CATLICA DE MINAS GERAIS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELTRICA

CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA TELEFONIA

CARLOS MAGNO CARDOSO CANTAGALLI

Belo Horizonte Novembro de 2005

CARLOS MAGNO CARDOSO CANTAGALLI

CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA TELEFONIA

Trabalho apresentado disciplina Instalaes Eltricas, do Curso de Engenharia Eltrica da Pontifcia Universidade Catlica de Minas Gerais

Orientador: Professor Edgard Torres

Belo Horizonte Novembro de 2005

SUMRIO1 REDES DE TELECOMUNICAES .................................................................... 05 2 CLASSIFICAO DOS CABOS TELEFNICOS ................................................ 06 2.1 Cabos Metlicos ......................................................................... 06 2.2 Cabos de Fibras ticas ...............................................................07 3 - CABOS ISOLADOS A POLIETILENO ........................................................ 09 3.1 Generalidades ............................................................................ 09 3.2 - TIPOS DE CABOS ........................................................................ 10 3.2.1 - Modelo TE1HE/TE1HES ...................................................... 10 3.2.2 - Modelo T1EG1HE .............................................................. 11 3.2.3 - Modelo T1EG2HE/TE2HES .................................................. 11 3.2.4 - Modelo TEDS ..................................................................... 11 4 - CABOS E CONDUTORES ISOLADOS A PVC ............................................. 12 4.1 Generalidades ............................................................................ 12 4.2 - TIPOS DE CABOS ........................................................................ 12 4.2.1 - MODELO TVHV .................................................................. 12 4.2.2 - MODELO TVV (E) 3x2x0,5 ................................................... 13 4.2.3 - MODELO TV Distribuidor ..................................................... 13

4.2.4 - MODELO TVHV .................................................................. 13 5 CABOS DE FIBRAS TICAS .................................................................... 14 5.1 Generalidades ............................................................................ 14 5.2 Tipos de Fibra ............................................................................ 15 5.3 - Fibras MULTIMODO .................................................................... 15 5.4 - Fibras UNIMODO ........................................................................ 15 5.5 Comparao dos Trs Tipos de Fibras ...................................... 16 5.6 - Revestimento Secundrio .......................................................... 16 5.7 - Constituio dos Cabos .............................................................. 17 5.8 - TIPOS DE CABOS ........................................................................ 18 5.8.1 - MODELO TVHV .................................................................. 18 6 SIMBOLOGIA .................................................................................................... 20 7 REGRAS DE INSTALAO ............................................................................. 23 8 GLOSSRIO ...................................................................................................... 24 9 - CONCLUSO ..................................................................................................... 30 10 - REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ................................................................. 31

1 - REDES DE TELECOMUNICAES

Como mostra a figura, uma rede de telecomunicaes pode ser dividida em trs partes:

Rede regional ou de troncas; Rede de interligao das centrais locais; Rede local.

Neste trabalho apresentado a gama de fios e cabos telefnicos que cobre as principais situaes da figura 1.

figura 1.1 - Estrutura de uma rede telefnica

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2 - CLASSIFICAO DOS CABOS TELEFNICOS

Os cabos de telecomunicaes podem ser classificados como metlicos ou pticos, consoante o elemento transportador do sinal cobre ou fibra ptica, respectivamente.

2.1 Cabos Metlicos

Os cabos metlicos so, por sua vez, classificados pelo tipo de isolamento utilizado. nesta base que est estabelecido o respectivo sistema de nomenclatura. Levando-se em conta as caractersticas de transmisso dos circuitos a que se destinam, os cabos considerados podem ainda dividir-se nos seguintes grupos:

Cabos para circuitos locais - Destinam-se a ligar os postos dos vrios assinantes central respectiva ou ao estabelecimento de redes telefnicas particulares. So fabricados normalmente com os condutores agrupados em pares com dimetros de cobre compreendidos entre 0,4 e 0,9 mm. As suas caractersticas elctricas no necessitam de ser muito apertadas, fixando-se normalmente apenas valores mximos para a resistncia e capacidade dos condutores, de forma a limitar-se a atenuao. No que se refere aos desequilbrios, que so os causadores de diafonia, apenas se fixam normalmente os capacitivos entre pares adjacentes. A verificao destes desequilbrios feita habitualmente por amostragem num nmero limitado de pares de cada lote de fabricao.

Cabos MIC (Modulao por Impulsos Codificados) - Destinam-se transmisso digital de informao em sistemas at 30 canais. (~2Mbits/s).

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figura 2.1 Tipos de Cabos

2.2 - CABOS DE FIBRAS TICAS

A slica, h muito reconhecida como um excelente meio de propagao de sinais luminosos, tem vindo a ser desenvolvida de modo a permitir a sua aplicao em larga escala nos sistemas de comunicao.

Os cabos de fibras ticas comearam por ter aplicao nas ligaes de longa distncia, dada a impossibilidade econmica de realizao do grande nmero de derivaes exigido nas ligaes locais, onde os cabos metlicos tem vantagem. Contudo o avano tecnolgico vai permitindo o alargamento das aplicaes e, atualmente, as fibras pticas so j utilizadas em vrias reas da indstria e servios, principalmente na transmisso de dados (redes locais - LAN) e de televiso por cabo (CATV). Em Portugal, fundamentalmente nas ligaes telefnicas entre centrais que as fibras ticas tm grande aplicao neste momento.

As vantagens da transmisso por fibra tica relativamente aos cabos metlicos so vrias, tais como:

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Grande largura de banda proporcionando transmisso de informao a baixo preo, dada a multiplicidade de combinaes de sinais tais como telefone, dados, imagens, etc; Atenuao baixa numa gama aprecivel de comprimentos de onda, permitindo o aumento da distncia entre regeneradores de sinal, com a sua consequente diminuio ou eliminao; Possibilidade de alargamento do sistema, visto que as perdas no aumentam com a taxa de transmisso, como acontece nos cabos tradicionais; Imunidade a interferncias eletromagnticas e de rdio-frequncias, no necessitando de blindagem eltrica; No condutividade elctrica o que torna o sistema imune a problemas tais como fugas de tenso, curto-circuitos e fuga de radiaes; Inexistncia de fugas garantindo total segurana na comunicao; Insensibilidade de um modo geral a aes qumicas e s variaes de temperatura; Pequeno dimetro e baixo peso, o que torna a sua aplicao bastante atrativa em determinadas instalaes. Sempre que esteja em causa o aumento da capacidade de transmisso sem aumento de espao ocupado, a utilizao dos cabos de fibras pticas a soluo; Existncia de matria-prima em abundncia.

Os inconvenientes da utilizao de fibras ticas nos sistemas de comunicao traduzem-se, por um lado no preo elevado do equipamento terminal de interface, e por outro, nas dificuldades inerentes instalao do cabo, pois as tcnicas de juno e terminao das fibras so completamente diferentes das dos cabos metlicos, requerendo equipamento e mo-de-obra altamente especializados.

Pesadas as vantagens e as desvantagens e atendendo s possibilidades permitidas pelo avano tecnolgico de prever que cada vez mais as fibras ticas desempenhem o papel fundamental nos sistemas de comunicao.8

3 - CABOS ISOLADOS A POLIETILENO

3.1 - Generalidades

O isolamento destes cabos formado por uma camada de polietileno slido ou celular aplicada por extruso. Os condutores so agrupados em pares, cableados em camadas concntricas ou em unidades.

O ncleo do cabo pode ser blindado ou no, e uma bainha de material plstico aplicada sobre o conjunto. Esta em polietileno ou, quando especialmente solicitado, em PVC.

Estes cabos podem ser especialmente concebidos para instalao area, com um tensor incorporado na bainha (cabo tipo 8), ou para instalao subterrnea, com uma armadura de fitas de ao.

Embora com maior resistncia humidade do que os cabos isolados a papel, estes cabos no devem ser mantidos com as pontas abertas, e a sua instalao deve ser especialmente cuidada.

Para evitar problemas de entrada e progresso de humidade, recomendase a utilizao de cabos com enchimento de geleia.

Estes cabos so habitualmente fabricados com uma fita laminada de alumnio/polietileno sob a bainha final, normalmente designados por cabos com blindagem estanque.

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3.2 - TIPOS DE CABOS

3.2.1 - Modelo TE1HE/TE1HES

UTILIZAO: em redes telefnicas exteriores para ligaes locais, tais como as ligaes entre os assinantes e a central.

TE1HE Condutor de cobre macio Isolamento de polietileno slido Fita de identificao das unidades Cinta Fio de rasgar Blindagem estanque em fita de Alumnio/polietileno - Bainha de polietileno

3.2.2 - Modelo T1EG1HE

UTILIZAO: em redes telefnicas exteriores para ligaes locais, tais como as ligaes entre assinantes e a central.

T1EG1HE - Condutor de cobre macio - Isolamento de polietileno . celular (Foam-Skin) - Fita de identificao das unidades - Cinta - Fio de rasgar - Blindagem estanque em fita de Alumnio/polietileno - Bainha de polietileno

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3.2.3 - Modelo T1EG2HE/TE2HES

UTILIZAO: circuito de transmisso MIC.

T1EG2HE - Condutor de cobre macio de 0,6 mm de dimetro - Isolamento de polietileno celular (Foam-Skin) - Ecr transversal em S - Cinta - Bainha de polietileno

Modelo TEDS

UTILIZAO: em instalaes areas em substituio das linhas telefnicas nuas.

- Condutor unifilar de cobre n - Cabo tensor em ao galvanizado - Isolamento em polietileno de mdia ou alta densidade

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4 CABOS E CONDUTORES ISOLADOS A PVC

4.1 - GENERALIDADES

Os cabos isolados a PVC no so muito usados em redes de distribuio, em virtude da alta permitividade e elevadas perdas dieltricas inerentes ao PVC, que conduziriam a uma atenuao muito elevada.

O seu uso est, pois, limitado a ligaes de painis em centrais telefnicas e em pequenas redes privadas.

Contudo, o PVC ao contrrio do polietileno comum, tem a vantagem de no propagar a chama, pelo que a sua utilizao tem sido recomendada para instalaes interiores.

Na formao destes cabos os condutores so normalmente agrupados em pares, estes em unidades, e estas por sua vez agrupadas por cableagem. Estes cabos podem ser encontrados com ou sem blindagem de fita de alumnio (TVHV ou TVV respectivamente).

4.2 - Tipos de Cabos

4.2.1 - MODELO TVHV

UTILIZAO: em redes telefnicas privadas ou ligaes a bastidores em centrais telefnicas. Estes cabos podem ser instalados ao ar ou em tubos.

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-

Condutor de cobre n Isolamento a PVC Fita de poliester Fio de continuidade Blindagem em fita de alumnio/poliester - Fio de rasgar - Bainha de PVC

4.2.2 - MODELO TVV (E) 3x2x0,5

UTILIZAO: em instalaes telefnicas privadas nos termos das Prescries e Intrues Tcnicas do RITA (Regulamento de Instalaes Telefnicas de Assinante).

- Condutor de cobre n - Isolamento de PVC - Fita de poliester - Fio de rasgar - Bainha de PVC

4.2.3 - MODELO TV Distribuidor

UTILIZAO: em equipamento de comutao e outra aparelhagem telefnica.

- Condutor de cobre n - Isolamento de PVC

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5 CABOS DE FIBRAS TICAS

5.1 - Generalidades

figura 5.1 - Composio de uma Fibra

Uma fibra tica composta por um filamento de vidro a que se d o nome de ncleo, coberto por uma camada concntrica tambm de vidro designada por cladding (bainha). O corpo assim formado revestido por uma camada de material (normalmente plstico) a que se d o nome de revestimento primrio. A finalidade deste revestimento conferir maior robustez ao conjunto e facilitar o manuseamento na medida em que lhe aumenta o dimetro.

A luz conduzida atravs do ncleo devido ao fato de este ter um ndice de refrao superior ao do cladding.

5.2 Tipos de Fibra

As Fibras podem ser multimodo ou unimodo consoante o nmero de modos que admitem.

5.3 - Fibras MULTIMODO

H que se distinguir dois tipos:14

Step Index (ndice em degrau) em que o ndice de refrao do ncleo constante. A energia de um impulso luminoso vai distribuir-se por todos os modos. Uma vez que as velocidades de propagao dos vrios modos so idnticas, os tempos de propagao, pois alguns modos percorrem distncias maiores. Isto origina a disperso intermodal, ou seja, da-se um alargamento do impulso que tanto maior quanto maior for o comprimento da fibra. Este fenmeno limita a aplicao deste tipo de fibra a curtas distncias e a uma largura de banda de utilizao inferior de outros tipos. Esta fibra utiliza-se normalmente em transmisso de dados.

Graded Index (ndice gradual) em que o ndice de refrao do ncleo tem uma variao parablica. Esta caracterstica tem o efeito de aproximar os tempos de propagao dos vrios modos, reduzindo a disperso intermodal.

A largura de banda utilizvel superior da fibra Step index. Pode assim ser utilizada em ligaes telefnicas entre centrais e ligaes de assinantes.

5.4 - Fibras UNIMODO

Neste tipo de fibras o dimetro do ncleo to pequeno que no h mais do que um modo de propagao. Assim sendo, no existe disperso intermodal.

A largura de banda utilizvel maior do que em qualquer dos tipos de fibra multimodo. As fibras unimodo so as mais utilizadas em ligaes telefnicas de longa distncia, entre outras aplicaes.

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5.5 - COMPARAO DOS TRS TIPOS DE FIBRAS

n1 - ndice de refrao do ncleo n2 - ndice de refrao do cladding Ie - Impulso de entrada Is - Impulso de sada

5.6 - REVESTIMENTO SECUNDRIO

Ao conjunto fibra/revestimento aplicado um segundo revestimento que pode ser fundamentalmente de dois tipos: L que consiste na aplicao por extruso de um tubo que normalmente cheio com geleia hidrfuga. T que consiste na aplicao de uma camada de matria plstica diretamente sobre a fibra. O revestimento secundrio tem por finalidade garantir a estabilidade dos parmetros de transmisso na cableagem e evitar que esses mesmos parmetros sejam alterados devido a micro-curvaturas ou quaisquer tipos de esforos radiais,16

loose

tight

axiais, toro, abraso, corroso e efeitos de variao de temperatura.

Ambos os tipos tm vantagens em certas aplicaes. O tipo Loose o utilizado nos cabos descritos no presente catlogo, pois garante o bom funcionamento do sistema sem degradao mecnica e ptica. O tipo Tight utilizado em ligaes interiores e cordes ticos, pois tem boa resistncia abraso e boa flexibilidade.

figura 5.3 Diferena dos cabos tipo Loose e Tight

5.7 - CONSTITUIO DOS CABOS

Os cabos devem ter uma constituio tal que garanta a proteo das fibras durante e aps a instalao e seja adequada ao tipo de servio de modo a assegurar uma transmisso sem perdas de propriedades, enquanto durar a vida do sistema. Alm disso, devem ainda permitir uma fcil identificao das fibras.

Os cabos mais usuais so constitudos da seguinte forma, do interior para o exterior.

Elemento central em ao revestido a plstico, ou poliester reforado, que suporta a restante estrutura do cabo e que serve de tensor nas fases de fabrico e instalao.

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Sobre o elemento central so cableadas as fibras entubadas, os elementos de enchimento (se necessrio) e eventuais condutores de cobre isolado.

Sobre o conjunto devidamente enfitado, pode ou no ser aplicada uma barreira doconjunto contra so a humidade, Sob constituda o pela por os uma de fita de ocos geleias polietileno/alumnio/polietileno. totalmente enfitamento, espaos

ocupados

introduo

sintticas,evitando-se assim a progresso da humidade.

O revestimento final em matria plstica aplicada por extruso. Podem ainda ser includos elementos de reforo mecnico, tais como armadura convencional de duas fitas de ao aplicadas em hlice, ou de uma s fita de ao longitudinal e corrugada (se o cabo se destina a instalao enterrada), ou ainda tensor exterior (metlico ou no) se o cabo se destina a instalao area.

Igualmente poder ser aplicado um reforo constitudo por fitas de aramida caso se pretenda uma proteco anti-balstica.

Dada a grande variedade de tipos e devido especificidade de cada um, foram includos no presente catlogo apenas aqueles que so mais utilizados no nosso pas pelo principal utilizador (Portugal Telecom) nas ligaes entre centrais.

5.8 - Tipos de Cabos

Modelo TOMG1HE/TOMG1HES

UTILIZAO: em redes telefnicas e de dados, exteriores, tais como ligaes entre centrais

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TOMG1HE - Tensor central de ao com revestimento de polietileno - Fibra entubada - Enfitagem de papel - Fio de rasgar - Blindagem estanque PE/AL/PE - Bainha de polietileno

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6 SIMBOLOGIA

DESIGNAO Entrada Area

SMBOLO

SIGLA CMEa

OBSERVAES

Entrada Subterrnea

CMEs

Caixa de sada para tomada

CS

A caixa de sada quando se utilizam outros dispositivos terminais representada como uma caixa de blocos

Caixa de passagem

CP

Caixa Principal de Coluna (Tipo N)

CMCP

Caixa de Bloco (Tipo N)

CMB n ou CB n

Tubagem

Smbolo geral

Tubagem vista na parede NOTA: O valor de a de 10mm no tecto

Tubagem embebida no cho

na parede

Utiliza-se o smbolo geral

no tecto

Tubagem oculta

Tubagem de seco circular

Dimetro em mm

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Tubagem rectangular

Dimenses em mm Espessura do trao: o dobro dos restantes Todos com o mesmo dimetro

Tubagem n tubos

Tubagem com m + n tubos

(m tubos com dimetro

1)

(n tubos com dimetro

2

)

Cabo

Smbolo geral

Cabo de N pares

Smbolo geral N - Capacidade do cabo

Cabo de m Ternos

Cabo Areo de N pares

Cabo apoiado em postes

Cabo vista (P) de N pares Cabo de N pares em tubo ou canal Cabo subterrneo em conduta Cabos (m+n) no mesmo tubo (m cabos de N pares) (n cabos de N pares) No tem smbolo especial

Repartidor Geral do Edifcio

RGE

N-capacidade em terminais do secundrio

Repartidor Geral do Edifcio com proteco

RGE P

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Dispositivo de Derivao

DDS DDE

N-Capacidade do bloco em terminais E-Se tiver dispositivo de ensaio

Dispositivo Terminal Especfico

DTE

N-Capacidade do bloco em terminais

Bloco Privativo de Assinante

BPA F P

Bloco privativo de Assinante com fusvel Bloco privativo de Assinante com descarregadores de sobretenso

Bloco Privativo de Assinante com proteco

T

Tomada de 6 Terminais

Tomada de Terra

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7 REGRAS DE INSTALAO

A rede de tubagens de edifcio (tubos e caixas) deve ser executada de modo a permitir sem dificuldade a passagem e substituio de cabos, pelo que devem ser observadas as seguintes regras:

Devem evitar-se sempre que possvel unies entre tubos; Para que o trajeto dos tubos seja facilmente identificado aps o reboco, o seu percurso deve ser retilneo ou na vertical, e sempre que possvel deve ser executado ao nvel da parte superior das portas ou janelas, ou ao nvel da altura das tomadas para a respectiva tubagem de interligao; As ligaes s caixas, curvas e demais unies devem ser executadas com acessrios apropriados para o efeito. Entre duas caixas no pode existir mais do que duas curvas. Em percursos rectilneos o comprimento mximo entre duas caixas no pode exceder os 12 metros. Por cada curva existente entre cada caixa deve ser subtrado 3 metros ao percurso mximo (12 m.). O nmero mximo de curvas na tubagem, entre caixas, de dois. Os tubos no devem ter curvas de raio inferior a oito vezes o seu dimetro, nem o ngulo do sector circular definido pela curva ser superior a 90. S se deve fazer o traado de interligao e a colocao das caixas de passagem, aps a localizao das caixas de bloco (blocos privativos de assinante e dispositivos de derivao). As caixas de passagem ou de bloco destinadas a alojar os blocos privativos de assinante ou dispositivos de derivao, devem ser colocadas a 2,20 m do pavimento;. As caixas de sada (para as tomadas telefnicas) devem ser colocadas a: 30 cm. do pavimento, para equipamento de mesa; 1,50 m. do pavimento, para equipamento de parede. As caixas de coluna devem ser colocadas com o seu topo superior a 2,5 m do pavimento, para ps-direitos superiores a 3 metros. Para ps-direitos inferiores a 3 metros devem ser colocadas de modo a que o topo superior esteja a 50 cm. do teto. Na coluna montante no pode haver mais do que 2 pisos consecutivos sem caixas de blocos. Devem ser evitados os cruzamentos com cabos de energia. Para evitar a degradao da qualidade das comunicaes, a tubagem tem de estar protegida da interferncia e contactos de canalizaes de gua, gs, aquecimento, electricidade, etc. S permitida a passagem de cabos de telecomunicaes em condutas no exclusivas a esta finalidade, se existir um compartimento devidamente isolado dos restantes em todo o percurso.23

8 - GLOSSRIO Bloco Privativo de Assinante (BPA)

Dispositivo de derivao e ensaio a instalar na rede individual de cabos (RIC) quando haja linhas de rede terminadas em tomadas.

Cabo de Derivao (CbD)

Cabo de rede colectiva de cabos, que interliga dois dispositivos de derivao.

Cabo de Entrada (CbE)

Cabo que prolonga a rede de distribuio pblica at rede de cabos do edifcio (este cabo ligado ao primrio ou entrada do repartidor geral do edifcio ou bloco privativo do assinante). Quando o ponto de distribuio (PD) estiver situado no interior do edifcio, o cabo de entrada parte integrante da rede de distribuio pblica. Quando o ponto de distribuio (PD) estiver situado no exterior do edifcio, o cabo de entrada parte integrante da rede intermdia.

Caixa (c)

a designao genrica para os elementos da canalizao destinados a possibilitar a passagem de cabos de telecomunicaes e a fixar e proteger os dispositivos de ligao e distribuio e, terminais.

Caixa de Bloco (Cbn)

Caixa destinada a alojar dispositivos de derivao.

Caixa de Bloco de Coluna Montante (CMBn)

Caixa de bloco fazendo parte da coluna montante.

Caixa de Entrada (CMCE)

Caixa localizada na extremidade interior da entrada de cabos e onde, em regra, so alojados os dispositivos de derivao ou juntas, para interligao da rede colectiva de cabos ao cabo de entrada.24

Caixa de Passagem (CP)

Caixa destinada a facilitar o enfiamento de cabos.

Caixa de Passagem de Coluna Montante (CMP)

Caixa de passagem fazendo parte da coluna montante.

Caixa Principal de Coluna (CMCP)

Caixa de coluna montante que permite a ligao desta, caixa de entrada ou entrada de cabos, quando aquela no exista.

Caixa de Sada (CS)

Caixa destinada a alojar um dispositivo terminal.

Cmara de Visita (CV)

Compartimento subterrneo, normalmente em beto, que serve de acesso aos tubos ou condutas e destina-se a facilitar a passagem dos cabos e a alojar as juntas de ligao dos mesmos.

Canal ou Chamin

um espao oco, que possibilita a passagem e instalao de cabos.

Coluna Montante (CM)

Conjunto de tubos e caixas interligados, a toda a altura do edifcio e fazendo parte integrante da rede colectiva de tubagens.

Derivao Coletiva

Conjunto de caixas e de tubos ou condutas, dispostos normalmente na horizontal, que ligam em cada piso a coluna montante, caso ela exista, ou s redes individuais ou ainda entrada de cabos.

Dispositivo de Derivao (DD)

Dispositivo acessrio que permite a individualizao dos condutores com vista a uma fcil ligao de cabos telefnicos.

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Dispositivo Terminal (DT)

Dispositivo que permite a ligao do equipamento terminal de assinante (estabelece normalmente a fronteira entre a rede individual de cabos e o equipamento terminal de assinante).

Entrada de Cabos (CME)

Tubo(s) ou conduta(s) que permite(m) a passagem do(s) cabo(s) de entrada.

Equipamento Acessrio

Conjunto de dispositivos ou aparelhos associados ao equipamento terminal de assinante com vista a obter condies especiais de utilizao

Equipamento Normal

Equipamento de utilizao ou de fornecimento corrente pelas empresas operadoras.

Equipamento Terminal de Assinante (ETA)

Equipamento localizado na extremidade dos circuitos destinado enviar ou receber directamente informaes ou comunicaes.

Instalao Coletiva de Assinante (ICA)

Conjunto das redes colectivas de tubagens e de cabos.

Instalao Individual de Assinante (IIA)

Conjunto das redes individuais de tubagens e cabos.

Instalao Privada (Ipriv)

Instalao de telecomunicaes para uso exclusivo de um assinante, sem ligao ao equipamento de comutao da central pblica.

Instalao Provisria (Ipr)

Instalao temporria de telecomunicaes a utilizar quando no se justifique ou no seja possvel a instalao definitiva.

Instalao da Rede de Assinante (IRA)

Instalao de telecomunicaes estabelecida no interior de uma propriedade privada,26

ligada ou a ligar rede de distribuio pblica e composta pelas instalaes colectiva e individual de assinante.

Instalao de Telecomunicaes (tambm designada por Instalao Telefnica) (IT)

Instalao elctrica destinada emisso, transmisso e recepo de smbolos, sinais, imagens, sons ou informaes de natureza semelhante.

Instalao Telefnica de Assinante (ITA)

Conjunto da instalao da rede de assinante e respectivos equipamentos terminais.

Linha de Rede (LR)

Circuito elctrico que estabelece a ligao directa de um equipamento terminal de telecomunicaes com o correspondente equipamento da central pblica.

Ponto de Distribuio (PD)

Ponto de separao entre a rede de distribuio pblica (RD) e a rede intermdia (RInt) ou a rede de cabos de edifcios, quando exista a rede intermdia.

Ponto Terminal (PT)

Extremo da instalao individual de assinante onde se prev a ligao de qualquer equipamento de telecomunicaes, utilizando um par fsico.

Posto Principal (PP)

Equipamento de telecomunicaes ligado por uma ou mais linhas de rede ao equipamento de comutao de uma central pblica. Consoante o tipo de equipamento, pode ser: telefnico, telex, comunicao de dados, etc..

Posto Suplementar (PS)

Equipamento de telecomunicaes que utiliza a mesma linha de rede uqe o posto principal.

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Rede de Cabos (RC)

Conjunto de cabos de telecomunicaes e dispositivos acessrios (de ligao e distribuio, e terminais) interligados.

Rede de Cabos do Edifcio (RCE)

Conjunto de redes colectiva e individual de cabos.

Rede Colectiva de Cabos (RCC)

Rede de cabos destinada a servir vrios assinantes. limitada a montante pelo cabo de entrada (a que liga o RGE ou BPA) exclusiv e a jusante pelo primeiro dispositivo de derivao para uso exclusivo de cada assinante, exclusiv.

Rede Colectiva de Tubagens (RCT)

Rede de tubagens destinada a servir vrios assinantes. limitada a montante, pela entrada de cabos, inclusiv e a jusante pela primeira caixa (de blocos) para uso exclusivo de cada assinante, exclusiv.

Rede de Distribuio Pblica (RD)

Conjunto de cabos servindo vrios assinantes que estabelece a ligao entre o equipamento de assinante da central pblica ou equivalente e o ponto de distribuio (normalmente o repartidor geral de edifcio ou o bloco privativo de assinante).

Rede Individual de Cabos (RIC)

Rede de cabos destinada a servir um s assinante. limitada a montante pelo primeiro dispositivo de derivao de uso exclusivo do assinante e a jusante pelo dispositivo ou dispositivos terminais (DT).

Rede Individual de Tubagens (RIT)

Rede de tubagens destinada a servir um s assinante. limitada a montante pela primeira caixa de bloco de uso exclusivo do assinante e jusante pela(s) caixa(s) de sada.

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Rede Intermdia (Rint)

Conjunto de cabos que liga a rede de cabos do edifcio ao ponto de distribuio, quando este exterior.

Rede de Tubagens ou Apenas Tubagem (RT)

Conjunto de tubos ou condutas e caixas, destinados passagem de cabos, ao alojamento dos dispositivos de derivao, e/ou, ao alojamento de juntas.

Rede de Tubagens do Edifcio (RTE)

Conjunto das redes colectiva e individual de tubagens, dum mesmo edifcio.

Repartidor Geral do Edifcio (RTE)

Dispositivo que permite a interligao de pares, entre o cabo de entrada e a rede de cabos de edifcio (estabelece a fronteira entre a rede de distribuio pblica e a rede de cabos de edifcio)

Tomada Telefnica (T)

Dispositivo terminal que permite a ligao do telefone simples instalao individual de assinante.

Telefone Simples (TS)

Todo o equipamento desprovido de dispositivos de comutao, passvel de ligao rede telefnica nacional e com possibilidades de realizar, exclusivamente as seguintes funes:

estabelecimento, manuteno e interrupo do lacete de linha; emisso de sinalizao especfica, nomeadamente de marcao se equipado com orgos apropriados;

recepo da corrente de chamar e sua converso em sinalizao audvel atravs de transdutor acstico;

por meio de transdutores apropriados (tipo microfone ou auscultador), converso da voz em sinais eltricos analgicos (e vice-versa) sendo o tratamento destes sinais efetuado na banda de base.29

9 - CONCLUSO

visto que, para o desenvolvimento de um projeto de uma instalao telefnica adequada, deve-se estar verificando o tipo de cabeamento que atenda sua necessidade.

Como demonstrado por este trabalho, h uma variedade de cabos para as mais diversas aplicaes no setor de telefonia, sendo necessrio uma pesquisa para analisar o que h de novo no mercado bem como as melhorias que podem ter sido atribudas s tecnologias j existentes.

As caractersticas tcnicas com maior detalhamento podem ser adquiradas atravs de catalogos fornecidos pelo fabricante, o que tornar o trabalho do engenheiro responsvel pelo projeto mais satisfatrios.

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10 - REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

[1] PEDRO MEDOE, Curso Bsico de Telefonia 1 Edio, Maio-2000, Editora Saber Ltda. [2] Manual Unificado Centrais INTELBRAS

[3] Manual Unificado Telefone INTELBRAS [4] Manual Unificado Acessrio INTELBRAS

[5] Manual Tcnico Rede de telecomunicaes em Edificaes Sinduscon-MG

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