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Segurança Viária
PPGEP / UFRGS
Introdução
“viajar” é uma das atividades mais perigosas do nosso dia a dia (Ogden, 1996)
Ford T, primeiro carro do mundo produzido em série – início da produção
em 1908
Dimensão do Problema
• No Brasil (por ano)• 35 mil mortos (95 pessoas por dia)
• 400 mil feridos• R$ 22 bilhões em rodovias + R$ 5 bilhões em áreas urbanas• Sexta maior causa de morte
Brasil tem mais mortos no trânsito que os EUA onde:• frota automotiva = 9 vezes maior • índice de mobilidade = 16 vezes maior
Principal causa de morte de crianças e adolescentes
Imagine essa situação...
Mário é motorista de ônibus.
Numa 6a. feira, acordou às 5 horas da manhã para trabalhar. Na véspera, havia chegado tarde: havia “dobrado” no trabalho.
Antes de sair de casa a mulher pediu dinheiro para o jantar. Só tinha R$ 2,00 no bolso.
Ônibus para ir a empresa demorou a passar.
Resultado: correu, chegou faltando 1 minuto apenas.
Saiu com o ônibus.
Congestionamento: Ônibus quebrado no corredor. Levou 4 x mais tempo do que o normal.
Resto da viagem:
• normal = trânsito, buzina, 38o C.
E assim passa o dia..... Mais tarde........
Começa a chover. Fazia tempo que não chovia. Novo congestionamento.
Trânsito melhora, Mário acelera para ganhar tempo.
Cruzamento, ele se aproxima com maior velocidade que o habitual.
Sinaleira com defeito. Caminhão da frente para deixando um carro cruzar.
Pouca visibilidade (caminhão é grande). Mário percebe tardiamente que o caminhão parou.
Freia. Freios não ajustados. PROBLEMAS!
Derrapa! Tenta corrigir!
Escapa do caminhão. Bate num poste!
PERGUNTA
Qual foi a CAUSA deste acidente??? Qual foi a CAUSA deste acidente???
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Teorias da causa dos acidentes (Theories of accident causation)
Estudos científicos de segurança (≈ a partir de 1900)
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1. Teoria do acidente como evento puramente aleatório
2. Teoria da propensão ao acidente
3. Teoria da causalidade
4. Teoria dos sistemas
5. Teoria comportamental (incluindo teoria do risco homeostático)
Teorias sobre causa dos acidentes (Theories of accident causation)
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Teorias da causa dos acidentes (Theories of accident causation)
1900 1920 1940 1960 1980 2000acidente como evento aleatório
teoria da propensão ao acidente
teoria da causalidade
teoria dos sistemas
teoria comportamental
Períodos de desenvolvimento das principais teorias
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1. Teoria do acidente como evento puramente aleatório
procura explicar porque algumas pessoas se envolvem em mais acidentes do que outras
Origem: livro “The law of small numbers” (estudou o número de mortes por coice de cavalo no exercito prussiano)
Constatação: distribuição de mortes era quase perfeitamente randômica
Resultado: Acidentes vistos como eventos puramente aleatórios sobre os quais não se tem nenhum controle
Teorias sobre causa dos acidentes (Theories of accident causation)
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2. Teoria da propensão ao acidente
procura explicar porque algumas pessoas se envolvem em mais acidentes do que outras
Durante I guerra Mundial: concentração de acidentes com alguns trabalhadores nas fábricas de munição
Aleatoriedade não podia explicar essa concentração
Constatação: as pessoas tem diferente propensão a se envolver em acidentes
Resultado: Acidentes vistos como resultado dos erros de alguns indivíduos com algum distúrbio de personalidade
norteou as pesquisas em segurança de 1920 a 1950.
Teorias sobre causa dos acidentes (Theories of accident causation)
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3. Teoria da causalidade (anos 50)
Massificação do uso do carro: dados de acidentes revelaram que todos motoristas estavam sujeitos a envolvimento em acidentes
Teoria da propensão ao envolvimento não podia mais explicar acidentes
Nova crença: apenas estudos de casos detalhados poderiam explicar porque os acidentes ocorrem
Constatação: - acidentes são eventos multi-causais- normalmente é impossível dizer qual causa é mais importante- maioria dos acidentes são atribuídos a erros humanos
Resultados: A modificação do comportamento humano vista como única maneira eficiente de prevenir acidentes
Teorias sobre causa dos acidentes (Theories of accident causation)
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4. Teoria dos sistêmica (anos 60 e 70)
Apenas saber que o ser humano erra não basta: é necessário entender porque os erros ocorrem
Constatação: - acidentes resultam de desajustes na interação dos componentes do sistema- sistema inadequado para as capacidades humanas
Resultados: - a rodovia e o veículo se tornaram importantes fatores na prevenção de acidentes- grandes avanços na redução da taxa de acidentes
Teorias sobre causa dos acidentes (Theories of accident causation)
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4. Teoria comportamental (incluindo teoria do risco homeostático)
Teoria dos sistemas não resolveu completamente o problema
Acidentes são insolúveis?? => Teoria de aceitação do risco
Constatação: - aceitação do risco é fundamental na determinação do número de acidentes em uma determinada atividade
Teorias sobre causa dos acidentes (Theories of accident causation)
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• Modelo do risco homeostático => motoristas reagem às condições do tráfego (que se alteram) de forma a manter o seu risco constante
• Resultado: os indivíduos estão preparados a aceitar um determinado risco “alvo” e as únicas medidas de segurança eficazes deveriam agir sobre este risco “alvo”.
Teorias sobre causa dos acidentes (Theories of accident causation)
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• Modelo do risco zero => a percepção de risco é zero a maior parte do tempo. Existiria um “teto” para o risco e somente ao atingir este nível é que os mecanismos de regulagem do comportamento seriam acionados
• Resultado: a discrepância entre risco objetivo (real) e subjetivo (percebido) explicaria a ocorrência dos acidentes. Ações de segurança deveriam introduzir melhorias sem reduzir o risco subjetivo ou buscando aumentar o risco subjetivo
Teorias sobre causa dos acidentes (Theories of accident causation)
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Conclusão sobre as teorias apresentadas
• Todas contém algum elemento de verdade
• Nenhuma provê explicação cientifica completa sobre a causa de acidentes
Teorias sobre causa dos acidentes (Theories of accident causation)
Fatores Contribuintes de Acidentes
Fatores humanos
Fatores veiculares
Fatores viário ambientais
Visão SIMPLISTA
O que está esta visão sustenta?
Fator humanoFator humano
principal “causa” de acidentes principal “causa” de acidentes
solução:-Educação-Fiscalização
solução:-Educação-Fiscalização
LOGO
1. O ser humano deve ser treinado para lidar com o sistema viário (educação/treinamento)
2. A aderência a esse treinamento deve ser monitorada (fiscalização)
1. O ser humano deve ser treinado para lidar com o sistema viário (educação/treinamento)
2. A aderência a esse treinamento deve ser monitorada (fiscalização)
Visão SISTÊMICA
Fatores Veiculares
Fatores Viário ambientais
Fatores Humanos
Tripé da Segurança
Visão SISTÊMICA:
Fator humanoFator humano
Fator Veicular
Fator Veicular
Fator Viário ambiental
Fator Viário ambiental
Ex: melhorar visibilidade da sinalização Ex: Freios ABS, Air Bag
Ex: ITS – Intelligent Transport Systems
Camadas de segurança
Modelo do queijo suiço (Reason, 2000)
Visão SISTÊMICA
Considera que:
• As habilidades do ser humano são limitadas As habilidades do ser humano são limitadas • são necessárias informações para tomar decisões• é preciso tempo processar informações e tomar
decisões
Visão SISTÊMICA
É importante atuar nos 3 fatores !
Fator viário ambiental Projetos viários que contemplem as limitações
humanas (ex: separar conflitos)
1 interseção em cruz 2 interseções em “T”
Visão SISTÊMICA
É importante atuar nos 3 fatores !
Fator veicular projeto de carros mais seguros opçãoopção por carros mais seguros
Visão SISTÊMICA
É importante atuar nos 3 fatores !
Fator humano Treinamento Condicionamento Educação / fiscalização
Definição de Acidente
acidente
tempo
Desempenho do motorista
Exigências do sistema
Cenário Futuro
Em 2050:população mundial deverá ser superior a 9 bilhões
de pessoas (6,8 bilhões de pessoas em 2009)
mais pessoas e um maior poder econômico significam mais mobilidade e mais transporte
alguns estudos indicam que o número de carros do mundo aumentará dos 700 milhões atuais para mais de 3 bilhões em 2050
Em 2050:população mundial deverá ser superior a 9 bilhões
de pessoas (6,8 bilhões de pessoas em 2009)
mais pessoas e um maior poder econômico significam mais mobilidade e mais transporte
alguns estudos indicam que o número de carros do mundo aumentará dos 700 milhões atuais para mais de 3 bilhões em 2050
Gestão da Segurança Viária
ações
Estradas inteligentes
Segurança do transporte comercial de passageiros/carga
Incentivo ao melhor comportamento dos
usuários
Elaboração de guias técnicos
Tecnologia embarcada
Atendimento de urgência
Monitoramento e fiscalização
Aspectosergonômicos
Obras de manutenção e construção
Controle de danos ambientais
Gestão de ambientes mais seguros
1. Controlar a variabilidade da velocidade
2. Promover segurança durante atividades de construção e manutenção
3. Oferecer infraestrutura adaptada ao perfil da população (Ageing)
4. Manter os veículos na via
5. Reduzir as conseqüências de saídas de pista
6. Atuar de forma preventiva
1. Controlar a variabilidade da velocidade
Pesquisas demostram que na medida que cresce a variabilidade das velocidades praticadas, cresce também a taxa de acidentes.
Medidas:
Promover consistência geométrica Reduzir a violação da expectativa do
condutor Fazer cumprir os limites seguros de velocidade
1. Controlar a variabilidade da velocidade
Interactive Highway Safety Design Model Interactive Highway Safety Design Model
1. Controlar a variabilidade da velocidade
Limitações no emprego do IHSDM
os modelos não estão calibrados para a grande diversidade de condicionantes geométricas, ambientais, de veículos e culturais existentes no mundo.
os modelos não estão calibrados para a grande diversidade de condicionantes geométricas, ambientais, de veículos e culturais existentes no mundo.
inexistência de projetos “as-build”. inexistência de projetos “as-build”.
elaboração de modelo(s) de estimativa da velocidade operacional calibrados para nossa realidade.
elaboração de modelo(s) de estimativa da velocidade operacional calibrados para nossa realidade.
interface para elementos geométricos a partir de base de dados georreferenciados.
interface para elementos geométricos a partir de base de dados georreferenciados.
1. Controlar a variabilidade da velocidade
Método de analise de consistência Geométrica
1. Controlar a variabilidade da velocidade
Método de analise de consistência Geométrica
2. Promover segurança durante atividades de construção e manutenção
2. Promover segurança durante atividades de construção e manutenção
2. Promover segurança durante atividades de construção e manutenção
“... as obras são provisórias, mas as seqüelas deixadas por acidentes ocorridos devido a elas podem ser permanentes.”
2. Promover segurança durante atividades de construção e manutenção
Atenuadores de impacto acoplados
aos veículos de manutenção
2. PROMOVER SEGURANÇA DURANTE ATIVIDADES DE CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO
Atenuadores de impacto e sistema de
sinalização (dia e noite)
2. Promover segurança durante atividades de construção e manutenção
3. Oferecer infraestrutura adaptada ao perfil da população (Ageing)
Idosos compõem o segmento da população que mais cresce na maioria dos países desenvolvidos
Estima-se que, em 2030, uma em cada 4 pessoas terá 65 anos ou mais
Principais limitações:• dificuldade de identificar e localizar o som identificar e localizar o som de um veiculo se aproximando• diminuição do tempo de reaçãotempo de reação, da capacidade de atençãoatenção e do processamento das informaçõesprocessamento das informações
3. Oferecer infraestrutura adaptada ao perfil da população (Ageing)
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Ranhuras salientes
Ranhuras cilíndricas
Implementar programas abrangentes para melhoria da orientação do motoristas
4. Manter os veículos na via
5. Reduzir as conseqüências de saídas de pista
5. Reduzir as conseqüências de saídas de pista
6. Atuar de forma preventiva
Implementar procedimentos piloto de auditoria de segurança viária
Segmentos com pior desempenho
INVESTIGAR em INVESTIGAR em detalhedetalhe
Durante a inspeção são avaliadas as condições vigentes diversas características físicas da rodovia
Condições da superfície do acostamento
Localização e layout de paradas
de ônibus
Linhas demarcadoras
das faixas
Condições do pavimento
Legibilidade e destaque das placas
de sinalização
Existência de elementos potencialmente perigosos dispostos ao longo da via
Alguns exemplos de características avaliadas...
Cada característica da rodovia deve ser avaliada e sua nota deve ser anotada na planilha de campo
ITENS DO QUESTIONÁRIO10 7 3 1
30
Localização e layout de paradas de ônibus(verif icar localização e área de recuo para evitar a obstrução da faixa de tráfego)
não tem paradas
bem visíveis e com recuo
bem visíveis e sem recuo
má visibilidade
NOTA
late
rais
via
informe:km inicial da inspeção: rodovia: continuaçãokm final da inspeção: trecho:
hora da inspeção:condições do tempo:
segmento: (km inicial / final)
sentido da inspeção:26 Cond. tráfego cicl/ped(seg. urbano)27 Travessias seguras para pedestres28 Elem. perigosos ao longo da via29 Acessos a prop. e comérc. lindeiro30 Local./layout de paradas de ônibus31 Uso outdoors e placas comerciais32 Transição ambientes rural/urbano33 Compatib. veloc. regul. e projetog
era
lvu
lne
r
7
outros
Ações que podem colaborar para nossa segurança viária
• Atitudes coorporativas
• Atitudes pessoais
Elaboração de Mapa de riscos do trajeto• Trajetos rotineiros:
- Casa/trabalho/casa- Rotas de viagens
• Identificar:- locais com concentração de acidentes- locais com concentração de pedestres- curvas acentuadas- Locais com pavimento de baixa aderência ou más condições- Pré-definir pontos de parada para viagens mais longas (a
cada 2 horas)
Desafio : atitudes coorporativas
Propor alterações viárias junto ao poder público• Identificar com os colaboradores os perigos enfrentados
em seus trajetos rotineiros• Projetar soluções e levar aos órgãos responsáveis
atitude pró-ativa
Desafio : atitudes coorporativas
Desafio : atitudes pessoais
Reconhecer que corremos risco de sofrer um acidentes
Assumir uma parte da responsabilidade sobre a segurança
• Exemplo:
Usar cinto para ter melhores chances em caso de acidente
Usar cinto para ter melhores chances em caso de acidente
Usar cinto para não levar multaUsar cinto para não levar multa
OU
Desafio : atitudes pessoais
Optar por usar o banco traseiro
Evitar deslocamentos desnecessários
Optar por modos de transporte mais seguros
Não dirigir alcoolizado, sob efeito de remédios, com sono - entender e respeitar nossos limites
Como se proteger dos acidentes e de suas consequências?
Aceitar a que a velocidade tem papel decisivo sobre a segurança
• Chances do pedestre sobreviver quando atingido por um veículo em diferentes velocidades:
64 km/h 48 km/h 32 km/h Poucos “km/h” são a diferença entre a vida
e a morte
O que é Gerenciar Segurança em Rodovias
É tomar decisões, com base com base em fatos e dados, em fatos e dados, que tenham impacto positivo da segurança rodoviária
É tomar decisões, com base com base em fatos e dados, em fatos e dados, que tenham impacto positivo da segurança rodoviária
HSM – Highway Safety Manual
Propósito:Propósito:Prover informações e ferramentas para apoiar as apoiar as
decisõesdecisões dos profissionais de transportes baseadas na explicita consideração das suas conseqüências na segurança rodoviária
Desenvolvido conjuntamente pelo TRB e AASHTO
Visão do HSM – Highway Safety Manual
Ser documento similar ao HCM
Representar o “estado da arte” em segurança rodoviária
Ser revisado regularmente
Ser aceito amplamente na prática profissional
NÃO ser uma política, padrão ou documento legal
Ser usado conjuntamente com outros guias técnicos
Ser documento similar ao HCM
Representar o “estado da arte” em segurança rodoviária
Ser revisado regularmente
Ser aceito amplamente na prática profissional
NÃO ser uma política, padrão ou documento legal
Ser usado conjuntamente com outros guias técnicos
Estrutura do HSM
Part A – Introduction and Fundamentals Part B – Safety Process Part C – Predictive Methods Part D – Accident Modification Factors
Part A – Introduction and Fundamentals
Chapter 1 - Introduction and Overview Chapter 2 - Human Factors in Road
Safety Chapter 3 - Fundamentals
Part B - Safety Process
Chapter 4 - Network Screening Chapter 5 - Diagnosis Chapter 6 - Selection of
Countermeasures Chapter 7 - Economic Appraisal Chapter 8 - Prioritization of Improvement
Projects Chapter 9 - Safety Effectiveness
Evaluation
Part C – Predictive Methods
Chapter 10 - Rural, Two-Lane Roads Chapter 11 - Rural, Multilane Highways Chapter 12 - Urban/Suburban Arterial
Highways
Part D – Accident Modification Factors
Chapter 13 - Roadway Segments Chapter 14 - Intersections Chapter 15 - Interchanges Chapter 16 - Special Facilities &
Geometric Situations Chapter 17 - Road Networks