4
O anjo anuncia a Maria a vinda do Salvador. Naquele instante de obediência, comprometimento e serviço, pode-se pensar que era um prenúncio do nascimento da igreja missionária. O sim da mãe do Senhor se concretiza no Dia de Pentecostes quando abrem-se as portas do cenáculo e, sem medo, com alegria os apóstolos saem para anunciar que Jesus Cristo é o Senhor ontem hoje e sempre. Com a igreja nascente visualiza-se também a Igreja missionária. Aquela que se compromete e que vai sabedora dos desafios, dos obstáculos, mas vai. Para ser uma igreja Missionária é necessária a saída da zona de conforto. Libertar-se da tentação do fechamento (PAE), libertando Jesus Cristo para que seja levado às pe- riferias, aos lugares onde até nossa razão não aceite as condições humanas de vida de nossos irmãos. A Igreja missionária tem as portas abertas não só para acolher, mas para, principalmente, sair por ela e como disse papa Francisco a igreja deve ter um “rosto missionário.” A Igreja missionária as comunidades. O papa Francisco nos alerta sobre o perigo do mundo atual que nos deixa encolhidos em nossos próprios interesses, numa dinâmica individualista que nos impede de ouvir a voz de Deus no irmão empobrecido da palavra que salva e que liberta. É necessário que a igreja se apresse e sinta a alegria do advento de Je- sus. A alegria dos profetas que anunciavam o Messias. A Igreja missionária é aquela que está voltada para as pessoas, para o mundo “Ide pelo mundo e evangelizai.” (Mc 16,15). Atingir as periferias não só geográficas, mas existenciais levando conforto aonde estão presentes a dor, a injustiça, o pecado, a miséria e a tristeza pela desesperança. Mas que seja uma evangelização profética, samaritana e com a verdadeira alegria de uma igreja em saída conforme o documento do papa Francisco “Evangelii Gaudium” e orienta- ção do PAE - Plano de Evangelização Ar- quidiocesano da Arquidiocese de Mariana. Dinair Augusta PALAVRA FRATERNA N este mês missionário, aproveito para expressar a minha alegria e gratidão a Deus pela nova missão que a Igreja minha confiou e pela acolhida afetuosa do povo de Barbacena ao assumir a missão de Pároco desta Paróquia de Nossa Senhora da Piedade. A missão da Igreja, como nos recorda as Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil é “EVANGELIZAR, a partir de Jesus Cristo e na força do Espírito Santo, como Igreja discípula, missionária e protica, e misericordiosa, alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para que todos tenham vida, rumo ao Reino definitivo”. Portanto, cada um de nós participa desta missão da Igreja, assu- mindo funções diferentes de acordo com a vocação que recebeu. Gostaria de registrar aqui, resumida- mente, as três palavras que deixei como mensagem aos nossos paroquianos no dia que assumi esta nova missão: oração, fidelidade e alegria. A oração é que nos garante a expe- riência do discipulado em vista de um fecundo apostolado, senão nos tornamos profissionais da pastoral e do sagrado. Por isso, peço-lhes as orações por mim, para que Deus me conceda os dons necessários para viver com fidelidade e sabedoria esta missão que me foi confiada. Estejamos unidos na oração uns pelos outros, pois a perseverança na oração alimenta a nossa esperança e nos torna pacientes nas tribu- lações (cf. Rm 12, 12). A fidelidade. Peçamos a Deus a graça da fidelidade à missão da Igreja, na busca da conversão diária. Convido nossos agentes de pastoral e movimentos que vivam com fidelidade sua missão, com profundo senti- mento de pertença à Igreja e por amor a Jesus Cristo. A certeza da fidelidade do amor de Deus por nós é que sustenta o nosso sim e a nossa missão, pois “quem vos chamou é fiel, e é Ele quem vai agir” (1Ts 5,24). Por fim, a alegria. O Papa Francisco tem nos convidado a testemunhar a verdadeira alegria do Evangelho, que se fundamenta no mistério Pascal de Jesus. Somos chamados a servir ao Senhor, tendo sempre Maria, Nos- sa Senhora da Piedade, como a inspiração para servir com alegria, mesmo diante dos desafios e sofrimentos. Somos convocados e enviados a levar a alegria do Evangelho aos corações tristes e abatidos, especialmente aos que perderam o sentido da vida. Por fim, que Deus nos ajude a viver- mos a missão evangelizadora da Igreja, perseverando na oração, na fidelidade a Jesus Cristo e no testemunho da alegria de fazer o bem e de estar a serviço da vida e da esperança de nossos irmãos e irmãs. Por intercessão de Nossa Senhora da Piedade, que Deus nos abençoe e nos guarde fiéis à missão que nos foi confiada. Amém. Padre Danival Milagres Coelho Pároco PARÓQUIA E SANTUÁRIO NOSSA SENHORA DA PIEDADE Ano 12 - nº 150 Outubro de 2017 Barbacena - MG JORNAL SOMOS OU NÃO UMA IGREJA MISSIONÁRIA? não requer só enviar mas fazer discípulos para fazer discípulos. Não pode ser uma ação mecânica de ir pregar e voltar; muito pelo contrário a igreja missionária deve ser presente, estar em busca constante de batizados ou não daqueles que apesar de afastados têm fome e sede de Deus. É preciso ir depressa como foi Nossa senhora ajudar Isabel. Houve nesta visita carinho, alegria e evangelização. Muito serviço também. Não importa se era longe, o quê ia encontrar, as dificuldades do caminho, os desafios. O importante é a decisão de sair e ir ao encontro de todos e de todas Sou um ser pequenino; ainda não sei expressar com clareza o que penso, sinto ou desejo; às vezes me desequilibro, me atrapalho com algumas tarefas ou ativida- des, não tenho pleno controle de minhas necessidades fisiológicas nem de minhas reações. Estou em formação, mas já sou completinho! Já nasci completinho! Como você que já está adulto, fui criado à imagem e semelhança de Deus. Sou um ser único, amado, escolhido e desejado pelo Papai do Céu. Ele tem um plano para mim, da mesma forma que tem para você. Acho que no projeto d’Ele, você faz parte da turminha que deve me ajudar a crescer saudável em todos os aspectos para que eu possa executar aquilo que Ele planejou para mim. Um dia, eu também serei responsável por ajudar outros pequeninos a realizarem o plano de Deus. Todos os dias aprendo coisas novas. Tudo que falam ou que fazem perto de mim, ouço com atenção, e registro em minha cabeça e em meu coração. Às vezes posso até parecer distraído, mas não, estou ligadinho! Estou guardando tudo! Então, cuidado com os exem- plos que me passa. Posso vir a fazer igual! Já domino alguns conhecimentos e sei fazer algumas coisas sozinho. Então, não faça por mim o que posso fazer sozinho. Isso me ajuda a conquistar autonomia. No co- meço poderão acontecer alguns incidentes, pode ser que eu faça uma sujeirinha, ou que demore um pouco para terminar a tarefa, mas tenha paciência, estou aprendendo. Logo estarei apto e bem mais ágil. Sou criança, mas já sou muito esperto! Sei testar a paciência dos adultos e usar artimanhas aplicando-as na hora certinha! Sei que se eu chorar, se fizer uma carinha dengosa ou triste, se me negar a comer, se atirar coisas, se gritar e às vezes até me jogar no chão, tenho possibilidade de con- seguir o que desejo. Então, preste atenção nisso! Mostre-me que nem tudo eu posso fazer; ensine-me que é preciso respeitar os horários, os ambientes e as pessoas e dê-me limites! Preciso deles para me sentir seguro! A cada dia me expresso melhor. Aprendo novas palavras ouvindo vocês adultos con- versarem. Às vezes não consigo pronunciar a palavra corretamente, e muitas vezes você carinhosamente repete do jeito que eu falei. Por favor, não infantilize a fala para conversar comigo! Pronuncie as palavras clara e correta- mente quando conversarmos, isso me ajuda a corrigir meus erros e ampliar meu vocabulário. Como já disse, estou em formação. Meu corpo está crescendo, meu cabedal de conhecimento está sendo construído a cada dia. Vou à escola, tenho aulas de natação, de inglês, de balé, de futebol, de pintura... ufa! Faço um milhão de atividades! Mas, não se esqueça, sou um ser integral! Tenho um corpo para cuidar para que cresça forte e saudável, preciso aprender conteúdos acadê- micos, mas também é necessário alimentar meu espírito! Reze comigo e ensina-me a amar e falar com Deus. Ah, mais uma coisinha! Não se esqueça! Preciso brincar, de preferência com outras crianças. Deixe um tempinho na minha agenda para eu ser criança. Minha infância não voltará nunca! Tenho muitas atividades e convivência com muitas pessoas, em muitos ambientes diferentes. Às vezes estou em casa com meus pais, às vezes com os avós, com a babá, na escola com a professora, na igreja com a catequista. Então, tenho uma diversidade enorme de pessoas cuidando de mim e me orientando. Por favor, sejam coerentes! O que é sim, que seja sim em todo lugar, mas, o que for não, que seja não independente da hora, do lugar, ou de quem esteja responsável por mim naquele momento. Isso me ajuda a formar a noção de discernimento. Só assim saberei me comportar de forma conveniente em todos os ambientes. Sou criança! Estou em construção! Sou o tesouro dos lares, das famílias, das escolas. Sou um diamante lapidado dia após dia, por todos que cuidam de mim. Essa tarefa é um presente de Deus para vocês, adultos. Executem-na com carinho, com paciência, com firmeza e com muito amor! E eu me comprometo a aprender direitinho para fazer a mesma coisa pelos pequeninos do futuro. Rosa Cimino CRIANÇA, QUEM É VOCÊ?

somos ou não uma igreja missionária? · pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para que todos tenham vida, rumo ... e é

Embed Size (px)

Citation preview

1JORNAL VOz dA PAdROeiRA • OUTUBRO / 2017

O anjo anuncia a Maria a vinda do Salvador. Naquele instante de obediência, comprometimento e serviço, pode-se pensar que era um prenúncio do nascimento da igreja missionária. O sim da mãe do Senhor se concretiza no Dia de Pentecostes quando abrem-se as portas do cenáculo e, sem medo, com alegria os apóstolos saem para anunciar que Jesus Cristo é o Senhor ontem hoje e sempre.

Com a igreja nascente visualiza-se também a Igreja missionária. Aquela que se compromete e que vai sabedora dos desafios, dos obstáculos, mas vai. Para ser uma igreja Missionária é necessária a saída da zona de conforto. Libertar-se da tentação do fechamento (PAE), libertando Jesus Cristo para que seja levado às pe-riferias, aos lugares onde até nossa razão não aceite as condições humanas de vida de nossos irmãos. A Igreja missionária tem as portas abertas não só para acolher, mas para, principalmente, sair por ela e como disse papa Francisco a igreja deve ter um “rosto missionário.” A Igreja missionária

as comunidades. O papa Francisco nos alerta sobre o perigo do mundo atual que nos deixa encolhidos em nossos próprios interesses, numa dinâmica individualista que nos impede de ouvir a voz de Deus no irmão empobrecido da palavra que salva e que liberta. É necessário que a igreja se apresse e sinta a alegria do advento de Je-sus. A alegria dos profetas que anunciavam

o Messias. A Igreja missionária é aquela que está voltada para as pessoas, para o mundo “Ide pelo mundo e evangelizai.” (Mc 16,15). Atingir as periferias não só geográficas, mas existenciais levando conforto aonde estão presentes a dor, a injustiça, o pecado, a miséria e a tristeza pela desesperança. Mas que seja uma evangelização profética, samaritana e com a verdadeira alegria de uma igreja em saída conforme o documento do papa

Francisco “Evangelii Gaudium” e orienta-ção do PAE - Plano de Evangelização Ar-quidiocesano da Arquidiocese de Mariana.

Dinair Augusta

palavra fraterna

Neste mês missionário, aproveito para expressar a minha alegria e gratidão a Deus pela nova missão

que a Igreja minha confiou e pela acolhida afetuosa do povo de Barbacena ao assumir a missão de Pároco desta Paróquia de Nossa Senhora da Piedade.

A missão da Igreja, como nos recorda as Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil é “EVANGELIZAR, a partir de Jesus Cristo e na força do Espírito Santo, como Igreja discípula, missionária e profética, e misericordiosa, alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para que todos tenham vida, rumo ao Reino definitivo”. Portanto, cada um de nós participa desta missão da Igreja, assu-mindo funções diferentes de acordo com a vocação que recebeu.

Gostaria de registrar aqui, resumida-mente, as três palavras que deixei como mensagem aos nossos paroquianos no dia que assumi esta nova missão: oração, fidelidade e alegria.

A oração é que nos garante a expe-riência do discipulado em vista de um fecundo apostolado, senão nos tornamos profissionais da pastoral e do sagrado. Por isso, peço-lhes as orações por mim, para que Deus me conceda os dons necessários para viver com fidelidade e sabedoria esta missão que me foi confiada. Estejamos unidos na oração uns pelos outros, pois a perseverança na oração alimenta a nossa esperança e nos torna pacientes nas tribu-lações (cf. Rm 12, 12).

A fidelidade. Peçamos a Deus a graça da fidelidade à missão da Igreja, na busca da conversão diária. Convido nossos agentes de pastoral e movimentos que vivam com fidelidade sua missão, com profundo senti-mento de pertença à Igreja e por amor a Jesus Cristo. A certeza da fidelidade do amor de Deus por nós é que sustenta o nosso sim e a nossa missão, pois “quem vos chamou é fiel, e é Ele quem vai agir” (1Ts 5,24).

Por fim, a alegria. O Papa Francisco tem nos convidado a testemunhar a verdadeira alegria do Evangelho, que se fundamenta no mistério Pascal de Jesus. Somos chamados a servir ao Senhor, tendo sempre Maria, Nos-sa Senhora da Piedade, como a inspiração para servir com alegria, mesmo diante dos desafios e sofrimentos. Somos convocados e enviados a levar a alegria do Evangelho aos corações tristes e abatidos, especialmente aos que perderam o sentido da vida.

Por fim, que Deus nos ajude a viver-mos a missão evangelizadora da Igreja, perseverando na oração, na fidelidade a Jesus Cristo e no testemunho da alegria de fazer o bem e de estar a serviço da vida e da esperança de nossos irmãos e irmãs. Por intercessão de Nossa Senhora da Piedade, que Deus nos abençoe e nos guarde fiéis à missão que nos foi confiada. Amém.

Padre Danival Milagres CoelhoPároco

Paróquia e santuário

nossa senhora

da Piedade

Ano 12 - nº 150 Outubro de 2017barbacena - mg

Jor

nal

somos ou não uma igreja missionária?não requer só enviar mas fazer discípulos para fazer discípulos. Não pode ser uma ação mecânica de ir pregar e voltar; muito pelo contrário a igreja missionária deve ser presente, estar em busca constante de batizados ou não daqueles que apesar de afastados têm fome e sede de Deus. É preciso ir depressa como foi Nossa senhora ajudar Isabel. Houve nesta visita carinho,

alegria e evangelização. Muito serviço também. Não importa se era longe, o quê ia encontrar, as dificuldades do caminho, os desafios. O importante é a decisão de sair e ir ao encontro de todos e de todas

Sou um ser pequenino; ainda não sei expressar com clareza o que penso, sinto ou desejo; às vezes me desequilibro, me atrapalho com algumas tarefas ou ativida-des, não tenho pleno controle de minhas necessidades fisiológicas nem de minhas reações. Estou em formação, mas já sou completinho! Já nasci completinho!

Como você que já está adulto, fui criado à imagem e semelhança de Deus. Sou um ser único, amado, escolhido e desejado pelo Papai do Céu. Ele tem um plano para mim, da mesma forma que tem para você. Acho que no projeto d’Ele, você faz parte da turminha que deve me ajudar a crescer saudável em todos os aspectos para que eu possa executar aquilo que Ele planejou para mim. Um dia, eu também serei responsável por ajudar outros pequeninos a realizarem o plano de Deus.

Todos os dias aprendo coisas novas. Tudo que falam ou que fazem perto de mim, ouço com atenção, e registro em minha cabeça e em meu coração. Às vezes posso até parecer distraído, mas não, estou ligadinho! Estou guardando tudo! Então, cuidado com os exem-plos que me passa. Posso vir a fazer igual!

Já domino alguns conhecimentos e sei fazer algumas coisas sozinho. Então, não faça por mim o que posso fazer sozinho. Isso me ajuda a conquistar autonomia. No co-meço poderão acontecer alguns incidentes, pode ser que eu faça uma sujeirinha, ou que demore um pouco para terminar a tarefa, mas tenha paciência, estou aprendendo. Logo estarei apto e bem mais ágil.

Sou criança, mas já sou muito esperto! Sei testar a paciência dos adultos e usar artimanhas aplicando-as na hora certinha!

Sei que se eu chorar, se fizer uma carinha dengosa ou triste, se me negar a comer, se atirar coisas, se gritar e às vezes até me jogar no chão, tenho possibilidade de con-seguir o que desejo. Então, preste atenção nisso! Mostre-me que nem tudo eu posso fazer; ensine-me que é preciso respeitar os horários, os ambientes e as pessoas e dê-me limites! Preciso deles para me sentir seguro!

A cada dia me expresso melhor. Aprendo novas palavras ouvindo vocês adultos con-

versarem. Às vezes não consigo pronunciar a palavra corretamente, e muitas vezes você carinhosamente repete do jeito que eu falei. Por favor, não infantilize a fala para conversar comigo! Pronuncie as palavras clara e correta-mente quando conversarmos, isso me ajuda a corrigir meus erros e ampliar meu vocabulário.

Como já disse, estou em formação. Meu corpo está crescendo, meu cabedal de conhecimento está sendo construído a cada dia. Vou à escola, tenho aulas de natação, de

inglês, de balé, de futebol, de pintura... ufa! Faço um milhão de atividades! Mas, não se esqueça, sou um ser integral! Tenho um corpo para cuidar para que cresça forte e saudável, preciso aprender conteúdos acadê-micos, mas também é necessário alimentar meu espírito! Reze comigo e ensina-me a amar e falar com Deus. Ah, mais uma coisinha! Não se esqueça! Preciso brincar, de preferência com outras crianças. Deixe um tempinho na minha agenda para eu ser criança. Minha infância não voltará nunca!

Tenho muitas atividades e convivência com muitas pessoas, em muitos ambientes diferentes. Às vezes estou em casa com meus pais, às vezes com os avós, com a babá, na escola com a professora, na igreja com a catequista. Então, tenho uma diversidade enorme de pessoas cuidando de mim e me orientando. Por favor, sejam coerentes! O que é sim, que seja sim em todo lugar, mas, o que for não, que seja não independente da hora, do lugar, ou de quem esteja responsável por mim naquele momento. Isso me ajuda a formar a noção de discernimento. Só assim saberei me comportar de forma conveniente em todos os ambientes.

Sou criança! Estou em construção! Sou o tesouro dos lares, das famílias, das escolas. Sou um diamante lapidado dia após dia, por todos que cuidam de mim. Essa tarefa é um presente de Deus para vocês, adultos. Executem-na com carinho, com paciência, com firmeza e com muito amor! E eu me comprometo a aprender direitinho para fazer a mesma coisa pelos pequeninos do futuro.

Rosa Cimino

criança, quem é você?

JORNAL VOz dA PAdROeiRA • OUTUBRO / 20172

Naquele período você era tão minúsculo, apenas uma pequenina célula louco por viver. Eis que o relógio do tempo começou a regis-trar as fagulhas de sua existência. Que alegria quando abriu os olhos e teve o universo pela frente para se realizar no abraço, no aconchego, no beijo, no sorriso. Além disso, manifestar depois tanta gratidão ao Senhor do Universo que o consti-tuiu perfeito. Você venceu e seguirá a grande jornada da VIDA. Ao romper as diversas fases poderão triunfar as virtudes de solidarieda-de, de sabedoria, de simplicidade, heroicamente sobrepondo forças desajustadoras e inquietantes. Se-ria bom agora cuidar da emoção, da alegria de viver, do serviço aos semelhantes, das conquistas nobres, gloriosas, sábias e do amor que jus-tifica e plenifica a vida. A paz conse-qüente e inspiradora nos aproxima

Catecismo da Igreja Católica nos ensina: “toda a vida litúrgica gravita em torno do sacrifício Eucarístico e dos Sacramentos” (1113). Quando falamos em Sacramento o que vem primeiramente são os sete sacra-mentos instituídos por Jesus, res-pectivamente: Batismo, Eucaristia, Confirmação, Penitência, Ordem, Matrimônio e Unção dos Enfermos.

O Catecismo afirma que os “sa-cramentos são sinais sensí-veis (palavras e ações), aces-síveis à nossa humanidade atual. Realizam eficazmente a graça que significa em virtude da ação de Cristo e pelo poder do Espírito Santo (1084); são eficazes, pois neles age o próprio Cristo. Os sacramentos foram insti-tuídos por Jesus e confiados à Igreja.

Sendo o sacramento um sinal real da ação e presença Divina em nosso meio, Jesus Cristo é o sacramento primordial de salvação do Pai. Ele é a fonte de todos os sacramentos, pois Deus sacramen-tou o seu amor criador e salvador por nós: “Ele é a imagem do Deus

invisível, o Primogênito de toda a criação. Nele foram criadas todas as coisas... Ele é a Cabeça do corpo, que é a Igreja... Ele é o Princípio... n’Ele habita toda a plenitude” (Cl 1,15-19).

Deus, em sua infinita bondade e amor para com seus filhos, veio ao mundo por meio de Jesus “e por nós, homens, e para a nossa salva-ção, desceu dos céus e se encarnou

pelo Espírito Santo, no seio da Vir-gem Maria, e se fez homem” (CIC 456). Essa atitude do Deus Trindade releva seu amor generoso a nós, seus filhos, doando-se e fazendo-se um de nós. “E o verbo divino se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14).

Ao assumir sua natureza huma-

ajudando a vida

E SPECIAL

B Em VIVEr F OrmAÇÃO

jesus cristo: sacramento do pai

o grito pela vida

na, Cristo, viveu com liberdade sua humanidade, realizando a vontade do Pai e conservando sua divindade. Por meio de Jesus o homem pôde ir ao encontro do Pai: “quem me vê, vê o Pai; eu estou no Pai e o Pai está em mim” (Jo 14,9) e na sua condição divina revela o projeto do Pai “Ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”

A vida de Jesus foi toda sacramental; o conjunto de sua missão, gestos, atitudes, sua morte e ressurreição é chamado de “Sacramento” por excelência. Ele é presen-ça real e eficaz de Deus em nosso meio.

Que possamos sempre reconhecer e vivenciar a cada dia Jesus Cristo como verdadeiro Sacramento do

Pai, pois é Ele, através das suas palavras, gestos e atitudes, que nos mostrará e conduzirá a Deus-Pai, que é misericórdia, pois Ele mesmo disse: “se me conhecêsseis, conhe-cereis também o Pai” (Jo 14,9).

Irmã Lucenir Fernandes de Araújo

E nesse mês de outubro come-moramos o dia do médico, uma data realmente importante para elevarmos a Deus as nossas preces pedindo pro-teção para esses “anjos” guardiões especiais das nossas vidas.

Santa e sublime missão. Cuidar de vidas é muito mais que prescrever um remédio, que pedir um exame e deixar uma assinatura num receitu-ário...

É preciso ir além de uma patolo-gia sabendo que atrás de uma enfer-midade, encontra – se uma pessoa fragilizada que carece mais do que uma “ausculta”, carece também de ser escutada...

Muitas das vezes a paciência é a última das denominações que poderia se atribuir ao “paciente”. A doença por si só já desestrutura o ser humano, já lhe rouba a capacidade de ter calma num momento de dor e afli-ção. E é nessa hora que o médico vai além da formalidade para enxergar o “outro” na sua totalidade. É nessa hora que se descobre o profissional “vocacionado”... O diploma confere o direito ao exercício da profissão, contudo, só a sensibilidade pode ir além dos limites de um diploma...

Assim como São Lucas, o médi-co também precisa saber cuidar de almas...

Muitos dirão que médico é “frio”... Não! Frio é aquele que esqueceu que debaixo de um jaleco branco, também bate um coração!

Parabéns, queridos profissionais da saúde!

Que o Espírito Santo os ilumine agora e sempre!

Áurea Flisch

AdvocAciA PrevidenciáriAdr. Francisco José Pupo nogueiraPensão, revisão de Benefícios e aposentarias

recuros inss -iPseMG - Justiça Federalescritório: rua XV de novembro, 169 - sala 10

Centro - CeP 36200-074 - Barbacena - MGemail: [email protected]

tels.: (32) 3333-0245 - Cel..: (32) 99983-3813

do Criador. ELE nos convida a amar a si mesmo e aos irmãos. A reconhe-cer que somos semelhantes, frágeis, carentes de afeto, apoio e cuidados. Nesse mundo estressante por seus apelos e diversidades, importa ter qualidade de vida. Ter ainda boa educação de ordem física, moral e religiosa. Uma família bem consti-tuída é base primordial, traz segu-rança na busca de objetivos. A vida é belíssima, não é simples, porém dentro de nós existe uma força incrí-vel natural e adquirida pela oração, pela fé e amor ao Deus criador. Os verdadeiros valores se reconhece, se vivencia com coragem fugindo de facilidades enganadoras. Sonhe, lute, atinja suas metas, alicerce bem suas prioridades. Não tenha medo dos percalços, eles nos fortalecem. Brilhe mais à frente de espírito inspirado em Deus, na fé. A vida é maravilhosa, desfrute-a com prazer.

Para conquistar o pódio da vitória aprecie o belo da natureza, trate-a com carinho e respeito às leis. Se houver harmonia, cada um exer-cendo sua função com presteza e consciência, aí está o exercício per-feito de cidadania. Colaborar com a coletividade é o ideal desta vida. A sobrevivência exige pouco para estarmos bem e saudáveis. Excesso de ambição e egoísmo resulta em infelicidade. Alimente bem o seu corpo e seu espírito, busque conhe-cimentos que vão agregar valores para buscar a santidade. Cultive seus dons colocando-os a serviço do outro. Seja justo e honesto, comba-ta o mal. O mundo se rejubila por cada ser, por suas criaturas todas de origem divina. Obrigada por você existir, você é importante para nós e para Deus.

Heloisa Márcia Horta Barbosa

3JORNAL VOZ DA PADROEIRA • OUTUBRO / 2017

A Igreja de Nossa Senhora do Rosário está celebrando com muita entusiasmo o “Mês do Ro-sário” que, ofi cialmente instituído pela Igreja, tem início no dia 1 de outubro e término no dia 2 de novembro; são trinta e três dias representando os anos que Cristo viveu na Terra. O Rosário é a devoção mariana mais difundida na Igreja. Com o passar do tem-po, foi-se fi xando a fórmula hoje utilizada; 10 Ave-Marias interca-ladas por um Pai Nosso, durante os quais são meditados os misté-rios, acontecimentos marcantes da vida de Jesus e de Maria. Durante muitos anos o Rosário foi dividido em 03 conjuntos de mistérios; go-zosos, dolorosos e gloriosos. São João Paulo II providencialmente acrescentou ao Rosário os Mis-térios Luminosos, completando o conjunto com passagens essen-ciais da vida e da mensagem de Jesus. Em sua alocução de 06 de maio de 1980 o Santo Padre afi r-mou que “ o Rosário, lentamente meditado e recitado, em família, em comunidade ou pessoalmente, nos fará penetrar pouco a pouco nos sentimentos de Jesus Cristo e de sua Mãe, Maria, evocando todos os acontecimentos que são a chave da nossa salvação”. A Oração do Terço, um parte do Rosário, é uma oração tão singela e tão fervorosa. Desde os mais entendidos aos mais simples uti-lizam o terço em suas orações. Contudo, é necessário rezar bem o Terço, sem correria, sem atropelo; pensar naquilo que está sendo dito, meditar realmente os mistérios no nosso coração e colher em nosso íntimo os frutos destes mistérios.

As Celebrações do Mês do Ro-sário em Barbacena remontam ao ano de 1.770, quando iniciou-se a Construção da Igreja do Rosário

COmuNIdAdE VIVA A ÇÃO EVANgELIZAdOrA

Fundador: Pe. José Alvim BarrosoResponsável: Pe. Danival Milagres CoelhoRedação: Pe. Isauro Sant´Ana Biazutti, Rosa Cimino, Irmã Lucenir Fernandes, Kleber Camargo, Heloisa Barbosa, Fátima Tostes, Dinair Augusta, Áurea Flisch, Elimar Johann.

R. Vigário Brito, 26 - Centro CEP 36200-004 (32) 3331-6530/0270 [email protected]

Diagramação e impressãoEditora Dom Viçoso 31 3557-1233Tiragem: 1.600 exemplares

Pastoral do Dízimo

Jorn

al

MineiraCantina

pelos escravos, o fi nal do mês de outubro coincidia com a “Festa da Coieta”(colheita), com danças e outras manifestações típicas quando por alguns dias os escra-vos podiam ter algum descanso para venerar sua Padroeira. Nesta ocasião eram coroados o Rei e a Rainha do Rosário, participavam da majestosa procissão pelas ruas do Arraial. Até hoje a tradição do Congado é mantida na Igreja do Rosário. De grande beleza artística e religiosa é o solene Novenário que precede a Festa, marcado pela execução de músi-cas bicentenárias, que a Irmanda-de do Rosário mantém com muito esmero e carinho. A Novena neste ano inicia-se no dia 20 de outubro e o grande dia festivo será no dia 29 de outubro , com destaque para a Solene Procissão da que sairá às 18h do Santuário da Piedade em direção à Igreja do Rosário.

A Comunidade espera a partici-pação de todos os devotos nas festivi-dades, realçando o caráter histórico e cultural dos eventos, e aprofundando a piedade e ao amor a Jesus Sacra-mentado e a Virgem do Rosário.

Kléber Camargo

Festa são geraldo A Comunidade de São Geraldo celebra em outubro o seu padroeiro São Geraldo. A novena preparatória terá início no dia 13 de outubro com as celebrações nos horários de costume da Capela, às 7h e 19h. Dia 16 de ou-tubro é o dia consagrado a São Geraldo. No dia 22, domingo, acontecerá a festa externa, com Missa festiva às 9h e solene procissão de São Geraldo e Nossa Senhora Aparecida às 17h30, percorrendo algumas ruas do bairro. A comunidade com muita alegria convida os fi éis, de modo especial os devotos de São Geraldo, para a participação nas festividades, momento marcante de louvor a Deus e ao glorioso padroeiro São Geraldo.

primeira comunHão eucarÍsticaA comunidade de Santa Ifi gênia celebrou no dia 23 de setembro, a Primeira Comunhão Eucarística, de 15 catequizandos. Depois de uma caminhada onde puderam encontrar e conhecer Jesus Cristo puderam participar do mesa da comunhão. Tempo agora de Caminhar Com Jesus.

Festa de nossa senHora aparecidaA comunidade de Nossa Senhora Aparecida celebra sua padroeira. Iniciou no dia 04 a festa em comemoração aos 300 anos de sua aparição.

Festa do rosário

R. Comendador João Fernandes, 51 • Centro tel.: (32) 3333-7944 / (32) 3331-7656

JORNAL VOz dA PAdROeiRA • OUTUBRO / 20174

L IturgIA E VIdA I grEJA-mÃE

“Venho consciente do grande desafio que é dar continuidade aos trabalhos que meus antecessores realizaram até agora. Tenho cons-ciência da bonita caminhada e or-ganização pastoral desta paróquia”, disse padre Danival Milagres Coe-lho, que tomou posse como pároco no Santuário de Nossa Senhora da Piedade, em Barbacena, Região Pastoral Mariana Sul, em 18 de setembro. O presbítero será o 32º sacerdote a administrar a paróquia.

A missa foi presidida pelo vigário geral da arquidiocese, monsenhor Celso Murilo Souza Reis, e concelebrada por vários padres da arquidiocese. Centenas de fiéis e paroquianos participaram da celebração e acolhida de padre Danival.

“Em nome de toda a comunida-de e de todos os presentes, quero desejar boas vindas e dizer que estamos juntos nesta cidade para trabalharmos em prol do reino, da Igreja e do evangelho. Que você seja muito feliz nessa comunida-de paroquial e conte com o nosso apoio”, disse o vigário episcopal da Região Sul, cônego Tarcísio Sebastião Moreira.

Na homilia, monsenhor Celso fez votos de que o ministério de padre Danival possa ajudar a toda a comunidade. “Que você possa ajudar as lideranças leigas, todas as pessoas que formam as comunidades desta paróquia a seguirem os passos de Jesus, buscando criar essa Igreja acolhedora, sensível as diferenças.

A liturgia é uma forma de ora-ção eclesial, comunitária. Desde os primeiros séculos da Igreja, as comunidades cristãs praticaram a oração comunitária, seguindo o exemplo de Jesus Cristo. Jesus fez da oração a alma de seu ministério e nos mandou “orar sempre, sem jamais esmorecer”(Cf. Lc 18,1).

A oração é a expressão mais preciosa de culto prestado a Deus pelo ser humano. É a nossa comu-nicação com o divino. Jesus rezava com frequência e nos ensinou a rezar, seja com os salmos, seja com o Pai Nosso.

A oração de JesusPara o cristão, Jesus é o exemplo

maior de oração. Ele em sua vida, foi a oração personificada. Alguém sempre intimamente unido ao Pai. Em diversas ocasiões o encontramos em lugares solitários, às vezes nas montanhas, a orar ao Pai. Em Jesus, a humanidade dialoga com Deus; entra em comunhão com o Pai.

A oração da IgrejaA oração de Cristo se prolonga e

se faz presente na oração da Igreja. Nos momentos importantes de sua vida, ela se põe em oração, Por que não fazê-lo na atual difícil conjun-tura nacional?

A oração diáriaPara vivermos o mistério pascal

de Cristo pela oração diária, é im-portante descobrir o sentido de cada uma das horas de oração.

A oração da manhã nos fala do sol que desponta, e nos convida a levantar e a recomeçar o trabalho, O início de um novo dia nos recorda a Ressurreição de Cristo e nossa ressurreição com Ele.

A oração da tarde é o louvor do

o ritmo diário

Que Deus abençoe o seu ministério”, afirmou o vigário geral.

Natural de Senhora dos Remé-dios, padre Danival era diretor do Seminário de Filosofia, em Maria-na, onde trabalhava desde 2011. O presbítero também era vigário na paróquia de Nossa Senhora do Pilar, em Ouro Preto.

Ao final da celebração, o novo pároco agradeceu a acolhida e a presença de todos. E ressaltou que ele estava se apresentando como servo do Senhor, como fez Maria. “Quero conhecer bem a paróquia com suas respectivas comunidades e seus conselhos pastorais, os di-versos grupos e movimentos. Para isso, quero me colocar primeira-mente na postura de escuta de vo-cês, especialmente, dos fiéis leigos e leigos diretamente envolvidos nos trabalhos de evangelização”, disse padre Danival.

Fonte: Arquidiocese de Mariana

entardecer. Associa-nos à Paixão e Morte de Cristo. Nessa parte do dia, agradecemos a Deus os benefícios recebidos e tudo que pudemos rea-lizar no decorrer do dia.

Na oração da noite celebramos a expectativa do novo amanhecer, imagem da espera da volta do Se-nhor, quando tudo se renovará.

Ofício Divino das ComunidadesO Ofício Divino é uma proposta

de oração eclesial, comunitária, bíblica e litúrgica, que une a fé em Deus e a vida cotidiana. Junta em uma mesma realidade a vida pessoal e social, escuta e prece, louvor e lamento, súplica e agradecimento.

O Ofício Divino possibilita o cum-primento do pedido de Jesus de rezar sempre, nas diversas horas do dia.

Elimar Johann

“Pedro e João estavam subido ao templo para a oração das três da tarde” (At 3,1).

posse do padre danival

Plano de Assistência Familiar

3362-5996