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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ CONSTRUÇÃO CIVIL IV 10/08/2018 Prof.ª MSc. Heloisa Fuganti Campos 1 Prof. José de A. Freitas Jr. TC - Construção Civil IV NORMA DE DESEMPENHO Prof. : José de Almendra Freitas Jr. SETOR DE TECNOLOGIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL 2018 Baseado nas Notas de Aulas da profa. Heloisa F. Campos Prof. José de A. Freitas Jr. NORMA DE DESEMPENHO Prof. José de A. Freitas Jr. 3 INTRODUÇÃO Em função dos crescentes problemas de degradação precoce observados nas estruturas, das novas necessidades competitivas e das exigências de sustentabilidade no setor da Construção Civil, observa-se, nas últimas duas décadas, uma tendência mundial no sentido de privilegiar os aspectos de projeto voltados à durabilidade e à extensão da vida útil das estruturas. Prof. José de A. Freitas Jr. 4 Normas técnicas: Uniformizam e consolidam o conhecimento Prescrevem boas técnicas Estabelecem um padrão de qualidade São benéficas para a sociedade INTRODUÇÃO Prof. José de A. Freitas Jr. 5 Direito: LEI 8.078/90 (código de defesa do consumidor): “Art. 39: É vedado ao fornecedor de produtos e serviços colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – CONMETRO.” PARA O DIREITO O ATENDIMENTO ÀS NORMAS TÉCNICAS É UMA PRESUNÇÃO DE REGULARIDADE! INTRODUÇÃO Prof. José de A. Freitas Jr. 6 Direito: “Art. 615. Concluída a obra de acordo com o contrato, o dono é obrigado a recebê-la. Poderá, porém, rejeitá-la, se o empreiteiro se afastou das instruções recebidas e dos planos dados, (projetos) ou das regras técnicas em trabalhos de tal natureza (normas técnicas).” “Art. 616. No caso da segunda parte do artigo antecedente, (“regras técnicas”) pode quem encomendou a obra, em vez de enjeitá-la, recebê-la com abatimento do preço .” INTRODUÇÃO

SETOR DE TECNOLOGIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO … · • Final da Década de 1970: IPT e a Escola Politécnica da USP fazem os primeiros trabalhos sobre o conceito de desempenho

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ CONSTRUÇÃO CIVIL IV

10/08/2018

Prof.ª MSc. Heloisa Fuganti Campos 1

Prof. José de A. Freitas Jr.

TC 042042042042 - Construção Civil IVNORMA DE DESEMPENHO

Prof. : José de Almendra Freitas Jr.

SETOR DE TECNOLOGIAUNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL

2018

Baseado nas Notas de Aulas da profa. Heloisa F. Campos

Prof. José de A. Freitas Jr.

NORMA DE DESEMPENHO

Prof. José de A. Freitas Jr.

3

INTRODUÇÃO

Em função dos crescentes problemas de degradação precoce observados nas estruturas, das novas necessidades

competitivas e das exigências de sustentabilidade no setor da Construção Civil,

observa-se, nas últimas duas décadas, uma tendência mundial no sentido de privilegiar os aspectos de projeto voltados à durabilidade e à

extensão da vida útil das estruturas.

Prof. José de A. Freitas Jr.

4

• Normas técnicas:

� Uniformizam e consolidam o conhecimento

� Prescrevem boas técnicas

� Estabelecem um padrão de qualidade

� São benéficas para a sociedade

INTRODUÇÃO

Prof. José de A. Freitas Jr.

5

• Direito:

� LEI 8.078/90 (código de defesa do consumidor):

“Art. 39: É vedado ao fornecedor de produtos e serviços colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – CONMETRO.”

PARA O DIREITO O ATENDIMENTO ÀS NORMAS TÉCNICAS É UMA

PRESUNÇÃO DE REGULARIDADE!

INTRODUÇÃOProf. José de A. Freitas Jr.

6

• Direito:

“Art. 615. Concluída a obra de acordo com o contrato, o dono é obrigado a recebê-la. Poderá, porém, rejeitá-la, se o empreiteiro se afastou das instruções recebidas e dos planos dados, (projetos) ou das regras técnicas em trabalhos de tal natureza (normas técnicas).”

“Art. 616. No caso da segunda parte do artigo antecedente, (“regras técnicas”) pode quem encomendou a obra, em vez de enjeitá-la, recebê-la com abatimento do preço.”

INTRODUÇÃO

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• Direito:

Consequências:

� Rejeição do produto

� Abatimento do preço/indenização/dano moral

� Obrigação de fazer troca/reparos

� Multa (Procons) – cobrança executiva

� Reflexos na esfera criminal (Normas de segurança)

INTRODUÇÃOProf. José de A. Freitas Jr.

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• A norma foi aprovada no dia 12/05/2008, entrou em vigor,no período de testes em 12/05/2010, e deveria tercomeçado a vigorar oficialmente em 12 de novembro de2010, contudo foi prorrogada ���� Polêmica que causouno setor da construção civil

• 19/07/2013: a última versão foi publicada

A norma, consolida entre projetistas, fabricantes, incorporadores/construtores e moradores a ‘co-

responsabilidade’ pelo desempenho e vida útil de uma edificação

INTRODUÇÃO

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• Final da Década de 1970: IPT e a Escola Politécnica da USPfazem os primeiros trabalhos sobre o conceito de desempenho

• Início do ano 2000: Caixa Econômica Federal contrata o IPT paraa elaboração da Norma de Desempenho

• 2008: 12/maio � Publicação e entrou em vigor

• 2011: 20/dezembro � Consulta Nacional para prorrogação darevisão até março/2012

• 2012: 18/janeiro � Resultado da Consulta Nacional favorável aprorrogação

• 2013: Norma de desempenho passa a ser exigida

INTRODUÇÃOProf. José de A. Freitas Jr.

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• Aplica-se a edificações habitacionais com qualquer número depavimentos, geminadas ou isoladas, construídas com qualquertipo de tecnologia

• Edificações de até cinco pavimentos � Ressalvas indicadas nanorma

• Não se aplica: obras já concluídas e construções pré-existentes,obras em andamento na data da entrada em vigor da norma,projetos protocolados nos órgãos competentes até a data daentrada em vigor, obras reformadas e edificações provisórias

• Sistemas elétricos: não são abordados (ABNT NBR 5410 -Instalações elétricas de baixa tensão)

APLICAÇÃO

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ASPECTOS GERAIS

• Refere-se a sistemas que compõem edificações habitacionais, independentemente dos seus materiais constituintes e do sistema construtivo utilizado

• Foco: exigências dos usuários para o edifício habitacional e seus sistemas, quanto ao seu comportamento em uso e não na prescrição de como os sistemas são construídos

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REQUISITOS DE DESEMPENHO CONTEMPLADOS NA NORMA

• Desempenho Estrutural• Segurança contra incêndio• Segurança no uso e operação• Estanqueidade• Desempenho térmico• Desempenho acústico• Desempenho lumínico• Durabilidade e manutenibilidade• Conforto tátil e antropodinâmico• Adequação ambiental

O objetivo é traduzir, em requisitos técnicos, as

necessidades dos usuários de imóveis ao longo de uma vida útil

Menos subjetividade

ASPECTOS GERAIS

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ESTRUTURA CLÁSSICA

Edifício e suas partes

Requisitos

Critérios

Métodos de avaliação

QUALITATIVOS: Segurança contra incêndio: - evitar, sobreviver em caso

de, evitar danos

QUANTITATIVOS: Exemplo - Proteção contra descargas

atmosféricas, existência de rotas de fuga, etc.

Análises de projeto (em outros casos, ensaios

laboratoriais, em protótipos, in loco,

simulação em computador, etc.)

Condições de Exposição

Necessidades dos usuários

ASPECTOS GERAISProf. José de A. Freitas Jr.

• Principais diferenças desta norma em relação às outras já vigentes:

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� Cobra resultados e não a forma de obtê-los (prescrições)

� Estabelece uma vida útil mínima obrigatória para cada sistema contemplado

� Define o papel de cada agente para a obtenção do desempenho ao longo do tempo: incorporadores, construtores, projetistas, fabricantes de materiais etc.

� Permite a mensuração objetiva de todos os requisitos através de métodos de avaliação claros - INSTRUMENTOS PARA DEMANDAS JUDICIAIS

ASPECTOS GERAIS

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• A manutenção como um dos itens mais importantes da norma, técnica e juridicamente:

� Reflexos na qualidade: se a manutenção não for feita, a vida útil pode não ser atingida

� A apuração se se trata de falha, ou não, passa pela verificação se foi feita a manutenção (perícias)

� Obrigação de realizar: a manutenção é responsabilidade dos usuários, assim definida na Norma

� O ônus da prova da manutenção é dos próprios usuários

ASPECTOS GERAISProf. José de A. Freitas Jr.

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• Cabe ao construtor especificar as atividades de manutenção, por meio dos manuais

O usuário deve providenciar e manter atualizados osdocumentos e registros da edificação e fornecer documentosque comprovem a realização dos serviços de manutenção,como contratos, notas fiscais, garantias, certificados, etc..

ASPECTOS GERAIS

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NORMA DE DESEMPENHO

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• A ABNT NBR 15575 contem as seguintes partes:

� Parte 1: Requisitos gerais

� Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais

� Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos

� Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas

� Parte 5: Requisitos para os sistemas de coberturas

� Parte 6: Requisitos para os sistemas hidrossanitários

NBR 15575/2013

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NBR 15575/20131. Escopo2. Referências Normativas3. Termos e definições4. Exigências do Usuário5. Incumbências dos intervenientes6. Avaliação de desempenho7. Desempenho estrutural8. Segurança contra incêndio9. Segurança no uso e na operação10. Estanqueidade11. Desempenho térmico12. Desempenho acústico13. Desempenho lumínico14. Durabilidade e manutenibilidade15. Saúde, higiene e qualidade do ar16. Funcionalidade e acessibilidade17. Conforto tátil e antropodinâmico18. Adequação ambientalAnexos (normativos e informativos)

Organização

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NBR 15575/2013Termos e definições Vida Útil (VU)

Período de tempo em que um edifício e/ou seus sistemas se prestam àsatividades para as quais foram projetados e construídos considerando aperiodicidade e correta execução dos processos de manutenção especificados norespectivo Manual de Uso, Operação e Manutenção (a vida útil não pode serconfundida com prazo de garantia legal e certificada).Nota - Interferem na vida útil, além da vida útil projetada, das características dosmateriais e da qualidade da construção como um todo, o correto uso e operaçãoda edificação e de suas partes, a constância e efetividade das operações delimpeza e manutenção, alterações climáticas e níveis de poluição no local daobra, mudanças no entorno da obra ao longo do tempo (trânsito de veículos,obras de infraestrutura, expansão urbana), etc. O valor real de tempo de vida útilserá uma composição do valor teórico de Vida Útil Projetada devidamenteinfluenciado pelas ações da manutenção, da utilização, da natureza e da suavizinhança. As negligências no cumprimento integral dos programas definidos nomanual de operação, uso e manutenção da edificação, bem como açõesanormais do meio ambiente, irão reduzir o tempo de vida útil, podendo este ficarmenor que o prazo teórico calculado como Vida Útil Projetada.

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NBR 15575/2013Parte 1 – Requisitos Gerais

Definições:

- Vida útil – VU

- Vida útil de projeto – VUP

- Garantias

- Desempenho térmico – regiões bioclimáticas

- Desempenho acústico – Projeto com avaliação do ruído

- Funcionalidade e acessibilidade – Tabela de móveis e eq. padrão (camas, sofás, mesas, estantes, criado-mudo, etc.)

- Sombreamento

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NBR 15575/2013

Tabela 14.1*

Vida Útil de Projeto (VUP)

SistemaVUP mínima

anos

Estrutura≥ 50

segundo ABNT NBR 8681-2003

Pisos internos ≥ 13

Vedação vertical externa ≥ 40

Vedação vertical interna ≥ 20

Cobertura ≥ 20

Hidrossanitários ≥ 20

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NBR 15575/2013

Vida útil - Manutenção

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FORNECEDOR DE INSUMO, MATERIAL, COMPONENTE E/OU SISTEMA

CABE AO FORNECEDOR DE SISTEMAS CARACTERIZAR O DESEMPENHO DE ACORDO COM ESTA NORMA.

CONVÉM QUE FABRICANTES DE PRODUTOS SEM NORMAS BRASILEIRAS ESPECÍFICAS OU QUE NÃO TENHAM SEUS

PRODUTOS COM O DESEMPENHO CARACTERIZADO, QUE FORNEÇAM RESULTADOS COMPROBATÓRIOS DO

DESEMPENHO DE SEUS PRODUTOS COM BASE NESTA NORMA OU EM NORMAS ESPECÍFICAS INTERNACIONAIS OU

ESTRANGEIRAS.

Incumbências dos intervenientes

NBR 15575/2013

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Incumbências dos intervenientes

NBR 15575/2013

OS PROJETISTAS, DEVEM ESTABELECER A VIDA ÚTIL PROJETADA (VUP) DE CADA SISTEMA QUE COMPÕE ESTA NORMA.

CABE AO PROJETISTA O PAPEL DE ESPECIFICAR MATERIAIS,PRODUTOS E PROCESSOS QUE ATENDAM O DESEMPENHO MÍNIMOESTABELECIDO NESTA NORMA COM BASE NAS NORMASPRESCRITIVAS E NO DESEMPENHO DECLARADO PELOS FABRICANTESDOS PRODUTOS A SEREM EMPREGADOS EM PROJETO.

QUANDO AS NORMAS ESPECÍFICAS DE PRODUTOS NÃOCARACTERIZEM DESEMPENHO, OU QUANDO NÃO EXISTIREM NORMASESPECÍFICAS, OU QUANDO O FABRICANTE NÃO PUBLICAR ODESEMPENHO DE SEU PRODUTO, É RECOMENDÁVEL AO PROJETISTASOLICITAR INFORMAÇÕES AO FABRICANTE PARA BALIZAR ASDECISÕES DE ESPECIFICAÇÃO.

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NBR 15575/2013

Construtor e incorporadorSalvo convenção escrita, é da incumbência do incorporador,de seus prepostos e/ou dos projetistas envolvidos, dentro desuas respectivas competências, e não da empresaconstrutora, a identificação dos riscos previsíveis na épocado projeto, devendo o incorporador, neste caso, providenciaros estudos técnicos requeridos e alimentar os diferentesprojetistas com as informações necessárias. Como riscosprevisíveis, exemplifica-se: presença de aterro sanitário naárea de implantação do empreendimento, contaminação dolençol freático, presença de agentes agressivos no solo eoutros riscos ambientais.

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NBR 15575/2013

Usuário

Ao usuário ou seu preposto cabe realizar a manutenção, deacordo com o que estabelece a ABNT NBR 5674 e omanual de operação, uso e manutenção, ou documentosimilar.

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NBR 15575/2013

Avaliação do Desempenho6.4.2 Os métodos de avaliação estabelecidos nesta Normaconsideram a realização de ensaios laboratoriais, ensaiosde tipo, ensaios em campo, inspeções em protótipos ou emcampo, simulações e análise de projetos. A realização deensaios laboratoriais deve ser baseada nas Normasexplicitamente referenciadas, em cada caso, nesta Norma.

NOTA: Recomenda-se que a avaliação do desempenhoseja realizada por instituições de ensino ou pesquisa,laboratórios especializados, empresas de tecnologia,equipes multiprofissionais ou profissionais de reconhecidacapacidade técnica.

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NBR 15575/2013

Documento com os resultados da avaliação do sistema

• O relatório resultante da avaliação de desempenho deve reunirinformações que caracterizem o edifício habitacional ou sistemaanalisado.

• Quando houver a necessidade de realização de ensaios laboratoriais, orelatório de avaliação deve conter a solicitação para realização dessesensaios, com explicitação dos resultados pretendidos e a metodologia aser seguida, de acordo com as Normas referenciadas nesta Norma.

• A amostra tomada para ensaio deve ser acompanhada de todas asinformações que a caracterizem, considerando sua participação nosistema.

• A partir dos resultados obtidos deve ser elaborado um documento deavaliação do desempenho, baseado nos requisitos e critérios avaliados deacordo com esta Norma.

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NBR 15575/2013

Segurança contra incêndioForam introduzidas para cada parte da norma os requisitose critérios das NPT’s do Corpo de Bombeiros do Estado deSão Paulo e também o atendimento as Normas Técnicasda ABNT.

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NBR 15575/2013Garantias

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NBR 15575/2013

Desempenho térmico

Procedimento 1 – Simplificado (normativo): atendimento aos requisitose critérios para os sistemas de vedação e coberturas. Para os casos emque a avaliação de transmitância térmica e capacidade térmica,conforme os critérios e métodos estabelecidos nas ABNT NBR 15575-4e ABNT NBR 15575-5, resultem em desempenho térmico insatisfatório,o projetista deve avaliar o desempenho térmico da edificação como umtodo pelo método da simulação computacional.

Procedimento 2 – Medição (informativo, Anexo A): verificação doatendimento aos requisitos e critérios estabelecidos nesta ABNT NBR15575-1, por meio da realização de medições em edificações ouprotótipos construídos. Este método é de caráter meramente informativoe não se sobrepõe aos procedimentos descritos no item anterior (a),conforme disposto na diretiva 2:2011 da ABNT.

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NBR 15575/2013

Zoneamento Bioclimático

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NBR 15575/2013Desempenho térmico

Critério de avaliação de desempenho térmico para condições de verão

Critério de avaliação de desempenho térmico para condições de inverno

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35

NBR 15575/2013

Desempenho lumínico

Níveis de iluminância geral para iluminação natural

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NBR 15575/2013

Desempenho lumínico

Níveis de iluminância geral para iluminação artificial

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NBR 15575/2013

Adequação ambiental

Utilização e reuso de água

Parâmetros de qualidade de água para usos restritivos não potáveis

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38

NBR 15575/2013

Parte 2 – Requisitos para os sistemas estruturais

Principais tópicos:

- Em casas e sobrados com altura total até 6 metros asdimensões mínimas dos componentes deixam de serobrigatórias - norma prescritiva diferente;

- Análise dinâmica das estruturas.

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39

NBR 15575/2013

Parte 3 - Requisitos para os sistemas de pisos

Principais tópicos:

- Coeficiente de atrito;

- Resistência a impacto;

- Estanqueidade (áreas molhadas e áreas molháveis);

- Ensaios;

- Acústica - ruído de impacto.

Prof. José de A. Freitas Jr.

40

NBR 15575/2013Termos e definições

• áreas molhadas

áreas da edificação cuja finalidade de uso poderá resultar naformação de lâmina de água (por exemplo box de banheiro e áreasdescobertas).

•áreas molháveis

áreas da edificação que recebem respingos de água decorrente dasua finalidade de uso sem formação de lâmina de água (porexemplo banheiros, exceto o box, cozinhas, sacadas cobertas eáreas de serviço cobertas).

•áreas secas

áreas onde, em condições normais de uso, a utilização direta deágua (por exemplo, lavagem com mangueiras, baldes de água,etc.) não está prevista nem mesmo durante a operação de limpeza.

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NBR 15575/2013Sistema de piso

Sistema horizontal ou inclinado (Figura 1) composto por umconjunto parcial ou total de camadas (por exemplo, camadaestrutural, camada de contrapiso, camada de fixação, camada deacabamento) destinado a cumprir a função de estrutura, vedaçãoe tráfego, conforme os critérios definidos nesta Norma.

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NBR 15575/2013

Tabela 5 — Coeficiente de atrito dinâmico do piso

Sistema de piso

SituaçãoCoeficiente de atrito dinâmico do piso

Área privativa Área comum

Declividade ≤ 3 % > 0,40 > 0,40

3 % < Declividade ≤ 10% > 0,70 > 0,85 ou> 0,70 com faixa antiderrapante > cada

Escadas > 0,70 > 0,70 ou com faixa antiderrapante > 0,85 por degrau

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43

NBR 15575/2013Sistema de piso

Tabela 5 — Coeficiente de atrito dinâmico do piso

Eng. Ivanor Fantin Júnior – SINDUSCON PR

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NBR 15575/2013CONSIDERAÇÕES SOBRE COEFICIENTE DE ATRITO• A resistência ao escorregamento não é uma característica intrínseca da superfície do material• Depende de vários fatores:

•Tipo de superfície do produto,

•Tipo de solado que caminha sobre o mesmo• Meio físico entre o solado e a superfície do produto.

Não existe material antiderrapante, mas sim condição antiderrapante

Produtos com coeficiente de atrito superior a 0,7 são ásperos e não são de fácil manutenção (limpabilidade).

Prof. José de A. Freitas Jr.

Impacto de esferas de aço com:Corpo duro de pequenas dimensões: massa 0,5 kg, altura 1 m = 5 JCorpo duro de grandes dimensões: massa 1,0 kg x altura 3 m = 30 J

Impacto de corpo duro - PISOS

0,5 a 3 m

0,5 ou 1,0 kgQueda livre

Esferas de grandes dimensões:

observação de falhas, fissuras,

destacamentos e ruínas nos sistema de

piso.

Mede a profundidade da mossaEsferas de pequenas dimensões: observação de

ruptura total da camada de acabamento.

NBR 15575/2013Prof. José de A. Freitas Jr.

Impacto de corpo duro - PISOS

Energia de impacto

de corpo duro J Critério de desempenhoNível de

desempenho

5 Não ocorrência de falhasMossas com qualquer profundidade

M30

Não ocorrência de ruína e traspassamentoPermitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e

desagregações

5 Não ocorrência de falhasProfundidade da mossa: p ≤ 5 mm

I30

Não ocorrência de ruína e traspassamentoPermitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e

desagregações

5 Não ocorrência de falhasProfundidade da mossa: p ≤ 2 mm

S30

Não ocorrência de ruína e traspassamentoPermitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e

desagregações

Tabela D.6 da NBR 15575 –2 e Tabela 1 da NBR 15575 –3)

NBR 15575/2013

Prof. José de A. Freitas Jr.

47

NBR 15575/2013Pisos - Ataque químico

Resistir à exposição aos agentesquímicos normalmente utilizados oupresentes nos produtos de limpezadoméstica.

Eng. Ivanor FantinJúnior –SINDUSCON PR

Prof. José de A. Freitas Jr.

48

NBR 15575/2013Pisos - Isolamento acústico

Isolamento de ruído aéreo dos pisos entre unidades habitacionais:O sistema laje + contra-piso + piso de acabamento deve atenuar a

passagem de som aéreo resultante de ruídos de fala, TV, conversa, música, impacto (caminhamento, queda de objetos etc.).

Para a isolação do som aéreo apresentam melhor desempenho elementos com maior massa (maior compacidade). Para os ruídos

de impacto quanto mais denso o material, maior a transmissão acústica.

O valor mínimo exigido pela NBR 15.575, corresponde a valores de ensaios realizados em lajes de concreto maciço, com 10 a 12

cm de espessura, sem acabamento.

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Prof. José de A. Freitas Jr.

Isolamento acústico de pisos:Isolamento de ruído aéreo dos pisos entre unidades habitacionais:O sistema laje + contra-piso + piso de acabamento deve atenuar a

passagem de som aéreo resultante de ruídos de fala, TV, conversa, música, impacto (caminhamento, queda de objetos etc.).

O valor mínimo exigido pela NBR 15.575, corresponde a valores de ensaios realizados em lajes de concreto maciço, com 10 a 12

cm de espessura, sem acabamento.

Para a isolação do som aéreo apresentam melhor desempenho elementos com maior massa (maior compacidade). Para os ruídos

de impacto quanto mais denso o material, maior a transmissão acústica.

NBR 15575/2013Prof. José de A. Freitas Jr.

Equipamento para ensaios de ruídos de impacto em pisos

Ruído de impacto em pisos - verificação de campo

Método de avaliação: Norma ISO 140-7

L’nT,w - nível de pressão sonora de impacto padronizado ponderado

(weighted standardized impact sound pressure level)

Guia Orientativo NBR 15.575 CBIC

NBR 15575/2013

Prof. José de A. Freitas Jr.

Isolamento acústico de pisos:Nível de pressão sonora de impacto padronizado

ponderado, L’nT,w

(Tabela E.1, NBR 15575–3 e Tabela I.6 NBR 15575–5)Elemento

L’nT,wdB

Nível dedesempenho

Sistema de piso separando unidades habitacionaisautônomas posicionadas em pavimentos distintos

66 a 80 M

56 a 65 I

≤ 55 S

Cobertura acessível ou sistema de piso de áreas de usocoletivo (atividades de lazer e esportivas, tais como hometheater, salas de ginástica, salão de festas, salão de jogos,banheiros e vestiários coletivos, cozinhas e lavanderiascoletivas) sobre unidades habitacionais

51 a 55 M

46 a 50 I

≤ 45 S

NBR 15575/2013Prof. José de A. Freitas Jr.

Valores indicativos do índice de pressão sonora de impacto padronizado ponderado, L’nT,w (quanto menor, melhor)

(Fontes; IPT, ConstrutoraTecnisae Eng. Inês L. Battagin)

Ensaios tem mostrado que lajes pouco espessas e já acabadas (laje zero) tem apresentado dificuldades em atender as exigências da NBR 15.575.

Resultados com lajes, contrapisos e mantas resilientes

Índice de pressãosonora de impacto

L’nT,w (dB)

Laje zero 10 cm, sem manta resiliente e sem contrapiso 82

Laje zero 12 cm, sem manta resiliente e sem contrapiso 79

Laje zero 15 cm, sem manta resiliente e sem contrapiso 71

Laje zero 18 cm, sem manta resiliente com contrapiso 3 a 4 cm 72

Manta polietileno espessura 10 mm + contrapiso 5 cm. 52

Manta polietileno espessura 5 mm + contrapiso 5 cm. 60

NBR 15575/2013

Prof. José de A. Freitas Jr.

Isolamento acústico de pisos:

O sistema de atenuador auxiliar ao piso na redução da transmissão de ruídos mais utilizado consiste basicamente na

colocação de um material resiliente entre a estrutura e o contra-piso.

Com esta técnica é possível minimizar a espessura da laje, solução interessante em unidades habitacionais quando os vãos não muito grandes não exigem espessuras de 12 cm.

O elemento resiliente deve isolar completamente o conjunto contra-piso e acabamento do assoalho, não permitindo

contato com a estrutura.

NBR 15575/2013Prof. José de A. Freitas Jr.

Isolamento acústico

Mantas de espuma de polietileno, cortiça ou borracha

Material resiliente entre a estrutura e o contra-piso.

PromaLaje®

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ CONSTRUÇÃO CIVIL IV

10/08/2018

Prof.ª MSc. Heloisa Fuganti Campos 10

Prof. José de A. Freitas Jr.

Isolamento acústico:

Propriedades acústicas +- ∆L 6 [dB]

Manta para isolamento acústico e térmico para pisos, composta de cortiça aglomerada e borracha reciclada para ser colocada diretamente abaixo do piso de revestimento.

http://www.corkdobrasil.com.br

Sob pisos cerâmicos e porcelanatos Sob pisos de madeira

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Isolamento acústico:

Revestimento de Pisos ∆L [dB]

Borracha 2,5 a 13,9

Sintéticos 1,3 a 3,0

Carpetes 7,6 a 27,7

Carpetes com base isolante 33 a 39,1

Laminado de madeira com piso flutuante 11,0

Laminado de madeira + piso flutuante + tapete 22,4 a 30,2

Acréscimo de isolamento acústico em laje de concreto armado, 12cm com diversos revestimentos de piso (quanto maior, melhor)

(Gianni Maria Machado Cornacchia, 2009, apud Conrad, 2002)

O tipo de revestimento de piso é fator determinante para o nível de isolamento sonoro de impacto.

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NBR 15575/2013

Desempenho estrutural das vedações

Premissas de projeto

O projeto deve mencionar a função estrutural ou não das vedações verticais internas ou externas, indicando também,

no caso daquelas com função estrutural, as normas utilizadas.

Parte 4 – Sistema de vedações verticais

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NBR 15575/2013

Parte 4 – Sistema de vedações verticais externas

Principais tópicos:

- Ventilação;

-Transmitância térmica;

- Resistência ao impacto;

- Acústica.

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Vedações verticais externas - Transmitância térmica

Transmitância Térmica UW/m2.K

Zonas 1 e 2 Zonas 3, 4, 5, 6, 7 e 8

U ≤ 2,5 Cor clara

α a ≤ 0,6Cor escura

α a > 0,6

U ≤ 3,7 U ≤ 2,5

a α é absortância à radiação solar da superfície externa da parede.

U = 1/ RT (W/m².K) R = e / λ (W/m².K)Onde:

e: espessura da camadaλ: condutividade térmica do material da camada

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Capacidade térmica

É a grandeza física que determina o calor que é necessário fornecer a um corpo para produzir neste uma determinada variação de

temperatura.

Capacidade térmica (CT)kJ / m2.K

Zona 8 Zonas 1,2, 3, 4, 5, 6 e 7

Sem exigência ≥ 130

Capacidade térmica de paredes externas

CT = (ei) . Ci . ρi

Onde:

e: espessura da camadac: calor específico do material da camadaρ: densidade de massa aparente do material da camada

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Transmitância e Capacidade térmica

Blocos cerâmicos de 6 furos: Espessura 14 cm, revestimento em argamassa

• U = 2,02 W/(m2.K)

• Ct= 192 kJ/(m2.K)

Blocos cerâmicos de 8 furos: Espessura 19 cm, revestimento em argamassa

• U = 1,80 W/(m2.K)

• Ct= 231 kJ/(m2.K)

Ensaios de laboratório (IPT) de diferentes sistemas de vedações

Tijolo maciço: Espessura 10 cm, revestimento em argamassa

• U = 3,13 W/(m2.K)

• Ct= 255 kJ/(m2.K)

Tijolo maciço: Espessura 20 cm, revestimento em argamassa

• U = 2,25 W/(m2.K)

• Ct= 445 kJ/(m2.K)

NBR 15575/2013Vedações verticais externas

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Transmitância e Capacidade térmica

IPT

Blocos de concreto: Espessura 19 cm, revestimento em argamassa

• U = 3,00 W/(m2.K)

• Ct= 220 kJ/(m2.K)

Blocos de concreto: Espessura 9 cm, revestimento em argamassa

• U = 3,66 W/(m2.K)

• Ct= 160 kJ/(m2.K)

Parede de concreto maciço: Espessura 10 cm,

• U = 4,40 W/(m2.K)

• Ct= 240 kJ/(m2.K)

Ensaios de laboratório (IPT) de diferentes sistemas de vedações

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Transmitância térmica

DryWall: • Ch. cimentícea 1,9 cm + 10 cm vazio + Ch. gesso 1,3 cmU = 2,21 W/(m2.K) Ch. Cimentícea 1,9 cm + 5 cm lã de rocha + 2x Ch. Gesso 1,3 cmU = 0,70 W/(m2.K)

Vidros• Vidro simples incolor 4 mmU = 5,8 W/(m2.K)

• Vidro laminado 8 mm U = 5,7 W/(m2.K)

• Vidro duplo incolor 4+(12)+6mmU = 2,90 W/(m2.K)

Ensaios de diferentes sistemas de vedações

http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/4250/8/TeseDoutMendonca8.pdf

Vidro laminadoVidro duplo

DryWall

DryWall com lã de rocha

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Vedações verticais - AcústicaDiferença padronizada de nível ponderada da vedação externa,

D2m,nT,w para ensaios de campo

Classe de ruído Localização da habitação D2m,nT,w [dB] Nível

IHabitação localizada distante de fontes de ruído intenso de quaisquer naturezas.

≥20 M

≥25 I

≥30 S

II

Habitação localizada em áreas sujeitas a situações de ruído não enquadráveis nas classes I e III

≥25 M

≥30 I

≥35 S

III

Habitação sujeita a ruído intenso de meios de transporte e de outras naturezas, desde que conforme a legislação.

≥30 M

≥35 I

≥40 SPara vedação externa de salas, cozinhas, lavanderias e banheiros, não há exigências específicas.

* Em regiões de aeroportos, estádios, locais de eventos esportivos, rodovias e ferrovias há necessidade de estudos específicos

(CBIC Fonte Tabela F.9, NBR 15575–4, Tabela I.5 NBR 15575–5)

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A isolação das paredes maciças, ao som aéreo, é regida pela

Lei das Massas. Mais pesada a parede, maior sua isolação.

Para massas > 120kg/m2, ao se dobrar a massa da parede

aumenta 6dB na isolação. Aproximadamente, a isolação de

paredes maciças:

Rw≈ 12+5,3 M1/3 dB(A)

“M”= massa da parede em kg/m2.

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Para alvenarias de blocos vazados, além da geometria e massa, interferem a disposição e formato dos furos, rugosidade

superficial etc, podendo ocorrer fenômenos de absorção e reverberação, o que implica na impossibilidade de se prever a

sua transmitância ou a isolação acústica.

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Eng. Ivanor FantinJúnior –SINDUSCON PR

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Índice de redução sonora ponderado para alguns sistemas

(Guia CBIC -Fontes: IPT, Unicamp, SOBRAC, Universidade de Coimbra)

Tipo de parede Largura do bloco / tijolo Revestimento Massa aproximada Rw (dBA)

Blocos vazadosde concreto

9 cmargamassa 1,5 cm

em cada face

180 kg/m2 41

11,5 cm 210 kg/m2 42

14 cm 230 kg/m2 45

Blocos vazadosde cerâmica

9 cmargamassa 1,5cm

em cada face

120 kg/m2 38

11,5 cm 150 kg/m2 40

14 cm 180 kg/m2 42

Tijolos maciçosde barro cozido (*)

11 cmargamassa 2cm

em cada face

260 kg/m2 45

15 cm 320 kg/m2 47

11 + 11 cm (**) 450 kg/m2 52

Paredes maciçasde concreto

Armado

5 cm

sem revestimento

120 kg/m2 38

10 cm 240 kg/m2 45

12 cm 290 kg/m2 47

Drywall

2 chapas (***)

sem revestimento

21 kg/m2 36

2 chapas + lã de vidro 22 kg/m2 41

4 chapas 44 kg/m2 45

4 chapas + lã de vidro 46 kg/m2 49(*) Val. indicados Universidade de Coimbra. (**) Parede dupla 11+11cm, espaço interno de 4cm preenchido c/ manta de lã de rocha 70kg/m3.

(***) Fonte Associação Brasileira de Drywall.

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Visa verificar o comportamento de paredes quando submetidas aimpactos decorrentes de choques acidentais provenientes do próprio usoda edificação ou choques provocados por tentativas de intrusõesintencionais ou não.

(Aluísio B. M

elo, Marçal R. F. Lima Filho)

NBR 11.675 Verificação da resistência ao impactoEnsaio de corpo mole

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VEDAÇÕES EXTERNAS SEM FUNÇÃO ESTRUTURAL EDIFÍCIOS MULTIPISO IMPACTO DO CORPO MOLE

Impacto Energia de impacto de

corpo mole (J)

Critérios de desempenho

Impacto na face externa da parede (local com

acesso externo do público, em geral andar

térreo)

720 Não ocorrência de ruína (estado-limite último)

480

360 Não ocorrência de falhas (estado-limite de serviço)

240

Não ocorrência de falhas (estado-limite de serviço)Limitação dos deslocamentos horizontais:dh ≤ h/125; dhr ≤ h/625 para vedações normais;dh ≤ h/62,5; dhr ≤ h/625 para vedações constituídas porelementos leves (G < 60 kg/m2)

180 Não ocorrência de falhas (estado-limite de serviço)

120

Impacto na face interna da parede (todos os

pavimentos)

360 Não ocorrência de ruptura nem o traspasse da parede pelo corpo percussor de impacto (estado-limite último)

180

120Não ocorrência de falhas (estado-limite de serviço)Limitação dos deslocamentos horizontais:dh ≤ h/125; dhr ≤ h/625

dh é o deslocamento horizontal instantâneo, dhr é o deslocamento horizontal residual, h é a altura da parede

(Tabela F.4 da NBR 15575 –Parte 4)

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VEDAÇÕES INTERNAS COM OU SEM FUNÇÃO ESTRUTURAL IMPACTO DO CORPO MOLE

dh é o deslocamento horizontal instantâneo, dhr é o deslocamento horizontal residual, h é a altura da parede

(Tabela F.2 da NBR 15575 –Parte 4)

Elemento Energia de impacto de

corpo mole (J)

Critérios de desempenho

Vedações com função

estrutural

360 Não ocorrência de ruína (estado-limite último)

240 São permitidas falhas localizadas

180 Não ocorrência de falhas (estado-limite de serviço)

120 Não ocorrência de falhas (estado-limite de serviço).Limitação dos deslocamentos horizontais: dh<h/250; dhr<h/1250

60 Não ocorrência de falhas (estado-limite de serviço)

Vedações com função

estrutural

120 Não ocorrência de ruína (estado-limite último)São permitidas falhas localizadas

60 Não ocorrência de falhas (estado-limite de serviço).Limitação da ocorrência de deslocamento: dh<h/125a; dhr<h/625

a - Para paredes leves (G ≤ 600 N/m2), sem função estrutural, os valores do deslocamento instantâneo (dh) podem atingir o dobro do valor indicado nesta tabela.Vedações sem função estrutural que não excedam os deslocamentos acima para impactos de 120 J e que não rompem com impactos de 180J correspondem ao Nível I. Suportando 240J correspondem a desempenho Nível S.

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Verifica o comportamento das paredes quando submetidas a choques decorrentes de seu uso.

(Aluísio B. M

elo, Marçal R. F. Lima Filho)

NBR 11.675 Verificação da resistência ao impactoEnsaio de corpo duro

Enga. Inês L. S. Battagin

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IMPACTOS DE CORPO DURO - EXTERIOR DA ESTRUTURA E VEDAÇÕES VERTICAIS

(Tabela E.4, NBR 15575 –Parte 2 e Tabela F.5, NBR 15575 –Parte 4)

Energia de impacto a) de corpo duro J

Critério de desempenho Nível dedesempenho

3,75 Não ocorrência de fissuras, destacamento, desagregações etc.Mossas com qualquer profundidade M

10 Não ocorrência de ruína e traspassamentoPermitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e desagregações

2,5 Não ocorrência de fissuras, destacamento, desagregações etc.Profundidade da mossa: p ≤5 mm I

10 Não ocorrência de ruína e traspassamentoPermitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e desagregações

2,5 Não ocorrência de fissuras, destacamento, desagregações etc.Profundidade da mossa: p ≤2 mm S

10 Não ocorrência de ruína e traspassamentoPermitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e desagregações

a) - No caso de fachadas, sentido do impacto de dentro para fora (aplicado na face interna).

NBR 11.675 Verificação da resistência ao impactoEnsaio de corpo duro

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NBR 11.678Cargas provenientes de peças suspensas

Carga vertical excêntrica de 80kgf.

(Aluísio B. M

elo, Marçal R. F. Lima Filho)

50 cm

15 cm

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Cargas de ensaio e critérios para peças suspensas fixadas em paredes com ou sem função estrutural por meio de mãos-francesas padrão

Carga de ensaio

aplicada em cada ponto

kN

Cargas de ensaio

aplicada na peça kN

Critério de desempenhoNível de

desempenho

0,4 0,8Ocorrência de fissuras toleráveis

Limitação dos deslocamentos horizontais: dh<h/500 dhr<h/2500M

0,5 1,0Não ocorrência de fissuras ou destacamentos;

Limitação dos deslocamentos horizontais: dh<h/500 dhr<h/2500I

0,6 1,2Não ocorrência de fissuras ou destacamentos

Limitação dos deslocamentos horizontais: dh<h/500 dhr<h/2500S

h é altura do elemento parede, dh é o deslocamento horizontal, dhr é o deslocamento residual

(Tabela F.1, página 51 da NBR 15575 – Parte 4)

NBR 15575/2013NBR 11.678

Cargas provenientes de peças suspensas

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Câmara simuladora de chuva incidente(pressão de 50 Pa)

Sete horas de ensaio, observar:

•Tempo de aparecimento de umidade na face oposta de

ensaio;

•Tempo de aparecimento de água na face oposta de ensaio;

•Área de umidade na face oposta

Anexo C – NBR 15.575/2013Método de ensaio da estanqueidade à água

NBR 15575/2013

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NBR 15575/2013Vedações verticais

Durabilidade e manutenibilidade

Requisito – Manutenibilidade dos sistemas devedações verticais internas e externas

Manter a capacidade funcional durante a vida útilde projeto, desde que submetidos às intervençõesperiódicas de manutenção especificadas pelosespectivos forncedores.

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78

NBR 15575/2013

O fabricante do produto, o construtor, o incorporador público ou privado, isoladaou solidariamente, devem especificar em projeto todas as condições de uso,operação e manutenção dos sistemas de vedações verticais internas e externas,especialmente com relação a:- caixilhos, esquadrias e demais componentes;- recomendações gerais para prevenção de falhas e acidentes decorrentes deutilização inadequada (fixação de peças suspensas com peso incompatível com osistema de paredes, abertura de vãos em paredes com função estrutural, limpezade pinturas, travamento impróprio de janelas tipo guilhotina e outros);- periodicidade, forma de realização e forma de registro de inspeções;- periodicidade, forma de realização e forma de registro das manutenções;técnicas, processos, equipamentos, especificação e previsão quantitativa de todosos materiais necessários para as diferentes modalidades de manutenção,incluindo-se não restritivamente as pinturas, tratamento de fissuras e limpeza.

Vedações verticais Durabilidade e manutenibilidade

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NBR 15575/2013Abertura para ventilação

Os ambientes de permanência prolongada devem teraberturas para ventilação com áreas que atendam àlegislação específica do local da obra, incluindo Códigos deObras, Códigos Sanitários e outros.

Área mínima de ventilação em dormitórios e salas de estar

Nível de

desempenho

Aberturas para Ventilação (A)

Zonas 1 a 7

Aberturas médias

Zona 8

Aberturas grandes

Mínimo A >= 7% da área do piso A >= 12% da área de piso (NORTE)

A >= 8% da área de piso (NORDESTEe SUDESTE)

Nota: Nas zonas de 1 a 6 as áreas de ventilação devem ser passíveis de serem vedadas

durante o peíodo de frio.

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80

NBR 15575/2013

Parte 5 - Sistema de coberturas

Principais tópicos:

- Ensaios de telhas;

- Transmitância térmica;

- Acústica.

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81

NBR 15575/2013

Coberturas - Desempenho térmico

Critério – Transmitância térmica

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82

NBR 15575/2013

Coberturas -Desempenho

térmico

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83

NBR 15575/2013

Coberturas -Desempenho

térmico

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84

NBR 15575/2013Coberturas - Desempenho térmico

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85

NBR 15575/2013Coberturas - Desempenho térmico

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86

NBR 15575/2013Coberturas - Desempenho térmico

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87

NBR 15575/2013Coberturas - Desempenho térmico

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88

NBR 15575/2013

Coberturas - Desempenho Acústico

Tabela 6 – Nível de pressão sonora de impactopadronizado ponderado, L’nT,w para ensaios de campo

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89

NBR 15575/2013

Coberturas - Desempenho Acústico

Tabela 17 — Valores mínimos da diferença padronizada de nível ponderada, D2m,nT,w, da vedação externa de dormitório

*Em regiões de aeroportos, estádios, locais de eventos esportivos, rodovias e ferrovias há necessidade de estudos específicos.

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90

NBR 15575/2013Verificação da resistência ao impacto em

telhados

Massa do corpo-duro, altura e energia do impacto

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91

NBR 15575/2013Determinação de resistência da platibanda em

telhados

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92

NBR 15575/2013

Parte 6 - Sistema hidrossanitários

Principais tópicos:

- Resistência a impacto de tubulações aparentes

(ensaio em obra).

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NORMA DE DESEMPENHOParte 6: Requisitos para os sistemas Hidrossanitários

• As instalações hidrossanitárias são responsáveis diretas pelas condições de saúde e higiene requeridas para a habitação, além de apoiarem todas as funções humanas nela desenvolvidas

• As instalações devem ser incorporadas à construção, de forma a garantir a segurança dos usuários, sem riscos de queimaduras (instalações de água quente), ou outros acidentes

• Devem ainda harmonizar-se com a deformabilidade das estruturas, interações com o solo e características físico-químicas dos demais materiais de construção

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REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 15575 –Edificações habitacionais – Desempenho – Parte 1 a 6, Rio de Janeiro, 2013.

FREITAS, Rinaldo Maciel de. O princípio da legalidade aplicado às normasABNT. Disponível em: http://jus.com.br/artigos/23337.

PAIVA, Maurício Ferraz. Em debate “normalização” – A obrigatoriedade daobservância das normas técnicas brasileiras. Disponívelhttp://www.osetoreletrico.com.br.

CBIC, Câmara Brasileira da Indústria da Construção. Guia orientativo paraatendimento à norma ABNT NBR 15575/2013. Brasília 2013.

Palestra Eng. Ivanor Fantin Júnior - [email protected]