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SÃO PAULO, 08 DE JULHO DE 2015.

SÃO PAULO, 08 DE JULHO DE 2015....Reza Paz é o primeiro trabalho do Grupo Uzina Azul, formado por atores, bailarinos, bonequeiros e professores de ... Redes podem continuar vendendo

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SÃO PAULO, 08 DE JULHO DE 2015.

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Paz no Parque

Depois de se apresentar na Virada Cultural, o movimento Reza Paz prepara uma série

de intervenções em espaços públicos. As duas primeiras já estão confirmadas: dias 12

e 19/7, às 11h, na Praça da Ponte de Ferro, no Parque Ibirapuera. O projeto pretende

mostrar as relações de fé da humanidade, com seus rituais, leituras e percepções,

respeitando as possibilidades de crenças de cada um. Reza Paz é o primeiro trabalho

do Grupo Uzina Azul, formado por atores, bailarinos, bonequeiros e professores de

ioga - eles se qualificam como movimento artístico com foco na promoção da cultura

de paz.

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Justiça mantém cobrança por sacolinhas em supermercados

Redes podem continuar vendendo sacolas especiais usadas desde abril.

Acordo com PROCON permite uso de duas sacolas grátis até esta sexta-feira.

A Justiça de São Paulo negou pedido de liminar da prefeitura da capital que visava

impedir a cobrança por sacolinhas nos mercados da cidade. Na decisão desta segunda-

feira (6), o juiz Sérgio Serrano Nunes Filho, da 1ª Vara da Fazenda Pública, afirma que

não há nenhuma lei que proíba a cobrança e que o consumidor pode levar sua sacola

de casa.

"Não se verifica onerosidade excessiva, ante o diminuto valor cobrado. A cobrança não

é compulsória, tendo o consumidor sempre a opção de acondicionar os produtos por

meios próprios", afirmou.

A medida atinge as sacolinhas verdes e cinzas distribuídas nos mercados paulistanos

desde o dia 5 de abril. Nessa data, passou a valer a lei municipal que proíbe a

distribuição das antigas sacolinhas descartáveis, derivadas de petróleo. As novas

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opções foram modelos autorizados pela prefeitura e que, segundo a administração,

são menos prejudiciais ao meio ambiente.

A gestão Fernando Haddad (PT) tinha entrado na Justiça no dia 29 de abril contra a

cobrança por essas novas sacolinhas. A prefeitura alegou que é dever dos

supermercados contribuir com a Política Nacional do Meio Ambiente, conforme a Lei

nº 6.938/81, e fornecer alternativas e estimular o uso das sacolas reutilizáveis. "A

cobrança do material pode gerar um sentimento de antipatia por parte do

consumidor, desestimulando a adoção de um comportamento ecologicamente

consciente", dizia nota da Prefeitura publicada em abril.

A lei das sacolinhas, criada na gestão Gilberto Kassab e regulamentada por Haddad,

não fala da cobrança pela embalagem, mas permite a oferta de modelos feitos com

material reciclável e que podem ser reutilizados para lixo orgânico e coleta seletiva

(veja mais abaixo). Reportagem do SPTV mostrou que alguns comércios chegam a

cobrar até R$ 0,23 por sacola.

Procurada nesta terça-feira (7), a Prefeitura de São Paulo não se manifestou sobre a

nova decisão da Justiça.

A Associação Paulista de Supermercados (Apas) afirmou que "a nova legislação

municipal desestimula a distribuição excessiva das sacolas plásticas.

A determinação acontece a poucos dias de acabar parte do acordo firmado em abril

entre o Procon e a Apas. O acordo prevê a distribuição de duas sacolinhas por

consumidor gratuitamente até a próxima sexta-feira (10).

Pelo acordo, os mercados devem também oferecer desconto para quem levar sacola

retornável de casa. O desconto é de R$ 0,03 a cada cinco itens comprados ou R$ 30

gastos, e vale até 10 de novembro.

Multas

As sacolas verdes podem ser usadas para descartar o lixo reciclável e as cinzas, para

resíduos orgânicos e rejeitos.

Tanto o comércio pode ser multado por não distribuir as sacolas corretas quanto o

consumidor pode ser penalizado caso não faça a reutilização adequada.

As multas mais altas são para o comércio: vão de R$ 500 a R$ 2 milhões. O valor será

definido de acordo com a gravidade e o impacto do dano provocado ao meio

ambiente. Já o cidadão que não cumprir a regra poderá receber advertências e multa

de R$ 50 a R$ 500.

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Segundo o prefeito Fernando Haddad, o objetivo da lei não é multar. “Nossa intenção

não é criar uma indústria de multa, não é esse o objetivo, nós sabemos que é uma

mudança cultural que vai exigir um tempo", explicou.

Livre das multas

O morador que reside em bairros de São Paulo sem o serviço de coleta seletiva não

poderá ser multado caso descarte o lixo desrespeitando as regras da nova lei. Além

disso, a distribuição de sacolinhas em lojas de shoppings será alvo de uma

regulamentação complementar, segundo o secretário municipal de Serviços, Simão

Pedro.

No caso da coleta seletiva, dos 96 distritos do município, 10 não tinham serviço de

coleta seletiva em abril. Nos outros 86, a coleta seletiva era parcial ou total. O

secretário diz que, nesses casos, a multa pelo descarte irregular não será aplicada.

“A lei federal é clara, ela tem um artigo que diz o seguinte: ‘onde não tem o serviço da

coleta seletiva, o cidadão não pode ser punido’, não pode ser enquadrado”, afirmou.

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Justiça autoriza uma POR cobrança sacolinhas em São Paulo

Assista, aqui.

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Centenas de cerejeiras floridas em plena Cidade de São Paulo

Mais de 1200 pessoas são esperadas no CDC Parque Continental para participar da 17ª

Festa da Cerejeira, que será realizada no próximo domingo (12), das 11:00h às 17:00h.

Os visitantes poderão passear entre os mais de 100 pés de cerejeiras em plena cidade

de São Paulo. “As cerejeiras estão todas floridas, é muito bonito de se ver, afirma

Paulo Koji Tsuchida, fundador e tesoureiro do CDC”. Ele conta que na área do CDC

Parque Continental estão plantadas inúmeras árvores frutíferas, como maracujá,

mexerica carioca, laranja lima, bananeiras, coco baiano. "Existe um pouco de cada

fruta, até jaca temos lá", afirma.

Paulo Koji Tsuchida conta que em outros anos, a Festa da Cerejeira já atraiu mais de

duas mil pessoas. "Este ano estamos esperando em torno de 1200 pessoas visitando o

CDC para a festa. Esperamos que o público reconheça o nosso trabalho de preservação

desta área nobre da cidade de São Paulo e venha nos prestigiar", diz.

Com entrada franca, a 17ª Festa da Cerejeira do CDC Parque Continental apresentará

danças folclóricas japonesas de várias províncias do Japão. O visitante também será

brindado com apresentação do cantor Lúcio Marcos, que canta músicas sertanejas e

japonesas; apresentações de Dança do Ventre, Tai chi chuan, Lian gong e ainda poderá

participar do famoso Karaokê. O setor de gastronomia estará funcionando das

11h00minh às 14h00minh. No cardápio terá yakissoba, temaki, tempurá, churrasco,

pastel, doces e bebidas.

O CDC Parque Continental fica na Avenida Dr. Francisco de Paula Vicente de Azevedo,

555, próximo ao Shopping Continental, na Zona Oeste da cidade.

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Justiça barra condomínio de luxo em área de proteção ambiental em SP

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Após o flagrante de corte ilegal de árvores e a constatação de que há duas nascentes

dentro do terreno onde é construído um condomínio de luxo na zona sul da capital

paulista, o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou a paralisação das obras.

O loteamento Bosque Cidade Jardim, da construtora JHSF, é um loteamento de luxo

entre o Shopping Cidade Jardim e o Clube Paineiras do Morumby, no bairro Real

Parque. No terreno, há um bosque de 10 mil m² com árvores nativas da Mata Atlântica

e alguns exemplares em extinção. Além disso, há as nascentes, que no meio ambiente

natural correriam para o rio Pinheiros, não muito distante dali.

Foram encontradas ainda, duas espécies de sapos que só vivem em ambientes

equilibrados. Em investigação do MP, flagrou-se o corte ilegal de árvores em uma área

onde seria uma "academia a céu aberto". O empreendimento já teve 70% dos terrenos

vendidos e estaria 95% pronto, segundo informou a construtora na contestação

judicial. São 31 terrenos de 400 m², com preço de cerca de R$ 4 milhões. Os

compradores são empresários, presidentes de empresas e banqueiros. A obra era para

ter sido entregue no final de abril e está parada desde janeiro.

"Pedimos que as obras sejam desfeitas e que a construtora seja obrigada a reparar os

danos, já que esse projeto não deveria ter sido aprovado. Pedimos que as licenças

sejam declaradas sem validade", afirmou o promotor Luís Roberto de Proença, da

Promotoria de Justiça do Meio Ambiente do MP, autor da denúncia.

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Os lotes e vias internas do loteamento foram projetados sobre áreas de preservação

permanente (APP), segundo ação civil pública do Ministério Público de São Paulo. As

nascentes não haviam sido mencionadas nos laudos da Prefeitura de São Paulo e do

governo do Estado, que liberaram as obras. Ambos os órgãos negam que aquela área

seja de APP e a existência das nascentes (veja resposta oficial abaixo).

Lei ambiental

Segundo o Código Florestal, as nascentes devem ser preservadas em um raio de 50

metros pois são consideradas APP (área de preservação permanente). A construtora

realizou recentemente obras de grande porte na região das nascentes, segundo

mostram fotos tiradas pelos moradores vizinhos a obra (ver galeria de fotos acima). As

nascentes teriam sido aterradas.

"A obra que foi feita no local não foi para drenar água de chuva como a construtora

afirmou. A obra era para canalizar águas que vêm da parte alta do bairro e do clube

Paineiras do Morumby. Essas águas deviam ir para o rio Pinheiros, mas há outro

condomínio que foi construído entre o caminho das águas e o rio, o que faz com que a

água fique ali e torne aquela terra permanentemente alagada", afirma o geólogo

Sergio Klein, que chegou a vistoriar o local a pedido de associações de moradores.

Movimentos ambientalistas dos bairros Panamby, Vila Andrade e Morumbi

consideraram a paralisação das obras uma vitória. "A comunidade nunca esteve tão

unida, atenta, vigilante ao estrito respeito à lei ambiental", afirma o advogado e

criador do movimento SOS Panamby, Roberto Delmanto Junior.

Enquanto isso, os compradores dos lotes aguardam o prazo de atraso da obra, que

deveria ter sido entregue em abril, para saber se entram com pedido na Justiça de

devolução no valor pago. "Vou esperar seis meses e vou pedir meu dinheiro de volta",

afirmou um dos compradores dos lotes, que não quis ser identificado. "Só acho que, se

o dano ambiental já foi causado, melhor liberar logo o empreendimento. Isso me

parece coisa dos moradores vizinhos que não querem que mais gente more lá. O que

vai mudar mais 30 ou 40 famílias, numa área que já está cercada de

empreendimentos?", questionou o empresário.

Outro lado

Na contestação judicial, a Construtora afirma que "não existem nascentes, nem brejos,

e que o único curso d´água foi licitamente canalizado em 2004". Procurada, a

construtora JHSF enviou uma nota ao UOL em que afirma: "A empresa respeita e

cumprirá a decisão da Justiça".

A prefeitura afirmou, através de nota ao UOL, que, "de acordo com a vistoria técnica

(...) e, com base na análise da carta (documento exigido pela Portaria nº 130 SVMA-

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G/2013) da Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (Emplasa), não foram

constatadas nascentes, córregos abertos, bem como Áreas de Preservação

Permanente (APP) no local do empreendimento". Ainda segundo a nota enviada ao

UOL, "conforme entendimento da Cetesb, o córrego canalizado, apontado no setor sul,

foi descaracterizado como APP. Na época, a autorização para intervenção cabia ao

governo do Estado, o qual obteve autorização propiciada pela Portaria DAEE nº

16772/03 e autorização DEPRN nº 004/2004".

Segundo a Cetesb, do governo do Estado, "não procedem as irregularidades

ambientais apontadas pela Ação Civil Pública do Ministério Público Estadual. A

propriedade não possui Área de Preservação Permanente – APP e não foi constatada a

existência de nascentes em vistoria realizada pela Cetesb em 2012. (...) Também não

há nascentes registradas na Cartografia Oficial da Emplasa (atualizada em Dez-94/Nov-

96), e utilizada regularmente no licenciamento ambiental. O material cartográfico

utilizado pelo Ministério Público é desatualizado e não corresponde à realidade atual

de campo", afirmou a assessoria de imprensa em nota ao UOL.

Ainda segundo a posição oficial, "o alagadiço é, pelo que indicam as avaliações

realizadas, decorrente do acúmulo de água nos pontos mais baixos da propriedade,

pois o sistema de drenagem de águas pluviais, a cargo do empreendedor, não foi

finalizado e não caracteriza a ocorrência de nascentes".

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Brasil será pioneiro na América Latina a mapear mudanças climáticas no

litoral

Levantamento será realizado em parceria com instituições internacionais e começará

pela costa de Santa Catarina

O Brasil será o primeiro País da América Latina e Caribe a fazer o mapeamento

doméstico de vulnerabilidade da zona costeira às mudanças climáticas. O Ministério do

Meio Ambiente (MMA) lançou a iniciativa nesta terça-feira (7), em Brasília, com

instituições espanholas e das Nações Unidas, parceiras na realização do trabalho. A

medida começará pelo litoral de Santa Catarina e terá o objetivo de identificar as

fragilidades da região ao aquecimento global.

O foco é promover ações de adaptação às mudanças climáticas na costa brasileira. A

iniciativa faz parte de um programa de cooperação do MMA com a Comissão

Econômica para a América Latina e o Caribe das Nações Unidas (Cepal).

A ação inclui um projeto com o Instituto de Hidráulica da Cantábria (IHC), cujo objetivo

é criar bases de dados históricas, projeções e metodologias para analisar riscos no

litoral catarinense. No âmbito nacional, a medida será realizada pela Universidade

Federal de Santa Catarina.

Primeiro Passo

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A expectativa é que o mapeamento seja feito nos demais estados costeiros do País.

“Esse é um ponto de partida, um primeiro passo”, afirmou o secretário de Recursos

Hídricos e Ambiente Urbano do MMA, Ney Maranhão.

“Precisamos engajar os pesquisadores e estender a ação para todo o litoral. É

fundamental discutir necessidades futuras e começar a fazer um inventário do nosso

litoral no que se refere à vulnerabilidade às mudanças climáticas.”

O mapeamento que será realizado em território brasileiro terá relevância para o

restante da comunidade internacional. O conselheiro de Agricultura, Alimentação e

Meio Ambiente da Embaixada da Espanha, Luís Benito Ruiz, classificou como positivo o

início do levantamento no Brasil. “O trabalho será bastante útil para a troca de

experiências e o desenvolvimento de políticas públicas de mitigação e adaptação às

mudanças climáticas”, destacou.

Clima nas zonas costeiras

As zonas costeiras são regiões bastante ameaçadas pelas mudanças do clima. Entre os

riscos, há a elevação do nível do mar e o aumento da frequência de eventos extremos,

além da erosão e inundação, a intrusão salina e o comprometimento dos recursos

naturais e da biodiversidade. A estimativa dos valores materiais potencialmente em

risco na zona costeira é de R$ 136 bilhões, de acordo com o estudo realizado pela

UFRJ.

Nesse cenário, as ações de adaptação se referem a iniciativas e medidas capazes de

reduzir a vulnerabilidade dos sistemas naturais e humanos frente aos efeitos atuais e

esperados da mudança do clima.

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Observatório do Clima defende investimentos em fontes renováveis de

energia

O exemplo do governo da Noruega, que no mês passado anunciou retirada de

investimentos do seu fundo soberano em empresas que têm parte significativa de seus

ativos na exploração e queima de carvão, deveria ser seguido pelo Brasil, com maiores

investimentos em fontes renováveis. A opinião é do secretário-executivo do

Observatório do Clima, Carlos Rittl. Com a decisão do Parlamento norueguês, o Fundo

de Pensão Governamental Mundial (GPFG), considerado o maior fundo soberano do

mundo, deverá retirar investimento de 122 empresas, no total de 7,7 bilhões de euros.

“Ele manda uma mensagem clara para o mercado, os investidores, que a tendência é

buscar alternativas aos combustíveis fósseis”, disse Rittl nesta terça-feira (7) à Agência

Brasil. Para ele, as políticas brasileiras de expansão da geração de energia deveriam

considerar as mudanças climáticas e os riscos dos investimentos na hora de alocar os

recursos. Destacou que hoje, o Brasil projeta colocar 70% dos investimentos em

energia em combustíveis fósseis, nos próximos dez anos. Esses recursos vão gerar

impactos no clima e podem se transformar em investimentos de alto risco, apontou.

Avaliou que embora o Plano Decenal para Expansão de Energia, da Empresa de

Pesquisa Energética (EPE), preveja aumento dos investimentos em fontes limpas, esses

investimentos ainda são reduzidos, “perto do que nós temos de potencial, em especial

em algumas fontes”. É o caso, por exemplo, da energia eólica (dos ventos), que

segundo Rittl, o Brasil estará, nos próximos anos, aproveitando menos de 10% do

potencial de geração dessa fonte. Ou da energia solar, em que “a gente ainda

engatinha, enquanto outros países desenvolvidos e em desenvolvimento estão

caminhando muito rápido”.

Nesse sentido, destacou os Estados Unidos, a Alemanha, China, Índia, que além de

avançar estão estruturando cadeias produtivas, que geram empregos e produzem uma

tecnologia que será solução para os próprios países e para o mundo inteiro.

“O Brasil está deixando de lado o aproveitamento de algumas fontes que poderiam ser

melhor exploradas e a gente poderia investir muito mais nessas fontes”. Membro da

Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, Carlos Rittl observou que a energia

solar é a fonte cujos custos mais caem no mundo. Por isso, sugeriu que o Brasil tenha

mais estratégias para investir nessas fontes renováveis.

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Disse que as mudanças climáticas devem ser incorporadas em todo o planejamento

energético, englobando as emissões que os combustíveis fósseis irão gerar. Segundo

Rittl, mesmo que exporte parte importante do petróleo do Pré-sal, a exploração desse

óleo vai gerar emissões dentro do Brasil, o que acaba tornando esses investimentos de

risco.

“A gente tem que entender de que forma as mudanças climáticas impactam a nossa

segurança energética”. A situação recente de seca, com nível baixo dos reservatórios

das hidrelétricas, acionou termelétricas movidas a combustíveis fósseis, o que ampliou

emissões de gases causadores do efeito estufa. O aumento de participação de fontes

não fósseis na matriz energética e a substituição de combustíveis fósseis na matriz de

transportes são soluções apontadas por Rittl para reduzir as emissões de gases

poluentes no Brasil.

As projeções de investimentos em fontes de geração de energia não devem olhar para

os anos passados, mas incorporar o cenário climático futuro, que aponta o que vai

ocorrer nos próximos 30 ou 40 anos, que é o período de vida útil de uma grande usina,

indicou o secretário-executivo do Observatório do Clima.

“A gente não está fazendo isso”. Daí, o país corre o risco de ver projetos, como o da

Usina de Belo Monte, com alta vulnerabilidade à mudança de clima, associada a

impactos sociais, ambientais e locais. “A gente tem que olhar para o clima futuro de

maneira mais estratégica”, sustentou.

Na avaliação do coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da

Universidade Federal do Rio de Janeiro, Nivalde de Castro, o exemplo norueguês

indicado por Rittl não se mostra muito consistente em função das diferenças que Brasil

e Noruega apresentam. A evolução da matriz elétrica brasileira vai necessitar,

“obrigatoriamente”, de usinas termelétricas, para garantir a segurança energética,

porque o Brasil não tem mais capacidade de dar segurança por meio dos reservatórios,

porque eles não crescem mais em relação à demanda e todas as outras fontes são

“interruptíveis”, manifestou.

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Mapa aponta mudanças climáticas no litoral

O Brasil será o primeiro país da América Latina e Caribe a fazer o mapeamento

doméstico de vulnerabilidade da zona costeira às mudanças climáticas. O Ministério do

Meio Ambiente (MMA) lançou a iniciativa nesta terça-feira (7), em Brasília, com

instituições espanholas e das Nações Unidas, parceiras na realização do trabalho. A

medida começará pelo litoral de Santa Catarina e terá o objetivo de identificar as

fragilidades da região ao aquecimento global.

O foco é promover ações de adaptação às mudanças climáticas na costa brasileira. A

iniciativa faz parte de um programa de cooperação do MMA com a Comissão

Econômica para a América Latina e o Caribe das Nações Unidas (CEPAL) e inclui um

projeto com o Instituto de Hidráulica da Cantábria (IHC), cujo objetivo é criar bases de

dados históricas, projeções e metodologias para analisar riscos no litoral catarinense.

No âmbito nacional, a medida será realizada pela Universidade Federal de Santa

Catarina.

Primeiro passo – A expectativa é que o mapeamento seja feito nos demais estados

costeiros do país. “Esse é um ponto de partida, um primeiro passo”, afirmou o

secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do MMA, Ney Maranhão.

“Precisamos engajar os pesquisadores e estender a ação para todo o litoral. É

fundamental discutir necessidades futuras e começar a fazer um inventário do nosso

litoral no que se refere à vulnerabilidade às mudanças climáticas.”

O mapeamento que será realizado em território brasileiro terá relevância para o

restante da comunidade internacional. O conselheiro de Agricultura, Alimentação e

Meio Ambiente da Embaixada da Espanha, Luís Benito Ruiz, classificou como positivo o

início do levantamento no Brasil. “O trabalho será bastante útil para a troca de

experiências e o desenvolvimento de políticas públicas de mitigação e adaptação às

mudanças climáticas”, destacou.

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Cientistas afirmam que vivemos mudanças climáticas sem precedentes

desde 1850

Cientistas de todo o mundo se reuniram nesta terça-feira (7) na França e alertaram

que tanto a temperatura da superfície terrestre e dos oceanos como o nível do mar, a

concentração de gases do efeito estufa e as emissões de CO2 aumentaram a níveis

históricos desde mea dos do século XIX.

Durante a Conferência Internacional Científica “Nosso futuro comum sob a mudança

climática”, realizada em Paris, faltando cinco meses para COP21, que acontecerá nesta

cidade, vários especialistas analisaram os desafios e metas ambientais nos próximos

anos.

Thomas Stocker, professor de física ambiental na Universidade de Berna, na Suíça,

assegurou que essas mudanças fazem parte de “um contexto histórico no qual a

influência do ser humano é evidente”.

Desde 1850, o nível de CO2 passou de 280 partículas em suspensão para quase 400 em

2012.

Por outro lado, a média da temperatura global dos oceanos e da superfície terrestre

acumulada aumentou de -0,6 graus centígrados em 1850 para 0,2 em 2012, enquanto

o nível do mar passou de -0,15 metros em 1900 para 0,05 metros em 2005, de acordo

com dados da ONU.

Stocker destacou a necessidade de reduzir as emissões de dióxido de carbono entre

40% e 70%, antes de 2050, para diminuir os efeitos do aumento da temperatura global

e limitar o aquecimento a 2ºC acima dos níveis pré-industriais.

Nessa mesma linha, Sandrine Bony, membro do Laboratório de Meteorologia Dinâmica

da França, ressaltou a importância de acelerar os processos de investigação para

reduzir o impacto da mudança climática.

Para isso, pediu que a comunidade científica se aprofundasse na análise do

comportamento da atmosfera e dos oceanos diante do aquecimento “como aspecto

fundamental para se evitar futuras surpresas”.

Outro dos efeitos desse crescente aumento da temperatura pode ser observado no

progressivo degelo do Ártico, “uma das zonas mais vulneráveis do planeta”, segundo

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Vladimir Kattsov, diretor do Observatório Geofísico Principal do Serviço Federal de

Hidrometeorologia e Supervisão Ambiental da Rússia.

O impacto negativo também está evidente no comportamento de distintas espécies,

como, por exemplo, as flores que alteram seus processos naturais em função das

variações anormais de temperatura de cada estação.

“Os invernos mais quentes fazem com que o processo de floração se atrase e,

inclusive, pode ser que não aconteça se as temperaturas na primavera forem altas

demais”, disse Camille Parmesan, professora de Biologia na Universidade do Texas, nos

Estados Unidos.

Em uma tentativa para se solucionar os problemas derivados da mudança climática, os

especialistas apostam em assumir os desafios que as zonas mal adaptadas ao

aquecimento global apresentam e superar algumas aproximações científicas

equivocadas.

“O exemplo emblemático deste fato é a crença que as ilhas do mar de Coral (na

Oceania) se erodem por serem muito vulneráveis ao aumento da temperatura. A

realidade mostra o contrário, já que 83% destas ilhas se expandiram ou manteve seu

tamanho nos últimos 40 anos”, afirmou Virginie Duvat-Magnan, pesquisadora da

universidade de Rochelle, na França.