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Somague EngenhariaRelatório AnualContas Individuais
2016
Somague EngenhariaRelatório AnualContas Individuais
2016
SOMAGUE ENGENHARIARELATÓRIO ANUAL 2016
Barr
agem
de
Foz
Tua
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2
RELATÓRIO ANUAL 2016SOMAGUE ENGENHARIA
7
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
58
5
PARTICIPADAS
26
6INFORMAÇÃO ECONÓMICO--FINANCEIRA
52
4
SOMAGUE ENGENHARIA
18
2
GOVERNO CORPORATIVO
6
3
CONTEXTO ECONÓMICO
12
1
SOMAGUE NO MUNDO
4
ÍNDICE
PANAMÁ
BRASIL
IRLANDA
PORTUGAL
CABO VERDE
ANGOLAMOÇAMBIQUE
REINO UNIDO
TOGO
MARROCOS
ESPANHA
SOMAGUENO MUNDO
4
SOMAGUE ENGENHARIA1 RELATÓRIO ANUAL 2016
PANAMÁ
BRASIL
IRLANDA
PORTUGAL
CABO VERDE
ANGOLAMOÇAMBIQUE
REINO UNIDO
TOGO
MARROCOS
ESPANHA
SOMAGUENO MUNDO
5
1SOMAGUE ENGENHARIA SOMAGUE NO MUNDO
SOMAGUE ENGENHARIA2 RELATÓRIO ANUAL 2016
Refo
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6
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ção
Vila
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Bras
il
2.1 Órgãos Sociais 8
2.2 Organograma da Empresa 10
2RELATÓRIO ANUAL 2016SOMAGUE ENGENHARIA
2
GOVERNO CORPORATIVO
8
SOMAGUE ENGENHARIA2 RELATÓRIO ANUAL 2016
2.1 Órgãos Sociais
Assembleia Geral:
Presidente:
Luís Maria Lino da Costa de Sousa Macedo
Secretário:
Ana Sofia Dias Pedro
Presidente:
José María Orihuela Uzal
Vice-presidente:
Jaime Domínguez Valdés-Hevia
Conselho de Administração:
Presidente:
João Belard Kopke Marques Pinto
Vogais:
Isabel Maria Gariso de Oliveira Garcia
António Joaquim Andrade Gonçalves
Suplente:
João Manuel Gonçalves Correia das Neves Martins
Conselho Fiscal:
Graça Maria Epifânio Pinto Dias, TOC 1869
Contabilista Certificado:
Ernst & Young Audit e Associados, SROC, S.A., representada por: Paulo Jorge Luís da Silva
Revisor Oficial de Contas:
Miguel Peter Gomes Tönnies
Suplente:
Frederico Miguel Fernandes Pintéus
Secretário da Sociedade:
9
2GOVERNO CORPORATIVOSOMAGUE ENGENHARIA
Hot
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Azul
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adei
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Port
ugal
10
SOMAGUE ENGENHARIA2 RELATÓRIO ANUAL 2016
SOMAGUE ENGENHARIA
100%
SOMAGUESGPS
Sucursal Ireland
Sucursal Angola
Sucursal España
Sucursal Brasil
Sucursais
Soconstroi PMG
100%
Promoceuta
55%
H.S.E. Emp.
Imobiliários
27,5%
Soconstroi Engenharia
100%
Somague -Ediçor,
Engenharia
100%
Somague Panamá
100%
Somague Ireland Ltd
100%
Somague TI
100%
Participadas
GNL SinesProjesines
85%
Somague / Tomás Oliveira
ACE
65%
Transmetro
47,5%
Águas de Barcelos
70%
Águas de Gondomar
100%
Infratúnel
55%
BarragemFoz Tua
ACE
33,33%
ACUPMPescanova
80%
NHXira
47,5%
ACE’s
LOC
25%
Águas da Linha
50%
Estaleiro de Pegões
100%
ETAR Alcântara
50%
Venda Nova III
28,33%
NHBraga
47,5%
LGC
30%
LMNS AtlânticoACE
25%
LCHBACE
60%
VL9
70%
GACE
24%
Neopul
100%
Neopul Ireland Ltd
100%
50%
Neopul Ferrovias
AVIAS
22%
UTE Muelle Ing. Juan Gonzalo
50%
UTE Inecat
38%
UTEAve Portela
15%
Neopul Gabaldón
33%
UTEOrihuela
10%
20%
UTEPontevedra
ACE’s
Sucursal NeopulEspaña
Sucursais
Sucursal NeopulIreland
SucursalNeopulBrasil
UTE Mantenimiento
Brihuega
9% 50%
UTENeopul Dorsalve
(Sevilha)
UTETunel
del Callosa
25%
UTE Vila Garcia
Padrón
50%
Momasoteco
23,75%
Portas da Lagoa
12,75%
Parque Futuro Sec. XXI
12,75%
ACE Biblioteca AH
40%
CVC(Cabo Verde)
90,3%
Somague Angola
100%
Somague Moçambique
100%
Edimecânica
100%
Via Expresso
11,2%
SEN
100%
Grupo construtor Data
Center ACE
50%
Somague Construções
(Brasil)
100%
Somague Togo
100%
Molhes do Douro
50%
Sucursal Neopul
Moçambique
UTEAlicante
20%
10%
UTE Linares
UTEADIF Merida
10%
Joint Venture Cyes / Somague
50%
LCHXira
60%
NCC Alegro Setúbal ACE
50%
Cais Cruzeiros Funchal ACE
50%
Construção Terminal de Lomé ACE
50%
Sucursal Neopul
United Kingdom
UTEMétrico
33,33%
UTEReparación Est. y Vias (Tragasa)
8,53%
Somague UK Ltd
100%
Sucursal Maroc
Sucursal UK
Sucursal Chile
Joint Venture Lagan /
Somague
50%
LSAS –Ala Pediátrica
50%
Somague / Mota-Engil –
VRCLECL ACE
63,58%
Haçor C, ACE
34,25%
2.2 Organograma da Empresa
11
2GOVERNO CORPORATIVOSOMAGUE ENGENHARIA
Refo
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SOMAGUE ENGENHARIA3 RELATÓRIO ANUAL 2016
3.1 Envolvente Macroeconómica 14
3.2 Evolução Setorial 16
3RELATÓRIO ANUAL 2016SOMAGUE ENGENHARIA
3
CONTEXTO ECONÓMICO
14
SOMAGUE ENGENHARIA3 RELATÓRIO ANUAL 2016
3.1Envolvente Macroeconómica
Segundo os dados do INE, 2016, o PIB registou um
crescimento de 1,4% em termos reais (1,6% em
2015). A procura interna apresentou um contributo
positivo menos intenso para a variação anual do PIB,
passando de 2,6 p.p. em 2015 para 1,5 p.p., refletin-
do, em grande medida, a redução do Investimento
em 0,9%. No mesmo sentido, destaca-se ainda o li-
geiro abrandamento do consumo privado (Despesas
de Consumo Final das Famílias Residentes e das Ins-
tituições Sem Fim Lucrativo ao Serviço das Famílias).
A procura externa líquida registou um contributo de
-0,1 p.p. para a variação do PIB em 2016, menos ne-
gativo que o verificado em 2015 (-1,0 p.p.). As Impor-
tações de Bens e Serviços abrandaram, em termos
reais, de forma mais acentuada que as Exportações.
Em termos nominais, o PIB situou-se em cerca de
185 mil milhões de euros em 2016.
O PIB da Zona Euro cresceu 1,7%, desacelerando
em relação a 2015 (2,0%), com a Alemanha a man-
ter o ritmo de crescimento (1,7%), tal como a Fran-
ça (1,3%) e a Itália (0,8%) e a Espanha a passar de
+3,2% para +3,1%.
Fora da Zona Euro, o crescimento do PIB dos EUA di-
minuiu em um ponto percentual, de 2,6% para 1,6%,
e o do Reino Unido baixou de 2,2% para 1,8%. O Ja-
pão manteve o ritmo de 0,5%.
No conjunto dos países emergentes, o ritmo de cres-
cimento do PIB aumentou, com contributos positivos
da Rússia (de -3,7% para -0,8%), e do Médio Orien-
te e Norte de África. Na Europa menos desenvolvida
desacelerou de 3,6% para 3,3%. No Brasil passou de
-3,8% para -3,3%, na China de +6,9% para +6,6% e
na Índia manteve o nível em +7,6%.
Em 2016, a procura interna registou um aumento de
1,5% em termos reais (2,5% no ano anterior).
O consumo privado apresentou, em termos reais, um
crescimento de 2,3% em 2016, traduzindo-se numa
ligeira desaceleração face ao ano anterior (2,6%).
Este abrandamento foi comum a ambas as compo-
nentes, tendo-se verificado variações de 1,6% nas
Despesas de Consumo Final das Famílias Residentes
em bens não duradouros e serviços e de 9,5% nas
despesas em bens duradouros (1,7% e 11,9% em
2015, respetivamente).
O Investimento diminuiu 0,9% em termos reais, em
2016, após ter registado um aumento de 4,6% no
ano anterior, em resultado da diminuição da Forma-
ção Bruta de Capital Fixo (FBCF), que passou de uma
variação de 4,5% em 2015 para -0,3%, e também
do comportamento da Variação de Existências, que
apresentou um contributo ligeiramente negativo
para a variação do PIB (contributo nulo em 2015).
A FBCF em Construção foi a componente que mais
contribuiu para a redução da FBCF total em 2016, com
uma variação de -2,2% em volume, que compara com
o aumento de 4,1% observado no ano precedente.
A economia mundial desacelerou o ritmo de crescimen-
to do PIB em 2016, para 2,9% (3,1% em 2015), de acor-
do com as mais recentes estimativas do BCE. As eco-
nomias avançadas cresceram 1,6% (2,1% em 2015),
enquanto que as economias emergentes registaram um
crescimento de cerca de 4,2% (4,0% em 2015).
15
3CONTEXTO ECONÓMICOSOMAGUE ENGENHARIA
As Exportações de Bens e Serviços em volume pas-
saram de um crescimento de 6,1% em 2015 para
4,4% em 2016, observando-se um abrandamento
nas duas componentes. As exportações de bens re-
gistaram uma variação de 4,7% em 2016, inferior
em 1,9 p.p. ao observado no ano anterior, e o cres-
cimento das exportações de serviços situou-se em
3,6% (4,8% em 2015). Refira-se que a desacelera-
ção das exportações de serviços em 2016 resultou
da componente relativa a outros serviços, verifican-
do-se uma aceleração na componente de turismo.
As Importações de Bens e Serviços registaram um
crescimento menos intenso em 2016 (variações em
volume de 8,2% e 4,4% em 2015 e 2016, respeti-
vamente), em resultado da desaceleração das duas
componentes. As importações de bens passaram de
uma variação de 8,5% em 2015 para 4,7%, e as im-
portações de serviços abrandaram para 2,0% (6,4%
em 2015).
Em 2016, verificaram-se ganhos de termos de troca
inferiores ao observado no ano anterior, com o de-
flator das Exportações de Bens e Serviços a diminuir
mais intensamente (-1,1% e -2,0% em 2015 e 2016,
respetivamente), enquanto o deflator das Importa-
ções de Bens e Serviços registou uma redução, de
-3,1%, menos acentuada que em 2015 (-4,3%).
Em termos nominais, o Saldo Externo de Bens e Ser-
viços aumentou em 2016, situando-se em 1,2% do
PIB (0,7% do PIB em 2015), beneficiando do efeito
positivo dos termos de troca (ainda que inferior ao
observado em 2015), uma vez que em volume o
efeito foi negativo.
O emprego para o conjunto dos ramos de atividade
registou uma variação de 1,6% em 2016, taxa 0,2
p.p. superior à verificada em 2015. Por sua vez, o em-
prego remunerado desacelerou em 2016, passando
de um crescimento de 2,6% em 2015 para 2,1%.
A taxa de desemprego voltou a diminuir em 2016,
situando-se em 11,0% (vs. 12,4% em 2015).
A taxa de desemprego na Zona Euro (EA-19) conti-
nuou a diminuir, estando em Novembro de 2016 em
9,8%, a mais baixa desde Setembro 2011 e quase um
ponto abaixo da taxa registada um ano antes (10,5%).
A diminuição do défice público para um valor abai-
xo dos 3% do PIB deverá permitir a Portugal sair do
procedimento por défice excessivo da UE. Porém a
dívida pública continuou a aumentar.
As médias da Zona Euro, em termos de défice pú-
blico e dívida pública, terão de novo diminuído em
2016, para 1,8% e 91,6% do PIB, respetivamente,
segundo a Comissão Europeia.
A inflação média em Portugal foi superior (0,8%) à
de 2015 (0,5%), embora mantendo níveis baixos.
A inflação média na Zona Euro foi de 0,2% em 2016
(0% em 2015) e de 1,1% em variação homóloga em
Dezembro (0,2% em Dez. 2015), com esta acelera-
ção provocada pelos preços da energia (2,6%).
As médias da Zona Euro, em termos de défice pú-
blico e dívida pública, terão de novo diminuído em
2016, para 1,8% e 91,6% do PIB, respetivamente,
segundo a Comissão Europeia.
O Euro sofreu uma ligeira apreciação face ao Dólar
Americano em 2016, de uma taxa média anual de 1,11
para 1,12, após uma forte desvalorização em 2015.
As taxas de juro de curto prazo passaram a ser ne-
gativas desde Maio de 2015, terminando o ano de
2016 em cerca de -0,3%.
16
SOMAGUE ENGENHARIA3 RELATÓRIO ANUAL 2016
No que concerne à Construção o ano de 2016 volta
a ter um desempenho negativo, as contas nacionais
do INE relativas de 2016 vieram confirmar o compor-
tamento desfavorável da Construção no decorrer do
ano, tendo-se registado, até setembro, quebras de
3,1% no Valor Acrescentado Bruto (VAB) do Setor e
de 3,6% na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF)
em construção, a contrastar com a evolução positiva
de +1,1% observada pelo PIB no mesmo período.
Confirmando-se uma nova quebra na produção em
2016, este será o 9º ano consecutivo em que o setor
da Construção não registará qualquer crescimento,
estimando-se que, em volume, a produção em 2016
seja inferior a 45% da produção do ano de 2001,
auge da atividade do Setor.
Ainda assim, nem todos os indicadores se compor-
taram, em 2016, de forma negativa face ao ano an-
terior. O emprego apresentou um crescimento de
4,5% em 2016. O número de desempregados do
sector diminuiu por seu lado 22,1%. Também o con-
sumo de cimento registou uma descida de 4,4%.
O sector assentou no forte dinamismo do segmen-
to imobiliário, resultante do aumento da procura,
particularmente a oriunda do exterior. Em termos
de transações imobiliárias, no mercado residencial
destaca-se o forte aumento do montante das novas
operações de crédito para aquisição de habitação
(+45,7%). Já no que concerne à construção nova de
habitação, verifica-se um expressivo aumento do li-
cenciamento (+36,7%).
Por seu lado, os dados relativos às transações de fo-
gos habitacionais confirmam a forte dinâmica que
vem caracterizando o mercado imobiliário, onde o
número de vendas de unidades habitacionais cres-
ceu, em termos homólogos, 20% até setembro de
2016, o que permite estimar um total superior a 128
mil fogos transacionados durante o ano de 2016.
De igual modo, os indicadores “avançados” de pro-
dução evoluíram de forma francamente animadora,
ao registarem evoluções de +36% no número de fo-
gos novos licenciados e de +29% e + 19%, respeti-
vamente, nos valores das obras públicas promovidas
e dos contratos celebrados de empreitadas de obras
públicas. Estes crescimentos permitem antecipar,
para breve, uma recuperação da atividade do Setor.
Assim e em jeito de balanço do ano de 2016, é de
realçar, por um lado, o facto de o nível de atividade
do Setor, que era já muito baixo, ter ainda decaído ao
longo do ano, mas, por outro lado, o aparecimento
de sinais positivos que apontam para uma recupe-
ração da produção do Setor, a qual poderá ter lugar
já em 2017.
As previsões da FEPICOP apontam que em 2017,
após uma quebra de 3,3% na produção do setor da
Construção em 2016, para uma recuperação da ativi-
dade, do nível de atividade da construção, que pode-
rá crescer 2,6%, Com o Banco de Portugal a apontar
para um crescimento de 1,4% do PIB em 2017, a par
de um desempenho positivo do mercado de traba-
lho, e existindo a expetativa de uma sensível recupe-
ração do investimento público, nomeadamente em
construção, as perspetivas de evolução positiva da
Construção estendem-se a todos os segmentos.
3.2Evolução Setorial
3CONTEXTO ECONÓMICOSOMAGUE ENGENHARIA
17
Assim, em 2017 espera-se um crescimento de +3,0%
no segmento da construção residencial, com a cons-
trução nova a crescer 1,4% em 2017 e os trabalhos
de reabilitação a aumentarem 5,8%.
Por outro lado, a produção do segmento da cons-
trução não residencial deverá crescer 3,1%, uma
recuperação assente na expetativa de desempe-
nho favorável da sua componente pública (+5,0,
em termos reais), já que a evolução da produção de
edifícios não residenciais privados deverá ser mais
moderada, em redor dos +2,0%. De referir que a
componente pública da construção de edifícios não
residenciais deverá beneficiar do acréscimo previsto
no montante de investimento público, impulsionado
pela realização de eleições autárquicas e pelo refor-
ço da utilização de algumas das verbas inscritas no
Portugal 2020.
A acrescentar a essa situação, também o governo
central tem anunciado alguns programas com in-
fluência no setor da Construção, como é o caso das
200 intervenções previstas para as escolas do 2º e
3º ciclos e secundário, num montante de 320 mi-
lhões de euros, a realizar até 2020.
Já a evolução prevista para a engenharia civil apon-
ta para um crescimento de 2,0% na sua produção,
mantendo-se como o segmento menos dinâmico do
setor da Construção, tal como aconteceu nos dois
anos imediatamente anteriores. A contribuir para
uma evolução positiva da produção deste segmen-
to, os valores relativos ao investimento público na
área das obras de engenharia civil e traduzidos em
adjudicações de empreitadas de obras públicas apu-
rados ao longo de 2016 refletem um crescimento de
16% face a 2015.
São estes primeiros sinais de uma potencial recu-
peração da atividade da Construção que o OE 2017
deverá ajudar a consolidar, pelos seus efeitos diretos
no emprego e no crescimento económico.
Transposição do Rio São Francisco - Brasil
18
SOMAGUE ENGENHARIA4 RELATÓRIO ANUAL 2016
4.1 Atividade Comercial 20
4.2 Produção 24
Refo
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4RELATÓRIO ANUAL 2016SOMAGUE ENGENHARIA
4
SOMAGUE ENGENHARIA
20
SOMAGUE ENGENHARIA4 RELATÓRIO ANUAL 2016
No plano Nacional, o setor da Construção Civil e
Obras Públicas voltou a ter no ano de 2016 um de-
sempenho bastante negativo. As contas nacionais do
INE relativas a 2016 vieram confirmar o comporta-
mento desfavorável da Construção no decorrer deste
ano, apesar do índice de produção da construção ter
registado em dezembro, pelo quarto mês consecuti-
vo, uma diminuição homóloga menos intensa que a
observada no mês anterior, passando de -1,9% para
-0,8% (-3,4% em setembro e -3,0% em outubro ).
Confirma-se assim, pelo 9º ano consecutivo, uma
nova quebra na produção do Setor, estimando-se
que, em volume, a produção em 2016 seja inferior a
45% da produção do ano de 2001, auge da ativida-
de do Setor.
Ainda assim, nem todos os indicadores se com-
portaram, em 2016, de forma negativa face ao ano
anterior. O indicador relativo ao investimento em
construção apresentou um aumento em dezembro,
dando continuidade ao movimento ascendente dos
dois meses anteriores, devendo-se fundamental-
mente ao investimento privado pois o investimento
público continuou praticamente congelado durante
o ano.
De igual modo, os indicadores “avançados” de pro-
dução evoluíram de forma francamente animadora,
ao registarem evoluções de +36% no número de fo-
gos novos licenciados e de +29% e + 19%, respeti-
vamente, nos valores das obras públicas promovidas
e dos contratos celebrados de empreitadas de obras
públicas. Estes crescimentos permitem antecipar,
para breve, uma recuperação da atividade do Setor.
Assim e em jeito de balanço do ano de 2016, é de
realçar, por um lado, o facto de o nível de atividade
do Setor, que era já muito baixo, ter ainda decaído ao
longo do ano, mas, por outro lado, o aparecimento
de sinais positivos que apontam para uma recupera-
ção da produção, a qual poderá ter lugar já em 2017.
No plano Internacional também a conjuntura foi al-
tamente desfavorável pois, tanto em Angola como
no Brasil, os principais mercados internacionais para
a Somague, continuaram com uma contração muito
significativa. No caso de Angola, fundamentalmen-
te em resultado dos baixos preços do petróleo e da
consequente falta de divisas estrangeiras. No caso
do Brasil, consequência do ainda mega caso de cor-
rupção “Lava Jato ”, o qual tem contribuindo sobre-
maneira para a enorme recessão que o país está a
viver.
Em Moçambique, apesar de alguns sinais positivos,
a economia tarda em despontar fruto de alguma
demora na concretização dos projetos associados
à exploração de gás na bacia do Rovuma, província
de Cabo Delgado, cujas principais concessões foram
já atribuídas a consórcios liderados pela Anadarko e
pela ENI.
4.1Atividade Comercial
4SOMAGUE ENGENHARIASOMAGUE ENGENHARIA
21
Angariações
Toda esta situação acabou por contribuir significati-
vamente para o desempenho que a Somague regis-
tou no ano de 2016, o qual é bem patente no quadro
seguinte:
De referir que, deste total, apenas 64.339.049 euros,
foram contratados em Portugal, o que representa
cerca de 24,7%, sendo que destes, 33.658.072 eu-
ros, ou seja 52,3% o foram nos Açores. A contrata-
ção efetuada no exterior apresenta valores próximos
dos 75%, mantendo-se a tendência verificada nos
últimos anos.
ANGARIAÇÕES SOMAGUE 2016Somague Engenharia 30.680.977 €Neopul 39.028.717 €Somague Ediçor 33.658.072 €Somague Angola 147.259.077 €
Somague Brasil 0 €CVC 10.107.825 €Total 260.734.668 €
ANGARIAÇÕES SOMAGUE 2015Total 315.082.135 €
DIFERENCIAL% -17,2%
Barragem da Caniçada - descarregador - Portugal
22
SOMAGUE ENGENHARIA4 RELATÓRIO ANUAL 2016
Perspetivas Futuras
O Governo garante que o investimento público vai
voltar a crescer em 2017, mas considerando as obras
de proximidade em escolas e hospitais e o desenvol-
vimento do plano para a ferrovia o valor não chega
aos 300 milhões de euros.
De acordo com a proposta de Orçamento do Estado
(OE) para 2017, no próximo ano o Estado irá investir
86 milhões de euros em 90 escolas e em três novos
hospitais, de Évora, Seixal e Lisboa Oriental.
Ainda na área da saúde, estão previstos os lançamen-
tos a concurso do Novo Hospital Militar, no Lumiar e
da Ala Pediátrica do Hospital de S. João.
Já no que respeita ao investimento público na in-
fraestrutura ferroviária serão, segundo o Governo,
investidos de 200 milhões de euros em 2017, com
o início da concretização do plano "Ferrovia 2020",
que inclui obras nos corredores internacionais Norte
(de Aveiro a Vilar Formoso) e Sul (entre os portos de
Lisboa, Setúbal e Sines e a fronteira do Caia).
Mais especificamente, prevê-se o início das obras no
troço Covilhã-Guarda e o início das obras no troço
transfronteiriço, assim como a continuação dos tra-
balhos na Linha do Norte, incluindo o arranque de
obra em Ovar - Gaia, e ainda o arranque dos traba-
lhos de eletrificação na Linha do Minho".
O plano "Ferrovia 2020" prevê um investimento glo-
bal de 2,7 mil milhões de euros, quer para a cons-
trução de novas linhas ferroviárias, numa extensão
de 214 quilómetros, quer para a modernização de
linhas existentes, em cerca de 900 quilómetros, a
concretizar entre 2017 e 2021.
No setor Portuário estão anunciados diversos inves-
timentos Público-privados. Apesar de serem proje-
tos há muito anunciados, a sua implementação tarda
em concretizar-se, não se vislumbrado desenvol-
vimentos significativos em 2017. A exceção será a
Região Autónoma dos Açores onde se preveem para
2017 o lançamento de algumas obras marítimas nas
ilhas de S. Miguel, Terceira e Faial.
No que respeita ao investimento privado, destaca-se
para 2017 o lançamento da 2ª fase do Hospital CUF
Tejo e a ampliação do Hospital da Luz, assim como o
investimento em diversas novas unidades hoteleiras
e a continuidade de investimentos diversos na Rea-
bilitação de Edifícios, nomeadamente nas cidades
de Lisboa e Porto.
No plano Internacional, e no que respeita ao Bra-
sil, destaca-se a aposta governamental e Estadual
(Estado do São Paulo) no lançamento de diversos
concursos para concessões rodoviárias que podem
constituir excelentes oportunidades, não só para
a Somague Engenharia na vertente de construção,
como também para a Sacyr Concesiones na vertente
da concessão propriamente dita.
Em Moçambique, espera-se a assinatura do contra-
to de reabilitação do Porto de Nacala, financiado
pela Agência de Cooperação Internacional Japonesa
(JICA), assim como a retoma dos projetos associados
à exploração de gás na bacia do Rovuma, província
de Cabo Delgado, cujas principais concessões foram
já atribuídas a consórcios liderados pela Anadarko e
pela ENI.
Por fim, refere-se o reforço da aposta nos mercados
do Reino Unido e Irlanda, nomeadamente em obras
de infraestruturas rodoviárias e aeroportuárias,
onde foram já conseguidas diversas pré-qualifica-
ções para participação em concursos limitados du-
rante o ano de 2017.
23
4SOMAGUE ENGENHARIASOMAGUE ENGENHARIA
Objetivos para 2017
Naturalmente e apesar de tudo, as expetativas de
angariação de carteira continuarão sobretudo de-
positadas no mercado exterior, pelo que, perante tal
cenário, foram definidos pela Administração os se-
guintes objetivos de angariação, para 2017:
Pestana CR7 Hotel - Funchal - Madeira - Portugal
MERCADO OBJETIVOPortugal 23.993.500 €Açores 7.740.000 €Cabo Verde 24.193.600 €Moçambique 37.300.000 €
Angola 0 €
Brasil 10.500.000 €UK & Irlanda 14.070.000 €TOTAL 117.796.100 €
24
SOMAGUE ENGENHARIA4 RELATÓRIO ANUAL 2016
O ano de 2016, como já antes referido, foi mais um
ano em que a quebra de atividade no setor da cons-
trução se manteve em Portugal, o que se manifestou
na falta de lançamento de projetos de investimento
e na degradação progressiva dos preços das obras
levadas a concurso. A manutenção desta situação
tem imposto às empresas portuguesas a procura de
alternativas que lhes permitam manter a sua susten-
tabilidade. Estas soluções têm passado pelo desen-
volvimento de negócios que incorporem construção
nas respetivas áreas da especialidade e pela interna-
cionalização, matéria que será abordada nos capítu-
los destinados a cada participada.
Apesar da situação macroeconómica, as unidades de
produção do Continente atingiram os objetivos esta-
belecidos para o ano, graças a um conjunto de obras
iniciadas e em curso, entre as quais se destacam:
• Barragem de Foz Tua
• Via Rápida de Câmara de Lobos
• EDIA - Caliços Machado
• Reforço de Potência da Barragem de Venda Nova III
• EDIA - São Matias Bloco 1 e 2
• ICOVI - Rede abastecimento Covilhã
• Descarregador Complementar da Barragem da
Caniçada
• Infraestruturas do tipo B (Lisboa-Amadora-Sin-
tra-Cascais)
• Novo Cais de Cruzeiros do Porto do Funchal
• Águas de Cascais - Rede de águas e saneamento
• Reabilitação Edifício Av. 24 de Julho
• Reabilitação Edifício Janelas Verdes
• Ampliação CUF Descobertas
• Edifícios Dunas Douradas
4.2Produção
25
4SOMAGUE ENGENHARIASOMAGUE ENGENHARIA
Supe
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Sul
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SOMAGUE ENGENHARIA5 RELATÓRIO ANUAL 2016
5.1 Somague Ediçor Engenharia, S.A. 81
5.2 Neopul - Sociedade de Estudos e Construções, S.A. 84
5.3 Somague Engenharia, S.A. - Sucursal do Brasil / Somague MPH 85
5.4 Somague Engenharia, S.A. - Sucursal de Espanha 86
5.5 Somague Engenharia, S.A. - Sucursal do Reino Unido 86
5.6 Somague Engenharia, S.A. - Sucursal da Irlanda 86
5RELATÓRIO ANUAL 2016SOMAGUE ENGENHARIA
5
PARTICIPADAS
5.7 Somague Engenharia, S.A. - Sucursal de Angola 81
5.8 CVC - Construções de Cabo Verde, SARL / Somague Engenharia Sucursal de Cabo Verde 84
5.9 Somague Moçambique, Lda. 85
5.10 Soconstrói PMG - Promoção e Montagem de Negócios, S.A. 86
5.11 Somague TI - Tecnologias de Informação, S.A. 86
5.12 Somague Engenharia, S.A. - Sucursal de Marrocos 86
28
SOMAGUE ENGENHARIA5 RELATÓRIO ANUAL 2016
A Somague Ediçor Engenharia, S.A. exerce a sua ati-
vidade exclusivamente na Região Autónoma dos
Açores (R.A.A.), posicionando-se como uma das
maiores empresas regionais no setor da construção
civil e obras públicas.
No presente exercício, o investimento público (pro-
movido essencialmente pelo Governo Regional e
pelas Autarquias), que é determinante no setor da
construção verificou um ligeiro aumento, mas não
atingindo o objetivo das empresas locais manterem
plenamente ocupadas as suas estruturas produti-
vas.
Acresce que esta situação, gerando uma grande
oferta não só por parte das empresas regionais
como também por um número significativo de
empresas com sede no exterior da R.A.A, provo-
cou um agravamento expressivo das condições de
concorrência, potenciado pelo facto de terem sido
frequentemente lançados concursos públicos com
preços base anormalmente baixos. Este contexto
levou à ocorrência generalizada de prejuízos.
Apesar do lançamento de concursos públicos pre-
vistos nos documentos oficiais do Governo Regio-
nal, designadamente na Carta Regional de Obras
Públicas, registaram-se enormes atrasos nas adju-
dicações face à necessidade de enquadramento das
respetivas candidaturas no novo Quadro Comunitá-
rio de Apoio, agravando de forma expressiva a forte
retração que o setor da construção atravessa e as
dificuldades de recebimentos de Clientes.
A atividade no exercício, localizada nas nove ilhas
da Região, totalizou cerca de 26 milhões de Euros e
os resultados antes de impostos fixaram-se em 691
mil euros.
Para este volume de negócios contribuíram, essen-
cialmente, as áreas da construção civil e urbaniza-
ção e das obras marítimas / infraestruturas portuá-
rias.
Apesar da contínua implementação de medidas de
redução de custos, com especial incidência na área
dos recursos humanos, não foi possível evitar que
se registassem desvios negativos relativamente ao
previsto.
Neste contexto de dificuldades agravadas foi ainda
assim possível desenvolver uma aceitável ativida-
de comercial, traduzida na apresentação de 59 pro-
postas, no valor de cerca de 69 milhões de euros,
e na adjudicação de 29 empreitadas, totalizando
cerca de 34 milhões de euros.
Destas novas contratações e das contribuições de
contratos existentes, como resultado da plurianui-
dade de obras já tratadas, resulta uma carteira, em
1 de janeiro de 2017, no valor de cerca de 34,1 mi-
lhões de euros.
5.1Somague Ediçor Engenharia, S.A.
5PARTICIPADASSOMAGUE ENGENHARIA
29
No quadro seguinte apresentam-se os principais in-
dicadores da empresa:
(Unid: Euros)
2014 2015 2016Volume de negócios 34.737.507 20.977.415 25.936.922EBITDA -1.523.721 -2.122.628 1.142.801RAI -2.083.879 -2.451.110 691.355Resultado líquido -1.811.184 -2.537.963 58.525
Cash flow -1.201.984 -2.005.459 497.961Ativo líquido 30.946.389 28.067.502 30.399.864Capital próprio 9.359.613 6.814.975 8.429.137Participação 100% 100% 100%
Conclusão do Hotel Príncipe do Mónaco - Açores - Portugal
SOMAGUE ENGENHARIA5 RELATÓRIO ANUAL 2016
30
No ano de 2016 o investimento em infraestrutu-
ras ferroviárias em Portugal manteve-se em níveis
extremamente baixos. Apesar das vicissitudes re-
gistadas, a manutenção das operações no mercado
nacional assume uma importância estruturante para
a empresa. Entendemos que o presente ano pode
coincidir com um ponto de viragem no investimen-
to, tendo sido publicado pelo Governo o “Plano de
Investimentos em Infraestruturas de ferrovia 2016-
2020” com uma previsão de atividade muito signifi-
cativa para os próximos anos.
Nos últimos anos em Espanha, outro mercado im-
portante para a Neopul, também têm ocorrido pro-
cessos de ajustamento e retração com especial in-
cidência no investimento público. No entanto, o
investimento na rede de alta velocidade espanhola
tem sido considerado prioritário, o que tem permi-
tido a manutenção de um importante nível de ativi-
dade no país vizinho, representando cerca de 16%
do volume de negócios consolidado da empresa,
no entanto aquém do desejado. Com a estabilidade
governamental ocorrida, espera-se agora uma repro-
gramação dos principais investimentos na ferrovia,
onde se espera uma retomada em 2017 de alguns
dos principais investimentos no setor.
Duplicação Ferroviária no Trecho Embu x Evangelista & Paratinga x Perequê - São Paulo - Brasil
5.2Neopul - Sociedade de Estudos e Construções, S.A.
31
5PARTICIPADASSOMAGUE ENGENHARIA
Na Irlanda, a Neopul continua a ter uma presença
ativa. A principal atividade em curso é a execução
do contrato de manutenção de catenária da linha do
DART (Dublin Area Rapid Transit) para o Irish Rail, re-
novado em novembro de 2015.
Com a estratégia de internacionalização definida
anteriormente, Moçambique, com a conclusão do
corredor de Nacala, continuou a assumir um peso
preponderante no volume de negócios consolidado
no ano. No Brasil, apesar das novas angariações se
mostrarem insuficientes para alcançar os objetivos
propostos, a consolidação da presença da Neopul
no mercado permitirá num futuro próximo um cres-
cimento da atividade no país coincidente com a re-
tomada dos investimentos no setor prevista para os
próximos anos.
Com a contribuição importante destes mercados, o
volume de negócios consolidado da Neopul atingiu
em 2016 os 45,2 milhões de euros. Os resultados
positivos alcançados explicam-se fundamentalmen-
te pelo bom desempenho da empresa na conclusão
do seu maior projeto executado no ano, em Moçam-
bique.
Em termos de perspetivas futuras, e como referido
anteriormente, entendemos que 2016 e 2017 serão
anos de inversão das perspetivas de investimento no
setor em países como Portugal, Espanha, Irlanda e Bra-
sil.
Na continuidade da estratégia delineada, de diversi-
ficação para outros mercados, esperamos para 2017
o inicio de atividade no mercado do Reino Unido.
Este país tem em curso um plano muito ambicioso na
área ferroviária, dividido em três âmbitos distintos,
e que passam pelo Plano CP5 no período de 2014-
2019, com um total de 25.000 milhões de libras em
renovações e melhoramentos, pela Fase 2 do plano
de alta velocidade - HS2.
Nesse sentido, a Neopul obteve no presente ano as
certificações necessárias para inicio de sua atividade
no sistema da Network Rail (RISQS IMR) e sistema de
segurança associado (Sentinel). Com esta certifica-
ção, a empresa ficará habilitada para trabalhar como
subcontratada para os empreiteiros adjudicatários
dos projetos englobados nos planos acima referidos.
Novos mercados estão também no horizonte da em-
presa, aproveitando as sinergias possíveis gerar com
a consolidação e crescimento da presença do nosso
acionista Sacyr em outros mercados na América do
Sul como Uruguay, Chile e Colômbia, bem como uma
aposta na América do Norte (Canadá e EUA), onde se
está já a dar os primeiros passos para que possamos
vir a ter presença consolidada nos próximos anos.
32
SOMAGUE ENGENHARIA5 RELATÓRIO ANUAL 2016
Os principais indicadores individuais da empresa,
são como seguem:
O quadro abaixo sintetiza os principais indicadores
da Neopul em Espanha (agregando a sua sucursal e
UTE`s):
O quadro abaixo resume os principais indicadores
da Neopul na Irlanda (agregando a sua sucursal e
filial):
(Unid: Euros)
2014 2015 2016Volume de negócios 23.221.160 89.596.328 39.003.635EBITDA 526.435 1.675.524 10.612.953RAI -2.402.259 -607.845 7.312.705Resultado líquido -2.415.191 -4.261.543 6.450.672
Cash flow -2.379.756 -1.896.342 9.584.770Ativo líquido 67.744.976 158.490.699 60.869.358Capital próprio 16.347.192 12.085.650 18.536.321Participação 100% 100% 100%
(Unid: Euros)
2014 2015 2016Volume de negócios 1.218.610 1.650.244 1.905.035EBITDA 242.402 391.321 573.527RAI 244.095 392.160 573.770Resultado líquido 213.583 343.140 541.160
Cash flow 213.583 343.140 541.048Ativo líquido 823.505 1.167.112 1.444.883Capital próprio 376.136 708.107 893.986Participação 100% 100% 100%
(Unid: Euros)
2014 2015 2016Volume de negócios 19.981.292 15.859.511 7.663.186EBITDA 936.755 3.002.657 -714.601RAI -198.559 1.273.532 -1.837.498Resultado líquido -198.559 1.096.216 -1.368.785
Cash flow -1.357.717 2.280.265 -1.905.118Ativo líquido 34.113.975 17.809.341 28.002.201Capital próprio -198.559 1.096.216 471.681Participação 100% 100% 100%
5PARTICIPADASSOMAGUE ENGENHARIA
33
O quadro abaixo resume os principais indicadores
da Neopul no Brasil:
O quadro abaixo resume os principais indicadores
da Neopul em Moçambique:
(Unid: Euros)
2014 2015 2016Volume de negócios 1.715.881 2.987.081 1.093.510EBITDA 413.814 -499.667 340.632RAI 559.537 -505.094 317.424Resultado líquido 447.654 -315.641 291.275
Cash flow 451.364 -308.122 309.335Ativo líquido 1.774.371 3.342.727 4.232.691Capital próprio 447.654 296.872 291.275Participação 100% 100% 100%
(Unid: Euros)
2014 2015 2016Volume de negócios 12.612.689 75.492.562 29.910.861EBITDA 460.221 1.959.024 6.268.354RAI 460.254 1.959.035 4.456.686Resultado líquido 304.589 1.959.035 4.456.686
Cash flow 304.589 1.959.035 5.560.185Ativo líquido 23.884.853 111.509.518 11.756.817Capital próprio 304.589 1.959.035 4.456.686Participação 100% 100% 100%
Superestrutura na Ferrovia Norte Sul Lote 3S, município de Santa Helena de Goiás-GO - Brasil
34
SOMAGUE ENGENHARIA5 RELATÓRIO ANUAL 2016
Somague Engenharia, S.A. - Sucursal do Brasil
No decorrer do ano em análise foi mantida a estra-
tégia delineada para a atuação do Grupo no merca-
do brasileiro, nas diversas áreas onde a Somague
se pode posicionar de forma diferenciada e com-
petitiva. A abordagem aos diversos projetos sele-
cionados foi sempre realizada através de parcerias
com empresas brasileiras de média dimensão com
credibilidade e experiência no mercado e em que a
Somague pôde aportar o seu know-how e disponi-
bilizar quadros técnicos experientes.
Atualmente mantêm-se em curso contratos com
o Ministério da Integração para a Transposição do
Rio São Francisco e com o MSP - Metrô de São Paulo
com sucesso evidente na sua execução e na satisfa-
ção dos clientes.
Continuou a ser prestada especial atenção a novos
projetos do MSP, da CPTM - Companhia Paulista de
Trens Metropolitanos, do DERSA - Departamento
Rodoviário S/A, do DNIT - Departamento Nacional
de Infraestruturas Terrestres, do MIN - Ministério da
Integração Nacional, entre outros.
Em 2016, decorrente da conjuntura politica e eco-
nómica incerta no Brasil, o mercado da construção
viveu momentos de incerteza, fruto da redução do
investimento e da dificuldade de acesso ao crédito
bancário pelas construtoras. A redução do investi-
mento pelo Governo Federal foi significativa face
às necessidades de ajustamento orçamental, o que
condicionou o lançamento de novos concursos pú-
blicos.
No entanto, no final do ano, face á referida menor
disponibilidade financeira para investimento dire-
to em obras públicas, o Governo do Estado de São
Paulo, através da sua Agencia Reguladora de Trans-
portes (Artesp), seguindo a mesma estratégia do
Governo Federal, licitou dois projetos de conces-
são rodoviária, nos quais, a Sacyr Concessões, tem
particular interesse. O Grupo está neste momento
em estudos técnico, económicos e financeiros para
avaliar a real possibilidade deste negócio.
Prevê-se também que o Governo Federal venha a
licitar pelo menos dois projetos de concessão ro-
doviária.
Relativamente a projetos previstos para 2017, em
outras áreas da mobilidade e logística, o grupo ten-
derá a manter o seu posicionamento como constru-
tor associado a empresas locais procurando articu-
lar e complementar as competências caso a caso.
O ano de 2017 trará também o convite para pro-
jetos de dimensão interessante junto da Petrobrás,
onde foi possível finalmente qualificar a Somague
Engenharia (sede). O interesse da Sacyr Industrial
nestes temas reforça capacidade competitiva do
grupo.
5.3Somague Engenharia, S.A. - Sucursal do Brasil / Somague MPH
35
5PARTICIPADASSOMAGUE ENGENHARIA
Somague MPH
Em 2016, a Somague MPH manteve a sua atividade
no Brasil, apesar da forte retração que o mercado
apresentou e que de acordo com todos os indicado-
res económicos irá certamente manter-se em 2017.
Neste ano foram concluídas algumas das obras que
a empresa tinha em execução e continuadas obras
importantes, como a Expansão do Centro comercial
Iguatemi Porto Alegre, o Hotel Botafogo e o Hotel
Santo Emiliano em Ribeirão Preto.
Ao longo do ano a empresa continuou a sua ade-
quação de procedimentos e sistemas, promovendo
uma maior integração dos sistemas da Somague
Engenharia à realidade local, tendo sido também
reformulados alguns dos principais departamentos
da empresa com vista à sua melhor preparação para
os desafios que irão ocorrer nos próximos anos.
O ano 2017 será marcado pela continuidade na
redução de atividade no mercado das edificações,
no entanto, a preocupação do governo em baixar a
taxa de juros de referência irá naturalmente poten-
ciar a concretização de alguns projetos, sobretudo
nas áreas industrial e saúde. O modelo de negócio
na saúde, caso se mantenha a estratégia do gover-
no em negócios estruturados (ppp, concessões),
pode favorecer o grupo pela experiência que temos
nestes modelos.
No quadro seguinte apresentam-se os principais
indicadores combinados da Somague Engenharia -
Sucursal do Brasil e da Somague MPH:
(Unid: Euros)
2014 2015 2016Volume de negócios 46.283.571 53.076.754 28.312.586EBITDA 2.158.041 2.640.515 -4.963.305RAI 1.550.108 1.479.967 -5.432.857Resultado líquido 1.896.354 513.113 -1.173.360
Cash flow 1.946.993 567.131 -5.418.171Ativo líquido 20.824.590 26.467.186 24.922.754Capital próprio 1.896.354 513.113 -6.868.607Participação 100% 100% 100%
36
SOMAGUE ENGENHARIA5 RELATÓRIO ANUAL 2016
O mercado espanhol não apresentou neste exercí-
cio oportunidades de negócio que pudéssemos ex-
plorar pelo que não existe atividade a referenciar.
Continuam as ações para dissolver os restantes
Agrupamentos Complementares de Empresas em
que participámos.
No quadro seguinte apresentam-se os principais in-
dicadores da sucursal, são como segue:
(Unid: Euros)
2014 2015 2016Volume de negócios 362.200 0 0EBITDA -633.316 -1.077.228 -552.983RAI -573.217 -1.103.046 -638.621Resultado líquido -573.217 -1.103.046 -637.023
Cash flow -525.379 -1.102.605 -552.723Ativo líquido 4.724.377 7.314.383 7.625.714Capital próprio -573.217 -1.103.046 -683.535Participação 100% 100% 100%
Universidade de Ulster - Construção dos blocos BC e BD e renovação parcial dos blocos BA e BB
5.4Somague Engenharia, S.A. - Sucursal de Espanha
37
5PARTICIPADASSOMAGUE ENGENHARIA
A Somague angariou uma empreitada em Belfast,
na Irlanda do Norte que é parte do projeto global
para a construção da ampliação da Universidade
de Ulster (Fase 4 do Projeto), que consiste na cons-
trução do Bloco BC/BD e a renovação parcial do
bloco BB (Construction of Block BC/BD and Partial
Refurbishment of Block BB).
O Dono da Obra é a University of Ulster e a obra
foi adjudicada á JV LAGAN/SOMAGUE, liderada pela
LAGAN sendo a participação de cada uma das em-
presas de 50%.
O valor de venda é de 131.752.402£ (cento e trin-
ta e um milhões, setecentos e cinquenta e dois mil,
quatrocentos e duas libras), contratual, podendo
atingir cerca de 154.324.662£ resultante de traba-
lhos extra contratuais bem como de reclamações
apresentadas ao cliente.
A intervenção envolve uma área bruta de constru-
ção de cerca de 66.000 m2, a realizar num prazo de
52 meses, e consta fundamentalmente da constru-
ção de dois novos blocos BC e BD, e da renovação
do já existente BB.
Esta renovação será faseada e que deverá ocorrer nos
meses de verão, aproveitando as férias escolares.
Os blocos a construir têm alturas que variam entre
os 4 e os 13 pisos, criando uma nova imagem neste
importante complexo de edifícios cívicos da cidade
de Belfast.
Dois dos edifícios existentes, METROPOLE e OR-
PHEUS, estão a ser demolidos, para dar lugar á
construção do novo bloco BD, bem como a uma
nova ponte de ligação sobre a York Street.
Os trabalhos incluem ainda a desmontagem, trans-
porte, instalação reabilitação e testes de diversos
equipamentos de investigação existentes no Cam-
pus de Jordanstown e que serão transferidos para
as novas instalações.
No seguimento da angariação da empreitada em
Belfast, na Irlanda do Norte, que consiste na cons-
trução da ampliação da Universidade de Ulster
(Fase 4 do Projeto), a Somague intensificou a sua
atuação comercial no Reino Unido.
Apesar das incertezas quanto às possíveis conse-
quências do BREXIT sobre o setor da construção,
tanto no que concerne o investimento privado e
público, como no que concerne possíveis altera-
ções legais, laborais, de regulamentação e de aces-
so ao mercado, a Somague decidiu manter a aposta
no mercado do Reino Unido que apresenta um pano
de investimentos em infraestruturas forte e consis-
tente nos próximos anos.
Fruto dessa aposta, a Somague (em Consórcio com a
John Paul Construction) foi pré-qualificada para o pro-
jeto de Dalry By Pass (na Escócia, perto de Glasgow).
O projeto, com um valor estimado de £ 38 milhões,
consiste na conceção e construção de uma estrada
com uma extensão de 3,8 km, com um perfil trans-
versal de 2+1 vias, inclui a construção de uma pon-
te com cerca de 300m de comprimento sobre uma
linha de água e uma via férrea (River Garnock e
Glasgow to Ayr rail line).
5.5Somague Engenharia, S.A. - Sucursal do Reino Unido
38
SOMAGUE ENGENHARIA5 RELATÓRIO ANUAL 2016
O valor estimado do projeto é de £ 38 milhões.
3.8km of new Wide Single 2+1 carriageway (WS2+1)
Viaduct over the River Garnock and the Glasgow to
Ayr rail line (280m long, four-spans viaduct).
A Somague apresentou a sua proposta à Transport
Scotland no dia 7 de março de 2017 e continua na
procura ativa de oportunidades no setor da cons-
trução de infraestruturas.
No quadro seguinte apresentam-se os principais in-
dicadores da empresa, são como segue:
(Unid: Euros)
2014 2015 2016Volume de negócios 0 5.446.250 10.188.246EBITDA 0 209.879 -752.131RAI 0 201.159 -752.131Resultado líquido 0 201.159 -752.131
Cash flow 0 209.879 -752.131Ativo líquido 0 8.052.721 10.052.905Capital próprio 0 201.159 -752.131Participação 0% 100% 100%
39
5PARTICIPADASSOMAGUE ENGENHARIA
Depois de passar por um período de recessão en-
tre 2008 e 2010 que culminou com o programa de
ajuda financeira, a Irlanda voltou a financiar-se nos
mercados. Desde então, verificou-se um forte cres-
cimento, aumento do PIB e dos investimentos (em
particular privados).
Com esta conjuntura, assistiu-se um forte aumento
dos investimentos privados no setor da construção
(residencial, comercial e industrial).
Verifica-se agora também uma recuperação gradual
do investimento público em infraestruturas.
A Somague intensificou a sua atuação comercial
neste mercado, seguindo com atenção todas as
oportunidades que estão a surgir no setor da cons-
trução de grandes infraestruturas.
A Somague foi pré-qualificada para o projeto de
conceção e construção da M7 - Naas Newbridge By
Pass (em Dublin), cuja fase de concurso está a decor-
rer, com a entrega das propostas ao cliente (Kildare
County Council) agendada para o mês de maio 2017.
O projeto, com um valor estimado de 75 milhões,
consiste na conceção e construção do aumento do
número de vias de uma autoestrada (2x2 para 2x3),
numa extensão, numa extensão 15,7 km. O projeto
inclui igualmente um bypass e uma estrada de liga-
ção a Sallins, com 3,7 km e1,2 km respetivamente.
A Somague apresentou igualmente um dossier de
pré-qualificação para integrar uma framework no
âmbito dos projetos de requalificação e expansão
de Alexandra Basin (Porto de Dublin).
No quadro seguinte apresentam-se os principais in-
dicadores da empresa, são como segue:
(Unid: Euros)
2014 2015 2016Volume de negócios 0 0 0EBITDA 161.242 -379.353 -539.042RAI 46.085 -386.566 -301.154Resultado líquido 40.325 -386.759 -301.154
Cash flow 32.522 -386.566 -539.089Ativo líquido 1.401.870 918.815 576.705Capital próprio 40.325 -430.145 -1.116.235Participação 100% 100% 100%
5.6Somague Engenharia, S.A. - Sucursal da Irlanda
40
SOMAGUE ENGENHARIA5 RELATÓRIO ANUAL 2016
Em 2016, Angola continuou a sofrer as consequên-
cias da baixa do preço do petróleo nos mercados
internacionais, tendo em conta que 95% das ex-
portações angolanas são petróleo e que este repre-
senta cerca de metade das receitas fiscais do país.
Apesar do setor petrolífero ter apresentado algum
dinamismo, as principais agências mundiais de no-
tação financeira desceram o “rating” da dívida so-
berana uma vez que se estima que em 2016 Angola
tenha atingido o pior desempenho económico em
14 anos, desde 2002, ano em que se pôs fim à guer-
ra civil.
Continua a ser um imperativo a adoção de reformas
estruturais com vista a ultrapassar ineficiências,
manter a estabilidade macroeconomia financeira,
estimular o potencial económico do setor privado
e consequentemente diversificar a economia. Está
em causa, sobretudo, reduzir a dependência do
setor petrolífero, de modo a reunir condições para
aumentar o ritmo de crescimento da economia e
promover um desenvolvimento equitativo. Neste
sentido, o Governo angolano formalizou em abril
um pedido ao Fundo Monetário Internacional (FMI)
para um programa de assistência técnica com uma
ajuda financeira que podia chegar aos 4,5 mil mi-
lhões de dólares. No entanto, em junho, já com o
barril de petróleo a bater máximos do ano, 45 dóla-
res, Angola voltaria atrás e prescindia desse apoio.
As diversas previsões apontam que Angola terá re-
gistado em 2016 uma taxa de crescimento real do
PIB de 0,1%, ou seja, uma economia que pratica-
mente parou, abaixo dos 1,1% estimados pelo Go-
verno no Orçamento Geral do Estado (OGE) revisto
2016 e dos 3,8% verificados em 2015. Este cenário
de estagnação ficou a dever-se fundamentalmente
à contração do setor não petrolífero, em especial
nos setores da indústria e construção civil, que fi-
caram limitados pela escassez de matérias-primas
importadas decorrentes da falta de divisas, assim
como do significativo decréscimo do investimento
público. Espera-se que em 2017, o crescimento re-
cupere para 1,25%, fruto da execução do Programa
de Investimentos Públicos e do Programa de Indus-
trialização Nacional 2013 - 2017.
Barragem de Laúca - Angola
5.7Somague Engenharia, S.A. - Sucursal de Angola
41
5PARTICIPADASSOMAGUE ENGENHARIA
No que respeita ao setor petrolífero, manteve-se a
tendência de ligeira queda na cotação internacional
do barril de petróleo, que atualmente se situa abai-
xo dos 50 dólares, não obstante, ter-se verificado
um aumento na produção de 0,8% face a 2015, de
modo a compensar em parte a queda para menos
de metade, das receita fiscais provenientes do pe-
tróleo, números que continuam a espelhar a eleva-
da dependência das receitas desta matéria-prima.
Este facto levou a que o OGE tivesse de ser revisto
em setembro, descendo a previsão de exportação,
em média, de 45 para 41 dólares por barril.
Quanto aos restantes setores, nomeadamente, mi-
neiro, industrial, construção, agricultura e serviços,
e apesar das perspetivas otimistas uma vez que
têm vindo a ganhar peso na economia angolana,
ter-se-á registado em 2016 uma contração de 0,4%
de acordo com as previsões do FMI. Entre os fatores
que contribuíram para esta situação, destacam-se
as dificuldades prolongadas no acesso a moeda es-
trangeira que levaram a uma redução na importa-
ção de inputs necessários ao pleno funcionamento
destes setores e não se traduziram na criação de
atividades com capacidade exportadora.
Relativamente à taxa de Inflação, em 2016 esta
manteve-se a níveis de dois dígitos e deverá, se-
gundo as previsões do FMI, situar-se perto dos
48%, contrastando com os 12% verificados em
2015, fruto das pressões inflacionistas resultantes
da forte depreciação do AKZ face ao USD e da con-
tinuada eliminação dos subsídios aos preços dos
combustíveis. Com o objetivo de conter a crescente
inflação, o Banco Nacional de Angola (BNA) impôs
condições mais restritivas em termos de liquidez,
tendo adotado uma estratégia clara de sucessivas
revisões em alta das taxas de juro interbancárias de
referência e decretado o agravamento das reservas
mínimas obrigatórias. No período de 2017 - 2021, a
taxa de inflação deverá tender a baixar, no entanto,
ainda se irá manter relativamente elevada, em re-
sultado da aplicação de condições monetárias mais
restritivas e de uma moeda nacional mais estável.
No que respeita à taxa de câmbio, o AKZ voltou a
desvalorizar-se em 2016 mais de 22% devido à
baixa das receitas do petróleo e redução dos finan-
ciamentos externos, mesmo com uma política mo-
netária mais restritiva, com o objetivo de garantir
a estabilidade dos preços e do sistema financeiro.
Para esta situação contribuiu igualmente a políti-
ca restritiva adotada pelo BNA no que se refere à
venda de divisas no mercado interno, com o intuito
de travar a saída excessiva de divisas e consequen-
temente, proteger o stock de reservas internacio-
nais, agravando ainda mais as taxas de câmbio e a
procura no mercado paralelo. Em 2016, esta “almo-
fada financeira” registou uma quebra de 15% face
a 2015, sendo o mais baixo desde a crise de 2008
- 2009, ainda assim mantém-se elevada sendo su-
ficiente para cobrir 5,7 meses de importações de
bens e serviços e tranquilizar os credores externos
da República, assegurando o serviço de dívida ofi-
cial a curto e médio prazo.
No capítulo da política orçamental, e apesar dos es-
forços para garantir a sustentabilidade das finanças
públicas, em 2016 Angola terá registado um agra-
vamento do défice orçamental que deverá situar-se
perto de 5,8% do PIB, fruto da revisão em baixa das
receitas do petróleo. Verificou-se um aumento da
dívida pública interna (emissão de títulos do tesou-
ro e obrigações) para financiar o défice adicional
que resulta de menores receitas esperadas face a
um aumento das despesas públicas (em especial
despesas de capital e sociais). De acordo com OGE
revisto para 2016, está previsto um défice orça-
mental de 6,8% do PIB e a dívida pública angolana
atingirá o limite de sustentabilidade estabelecido
42
SOMAGUE ENGENHARIA5 RELATÓRIO ANUAL 2016
de 70% do PIB nacional (agravamento de 20,3%
face a 2015). Angola terminou o ano a pagar taxas
de juro da dívida pública de cerca de 25%. Segun-
do as previsões de diversas instituições internacio-
nais, é de esperar até 2018, em média, um défice
orçamental de 5,5% do PIB por ano.
Ao nível da balança comercial (BC), fizeram-se sentir
os efeitos da diminuição das receitas petrolíferas,
responsáveis por quase toda a pauta exportadora
do país. Os dados apontam para uma queda das
receitas de exportação como reflexo da manuten-
ção dos preços do petróleo em níveis baixos, pre-
vendo-se que a balança corrente registe um novo
défice em 2016 de 11,6% do PIB, em comparação
com os 6,3% observados em 2015 e os inicialmen-
te previstos 6,2%. Relativamente às importações,
ocorreu igualmente uma queda resultado da des-
valorização cambial do AKZ, o que encareceu os
produtos e serviços importados. No atual contexto,
o principal desafio com que Angola se depara para
estagnar a deterioração da BC, será o de conter o
incremento das importações com as consequências
que daí poderão advir, já que o grosso das impor-
tações corresponde a bens de capital que estão re-
lacionados com setores chave ao desenvolvimen-
to económico e social, como sejam a construção e
energia e o crucial setor petrolífero.
O ano de 2017 será marcado pela realização de
eleições gerais à Presidência da República. O OGE
prevê que seja assegurado o programa de Estabi-
lidade cambial, com foco na garantia da solvência
externa da economia, redução da taxa de inflação,
desenvolvimento do programa de industrialização
e manutenção dos níveis necessários para o comér-
cio externo. Vai ser novamente num ano difícil e
cheio de desafios para Angola no plano económi-
co e social. Como o país enfrentará este cenário de
grande incerteza, principalmente no que toca à vo-
latilidade do preço do petróleo é ainda uma incóg-
nita, no entanto, o pais tem ainda grande potencial
para expandir setores como o da energia, a agricul-
tura, indústria transformadora, construção, pescas e
atividades mineiras, uma vez que apenas 40% dos
recursos minerais de Angola são conhecidos. A ex-
ploração de diamantes está a ser feita em 13 pro-
víncias e estão disponíveis 108 novos projetos para
os investidores privados. No seu mais recente re-
latório sobre Angola, a Economist Intelligence Unit
(EIU), afirma que a economia angolana só deverá a
começar a recuperar em 2017, prevendo-se que o
PIB cresça em média 2,9% ao ano, no período 2017
-2021, impulsionado pela recuperação do preço
do petróleo e do aumento da sua produção, assim
como pelas perspetivas de crescimentos sólidos do
consumo público e privado.
Espera-se que vários projetos atualmente em curso
possam contribuir para o desenvolvimento da ati-
vidade económica, destacando-se a exploração de
gás natural através da fábrica de processamento de
GNL no Soyo e o aproveitamento do potencial hi-
droelétrico do país, de que é exemplo a Barragem
de Laúca, onde a Somague tem desempenhado um
papel relevante atendendo à relevância do projeto.
No que respeita à presença da Somague em Angola,
e apesar desta conjuntura económica desfavorável
à qual a empresa não ficou imune em 2016, prosse-
guiu-se o reforço da aposta no mercado angolano
como um mercado estratégico no seio do universo
Somague, tendo em conta o seu potencial de cres-
cimento e desenvolvimento económico e social, o
que não impediu que tivessem sido levados a cabo
alguns ajustes a diversos níveis, no sentido prepa-
rar a empresa para enfrentar os novos desafios com
que se depara.
43
5PARTICIPADASSOMAGUE ENGENHARIA
As obras que mais contribuíram para a atividade da
Somague em Angola em 2016, foram as seguintes:
Somague Engenharia, S.A. - Sucursal de Angola
• Construção do Aeroporto da Catumbela - 3.º
Pacote
• Construção do Complexo Residencial de Benfi-
ca
• Construção do Sistema de Captação e Distribui-
ção de Água - Huambo
• Construção do Instituto Médio de Artes - 2.ª
Fase
Somague Angola - Construção e Obras Publicas, S.A.
• Construção do Complexo Kinaxixi - Estrutura
• Construção do Complexo Kinaxixi - Acabamen-
tos
• Recuperação e Ampliação da Escola Mutu-Ya-
-Kevela e Puniv
• Construção de Tomada de Água e Poços de Adu-
ção da Barragem de Laúca
• Construção do Terminal Oceânico do Soyo
• Restauro Sede do BNA
• Construção do Terminal de Cargas do Aeropor-
to da Catumbela - Benguela
• Construção do muro de vedação do Terreno
CCB7
• Reformulação do Condomínio Golden - Mora-
dias
• Construção do ISPTEC - 4.ª Fase
No ano de 2016, o volume de negócios gerado
pelas duas empresas rondou os 82 milhões de eu-
ros, o que representa um decréscimo de 27,6%
face a 2015. O resultado líquido de 2016 foi de
-7.479.158 euros, em contraste com os -7.988.889
euros registados em 2015.
Em 2016, das obras adjudicadas, destacam-se as
seguintes:
• Construção do Complexo Kinaxixi - Acabamen-
tos Edifício Cuca - 133,82 milhões USD
• Construção Base Logística Schlumberger Viana
- 19,4 milhões USD
• Construção de Vivenda - Alvalade - 5,8 milhões
USD
Para 2017 prevê-se uma atividade de cerca de 126
milhões de USD.
Em dezembro de 2016, as duas empresas engloba-
vam 455 colaboradores, sendo 337 colaboradores
locais e 118 expatriados.
Os principais indicadores relativos à atividade de-
senvolvida em Angola, agregando Sucursal e Filial,
são como seguem:
(Unid: Euros)
2014 2015 2016Volume de negócios 270.875.670 112.800.633 81.596.923EBITDA 44.764.036 7.741.708 -6.431.362RAI 42.073.049 -6.464.535 -4.586.093Resultado líquido 32.595.539 -7.988.889 -7.479.158
Cash flow 41.878.739 -3.060.096 -13.081.887Ativo líquido 575.259.656 528.042.193 457.239.981Capital próprio 76.200.636 49.557.217 36.075.906Participação 100% 100% 100%
44
SOMAGUE ENGENHARIA5 RELATÓRIO ANUAL 2016
Mantendo-se o impacto gerado pela crise interna-
cional e as debilidades intrínsecas da economia
Cabo-verdiana, manteve-se um reduzido investi-
mento, privado e público, o que se traduziu, de for-
ma generalizada, na manutenção dos níveis baixos
de atividade das construtoras locais e estrangeiras
que operam no país.
Apesar da crise e insegurança na região do mediter-
râneo que sugeria que o apetite por investimentos
privados na área imobiliária conhecesse desenvol-
vimentos de maior expressão, não se registou em
2016 a concretização efetiva dessas expetativas,
esperando-se uma retoma do setor em 2017.
Em relação ao investimento público, e na mesma
linha que nos anos anteriores, manteve-se o baixo
investimento público associado à incapacidade de
se encontrarem alternativas aos parceiros financei-
ros que colaboravam com o País, mas que perderam
a capacidade de manter os apoios devido à crise
internacional e por outro lado à tentativa de Cabo
Verde refrear o crescimento da sua dívida pública.
CVC - Construções de Cabo Verde, SARL / Somague
Engenharia, S.A. - Sucursal de Cabo Verde
A atividade desenvolvida no ano de 2016 resultou
numa performance financeira superior à de 2015,
devido ao impacto gerado pela reestruturação
em curso e consequentes reduções na estrutura
de custos da empresa, assim como pela melhoria
dos resultados em algumas obras, que por sua vez
compensaram o impacto negativo da paragem das
obras Casa para Todos ocorrida em 2015 com con-
sequências nefastas na margem final da obra.
5.8CVC - Construções de Cabo Verde, SARL / Somague Engenharia, S.A. - Sucursal de Cabo Verde
Continuou a verificar-se que a boa gestão contra-
tual das obras em curso, proporcionou à CVC uma
boa saúde financeira, sem necessidade de recorrer
à banca para financiar o arranque das obras anga-
riadas, sendo que a empresa mantém o controlo da
sua situação patrimonial e apresenta resultados fi-
nanceiros satisfatórios.
O volume de negócios foi superior ao do ano ante-
rior perfazendo 12 milhões de Euros. Este volume
de negócios originou um resultado líquido positivo
no valor de 1 milhão de euros.
De salientar que o volume de negócios da empre-
sa inclui também a rentabilização das estruturas
industriais, maquinaria e pessoal da empresa, no-
meadamente as centrais de betão e parque de
equipamentos, mas que no ano em análise atingiu
um valor de apenas 557 mil Euros.
O valor das angariações em 2016 foi de 4 milhões
de Euros, carteira a executar em 2016 e 2017, fac-
to que, confirma o impacto do contexto macroeco-
nómico e internacional adversos e consequente di-
minuição do interesse neste mercado. A atividade
prevista para 2017 ascende a 13,6 milhões de Euros,
e, virtude dos projetos em carteira e perspetivas de
angariação em concursos em estudo ou fase de de-
cisão à data e em projetos que se esperam venham a
ser colocados a concurso a muito breve trecho.
Em 2016, as principais obras angariadas foram:
• Trabalhos de Urgência na estrada de Fonte
Lima, Cidade da Praia, Ilha de Santiago
• Prospeção comercial para a Skypartners
• 1ª fase do Empreendimento Santo António
45
5PARTICIPADASSOMAGUE ENGENHARIA
Somague Engenharia, S.A. - Sucursal de Cabo Verde
A Somague Engenharia - Sucursal de Cabo Verde
iniciou a sua atividade em Cabo Verde em dezem-
bro de 2008, na sequência da angariação da obra de
Expansão e Modernização do Porto da Praia Fase 1.
Posteriormente foram assinados (em consórcio), o
contrato para a execução dos edifícios de apoio ao
mesmo Porto e cuja quota-parte da Somague ascen-
de a aproximadamente 5,8 milhões de Euros e o con-
trato da obra de Expansão e Modernização do Porto
de Sal Rei, na Boavista, cuja quota-parte da Somague
é de 16 milhões de Euros. Ainda em consórcio, a
empresa angariou a segunda fase do Porto da Praia,
cabendo-lhe a quota-parte de 27 milhões de Euros.
A atividade desenvolvida pela Sucursal em 2016
foi de aproximadamente 2.1 milhões de Euros, ob-
tendo um resultado antes de impostos de aproxi-
madamente 0,23 milhões de Euros.
A sucursal foi liquidada em junho de 2016, bastan-
do resolver alguns temas fiscais para o seu encerra-
mento definitivo. As reparações devidas nas obras
em fase de garantia serão asseguradas pela asso-
ciada CVC - Construções de Cabo Verde, SARL.
Os principais indicadores relativos à atividade de-
senvolvida em Cabo Verde, agregando Filial e Su-
cursal, são como seguem:
(Unid: Euros)
2014 2015 2016Volume de negócios 19.762.042 11.332.198 12.135.913EBITDA 6.002.683 2.978.000 1.831.264RAI 5.477.739 2.938.717 1.627.251Resultado líquido 4.463.758 2.042.966 1.235.200
Cash flow 5.110.749 2.320.496 1.491.005Ativo líquido 26.553.872 16.376.878 8.131.348Capital próprio 8.073.460 5.652.668 4.613.078Participação 90,30% 90,30% 90,30%
Porto de Sal Rei - Cabo Verde
SOMAGUE ENGENHARIA5 RELATÓRIO ANUAL 2016
46
O ano de 2016 caracterizou-se pela fase final da
obra do CDN - Corredor de Desenvolvimento do
Norte (Nacala), que entrou este ano na sua fase de
maior produção. Este projeto consiste na execução
de trabalhos de reabilitação da Infraestrutura e su-
perestrutura da secção 6 e 7 parte 1 e da secção 7
parte 2, no troço de Brownfield - Moçambique, da
Ferrovia Corredor de Nacala.
Apesar de Moçambique ser um país em franca ex-
pansão económica, mas com infraestruturas limi-
tadas para suportar o crescimento económico e
apoiar projetos de grande dimensão, e de existirem
oportunidades para a angariação de novos proje-
tos de construção, o ano de 2016 foi marcado por
alguma indefinição político-militar e por uma crise
5.9Somague Moçambique, Lda.
orçamental, que motivou o atraso no lançamento
de alguns projetos de infraestruturas e limitou a
chegada ao País de investimento e ajuda externa.
Os dados provisórios para 2016 apontam para um
crescimento do PIB na ordem dos 3,4% (Dados
FMI). Desde 2010, o crescimento do PIB a taxas no-
minais foi acima de 7% (sem efeito cambial). O Ano
de 2016 fica marcado por uma recessão originada
pelo clima de conflito interno e pela crise da dívi-
da contudo, espera-se uma recuperação para 2017
e principalmente 2018 suportada pela agricultura,
construção, serviços financeiros e pela expansão
da produção de carvão e construção de projetos de
GNL.
Corredor de Nacala - Moçambique
47
5PARTICIPADASSOMAGUE ENGENHARIA
Nos últimos anos a Balança de Pagamentos foi
equilibrada principalmente pelo Investimento Di-
reto Estrangeiro (IDE), no entanto, devido à sua di-
minuição, tem vindo a assistir-se a um aumento do
endividamento externo. Espera-se que este dimi-
nua a partir de 2030, com as receitas do GNL.
Em 2016, as entradas por via do IDE no país caíram,
principalmente devido à desaceleração no setor de
mineração, especialmente gás e carvão e à redução
das entradas por via de ajuda externa uqe continua
na expectativa da resolução da auditoria pedida
pelo FMI.
Numa tentativa de estabilizar o mercado cambial, o
Banco de Moçambique interveio no mercado para
defender a moeda, resultando numa diminuição
das Reservas Internacionais Líquidas muito à custa
do aumento da Taxa de Juro.
As dúvidas em torno do nível da dívida pública ori-
ginaram uma suspensão do programa de ajuda por
parte do FMI que iniciou uma missão no País. A mis-
são congratulou-se com o acordo alcançado com o
Ministério Público Geral e a Embaixada da Suécia
sobre os termos de referência detalhados e a se-
leção de uma empresa internacional para realizar
a auditoria independente em curso da EMATUM,
Proindicus e MAM. No momento oportuno, será im-
portante considerar reformas de governança fortes
para endereçar conclusões e recomendações do re-
latório de auditoria
As discussões sobre um possível acordo do FMI fo-
ram realizadas numa atmosfera construtiva e coo-
perativa. Embora tenham sido alcançados progres-
sos significativos em diversas questões técnicas,
são necessários ajustamentos adicionais para re-
forçar a estabilidade macroeconómica e financeira
e preparar um programa apoiado pelo Fundo.
No quadro seguinte apresentam-se os principais in-
dicadores da empresa, são como seguem:
(Unid: Euros)
2014 2015 2016Volume de negócios 28.881.533 58.612.440 24.743.488EBITDA 3.632.821 -3.369.592 6.793.250RAI 1.509.894 -5.408.473 3.783.797Resultado líquido 1.509.894 -3.677.762 2.572.982
Cash flow 2.482.691 -2.212.157 5.536.000Ativo líquido 41.794.590 139.108.855 21.217.906Capital próprio 27.328 -3.656.360 79.339Participação 100% 100% 100%
48
SOMAGUE ENGENHARIA5 RELATÓRIO ANUAL 2016
No decurso do ano de 2016, a atividade da Socieda-
de centrou-se, uma vez mais, na gestão e rentabili-
zação dos seus ativos imobiliários.
De facto, à semelhança do ano de 2015, a estratégia
da empresa continuou a centrar-se na alienação dos
ativos consumidores de recursos e na rentabilização
dos imóveis com potencial para arrendamento.
No Empreendimento de Habitação de Custos Con-
trolados, de São Pedro do Corval foram celebradas
as escrituras relativas aos lotes 43 e 45 no valor
de, respetivamente, 68.000 euros e 70.000 euros.
Dado, presentemente, o objetivo relativo a este
Empreendimento ser o da venda e não o arrenda-
mento dos ativos, foram enviadas cartas a todos
os arrendatários propondo a venda das moradias
e celebrado um acordo com uma entidade bancá-
ria para financiamento da compra das mesmas em
100%. Relativamente a dois dos contratos de ar-
rendamento com opção de compra cuja escritura
estava prevista para 2016, os mesmos foram pror-
rogados por um ano.
No que se refere às lojas e garagens dos Empreen-
dimentos de Habitação de Custos Controlados foi
assinado um contrato de promessa de compra e
venda de uma loja na Quinta do Mocho cuja escritu-
ra se irá realizar no decurso de 2019.
As escrituras previstas para 2016 de duas lojas e
uma garagem na Quinta das Mós foram objeto de
prorrogação de prazo, devendo ambas realizar-se
durante o primeiro semestre de 2017.
Em conclusão desta estratégia, a empresa durante
o ano de 2016, alcançou no Continente, um valor
global de escrituras no montante de 138.000 euros
e um valor de rendas próximo dos 115.000 euros.
No que se refere aos empreendimentos nos Açores,
foram concretizadas cinco escrituras, uma no em-
preendimento Lameirinho e quatro no empreendi-
mento Rosário Lagoa no valor total aproximado de
565.934 euros.
A atividade da Sociedade manteve-se em níveis
semelhantes aos de 2015, facto já esperado, visto
que o mercado alvo dos ativos por ela promovidos
levará tempo a recuperar.
No final do ano, a sociedade, bem como a sua par-
ticipada Soconstrói Engenharia, S.A., na qual parti-
cipa em 50%, procederam à avaliação, através de
uma entidade externa, das suas existências. Desta
avaliação resultou o reconhecimento de imparida-
des no valor aproximado de 524.000 euros, tendo
este facto afetado negativamente os resultados da
Sociedade em 2016.
No âmbito da HSE - Empreendimentos Imobiliários,
Lda., na qual a Soconstrói PMG participa em 27,5%,
é de salientar que a informação que nos foi forneci-
da à semelhança a 2015 obteve um resultado nega-
tivo de 35.451 euros.
No ano de 2017 a Sociedade manterá o mesmo
posicionamento estratégico de 2067. Nesse senti-
do, manter-se-á o esforço de arrendamento/venda
das unidades ainda não colocadas em São Pedro do
Corval.
5.10Soconstrói PMG - Promoção e Montagem de Negócios, S.A.
5PARTICIPADASSOMAGUE ENGENHARIA
49
A sociedade continuará também focada no destino
a dar às lojas e garagens que remanescem dos Em-
preendimentos de Habitação de Custos Controlados
promovidos em Loures - Quinta do Mocho e Quinta
das Mós, no sentido de os colocar comercialmente.
Em paralelo, continuarão os esforços no sentido de
reduzir os custos de estrutura da Sociedade.
No quadro seguinte apresentam-se os principais
indicadores consolidados da empresa, são como
segue:
(Unid: Euros)
2014 2015 2016Volume de negócios 415.181 380.585 790.814EBITDA -134.529 29.445 -85.133RAI 402.367 -305.341 -689.735Resultado líquido 433.340 -360.137 -689.845
Cash flow 425.576 -183.862 -425.772Ativo líquido 14.408.155 14.082.739 13.066.306Capital próprio 12.134.463 11.753.584 11.063.739Participação 100% 100% 100%
50
SOMAGUE ENGENHARIA5 RELATÓRIO ANUAL 2016
O ano de 2016 foi marcado pela integração da
Somague TI e dos seus colaboradores na Sacyr, fun-
cionalmente e hierarquicamente. Fruto dessa inte-
gração tiveram especial relevo o desenvolvimento
de sistemas para tudo o grupo Sacyr e a adaptação
de outros a novas necessidades e funcionalidades.
• MyR!sk - Aplicação de gestão do risco adaptada
ao modelo desenhado pela Sacyr. É uma aplica-
ção totalmente transversal a todo o grupo afe-
tando todos os negócios e países.
• SLIGO - Adaptação do sistema ao novo processo
de controlo de obra, desenhado pela Sacyr no
seu processo de transformação.
• Recursos Humanos - Continuação de um pro-
jeto iniciado no ano anterior de integração de
toda a informação de SAP HCM da Somague
numa aplicação Oracle da Sacyr que tem como
objetivo centralizar toda a informação de recur-
sos humanos do grupo.
• Gestão Societária - Adaptação do sistema de
gestão societária às necessidades do grupo e
extensão do seu alcance a todo o grupo Sacyr.
• SAP - Implementação de SAP em países onde a
Sacyr tem atividade, tendo começado as imple-
mentações no Qatar e Colômbia.
Os objetivos para 2017 são os de seguir adaptando
e desenvolvendo novas funcionalidades e sistemas
para apoiarem a transformação organizacional e de
processos pelos quais passa o Grupo Sacyr. Estão
já identificados novos sistemas, novos países para
implementar a arquitetura de sistemas e algumas
adaptações aos existentes, nomeadamente a SLI-
GO. Perspetiva-se um ano com muitos desafios e de
grande exigência.
Os principais indicadores da empresa são como se-
guem:
5.11Somague TI - Tecnologias de Informação, S.A.
(Unid: Euros)
2014 2015 2016Volume de negócios 2.473.509 2.187.163 1.919.205EBITDA 322.502 249.309 145.390RAI 255.988 395.879 102.627Resultado líquido 69.459 270.535 53.447
Cash flow 108.342 83.226 54.272Ativo líquido 6.036.279 6.854.881 6.498.607Capital próprio 4.757.236 5.027.771 5.081.218Participação 100% 100% 100%
51
5PARTICIPADASSOMAGUE ENGENHARIA
A Somague tem consolidado a sua presença no mer-
cado Marroquino materializada com muito sucesso
na última empreitada que realizou em Casablanca.
Esta obra consistiu na realização de um novo cais
de atracagem de barcos de cruzeiro, paralelo ao
molhe de proteção do Porto de Casablanca, numa
extensão de 666ml.
A Somague foi contractada pela empresa “Houar”,
para a execução dos 24 caixotões, bem como a rea-
lização do prisma de assentamento dos caixotões
e manobras marítimas de assentamento, pelo va-
lor global de, respetivamente 2.334.833euros e de
2.088.325 euros, que terminou no final do ano de
2016.
5.12Somague Engenharia, S.A. - Sucursal de Marrocos
(Unid: Euros)
2014 2015 2016Volume de negócios 0 254.131 4.668.335EBITDA 0 -46.473 -233.956RAI 0 46.318 -10.216Resultado líquido 0 46.318 -10.216
Cash flow 0 -46.473 -233.956Ativo líquido 0 3.012.209 2.819.290Capital próprio 0 46.318 -10.216Participação 100% 100% 100%
Este contrato, permitiu à Somague utilizar grande
parte do seu equipamento marítimo, bem como
equipas de manobra e supervisão para os traba-
lhos. Os meios envolvidos compreendem o Batelão
“Fronhas”, o Pontão “Picoto” com uma grua MW
4100, bem como o pequeno rebocador “Cacilhas” e
todo o conjunto de defensas e meios, necessários à
manobra marítima.
A Somague vai continuar com uma posição comer-
cial muito ativa neste mercado, seguindo com aten-
ção todas as oportunidades que estão a surgir e es-
tando disponível para analisar novos projetos.
No quadro seguinte apresentam-se os principais in-
dicadores da empresa, são como segue:
Terminal de Cruzeiros de Casablanca - Marrocos
52
SOMAGUE ENGENHARIA6 RELATÓRIO ANUAL 2016
6.1 Evolução Económico-financeira 56
6.2 Proposta de Aplicação dos Resultados 56
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6INFORMAÇÃO ECONÓMICO--FINANCEIRA
5RELATÓRIO ANUAL 2016SOMAGUE ENGENHARIA
54
SOMAGUE ENGENHARIA6 RELATÓRIO ANUAL 2016
Embora a degradação das condições económicas te-
nha estabilizado e nos dois últimos anos o PIB tenha
apresentado crescimentos moderados, o setor da
construção civil e obras públicas em Portugal não
acompanhou essa tendência de ligeira recuperação
mantendo-se numa situação de forte crise.
O setor das obras públicas continuou a protagoni-
zar quedas significativas registando-se no ano fin-
do uma ausência quase total de investimento em
infraestruturas públicas, sendo que os projetos
considerados prioritários pelo anterior Governo e
o consequente lançamento de concursos para a sua
execução continuaram sem sair do papel.
Os grandes investimentos públicos, onde se desta-
cam os projetos ferroviários inseridos nos dois cor-
redores internacionais continuam dependentes da
aprovação das candidaturas a fundos comunitários,
não sendo expetável que as obras para a sua concre-
tização se iniciem antes de 2018, mas agora pode-
mos considerar essa data como mais plausível o que
pode gerar expectativas futuras para nossa empresa.
Por outro lado, constata-se que o lançamento das
grandes obras de edificação previstas para 2015 foi
uma vez mais adiado, não se concretizando assim a
anunciada recuperação no setor. A exceção foram
as obras privadas de pequena dimensão, nomeada-
mente na área da Reabilitação de Edifícios, onde se
sentiu algum dinamismo da parte dos investidores,
pese embora a forte concorrência do setor.
No plano Internacional também a conjuntura foi al-
tamente desfavorável pois, tanto em Angola como
no Brasil, os principais mercados internacionais para
a Somague, sofreram uma contração muito significa-
tiva em consequência da queda abrupta do preço do
petróleo.
No caso do Brasil, os casos de corrupção vieram
ainda lançar um clima de suspeição no setor, com
as maiores empresas brasileiras e alguns membros
do Governo a serem alvo de processos judiciais por
acusações de corrupção envolvendo o seu favoreci-
mento em projetos para a Petrobras, contribuindo
fortemente para o agravamento da recessão que o
país está a viver.
Situações que em ambos os países levaram ao can-
celamento do lançamento de novos concursos de
obras públicas e a fortes revisões em baixa de con-
tratos adjudicados e alguns já em execução.
No caso do Brasil, embora os problemas que as em-
presas locais estão a viver venha no futuro a poten-
ciar as oportunidades de negócio para as empresas
não envolvidas nos processos judiciais existentes,
como é o caso da Somague Engenharia com uma
presencia ininterrompida dos últimos anos que es-
tabelece uma ventagem competitiva para o futuro,
ainda a situação demorará tempo a normalizar ve-
mos expectativas positivas no longo prazo.
No caso de Moçambique, outro mercado relevante
para a Somague, a economia tarda em despontar
o que condiciona a concretização dos projetos as-
sociados à exploração de gás na bacia do Rovuma,
cujas principais concessões foram já atribuídas a
consórcios liderados por empresas internacionais.
O positivo que vemos neste país com novas possi-
bilidades de financiamentos internacionais via ECAs
6.1Evolução Económico-financeira
55
6INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRASOMAGUE ENGENHARIA
(Export Credit Agency) o que pode significar oportu-
nidades para nossa empresa.
Nesta conjuntura fortemente adversa e tendo em con-
sideração a importância que a componente interna-
cional assume na atividade da Somague Engenharia,
fez com que a sua atividade apresentasse uma dimi-
nuição de 49,2% com relação ao ano anterior e uma
fortíssima quebra nos indicadores de rentabilidade.
Devido ao ambiente adverso, a Somague Engenha-
ria apresenta indicadores de solidez financeira de
bom nível, o que lhe permitirá enfrentar o ano de
2017 com segurança.
Uma vez mais, o ano de 2016 foi marcado pela con-
tinuidade da estratégia de internacionalização da
sua atividade com a entrada em novos mercados e
reforço nos existentes, de forma a mitigar a quebra
de atividade no mercado nacional que certamente
se irá prolongar no tempo. Atualmente, a sua ati-
vidade encontra-se direcionada para os mercados,
africano, brasileiro e europeu.
A evolução dos principais indicadores económi-
co-financeiros da Somague Engenharia resume-se
como segue:
(Unid: Euros)
INDICADORES 2014 2015 2016Variação
2016/2015AtividadeVolume de negócios 129.165.685 167.535.310 85.036.848 -49,2%
RendibilidadeEBITDA 4.472.505 24.880.613 -7.479.031 -130,1%RAI 4.286.385 -27.581.465 -25.104.031 -9,0%Resultados líquidos 2.473.259 -32.067.145 -28.482.900 -11,2%Resultados operacionais 17.293.595 -19.150.085 -15.218.101 -20,5%Resultados financeiros/Vol. de negócios -11,48% -16,46% -29,52% 79,3%Cash flow 11.724.548 -30.071.316 -23.884.465 -20,6%
Estrutura financeiraAtivo líquido 591.838.033 572.678.484 515.843.329 -9,9%Capitais próprios 172.774.921 139.668.161 110.633.017 -20,8%Autonomia financeira 29% 24% 21% -12,1%
Via rápida Câmara de Lobos/Estreito de Câmara de Lobos - Madeira - Portugal
56
SOMAGUE ENGENHARIA6 RELATÓRIO ANUAL 2016
A conta de resultados líquidos individuais da
Somague Engenharia apresentava no exercício fin-
do em 31 de dezembro de 2016, um resultado ne-
gativo de 28.482.900 euros.
O Conselho de Administração, tendo em conside-
ração as disposições legais (art.º 32 e 33 CSC) e o
contrato de sociedade, propõe que aos resultados
líquidos negativos de 28.482.900 euros seja dada a
seguinte aplicação:
Para reserva legal 0 €
Para resultados transitados -28.482.900 €
Sintra, 28 de fevereiro de 2017
Presidente:
José María Orihuela Uzal
Vice-presidente:
Jaime Domínguez Valdés-Hevia
6.2Proposta de Aplicação dos Resultados
57
6INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRASOMAGUE ENGENHARIA
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58
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
7.1 Demonstrações Financeiras Individuais 60
7.2 Anexo Individual 66
7.3 Certificação Legal das Contas 140
7.4 Relatório e Parecer do Conselho Fiscal 143
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7DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS INDIVIDUAIS
7RELATÓRIO ANUAL 2016SOMAGUE ENGENHARIA
60
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
(Montantes expressos em Euros)
Notas 31/12/2016 31/12/2015
ATIVOAtivos não correntesAtivos intangíveis 7 - -Ativos fixos tangíveis 8, 9 17.931.723 19.934.204 Participações financeiras - método equivalência patrimonial 10 115.196.393 123.068.871 Participações financeiras - outros métodos 10 863.738 870.528 Outros ativos financeiros 17 33.378.414 23.641.337 Ativos por impostos diferidos 16 9.120.649 9.161.489 Créditos a receber 17 3.994.353 3.396.109
Total de ativos não correntes 180.485.270 180.072.539 Ativos correntesInventários 11 11.858.952 12.788.428 Clientes 17 235.703.759 257.319.942 Adiantamentos a fornecedores 17 1.105.748 1.132.260 Estado e outros entes públicos 20.1 4.552.650 4.937.242 Acionistas/sócios 17 17.060.827 51.445 Outros créditos a receber 17 42.812.434 84.674.243 Diferimentos 20.2 1.730.768 497.882 Ativos financeiros detidos para negociação 17 712.805 10.427.658 Outros títulos e depósitos 4 16.288.415 16.936.397 Caixa e depósitos bancários 4 97.674 3.840.446
Total de ativos correntes 331.924.030 392.605.945
TOTAL DO ATIVO 512.409.300 572.678.484
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVOCAPITAL PRÓPRIOCapital subscrito 18 58.450.000 58.450.000 Outros instrumentos de capital próprio 18 64.945.905 64.945.905 Reservas legais 18 5.532.946 5.532.946 Outras reservas 18 9.371.100 9.371.100 Resultados transitados 18 25.932.188 57.718.755 Ajustamentos em ativos financeiros 18 (23.118.044) (23.118.044)Outras variações no capital próprio 18 (1.998.177) (1.165.355)Resultado líquido do período 18 (28.482.900) (32.067.145)TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 110.633.017 139.668.161
PASSIVOPassivos não correntesProvisões 14 46.019.430 55.571.990 Financiamentos obtidos 9 e 17 130.585.567 47.526.770 Passivos por impostos diferidos 16 331.394 113.691 Outras dívidas a pagar 17 8.748.557 8.945.636
Total de passivos não correntes 185.684.947 112.158.087 Passivos correntesFornecedores 17 122.434.511 156.342.315 Adiantamentos clientes 17 1.213.246 2.077.359 Estado e outros entes públicos 20.1 6.552.279 1.953.855 Acionistas/sócios 17 2.175.088 2.631.676 Financiamentos obtidos 17 24.573.682 87.003.175 Outras dívidas a pagar 17 50.914.181 48.928.933 Diferimentos 20.2 8.228.348 21.914.923
Total de passivos correntes 216.091.336 320.852.235
TOTAL DO PASSIVO 401.776.283 433.010.322
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 512.409.300 572.678.484
Balanço
Em 31 de dezembro de 2016 e 2015
61
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
(Montantes expressos em Euros)
Notas 31/12/2016 31/12/2015
Rendimentos e gastos:
Vendas e serviços prestados 13 85.036.848 167.535.310
Subsídios à exploração 5.526 14.012
Ganhos/perdas imputados subsidiárias, associadas, empreendimentos conjuntos 20.3 (9.327.486) (35.848.018)
Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas 11 (5.542.755) (13.760.402)
Fornecimento e serviços externos 20.4 (92.378.166) (91.973.090)
Gastos com o pessoal 19 (32.480.251) (49.207.869)
Imparidade inventários (perdas/reversões) 11 (600.061) (440.904)
Imparidade dívidas a receber (perdas/reversões) 17 645.660 (2.122.482)
Provisões (aumentos/reduções) 14 2.876.495 (4.057.757)
Imparidade investimentos não depreciáveis/amortizáveis 17 112 60.959
Aumentos/reduções de justo valor - -
Outros rendimentos 20.5 43.965.841 20.196.135
Outros gastos 20.6 (6.086.073) (7.923.482)
RESULTADOS ANTES DEPRECIAÇÕES, GASTOS FINANCEIROS E IMPOSTOS (13.884.310) (17.527.588)
Gastos/reversões de depreciação e amortizações (1.333.790) (1.622.497)
Imparidade investimentos depreciações/amortizações (perdas/reversões) - -
RESULTADO OPERACIONAL (ANTES GASTOS FINANCEIROS E IMPOSTOS) (15.218.101) (19.150.085)
Juros e rendimentos similares obtidos 20.7 1.069.521 1.491.603
Juros e gastos similares suportados 20.8 (10.955.451) (9.922.984)
RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS (25.104.031) (27.581.465)
Impostos sobre o rendimento do período 16 (3.378.869) (4.485.680)
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO (28.482.900) (32.067.145)
Demonstração dos Resultados por Natureza
Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015
62
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
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161
64
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
(Montantes expressos em Euros)
Notas 31/12/2016 31/12/2015
Fluxo de caixa das atividades operacionais - Método Direto
Recebimentos de clientes 174.568.178 167.244.375
Pagamentos a fornecedores (131.472.798) (107.648.021)
Pagamentos ao pessoal (32.480.251) (55.494.190)
Caixa gerada pelas operações 10.615.130 4.102.164
Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento (35.000) 145.242
Outros recebimentos/pagamentos (12.122.400) 5.340.270
Fluxos de caixa das atividades operacionais (1) (1.542.270) 9.587.675
Fluxo de caixa das atividades de investimento
Pagamentos respeitantes a:
Ativos fixos tangíveis (48.775) (1.760.677)
Investimentos financeiros - -
Empréstimos concedidos (10.077.795) (8.695.629)
(10.126.570) (10.456.307)
Recebimentos provenientes de:
Ativos fixos tangíveis 1.212.751 1.343.154
Investimentos financeiros 139.000 7.000
Empréstimos concedidos 198.359 -
Juros e rendimentos similares 657.696 1.443.673
Dividendos 2.690.956 4.778.127
4.898.762 7.571.954
Fluxos de caixa das atividades de investimento (2) (5.227.808) (2.884.352)
Fluxo de caixa das atividades de financiamento
Recebimentos provenientes de:
Financiamentos obtidos 180.887.172 39.519.965
Realizações de capital e de outros instrumentos de capital próprio - -
Suprimentos SGPS - 21.465.389
Outras operações de financiamento 531.222 3.226.790
181.418.394 64.212.143
Pagamentos respeitantes a:
Financiamentos obtidos (160.096.349) (47.047.123)
Locações (692.741) (1.181.815)
Juros e gastos similares (10.955.451) (9.922.984)
Dividendos - -
Suprimentos SGPS (17.009.381) -
Outras operações de financiamento - (7.879.486)
(188.753.923) (66.031.407)
Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3) (7.335.529) (1.819.264)
Variação de caixa e seus equivalentes (1) + (2) + (3) (14.105.607) 4.884.059
Efeito das diferenças de câmbio - -
Caixa e seus equivalentes no início do período 4 31.204.501 26.320.441
Caixa e seus equivalentes no fim do período 4 17.098.894 31.204.501
Demonstração de Fluxos de Caixa
Em 31 de dezembro de 2016 e 2015
65
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
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66
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
1. Identificação da entidade
1.1. Designação da entidade
A entidade foi constituída em 30 de setembro de
1993 com a denominação social de Somague En-
genharia, S.A.
1.2. Sede
A empresa tem a sua sede na Rua da Tapada da
Quinta Cima - Linhó.
1.3. Natureza da atividade
A Somague - Engenharia, S.A. (“Somague” ou “Em-
presa”) tem sede em Sintra, foi constituída em 30
de setembro de 1993 e tem por objeto social a exe-
cução de obras públicas e privadas e a compra e
venda de imóveis, incluindo a compra para revenda.
Adicionalmente, a Empresa desenvolveu ativida-
des nos mercados angolanos, espanhol, brasileiro,
marroquino, irlandês, cabo-verdiano e UK através
de sucursais. Os ativos, passivos, custos e proveitos
dessas sucursais estão refletidos nas demonstra-
ções financeiras anexas.
Durante o ano de 2008, e na sequência das deci-
sões tomadas pelo acionista no sentido da aliena-
ção das participações financeiras na área de negó-
cio das concessões rodoviárias, cuja concretização
ficou concluída no primeiro semestre de 2009, o
Grupo Somague procedeu à reorganização interna
das suas participações ao nível da Somague SGPS.
Em resultado da referida reorganização, a Somague
SGPS, passou a deter de forma direta e individualiza-
da a área de negócio das utilities, através da Somague
Utilities, antes na dependência da Somague Investi-
mentos e esta da Somague Engenharia.
As operações de reorganização realizadas, passa-
ram pela alienação por parte da Somague Investi-
mentos à Somague SGPS, da totalidade da sua par-
ticipação na Somague Utilities, a qual por sua vez
detinha a totalidade da Engigás e 20% da Neopul,
e numa fase posterior pela alienação pela Somague
Investimentos à Somague Utilities da participa-
ção direta de 80% que detinha na Neopul. Assim,
a Somague Utilities, passou a deter integralmente
a Neopul e a Engigás e a ser detida integralmente
pela Somague SGPS.
Durante o ano de 2010 e na sequência das decisões
tomadas pelo acionista foi alienada a totalidade da
participação que a Somague Utilities detinha sobre
a Engigás, à Somague Engenharia. Na sequência da
alienação foi efetuada a fusão com efeitos contabi-
lísticos a partir de 1 de novembro de 2010.
7.2Anexo Individual (em 31 de dezembro de 2016)
(Quantias estão expressas em Euros exceto quando expressamente indicado de outra forma)
Este documento contém as divulgações exigidas pelas Normas de Contabilidade e de Relato Financeiro (NCRF) que com-
põem o Sistema de Normalização Contabilística (SNC), em referência ao exercício de 2016.
67
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
Durante o ano de 2011 procedeu-se à fusão por
incorporação, mediante transferência global do
património da Somague Utilities para a Somague
Investimentos.
O motivo da fusão assenta numa estratégia de reor-
ganização do Grupo Somague no sentido de con-
centrar numa única sociedade (a Somague Inves-
timentos) a titularidade das participações detidas
pela Somague Utilities.
Associada a esta estratégia de reorganização está
a necessidade de consolidação de estruturas e de
meios que permitam uma melhor eficiência da
Somague Investimentos no setor em que opera a
Neopul - Sociedade de Estudos e Construções, S.A.
(sociedade detida integralmente pela Somague
Utilities).
Durante o ano de 2012 foi decidido pelos acionis-
tas concentrar na Somague Engenharia as participa-
ções financeiras da área da construção, nesse sen-
tido com efeitos contabilísticos a partir de janeiro
de 2012 foi efetuada a fusão por incorporação da
Somague Investimentos na Somague Engenharia.
Posteriormente foi realizada a fusão da Somague
Madeira, com o objetivo de concentrar apenas numa
única sociedade toda a atividade desenvolvida na
Madeira. A fusão da Somague Madeira teve efeitos
contabilísticos a partir de setembro de 2012, me-
diante a transferência global do património para a
Somague Engenharia.
1.4. Designação da empresa-mãe
A empresa-mãe denomina-se Somague SGPS, S.A.
1.5. Sede da empresa-mãe
A empresa-mãe tem a sua sede em Portugal.
2. Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras
2.1. Sistema de Normalização Contabilística
Com a publicação do Decreto-Lei n.º 158/2009 de
13 de julho, foi revogado o Plano Oficial de Conta-
bilidade (POC) e as Diretrizes Contabilísticas com
efeitos a partir de 1 de janeiro de 2010. Assim, para
o exercício que se iniciou após esta data a empresa
passou a fazer o relato contabilístico das suas con-
tas individuais de acordo com as Normas de Con-
tabilidade e Relato Financeiro (NCRF) que fazem
parte integrante do SNC.
As presentes demonstrações financeiras indivi-
duais incluem as demonstrações financeiras da
Somague Engenharia a 31 de dezembro de 2016.
2.2. Novas normas e interpretações aplicáveis ao
exercício
Em resultado da transposição para o ordenamen-
to jurídico interno da Diretiva n.º 2013/34/UE, do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de junho
de 2013, através da publicação do Decreto-Lei n.º
98/2015 de 2 de junho, ocorreram alterações a ní-
vel das NCRF que têm aplicação obrigatória para
exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro
de 2016. Da aplicação dessas normas e interpreta-
ções não são esperados impactos relevantes para
as demonstrações financeiras da Empresa.
68
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
2016 2015
Edifícios e outras construções Linha reta Linha reta
Equipamento básico Linha reta Linha reta
Equipamento de transporte Linha reta Linha reta
Equipamento administrativo Linha reta Linha reta
Outros ativos fixos tangíveis Linha reta Linha reta
3. Principais políticas contabilísticas
3.1. Bases de mensuração usadas na preparação
das demonstrações financeiras
Na preparação das demonstrações financeiras indi-
viduais a que se referem as presentes notas, a em-
presa adotou:
• As Bases de Preparação das Demonstrações fi-
nanceiras constantes do anexo ao Decreto-Lei
nº 158/2009, de 13 de julho, que instituiu o
SNC;
Assim, as demonstrações financeiras foram prepa-
radas tendo em conta as bases da continuidade, do
regime do acréscimo, da consistência de apresenta-
ção, da materialidade e agregação, da não compen-
sação e da informação comparativa.
Tendo por base o disposto nas NCRF, as políticas
contabilísticas adotadas pela empresa foram as se-
guintes:
a. Ativos fixos tangíveis
Os Ativos Fixos Tangíveis referem-se a bens utili-
zados na produção, na prestação de serviços ou no
uso administrativo.
A Somague Engenharia adotou o custo considera-
do na mensuração dos Ativos Fixos Tangíveis em
referência a 1 de janeiro de 2009 (data de transi-
ção para as NCRF), nos termos da isenção permitida
pela NCRF 3 - Adoção pela Primeira vez das NCRF.
A empresa adotou como custo considerado:
• Para Terrenos e Edifícios, o valor constante das
anteriores demonstrações financeiras prepa-
radas de acordo com o POC, o qual incluía re-
servas de reavaliação efetuadas ao abrigo de
diversos diplomas legais que tiveram em conta
coeficientes de desvalorização da moeda.
• Para os restantes Ativos Fixos Tangíveis, o va-
lor constante das anteriores demonstrações fi-
nanceiras preparadas de acordo com o POC, o
qual incluía reservas de reavaliação efetuadas
ao abrigo de diversos diplomas legais que tive-
ram em conta coeficientes de desvalorização
da moeda.
Com exceção dos Terrenos que não são amortizá-
veis, os Ativos Fixos Tangíveis são amortizados du-
rante o período de vida económica esperada e ava-
liados quanto à imparidade sempre que existe uma
indicação de que o ativo pode estar em imparidade.
As amortizações são calculadas numa base duode-
cimal, a partir do momento em que os bens estão
disponíveis para a utilização para a finalidade pre-
tendida, utilizando os seguintes métodos:
As taxas de amortização estão definidas tendo em
vista amortizar totalmente os bens até fim da sua
vida útil esperada e são as seguintes:
2016 2015
Edifícios e outras construções 2,00 - 12,50 2,00 - 12,50
Equipamento básico 10,00 - 33,33 10,00 - 33,33
Equipamento de transporte 12,50 - 25,00 12,50 - 25,00
Equipamento administrativo 16,66 - 33,33 16,66 - 33,33
Outros ativos fixos tangíveis 16,66 16,66
69
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
Os bens adquiridos em regime de locação financei-
ra são amortizados utilizando as mesmas taxas dos
restantes ativos fixos tangíveis, ou seja, tendo por
base a respetiva vida útil.
Considera-se que o valor residual é nulo pelo que o
valor depreciável sobre o qual incidem as amortiza-
ções é coincidente com o custo.
Os métodos de amortização, a vida útil estimada e
o valor residual são revistos no final de cada ano e
os efeitos das alterações são tratados como altera-
ções de estimativas, ou seja, o efeito das alterações
é tratado de forma prospetiva.
O gasto com amortizações é reconhecido na de-
monstração de resultados na rubrica Gastos/rever-
sões de depreciação e amortização.
Os custos de desmantelamento e remoção de bens
do ativo fixo tangível e os custos de restauração do
local onde estes estão localizados, em cuja obriga-
ção se incorre quando os bens são adquiridos ou
como consequência de terem sido usados duran-
te um determinado período para finalidades dife-
rentes da produção de inventários, fazem parte do
custo do ativo fixo tangível correspondente e são
amortizados no período de vida útil dos bens a que
respeitam.
Os custos de manutenção e reparação correntes
são reconhecidos como gastos no período em que
ocorrem.
Os custos com substituições e grandes reparações
são capitalizados sempre que aumentem a vida útil
do imobilizado a que respeitem e são amortizadas
no período remanescente da vida útil desse imo-
bilizado ou no seu próprio período de vida útil, se
inferior.
Qualquer ganho ou perda resultante do desreco-
nhecimento de um ativo tangível (calculado como
a diferença entre o valor de venda menos custos da
venda e o valor contabilístico) é incluído no resul-
tado do exercício no ano em que o ativo é desreco-
nhecido.
Os Ativos Fixos Tangíveis em Curso dizem respeito
a bens que ainda se encontram em fase de cons-
trução ou desenvolvimento e estão mensurados
ao custo de aquisição sendo somente amortizados
quando se encontram disponíveis para uso.
Imparidade
A Somague Engenharia avalia se existe qualquer
indicação de que um ativo possa estar com impari-
dade no final do ano. Se existir qualquer indicação,
a empresa estima a quantia recuperável do ativo
(que é a mais alta entre o justo valor do ativo ou
de uma unidade geradora de caixa menos os custos
de vender e o seu valor de uso) e reconhece nos
resultados do exercício a imparidade sempre que
a quantia recuperável for inferior ao valor contabi-
lístico.
Ao avaliar se existe indicação de imparidade são ti-
das em conta as seguintes situações:
• Durante o período, o valor de mercado de um
ativo diminuiu significativamente mais do que
seria esperado como resultado da passagem do
tempo ou do uso normal;
• Ocorreram, durante o período, ou irão ocorrer
no futuro próximo, alterações significativas
com um efeito adverso na entidade, relativas
ao ambiente tecnológico, de mercado, econó-
mico ou legal em que a entidade opera ou no
mercado ao qual o ativo está dedicado;
• As taxas de juro de mercado ou outras taxas de
70
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
mercado de retorno de investimentos aumenta-
ram durante o período, e esses aumentos prova-
velmente afetarão a taxa de desconto usada no
cálculo do valor de uso de um ativo e diminuirão
materialmente a quantia recuperável do ativo;
• A quantia escriturada dos ativos líquidos da enti-
dade é superior à sua capitalização de mercado;
• Está disponível evidência de obsolescência ou
dano físico de um ativo;
• Alterações significativas com um efeito ad-
verso na entidade ocorreram durante o perío-
do, ou que se espera que ocorram num futuro
próximo, até ao ponto em que, ou na forma em
que, um ativo seja usado ou se espera que seja
usado. Estas alterações incluem um ativo que
se tornou ocioso, planos para descontinuar ou
reestruturar a unidade operacional a que o ati-
vo pertence, planos para alienar um ativo antes
da data anteriormente esperada;
• Existe evidência em relatórios internos que in-
dica que o desempenho económico de um ativo
é, ou será, pior do que o esperado.
Independentemente de haver indicações de esta-
rem em imparidade, os bens que ainda não estão
disponíveis para uso são testados anualmente
quanto à imparidade.
As reversões de imparidade são reconhecidas em
resultados e são efetuadas apenas até ao limite
que resultaria se o bem nunca tivesse sido sujeito
a imparidade.
b. Ativos intangíveis
Ativos intangíveis adquiridos separadamente são
mensurados, na data do reconhecimento inicial, ao
custo.
Após o reconhecimento inicial os ativos intangíveis
apresentam-se ao custo menos amortizações acu-
muladas e perdas por imparidade acumuladas.
As vidas úteis dos ativos intangíveis são avaliadas
entre finitas ou indefinidas, sendo que à data do
balanço não existem ativos intangíveis com vidas
úteis indefinidas.
Os Ativos intangíveis com vidas úteis finitas são
amortizados durante o período de vida económica
esperada e avaliados quanto à imparidade sempre
que existe uma indicação de que o ativo pode estar
em imparidade.
A imparidade destes ativos é determinada tendo
por base os critérios descritos na alínea a) Ativos
Fixos Tangíveis.
As reversões de imparidade são reconhecidas em
resultados e não devem exceder a quantia escritu-
rada do bem que teria sido determinada caso ne-
nhuma perda por imparidade tivesse sido reconhe-
cida anteriormente.
Para um ativo intangível com uma vida útil finita, os
métodos de amortização, a vida útil estimada e o
valor residual são revistos no final de cada ano e os
efeitos das alterações são tratados como alterações
de estimativas i.e. o efeito das alterações é tratado
de forma prospetiva.
As amortizações são calculadas numa base duode-
cimal utilizando os seguintes métodos:
2016 2015
Propriedade industrial Linha reta Linha reta
71
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
Considera-se que o valor residual é nulo pelo que o
valor depreciável sobre o qual incidem as amortiza-
ções é coincidente com o custo.
As taxas de amortização estão definidas tendo em
vista amortizar totalmente os bens até fim da sua
vida útil esperada e são as seguintes:
O gasto com amortizações de ativos intangíveis
com vidas úteis finitas é reconhecido na demons-
tração de resultados na rubrica de Gastos/rever-
sões de depreciação e amortização.
Qualquer ganho ou perda resultante do desre-
conhecimento de um ativo intangível (calculado
como a diferença entre o valor de venda menos o
custo da venda e o valor contabilístico) é incluído
no resultado do exercício no ano em que o ativo é
desreconhecido.
Seguem-se algumas especificidades relativas a
cada um dos tipos de Ativos Intangíveis.
b.1 Propriedade Industrial
Nesta rubrica encontram-se refletidos os alvarás
registadas em nome da empresa, relativamente aos
quais existe um requisito legal para o exercício da
atividade de construção.
A amortização é efetuada no período de utilização
exclusiva de cada alvará.
c. Participações financeiras - método da equiva-
lência patrimonial
Estão valorizados de acordo com o método de equi-
valência patrimonial os investimentos no seguinte
tipo de entidades:
• Subsidiárias (definindo-se como tal as entida-
des que são controladas pela empresa) exceto
as que se enquadrarem nas seguintes condi-
ções:
- Não serem materialmente relevantes para
as Demonstrações financeiras darem uma
imagem verdadeira e apropriada da posi-
ção financeira;
- Existirem restrições severas e duradouras
que prejudicam substancialmente o exercí-
cio pela empresa mãe dos seus direitos so-
bre o património ou a gestão da empresa;
- As partes de capital terem sido adquiridas
exclusivamente tendo em vista a sua ces-
são posterior.
• Associadas, definindo-se como tal as entidades
nas quais a empresa exerce uma influência sig-
nificativa e que não são nem Subsidiárias nem
Empreendimentos Conjuntos;
• Empreendimentos Conjuntos definindo-se
como tal atividades económicas desenvolvidas
em parceria com outras empresas, sujeitos a
controlo conjunto, mediante um acordo contra-
tual.
Para determinação do controlo ou influência sig-
nificativa são levados em conta os interesses exis-
tentes à data tendo em conta potenciais direitos de
voto.
2016 2015
Propriedade industrial 20,00% 20,00%
72
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
O método da equivalência patrimonial foi utilizado
a partir da data em que cada uma das participadas
se enquadrou numa das categorias acima referidas.
Na data da aquisição do investimento, a dife-
rença entre o custo do investimento e a parte da
Somague Engenharia no justo valor dos ativos, pas-
sivos e passivos contingentes identificáveis da ad-
quirida foi contabilizada de acordo com a NCRF 14
- Concentrações de Atividades Empresariais. Desta
forma:
• O Goodwill relacionado foi incluído na quantia
escriturada do investimento;
• O excesso da parte da Somague Engenharia no
justo valor dos ativos, passivos e passivos con-
tingentes identificáveis das participadas acima
do custo do investimento foi excluído da quan-
tia escriturada do investimento e foi incluído
como rendimento os resultados no período em
que o investimento foi adquirido.
Subsequentemente à data de aquisição a quantia
escriturada dos investimentos:
• Foi aumentada ou diminuída para reconhecer, a
parte nos resultados das participadas depois da
data da aquisição;
• Foi diminuída pelas distribuições de resultados
recebidas;
• Foi aumentada ou diminuída para refletir, por
contrapartida de Capitais Próprios, alterações
no interesse proporcional da empresa nas par-
ticipadas resultantes de alterações nos capitais
próprios destas que não tenham sido reconhe-
cidas nos respetivos resultados. Tais alterações
incluem, entre outras situações, as resultantes
da Revalorização de Ativos Fixos Tangíveis e
das diferenças de transposição de moeda es-
trangeira.
Na mensuração destes investimentos foram ainda
respeitadas as seguintes disposições relativas à
aplicação deste método:
• As demonstrações financeiras das participadas
já estavam preparadas, ou foram ajustadas ex-
tra contabilisticamente, de forma a refletir as
políticas contabilísticas do grupo antes de po-
derem ser usadas na determinação dos efeitos
da equivalência patrimonial;
• As demonstrações financeiras das participadas
usadas na determinação dos efeitos da equiva-
lência patrimonial reportam-se à mesma data
das do grupo ou se, diferente, não diferem mais
do que três meses em relação às do grupo;
• Quando o valor do investimento fica reduzido
a zero, as perdas adicionais são tidas em con-
ta mediante o reconhecimento de um passivo
sempre que a empresa incorre em obrigações
legais ou construtivas. Quando posteriormente
as participadas relatam lucros, o grupo retoma
o seu reconhecimento apenas após a sua parte
nos lucros igualar a parte das perdas não reco-
nhecidas.
Imparidade
A imparidade destes ativos foi determinada tendo
por base os critérios descritos na alínea ativos fixos
tangíveis.
73
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
Goodwill
O Goodwill corresponde a benefícios económicos
futuros resultantes de ativos que não são capazes
de ser individualmente identificados e separada-
mente reconhecidos.
O Goodwil relativo a Subsidiárias encontra-se refle-
tido na rubrica de participações financeiras - méto-
do de equivalência patrimonial. O Goodwill é regis-
tado com ativo e é sujeito a amortizações (desde 1
de janeiro de 2016).
Na alienação de uma subsidiária, associada ou
entidade conjuntamente controlada, o respetivo
goodwill é incluído na determinação da mais ou
menos valia.
Nos casos em que o custo de aquisição é inferior ao
justo valor dos ativos líquidos identificados, a dife-
rença apurada é registada como ganho na demons-
tração dos resultados do período em que ocorre a
aquisição.
Sempre que o interesse da adquirente no justo valor
dos ativos, passivos e passivos contingentes iden-
tificáveis excede o custo da concentração de ativi-
dades empresariais, a diferença é imediatamente
reconhecida nos resultados do período, após rea-
valiação da identificação e mensuração dos ativos
e passivos contingentes identificáveis da adquirida
e da mensuração do custo da concentração.
Quando o Goodwill faz parte de uma unidade gera-
dora de caixa e parte de uma operação dentro des-
sa unidade é alienada, o Goodwill associado com a
operação alienada é incluído no valor contabilísti-
co da operação para determinar o ganho ou perda
da operação. O Goodwill desreconhecido nestas
circunstâncias é mensurado com base nos valores
relativos entre a operação alienada e a porção da
unidade geradora de caixa mantida.
O Goodwill apresentado no Balanço está mensura-
do ao custo menos imapridades.
Imparidade
A imparidade do Goodwill é testada pelo menos
anualmente. Se os acontecimentos ou alterações
nas circunstâncias indicarem que pode estar com
imparidade de acordo com a NCRF 12 - Imparida-
de de Ativos, a imparidade do Goodwill é testada
com maior frequência i.e. sempre que as condições
o determinem.
As perdas por imparidade do Goodwill não podem
ser revertidas.
Para efeitos de testar a imparidade o Goodwill ad-
quirido numa concentração de atividades empresa-
riais é alocado a cada uma das unidades geradoras
de caixa que se espera que venham a beneficiar das
sinergias da concentração, independentemente de
outros ativos ou passivos da adquirida poderem
também ser alocados a essas unidades.
d. Participações financeiras - outros métodos
A empresa utiliza o modelo do justo valor para va-
lorizar as participações financeiras em entidades
cujos títulos são negociados publicamente e que
não sejam Subsidiárias, Associadas nem Empreen-
dimentos Conjuntos. As variações ocorridas no Jus-
to valor destas participações são reconhecidas em
Resultados.
74
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
O empresa utiliza o modelo do custo para participa-
ções financeiras em:
• Associadas nas quais não foi possível utilizar o
método da equivalência patrimonial por exis-
tirem restrições severas e duradouras que pre-
judicam significativamente a capacidade de
transferência de fundos para a empresa;
• Outras entidades nas quais não é obrigada a
utilizarem o método da equivalência patrimo-
nial e onde não tem condições para determinar
o Justo valor de forma fiável, designadamente
participações financeiras em empresas não co-
tadas.
De acordo com o modelo do custo as participações
financeiras são reconhecidas inicialmente pelo seu
custo de aquisição, que inclui custos de transação,
sendo subsequentemente o seu valor diminuído
por perdas por imparidade, sempre que ocorram.
Imparidade
A empresa avaliou a imparidade destes ativos no fi-
nal do ano. Sempre que existiu uma evidência obje-
tiva de imparidade, a empresa reconheceu uma per-
da por imparidade na demonstração de resultados.
A evidência objetiva de imparidade teve em conta
dados observáveis que chamassem a atenção sobre
os seguintes eventos de perda:
• Significativa dificuldade financeira do emitente;
• O desaparecimento de um mercado ativo para
o ativo financeiro devido a dificuldades finan-
ceiras do devedor;
• Informação observável indicando que existe uma
diminuição na mensuração da estimativa dos flu-
xos de caixa futuros de um grupo de ativos finan-
ceiros desde o seu reconhecimento inicial.
e. Ativos e passivos por impostos diferidos e Im-
posto sobre o Rendimento do Período
e.1 Ativos e passivos por impostos diferidos
Os Ativos e Passivos por Impostos Diferidos resul-
tam do apuramento de diferenças temporárias en-
tre a base contabilística e a base fiscal dos ativos e
passivos da empresa.
Os Ativos por Impostos Diferidos refletem:
• As diferenças temporárias dedutíveis até ao
ponto em que é provável a existência de lucros
tributáveis futuros relativamente ao qual a di-
ferença dedutível pode ser usada;
• Perdas fiscais não usadas e créditos fiscais não
usados até ao ponto em que seja provável que
lucros tributáveis futuros estejam disponíveis
contra os quais possam ser usados.
Diferenças temporárias dedutíveis são diferenças
temporárias das quais resultam quantias que são
dedutíveis na determinação do lucro tributável/
perda fiscal de períodos futuros quando a quantia
escriturada do ativo ou do passivo seja recuperada
ou liquidada.
Os passivos por impostos diferidos refletem dife-
renças temporárias tributáveis.
As diferenças temporárias tributáveis são diferen-
ças temporárias das quais resultam quantias tribu-
táveis na determinação do lucro tributável/perda
fiscal de períodos futuros quando a quantia escri-
turada do ativo ou do passivo seja recuperada ou
liquidada.
Não são reconhecidos impostos diferidos relativos
às diferenças temporárias associadas aos investi-
75
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
mentos em associadas e interesses em empreendi-
mentos conjuntos por se considerar que se encon-
tram, satisfeitas, simultaneamente, as seguintes
condições:
• A empresa é capaz de controlar a tempestivida-
de da reversão da diferença temporária; e
• É provável que a diferença temporária não se
reverterá no futuro previsível.
A mensuração dos Ativos e Passivos por Impostos
Diferidos:
• É efetuada de acordo com as taxas que se es-
pera que sejam de aplicar no período em que o
ativo for realizado ou o passivo liquidado, com
base nas taxas fiscais aprovadas à data de ba-
lanço; e
• Reflete as consequências fiscais decorrentes da
forma como a empresa espera, à data do balan-
ço, recuperar ou liquidar a quantia escriturada
dos seus ativos e passivos.
e.2 Imposto sobre o Rendimento
O imposto sobre o rendimento do período engloba
os impostos correntes e diferidos do exercício.
O imposto corrente é determinado com base no
resultado contabilístico ajustado de acordo com a
legislação fiscal em vigor.
A empresa é residente em Portugal e é tributada em
sede de Imposto sobre o Rendimento (IRC) à taxa
de 21%. A taxa de tributação acrescida da Derrama
até à taxa máxima de 1,5% sobre o Lucro Tributá-
vel. Na parte do lucro tributável quando superior a
1.500.000 euros até 7.500.000 euros incide ainda
a derrama estadual em 3%, na parte em que exce-
de os 7.500.000 euros até 35.000.000 euros incide
a taxa de 5%, e quando ultrapassa os 35.000.000
euros aplica-se a taxa de 7%.
Nos termos do art. 88º do Código do Imposto sobre
o Rendimento das Pessoas Coletivas, a empresa en-
contra-se sujeita a tributação autónoma sobre um
conjunto de encargos às taxas previstas no artigo
mencionado.
Em 31 de dezembro de 2016 a Empresa e algu-
mas das suas participadas (localizadas em Portu-
gal e onde a percentagem de participação é igual
ou superior a 90%) estão abrangidas pelo regime
especial de tributação dos grupos de sociedades,
previsto no artigo 63º do código do Imposto sobre
o Rendimento das Pessoas Coletivas - IRC. Nesta
conformidade, o resultado fiscal da Empresa e das
suas participadas concorrem para a matéria coletá-
vel da entidade dominante Somague, SGPS, S.A.. A
opção pelo novo regime conduz a que o custo com
o imposto sobre o rendimento seja reconhecido na
esfera individual da Empresa e a conta a pagar ao
Estado esteja refletida na sociedade dominante.
De acordo com a legislação em vigor, as declara-
ções fiscais estão sujeitas a revisão e correção por
parte das autoridades fiscais durante um período
de quatro anos exceto quando tenham havido pre-
juízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios
fiscais ou estejam em curso inspeções, reclamações
ou impugnações, casos estes em que, dependendo
das circunstâncias, os prazos são prolongados ou
suspensos. Deste modo, as declarações fiscais da
Empresa dos anos de 2013 a 2015 poderão ainda
vir a ser sujeitas a revisão e correção.
76
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
f. Inventários
A valorização dos inventários e os respetivos méto-
dos de custeio são os seguintes:
O custo dos inventários inclui:
• Custos de compra (preço de compra, direitos de
importação, impostos não recuperáveis, custos
de transporte, manuseamento e outros direta-
mente atribuíveis à compra, deduzidos de des-
contos comerciais, abatimentos e outros itens
semelhantes);
• Custos de conversão (mão de obra e gastos ge-
rais de produção);
• Outros custos incorridos para colocar os inven-
tários no seu local e condições pretendidos;
Sempre que o valor realizável líquido é inferior ao
custo de compra ou de conversão, procede-se à re-
dução de valor dos inventários, mediante o reco-
nhecimento de uma perda por imparidade, a qual é
revertida quando deixam de existir os motivos que
a originaram.
Para este efeito, o valor realizável líquido é o preço
de venda estimado no decurso ordinário da ativi-
dade empresarial menos os custos estimados de
acabamento e os custos necessários para efetuar a
venda. As estimativas tomam em consideração as
variações relacionadas com acontecimentos ocorri-
dos após o final do período na medida em que tais
acontecimentos confirmem condições existentes
no fim do período.
g. Ativos financeiros detidos para negociação
Esta rubrica inclui instrumentos financeiros detidos
para negociação e o justo valor quando positivo
dos instrumentos financeiros derivados que, embo-
ra contratados no âmbito da política de gestão de
riscos da empresa não são enquadráveis em termos
de contabilidade de cobertura, quer porque não fo-
ram designados formalmente para o efeito quer por
não serem eficientes do ponto de vista da cobertu-
ra de acordo com o estabelecido na NCRF 27 (com
aplicação supletiva da IAS 39).
Valorização Métodos de CusteioMercadorias Valor de produção ou valor realizá-
vel liquido dos dois o mais baixoValor de produção ou valor realizá-
vel liquido dos dois o mais baixo
Matérias-primas, subsidiárias e de consumoCusto de compra Custo médio
77
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
Os ativos financeiros detidos para negociação in-
cluem:
• Instrumentos de capital próprio com cotação
divulgada publicamente;
• Outros ativos detidos para negociação - ao jus-
to valor por resultados; e
• São mensurados ao justo valor com as varia-
ções de justo valor reconhecidos nos resulta-
dos do período.
A imparidade destes ativos foi determinada tendo
por base os critérios descritos na alínea f).
h. Ativos Financeiros não incluídos nas alíneas
acima
Os ativos financeiros são reconhecidos quando as
empresas do grupo se constituem parte na respeti-
va relação contratual.
Os ativos financeiros não incluídos nas alíneas atrás
e que não são valorizados ao justo valor estão valo-
rizados ao custo ou ao custo amortizado líquido de
perdas por imparidade, quando aplicável.
No final do ano a empresa avaliou a imparidade
destes ativos. Sempre que existia uma evidência
objetiva de imparidade, a empresa reconheceu uma
perda por imparidade na demonstração de resulta-
dos.
A evidência objetiva de que um ativo financeiro ou
um grupo de ativos poderia estar em imparidade
teve em conta dados observáveis que chamassem a
atenção sobre os seguintes eventos de perda:
• Significativa dificuldade financeira do devedor;
• Quebra contratual, tal como não pagamento ou
incumprimento no pagamento do juro ou amor-
tização da dívida;
• A empresa, por razões económicas ou legais re-
lacionados com a dificuldade financeira do de-
vedor, oferece ao devedor concessões que de
outro modo não consideraria;
• Tornar -se provável que o devedor irá entrar em
falência ou qualquer outra reorganização finan-
ceira;
• Informação observável indicando que existe
uma diminuição na mensuração da estimativa
dos fluxos de caixa futuros de um grupo de ati-
vos financeiros desde o seu reconhecimento
inicial.
Os ativos financeiros individualmente significati-
vos foram avaliados individualmente para efeitos
de imparidade. Os restantes foram avaliados com
base em similares características de risco de crédi-
to.
A imparidade apurada nos termos atrás referidos
não difere significativamente daquela que é apura-
da com critérios e para efeitos fiscais.
78
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
Seguem-se algumas especificidades relativas a
cada um dos tipos de ativos financeiros.
h.1 Acionistas/Sócios
Os empréstimos a acionistas encontram-se valori-
zados ao custo amortizado, utilizando o método da
taxa de juro efetiva, menos imparidade.
Os restantes saldos com acionistas são apresenta-
dos pelo respetivo custo, deduzido de perdas por
imparidade, sempre que aplicável, determinada
com base nos critérios definidos na alínea h).
h.2 Clientes
Os créditos a receber de Clientes são mensuradas,
aquando do reconhecimento inicial, de acordo com
os critérios de mensuração de Vendas e Prestações
de Serviços descritos na alínea p) sendo subse-
quentemente mensuradas da seguinte forma:
• Clientes c/c - ao custo menos imparidade;
• Clientes títulos a receber - ao custo menos im-
paridade.
A imparidade é determinada com base nos critérios
definidos na alínea h).
Os créditos sobre clientes cedidos em factoring
sem recurso, ou seja, em que no caso de não paga-
mento por parte dos clientes a perda é assumida
pela empresa de factoring são desreconhecidos do
Balanço aquando do recebimento das quantias pro-
venientes da empresa de factoring.
Os créditos sobre clientes cedidos em factoring com
recurso, ou seja, em que no caso de não pagamento
por parte dos Clientes a empresa de factoring tem o
direito de reclamar à Somague Engenharia as quan-
tias não pagas mantêm-se reconhecidos no Balanço
e o risco de incobrabilidade associado é conside-
rado para efeitos de determinação da imparidade.
Neste caso os valores recebidos da empresa de
factoring são reconhecidos no passivo como outras
dívidas a pagar.
h.3 Adiantamentos a fornecedores
Estes saldos são apresentados pelo respetivo cus-
to, deduzido de perdas por imparidade, sempre que
aplicável, determinada com base nos critérios defi-
nidos na alínea h).
h.4 Outros créditos a receber
Os outros créditos a receber encontram-se valori-
zados da seguinte forma:
• Pessoal - ao custo menos imparidade;
• Adiantamentos a fornecedores de investimen-
tos - ao custo menos imparidade;
• Devedores por acréscimos de rendimentos - ao
custo menos imparidade;
• Outros devedores - ao custo menos imparidade.
A imparidade, em ambos os casos é determinada
com base nos critérios definidos na alínea h).
h.5 Caixa e depósitos bancários
Os montantes incluídos nesta rubrica correspon-
dem aos valores de caixa e outros depósitos, vencí-
veis a menos de três meses, e que possam ser ime-
diatamente mobilizáveis com risco insignificante
de alteração de valor.
79
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
Estes saldos estão mensurados da seguinte forma:
• Caixa - ao custo;
• Depósitos sem maturidade definida - ao custo;
• Outros depósitos com maturidade definida - ao
custo amortizado, determinado com base no
método da taxa de juro efetiva.
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa,
a rubrica de ‘‘Caixa e equivalentes de caixa’’ com-
preende, além de caixa e depósitos bancários tam-
bém:
• Os descobertos bancários incluídos na rubrica
de “Financiamentos obtidos”.
h.6 Outros ativos financeiros
A rubrica de outros ativos financeiros, inclui os em-
préstimos que se encontram valorizados ao custo
amortizado menos imparidades.
i. Estado e outros entes públicos
Os saldos ativos e passivos desta rubrica são apura-
dos com base na legislação em vigor.
No que respeita aos ativos não foi reconhecida
qualquer imparidade por se considerar que tal não
é aplicável dada a natureza específica do relacio-
namento.
São reconhecidas como provisão para impostos,
as impugnações judiciais e reclamações graciosas,
que possam resultar em imposto a suportar pelo
Grupo, tendo por base a melhor estimativa na data
de relato, sendo o seu montante revisto todos os
exercícios.
j. Diferimentos ativos e passivos
Esta rubrica reflete as transações e outros aconte-
cimentos relativamente aos quais não é adequado
o seu integral reconhecimento nos resultados do
período em que ocorram, mas que deviam ser reco-
nhecidos nos resultados e períodos futuros.
k. Rubricas do Capital próprio
k.1 Capital Subscrito
Em cumprimento do disposto no artº 272 do Códi-
go das Sociedades Comerciais (CSC) o contrato de
sociedade indica o prazo para realização do capital
subscrito e não realizado à data da escritura.
k.2 Outros Instrumentos de capital próprio
Esta rubrica inclui Prestações Acessórias que foram
efetuadas pelos acionistas, na sequência de delibe-
ração em Assembleia Geral, e que ficaram sujeitas
ao regime das Prestações Suplementares. De acor-
do com este regime, tais prestações não vencem ju-
ros (artº 210 do CSC) não têm prazo de reembolso
definido (artº 211 do CSC) e só podem ser reem-
bolsadas se após o seu reembolso o capital próprio
não ficar inferior à soma do capital e da Reserva Le-
gal (artº 213 do CSC).
k.3 Reserva legal
De acordo com o artº 295 do CSC, pelo menos 5%
do resultado tem de ser destinado à constituição
ou reforço da reserva legal até que esta represente
pelo menos 20% do capital subscrito.
80
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
A reserva legal não é distribuível a não ser em caso
de liquidação e só pode ser utilizada para absorver
prejuízos, depois de esgotadas todas as outras re-
servas, ou para incorporação no capital subscrito
(artº 296 do CSC)
k.4 Outras reservas
Esta rubrica inclui reservas de reavaliação efetua-
das nos termos dos anteriores PCGA e as efetuadas
na data de transição, líquidas dos correspondentes
impostos diferidos, e que não são apresentadas na
rubrica Excedentes de Revalorização pelo facto de
a entidade ter adotado o método do custo conside-
rado na data de conversão para o SNC.
As reservas de reavaliação efetuadas ao abrigo de
diplomas legais, de acordo com tais diplomas só
estão disponíveis para aumentar capital ou cobrir
prejuízos incorridos até à data a que se reporta a
reavaliação e apenas depois de realizadas (pelo uso
ou pela venda).
As reservas que resultam da revalorização efetuada
na data de transição, as quais só estão disponíveis
para distribuição depois de realizadas (pelo uso ou
pela venda).
k.5 Resultados transitados
Esta rubrica inclui resultados do exercício que se
positivos estão disponíveis para distribuição aos
acionistas.
k.6 Ajustamentos em ativos financeiros
Esta conta incluí os ajustamentos relacionados com
a aplicação do método da equivalência patrimonial
e nomeadamente a apropriação das variações nos
capitais próprios das participadas e lucros não atri-
buídos.
k.7 Resultado Líquido do Período
Esta rubrica inclui os resultados realizados disponí-
veis para distribuição aos acionistas.
l. Provisões
Esta conta reflete as obrigações presentes (legais
ou construtivas) da entidade provenientes de acon-
tecimentos passados, cuja liquidação se espera que
resulte num exfluxo de recursos da entidade que
incorporem benefícios económicos e cuja tempes-
tividade e quantia são incertas, mas cujo valor pode
ser estimado com fiabilidade.
As provisões são mensuradas pela melhor estima-
tiva do dispêndio exigido para liquidar a obrigação
presente à data do balanço. Sempre que o efeito
do valor temporal do dinheiro é material, a quantia
de uma provisão é o valor presente dos dispêndios
que se espera que sejam necessários para liquidar a
obrigação usando uma taxa de desconto antes dos
impostos que reflete as avaliações correntes de
mercado do valor temporal do dinheiro e dos riscos
específicos do passivo e que não reflete riscos re-
lativamente aos quais as estimativas dos fluxos de
caixa futuros tenham sido ajustados.
Seguem-se algumas especificidades relativas a de-
terminadas provisões:
l.1 Provisões para impostos
Nesta conta a Empresa regista as suas responsabili-
dades perante o Estado, cuja natureza esteja clara-
mente definida e que à data do balanço a sua ocor-
rência seja provável ou certa.
81
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
l.2 Provisões para garantia de obra
Estas provisões referem-se a gastos previstos com
garantias a clientes. De acordo com o princípio da
correlação de gastos com rendimentos, a empresa
reconhece o rédito das prestações de serviços, e
em simultâneo todos os gastos associados a esse
rédito.
A estimativa do gasto com garantias envolve a aná-
lise histórica dos gastos reais incorridos nos últi-
mos 3 anos.
As percentagens e valores de gastos utilizados são
revistos anualmente, sendo ajustado o valor da pro-
visão a considerar em cada ano.
l.3 Provisões para processos judiciais em curso
Nesta conta a empresa regista as perdas estimadas
em processo judiciais em curso.
l.4 Provisões para contratos onerosos
Nesta rubrica são consideradas as provisões com as
perdas esperadas com contratos de construção, que
de acordo com a NCRF 19 devem ser reconhecidas
como gasto do período na sua totalidade.
l.5 Provisões para situações líquidas negativas
Como referido na nota 3.1 (d) a Empresa, quando
o valor do investimento fica reduzido a zero, reco-
nhece um passivo sempre que o capital próprio da
participada é negativo. Quando posteriormente as
participadas relatam lucros, a empresa retoma o
seu reconhecimento apenas após a sua parte nos
lucros igualar a parte das perdas não reconhecidas.
m. Financiamentos Obtidos
Os financiamentos estão valorizados ao custo
amortizado determinado com base na taxa de juro
efetiva. De acordo com este método, na data do re-
conhecimento inicial os financiamentos são reco-
nhecidos no passivo pelo valor nominal recebido,
líquido de despesas com a emissão o qual corres-
ponde ao respetivo justo valor nessa data. Subse-
quentemente, os financiamentos são mensurados
ao custo amortizado, que inclui todos os encargos
financeiros calculados de acordo com o método da
taxa de juro efetiva.
n. Outros Passivos Financeiros não incluídos nas
alíneas anteriores
Os Passivos Financeiros são reconhecidos quando
a empresa se constitui parte na respetiva relação
contratual.
Os Passivos financeiros não incluídos nas alíneas
atrás estão valorizados ao justo valor (por capitais
próprios ou por resultados), ou ao custo.
n.1 Outras Dívidas a Pagar
Os Fornecedores de Investimentos - Contas Gerais
estão mensuradas ao custo.
As restantes dívidas a pagar estão mensuradas ao
custo.
n.2 Fornecedores
As dívidas a pagar a fornecedores são reconhecidas
inicialmente pelo respetivo justo valor e, subse-
quentemente, são mensuradas ao custo.
82
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
n.3 Adiantamentos de Clientes
Os Adiantamentos de clientes estão mensurados ao
custo.
n.4 Acionistas/Sócios
Os empréstimos a acionistas encontram-se valori-
zados ao custo amortizado, utilizando o método da
taxa de juro efetiva.
Os restantes saldos com acionistas são apresenta-
dos ao custo.
o. Efeito das alterações das taxas de câmbio
As transações em moeda estrangeira são converti-
das para Euro às taxas nas datas das transações.
Os saldos que se mantenham em dívida no final do
ano são convertidos à taxa de fecho e a diferença é
reconhecida em resultados.
Para efeitos da aplicação do método da equivalên-
cia patrimonial, as demonstrações financeiras das
participadas originariamente expressas em moeda
estrangeira são convertidas para euro da seguinte
forma:
• Os ativos e passivos em moeda estrangeira são
transpostos pelo uso da taxa de fecho;
• Os ganhos e perdas são transpostos pelo uso da
taxa de câmbio à data da transação;
p. Vendas e prestações de serviço
As Vendas e as Prestações de Serviço são mensura-
das pelo justo valor da retribuição recebida ou a re-
ceber deduzido das quantias relativas a descontos
comerciais e de quantidades concedidos.
Embora o rédito somente seja reconhecido quando
for provável que os benefícios económicos asso-
ciados à transação fluam para a empresa, quando
surja uma incerteza acerca da cobrabilidade de uma
quantia já incluída no rédito, a quantia incobrável,
ou a quantia com respeito à qual a recuperação te-
nha cessado de ser provável, é reconhecida como
uma imparidade, e não como um ajustamento da
quantia de rédito originalmente reconhecido.
Seguem-se algumas especificidades relativas ao re-
conhecimento das Vendas e Prestações de Serviços:
p.1 Prestações de Serviço
O rédito das Prestações de Serviços é reconhecido
quando o desfecho da transação pode ser estimado
com fiabilidade o que ocorre quando todas as con-
dições seguintes são satisfeitas:
• A quantia de rédito pode ser fiavelmente men-
surada com fiabilidade;
• É provável que os benefícios económicos asso-
ciados à transação fluam para a empresa;
• A fase de acabamento da transação à data do
balanço pode ser mensurada com fiabilidade; e
• Os custos incorridos com a transação e os cus-
tos para concluir a transação podem ser fiavel-
mente mensurados.
83
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
A percentagem de acabamento é determinada ten-
do por base a proporção que os custos incorridos
até à data têm nos custos totais estimados da pres-
tação de serviços (referentes aos serviços executa-
dos ou a serem executados).
Pagamentos progressivos e adiantamentos de
clientes não são tidos em conta para a determina-
ção da percentagem de acabamento.
q. Gastos com o Pessoal
Os gastos com o pessoal são reconhecidos quando
o serviço é prestado pelos empregados indepen-
dentemente da data do seu pagamento.
Seguem-se algumas especificidades relativas a
cada um dos tipos de Gastos com o Pessoal:
q.1 Férias e Subsídio de Férias
De acordo com a legislação laboral em vigor os
empregados têm direito a férias e a subsídio de
férias no ano seguinte àquele em que o serviço é
prestado. Assim, foi reconhecido nos resultados do
exercício um acréscimo do montante a pagar no
ano seguinte o qual se encontra refletido na rubrica
“Outras Dívidas a Pagar”.
q.2 Distribuição de Lucros a Empregados
As distribuições de Lucros a empregados são reconhe-
cidas em Gastos com o Pessoal no período a que res-
peitam e não como uma distribuição de Resultados.
r. Juros e gastos similares suportados
Os gastos com financiamento são reconhecidos na
demonstração de resultados do período a que res-
peitam e incluem:
• Juros suportados determinados com base no
método da taxa de juro efetiva;
s. Ativos e passivos contingentes
Um ativo contingente é um possível ativo prove-
niente de acontecimentos passados e cuja existên-
cia só será confirmada pela ocorrência ou não de
um ou mais acontecimentos futuros incertos não
totalmente sob o controlo da entidade.
Os Ativos Contingentes não são reconhecidos nas
demonstrações financeiras para não resultarem no
reconhecimento de rendimentos que podem nunca
ser realizados. Contudo, são divulgados quando for
provável a existência de um influxo futuro.
Um Passivo Contingente é:
• Uma obrigação possível que provém de acon-
tecimentos passados e cuja existência só será
confirmada pela ocorrência ou não de um ou
mais acontecimentos futuros incertos não to-
talmente sob o controlo da entidade, ou
• Uma obrigação presente que decorra de acon-
tecimentos passados mas que não é reconheci-
da porque:
• Não é provável que uma saída de recursos
seja exigida para liquidar a obrigação, ou
• A quantia da obrigação não pode ser men-
surada com suficiente fiabilidade.
Os Passivos Contingentes não são reconhecidos
nas demonstrações financeiras para não resultarem
84
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
no reconhecimento de gastos que podem nunca se
tornar efetivos. Contudo, são divulgados sempre
que existe uma probabilidade de exfluxos futuros
que não seja remota.
t. Eventos subsequentes
Os eventos após a data do balanço que proporcio-
nem informação adicional sobre as condições que
existiam à data do balanço são refletidos nas de-
monstrações financeiras. Os eventos após a data
do balanço que proporcionem informação sobre
condições que ocorram após a data do balanço são
divulgados no anexo às demonstrações financeiras,
se materiais.
3.2. Juízos de valor
a. Vida útil dos Ativos Fixos Tangíveis e Intangí-
veis
A vida útil de um ativo é o período durante o qual
uma entidade espera que esse ativo esteja disponí-
vel para seu uso e deve ser revista pelo menos no
final de cada exercício económico.
O método de amortização/depreciação a aplicar e
as perdas estimadas decorrentes da substituição
de equipamentos antes do fim da sua vida útil, por
motivos de obsolescência tecnológica, é essencial
para determinar a vida útil efetiva de um ativo.
Estes parâmetros são definidos de acordo com a
melhor estimativa da gestão, para os ativos e negó-
cios em questão, considerando também as práticas
adotadas por empresas dos setores em que a em-
presa opera.
b. Créditos a receber
A Empresa tem registada uma conta a receber do
Boavista Futebol Clube sobre a qual a entidade jul-
ga não haver qualquer risco de recuperabilidade.
A conta a receber já sofreu perdas por imparidade
importantes e é revista a cada exercício económico.
O valor da conta receber está garantido com uma
hipoteca sobre o Estádio de Futebol e foi elaborado
um estudo por uma entidade externa de avaliação
do imóvel e daí não resultaram diferenças que jus-
tificassem o reconhecimento em 2016 de qualquer
perda por imparidade.
c. Reconhecimento de Prestações de Serviços
A empresa utiliza o método da percentagem de aca-
bamento no reconhecimento das suas Prestações
de Serviço.
A utilização deste método requer que a empresa
estime os serviços executados como uma percen-
tagem do total de serviços a serem executados os
quais também necessitam de ser estimados.
d. Provisões para Impostos
A empresa, suportada nas posições dos seus con-
sultores fiscais e tendo em conta as responsabili-
dades reconhecidas, entende que das eventuais
revisões dessas declarações fiscais não resultarão
correções materiais nas demonstrações financeiras
que requeiram a constituição de qualquer provisão
para impostos.
85
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
3.3. Principais fontes de incerteza das estimativas
As estimativas são baseadas no melhor conheci-
mento existente em cada momento e nas ações
que se planeiam realizar, sendo permanentemente
revistas com base na informação disponível.
Alterações nos factos e circunstâncias subsequen-
tes podem conduzir à revisão das estimativas no
futuro, pelo que os resultados reais poderão vir a
diferir das estimativas presentes.
As principais fontes de incerteza das estimativas
(envolvendo risco significativo de provocar ajusta-
mento material nas quantias escrituradas de ativos
e passivos durante o ano financeiro seguinte) são
os seguintes:
a. Imparidade dos créditos a receber
O risco de crédito dos saldos de créditos a receber
é avaliado a cada data de relato, tendo em conta a
informação histórica do devedor e o seu perfil de
risco tal como referido no parágrafo 3.1.
Os créditos a receber são ajustadas pela avaliação
efetuada dos riscos estimados de cobrança existen-
tes à data do balanço, os quais poderão vir divergir
do risco efetivo a incorrer no futuro.
b. Provisões
O reconhecimento de provisões tem inerente a de-
terminação da probabilidade de saída de fluxos fu-
turos e a sua mensuração com fiabilidade.
Estes fatores estão muitas vezes dependentes de
acontecimentos futuros e nem sempre sob o con-
trolo da empresa pelo que poderão conduzir a ajus-
tamentos significativos futuros, quer por variação
dos pressupostos utilizados, quer pelo futuro reco-
nhecimento de provisões anteriormente divulga-
das como passivos contingentes.
86
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
(Unid: Euros)
2016 2015
Caixa 181.560 164.845
Depósitos à ordem (181.988) 2.178.703
Outros depósitos bancários 98.102 1.496.898
97.674 3.840.446
(Unid: Euros)
2016 2015
Caixa 181.560 164.845
Depósitos à ordem (181.988) 2.178.703
Outros depósitos bancários 98.102 1.496.898
97.674 3.840.446
Ativos financeiros detidos para negociação 712.805 10.427.658
810.479 14.268.104
4. Fluxos de caixa
A rubrica de Caixa e depósitos bancários no Balan-
ço decompõem-se da seguinte forma:
O saldo de Caixa e Equivalentes de Caixa constante
da Demonstração de Fluxos de Caixa decompõem-
-se da seguinte forma:
O montante de 16.288.415 euros de “Outros títulos
e depósitos” apresentado no balanço, refere-se a
contas bancárias dadas como caução de operações
de financiamento.
5. Políticas contabilísticas, alterações nas estimativas contabilísticas e erros
Durante o exercício de 2016 não ocorreram altera-
ções voluntárias de políticas contabilísticas face às
consideradas na preparação da informação finan-
ceira relativa ao exercício anterior apresentada nos
comparativos.
87
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
6. Partes relacionadas
6.0 Subsidiárias e outras partes relacionadas
A Empresa detém as seguintes participações em
empresas subsidiárias:
Na sequência da fusão da Somague Investimentos
na Somague Engenharia, em 1 de janeiro de 2012,
a empresa passou a deter as participações finan-
ceiras na Somague Ediçor, Somague Engenharia
Madeira, Soconstrói PMG, Somague Angola, CVC,
Somague Moçambique, Edimecânica e Neopul.
Após a fusão da Somague Investimento na Somague
Engenharia, procedeu-se à fusão da Somague Ma-
deira na Somague Engenharia, com efeitos contabi-
lísticos a partir de setembro de 2012.
Em 2012 foi constituída a Somague Togo, começan-
do a operar nesse mercado no início de 2013.
No decurso do ano de 2013 foi feita a liquidação da
sociedade Enfoque.
Foi constituída a sociedade Somague UK, LTD em
2014, uma vez que a empresa ganhou uma obra na
Irlanda Norte.
No ano de 2016 foi feita a liquidação da sociedade
SGIS.
% Controlo efetivo
Nome Atividade Localização participação 2016 2015
No âmbito da Somague Engenharia
Somague TI - Tecnologias de Informação, S.A. Consultoria informática Portugal 100,00% 100,00% 100,00%
Somague - Ediçor, Engenharia, S.A. Construção civil e obras públicas Açores 100,00% 100,00% 100,00%
Soconstrói PMG, S.A. Promoção imobiliária Portugal 100,00% 100,00% 100,00%
Promoceuta - Empreendimentos Imobiliários, Lda. Promoção imobiliária Portugal 55,00% 55,00% 55,00%
SGIS - Sociedade Geral de Investimentos e Serviços, Lda. Serviços de gestão e consultoria empresarial Moçambique 100,00% - 100,00%
Soconstrói Engenharia, Lda. Promoção imobiliária Portugal 100,00% 100,00% 100,00%
Somague Angola - Construção Obras Públicas, Lda. Construção civil e obras públicas Angola 100,00% 100,00% 100,00%
CVC - Construções de Cabo Verde, SARL Construção civil e obras públicas Cabo verde 90,30% 90,30% 90,30%
Somague Moçambique, Lda. Construção civil e obras públicas Moçambique 100,00% 100,00% 100,00%
Somague Construções, S.A. Construção de edifícios e incorporação de empreendimentos imobiliários Brasil 100,00% 100,00% 100,00%
Edimecânica - Engenharia Mecânica e Carros Clássicos dos Açores, Lda.
Recuperação, construção, comercialização, importação, exportação de carros antigos,
máquinas e equipamento diverso e seu aluguerAçores 100,00% 100,00% 100,00%
Somague Ireland, Ltd. Construção civil e obras públicas Irlanda 100,00% 100,00% 100,00%
Neopul - Sociedade de Estudos e Construções, S.A. Construção de vias férreas Portugal 100,00% 100,00% 100,00%
Neopul Ireland, Ltd. Infraestruturas ferroviárias e construção civil Irlanda 100,00% 100,00% 100,00%
Somague Togo, SARL Construção civil e obras públicas Togo 100,00% 100,00% 100,00%
Somague UK, LTD Construção civil e obras públicas Reino Unido 100,00% 100,00% 100,00%
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SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
A Empresa detém as seguintes participações em
empreendimentos conjuntos:
% Influência efetiva
Empreendimentos conjuntos Atividade Localização participação 2016 2015
Transmetro - Construções do Metropolitano, ACE ("ACE da Transmetro") Construção civil e obras públicas Portugal 47,50% 47,50% 47,50%
Normetro - Agrupamento do Metropolitano do Porto, ACE ("ACE da Normetro") Construção civil e obras públicas Portugal 6,59% 6,59% 6,59%
UTE Gijón Construção civil e obras públicas Espanha 80,00% 80,00% 80,00%
Somague, Bascol, ACE ("ACE do Fórum Coimbra") Construção civil e obras públicas Portugal 75,00% 75,00% 75,00%
Somague, A. Barbosa Borges, ACE ("ACE das Águas de Barcelos") Construção civil e obras públicas Portugal 70,00% 70,00% 70,00%
Somague, Norlamor, Camilo Sousa Matos, ACE ("ACE das Águas do Marco") Construção civil e obras públicas Portugal 45,00% 45,00% 45,00%
Somague, Soares da Costa, ACE (ACE do Metro de Superfície") Construção civil e obras públicas Portugal - - 50,00%
Somague, Bascol, ACE ("ACE do Hospital Pediátrico") Construção civil e obras públicas Portugal 100,00% 100,00% 100,00%
UTE Gordoniz Construção civil e obras públicas Espanha 80,00% 80,00% 80,00%
UTE Abandoibarra Construção civil e obras públicas Espanha 80,00% 80,00% 80,00%
Somague, Irmãos Cavaco, Construtores Molhes do Douro, ACE ("ACE dos Molhes do Douro") Construção civil e obras públicas Portugal 50,00% 50,00% 50,00%
UTE Llodio Construção civil e obras públicas Espanha 80,00% 80,00% 80,00%
UTE Aiboa - Getxo Construção civil e obras públicas Espanha 80,00% 80,00% 80,00%
UTE Alfatejo (Múrcia) Construção civil e obras públicas Espanha 80,00% 80,00% 80,00%
UTE 17 Viv. Llodio Construção civil e obras públicas Espanha 80,00% 80,00% 80,00%
Joint Venture - Bowen Somague Construção civil e obras públicas Irlanda 60,00% 60,00% 60,00%
UTE Agadir (Múrcia) Construção civil e obras públicas Espanha 80,00% 80,00% 80,00%
UTE Somague, Sal La Florida Construção civil e obras públicas Espanha 80,00% 80,00% 80,00%
UTE Calle Pizarro (Vigo) Construção civil e obras públicas Espanha 80,00% 80,00% 80,00%
Joint Venture - Somague Bowen Sacyr Construção civil e obras públicas Irlanda - - 75,00%
Somague, Camilo Sousa Mota, ACE ("ACE das Águas de Gondomar") Construção civil e obras públicas Portugal 100,00% 100,00% 100,00%
Somague, Seth CJT 1F, ACE (“ACE do Jardim do Tabaco”) Construção civil e obras públicas Portugal 50,00% 50,00% 50,00%
ACUPM - Agrupamento Construtor de uma Unidade de Piscicultura em Mira, ACE ("ACE da Pescanova") Construção civil e obras públicas Portugal 80,00% 80,00% 80,00%
Infratúnel, ACE Construção civil e obras públicas Portugal 55,00% 55,00% 55,00%
Cogeração Sines ACE Construção civil e obras públicas Portugal - - 65,00%
Cais Cruzeiro 2º fase - ACE Construção civil e obras públicas Portugal 37,50% 37,50% 37,50%
Construtora do Lena, MSF, Novopca - Linha Atlântico Construtoras, ACE (“ACE da A17”) Construção civil e obras públicas Portugal 25,00% 25,00% 25,00%
NHBraga - Agrupamento Construtor do Novo Hospital de Braga, ACE ("ACE NHBraga") Construção civil e obras públicas Portugal 47,50% 47,50% 47,50%
Somague - Edifer, Empreitada do Estoril Sol, ACE ("ACE Estoril Sol") Construção civil e obras públicas Portugal 50,00% 50,00% 50,00%
Gace, Gondomar ACE ("ACE GACE") Construção civil e obras públicas Portugal 24,00% 24,00% 24,00%
LGC Linha Gondomar Construtores, ACE ("ACE LGC") Construção civil e obras públicas Portugal 30,00% 30,00% 30,00%
Somague Engenharia/Neopul/Teodoro, ACE ("ACE Infraestruturas do Alqueva") Construção civil e obras públicas Portugal 60,00% 60,00% 60,00%
Somague, Hagen - Aqua Portimão, ACE ("ACE Aqua Portimão") Construção civil e obras públicas Portugal 60,00% 60,00% 60,00%
Projesines - Expansão do Terminal de GNL de Sines, ACE ("ACE Projesines") Construção civil e obras públicas Portugal 85,00% 85,00% 85,00%
Somague - Engenharia, Engigás, Neopul - Construtores ACE ("ACE do SEN") Construção civil e obras públicas Portugal 100,00% 100,00% 100,00%
Somague, Neopul, ACE ("ACE do Estaleiro de Pegões") Construção civil e obras públicas Portugal 75,00% 75,00% 75,00%
Somague, Bento Pedroso, Cubiertas, Dragados, ACE (“ACE do Alqueva”) Construção civil e obras públicas Portugal 25,00% 25,00% 25,00%
Somague, Edifer, MSF, Zagope, Abrantina, Conduril, Lena, Tâmega e Novopca, ACE ("ACE da Nova Estrada")
Construção civil e obras públicasPortugal 15,00% 15,00% 15,00%
Engil, Somague - Construção Estação Tratamento Águas Residuais da Madalena, ACE ("ACE da Etar da Madalena") Construção civil e obras públicas Portugal - - 33,33%
Cont
inua
na
pág.
seg
uint
e
89
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
% Influência efetiva
Empreendimentos conjuntos Atividade Localização participação 2016 2015
Somague Hidurbe - Central de Compostagem de Resíduos Orgânicos, ACE Construção civil e obras públicas Portugal 56,25% 56,25% 56,25%
Somague CVO - Construção da Central de Valorização Orgânica, ACE Construção civil e obras públicas Portugal - - 100,00%
Infraestruturas das Antas - Construção e Obras Públicas, ACE ("ACE das Infraestruturas das Antas") Construção civil e obras públicas Portugal - - 33,33%
Somague, Alberto Couto Alves ACE ("ACE da VL9") Construção civil e obras públicas Portugal - - 70,00%
Somague, BPC, Engil - SPIE - SBES, ACE ("ACE da Linha Vermelha") Construção civil e obras públicas Portugal 26,32% 26,32% 26,32%
Construtores das Águas da Linha, ACE ("ACE das Águas da Linha") Construção civil e obras públicas Portugal 50,00% 50,00% 50,00%
Novaponte - Agrupamento para a Construção da Segunda Travessia do Tejo, ACE ("ACE da Novaponte") Construção civil e obras públicas Portugal - - 13,33%
Resercávado - Soconstrói, Mesquita, Arnaldo Oliveira - Sistemas de Abastecimento de Água Construção civil e obras públicas Portugal 33,33% 33,33% 33,33%
Somague, Edifer, ACE ("ACE do Freeport") Construção civil e obras públicas Portugal 50,00% 50,00% 50,00%
LMNS Atlântico, ACE ("ACE LMNS") Construção civil e obras públicas Portugal 25,00% 25,00% 25,00%
Somague, Edifer - Etar Alcântara ("ACE da Etar de Alcântara") Construção civil e obras públicas Portugal 50,00% 50,00% 50,00%
Meci - Somague, Cogeração de Setúbal, ACE Construção civil e obras públicas Portugal 44,78% 44,78% 44,78%
LOC - Litoral Oeste Construtores, ACE (“ACE do LOC”) Construção civil e obras públicas Portugal 25,00% 25,00% 25,00%
Somague - Tomás de Oliveira, ACE ("ACE Bombel Évora") Construção civil e obras públicas Portugal 65,00% 65,00% 65,00%
Reforço de Potência da Barragem da Venda Nova, ACE Construção civil e obras públicas Portugal 28,33% 28,33% 28,33%
NHXira- Agrupamento Complementar de Empresas do Novo Hospital de Vila Franca, ACE ("ACE NHXira") Construção civil e obras públicas Portugal 47,50% 47,50% 47,50%
Barragem Foz Tua, ACE Construção civil e obras públicas Portugal 33,33% 33,33% 33,33%
Opway - Somague, Grupo Construtor do Data Center - PT, ACE Construção civil e obras públicas Portugal 50,00% 50,00% 50,00%
LCHB ACE Construção civil e obras públicas Portugal 60,00% 60,00% 60,00%
LCHXira, ACE Construção civil e obras públicas Portugal 60,00% 60,00% 60,00%
UTE Muelle del Este Construção civil e obras públicas Espanha 20,00% 20,00% 20,00%
UTE As Cancelas Construção civil e obras públicas Espanha 50,00% 50,00% 50,00%
UTE Prados de Fuentes (Oviedo) Construção civil e obras públicas Espanha 70,00% 70,00% 70,00%
UTE Darsena de Servicios Construção civil e obras públicas Espanha - - 20,00%
UTE Puerto de Valencia Construção civil e obras públicas Espanha 20,00% 20,00% 20,00%
UTE Darsena de Sagunto Construção civil e obras públicas Espanha 20,00% 20,00% 20,00%
UTE La Lastra Construção civil e obras públicas Espanha 70,00% 70,00% 70,00%
UTE Puerto Marín Construção civil e obras públicas Espanha 20,00% 20,00% 20,00%
UTE Abrigo Puerto Valencia Construção civil e obras públicas Espanha 6,00% 6,00% 6,00%
UTE Auditório de Vigo Construção civil e obras públicas Espanha 16,00% 16,00% 16,00%
UTE Muelle de Cruzeros (Valência) Construção civil e obras públicas Espanha 12,00% 12,00% 12,00%
NCC Alegro Setubal, ACE Construção civil e obras públicas Portugal 50,00% 50,00% 50,00%
Cyes Somague - Construção do Terminal de Lomé, ACE Construção civil e obras públicas Togo 50,00% 50,00% 50,00%
Cyes Somague JV Construção civil e obras públicas Togo 50,00% 50,00% 50,00%
Etermar/ Somague - Cais de Cruzeiros do Funchal, ACE Construção civil e obras públicas Portugal 50,00% 50,00% 50,00%
Lagen Somague, JV Construção civil e obras públicas Reino Unido 50,00% 50,00% 50,00%
Somague, Mota-Engil - VRCLECL, ACE Construção civil e obras públicas Portugal 63,58% 63,58% 63,58%
LSAS - Ala Pediátrica, ACE Construção civil e obras públicas Portugal 50,00% 50,00% 50,00%
90
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
A Empresa detém as seguintes participações em
empresas associadas:
A Empresa detém as seguintes participações em
outras empresas:
% Influência efetiva
Associadas Atividade Localização participação 2016 2015
Somague Panamá Construção civil e obras públicas Panamá 100,00% 100,00% 100,00%
Engigás Cabo VerdeConstrução, manutenção e exploração infra-estruturas de gás Cabo
Verde 100,00% 100,00% 100,00%
Via ExpressoConceção e projeto para a construção, financiamento, explora-
ção e manutenção de vias rodoviárias da RAM Madeira 11,20% 11,20% 11,20%
% Participação efetiva
Outras participações Atividade Localização participação 2016 2015
Soc. Emp. Somague (Angola) Construção civil e obras públicas Angola 90,00% 90,00% 90,00%
Pirites Alentejanas Exploração de minérios metálicos não ferrosos Portugal 58,00% 58,00% 58,00%
União de Leiria Atividade desportiva profissional da modalidade de futebol Portugal n/a n/a n/a
Sport Lisboa Benfica Atividade desportiva profissional da modalidade de futebol Portugal n/a n/a n/a
Auto Estrada do Oeste (AEO) Conceção e projeto para construção, financiamento, explora-ção e manutenção de vias rodoviárias vias em Portugal Portugal n/a n/a n/a
Edit. Eletrónica n/a Portugal n/a n/a n/a
Comp. Portuguesa de Eletricidade n/a Portugal n/a n/a n/a
BCP Atividade bancária Portugal n/a n/a n/a
Douro n/a Portugal n/a n/a n/a
Banco Totta & Açores Atividade bancária Portugal n/a n/a n/a
Enerviz Produção de energia térmica Portugal 0,03% 0,03% 0,03%
Unitenis Exploração de clube desportivo Portugal n/a n/a n/a
Engibras Construção, manutenção e exploração infra-estruturas de gás Brasil 1,30% 1,30% 1,30%
Espaço Belém Promoção imobiliária Portugal n/a n/a n/a
TDM - Túnel do Marão Operadora Atividade de exploração e conservação do lanço da auto-estra-da A4/IP4 - Amarante Vila Real Portugal 0,02% 0,02% 0,02%
Auto estrada do MarãoConceção, construção, aumento do número de vias, financia-
mento, exploração e conservação com cobrança de portagens do lanço da auto-estrada A4/IP4 - Amarante Vila Real
Portugal 1,01% 1,01% 1,01%
Haçor - Concessionária do Hospital da Ilha Terceira Concessão hospitalar Portugal - - 1,00%
Brisal - Auto-estradas do LitoralConceção, construção, aumento do número de vias, financia-
mento, exploração e conservação com cobrança de portagens do lanço da auto-estrada A17 - Marinha Grande e Mira
Portugal n/a n/a n/a
Escala Vila Franca - Sociedade Gestora do Edifício, S.A. Concessão hospitalar Portugal - - 0,01%
Boavista FC Atividade desportiva profissional da modalidade de futebol Portugal n/a n/a n/a
Marítimo Madeira - Futebol SAD Atividade desportiva profissional da modalidade de futebol Madeira 1,00% 1,00% 1,00%
AREAM Agência regional da energia e ambiente da Região Autónoma da Madeira Madeira 2,04% 2,04% 2,04%
Via Madeira Conceção e projeto para a construção, financiamento, explora-ção e manutenção de vias rodoviárias da RAM Madeira 16,00% 16,00% 16,00%
91
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
Na sequência da fusão da Somague Investimentos
e da Somague Madeira na Somague Engenharia em
2012, a empresa passou a deter as participações
financeiras no Boavista FC, Marítimo Madeira - Fu-
tebol Clube, AREAM, Via Expresso, Via Madeira e
reforçou a participação que tinha no Futebol Clube
do Porto.
Em 2013 a empresa passou a aplicar o método de
equivalência patrimonial à participação que detém
na Via Expresso.
Parte relacionada
Natureza do relacionamento Natureza do relacionamento
(Serviços que presta / Transações que faz) (Serviços que recebe / Transações que recebe)
Holding do Grupo
Somague SGPS Regime do lucro consolidado Financiamentos
Subsidiárias Prestação de serviços Intragrupo relaciona-dos com tecnologias da informação, cedência
de pessoal
Prestações de serviços intragrupo, cedência de pessoal, financiamentos e dividendos
Empreendimentos Conjuntos
-
Prestações de contratos de construção e de serviços intragrupo,serviços de Administra-
ção, cedência de pessoal e material, financia-mentos e dividendos
Associadas- Prestações de serviços intragrupo, cedência
de pessoal e financiamentos
Pessoal chave da gestão Serviços de Administração -
Outras Partes RelacionadasPrestações de serviços intragrupo Prestações de serviços intragrupo, cedência
de pessoal
6.1. Relacionamentos com empresas-mãe
a. Nome da empresa-mãe imediata:
Somague SGPS, S.A.
b. Nome da empresa-mãe controladora final:
Sacyr S.A.
6.2. Remunerações do pessoal chave da gestão:
As remunerações atribuídas aos membros de Con-
selho de Administração durante os exercícios findos
em 31 de dezembro de 2016 e 2015, ascenderam a
294.002 euros e 1.528.653 euros, respetivamente.
Em cada um destes anos a remuneração atribuída
ao Conselho Fiscal foi de 15.000 euros em 2016 e
11.500 euros em 2015.
6.3. Transações entre partes relacionadas:
A natureza do relacionamento com as partes rela-
cionadas é a seguinte:
92
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
A quantia das transações, dos saldos pendentes,
dos ajustamentos de dívidas de cobrança duvidosa
relacionados com os saldos pendentes e os gastos
reconhecidos durante o período a respeito de dívi-
das incobráveis ou de cobrança duvidosa de partes
relacionadas são os indicados no quadro seguinte:(Unid: Euros)
Empresa AnoVendas /
Prestações de serviços Compras de bens /
Serviços Contas a receber Contas a pagar
Holding do Grupo
Somague SGPS2016 - 39 - 690.774
2015 - - - 1.090.485
Subsidiárias
CVC - Construções de Cabo Verde2016 240.344 1.393.297 - 1.206.787
2015 155.851 (24.228) 243.109 262
Cyes Somague JV2016 1.090.717 -
2015
Edimecânica2016 - - - 98.029
2015 - - - -
Neopul2016 9.083 19.978 2.110.260 11.057.309
2015 11.413 (5.689) 294.539 5.040.840
Neopul - Suc. Brasil2016 26.132 47.725 48.442
2015 - - 25.588 12.050
Neopul - Suc. Espanha2016 (13.308) 386.323 488.186
2015 - (21.861) 306.542 113.681
Neopul - Suc. Moçambique2016 1.560 -
2015 - - - -
Neopul Ireland Limited2016 (1.405) 1.828 -
2015 - (1.028) 6.254 -
Neopul - Irish Branch2016 (38.604)
2015
Neopul UK2016 7 6.222 1.888
2015 - - - -
Promoceuta 2016 - - 764.629 -
2015 - - 764.129 -
SGIS - Sociedade Geral de Investimentos e Serviços
2016 - - - -
2015 - - 710.767 -
Soconstrói PMG 2016 (569) - 4.387.737
2015 - - 601 3.232.280
Soconstrói Engenharia2016 1.423.900 -
2015 - - 1.423.023 -
Somague - Ediçor2016 8.360 1.173.958 475.529 1.011.668
2015 9.000 69.416 2.971.125 342.284
Somague Angola2016 1.880.572 5.568.919 112.142.369 22.955.411
2015 11.262.424 (307.415) 93.293.567 85.967.347
Somague Engenharia Brasil, S.A.2016 (13.000) 500 956.824 187.645
2015 965.616 (36) 8.426.434 5.875.753
Somague Engenharia, S.A. - Suc. Angola2016 (73.301) (33) 3.600.631 62.191.708
2015 159.575 120 75.683.174 112.879.182 Cont
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93
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
Empresa AnoVendas /
Prestações de serviços Compras de bens /
Serviços Contas a receber Contas a pagar
Somague Engenharia, S.A. - Suc. Cabo Verde2016 176.251 (1.384) - 1.042.417
2015 123.981 (31.405) 1.274.331 1.299.584
Somague Engenharia, S.A. - Suc. Espanha 2016 11.542 - 3.989.096
2015 - (12.075) 140.256 4.055.324
Somague Engenharia, S.A. - Suc. Irlanda2016 15 167.271 166.947
2015 - - - 342.609
Somague Engenharia, S.A. - Suc. Marrocos2016 2.686.170 782.034
2015 - - 3.326.934 2.005.553
Somague Engenharia, S.A. - Suc. UK2016 (184.280) (2.540) 3.848.932 83.425
2015 7.500 - 3.118.902 114.030
Somague Ireland Ltd2016 (102.659) -
2015 - - - 100.000
Somague Moçambique2016 2.153.481 1.863 90.708 139.754
2015 17.856 (858) 8.732.045 1.352.208
Somague Construções, S.A.2016 49.626 4.610.874 55.811
2015 - - 826.552 1.624
Somague TI 2016 59.566 881.157 1.584.787 7.531.786
2015 59.633 1.033.688 (121.520) 4.475.407
Somague Togo2016 6.641 4.194.869 -
2015 - (4.098) 1.325.380 -
Empreendimentos Conjuntos
ACE Cais Cruzeiros 2º fase 2016 (2.000) 12.265 165
2015 4.000 - 25 165
ACE Cogeração Sines2016 200 -
2015 (55.815) 2.157 200 2.554
ACE Estoril Sol2016 65.188 (60) 4.991 438
2015 42.656 - 55.419 -
ACE Infratúnel2016 1.497.882 2.712.716
2015 - 26.706 (831.303) 559.829
ACE NHBraga2016 57.300 - 25.881 8.434
2015 57.300 - 13.684 4.222
ACE Somague AS Gondomar2016 1.213 -
2015 - - 25 -
ACE S.E.N2016 140.391 -
2015 3.189 - 20.245 -
ACE ACUPM2016 6 3.192.996 1.100.000
2015 10.800 - 7.087.651 -
ACE Águas da Linha2016 2.375.801 9.629 166.682 7.214
2015 1.456.347 5.226 249.193 4.841
ACE Alqueva2016 29.706 1.018
2015 - - 25.727 -
ACE Aqua Portimão2016 6.112 - 4.119 -
2015 7.421 - 99.520 -
ACE Barragem Foz Tua2016 1.746.063 (12.843) 534.316 10.570
2015 2.073.029 (128.732) 285.069 359
ACE Cogeração de Setúbal2016 3.000 - 1.469 -
2015 2.250 - 615 -
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SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
Empresa AnoVendas /
Prestações de serviços Compras de bens /
Serviços Contas a receber Contas a pagar
ACE Estaleiro de Pegões2016 161.472 2.429.344 2.926.302 2.060.659
2015 213.534 1.722.205 4.076.352 3.315.240
ACE Etar da Madalena2016 - -
2015 - - 727 -
ACE Etar de Alcântara2016 6.000 33 2.182.634 192.701
2015 6.000 (132) 2.059.915 192.701
ACE Freeport2016 - 12.949
2015 - - - 12.949
ACE GACE2016 475 -
2015 - - 2.340 -
ACE Infraestruturas das Antas 2016 25 -
2015 - - - -
ACE LCHB2016 9.900 - 15.758 404
2015 9.900 (5.043) 2.405 -
ACE LCHXira2016 9.600 - 15.550 175
2015 9.600 (11.753) 10.036 -
ACE LGC2016 92.926 - 7.628 7.074
2015 10.200 - 15.238 5.298
ACE Linha Vermelha2016 21.000 - 97.287 887
2015 33.240 - 63.908 861
ACE Lipor Construção2016 - - - -
2015 - - 16.293 -
ACE LMNS2016 - - 25 809
2015 - - 270
ACE LOC2016 1.665 123.567 188.790
2015 - 35.995 123.588 185.995
ACE LSAS - Ala Pediátrica2016 56.106 - 36.412 -
2015 22.888 (22) - -
ACE Meia Serra2016 21.600 4.229 447.185 11.370
2015 21.600 2.335 420.321 5.696
ACE NHXIRA2016 62.677 138 61.226 3.530
2015 70.879 (138) 45.915 12.351
ACE Nova Estrada2016 - - 3.032 9.821
2015 - - 3.035 9.823
ACE Opway Somague Data Center2016 25.027 - 94.293 -
2015 240.741 (1.377) 60.143 -
ACE Projesines2016 150 2.439 24.517
2015 - 256 1.215 24.335
ACE Reforço de Potência da Barragem da Venda Nova
2016 718.382 (93.365) 431.853 56.991
2015 1.062.267 (136.845) 386.362 8.072
ACE Resercávado2016 - - (306) -
2015 - - - 460
ACE Somague Bascol - Forum Coimbra2016 - - 105 -
2015 - - - -
ACE SE/Neopul/ Teodoro2016 3.000 - 37.613 589
2015 3.000 - 97.873 589
ACE Somague/Mota-Engil VRCLECL2016 806.885 (10.246) 58.149 -
2015 1.496.853 - 44.822 -
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7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
Empresa AnoVendas /
Prestações de serviços Compras de bens /
Serviços Contas a receber Contas a pagar
ACE Somague/Tomás Oliveira 2016 6.000 1.733 25.437 179.238
2015 6.000 - 12.173 178.747
ACE VL92016 - - 11 -
2015 - - 2.118 71.892
Consórcio Castanhão2016 - - 41.553 -
2015 - - 44.334 -
Consórcio Eixão2016 - - 464.962 -
2015 - - 534.149 356.568
Consórcio Metro Vila Prudente2016 - - 448.268 325.387
2015 - - 912.581 1.004.750
Consórcio Linha152016 - - 81.168 -
2015 - - 1.017.939 1.770.577
Consórcio S. Francisco Leste2016 - 15.072 3.086.563 3.552.885
2015 - - 3.867.340 3.532.274
Consórcio SA Paulista - Somague2016 - - 358.932 -
2015 - - - -
Lagan Somague JV2016 443.169 - 434.092 -
2015 - - 689.179 -
UTE Puerto de Soller2016 - - 25.059 -
2015 - 25.059 -
ACE Águas do Marco2016 - - 125 1.498.448
2015 - - - 1.498.423
ACE ACHPC - Hosp. Pediátrico Coimbra2016 - 1 334.457 -
2015 - - 334.962 -
ACE Águas de Barcelos2016 97.800 239.078 -
2015 97.800 - 118.213 -
ACE Construtora Molhos Douro2016 - - 2.187.312 11.806
2015 - - 2.583.206 407.801
ACE Litoral Atlântico2016 - - - -
2015 - - - -
ACE Metro de Superfície2016 - 100 - -
2015 - - 25 7
ACE NCC 2016 - - - 1.463
2015 193.199 (5.789) - 1.463
ACE Normetro2016 12.000 126.236 6.408
2015 18.000 - 102.162 -
ACE Somague, Hidrube - Lipor Exploração2016 58.806 -
2015 - - - -
ACE Transmetro2016 9.120 - 79.842 347.439
2015 50.000 - 64.646 334.022
Bowen Somague JV2016 147.879 -
2015 - - - 60.000
Cyes Somague ACE2016 1.239.472 (6.217) 10.778.042 66.585
2015 2.885.394 18.417 10.882.674 305.340
Etermar/Somague - Cais de Cruzeiros Funchal2016 6.544 - - -
2015 1.225.791 3.448 691 4.017
Somague Bowen Sacyr JV 2016 - 11 - -
2015 - - - 93.630
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96
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
Empresa AnoVendas /
Prestações de serviços Compras de bens /
Serviços Contas a receber Contas a pagar
UTE Abandoibarra2016 - - 791.183 -
2015 - - 791.183 -
UTE Calle Pizarro (Vigo)2016 - - - 1.550.142
2015 - - - 1.550.142
UTE Gijón2016 - - - 644.000
2015 - - 65.579 675.882
UTE Gordoniz2016 - - - 168.000
2015 - - - 163.200
UTE Aiboa-Getxo2016 - - - 27.200
2015 - - - 27.200
UTE Alfatejo (Múrcia)2016 - - 106.800 -
2015 - - 102.000 -
UTE Agadir (Múrcia)2016 - - 136.800 -
2015 - - 136.800 -
UTE Neopul - Isolux Malaga2016 - - 490 -
2015 - - 5.290 -
UTE Somague, Sal La Florida2016 - - 20.800 -
2015 - - 56.112 -
ACE Neopul Ferrovias2016 - - 150 -
2015 - - 125 -
ACE Avias2016 - - 125 -
2015 - - 100 -
Associadas
UTE 17 Viv. Llodio2016 - - - 51.200
2015 - - - 51.200
UTE Abrigo Puerto Valencia 2016 - - - 1.034.770
2015 - - 29.658 1.064.429
UTE As Cancelas2016 - - - 65.000
2015 - - - 65.000
UTE Auditório de Vigo 2016 - - - 964.960
2015 - - - 965.740
UTE La Lastra2016 - - - -
2015 - - 497.661 -
UTE Llodio2016 - - 594.900 -
2015 - - 592.800 -
UTE Prados Fuente (Oviedo)2016 - - 382 -
2015 - - 382 -
UTE Muelle de Cruceros2016 - - 467.666 -
2015 - - 467.666 -
UTE Murano Parque2016 - - 4.800 -
2015 - - - -
UTE Puerto Marín2016 - - 647.000 -
2015 - - 647.000 -
UTE Muelle del Este (Valencia)2016 - - - 1.730.342
2015 - - - 1.733.119
UTE Darsena Sur de Sagunto2016 - - 42.514 -
2015 - - 42.514 -
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97
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
Empresa AnoVendas /
Prestações de serviços Compras de bens /
Serviços Contas a receber Contas a pagar
Outras Partes Relacionadas
Águas de Paços de Ferreira2016 435.392 (20.140) 6.621.115 20.036
2015 4.813.901 - 6.892.909 20.036
Águas de Barcelos2016 - - - -
2015 - 97
Auto-estrada do Marão2016 - - 156.405 -
2015 - - 568.118 -
Escala Braga Soc. Gestora Edifício, S.A.2016 808 (3.380) 1.383 -
2015 1.241 (4.250) 1.516
Escala Parque - Gestão de Estacionamento, S.A.2016 - (282) 338 -
2015 164 164
Escala Vila Franca Soc. Gestora Edifício, S.A.2016 561 (8.712) 2.431 -
2015 49.300 2.742
Espaço Belém2016 - - 2.814 -
2015 - - 2.712 -
Haçor C2016 - - -
2015
Haçor Concessionária2016 - (317) 322 -
2015 - -
Haçor Domus2016 - - 130 -
2015 - - - -
Hidurbe2016 (32.985) 91.491 190.982 3.060
2015 - (90) 1.233.829 797.542
PNH - Parque do Novo Hospital, S.A.2016 - (101) 119 -
2015 - (177) 244
Lusivial2016 - 882.583 -
2015 - - 878.903 -
Sacyr, S.A.2016 - 77.564 120.782 -
2015 38.348.762 435.619 38.270.591 240.330
Sacyr Chile, S.A.2016 - - - -
2015 12.070 - 18.045 -
Sacyr Colombia, S.A.2016 1.020 - - -
2015 (2.158) - 56.461 -
Sacyr Concesiones Chile, S.A.2016 - - 18.045 -
2015 - - - -
Sacyr Construcción, S.A.2016 38.211.966 4.259 318.398 1.041.178
2015 21.688 2.059 - -
Sacyr Construcción Colombia2016 - - 23.335 -
2015
Sacyr Construcción México2016 8.500 - 8.500 -
2015 5.780 - - -
Sacyr Construccion (Panamá)2016 - - 77.182 -
2015 - - - -
Sacyr Construcción Quatar2016 16.033 (900) 104.702 7.294
2015
Sacyr Construcción Peru2016 - - 19.703 -
2015 4.590 - 19.703 -
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98
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
Empresa AnoVendas /
Prestações de serviços Compras de bens /
Serviços Contas a receber Contas a pagar
Sacyr Industrial S.L2016 - - 19.777 -
2015 16.958 - - -
Sacyr Industrial Colombia S.A.S2016 - - 10.594 -
2015 - - - -
Sacyr Industrial Ecuador S.A.2016 - - 2.253 -
2015 - - - -
Sacyr Concessions Ltd2016 - - - 3.536
2015 -
Sacyr Concesiones, SL2016 - - 14.086 -
2015 - - 12.355 -
Sacyr Qatar S.A.2016 - - - -
2015 - - 52.046 -
Somague Ambiente2016 360 (45.069) 45.196 -
2015 360 (41.840) 1.532.401 -
Somague Concessões2016 1.841 (39.022) 59.598 -
2015 22.367 (30.389) 2.276.118 43.708
Somague Imobiliária2016 7.800 (56) 450.854 310.333
2015 7.800 20 389.278 308.993
TDM - Túnel do Marão Operadora2016 - - 736 -
2015 - - 699 -
Valoriza - Servicios Medioambientales2016 - - 217.391 24.000
2015 - - 217.391 -
Valoriza - Sucursal Portugal2016 - - 1.069.358 -
2015 - - - -
Valoriza Gestión, S.A2016 - - 70 3.638
2015 - - 70 -
A quantia dos financiamentos a receber e a pagar
de partes relacionadas bem como, dos rendimen-
tos e gastos de juros e diferenças de câmbio favo-
ráveis e desfavoráveis associadas são os indicados
no quadro seguinte:
Empresa AnoFinanciamentos
a receber Financiamentos
a pagarRendimentos de
jurosGastos de
juros
Holding do Grupo
Somague SGPS2016 17.050.792 - - -
2015 - (14.546.377) - -
Subsidiárias
Neopul2016 9.344.317 - 9.317
2015 8.835.000 - - -
Soconstrói PMG 2016 305.590 - 5.590
2015 - - - -
Somague TI 2016 697.453 - 7.453
2015 - - - -
Neopul Sucursal Brasil2016 - (199.631) - -
2015 -
Cont
inua
na
pág.
seg
uint
e
99
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
Empresa AnoFinanciamentos
a receber Financiamentos
a pagarRendimentos de
jurosGastos de
juros
Empreendimentos Conjuntos
Alqueva ACE2016 91 - - -
2015 91 - - -
ACE NCC 2016 - - - -
2015 177.839 - - -
Etar Alcântara ACE2016 638.405 - - -
2015 638.405 - - -
Resercávado ACE2016 74.820 - - -
2015 74.820 - - -
Infratúnel ACE2016 91.263 - - -
2015 177.839 - - -
ACUPM ACE2016 2.952.824 - 44.720
2015 1.496.900 - - -
ACE da Novaponte2016 - - - -
2015 111.782 - - -
Águas de Barcelos ACE2016 8.654.686 -
2015 8.306.889 - - -
Molhes do Douro ACE2016 47.322 - - -
2015 28.632 - - -
Boavista Futebol Clube2016 - - - -
2015 671.568 - - -
NHBraga - Agrupamento Construtor2016 3 - - -
2015 3 - - -
Somague Construções (antiga MPH)2016 - -
2015 - (110.970) - -
SEN ACE2016 5.066.474 - 91.974 -
2015 - (377.021) - -
ACE ACHPC - Hosp. Pediátrico Coimbra2016 414.483 - 5.590 -
2015 73.400 - - -
Lagan Somague JV2016 1.495.954 - - -
2015 509.975 - - -
Somague, Neopul, ACE2016 1.527.950 - 27.950 -
2015 - - - -
Outras Partes Relacionadas
Assiconstrói - Amadeu Gaudêncio2016 671.568 -
2015 671.568 - - -
Haçor Concessionária2016 - -
2015 139.000 - - -
Via Expresso2016 2.057.331 - 214.562
2015 2.057.331 - - -
Auto-Estradas do Marão2016 176.124 -
2015 176.124 - - -
Somague Concessões2016 - -
2015 2.026.411 - 47.931 -
Somague Ambiente2016 1.500.000 - - -
2015 1.500.000 - - -
Haçor Domus2016 20.200 - - -
2015 20.200 - - -
Sacyr, S.A.2016 - - - -
2015 - - - 38.030
Total 2016 52.787.649 (199.631) 407.157 -
2015 27.693.776 (15.034.368) 47.931 38.030
100
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
Do montante de financiamentos a receber referido
no quadro, com a Somague Ambiente, estão incluí-
do no balanço na rubrica de “Outros Devedores” . O
saldo com a Assiconstrói - Amadeu Gaudêncio en-
contra-se totalmente provisionado, apresentando
essa diferença para o montante referido na nota 17.
7. Ativos intangíveis
Uma reconciliação da quantia escriturada no come-
ço e fim do período que mostra separadamente as
adições, as alienações, os ativos classificados como
detidos para venda, as amortizações, as perdas por
imparidade e outras alterações encontra-se no qua-
dro seguinte:
(Unid: Euros)
Propriedade industrial
Ativos intangíveis
Custo:
1 de Janeiro de 2015 23.327 23.327
Direitos de emissão atribuídos - -
Aquisições - -
Transferências - -
Alienações - -
Abates - -
31 de Dezembro de 2015 23.327 23.327
Direitos de emissão atribuídos - -
Aquisições - -
Transferências - -
Alienações - -
Abates - -
31 de Dezembro de 2016 23.327 23.327
(Unid: Euros)
Propriedade industrial
Ativos intangíveis
Amortizações e Imparidade:
1 de Janeiro de 2015 23.327 23.327
Amortizações -
Transferências -
Alienações -
Abates -
Imparidade -
31 de Dezembro de 2015 23.327 23.327
Amortizações -
Transferências -
Alienações -
Abates -
Imparidade -
31 de Dezembro de 2016 23.327 23.327
Valor líquido contabilístico:
A 31 de Dezembro de 2016 - -
A 31 de Dezembro de 2015 - -
A 1 de Janeiro de 2015 - -
101
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
8. Ativos fixos tangíveis
A reconciliação da quantia escriturada no início e
no fim do período mostrando as adições, as revalo-
rizações, as alienações, os ativos classificados como
detidos para venda, as amortizações, as perdas de
imparidade e suas reversões e outras alterações en-
contra-se detalhada no quadro seguinte:(Unid: Euros)
Terrenos e recursos
naturais
Edifícios e outras
construçõesEquipamento
básicoEquipamento
transporteEquipamento
administrativo
Outros ativos fixos
Imobilizações em curso
Total ativos tangíveis
Custo:
1 de Janeiro de 2015 3.448.969 18.776.396 38.131.850 6.646.227 15.153.953 2.161.873 - 84.319.267
Aumentos 11.036 - 1.360.721 218.659 54.996 - - 1.645.412
Transferências - - - - (73.437) - - (73.437)
Alienações (1.106) (1.608) (4.567.003) - (3.940) (2.171) - (4.575.827)
Abates - - (20.038) (733.342) (3.599) - - (756.979)
Diferenças de câmbio - - - - - - - -
31 de Dezembro de 2015 3.458.899 18.774.788 34.905.531 6.131.544 15.127.972 2.159.703 - 80.558.437
Aumentos - 2.194 30.890 - 15.691 - - 48.775
Transferências - - - - 186.171 - - 186.171
Alienações (285.092) (855.276) (2.859.754) (759.659) (15.560) - - (4.775.341)
Abates - (11.529) (115.504) (584.112) (45.376) - - (756.520)
31 de Dezembro de 2016 3.173.807 17.910.177 31.961.164 4.787.773 15.268.898 2.159.703 - 75.261.521
(Unid: Euros)
Terrenos e recursos
naturais
Edifícios e outras
construçõesEquipamento
básicoEquipamento
transporteEquipamento
administrativo
Outros ativos fixos
Imobilizações em curso
Total ativos tangíveis
Amortizações e Imparidade:
1 de Janeiro de 2015 - 6.358.179 33.151.400 6.364.687 14.617.317 2.156.275 - 62.647.857
Amortizações - 396.725 1.039.248 112.201 73.321 1.001 - 1.622.496
Transferências - - - - 28.988 - - 28.988
Alienações - (1.608) (2.982.384) (402.922) (3.232) (362) - (3.390.507)
Abates - - (20.038) (262.980) (1.585) - - (284.602)
31 de Dezembro de 2015 - 6.753.297 31.188.226 5.810.986 14.714.809 2.156.914 - 60.624.232
Amortizações - 380.886 775.404 102.142 74.403 956 - 1.333.790
Transferências - - - - 70.902 - - 70.902
Alienações - (435.218) (2.778.916) (720.086) (15.399) - (3.949.619)
Abates - (11.529) (115.504) (584.112) (38.364) - - (749.508)
31 de Dezembro de 2016 - 6.687.436 29.069.210 4.608.930 14.806.352 2.157.870 - 57.329.798
Valor líquido contabilístico:
A 31 de Dezembro de 2016 3.173.807 11.222.741 2.891.954 178.842 462.547 1.832 - 17.931.723
A 31 de Dezembro de 2015 3.458.899 12.021.491 3.717.305 320.558 413.163 2.788 - 19.934.205
A 1 de Janeiro de 2015 3.448.969 12.418.216 4.980.451 281.539 536.636 5.599 - 21.671.410
102
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
O valor contabilístico de ativos fixos tangíveis em
locação financeira a 31 de dezembro de 2016 é
983.229 euros (1.182.486 euros em 2015), confor-
me se encontra descriminado na nota 9.1. Os ativos
locados encontram-se refletidos nas várias rubricas
de imobilizado tangível e estão penhorados como
garantia de pagamento dos respetivos contratos de
financiamento.
Depreciação, reconhecida nos resultados ou como
parte de um custo de outros ativos, durante um pe-
ríodo.
Conforme evidenciado no Quadro acima, a depre-
ciação do período ascendeu a 1.333.790 euros
(2015: 1.622.496 euros).
Esta depreciação não foi incluída como parte do
custo de outros ativos tendo sido integralmente re-
conhecida em resultados na rubrica Gastos/Rever-
sões de Depreciação e Amortização.
Depreciação acumulada no final do período.
Conforme evidenciado no Quadro acima, a depre-
ciação acumulada no final do período ascendeu a
57.329.798 euros (2015: 60.624.232 euros).
9. Locações
9.1. Locações financeiras - locatários:
A quantia escriturada líquida dos bens em regime de
locação financeira à data de balanço, para cada ca-
tegoria de ativo, é a constante do quadro seguinte:(Unid: Euros)
2016 2015
Equipamento básico 983.229 1.182.486
Equipamento de transporte - -
983.229 1.182.486
103
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
O total dos futuros pagamentos mínimos da loca-
ção à data do balanço, e o seu valor presente, re-
partidos por períodos de vencimento encontra-se
detalhado no quadro seguinte:
9.2. Locações operacionais - locatários:
O total dos futuros pagamentos mínimos da locação
nas locações operacionais não canceláveis por pe-
ríodo encontra-se apresentado no quadro seguinte:
Os pagamentos mínimos de locação, rendas contin-
gentes, e pagamentos de sublocação reconhecidos
como um gasto no período foram de 1.251.525 eu-
ros em 2016 e 1.310.981 euros em 2015.
Os contratos não contêm cláusulas de opção de
compra.
Embora existam cláusulas de renovação nos contra-
tos, a empresa tem por política proceder à efetiva
substituição das viaturas no fim dos contratos que
têm uma duração de 2 a 3 anos.
(Unid: Euros)
2016 2015
Locação financeiraPagamentos
mínimosValor presente
dos pagamentosPagamentos
mínimosValor presente
dos pagamentos
Não mais de um ano 626.697 596.582 731.892 668.467
Mais de um ano e não mais de cinco anos 301.082 293.872 953.048 914.728
Total dos pagamentos mínimos 927.779 890.454 1.684.940 1.583.196
Encargos financeiros (37.324) - (101.745) -
Valor presente dos pagamentos mínimos 890.454 890.454 1.583.196 1.583.196
(Unid: Euros)
2016 2015
Não mais de um ano 529.931 831.640
Mais de um ano e não mais de cinco anos 136.769 758.638
666.699 1.590.278
104
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
10. Participações financeiras
Estas rubricas decompõem-se da forma indicada no
quadro seguinte:
Os investimentos em outras empresas têm o se-
guinte detalhe:
(Unid: Euros)
2016 2015
Método da equivalência patrimonial
Investimentos em subsidiárias (Nota 10.1) 81.873.302 89.511.760
Investimentos em associadas 10.212.739 9.233.277
Investimentos em entidades conj. controladas (Nota 10.2) 23.110.353 24.323.834
115.196.394 123.068.871
(Unid: Euros)
2016 2015
Outros métodos
Investimentos em associadas (Nota 10.3 ) 7.524 7.524
Investimentos em outras empresas 856.214 863.004
863.738 870.529
(Unid: Euros)
Custo aquisição ImparidadeValor do balanço
Participações cotadas
Banco Comercial Português 12.525 (1.401) 11.124
Banco Totta & Açores 8.434 - 8.434
Sport Lisboa Benfica 4.460.400 (3.637.199) 823.201
Participações não cotadas
Soc. Emp. Somague (Angola) 9.128 (9.128) -
Pirites Alentejanas 64.270 (64.270) -
União de Leiria 199.519 (199.519) -
Empresa Edit. Eletrotécnica 20 - 20
Companhia Port. Eletricidade 319 - 319
Douro (Gestão e Promoção Imobiliária) 10.392 (9.840) 552
Boavista Futebol Clube 110.000 (110.000) -
Enerviz 100 (100) -
Unitenis - Soc. Empreend. Ténis 23.942 (23.942) -
Engibrás 2.759 (2.759) -
Brisal 5 - 5
Auto-Estradas do Oeste, S.A. - - -
Marítimo SAD 24.940 (24.940) -
Espaço Belém 10 - 10
AREAM 7.482 - 7.482
Túnel do Marão Operadora 10 - 10
Auto-estrada do Marão 5.005 - 5.005
Escala Vila Franca - - -
Haçor - Concessionária do Edifício do Hospital da Terceira - -
Haçor Domus 50 50
4.939.312 (4.083.098) 856.214
105
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
10.1. Investimentos em Subsidiárias:
Os investimentos em Subsidiárias encontram-se
descriminados no quadro seguinte:
A Somague Togo passou a ser consolidada pelo mé-
todo integral em 2013.
Foram efetuados testes de imparidade, o valor de
uso correspondente ao valor presente dos fluxos
de caixa futuros, tiveram por base os orçamentos
das unidades geradoras de caixa, devidamente
aprovados pelo Conselho de Administração, tendo
sido considerado uma média de 5 anos. As proje-
ções de fluxos de caixa para além dos 5 anos foram
extrapoladas utilizando uma perpetuidade sobre o
valor dos fluxos de caixa estimados para o 5º ano.
Em 2012 devido à fusão da Somague Investimentos
na Somague Engenharia, as participações detidas
na área da construção passaram a ser detidas dire-
tamente pela Somague Engenharia.
Em 2015 a Somague através da sua Sucursal no Bra-
sil adquiriu 50% da Somague MPH ficando assim
com a totalidade do Capital da subsidiária, nessa
(Unid: Euros)
2016 2015
Método da equivalência patrimonial
Somague TI 5.081.218 5.027.770
Somague Ireland Limited 136.802 145.052
Ediçor 8.429.137 6.814.974
CVC 4.165.610 3.366.446
Somague PMG 11.063.739 11.753.584
Edimecânica 182.707 185.869
Somague Angola 36.698.427 51.780.156
Somague Moçambique 79.339 -
Neopul 16.036.322 9.585.652
Somague MPH Construções - -
81.873.302 88.659.503
Somague MPH Construções
Goodwill - 852.257
81.873.302 89.511.760
106
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
aquisição gerou um goodwill de 852.257 euros. Em
2016 o Goodwill foi anulado por se julgar de difícil
recuperabilidade.
Os movimentos ocorridos durante o ano nas Sub-
sidiárias mensuradas pela equivalência patrimonial
foi o indicado no quadro seguinte:
Relativamente aos investimentos em associadas,
cujos capitais próprios, são negativos a participa-
ção é registada numa rubrica de provisões e tem o
seguinte detalhe (conforme nota 14):
10.2. Empreendimentos conjuntos
Os saldos iniciais e os movimentos ocorridos du-
rante o ano nos Empreendimentos conjuntos que
estão valorizados pelo Método da Equivalência Pa-
trimonial, foram os indicados no quadro seguinte:
(Unid: Euros)
Saldo a 01.01.16
Resultado líquido
Variação nos capitais próprios
Outros ganhos e perdas Dividendos Transferências
Saldo a 31.12.16
Somague TI 5.027.770 53.447 - - - - 5.081.218
Somague Ireland Limited 145.052 (8.318) - 69 - - 136.802
Ediçor 6.814.974 58.526 - - - 1.555.637 8.429.137
CVC 3.366.446 906.049 - (1) (106.884) - 4.165.610
Somague PMG 11.753.584 (689.845) - - - - 11.063.739
Edimecânica 185.869 (3.162) - - - - 182.707
Somague Angola 51.780.156 (13.713.273) (1.368.456) - - - 36.698.428
Somague Moçambique - 2.572.982 1.162.718 - - (3.656.360) 79.339
Neopul 9.585.651 6.450.671 - - - - 16.036.322
Somague MPH Construções - - - - - - -
Goodwill - - - - - - -
88.659.502 (4.372.924) (205.738) 68 (106.884) (2.100.723) 81.873.302
(Unid: Euros)
Saldo a 01.01.16
Resultado líquido
Variação nos capitais próprios
Outros ganhos e perdas Transferências
Saldo a 31.12.16
Somague Moçambique (3.656.360) - - - 3.656.360 -
SGIS - Soc. Geral de Investimentos e Serviços (675.228) - (280.578) (31.778) 987.584 -
Somague Togo (11.049.036) (818.988) - - - (11.868.024)
Soconstrói Engenharia (30.745) (301.322) - - - (332.067)
Somague MPH Construções (1.468.964) (3.879.378) (346.506) - - (5.694.848)
(16.880.333) (4.999.688) (627.084) (31.778) 4.643.944 (17.894.939)
107
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
(Unid: Euros)
Saldo a 01.01.16
Resultado líquido
Outros ganhos e perdas Dividendos Transferências
Saldo a 31.12.16
ACE Alqueva 8.595 (56.130) - - 47.536 -
ACE Nova Estrada 16.758 - (2.750) - - 14.008
ACE Transmetro 206.409 95 - - - 206.504
ACE Etar da Madalena 6.099 (116) - (5.984) - (0)
ACE Águas de Gondomar 390.819 (5.472) - (380.134) - 5.213
ACE VL9 786.379 1.680 - (788.059) - (0)
ACE Freeport 18.891 972 - - - 19.863
ACE Lipor Construção 35.254 (703) - (34.551) - (0)
ACE Linha Vermelha 35.769 (10.498) - - - 25.271
ACE Águas de Barcelos 10.688.700 (222.632) - - - 10.466.067
ACE Metro de superfície 18.415 216 - (18.631) - 0
ACE Pegões 20.891 329.468 - - - 350.360
ACE A17 21.227 - 2 (15.000) - 6.229
ACE Águas do Marco 33.250 2 - - - 33.252
ACE Molhes do Douro 236.047 (17.812) - - - 218.235
ACE Cogeração de Setúbal 6.905 (938) - - - 5.967
ACE LMNS 223.561 - 8.921 - - 232.482
ACE Hospital de Braga 1.499 3.555 - - - 5.053
ACE LOC 106.744 - (4) - - 106.740
ACE LGC Linha Gondomar 406.596 821 - - - 407.417
ACE Barragem Venda Nova 183.454 252.880 - - - 436.334
ACE Estoril Sol 192.375 31 - (142.375) - 50.031
ACE Infratúnel 141.905 (26.463) (4.677) - - 110.765
ACE Infraestrututras do Alqueva 180.000 - - (180.000) - (0)
ACE Hospital de Vila Franca de Xira 189.842 3.248 - (92.074) - 101.017
ACE Barragem do Foz Tua 1.326.130 329.815 - - - 1.655.945
ACE Bombel Évora 731 - - - - 731
ACE LCHB 249 5.376 - - - 5.625
ACE NCC Setúbal 1.676.946 - - (20.000) - 1.656.946
ACE Somague Etermar 279.834 (6.336) - (275.000) 1.502 -
UTE Gijón 615.863 - - - - 615.863
UTE Aiboa - Gexto 28.492 - - - - 28.492
UTE Muelle del Este (Valência) 1.759.816 - - - - 1.759.816
UTE Gordoniz 162.373 - - - - 162.373
UTE Calle Pizarro 1.490.521 - - - - 1.490.521
UTE 17 vivenda Llodio 59.313 - - - - 59.313
UTE Darsena Servicios 389.677 - - (389.677) - -
UTE As Cancelas 68.846 (49) - - - 68.797
UTE Abrigo Puerto de Valencia 1.073.098 - - - 1.073.098
UTE Auditório de Vigo 992.963 (6) - - - 992.958
Somague Bowen Sacyr JV 242.585 3 - (242.588) - (0)
ACE Ala Pediátrica 14 287 - - - 301
Somague/Mota-Engil VRCLECL, ACE 738.767 738.767
24.323.834 1.320.059 1.493 (2.584.072) 49.038 23.110.352
108
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
Relativamente aos empreendimentos conjuntos,
cujos capitais próprios, são negativos a participa-
ção é registada numa rubrica de provisões e tem o
seguinte detalhe (conforme nota 14):
A proporção do interesse de propriedade detido em
entidades conjuntamente controladas encontra-se
evidenciada no quadro acima.
(Unid: Euros)
Saldo a 01.01.16
Resultado líquido
Outros ganhos e perdas Dividendos Transferências
Saldo a 31.12.16
ACE Acuinova Mira (8.600.104) (436.026) - - 6.656.757 (2.379.373)
ACE Alqueva - - - - (47.536) (47.536)
ACE Infraestrututras das Antas (2.014) 1.163 - - - (851)
ACE Hospital Pediátrico Coimbra (854.200) (25.949) - - - (880.149)
ACE Projesines (1.574) 1.071 - - - (503)
ACE S.E.N (6.162.988) (363.962) - - - (6.526.950)
ACE Lipor Exploração (25.110) (56.469) - - 25.110 (56.469)
ACE Novaponte (111.783) - 1.200 - 110.583 0
ACE Resercavado (55.534) 24.715 - - - (30.819)
ACE Águas da Linha (80.182) 59.716 - - - (20.466)
ACE Etar de Alcantra (3.299.237) (51.696) - - - (3.350.934)
ACE Data Center (1.018.145) - - - - (1.018.145)
ACE Somague Bascol (Forum de Coimbra) - (79) - - - (79)
ACE Jardim do Tabaco 2ª fase - (5) - - - (5)
UTE Puerto Marin (478.971) - - - - (478.971)
UTE Abaindoibarra (769.104) - - - - (769.104)
UTE Llodio (625.513) (1.390) - - - (626.903)
UTE Alfatejo (130.840) - - - - (130.840)
UTE Agadir (148.092) (153) - - - (148.245)
UTE Prados Fuentes (382) - - - - (382)
UTE la Florida (52.623) - - - - (52.623)
UTE La Lastra (523.091) - - - 523.091 -
UTE Puerto Valência (1.109) - - - 1.109 -
UTE Darsena Sur de Sagunto (42.136) - - - - (42.136)
UTE Muelle Cruzeros (Valencia) (640.261) - - - - (640.261)
ACE Somague Etermar (1.502) (1.502)
JV Bowen Somague (577.146) (237.938) - - - (815.084)
ACE CYES Somague (3.664.029) (2.155.169) - 3.664.029 (2.155.169)
(27.864.168) (3.242.171) 1.200 - 7.267.612 (20.173.498)
109
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
10.3. Investimentos em associadas
Os investimentos em associadas encontram-se des-
criminados nos quadros seguintes:
Para a participação detida na sociedade Engigás
Cabo Verde encontra-se reconhecida uma impari-
dade de igual valor ao do investimento.
11. Inventários
A quantia total escriturada de inventários e a quan-
tia escriturada em classificações apropriadas en-
contram-se no quadro seguinte:
(Unid: Euros)
Saldo a 01.01.16
Resultado líquido Transferências
Saldo a 31.12.16
Método de equivalência patrimonial
SCP - Bacia São Francisco 938.771 981.855 (741.123) 1.179.503
Via Expresso 8.294.506 738.730 - 9.033.236
9.233.277 1.720.585 (741.123) 10.212.739
(Unid: Euros)
Saldo a 01.01.16
Resultado líquido Transferências
Saldo a 31.12.16
Somague Panamá 7.524 - - 7.524
Engigás Cabo Verde 1.634 - - 1.634
9.159 - - 9.159
(Unid: Euros)
2016 2015
Mercadorias 11.735.687 12.081.463
Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 123.265 706.966
11.858.952 12.788.428
110
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
Custo das mercadorias vendidas e matérias consu-
midas:
O montante registado como perdas de imparidade
diz respeito a avaliações independentes de imóveis
detidos pela empresa, sendo que as imparidades
de maior valor referem-se a apartamentos no em-
preendimento Troia Resort, aos terrenos situados
junto ao edifício sede e a um espaço comercial no
Dolce Vita la Coruña.
(Unid: Euros)
Mercadorias
Matérias-primas, subsidiárias e de
consumo Total
Existências em 1 de Janeiro de 2015 13.692.878 457.998 14.150.876
Compras - 12.838.859 12.838.859
Imparidades (440.904) - (440.904)
Regularização de inventários - - -
Existências em 31 de Dezembro de 2015 12.081.463 706.966 12.788.428
1.170.511 12.589.891 13.760.402
Existências em 1 de Janeiro de 2016 12.081.463 706.966 12.788.428
Compras 254.285 4.959.055 5.213.340
Imparidades (600.061) (600.061)
Regularização de inventários - - -
Existências em 31 de Dezembro de 2016 11.735.687 123.265 11.858.952
- 5.542.755 5.542.755
(Unid: Euros)
2016 2015
Perdas por Imparidade:
Mercadorias 600.061 491.815
Reversões de Perdas por Imparidade:
Mercadorias - (50.911)
600.061 440.904
111
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
12. Contratos de construção
12.1. Quantia do rédito do contrato reconhecida
como rédito do período.
12.2. Métodos usados para determinar o rédito
do contrato reconhecido no período
O rédito do contrato compreende a quantia inicial
de rédito acordada e as variações no trabalho, re-
clamações e pagamentos de incentivos do contrato
desde que seja provável que daí resultem réditos
e que estejam em condições de serem fiavelmente
mensurados.
Quando o desfecho do contrato de construção pu-
der ser fiavelmente estimado, o rédito e os custos
associados ao contrato são reconhecidos como ré-
dito e gasto com referência à fase de acabamento
da atividade do contrato à data do balanço.
Pelo método da percentagem de acabamento o ré-
dito é reconhecido na demonstração de resultados
nos períodos contabilísticos em que o trabalho foi
executado. Os gastos são geralmente reconhecidos
na demonstração de resultados nos períodos em
que o trabalho com o qual se relacionam seja exe-
cutado.
(Unid: Euros)
2016 2015
Somague Engenharia 33.097.865 51.558.249
Somague Engenharia Sucursal Angola 8.386.158 11.467.116
Somague Engenharia Sucursal Espanha - -
Somague Engenharia Sucursal Marrocos 4.806.578 286.483
Somague Engenharia Sucursal Brasil 36.167.515 30.555.940
Somague Engenharia Sucursal Cabo Verde 2.227.984 5.925.435
84.686.100 99.793.223
12.3. Métodos usados para determinar a fase de
acabamento dos contratos em curso
Para o reconhecimento dos rendimentos e gastos
das obras em curso, foi adotado o método da per-
centagem de acabamento, nos termos da NCRF 19.
De acordo com este método, no final de cada exercí-
cio, os rendimentos diretamente relacionados com
as obras em curso são reconhecidos na demonstra-
ção de resultados em função da sua percentagem
de acabamento, a qual é determinada pelo rácio
entre os gastos incorridos até à data do balanço e
os gastos totais estimados das obras. As diferenças
entre os rendimentos apurados através da aplica-
ção deste método e a faturação emitida são conta-
bilizadas nas rubricas de “Créditos a receber” ou
“Diferimentos”, consoante a natureza da diferença.
112
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
12.4. Para os contratos em curso à data do balanço
a. Quantia agregada de custos incorridos e lucros
reconhecidos (menos perdas reconhecidas) até à
data;
b. Quantia de acréscimos de rendimentos e rendi-
mentos diferidos do período; e
(Unid: Euros)
Custos incorridos 2016 2015
Somague Engenharia 30.534.342 51.860.147
Somague Engenharia Sucursal Angola 6.652.542 12.461.613
Somague Engenharia Sucursal Espanha - -
Somague Engenharia Sucursal Marrocos 3.694.509 286.483
Somague Engenharia Sucursal Brasil 35.357.480 28.132.194
Somague Engenharia Sucursal Cabo Verde 2.017.988 2.049.204
78.256.860 94.789.641
(Unid: Euros)
Lucros reconhecidos 2016 2015
Somague Engenharia 2.563.523 (301.898)
Somague Engenharia Sucursal Angola 1.733.616 (994.497)
Somague Engenharia Sucursal Espanha - -
Somague Engenharia Sucursal Marrocos 1.112.069 -
Somague Engenharia Sucursal Brasil 810.036 2.423.746
Somague Engenharia Sucursal Cabo Verde 209.996 3.876.232
6.429.240 5.003.583
(Unid: Euros)
Acréscimos de rendimentos 2016 2015
Somague Engenharia 6.767.232 5.883.479
Somague Engenharia Sucursal Angola 8.553.709 7.763.664
Somague Engenharia Sucursal Brasil 14.533.438 18.058.380
29.854.379 31.705.522
(Unid: Euros)
Rendimentos diferidos 2016 2015
Somague Engenharia 272.621 6.510.569
Somague Engenharia Sucursal Angola 4.058.841 8.263.299
Somague Engenharia Sucursal Marrocos (172) 1.312.283
Somague Engenharia Sucursal Cabo Verde - 2.143.714
Somague Engenharia Sucursal Brasil - -
4.331.290 18.229.866
113
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
c. Quantia de adiantamentos recebidos e pagos;
d. Quantia de retenções.
(Unid: Euros)
Adiantamentos recebidos 2016 2015
Somague Engenharia 304.003 471.723
Somague Engenharia Sucursal Angola 902.723 1.207.875
Somague Engenharia Sucursal Marrocos (444) 397.761
Somague Engenharia Sucursal Brasil 6.965 -
1.213.246 2.077.359
(Unid: Euros)
Adiantamentos pagos 2016 2015
Somague Engenharia 37.299 13.677
Somague Engenharia Sucursal Angola 1.018.052 1.105.462
Somague Engenharia Sucursal Espanha (18.648) (18.740)
Somague Engenharia Sucursal Marrocos 10.164 11.264
Somague Engenharia Sucursal Irlanda 44.012 9.012
Somague Engenharia Sucursal UK 14.868 11.586
1.105.748 1.132.260
(Unid: Euros)
Retenções efetuadas por terceiros 2016 2015
Somague Engenharia 1.723.181 1.829.727
Somague Engenharia Sucursal Angola 1.618.745 1.618.745
Somague Engenharia Sucursal Espanha - -
Somague Engenharia Sucursal Cabo Verde - -
3.341.926 3.448.472
(Unid: Euros)
Retenções efetuadas a terceiros 2016 2015
Somague Engenharia 6.594.630 8.914.609
Somague Engenharia Sucursal Angola 2.250.650 2.425.128
Somague Engenharia Sucursal Espanha (273.292) (273.292)
Somague Engenharia Sucursal Cabo Verde - 36.127
8.571.988 11.102.572
114
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
13. Rédito
14. Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes
O movimento ocorrido nas provisões, por cada pro-
visão, encontra-se refletido no quadro seguinte:
(Unid: Euros)
2016 2015
Venda de mercadorias
Lojas e apartamentos - -
Outras vendas 8 904.387
8 904.387
Prestações de serviços
Trabalhos 73.412.523 103.890.560
Estudos e projetos 6.729.846 12.458.737
Aluguer e manutenção de equipamento 133.984 35.469
Prestação de serviços secundárias 5.824.845 11.153.731
Prestação de serviços diversas (1.064.359) 39.092.426
85.036.840 166.630.923
85.036.848 167.535.310
(Unid: Euros)
Provisões para impostos
Provisões para garantias
Provisões para processos
judiciais em curso
Perdas estimadas em
obras
Provisão para situação
líquida negativa Total
A 1 de Janeiro de 2015 10.985.662 4.508.789 10.000 640.217 25.062.703 41.207.371
Reversões do ano - (1.277.642) - (595.225) - (1.872.867)
Aumentos do ano - 484.525 - 5.446.098 - 5.930.624
Utilizações no ano (6.399.193) - - 452.608 - (5.946.584)
Transferências (3.486.469) (8.846) 137.098 (70.135) - (3.428.352)
Equivalência patrimonial - - - - 19.681.800 19.681.800
A 31 de Dezembro de 2015 1.100.000 3.706.826 147.098 5.873.563 44.744.502 55.571.991
A 1 de Janeiro de 2016 1.100.000 3.706.826 147.098 5.873.563 44.744.502 55.571.991
Reversões do ano - (898.760) - (1.947.543) - (2.846.303)
Aumentos do ano - (98.029) 51.678 16.159 - (30.192)
Utilizações no ano - - - - - -
Equivalência patrimonial - - - - (6.676.065) (6.676.065)
A 31 de Dezembro de 2016 1.100.000 2.710.036 198.777 3.942.180 38.068.437 46.019.430
115
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
Em resultado da revisão efetuada pelas autori-
dades fiscais à declaração de IRC do exercício de
1994, a Empresa foi sujeita a uma correção do pre-
juízo tributável apurado nesse exercício e que foi
utilizado em exercícios seguintes, no montante de
18.200.000 euros. Face ao enquadramento fiscal
de exceção referente a juros de mora verificado no
final do exercício de 2002, a empresa decidiu pa-
gar parte das liquidações adicionais resultantes das
correções supra referidas, no valor de 1.400.000
euros, o qual foi registado como uma conta a rece-
ber do Estado. O Conselho de Administração, com
base nos pareceres técnicos dos seus consultores,
corroborado pelas sentenças dos tribunais que de-
ram razão à empresa (nomeadamente, nos efeitos
quanto ao reporte de prejuízos em 1995 e 1996),
entende que as referidas liquidações não têm pro-
vimento, pelo que as mesmas foram impugnadas,
aguardando-se a esta data o seu desfecho parcial
no que se refere ao efeito no reporte de prejuízos
de 1997.
O Conselho de Administração, suportado nas posi-
ções dos seus consultores fiscais e tendo em conta
as responsabilidades reconhecidas, entende que
das eventuais revisões dessas declarações fiscais
não resultarão correções materiais nas demonstra-
ções financeiras.
15. Efeitos de alterações em taxas de câmbio
A quantia das diferenças de câmbio reconhecidas
nos resultados (com exceção das resultantes de ins-
trumentos financeiros mensurados pelo justo valor
através dos resultados) é a que se indica no quadro
seguinte:
Não houve alterações na moeda funcional nem em
relação à casa-mãe nem em relação a cada uma das
unidades operacionais estrangeiras significativas.
(Unid: Euros)
2016 2015
Diferenças de câmbio favoráveis incluídas em:
Outras diferenças de câmbio operacionais 22.557.459 1.722
22.557.459 1.722
Diferenças de câmbio desfavoráveis incluídas em:
Outras diferenças de câmbio operacionais 955.458 1.455.968
955.458 1.455.968
116
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
16. Imposto sobre o rendimento
O gasto (rendimento) por impostos correntes é o
indicado no quadro seguinte:
Com base no orçamento de estado para 2016, não
houve alterações nas taxas de tributação de IRC,
pelo que a quantia de gasto (rendimento) por im-
postos diferidos não sofreu alterações decorrentes
de tais situações.
O Ajustamento reconhecido no período de impos-
tos correntes de períodos anteriores é o indicado
no quadro seguinte:
A reconciliação numérica entre a taxa média efetiva
de imposto e a taxa de imposto aplicável é a indica-
da no quadro seguinte:
(Unid: Euros)
2016 2015
Imposto IRC do ano 3.120.326 4.013.125
Imposto Diferido
Originados e objeto de reversão por diferenças temporárias 258.543 472.555
Alterações de taxa - -
258.543 472.555
3.378.869 4.485.680
(Unid: Euros)
2016 2015
Excesso de estimativas para impostos 529.179 156.366
Insuficiência de estimativa para impostos - 1.249.364
529.179 1.405.730
117
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
(Unid: Euros)
Base de imposto Taxa de imposto
2016 2015 2016 2015
Resultado antes de impostos (25.104.031) (27.581.465)
Impactos ajustamentos SNC no resultado 2009 - -
Taxa de imposto sobre o rendimento em Portugal 22,50% 22,50%
Imposto sobre o lucro à taxa nominal (5.648.407) (6.205.830) -13,46% -16,26%
Variações patrimoniais
Variações patrimoniais positivas - -
Variações patrimoniais negativas - -
- -
Proveitos não tributáveis
Prejuízo fiscal imputado por ACE 3.797.615 6.051.844
Mais valias contabilísticas 325.728 270.745
Restituição de impostos e excesso de estimativa para impostos 529.179 156.366
Resultados de associadas 15.513.506 4.303.548
Reversão da diferença entre amortizações económicas e fiscais
Reversão de provisões tributadas em anos anteriores 6.487.375 60.959
Benefícios Fiscais 12.844 24.966
Outros 83.333 258.795
26.749.581 11.127.223 -14,34% -6,56%
Custos não dedutíveis para efeitos fiscais
Matéria coletável / lucro tributável imputado por sociedades transparentes, ACE 2.783.852 3.012.172
Donativos 2.951 503
Multas, coimas e juros compensatórios 63.784 41.081
40 % aumento das reintegrações resultantes da reavaliação do imob. Corpóreo 3.033 4.270
Mais Valias Fiscais 174.758 442.369
Resultados de associadas 19.677.299 36.625.367
Diferenças entre amortizações económicas e amortizações fiscais 27.158 94.767
Constituição de provisões contabilísticas (para além limites legais) 10.619.391
Subcapitalização 8.105.164 2.116.834
Correções relativas a exercícios anteriores 2.178.703 1.486.694
Outros 87.817 488.000
33.104.519 54.931.448 17,75% 32,39%
Lucro tributável (18.749.092) 16.222.760
Taxa de imposto sobre o rendimento em Portugal 22,50% 22,50%
Imposto calculado - 4.266.259 0,00% -15,47%
Tributação autónoma 500.335 348.915 -1,99% -1,27%
Dupla tributação internacional - (2.082.912) 0,00% 7,55%
Imposto das sucursais 2.915.077 3.073.808 -11,61% -11,14%
Efeito do aumento / reversão de impostos diferidos 258.543 472.555 -1,03% -1,71%
Efeitos da consolidação fiscal (295.086) (1.592.945) 1,18% 5,78%
3.378.869 219.420 -13,46% -0,80%
Imposto sobre o rendimento 3.378.869 4.485.680 -13,46% -16,26%
118
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
A taxa de imposto aplicável utilizada na reconcilia-
ção do quadro acima e as taxas que estão na origem
do efeito da existência de taxas de imposto dife-
rentes das em vigor em Portugal, também eviden-
ciado no quadro acima, são as indicadas na alínea
e.2) do parágrafo 3.1.
As quantias de ativos e passivos por impostos di-
feridos reconhecidos no balanço para cada período
apresentado por cada tipo de diferença temporária
e com respeito a cada tipo de perdas por impostos
não usadas e créditos por impostos não usados são
as indicadas no quadro seguinte:(Unid: Euros)
Contas balanço Contas demonstração resultados
2016 2015 2016 2015
Impostos diferidos ativos
Diferenças temporárias
Ajustamentos de transição para o SNC
Grau de acabamento - - - -
Grau de acabamento - Fusão Somague Madeira -
Provisão para SAV 664.217 762.954 (98.737) (167.345)
Ajustamento - Grandes reparações - - -
Outras -
Imparidade de dívidas a receber 2.662.975 3.181.567 (518.591) 716.407
Imparidade investimentos não depreciáveis 1.071.938 1.071.964 (25) (13.716)
Provisões para riscos e encargos 1.155.917 1.177.224 (21.307) 74.321
Gastos líquidos de financiamento 2.726.709 2.726.709 - (349.971)
Prejuízos fiscais 838.893 241.071 597.822 (1.317.684)
9.120.649 9.161.489 (40.840) (1.057.987)
(Unid: Euros)
Contas balanço Contas demonstração resultados
2016 2015 2016 2015
Impostos diferidos passivos
Diferenças temporárias
Ajustamentos de transição para o SNC
Proveitos diferidos SAV - - - -
Outras
40% da Reavaliação do ativo tangível
Transitadas do POC 113.691 113.691 - (961)
Mais valias não tributadas por reinvestimento - - -
Grau de acabamento - -
Sucursais 217.703 - 217.703 (584.471)
331.394 113.691 217.703 (585.432)
119
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
17. Instrumentos financeiros
As divulgações desta nota abrangem as seguintes
rubricas do Balanço:
Ativos:
A empresa apresenta vencido há mais de 180
dias um total de saldos a receber de terceiros no
montante de 183.927.837 euros. Para estes sal-
dos foi constituída uma provisão no montante de
31.571.270 euros.
Dos saldos mencionados, 11.963.546 euros são re-
ferentes a entidades públicas e 171.964.291 euros
são referentes a entidades privadas.
(Unid: Euros)
2016 2015
Não corrente
Participações financeiras - Outros métodos - Outras empresas (Nota 10) 863.738 870.528
Outros ativos financeiros 33.378.414 23.641.337
Outros créditos a receber 3.994.353 3.396.109
Clientes, conta corrente 1.272.730 636.351
Clientes, conta retenções 2.643.601 2.758.778
Outros devedores 78.022 981
Corrente
Clientes 235.703.759 257.319.942
Clientes 205.849.380 225.614.419
Trabalhos pendentes de faturar (nota 12.4) 29.854.379 31.705.523
Adiantamentos a fornecedores (nota 12.4) 1.105.748 1.132.260
Acionistas 17.060.827 51.445
Outros créditos a receber 42.812.434 84.674.243
Ativos financeiros detidos para negociação 712.805 10.427.658
Outros títulos e depósitos 16.288.415 16.936.397
Caixa e bancos 97.674 3.840.446
352.018.166 402.290.366
120
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
A rubrica de outros ativos financeiros tem a seguin-
te decomposição:
A rubrica de outros créditos a receber corrente
apresenta o seguinte detalhe:
(Unid: Euros)
2016 2015
Outros ativos financeiros - não correntes
Empréstimos a empresas Subsidiárias
Neopul 9.335.000 8.835.000
Soconstrói PMG 300.000 -
Somague TI 690.000 -
Empréstimos a Empresas Associadas
Via Expresso 2.057.331 2.057.331
Empréstimos a Emp. Conjuntos
ACE Água de Barcelos 8.654.686 8.306.889
ACE Hospital Pediátrico 408.893 73.400
ACE Molhes do Douro 47.322 28.632
ACE ACUPM (Mira) 2.908.104 1.496.900
ACE Infratúnel 91.263 177.839
ACE Novaponte - 111.782
ACE Somague BPC Cubiertas Dragados 91 91
ACE Resercávado 74.820 74.820
ACE ETAR Alcântara 638.405 638.405
Lagan Somague JV 1.495.954 1.495.954
ACE S.E.N 4.974.500 -
ACE Somague Neopul 1.500.000 -
Empréstimos a outras empresas
Auto Estrada do Marão 176.124 176.124
Haçor Concessionária - 139.000
Haçor Domus 20.200 20.200
Escala Braga 2 2
Outros investimentos financeiros
Obrigações Montepio 5.720 8.968
33.378.414 23.641.337
(Unid: Euros)
2016 2015
Créditos a receber de empresas subsidiárias, empreendimentos conjuntos e outras partes relacionadas 23.536.339 24.830.217
Créditos a receber empresa mãe (lucro fiscal) (724.647) (707.854)
Acréscimos de rendimentos 11.441.446 49.839.532
Outros devedores 8.559.295 10.712.349
42.812.433 84.674.243
121
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
Passivos:
A rubrica de outras dívidas a pagar corrente apre-
senta o seguinte detalhe:
A rubrica de outras dívidas a pagar inclui o mon-
tante de 4.412.046 euros de responsabilidade de
factoring com recurso que a empresa detém com
instituições bancárias. Esta rubrica ainda inclui a
quantia de 12.015.713 euros de acréscimos de
gastos reconhecidos até 2015 que dizem respeito
essencialmente a remunerações a pagar referente
a direitos adquiridos. O restante valor são saldos a
pagar a empresas subsidiárias, empreendimentos
conjuntos e outras entidades relacionadas.
(Unid: Euros)
2016 2015
Não corrente
Financiamentos obtidos 130.585.567 47.526.770
Outras dívidas a pagar
Fornecedores, conta retenções 8.748.557 8.945.636
Corrente
Fornecedores 122.434.511 156.342.315
Adiantamentos de clientes 1.213.246 2.077.359
Acionistas 2.175.088 2.631.676
Financiamentos obtidos 24.573.682 87.003.175
Outras dívidas a pagar 50.914.181 48.928.933
Diferimentos 8.228.348 21.914.923
348.873.180 375.370.787
(Unid: Euros)
2016 2015
Dívidas a pagar a empresas subsidiárias, empreendimentos conjuntos e outras partes relacionadas 38.842.358 31.004.808
Responsabilidades de factoring 4.412.046 4.487.046
Acréscimos de gastos 12.015.713 8.940.324
Dívidas a pagar - avaliação cambial (5.386.522) 3.093
Outras dívidas a pagar 1.030.585 4.493.661
50.914.181 48.928.933
122
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
Os ativos financeiros mensurados ao custo menos
imparidade são os indicados no quadro seguinte:
Nota: o valor de clientes e outros créditos a receber evidenciados neste quadro e os referidos no quadro de ativos financeiras mensu-rados ao custo totalizam os saldos apresentados no balanço.
Os Ativos financeiros para os quais foi reconhecida
imparidade, com indicação, para cada uma das clas-
ses, separadamente, i) a quantia contabilística que
resulta da mensuração ao custo ou ao custo amorti-
zado e ii) a imparidade acumulada são os indicados
nos quadros seguintes.
Ativos financeiros mensurados ao custo menos im-
paridade:
(Unid: Euros)
2016 2015
Participações financeiras - Outros métodos - Outras empresas (Nota 10) 863.738 870.528
Outros ativos financeiros - Não corrente 2.253.657 2.392.657
Clientes c/c 202.705.434 221.694.779
Outros créditos a receber - Corrente 31.338.274 34.769.856
237.161.104 259.727.821
(Unid: Euros)
2016 2015
CustosImparidade acumulada
Valor contabilístico Custos
Imparidade acumulada
Valor contabilístico
Participações financeiras - Outros métodos - Outras empresas (Nota 10)
4.948.470 (4.084.732) 863.738 4.958.620 (4.088.092) 870.528
Outros ativos financeiros - Não corrente 2.925.225 (671.568) 2.253.657 3.064.225 (671.568) 2.392.657
Clientes c/c 234.276.705 (31.571.270) 202.705.434 253.604.307 (31.909.528) 221.694.779
Outros créditos a receber - Corrente 37.651.669 (6.313.395) 31.338.274 41.390.653 (6.620.797) 34.769.856
279.802.069 (42.640.966) 237.161.103 303.017.806 (43.289.985) 259.727.820
123
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
A quantia de perdas por imparidade reconhecida
para cada uma das classes de ativos financeiros é a
indicada nos quadros seguintes:
O movimento ocorrido na imparidade do exercício
relativamente a clientes e outros créditos a receber,
foi o seguinte:
(Unid: Euros)
Ano de 2016 Saldo inicial Imparidade Reversão Utilizações Saldo final
Ativos financeiros mensurados ao custo menos imparidade
Participações financeiras - Outros métodos - Outras empre-sas (Nota 10)
4.088.092 3.248 (6.608) - 4.084.732
Outros ativos financeiros - Não corrente 671.568 - - - 671.568
Clientes 31.909.529 110.810 (449.068) - 31.571.271
Outros créditos a receber 6.620.797 - (307.402) - 6.313.396
43.289.986 114.058 (763.078) - 42.640.966
(Unid: Euros)
Ano de 2015 Saldo inicial Imparidade Reversão Utilizações Saldo final
Ativos financeiros mensurados ao custo menos imparidade
Participações financeiras - Outros métodos - Outras empre-sas (Nota 10)
4.153.673 - (63.840) (1.741) 4.088.092
Outros ativos financeiros - Não corrente 671.568 - - - 671.568
Clientes 29.251.317 7.449.959 (5.327.477) 535.730 31.909.529
Outros créditos a receber 6.780.728 - - (159.930) 6.620.797
40.857.286 7.449.959 (5.391.317) 374.058 43.289.986
(Unid: Euros)
ClientesOutros créditos
a receber
Saldo em 1 de Janeiro de 2015 29.251.317 6.780.728
Reforço do ano 7.449.959 -
Utilizações 535.730 (159.930)
Reversões (5.327.477) -
Saldo em 31 de Dezembro de 2015 31.909.529 6.620.797
Reforço do ano 110.810 -
Utilizações - -
Reversões (449.068) (307.402)
Saldo em 31 de Dezembro de 2016 31.571.271 6.313.396
124
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
Os ativos financeiros mensurados ao custo são os
indicados no quadro seguinte:
Nota: o valor de clientes e outros créditos a receber evidenciados neste quadro e os referidos no quadro de ativos financeiras men-surados ao custo amortizado menos imparidades totalizam os sal-dos apresentados no balanço.
Os passivos financeiros mensurados ao custo amor-
tizado são os indicados no quadro seguinte:
Os descobertos bancários, contas correntes caucio-
nadas vencem juros às taxas correntes de mercado,
para operações similares.
(Unid: Euros)
2016 2015
Clientes 36.992.678 39.021.272
Adiantamentos a fornecedores 1.105.748 1.132.260
Outros créditos a receber 11.474.160 49.904.388
Ativos financeiros detidos para negociação 712.805 10.427.658
Outros títulos e depósitos 16.288.415 16.936.397
Caixa e bancos 97.674 3.840.446
83.732.306 121.313.867
(Unid: Euros)
2016 2015
Financiamentos obtidos - não corrente 130.585.567 47.526.770
Empréstimos bancários 18.329.210 16.549.448
Empréstimos com Hipoteca 111.786.949 20.062.500
Papel comercial - 10.000.000
Locação financeira 469.407 914.822
Outras dívidas a pagar não corrente 8.748.557 8.945.636
Fornecedores - corrente 122.434.511 156.342.315
Adiantamentos de clientes - corrente 1.213.246 2.077.359
Financiamentos obtidos - corrente 24.573.682 87.003.175
Empréstimos bancários 23.832.820 49.143.899
Empréstimos com hipoteca - 18.275.000
Descobertos bancários 295.906 3.814.395
Papel comercial - -
Locação financeira 421.047 668.374
Participantes de capital 199.631 15.205.115
Outros financiamentos - -
Avaliação cambial (175.722) (103.608)
Outras dívidas a pagar - corrente 50.914.181 48.928.933
Outros passivos financeiros - corrente 8.228.348 21.914.923
346.698.091 372.739.111
125
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
Principais contratos de financiamento a 31 de de-
zembro de 2016:
• Contrato de financiamento com hipoteca ce-
lebrado em 24 de agosto de 2016 no valor de
64.337.383 euros, pelo prazo de 7 anos. Este
contrato tem um plano de amortização com
prestações crescentes de capital com início em
31 de julho de 2018 e vencia juros à taxa média
de 5,00%.
• Contrato de financiamento celebrado em 15 de
janeiro de 2013 no valor de 15.000.000 euros,
pelo de 5 anos. Em 24 de agosto foi celebrado
um aditamento apresentando um valor em dí-
vida de 8.400.000 euros. Este contrato tem um
plano de amortização com prestações crescen-
tes de capital com início em 15 de janeiro de
2018 e vencia juros à taxa média de 5,00%.
• Contrato de financiamento com hipoteca ce-
lebrado em 29 de agosto de 2016 no valor de
40.237.500 euros, pelo prazo de 7 anos e ven-
cia juros à taxa média de 5,00%. Em 31 de de-
zembro de 2016 apresentava um valor em dí-
vida de 39.049.566 euros e vencia juros à taxa
média de 5,00%.
• Contrato de financiamento celebrado em 14 de
setembro de 2016 no valor de 8.754.742 eu-
ros, pelo prazo de 7 anos. Em 31 de dezembro
de 2016 apresentava um valor a médio longo
prazo de 7.007.423 euros e vencia juros à taxa
média de 5,00%.
• Contrato de financiamento celebrado em 06 de
outubro de 2015 no valor de 11.500.000 eu-
ros, pelo prazo de 5 anos. Em 31 de dezembro
de 2016 apresentava um valor em dívida de
11.450.000 euros, dos quais 7.830.164 euros a
médio longo prazo e vencia juros à taxa média
de 3,5%.
• Contrato de financiamento celebrado em 14 de
setembro de 2015 no valor de 4.000.000 eu-
ros, pelo prazo de 5 anos. Em 31 de dezembro
de 2016 apresentava um valor em dívida de
3.981.129 euros, dos quais 2.750.000 euros a
médio longo prazo e vencia juros à taxa média
de 4,75%.
• Contrato de financiamento celebrado em 27
de março de 2014 no valor de 1.180.000 eu-
ros, pelo prazo de 6 meses renovável automa-
ticamente, desde que não seja denunciado por
qualquer uma das partes. Em 31 de dezembro
de 2016 apresentava um valor em dívida de
1.180.000 euros e vencia juros à taxa média de
5,25%.
• Contrato de financiamento celebrado em 28 de
maio de 2013 no valor de 5.000.000 dólares
norte americanos, pelo prazo de 6 meses re-
novável automaticamente, desde que não seja
denunciado por qualquer uma das partes. Em
31 de dezembro de 2016 apresentava um va-
lor em dívida equivalente a 4.348.961 euros e
vencia juros à taxa Libor 3M + 4,5%.
• Contrato de financiamento celebrado em 21 de
agosto de 2014 no valor de 4.500.000 dólares
norte americanos, pelo prazo de 6 meses re-
novável automaticamente, desde que não seja
denunciado por qualquer uma das partes. Em
31 de dezembro de 2016 apresentava um va-
lor em dívida equivalente a 3.914.065 euros e
vencia juros à taxa Libor 3M + 4,5%.
• Contrato de financiamento celebrado em 23 de
setembro de 2014 no valor de 1.400.000 dó-
lares norte americanos, pelo prazo de 6 meses
renovável automaticamente, desde que não
seja denunciado por qualquer uma das partes.
Em 31 de dezembro de 2016 apresentava um
valor em dívida equivalente a 1.217.709 euros
e vencia juros à taxa Libor 3M + 4,5%.
• Contrato de financiamento celebrado em 11
de junho de 2016 no valor de 660.000 euros,
pelo prazo de 10 meses. Em 31 de dezembro
126
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
de 2016 apresentava um valor em dívida equi-
valente a 264.000 euros e vencia juros à taxa
fixa de 4,00%.
• Contratos de financiamento destinados à aqui-
sição de equipamentos celebrados no exercício
de 2014. Em 31 de dezembro de 2016 apresen-
tavam um valor em dívida de 5.558.883 euros
e vencia juros à taxa média de 4,0%.
• Contrato de financiamento celebrado em 4 de
dezembro de 2014 no valor de 1.499.859 eu-
ros, pelo prazo de 3 anos. Em 31 de dezembro
de 2016 apresentava um valor em dívida de
1.499.859 euros e vencia juros à taxa média
CDI + 5.5%.
• Contrato de financiamento celebrado em 1 de
agosto de 2016 no valor de 145.000 euros, pelo
prazo de 3 meses renovável automaticamente,
desde que não seja denunciado por qualquer
uma das partes. Em 31 de dezembro de 2016
apresentava um valor em dívida de 145.000
euros e vencia juros à taxa média CDI + 4.5%.
• Contrato de financiamento celebrado em 19 de
maio de 2015 no valor de 1.023.433 euros, pelo
prazo de 3 anos. Em 31 de dezembro de 2016
apresentava um valor de dívida de 741.624 eu-
ros a médio longo prazo e vencia juros à taxa
média CDI+0,7%
Os empréstimos e descobertos bancários vencem
juros às taxas correntes de mercado, para opera-
ções similares.
Relativo aos empréstimos bancários acima referi-
dos existem hipotecas sobre imóveis do grupo no
valor contabilístico de 24.317.237 euros e penhor
sobre a totalidade das ações da participada Neopul,
como garantia do cumprimento das obrigações re-
lativas a esses empréstimos.
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de
2016 a empresa concluiu a renegociação dos finan-
ciamentos com três das principais entidades finan-
ceiras, no valor total de 121.729.625 euros. Estes
novos contratos, celebrados pelo prazo de 7 anos,
apresentam um período de carência de amortização
de capital de 2 anos, tendo o spread sido revisto para
5%. Para o efeito foram constituídas garantias adi-
cionais, conforme já referido no parágrafo anterior.
Riscos relativos a instrumentos financeiros
Princípios gerais
O risco financeiro é o risco de o justo valor ou os
fluxos de caixa futuros de um instrumento financei-
ro virem a variar e de se virem a obter resultados di-
ferentes do esperado, sejam estes positivos ou ne-
gativos, alterando o valor patrimonial da empresa.
No desenvolvimento das suas atividades correntes,
a empresa está exposto a uma variedade de riscos
financeiros suscetíveis de alterarem o seu valor pa-
trimonial, os quais, de acordo com a sua natureza,
se podem agrupar nas seguintes categorias:
• Risco de mercado
• Risco de taxa de juro
• Risco de taxa de câmbio
• Outros riscos de preço (ex: de mercadorias
ou ações)
• Risco de crédito
• Risco de liquidez
A gestão dos riscos acima referidos - riscos que de-
correm, em grande medida, da imprevisibilidade
dos mercados financeiros - exige a aplicação cri-
teriosa de um conjunto de regras e metodologias
aprovadas pela Administração, cujo objetivo último
127
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
é a minimização do seu potencial impacto negativo
no valor patrimonial e no desempenho da empresa.
Com este objetivo, toda a gestão é orientada em
função de duas preocupações essenciais:
• Reduzir, sempre que possível, flutuações nos
resultados e cash flows sujeitos a situações de
risco;
• Limitar os desvios face aos resultados previsio-
nais, através de um planeamento económico
e financeiro rigoroso, assente em orçamentos
plurianuais.
Por regra, a empresa não assume posições especu-
lativas, pelo que geralmente as operações efetua-
das no âmbito da gestão dos riscos financeiros têm
por finalidade o controlo de riscos já existentes e
aos quais a empresa se encontra exposta.
A Administração define princípios para a gestão do
risco como um todo e quando considerado neces-
sário, em face da sua materialidade e probabilidade
de ocorrência, políticas que cobrem áreas específi-
cas, como o risco cambial, o risco de taxa de juro, o
risco de crédito e o risco de liquidez.
A gestão dos riscos financeiros - incluindo a sua iden-
tificação, avaliação e cobertura - é conduzida pela Di-
reção Financeira de acordo com políticas aprovadas
pela Administração. A Direção Financeira avalia e rea-
liza coberturas de riscos financeiros em estrita coope-
ração com as unidades operacionais da empresa.
A Direção de Auditoria Interna faz o acompanha-
mento da implementação das políticas de gestão
de risco definidas pela Administração de forma a
garantir que os riscos económicos e financeiros são
identificados, mensurados e geridos de acordo com
tais políticas.
Risco de taxa de juro
O risco de taxa de juro é o risco de o justo valor ou os
fluxos de caixa futuros de um instrumento financeiro
vir a variar, devido a alterações nas taxas de juro de
mercado, alterando o valor patrimonial da empresa.
A exposição da empresa ao risco de taxa de juro ad-
vém da existência, no seu balanço, de ativos e passi-
vos financeiros contratados a taxa fixa ou a taxa variá-
vel. No primeiro caso, a empresa enfrenta um risco de
variação do ‘‘justo valor’’ desses ativos ou passivos,
na medida em que qualquer alteração das taxas de
mercado envolve um custo de oportunidade (positivo
ou negativo). No segundo caso, tal alteração tem um
impacto direto no valor dos juros recebidos/pagos,
provocando consequentemente variações de caixa.
A evolução nas taxas de juro foi a seguinte:
A opção por manter a maior parte dos empréstimos
bancários a taxa variável, prende-se com o facto
da sua curta maturidade não permitir, na ótica da
empresa, recuperar o diferencial de taxas negativo
pago inicialmente, devido à forte inclinação que a
curva de rendimentos apresenta, nomeadamente
nos prazos mais curtos.
A sensibilidade do resultado do exercício (resultan-
te dos impactos provenientes dos financiamentos
a taxa de juro variável) a possíveis alterações nas
taxas de juro, com todas as restantes variáveis man-
tidas constantes, é a indicada no quadro seguinte. A
sensibilidade dos capitais próprios às mesmas va-
riações é imaterial.
Evolução das taxas do mercado monetário na zona Euro 2016
Euribor 12 M -0,082%
Euribor 6 M -0,221%
Euribor 3 M -0,319%
Euribor 1 M -0,368%
(Fonte: Banco de Portugal)
128
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
Risco de taxa de câmbio
O risco de taxa de câmbio é o risco de o justo valor
ou os fluxos de caixa dos instrumentos financeiros
virem a variar em resultado de alterações nas taxas
de câmbio.
A internacionalização do Grupo obriga-o a estar
exposto ao risco de taxa de câmbio das moedas de
diferentes países, entre os quais se salienta, Angola
e Brasil.
A exposição ao risco de taxa de câmbio resulta
fundamentalmente das atividades operacionais
do Grupo (em que os gastos, rendimentos, ativos e
passivos são denominados em moedas diferentes
da moeda de relato) e dos investimentos líquidos
em participadas estrangeiras:
• O preço de parte dos fornecimentos de mate-
riais e subempreitadas é fixado em USD em An-
gola e em Reais no Brasil, pelo que a evolução
do euro face a estas moedas poderá ter impac-
to significativo na estrutura de custos das enti-
dades que operam nesse país;
• Uma parte das vendas e prestações de serviços
é denominada em moedas diferentes do euro,
nomeadamente em Reais e em USD. Por esta
via também a evolução do euro face a estas
moedas poderá ter impacto significativo nos
rendimentos futuros da Empresa;
• Uma vez concretizadas as aquisições e as ven-
das em moeda diferente do Euro, o Grupo in-
corre em risco cambial até ao pagamento e re-
2016
Aumento/Diminuição na taxa de juro
(em pontos)
Efeito nos resultados do exercício antes de impostos
(em milhões de euros)
Euribor +50 -0,72
Euribor +100 -1,45
cebimento dos montantes em causa pelo que
existe permanentemente no balanço do Grupo
um montante significativo de valores a receber
e a pagar expostos a risco cambial;
• Investimentos líquidos em países fora da UE e
cujos ativos e passivos, gastos e rendimentos
necessitam de ser transpostos para Euros para
efeitos da preparação das demonstrações fi-
nanceiras do Grupo;
• Regra geral os financiamentos são contratados
na moeda de apresentação das demonstrações
financeiras do Grupo (Euro). Embora existam
financiamentos contratados diretamente pelas
diferentes áreas operacionais do Grupo para
fazer face às suas necessidades correntes, o
Grupo não contrata instrumentos de cobertura
de risco cambial, dada a pouca materialidade
dos financiamentos expostos a risco cambial,
representam nas contas do Grupo. Em Angola e
no Brasil, quando necessário, o financiamento é
contratado em moeda diferente do Euro fican-
do exposto à variação cambial, no entanto face
à sua imaterialidade, não tem sido feita a con-
tratação da cobertura do risco.
A variação das taxas de câmbio que afeta a exposi-
ção ao risco de taxa de câmbio é a indicada no qua-
dro seguinte:
O Grupo recorre à utilização de instrumentos finan-
ceiros derivados para a gestão do risco cambial, de
acordo com uma política definida periodicamente
pela Administração e que tem como objetivo limitar
o risco de exposição cambial associado às vendas
futuras, aos créditos a receber denominados em
moedas diferentes do euro, aos efeitos cambiais
2016 2015 Variação (%)
Dólar norte-americano 1,0453 1,0887 -3,99%
Kwanza angolano 186,282 148,553 25,40%
Real brasileiro 3,4384 4,3824 35,80%
129
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
dos investimentos líquidos em moeda estrangeira
e aos financiamentos a pagar em moedas diferen-
tes do euro.
No que respeita à cobertura de risco cambial, as
operações de cobertura têm sido esporádicas, por
se considerar que o seu custo é, em regra, excessi-
vo face ao nível dos riscos envolvidos. No entanto,
sempre que considerado adequado, o Grupo con-
trata financiamentos em moeda estrangeira e usa
“swaps” de taxas de câmbio por forma a cobrir o
risco.
Por norma, só são efetuadas operações sobre taxas
de câmbio que se destinem a cobrir riscos de po-
sições já existentes ou contratadas e os termos da
cobertura são negociados de forma a serem condi-
zentes com os termos do instrumento coberto de
forma a maximizar a eficácia da cobertura.
A exposição da empresa ao risco de taxa de câmbio
com base nos valores da demonstração da posição
financeira dos ativos e passivos financeiros da em-
presa em 31 de dezembro de 2016 é a indicada no
quadro seguinte:
(Unid: Euros)
Kwanza angolano Dólar norte-americano Real brasileiro Total
Clientes (361.992.964) 398.434.522 88.196.056 486.630.578
Caixa e bancos 14.610.582 669.539 146.820 816.359
Outros ativos (43.170) 79.523 2.491.953 2.571.476
Total de ativos (347.425.552) 399.183.584 90.834.829 490.018.413
Outros passivos financeiros (240.124.461) 415.921.610 2.807.189 418.728.798
Financiamentos 5.441.470 117.413 2.723.758 2.841.170
Fornecedores e credores - - 175.357 175.357
Total de passivos (234.682.991) 416.039.022 5.706.303 421.745.326
Exposição líquida (112.742.561) (16.855.438) 85.128.525 68.273.087
130
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
Risco de crédito
O risco de crédito é o risco de uma contraparte não
cumprir as suas obrigações ao abrigo de um instru-
mento financeiro originando uma perda.
A empresa encontra-se sujeito a risco no crédito
que concerne às seguintes atividades:
• Atividade Operacional - Clientes e outros cré-
ditos a receber.
• Atividades de financiamento - Depósitos em
bancos e instituições financeiras;
A gestão do risco de crédito relativo a clientes e
outros créditos a receber é efetuada da seguinte
forma:
• Seguindo políticas procedimentos e controlos
estabelecido pela empresa para cada unidade
operacional;
• Os limites de crédito são estabelecidos para
todos os clientes com base em critérios de ava-
liação interna;
• A qualidade de crédito de cada cliente é ava-
liada com base em notações de crédito forne-
cidas por empresas especializadas externas à
empresa;
• Os valores em dívida são regularmente moni-
torizados e os fornecimentos para os clientes
mais significativos estão normalmente cober-
tos por garantias;
• A empresa tem em vigor contratos de factoring
mediante os quais cede os créditos e em que,
no caso de entidades públicas, o risco de cobra-
bilidade passa para a entidade de Factoring.
O saldo total de clientes ascende a 235.703.759
euros, dos quais 29.854.379 euros dizem respeito
a trabalhos ainda não faturados. Da diferença entre
estes montantes, 12.255.175 euros dizem respeito
a clientes públicos e 193.594.204 euros a clientes
do setor privado.
A concentração de risco de crédito relativa a clien-
tes privados encontra-se evidenciada no quadro
seguinte:
A gestão do risco de crédito relativo a saldos em
bancos e instituições financeiras é efetuada da se-
guinte forma:
• Pela Direção Financeira da empresa de acordo
com as políticas do Grupo;
• Os investimentos de fundos superavitários em
relação às necessidades são efetuados apenas
com contrapartes aprovadas e dentro dos limi-
tes aprovados para cada uma;
• Os limites são estabelecidos para minimizar
a concentração de risco e dessa forma mitigar
perdas financeiras resultantes de potenciais fa-
lhas de cumprimento pelas contrapartes;
• Os limites aprovados para cada contraparte são
revistos pela Administração da empresa numa
base anual mas podem ser atualizados ao longo
do ano com o acordo do Comité Financeiro da
empresa;
Valor da dívida
2016
Nº clientes% do total
Clientes privados
> 5.000 k€ 5 73%
> 1.000 k€ 18 23%
131
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
A qualidade de risco de crédito da empresa face a
ativos financeiros (caixa e equivalentes) cujas con-
trapartes sejam instituições financeiras é, com base
no rating destas entidades, a indicada no quadro
seguinte:
Os outros dizem respeito a instituições financeiras
relativamente às quais não foi possível obter a no-
tação de rating, nomeadamente as localizadas em
Angola.
A exposição máxima ao risco de crédito, não ten-
do em conta garantias prestadas nem instrumentos
derivados, é a que se indica no quadro seguinte:
Além do risco de crédito constante do quadro an-
terior a empresa está exposta ao risco decorrente
de ter assumido as garantias constantes do quadro
seguinte:
Dado que, conforme descrito anteriormente, a em-
presa adotou uma política de mitigação dos riscos
de crédito de saldos a receber, procede à cedên-
cia de boa parte desses créditos e tem como prá-
tica uma escolha seletiva de entidades financeiras
(como contrapartes) que apresentem ratings finan-
ceiros sólidos, a Administração considera que a ex-
posição efetiva da empresa ao risco de crédito se
encontra mitigada a níveis aceitáveis.
18. Capital
O capital subscrito da sociedade é 58.450.000 eu-
ros e encontra-se totalmente realizado em 2016 e
2015.
Em 31 de dezembro de 2016, o capital da Empresa
era composto por 11.690.000 ações ao portador, de
valor nominal de cinco euros cada.
(Unid: Milhares Euros)
Rating 2016
A-2 10
B 714
Outros 15.662
16.386
(Unid: Milhares Euros)
2016
Clientes 235.704
Outros créditos a receber 42.812
Activos financeiros detidos para negociação 713
Outros títulos e depósitos 16.288
Caixa e bancos 98
295.615
Garantias prestadas 118.112
413.727
(Unid: Milhares Euros)
Garantias bancárias 2016
Concursos 909
Financeiras 24.443
Contratuais/Boa execução 92.760
118.112
132
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
19. Gastos com o pessoal
O detalhe dos Gastos com o Pessoal é o indicado no
quadro seguinte:
O número de colaboradores da empresa é de 804
em 2016 e de 931 em 2015.
20. Outras informações(Divulgações consideradas relevantes para melhor compreen-são da posição financeira e dos resultados).
20.1. Estado e Outros Entes Públicos
Esta rubrica decompõe-se da forma indicada no
quadro seguinte:
(Unid: Euros)
2016 2015
Remunerações dos Órgãos Sociais 310.007 503.175
Remunerações do Pessoal 23.524.710 31.223.469
Outros benefícios pós-emprego
Reforma concedida por tribunal 12.450 13.756
Complementos reforma obrigatórios 55.062 55.062
Benefícios pós-emprego FGCT 63.131 316
Indemnizações 2.910.215 9.888.355
Encargos sobre remunerações 4.711.095 6.097.755
Seguros de acidentes de trabalho e doenças profissionais 482.741 771.364
Gastos de ação social 161.444 230.290
Outros gastos com o Pessoal 249.397 424.326
32.480.251 49.207.869
(Unid: Euros)
2016 2015
Saldo a Receber
Imposto sobre o rendimento 1.439.261 1.439.261
Retenções Imposto sobre Rendimento 1.106.494 792.545
IVA 1.915.445 2.582.985
Outros Impostos 91.449 122.451
4.552.650 4.937.242
Saldo a Pagar
Retenções Imposto sobre Rendimento 3.033.691 1.087.847
IVA 558.962 696
Outros Impostos 201.435 -
Contribuição para a Segurança Social 2.758.191 865.311
6.552.279 1.953.855
133
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
20.2. Diferimentos
Os gastos a reconhecer descriminam-se como segue:
Os rendimentos a reconhecer descriminam-se
como segue:
20.3. Ganhos/Perdas Imputados de Subsidiárias,
Associadas e Empreendimentos Conjuntos
Esta rubrica decompõe-se da forma indicada no
quadro seguinte:
(Unid: Euros)
2016 2015
Gastos a reconhecer
Comissões com garantias 838.425 117.808
Seguros 144.736 139.618
Outros 747.607 240.456
1.730.768 497.882
(Unid: Euros)
2016 2015
Rendimentos a reconhecer
Grau de acabamento 4.331.290 18.229.866
Juros 3.897.058 3.685.065
Outros - (8)
8.228.348 21.914.923
(Unid: Euros)
2016 2015
Rendimentos e Ganhos Subs., Assoc. e Emp. Conj. (Nota 10)
Aplicação do método da equivalência patrimonial 13.527.616 4.129.548
Alienações - -
Outros 285.863 24.826
13.813.479 4.154.374
Gastos e Perdas Subs., Assoc. e Emp. Conjuntos (Nota 10)
Aplicação do método da equivalência patrimonial 23.090.279 39.644.391
Outros 50.686 358.000
23.140.964 40.002.392
(9.327.486) (35.848.018)
134
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
Na rubrica de gastos e perdas com subsidiárias e
empreendimentos conjuntos, pela aplicação do
método de equivalência patrimonial foram regis-
tados 23.090.279 euros que dizem respeito es-
sencialmente às participações detidas na Somague
Angola, Somague Togo e Somague Moçambique,
conforme detalhe da nota 10.1
20.4. Fornecimentos e Serviços Externos
Esta rubrica decompõe-se da forma indicada no
quadro seguinte:
(Unid: Euros)
2016 2015
Subcontratos 69.359.676 71.256.850
Trabalhos especializados 5.473.276 2.127.960
Publicidade e propaganda 19.283 35.973
Vigilância e segurança 364.073 452.702
Honorários 1.987.939 1.722.839
Comissões 57.810 10.559
Conservação e reparação 1.160.956 1.032.144
Ferramentas e utensílios de desgaste rápido 71.766 67.672
Livros de documentação técnica 51.081 30.971
Material de escritório 118.210 86.115
Eletricidade 189.236 203.684
Combustíveis 619.979 812.805
Água 76.139 53.245
Deslocações e estadas 1.332.383 1.699.700
Transportes de Pessoal 83.228 129.277
Transportes de mercadorias 577.871 2.006.685
Rendas e alugueres 5.491.540 6.283.628
Comunicações 244.355 275.289
Seguros 1.101.402 1.025.547
Royalties 2.522 2.473
Contencioso e notariado 115.617 63.401
Despesas de representação 9.469 22.092
Limpeza, higiene e conforto 186.715 172.655
Outros 3.683.638 2.398.823
92.378.166 91.973.090
135
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
20.5. Outros Rendimentos e Ganhos
Esta rubrica decompõe-se da forma indicada no
quadro seguinte:(Unid: Euros)
2016 2015
Rendimentos suplementares
Aluguer de equipamento 1.482.084 2.888.967
Partilha de custos 6.608.398 7.822.504
Cedências 3.168.023 4.216.021
Outros 3.115.811 2.120.261
Descontos de pronto pagamento obtidos 5.892 13.102
Ganhos em inventários (Nota 11) 1.908 116.538
Rendimentos e ganhos nos restantes ativos financeiros
Alienações restantes ativos financeiros 94.055 -
Diferenças de câmbio favoráveis 22.557.459 1.722
Rendimentos e ganhos em investimentos não financeiros
Alienações (Notas 7 e 8) 387.028 157.835
Rendas e outros rendimentos de prop. de investimento 64.877 58.424
Outros 3.800 17.477
Outros
Correções relativas a períodos anteriores 5.857.867 2.617.398
Excesso da estimativa para impostos 527.761 4.065
Restituição de impostos 1.417 152.301
Indemnizações sinistro 62.843 8.927
Diferenças de pagamento / recebimento 79 593
Outros não especificados 26.540 -
43.965.841 20.196.135
136
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
20.6. Outros Gastos e Perdas
Esta rubrica decompõe-se da forma indicada no
quadro seguinte:
20.7. Juros e Rendimentos Similares Obtidos
Esta rubrica decompõe-se da forma indicada no
quadro seguinte:
Em 2015 a rubrica de juros de Mora diz respeito a
juros faturados ao Governo Regional da Madeira.
(Unid: Euros)
2016 2015
Impostos 3.281.640 3.650.231
Descontos de pronto pagamento concedidos - -
Dividas incobráveis 5.292 193.076
Perdas em Inventários (Nota 11) - -
Gastos e Perdas em Investimentos Não Financeiros
Alienações (Notas 7 e 8) 155.354 554.398
Abates (Notas 7 e 8) 7.012 2.014
Outros
Correções relativas a períodos anteriores 2.178.703 228.337
Donativos 2.951 37.003
Quotizações 53.118 43.302
Ofertas e amostras de Inventários (Nota 11) - -
Insuficiência de estimativa para impostos - 1.249.364
Indemnizações 45.544 4.149
Diferenças de câmbio operacionais - 1.453.696
Multas e Penalidades
Multas não fiscais 35.551 54.249
Multas fiscais 25.677 1.563
Outros 295.230 452.101
6.086.073 7.923.482
(Unid: Euros)
2016 2015
Juros obtidos
De depósitos 225.375 46.688
De outras aplicações de meios financeiros líquidos 295.714 223.543
Juros indemnizatórios - -
Juros de mora (260.718) 1.167.575
Juros de financiamento concedido a empresas subsidiárias 27.028 -
Juros de financiamento concedido a empresas associadas 384.797 -
Outros juros - 47.931
Dividendos obtidos de outras aplicações de meios financeiros líquidos 1.209 154
Outros rendimentos similares 396.116 5.713
1.069.521 1.491.603
137
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
20.8. Juros e Gastos Similares Suportados
Esta rubrica decompõe-se da forma indicada no
quadro seguinte:
20.9. SIFIDE
A empresa tem vindo ao longo de vários anos, a in-
vestir na área da Investigação e Desenvolvimento,
nomeadamente na aquisição de novos conheci-
mentos técnicos e na exploração de resultados de
trabalhos de investigação com vista à descoberta e
melhoria dos seus Produtos e Serviços.
(a) LEI Nº 40/2005 DE 3 DE AGOSTO - ARTIGO 3º(*) Dois projetos não foram reconhecidos na totalidade
(Unid: Euros)
2016 2015
Juros suportados
De financiamentos obtidos ao custo 8.708.864 7.857.908
Juros de descobertos bancários 121.564 155.756
Juros de factoring 350.521 591.566
De locações financeiras ( Nota 9.1 ) 35.937 104.524
Juros de suprimentos - 186.862
Juros de mora 145.458 89.332
Juros compensatórios 10.552 -
Juros de desconto de títulos 11.860 122.531
Outros juros 37.010 2
Diferenças de câmbio desfavoráveis 955.458 2.273
Outros gastos e perdas de financiamento
De financiamentos obtidos 475.626 651.813
Comissões de factoring 102.599 121.360
Outros 0 39.058
10.955.451 9.922.984
Descrição 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Despesas com pessoal 23.764,66 € 612.516,58 € 405.526,81 € 159.913,54 € 118.616,80 € 341.891,72 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 €
Despesas de funcionamento (a) 429,48 € 314.697,76 € 223.039,75 € 87.952,45 € * 65.239,24 € 151.384,95 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 €
Outras despesas - 22.465,00 € - 80.249,75 € 5.024,46 € 24.688,79 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 €
Despesa apurada em I&D 24.194,14 € 949.679,34 € 628.566,56 € 328.115,74 € 188.880,50 € 517.965,46 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 €
Benefício fiscal atribuído (SIFIDE) 14.583,58 € 656.374,75 € 196.528,22 € 106.637,61 € 61.386,16 € 48.993,55 €
Benefício fiscal (dedução à Coleta) 14.583,58 € 469.276,70 € 383.626,27 € 0,00 € 168.023,77 € -
Benefício fiscal para deduzir até ao 6º exercício seguinte
0,00 € 187.098,05 € 0,00 € 106.637,61 € 0,00 € -
No âmbito da Lei 40/2005 de 3 agosto de 2005 que
cria o SIFIDE, sistema de incentivos fiscais em inves-
tigação e desenvolvimento empresarial, a empresa
candidatou-se em 2006, 2007, 2008, 2009, 2010 e
2011 a este benefício fiscal, não se candidatou em
2013, 2014 e 2015 e não se prevê candidatar em
2016. Ver detalhe em quadro seguinte:
138
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
20.10. Proposta de aplicação de resultados
A conta de resultados líquidos individuais da so-
ciedade apresentava no exercício findo em 31
de dezembro de 2016, um resultado negativo de
28.482.900 euros.
O Conselho de Administração, tendo em conside-
ração as disposições legais (art.º 32 e 33 CSC) e o
contrato de sociedade, propõe que aos resultados
líquidos negativos de 28.482.900 euros seja dada a
seguinte aplicação:
Para reserva legal 0 €
Para resultados transitados -28.482.900 €
21. Acontecimentos após a data do balanço
A data em que as demonstrações financeiras foram
autorizadas pelo Conselho de Administração da ca-
sa-mãe para emissão, foi 28 fevereiro de 2017.
Nos termos do artº 68 do CSC, a Assembleia Geral
de Acionistas pode recusar a proposta dos mem-
bros da Administração relativa à aprovação das
contas desde que delibere, motivadamente, que se
proceda à elaboração total de novas contas ou à re-
forma, em pontos concretos, das apresentadas.
Nos oito dias seguintes à deliberação que mande
elaborar novas contas ou reformar as apresentadas,
os membros da Administração podem requerer in-
quérito judicial, em que se decida sobre a reforma
das contas apresentadas, a não ser que a reforma
deliberada incida sobre juízos para os quais a lei
não imponha critérios.
Após a data do balanço, em 19 de janeiro de 2017
a Somague Engenharia requereu a insolvência do
Boavista Futebol Clube dado ao incumprimento
do pagamento da dívida, que resultou do Plano de
recuperação homologado em 10 de fevereiro de
2014 e que previa o pagamento integrar até 10 de
fevereiro de 2015.
O Contabilista Certificado
Graça Maria Epifânio Pinto Dias, TOC 1869
Administração
Presidente:
José María Orihuela Uzal
Vice-presidente:
Jaime Domínguez Valdés-Hevia
139
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
140
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
RELATO SOBRE A AUDITORIA DAS DEMONSTRA-
ÇÕES FINANCEIRAS
Opinião
Auditámos as demonstrações financeiras anexas
de Somague - Engenharia, S.A. (a Entidade), que
compreendem o Balanço em 31 de dezembro de
2016 (que evidencia um total de 512.409.300 eu-
ros e um total de capital próprio de 110.633.017
euros, incluindo um resultado líquido negativo de
28.482.900 euros), a Demonstração dos Resulta-
dos por Naturezas, a Demonstração das Alterações
no Capital Próprio e a Demonstração dos Fluxos
de Caixa relativas ao ano findo naquela data, e as
notas anexas às demonstrações financeiras que in-
cluem um resumo das políticas contabilísticas sig-
nificativas.
Em nossa opinião, as demonstrações financeiras
anexas apresentam de forma verdadeira e apro-
priada, em todos os aspetos materiais, a posição
financeira de Somague - Engenharia, S.A. em 31 de
dezembro de 2016, o seu desempenho financeiro
e os seus fluxos de caixa relativos ao ano findo na-
quela data, de acordo com as Normas de Contabili-
dade e de Relato Financeiro adotadas em Portugal
através do Sistema de Normalização Contabilística.
Bases para a opinião
A nossa auditoria foi efetuada de acordo com as
Normas Internacionais de Auditoria (ISA) e demais
normas e orientações técnicas e éticas da Ordem
dos Revisores Oficiais de Contas. As nossas respon-
sabilidades nos termos dessas normas estão descri-
tas na secção "Responsabilidades do auditor pela
auditoria das demonstrações financeiras" abaixo.
Somos independentes da Entidade nos termos da
lei e cumprimos os demais requisitos éticos nos
termos do código de ética da Ordem dos Revisores
Oficiais de Contas.
Estamos convictos de que a prova de auditoria que
obtivemos é suficiente e apropriada para propor-
cionar uma base para a nossa opinião.
Responsabilidades do órgão de gestão e do órgão
de fiscalização pelas demonstrações financeiras
O órgão de gestão é responsável pela:
- preparação de demonstrações financeiras que
apresentem de forma verdadeira e apropriada a
posição financeira, o desempenho financeiro e
os fluxos de caixa da Entidade de acordo com as
Normas de Contabilidade e de Relato Financeiro
adotadas em Portugal através do Sistema de Nor-
malização Contabilística;
- elaboração do Relatório de Gestão nos termos le-
gais e regulamentares;
- criação e manutenção de um sistema de controlo
interno apropriado para permitir a preparação de
demonstrações financeiras isentas de distorções
materiais devido a fraude ou erro;
- adoção de políticas e critérios contabilísticos
adequados nas circunstâncias; e
- avaliação da capacidade da Entidade de se man-
7.3Certificação Legal das Contas
141
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
ter em continuidade, divulgando, quando aplicá-
vel, as matérias que possam suscitar dúvidas sig-
nificativas sobre a continuidade das atividades.
O órgão de fiscalização é responsável pela super-
visão do processo de preparação e divulgação da
informação financeira da Entidade.
Responsabilidades do auditor pela auditoria das
demonstrações financeiras
A nossa responsabilidade consiste em obter segu-
rança razoável sobre se as demonstrações financei-
ras como um todo estão isentas de distorções ma-
teriais devido a fraude ou erro, e emitir um relatório
onde conste a nossa opinião. Segurança razoável é
um nível elevado de segurança mas não é uma ga-
rantia de que uma auditoria executada de acordo
com as ISA detetará sempre uma distorção material
quando exista. As distorções podem ter origem em
fraude ou erro e são consideradas materiais se, iso-
ladas ou conjuntamente, se possa razoavelmente
esperar que influenciem decisões económicas dos
utilizadores tomadas com base nessas demonstra-
ções financeiras.
Como parte de uma auditoria de acordo com as ISA,
fazemos julgamentos profissionais e mantemos ce-
ticismo profissional durante a auditoria e também:
- identificamos e avaliamos os riscos de distorção
material das demonstrações financeiras, devido a
fraude ou a erro, concebemos e executamos pro-
cedimentos de auditoria que respondam a esses
riscos, e obtemos prova de auditoria que seja su-
ficiente e apropriada para proporcionar uma base
para a nossa opinião. O risco de não detetar uma
distorção material devido a fraude é maior do que
o risco de não detetar uma distorção material de-
vido a erro, dado que a fraude pode envolver con-
luio, falsificação, omissões intencionais, falsas
declarações ou sobreposição ao controlo interno;
- obtemos uma compreensão do controlo inter-
no relevante para a auditoria com o objetivo de
conceber procedimentos de auditoria que sejam
apropriados nas circunstâncias, mas não para ex-
pressar uma opinião sobre a eficácia do controlo
interno da Entidade;
- avaliamos a adequação das políticas contabilísti-
cas usadas e a razoabilidade das estimativas con-
tabilísticas e respetivas divulgações feitas pelo
órgão de gestão;
- concluímos sobre a apropriação do uso, pelo ór-
gão de gestão, do pressuposto da continuidade e,
com base na prova de auditoria obtida, se exis-
te qualquer incerteza material relacionada com
acontecimentos ou condições que possam sus-
citar dúvidas significativas sobre a capacidade
da Entidade para dar continuidade às suas ativi-
dades. Se concluirmos que existe uma incerteza
material, devemos chamar a atenção no nosso re-
latório para as divulgações relacionadas incluídas
nas demonstrações financeiras ou, caso essas di-
vulgações não sejam adequadas, modificar a nos-
sa opinião. As nossas conclusões são baseadas na
prova de auditoria obtida até à data do nosso re-
latório. Porém, acontecimentos ou condições fu-
turas podem levar a que a Entidade descontinue
as suas atividades;
142
SOMAGUE ENGENHARIA7 RELATÓRIO ANUAL 2016
- avaliamos a apresentação, estrutura e conteúdo
global das demonstrações financeiras, incluindo
as divulgações, e se essas demonstrações finan-
ceiras representam as transações e acontecimen-
tos subjacentes de forma a atingir uma apresen-
tação apropriada; e
- comunicamos com os encarregados da governa-
ção, incluindo o órgão de fiscalização, entre ou-
tros assuntos, o âmbito e o calendário planeado
da auditoria, e as conclusões significativas da
auditoria incluindo qualquer deficiência signifi-
cativa de controlo interno identificado durante a
auditoria.
A nossa responsabilidade inclui ainda a verificação
da concordância da informação constante do Rela-
tório de Gestão com as demonstrações financeiras.
RELATO SOBRE OUTROS REQUISITOS LEGAIS E RE-
GULAMENTARES
Sobre o Relatório de Gestão
Dando cumprimento ao artigo 451.º, n.0 3, ai. e) do
Código das Sociedades Comerciais, somos de parecer
que o Relatório de Gestão foi preparado de acordo
com os requisitos legais e regulamentares aplicáveis
em vigor, a informação nele constante é concordante
com as demonstrações financeiras auditadas e, tendo
em conta o conhecimento e apreciação sobre a Enti-
dade, não identificámos incorreções materiais.
Lisboa, 10 de maio de 2017
Ernst & Young Audit & Associados - SROC, S.A.
Sociedade de Revisores Oficiais de Contas (nº 178)
Representada por:
Paulo Jorge Luís da Silva (ROC nº 1334)
Registado na CMVM com o nº 20160944
Metrô de S. Paulo - Estação Vila Tolstoi - Brasil
143
7DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAISSOMAGUE ENGENHARIA
Senhores Acionistas,
1. Nos termos das disposições legais e estatutá-
rias, cumpre ao Conselho Fiscal elaborar relatório
e emitir parecer sobre os documentos de prestação
de contas da Somague - Engenharia, S.A., referentes
ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2016.
2. Ao longo do exercício, o Conselho Fiscal desem-
penhou com regularidade as funções que lhe foram
confiadas, tendo nomeadamente procedido às ve-
rificações que considerou convenientes, efetuando
reuniões periódicas e apreciando as contas e os
atos de gestão mais relevantes da Empresa. Para o
efeito, a Administração prestou os esclarecimentos
e informações solicitados, tendo o Conselho Fiscal
acompanhado em tempo útil o trabalho realizado
pelo Revisor Oficial de Contas.
3. No encerramento do exercício, o Revisor Oficial
de Contas deu conhecimento, ao Conselho Fiscal,
do trabalho realizado com o objectivo de apreciar
o relatório de gestão, informando sobre os resulta-
dos do exame às contas com vista à sua certificação
legal e do relatório anual sobre a fiscalização efe-
tuada, por si emitido.
Parecer
4. Face ao que antecede, e apreciados os documen-
tos referidos no número anterior, designadamente
o que se contém na Certificação Legal das Contas,
em relação à qual se dá a sua concordância, o Con-
selho Fiscal é de parecer que a Assembleia Geral:
a. Aprove os documentos de prestação de contas
do exercício de 2016, tal como foram apresen-
tados pela Administração;
b. Aprove a aplicação de resultados proposta pela
Administração.
5. Finalmente, o Conselho Fiscal deseja agradecer
ao Conselho de Administração, ao Revisor Oficial de
Contas e aos Serviços da Empresa toda a colabora-
ção prestada no exercício das suas funções.
Sintra, 15 de maio de 2017
O Conselho Fiscal
Dr. João Marques Pinto - Presidente
Dr.ª Isabel Garizo Garcia - Vogal
Dr. António Joaquim Gonçalves - Vogal
7.4Relatório e Parecer do Conselho FiscalContas Individuais
Depósito Legal: 327827/11Tiragem: 100 exemplares