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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NRE: UMUARAMA
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
CRUZEIRO DO OESTE
2012
1
Colégio Estadual Cruzeiro do OesteEnsino Fundamental e Médio
CEP: 87400000 Cruzeiro do Oeste PrTeleFax: (44) 36761514
Email: [email protected]
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO....................................................................….......... 8
2 IDENTIFICAÇÃO...................................................................................
2.1 Localização do Colégio.................................................................
2.2 Aspectos históricos essenciais.........................................................
2.3 Biografia da Escola..........................................................................
2.4 Os Diretores foram...........................................................................
2.5 História dos Atos Oficiais.................................................................
2.6 Período matutino das 7:30min as 11:50min.....................................
2.6.1 Período vespertino das 13:00h as 17:20min.................................
2.7 CELEM – Espanhol..........................................................................
2.8 Quanto ao Quadro Geral do Pessoal.............................................
2.8.1 Direção e Equipe Pedagógica.....................................................
2.8.2 Professores................................................................................
2.8.3 Funcionários - Agente Educacional I e Agente Educacional II...
9
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18
3 CARACTERÍSTICAS DA COMUNIDADE ESCOLAR........................ 18
4 UTILIZAÇÃO DOS ESPAÇOS ESCOLARES E DOS MATERIAIS
DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS.............................................................. 19
5 REGIME ESCOLAR.............................................................................. 20
6 OBJETIVOS GERAIS............................................................................ 33
7 MARCO SITUACIONAL........................................................................ 24
8 MARCO CONCEITUAL......................................................................... 46
9 ORGANIZAÇÃO DA PROPOSTA CURRICULAR................ 59
9.1 - Aspectos Legais.......................................................................... 59
9.2 - OBJETIVOS GERAIS................................................................. 65
9.2.1 – Nível de Ensino........................................................................ 65
2
9.2.1.1- Ensino Fundamental.............................................................. 65
9.2.2 Modalidades de Ensino.............................................................. 66
9.2.2.1 Educação Especial..................................................................... 66
9.2.2.2 EJA.......................................................................................... 66
9.3 Fundamentos Filosóficos.............................................................. 66
9.4 - Matriz Curricular........................................................................... 67
9.5 PROPOSTA CURRICULAR DAS DISCIPLINAS........................... 70
9.5.1 ARTE........................................................................................... 70
9.5.2 CIÊNCIAS.................................................................................... 89
9.5.3 EDUCAÇÃO FÍSICA................................................................... 98
9.5.4 ENSINO RELIGIOSO.................................................................. 104
9.5.5 GEOGRAFIA............................................................................... 109
9.5.6 HISTÓRIA................................................................................... 118
9.5.7 LÍNGUA PORTUGUESA............................................................. 126
9.5.8 MATEMÁTICA............................................................................. 137
9.5.9 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS........................ 147
10 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA EDUCAÇÃO DE
JOVENS E ADULTOS – ENSINO MÉDIO........................................... 162
10.1 - Objetivo da oferta de educação de jovens e adultos................... 162
10.1.1 Perfil do Educando..................................................................... 163
10.1.2 Caracterização do Curso........................................................... 165
10.1.3 Nível de Ensino.......................................................................... 165
10.1.3.1 Ensino Fundamental – Fase II................................................ 165
10.1.3.2 Ensino Médio.......................................................................... 166
3
10.1.4 Educação especial ..................................................................... 166
10.1.5 Ações pedagógicas descentralizadas........................................ 167
10.1.6 Frequência.................................................................................. 167
10.1.7 Exames Supletivos...................................................................... 168
10.1.8 Conselho Escolar....................................................................... 168
10.1.9 Material de Apoio Didático......................................................... 169
10.1.10 Biblioteca Escolar...................................................................... 169
10.1.11 Laboratório................................................................................ 170
10.1.12 Recursos Tecnológicos............................................................. 170
10.2 Filosofia e princípios Didáticos Pedagógicos................................ 170
10.3 Indicação da Área ou fase de Estudos.......................................... 174
10.4 Matriz Curricular ............................................................................ 174
10.4.1 Ensino Fundamental – Fase I.................................................... 174
10.4.2 Ensino Fundamental – Fase II................................................... 175
10.4.3 Ensino Médio............................................................................. 176
10.5 Concepção, Conteúdos e Seus Respectivos Encaminhamentos
Metodológicos........................................................................................177
10.6 Processos de avaliação, Classificação e Promoção...................... 221
10.6.1 Concepção da Avaliação............................................................ 221
10.6.2 Procedimentos e Critérios para Atribuição de Notas................. 222
10.6.3 Recuperação de Estudos........................................................... 224
10.6.4 Aproveitamento de Estudos....................................................... 224
10.6.5 Classificação e Reclassificação................................................. 225
10.7 Regime Escolar.............................................................................. 225
10.7.1 Organização................................................................................ 225
4
10.7.2 Formas de Atendimento.............................................................. 226
10.7.2.1 Ensino Fundamental – Fase I e II e Ensino Médio.................. 226
10.7.3 Matrícula...................................................................................... 226
10.7.4 Material Didático...................................................................... 228
10.7.5 Avaliação..................................................................................... 228
10.7.6 Recuperação de Estudos........................................................... 229
10.7.7 Aproveitamento de Estudos, Classificação e Reclassificação .. 230
10.7.8 Área de atuação......................................................................... 230
10.7.9 Estágio Não Obrigatório ............................................................. 230
10.8 Recursos Humanos........................................................................ 231
10.8.1 Atribuições dos Recursos Humanos.......................................... 231
10.8.1.1 Direção................................................................................... 231
12.8.1.2 10.8.1.2 Professor Pedagogo................................................................ 233
12.8.1.3 10.8.1.3 Coordenações......................................................................... 235
10.8.1.4 Docentes ................................................................................ 238
12.8.1.5 S 10.8.1.5 Secretaria e Apoio Administrativo........................................... 242
10.9 PLANO DE AVALIAÇÃOINSTITUCIONAL DO CURSO 246
10.10 PLANO DE CAPACITAÇÃO CONTINUADA DO CORPO
DOCENTE DOCENTE....................................................................248
10/11/12 10.11 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 249
11 ADENDO A PROPOSTA PEDAGÓGICO – CURRICULAR
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS.......................................... 252
1213.I – IDENTIFIC PROGRAMAS.................................................................................................. 259
12.1 CELEM....................................................................................... 259
12.2 SALA DE APOIO DE LINGUA PORTUGUESA............................ 276
5
12.3 SALA DE APOIO DE MATEMÁTICA............................................ 283
12.4 SALA DE RECURSOS............................................................... 290
12.5 PROPOSTA DA ATIVIDADE DE COMPLEMENTAÇÃO
CURRICULAR EM CONTRATURNO: ESTADUAL NO PALCO.......294
12.6 PROGRAMA SEGUNDO TEMPO …............................................. 299
13 PROJETOS........................................................................................... 309
13.1 AGENDA 21.................................................................................. 309
13.2 TEATRO NA ESCOLA (ESTADUAL NO PALCO)........................ 317
14 MARCO OPERACIONAL …................................................................ 324
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................... 342
6
“A educação só será alcançada de fato, se for
sonhada por muitos, pois um sonho sonhado só, é
apenas um sonho, ao contrário, quando todos
sonham juntos, isto se torna realidade”.(Paulo
Freire)
7
1. APRESENTAÇÃO
Preocupados com a qualidade da Educação o Projeto Político Pedagógico deste
estabelecimento de ensino, aqui sistematizado, traduz o trabalho que envolveu todos os
componentes da escola, numa ação coletiva mediada pela discussão e diálogo,
expressando a preocupação e o compromisso dos profissionais da educação, no
sentido de responder as necessidades sociais e históricas que caracterizam a
sociedade brasileira atual.
Houve momentos para a leitura de bons textos e de reflexões sobre as
dificuldades e necessidades presentes em nosso colégio, buscando através de
questionários, abordar questões relevantes que analisasse em seus diversos aspectos,
a prática que vem sendo desenvolvida, a comunidade escolar, a forma como a escola
está organizada, a convivência em seu interior, a aprendizagem dos alunos, os
conteúdos, a metodologia, os recursos didáticos, o espaço físico e a forma de
avaliação. Afim de buscarmos o enfrentamento e os possíveis caminhos norteados
pelo princípio da gestão democrática e a valorização do conhecimento científico.
O presente Projeto Político Pedagógico tem como meta a melhoria geral de todo
o processo educativo, conscientizando os envolvidos na educação quanto às
necessidades de integração dos mesmos, para que todos vivenciem situações de
interação pessoal, afetiva, profissional e intelectual garantindo a socialização do
conhecimento numa perspectiva transformadora.
Para alcançarmos este fim, lançaremos mão de todos os recursos e estratégias
nas diversas áreas de ensino, para que haja envolvimento e interesse por parte do
corpo docente e discente, diminuindo o número de repetências, evasões e procurando
construir uma Escola democrática e de qualidade.
8
2. IDENTIFICAÇÃO
2.1 Localização do Colégio
O Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste, Ensino Fundamental e Médio, código
00021, está situado, na avenida Santos Dumont nº317, centro do município de Cruzeiro
do Oeste, código 0670, Estado do Paraná, zona urbana, a 28 km do Núcleo Regional
de Educação – Umuarama e aproximadamente 600km da Sede Mantenedora - SEED
Curitiba, Fone/ Fax: (44) 3676-1514, e-mails [email protected] e
[email protected]. Foi criado com a finalidade de atender alunos do centro da
cidade, dos bairros vizinhos e da zona rural.
2.2 Aspectos Históricos Essenciais
Este colégio iniciou as suas atividades com a denominação de Ginásio Estadual
de Cruzeiro do Oeste pelo Decreto nº 2.134/56, porém, inicia suas atividades
pedagógicas após o Decreto de instalação nº 957/57.
Conforme Ata nº 01 de 16/03/1957, às 21:45min, no Hotel Santo Antônio, sito à
Rua Peabiru, nesta cidade, foi realizada a primeira Assembleia Pública, do Ginásio
Estadual de Cruzeiro do Oeste, em caráter solene, com o fim especial de dar posse ao
Diretor e Secretário do novo Estabelecimento de ensino. Houve agradecimentos ao
“Lions Club” de Cruzeiro do Oeste representado então pela pessoa do Dr. Evaldo
Dacheux de Macedo, pelo empreendimento que culminou com a criação do Ginásio
Estadual Cruzeiro do Oeste; e em seguida foi conferida a posse para o cargo de Diretor
ao Dr. Alteloir Eli Roque Gubert pela Portaria do Exmo. Sr. Secretário de Educação e
Cultura do Estado do Paraná de 09/03/57. Pela mesma portaria foi empossado ao cargo
de Secretário do Colégio o Dr. Osíris Juaraszek.
No dia 28/03/57, reuniu-se pela primeira vez, o Corpo Docente do
Estabelecimento de Ensino para a escolha dos livros didáticos.
A aula inaugural foi proferida pelo professor Ramiro de Godoy, abordando o
9
tema: “O Homem e o Meio”.
A primeira turma começou a funcionar com 38 alunos, destes que iniciaram a
primeira série em 1957, apenas 09 concluíram a quarta série, no ano de 1960.
A cerimônia de formatura foi realizada no Cine Teatro, no dia 14/12/1960.
A implantação da reforma Lei 5692/71 ocorreu gradativamente em 1973 nas 5ª
séries, sendo o plano de implementação aprovado pelo parecer 49/75 e a Homologação
Secretarial Nº 234/75 de 03/06/75.
Da Resolução nº 5162 de 05/12/74, que reorganiza os Estabelecimentos
Estaduais de Cruzeiro do Oeste, resultaram:
Escola Integrada Estadual de 1º Grau, composta pelo Colégio Estadual de
Cruzeiro do Oeste;
Escola de Aplicação de Cruzeiro do Oeste;
Grupo Escolar Nísia Floresta.
Pela mesma resolução ficou mantido como unidade independente, o
Estabelecimento Colégio Estadual, no que se refere ao Curso Científico até a
implantação de 2º Grau.
Em 1978 passou a integrar o Complexo “Tasso da Silveira” pela Resolução de
Criação nº 2789/77 de 10/11/77, iniciando gradativamente a extinção do 2º ciclo,
permanecendo a denominação Colégio Estadual de Cruzeiro do Oeste Ensino de 1º e
2º Ciclo, até sua extinção total do 2º Ciclo.
Pela resolução 177/83 de 20/05/83, passou a denominar-se Escola Estadual
Cruzeiro do Oeste Ensino de 1º Grau, fazendo parte do Complexo Estadual Tasso da
Silveira Ensino de 1º Grau, bem como os Estabelecimentos que compõem, a saber:
Colégio Estadual de Cruzeiro do Oeste Ensino de 1º e 2º Ciclo;
Escola Nísia Floresta Ensino de 1° Grau.
A Escola Tasso da Silveira Ensino de 1º Grau, localizados no município de
Cruzeiro do Oeste, mantidos pelo Governo do Estado passando a denominar-se
respectivamente:
Complexo Estadual Tasso da Silveira Ensino de 1º Grau;
10
Escola Estadual Cruzeiro do Oeste Ensino de 1º Grau;
Escola Estadual Nísia Floresta Ensino de 1º Grau;
Escola Estadual Tasso da Silveira Ensino de 1º Grau;
Pela resolução 1.62/84 de 17/03/84, foi reconhecida como Escola Estadual
Cruzeiro do Oeste Ensino de 1º Grau.
A Escola Estadual funcionou, inicialmente, nas dependências do Grupo Escolar
de Cruzeiro do Oeste, no período de 1957 a 1959. No período de 1960 a 1964 passou
para as dependências do Lar São Francisco de Assis. A partir de 1965, passa para o
prédio onde funciona atualmente.
2.3 Biografia da Escola
Sendo a Escola Estadual Cruzeiro do Oeste, a primeira da cidade, acharam por
bem homenagear a cidade, dando à Escola o nome da mesma.
Esta Escola possui 1.295 metros quadrados de área construída num terreno de
6.296 metros quadrados, de propriedade do Governo do Estado do Paraná.
Foi a Escola que recebeu a primeira professora concursada e nomeada para
atuar em Cruzeiro do Oeste, em nível de 5ª à 8ª série. A professora Odete Oberg, na
disciplina de Geografia, tomou posse em 28/05/65, conforme Decreto 18.283.
2.4 Os Diretores foram:
1º - Alteloir Eli Roque Goubert – 1957 a 1960
2º - Odete Oberg – 1960
3º - Judith Mazuco Godoy – Desig. Nº 12.522 de 16/09/60
4º - Hercílio Vicente de Góes – 1960 a 1967
5º - Diva Goulart Alves, Portaria nº 5.842/67
6º - José Rubens Gonzaga – Decreto nº 4.886/87
7º - Lizete Wandembruck Alves – Resolução nº 3.379/89
11
8º - Terezinha Magalhães – Portaria nº 579/91
9º - Ari Rodrigues – Resolução nº 5.575/93
10º - Vanda Rocha de Jesus – Resolução nº 499/95
11º - Marli Ferrarezi Jacomini – Resolução nº 3,69/2001
12º - Marilena Aparecida Jayme Furlan – Resolução nº 4.254/03
13º - Vanda Rocha de Jesus – Resolução nº 005/06
14º- Vanda Rocha de Jesus – Resolução nº 5909/08
2.5 História dos Atos Oficiais
O Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste em sua caminhada foi sendo
regulamentado por Atos Oficiais tornando legais suas atribuições perante a sociedade,
estaremos citando alguns atos da caminhada deste Colégio .
Foi através do Decreto n° 2.134/56 DOE 16/05/56 criados o Ginásio Estadual de
Cruzeiro do Oeste. Este passa a funcionar como Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste a
partir do Decreto n°19.235 DOE 16/08/65, ministrando o ensino secundário nos 1° e 2°
ciclos. O mesmo funcionamento do 2° ciclo foi autorizado,de acordo com o parágrafo
único do artigo 42 da Lei n° 4.978 de 5 de dezembro de 1965 através da Portaria n°
7.076/65 DOE 31/12/65.
Com o Decreto n° 2.789 DOE 10/01/77, ficou autorizado a funcionar nos termos
da legislação vigente, o complexo Escolar Tasso da Silveira, no município de Cruzeiro
do Oeste, resultante da reorganização do Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste. Escola
de Aplicação de Cruzeiro do oeste e Grupo Escolar Nísia Floresta, todos do mesmo
município.
O Curso de 1° Grau Regular da Escola Estadual Cruzeiro do Oeste Ensino de 1°
Grau ficou reconhecido através da Resolução n° 1.062/84 DOE 09/04/84.Com a
Resolução n° 199/98 DOE 26/02/98 foi autorizado o funcionamento do Curso de 2°
grau Supletivo – Função Suplência de Educação Geral Fase II – Estruturado em Blocos
de Disciplina, na Escola Estadual Cruzeiro do Oeste Ensino de 1° grau. O
12
estabelecimento em tela passa a denominar-se Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste
Ensino de 1° Grau e de 2° Grau Supletivo.
Através da Resolução n° 3.120/98 DOE 11/09/98, ficou autorizado a adequação
na nomenclatura dos estabelecimentos de ensino de Educação Básica que passarão a
utilizar as denominações genéticas: Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste Ensino
Fundamental e Médio.
Foi autorizado e reconhecido ao Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste o Curso
Presencial de Jovens e Adultos – Ensino Médio com a Resolução n° 1.814/2001 DOE
03/08/01.Já a implantação do Curso EJA Presencial – Ensino Fundamental foi
autorizada com a Resolução n° 2187/2004 – DOE 07/07/2004.
Em 2006 é implantado a Nova Proposta Pedagógica Curricular da EJA, sendo
presencial e organizada por disciplinas com atendimentos individuais e coletivos.
Atualmente este Colégio está no porte V, possui 528 alunos matriculados no
Ensino Fundamental Regular e 277 na Modalidade Educação de Jovens E Adultos –
EJA – Ensino Fundamental e Médio, 159 alunos no Espanhol (CELEM), 100 alunos no
projeto segundo Tempo, 13 alunos Sala de Recursos Multifuncional I, 52 professores,
06 da Equipe Pedagógica e 17 funcionários.
Para atender os 1077 alunos, o Colégio possui três turnos de funcionamento:
manhã, tarde e noite. Nas modalidades: Ensino Fundamental Regular (6º a 9º ano ) e
EJA – Fundamental e Médio.
Sendo assim organizados e distribuídos por turmas e turnos:
2.6 Período da manhã das 7:30min as 11:50min:
6º ano ............... 03 turmas;
7º ano ................03 turmas;
8º ano ................03 turmas;
9º ano.................03 turmas;
Sala de Apoio à aprendizagem...........01 turma;
Projeto Segundo Tempo------------------01 turma ( 6º ao 9º ano)
13
2.6.1 Período da tarde das 13:00h as 17:20min:
6º ano .....................01 turmas;
7º ano.....................03 turmas;
8º ano......................01 turmas;
9º ano......................01 turmas;
Sala de Apoio à aprendizagem...........01 turma ( 6º e7º ano)
Sala de Apoio à aprendizagem...........01 turma ( 8º e 9º ano)
Sala de Recursos Multifuncional I.......01 turma ( 6º à 9º ano)
Sala de atividade Complementar Curricular em Contraturno Teatro....01 Turma
Projeto Segundo Tempo------------------01 turma ( 6º à 9º ano)
2.7 CELEM- Espanhol
1ª Ano A -------------------15:00 às 16:40 h ( terça-feira e quinta-feira)
1ª Ano B -------------------20:40 ás 22:20 h ( terça-feira e quinta-feira)
2ª Ano A -------------------13:20 às 15:00 h ( terça-feira e quinta-feira)
2º ano B.........................19:00 ás 20:40 h ( terça-feira e quinta-feira)
Aprimoramento------------19:00 às 22:20 h ( segunda feira)
2.8 Quanto ao Quadro Geral de Pessoal:
2.8.1. Direção e Equipe Pedagógica:
Nome Função período vínculo
Vanda Rocha de Jesus Diretora Manhã/noite QPM
Valdney Alves Magalhães Diretor auxiliar tarde QPM
Regina Kahali Laurek Pedagogo manhã QPM
Rosangela Sampaio da Cruz Mano Pedagogo manhã QPM
Silvana Aparecida Pereira Pedagogo tarde QPM
Eulália Bezerra Danziger Pedagogo tarde QPM
Vanilda de Lima Guilherme Pedagogo manhã QPM
Regina Kahali Laurek Pedagogo noite QPM
14
2.8.2 Professores:
ManhãProfessor(a) Disciplina Vínculo
Adevanilson Pereira de Oliveira Geografia PSS
Aletheia Fernandes Grecco Língua Portuguesa/ Inglesa QPM
Antonio Rodrigues da Costa Geografia QPM
Alziro Martinez Ciências QPM
Aparecida Gomes Leite Petineli Geografia PDE QPM
Edina Francisca de Souza Inglês QPM
Edileuza dos santos Arte PSS
Fábio Dias Barcelos Educação Física QPM
Flávia Pires de Almeida História QPM
Ivani Batista de Oliveira Arte QPM
Ivanir Alves do Nascimento Reginato Inglês QPM
Ivone Watermann Alcantara Matemática QPM
Marli Lavorenti Ciências QPM
Keler Cristina Benedeti Língua Portuguesa QPM
Lidia Maria Martinez Língua Inglesa PSS
Marli Ferrarezi Jacomini Língua Portuguesa / apoio de Língua Portuguesa
QPMSCO2
Neuraci Aparecida Bandeira Matemática PDE (2012) QPM
Policena Rachi Theodoro Guimarães História SCO2
Sidneia Beliato Agostinelli língua Portuguesa QPM
Sedilene Tolotto Moreira Matemática/ apoio matemática PSS
Silvana Candea Baretta Língua Portuguesa QPM
Silvia Aparecida de Paula Alegria História QPM
Valdney Alves Magalhães Ciências QPM
Tatiane Gelini Machado Programa Segundo Tempo PSS
Vânia de Souza Ferreira Matemática QPM
Washington Lurders Educação Física QPM
15
Tarde
Professor(a) Disciplina Vínc.
Alziro Martinez Ciências QPM
Aletheia Fernandes Grecco Língua Portuguesa/ Inglês QPM
Edina Francisca de Souza Língua Inglês QPM
Edna Danziger Arte /Ensino Religioso QPM
Edna ferreira Fernandes Ollmann Língua Portuguesa QPM
Cleide Maria da Silva Ferrarezi Matemática QPM
Fábio Dias Barcelos Educação física QPM
Flávia Pires de Almeida História QPM
Ivani Batista de Oliveira (Viva e Escola) Arte QPM
Maria Conceição Lourenço Geografia QPM
Marcos Luiz Mesquiari Matemática QPM
Marcia Aparecida Araujo História QPM
Maria Ivone Santos Barbosa Matemática QPM
Marlene Rodrigues Rissi Matemática QPM
Marli Ferrarezi Jacomini SAA ( Língua Portuguesa) Ensino Religioso
QPM / SCO2
Neuraci Aparecida Bandeira Matemática SCO2
Policena Rachi Theodoro Guimarães História QPM
Regina Favorin Martins Espanhol QPM
Renato Lysyk Educação Física QPM
Rosangela Sampaio da Cruz Mano Sala de Recursos QPM
Sidneia Beliato Agostinelli Língua Portuguesa QPM
Telma Scamardi Furlan Língua Portuguesa QPM
Vania de Souza Ferreira Matemática QPM
Vanusa Guiselim Borges Língua inglesa PSS
Vera Lucia Gomes Ciência/ Apoio Matemática PSS
16
Noite
Professor (a) Disciplina Vínc.
Adevanilson P. Oliveira Geografia PSS
Aletheia Fernandes Grecco Língua Estrangeira Moderna -Inglês QPM
Ana Luiza Francisco Língua Portuguesa QPM
Aparecida Gomes Leite Petineli Readaptada QPM
Camila Correa Gabeloni Biologia PSS
Cristina Martinelli Química QPM
Edna Danziger Martinez Língua Portuguesa QPM
Erica Cristina da Silva Bueno Educação Especial (Professora Itinerante).
QPM
Fabio Dias Barcelos Educação Física QPM
Ivani Batista de Oliveira Arte QPM
Ivanir Alves do Nascimento Reginato Língua Estrangeira Moderna -Inglês QPM
Ivone Watermann Alcantara Física QPM
Izabel Rubias Dosso Geografia SC02
Maria Conceição Lourenço Geografia QPM
Marlene Rodrigues Rissi Matemática QPM
Marli Ferrarezi Jacomini Arte SCO2
Marli Lavorenti Soares da Silva Biologia PSS
Nanci Edilani Correa História QPM
Neuraci Aparecida Bandeira Matemática QPM
Regina Favorin Martins Espanhol QPM
Reinildes Leia Ruffo Filosofia / Sociologia SC02
Silvana Candeo Baretta Arte SCO2
Telma Scamardi Furlan Língua portuguesa QPM
Valdomiro Watermann Readaptado QPM
Valdney Alves Magalhâes Ciências QPM
Vania de Souza Ferreia Física SCO2
Washington Luders Educação Física QPM
17
2.8.3. Funcionários – Agente Educacional I e Agente Educacional II
Nome função vínculo
Almir Manoel da Silva Serviços Gerais QFEB
Adamair Aparecida Ferigato Técnico Administrativo QFEB
Aparecida Camarga de Moura Casquel Serviços Gerais QFEB
Creuza Maria Felli Técnico Administrativo QFEB
Dalva de Oliveira Gimenez Técnico Administrativo QFEB
Edilene Pires Vilela Técnico Administrativo QFEB
Ermides Elisabet Sirena Koike Técnico Administrativo QFEB
Eni Natal Fort Serviços gerais QFEB
Maria Aparecida de Godoi Técnico Administrativo QFEB
Maria de Fátima Rodrigues Rocha Serviços Gerais QFEB
Maria de Lourdes Dias Serviços Gerais CLT
Maria de Lourdes Rezende Serviços Gerais CLT
Marli de Fátima Nicoletti Técnico Administrativo QFEB
Valdenice B. Silva Serviços Gerais QFEB
Vanderlice Macambira da Silva Serviços Gerais QFEB
Vera Lúcia de Souza Moreira Técnico Administrativo QFEB
Priscilla Vieira Galbes Técnico administrativo PSS
3. CARACTERÍSTICAS DA COMUNIDADE ESCOLAR
Esta instituição educacional atende principalmente a comunidade do Jardim
Cruzeiro, centro da cidade, zona rural e outros bairros periféricos. Filhos de famílias
pertencentes à classe trabalhadora. A maioria provém das classes de baixa renda e
ocupam postos de trabalho no comércio local, no corte de cana e atividades
agropecuárias ou nas poucas indústrias existentes na cidade.
Muitos pais são trabalhadores braçais ou pertencentes ao mercado informal com
baixa escolaridade. A maioria são trabalhadores com remuneração abaixo de 03
salários mínimos.
18
4. UTILIZAÇÃO DOS ESPAÇOS ESCOLARES E DOS MATERIAIS DIDÁTICOS
PEDAGÓGICOS
O nosso colégio é de alvenaria, estando em bom estado de conservação. No
entanto, falta espaços físicos para atender a demanda, tais como banheiro para alunos
e professores, sala específica para hora atividade, anfiteatro, passarelas para acesso à
sala de aula, quadra esportiva e sala de multiuso.
O colégio dispõe de 12 salas próprias, sendo que no período da manhã todas
são utilizadas com turmas de 6º à 9º anos. E no período tarde são utilizadas 07 salas
com turmas de 6º à 9º anos, 01 turma de Sala de Recursos Multifuncional I, 01 turma de
Sala de Apoio à Aprendizagem de 6º e 7º ano, 01 turma de apoio a Aprendizagem 8º
9º ano, ambas bisseriadas e 01 Sala do Curso de Espanhol (Celem).
O colégio possui ainda, 01 sala de direção, 01 sala de professores, 01 secretaria,
03 salas pequenas de uso da Equipe pedagógica, 01 banheiro masculino e 01 feminino
de uso de professores e funcionários, 01 banheiro masculino e 01 feminino de uso dos
alunos com piso antiderrapante.
É utilizado como refeitório um espaço coberto, onde as mesas e bancos estão
em péssimo estado. Sendo pequeno para acomodar todos alunos sentados para tomar
a merenda.
Possui 02 quadras de esportes sendo 01 coberta, 01 biblioteca equipada com
mesas e cadeiras, 01 laboratório de Ciências, Física e Biologia e 01 sala que foi
construída para multiuso e adaptada para o laboratório de informática. Como o colégio
não possui outro espaço físico para ser utilizado como sala de vídeo com data show,
para uso do professor com alunos, reuniões pedagógicas, reuniões com pais e outros,
está sala, apesar de muito pequena, é também utilizada para os fins descritos.
O espaço livre do colégio, principalmente a quadra coberta, é utilizado pelos
alunos para descansar e brincar antes do início das aulas e no horário do recreio.
Alguns alunos utilizam o refeitório para fazer tarefas.
Os materiais de uso pedagógico são recursos utilizados pelos professores como
19
instrumentos para auxiliar o processo ensino aprendizagem.
O colégio dispõe de 01 Laboratório de informática com 20 computadores (Paraná
digital), sendo que não atende as necessidades de uma sala de mais ou menos trinta e
cinco alunos, pois sempre há computadores com problemas.
Equipamentos para laboratório de Ciências, Física, Química e Biologia contam
com 01 galileoscópio, aquecedor elétrico, 01 Phmetro, vidrarias, tripe, alça para balão
de ensaio, 01 balança digital, 01 torso humano, 03 microscópios grandes e 01
microscópio pequeno, todos sem condição de uso.
Materiais esportivos: 01 balança ,02 mesas de tênis, bolas de futebol, futsal, vôlei
e redes, algumas em péssimo estado.
Em cada sala de aula há uma TV Pendrive, totalizando 12 TVs, estando 01
inutilizada. Há ainda, 02 vídeo cassete, 01 DVD, 02 Data Show 02 rádio, em bom
estado de uso.
Temos jogos diversos que são utilizados principalmente pelas Salas de Apoio à
Aprendizagem e Sala de Recursos Multifuncional I.
Também dispomos de figurino utilizado pelo projeto de Teatro Estadual no Palco,
e alguns materiais de caracterização, porém insuficientes, pois seria necessária maior
reposição desses materiais e aquisição de mesa de som e iluminação para melhor
resultado.
5. REGIME ESCOLAR
O nosso colégio oferta o Ensino Fundamental Regular e Educação de jovens e
adultos- EJA Fundamental fase II e Ensino Médio presencial.
No ensino Fundamental Regular o tempo escolar é organizado por anos ( 6ª a 9ª
ano). E a organização curricular é por disciplina.
Na modalidade EJA, a organização Curricular é por disciplina -coletiva e
individual. Na organização coletiva será programada pela escola e oferecida aos alunos
por meio de um cronograma que estipula o período, dias e horário das aulas, com
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previsão de inicio e término de cada disciplina.
Na organização individual será programada pela escola e oferecida aos alunos
por meio de um cronograma que estipula os dias e horários das aulas, contemplando o
ritmo próprio do aluno, nas suas condições de vinculação à escolarização e nos
saberes já apropriados.
Citaremos a seguir o que consta no Regimento Escolar deste Estabelecimento
de Ensino em relação aos procedimentos pedagógicos, tais como classificação,
reclassificação, avaliação da aprendizagem, recuperação de estudos e aproveitamento
de estudo.
Seção V
Do Processo de Classificação
Art.84. A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que o
estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos
compatíveis com a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos por meios formais
ou informais, podendo ser realizada:
I. por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase
anterior, na própria escola;
II. por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou
do exterior, considerando a classificação da escola de origem;
III. independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para
posicionar o aluno na série, ciclo, disciplina ou etapa compatível ao seu grau de
desenvolvimento e experiência, adquiridos por meios formais ou informais.
Art.85. A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e
exige as seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos
profissionais:
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I. organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da escola
para efetivar o processo;
II. proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe
pedagógica;
III. comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado,
para obter o respectivo consentimento;
IV. arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;
V. registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.
Art.86. O processo de classificação na modalidade EJA poderá posicionar o
aluno, para matrícula na disciplina, em 25%, 50%, 75% ou 100% da carga horária total
de cada disciplina do Ensino Fundamental - Fase II e, no Ensino Médio, em 25%, 50%,
75% da carga horária total de cada disciplina, de acordo com a Proposta Pedagógica da
EJA.
Parágrafo Único - Do total de carga horária restante a ser cursada na disciplina,
na qual o aluno foi classificado, é obrigatória a freqüência de 75% na Organização
Coletiva e de 100% na Organização Individual.
Art.87. Na classificação com êxito, em 100% do total da carga horária, em todas
as disciplinas do Ensino Fundamental – Fase II, o aluno está apto a realizar matricula
inicial no Ensino Médio.
Parágrafo Único – revogado.
Art.88. O aluno, após o processo de classificação nas disciplinas do Ensino
Fundamental – Fase II e Ensino Médio, de acordo com o percentual de carga horária
avançada, terá as seguintes quantidades de registros de notas:
I – Língua Portuguesa, Matemática e Língua Portuguesa e Literatura, o aluno
classificado com:
a) 25%, deverá ter 4 (quatro) registros de notas;
22
b) 50%, deverá ter 3 (três) registros de notas;
c) 75%, deverá ter 2 (dois) registros de notas;
d) 100%, no Ensino Fundamental - Fase II, concluirá a disciplina.
II – Geografia, História, Ciências Naturais, Língua Estrangeira Moderna,
Química, Física e Biologia, o aluno classificado com:
a) 25%, deverá ter 3 (três) registros de notas;
b) 50%, deverá ter 2 (dois) registros de notas;
c) 75%, deverá ter 1 (um) registro de notas;
d) 100%, no Ensino Fundamental - Fase II, concluirá a disciplina.
III – Artes, Arte, Filosofia, Sociologia, Educação Física, o aluno classificado com:
a) 25%, deverá ter 2 (dois) registros de notas;
b) 50%, deverá ter 1 (um) registro de notas;
c) 75%, deverá ter 1 (um) registro de notas;
d) 100%, no Ensino Fundamental - Fase II, concluirá a disciplina.
Seção VI
Do Processo de Reclassificação
Art.89. A reclassificação é o processo pelo qual o estabelecimento de ensino
avalia o grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início do ano,
levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de
estudos compatíveis com sua experiência e desenvolvimento, independentemente do
que registre o seu Histórico Escolar.
Art.90. Cabe aos professores, ao verificarem as possibilidades de avanço na
aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e com frequência na série/disciplina,
dar conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma possa iniciar o processo de
reclassificação.
Parágrafo Único – Os alunos, quando maior, ou seus responsáveis, poderão
23
solicitar aceleração de estudos através do processo de reclassificação, facultando à
escola aprová-lo ou não.
Art.91. A equipe pedagógica comunicará, com a devida antecedência, ao aluno
e/ou seus responsáveis, os procedimentos próprios do processo a ser iniciado, a fim de
obter o devido consentimento.
Art.92. A equipe pedagógica do estabelecimento de ensino, assessorada pela
equipe do Núcleo Regional de Educação, instituirá Comissão, conforme orientações
emanadas da Secretaria de Estado da Educação, a fim de discutir as evidências e
documentos que comprovem a necessidade da reclassificação.
Art.93. Cabe à Comissão elaborar relatório dos assuntos tratados nas reuniões,
anexando os documentos que registrem os procedimentos avaliativos realizados, para
que sejam arquivados na Pasta Individual do aluno.
Art.94. O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica,
durante dois anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem.
Art.95. Na modalidade Educação de Jovens e Adultos, o estabelecimento de
ensino poderá reclassificar os alunos matriculados, considerando:
I. que o aluno deve ter cursado, no mínimo, 25% do total da carga horária
definida para cada disciplina, no Ensino Fundamental - Fase II e no Ensino Médio;
II. revogado
Parágrafo Único – Fica vedada a reclassificação na disciplina de Ensino
Religioso.
Art. 96 . O Processo de reclassificação na modalidade Educação de Jovens e Adultos,
poderá posicionar o aluno, em 25%, 50% ou 75% da carga horária total da cada disciplina do
24
Ensino Fundamental – Fase II e no Ensino Médio em 25% ou 50% da carga horária total de
cada disciplina.(NR)
I. revogado
II. revogado
III. tendo cursado 25% e avançado em 75% da carga horária total da disciplina
do Ensino Fundamental – Fase II, o aluno será considerado concluinte da disciplina.
Parágrafo único: Caso o aluno tenha cursado 25% ou mais da carga horária total da
disciplina do ensino médio, após reclassificado deverá cursar ainda, para conclusão da
disciplina, obrigatoriamente, no mínimo, 25% do total da carga horária. (NR)
Art.97. O resultado do processo de reclassificação será registrado em Ata
integrará a Pasta Individual do aluno.
Art.98. O resultado final do processo de reclassificação realizado pelo
estabelecimento de ensino será registrado no Relatório Final, a ser encaminhado à
Secretaria de Estado da Educação.
Art.99. A reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente cursada.
Seção VIII
Da Progressão Parcial
Art.107. A matrícula com progressão Parcial é aquela por meio da qual o aluno,
não obtendo aprovação final em até três disciplinas em regime seriado poderá cursá-las
subsequente e concomitantemente as séries seguintes.
Art.108. O estabelecimento de ensino não oferta aos seus alunos matrícula com
Progressão Parcial.
Parágrafo Único - As transferências recebidas de alunos com dependência em
até três disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de
estudos.
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Art.109. É vedada a matrícula de alunos em regime de Progressão Parcial nos
cursos de Educação Profissional técnica de nível médio com organização curricular
subsequente ao Ensino Médio (semestral) e nos cursos da modalidade Educação de
Jovens e Adultos.
Seção X
Da Avaliação da Aprendizagem, da Recuperação de Estudos e da Promoção
Art.117. A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento
pelo aluno.
Art.118. A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o
desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no
conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos.
Parágrafo Único - Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de
síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.
Art.119. A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas
expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola.
Parágrafo Único - É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um
único instrumento de avaliação.
Art.120. Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão elaborados
em consonância com a organização curricular e descritos no Projeto Político
Pedagógico.
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Art.121. A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o
acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação dos
alunos entre si.
Art.122. O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a
reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.
Art.123. Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos
durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu
desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma.
Art.124. Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o
período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
Art.125.A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do
nível de apropriação dos conhecimentos básicos.
Art.126. A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem.
Art.127. A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio
de procedimentos didático metodológicos diversificados.
Parágrafo Único - A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área
de estudos e os conteúdos da disciplina.
Art.128. A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em
27
uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
Art.129. O Sistema de Avaliação Bimestral será composto pela somatória da
nota 4,0(quatro) referente a atividades diversificadas dos conteúdos trabalhados; mais a
nota 6,0(seis) resultante de no mínimo 02 (duas) avaliações dos conteúdos
trabalhados, totalizando nota final de 10.0(dez).
Art.130. O estabelecimento proporcionará a Recuperação Bimestral com a
retomada de conteúdos utilizando metodologias e recursos diferenciados a todos os
alunos que não atingirem a nota integral, sendo:
I. ofertada recuperação dos valores 6,0(seis) e 4,0 (quatro) possuindo valor
substitutivo, valendo sempre a maior;
II. a recuperação é inerente a prática docente e é condição para a aprendizagem
e, desta forma deve acontecer durante todo o processo, com a retomada dos conteúdos
não apropriados dos valores 6,0 (seis) e 4,0 (quatro), não atingidos e poderá ser
registrada em um único instrumento de modo que o aluno possa atingir a nota máxima,
possuindo valor substitutivo, valendo sempre a maior.
Art.131. Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em
documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade
de sua vida escolar.
Parágrafo Único - Os resultados da recuperação serão incorporados às
avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente
do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de Classe.
Art.132. A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do
aluno, aliada à apuração da sua frequência.
Art.133. Na promoção ou certificação de conclusão, para os anos finais do
Ensino Fundamental a média final mínima exigida é de 6,0 (seis vírgula zero),
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observando a frequência mínima exigida por lei.
Art.134. Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental que apresentarem
frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual igual ou superior a
6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, serão considerados aprovados ao final do ano
letivo,como segue:
Média Final ou MF = 1ºB + 2ºB + 3º B + 4B = 60
4
Art.135. Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental serão considerados
retidos ao final do ano letivo quando apresentarem:
I. frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente do
aproveitamento escolar;
II. frequência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a 6,0 (seis
vírgula zero) em cada disciplina.
Art.136. A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de retenção
do aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar.
Parágrafo Único – Na modalidade Educação de Jovens e Adultos, o aluno que
optar, por frequentar as aulas de Ensino Religioso, terá a carga horária da disciplina
incluída no total da carga horária do curso.
Art.137. Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão
devidamente inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e expedição de
documentação escolar.
Art.138. Na modalidade Educação de Jovens e Adultos serão registradas de 02
(duas) a 06 (seis) notas por disciplina, que corresponderão a provas individuais escritas
e a outros instrumentos avaliativos adotados, aos quais, obrigatoriamente, o aluno
submeter-se-á na presença do professor.
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Art.139. Os registros de nota na Educação de Jovens e Adultos, para o Ensino
Fundamental - Fase II e Ensino Médio, constituir-se-ão de:
I. 06 (seis) registros de notas, nas disciplinas de Língua Portuguesa,
Matemática, Língua Portuguesa e Literatura;
II. 04 (quatro) registros de notas, nas disciplinas de História, Geografia, Ciências
Naturais, Língua Estrangeira Moderna, Química, Física, Biologia;
III. 02 (dois) registros de notas nas disciplinas de Artes, Arte, Filosofia,
Sociologia e Educação Física.
Art.140. Na modalidade Educação de Jovens e Adultos, o aluno deverá atingir
no mínimo a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de nota resultante das
avaliações processuais.
Parágrafo Único - O aluno que não atingir a nota 6,0 (seis vírgula zero) em
cada registro de nota terá direito à recuperação de estudos.
Art.141. Na modalidade Educação de Jovens e Adultos, a Média Final (MF)
para cada disciplina corresponderá à média aritmética dos Registros de Notas,
resultantes das avaliações realizadas.
Média Final ou MF = soma dos Registros de notas
número de Registros de Notas
Art.143. Para fins de promoção ou certificação, na modalidade educação de
Jovens e Adultos, a nota mínima exigida é 6,0 (seis virgula zero), em cada disciplina e
frequência mínima de 75% do total da carga horária de cada disciplina na organização
coletiva e 100% na organização individual.
Art.144. A idade mínima para a obtenção do certificado de conclusão do Ensino
Fundamental e do Ensino Médio na Educação de Jovens e Adultos é a estabelecida na
legislação vigente.
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Seção XI
Do Aproveitamento de Estudos
Art.145. Os estudos concluídos com êxito serão aproveitados.
Parágrafo Único – A carga horária efetivamente cumprida pelo aluno, no
estabelecimento de ensino de origem, será transcrita no Histórico Escolar, para fins de
cálculo da carga horária total do curso.
Art.146A. O aluno oriundo de organização de ensino por
série/período/etapa/semestre concluída com êxito poderá requerer aproveitamento de
estudos na Educação de Jovens e Adultos, apresentando a comprovação de conclusão
da série/período/etapa/semestre a ser aproveitada:
§1º – Para o Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio, o aproveitamento de
Estudos de série, período(s), etapa(s), semestre(s), concluídos com êxito,
equivalente(s) à conclusão de uma série do ensino Regular, será de 25% da carga
horária total de cada disciplina.
§2º – A última série/período/etapa/semestre, de cada nível de Ensino não será
aproveitada.
§3º – Considerando o aproveitamento de estudos, o aluno deverá curar a carga
horária restante de todas as disciplinas constantes na Matriz Curricular e obter as
seguintes quantidades de registro de nota, conforme tabela abaixo:
Ensino Fundamental – Fase II
Disciplinas/Carga Horária Total
% de aproveitamento de cada série(s) / período(s) / etapa(s) / semestre(s), Carga Horária a ser cumprida, Nº de Registros de notas
1 série ou correspondente =
25%
2 séries ou correspondentes =
50%
3 séries ou correspondentes = 75%
Língua Portuguesa
(272h/a)
204h/a, 4 registros de notas
136h/a, 3 registros de notas
68h/a, 2 registros de notas
Matemática (272h/a)
204h/a, 4 registros de notas
136h/a, 3 registros de notas
68h/a, 2 registros de notas
31
Ciências Naturais (192h/a)
144h/a, 3 registros de notas
96h/a, 2 registros de notas
48h/a, 1 registro de nota
História (192h/a)144h/a, 3 registros de
notas96h/a, 2 registros de
notas48h/a, 1 registro de nota
Geografia (192h/a)
144h/a, 3 registros de notas
96h/a, 2 registros de notas
48h/a, 1 registro de nota
LEM – Inglês (192h/a)
144h/a, 3 registros de notas)
96h/a, 2 registros de notas
48h/a, 1 registro de nota
Artes (64h/a)
48h/a, 2 registros de notas
32h/a, 1 registro de nota 16h/a, 1 registro de nota
Educação Física (64h/a)
48h/a, 2 registros de notas
32h/a, 1 registro de nota 16h/a, 1 registro de nota
Ensino Religioso *Disciplina de oferta obrigatória pelo Estabelecimento de Ensino e de matrícula
facultativa pelo educando.
Ensino Médio
Disciplinas/Carga Horária Total
% de aproveitamento de cada série(s) / período(s) / etapa(s) / semestre(s), Carga Horária a ser cumprida e Nº de Registros de notas
1 série ou correspondentes = 25% 2 séries ou correspondentes = 50%
Língua Port. e Literatura (208h/a)
156h/a, 4 registros de notas 104h/a, 3 registros de notas
Matemática (208h/a)
156h/a, 4 registros de notas 104h/a, 3 registros de notas
Biologia (128h/a) 96h/a, 3 registros de notas 64h/a, 2 registros de notas
Física (128h/a) 96 h/a, 3 registros de notas 64h/a, 2 registros de notas
Química (128h/a) 96 h/a, 3 registros de notas 64h/a, 2 registros de notas
História (128h/a) 96h/a, 3 registros de notas 64h/a, 2 registros de notas
Geografia (128h/a) 96 h/a, 3 registros de notas 64 h/a, 2 registros de notas
LEM – Inglês(128h/a)
96 h/a, 3 registros de notas 64h/a, 2 registros de notas
Arte(64h/a)
48h/a, 2 registros de notas 32h/a, 1 registro de nota
Filosofia(64 h/a)
48h/a, 2 registros de notas 32h/a, 1 registro de nota
Sociologia(64 h/a)
48h/a, 2 registros de notas 32h/a, 1 registro de nota
Educação Física (64h/a)
48h/a, 2 registros de notas 32h/a, 1 registro de nota
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6. OBJETIVOS GERAIS:
Viabilizar através do Projeto Político Pedagógico, uma gestão democrática,
possibilitando não apenas a execução das ações, mas sobretudo os espaços de
participação, de tomada de decisões e atuação no planejamento, acompanhamento e
avaliação da escola e das atividades desenvolvidos nela, por todos os envolvidos no
processo educativo.
Promover educação de qualidade através de uma gestão democrática,
garantindo as condições e os apoios necessários para que a prática pedagógica
contribua para superação das dificuldades, a formação do cidadão capaz de reconhecer
seus deveres e direitos e através do conhecimento, assumir como sujeito capaz de
contribuir para a transformação de sua realidade histórica.
Nossas práticas e as ações pedagógicas terão como princípios norteadores as
Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, para ao atendimento do Ensino
Fundamental e a modalidade EJA - Educação de Jovens e Adultos.
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7. MARCO SITUACIONAL
A educação pública sempre foi negligenciada pelas autoridades. O fracasso
escolar que hoje ronda a escola pública é fruto de uma política educacional própria dos
países que não investem o suficiente em educação. A falta de políticas para a educação
pública é uma questão histórica que se arrasta desde a época do Brasil Colônia e do
Brasil Império, ocorrendo também na Primeira República e assim continuou; nunca
houve investimentos suficientes para a formação escolar da classe trabalhadora.
Esses problemas afetam de forma desastrosa a sociedade contemporânea que
passa por constantes transformações de caráter social, político e econômico, originados
em pressupostos neoliberais e na globalização da economia que têm norteado as
políticas governamentais nos países em desenvolvimento.
Tal realidade corrobora para que, tanto os professores como os alunos, sofram
todos os prejuízos. Assistimos perplexos, os altos índices de doenças entre os
professores da rede pública que cresce cada vez mais. Muitos são os professores
afastados e readaptados, por esgotamento físico e mental, entre outros problemas.
Os inúmeros problemas educacionais há muito, são motivos de ampla discussão
na sociedade, assim como a urgência em definir esforços coletivos para vencer as
barreiras que impossibilitam a construção de uma escola que eduque de fato para o
exercício pleno da cidadania e seja instrumento real de transformação social
Este colégio em 2011 recebeu um grande número de alunos com defasagem
nos conteúdos básicos das séries iniciais do ensino fundamental que vieram da 4ª
série. Vários deles, não alfabetizados, demonstrando dificuldade em escrever o próprio
nome e sem noções básicas de raciocínio lógico matemático. Mesmo com todo
trabalho desenvolvido pelos professores equipe pedagógica e direção bem como salas
de apoio a aprendizagem, sala de recursos Multifuncional I, retomada de conteúdo
entre outros, ainda assim, o número de reprovas foram mais elevado em comparação
com 2010, subindo de 2,26% para 2,48% de alunos reprovados por conteúdo e 1,32%
para 1.77% a evasão/ abandono ( frequência, conteúdo). O índice de aprovação pelo
34
conselho de classe, também subiu de 10,9% para 13.67%. Ressaltamos que alguns
dados tiveram uma pequena elevação, mas isto, não desconfigura o trabalho sério que
toda a comunidade escolar desenvolve ao longo do ano, neste estabelecimento de
ensino.
Com relação aos 67 alunos que frequentaram a Sala de Apoio à Aprendizagem
na disciplina de Língua Portuguesa dos 6º anos, 11,94% foram aprovados pelo
conselho de classe, 4,47% foram reprovados e 7,46% desistiram. Na disciplina de
matemática, dos 66 alunos, 10,60 foram aprovados pelo conselho de classe, 4,54%
foram reprovados e 15,15% desistiram.
Temos ainda, os alunos que frequentaram as salas de apoio à aprendizagem do
9ºano na disciplina de Língua Portuguesa, onde dos 43 alunos 6,97% foram aprovados
pelo conselho de classe, 30,2% desistiram. Não houve alunos com reprovas. Na
disciplina de matemática, dos 42 alunos 7,14% foram aprovados pelo conselho de
classe e 30,95% desistiram. Não houve reprovas.
A Sala de Recursos Multifuncional I atendeu 12 alunos, onde 33,3% foram
aprovados pelo conselho de classe. Um (01) aluno reprovado, não houve caso de
abandono.
Os resultados finais têm mostrado avanços significativos no ensino
aprendizagem dos alunos que frequentaram os serviços da Sala de Recursos
Multifuncional I e Apoio à Aprendizagem. No entanto, poderia ser melhor, se os pais ou
responsáveis assumissem junto à escola a responsabilidade pela frequência, este um
dos maiores problemas enfrentado pela escola, mesmo diante de um trabalho de
conscientização. Percebe-se que alguns pais, veem com certa resistência o ingresso
dos filhos a estes serviços, às vezes, por não reconhecer a necessidade e ou não terem
autoridade sobre o filho com relação à frequência, considerando ser este, mais um
compromisso em acompanhá-lo.
Embora tenha diminuído o índice de aprovação pelo conselho de classe, este é
um trabalho árduo que precisa ainda, e sempre, de ações concretas para que resulte
em avanços significativos no ensino e aprendizagem dos conteúdos pelos alunos.
35
No conselho de classe, os alunos que apresentam baixo rendimento em uma ou
mais disciplinas, é analisado os avanços obtidos durante o ano, bem como as ações
realizadas como a forma de recuperação de conteúdos, os serviços de apoio
pedagógico oferecidos em período contrário, quando possível, e a condição que o
mesmo tem ou não de acompanhar a série seguinte, decidindo pela aprovação ou
reprovação.
O índice de abandono, tem diminuído consideravelmente nos últimos anos,
graças ao trabalho de parceria entre direção, equipe pedagógica, professores e
representantes de turmas que não tem medido esforços no controle das faltas dos
alunos. Esgotadas as possibilidades do colégio, o Conselho Tutelar através da Ficha
Fica, tem contribuído de maneira significativa no resgate do aluno que evade ou com
muitas faltas alternadas.
No conselho de classe realizado durante o ano, são analisados os dados e
informações obtidos no pré- conselho feito com professores e alunos. A principal
finalidade é diagnosticar e discutir os encaminhamentos pedagógicos para enfrentar os
problemas evidenciados pelo coletivo escolar. Existe ainda, resistência de alguns
professores que querem falar de indisciplina, ou ficam presos na recuperação de
instrumentos e notas, não de conteúdos. No entanto, com o trabalho de estudo e
reflexão que vem sendo realizado pela Equipe Pedagógica, bem como, a formação
continuada que os professores tem recebido, tem demonstrado avanços na
compreensão sobre avaliação e conselho de classe.
Nas discussões realizadas durante a Semana Pedagógica (agosto de 2010),
foram interpretados, analisados e refletidos também sobre os dados do IDEB, onde
alguns aspectos foram considerados na reflexão. O que se observou que mesmo o
colégio estando com a média acima da meta do Paraná e com a média entre as
melhores do Município, alguns indicadores da Prova Brasil como a queda na média da
disciplina de matemática e crescimento gradativo, mas insuficiente na disciplina de
Língua Portuguesa, demonstra um resultado aquém da média do Paraná. Tal
diagnóstico levou a comunidade escolar a intensificar as ações pedagógicas para
36
melhorar o processo ensino aprendizagem, focando o trabalho na leitura e resolução de
problemas em todas os anos e disciplinas de acordo com as Diretrizes Curriculares
Organizadoras.
Mesmo com avanço na questão da formação continuada e salário dos
profissionais da Educação, muito ainda temos para conquistar, pois os problemas
sociais, familiares, indisciplina, violência, desinteresse e falta de expectativas, bem
como, professores com aulas em vários colégios, entre outros, torna -se desgastante o
trabalho docente.
Não podemos negar a escola real que temos, nem cruzar os braços na espera de
uma escola ideal. Devemos construir nosso Projeto Político-Pedagógico para uma
escola “viva”, para o “aqui agora”. Uma escola que necessita contrapor ao atual modelo
gerador de desigualdades e exclusão social, que impera nas políticas educacionais de
inspiração neoliberal.
A escola é responsável pela promoção do desenvolvimento do cidadão. Portanto,
faz-se necessário, definir que cidadãos desejamos formar. Temos que pensar na
formação de um indivíduo crítico e consciente de seus direitos e deveres, capacitando-
os a viverem plenamente a cidadania. Sendo também nosso compromisso, definir as
mudanças que julgamos necessárias nessa sociedade; romper com conceitos pré-
estabelecidos, desfazendo a ideia de superior e inferior.
Apesar de algumas dificuldades encontradas como a compatibilidade de horário
de trabalho com as atividades escolares, podemos afirmar que em nosso Colégio, a
participação das instâncias colegiadas é razoável. Pois, na medida do possível, estão
presentes na organização e participação dos eventos, nas ações educativas sempre
procurando a melhoria da qualidade da instituição escolar.
O Projeto Politico Pedagógico traz o diagnóstico da escola e sua prática
pedagógica, tendo como parte integrante a Proposta Pedagógica Curricular que
organiza os conhecimentos e os encaminhamentos metodológicos por disciplina.
O plano de trabalho docente é a representação escrita do trabalho a ser
efetivado pelo professor em sala de aula por série, turma e bimestre. Para elaboração e
37
efetivação do Plano de Trabalho Docente, o professor precisa conhecer, estudar e ter
clareza da proposta contida nas Diretrizes Curriculares. Mas nem sempre isso ocorre,
pois alguns professores não conhece profundamente a Diretriz Curricular da sua
disciplina. Estes problemas se agravam, quando professores “novos” assumem aulas
de substituição sem conhecimento das Diretrizes Curriculares Estaduais, Proposta
Pedagógica Curricular e demais documentos da escola e principalmente a disciplina
em sala de aula. Este desconhecimento dificulta na elaboração do Plano de Trabalho
Docente e no trabalho a ser desenvolvido em sala de aula.
Outro problema enfrentado todo ano na semana pedagógica, é a dificuldade dos
professores em participar efetivamente da capacitação. Pois muitos deles ficam
preocupados em escolher vaga e ou assumir o concurso, que ocorre quase sempre
neste período. Sem contar, a demora na definição das ordens de serviço e contratação
de Professores PSS, que assumem aulas muitos dias após o início do período letivo,
comprometendo o trabalho de discussão sobre o Projeto Político Pedagógico, Proposta
Pedagógica Curricular e elaboração do Plano de Trabalho Docente.
Para discutir e trabalhar a diversidade Cultura Afro-Brasileira e Indígena, bem
como os desafios educacionais contemporâneos é necessário que o professor, entenda
que são marcos legais, determinados pela cobrança dos movimentos sociais. Assim, as
discussões dessas demandas devem fundamentar o trabalho do professor no resgate
da função social da escola, e não apenas citar no Plano de Trabalho Docente. Sabemos
das dificuldades de alguns professores no trato desses temas e conteúdos numa visão
de totalidade. Muitos por falta de conhecimento e fundamentação, não consegue fazer
recorte do conteúdo para explicação de fatos sociais de várias formas. Nesse sentido, o
trabalho da Equipe multidisciplinar vem subsidiar o trabalho pedagógico a ser
desenvolvido na escola com relação aos temas. Onde as ações a serem desenvolvidas
pela equipe multidisciplinar e o coletivo escolar, estão prevista no Plano de Ação da
mesma.
A escola dispõe de recursos que auxiliam os professores e equipe pedagógica
em suas praticas pedagógicas como a TV Paulo Freire ( instalada com vídeo na sala
38
dos professores), Paraná Digital onde os professores acessam a Internet e utilizam os
conteúdos do Portal dia-a-dia educação, TV Pendrive e diversos jogos. No entanto,
alguns professores têm dificuldades em lidar com as tecnologias.
A biblioteca do Colégio disponibiliza de livros didáticos, literaturas e dicionários
para serem usados em pesquisas e leituras em sala de aula, e na própria biblioteca,
utilizando o espaço com mesas e cadeiras para acomodar os alunos nas atividades,
sendo agendado previamente pelo professor. Apesar da biblioteca não estar
informatizada, procura- se mantê-la em ordem e organizada para melhor atender os
professores , alunos e a comunidade.
O colégio é mantido com recursos financeiros do Fundo Rotativo e PDDE, que
são verbas destinadas para despesas, utilizadas de acordo com as instruções de cada
programa. No entanto, estes recursos são insuficientes para atender todas as
necessidades do colégio, exigindo do gestor verdadeiro malabarismo na administração
dos recursos.
O tempo escolar é organizado por ano e disciplinas, conforme a Matriz Curricular
do Ensino Fundamental Regular e do Ensino de Jovens e Adultos – EJA – Fundamental
fase II e Médio – presencial.
As turmas do Ensino Fundamental Regular são formadas de acordo a com
disponibilidade de vagas por período, respeitando a escolha pela família, quando
possível.
A procura de vagas é maior para o período matutino, sendo assim, a preferência
é dada aos alunos que já estudam no colégio, nesse período e ou a ordem de chegada
para matrícula. Casos específicos são tratados isoladamente.
A organização da hora atividade, é estabelecida de acordo com a Instrução nº
02/04 por disciplina, que em partes, vem atender um problema existente nas escolas
que é facilitar encontros com outros professores e equipe pedagógica para troca de
experiências e fundamentação teórica.
Ainda não seguimos cumprir na totalidade a organização da H.A atividade de
acordo com a orientação (Instrução), mas temos avançado. Pois temos vários
39
professores com aulas extraordinárias, aulas em outros colégios e professores PSS,
tendo que organizar a H.A, também de acordo com a disponibilidade do horário das
aulas de cada professor. Isso causa algumas dificuldades quanto ao trabalho
pedagógico de orientação e intervenção da Equipe Pedagógica, pois não se consegue
realizar um trabalho coletivo, exigindo do pedagogo mais tempo para a realização do
mesmo.
Há que se destacar que a compreensão dos objetivos deste tempo disponível no
horário de trabalho do professor, requer um trabalho consciente da direção, professores
e equipe pedagógica.
Sabemos da importância do pedagogo no direcionamento e organização das
ações pedagógicas, nos conselhos de classes, hora atividade, nas reuniões
pedagógicas e outros. Entretanto, mesmo diante da formação continuada e cursos de
capacitação realizados pela SEED, enfrentamos dificuldade em realizar um trabalho
mais qualificado, sendo que nos faltam ainda embasamento teórico e maior
conhecimento dos conteúdos e encaminhamentos metodológicos das DCEs.
A distribuição de aulas para os professores, obedece o critério do nº de aulas
atribuídas a cada padrão de acordo com a Resolução 196/10.
No entanto, conciliar na distribuição de aula, os aspectos legais e critérios
pedagógicos de acordo com a proposta da escola, não é uma tarefa fácil ao diretor e a
equipe pedagógica. Sendo que há professores em licença médica, ou que irão usufruir
licença especial, professor PDE ou com ordem de serviço e outros.
Outro problema é que a SEED não libera substituto para licença especial de
professor (a) pedagogo (a), o que acarreta sobrecarga de trabalho prejudicando a
efetivação da ação pedagógica.
Para a efetivação do trabalho pedagógico é preciso contar com o coletivo, mais
precisamente do corpo docente. Quando um professor precisa faltar e não foi previsto
anteriormente, causa transtornos na rotina escolar, porque muitas vezes o pedagogo
atende a turma e deixa a sua função, o que sobrecarrega e compromete o trabalho a
ser desenvolvido.
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O colégio busca pautar a relação de trabalho no compromisso de todos os
envolvidos no processo pedagógico. No entanto, nas reuniões bimestrais com
professores, funcionários, equipe pedagógica e direção, realizadas durante o ano, não
raramente, enfrentamos problemas com relação à participação dos professores Pois
alguns trabalham em outras escolas (estaduais, municipais e outras). E outros que não
se mostram interessados em discutir alternativas pedagógicas para os problemas do
cotidiano escolar.
Quando refletimos sobre qualidade da educação, esta necessariamente, passa
pela formação do professor, direito adquirido na LDB e oportunizado pela SEED.
Este ano teremos ainda, dois professores PDE um na disciplina de matemática
e geografia desenvolvendo seu Plano de Intervenção Pedagógica neste
estabelecimento de ensino..
No entanto, alguns professores, principalmente em final de carreira, não veem
importância em atualizar- se e discutirem propostas de enfrentamento dos desafios da
atualidade na educação pública.
Em nosso colégio ocorre o processo de inclusão há alguns anos, com uma Sala
de Recursos Multifuncional I que atende alunos com Deficiência Intelectual,
Transtornos Funcionais Específicos, Deficiência Física Neuromotora e Transtornos
Globais do Desenvolvimento em contra turno no período vespertino.
Em relação à estrutura física, a mesma é deficitária para atender portadores de
necessidades educacionais, pois não possui rampas de acesso às salas de aula,
laboratório de informática e quadra esportiva. As portas das salas e banheiros são
estreitas e não possui barras de segurança nos banheiros. Quanto ao espaço físico das
Salas de Recursos Multifuncional I, este colégio não conta com sala exclusiva para sala
de recursos, pois em outro horário, a mesma é utilizada com alunos do ensino regular.
Este fato compromete o trabalho pois dificulta em mobiliar (móveis, equipamentos
tecnológicos e outros) e adaptar com espaço de leitura tendo que na maioria das vezes
retirar os alunos para realizar atividades relativas, em outro espaço.
Com a ampliação de mais um ano na duração do ensino fundamental, traz para
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escolas um novo olhar na questão de reorganização dos espaços, tempos e
readequação da proposta pedagógica e formação dos professores.
A conclusão das séries iniciais, representa para a maioria um marco na história
de vários estudantes, pois além das mudanças corporais, o aluno enfrenta mudanças
de escola, de expectativas, “novos” amigos e professores, regras e tempo determinado
para cada disciplina. São mudanças significativas para os alunos, pais e toda
comunidade escolar.
Todo inicio de ano é levantado pelos professores através da avaliação
diagnóstica dos 6º anos, alunos que apresentam defasagens de conteúdos, na leitura,
escrita e cálculos básicos, dificultando assim a aprendizagem de um modo geral. Estas
dificuldades demandam em ações por parte da equipe pedagógica e professores que
precisam discutir e pensar em intervenções pedagógicas. Algumas relacionadas ao
encaminhamento pedagógico dos conteúdos em sala de aula e intervenções individuais
aos alunos. E outras, encaminhamento à Sala de Apoio à Aprendizagem nas disciplinas
de Língua Portuguesa e/ou Matemática e Sala de Recursos para os alunos egressos de
Sala de Recursos de 1º ao 5º ano, ou encaminhamentos para avaliação no contexto es
colar dos alunos que apresentam necessidades educativas especiais.
Com relação à frequência dos alunos no Programa de Complementação
Curricular de Contraturno, Estadual no Palco , não há problemas, pelo contrário, a
professora não consegue atender a demanda, muitos ficam na lista de espera.
A maior dificuldade é um espaço físico apropriado, como um anfiteatro ou um
auditório, local adequado para as oficinas de expressão vocal e corporal, bem como
para apresentações artísticas. O espaço se justifica principalmente, porque o projeto
Estadual no Palco é realidade no colégio desde 2002, destinado aos alunos que
querem se aprofundar nessa modalidade artística com oficinas de expressão corporal,
vocal e técnicas apropriadas a linguagem teatral. Montagem de peças curtas e ou
espetáculos diversos com apresentações à comunidade escolar, municipal e
intermunicipal. Participações em eventos regionais e estaduais, com um grupo de
alunos veteranos que em 2009 foram os Performáticos do Fera Com Ciência. Com
42
esses trabalhos, o colégio contribui para melhorar as dificuldades no processo de
ensino-aprendizagem, valorizando o ser humano nas suas diferenças e potencialidades.
Este ano terá continuidade o Programa de Complementação Curricular de Contra turno
na disciplina de Arte Estadual no Palco.
O colégio conta também com um Centro de Ensino de Línguas Estrangeiras
Modernas (CELEM) no idioma Espanhol, que atende aos alunos do próprio colégio de
outras escolas públicas do município e membros da comunidade. O ensino da Língua
Espanhola vem de encontro às necessidades locais, devido à proximidade do município
com as fronteiras Argentina e Paraguai. É uma língua bastante procurada por sua
similaridade ao português.
As dificuldades estão relacionadas à demanda insuficiente de matriculas para
membros da comunidade, alunos que desistem após passarem no vestibular, pois
trabalham durante o dia e vão fazer faculdade à noite, como também a falta de
material didático pedagógico.
Dentre as atividades de complementação curricular de contraturno, temos
também funcionando no colégio, três turmas do Projeto Segundo Tempo. Este projeto
contribui no sentido de oferecer atividades que contribuir na ampliação do
conhecimento e socialização, melhora o rendimento escolar diminui a evasão e o
tempo ocioso, evitando que os mesmos se envolvam em situações de risco, entre
outras. Claro que a escola enfrenta algumas dificuldades como a desistência de alguns
alunos, falta de maior envolvimento e interesse dos pais, principalmente com os alunos
que mais precisam.
Temos também, a questão do espaço físico que na maioria das vezes, são
espaços não coberto principalmente no período da tarde não sendo tão adequado,
devido às altas temperaturas ( sol ou frio).
Os alunos da EJA são jovens, adultos e idosos que não obtiveram escolarização
ou não deram continuidade aos seus estudos por fatores sociais, econômicos, políticos
e/ou culturais. Dentre esses fatores, destaca -se o ingresso prematuro no mundo do
trabalho, a evasão ou a repetência escolar do ensino regular, a maternidade precoce,
43
entre outros. Em sua grande maioria são trabalhadores pertencentes ao mercado
informal e principalmente braçal, poucos são os que trabalham no comércio ou
indústrias locais.
Ainda que dispostos a estudarem é visível nos alunos da EJA, o cansaço e a
dificuldade de concentração nas atividades de sala de aula depois de um dia de
trabalho exaustivo. Mesmo com a flexibilidade dessa modalidade, alguns alunos, levam
um tempo maior para concluir os estudos, devido à carga horário extensa e/ou turnos,
alternados de trabalho. No entanto, a dedicação e o interesse desses alunos ameniza
estes problemas.
A partir do ano de 2012, tendo como base a Instrução Nº 16/2011 –
SUED/SEED, este Colégio contará com Serviço de Apoio Especializado, Sala de
Recursos Multifuncional I, para atender alunos da Educação de Jovens e Adultos –
EJA, egressos de Salas de Recursos, Classe Especial e Escola de Educação Especial.
Este serviço tem como objetivo apoiar o sistema de ensino com vistas a
complementar a escolarização de alunos com deficiência intelectual, deficiência física
neuromotora, transtornos funcionais específicos e transtornos globais do
desenvolvimento.
Dentre os programas, a escola conta com a Patrulha Escolar Comunitária que
tem atuado em parceria com a escola e família de maneira significativa, desenvolvendo
um trabalho de prevenção a atos infracionários e envolvimento de alunos em conflitos.
Diante da realidade exposta, a educação ofertada pelo nosso colégio,
proporciona apropriação de conceitos como condição para a participação do aluno na
vida social, inclusive com a intenção de melhorar sua condição de vida.
A partir dessas premissas buscaremos ter, na sala de aula, um professor
mediador entre o sujeito e o objeto do conhecimento, e assim, o conhecimento deixa de
ter um caráter estático e passa a ter um caráter significativo para o aluno. Nele, não
caberá um professor livresco, tecnicista, preocupado somente com provas e notas,
mas, sim, um professor mais humano, ético, justo, solidário que se preocupe com a
aprendizagem; um profissional com competência política e técnica.
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Acreditamos que “a escola que se abre à participação dos cidadãos não educa
apenas as crianças que estão na escola. A escola cria comunidade e ajuda a educar o
cidadão que participa da escola, e esta passa a ser um agente institucional
fundamental do processo da organização da sociedade civil” (Weffort).
Através do marco situacional exposto, temos um Projeto Político Pedagógico que
deve ser posto em prática considerando todos os aspectos acima mencionados, sem
criar um descompasso entre o que se pensa e diz e o que se tem feito. Buscar-se-á
sempre a coerência, a clareza, a organização e a participação. Sintonizadas com os
grupos envolvidos o colégio, ou seja, com a comunidade, os alunos, professores, pais e
funcionários.
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8. MARCO CONCEITUAL
Com base nas discussões realizadas para a construção do Projeto Político
Pedagógico, em uma filosofia de educação com uma abordagem Sóciocultural de
ensino, dando ênfase em uma proposta pedagógica que tenha o compromisso não de
manter a sociedade injusta, mas de transformá-la. Para tanto, é necessário
compreender os condicionantes sociais e a visão de que a sociedade exerce
determinação sobre a educação e esta reciprocamente interfere sobre a sociedade
podendo contribuir para a sua transformação, princípios estabelecidos pela pedagogia
histórico-crítica.
Baseados nesses princípios definimos nossas concepções:
Aprendizagem:
Algo que ocorre no indivíduo e é realizado por ele, cabendo aos responsáveis
pelo processo educativo a compreensão de que cada sujeito aprende de modo distinto.
Avaliação:
A avaliação é um processo necessário em todas as atividades propostas pela
escola, em razão disso, precisa contemplar nas discussões e tomadas de decisões a
participação de todos que nela atuam.
Para melhoria do ensino e a busca da qualidade da educação, é imprescindível
compreender que a avaliação subsidia e direciona o professor a tomar decisões em
relação à continuidade do trabalho pedagógico no sentido de garantir a aprendizagem
e o domínio do conhecimento.
A avaliação não começa e nem termina na sala de aula, é um processo que
deve estar amparado ao projeto de escola – Projeto Político Pedagógico (PPP), na
Proposta Pedagógica Curricular (PPC), Regimento Escolar e Plano de Trabalho
Docente (PTD).
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Recuperação de Estudos:
Consiste na retomada de conteúdos, sendo este, concomitante ao processo
educativo durante o ano, tendo como ponto de partida: o saber que o aluno domina, o
ensino e as estratégias de ensino.
Os diferentes instrumentos de avaliação devem ser usados metodologicamente
para ensinar, aprender e diagnosticar os conteúdos que precisam ser retomados e
reavaliados. A recuperação, no entanto, não é para recuperar os instrumentos, mas
sim, o domínio dos conteúdos pelos alunos que não se efetivaram dentro do planejado
e expectativas pedagógicas do professor.
O Pré- Conselho de Classe:
Geralmente, ocorre no meio do bimestre, onde a equipe pedagógica junto aos
professores e alunos, fazem o diagnóstico dos avanços e limites e no coletivo discutem
as ações e o redirecionamento do processo ensino aprendizagem.
Conselho de classe:
O conselho de classe deverá possibilitar a inter-relação de profissionais e alunos,
propiciar o debate sobre o processo de ensino e de aprendizagem. È um momento em
que se encontram para discutir o desempenho dos alunos e o trabalho pedagógico.
Nele se deve favorecer a aprendizagem e sequencia dos conteúdos curriculares de
cada turma e orientar o processo de gestão do ensino. Um momento de reflexão para
se discutir as dificuldades de ensino e de aprendizagem, retomada dos conteúdos
curriculares, metodologias empregadas, enfim, da própria proposta pedagógica da
escola para se adequar às necessidades dos alunos.
Pós conselho:
É o momento em que as decisões e ações tomadas no conselho de classe,
diante dos “problemas” discutidos, precisam ser socializadas com os alunos, pais ou
responsáveis, professores, Direção, Equipe pedagógica e funcionários.
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Alfabetização e Letramento
Historicamente o conceito de alfabetização tem se tornado insatisfatório para
responder adequadamente às demandas da sociedade. Pois a leitura e escrita de
forma mecânica não garante que o indivíduo venha a entender os os diferentes
significados e usos das palavras em contextos diferentes.
Assim, alfabetizar e letrar é promover o indivíduo na socialização da gramática,
suas variações e codificação de forma que o sujeito compreenda e faça hábito de
utilização da leitura e escrita.
Ler e escrever de forma adequada e eficiente, diferentes gêneros exige do
professor um jeito diferente de conduzir o processo ensino aprendizagem considerando
cada sistema de escrita, assim como o ritmo de aprendizagem de cada aprendiz/ aluno.
Cabe a escola buscar superar a distancia e fragmentação entre a educação
infantil, ensino fundamental anos iniciais, finais e ensino médio, contemplando na
Proposta Pedagógica da escola, no Plano de Trabalho Docente do professor conteúdos
que se articulam de forma ampliada e gradativa a compreensão e avanço da
alfabetização/letramento.
Inclusão e Diversidade:
A democracia na escola se fundamenta, sobretudo quando evidência e se
especializa em todos os alunos, não apenas em alguns deles.
Incluir é trazer a diversidade humana em sua totalidade para o espaço escolar,
respeitando as necessidades sem transformar em desigualdades.
Atender as especificidades socioculturais de crianças, adolescente, jovens,
adultos, idosos, Portadores de Necessidades Especiais e outros. Implica em práticas
pedagógicas e políticas públicas que não podem ser a mesma para todos.
Dentro do novo enfoque curricular apresentado pela educação inclusiva, o
Colégio Estadual de Cruzeiro do Oeste, considera que cada estudante aprende de
forma diferente e que cabe à escola identificar as barreiras à aprendizagem e encontrar
caminhos para superá-las, conhecendo os contextos em que as dificuldades se
48
manifestam.
Educação de Jovens e Adultos (EJA):
Modalidade educacional que atende aos alunos jovens, adultos e idosos
trabalhadores tendo como finalidades e objetivos, o compromisso com a formação
humana e com o acesso à cultura geral, de modo a que os alunos venham a participar
política e produtivamente das relações sociais, com comportamento ético e
compromisso político através do desenvolvimento da autonomia intelectual e moral.
Para concretização de uma prática de gestão administrativa e pedagógica
voltada à formação humana, é necessário que o processo ensino aprendizagem, na
Educação de Jovens e Adultos seja coerente com o seu papel na socialização dos
sujeitos, agregando elementos e valores que os levem à emancipação e a afirmação
de sua identidade cultural; o exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um
processo cognitivo, crítico e emancipatório, com base em valores como respeito mútuo,
solidariedade e justiça; os três eixos articulados do trabalho pedagógico com jovens,
adultos e idosos- cultura, trabalho e tempo.
Homem:
Sujeito da educação, um ser concreto, situado no espaço e tempo, inserido em
um contexto histórico que através da interação com o mundo deverá desenvolver-se e
tornar-se sujeito de sua práxis.
Mundo
O mundo é o conjunto de toda criação, é o universo, a terra , a sociedade com
suas regras e preconceitos.
Sendo assim, o mundo materialmente falando é composto por uma imensa
biodiversidade, a maior parte já explorada e habitada pelo homem; ser com grande
capacidade de pensar, aprender e agir.
Pensando na Educação, está tem contribuído para pesquisas que avançaram
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nas descobertas para aliviar o sofrimento da humanidade, tanto na área biológica como
dos grandes inventos.
Esses avanços tem modificado os valores e exigem uma reformulação profunda,
em favor dos oprimidos, desprovidos de forças para lutar, que inconscientes, a procura
de um mundo melhor, se corrompem.
Cidadania:
Principio básico para a educação atual, refere-se a atitudes críticas de reflexão
através do comprometimento com a ação.
Conhecimento:
Algo construído historicamente pelos homens em respostas encontradas aos
desafios postos ao longo de sua existência. Não é algo estático e sim elaborado e
reelaborado através do pensamento e da prática.
Concepção de Infância e adolescência
Historicamente tanto na literatura pedagógica quanto a legislação, o conceito de
infância tem sofrido transformação o que tem influenciado as políticas educacionais. Por
isso, discutir e compreender o conceito de infância nos aspectos físicos, psicológico,
intelectual, social e cognitivo é essencial no coletivo da escola para determinar o
trabalho pedagógico a ser desenvolvido no ambiente escolar, com estas crianças, ser
histórico e social, que constrói e reconstrói seus conhecimentos.
Assim como a infância, a adolescência é uma fase que determina a passagem da
vida que é a infância para outra que não é considerada adulta, porém não é mais
criança, mas é um período da vida do ser humano, onde vai descobrindo a si mesmo e
aos outros, construindo sua personalidade e os seus projetos de vida pessoal.
Esse período caracterizado por alterações físicas, psíquicas e sociais, marca
uma fase cheia de questionamentos e instabilidade, que é a busca da diferença, o
desejo de impactar, provocar e contrariar, ou seja, a busca intensa “ de si mesmo” e da
50
própria identidade.
Os aspectos físicos da adolescência (crescimento, maturação sexual) são os
componentes da puberdade, vivenciados de forma semelhante por todos os indivíduos.
Quanto às dimensões psicológica e social, estas são vividas de maneira diferente em
cada sociedade, cada geração e em cada família, sendo singulares até mesmo para
cada indivíduo.
É neste contexto de mudanças do próprio corpo e também de maturação ao nível
do intelecto (operações formais e abstratas), que o adolescente procura entender quem
é e qual o seu papel na sociedade em que vive. Na atualidade, o conceito mais aceito é
o de que não existe adolescência, e sim adolescências, pois varia de acordo com
contexto social e político em que está inserido e ainda, guarda especificidades em
termos de gênero, classe e etnia.
Nesta perspectiva, compreender o conceito de infância e adolescência é
entender e acompanhar as mudanças que ocorrem nessas fases da vida, o que implica
em desafios acerca do processo ensino aprendizagem, da organização didáticos e
adequações de conteúdos, tempo, ou seja, é contemplar na organização do trabalho
pedagógico aspecto que garante a especificidade de cada fase.
Cultura:
Experiências resultantes das atividades do homem no esforço de entender a
natureza e colocá-la ao seu serviço. Resultado das relações estabelecidas entre as
respostas dadas aos desafios apresentados pela natureza.
Tecnologia:
O avanço tecnológico, bem como, a fabricação de ferramentas e a
implementação de políticas pelo Estado tem contribuido no sentido de incorporar estes
avanços na busca de auxiliar o processo ensino aprendizagem da escola.
O uso pedagógico dos instrumentos tecnológicos pelo professor como
Laboratório de Informática, Tvs Pendrive, TV Paulo Freire e outros, devem ser
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conduzidos através da instrumentalização técnica e referencial teórico que dê suporte a
reflexão crítica sobre a ação pedagógica. O professor ao se apropriar didaticamente e
conscientemente das tecnologias, condicionado principalmente aos saberes escolares e
as reais necessidades, estará proporcionando mudanças no processo educacional.
Cabe à escola, especialmente à pública, inserir e disseminar aos alunos e
comunidade escolar, o acesso a esta tecnologia.
Gestão democrática:
A escola pública torna -se um espaço privilegiado para o exercício da democracia
na medida em que consegue a participação de todos os setores da escola:
educadores, alunos, funcionários e pais, ou seja, incluir a ampla participação dos
diferentes segmentos da escola nas decisões administrativas e pedagógicas para
pressionar os escalões superiores e dotar a escola de autonomia e de recursos.
A gestão democrática implica, principalmente, em propiciar a pratica da
participação coletiva que atenue o individualismo, elimina a exploração, supera a
opressão, e anula a dependência de órgãos intermediários que elaboram políticas
educacionais das quais as escolas são mera executora.
Currículo:
O currículo deve ser voltado para o conhecimento científico acumulado pela
humanidade, sem esquecer o relacionamento entre os atores. O currículo da escola
pública precisa atender as necessidades e expectativas da comunidade escolar,
respeitar as diferenças étnico racial e todo tipo de necessidade de aprendizagem.
Portanto, currículo é um caminhar feito coletivamente, e, em cada realidade escolar de
forma diferenciada por meio de um processo reflexível, comprometido com a
transformação social.
Trabalho Pedagógico:
Se estamos convencidos da relevância social da escola, é preciso afirmar seu
52
compromisso com a qualidade dos serviços que presta, que consiste na apropriação do
saber pelo aluno.
Assim, o papel da escola é atuar frente as concepções e práticas de caráter
conservador. É preciso socializar o conhecimento e investir na qualidade do ensino.
Este não é um trabalho fácil. Quando necessário, é preciso modificar a própria prática
de trabalho da escola, que muitas vezes é fragmentada e individualista, reflexo da
divisão social em que está inserida.
Sendo assim, invariavelmente, nas reuniões com o coletivo escolar as
discussões, questionamentos, reflexões e sugestões pedagógicas devem ser
apresentadas com objetivos: Como melhorar a qualidade da educação do colégio?
Formação Continuada:
A tarefa do professor, Equipe Pedagógica, Direção e funcionários é
extremamente importante, portanto, todos devem estar preparados para exercê-la,
sendo pesquisadores e leitores, participar de palestras, seminários e cursos de
aperfeiçoamento. As reuniões pedagógicas são de extrema necessidade, pois são
momentos para trocas de experiências e reflexão do trabalho pedagógico desenvolvido
na escola.
Acesso e Permanência:
A constituição Federal, em seu artigo 206, item I, prevê dentre outros princípios,
igualdade de condições para acesso e permanência na escola.
No entanto, é necessário compreender os condicionantes sociais e a visão de
que a sociedade exerce determinações sobre a educação e estas reciprocamente
interfere sobre a sociedade.
Nos grandes centros populacionais ou recantos longínquos, o acesso é uma
grande preocupação. A procura por vaga, ainda, é maior que a quantidade de vaga
ofertada. Assim, o Dispositivo Constitucional visa proteger justamente as crianças
residentes nestas localidades. Pois se não houver a intervenção do Poder Público,
53
ficam excluídas pela dificuldade de acesso.
Para cumprir a determinação Constitucional, o Estado precisa investir em
políticas públicas que garante este direito. Os profissionais da educação precisam
priorizar coletivamente a qualidade das aulas, o processo avaliativo, a recuperação de
estudos, trabalho pedagógico como um todo e por consequência, a aprendizagem.
Educação:
Processo que permite ao homem construir-se como cidadão, consciente de sua
realidade e da capacidade que tem para transformá-la.
Ensino e Aprendizagem
Aprender e ensinar são processos inseparáveis, atividade de mediação entre o
saber trazido pelo aluno e os conteúdos historicamente sistematizados necessários
para o exercício pleno da cidadania. Ação que contribui para o “desvelar” de uma
consciência critica através da compreensão do indivíduo enquanto sujeito de sua
própria aprendizagem. Para isso, é preciso ensinar com o compromisso que haja a
aprendizagem por parte de todos os alunos, considerando o tempo, a forma e o entorno
pelo qual se aprende, pois os sujeitos dessa aprendizagem são diferentes. Isso não
significa negligenciar o que deve ser ensinado, em nome das dificuldades do sujeito,
mas criar e modificar os encaminhamentos e as intenções pedagógicas.
Contudo, as políticas públicas de investimento em formação do professor,
recursos didáticos e pedagógicos, criação e ampliação da estrutura física, aliada ao
compromisso dos profissionais da educação, precisa ser indissociável para que o
ensino e a aprendizagem se efetive.
Escola:
Reflete a sociedade na qual está inserida, e em nosso caso uma sociedade
desigual, portanto devemos considerar que a criação da escola na sociedade não é
mera casualidade, mas resultado de necessidades e exigências sociais. Uma realidade
54
que exige democratizar a escola, ou seja, formar um sujeito capaz de compreender-se
como ser social, portanto responsável pela sua coletividade.
Tempo e Espaço Escolar
De acordo com os artigos 23 e 24 da LDB, a educação básica poderá ser
organizada de várias possibilidades, levando em consideração, no primeiro momento, o
tempo de formação e o interesse do processo de aprendizagem recomendado.
Esta organização terá carga horária de oitocentas horas distribuídas por no
mínimo duzentos dias de efetivo trabalho, excluindo o tempo reservado para os exames
finais, quando houver.
Essa carga horária poderá organizar em séries anuais, períodos, semestres ,
ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não seriados, com base na
idade, na competência e em outros critérios, ou sempre que o interesse do processo de
aprendizagem assim recomendar.
A.P.M.F.: (Associação de Pais Mestres e Funcionários)
É um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários do
Estabelecimento de Ensino, não tendo caráter político partidário, religioso, racial e nem
fins lucrativos. Não sendo remunerados os seus dirigentes e conselheiros, sendo
constituído por prazo determinado( dois anos).
Seu principal objetivo é aproximar à comunidade escolar com o Projeto Político
Pedagógico do colégio, principalmente no suporte aos Programas Culturais, Esportivos
e de Pesquisa. Primando também, pela busca de soluções equilibradas para os
problemas coletivos do cotidiano escolar, dando suporte a Direção, Equipe Pedagógica,
Professores e Funcionários, visando o bem estar e formação integral dos alunos.
Grêmio Estudantil:
Deverá ser organizado na escola com o cuidado de explicitar suas funções e de
preparar os alunos para essa finalidade. Deve ser um órgão com o compromisso não
55
apenas de cuidar de atividades recreativas e culturais, mas também de lutar pela
melhoria do ensino.
É necessário esclarecer aos alunos que farão parte dele, que um órgão de
estudantes que só pensa em promover festas e torneios, não contribui para a formação
de estudantes conscientes e capazes de lutar pelos seus direitos. Assim, sua
organização e formação deve preceder de capacitação e esclarecimento.
Representante de Turma:
Representar politicamente é defender como seus, os interesses do grupo. A
escolha do representante de turma é um excelente exercício de cidadania, pois desde
cedo permite aos alunos votar e ser votado.
O representante de turma é um aluno eleito pela própria turma no início do ano
letivo para ser o elo entre a turma, os professores, a equipe pedagógica e a direção.
Conselho Escolar
Tem por finalidade efetivar a Gestão Escolar, na forma de colegiado,
promovendo a articulação entre os segmentos da comunidade escolar e os setores da
escola, constituindo-se no órgão máximo de direção, sendo ele de natureza
deliberativa, consultiva e fiscal. O Conselho Escolar é, na maioria dos casos, o espaço
em que ocorre essa integração. Nesse colegiado, representantes da comunidade e do
corpo docente opinam sobre questões pedagógicas, financeiras e administrativas,
traçando de forma conjunta o futuro da escola.
Estágio não obrigatório:
A inserção do estágio não obrigatório na escola, não pode contrapor-se à própria
concepção de escola pública, ainda que o estágio seja uma atividade que vise a
preparação para o trabalho produtivo, conforme Lei nº 11788/2008.
A função social da escola vai além do aprendizado de competências próprias da
atividade profissional e, nesta perspectiva, vai para além da formação articulada as
necessidades do mercado de trabalho.
56
Conceber trabalho como princípio educativo pressupõe oferecer subsídios a
partir das diferentes disciplinas, para se analisar as relações e contradições sociais, os
quais se explicam a partir das relações de trabalho. Isto implica em oferecer
instrumentos conceituais ao aluno para analisar as relações de produção de
dominação, bem como as relações de trabalho e emancipação do sujeito a partir do
mesmo.
Formar para o mundo de trabalho, portanto, requer o acesso aos conhecimentos
produzidos historicamente pela humanidade, a fim de possibilitar ao futuro trabalhador
se apropriar das etapas do processo de forma conceitual e operacional. Isto implica em
ir além de uma formação técnica que secundarisa o conhecimento, necessário para se
compreender o processo de produção em sua totalidade.
Os conhecimentos escolares, portanto são a via para se analisar esta dimensão
contraditória do trabalho, permitindo ao estudante e futuro trabalhador atuar no mundo
do trabalho de forma mais autônoma, consciente e crítica.
Para tanto, o acesso aos conhecimentos universais possibilita ao aluno
estagiário, não somente sua integração nas atividades produtivas, mas a sua
participação nela, de forma plena, integrando as práticas aos conhecimentos teóricos
que os sustentam.
Nesta perspectiva, o estágio pode e deve permitir ao estagiário, que as ações
desenvolvidas no ambiente de trabalho sejam trazidos para a escola e vice-versa,
relacionando-as aos conhecimentos universais necessários para compreendê-los a
partir das relações de trabalho.
Sociedade:
A sociedade é desigual, fechada, dependente, com estrutura social hierárquica e
rígida. A economia controlada pelo exterior, com falta de mercado interno, portanto
com exportação de matéria-prima e importação do produto manufaturado. Porém, a
sociedade não é estática e as rápidas mudanças pelas quais passam ultimamente,
poderão dar lugar a uma nova dinâmica, onde o poder constituído poderá abrir-se a
57
uma participação mais efetiva.
Acreditamos que o papel social da escola é o de atuar frente às profundas
desigualdades socioeconômicas, que expulsam da escola uma parcela considerável da
população marginalizada pelas concepções e práticas de caráter conservador, ainda
presentes em nossas escolas, inspiradas no neoliberalismo.
É papel fundamental de uma escola democrática, garantir o acesso e a
permanência do aluno na escola, para tanto não podemos esperar por soluções que
venham verticalmente. A escola tem um papel bem mais amplo do que “passar”
conteúdos, que é modificar a sua própria prática, muitas vezes fragmentada e
individualista, reflexo da divisão social em que está inserida.
Partindo desses pressupostos, devemos pensar no aluno real, inserido em um
ambiente em que haja intervenções pedagógicas, em que o autoritarismo do adulto seja
minimizado e os indivíduos que se relacionam considerem-se iguais, respeitando-se
reciprocamente. Vale salientar que esse aluno deve ter oportunidade de participar da
elaboração das regras, dos limites, dos critérios de avaliação, das tomadas de
decisões, além de assumir responsabilidades.
Trata-se de “sonhos”, um primeiro aspecto a considerar-se quando desejamos
partir da escola real que “temos”, para a escola “ideal” que queremos. Essa opção exige
dos envolvidos no processo educativo, muito empenho para a realização dos sonhos.
Tarefa que ganha força na reconstrução e avaliação do Projeto Político Pedagógico.
Afinal este Projeto é fruto da interação entre os objetivos e prioridades estabelecidas
pela coletividade.
A comunidade espera que a escola cumpra com seu papel: ensinar a ler,
escrever, interpretar, emitir opiniões, acessar e processar o conhecimento. Além de
contribuir para a formação da cidadania plena. Claro que a escola não é a redentora
para todos os problemas sociais, mas junto com a comunidade escolar poderá construir
ou reconstruir um projeto de educação, criando uma verdadeira comunidade educativa
desde a escola e para além dela.
58
9- ORGANIZAÇÃO DA PROPOSTA CURRICULAR
9.1 - Aspectos Legais:
A Proposta Pedagógica Curricular, segue orientações legais decorrentes da Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96. Esta lei estabelece que a
educação básica é formada pela educação infantil, Ensino Fundamental e Médio, tendo
por finalidades “desenvolver o educando assegurar-lhe a formação comum
indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no
trabalho e em estudos posteriores” (Art. 22 LDBEN/96).
As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental são instituídas
em 1998, como um conjunto de definições doutrinárias sobre princípios, fundamentos e
procedimentos da educação básica, que orientarão as escolas brasileiras dos sistemas
de ensino na organização, articulação, desenvolvimento e avaliação de suas ações
pedagógicas (DCNEF, 1998) “.
O documento apresenta os grandes marcos orientadores do currículo, definindo
uma Base Nacional Comum para todo o território nacional, de modo a legitimar a
unidade e a qualidade da ação pedagógica na diversidade nacional, a partir das áreas
do conhecimento: Língua Portuguesa, Língua Materna para as populações indígenas e
imigrantes, Matemática, Ciências, Geografia, História, Língua Estrangeira Moderna,
Arte, Educação Física e Educação Religiosa. Define também, que as escolas utilizarão
a Parte Diversificada para a inserção de temáticas de interesse da comunidade no
currículo escolar.
Em síntese, o objetivo das Diretrizes Curriculares Nacionais é tratar da formação
básica comum assegurada a todos os estudantes.
As leis 11.114/05 e 11.274/06 estabelecem a obrigatoriedade do ensino
fundamental com matricula obrigatória aos seis anos a partir de 2006, ampliando para
nove anos a duração do ensino fundamental que Altera os artigos 29,30,32, e 87 da
LDB nº9394/96. Estas mudanças requerem da instituição mantenedora das redes
59
públicas privadas, bem como das escolas repensar o ensino fundamental visando
assegurar a todas as crianças um tempo mais longo de convívio e maiores
oportunidades de aprender com qualidade. Esta etapa da escolarização básica deve
garantir a formação básica do cidadão e o desenvolvimento integral do educando,
mediante:
I- O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o
pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II- Compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia,
das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III- O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a
aquisição de conhecimento e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV- O fortalecimento dos vínculos de famílias, dos laços de solidariedade humana
e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
A Educação Especial, modalidade da Educação Básica obrigatória e gratuita,
ofertada também em estabelecimento público de ensino, foi influenciada e
fundamentada pelas tendências dos movimentos internacionais, Plano Nacional de
Educação Especial (1994), especificamente a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional de 1996, que destina o Capitulo V, artigos 58, 59 e 60 à Educação Especial.
As atuais políticas inclusivas que norteiam as agendas educacionais, conferem a
Educação Especial, desde a educação Infantil até o Ensino Superior, uma perspectiva
progressiva de seu caráter pedagógico, cuja finalidade e oferecer recursos e serviços
educacionais especializados aos alunos que apresentam necessidades educacionais,
em todo fluxo educacional, preferencialmente na rede regular de Ensino. A ampliação e
articulação da educação Especial com os demais níveis e modalidade de Ensino, vem
desfazendo assim, o equívoco conceitual da Educação especial como subsistema,
paralelo e distanciado do contexto geral da educação.
De acordo com a regulamentação desta modalidade de ensino, em consonância
com a deliberação 02/03 e 02/05 e Instrução 016/2011 SUED/SEED, o Colégio
Estadual Cruzeiro do Oeste, conta com o serviço de apoio especializado Sala de
60
Recursos Multifuncional I, desenvolvido por professor habilitado e especializado em
Educação Especial. Este serviço de apoio pedagógico complementa o atendimento
educacional realizados em classes comuns do Ensino Fundamental e na Educação de
Jovens e Adultos – EJA, para os alunos que apresentam dificuldades acentuadas de
aprendizagem com atraso acadêmico significativos, decorrentes de Deficiência Mental
Intelectual, Transtornos Funcionais Específicos, Deficiência Neuromotora e Transtornos
Globais do Desenvolvimento.
O encaminhamento do aluno é realizado a partir da avaliação no contexto do
ensino regular, pelos professores da classe comum, Sala de Recursos, com
assessoramento de uma equipe multiprofissional externa especial, com atendimento
realizado em horário contrário, com cronograma de no máximo de 20 alunos , de
acordo com deliberação nº02/03 e Instrução normativa nº016/2011.
A Proposta Pedagógica Curricular deste estabelecimento de Ensino, está
embasada na Deliberação N° 014/99, que estabelece os indicadores para elaboração
da proposta pedagógica dos estabelecimentos de ensino da Educação Básica em
diferentes modalidades.
Os critérios de avaliações utilizados em todo o processo de ensino, estão
pautados na Deliberação N° 007/99, que determina normas gerais para Avaliação do
Aproveitamento Escolar, Recuperação de Estudos e Promoção de Alunos, do Sistema
Estadual de Ensino, em Nível do Ensino Fundamental e Médio.
Os procedimentos de matricula são realizados em consonância com o que rege a
Deliberação N° 09/2001, que diz respeito à matrícula de ingresso, por transferência e
em regime de progressão parcial; o aproveitamento de estudos; a classificação e a
reclassificação;as adaptações; a revalidação e equivalência de estudos feitos no
exterior e regularização de vida escolar em estabelecimentos que ofertem ensino
Fundamental e Médio nas suas diferentes modalidades.
Quanto ao regimento interno suas atribuições são pautadas no que rege a
Deliberação 016/99, que normatiza e regulariza o funcionamento deste Estabelecimento
de Ensino de acordo com algumas especificidades de sua realidade.
61
Este Estabelecimento de Ensino oferta a modalidade EJA “presencial” e está
regulamentada de acordo com a Deliberação 06/05, que destina àqueles que não
tiveram acesso ao ensino Fundamental e Médio na idade própria ou não tiveram a
possibilidade de continuar esses estudos. Para matricular- no Ensino Fundamental,
preferencialmente a partir dos 18 anos.
O cronograma é organizado de forma a atender no mínimo 70% dos alunos,
através da organização coletiva até 30% da organização individual, utilizando os
critérios para matricula e aproveitamento de estudo para aluno oriundo de organização
de Ensino por série/ período/ etapa e semestre, concluídos com êxitos constantes no
Regimento escolar e Proposta Pedagógica Curricular, desta modalidade.
A Proposta Pedagógica está em consonância com novos preceitos legais que
dizem respeito ao Ensino Fundamental; sendo eles:
• Lei nº 4024/61- estabelece 4 anos de ensino fundamental.
• Lei nº 5692/71- obrigatoriedade do ensino fundamental de 8 anos.
• Lei nº10.172/01- aprovou o Plano Nacional de Educação / PNE- ensino
fundamental de 9 anos se tornaram meta da educação nacional.
• Lei 9394/96-LDBN- Estabelece as Diretrizes e bases da Educação.
• Lei nº 8.069/90-Estatuto da Criança e Adolescente(ECA)
• Lei 9795/99-Educação Ambiental
• Lei Federal nº 10172/01-Plano Nacional de Educação
• A promulgação a nº 13.381/2001, que torna obrigatória a inserção dos conteúdos
de Historia do Paraná, a aprovação das Diretrizes Operacionais para a Educação
Básica nas Escolas do campo (Resolução CNE/CEB n° 1/2002);
• A aprovação das Diretrizes Nacionais para o funcionamento das escolas
indígenas (Resolução CNE/CEB n° 03/99); a aprovação das Diretrizes para a
Política Nacional para a Educação Escolar Indígena em 1993; a promulgação da
Lei Federal n° 10.639/2003, que torna obrigatória a inserção dos conteúdos de
Historia e Cultura Afro-brasileira nos currículos escolares;
• A aprovação das Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações étnico-
62
raciais e para o ensino de historia e cultura afro-brasileira e africana e,
recentemente,
• A aprovação da Lei Federal n° 11.114/2005, que determina a oferta do Ensino
Fundamental de noves anos, seguida do Parecer CNE/CEB n° 06/2005 que visa
o estabelecimento de normas para a ampliação do Ensino Fundamental para
nove anos de duração.
• Lei nº 11788/08 – Orienta e dispõe sobre o estágio não obrigatório
• Resolução nº03/99- Diretrizes nacionais da Educação Indígena.
• Resolução nº17/06- Criação da Equipe multidisciplinar.
• Resolução nº 2772/2011 - Sala de Apoio à aprendizagem.
• Resolução nº 1690/2011 – Proposta da Atividade de Complementação Curricular
em Contraturno
• Resolução nº 1237/08 – Licença Médica de Professores.
• Resolução nº 196/10 – Regulamenta a distribuição de aulas nos
Estabelecimentos estaduais de Ensino.
• Deliberação nº 01/06 - Ensino Religioso.
• Deliberação nº 03/06 Educação de nove anos.
• Deliberação nº 04//06- Diretrizes normas complementares para Educação
Étnico Racial.
• Deliberação nº 02/02 – CEE sobre os dias destinados à Formação continuada e
as Reuniões Pedagógicas.
• Instrução nº 01/99 - Classificação e Reclassificação.
• Instrução nº 06/02 – Reclassificação.
• Instrução nº 02/03 - Hora Atividade.
• Instrução nº 02/04 - Hora Atividade.
• Instrução nº 03/06 - Preenchimento do Livro de Registro de Classe.
• Instrução nº 007/11 - Sala de Apoio à aprendizagem
• Instrução nº 05/04 - Sala de recursos de (5ª à 8ª série)
63
• Instrução nº 013/08 Dispõe sobre o atendimento da Sala de Recursos.
• Instrução nº 016/2011, que altera a Instrução nº 013/08 e dispõe sobre o
atendimento da Sala de Recursos Multifuncional I, para alunos matriculados na
Rede Pública de Ensino.
• Instrução nº 13/06 - Ensino Religioso.
• Instrução nº 05/07 - Ensino Religioso.
• Instrução nº 001/08 - Abertura e suprimento de profissional das salas de Apoio à
Aprendizagem.
• Instrução nº 004/11 – Proposta da Atividade de Complementação Curricular –
em Contraturno.
• Instrução nº 014/08 - Preenchimento do Livro de Registro de Classe.
• Instrução nº 003/10 – Normatiza o registro das Atividades de Complementação
Curricular do Programa Viva Escola e Mais Educação na documentação escolar.
• Instrução nº 01/09 – Dispõe sobre a elaboração da nova Matriz Curricular 2010.
A oferta da Educação Especial segue a Deliberação n° 02/2003, onde normatiza
a Educação Especial, modalidade da Educação Básica para alunos com necessidades
educacionais especiais, no sistema de Ensino do Estado do Paraná; nesta encontram-
se princípios, conceitos e diretrizes de ação anunciadas em Salamanca. Dentre elas, a
Sala de Recursos Multifuncional I para alunos com Deficiência Mental e Intelectual,
Transtornos Funcionais Específicos, deficiência neuromotora e transtornos globais
específicos para alunos matriculados na Rede Publica de Ensino (Ensino Fundamental
Regular e Ensino de Jovens e Adultos - EJA)
A proposta pedagógica deste estabelecimento está pautada nas Diretrizes
Curriculares Estaduais. O Colégio procura proporcionar um ensino diferenciado através
da flexibilização e adaptação curricular, planejamento especifico e atendimento
especializado, ou seja, o Colégio organiza-se e prevê formas de atender às
necessidades de sua comunidade, visando à preservação da dignidade, o
fortalecimento da identidade social e o exercício da cidadania de cada um dos
envolvidos no processo de ensino e de aprendizagem, sem ausentar-se dos princípios
64
norteadores pré-estabelecidos pelas DCEs.
Os Planos de Trabalhos Docentes são elaborados por disciplina e série
valorizando as práticas culturais dos educandos sem perder de vista o conhecimento
histórico produzido que se constitui em patrimônio universal e tendo como base
norteadora as Diretrizes Curriculares Estaduais – DCEs.
9.2 - OBJETIVOS GERAIS:
9.2.1 – Nível de Ensino:
9.2.1.1- Ensino Fundamental:
• Traçar metas de trabalho condizente com a realidade atual e articular o trabalho
envolvendo a família, comunidade e escola para que estes segmentos possam
desempenhar suas funções de maneira compartilhada, visando garantir uma
formação básica que permite ao educando tornar-se um cidadão, consciente de
sua realidade e da capacidade que tem para transformá-la.
• Formar o educando para o exercício da vida cidadã, para o trabalho e o
prosseguimento dos estudos;
• Desenvolver a capacidade de aprender, tendo como meios básicos, o pleno
domínio da leitura, da escrita e do calculo;
• Compreender o ambiente natural e social, o sistema político, a tecnologia, as
artes e os valores em que se fundamenta a sociedade;
• Fortalecer os vínculos de família, os laços de solidariedade humana e de
tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
• Assegurar a todas as crianças um tempo mais longo de convívio escolar e
maiores oportunidades de aprender com qualidade.
65
9.2.2 – Modalidades de Ensino:
9.2.2.1 - Educação Especial – Oferecer recursos e serviços educacionais
especializados aos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, em
todo fluxo educacional, para atender à diversidade do alunado presente na escola. Além
disso, o movimento pela inclusão de todos os alunos não se restringe ao atendimento
daqueles com deficiências, pois decorre dos múltiplos fatores nela, envolvidos que
delimitam os grupos marginalizados e excluídos em cada um dos momentos históricos
de determinada sociedade.
9.2.2.2 - EJA – Enquanto modalidade educacional que atende a educandos -
trabalhadores, tem como finalidade e objetivos o compromisso com a formação humana
e com acesso á cultura geral, de modo a que os educandos venham a participar política
e produtivamente das relações sociais, com comportamento ético e compromisso
político, através do desenvolvimento da autonomia intelectual e moral.
Os conteúdos referentes aos Desafios Educacionais Contemporâneos serão
abordados nas disciplinas quando possível.
9.3 - FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS:
O Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste Ensino Fundamental e Médio, tem como
princípios filosóficos uma educação voltada para o crescimento intelectual, físico social
e cultural do educando. Sendo assim, a ação pedagógica é direcionada para o ensino
de qualidade, valorizando o ser humano.
A prática educativa é fundamentada em princípios e valores, respeitando as
individualidades de cada um. Garantindo o acesso, a permanência e o sucesso do
educando, bem como o desenvolvimento de suas capacidades de apropriar os
conteúdos e utilizá-los na prática de forma crítica e consciente. Respeitando e
considerando as diferenças culturais regionais e locais que assegurem a formação do
66
cidadão.
Este Colégio busca assegurar o acesso ao conhecimento elaborado como via de
emancipação humana direcionados por princípios pedagógicos, integradores,
interdisciplinares e criativos.
9.4 - MATRIZ CURRICULAR
A instituição oferta para o Ensino Fundamental a seguinte Matriz Curricular, aprovada no ano de 2011 com implantação simultânea para 2012
ESTADO DO PARANASECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
N.R.E: 28 Umuarama Município: 670 Cruzeiro do Oeste
Estabelecimento:00021 - Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste – Ens. Fund. e MédioEntidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
Curso: 4039 – Ens. Fundamental 6º/ 9º ano Ano de Implantação: 2012 - Implantação Simultânea Módulo: 40 semanas
BASE
NACIONAL
COMUM
DISCIPLINAS 6º 7º 8º 9ºTOTAL
HORA/AULA
ARTE 02 02 02 02 320
CIÊNCIAS 03 03 04 03 520
EDUCAÇÃO FÍSICA 03 03 03 03 480
ENSINO RELIGIOSO* 01 01 80
GEOGRAFIA 03 03 03 03 480
HISTÓRIA 03 03 03 04 520
LINGUA PORTUGUESA 04 04 04 04 640
MATEMÁTICA 04 04 04 04 640
SUB-TOTAL 23 23 23 23 3600
PD
L.E.M. – INGLÊS 02 02 02 02 320
SUB-TOTAL 02 02 02 02 320TOTAL GERAL 25 25 25 25 3266
Nota: Matriz Curricular de Acordo com a LDB nº 9394/96* Não computado na Carga Horária por ser Facultativo para o Aluno.** O idioma será definido pelo Estabelecimento de Ensino.
67
Período noturno Modalidade EJA, Ensino Fundamental das 19:00h as 22:20min:
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ENSINO FUNDAMENTAL – FASE IIESTABELECIMENTO:COLÉGIO ESTADUAL CRUZEIRO DO OESTE E.F.M. ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do ParanáMUNICÍPIO: CRUZEIRO DO OESTE NRE: UMUARAMAANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2007 FORMA: SimultâneaCARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1452 H/A ou 1200/11210 HORAS
DISCIPLINASTotal de
Horas
Total de
horas/aula
LÍNGUA PORTUGUESA 226 272ARTE 54 64
LEM – INGLÊS 160 192EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64
MATEMÁTICA 226 272CIÊNCIAS NATURAIS 160 192
HISTÓRIA 160 192GEOGRAFIA 160 192
ENSINO RELIGIOSO* 10 12
TOTAL1200/1210 1440/1452
*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO E
DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.
68
Ensino Médio
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ENSINO MÉDIOESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL CRUZEIRO DO OESTE E.F.M.ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do ParanáMUNICÍPIO: CRUZEIRO DO OESTE NRE: UMUARAMAANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2007 FORMA: SimultâneaCARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440 H/A ou 1200 HORAS
DISCIPLINASTotal de
Horas
Total de
horas/aula
L. PORTUGUESA E
LITERATURA174 208
LEM – INGLÊS 106 128ARTE 54 64
FILOSOFIA 54 64SOCIOLOGIA 54 64
EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64MATEMÁTICA 174 208
QUÍMICA 106 128FÍSICA 106 128
BIOLOGIA 106 128HISTÓRIA 106 128
GEOGRAFIA 106 128
TOTAL 1200 1440
Total de Carga Horária do Curso 1200 horas ou 1440 h/a
69
9.5 PROPOSTA CURRICULAR DAS DISCIPLINAS
9.5.1 ARTE
1 - Apresentação:
O ensino da Arte no Brasil tem suas raízes no período colonial. Com a chegada
da Companhia de Jesus (Padres Jesuítas). Foi desenvolvido através da arte e ofícios
um trabalho de doutrinação dos indígenas. Faziam parte do currículo: retórica, literatura,
música, teatro, dança e pintura.
Por volta do século XVIII, a Companhia de Jesus foi expulsa do Brasil e surge a
reforma Pombiana. Houve poucas mudanças, já que o ensino era orientado conforme a
concepção filosófica da Companhia de Jesus.
Com a chegada da família real ao Brasil, foi fundada a Academia de Belas Artes.
Em 1816 a missão Francesa traz para o Brasil o estilo neo-clássico, servindo
satisfatoriamente às necessidades da classe dominante. Nesse mesmo período no
Brasil, era desenvolvida por artistas brasileiros a arte colonial barroca, muito valorizada
pela classe popular e depreciada pela classe dominante, que a classificava como
simples trabalho de artesãos.
Em 1890, com a proclamação da república, houve a primeira reforma
educacional do Brasil republicano (DCE, p 39). Este período ficou marcado pelo conflito
entre ideais Positivistas e Liberalistas, marcou o início da luta pela obrigatoriedade do
ensino da Arte nas escolas primárias.
Com a reforma Benjamin Constant, que procurava a atender à produção
capitalista, o ensino da arte ficou secundarizado e restrito à aprendizagem de técnicas
e artes manuais.
Com a Semana da Arte Moderna de 1922, iniciou um novo marco para o Ensino
da arte no Brasil. A Arte valorizava a cultura popular sem deixar de lado as raízes
culturais de onde as mesmas se originaram.
O ensino da arte privilegiava a livre expressão, a criatividade e a expressividade,
70
a inspiração e sensibilidade, quebrando com os padrões estéticos da escola tradicional.
Surge, em 1948, a Escolinha de Artes ( Ateliês livres) liderada por Augusto
Rodrigues, “...tornou-se referência para a criação de outras no território nacional, no
entanto, manteve o caráter extracurricular da arte” (DCE, p41).
“Pela primeira vez uma tendência pedagógica – Escola Nova – centrava sua
ação no aluno e na sua cultura, em contraposição as formas anteriores de ensino
impostas pelos modelos que não correspondiam ao universo cultural dos alunos,...”
DCE p 41).
O ensino da Arte no Paraná passou por vários processos , mas somente no
século XIX, com a chegada dos imigrantes e entre eles artistas que trouxeram ideias e
experiências culturais diversas que contribuíram com movimentos para tornar a arte
como disciplina escolar. Mariano Lima, Alfredo Anderson, Guido Viário, Emma Koch,
Bento Mussurunga, entre outros, são considerados os precursores do ensino da Arte no
Paraná (DCE, p 42).
Através da lei 5692/71, a obrigatoriedade do ensino da Arte é regulamentada. Em
1973, foi implantado o curso de Educação Artística para preparar professores e garantir
a disciplina na Educação.
A partir da LDB 9394/96 a disciplina de Artes passa a ser obrigatória nas escolas
de Educação Básica e os PCNs passam a considerar a Música, as Artes visuais, o
Teatro, e a Dança como linguagens artísticas autônomas.
“Em 2003, iniciou-se no Paraná um processo de discussão com os professores
da Educação Básica do Estado, Núcleos Regionais de Educação (NRE) e instituições
de Ensino Superior(IES) pautado na retomada de uma prática reflexiva para a
construção coletiva de diretrizes curriculares estaduais...”(DCE, P 45)
Vários foram os encontros promovidos pela Secretaria de Estado da Educação -
SEED e pelos Núcleos Regionais de Educação, para que todos os professores
pudessem participar da construção das diretrizes. Finalmente no ano de 2010,
professores recebem a versão final das novas Diretrizes Curriculares da Educação
Básica – Arte.
71
O ensino da Arte nas escolas, conquista um certo espaço que havia sido perdido
até então. Para atender às novas concepções propostas dentro das diretrizes para o
Ensino da Arte, se faz cada vez mais necessário, o compromisso com o estudo e
aprofundamento dos profissionais que atuam nessa área.
Muitos educadores, na tentativa de dar conta das quatro áreas do ensino da Arte,
dentro das novas concepções que valoriza e reconhece a arte como área de
conhecimento, vem se aprimorando, pesquisando e participando de cursos de
capacitação.
O ensino da arte possibilita a percepção, a sensibilidade estética ao contemplar
o domínio do conhecimento historicamente acumulando, através do contato com a
produção artística “... Se preocupa com o desenvolvimento de sujeito humanizado,
consciente de sua existência individual e social, frente a uma sociedade construída
historicamente e em constante transformação. Portando, o ensino da Arte nas escolas
deve se fundar nos nexos históricos entre arte e sociedade.
Para isso, o professor deve abordar os conteúdos estruturantes - elementos
formais, composição, movimentos e períodos - de forma simultânea dentro das
concepções: Arte como ideologia, Arte como trabalho criador, e Arte como forma de
conhecimento.
Segue abaixo uma listagem de conteúdos básicos para o Ensino da Arte. Esse
conteúdos serão trabalhados através de diferentes abordagens pedagógicas conforme
a série e modalidade artística estudada.
2 – Conteúdos
5ª SÉRIE/6º ANO – ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÒGICA
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura Ritmo Greco-Romana Estrutura e Compreensão dos
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Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Melodia
Escalas: diatônica,pentatônicacromática
Improvisação
OrientalOcidentalAfricana
organização da arte em suas origens e outros períodos históricos.
Percepção dos elementos formais na paisagem sonora e na música. Audição de diferentes ritmos e escalas musicais
Teoria da música
Produção e execução de instrumentos rítmicos.Prática coral e cânone rítmico e melódico
elementos que estruturam e organizam a musica e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram.
Desenvolvimento da formação dos sentidos rítmicos e de intervalos melódicos e harmônicos.
6ª SÉRIE/7º ANO – ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÒGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
RitmoMelodiaEscalasEstrutura Gêneros: folclórico, popular, étnicoTécnicas: vocal, instrumental, mistaImprovisação
Música popular e étnica (ocidental e oriental)
Relacionar o conhecimento com as formas artísticas populares do cotidiano
Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes formas musicais.
Teorias da música.
Compreensão das diferentes formas musicais populares, suas origens e práticas contemporâneas.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modos e composição musical.
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Produção de musicais com características populares e composição de sons da paisagem sonora.
7ª SÉRIE/8º ANO – ÁREA DE MÙSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÒGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
RitmoMelodiaHarmonia
Tonal, modal e a fusão de ambos.
Técnicas: vocal, instrumental e mista
Indústria Cultural
Eletrônica
Minimalista
Rap, Rock, Tecno
Significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte.
Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes mídias, (Cinema, TV e computador) Teorias sobre música e indústria cultural.
Produção de trabalhos, de composição musical, utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
Compreensão das diferentes formas musicais no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.
Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição musical nas mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.
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8ª SÉRIE/9º ANO – ÁREA DE MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÒGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
RitmoMelodiaHarmoniaEstrutura Técnicas: vocal, instrumental, mista Gêneros: popular, folclórico, étnico.
Música EngajadaMúsica Popular Brasileira.Música contemporânea
Arte como ideologia e fator de transformação social.
Percepção dos modos de fazer música e sua função social.
Teorias musicais
Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical, com enfoque na música engajada.
Compreensão da música como fator da transformação social.
Produção de trabalhos musicais, visando a atuação do sujeito em sua realidade singular e social
5ª SÉRIE/6º ANO – ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÒGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
PontoLinhaTexturaFormaSuperfícieVolumeCorLuz
BidimensionalFigurativaGeométrica,Simetria
Técnicas:pintura, escultura,arquitetura...Gêneros:cenas
Arte Greco-RomanaArte AfricanaArte OrientalArte Pré-Histórica
Estrutura e organização da arte em suas origens e outros períodos históricos.
Estudo dos elementos formais e sua articulação
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram.
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da mitologia com os elementos de composição e movimentos e períodos das artes visuais.
Teoria das artes visuais
Produção de trabalhos de artes visuais
Apropriação pratica teórica de técnicas e modos de composição visual.
6ª SÉRIE / 7º ANO – ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÒGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
PontoLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz
ProporçãoTridimensionalFigura e fundoAbstrataPerspectivaTécnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura..Gêneros: Paisagem, retrato,natureza morta.
Arte indígenaArte Popular Brasileira e ParanaenseRenascimentoBarroco
Relacionar o conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano.
Percepção dos modos de estruturar e compor as artes visuais na cultura destes povos.
Teoria das Artes Visuais.
Produção de trabalhos de artes visuais com característica da cultura popular relacionando o s conteúdos com o cotidiano.
Compreensão das diferentes formas artísticas populares,suas origens e práticas contemporâneas.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição visual.
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7ª SÉRIE/8º ANO – ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÒGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz
SemelhançasContrastesRitmo VisualEstilizaçãoDeformação
Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista....
Indústria Cultural
Arte do século xx
Arte Contemporânea
Significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte.
Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes mídias.
Teoria das artes visuais e mídias.
Produção de trabalhos de artes visuais utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
Compreensão das artes visuais no cinema , nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.
Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição das artes visuais nas mídias, relacionadas á produção , divulgação e consumo.
8ª SÉRIE/9º ANO – ÁREA : ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÒGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
LinhaFormaTextura
BidimensionalTridimensionalFigura-fundo
Realismo
Vanguardas
Arte como ideologia e fator
Compreensão da dimensão das Artes
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SuperfícieVolumeCorLuz
Ritmo Visual
Técnica: Pintura, grafitte, performance...Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano
Muralismo e Arte
Latino-Americana
Hip Hop
de transformação social.
Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais e sua função social
Teorias das Artes visuais
Produção de trabalhos com os modos de organização e composição como fator de transformação social.
Visuais enquanto fator de transformação social
Produção de trabalhos, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
5ª SÉRIE/6º ANO – ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÒGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação
Espaço
Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto improvisação, manipulação, máscara
Gênero: Tragédia, Comédia e circo
Greco-RomanaTeatro OrientalAfricanoMedievalRenascimento
Organização da arte em suas origens e outros períodos históricos.
Estudos das estruturas teatrais.
Personagem, ação dramática e espaço e espaço cênico e sua articulação com
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com os movimentos artísticos nos quais se originaram.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composiçãoTeatrais.
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formas de composição em movimentos e períodos onde se originaram.
Teorias do TeatroProdução de trabalhos com teatro
6ª SÉRIE / 7º ANO – ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÒGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação
Espaço
Representação,Leitura dramática,Cenografia.Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas...Gêneros: Rua e Arena, caracterização.
Técnicas: jogos dramáticos e teatrais, Mímica, improvisação, formas animadas...
Comédia dell' arte
Teatro Popular
Teatro Brasileiro e Paranaense.
Teatro Africano
Relacionar o conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano.
Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes espaços disponíveis.Teorias do teatro
Produção de trabalhos com teatro de arena, de rua e indireto.
Compreensão das diferentes formas de representação presentes no cotidiano,suas origens e práticas contemporâneas.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composições teatrais, presentes no cotidiano.
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7ª SÉRIE/8º ANO – ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÒGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação
Espaço
Representação no Cinema e Mídias
Texto dramático
Maquiagem
Sonoplastia
Roteiro
Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica
Indústria cultural
Realismo
Expressionismo
Cinema Novo
Significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte.
Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes mídias.
Teorias de representação no teatro e mídias.
Produção de trabalhos de representação utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
Compreensão de diferentes formas de representação no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.
Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da representação nas mídias, relacionadas à produção , divulgação e consumo.
8ª SÉRIE/9º ANO – ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÒGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: expressões corporais, vocais,
Técnicas: Monólogo, jogos teatrais,
Teatro EngajadoTeatro do Oprimido
Arte como ideologia e fator
Compreensão da dimensão
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gestuais e faciais Ação
Espaço
direção, ensaio, Teatro-Fórum, Teatro ImagemRepresentaçãoRoteiro, enredoDramaturgiaCenografiaSonoplastiaIluminaçãoFigurinoGêneros
Teatro PobreTeatro do AbsurdoRomantismo
de transformação social.
Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social
Teorias do Teatro
Produção de trabalhos com os modos de organização e composição como fator de transformação social.
ideológica presente no teatro enquanto fator de transformação social
Criação de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
5ª SÉRIE/6º ANO – ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÒGICA
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
KnosferaEixoPonto de ApoioMovimentos articularesFluxo (livre e interrompido)Rápido e lentoFormaçãoNíveis (alto, médio e baixo)Deslocamento (direto e indireto)Dimensões (pequeno e grande)Técnica: Improvisação
Pré-história
Greco-Romana
Renascimento
Dança Clássica
Organização da arte em suas origens e outros períodos históricos.
Estudos movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos da dança.
Teorias da dança.
Produção de
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com os movimentos artísticos nos quais se originaram.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composiçãoda dança.
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Gênero: Circular trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.
6ª SÉRIE / 7º ANO – ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÒGICA
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Ponto de ApoioRotaçãoCoreografiaSalto e quedaPeso: leve e pesado
Fluxo: Livre, interrompido e conduzido.
Lento, rápido e moderado.Níveis: Alto, médio, baixo.FormaçãoDireção
Gênero: Folclórica, popular e étnica
Dança Popular
Brasileira
Africana
Indígena
Relacionar o conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano.
Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é elaborada e executada.
Teorias da dança.
Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição..
Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas origens e práticas contemporâneas.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composições de dança..
7ª SÉRIE/8º ANO – ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÒGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento Giro Hip Hop Significado da Compreensão de
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Corporal
Tempo
Espaço
RolamentoSaltos
Aceleração e desaceleração
Direções: Frente, atrás, direita e esquerda
CoreografiaSonoplastia
Gênero: Indústria Cultural, espetáculo
Musicais
Expressionismo
Indústria Cultural
Dança Moderna
arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte.
Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes mídias.
Teorias das danças de palco e em diferentes mídias .
Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
diferentes formas de dança no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.
Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da dança nas mídias, relacionadas à produção , divulgação e consumo.
8ª SÉRIE/9º ANO – ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÒGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
knosferaPonto de ApoioPesoFluxoQuedasSaltosGiros
Vanguardas
Dança ModernaDança ContemporâneaRomantismo
Arte como ideologia e fator de transformação social.
Percepção dos
Compreensão da dimensão ideológica presente na dança enquanto fator de transformação social
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Rolamentos
Extensão: Perto, longe
Coreografia
Gênero: Performance e moderna
modos de fazer dança e sua função social
Teorias das danças
Produção de trabalhos com os modos de organização e composição como fator de transformação social.
Produção de trabalhos com dança, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
3 – METODOLOGIA
O professor de Artes, no seu encaminhamento metodológico, conduzirá as aulas
a partir de estudos interligados dos conteúdos estruturantes. Não importa a ordem de
inicio, o conteúdo deverá perpassar pelos três eixos:
- Elementos formais
- Composição
- Movimentos e períodos
A arte será estudada a partir dos conteúdos estruturante e básicos conforme
cada conhecimento artístico: teatro, música, artes visuais, dança . O professor trará
para as suas aulas diferentes estudos de manifestações artísticas e culturais por
diferentes artistas em diferentes tempos histórico-sociais e culturais, permitindo que o
aluno identifique os elementos formais de cada conhecimento artístico em produções
produzidas pela humanidade, nas suas próprias produções e produções dos colegas.
Para isso o professor no encaminhamento das atividades deve fazer uso de diversos
recursos didáticos, tais como: livros, revistas, vídeos, imagens, gravuras, internet, tv,
84
visitas a exposições, teatro, cinema, etc.
Os conteúdos conduzidos a partir da composição , deve permitir momentos de
apreciação, manipulação de materiais, investigação e reflexão feita em conjunto,
entre professor e alunos, sobre os aspectos materiais, sociais, culturais, psicológicos,
religiosos contidos nas produções artísticas. O aluno deve analisar os elementos
formais que o artista utilizou para compôr a obra, o “porquê” os elementos formais
foram organizados de uma forma e não de outra. É importante que o educando
perceba que uma produção artística é estruturada a partir de elementos formais e
compositivos como também é produto de uma cultura em um determinado tempo
histórico social.
Ao iniciar o conteúdo a partir dos movimentos ou períodos, deve-se abordar o
contexto histórico social do objeto de estudo, aprofundar e ampliar o conhecimento
histórico- social, investigar os elementos formais e a composição ( tipo, gênero,
técnica, etc,. Dar um significado, responder o porquê do estudo daquele determinado
assunto. O estudo de arte a partir dos três conteúdos estruturadores, permitirá ao
aluno compreender que não existe composição artística sem a utilização dos elementos
formais, bem como, do contexto histórico social e cultural em que foi elaborada. O
aluno no seu fazer ou ao apreciar uma obra de arte das artes visuais, da musica, do
teatro ou da dança, perceberá consigo ideologias, conhecimentos históricos,
filosóficos, psicológicos, religiosos, geográficos, culturais de quem a compôs como
forma de conhecimento e com o trabalho importância da arte na sua vida o porquê e
para quê ele aprende arte na escola.
O estudo da história da Cultura Afro-brasileira e Africana conforme a lei
10.639/03; História e Cultura Afro-brasileira e Indígena, lei 11645/08 e os desafios
Educacionais contemporâneos serão contemplado permeados com os conteúdos das
artes visuais, dança, teatro ou música, de forma a contribuir para que os educandos
possam identificar e valorizar suas raízes culturais e exercer de forma mais consciente
e reflexiva seu papel dentro da sociedade.
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Os conteúdos contemplados no Educação de Jovens e Adultos - EJA
fundamental são os mesmos dos conteúdos do ensino regular propostos pelas
Diretrizes Curriculares Estaduais de Arte, que serão estudados a partir dos conteúdos
estruturantes: elementos formais, composição, movimentos e períodos. Porém os
mesmos deverão ser enfatizados e organizados a partir de três eixos norteadores:
cultura, trabalho e tempo. O aluno EJA é um aluno diferenciado, que traz consigo uma
vida social cultural mais amadurecida, por isso o estudo dos conteúdos a partir da
cultura, permitirá ele estabelecer relações mais próximas com a sua vida. Os
conteúdos organizados a partir do eixo trabalho são de fundamental importância para o
aperfeiçoamento de suas atividades profissionais e para atuação de forma mais
participativa e consciente na comunidade em que está inserido. A organização do
tempo nas suas três dimensões: tempo físico, o tempo vivido e o tempo pedagógico, é
relevante para o processo ensino aprendizagem, uma vez que o tempo de estudo é
diferenciado, pois se dá de forma mais dinâmica, respeitando a individualidade do
aluno. Portanto o encaminhamento das atividades deverá se
adequar ao programa da Educação de Jovens e Adultos - EJA de acordo com os
critérios contemplados nas Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos.
O estudo da história da Cultura Afro-brasileira e Africana conforme a lei
10.639/03; História e Cultura Afro-brasileira e Indígena, lei 11645/08 e os desafios
Educacionais contemporâneos serão contemplados e permeados com os conteúdos
das artes visuais, dança, teatro ou música, de forma a contribuir para que os
educandos possam identificar e valorizar suas raízes culturais e exercer de forma
consciente e reflexiva seu papel dentro da sociedade.
5 – AVALIAÇÃO
A avaliação é diagnóstica e processual. Após diagnosticar o nível de
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conhecimento dos alunos, é feito o plano docente a partir dos conteúdos estruturantes e
básicos para cada série. Favorecer a aquisição do conhecimento artístico tanto nos
seus aspectos práticos, quanto nos seus aspectos teóricos de forma processual,
observando dificuldades e progressos de cada um sem estabelecer parâmetros
comparativos entre um aluno e outro.
A avaliação dar-se-á através de atividades práticas, pesquisas, seminários, auto-
avaliação, provas teóricas, trabalhos em grupos, relatórios, análise e reflexões feita
pelos alunos individualmente ou em grupos, etc. O professor registra o processo de
aprendizagem, com avanços e dificuldades percebidos na apropriação do conhecimento
dos alunos.
Em cada conteúdo os critérios e procedimentos para realização das atividades e
apropriação do conhecimento em artes serão previamente definidos pelo professor ou
entre o professor e o aluno. Em algumas das atividades práticas será proporcionado
momentos de avaliação e auto avaliação, aonde o aluno fará uma análise a sua
interação, sua aquisição de conhecimento , o processo de produção dos seus trabalhos
e os trabalhos dos colegas, conforme a proposta e critérios estabelecidos inicialmente.
Nas atividades práticas, o professor levará em conta o processo de produção o
conhecimento e a interação do aluno com o objeto de estudo ou atividade proposta e
não o produto final. O aluno antes de chegar a um produto final passa por um processo
de aprendizagem, ele se relaciona com o objeto de estudo ou a linguagem artística,
com dificuldade ou com facilidade conforme o seu nível de conhecimento, habilidade e
afinidades com a modalidade artística estudada ou empregada para apropriação de
um determinado conhecimento estético/histórico da arte.
Será observado a evolução do aluno durante todo processo de ensino-
aprendizagem, levando em conta o nível de conhecimento, as habilidades, as
dificuldades e as facilidades de cada aluno na apropriação dos conteúdos.
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5 – Referências Bibliográficas
BARBOSA, Ana Mãe Tavares Bastos. A imagem no Ensino da Arte: ano oitenta e nove tempos. São Paulo: Perspectiva, 1978.
BRASIL, MEC. Lei 10.639/03, referente a História e Cultura Afro-brasileira e Africana.
BRASIL, MEC. Lei 11645/08, referente a História e Cultura Afro-brasileira e IndígenaPARANÁ - Secretaria do Estado e Educação. Caderno Temático da Educação no Campo.
Ensino da Arte: uma questão de compromisso.Curitiba SME-PR. 2ª edição, 1998.
Livro Didático Público - Arte / vários autores – Curitiba SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED -PR, 2006.NEWBERY, Elizabeth. Os Segredos da Arte. São Paulo: Ática, 2003.
OSTROWER, Fayga. Universos da Arte. Rio de Janeiro: Editora Campos Ltda, 1983.
PARANÁ - Secretaria do Estado e Educação. Cadernos Temáticos da Educacionais contemporâneos: Educação Ambiental. Curitiba: SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED , 2008.
PARANÁ - Secretaria do Estado e Educação - Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Curitiba SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED /DEB – 2008
Regimento Escolar – Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste – 2008.
Projeto Político Pedagógico Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste – 2012.
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9.5.2 CIÊNCIAS
1. Apresentação
De acordo com Kneller (1980), a ciência é inerentemente histórica por sua
tendência a ser cumulativa e na medida em que todo e qualquer enunciado ou conjunto
de enunciados científicos está aberto a revisão ou substituição, diante de novas provas
ou novas ideias.
A historicidade da ciência está ligada não somente ao conhecimento científico,
mas também às técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido, as
tradições de pesquisa que o produzem e as instituições que as apoiam
(KNELLER, 1980). Nesses termos, analisar o passado da ciência e daqueles
que a construíram, significa identificar as diferentes formas de pensar sobre a
Natureza nos diversos momentos históricos (PARANÁ, 2008, p. 42).
O ensino de Ciências desempenha um papel importante na aprendizagem, pois
permite o conhecimento do mundo por meio de observações, problematizações,
experimentações e descobertas que possam auxiliá-las posteriormente na resolução de
situações-problemas. São essas situações que permitem ao aluno construir e exercer
sua cidadania, pois contribui para a integridade pessoal e aproxima o aluno à natureza
e às questões do cotidiano, e entender o processo de produção do conhecimento
científico, possibilitando a discussão a cerca de como a ciência realmente funciona.
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico
que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-
se por Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo
em toda sua complexidade. Ao Homem cabe interpretar racionalmente os
fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos
fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia
e vida (PARANÁ, 2008, p. 40).
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Deve-se entender a tecnologia como recurso para resolver as necessidades do
homem, diferenciando os usos corretos e úteis daqueles prejudiciais ao equilíbrio da
natureza. Cada vez mais percebe-se a influência da ciência e da tecnologia em nossas
vidas, mudanças e inovações são cada vez mais rápidas, despertando e exigindo
intensos debates acerca do ensino de ciências.
As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a
natureza ocorre pela busca de condições favoráveis de sobrevivência. Contudo
a interferência do ser humano sobre a natureza possibilita incorporar
experiências, técnicas, conhecimento e valores produzidos na coletividade e
transmitido culturalmente. Sendo assim, a cultura, o trabalho e o processo
educacional asseguram a elaboração do conhecimento, estabelece novas
formas de pensar, de dominar a natureza, de compreendê-la, e de se apropriar
dos seus recursos. Tal conhecimento proporciona ao ser humano uma cultura
cientifica com repercussões sociais, econômicas, ética e políticas (PARANÁ,
2008, p. 41).
2. Conteúdos
Os conteúdos estruturantes de Ciências organizam os campos de estudos e de
ensino da disciplina de ciências, sendo construídos a partir da historicidade dos
conceitos científicos e visam superar a fragmentação do currículo.
Na disciplina de ciências os conteúdos estruturantes são: astronomia, matéria,
sistemas biológicos, energia e biodiversidade. Os cinco conteúdos estruturantes serão
trabalhados em todas as séries, a partir da seleção de conteúdos Básicos/Específicos
adequados ao nível de desenvolvimento cognitivo do estudante.
5ª sérieConteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Astronomia - Universo;- Sistema Solar;- Movimentos terrestres;- Movimentos celestes.
90
Matéria - Constituição da matéria.
Sistemas biológicos - Níveis de organização celular.
Energia - Formas de energia;- Conversão de energia;- Transmissão de energia.
Biodiversidade - Organização dos seres vivos;- Ecossistema;- Evolução dos seres vivos.
6ª sérieConteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Astronomia - Astros;- Movimentos terrestres;- Movimentos celestes.
Matéria - Constituição da matéria.
Sistemas biológicos - Células;- Morfologia e fisiologia dos seres vivos.
Energia - Formas de energia;- Transmissão de energia.
Biodiversidade - Origem da vida;- Organização dos seres vivos;- Sistemática.
7ª sérieConteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Astronomia - Origem e evolução do Universo.
Matéria - Constituição da matéria.
Sistemas biológicos - Células;- Morfologia e fisiologia dos seres vivos.
Energia - Formas de energia.
Biodiversidade - Evolução dos seres vivos. 8ª série
Conteúdos Estruturantes - Conteúdos Básicos
Astronomia - Astros;- Gravitação Universal.
91
Matéria - Propriedades da matéria.
Sistemas biológicos - Morfologia e fisiologia dos seres vivos;- Mecanismos de herança genética.
Energia - Conservação de energia.
Biodiversidade - Interações ecológicas
Serão tratados conteúdos específicos que envolvam História e Cultura Afro-
Brasileira e Africana (Lei 10.639/03), História da cultura Indígena (lei 11.645/08) e os
desafios Educacionais contemporâneos, sempre que tenham correlação ao conteúdo
básico trabalhado.
A Educação Ambiental será trabalhada dentro do conteúdo estruturante
“Biodiversidade”, destacando que o ser humano faz parte do meio ambiente, que os
problemas ambientais refletem com consequências que nos atingem, e a necessidade
da preservação ambiental.
3. Metodologia
Ao selecionar os conteúdos a serem ensinados na disciplina de Ciências, o
professor deverá organizar o trabalho docente tendo como referências: o tempo
disponível para o trabalho pedagógico (horas/aula semanais); o Projeto Político
Pedagógico da escola, os interesses da realidade local e regional onde a escola está
inserida, a análise crítica dos livros didáticos de Ciências disponíveis e informações
atualizadas sobre os avanços da produção científica.
Tão importante quanto selecionar conteúdos específicos para o ensino de
ciências, é a escolha de abordagens, estratégias, e recursos à mediação pedagógica. A
escolha adequada desses instrumentos contribui para que o estudante se aproprie de
conceitos científicos de forma mais significativa e para que o professor estabeleça
critérios e instrumentos de avaliação.
Para isso é necessário que os conteúdos específicos de Ciências: sejam
entendidos em sua complexidade de relações conceituais, não dissociados em áreas de
92
conhecimento físico, químico e biológico; estabeleçam relações interdisciplinares e;
sejam abordados a partir do contexto tecnológico, social, cultural, ético e político, que o
envolvem.
A história da ciência contribui para a melhoria do ensino de ciências, propicia
melhor integração dos conceitos científicos, como conteúdos específicos e como fonte
de estudo para enriquecer as estratégias de ensino que permite ao professor
compreender melhor os conceitos científicos. Porem ao abordar o uso da história da
ciência, o professor deve estar atento aos erros conceituais grosseiros, apresentados
em alguns livros didáticos como descobertas fabulosas realizadas por cientistas, uso de
cronologias, inventos, etc.
A utilização da divulgação científica é uma alternativa importante para suprir a
defasagem entre o conhecimento científico e o conhecimento científico escolar. Os
materiais de divulgação científica como revistas, jornais, documentários entre outras
requer uma adequação didática pois os mesmos não foram produzidos originalmente
para ser utilizado na sala de aula.
A atividade experimental é toda atividade prática cujo objetivo inicial é a
observação seguida de demonstração ou da manipulação de materiais, equipamentos,
substâncias, etc. Esse tipo de atividade pode contribuir para a superação de obstáculos
na aprendizagem de conceitos científicos através de interpretações, discussões, ideias
e investigações.
Ao realizar a atividade experimental, ressalta-se a importância da
contextualização do conteúdo específicos de ciências bem como da discussão da
história da ciência, da divulgação cientifica e das possíveis relações conceituais,
interdisciplinares.
O professor de Ciências responsável pela mediação entre o conhecimento
científico escolar representado por conceitos e modelos e as concepções alternativas
dos estudantes deve lançar mão de encaminhamentos metodológicos que utilizem
recursos diversos, planejados com antecedência, para assegurar a interatividade no
processo ensino-aprendizagem e a construção de conceitos de forma significativa para
93
os estudantes.
Diante de todas essas considerações propõem-se alguns encaminhamentos
metodológicos, a serem valorizados no ensino de Ciências, tais como:
• Observação – é o método que estimula no estudante a capacidade de observar
fenômenos. O estudante pode desenvolver observações e superar a simples
constatação de resultados passando para construção de hipóteses.
• Atividades Experimentais – é uma ferramenta importante no ensino
aprendizagem quando mediada pelo professor de forma a desenvolver o interesse de
investigação para formação de conceitos. Para desenvolver essas atividades poderão
ser usados não só laboratórios mas também na sala de aula, objetos comuns como
materiais reaproveitáveis, desde que proporcionem discussões e interpretações de
acordo com os conteúdos trabalhados.
• Recursos instrucionais – é um recurso importante em sala de aula e podem se
diversificados como: mapas conceituais, organogramas, diagramas, gráficos, etc. são
usados na análise do conteúdo cientifico no trabalho pedagógico e na avaliação do
conteúdo.
• Lúdico – é uma prática pedagógica que permitirá a interação do estudante com
o mundo, promovendo a imaginação, a exploração, a curiosidade e o interesse
aumentando o nível de suas percepções e re-estruturação cognitiva.
• Problematização e contextualização – que possibilitará a aproximação entre o
conhecimento alternativo dentro do contexto histórico e geográfico do estudante e o
conhecimento científico escolar que se pretende ensinar.
• Interdisciplinaridade – permitirá a articulação de conteúdos específicos da
disciplina de ciências com conceitos, modelos e práticas de outras disciplinas que
contribuirá para o entendimento do conteúdo.
• Pesquisa – através dessa estratégia de ensino, o aluno deverá procurar e
organizar o material de pesquisa, após a interpretação, a atividade será na forma
escrita e/ou oral. O texto ou a apresentação oral deverá explicitar seu entendimento e
compreensão crítica do conteúdo pesquisado.
94
• Leitura científica – esse recurso pedagógico propiciará um maior
aprofundamento de conceitos. Porém a análise prévia do professor é indispensável
para avaliar o grau de dificuldade da abordagem do conteúdo.
• Atividade em grupo – o estudante terá oportunidade de trocar experiências,
propor e confrontar ideias e desenvolver espírito de equipe. Essa atividade permite
aproximar o estudo de ciências dos problemas reais.
O processo ensino-aprendizagem pode ser bem articulado com o uso de:
• recursos pedagógicos/tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais
como: livro didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinhos,
música, quadro de giz, mapa (geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo,
modelo didático (torso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre
outros), microscópio, lupa, jogo, telescópio, televisor, Tv Pen Drive, DVDs, computador,
projetor de imagens, entre outros;
• de recursos instrucionais, como organogramas, mapas conceituais, mapas de
relações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros;
• de alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, usina de
beneficiamento de leite (LATCO), indústria de bebidas (Latco Beverages) Usina de
Cana de açúcar, produtores hortifrutigranjeiros, abatedouros, feiras, museus,
laboratórios, exposições de ciência, seminários e debates.
Os conteúdos trabalhados na Educação de Jovens e Adultos - EJA seguirão os
três articuladores propostos: cultura, trabalho e tempo, os quais estarão inter-
relacionados.
As atividades serão desenvolvidas através de discussões relevantes sobre o
trabalho e a relação de saberes.
As experiências, projetos, ideias, aulas expositivas, pesquisa, devem estar
fundamentadas em valores éticos dando ênfase às atividades que permitam integrar os
diferentes saberes a fim de tornar vivos e significativos os conteúdos selecionados.
Os recursos audiovisuais, livros, jornais, revistas e internet serão utilizados como
apoio na construção dos saberes.
95
4. Avaliação
A avaliação se dará ao longo do processo de ensino e de aprendizagem
possibilitando ao professor, por meio de uma interação diária com os alunos,
contribuições importantes para verificar em que medida os alunos se apropriaram dos
conteúdos específicos.
O processo avaliativo deve ser organizado de forma sistemática e a partir de
critérios avaliativos, estabelecidos pelo professor, que considerem aspectos como os
conhecimentos que os alunos possuem sobre determinados conteúdos, a prática social
desses alunos, o confronto entre esses conhecimentos e os conteúdos específicos, as
relações e interações estabelecidas por eles no seu progresso cognitivo ao longo do
processo de ensino e de aprendizagem e, no seu cotidiano. Os instrumentos avaliativos
devem ser diversificados, tais como provas (não classificatórias), debates, simpósios,
relatórios, trabalho de pesquisa bibliográfica, , seminários, elaboração de painéis,
produção de texto, construção de tabelas e gráficos. Estes instrumentos devem
possibilitar aos alunos expressarem os avanços na aprendizagem à medida que
interpretam, produzem, discutem, relacionam, refletem, analisam, justificam, se
posicionam e argumentam, defendendo o próprio ponto de vista.
Em Astronomia, serão verificados a compreensão sobre origem e evolução do
universo, conceitos astronômicos, como os modelos heliocentrismo e geocentrismo, a
relação entre movimentos celestes e acontecimentos como fases da Lua, estações do
ano, movimento aparente do Sol, entre outros.
Será averiguado o entendimento sobre a constituição dos corpos, como eles se
apresentam aos nossos sentidos, as propriedades da matéria, assim como a sua
transformação e manutenção.
Sobre energia, será averiguado o entendimento de questões sobre a
conservação, transformação de uma forma de energia em outra e a transmissão de
energia.
96
Serão verificadas a compreensão sobre a constituição dos sistemas do
organismo, desde os componentes celulares e suas respectivas funções, até o
funcionamento dos sistemas quer constituem os diferentes grupos de seres vivos.
Será avaliado a compreensão sobre o conceito de biodiversidade, considerando
as relações ecológicas entre as espécies atuais e extintas, com o ambiente ao qual se
adaptaram, viveram e ainda vivem e, os processos evolutivos pelos quais tais espécies
têm sofrido transformações.
A Recuperação de Estudos ocorrerá de forma permanente e concomitante ao
processo ensino aprendizagem e será proporcionada a todos os alunos. Os conteúdos
não apropriados serão retomados através de atividades diversificadas buscando melhor
aproveitamento.
5 – Referências Bibliográficas
PARANÁ, SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED . Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental. Curitiba, 2008.
SAVIANI, D. Escola e Democracia. 29. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 1995.
SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 5 ed. Capinas, SP: Autores Associados, 1995.
VALLE, Cecília. Coleção Ciências. 1 ed. Curitiba, PR: Editora Positivo. 2004.
BARROS, Carlos; PAULINO, Wilson. Coleção Ciências. 3 ed. São Paulo, Editora Ática. 2008.
Projeto Político Pedagógico – Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste. - PR – 2012.
Regimento Escolar – Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste – 2008.
Brasil, MEC, Lei 10.639/03, referente a História e Cultura Afro-brasileira e Africana.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Cadernos Temáticos Desafios Educacionais Contemporâneos: Educação no Campo. Curitiba: SEED , 2008.
Brasil, MEC, Lei 11645/08, referente a História e Cultura Afro-brasileira e Indígena
97
9.5.3 EDUCAÇÃO FÍSICA
1- Apresentação
De acordo com a evolução histórica da Educação Física ao longo do tempo, esta
disciplina esteve inserida nos diferentes contextos e atuou de acordo com interesses e
propósito políticos e sociais do momento, desenvolveu um corpo de conhecimento,
teorias e metodologias. A Educação Física como área do conhecimento, proveniente da
experiência e produção humana, sofre ao longo do tempo, transformações e no
momento atual possui a importância primordial no que diz respeito à sociedade e a
relação das diferentes manifestações presentes na cultura corporal.
Através do corpo em movimento e suas inter-relações e diferentes formas de
manifestações deve expressar a autonomia do educando, estimulando-o a refletir sobre
as condições sociais, políticas e econômicas, bem como sua relação com as situações
atuais na sociedade e na comunidade escolar como um todo, podendo desta forma
intervir na busca de melhores condições, destacando-se como cidadão atuante na sua
esfera social.
A Educação Física é a cultura corporal do movimento, que integra os aspectos
sociais para que os diferentes grupos e as diferentes culturas, proporcionando
condições para que o mesmo possa usufruir plenamente dos benefícios dos jogos,
esportes, danças, ginásticas, lutas conhecimentos sobre o corpo, em benefício do
exercício crítico da cidadania e da melhoria da qualidade de vida.
Dentro desta linha de trabalho as aulas de Educação Física devem acontecer de
forma diversificada e enriquecedora, expressando nos seus diferentes desdobramentos,
ocupando espaço especial e muito valorizado pelos nossos educandos.
A Educação Física é mais do que jogar, é mais do que ensinar habilidades e
técnicas. Atualmente seu ensino tem avançado significativamente para preocupações
pautadas por disciplinas variadas que proporcionam o entendimento do corpo, pois ela
permite diferentes abordagens das práticas corporais: biológicas antropológicas,
sociológicas, psicológicas, filosóficas e política visando à formação do educando.
98
Portanto, não será apêndice das demais disciplinas, nem das atividades escolares, nem
momento subordinado e compensatório para as durezas das aulas em sala, pois ela, é
parte integrante do processo de escolarização, seu compromisso é com a escola e com
a formação humana, sejam as aulas ministradas na quadra ou em qualquer outro
ambiente escolar. Através da superação das atividades tradicionais da Educação Física
devemos contemplar formas diferenciadas de manifestações corporais, procurando a
reflexão do significado do corpo no mundo moderno.
- Proporcionar aos alunos a prática esportiva tendo como valores o coletivo, a
solidariedade e respeito humano tendo a compreensão do jogo a dois, jogar com o
companheiro e jogar contra o mesmo.
Possibilitar trabalhos que envolvam dança e luta, propiciando aos alunos
conhecimentos a manifestação da cultura humana, historicamente produzida.
Proporcionar aos alunos o direito e acesso a pratica esportiva, adaptando o esporte a
realidade escolar.
Buscar e oportunizar a prática da atividade física aos educandos de diversos
estereótipos bem como aos de necessidades especiais.
Ampliar o campo de intervenção da Educação Física para além das abordagens
centradas na motricidade.
Desenvolver práticas corporais tendo do princípio básico o desenvolvimento dos
diversos aspectos do ser humano, ou seja, psicomotor, cognitivo e social.
Propiciar ao aluno uma visão crítica do mundo e da sociedade na qual esta inserido.
Estimular os alunos a interessarem pela prática esportiva, observando suas normas e
que as mesmas sejam aplicadas na vida cotidiana.
Estimular a reflexão sobre o acervo de formas e representações do mundo que o
homem tem produzido através de expressões corporais como: jogos, lutas, danças,
ginásticas, esporte e outros.
99
2 - Conteúdos
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- esporte
- dança
- ginástica
- lutas
- jogos e brincadeiras
CONTEÚDOS BÁSICOS
Todas as Séries:
- Esportes Coletivos
- Esportes Individuais
- Dança
- Ginástica
- Lutas
3 - Metodologia
Será utilizada de acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação básica
(ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS, p. 72) que proporciona ao aluno um
conhecimento maior do de mundo por meio da cultura corporal, indo assim, além do
tecnicismo e na esportivação das práticas corporais. Esta abordagem metodológica
encontra sua referência da pedagogia histórico-crítica, estando centrada no princípio da
igualdade entre os seres humanos, em termos reais. Portanto as aulas de Educação
Física serão utilizadas com possibilidade de se alcançar transformações sócias.
100
Também proporcionarão a oportunidade para que todos os alunos desenvolvam suas
potencialidades, de forma inclusiva, não seletiva e respeitando a individualidade do
educando tendo o professor de transformar suas aulas em algo agradável tendo assim
a participação integral dos educandos;
Ao pensar o encaminhamento metodológico para as aulas de Educação Física,
deve-se levar em conta, inicialmente, aquilo que o aluno traz como referência acerca
dos conteúdos propostos, é a primeira leitura da realidade, sendo este momento
caracterizado como preparação e mobilização do aluno para a construção do
conhecimento escolar.
Após esta investigação, daquilo que os alunos conhecem sobre o tema, propõe-
se um desafio, remetendo-o ao cotidiano, criando um ambiente de dúvida sobre
conhecimentos prévios.
Posteriormente, apresenta-se aos alunos o conteúdo sistematizado, para que
tenham condições de assimilação e recriação do mesmo.
Finalizando a aula ou o conjunto de aulas, será solicitado aos alunos que criem
outras variações do jogo e vivencie as mesmas. Neste momento acontecerá um dialogo
que permita ao aluno avaliar o processo de ensino aprendizagem.
A abordagem metodológica da Educação de Jovens e Adultos - EJA será
norteada por três eixos articuladores, sendo: Cultura, trabalho e tempo, os quais serão
inter-relacionados.
A cultura norteará a ação pedagógica, focando na diversidade cultural e
sistematizando as experiências vividas pela comunidade escolar, objetivando a criação
de trabalhos ampliando o universo cultural do educando.
O trabalho no contexto da Educação de Jovens e Adultos - EJA terá como
objetivo melhorar a qualidade de vida e dar acesso aos bens produzidos pela
comunidade.
O terceiro eixo é o tempo, o qual deve ser adaptado a necessidade dos
educandos, atendendo interesses e necessidades e respeitando o tempo próprio de
aprendizagem e retenção de conhecimento dos mesmos.
101
Portanto as aulas de Educação Física serão utilizadas com possibilidade de se
alcançar transformações sócias. Também proporcionarão a oportunidade para que
todos os alunos desenvolvam suas potencialidades, de forma inclusiva, não seletiva e
respeitando a individualidade do educando tendo o professor de transformar suas aulas
em algo agradável tendo assim a participação integral dos educandos, de modo que
num primeiro momento os conteúdos da aula são apresentados aos alunos e
problematizados, buscando as melhores formas de execução a fim de descobrir as
possibilidades e os limites de cada um no desenvolvimento da atividade proposta, após
o primeiro momento, vem à fase do desenvolvimento das atividades, onde o professor
observa as atividades realizadas pelo aluno e as diferentes manifestações advindas da
prática corporal, e em um terceiro momento acontecerá os registros para posterior
orientação ou intervenção pedagógica.
4 – Avaliação
Um aspecto importante a ser garantido é a não exclusão, ou seja, a avaliação
deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, permeando o conjunto de
ações pedagógicas e não sendo um elemento externo ao processo, sendo que a
avaliação deve estar vinculada ao projeto político pedagógico da escola, e os critérios
para avaliação devem estar estabelecidos, considerando o comprometimento e
envolvimento dos alunos no processo pedagógico.
Partindo-se desses critérios, a avaliação deve se caracterizar como um processo
contínuo, permanente e cumulativo, sendo o trabalho do professor sustentado nas
diversas práticas corporais, como o esporte, jogos e brincadeiras, ginástica, dança e
luta.
A avaliação estará relacionada com os encaminhamentos metodológicos, isto é,
tanto o professor quanto os alunos poderão revisitar o trabalho realizado, identificando
avanços e dificuldades no processo pedagógico, objetivando replanejamento e
encaminhamentos que reconheçam os acertos e superação de dificuldades
102
constatadas.
Ainda serão utilizados instrumentos que permitam aos alunos se autoavaliarem,
reconhecendo seus limites e possibilidades para que possam ser agentes do seu
próprio processo aprendizagem.
Provas práticas e teóricas e trabalhados diversos bem como a recuperação
paralela serão referência para redimencionar a ação pedagógica, não servindo
exclusivamente para dar notas, ou seja, aprovar ou reprovar o aluno, mas servirá como
referência para nortear o trabalho, compreendendo este processo como contínuo,
permanente e cumulativo.
5 - Referências
BRASIL, MEC. Lei 10.639/03, referente a História e Cultura Afro-brasileira e Africana.
BRASIL, MEC. Lei 11645/08, referente a História e Cultura Afro-brasileira e IndígenaPARANÁ - Secretaria do Estado e Educação. Caderno Temático da Educação no Campo.
Coleção Educação Física Escolar: No principio de totalidade e na concepção histórico-crítica-social, São Paulo, Ícone 2003.
Projeto Político Pedagógico – Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste. - PR – 2012.Regimento Escolar – Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste – 2008.
Caderno Temático da Educação no Campo.
Lei 11645/08, referente a História e Cultura Afro-brasileira e Indígena
PARANÁ, SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED . Diretrizes Curriculares de Educação Física para o Ensino Fundamental. Curitiba, 2008.
103
9.5.4 ENSINO RELIGIOSO
1 - Apresentação
O Ensino Religioso historicamente expressava a proximidade de Império com a
Igreja Católica. Depois com o advento da República, a nova Constituição separou o
Estado da Igreja e o Ensino passou a ser laico. Mesmo assim a presença das aulas de
religião foi mantida nos Currículos escolares, isso se deve ao poder da Igreja junto ao
Estado.
“Aquilo que para as Igrejas é objeto de fé, para escola é objeto de estudo e
conhecimentos diversos entre várias religiões . Isto supõe a distinção entre fé e
crença entre o ato subjetivo de crer e o fato que o expresso. Essa condição
implica na superação de identificação entre religião e Igreja, salientando sua
função social e o potencial da humanização das culturas. Por isso, o Ensino
Religioso na escola Pública não pode ser concebido, de maneira nenhuma,
como uma espécie de licitação para as Igrejas.”(COSTELLA, 2004, p.97-107.)
O Ensino Religioso é importante como disciplina porque é uma área do
conhecimento enquanto que Religião faz parte da cultura de cada povo. Visa prevenir e
combater a intolerância religiosa, inclusive no que diz respeito a religiões minoritárias e
os cultos afro-brasileiros.
Tendo como objetivo superar as tradicionais aulas de religião e entende essa
disciplina escolar como processo pedagógico, cujo enfoque é o entendimento das
culturas sobre o sagrado e a diversidade religiosa,adquirindo através do ensino além do
conhecimento o respeito a cada religião.
Estudar o sagrado explicitando a experiência que perpassa as diferentes
culturas, portanto o Ensino Religioso visa a propiciar aos educandos a oportunidade de
identificação, de entendimento de conhecimento de aprendizagem em relação às
diferentes manifestações religiosas presentes na sociedade de tal forma que tenha a
104
amplitude da própria cultura em que se insere, essa compreensão deve favorecer o
respeito a diversidade cultural religiosa em suas relações étnica e sociais diante da
sociedade, fomentando, medidas de repudio a toda e qualquer forma de preconceito e
discriminação e com reconhecimento de que todos nós somos portadores de
singularidades.
Assim, o Ensino Religioso permitirá que os educandos possam refletir e entender
como grupos sociais se constitui culturalmente e como se relacionam com o Sagrado.
E, ainda compreender suas trajetórias, suas manifestações no espaço escolar,
estabelecendo relações entre culturas, espaços e diferenças para que no entendimento
destes elementos, o educando possa elaborar o seu saber passando a entender a
diversidade de nossa cultura, marcada pela religiosidade através deste ensino.
O Ensino Religioso define como objeto de estudo o sagrado como foco do
fenômeno religioso, por contemplar algo presente em todas as manifestações
religiosas.
O sagrado perpassa todo o currículo de Ensino Religioso, de modo a permitir
uma análise mais complexa de sua presença nas diferentes manifestações
religiosas,exaltando o repeito a cada uma delas.
2- Conteúdos Estruturantes:
Paisagem Religiosa
Universo Simbólico Religioso
Textos Sagrados
3- Conteúdos Básicos
5ª Série
Organizações Religiosas;
Lugares Sagrados;
Textos Sagrados orais ou escritos;
Símbolos Religiosos;
105
6ª Série
Temporalidade Sagrada;
Festas Religiosas;
Ritos;
Vida e Morte.
Observação: Os conteúdos referentes a História e a cultura Afro-brasileira e
Indígena ( Lei 10.639/03 e lei 11.645/08) História do Paraná (Lei 13.381/01 ) e os
Desafios Educacionais Contemporâneos serão trabalhados ao longo do período letivo
perpassando os conteúdos acima.
4 - Encaminhamentos Metodológicos
As práticas pedagógicas desenvolvidas no Ensino Religioso com aulas
dialogadas fomentarão o respeito às diversas manifestações religiosas. O Ensino
Religioso enquanto disciplina, será considerado sempre no contexto da escola, partindo
das manifestações religiosas conhecidas para chegar nos desconhecidos.
Torna-se importantíssimo destacar que os conteúdos a serem ministrados nas
aulas de Ensino Religioso não têm o compromisso de legitimar de sagrado em prejuízo
de outras, porque a escola não é um espaço de doutrinação nem de evangelização de
expressão de ritos, símbolos, campanhas e celebrações. Para corresponder a esse
propósito, a linguagem a ser adotada nas aulas de Ensino Religioso, referente a cada
expressão do Sagrado, é a pedagógica e não a religiosa é a adequada ao universo
escolar.
Será respeitado a liberdade de consciência e a opção religiosa do educando,
razão pela qual a reflexão e a análise dos conteúdos valorização aspectos
reconhecidos como pertinentes ao universo do Sagrado e da diversidade sociocultural.
Portanto, para a efetividade do processo pedagógico na disciplina de Ensino
Religioso, será destacado o conhecimento das bases teóricas que compõem o universo
106
das diferentes culturas nas quais se firmam o Sagrado e suas expressões coletivas.
Serão estabelecidas discussões sobre o Sagrado numa perspectiva laica;
Desenvolvendo uma cultura de respeito à diversidade religiosa e cultural.
5- Avaliação
Cabe ao professor a implementação de práticas avaliativas que permitam a
acompanhar o processo da apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela classe,
tendo como base os conteúdos tratados e seus objetivos.
O professor observará as diferentes situações de ensino e aprendizagem.
Avaliará em que medida, o aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas de
classe que tem opções religiosas diferentes da sua, se aceita as diferenças e
reconhece que o sagrado religioso é um dado da cultura de cada grupo social e se o
aluno emprega conceitos adequados para referir às diferentes manifestações e
sagrado.
Reconhecer que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade de
cada grupo social.
O professor fará anotações (registros) quando necessário ao avaliar.
6- Referências Bibliográficas
BRASIL, MEC. Lei 10.639/03, referente a História e Cultura Afro-brasileira e Africana.
BRASIL, MEC. Lei 11645/08, referente a História e Cultura Afro-brasileira e IndígenaPARANÁ - Secretaria do Estado e Educação. Caderno Temático da Educação no Campo.
PARANÁ – Secretaria de estado da educação - Diretrizes Curriculares de Educação Física do Ensino Fundamental – 2008.
Diversidade Religiosa e Direitos Humanos Artigo 5ª, inciso VI, da Constituição Federal, Brasil – 1988.
CANDIDO Viviane Cristina Encaminhamentos Metodológico do Ensino Religioso.
107
Livro Didático Público de Ensino Religioso – 2006.
Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste - 2012.
Caderno Temático da Educação no Campo.
Regimento Escolar do Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste 2008.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED . Caderno Pedagógico de Ensino Religioso – O Sagrado no Ensino Religioso.
108
9.5.5 GEOGRAFIA
1 - Apresentação
Considerada por alguns como uma das mais antigas disciplinas acadêmicas, a
geografia surgiu na Antiga Grécia, sendo no começo chamado de história natural ou
filosofia natural. Grande parte do mundo ocidental conhecido era dominada pelos
gregos, em especial o leste do Mediterrâneo.
Já no século XV, viajantes como Bartolomeu Dias e Cristóvão Colombo
redescobririam o interesse pela exploração, pela descrição geográfica e pelo
mapeamento. A confirmação do formato global da Terra, veio quinze anos mais tarde,
em uma viagem de circunavegação realizada pelo navegador português Fernando
Magalhães, permitindo uma maior precisão das medidas e observações.
Grandes nomes se empenharam no estudo das várias áreas da geografia. A
geografia social, por exemplo, recebeu a dedicação de nomes como Goethe, Kant, e
Montesquieu, preocupados em estabelecer em seu estudo a relação entre a
humanidade e o meio ambiente. A geografia recebeu novas subdivisões, entre as quais,
a geografia antropológica e a geografia política.
RITTER, KARL - Geógrafo alemão, conhecido como fundador da moderna
ciência da geografia.
RATZEL, FRIEDRICH - Geógrafo e etnólogo alemão fundador da geografia
política moderna (ou geopolítica), o estudo da influência do ambiente na política de uma
nação ou sociedade.
Chegaram os anos 60 com todas as suas revoluções, e o desejo de fazer da
geografia um estudo mais científico, mais aceito como disciplina, levaram à adoção da
estatística como recurso de apoio. No final da década, duas novas técnicas de suma
importância para a geografia começavam a ser desenvolvidas: o computador eletrônico
e o satélite, dando nova ênfase à disciplina.
A Geografia é a ciência que estuda, analisa e explica o espaço produzido pelo
homem. Ao estudar certos tipos de organização do espaço, procura-se compreender as
causas que deram origem às formas resultantes das relações entre sociedade e
109
natureza. Para entendê-la, faz-se necessário compreender como os homens se
relacionam entre si.
A Geografia é uma disciplina, que estuda e revela as relações, seja entre os
homens, seja entre o homem e a natureza ou entre Estados e Nação tendo lugar
privilegiado na construção pelo aluno, do conhecimento do espaço historicamente
produzido. E o estudo da Geografia será fator fundamental na formação de um aluno
cidadão na medida em que permitir a ele apropriar-se desse conhecimento seja de
compreender criticamente sua realidade.
Essa ciência geográfica tem por objeto de estudo o espaço; não o espaço
cartesiano, mas o espaço produzido através das relações entre o homem e o meio,
envolvendo aspectos dialéticos e fenomenológicos. A concepção dialética do espaço
geográfico entende que a natureza humanizada influencia e é influenciada pela
sociedade que produz e reproduz o seu espaço.
Como ciência que estuda o espaço organizado pela sociedade, e portanto, a
própria sociedade, a Geografia pode contribuir muito para a sua formação como
cidadão consciente, capaz de compreender o mundo que o cerca e ter uma atitude de
transformá-lo de modo a colaborar para que a miséria e ignorância, deixem de fazer
parte da vida de tantas mulheres e tantos homens, adultos e crianças.
O processo produtivo na construção do espaço é conteúdo estruturante na
Educação Básica e deve possibilitar ao aluno a compreensão sócio-histórica das
relações de produção capitalista, para que ele reflita sobre as questões
socioambientais, políticas, econômicas e culturais, materializadas no espaço
geográfico. Sob tal perspectiva, considera-se que o aluno é agente da construção do
espaço e, portanto, é também papel da Geografia subsidiá-los para interferir
conscientemente na realidade.
A concepção que se pretende hoje de geografia é fornecer subsídios que
permitam ao aluno compreender a realidade que a cerca em sua dimensão espacial,
tanto física quanto humana, e o contexto de suas transformações, velocidade e
110
complexidade, por ser esta a contribuição especifica da geografia em qualquer
instância, seja relacionada a pesquisa ao ensino e a própria vida.
A disciplina geográfica tem como objetivo geral um ensino capaz de fornecer aos
alunos conhecimentos específicos da Geografia, com a qual ele possa localizar, ler,
interpretar e refletir criticamente o espaço geográfico, sem deixar de considerara a
diversidade das temáticas geográficas e suas diferentes formas de abordagem.
Desenvolvendo o raciocínio geográfico, isto é, pensar a realidade geograficamente e
despertar uma consciência espacial.
2 – Conteúdos estruturantes e básicos
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão socioambiental
Dinâmica cultural e demográfica
Conteúdos básicos da 5ª série
Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.
Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
A formação, localização e exploração e utilização dos recursos naturais.
A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem,
a (re) organização do espaço geográfico.
As relações entre campo e cidade na sociedade capitalista.
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade
111
cultural.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
Conteúdos básicos da 6ª série
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração das fronteiras do
território brasileiro.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção;
As diversas regionalizações do espaço brasileiro.
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatíticos
da população.
Movimentos migratórios e suas motivações.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização.
A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço
geográfico.
A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.
Conteúdos básicos da 7ª série
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do
continente americano.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do estado.
112
O comércio em suas implicações socioespaciais.
A circulação de mão de obra, do capital, das mercadorias e das informações.
A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço
geográfico.
As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatíticos
da população.
Os movimentos migratórios e suas motivações.
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
A formação, e a localização, exploração dos recursos naturais.
Conteúdos básicos da 8ª série
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do estado.
A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da
produção.
O comércio mundial e as implicações socioespaciais.
A formação, a mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatístico
da população.
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.
A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a
(re) organização do espaço geográfico.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
113
O espaço em rede: produção, transporte, e comunicações na atual configuração
territorial.
3 - Encaminhamentos Metodológicos
O encaminhamento metodológico dos conteúdos propostos nas diferentes séries
do Ensino fundamental e na Educação de Jovens e Adultos - EJA serão abordados por
meio de tendências metodológicas que fundamentam a prática docente.
Em meio às rápidas transformações que ocorrem no mundo, na qual ocorre a
voraz penetração da tecnologia e da mídia, há necessidade de ministrar aulas
interessantes e atraentes, ou seja, aulas com uso de recursos tecnológicos disponíveis
hoje nas escolas, como a TV multimidia, internet ou outros recursos que o computador
nos propícia, que poderá torna nossas aulas mais atrativas. É interessante que efetive o
estudo levando em conta a realidade da vivência do aluno, indo além da concentração e
descrição, para entender que a realidade espacial é produzida por força contraditória no
seio de uma sociedade no contexto histórico.
Uma metodologia crítica e dinâmica deve sempre procurar proporcionar ao aluno
o contato com a realidade que o cerca. Os conteúdos específicos são abordados nas
perspectivas socioambiental, cultural, econômica e política. Uma vez que a Geografia
tendo como seu objeto de estudo o espaço geográfico, que é compreendido como
resultado da integração entre dinâmica físico-natural e dinâmica humano-social.
Ao invés de simplesmente apresentar o conteúdo que será trabalhado,
recomenda-se que o professor crie uma situação problema, instigante e provocativo.
Essa problematização inicial tem por objetivo mobilizar o aluno para o conhecimento.
Por isso, de modo que se torne sujeito do seu processo de aprendizagem
(VASCONCELOS, 1993).
Na Educação de Jovens e Adultos – EJA, compete ao professor investigar o
conhecimento do senso comum do aluno e a partir daí organizar os conteúdos
114
contemplando a diversidade cultural, as relações humanas, o trabalho e o tempo de
cada aluno, considerando que a apropriação destes conceitos pelos alunos é
processual, e deste modo exigirá que seja constantemente retomado, num tempo
necessário de aprendizagem, adaptado às necessidades dos educandos que participam
do mundo trabalho, exigindo uma metodologia específica e mais flexível, que propicie a
ele uma forma de pensar mais crítica e maior compreensão de si mesmo, do outro e do
mundo.
O aluno deve observar a geografia como construção da humanidade dentro de
um processo dinâmico que envolve as relações sociais e, como tal, aplicá- la com
autonomia, desenvolvendo pensamento crítico partindo do simples para o complexo e
vice-versa, interpretando diferentes relações na busca de soluções de problemas.
Para que o aluno consiga ter uma aprendizagem satisfatória, faz-se necessário
procurar meios que elevem o mesmo a sentir-se motivado, para que através dessa
motivação ele consiga seu desenvolvimento intelectual, estimule sua criatividade, sua
intuição e sua capacidade de análise crítica.
Nossa preocupação está voltada para “o saber ouvir” nossos alunos, para saber
qual a melhor forma de auxiliá-los no seu desenvolvimento.
Essa interação entre professor e estudante deve proporcionar uma educação
para a transformação e não para a reprodução.
4 - Avaliação
No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de
diagnóstico do processo ensino-aprendizagem tanto como instrumento de investigação
da prática pedagógica, sempre com uma dimensão formadora, uma vez que, o fim
desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja
uma reflexão sobre à ação da prática pedagógica.
115
A avaliação deve ser algo muito além de apenas uma definição de nota ou de
um conceito, mas algo que além de nortear o trabalho do professor, possa apontar
dificuldades e possibilitar a intervenção pedagógica.
A avaliação será cumulativa, processual, formativa e contínua, porém registrada
de maneira organizada e criteriosa, sempre priorizando a qualidade e o processo de
aprendizagem, pois estará a determinados momentos retomando o ensino que de
alguma maneira não tenha sido satisfatória a assimilação.
A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão das
dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para
que essa aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da comunidade,
da sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço onde os alunos
estão inseridos
5 - Referências Bibliográficas
PARANÁ - Secretaria do Estado da Educação, Diretrizes Curriculares do Ensino de Geografia para o Ensino Fundamental – 2008.
Caderno Temático - Educação do Campo.
Cadernos Temáticos - História e Cultura Afro-brasileira e Africana, SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED 2006.
Lei 10.639/03, referente a História e Cultura Afro-brasileira e Africana.
Lei 11.645/08, referente a História e Cultura Afro-brasileira e Indígena.
ANDRADE, M. C. de Geografia ciência da sociedade. São Paulo; Atlas, 1987.
CARLOS, A.F.A. (org.) A geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto , 1999.
CRISTOFOLETTI, A. (org.) Perspectiva da geografia. São Paulo: Difel, 1982.
CLAVAL, P. O papel da geografia cultural na compreensão da ação humana. In ROSENDAHL, Z. e CORRÊA, R. L. Matrizes da geografia cultural. Rio de Janeiro: Ed. UERJ, 2001.
CORREA, R. L. Região e organização espacial. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997.
116
BOLIGIAN. LEVON et alli. Geografia espaço e vivência. São Paulo: Atual, 2004.
SANTOS. M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000.
_________. Técnica, espaço, tempo – Globalização e meio técnico-científico informal. São Paulo: Hucitec, 1996
_________. Metamorfoses do espaço habitado. São Paulo: Hucitec, 1988.
OBRA COLETIVA (desenvolvida e produzida pela Editora Moderna), Projeto Araribá – Geografia. São Paulo: Moderna, 2006.
Projeto Político Pedagógico: Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste – 2012.
Regimento Escolar: Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste – 2008
117
9.5.6 HISTÓRIA
1 - Apresentação
“Com a criação do Colégio Pedro II, em 137. No mesmo ano, foi criado o Instituto
Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), que institui a História como disciplina
acadêmica”(DCEs, 2009,p.38).
Em 1901, foi alterado o currículo do Colégio e proposto que a História do Brasil
passasse a compor a cadeira de História Universal, ficando a História do Brasil relegada
a segundo plano pelos professores. Somente no governo de Getúlio Vargas (1882 –
1954), a História do Brasil retorna nos currículos escolares por meio da Lei Orgânica do
Ensino Secundário de 1942. Pela Lei nº 5.692 de 1971, foi instituído o ensino de
Estudos Sociais no Ensino de Primeiro Grau, a partir de 1964, o ensino de História se
manteve pautado nos feitos dos grandes heróis com caráter político. A aproximação
entre a Educação Básica e a Superior seria retomada apenas a partir da década de
1980 com o fim da ditadura militar e o início do processo de redemocratização da
sociedade.
Em 1990 no Paraná, houve a tentativa de aproximar a produção acadêmica de
História ao ensino dessa disciplina no Primeiro Grau, por meio do Currículo Básico para
a Escola Pública do Estado do Paraná. No encaminhamento metodológico, o Currículo
Básico indicou o trabalho didático com outras linguagens da História, sem tecer
orientações para sua realização, tendeu a uma supervalorização dos conteúdos
significativos, mas não os esclareceu adequadamente nem os relacionou de modo
efetivo aos conteúdos propostos. O Estado do Paraná incorporou, no final da década de
1990, os Parâmetros Curriculares Nacionais como referência para a organização
curricular da Rede Pública Estadual. Mesmo com os PCNs, O Estado continuou não
oferecendo formação continuada adequada aos professores. Com base em conteúdos
conceituais, atitudinais e procedimentais, a organização dos PCNs privilegiou uma
abordagem psicológica e sociológica dos conteúdos, no Ensino Fundamental e
118
minimizou a abordagem do objetivo de estudos da disciplina de História e do
pensamento crítico.
Em 2003, a SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED elaborou as
Diretrizes Curriculares para o Ensino de História. Dentro das DCEs destaca-se o
cumprimento a nº 13.381/01 que torna obrigatório os conteúdos de História do Paraná e
a Lei nº 10,639/03 a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira;
dentro deste documento, a organização do currículo para o ensino de História tem como
referência os conteúdos estruturantes, entendidos como saberes que aproximam e
organizam os campos da História e seus objetivos. Os conteúdos estruturantes são
identificados no processo histórico da disciplina e no referencial teórico que sustenta a
investigação da História política, socioeconômico e cultural, à luz da Nova Esquerda
Inglesa e da Nova História Cultural, que insere conceitos relativos à consciência
histórica.
O que pretende com o ensino da História, é que o aluno tenha acesso ao
conhecimento historicamente acumulado e reflita criticamente sobre ele. De posse
desse conhecimento, o aluno poderá se situar no tempo e na sociedade, estabelecendo
relações com outros, em outros tempos.
Ao estudar as diferentes sociedades, é possível aprender que a transformação
apresente ritmos diferentes, portanto, faz-se necessário a abordagem da questão da
inserção da Cultura Afro-brasileira, visando à divulgação e estudo da participação dos
africanos e de seus descendentes em episódios da História, destacando a atuação do
negro nas diferentes áreas do conhecimento, de atuação profissional, de criação
tecnológica e artística e de luta social. É importante ressaltar também, a necessidade
de direcionarmos nossos estudos à cultura do campo, cultura essa, presente em nossa
realidade escolar. Sem esquecer também a cultura indígena, destacando os povos
nativos do Brasil e em especial do Estado do Paraná.
Através das noções de tempo, será possível compreender os conceitos de
temporalidade (processos, mudanças, permanências, rupturas, transformações e
simultaneidade), ou seja, entender que num mesmo espaço de tempo cronológico,
119
convivem diferentes sociedades. É necessário entender também, que o espaço, assim
como o tempo, é primordial para o entendimento da História, já que o mesmo define as
possibilidades de ação e compreensão do processo histórico.
Metodologicamente, o ensino da História fará uso da recorrência histórica, que é
entendida como o diálogo estabelecido com o passado, a partir da inserção crítica no
presente destacando as questões locais, regionais e nacionais. É um ir e vir do
presente ao passado, estabelecendo relações dinâmicas e multilineares.
Os objetivos do ensino de História devem atender tanto à necessidade de
desenvolver conhecimentos intelectuais quanto à tarefa de formar cidadãos para uma
vida solidária e democrática, para isso é necessário: compreender as características da
sociedade atual, identificando as relações sociais e econômicas, os regimes políticos,
as questões ambientais, comparando-as com as características de outros tempos e
lugares; valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar as diferenças entre as pessoas,
os grupos e os povos, considerando-as um elemento importante da vida democrática;
proporcionar o estudo de micro poderes, enfatizando o sujeito comum como um agente
historiador; assim com, estabelecer relações entre os estímulos econômicos, políticos e
sociocultural dos fatos históricos.
Por fim, é importante salientar que a disciplina de História tem como foco os
processos históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo,
bem como os sentidos que os sujeitos deram às mesmas, tendo ou não consciência
dessas ações. As relações humanas produzidas por estas ações, podem ser definidas
como estruturas sócio-históricas, ou seja, são as formas de agir, de pensar ou de
raciocinar, de representar, de imaginar, de instituir, portanto, de se relacionar social,
cultural e politicamente. Devem ser consideradas também, as relações dos seres
humanos com os fenômenos naturais, tais como as condições geográficas, físicas e
biológicas de uma determinada época e local, que também se conformam a partir das
ações humanas.
120
2 - Conteúdos
Na disciplina de História para o Ensino Fundamental, as dimensões da vida
humana constituem enfoques significativos para o conhecimento da História. Assim, os
conteúdos estruturantes para esse nível de ensino são:
• Relações de trabalho
• Relações de poder
• Relações culturais
Conteúdos Básicos
5ª série
3. A experiência humana no tempo.
4. Os sujeitos e sua relação com o outro no tempo.
5. A cultura local e a cultura comum.
6ª série
5. As relações de propriedade.
1- A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.
2- As relações entre o campo e a cidade
3- Conflitos, resistências e produção cultural campo/cidade
7ª série
História das relações da humanidade com o trabalho.
O trabalho e a vida em sociedade.
O trabalho e as contradições da modernidade.
Os trabalhadores e as conquistas de direito.
8ª série
V- A constituição das instituições sociais.
121
VI- A formação do Estado.
VII- Sujeitos, guerras e revoluções.
Observação: serão tratados conteúdos específicos que envolvam a História e Cultura
Afro -Brasileira e Africana (Lei 10.639/03), História da Cultura Indígena (Lei 11.645/08),
História do Paraná (Lei 13.381/01) e os Desafios Educacionais Contemporâneos;
sempre que tenham correlação ao conteúdo básico trabalhado.
3 – Encaminhamentos Metodológicos
A metodologia empregada no desenvolvimento ou trabalho com o conteúdo
estruturante e nos conteúdos básicos, será aplicada através de aulas expositivas,
debates, exposição de ideias, relatos, leitura e interpretação de textos, história em
quadrinhos, textos usando recursos multimídias e outros. Será imprescindível o uso
das novas tecnologias disponíveis na escola entre elas o laboratório de informática, a
TV multimídia, vídeos.
As aulas serão enriquecidas através de recortes de filmes e musicas. Todos os
recursos utilizados servirão como meio para que sejam feitas interpretações individuais
e coletivas, levando os alunos a compreenderem os textos apresentados.
Para que o aluno consiga ter uma aprendizagem satisfatória, faz-se necessário
procurar meios que levem o mesmo a sentir-se motivado, para que através dessa
motivação, ele consiga seu desenvolvimento intelectual, estimule sua criatividade, sua
intuição e sua capacidade de análise crítica. Pensando nisso, relacionamos algumas
atividades que pretendemos desenvolver nas aulas de história:
Análise de documentos e textos históricos;
Análise de mapas históricos;
Analisar permanências, mudanças, diferenças e semelhanças;
Apresentação de seminários;
122
Comparações de diversos autores sobre o mesmo tema;
Leitura;
Pesquisas bibliográficas.
Na Educação de Jovens e Adultos, deve-se levar em conta três eixos
norteadores da disciplina de História, são eles: cultura (sendo necessário manter o foco
na diversidade cultural), trabalho (que ocupa a base das relações humanas
desenvolvidas ao longo da vida) e tempo (e suas variantes: escolar e pedagógico).
Considerando os três eixos articuladores que fundamentam as Diretrizes
Curriculares para Jovens a Adultos no Estado do Paraná, as orientações
metodológicas estão direcionadas para um currículo do tipo disciplinar, que não
deve ser entendido como na pedagógica tradicional, que fragmenta o processo
de conhecimento e o hierarquiza nas matérias escolares. O Currículo deve ter
forma de organização abrangente, na qual os conteúdos culturais relevantes
estejam articulados à realidade em que o educando se encontra, em favor de
um processo integrador dos diferentes saberes, a partir da contribuição das
diferentes áreas do conhecimento. (DIRETRIZES EJA, p.36)
Finalmente, ressaltamos a importância de nós professores conhecer e aplicar na
nossa prática pedagógica as diferentes metodologias de ensino que possam colaborar
para a formação de um aluno reflexivo e crítico. Lembrando que a Proposta Pedagógica
Curricular não é estática e sua ordem sequencial foi adotada para facilitar nosso
trabalho, os conteúdos desenvolvidos podem ser retomados ou antecipados, atendendo
às necessidades da turma, série e conteúdos abordados.
4 - Avaliação
Falar em avaliação em uma perspectiva transformadora significa situá-la como
elemento de uma escola democrática. Significa articular a avaliação a um projeto
educacional para a formação do aluno como cidadão crítico e participante. Nessa
perspectiva, a avaliação deve estar colocada a serviço da aprendizagem de todos os
123
alunos, de modo que permeie o conjunto das ações pedagógicas e não como um
elemento externo ao processo educacional.
A avaliação deve ser contínua, processual e cumulativa devendo privilegiar os
conteúdos que efetivamente foram tratados em sala de aula e que são essenciais para
o desenvolvimento e para a construção da consciência histórica.
Portanto, as provas escritas, não serão o único instrumento de avaliação, mas
sim toda produção realizada pelo educando, sob orientação e acompanhamento do
professor cabendo ao professor adequar cada instrumento aos critérios de avaliações.
Lembrando que é vedada a avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma
única oportunidade de aferição.
Os instrumentos utilizados para averiguar a efetivação da aprendizagem serão:
provas, testes, pesquisas, relatos, produções de textos, resumos, ilustrações,
seminários, debates, troca informal de ideias, relatos de histórias.
É necessário salientar, a importância da recuperação de estudos ao aluno neste
processo de avaliação, ela se dará concomitantemente ao processo ensino-
aprendizagem. As elaborações de recuperações paralelas dos alunos, as atividades de
recuperação, só poderão ser planejadas após ser feito o diagnóstico das dificuldades
apresentadas pelos mesmos; ou seja, é necessários que o professor, saiba quais as
dificuldades e o porquê dessas dificuldades, a partir daí, ele deverá retomar o conteúdo
de forma diferenciada para que o educando se aproprie do conteúdo em questão, e só
assim ele aplicará outra avaliação.
5 – Referências Bibliográficas
Diretrizes Estaduais Curriculares da Educação Básica de História – Secretaria de Estado da Educação e Superintendência da Educação. 2008.
Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste - 2012.
Inserção dos Conteúdos de História e Cultura Afro-Brasileira nos Currículos Escolares: Lei nº. 10.639/03.
Lei 11.645/08, referente a História e Cultura Afro-brasileira e Indígena
124
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília 2005.
Secretaria Especial e Política de Promoção da Igualdade Racial – Ministério da Educação.
Inserção dos Conteúdos de História do Paraná nos Currículos Escolares: Lei nº. 13.381/01.
BRAICK, Patrícia Ramos – História das Cavernas ao Terceiro Milênio. 2ª ed. – São Paulo, Moderna, 2006.
MONTELLATO, Andréa Rodrigues Dias – História Temática: Diversidade Cultural e Conflitos, 6ª série – São Paulo: Scipione, 2002.
BETO, César – Compreendendo a História do Paraná.
Caderno Pedagógico de História do Paraná – Representações, memórias, identidade – SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED .
Caderno Temático da Educação no Campo.
Regimento Escolar do Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste - 2008
125
9.5.7 LÍNGUA PORTUGUESA
1 - Apresentação
A Língua Portuguesa não era uma prática institucionalizada durante o período
colonial brasileiro, era restrita à alfabetização, determinada pelo caráter político, social e
de organização e controle de classes do que pelo pedagógico. Após a
institucionalização da Língua como disciplina, as primeiras práticas seguiam os moldes
do ensino do latim, para uma minoria que tinha condições de dar continuidade aos
estudos.
O ensino era regressivo e voltado para a obediência da fé, ao rei e à Lei;
eloquente, retórico e imitativo, elitista e ornamental, visando à construção de uma
civilização de aparências com base em uma educação reprodutivista, tendo como
objetivo perpetuar a ordem patriarcal e colonial vigentes na época.
Em 1837, o ensino da Língua Portuguesa tornou-se obrigatório e foi incluído no
currículo sob a forma de Gramática, Retórica e Poética, abrangendo a Literatura. No
século XIX o conteúdo de gramática passou a ser denominado Português e criado o
cargo de professor.
Com o processo de democratização iniciado em meados do século XX,
multiplicaram-se o número de alunos, as condições escolares e pedagógicas e as
necessidades trazidas pelos alunos exigiam uma nova proposta pedagógica.
Com a Lei 5.692/71, a disciplina de Português passou a denominar-se
Comunicação e Expressão nas quatro primeiras séries e Comunicação em Língua
Portuguesa nas quatro últimas séries do Ensino Fundamental.
De 1970 até o início de 1980, ocorreram muitas mudanças. A gramática deixou
de ser o enfoque principal e a teoria da comunicação passava a ser o referencial,
embora na prática da sala predominasse o normativismo. Ampliação de vagas,
professores despreparados, baixo salários e condições precárias de trabalho obrigaram
o professor a buscar alternativas para facilitar o ensino, transferindo a responsabilidade
do planejamento para o livro didático. A abertura indiscriminada de faculdades ajudou a
126
comprometer ainda mais a qualidade de ensino.
Os estudos linguísticos, a partir das décadas de 1980, mobilizaram os
professores para repensar o trabalho realizado na sala de aula. Pensadores na área
da educação contribuíram por meio de novos campos do saber como análise do
discurso, teoria da enunciação, da leitura, construção do pensamento e outros.
Os textos de linguistas como Faraco, Sírio, Possenti e Percival Leme Brito estão
presentes até hoje nos estudos e pesquisas da Língua Portuguesa.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais também fundamentaram a proposta para
a disciplina de Língua Portuguesa nas concepções interacionistas ou discursivista
propondo reflexão sobre o uso da linguagem oral e escrita.
A necessidade de novos posicionamentos em relação à prática de ensino de
Língua e Literatura conduziram os professores à discussão crítica de fundamentos
teóricos e a partir destas discussões participaram ativamente da construção coletiva
das Diretrizes Curriculares Estaduais.
Assim, a complexidade contemporânea, as mudanças ocorridas no meio social e
as relações de poder presentes nos discursos, constituindo o campo social e ao mesmo
tempo constituído por ele, requerem do professor uma percepção crítica e mudança de
postura em sua ação pedagógica.
Atualmente, a informação circula quase que simultaneamente ao desenrolar dos
fatos, onde o conceito de aprendizagem da Língua Portuguesa é muito mais que
informações. O ato de aprender pressupõe e desenvolve a capacidade de analisar,
interpretar e relacionar as informações recebidas, levando o educando a opinar sobre
os fatos e ideias e a assumir posições críticas. Assim, esta proposta, tem como objetivo
central a formação do cidadão consciente, agente e responsável.
A educação escolar tem a possibilidade de criar condições para que todos os
alunos desenvolvam suas capacidades e aprendam os conteúdos necessários para
construir instrumentos de compreensão da realidade e de participação em relações
sociais, políticas e culturais diversificadas e cada vez mais amplas, condições estas
fundamentais para o exercício da cidadania. O que pressupõe uma ampla
127
aprendizagem de uso da língua, em suas mais diversas manifestações. Isso significa
que, além do contato com os mais diversos gêneros textuais, faz-se necessário
compreender os mecanismos de funcionamento da Língua e as convenções da norma
culta.
Diante desse contexto, a Língua Portuguesa, tem o papel de aprimorar as
possibilidades do domínio discursivo na oralidade, na leitura e na escrita, objetivando
enriquecer os recursos linguísticos do aluno.
Justifica–se, assim, o ensino da disciplina por entender que a Língua Materna é
uma interação viva com as forças sociais, que permitem apreender não só o sujeito
contemporâneo, mas também as forças materiais e simbólicas a partir das quais esse
sujeito se exprime.
Partindo da concepção de língua como prática que se efetiva nas diferentes
instâncias sociais, o objeto de estudo da disciplina é a língua. A partir desse estudo é
possível:
- Ampliar o domínio dos conhecimentos discursivos e linguísticos, considerando a
diversidade de textos que circulam socialmente;
- Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada
contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e
propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;
- Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de
práticas sociais que consideram tipos de texto, assim como os elementos gramaticais
empregados na sua organização;
- Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento
crítico e a sensibilidade estética, bem como propiciar pela literatura a constituição de
um espaço dialógico que permita a expansão lúdica da oralidade, da leitura e da escrita;
-Reconhecer a importância da norma culta da língua, de maneira a propiciar
acesso aos recursos de expressão e compreensão de processos discursivos, como
128
condição para tornar o aluno capaz de enfrentar as contradições sociais em que está
inserido e para a afirmação da sua cidadania, com sujeito singular e coletivo.”(Diretrizes
Curriculares, p.23)
Conteúdo estruturante: o discurso como prática social
2 - Conteúdos Básicos
Gêneros Discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e analise linguística
serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas
sociais de circulação.
Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros nas diferentes esferas, de
acordo Com o Projeto Politico Pedagógico com a Proposta Pedagógica Curricular, com
o Plano de Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da
escola e com o nível de complexidade adequado com cada uma das séries.
Leitura
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade;
• Argumentos do texto;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Léxico;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
129
• Contexto de produção;
• Intertextualidade;
• Informações explícitas e implícitas;
• Repetição proposital de palavras;
• Ambiguidade;
• Interlocutor;
• Argumentos do texto;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Semântica
• Operadores argumentativos;
• Sentido figurado;
• Expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Conteúdo temático;
• Discurso ideológico presente no texto;
• Partículas concectivas do texto;
• Progressão referencial no texto;
• Polissemia.
•
Escrita
Contexto de produção;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Argumentatividade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Divisão do texto em parágrafos;
130
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais do texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
Processo de formação de palavras;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal/nominal;
Contexto de produção;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Conteúdo temático;
Vozes sociais presentes no texto;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Partículas conectivas do texto;
Progressão referencial no texto.
Oralidade
Tema do texto;
Finalidade;
Argumentos;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos da fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;
Semântica;
Conteúdo temático;
Elementos semânticos;
131
Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
Observação: A Lei 10.639/03 que dispõe sobre o Ensino da História e Cultura Afro-
brasileiras e a Lei 11.645/08 que dispõe sobre a História e Cultura Afro-brasileiras e
Indígena, bem como os Desafios Educacionais Contemporâneos permearão os
conteúdos no decorrer do período letivo.
3 -Metodologia
A metodologia empregada no desenvolvimento ou trabalho com o conteúdo
estruturante e nos conteúdos básicos quanto à oralidade, será aplicada através de
debates, teatro, exposição de ideias, relatos, observação da expressão oral de cada
aluno, incentivando-os a se expressarem com clareza, coerência, sequência de ideias e
originalidade. Será feita a leitura e interpretação de diferentes textos: fábulas, contos,
crônicas, poesias, charges, anedotas, revistas, jornais, cartas, histórias em
quadrinhos, acrósticos, panfletos, textos multimídia e outros.
Será imprescindível o uso das novas tecnologias disponíveis na escola, entre
elas o laboratório de informática, a TV multimídia, vídeos, multimídias, pesquisas na
internet. Serão desenvolvidas atividades para digitação dos textos, correção e
formatação, manuseio de dicionários , visitas constantes à biblioteca para o
permanente incentivo à apreciação de literatura, pois estas atividades possibilitarão aos
alunos refletir sobre os recursos linguísticos e seus efeitos de sentido nos textos, como
diz Antunes: “A gramática é constitutiva do texto, e o texto é constitutivo da atividade da
linguagem. […] Tudo o que nos deve interessar no estudo da língua culmina com a
exploração das atividades textuais e discursivas”.
Considerando a interlocução como ponto de partida para o trabalho com o texto,
os conteúdos gramaticais devem ser estudados a partir dos seus aspectos funcionais
na constituição da unidade de sentido dos enumerados. Daí a importância de
132
considerar não somente a gramática normativa, mas também as outras, como a
descritiva, a internalizada e, em especial, a reflexiva no processo de ensino de Língua
Portuguesa. Para tanto serão ministradas aulas expositivas sobre o uso da língua
padrão, destacando os diferentes tipos de linguagem, utilizando os vários gêneros
textuais de circulação social, para que os alunos conheçam e percebam a função
social da linguagem e possam analisar o uso linguístico e as suas variações,
aperfeiçoando assim a escrita e adequando seus textos aos diversos gêneros
textuais.
As produções textuais serão enriquecidas através de recortes de filmes,
músicas, dramatizações, considerando sempre os diferentes gêneros textuais
selecionados.
Todos os recursos utilizados servirão como meio para que sejam feitas
interpretações individuais e coletivas, levando os alunos a compreenderem os textos
apresentados.
A referida Proposta Pedagógica Curricular não é estática e sua ordem
sequencial foi adotada para facilitar a organização dos trabalhos. Os conteúdos
desenvolvidos podem ser retomados ou antecipados, atendendo às necessidades da
turma, séries e conteúdos abordados.
Considerando o perfil do educando do Ensino de Jovens e Adultos - EJA e a
proposta pedagógica das práticas desta modalidade, os encaminhamentos
metodológicos da Língua Portuguesa deverá nortear-se nos três eixos articuladores
propostos nas Diretrizes Curriculares .
Portanto os encaminhamentos metodológicos desta referida disciplina terá que
pautar na construção do conhecimento, mantendo o foco na diversidade cultural
estabelecendo relações com os eixos: cultura, trabalho e tempo.
Partindo destes pressupostos, o educador tem um importante papel em sua
pratica , adaptando metodologias flexíveis à comunidade escolar.
Em se tratando do estudo da Língua Portuguesa, o educador deverá conhecer a
realidade dos educandos, considerar suas experiências de vida, valorizar sua cultura,
133
sua concepção de linguagem como expressão do pensamento, comunicação e como
forma de interação humana.
Desenvolver um trabalho com uma diversidade de gêneros textuais,
possibilitando a compreensão de diferentes discursos e temas.
As atividades de leitura partirá de textos que potencializará uma pratica
diferenciada com a oralidade e a escrita. Exercícios capazes de aprimorar o
pensamento, trazendo conhecimentos que auxiliam o aluno a fazer suas próprias
escolhas, nas situações de uso da Língua Portuguesa como vetores de transformação.
Proporcionar situações do cotidiano dos alunos onde eles possam expor suas
ideias e aprimorar a linguagem formal, utilizando o diálogo, o debate, entrevistas e
exposições de trabalhos.
Quanto ao domínio da escrita, oferecer-lhes oportunidades de exercitar a
produção de texto, aplicar a coesão, coerência, intencionalidade e outros fatores
responsáveis pela textualidade de qualquer discurso.
Através do contato e da exploração dos diversos gêneros textuais, das diferentes
modalidades de leitura, do estudo contextualizado dos elementos gramaticais , o aluno
será capaz de enfrentar os desafios, fazer uso da Língua em diferentes esferas sociais
e exercer sua cidadania como sujeito singular e coletivo.
4 - Avaliação
A avaliação será contínua, cumulativa e processual, dando prioridade à
efetivação da aprendizagem, ao desempenho do aluno durante o ano letivo. Enfatizará
os aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Os critérios empregados na avaliação
contemplarão todas as etapas da aprendizagem e serão feitos através da observação
direta do professor, apresentação das atividades em sala ou extraclasse.
De acordo com o regimento escolar Art. 130 o estabelecimento proporcionará a
Recuperação Bimestral com a retomada de conteúdos utilizando metodologias e
recursos diferenciados a todos os alunos que não atingirem a nota integral, sendo
134
ofertada a recuperação dos valores 6,0 (seis) e 4,0 (quatro) possuindo valor
substitutivo, valendo sempre a maior. A recuperação é inerente a prática docente e é
condição para aprendizagem e desta forma deve acontecer durante todo o processo
com a retomada dos conteúdos não apropriados dos valores 6,0 (seis) e 4,0 (quatro),
não atingidos e poderá ser registrada em um único instrumento de modo que o aluno
possa atingir a nota máxima, possuindo o valor substitutivo, valendo sempre a maior.
Os instrumentos utilizados para averiguar a efetivação da aprendizagem serão:
provas, testes, pesquisas, seminários, debates, entrevistas, relatos orais e escritos,
dramatizações, apresentações artísticas, produções de textos, resumos, ilustrações,
atividades de análise linguística, entre outros.
A oralidade será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos
diferentes interlocutores e situações. Ocorrerá através de seminários, debates, troca
informal de ideia, entrevistas, relato de histórias.
Na leitura serão avaliadas as estratégias que os estudantes empregam para a
compreensão do texto lido, o sentido construído, as relações entre textos, relações de
causa e consequência entre as partes do texto, o reconhecimento de posicionamentos
ideológicos no texto, a identificação dos efeitos de ironia e humor em textos variados, a
localização das informações, tanto explícitas quanto implícitas, o argumento principal,
entre outros.
Na escrita, serão verificados aspectos como adequação à proposta e ao gênero
solicitado, se a linguagem está de acordo com o contexto exigido, a elaboração de
argumentos consistentes, a coesão e a coerência textual e, a organização dos
parágrafos.
Os critérios para a avaliação serão previamente informados aos alunos e incluirão:
coerência, coesão, ortografia, clareza, originalidade e pontualidade, bem como a
memorização, observação, percepção, descrição, formulação de hipóteses,
argumentação, análise crítica, interpretação, criatividade e todos os demais
instrumentos que visem investigar para intervir, melhorando assim o processo de
ensino e aprendizagem.
135
5 – Referências Bibliográficas
BAKHTIN, Michail (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. de Michel Lahud e Yara Frateschi. 9 ed. São Paulo: Hucitec, 1999.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua portuguesa. Curitiba,2008. Disponível no Portal educacional.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo básico para a escola pública do Estado do Paraná. Curitiba: SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED , 1990
CEREJA, W. R. ;MAGALHÂES T. C. Português Linguagens.4.ed Atual, 2006
ORLANDI, E. P. Análise do discurso: princípios e procedimentos. Campinas: Pontes, 2005.
SOARES, M. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2002.
GERALDI, J. W. Concepções de linguagem e ensino de Português. In João W. (org.). O texto na sala de aula. 2.ed. São Paulo: Ática, 1997.
CRUZEIRO DO OESTE. Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste. Ensino fundamental e Médio 2011.
TEIXEIRA, Patrícia Moreli. Ateliê da Palavra, Quintelo Editorial, S/D
Siqueira &e Bertolin. Comunicação e Expressão. IBEP, S/D
TERRA, Ernani. Minigramática. São Paulo, Scipione, S/D
Cereja R. Willian e Magalhães C. Thereza Português e Linguagens.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Lei 10.639, Cadernos Temáticos História e Cultura Afro-brasileira e Africana, 2003.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Lei 11.645, Cadernos Temáticos Educação Escolar Indígena, 2008.
COLÉGIO ESTADUAL CRUZEIRO DO OESTE. Projeto Político Pedagógico – 2012.
DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS. Departamento de Educação Básica – Língua Portuguesa, 2008
136
9.5.8 MATEMÁTICA
1 - Apresentação
Os primeiros conhecimentos que compõem a matemática atualmente foram
desenvolvidos pelos povos das antigas civilizações por volta de 2000 a.C., porém como
campo de conhecimento foi sistematizado pela civilização grega no século VI a V a.C.
Eles praticavam uma matemática utilitária, mas ao mesmo tempo desenvolviam um
pensamento abstrato com objetivos religiosos e rituais.
Os primeiros avanços da matemática grega, são atribuídos a Tales de Mileto e
Pitágoras. O movimento intelectual dava-se em academia e muito do conhecimento que
temos de matemática grega está na obra dos três filósofos da antiguidade grega,
Sócrates, Platão e Aristóteles. Platão distinguia a matemática utilitária voltada para os
comerciantes e da matemática abstrata voltada para os intelectuais, principalmente
para aqueles que seriam os dirigentes para elite. Alexandre da Macedônica foi um dos
principais representante dessa elite e fundou a cidade de Alexandria, no Egito que se
tornou o grande centro intelectual do mundo grego. Entre os séculos IV e II foi criada a
biblioteca de Alexandria. Grandes sábios eram ligados a esta instituição, dentre eles o
grego Euclides que sistematizou e organizou por volta de 330 a 320 a.C toda a
matemática então conhecida em 13 livros denominados Os Elementos, que influencia
até os dias atuais o ensino e aprendizagem de matemática.
Com característica muito distintas dos gregos há a expansão do Império
Romano que tinham como foco maior a vida social e política. O período do Império
Romano foi marcado pelo objetivo maior de construir bases filosóficas para o
Cristianismo, no qual a matemática dos gregos não podia contribuir para a construção
teórica para a doutrina cristã (séc V ao séc VII d.C). Os intelectuais cristãos criaram
seu próprio espaço e nesse período, a matemática utilitária progrediu muito nessa
época. Enquanto a Europa procurava fundamentação filosófica para o cristianismo, no
oriente o descontentamento com a dominação romana era crescente o que provocou
importantes produções matemáticas.
137
Até então, as Ciências eram reservadas aos filósofos. Após séc. XV com a
Revolução Industrial, a administração e os sistemas bancário e de produção passaram
a exigir mais do cidadão. A Matemática chega às escolas, mas o currículo e livros
didáticos são criados com base na formalização e no raciocínio dedutivo do grego
Euclides. Durante as guerras mundiais, a Matemática evolui e adquire importância na
escola, mas continua distante da vida do aluno. O rendimento cai. A disciplina passa a
ser o principal motivo de reprovação. Mesmo assim, a formalização persiste. Até a
década de 30, na Inglaterra, os livros didáticos eram traduções diretas da obra de
Euclides. Com a Guerra Fria e a corrida espacial, os norte-americanos reformulam o
currículo a fim de formar cientistas e superar os avanços soviéticos. Surge a
Matemática Moderna, uma boa ideia mal encaminhada. Ela se apoia na teoria dos
conjuntos, mantém o foco nos procedimentos e isola a geometria. É muita abstração
para o estudante do Ensino Fundamental — e a proposta perde força em apenas uma
década. Nos anos 70 começa o Movimento de Educação Matemática, com a
participação de professores do mundo todo organizados em grupos de estudo e
pesquisa. Ocorre a aproximação com a Psicopedagogia. Especialistas descobrem como
se constrói o conhecimento na criança e estudam formas alternativas de avaliação.
Matemáticos não ligados à educação se dividem entre os que apoiam e os que resistem
às mudanças (Revista Nova Escola, março de 2002), cujas ideias estão presentes
nesta proposta pedagógica.
O ensino de matemática norteada nesta proposta fundamenta-se também na
pedagogia histórico-crítica, na qual, a matemática é vista como um saber vivo,
dinâmico, construído para atender às necessidades sociais, econômicas e
teóricas em um determinado período histórico. A ação do professor é articular o
processo pedagógico, a visão de mundo do aluno, suas opções diante da vida,
da história e do cotidiano. (DCE, 2009).
Uma das finalidades da matemática é resolver problemas do cotidiano, porém a
aprendizagem não deve se reduzir apenas a essa praticidade necessita também
138
contribuir para o desenvolvimento do raciocínio, da lógica, da coerência, da capacidade
de resolver problemas, validando estratégias e resultados, empregando conceitos
matemáticos bem como instrumentos tecnológicos disponíveis.
Neste contexto de educação o ensino de matemático é um referencial para a
construção de uma prática que favoreça o acesso ao conhecimento historicamente
sistematizados e selecionados para compor o currículo escolar.
Nesse sentido, é necessário uma prática pedagógica fundamentada em
diferentes metodologias que possibilite promover a aprendizagem dos conhecimentos.
Para isso é necessário que a disciplina proponha objetivos claros como:
conhecer e utilizar a linguagem e representações matemáticas; reconhecer a inter-
relação entre os vários campos da matemática e desta com outras áreas; apropriar-se
dos conteúdos matemáticos como um conjunto de resultados, métodos, procedimentos,
algoritmos enquanto ciência possibilitando ao educando a criação de relações sociais;
favorecer a construção do conhecimento matemático por meio de uma visão histórica
influenciando na formação do pensamento humano e na produção da sua existência;
analisar criticamente os pressupostos que articulam a pesquisa no sentido de
potencializar meios para superação de desafios; construir por meio do conhecimento
matemático, valores e atitudes diversas, visando a formação integral do ser humano.
2 - Conteúdos
De acordo com as Diretrizes Curriculares do Ensino de Matemática no Estado do
Paraná os currículos de matemática do ensino fundamental devem contemplar os
conteúdos estruturantes: Números e Álgebra, Grandezas e Medidas, Funções,
Geometria e Tratamento da informação.
Ao organizar os conteúdos estruturantes é importante entender a especificidade
de cada um e não deve ser trabalhado de maneira isolada, pois é na inter-relação dos
mesmos que as ideias e vocabulários matemáticos ganham significado. A proposta está
organizada por série, e o trabalho com os conteúdos será articulado, sempre que
139
possível com conteúdos também das demais séries.
Nos conteúdos de todas as séries serão abordado os Desafios Educacionais
Contemporâneos, a Diversidade, bem como a História e Cultura Afro-brasileira e
Africana e Indígena articulados com os conteúdos quando possível.
ENSINO FUNDAMENTAL
5ª Série
Conteúdos Estruturantes
Números e Álgebra
Grandezas e Medidas
Geometrias Tratamento da Informação
Conteúdos
Básicos
Sistema de Numeração;
Números Naturais;
Múltiplos e Divisores;Potenciação e Radiciação;
Números Fracionários
Números Decimais.
Medidas de Comprimento;
Medidas de Massa;
Medidas de Tempo;
Medidas de Área;
Sistema Monetário;
Medidas de volume;
medidas de Ângulos.
Geometria Espacial;
Geometria Plana.
Dados, Tabelas e Gráficos;
Porcentagem.
6ª série
Conteúdos Estruturantes
Números e Álgebra
Grandezas e Medidas
Geometrias Tratamento da Informação
Números Inteiros;
Números Racionais
Medidas de temperatura.Medida de ângulo.
Geometria Espacial;
Geometria Plana;
Juros simples;
Pesquisa Estatística:Médias
140
Conteúdos
Básicos
Equações e Inequações de 1º Grau;
Razão e proporção;Regra de três simples.
Geometria não Euclidiana.
AritméticaModaMediana.
7ª Série
Conteúdos Estruturantes
Números e Álgebra
Grandezas e Medidas
Geometrias Tratamento da Informação
Conteúdos
Básicos
Números Racionais e Irracionais;
Sistema de Equações do primeiro grau;
Monômios e Polinômios;
Produtos notáveis;
Potências.
Medidas de Comprimento;
Medidas de Área;
Medidas de Volume;
Medidas de Ângulos.
Geometria Espacial;
Geometria Plana;
Geometria Analítica.
Geometria não-Euclidiana
Gráfico e Informação;
População e Amostra.
8ª Série
Conteúdos Estruturantes
Números e Álgebra
Grandezas e Medidas
Funções Geometrias Tratamento da Informação
Conteúdos
Números Reais;
Relações Métricas no Triângulo
Noção intuitiva de
Geometria Espacial;
Noções de Análise Combinatória;
141
BásicosPropriedades dos radicais;
Equações do segundo grau;
Equações Irracionais;
Equações Biquadradas;
Teorema de Pitágoras;
Regra de Três Composta.
Retângulo;
Trigonometria no Triângulo Retângulo.
função Afim.
Noção intuitiva de função Quadrática.
Geometria Plana;
Geometria Analítica;
Geometria não-euclidiana.
Noções de Probabilidade;
Estatística;
Juros Compostos.
3 – Encaminhamentos Metodológicos
Foram os estudos e as nossas práticas pedagógicas como professores que nos
permitiram conhecer as novas tendências que o ensino e aprendizagem de matemática
requer. Visando o uso de metodologias que contribuam para o desenvolvimento do
raciocínio crítico viabilizando uma contextualização dos conteúdos para efetivar o
processo educativo estabelecendo relações entre elementos da própria matemática e
os conceitos sociais, nos apropriamos de encaminhamentos metodológicos flexíveis
para se efetivar o processo educativo. Portanto é de suma importância evidenciar que o
ensino aprendizagem seja permeado pelas novas tendências: História da Matemática,
Mídias Tecnológicas, Modelagem Matemática, Resolução de Problemas, Investigações
Matemáticas e a Etnomatemática.
Nesta escola, no decorrer do período letivo os professores de matemática se
reunirão durante o ano, de acordo com o calendário escolar para elaborar e rever o
plano de trabalho docente na perspectiva das Diretrizes Curriculares Estaduais.
142
Os conteúdos específicos serão articulados com os Conteúdos Estruturantes
priorizando suas relações de interdependência em todas séries do Ensino fundamental
de forma que contribua para um ensino mais abrangente.
O encaminhamento metodológico dos conteúdos propostos nas diferentes séries
do ensino fundamental e na Educação de Jovens e Adultos-EJA serão abordados por
meio das tendências metodológicas que fundamentam a prática docente incentivando o
aprendizado por meio de um contexto de interações, troca de ideias e construção
coletiva de novos conhecimentos, incentivando o aluno a estudar num ambiente de
cooperação na busca de soluções de problemas para sentir-se seguro de sua
capacidade.
Na Educação de Jovens e Adultos os alunos já trazem um conhecimento do
senso comum, a organização curricular deverá contemplar a diversidade cultural, as
relações humanas, o trabalho e o tempo de cada aluno, em favor de um processo
integrador dos diferentes saberes para a construção das áreas do conhecimento. As
atividades propostas devem ter caráter reflexivo voltada para uma ação de superação
das dificuldades apresentadas no decorrer do processo ensino-aprendizagem.
Usando a História da Matemática como ponto de partida para o aprendizado. O
enfoque dado é importante para que o aluno possa situar o avanço da matemática no
tempo, possibilitando conhecer uma matemática social e historicamente construída.
Os instrumentos tecnológicos como: computador, TV, vídeo, calculadora, entre
outros, estão cada vez mais presentes na vida das pessoas. São instrumentos que
devem ser usados em nossa prática como recurso metodológico, visando o
desenvolvimento cognitivo dos alunos.
A Modelagem, são situações motivadoras da realidade, permite fazer a conexão
dos conteúdos com situações do cotidiano envolvendo outras áreas do currículo, por
meio de modelos matemáticos que a elas se apliquem através da pesquisa, o aluno
desenvolve a criatividade para chegar a solução do problema e representar a
linguagem matemática.
Percebemos que o conhecimento matemático ganha significado quando o aluno
143
motivado por acontecimentos desafiadores busca estratégias de resolução.
Nesse contexto a Resolução de Problema é encarada não como ponto de
chegada, mas sim como ponto de partida da atividade matemática, formulando
perguntas, procurando respostas e chegando a validação.
A Etnomatemática é uma das tendências que nos impele a valorizar os
conhecimentos matemáticos do grupo cultural a qual pertence os alunos, e aproveita a
experiência extra-curricular.
As práticas pedagógicas de Investigações Matemáticas, tem sido recomendadas
por diversos estudiosos como forma de contribuir para uma melhor compreensão da
matemática.
Em contextos de ensino e aprendizagem, investigar não significa
necessariamente lidar com problemas muito sofisticados na fronteira do
conhecimento. Significa, tão só, que formulamos questões que nos interessam
para as quais não temos resposta pronta, e procuramos essa resposta de modo
tanto quanto possível fundamentado e rigoroso (PONTE, BROCARDO &
OLIVEIRA 2003, p. 9).
Este é um aspecto forte das investigações e explorações, pois estas tarefas
requererem a participação do aluno na formulação das questões a estudar favorecendo
seu envolvimento na aprendizagem.
Na disciplina de matemática, como em qualquer outra disciplina, o envolvimento
do aluno é condição fundamental da aprendizagem.
Estes elementos expressam a articulação entre teoria e prática, dessa forma os
alunos serão estimulados a desenvolver a capacidade de observar, argumentar,
verificar, generalizar e concluir, possibilitando ao mesmo ser um conhecedor desse
objeto ( Educação Matemática).
4 - Avaliação
144
Em nossa escola, a avaliação será processual, contínua e cumulativa,
adotando uma postura que considera os caminhos percorridos pelo aluno, as suas
tentativas de solucionar os problemas que lhe são propostos, acompanhando o
aprendizado. Ter como aliados na avaliação uma reflexão constante sobre o ensinar e o
aprender, focalizando no aluno a atenção para os seus erros, com muito cuidado para
evitar humilhação perante os colegas e o seu desencanto com sua própria
aprendizagem.
Os instrumentos como: provas, testes, trabalhos, conversas formais e informais,
a auto-avaliação será aplicada para verificar o progresso que o aluno alcançou como:
envolvimento e crescimento no processo ensino-aprendizagem, avanço na capacidade
de expressão oral, aprendizagem dos conceitos científicos, fórmulas e propriedades
que vão de encontro ao conteúdo matemático. A recuperação será concomitante
retomando os conteúdos para que a prática avaliativa seja ancorada em
encaminhamentos metodológicos que consideram a relação do aluno com o conteúdo
trabalhado, o significado desse conteúdo e a compreensão alcançada por ele.
Nesta perspectiva, a avaliação possibilitará uma constante elaboração e
reelaboração não só do conhecimento produzido, mas da ação pedagógica como um
todo.
5- Referências Bibliográficas
DANTE,Luiz Roberto. Didática da Resolução de Problemas de Matemática. 2ª ed. Ática,1991.
GIOVANNI, CASTRUCI e GIOVANNI JR; Matemática. São Paulo: FTD. 1992.
OLIVEIRA, H. M.; SEGURADO, M. I.; PONTE, J. P. Investigações Matemáticas na sala de aula. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.
PARANÁ, Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental, Matemática,SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED , Curitiba:2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a Escola Pública
145
do Estado do Paraná -Ensino de 1º grau. Curitiba:SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED ,1990.
DANTE,Luiz Roberto.Tudo é Matemática. 2ª ed. Ática, 2008.
Projeto Político pedagógico do Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste 2012.
Regimento Escolar Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste – 2008
Lei 10.639/03, referente a História e Cultura Afro-brasileira e Africana.
Lei 11.645/08, referente a História e Cultura Afro-brasileira e Indígena
146
9.5.9 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS
1 – Apresentação
A Língua Inglesa passou a dominar as esferas globais após a Segunda Guerra
Mundial, momento em que ficam mais latentes as relações de dependência econômica
e cultural do Brasil em relação aos Estados Unidos, é nesse contexto que a Língua
Inglesa ganha status de Língua Universal. Em virtude disso o ensino dessa língua nas
escolas nacionais tornou-se uma necessidade, pois é amplamente inserida no contexto
social, fazendo parte de variados setores culturais e comerciais.
De acordo com o exposto no documento nas Diretrizes Curriculares do Estado do
Paraná, a Língua Estrangeira Moderna (Língua Inglesa) deve ser ensinada para que
haja redução das desigualdades sociais, por meio do desafio das relações de poder
dominante e das ideologias que as apoiam.
Propõe-se fazer da aula de língua estrangeira um espaço para que o aluno
reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, oportunizando um
engajamento discursivo e a percepção das possibilidades de construção de significados
em relação ao mundo que vive. Isso quer dizer que o aluno poderá compreender que os
significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de
transformação na prática social.
Faz-se necessário saber que ensinar e aprender línguas é também ensinar e
aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos, é formar
subjetividades, é permitir que se reconheça no uso da língua os diferentes propósitos
comunicativos, independentemente do grau de proficiência atingido.
Para tanto é preciso que os níveis de organização linguística (fonética –
fonológico, léxico – semântico e de sintaxe) sirvam ao uso da linguagem na
compreensão e na produção escrita, oral, verbal e não verbal.
O objeto do estudo desta proposta é a língua, tomada como interação verbal e
como espaço de produção de sentidos, que por sua vez é viabilizada através do
discurso como prática social, veiculado em Língua Inglesa e efetivado por meio das
147
práticas discursivas, as quais envolvem a leitura, a oralidade e a escrita.
Os objetivos desta Proposta Pedagógica reproduzem, em partes, os objetivos
das Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná que norteiam os trabalhos com a
Língua Estrangeira Moderna, onde se espera que ao final do Ensino Fundamental o
aluno:
• Seja capaz de usar linguagem adequada em situações de comunicação
oral e escrita.
• Vivencie, na aula de língua estrangeira, formas de participações que lhe
possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas.
• Compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos
e, portanto, passíveis de transformação na prática social;
• Tenha maior consciência sobre papel das línguas nas sociedades.
• Reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como
seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
Apresentam-se também objetivos específicos ao ensino de Língua Inglesa:
• Fazer com que o aluno leve em consideração a sua cultura e a ideologia
de sua língua materna para que não haja a desvalorização dessa e nem a
supervalorização da outra, mas que se estabeleçam relações de respeito entre ambas,
através do conhecimento adquirido.
• Tenha maior interesse pela língua inglesa e perceba nessa um mecanismo
a mais para a aquisição e aperfeiçoamento dos conhecimentos disciplinares, que
eventualmente serão abordados nos textos em língua inglesa.
• Tenha consciência de que poderá inferir e compreender o texto sem que
seja necessário, o entendimento de cada palavra ou estrutura do mesmo, para tanto
será necessário ativar em língua materna a percepção de diferentes formas discursivas,
o conhecimento de mundo e a capacidade de abstração e reflexão sobre os sentidos
produzidos em contato com o texto. E ainda ter sempre em mente quem disse o que,
para quem, onde, quando e porquê.
148
2 - Conteúdos
2.1 Conteúdo estruturante
O conteúdo estruturante de Língua Inglesa é o Discurso como prática social, ou
seja, o texto e suas intenções, seus gêneros e o trabalho com esse conteúdo, se
efetivará através das práticas discursivas de leitura, oralidade e escrita, onde as formas
linguísticas pertinentes ao texto serão tratadas de modo contextualizado, já que o
discurso se realiza no texto e pelo texto.
2.2 Conteúdos básicos
Tendo como base o discurso como prática social, propõe-se desenvolver as
práticas de leitura, oralidade e escrita, assim como a análise linguística pertinentes ao
texto, em um trabalho sistemático, sequenciado e desdobrado em conteúdos básicos
que advém do conteúdo estruturante. A escolha dos conteúdos básicos é determinada
portanto, pela necessidade dos educandos em apropriar-se dos enunciados produzidos
socialmente em diversas esferas. Ao tomar a língua como objeto de estudo tem-se a
oportunidade de trabalhar em sala de aula com textos de diversos gêneros.
Considerando que esta proposta requer um envolvimento discursivo e não meras
análises de estruturas linguísticas; importa-se mais com a qualidade do trabalho
pedagógico em relação aos gêneros textuais estudados, do que com a quantidade de
textos/gêneros selecionados para o estudo.
Para tanto os educandos terão a oportunidade de sugerir as temáticas dos
textos, com a finalidade de tornar os conteúdos mais significativos. Ressalta-se, porém
a necessidade de atentar para que tais escolhas não reforcem uma visão monolítica de
cultura, abordada de forma estereotipada e sim que apresentem características
consoantes com a viabilidade de resultados factíveis e realistas a serem alcançados
nas diferentes séries.
149
Como especifica o documento das Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná
para Língua Estrangeira os conteúdos não serão divididos por série nessa Proposta
Pedagógica Curricular. Então, a abordagem desses conteúdos será progressiva de
acordo com a sequência estabelecida (por séries) no Plano de Trabalho Docente dessa
disciplina, onde poderá ser revisto o cada ano letivo para que seja garantido o
aprofundamento sequencial e a apropriação dos mesmos.
Conteúdos específicos que fazem parte das práticas de leitura, oralidade e
escrita:
Gêneros discursivos; conforme suas esferas sociais de circulação: (cotidiana
literária/ artística, científica, escolar, imprensa, publicitária, política, jurídica, midiática,
produção e consumo) conforme sugerido nas DCEs de LEM; selecionados de acordo
com as características da escola e adequação aos níveis de cada série.
Interdiscurso: Condições de produção (entorno do texto), contextualização
(leitura de mundo, de cultura, de espaço e de época);
Intradiscurso: Parte integrante do texto: elementos linguísticos, a própria
estrutura do texto, e subjacentes a ele a intertextualidade (relação entre textos,
referências, etc.), a intencionalidade (valores implícitos), e a contextualidade (o que,
onde, quem, como, quando, para que);
Análise linguística: elementos de coesão e coerência, incluindo os conteúdos
relacionados aos aspectos semânticos e léxicos. Conteúdos relacionados à norma
padrão. Variedade linguística (grau de formalidade ou informalidade);
Diversidade cultural: interna e externa, ou seja, entre as comunidades de língua
estrangeira e ou as de língua materna e, ainda, no âmbito de uma mesma comunidade;
As várias áreas do conhecimento: onde o ensino de Língua Inglesa será,
necessariamente, articulado com as demais disciplinas.
Serão contemplados os conteúdos referentes a Lei 11.645 de 10/03/2008 sobre
a História e a Cultura Afro-brasileira e Indígena, Educação para o campo, Inclusão,
Agenda 21 Escolar, Educação Ambiental, Sexualidade, Prevenção ao uso indevido de
drogas, ou seja, trabalhar com os conteúdos relacionados aos Desafios Educacionais
150
Contemporâneos. (Instrução nº 17/06 – segundo a qual orienta que: tais temáticas
devem permear os conteúdos e não serem tratadas em forma de projetos).
Para o trabalho com as práticas de oralidade, leitura, escrita e análises
linguísticas, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme
suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção dos gêneros
nas diferentes esferas, em conformidade com as características da escola e com o nível
de complexidade adequado a cada uma das séries.
Leitura:
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Emprego do sentido conotativo no texto;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
Polissemia;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
Léxico;
Escrita:
Tema do texto;
151
Interlocutor;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Emprego do sentido conotativo no texto;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Palavras e ou expressões que denotam ironia no texto;
Polissemia;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
Processo de formação de palavras;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal e nominal;
Oralidade:
Conteúdo temático;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal, pausas...;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
152
Marcas linguísticas: coesão,coerência, gírias, repetição;
Semântica;
Adequação da fala contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
3 - Encaminhamentos Metodológicos
A proposta de trabalho com a Língua Inglesa deve ir além da busca de sua
apropriação para adquirir proficiência comunicativa devido às demandas imperialistas
que estão entorno dessa Língua. Por sua vez, o ensino dessa língua tem papel de
desmitificar tais aspectos, traçando no decorrer do processo de ensino aprendizagem,
alguns caminhos que possibilitem ao educando conhecer, expressar e transformar
modos de entender o mundo e de construir significados.
Segundo orienta as DCEs para o ensino de Língua Estrangeira Moderna é a
partir do conteúdo estruturante Discurso como prática social, que serão abordadas
questões linguísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas, assim como as práticas
de uso da língua: leitura, oralidade e escrita. O ponto de partida da aula de Língua
Estrangeira Moderna será o texto como unidade de linguagem em uso, ou seja, de
comunicação verbal, escrita ou visual. Onde esse texto trará uma problematização em
relação a um tema. A busca por sua solução deverá despertar o interesse dos alunos
para que desenvolvam uma prática analítica e crítica, ampliem seus conhecimentos
linguísticos-culturais e percebam as implicações sociais, históricas e ideológicas
presentes num discurso e que nele se revele o respeito as diferentes culturas, crenças
e valores.
Para tanto o trabalho com o texto (verbal e não-verbal) será apresentado como
prioridade, sendo esse o princípio gerador de unidades temáticas e de desenvolvimento
das práticas linguístico-discursivas, onde será apresentado textos de diferentes gêneros
discursivos, que abordam temas escolhidos pelos educandos, e sejam relevantes na
mídia nacional e internacional e no mundo editorial. Porém, o trabalho com o texto em
153
contexto de uso deverá sofrer alterações metodológicas para que se obtenha uma
consciência crítica da língua estudada, e para que se promova a construção de
significados, ou seja, um engajamento discursivo. Ao abordar os textos escolhidos
deve-se considerar que são as atitudes problematizadoras daqueles que leem e se
envolvem com o texto lido que irão estabelecer as relações de criticidades e de
construção de significados à medida que utilizam a inferência, um processo cognitivo
relevante a essa abordagem. Importante lembrar que o estudo gramatical deve girar em
torno das necessidades dos alunos para que melhor compreendam o texto, o professor
deverá então, trabalhar o texto em seu contexto social de produção e selecionar itens
gramaticais que indiquem a estruturação da língua, sempre lembrando que é o texto o
conteúdo a ser explorado.
Propõe-se uma interação com o texto e as práticas de leitura, oralidade e escrita,
tornando possível à discussão oral, mesmo que em língua materna, sobre a
compreensão do mesmo e a produção de textos orais, escritos ou visuais. Ao abordar
um texto, o conhecimento de mundo e as experiências dos alunos, em relação ao tema,
devem ser valorizados. Recomenda-se promover discussões, explorar seus
pressupostos, formular hipóteses e criar situações que ajudem os alunos a construírem
expectativas quanto ao sentido possível dos textos estudados, assim cabe ao professor
subsidiá-los para que se posicionem em relação ao texto auxiliando-os a descobrir o
próprio sentido em relação ao contexto de uso do texto em questão.
Com essa abordagem os alunos são encorajados a lidar com textos de diversas
modalidades e diante deles ter uma postura crítica, conhecer outras culturas e elaborar
uma nova consciência de sua própria identidade ao perceber-se como sujeito histórico e
socialmente construído.
Como orienta as DCEs de LEM, nesta proposta, para cada texto escolhido
verbal e/ou não verbal, o professor poderá trabalhar, levando em conta os itens abaixo
sugeridos:
Gênero: explorar o gênero escolhido em suas diferentes aplicabilidades. Cada
atividade da sociedade se utiliza de um determinado gênero;
154
Aspecto Cultural/ Interdiscurso: influência de outras culturas percebidas nos
textos, o contexto, quem escreveu, para quem, com que objetivo e quais outras leituras
poderão ser feitas a partir do texto apresentado;
Variedade Linguística: formal ou informal;
Análise linguística: será realizada de acordo com a série;
Atividades:
Pesquisa: será proposta para o aluno, acerca do assunto abordado.
Lembrando, aqui, que pesquisa é entendida como uma forma de saber mais sobre o
assunto, isso significa que poderá ser realizada não só nos livros ou na internet. Uma
conversa com pessoas experientes, uma entrevista, e assim por diante, também serão
consideradas pesquisas.
Discussão: conversa na sala de aula a respeito do assunto, valorizando as pesquisas
feitas em Língua Materna.
Produção de texto: o aluno irá produzir um texto na Língua Estrangeira, com a ajuda
dos recursos disponíveis na sala de aula (Tv pendrive, Laboratório de Informática e
livro do aluno) e a orientação do professor. É importante que o aluno tenha acesso a
textos de várias esferas sociais:publicitária, jornalística, literária, informativa, etc. A
estrutura de uma bula de remédio, por exemplo, difere da estrutura de um poema. Além
disso, é necessário que se identifiquem as diferenças estruturais e funcionais, autoria,
o público a que se destina, e que se aproveite o conhecimento já adquirido de
experiência com a língua materna.
O maior objetivo da leitura é trazer um conhecimento de mundo que permita ao
leitor elaborar um novo modo de ver a realidade. Para que uma leitura em Língua
Estrangeira se transforme realmente em uma situação de interação, é fundamental que
o aluno seja subsidiado com conhecimentos linguísticos, sociopragmáticos, culturais e
discursivos.
A oralidade têm como objetivo expor os alunos a textos orais, pertencentes aos
diferentes discursos, é aprender a expressar ideias em Língua Estrangeira mesmo que
com limitações, é importante também que o aluno se familiarize com os sons
155
específicos da língua que está aprendendo.
E com relação à escrita, não se pode esquecer que ela deve ser vista como uma
atividade sociointeracional, ou seja, significativa. É importante que o docente direcione
as atividades de produção textual definindo em seu encaminhamento qual o objetivo da
produção e para quem se escreve, em situações reais de uso.
Ao propor uma tarefa de escrita, é essencial que se disponibilize recursos
pedagógicos, junto com a intervenção do próprio professor, para oferecer ao
aluno elementos discursivo, linguísticos, sociopragmáticos e culturais para que ele
melhore sua produção.
Os conteúdos, selecionados em forma de textos mencionarão, entre outros,
temas de cunho social como as Culturas Universais; Musicas Clássicas e midiáticas;
Agenda 21 Escolar, Educação Ambiental; Sexualidade; Prevenção ao uso indevido de
drogas; Saúde (física e mental); Consumo; Comportamento dos jovens em diversos
países; assim como contemplar a Lei 10.639/03, referente a História e a Cultura Afro-
brasileira e Indígena conforme determina a lei 11.645 de 10/2008. Ainda visamos
abordar através de textos os conteúdos disciplinares apresentando alguns aspectos e
curiosidades sobre sobre história, ciências, geografia, matemática, literatura e artes, a
fim de que o ensino de Língua Inglesa torne-se um instrumento a mais para aquisição
de conhecimento.
A proposta metodológica das práticas pedagógicas da EJA deve considerar os
três eixos articuladores propostos para as Diretrizes Curriculares: cultura, trabalho e
tempo, os quais deverão estar inter-relacionados.
Como eixo principal, a cultura norteará a ação pedagógica, haja vista que dela
emanam as manifestações humanas, entre elas o trabalho e o tempo. Portanto, é
necessário manter o foco na diversidade cultural, percebendo, compartilhando e
sistematizando as experiências vividas pela comunidade escolar, estabelecendo
relações a partir do conhecimento que esta detém, para a (re)construção de seus
saberes.
A cultura, entendida como prática de significação, não é estática e não se reduz à
156
transmissão de significados fixos, mas é produção, criação e trabalho, sob uma
perspectiva que favorece a compreensão do mundo social, tornando-o inteligível e
dando-lhe um sentido.
O trabalho, outro eixo articulador, ocupa a base das relações humanas
desenvolvidas ao longo da vida. É fruto da atividade humana intencional que busca
adaptar-se às necessidades de sobrevivência. Para Andery (1998), a interação homem-
natureza é um processo permanente de mútua transformação. A criação de
instrumentos, a formulação de ideias e formas específicas de elaborá-las são
características identificadas como eminentemente humanas. Assim, a sociedade se
organiza de forma a produzir bens necessários à vida humana, uma vez que as
relações de trabalho e a forma de dividí-los e de organizá-lo compõem sua base
material.
Nesse contexto, compreender que o educando da Educação de Jovens e Adultos
- EJA se relacione com o mundo do trabalho e que por meio dele busca melhorar sua
qualidade de vida e ter acesso aos bens produzidos pela humanidade significa
contemplar, na organização escolar, discussões relevantes sobre a função do trabalho
e suas relações com a produção de saberes.
O tempo pedagógico tem sido de tempo vivido, uma vez que enfoca o processo
de formação e o autoconhecimento do educando. Ao priorizar a qualidade do ensino e
da aprendizagem, tende a adequar ao tempo escolar essas suas necessidades
eminentemente educativas. A organização do trabalho pedagógico na escola, que inclui
os diferentes sujeitos da prática educativa, necessita ser pensada em razão da
articulação satisfatória entre tempo pedagógico e o tempo escolar.
Para adaptar o tempo escolar às necessidades dos educandos, o currículo deve
ser organizado de forma que lhes possibilite transitar pela estrutura curricular, de
acordo com o seu tempo próprio de construção de aprendizagem. A interação entre os
conhecimentos apreendidos deve torná-los significativos às práticas diárias dos
educandos e permitir que os conteúdos constituam uma rede integradora entre os
conceitos trabalhados nas diferentes áreas do conhecimento e as estratégias de
157
investigação da realidade.
Considerando os três eixos articuladores que fundamentam as Diretrizes
Curriculares para a Educação de Jovens e Adultos no Estado do Paraná, as
orientações metodológicas estão direcionadas para um currículo do tipo disciplinar, que
não deve ser entendido como na pedagogia tradicional, que fragmenta o processo de
conhecimento e o hierarquiza nas matérias escolares. O currículo deve ter forma de
organização abrangente, na qual os conteúdos culturais relevantes estejam articulados
à realidade em que o educando se encontra, em favor de um processo integrador dos
diferentes saberes, a partir da contribuição das diferentes áreas do conhecimento.
A escola tem importante papel na socialização do conhecimento, processo este
que deve ser desenvolvido em conjunto por educandos e educadores em sua tentativa
de responder aos desafios de sua realidade e de lutar por uma sociedade igualitária. De
acordo com Moreira (1994), para a escola convergem múltiplos saberes e nela é
possível ampliar a leitura de mundo dos educandos, pela mediação entre os
conhecimentos e os indivíduos, favorecendo assim o acesso à cultura e a elaboração
de saberes pelos próprios sujeitos da prática educativa.
Os educandos da Educação de Jovens e Adultos - EJA trazem consigo um
legado cultural – conhecimentos construídos a partir do senso comum e um saber
popular, não-científico, constituído no cotidiano, em suas relações com o outro e com o
meio – os quais devem ser considerados na dialogicidade das práticas educativas.
Portanto, o trabalho dos educadores da Educação de Jovens e Adultos - EJA é buscar
de modo contínuo o conhecimento que dialogue com o singular e o universo, o mediato
e o imediato, de forma dinâmica e histórica.
A socialização do conhecimento, por meio da escolarização, passa a ser, nesse
projeto formativo, um desafio curricular frente a seleção da cultura, uma vez que se
pretende oferecer aos educandos saberes que lhes permitirão uma participação mais
consciente e crítica na sociedade. Quais saberes favorecem tal leitura ampliada? Esta
passa a ser, a pergunta central ao currículo e a que se desdobra na questão dos
critérios para a seleção da cultura, no interior do currículo da Educação de Jovens e
158
Adultos. É necessário construir uma escola que valorize a cultura de referência de seus
educandos.
O primeiro critério para selecionar os conteúdos e as práticas educativas é dar
relevância aos saberes escolares frente à experiência social construída historicamente.
A escola necessita perguntar-se sobre a procedência e importância dos saberes por ela
mediatizados e, ao mesmo tempo, avaliar sobre as possibilidades dos saberes
transpostos didaticamente para as situações escolares repercutirem no contexto social
mais amplo, uma vez que é próprio do processo educativo reelaborar, de modo
singular, o saber já constituído.
O segundo critério para a seleção dos saberes e das práticas pedagógicas tem a
ver com os processos de ensino e aprendizagem, mediatizados pela ação docente junto
aos educandos. Tais processos devem enfatizar o pensar e promover a interação entre
os saberes docentes e discentes na busca de conteúdos significativos. A atividade
escolar possui maior valor pedagógico se tiver associado ao pensamento reflexivo. O
educador deve perceber o que o educando sabe e o que precisa saber, conhecendo-o
no conjunto: profissão, religião, desejos, anseios, características e ideologias, por meio
do diálogo e da observação permanente.
O terceiro critério refere-se à organização do processo ensino-aprendizagem,
dando ênfase às atividades que permitem integrar os diferentes saberes. Estas devem
estar fundamentadas em valores éticos, favorecer o acesso às diversas manifestações
culturais, articular as situações relacionadas na prática escolar com a prática social,
além de privilegiar uma diversidade de ações (experiências, projetos, etc.) e um quadro
instrumental (aula expositiva, pesquisa, etc.) a fim de tornar vivos e significativos os
conteúdos selecionados.
O quarto critério para a seleção de conteúdos e práticas refere-se às
possibilidades de articular singularidade e totalidade no processo de conhecimento
vivenciado pelos educandos. Os conteúdos selecionados devem refletir os amplos
aspectos da cultura, tanto do passado quanto do presente, assim como as
possibilidades futuras, identificando mudanças e permanências inerentes ao processo
159
de conhecimento na sua relação com o contexto social.
Nessa forma de organização curricular, as metodologias são um meio e não um
fim para se efetivar o processo educativo. É preciso que essas práticas metodológicas
sejam flexíveis, com procedimentos que possam ser alterados, adaptados às
especificidades da comunidade escolar.
4 - Avaliação
Considera-se que a avaliação, seja um subsídio para a construção de uma
aprendizagem bem-sucedida, norteando o trabalho do educador; que por sua vez não a
utilizará como instrumento de autoritarismo e sim como diagnóstico de sua prática
pedagógica e do conhecimento adquirido pelo educando.
Com o objetivo de formar um leitor ativo e crítico; busca-se verificar a construção
de significados na interação com textos e nas produções textuais dos alunos,
subsidiando-os nas discussões acerca das dificuldades e avanços, ao observar suas
produções.
Portanto, verifica-se que a avaliação é dialógica e faz parte de um processo de
ação-reflexão, que se passa em sala de aula através da interação professor/aluno.
Cabe ao professor avaliar os alunos através da participação individual e em grupo com
leitura de textos, frases e exercícios,saudações,através de músicas, diálogos, emails,
cartas etc, de forma oral e escrita. Os educandos serão orientados pelo professor em
cada atividade proposta de forma clara e objetiva pois numa concepção discursiva de
língua, as práticas de oralidade, escrita e leitura não são segmentadas, pois elas não se
separam em situações concretas de comunicação. A avaliação será contínua,
processual e cumulativa, ou seja, todo o processo de ensino-aprendizagem será
avaliado e o final de cada bimestre será atribuída uma nota em proporção a essa
aprendizagem.
A recuperação paralela será realizada através da revisão de
conteúdos,oferecendo novas oportunidades de aprendizagem através de testes
160
escritos, pesquisas, trabalhos, etc, segundo critérios estabelecidos entre o professor e
os alunos. Em alguns casos de não apropriação dos conteúdos, o professor poderá
buscar orientações e intervenções da equipe pedagógica, para que juntos busquem
soluções e/ou sejam repensadas a metodologia utilizada e aulas replanejadas de
acordo com a necessidade dos educandos.
6 – Referências Bibliográficas
ROCHA MACHADO, ANALUIZA e FERRARI, ÁGUEDA ZULEICA. Take Your Time - 3 ed. reformulada. São Paul: Moderna.
PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED . Departamento da Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Língua Estrangeira Moderna. 2008
PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED . Superintendência da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau . Currículo Básico d a Escola Pública do Paraná. Curitiba, 1992. Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste. Projeto Político Pedagógico, 2012.
Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste. Regimento Escolar-2008
Lei 10.639/03- referente a História e Cultura Afro brasileira e africana Lei 11.645/2008-referente a Cultura Afro- brasileira e Indígena
161
10.PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS – ENSINO MÉDIO
10.1 - OBJETIVO DA OFERTA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Este estabelecimento oferta o Ensino Fundamental - Fase II e Ensino Médio,
Educação Especial no nível do Ensino Fundamental e Médio, gratuitamente, para
jovens, adultos e idosos que não puderam efetuar seus estudos em idade própria. E
permitir a construção e apropriação do conhecimento para o mundo do trabalho e
exercício da cidadania.
Enquanto modalidade educacional que atende a educandos-trabalhadores, tem
como finalidade e objetivos o compromisso com a formação humana e com o acesso à
cultura geral, de modo a que os educandos venham a participar política e
produtivamente das relações sociais, com comportamento ético e compromisso político,
através do desenvolvimento da autonomia intelectual e moral.
Para a concretização de uma prática de gestão administrativa e pedagógica
verdadeiramente voltada à formação humana, é necessário que o processo ensino-
aprendizagem, na Educação de Jovens e Adultos seja coerente com:
a) o seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores que
os levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural;
b) o exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo cognitivo,
crítico e emancipatório, com base em valores como respeito mútuo, solidariedade e
justiça;
c) os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens, adultos e
idosos – cultura, trabalho e tempo.
A compreensão de que o educando da EJA relaciona-se com o mundo do
trabalho e que através deste busca melhorar a sua qualidade de vida e ter acesso aos
bens produzidos pelo homem, significa contemplar, na organização curricular, as
162
reflexões sobre a função do trabalho na vida humana.
10.1.1 PERFIL DO EDUCANDO
Os educandos da Educação de Jovens e Adultos - EJA são jovens, adultos e
idosos que não obtiveram escolarização ou não deram continuidade aos seus estudos
por fatores sociais, econômicos, políticos e/ou culturais. Dentre esses fatores,
destacam-se o ingresso prematuro no mundo do trabalho, a evasão ou a repetência
escolar do ensino regular a maternidade precoce, entre outros.
Os jovens e adultos que procuram a Educação de Jovens e Adultos - EJA, têm a
necessidade da escolarização formal, seja pelas necessidades pessoais ou seja pelas
exigências do mundo do trabalho. Perceberam a escola como meio de aumentar suas
possibilidades de conquistas e ocupação de espaço neste mercado bem como uma
maneira de sentirem-se valorizados como pessoas.
As pessoas idosas que procuram na escola o desenvolvimento ou a ampliação
de seus conhecimentos e também oportunidades de convivência.
Esses alunos trazem em sua essência um grande potencial, que ao ser
trabalhado, pode ser revelado em toda a sua plenitude, revertendo-se em benefícios
para ele próprio e para a sociedade.
10.1.2 CARACTERIZAÇÃO DO CURSO
Este estabelecimento de ensino tem como uma das finalidades, a oferta de
escolarização de jovens, adultos e idosos que buscam dar continuidade a seus estudos
no Ensino Fundamental ou Médio, assegurando-lhes oportunidades apropriadas,
consideradas suas características, interesses, condições de vida e de trabalho,
mediante ações didático-pedagógicas coletivas e/ou individuais.
163
Portanto, este Estabelecimento Escolar oferta Educação de Jovens e Adultos –
Presencial, que contempla o total de carga horária estabelecida na legislação vigente
nos níveis do Ensino Fundamental e Médio, com avaliação no processo.
Os cursos são caracterizados por estudos presenciais desenvolvidos de modo a
viabilizar processos pedagógicos, tais como:
• pesquisa e problematização na produção do conhecimento;
• desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar;
• registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações, fotografias,
ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a sistematização e
socialização dos conhecimentos;
• vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos educandos,
bem como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural.
Para que o processo seja executado a contento, serão estabelecidos plano de
estudos e atividades. O Estabelecimento de Ensino deverá disponibilizar o Guia de
Estudos aos educandos, a fim de que este tenha acesso a todas as informações sobre
a organização da modalidade.
Nesse sentido, a escolarização, em todas as disciplinas, será organizada de
forma coletiva e individual, ficando a critério do educando escolher a maneira que
melhor se adapte às suas condições e necessidades, ou mesmo mesclar essas formas,
ou seja, cursar algumas disciplinas organizadas coletivamente e outras individualmente.
164
Organização Coletiva
Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um
cronograma que estipula o período, dias e horário das aulas, com previsão de início e
término de cada disciplina, oportunizando ao educando a integralização do currículo. A
mediação pedagógica ocorrerá priorizando o encaminhamento dos conteúdos de forma
coletiva, na relação professor-educandos e considerando os saberes adquiridos na
história de vida de cada educando.
A organização coletiva destina-se, preferencialmente, àqueles que têm
possibilidade de freqüentar com regularidade as aulas, a partir de um cronograma pré-
estabelecido.
Organização Individual
A organização individual destina-se àqueles educandos trabalhadores que não
têm possibilidade de freqüentar com regularidade as aulas, devido às condições de
horários alternados de trabalho e para os que foram matriculados mediante
classificação, aproveitamento de estudos ou que foram reclassificados ou desistentes
quando não há, no momento em que sua matrícula é reativada, turma organizada
coletivamente para a sua inserção. Será programada pela escola e oferecida aos
educandos por meio de um cronograma que estipula os dias e horários das aulas,
contemplando o ritmo próprio do educando, nas suas condições de vinculação à
escolarização e nos saberes já apropriados.
10.1.3 NÍVEL DE ENSINO
10.1.3.1 Ensino Fundamental – Fase II
Ao se ofertar estudos referentes ao Ensino Fundamental – Fase II, este
estabelecimento escolar terá como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais e
165
Estaduais, que consideram os conteúdos ora como meios, ora como fim do processo de
formação humana dos educandos, para que os mesmos possam produzir e ressignificar
bens culturais, sociais, econômicos e deles usufruírem.
Visa, ainda, o encaminhamento para a conclusão do Ensino Fundamental e
possibilita a continuidade dos estudos para o Ensino Médio.
10.1.3.2 Ensino Médio
O Ensino Médio no Estabelecimento Escolar terá como referência em sua
oferta, os princípios, fundamentos e procedimentos propostos nas Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – Parecer 15/98 e Resolução n.º 02 de 07
de abril de 1998/CNE, nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação de Jovens e
Adultos e nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica.
10.1.4 EDUCAÇÃO ESPECIAL
A Educação de Jovens e Adultos - EJA contempla, também, o atendimento a
educandos com necessidades educativas especiais, inserindo estes no conjunto de
educandos da organização coletiva ou individual, priorizando ações que oportunizem o
acesso, a permanência e o êxito dos mesmos no espaço escolar, considerando a
situação em que se encontram individualmente estes educandos.
Uma vez que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de
educandos, desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles que,
por razões diversas, fracassam em seu processo de aprendizagem escolar, a legislação
assegura a oferta de atendimento educacional especializado aos educandos que
apresentam necessidades educativas especiais decorrentes de:
• deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva;
• condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou
psiquiátricos;
166
• superdotação/altas habilidades.
É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as alternativas e
as estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover barreiras para a
aprendizagem e participação de todos os alunos.1
Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando para o
enfoque do especial atribuído à educação. Mesmo que os educandos apresentem
características diferenciadas decorrentes não apenas de deficiências mas, também, de
condições sócio-culturais diversas e econômicas desfavoráveis, eles terão direito a
receber apoios diferenciados daqueles normalmente oferecidos pela educação escolar.
Garante-se, dessa forma, que a inclusão educacional realize-se, assegurando o
direito à igualdade com eqüidade de oportunidades. Isso não significa o modo igual de
educar a todos, mas uma forma de garantir os apoios e serviços especializados para
que cada um aprenda, resguardando-se suas singularidades.
10.1.5 AÇÕES PEDAGÓGICAS DESCENTRALIZADAS
Este Estabelecimento Escolar desenvolverá ações pedagógicas
descentralizadas, efetivadas em situações de evidente necessidade, dirigidas a grupos
sociais com perfis e necessidades próprias e onde não haja oferta de escolarização
para jovens, adultos e idosos, respeitada a proposta pedagógica e o regimento escolar,
desde que autorizado pela SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED /PR,
segundo critérios estabelecidos pela mesma Secretaria em instrução própria.
10.1.6 FREQUÊNCIA
A carga horária prevista para as organizações individual e coletiva é de 100% (cem por
cento) presencial no Ensino Fundamental – Fase II e no Ensino Médio, sendo que a
1 CARVALHO, R.E. Removendo barreiras à aprendizagem. Porto Alegre, 2000, p.17.
167
freqüência mínima na organização coletiva é de 75% (setenta e cinco por cento) e na
organização individual é de 100% (cem por cento), em sala de aula.
10.1.7 EXAMES SUPLETIVOS
Este Estabelecimento Escolar ofertará Exames Supletivos, atendendo ao
disposto na Lei n.º 9394/96, desde que autorizado e credenciado pela Secretaria de
Estado da Educação, por meio de Edital próprio emitido pelo Departamento de
Educação e Trabalho, através da Coordenação da Educação de Jovens e Adultos.
10.1.8 CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade
Escolar, de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a
organização e realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar
em conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SECRETARIA DE
ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED , observando a Constituição, a LDB, o ECA, o
Projeto Político-Pedagógico e o Regimento do Colégio, para o cumprimento da função
social e específica da escola.
O Conselho Escolar tem por finalidade promover a articulação entre os vários
segmentos organizados da sociedade e os setores da escola, a fim de garantir a
eficiência e qualidade do seu funcionamento.
O Conselho Escolar será constituído pelas seguintes categorias:
a) diretor;
b) representante da equipe pedagógica;
c) representante da equipe administrativa;
d) representante dos funcionários de serviços gerais;
d) representante do corpo docente (professores);
e) representante do corpo discente (alunos);
168
f) representante de pais ou responsáveis de alunos;
g) representante dos movimentos sociais organizados da comunidade (APMF,
Associação de Moradores, Igrejas, etc) não ultrapassando 1/5 (um quinto) do colegiado.
A presidência do Conselho Escolar será exercida pelo Diretor do estabelecimento
de ensino, na qualidade de membro nato.
O mandato dos integrantes do Conselho Escolar, deverá coincidir com o mandato
do Diretor, na forma da lei vigente.
O funcionamento do Conselho Escolar dar-se-á através de reuniões ordinárias
bimestrais, convocadas pelo presidente, ou extraordinárias, sempre que necessárias,
por convocação do presidente do Conselho Escolar ou a pedido de um terço de seus
membros, com 72 (setenta e duas) horas no mínimo de antecedência, com pauta cla-
ramente definida no ato de convocação.
As reuniões serão lavradas em livro próprio, aberto para esta finalidade, por
Secretário ad doc, para registro, comunicação ou divulgação do que for decidido.
10.1.9 MATERIAIS DE APOIO DIDÁTICO
Serão adotados os materiais indicados pelo Departamento de Educação e
Trabalho/Coordenação de Educação de Jovens e Adultos, da Secretaria de Estado da
Educação do Paraná, como material de apoio.
Além desse material, os docentes, na sua prática pedagógica, deverão utilizar
outros recursos didáticos.
10.1.10 BIBLIOTECA ESCOLAR
A Biblioteca constitui-se em espaço pedagógico, cujo acervo está à disposição
de toda Comunidade Escolar. Deve constituir um espaço de contato com a leitura e a
pesquisa para professores e educandos, além de local de acesso fácil à comunidade;
169
10.1.11 LABORATÓRIO
O laboratório está em condições de uso e em pleno funcionamento. Atende aos
educandos do Ensino Fundamental diurno e noturno na disciplina de Ciências e Ensino
Médio noturno com as disciplinas de Biologia, Química e Física.
10.1.12 RECURSOS TECNOLÓGICOS
Este estabelecimento de Ensino possui laboratório de Informática tipo 02 (dois).
Tais equipamentos favorecem e o otimizam o processo educativo através da melhor
organização do trabalho pedagógico. A escola possui 12 (doze) televisor pendrive, e 2
(dois) televisores sendo 1 (um) na sala dos professores ligado na TV Paulo Freire e
outro no Laboratório de Informática, 2 (dois) aparelhos de DVD 2 (dois) vídeos
colocados a disposição dos professores, fitas de vídeo, 1 (um) retro projetor, um scaner,
1 (um) mimeografo, 1 (um) Data Show e 2(dois) rádios com CD, instrumentos
constantemente utilizados nas diferentes disciplinas da Educação de Jovens e Adultos -
EJA.
Estes recursos tecnológicos servem de suporte aos alunos da Educação de Jovens e
Adultos - EJA porque proporcionam aulas mais atrativas e os estimulam ao contato com
o novo, pois a maioria dos alunos nunca tiveram acesso a tais tecnologias
principalmente com o computador. Esses recursos despertam o interesse e
proporcionam uma maior pré disposição ao processo ensino aprendizagem.
10.2 - FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS
A educação de adultos exige uma inclusão que tome por base o reconhecimento
do jovem adulto como sujeito. Coloca-nos o desafio de pautar o processo educativo
pela compreensão e pelo respeito do diferente e da diversidade: ter o direito a ser igual
quando a diferença nos inferioriza e o de ser diferente quando a igualdade nos
170
descaracteriza. Ao pensar no desafio de construirmos princípios que regem a educação
de adultos, há de buscar-se uma educação qualitativamente diferente, que tem como
perspectiva uma sociedade tolerante e igualitária, que a reconhece ao longo da vida
como direito inalienável de todos. (SANTOS, 2004)
A Educação de Jovens e Adultos – EJA, enquanto modalidade educacional que
atende a educandos-trabalhadores, tem como finalidade e objetivos o compromisso
com a formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo a que os educandos
venham a participar política e produtivamente das relações sociais, com comportamento
ético e compromisso político, através do desenvolvimento da autonomia intelectual e
moral.
Tendo em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma formação na
qual os educandos-trabalhadores possam: aprender permanentemente, refletir
criticamente; agir com responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e da
vida coletiva; comportar-se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das
mudanças sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções originais com
agilidade e rapidez, a partir da utilização metodologicamente adequada de
conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos2.
Sendo assim, para a concretização de uma prática administrativa e pedagógica
verdadeiramente voltada à formação humana, é necessário que o processo ensino-
aprendizagem, na Educação de Jovens e Adultos seja coerente com:
• o seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores que os
levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural;
• o exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo cognitivo,
crítico e emancipatório, com base em valores como respeito mútuo,
solidariedade e justiça;
• os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens, adultos e idosos
2 KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivem
do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000, p.40.
171
– cultura, trabalho e tempo;
Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, as relações entre cultura,
conhecimento e currículo, oportunizam uma proposta pedagógica pensada e
estabelecida a partir de reflexões sobre a diversidade cultural, tornando-a mais próxima
da realidade e garantindo sua função socializadora – promotora do acesso ao
conhecimento capaz de ampliar o universo cultural do educando – e, sua função
antropológica - que considera e valoriza a produção humana ao longo da história.
A compreensão de que o educando da Educação de Jovens e Adultos - EJA
relaciona-se com o mundo do trabalho e que através deste busca melhorar a sua
qualidade de vida e ter acesso aos bens produzidos pelo homem, significa contemplar,
na organização curricular, as reflexões sobre a função do trabalho na vida humana.
É inerente a organização pedagógico-curricular da Educação de Jovens e
Adultos , a valorização dos diferentes tempos necessários à aprendizagem dos
educandos de Educação de Jovens e Adultos, considerando os saberes adquiridos na
informalidade das suas vivências e do mundo do trabalho, face à diversidade de suas
características.
E ainda, conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação de Jovens
e Adultos no Estado do Paraná:
• A Educação de Jovens e Adultos deve constituir-se de uma estrutura flexível, pois
há um tempo diferenciado de aprendizagem e não um tempo único para todos os
educandos, bem como os mesmos possuem diferentes possibilidades e condições
de reinserção nos processos educativos formais;
• O tempo que o educando jovem, adulto e idoso permanecerá no processo educativo
tem valor próprio e significativo, assim sendo à escola cabe superar um ensino de
caráter enciclopédico, centrado mais na quantidade de informações do que na
relação qualitativa com o conhecimento;
• Os conteúdos específicos de cada disciplina, deverão estar articulados à realidade,
considerando sua dimensão sócio-histórica, vinculada ao mundo do trabalho, à
ciência, às novas tecnologias, dentre outros;
172
• A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a capacidade de
pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da atividade reflexiva. A
ação da escola será de mediação entre o educando e os saberes, de forma a que o
mesmo assimile estes conhecimentos como instrumentos de transformação de sua
realidade social;
• O currículo na Educação de Jovens e Adultos não deve ser entendido, como na
pedagogia tradicional, que fragmenta o processo de conhecimento e o hierarquiza
nas matérias escolares, mas sim, como uma forma de organização abrangente, na
qual os conteúdos culturais relevantes, estão articulados à realidade na qual o
educando se encontra, viabilizando um processo integrador dos diferentes saberes,
a partir da contribuição das diferentes áreas/disciplinas do conhecimento.
Por isso, a presente proposta e o currículo dela constante incluirá o
desenvolvimento de conteúdos e formas de tratamento metodológico que busquem
chegar às finalidades da educação de jovens e adultos, a saber:
• Traduzir a compreensão de que jovens e adultos não são atrasados em seu
processo de formação, mas são sujeitos sócio-histórico-culturais, com
conhecimentos e experiências acumuladas, com tempo próprio de formação e
aprendizagem;
• Contribuir para a ressignificação da concepção de mundo e dos próprios educandos;
• O processo educativo deve trabalhar no sentido de ser síntese entre a objetividade
das relações sociais e a subjetividade, de modo que as diferentes linguagens
desenvolvam o raciocínio lógico e a capacidade de utilizar conhecimentos
científicos, tecnológicos e sócio-históricos;
• Possibilitar trajetórias de aprendizado individuais com base na referência, nos
interesses do educando e nos conteúdos necessários ao exercício da cidadania e do
trabalho;
• Fornecer subsídios para que os educandos tornem-se ativos, criativos, críticos e
democráticos;
Em síntese, o atendimento a escolarização de jovens, adultos e idosos, não
173
refere-se exclusivamente a uma característica etária, mas a articulação desta
modalidade com a diversidade sócio-cultural de seu público, composta, dentre outros,
por populações do campo, em privação de liberdade, com necessidades educativas
especiais, indígenas, que demandam uma proposta pedagógica-curricular que
considere o tempo/espaço e a cultura desse grupos.
10.3 - INDICAÇÃO DA ÁREA OU FASE DE ESTUDOS
Propõe-se a oferta do curso de Educação de Jovens e Adultos no nível do
Ensino Fundamental – Fase II e do Ensino Médio a jovens, adultos e idosos que não
tiveram o acesso ou continuidade em seus estudos.
10.4 - MATRIZ CURRICULAR
10.4.1 Ensino Fundamental – Fase I
ATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARAEDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOSENSINO FUNDAMENTAL – FASE I
ESTABELECIMENTO: COLEGIO ESTADUAL CRUZEIRO DO OESTE –E.F.MENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do ParanáMUNICÍPIO: CRUZEIRO DO OESTE NRE: UMUARAMAANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2009 FORMA: SimultâneaCARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440 H/A ou 1200 HORAS
ÁREAS DO CONHECIMENTOTotal deHoras
Total dehoras/aula
LÍNGUA PORTUGUESA
1200 1440MATEMÁTICA
ESTUDOS da SOCIEDADE e da NATUREZA
TOTAL1200 1440
Total de Carga Horária do Curso 1200 horas ou 1440 h/a
174
10.4.2 Ensino Fundamental – Fase II
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARAEDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ENSINO FUNDAMENTAL – FASE IIESTABELECIMENTO: COLEGIO ESTADUAL CRUZEIRO DO OESTE –E.F.M.ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do ParanáMUNICÍPIO: CRUZEIRO DO OESTE NRE: UMUARAMAANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2009 FORMA: SimultâneaCARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1452 H/A ou 1200/1210 HORAS
DISCIPLINASTotal deHoras
Total dehoras/aula
LÍNGUA PORTUGUESA 226 272ARTES 54 64
LEM - INGLÊS 160 192EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64
MATEMÁTICA 226 272CIÊNCIAS NATURAIS 160 192
HISTÓRIA 160 192GEOGRAFIA 160 192
ENSINO RELIGIOSO* 10 12
Total de Carga Horária do Curso 1200/1210 horas ou 1440/1452 h/a
*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.
175
10.4.3 Ensino Médio
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARAEDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ENSINO MÉDIOESTABELECIMENTO: COLEGIO ESTADUAL CRUZEIRO DO OESTE - E.F.M.ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do ParanáMUNICÍPIO: CRUZEIRO DO OESTE NRE: UMUARAMAANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2009 FORMA: SimultâneaCARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440 H/A ou 1200 HORAS
DISCIPLINASTotal deHoras
Total dehoras/aula
LÍNGUA PORT. ELITERATURA
174 208
LEM – INGLÊS 106 128ARTE 54 64
FILOSOFIA 54 64SOCIOLOGIA 54 64
EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64MATEMÁTICA 174 208
QUÍMICA 106 128FÍSICA 106 128
BIOLOGIA 106 128HISTÓRIA 106 128
GEOGRAFIA 106 128
TOTAL 1200 1440
Total de Carga Horária do Curso 1200 horas ou 1440 h/a
176
10.5 - CONCEPÇÃO, CONTEÚDOS E SEUS RESPECTIVOS ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná é uma modalidade de
ensino da Educação Básica cuja concepção de currículo compreende a escola como
espaço sócio-cultural que propicia a valorização dos diversos grupos que a compõem,
ou seja, considera os educandos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem.
Esse currículo entendido, ainda, como um processo de construção coletiva do
conhecimento escolar articulado à cultura, em seu sentido antropológico, constitui-se no
elemento principal de mediação entre educadores e educandos e deve ser organizado
de tal forma que possibilite aos educandos transitarem pela estrutura curricular e, de
forma dialógica entre educando e educador tornar os conhecimentos significativos às
suas práticas diárias. Nesta ótica o conhecimento se constitui em núcleo estruturador
do conteúdo do ensino.
Nesse enfoque, a organização do trabalho pedagógico na Educação de Jovens e
Adultos, prevendo a inclusão de diferentes sujeitos, necessita ser pensada em razão
dos critérios de uma seleção de conteúdos que lhes assegure o acesso aos
conhecimentos historicamente construídos e o respeito às suas especificidades.
Após a definição das Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica, a
Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná como modalidade da Educação
Básica, passa a adotar os mesmos conteúdos curriculares previstos por essas
diretrizes.
No entanto, cabe ressaltar que a organização metodológica das práticas
pedagógicas, dessa modalidade deve considerar os três eixos articuladores propostos
nas Diretrizes da Educação de Jovens e Adultos: Trabalho, Cultura e Tempo, os quais
devem se articular tendo em vista a apropriação do conhecimento que não deve se
restringir à transmissão/assimilação de fatos, conceitos, idéias, princípios, informações
etc., mas sim compreender a aquisição cognoscitiva e estar intrinsecamente ligados à
abordagem dos conteúdos curriculares propostos para a Educação Básica.
Os conteúdos estruturantes e básicos e encaminhamentos metodológicos deste
177
estabelecimento de ensino estão pautados nas Diretrizes Curriculares Estaduais. O
Colégio procura proporcionar um ensino diferenciado através da flexibilização e
adaptação curricular, planejamento específico e atendimento especializado, ou seja o
Colégio organiza-se e prevê formas de atender às necessidades de sua comunidade,
visando à preservação da dignidade, o fortalecimento da indentidade social e o
exercício da cidadania de cada um dos envolvidos no processo de ensino e
aprendizagem, sem ausentar-se dos princípios norteadores pré-estabelecidos pelas
DCE.
Os conteúdos estruturantes e básicos e encaminhamentos metodológicos das
disciplinas do Ensino Fundamental Fase II estão contidos na Proposta Pedagógica
Curricular do Ensino Funadamental Regular, conforme segue:
a) Arte – páginas 60 a 72;
b) Ciências – páginas 75 a 80;
c) Educação Física – página 83 a 85;
d) Ensino Religioso – páginas 88 a 90;
e) Geografia – páginas 94 a 98;
f) História – páginas 102 a 105;
g) Língua Portuguesa - páginas 108 a 114;
h) Matemática – páginas 119 a 124;
i) Inglês – páginas 127 a 137.
Segue conteúdos estruturantes e básicos e encaminhamentos metodológicos das
disciplinas do Ensino Médio.
LÍNGUA PORTUGUESA
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
178
Leitura
Tema do texto;
Interlocutores;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Discurso direto e indireto;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Informações explícitas e implícitas;
Repetição proposital de palavras;
Vozes sociais presentes no texto;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Partículas conectivas do texto;
Progressão referencial no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Semântica:
operadores argumentativos;
modalizadores;
figuras de linguagem;
polissemia;
sentido contativo e denotativo;
significado das palavras;
expressões que denotam ironia e humor no texto;
ambiguidade;
Discurso ideológico presente no texto;
179
Léxico;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos ( aspas, travessão, negrito ), figuras de linguagem.
Contexto de produção da obra literária.
Escrita
Conteúdo temático;
Interlocutores;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
intencionalidade do texto;
Temporalidade;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Argumentatividade;
Referência textual;
Ideologia presente no texto;
Vozes sociais presentes no texto;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Partículas conectivas do texto;
Progressão referencial no texto;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Divisão do texto em parágrafos;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos ( aspas, travessão, negrito ), figuras de linguagem,
conectores;
Processo de formação de palavras;
180
Acentuação gráfica:
Ortografia:
Sintaxe de concordância;
Sintaxe de regência;
Vícios de linguagem;
Variações linguísticas
Semântica:
operadores argumentativos;
polissemia;
Modalizadores;
sentido conotativo e denotativo;
expressões que denotam ironia e humor no texto;
ambiguidade;
significado das palavras;
Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação
do texto.
Oralidade
Tema do texto;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Intencionalidade;
Argumentação;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos da fala;
Variações linguísticas(léxicas,semânticas, prosódicas entre outras);
181
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;
Semântica;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc,);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
Em todas as séries serão trabalhados nas práticas de oralidade, escrita e
leitura, gêneros textuais como relatos de filmes, experiências pessoais, histórias,
eventos, textos lidos, programas de TV, entrevistas, artigos de opiniões, depoimentos,
piadas, assuntos lidos, situações polêmicas, músicas, paródias, textos publicitários,
relatórios, e-mail, receitas, poemas, textos de imprensa,notícias, reportagens,
entrevistas, textos lúdicos, trava-línguas, parlendas, textos científicos, narrativas
variadas, receitas, provérbios, resumos, etc.
A Lei 10639/03, a Lei 11645/08 e os Desafios Educacionais Contemporâneos
permearão os conteúdos.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Propiciaremos e promoveremos atividades como: contação de histórias,
produções de textos, debates, artigos de opinião, análise de diferentes tipos de textos,
que possibilitem ao aluno tornar-se um falante cada vez mais ativo e competente, sendo
capaz de escutar a voz do outro e ao mesmo tempo, adequar o seu discurso ao outro.
A oralidade estará voltada, sobretudo, à busca da clareza na exposição de ideias
e consistência argumentativa na defesa de pontos de vista.
Quanto à leitura, criaremos situações em que o aluno tenha oportunidade de estar
em contato com todo tipo de textos: os narrativos (romances, novelas, crônicas, fábu-
las,lendas, contos); os informativos (notícias, reportagens, científicos); os dissertativos
(editoriais, artigos, etc.); os poéticos, os publicitários, etc. Gêneros estes, que ele lê, es-
creve, fala, ouve ou vê, de forma contextualizada. A leitura deve levá-lo a satisfazer sua
necessidade de fantasia, informação e interação. No que se refere à escrita, desenvo-
182
lveremos as habilidades de uso da língua escrita em situações discursivas por meio de
práticas textuais.
Estas devem ser atividades decorrentes de uma discussão ou da leitura de
diversos gêneros textuais, leituras que apresentam pontos de vista diferentes sobre o
mesmo tema. A partir do debate, do levantamento de ideias, dos objetivos bem claros, é
possível dar sentido à escrita. Daremos ênfase ao trabalho com textos ficcionais com a
produção de narrativas (contos, crônicas, fábulas, lendas, experiências pessoais,
histórias, brincadeiras, acontecimentos, eventos); e com textos informativos
( reportagens, artigos, editoriais, científicos), sempre buscando consistência
argumentativa, quando se tratar de textos dissertativos. A clareza, a coerência e a
argumentação serão trabalhados a partir de textos publicados ou textos dos próprios
alunos. Nesta atividade desmontaremos o texto, mostrando as estratégias utilizadas na
sua elaboração, o nível de clareza de coerência e argumentação das ideias.
No trabalho com conteúdo do texto serão propostos exercícios com finalidade de
identificar ideias principais e acessórias e, a partir disso, elaborar sínteses.
Por meio da análise linguística, mostraremos ao nosso aluno como o texto se
organiza, a partir de quais elementos gramaticais (pronomes, advérbios, conjunções) se
dá a costura entre as partes do texto.
A análise linguística deverá reconhecer a importância da norma culta da língua,
bem como as outras variedades linguísticas, de maneira a propiciar acesso às
ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, com condição
para tornar nosso aluno capaz de enfrentar as condições sociais em que está inserido e
para afirmação da sua cidadania, como sujeito singular e, ao mesmo tempo, coletivo.
Levaremos o nosso aluno a compreender o que seja um bom texto, como é organizado,
e que o texto, é resultado de opções temáticas e estruturais feitas pelo autor, tendo em
vista o seu interlocutor.
A Literatura será trabalhada, não presa à linha do tempo na historiografia,
mas faremos a contextualização da obra, no momento da sua produção e no momento
da sua recepção, com a exploração dos estilos do autor, da época, de modo que ajuste-
183
mos estas aulas de acordo com as necessidades e contribuições dos alunos, de modo
a incorporar suas ideias e as relações discursivas por eles estabelecidas.
Quanto à metodologia das práticas pedagógicas da Educação de Jovens e Adul-
tos, deverá ser considerado os três eixos articuladores: cultura, trabalho e tempo, os
quais deverão estar inter-relacionados.
A cultura norteará a ação pedagógica. Todo o trabalho em sala de aula partirá do
conhecimento do educando propiciando ao mesmo a ampliação do seu universo cultural
através da leitura de textos variados, favorecendo assim os debates e discussões no
ambiente escolar, onde cada um poderá expor sua ideias e aprenderá a ouvir e a res-
peitar as ideias contrárias as suas.
O trabalho, outro eixo articulador, é fruto da atividade humana intencional. Por
meio do estudo da Língua Portuguesa, o aluno terá acesso à norma culta, variedade lin-
guística de maior prestígio social; saberá que, quanto maior o seu domínio da norma
culta, maiores serão as chances para continuar ou ingressar no mercado de trabalho,
tornando-se uma pessoa mais competitiva.
O terceiro eixo mediador é o tempo. Para adaptar o tempo escolar às necessida -
des dos educandos, o currículo deverá ser organizado de forma que lhes possibilite
transitar pela estrutura curricular de acordo com o seu tempo próprio de construção da
aprendizagem. A interação entre os conhecimentos apreendidos deverá torná-los signi-
ficativos às práticas diárias dos educandos e permitirá que os conteúdos constituam
uma rede integradora entre os conceitos trabalhados nas diferentes áreas do conheci-
mento e as estratégias de investigação da realidade.
A atuação do educador da Educação de Jovens e Adultos é fundamental para
que os educandos percebam que o conhecimento tem a ver com o seu contexto de
vida, que é repleto de signifcação.
A metodologia de ensino deverá favorecer uma relação dialética entre sujeito-
realidade-sujeito.
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS
184
CONTEÚDOS BÁSICOS
LEITURA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Referência textual;
Partículas conectivas do texto;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
Polissemia;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pon-
tuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
Léxico.
ESCRITA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
185
Intertextualidade;
Temporalidade;
Referência textual;
Partículas conectivas do texto;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
Polissemia.
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pon-
tuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
Conteúdo temático;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
186
A proposta metodológica das práticas pedagógicas da Educação de Jovens e
Adultos - EJA deve considerar os três eixos articuladores: cultura, trabalho, e tempo os
quais devem estar inter-relacionados.
Como eixo principal, a cultura norteará a ação pedagógica, haja vista que dela
emanam as manifestações humanas, entre elas o trabalho e o tempo, as relações entre
cultura, conhecimento e currículo oportunizam uma proposta pedagógica estabelecida a
partir de reflexões sobre a diversidade cultural, tornando-a mais próxima da realidade.
O trabalho, outro eixo articulador, ocupa a base das relações humanas
desenvolvidas ao longo da vida; fruto da atividade humana intencional que busca
adaptar-se as necessidades de sobrevivência. Nesse contexto faz-se necessário,
compreender que o aluno da Educação de Jovens e Adultos se relaciona com o mundo
do trabalho e que por meio dele busca melhorar sua qualidade de vida.
O tempo , a escola deve valorizar e considerar os diferentes tempos
necessários à aprendizagem do educando da Educação de Jovens e Adultos. Assim,
devem ser considerados os saberes adquiridos na informalidade das suas vivências e
do mundo do trabalho. Considerar o tempo como um dos eixos implica compreender
suas variantes: o tempo escolar e o tempo pedagógico.
Tempo escolar diz respeito ao estabelecido pelo calendário e suas exigências
burocráticas; é mecânico, passível de ser medido e nele impera a hora-relógio.
O tempo pedagógico tem sentido de tempo vivido, uma vez que enfoca o
processo de formação e o autoconhecimento do educando. Desse modo, o caráter
coletivo da organização escolar permite maior segurança ao educador da EJA -
Educação de Jovens e Adultos que, em sua ação formadora, toma para si a
responsabilidade de adiantar-se ao tempo vivido pelo educando, criando espaços
interativos, propondo atividades que lhe propiciem o pensar e a compreensão de si
mesmo, do outro e do mundo.
Considerando os três eixos articuladores que fundamentam as Diretrizes
Curriculares para Educação de Jovens e Adultos no Estado do Paraná, as orientações
187
metodológicas estão direcionadas para um currículo do tipo disciplinar, que não deve
ser entendido como na pedagogia tradicional, que fragmenta o processo de
conhecimento e o hierarquiza nas matérias escolares.
Envolver os alunos em atividades críticas e problematizadoras, que se
concretizam por meio da língua como prática social.
O texto, enquanto unidade de linguagem em uso, ou seja, uma unidade da
comunicação, escrita, oral ou visual, dará o ponto de partida da aula de língua
estrangeira.
Ao interagir com textos provocantes de vários gêneros, o aluno perceberá que
as formas linguísticas não assumem o mesmo significado, mas são flexíveis e variam
dependendo do contexto e da situação em que a prática social do uso da linguagem
ocorre.
Possibilitar análise e reflexão sobre os fenômenos linguísticos e culturais como
realizações discursivas, as quais se revelam na pela história dos sujeitos que fazem
parte deste processo.
As reflexões discursivas e ideológicas dependem de uma interação primeira
com o texto. Isto não representa privilegiar a prática da leitura em detrimento às demais
no trabalho em sala de aula, visto que na interação com o texto, há uma simultânea
utilização de todas as práticas discursivas: escrita e oralidade.
Na leitura criar situações em que o aluno tenha contato com todo tipo de
gêneros textuais.
Quanto à escrita proporcionar as habilidades do uso da língua escrita em
situações discursivas por meio de práticas textuais.
Na oralidade contemplar atividades de debate, discussão, argumentação ,
enfatizando a entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros.
Os conhecimentos linguísticos serão trabalhados dependendo do grau de
conhecimento dos alunos e estarão voltados para a interação que tenha por finalidade o
uso efetivo da linguagem e não a memorização de conceitos. Serão selecionados a
partir dos erros resultantes das atividades e da dificuldade dos alunos.
188
Ao trabalhar com as diferentes culturas, é importante que o aluno, ao contrastar
a sua cultura com a do outro, perceba-se como sujeito histórico e socialmente
constituído e assim elabore a consciência da própria identidade.
Com relação à escrita não podemos esquecer que ela deve ser vista como uma
atividade sócio-interacional, ou seja, significativa.
Os textos literários serão apresentados aos alunos de modo que provoquem
reflexões e façam com que uma prática social de determinado contexto sócio-cultural
particular.
O ensino de língua estrangeira estará articulado com as demais disciplinas do
currículo objetivando relacionar os vários conhecimentos. Isso não significa
obrigatoriamente, desenvolver projetos envolvendo inúmeras disciplinas, mas fazer
com que o aluno perceba que conteúdos de disciplinas distintas podem muitas vezes
estar relacionados entre si.
Levar ao aluno conhecimento de diversos tipos de linguagem, ampliando o
trabalho interdisciplinar, com o objetivo de proporcionar momentos de reflexões,
debates,leitura e oralidade.
Disponibilizar na prática pedagógica o uso do livro didático e ou apostila como
material de apoio; livros paradidáticos, vídeos, DVDs, CDs, Laboratório de informática e
outros disponíveis conforme a realidade.
Utilizar os mais diversos recursos que venham enriquecer e promover a
aprendizagem do educando, despertando o interesse para que desenvolva uma prática
analítica e crítica, ampliem seus conhecimentos linguísticos e percebam as
ampliações sociais, histórica e ideológicos presentes num discurso.
ARTE
ÁREA MÚSICA CONTEÚDOS ESTRURANTES
ELEMENTOSFORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOSE PERÍODOS
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
189
CONTEÚDOS BÁSICOS
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
RitmoMelodiaHarmoniaModal, Tonal e fusão de ambos.Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop
Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mistaImprovisação
Música Popular BrasileiraParanaensePopularIndústria CulturalEngajadaVanguardaOcidentalOrientalAfricanaLatino-Americano
Percepção da paisagem sonora como constitutiva da música contemporânea (popular e erudita), dos modos de fazer música e sua função social.
Teoria da Música.
Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical, com enfoque na música de diversas culturas.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação com a sociedade contemporânea.
Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
Apropriação prática e teórica dos modos de composição musical das diversas culturas e mídias, relacionadas a produção, divulgação e consumo.
• ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOSE PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
BidimensionalTridimensionalFigurativoAbstratoPerspectivaSemelhançasContrastesRitmo Visual
Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance, fotografia, gravura e esculturas...
Arte OcidentalArte OrientalArte AfricanaArte BrasileiraArte ParanaenseArte PopularArte de VanguardaIndústria CulturalArte EngajadaArte ContemporâneaArte DigitalArte Latino-
Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes culturas e mídias.
Teoria das artes visuais.
Produção de trabalhos de artes visuais com os modos de organização e composição, com
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua relação com a sociedade contemporânea.
Produção de trabalhos de artes visuais visando a atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
Apropriação prática e teórica dos modos de
190
Gêneros: paisagem, natureza-morta, designer, história em quadrinhos...
Americana enfoque nas diversas culturas.
composição das artes visuais nas diversas culturas e mídias, relacionadas a produção, divulgação e consumo.
• ÁREA TEATRO•
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOSFORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOSE PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE
APRENDIZAGEM
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação
Espaço
Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-FórumRoteiroEncenação, leitura dramáticaGêneros: Tragédia, Comédia, Drama e ÉpicoDramaturgiaRepresentação nas mídiasCaracterizaçãoCenografia,sonoplastia, figurino, iluminação DireçãoProdução
Teatro Greco-RomanoTeatro MedievalTeatro BrasileiroTeatro ParanaenseTeatro PopularIndústria CulturalTeatro EngajadoTeatro DialéticoTeatro EssencialTeatro do OprimidoTeatro PobreTeatro de VanguardaTeatro RenascentistaTeatro Latino-AmericanoTeatro RealistaTeatro Simbolista
Estudo da personagem, ação dramática e do espaço cênico e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos do teatro.
Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social.
Teorias do teatro.
Produção de trabalhos com teatro em diferentes espaços.
Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social.
Produção de trabalhos com os modos de organização e composição teatral com enfoque na Arte Engajada.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com o movimento artístico no qual se originou.
Compreensão da dimensão do teatro enquanto fator de transformação social.
Produção de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da representação nas mídias; relacionadas a produção, divulgação e
191
consumo.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais.
ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOSFORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOSE PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
EixoDinâmicaAceleraçãoPonto de ApoioSalto e QuedaRotaçãoNíveisFormaçãoDeslocamentoImprovisaçãoCoreografiaGêneros: Espetáculo, industrial cultural, étnica, folclórica, circular, populares, salão, moderna, contemporânea
Pré-históriaGreco-RomanaMedievalRenascimentoDança ClássicaDança PopularBrasileiraParanaenseAfricanaIndígenaHip HopExpressionismoIndústria Cultural Dança ModernaArte EngajadaVanguardasDança Contemporânea
Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos da dança.
Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é elaborada e executada.
Teorias da dança.
Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com o movimento artístico no qual se originou.
Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas origens e práticas contemporâneas.
Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social.
Compreensão das diferentes formas de dança no Cinema, musicais e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança.
Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da dança nas
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composição. mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.
Produção de trabalhos com dança, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A proposta metodológica das práticas pedagógicas da Educação de Jovens e
Adultos deve considerar os três eixos articulados propostos para as Diretrizes
Curriculares: cultura, trabalho e tempo, os quais deverão estar inter-relacionados.
Os conteúdos contemplados na Educação de Jovens e Adultos - EJA Ensino
Médio são os mesmos dos conteúdos do ensino regular propostos pelas Diretrizes
Curriculares Estaduais de Arte e serão estudados a partir dos conteúdos estruturantes:
elementos formais , composição, movimentos e períodos. No entanto, é necessário
enfatizá-los e e organizá-los a partir dos três eixos norteadores: cultura , trabalho e
tempo. Este é um aluno diferenciado, pois apresenta uma vida social cultural mais
amadurecida, por isso o estudo dos conteúdos a partir da cultura , permitirá a ele
estabelecer relações mais próximas com a sua vida. Os conteúdos organizados a partir
do eixo trabalho são de fundamental importância para o aperfeiçoamento de suas
atividades profissionais e para atuação de forma mais participativa e consciente na
comunidade em que está inserido. A organização do tempo nas suas três dimensões:
tempo físico, o tempo vivido e o tempo pedagógico, é relevante para o processo
ensino aprendizagem, uma vez que o tempo de estudo é diferenciado, pois se dá de
forma mais dinâmica, respeitando a individualidade do aluno. Portanto o
encaminhamento das atividades deverá se adequar ao programa da Educação de
Jovens e Adultos de acordo com os critérios contemplados nas Diretrizes Curriculares
da Educação de Jovens e Adultos.
O estudo da história da Cultura Afro-brasileira e Africana conforme a lei
193
10.639/03; História e Cultura Afro-brasileira e Indígena, lei 11645/08 e os desafios
Educacionais contemporâneos serão contemplados e permeados com os conteúdos
das artes visuais, dança, teatro ou música, de forma a contribuir para que os
educandos possam identificar e valorizar suas raízes culturais e exercer de forma
consciente e reflexiva seu papel dentro da sociedade.
A escola como espaço socializado do conhecimento possibilita e amplia as
oportunidades para essas experiências, cabe ao professor de Arte a partir dos
conteúdos, instigar a memória, a percepção e as possíveis associações com a
realidade cotidiana do aluno.
Inicia-se por meio da experimentação e da exploração de materiais e técnicas
vinculadas à produção artística que possibilitará ao aluno a familiarização com as
variadas linguagens artísticas.
O ensino da arte toma a dimensão de aprofundamento das linguagens artísticas,
para reconhecer os conceitos e elementos comuns presentes nas diversas
representações culturais.
Dessa maneira, o professor cria e amplia condições de aprendizagem pela
análise das linguagens artísticas, a partir da ideia de que elas são produtos da cultura
de um determinado contexto histórico, aborda os elementos artísticos que identificam
determinadas sociedades e a forma como se deu a estilização de seus valores,
pensamentos e ações. Esta materialização do pensamento artístico de diferentes
culturas deve ser vista como referencial simbólico a ser interpretado pelos alunos, por
meio do conhecimento dos recursos presentes nas linguagens artísticas.
Serão contempladas as quatro áreas do conhecimento; nas Artes Visuais
explorarão formatos bidimensionais, tridimensionais e virtuais, trabalhando as
características específicas contidas na estrutura a qual são trabalhados de forma
constante, na cor, nas superfícies, nas formas e na disposição desses elementos no
espaço.
Os conteúdos estruturantes já citados, são apresentados separadamente, no
entanto, metodologicamente são trabalhados de forma articulada e indissociada um do
194
outro.
Será explorada a possibilidade de improvisação e composição do aluno acerca
das relações entre o movimento e os conceitos a respeito do corpo na Dança.
Na Musica prioriza-se a escrita consciente dos sons percebidos, bem como, a
identificação das suas propriedades, variações e maneira intencionais de como esses
sons são distribuídos numa estrutura musical.
No teatro, exploram-se os conteúdos com possibilidades de improvisação e
composição no trabalho com as personagens, com o espaço da cena e com o
desenvolvimento de temática que provém tanto de textos literários ou dramáticos
clássicos quanto de narrativos orais e cotidianas.
Utilizando nas quatro áreas do conhecimento, os recursos tecnológicos
oferecidos pela TV Paulo Freire, TV Pendrive e Internet.
FILOSOFIA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Mito e Filosofia:
Saber mítico
Saber filosófico
Relação Mito e Filosofia
Atualidade do mito
O que é Filosofia?
• Teoria do Conhecimento
Possibilidade do conhecimento
As formas de conhecimento
O problema da verdade
A questão do método
Conhecimento e lógica
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Ética
Ética e moral
Pluralidade ética
Ética e violência
Razão, desejo e vontade
Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas
Filosofia Política:
Relações entre comunidade e poder
Liberdade e igualdade política: Lei nº 10.639/03 e desdobramentos História e Cultura
Afro Brasileira e Africana:
Lei nº11.645/08 e desdobramentos sobre a História e a Cultura Afro Brasileira e
Indígena.
Política e ideologia
Esfera pública e privada
Cidadania formal e/ou participativa
Filosofia da Ciência
Concepções de ciência
A questão do método científico
Contribuições e limites da ciência
Ciência e ideologia
Ciência e ética
Estética
Natureza da arte
Filosofia da arte
Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, etc;
Estética e sociedade.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
196
A apresentação dos conteúdos para Educação de Jovens e Adultos ocorrerá a
partir de situações concretas do dia a dia, fazendo recortes com situações históricas da
filosofia, para que os alunos possam compreender os objetivos de forma sistematizada.
Os encaminhamentos pedagógicos devem ser norteados de forma a contemplar
conteúdos significativos e possibilidades de cada educando em sua singularidade, pois
cada um possui seu tempo próprio de formação, elaborando conceitos a partir de uma
perspectiva de re-significação do mundo e de si mesmo.
O Trabalho pedagógico deve estar articulado de forma a considerar e valorizar
os saberes adquiridos na informalidade das suas vivências e do mundo do trabalho.
É inerente a organização pedagógico-curricular da EJA, a valorização dos
diferentes tempos necessários à aprendizagem dos educandos, considerando os
saberes adquiridos na informalidade das suas vivências e do mundo do trabalho, face à
diversidade de suas características .
O encaminhamento metodológico deve direcionar para uma formação na qual
os alunos trabalhadores possam, refletir criticamente os valores básicos, a apreensão
do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores
que fundamentam a sociedade.
As relações entre cultura, devem estabelecer reflexões sobre a diversidade
cultural, tornando- a mais próxima da realidade promovendo acesso ao conhecimento
para que o universo cultural seja ampliado, de forma a considerar e valorizar a
produção humana ao longo da história.
A formação dos alunos trabalhadores deve estar pautada nos conhecimentos
científicos, na reflexão para a criticidade, na responsabilidade individual e coletiva, na
aquisição de autonomia para enfrentar os problemas e mudanças que oportunizem
melhoria de vida na sociedade.
O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem deve estar organizado a
priorizar a qualidade do ensino articulado entre o tempo pedagógico e o tempo escolar.
A abordagem teórica metodológica ocorrerá a partir da mobilização do aluno
para o pensar filosófico. A partir do conteúdo em discussão, a problematização ocorre
197
quando professor e estudantes levantam questões, identificam problemas e investigam
o conteúdo. É importante ressaltar que os recursos escolhidos para tal mobilização –
filme, música, texto e outros – podem ser retomados a qualquer momento do processo
de aprendizagem.
O ensino de filosofia será permeado por atividades investigadas individuais e
coletivas que organizem e orientem o debate filosófico, dando-lhe um caráter dinâmico
e participativo, inclui também, leitura, debate, produção de textos, entre outras
estratégicas, a fim de que a investigação seja fundamento do processo de criação de
conceitos.
SOCIOLOGIA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O Processo de Socialização e as Instituições Sociais
Processo de Socialização;
Instituições sociais: Familiares; Escolares; Religiosas;
Instituições de Reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc).
Cultura e Indústria Cultural
Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das
diferentes sociedades;
Diversidade cultural;
Identidade;
Indústria cultural;
Meios de comunicação de massa;
Sociedade de consumo;
Indústria cultural no Brasil;
Questões de gênero;
198
Culturas afrobrasileiras e africanas;
Culturas indígenas.
Trabalho, Produção e Classes Sociais
O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;
Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais
Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;
Globalização e Neoliberalismo;
Relações de trabalho;
Trabalho no Brasil.
Poder, Política e Ideologia
Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;
Democracia, autoritarismo, totalitarismo
Estado no Brasil;
Conceitos de Poder;
Conceitos de Ideologia;
Conceitos de dominação e legitimidade;
As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.
Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais
Direitos: civis, políticos e sociais;
Direitos Humanos;
Conceito de cidadania;
Movimentos Sociais;
Movimentos Sociais no Brasil;
A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;
A questão das ONG’s.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
199
A apresentação dos conteúdos para Educação de Jovens e Adultos ocorrerá a
partir de situações concretas do dia a dia, adequando-se aos objetivos pretendidos de
forma coerente e em conformidade com as especificidades de cada aluno para que
possam compreender os objetivos de forma sistematizada. Os encaminhamentos
pedagógicos devem ser norteados de forma a contemplar conteúdos significativos e
possibilidades de cada aluno em sua singularidade, pois cada um possui seu tempo
próprio de formação, elaborando conceitos a partir de uma perspectiva de re-
significação do mundo e de si mesmo.
Os procedimentos metodológicos devem ser compostos de procedimentos que
articule a teoria com a vivência, para que o aluno sinta motivação para rever
conhecimentos e reconstruir coletivamente novos saberes. Os professores devem
empenhar na contribuição da construção do pensamento científico proporcionando aos
envolvidos no processo ensino-aprendizagem a fundamentação necessária para a
compreensão da vida em sociedade.
O encaminhamento metodológico deve direcionar para uma formação na qual
os alunos trabalhadores possam, refletir criticamente os valores básicos, a apreensão
do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores
que fundamentam a sociedade.
As relações entre cultura, devem estabelecer reflexões sobre a diversidade
cultural, tornando- a mais próxima da realidade promovendo acesso ao conhecimento
para que o universo cultural seja ampliado, de forma a considerar e valorizar a
produção humana ao longo da história.
A formação dos alunos trabalhadores deve estar pautada nos conhecimentos
científicos, na reflexão para a criticidade, na responsabilidade individual e coletiva, na
aquisição de autonomia para enfrentar os problemas e mudanças que oportunizem
melhoria de vida na sociedade.
O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem deve estar organizado a
priorizar a qualidade do ensino articulado entre o tempo pedagógico e o tempo escolar.
200
No ensino da sociologia é fundamental oferecer aos alunos o contato com a
linguagem sociológica, apresentando textos clássicos que deverão ser contrapostos às
questões contemporâneas e sua influência na organização ao longo do tempo e da
história.
Pesquisas, produções de textos, músicas, filmes, entrevistas, palestras, registros,
roda da conversa e também debates que comporão o elenco das atividades
desenvolvidas em sala de aula, onde, a partir da prática social dos alunos serão
trabalhadas as diferentes visões da sociedade e como se expressam as diversas
maneiras de interpretar a relação entre o homem e a sociedade.
Textos literários, jornalisticos, propagandas, charges, imagens, deverão constar
nos encaminhamentos metodológicos, para que o aluno possa compreender que toda
produção escrita ou não, aborda aspectos de problemas da realidade.
Os debates e seminários dos temas relevantes deverão estar fundamentados em
leituras e pesquisas de campo e bibliográfica.
EDUCAÇÃO FÍSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Esporte
Coletivos
Individuais
Jogos e brincadeiras
Jogos de tabuleiro
Jogos dramáticos
Jogos cooperativos
Dança
Danças folclóricas
201
Danças de salão
Danças de rua
Ginástica
Ginástica Artistica
Ginástica de academia
Ginástica geral
Lutas
Lutas com aproximação
Lutas que mantêm à
distancia
Lutas com instrumento
mediador
Capoeira
Obs: Os conteúdos relacionados aos desafios educacionais contemporâneos e a cultura
afro brasileira e indígena, deverão ser trabalhados permeados aos conteúdos
estruturantes da educação física.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A abordagem metodológica do Educação de Jovens e Adultos - EJA será
norteada por três eixos articuladores, sendo: Cultura, trabalho e tempo, os quais serão
inter-relacionados.
A cultura norteará a ação pedagógica, focando na diversidade cultural e
sistematizando as experiências vividas pela comunidade escolar, objetivando a criação
de trabalhos ampliando o universo cultural do educando.
O trabalho no contexto do Educação de Jovens e Adultos - EJA terá como
202
objetivo melhorar a qualidade de vida e dar acesso aos bens produzidos pela
comunidade.
O terceiro eixo é o tempo, o qual deve ser adaptado a necessidade dos
educandos, atendendo interesses e necessidades e respeitando o tempo próprio de
aprendizagem e retenção de conhecimento dos mesmos.
Portanto as aulas de Educação Física serão utilizadas com possibilidade de se
alcançar transformações sócias. Também proporcionarão a oportunidade para que
todos os alunos desenvolvam suas potencialidades, de forma inclusiva, não seletiva e
respeitando a individualidade do educando tendo o professor de transformar suas aulas
em algo agradável tendo assim a participação integral dos educandos, de modo que
num primeiro momento os conteúdos da aula são apresentados aos alunos e
problematizados, buscando as melhores formas de execução a fim de descobrir as
possibilidades e os limites de cada um no desenvolvimento da atividade proposta, após
o primeiro momento, vem à fase do desenvolvimento das atividades, onde o professor
observa as atividades realizadas pelo aluno e as diferentes manifestações advindas da
prática corporal, e em um terceiro momento acontecerá os registros para posterior
orientação ou intervenção pedagógica.
MATEMÁTICA
CONTEÚDOSESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Números eÁlgebra
Números reais;Números complexos;Equações, inequações exponenciais, logarítmicas e ModularesMatrizes e DeterminantesSistemas LinearesPolinômiosLogarítmicas e modulares.
203
Grandezas emedidas
Medidas de área;Medida de volume;Medidas de grandezas vetoriais;Medidas de informática;Medidas de energia;Trigonometria.
Funções Função Afim;Função quadrática;Função polinomial;Função exponencial;Função logarítmica;Função trigonométrica;Função modular;Progressão aritmética;Progressão geométrica.
Geometrias Geometria plana;Geometria espacial;Geometria analítica;Geometrias não-euclidianas.
Tratamento da informação Análise combinatória;Binômio de Newton;Estudos das probabilidades;Estatísticas;Matemática financeira.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A proposta metodológica da Educação de Jovens e Adultos deve considerar os
três eixos articuladores-Cultura, Trabalho e Tempo, os quais devem estar articulados e
inter-relacionados.(Diretrizes Curriculares da EJA,2006).
A cultura é o foco do trabalho pedagógico, pois é preciso observar o contexto
social em que o aluno está inserido e considerar os conhecimentos que ele traz
para a escola, para construção de saberes sistematizados. Outro fator importante a se
considerar na Educação de Jovens e Adultos é a relação do aluno com o mundo do
trabalho, fato imprescindível na organização curricular dos conteúdos visando
relacionar a função do trabalho e suas relações com o acesso aos conhecimentos
204
científicos.
Em relação ao último eixo articulador a estrutura de organização do trabalho
pedagógico da Educação de Jovens e Adultos permite que o aluno adeque o tempo
escolar as suas necessidades educativas (tempo pedagógico), visando atender os
alunos que já possuem conhecimento social construído com tempos próprios de
aprendizagem e que participam do mundo trabalho.
Os três eixos articuladores que fundamentam as Diretrizes Curriculares para a
Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná caracteriza o currículo como uma
organização de conteúdos articulados com o trabalho pedagógico voltado a realidade
do aluno.
Neste sentido o ensino de matemática é vinculado às tendências para o ensino
e aprendizagem por meio de metodologias que contribuam para o desenvolvimento
do raciocínio crítico viabilizando uma contextualização dos conteúdos para efetivar o
processo educativo estabelecendo relações entre elementos da própria matemática e
os conceitos sociais.
Cabe ao professor apropriar-se de encaminhamentos metodológicos flexíveis
para se efetivar o processo educativo. Portanto é de suma importância evidenciar que o
ensino e aprendizagem sejam permeados pelas novas tendências:
História da Matemática - usar a história da matemática como ponto de partida
para o aprendizado. O enfoque histórico é importante para que o aluno possa situar o
avanço da matemática no tempo.
Mídias Tecnológicas – os instrumentos tecnológicos como: computador, TV,
vídeo, calculadora, entre outros, estão cada vez mais presentes na vida das pessoas.
São instrumentos que devem ser usados na prática do professor como recurso
metodológico, visando o desenvolvimento cognitivo dos alunos.
Modelagem Matemática – a modelagem permite fazer a conexão dos conteúdos
com situações do cotidiano envolvendo outras áreas do currículo, por meio de modelos
matemáticos que a elas se apliquem.
Resolução de problemas – o conhecimento matemático ganha significado
205
quando o aluno motivado por situações desafiadoras e busca estratégias de resolução.
Nesse contexto a resolução de problema é encarada não como ponto de
chegada mas sim, como ponto de partida da atividade matemática.
Etnomatemática – valorização dos conhecimentos matemáticos do grupo cultural
a qual pertence os alunos, e aproveita a experiência extra-curricular
Investigações matemáticas - O objetivo a ser investigado não é explicado pelo
professor, o método de investigação deverá ser indicado através, de uma introdução
oral, de maneira que o aluno compreenda o significado de investigar e que pontos de
investigação diferentes, obterão resultados também diferentes. As investigações
matemática envolvem, naturalmente, conceitos, procedimentos e representações
matemáticas, mas o que mais fortemente as caracteriza é este estilo de conjectura-
teste-demonstração.
Estes elementos expressam a articulação entre teoria e prática,dessa forma os
alunos serão estimulados a desenvolver a capacidade de observar, argumentar,
verificar, generalizar e concluir.
Os conteúdos estruturantes se relacionam entre si e evocam outros conteúdos
tanto estruturantes quanto básicos, além de sugerir relações e interdependências que,
enriquecem o processo pedagógico. A articulação entre os conhecimentos presentes
em cada conteúdo estruturante poderá ocorrer em diferentes momentos e, quanto
novas situações de aprendizagem possibilitarem, poderá ser retomada e aprofundada.
A presente proposta está organizada por disciplina, e os
procedimentos metodológicos são flexíveis adaptados as especificidades do aluno
para efetivar o processo educativo.
206
QUÍMICA
CONTEÚDOS BÁSICOS E ESTRUTURANTES
MATÉRIA E SUA NATUREZA
BIOGEOQUÍMICA
QUÍMICA SINTÉTICA
MATÉRIA
SOLUÇÃO
VELOCIDADE DAS REAÇÕES
EQUILÍBRIO QUÍMICO
LIGAÇÃO QUÍMICA
REAÇÕES QUÍMICAS
RADIOATIVIDADE
GASES
FUNÇÕES QUÍMICAS
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A disciplina de Química visa o conhecimento socializado no espaço escolar,
através de três eixos articuladores propostos para as Diretrizes Curriculares: cultura,
trabalho e tempo. Desta forma, busca-se a valorização da cultura e os
conhecimentos construídos a partir da informalidade de suas vivencias e no mundo do
trabalho na qual está inserido.
O conhecimento adquirido é articulado ao processo de construção/reconstrução
de significados e conceitos científicos em sala, ampliando a compreensão dos
conhecimentos adquiridos no dia a dia e relacionando-os com o conhecimento
científico e tecnológico para além do domínio estrito dos conhecimentos de química, o
educando terá contato com o objeto de estudo da matéria e suas transformações, numa
relação de diálogo onde a aprendizagem dos conceitos químicos se realize no sentido
da organização do conhecimento científico.
Disciplina de Química será trabalhada de forma que priorize a qualidade do
ensino e da aprendizagem, respeitando o tempo escolar e o tempo pedagógico,
207
buscando metodologias especificas para possibilitar ao educando o entendimento do
mundo e a sua interação com ele.
O ensino-aprendizagem sera baseada em uma relação dialética entre sujeito-
realidade-sujeito. E para que essas interações ocorram com sucesso, serão utilizados
os seguintes recursos:
Leitura e interpretação de textos com linguagem química, onde o importante
será a interpretacao e a discussão de idéias;
Demonstrações experimentais, como recurso para coleta de dados e posterior
discussão;
Participação em atividades como: eventos, feira cultural e palestras;
Estudo do meio em que estamos inseridos, através do qual se pode ter idéia
interdisciplinar dos campos do conhecimento (visitas a sistemas produtivos industriais e
rurais);
Aulas dialógicas, na qual será instigado o diálogo sobre o objeto de estudo;
Áudio-visual, da mesma forma que o trabalho experimental, envolve períodos de
discussão pré e pós atividades áudio-visual e deve facilitar a construção e a ampliação
dos conceitos;
Pesquisas no Laboratório de Informática e uso da biblioteca como fonte de dados
e informações.
Obs.: Os Desafios Educacionais Contemporâneos, Cultura Afro e Indígena serão
trabalhados, quando cabíveis, dentro dos conteúdos estruturantes.
FÍSICA
CONTEÚDOS
Estruturante: Movimento
Básicos:
Momentum e inércia
Conservação de quantidade de movimento (momentum)
208
Variação da quantidade de movimento = Impulso
2ª Lei de Newton;
3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio;
Energia e o princípio da conservação da energia;
Gravitação.
Estruturante: Termodinâmica
Básicos:
Lei Zero da Termodinâmica;
1ª Lei da Termodinâmica;
2ª Lei da Termodinâmica;
3ª Lei da Termodinâmica.
Estruturante: Eletromagnetismo
Básicos:
Carga, corrente elétrica;
Campo e ondas eletromagnéticas;
Força eletromagnética;
Equações de Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática/Lei de Coulomb, Lei de Ampère,
Lei de Gauss Magnética e Lei de Faraday;
A natureza da luz e suas propriedades.
Obs. Os conteúdos referentes a História e a Cultura Afro-brasileira e a Africana, a
História e Cultura Afro-brasileira e Indígea bem como os conteúdos relacionados aos
Desafios Educacionais Contemporâneos permearão os conteúdos dentro do possível.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
209
O processo de ensino aprendizagem para Eduação de Jovens e Adultos- EJA
terá como ponto de partida o conhecimento prévio trazido pelos alunos, levando em
consideração sua cultura, o trabalho desenvolvido por eles e tempo de aprendizado de
cada um, fruto de suas experiências de vida em seu contexto social, interessando as
concepções alternativas apresentadas pelos mesmos a respeito de alguns conceitos, as
quais influenciam a aprendizagem do conhecimento científico.
O ensino de Física deve levar em conta a história dos alunos e seus saberes do
mundo do trabalho, para que eles consigam entender os conceitos físicos e
compreendam as aplicações tecnológicas existentes no mundo de hoje. Deve-se ter
uma prática diferenciada para trabalhar com um público também diferenciado, alunos
estes que almejam adquirir um conhecimento mais prático e próximo às suas realidades
de vida.
O professor da Educação de Jovens e Adultos fará uso da experimentação como
uma metodologia de ensino que pode contribuir para fazer a ligação entre teoria e
prática, buscando de modo contínuo o conhecimento que leve o educando a apropriar-
se dessa práxis educacional.
Na Educação de Jovens e Adultos o ensino de Física deverá ser trabalhado em
conjunto, de forma que haja interação entre professor/aluno e aluno/aluno para
possibilitar troca de experiências através de aulas expositivas, dinâmicas de grupos,
leitura científica, estudos de textos complementares relacionados aos conteúdos
trabalhados, vídeos que mostrem a evolução científica e/ou tecnológica, práticas
laboratoriais e pesquisas diversas valorizando também o uso da TV Pen-drive, internet
e demais recursos tecnológicos.
O professor abordará temas relacionados à História e a Cultura Afro-brasileira e
Africana conf. Lei 10.639/03, a História e a cultura Afro-brasileira e Indígena conf. A
Lei 11.645/08 , bem como os Desafios Educacionais Contemporâneos, conforme o
conteúdo apropriado.
210
BIOLOGIA
Os conteúdos estruturantes foram assim definidos:
Organização dos seres vivos
Mecanismos biológicos
Biodiversidade
Manipulação genética
Conteúdos Básicos
Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos.
Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia.
Mecanismos de desenvolvimento embriológico.
Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.
Teorias evolutivas.
Transmissão das características hereditárias;
Dinâmica dos ecossistemas: Relações entre os seres vivos e a interdependência com o
ambiente.
Organismos geneticamente modificados.
Código Estadual de Proteção aos animais (Lei Estadual do Paraná n. 14.037/2003)
Serão tratados conteúdos específicos que envolvam História e Cultura Afro-
Brasileira e Africana (Lei 10.639/03), História da cultura Indígena (lei 11.645/08) e os
desafios Educacionais contemporâneos, sempre que tenham correlação ao conteúdo
básico trabalhado.
Atendendo a Lei 9795/99, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental
será trabalhada dentro do conteúdo estruturante “Biodiversidade”, destacando que o ser
humano faz parte do meio ambiente, que os problemas ambientais refletem com
consequências que nos atingem, e a necessidade da preservação ambiental.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
211
O desenvolvimento dos conteúdos, na Educação de Jovens e Adultos, serão
trabalhados de forma integrada, seguindo os três eixos articuladores propostos: cultura,
trabalho e tempo, partindo sempre da prática social dando significado às concepções
alternativas.
As atividades serão desenvolvidas através de discussões relevantes sobre o
trabalho e a relação de saberes. As experiências, projetos, ideias, aulas expositivas,
pesquisa, devem estar fundamentadas em valores éticos dando ênfase às atividades
que permitam integrar os diferentes saberes a fim de tornar vivos e significativos os
conteúdos selecionados.
Abordar sempre, o conteúdo de forma significativa para o aluno, incentivando a
refletir sobre a situação problema que envolve a discussão crítica do tema, despertando
no aluno o interesse e a vontade de aprofundar as pesquisas e buscar o conhecimento.
Os conteúdos serão trabalhados por meio de atividades e aulas práticas considerando a
coerência entre a teoria e a prática e, o conteúdo e a forma; isto porque, o processo de
ensino e aprendizagem não se deve limitar a uma única metodologia.
Vale destacar a importância de valorizar os registros feitos pelos alunos no
decorrer das atividades realizadas nas aulas, pois através das mesmas, o professor
analisa a própria prática e faz as intervenções pedagógicas necessárias e pode
divulgar tais produções como forma de socialização dos saberes e interação entre os
estudantes. A Diversidade e os Desafios Educacionais Contemporâneos serão
abordados dentro dos conteúdos, articulando as demais disciplinas, quando possível.
HISTÓRIA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
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CONTEÚDOS BÁSICOS
Tema 1 – Trabalho escravo, servil, assalariado e trabalho livre.
Tema 2 – Urbanização e industrialização.
Tema 3 - O Estado e as relações de poder.
Tema 4 – Os sujeitos, as revoltas e as guerras.
Tema 5 – Movimentos Sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções.
Tema 6 – Cultura e religiosidade.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS:
Considerando-se os três eixos articuladores propostos para as Diretrizes
Curriculares da Educação de Jovens e Adultos - cultura, trabalho e tempo. O
encaminhamento metodológico da disciplina de História contemplará esses eixos de
forma integrada, para que o mesmo ganhe significância para os alunos e facilite o
processo de ensino aprendizagem.
Os educandos dessa modalidade de ensino trazem consigo um patrimônio
cultural, um saber não-científico, construídos a partir do senso comum, que durante
muito tempo foi menosprezado, sendo visto como sinônimo de atraso. Observando-se
porém, que a cultura extrapola o conceito de formalidade e seu território é a vivência de
cada indivíduo e o seu relacionamento com o meio ao qual está inserido. ...”o trabalho
dos educadores da EJA é buscar um modo contínuo o conhecimento que dialogue com
o singular e o universal, o mediato e o imediato, de forma dinâmica e histórica”
(PARANÁ, 2006). Compete ao professor da disciplina de História, utilizando os
saberes vivenciados pelos educandos, possibilitar uma reflexão sobre a diversidade
cultural, o conhecimento historicamente construído pela humanidade como forma a
estimular o respeito e a compreensão das diversas manifestações culturais através dos
tempos.
Estando os educandos da Educação de Jovens e Adultos em sua maioria
inseridos no mercado de trabalho, é de suma importância a compreensão por parte dos
213
mesmos de como a sociedade tem se organizado ao longo do tempo para produzir os
bens necessários à vida humana. É relevante que os encaminhamentos metodológicos
levem em consideração essa especificidade e que os conteúdos abordados
contemplem o mundo do trabalho e em particular o mundo do trabalho na sociedade
capitalista. Assim a escola estará possibilitando ao aluno uma reflexão crítica sobre a
construção social do trabalho na sociedade a qual ele está inserido.
Além dos saberes trazidos pelos educandos o encaminhamento metodológico
voltado para a Educação de Jovens e Adultos, deve considerar que cada educando
tem seu próprio tempo para a elaboração da aprendizagem.
De fato, é preciso atender aos interesses e às necessidades de
pessoas que já tem um determinado conhecimento socialmente
construído, com os tempos próprios de aprendizagem e que participam
do mundo do trabalho e, por isso, requerem metodologias específicas
para alcançar seus objetivos(PARANÁ, 2006)
Compete ao professor problematizar, a partir do conteúdo que se propôs a tratar,
a produção do conhecimento histórico, considerando que a apropriação deste conceito
pelos alunos é processual, e deste modo exigirá que seja constantemente retomado.
O aluno deve observar a história como construção da humanidade dentro de um
processo dinâmico que envolve as relações sociais e, como tal, aplicá-la com
autonomia, desenvolvendo o pensamento crítico partindo do simples para o complexo e
vice-versa, interpretando diferentes relações na busca de soluções de problemas.
O papel do professor é essencial para que o aluno perceba que o conhecimento
adquirido tem significância para a compreensão de mundo e de uma atitude reflexiva e
crítica da sociedade em que vive.
GEOGRAFIA
CONTEÚDOS BÁSICOS
214
A formação e transformação das paisagens.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço
geográfico.
A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
A revolução técnico científica e os novos arranjos no espaço da produção.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração
territorial.
A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.
Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização recente.
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
Os movimentos migratórios e suas motivações.
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
O comércio e as implicações socioespaciais.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
As implicações socioespaciais do processo de mundialização.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
O encaminhamento metodológico dos conteúdos propostos na Educação de
Jovens e Adultos - EJA serão abordados por meio das tendências metodológicas que
215
fundamentam a prática docente. Os alunos da Educação de Jovens e Adultos - EJA já
trazem um conhecimento do senso comum, a organização curricular deverá contemplar
a diversidade cultural, as relações humanas, o trabalho e o tempo de cada um, em favor
de um processo integrador dos diferentes saberes para construção das áreas do
conhecimento.
A ação pedagógica nesta proposta deve levar a reflexão sobre a diversidade
cultural, tornando-a mais próxima da realidade, propriciando exercício de socialização,
promovendo o acesso ao conhecimento capaz de ampliar o universo cultural do
educando. O trabalho, ocupa a base das relações humanas ao longo da vida, e o
educando da Educação de Jovens e Adultos- EJA, se relaciona com o mundo do
trabalho e através dele ocorre a busca da melhor qualidade de vida. Portanto na
organização dos conteúdos, promover discussões sobre a função do trabalho e suas
implicações na sociedade. O tempo, outro eixo norteador da Educação de Jovens e
Adultos- EJA, deve adaptar-se às necessidades do educando, é preciso atender os
interesses e as expectativas de pessoas que já tem um determinado conhecimento
social construído, adequando ao tempo necessário de aprendizagem aos que
participam do mundo do trabalho, portanto torna-se necessária uma metodologia
especifica, mais flexível, criando espaços interativos, propondo atividades que lhes
propiciam o pensar e a compreensão de si mesmo, do outro e do mundo.
Sob essa perspectiva é interessante que efetive o estudo levando em conta a
realidade da vivência do aluno, indo além da concentração e descrição, para entender
que a realidade espacial é produzida por força contraditória no seio de uma sociedade
no contexto histórico.
Uma metodologia crítica e dinâmica deve sempre procurar proporcionar ao aluno
o contato com a realidade que o cerca. Os conteúdos específicos são abordados nas
perspectivas socioambiental, cultural, econômica e política. Uma vez que a Geografia
tendo como seu objeto de estudo o espaço geográfico, que é compreendido como
resultado da integração entre dinâmica físico-natural e dinâmica humano-social.
216
Ao invés de simplesmente apresentar o conteúdo que será trabalhado,
recomendasse que o professor crie uma situação problema, instigante e provocativo.
Essa problematização inicial tem por objetivo mobilizar o aluno para o conhecimento.
Por isso, de modo que se torne sujeito do seu processo de aprendizagem
(VASCONCELOS, 1993).
O professor deve, ainda, conduzir o processo de aprendizagem de forma
dialogada, possibilitando o questionamento e a participação dos alunos para que a
compreensão dos conteúdos e aprendizagem crítica aconteçam . Todo esse
procedimento tem por finalidade que o ensino de geografia contribua para formação de
um sujeito capaz de interferir na realidade de maneira consciente e crítica.
Nossa preocupação está voltada para “o saber ouvir” nossos alunos, para sa-
ber qual a melhor forma de auxiliá-los no seu desenvolvimento.
Essa interação entre professor e estudante deve proporcionar uma educação
para a transformação e não para a reprodução.
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ESPANHOL
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Na disciplina de Língua Estrangeira Moderna, o Conteúdo Estruturante é o
discurso como prática social, e é a partir dele que advêm os conteúdos básicos: os
gêneros discursivos a serem trabalhados nas práticas discursivas, assim como os
conteúdos básicos que pertencem às práticas da oralidade, leitura e escrita. Por serem
conhecimentos fundamentais para o curso não podem ser supridos nem reduzidos. A
seguir apresentamos esses conteúdos para o ensino de LEM – Espanhol.
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS LEITURA
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e
Tema do textoInterlocutor
217
análise linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.
Finalidade do textoInformatividadeSituacionalidadeIntertextualidadeTemporalidadeReferência textualPartículas conectivas do textoDiscurso direto e indiretoElementos composicionais do gêneroEmprego do sentido conotativo e denotativo no textoPalavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no textoPolissemiaMarcas linguísticas, coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagemLéxico.
ESCRITA
Tema do textoInterlocutorFinalidade do textoAceitabilidade do textoInformatividadeSitucionalidadeIntertextualidadeTemporalidadeReferência textualPartículas conectivas do textoDiscurso direto e indiretoElementos composicionais do gêneroEmprego do sentido conotativo e denotativo no textoPalavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no textoPolissemiaMarcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagemAcentuação gráficaOrtografiaConcordância verbal/nominal
ORALIDADE
Conteúdo temáticoFinalidadeAceitabilidade do textoInformatividadePapel do locutor e interlocutorElementos extralinguísticos, entonação, expressões facial,
218
corporal e gestual, pausas.Adequação do discurso ao gêneroTurno de falaVariações linguísticasMarcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semânticaAdequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc)Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
A partir desses conteúdos mencionados, será feito a seleção de textos, tendo
como referência os fundamentos teórico-metodológico da disciplina, bem como os
objetivos do ensino da Língua Estrangeira. Ao interagir com textos provenientes de
vários gêneros, o aluno perceberá que as formas linguísticas não são sempre idênticas,
não assumem sempre o mesmo significado, mas são flexíveis e variam dependendo do
contexto e da situação em que se dá a prática social do uso da linguagem.
Tais conteúdos serão elaborados a partir de um gênero, conforme as esferas
sociais de circulação: cotidiana, cientifica, escolar, imprensa, política, literária/artística,
produção e consumo, publicitária, midiática, jurídica.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A partir do conteúdo estruturante “Discurso como prática social” serão
trabalhadas questões linguísticas sócio-pragmáticas, culturais e discursivas, bem como
as práticas do uso da língua: leitura, oralidade e escrita.
O ponto de partida da aula de Língua Estrangeira Moderna será o texto, verbal e
não-verbal, como unidade de linguagem em uso, esses textos devem abordar uma
prática reflexiva e crítica, desenvolvendo conhecimentos linguísticos, percebendo as
implicações sociais, históricos e ideológicas presentes nos mesmos.
As reflexões discursivas e ideológicas dependem de uma interação primeira com
o texto. Isto não representa privilegiar a prática da leitura em detrimento das demais no
trabalho em sala de aula, visto que na interação com o texto, há uma simultânea
219
utilização de todas as práticas discursivas: leitura, escrita e oralidade.
Os conhecimentos linguísticos serão trabalhados dependendo do grau de
conhecimento dos alunos e estarão voltados para a interação que tenha por finalidade o
uso efetivo da linguagem e não da memorização de conceitos. Serão selecionados a
partir dos erros resultantes das atividades e da dificuldade dos alunos. Ao trabalhar com
as diferentes culturas é importante que o aluno, ao contratar a sua cultura com a do
outro, perceba-se como sujeito histórico e socialmente constituído e assim elabore a
consciência da própria identidade.
Na prática da leitura será propiciado o acesso a diferentes textos com diferentes
gêneros, considerando os conhecimentos prévios dos alunos para que estes formulem
questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto e que também oportunize
discussões sobre o tema, intenções e intertextualidade, bem como a socialização das
idéias dos alunos sobre o texto.
Com relação à escrita não podemos esquecer que ela deve ser vista como uma
atividade sócio-interacional, ou seja, significativa. Essa prática deve permitir a produção
de textos atendendo as circunstâncias de produção propostas, diferenciar a linguagem
formal da informal, estabelecer relações entre partes do texto, identificar repetições ou
substituições, estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto,
conduzir a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
Os textos literários serão apresentados aos alunos de modo que provoquem
reflexão e façam com que os percebam como uma prática social de um determinado
contexto sócio-cultural particular.
Na oralidade a ênfase estará na organização de textos produzidos pelos alunos
levando em consideração a aceitabilidade, informatividade e finalidade do texto e a
estimulação da contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando os recursos
extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausa, etc.
O ensino da Língua Estrangeira estará articulado com as demais disciplinas do
currículo, objetivando relacionar os vários conhecimentos. Isso não significa
obrigatoriamente desenvolver projetos envolvendo inúmeras disciplinas, mas fazer com
220
que o aluno perceba que conteúdos e disciplinas distintas podem muitas vezes estar
relacionados entre si.
A Língua Estrangeira será trabalhada de maneira a proporcionar a inclusão
social, o desenvolvimento da consciência do papel da línguas na sociedade, o
reconhecimento da diversidade cultural e o processo de construção das identidades
transformadoras. Os alunos, nesta abordagem de ensino são encorajados a reconhecer
e compreender a diversidade linguística e cultural nos textos que lhe são apresentados,
envolvendo-os em atividades críticas e problematizadoras que se concretizam por meio
da língua como prática social.
10.6 - PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO
10.6.1 Concepção de Avaliação
A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a
intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se
estuda e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e
aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos, diagnosticar os resultados
atribuindo-lhes valor. A avaliação será realizada em função dos conteúdos expressos
na proposta pedagógica.
Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de
reflexão dos educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve ser
entendida como processo contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza uma
atitude crítico-reflexiva frente à realidade concreta.
A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, seguirá orientações
contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, e compreende os seguintes princípios:
• investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações
necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos;
• contínua: permite a observação permanente do processo ensino-aprendizagem e
221
possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica;
• sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando, utilizando
instrumentos diversos para o registro do processo;
• abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempo-escola do
educando;
• permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos pelo
educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como do trabalho pedagógico
da escola.
Os conhecimentos básicos definidos nesta proposta serão desenvolvidos ao
longo da carga horária total estabelecida para cada disciplina, conforme a matriz
curricular, com oferta diária de 04 (quatro) horas-aula por turno, com avaliação
presencial ao longo do processo ensino-aprendizagem.
Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados
como ponto de partida real do processo pedagógico, a avaliação contemplará,
necessariamente, as experiências acumuladas e as transformações que marcaram o
seu trajeto educativo, tanto anterior ao reingresso na educação formal, como durante o
atual processo de escolarização.
A avaliação processual utilizará técnicas e instrumentos diversificados, tais
como: provas escritas, trabalhos práticos, debates, seminários, experiências e
pesquisas, participação em trabalhos coletivos e/ou individuais, atividades
complementares propostas pelo professor, que possam elevar o grau de aprendizado
dos educandos e avaliar os conteúdos desenvolvidos.
É vedada a avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma única
oportunidade de aferição. O resultado das atividades avaliativas, será analisado pelo
educando e pelo professor, em conjunto, observando quais são os seus avanços e
necessidades, e as consequentes demandas para aperfeiçoar a prática pedagógica.
10.6.2 Procedimentos e Critérios para Atribuição de Notas
222
• as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com
finalidade educativa;
• para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06
(seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais
escritas e também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante o
processo de ensino, a que, obrigatoriamente, o educando se submeterá na
presença do professor, conforme descrito no Regimento Escolar. Na
disciplina de Ensino Religioso, as avaliações realizadas no decorrer do
processo ensino-aprendizagem não terão registro de nota para fins de
promoção e certificação.
• a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo
os resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula
zero);
para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis
vírgula zero), em cada disciplina, de acordo com a Resolução n.º 3794/04
– SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED e freqüência
mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária de
cada disciplina na organização coletiva e 100% (cem por cento) na
organização individual;
• o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada
registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de
estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada como acréscimo ao
processo de apropriação dos conhecimentos;
• para os educandos que cursarem 100% da carga horária da disciplina, a
média final corresponderá à média aritmética das avaliações processuais,
devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero);
• os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em
documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e
223
autenticidade da vida escolar do educando;
• o educando portador de necessidades educativas especiais, será avaliado
não por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de
desenvolver.
10.6.3 Recuperação de Estudos
A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de
construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem,
possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao processo
ensino-aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo
direito de todos os educandos, independentemente do nível de apropriação dos
mesmos.
A recuperação será também individualizada, organizada com atividades
significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor diagnosticar
o nível de aprendizagem de cada educando.
Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos
conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição
dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de
avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar.
10.6.4 Aproveitamento de Estudos
O aluno poderá requerer aproveitamento de estudos realizados com êxito,
amparado pela legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar, por
meio de cursos ou de exames supletivos, nos casos de matrícula inicial, transferência e
prosseguimento de estudos.
224
10.6.5 Classificação e Reclassificação
Para a classificação e reclassificação este estabelecimento de ensino utilizará o
previsto na legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar.
10.7 - REGIME ESCOLAR
O Estabelecimento Escolar funcionará, preferencialmente, no período noturno,
podendo atender no período vespertino e/ou matutino, de acordo com a demanda de
alunos, número de salas de aula e capacidade, com a expressa autorização do
Departamento de Educação e Trabalho, da Secretaria de Estado da Educação.
As informações relativas aos estudos realizados pelo educando serão
registradas no Histórico Escolar, aprovado pela Secretaria de Estado da Educação do
Paraná.
O Relatório Final para registro de conclusão do Curso, será emitido pelo
estabelecimento de ensino a partir da conclusão das disciplinas constantes na matriz
curricular.
Este Estabelecimento Escolar poderá executar ações pedagógicas
descentralizadas para atendimento de demandas específicas - desde que autorizado
pelo Departamento de Educação e Trabalho, da Secretaria de Estado da Educação –
em locais onde não haja a oferta de Educação de Jovens e Adultos e para grupos ou
indivíduos em situação especial, como por exemplo, em unidades sócio-educativas, no
sistema prisional, em comunidades indígenas, de trabalhadores rurais temporários, de
moradores em comunidades de difícil acesso, dentre outros.
10.7.1 ORGANIZAÇÃO
Os conteúdos escolares estão organizados por áreas do conhecimento no
225
Ensino Fundamental – Fase I e por disciplinas no Ensino Fundamental – Fase II e
Médio, conforme dispostas nas Matrizes Curriculares, em concordância com as
Diretrizes Curriculares Nacionais, contidas nos Pareceres n.º 02 e 04/98-CEB/CNE para
o Ensino Fundamental e Resolução n.º 03/98 e Parecer n.º 15/98 - CEB/CNE para o
Ensino Médio e com as Deliberações nº 01/06, nº 04/06, nº 07/06 e nº 03/08, todas do
Conselho Estadual de Educação.
10.7.2 FORMAS DE ATENDIMENTO
A educação neste Estabelecimento Escolar é de forma presencial, com as
seguintes ofertas : organização coletiva e individual para o Ensino Fundamental – Fase
II e Ensino Médio, em todas as disciplinas, sendo priorizadas, no mínimo, 70% (setenta
por cento) das vagas para matrícula na organização coletiva e até 30% (trinta por cento)
para matrícula na organização individual, sendo respeitado o perfil do educando para
matrícula.
10.7.2.1 Ensino Fundamental – Fase I e II e Ensino Médio
No Ensino Fundamental – Fase I, Fase II e Ensino Médio considerar-se-á, a
oferta de 100% da carga horária total estabelecida.
10.7.3 MATRÍCULA
Para a matrícula no Estabelecimento Escolar de Educação de Jovens e
Adultos:
• a idade para ingresso respeitará a legislação vigente;
• será respeitada instrução própria de matrícula expedida pela mantenedora;
226
• o educando do Ensino Fundamental – Fase I será matriculado,
concomitantemente, em todas as áreas do conhecimento;
• o educando do Ensino Fundamental – Fase II e do Ensino Médio, poderá
matricular-se de uma a quatro disciplinas simultaneamente;
• poderão ser aproveitadas integralmente disciplinas concluídas com êxito por
meio de cursos organizados por disciplina, por exames supletivos, série(s) e de
período(s) / etapa(s) / semestre(s) eqüivalente(s) à conclusão de série(s) do
ensino regular, mediante apresentação de comprovante de conclusão, conforme
regulamentado no Regimento Escolar;
• para os educandos que não participaram do processo de escolarização
formal/escolar; bem como o educando desistente do processo de escolarização
formal/escolar, em anos letivos anteriores, poderão ter seus conhecimentos
aferidos por processo de classificação, definidos no Regimento Escolar;
• será considerado desistente, na disciplina, o educando que se ausentar por mais
de 02 (dois) meses consecutivos, devendo a escola, no seu retorno, reativar sua
matrícula para dar continuidade aos seus estudos, aproveitando a carga horária
cursada e os registros de notas obtidos, desde que o prazo de desistência não
ultrapasse 02 (dois) anos, a partir da data da matrícula inicial;
• o educando desistente, por mais de dois anos, a partir da data de matrícula
inicial na disciplina, no seu retorno, deverá fazer rematrícula na disciplina,
podendo participar do processo de reclassificação.
No ato da matrícula, conforme instrução própria da mantenedora, o educando
será orientado por equipe de professor-pedagogo sobre: a organização dos cursos, o
funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento escolar, a duração e
a carga horária das disciplinas.
O educando será orientado pelos professores das diferentes disciplinas, que os
receberá individualmente ou em grupos agendados, efetuando as orientações
metodológicas, bem como as devidas explicações sobre os seguintes itens que
227
compõem o Guia de Estudos:
• a organização dos cursos;
• o funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento escolar;
• a dinâmica de atendimento ao educando;
• a duração e a carga horária das disciplinas;
• os conteúdos e os encaminhamentos metodológicos;
• o material de apoio didático;
• as sugestões bibliográficas para consulta;
• a avaliação;
• outras informações necessárias.
10.7.4 MATERIAL DIDÁTICO
O material didático, indicado pela mantenedora, constitui-se como um dos
recursos de apoio pedagógico do Estabelecimento Escolar da Rede Pública do Estado
do Paraná de Educação de Jovens e Adultos.
10.7.5 AVALIAÇÃO
• avaliação será diagnóstica, contínua, sistemática, abrangente,
permanente;
• as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com
finalidade educativa;
• para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06
(seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais
escritas e também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante o
processo de ensino, a que, obrigatoriamente, o educando se submeterá na
presença do professor, conforme descrito no regimento escolar;
228
• a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo
os resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula
zero);
• para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis
vírgula zero), em cada disciplina, de acordo com a Resolução n.º 3794/04
– Secretaria de Estado da Educação - SEED e freqüência mínima de 75%
(setenta e cinco por cento)do total da carga horária de cada disciplina na
organização coletiva e 100% (cem por cento) na organização individual;
• o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada
registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de
estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada como acréscimo ao
processo de apropriação dos conhecimentos;
• a média final, de cada disciplina, corresponderá à média aritmética das
avaliações processuais, devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0
(seis vírgula zero)
• os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em
documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e
autenticidade da vida escolar do educando;
• o educando portador de necessidades educativas especiais, será avaliado
não por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de
desenvolver.
10.7.6 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de
construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem,
possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao processo
ensino-aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo
direito de todos os educandos, independentemente do nível de apropriação dos
229
mesmos.
A recuperação será também individualizada, organizada com atividades
significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor diagnosticar
o nível de aprendizagem de cada educando.
Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos
conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição
dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de
avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar.
10.7.7 APROVEITAMENTO DE ESTUDOS, CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO
Os procedimentos de aproveitamento de estudos, classificação e
reclassificação estão regulamentados no Regimento Escolar e atenderão o disposto na
legislação vigente.
10.7.8 ÁREA DE ATUAÇÃO
As ações desenvolvidas pelo Estabelecimento Escolar Estadual que oferta a
Educação de Jovens e Adultos limitam-se à jurisdição do Estado do Paraná, do Núcleo
Regional de Educação, podendo estabelecer ações pedagógicas descentralizadas,
desde que autorizadas pela mantenedora.
10.7.9 ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO
Este Estabelecimento Escolar, em consonância com as orientações da
Secretaria de Estado da Educação - SEED , oportunizará o estágio não-obrigatório,
como atividade opcional, desenvolvido no ambiente de trabalho, conforme a Lei Federal
230
nº 11.788, de 25 de setembro de 2008.
10.8 - RECURSOS HUMANOS
10.8.1 Atribuições dos Recursos Humanos
De todos os profissionais que atuam na gestão, ensino e apoio pedagógico
neste Estabelecimento Escolar na modalidade Educação de Jovens e Adultos, exigir-
se-á o profundo conhecimento e estudo constante da fundamentação teórica e da
função social da Educação de Jovens e Adultos, do perfil de seus educandos jovens,
adultos e idosos; das Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais de Educação de
Jovens e Adultos; bem como as legislações e suas regulamentações inerentes à
Educação e, em especial, à Educação de Jovens e Adultos.
10.8.1.1 Direção
À Direção cabe a gestão dos serviços escolares, no sentido de garantir o alcance
dos objetivos educacionais do estabelecimento de ensino definidos na Proposta
Pedagógica, eixo de toda e qualquer ação a ser desenvolvida pelo Estabelecimento. O
diretor exercerá a função de liderança na escola, com base no modelo participativo, e
deverá ser capaz de dividir o poder de decisão dos assuntos escolares com toda a
equipe, criando e estimulando a participação de todos.
Compete ao Diretor:
• convocar integrantes da comunidade escolar para a elaboração do Plano Anual
de Trabalho do estabelecimento, submetendo-o à apreciação e aprovação do
Conselho Escolar;
• elaborar os planos de aplicação financeira, a respectiva prestação de contas e
submeter à apreciação do Conselho Escolar;
• elaborar e submeter à aprovação do Conselho Escolar as diretrizes específicas
231
de administração deste estabelecimento, em consonância com as normas e
orientações gerais da Secretaria de Estado da Educação;
• coordenar a implementação das Diretrizes Pedagógicas, aplicar normas,
procedimentos e medidas administrativas, de acordo com instruções da
Secretaria de Estado da Educação;
• supervisionar as atividades dos órgãos de apoio, administrativo e pedagógico do
estabelecimento;
• coordenar e supervisionar os serviços da secretaria escolar;
• deferir as matrículas, no prazo estipulado pela legislação;
• abrir espaço para discussão, avaliação e intercâmbio, interno e externo das
práticas escolares;
• implementar uma gestão participativa, estimulando o desenvolvimento das
responsabilidades individuais e promovendo o trabalho coletivo do
Estabelecimento de Ensino;
• coordenar toda a equipe escolar, tendo em vista o cumprimento dos objetivos
propostos para a Educação de Jovens e Adultos.
• coordenar a equipe pedagógica (diretor auxiliar, coordenadores, professores
pedagogos e professores) para a elaboração e implementação do plano de
trabalho;
• administrar os serviços de apoio às atividades escolares, de modo a estimular a
participação desses serviços nos processos decisórios da escola;
• negociar, com competência, para harmonizar interesses divergentes, levando em
conta as necessidades de todos os envolvidos direta ou indiretamente;
• solicitar ao NRE, suprimento e cancelamento de demanda de funcionários e
professores do estabelecimento, observando a legislação vigente;
• administrar os recursos financeiros;
• controlar a freqüência de professores e funcionários;
• adquirir e controlar material de consumo e permanente;
232
• acompanhar e validar a Avaliação de Apropriação de Conteúdos por Disciplina;
• executar a Avaliação Institucional conforme orientação da mantenedora.
10.8.1.2 Professor Pedagogo
O Professor Pedagogo deve buscar a efetivação do currículo escolar, num
processo dinâmico, contínuo, sistemático e integrado aos demais profissionais
envolvidos, o desenvolvimento de um trabalho coletivo, envolvendo toda a equipe
pedagógica (pedagogos, coordenadores de ações pedagógicas), para planejar,
implementar e avaliar programa de Educação Continuada para os docentes, a partir das
necessidades pedagógicas apresentadas.
Deverá proporcionar aos educandos reflexão sobre a realidade social na qual
estão inseridos, de tal forma que compreendam os limites e possibilidades existentes,
favorecendo-lhes assim, o pleno desenvolvimento.
Compete ao professor pedagogo no contexto pedagógico e também no
administrativo:
• discutir com toda equipe pedagógica alternativas de trabalho, que motivem os
educandos durante o seu processo escolar;
• planejar alternativas de trabalho a partir de indicadores educacionais (evasão,
repetência, transferências expedidas e recebidas e outros);
• subsidiar na elaboração de plano de trabalho e ensino, a partir de diagnóstico
estabelecido;
• acompanhar e avaliar a implementação das ações estabelecidas nos planos de
trabalho;
• buscar aprimoramento profissional constante, seja nas oportunidades oferecidas
pela mantenedora, pelo Estabelecimento ou por iniciativa própria;
• coordenar estudos para definição de apoio aos educandos que apresentem
dificuldade de aprendizagem, para que a escola ofereça todas as alternativas
possíveis de atendimento;
233
• coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes à matrícula,
transferência, classificação e reclassificação, aproveitamento de estudos e conclusão
de cursos;
• participar de análise e discussão dos critérios de avaliação e suas
consequências no desempenho dos educandos;
• promover a participação do Estabelecimento de Ensino nas atividades
comunitárias;
• pesquisar e investigar a realidade concreta do educando historicamente situado,
oferecendo suporte ao trabalho permanente do currículo escolar;
• integrar a presidência do Conselho Escolar, em caso da ausência do Diretor, se
não houver Diretor Auxiliar.
• coordenar reuniões sistemáticas de estudos junto à equipe;
• orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos para cada disciplina;
• subsidiar a Direção, com critérios, para definição do Calendário Escolar, de
acordo com as orientações do NRE;
• analisar e emitir parecer sobre aproveitamento de estudos, em casos de
recebimento de transferências, de acordo com a legislação vigente;
• participar, sempre que convocado, de cursos, seminários, encontros e grupos de
estudos;
• coordenar a elaboração e execução da Proposta Pedagógica da escola;
• acompanhar o processo de ensino, atuando junto aos professores e educandos,
no sentido de analisar os resultados da aprendizagem e traçar planos de recuperação;
• orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos de cada disciplina;
• coordenar e acompanhar ações descentralizadas e exames supletivos quando,
no estabelecimento, não houver coordenação(ões) específica(s) dessa(s) ação(ões);
• organizar, acompanhar e validar a Avaliação de Apropriação de Conteúdos por
Disciplina.;
• executar a Avaliação Institucional conforme orientação da mantenedora.
234
O professor pedagogo tem funções no contexto pedagógico e também no
administrativo, tais como:
• Orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos de cada disciplina;
• Coordenar e acompanhar ações pedagógicas descentralizadas e exames
supletivos quando, no estabelecimento, não houver coordenação(ões)
específica(s) dessa(s) ação(ões).
• Acompanhar o estágio não-obrigatório.
10.8.1.3 Coordenações
As Coordenações de Ações Pedagógicas Descentralizadas – Coordenação
Geral e Coordenação Itinerante, bem como a Coordenação de Exames Supletivos, têm
como finalidade a execução dessas ações pelo Estabelecimento Escolar, quando
autorizadas e regulamentadas pela mantenedora.
Cabe ao(s) Coordenador(es) de Ações Pedagógicas Descentralizadas:
Coordenador Geral
• Receber e organizar as solicitações de Ações Pedagógicas Descentralizadas.
• Organizar os processos dessas Ações para análise pelo respectivo NRE.
• Elaborar os cronogramas de funcionamento de cada turma da Ação.
• Digitar os processos no Sistema e encaminhar para justificativa da direção do
Estabelecimento.
• Acompanhar o funcionamento de todas turmas de Ações Pedagógicas
Descentralizadas vinculados ao Estabelecimento.
• Acompanhar a matrícula dos educandos e a inserção das mesmas no Sistema.
• Organizar a documentação dos educandos para a matrícula.
• Organizar as listas de freqüência e de notas dos educandos.
235
• Enviar material de apoio didático para as turmas das Ações Pedagógicas
Descentralizadas.
• Responder ao NRE sobre todas as situações dessas turmas.
• Organizar o rodízio dos professores nas diversas disciplinas, garantindo o
atendimento aos educandos de todas as turmas.
• Orientar e acompanhar o cumprimento das atividades a serem executadas durante
as horas-atividade dos professores.
• Realizar reuniões periódicas de estudo que promovam o intercâmbio de
experiências pedagógicas e a avaliação do processo ensino-aprendizagem.
• Elaborar materiais de divulgação e chamamento de matrículas em comunidades
que necessitam de escolarização.
• Acompanhar a ação dos Coordenadores Itinerantes.
• Tomar ciência e fazer cumprir a legislação vigente.
• Prestar à Direção, à Equipe Pedagógica do Estabelecimento e ao NRE, quando
solicitado, quaisquer esclarecimentos sobre a execução da escolarização pelas
Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua coordenação;
Coordenador Itinerante
• Acompanhar o funcionamento in loco das Ações Pedagógicas Descentralizadas.
• Atender e/ou encaminhar as demandas dos professores e dos educandos.
• Verificar o cumprimento do horário de funcionamento das turmas.
• Observar e registrar a presença dos professores.
• Atender à comunidade nas solicitações de matrícula.
• Solicitar e distribuir o material de apoio pedagógico.
• Solicitar e distribuir as listas de freqüência e de nota dos educandos.
• Encaminhar as notas e freqüências dos educandos para digitação.
• Acompanhar o rodízio de professores, comunicando à Coordenação Geral
qualquer problema neste procedimento.
236
• Solicitar e organizar a documentação dos educandos para a matrícula.
• Acompanhar o funcionamento pedagógico e administrativo de todas as turmas
das Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua responsabilidade.
• Participar das reuniões pedagógicas e da hora atividade, juntamente com os
professores;
Coordenador de Exames Supletivos
• Acompanhar e viabilizar todas as ações referentes aos Exames Supletivos
• Tomar conhecimento do edital de exames.
• Fazer as inscrições dos candidatos, conforme datas determinadas no edital.
• Verificar o número mínimo de candidatos inscritos para que os exames
possam ser executados.
• Digitar, no sistema, a inscrição dos candidatos.
• Conferir a inserção das inscrições dos candidatos no Sistema por meio da
emissão de Relatório de Inscritos.
• Solicitar credenciamento de outros espaços escolares, quando necessário,
para execução dos exames.
• Solicitar, por e-mail ou ofício, com o conhecimento do NRE, as provas em
Braille e as ampliadas, das etapas à serem realizadas, quando for o caso.
• Solicitar, por e-mail ou ofício, com o conhecimento do NRE, para o
DET/CEJA/SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED ,
autorização para a realização de quaisquer bancas especiais.
• Comunicar ao NRE todos os procedimentos tomados para realização dos
Exames.
• Receber os materiais dos Exames Supletivos nos NREs.
• Capacitar a(s) equipe(s) de trabalho do Estabelecimento para a realização
dos Exames Supletivos, quanto ao cumprimento dos procedimentos, em
237
especial a organização e o preenchimento dos cartões-resposta.
• Acompanhar a aplicação das provas, para que transcorram com segurança
e tranqüilidade, em conformidade com os procedimentos inerentes aos
Exames.
• Divulgar as atas de resultado.
• Acompanhar e executar todas as ações referentes aos Exames On Line.
10.8.1.4 Docentes
O docente suprido neste Estabelecimento de Ensino deverá atuar na sede e nas
ações descentralizadas e em todas as formas de organização do curso (presencial
coletiva e individual).Deverá participar da aplicação dos exames supletivos, podendo
compensar as horas trabalhadas durante esse processo em horários e dias que melhor
atendam as demandas da escola.
O docente será consciente de que a escolarização de jovens e adultos
trabalhadores precisa de ações educativas inovadoras, que responda às novas
exigências de uma sociedade em transformação, e requer um educador que garanta a
inter-relação personalizada e contínua do educando com o sistema de ensino.
Cabe aos docentes:
• participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político-
Pedagógico do estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e
aprovado pelo Conselho Escolar;
• elaborar, com a equipe pedagógica, a proposta pedagógica curricular do
estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico e
as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
• participar do processo de escolha, juntamente com a equipe pedagógica,
dos livros e materiais didáticos, em consonância com o Projeto Político-
Pedagógico do estabelecimento de ensino;
238
• elaborar seu Plano de Trabalho Docente;
• desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão
crítica do conhecimento pelo aluno;
• proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos
alunos, quando se fizer necessário, a fim de cumprir o calendário escolar,
resguardando prioritariamente o direito do aluno;
• proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos,
utilizando-se de instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas no
Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
• promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os
alunos, estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no
decorrer do período letivo;
• participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar dos
alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e
acompanhamento do pedagogo, com vistas à identificação de possíveis
necessidades educacionais especiais e posterior encaminhamento aos serviços
e apoios especializados da Educação Especial, se necessário;
• participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da
escola, com vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e
aprendizagem;
• participar de reuniões, sempre que convocado pela direção;
• assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório
em decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de
credo, ideologia, condição sócio-cultural, entre outras;
• viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na
escola, respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de
cada aluno, no processo de ensino e aprendizagem;
• participar de reuniões e encontros para planejamento e acompanhamento,
junto ao professor de Serviços e Apoios Especializados, da Sala de Apoio à
239
Aprendizagem, da Sala de Recursos e de Contra turno, a fim de realizar ajustes
ou modificações no processo de intervenção educativa;
• estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura, pesquisa e
criação artística;
• participar ativamente dos Pré-Conselhos e Conselhos de Classe, na busca
de alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento do processo
educacional, responsabilizando-se pelas informações prestadas e decisões
tomadas, as quais serão registradas e assinadas em Ata;
• propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da autonomia
intelectual e do pensamento crítico, visando ao exercício consciente da
cidadania;
• zelar pela freqüência do aluno à escola, comunicando qualquer
irregularidade à equipe pedagógica;
• cumprir o calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-aula e horas-
atividade estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados
ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;
• cumprir suas horas-atividade no âmbito escolar, dedicando-as a estudos,
pesquisas e planejamento de atividades docentes, sob orientação da equipe
pedagógica, conforme determinações da Secretária de Estado da Educação;
• manter atualizados os Registros de Classe, conforme orientação da
equipe pedagógica e secretaria escolar, deixando-os disponíveis no
estabelecimento de ensino;
• participar do planejamento e da realização das atividades de articulação
da escola com as famílias e a comunidade;
• desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para o
desenvolvimento do processo educativo;
• dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação educacional
em vigor e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da prática
profissional e educativa;
240
• participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a
serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
• comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de trabalho
ordinárias que lhe forem atribuídas e nas extraordinárias, quando convocado;
• zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus
colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade
escolar;
• participar da avaliação institucional, conforme orientação da Secretária de
Estado da Educação;
• cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
• utilizar adequadamente os espaços e materiais didático pedagógicos
disponíveis, como meios para implementar uma metodologia de ensino
adequada à aprendizagem de cada jovem, adulto e idoso;
• atuar no estabelecimento de ensino sede, nas organizações coletiva e
individual, como também nas Ações Pedagógicas Descentralizadas, autorizadas
pela Secretaria de Estado da Educação;
• participar da aplicação dos Exames Supletivos autorizados pela Secretaria de
Estado da Educação, quando docente da Educação de Jovens e Adultos.
Aos docentes cabe também:
• Definir e desenvolver o seu plano de ensino, conforme orientações das
Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais de EJA e da proposta pedagógica
deste Estabelecimento Escolar.
• Conhecer o perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos.
• Utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-pedagógicos
disponíveis, tornando-os meios para implementar uma metodologia de ensino
que respeite o processo de aquisição do conhecimento de cada educando
241
jovem, adulto e idoso deste Estabelecimento;
• O docente suprido neste Estabelecimento de Ensino deverá atuar na sede e
nas ações pedagógicas descentralizadas, bem como nos exames supletivos.
Deverá atuar em todas as formas de organização do curso: aulas presenciais
coletivas e individuais.
10.8.1.5 Secretaria e Apoio Administrativo
A secretaria é o setor que tem a seu encargo, todo registro de escrituração
escolar e correspondência do Estabelecimento de Ensino. A organização, a minúcia, a
seriedade daqueles que ocupam este ambiente têm, obrigatoriamente, que fazer parte
de todas a suas ações.
Compete a Secretaria:
• organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes, ordens
de serviço, circulares, resoluções e demais documentos;
• rever todo o expediente a ser submetido a despacho do diretor;
• apresentar ao diretor, em tempo hábil, todos os documentos que devam ser
assinados;
• executar os registros na documentação escolar referentes a matrícula,
transferência, classificação, reclassificação, aproveitamento de estudos e
conclusão de cursos;
• manter organizado o arquivo ativo e inativo da vida escolar do educando;
• comunicar à Direção toda a irregularidade que venha ocorrer na Secretaria;
conhecer o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
• cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas emanadas da
Secretaria de Estado da Educação, que regem o registro escolar do aluno e a
vida legal do estabelecimento de ensino;
• distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos demais técnicos
242
administrativos;
• receber, redigir e expedir a correspondência que lhe for confiada;
• organizar e manter atualizados a coletânea de legislação, resoluções,
instruções normativas, ordens de serviço, ofícios e demais documentos;
• efetivar e coordenar as atividades administrativas referentes à matrícula,
transferência e conclusão de curso;
• elaborar relatórios e processos de ordem administrativa a serem encaminhados
às autoridades competentes;
• encaminhar à direção, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser
assinados;
• organizar e manter atualizado o arquivo escolar ativo e conservar o inativo, de
forma a permitir, em qualquer época, a verificação da identidade e da
regularidade da vida escolar do aluno e da autenticidade dos documentos
escolares;
• responsabilizar-se pela guarda e expedição da documentação escolar do aluno,
respondendo por qualquer irregularidade;
• manter atualizados os registros escolares dos alunos no sistema informatizado;
• organizar e manter atualizado o arquivo com os atos oficiais da vida legal da
escola, referentes à sua estrutura e funcionamento;
• atender a comunidade escolar, na área de sua competência, prestando
informações e orientações sobre a legislação vigente e a organização e
funcionamento do estabelecimento de ensino, conforme disposições do
Regimento Escolar;
• zelar pelo uso adequado e conservação dos materiais e equipamentos da
secretaria
• orientar os professores quanto ao prazo de entrega do Livro Registro de Classe
com os resultados da frequência e do aproveitamento escolar dos alunos;
• cumprir e fazer cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da
243
secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação
comprobatória, de adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial,
classificação, reclassificação e regularização de vida escolar;
• organizar o livro-ponto de professores e funcionários, encaminhando ao setor -
competente a sua freqüência, em formulário próprio;
• secretariar os Conselhos de Classe e reuniões, redigindo as respectivas Atas;
• conferir, registrar e/ou patrimoniar materiais e equipamentos recebidos;
• comunicar imediatamente à direção toda irregularidade que venha ocorrer na
secretaria da escola;
• participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento
profissional de sua função;
• organizar a documentação dos alunos matriculados no ensino extracurricular
(Centro de Línguas Estrangeiras Modernas), quando desta oferta no
estabelecimento de ensino;
• auxiliar a equipe pedagógica e direção para manter atualizado o Sistema de
Controle e Remanejamento dos Livros Didáticos;
• fornecer dados estatísticos inerentes às atividades da secretaria escolar, quando
solicitado;
• participar da avaliação institucional, conforme orientações da Secretaria de
Estado da Educação;
• zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,
com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
• participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as
específicas da sua função;
• Receber perdidos de revisão de resultados finais no prazo de 72 (setenta e
244
duas) horas úteis após sua divulgação em edital.
• cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da secretaria,
quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação comprobatória,
necessidades de adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial,
classificação, reclassificação e regularização de vida escolar;
• atender a comunidade escolar e demais interessados, prestando informações e
orientações;
• cumprir a escala de trabalho que lhe for previamente estabelecida;
• participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento
profissional de sua função;
• controlar a entrada e saída de documentos escolares, prestando informações
sobre os mesmos a quem de direito;
• organizar, em colaboração com o(a) secretário(a) escolar, os serviços do seu
setor;
• efetivar os registros na documentação oficial como Ficha Individual, Histórico
Escolar, Boletins, Certificados, Diplomas e outros, garantindo sua idoneidade;
• organizar e manter atualizado o arquivo ativo e conservar o arquivo inativo da
escola;
• classificar, protocolar e arquivar documentos e correspondências, registrando a
movimentação de expedientes;realizar serviços auxiliares relativos à parte
financeira, contábil e patrimonial do estabelecimento, sempre que solicitado;
• coletar e digitar dados estatísticos quanto à avaliação escolar, alimentando e
atualizando o sistema informatizado;
• executar trabalho de mecanografia, reprografia e digitação;
• participar da avaliação institucional, conforme orientações da Secretaria de
Estado da Educação;
• zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
245
famílias;
• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,
com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
• exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que
concernem à especificidade de sua função;
• manter atualizados os registros escolares dos educandos no sistema
informatizado.
10.9 PLANO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO CURSO
A concepção de avaliação institucional explicitada pela Secretaria de Estado da
Educação - SEED /PR, afirma que esta “deve ser construída de forma coletiva, sendo
capaz de identificar as qualidades e as fragilidades das instituições e do sistema,
subsidiando as políticas educacionais comprometidas com a transformação social e o
aperfeiçoamento da gestão escolar e da educação pública ofertada na Rede Estadual”.
(Secretaria de Estado da Educação -SEED , 2004, p.11)
Neste sentido, a avaliação não se restringe às escolas, mas inclui também os
gestores da Secretaria de Estado da Educação -SEED e dos Núcleos Regionais de
Educação, ou seja, possibilita a todos a identificação dos fatores que facilitam e
aqueles que dificultam a oferta, o acesso e a permanência dos educandos numa
educação pública de qualidade.
Aliado a identificação destes fatores deve estar, obrigatoriamente, o
compromisso e a efetiva implementação das mudanças necessárias.
Assim, a avaliação das políticas e das práticas educacionais, enquanto
responsabilidade coletiva, pressupõe a clareza das finalidades essenciais da educação,
dos seus impactos sociais, econômicos, culturais e políticos, bem como a reelaboração
e a implementação de novos rumos que garantam suas finalidades e impactos positivos
à população que demanda escolarização.
A avaliação institucional, vinculada a esta proposta pedagógica-curricular,
246
abrange todas as escolas que ofertam a modalidade Educação de Jovens e Adultos,
ou seja, tanto a construção dos instrumentos de avaliação quanto os indicadores dele
resultantes envolverão, obrigatoriamente, porém de formas distintas, todos os sujeitos
que fazem a educação na Rede Pública Estadual. Na escola – professores, educandos,
direção, equipe pedagógica e administrativa, de serviços gerais e demais membros da
comunidade escolar. Na Secretaria de Estado da Educação -SEED , de forma mais
direta, a equipe do Departamento de Educação de Jovens e Adultos e dos respectivos
NRE's.
A mantenedora se apropriará dos resultados da implementação destes
instrumentos para avaliar e reavaliar as políticas desenvolvidas, principalmente aquelas
relacionadas à capacitação continuada dos profissionais da educação, bem como
estabelecer o diálogo com as escolas no sentido de contribuir para a reflexão e as
mudanças necessárias na prática pedagógica.
Considerando o que se afirma no Documento das Diretrizes Curriculares
Estaduais de EJA que “... o processo avaliativo é parte integrante da práxis pedagógica
e deve estar voltado para atender as necessidades dos educandos, considerando seu
perfil e a função social da Educação de Jovens e Adultos, isto é, o seu papel na
formação da cidadania e na construção da autonomia.” (Secretaria de Estado da
Educação - SEED , 2005, p.44), esta avaliação institucional da proposta pedagógico-
curricular implementada, deverá servir para a reflexão permanente, deverá servir para a
reflexão permanente sobre a prática pedagógica e administrativa das escolas.
Os instrumentos avaliativos da avaliação institucional, serão produzidos em
regime de colaboração com as escolas de Educação de Jovens e Adultos,
considerando as diferenças entre as diversas áreas de conteúdo que integram o
currículo, bem como as especificidades regionais vinculadas basicamente ao perfil dos
educandos da modalidade. Os instrumentos avaliativos a serem produzidos guardam
alguma semelhança com a experiência acumulada pela Educação de Jovens e Adultos
na produção e aplicação do Banco de Itens, porém sem o caráter de composição da
nota do aluno para fins de conclusão. A normatização desta Avaliação Institucional da
247
proposta pedagógico-curricular será efetuada por meio de instrução própria da
Secretaria de Estado da Educação - SEED .
Como se afirma no Caderno Temático “Avaliação Institucional”,
“cada escola deve ser vista e tratada como uma totalidade, ainda
que relativa, mas dinâmica, única, interdependente e inserida num
sistema maior de educação. Todo o esforço de melhoria da
qualidade da educação empreendido por cada escola deve estar
conectado com o esforço empreendido pelo sistema ao qual
pertence. (SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED ,
2005, p.17)
Em síntese, repensar a práxis educativa da escola e da rede como um todo,
especificamente na modalidade EJA, pressupõe responder à função social da
Educação de Jovens e Adultos na oferta qualitativa da escolarização de jovens, adultos
e idosos.
10.10 PLANO DE CAPACITAÇÃO CONTINUADA DO CORPO DOCENTE
A escola oferece bimestralmente encontros pedagógicos, envolvendo os
professores, funcionários, equipe pedagógica, direção e comunidade escolar para troca
de experiências das ações realizadas no decorrer daquele período. Discussão e
análise de resultados estatísticos, levantamento e previsão de possíveis soluções dos
problemas cotidianos de cada setor. Há também a participação dos funcionários no
curso Profuncionário que tem 2 horas semanais de estudo no colégio, dentro da sua
jornada de trabalho.
Os professores, Equipe Pedagógica e funcionários participam dos grupos de
estudo aos sábados, Formação em Ação e Semana pedagógica. A Equipe Pedagógica
e professores do Grupo de Trabalho em Rede (GTR), oferecidos pela Secretaria de
Estado da Educação -SEED . E os Pedagogos(as) durante o ano, participa das
248
jornadas Pedagógicas oferecida pela Equipe de Ensino do NRE, as quais dão suporte
para trabalho pedagógico desenvolvido no âmbito escolar.
10.11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
ALMEIDA, Maria Conceição Pereira de. Centro Estadual de Educação Básica para
Jovens e Adultos, a Grande Conquista, Arte & Cultura, 1999, 1ª Edição.
BRZEZINSKI, Iria. LDBEN Interpretada: diversos olhares se entrecruzam. São Paulo :
Cortez, 1997.
CARNEIRO, Moaci Alves. LDBEN fácil. Petrópolis, RJ : Vozes, 1998.
CARVALHO, R.E. Removendo barreiras à aprendizagem. Porto Alegre, 2000, p.17 (5ª)
Conferência Internacional sobre Educação de Adultos (V CONFINTEA). Conselho
Estadual de Educação – PR
- Deliberação 011/99 – CEE.
- Deliberação 014/99 – CEE.
- Deliberação 09/01 –CEE.
- Deliberação 06/05 – CEE.
- Indicação 004/96 – CEE.
- Parecer 095/99 – CEE (Funcionamento dos Laboratórios).
- Conselho Nacional de Educação
- Parecer 011/2000 – Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação de Jovens e
Adultos.
- Parecer 004/98 – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental.
- Parecer 015/98 –Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.
249
- Resolução 03/98 – CEB.
Constituição Brasileira – Artigo 205.
DELORS, J. Educação : Um tesouro a descobrir. São Paulo : Cortez ; Brasília,
DF : MEC : UNESCO, 1998.
DEMO, Pedro. A Nova LDBEN – Ranços e Avanços. Campinas, SP : Papirus,
1997.
DRAIBE, Sônia Miriam; COSTA, Vera Lúcia Cabral; SILVA Pedro Luiz Barros.
Nível de Escolarização da População. mimeog.
DI PIERRO; Maria Clara. A educação de Jovens e Adultos na LDBEN.
mimeog.
DI PIERRO; Maria Clara. Os projetos de Lei do Plano Nacional de Educação
e a Educação de Jovens e Adultos. mimeog.
Decreto 2494/98 da Presidência da República.
Decreto 2494/98 da Presidência da República.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 40ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
LDBEN nº 9394/96.
KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivemdo trabalho. São Paulo: Cortez, 2000, p.40.
OLIVEIRA, Thelma Alves de, et al. Avaliação Institucional (Cadernos Temáticos). Curitiba: SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED – PR, 2004.
250
Parâmetros Curriculares Nacionais 1º segmento do Ensino Fundamental.
Parâmetros Curriculares Nacionais 2º segmento do Ensino Fundamental.
Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio.
Plano Nacional de Educação – Educação de Jovens e Adultos.
SILVA, Eurides Brito da. A Educação Básica Pós-LDBEN.
SOUZA, Paulo N. Silva & SILVA, Eurides Brito da. Como entender e aplicar a nova LDBEN.
SOUZA, Paulo Nathanael Pereira de; SILVA, Eurides Brito da. Como entender e Aplicar a Nova LDBEN. SP, Pioneira Educ., 1997. 1ª Edição.
251
11 ADENDO A PROPOSTA PEDAGÓGICO - CURRICULAR
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
COLÉGIO ESTADUAL CRUZEIRO DO OESTE
Ensino Fundamental e Médio
252
CRUZEIRO DO OESTE
2º semestre/2010
PROPOSTA PEDAGÓGICO- CURRICULAREDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
1 - OBJETIVO DA OFERTA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
...1.1 PERFIL DO EDUCANDO ...
1.2 CARACTERIZAÇÃO DO CURSO
...
3. Organização Coletiva
...
4. Organização Individual
...
1.3 NÍVEL DE ENSINO ...1.3.1 Ensino Fundamental – Fase II ...1.3.2 Ensino Médio ...1.4 EDUCAÇÃO ESPECIAL ...1.5 AÇÕES PEDAGÓGICAS DESCENTRALIZADAS ...1.6 FREQÜÊNCIA ...1.7 EXAMES SUPLETIVOS ...1.8 CONSELHO ESCOLAR ...
1.9 MATERIAIS DE APOIO DIDÁTICO ...
253
1.10 BIBLIOTECA ESCOLAR ...1.11 LABORATÓRIO ...1.12 RECURSOS TECNOLÓGICOS ...2 - FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS ...3 - INDICAÇÃO DA FASE DE ESTUDOS ...4 - MATRIZ CURRICULAR ...4.1 Ensino Fundamental – Fase II ...
4.2 Ensino Médio
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - ENSINO MÉDIO
ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste -Ensino Funadamental e Médio ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: Cruzeiro do Oeste NRE:Umuarama ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2º Sem/2010 FORMA: Simultânea
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1568 H/A ou 1200/1306 HORASDISCIPLINAS Total de Horas Total de horas/aula
LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA
174 208
LEM – INGLÊS 106 128ARTE 54 64
FILOSOFIA 54 64SOCIOLOGIA 54 64
EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64MATEMÁTICA 174 208
QUÍMICA 106 128FÍSICA 106 128
BIOLOGIA 106 128HISTÓRIA 106 128
GEOGRAFIA 106 128LÍNGUA ESPANHOLA * 106 128
TOTAL 1200/1306 1440/1568* LÍNGUA ESPANHOLA, DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.
254
6 - PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO
6.1 Concepção de Avaliação...
6.2 Procedimentos e Critérios para Atribuição de Notas
• …
• …
• …
• …
• …
• …
• …
• na disciplina de Língua Espanhola, as avaliações serão realizadas no
decorrer do processo ensino-aprendizagem, sendo registradas 04 (quatro)
notas para fins de cálculo da média final;
• no Ensino Fundamental - Fase II, a disciplina de Ensino Religioso será
avaliada no processo de ensino e aprendizagem, não tendo registro de
notas na documentação escolar, por não ser objeto de retenção.
6.3 Recuperação de Estudos...
6.4 Aproveitamento de Estudos...
6.5 Classificação e Reclassificação...
7 - REGIME ESCOLAR ...
7.1 ORGANIZAÇÃO...
255
7.2 FORMAS DE ATENDIMENTO
A educação neste Estabelecimento Escolar é de forma presencial, com as
seguintes ofertas :
• organização coletiva e individual para o Ensino Fundamental – Fase II e
Ensino Médio, em todas as disciplinas, sendo priorizadas as vagas para
matrícula na organização coletiva;
• a disciplina de Língua Espanhola será ofertada somente na organização
coletiva.
7.2.1 Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio
7.3 MATRÍCULA
Para a matrícula no Estabelecimento Escolar de Educação de Jovens e Adultos:
• ...
• ...
• ...
• no Ensino Fundamental - Fase II, a disciplina de Ensino Religioso é de matrícula
facultativa para o educando;
• no Ensino Médio, a disciplina de Língua Espanhola é de matrícula facultativa
para o educando e entrará no cômputo das quatro disciplinas que podem ser
cursadas concomitante;
f) para os educandos que não participaram do processo de escolarização
256
formal/escolar; bem como o educando desistente do processo de escolarização
formal/escolar, em anos letivos anteriores, poderão ter seus conhecimentos
aferidos por processo de classificação, definidos no Regimento Escolar;
g) será considerado desistente, na disciplina, o educando que se ausentar por
mais de 02 (dois) meses consecutivos, devendo a escola, no seu retorno, reativar
sua matrícula para dar continuidade aos seus estudos, aproveitando a carga
horária cursada e os registros de notas obtidos, desde que o prazo de desistência
não ultrapasse 02 (dois) anos, a partir da data da matrícula inicial;
h) o educando desistente, por mais de dois anos, a partir da data de matrícula
inicial na disciplina, no seu retorno, deverá fazer rematrícula na disciplina, podendo
participar do processo de reclassificação.
I) educando desistente da disciplina de Língua Espanhola, por mais de 02 (dois)
meses consecutivos ou por mais de dois anos, a contar da data de matrícula inicial,
no seu retorno, deverá reiniciar a disciplina sem aproveitamento da carga horária
cursada e os registros de notas obtidos, caso opte novamente por cursar essa
disciplina.
7.4 MATERIAL DIDÁTICO...
7.5 AVALIAÇÃO
a) ...
b) ...
c) ...
d) ...
e) ...
257
f) ...
g) ...
h) ...
i) ...
j) para fins de certificação e acréscimo da carga horária da disciplina de Língua Espanhola, o educando deverá atingir a média mínima de 6,0 (seis vírgula zero) e frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária da disciplina; k) no Ensino Fundamental - Fase II, a disciplina de Ensino Religioso será avaliada no processo de ensino e aprendizagem, não tendo registro de notas na documentação escola, por não ser objeto de retenção.
l) para fins de acréscimo da carga horária da disciplina de Ensino Religioso, na documentação escolar, o educando deverá ter frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária da disciplina.
7.6 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS ...7.7 APROVEITAMENTO DE ESTUDOS, CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO
...7.8 ÁREA DE ATUAÇÃO ...7.9 ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO ...
258
12 PROGRAMAS:
12.1 – CELEM
1- Apresentação
A partir das reflexões em torno da abordagem comunicativa, identificou-se na
pedagogia crítica, o referencial teórico que sustenta a valorização da escola com o
espaço social, responsável pela apropriação crítica e histórica do conhecimento,
compreensão da realidade social para a transformação da realidade.
Ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de mundo
e maneiras de construir sentido, é formar subjetividades, independentemente do grau
de proficiência atingido. O ensino de língua estrangeira amplia as perspectivas de ver o
mundo, de avaliar os paradigmas já existentes e cria novas possibilidades de construir
sentidos do e no mundo.
Entende-se que a escolarização tem o compromisso de prover aos alunos meios
necessários para que não assimilem o saber enquanto resultado, mas aprendam o
processo de sua produção, bem como as tendências de sua transformação.
A língua estrangeira é um instrumento de comunicação entre os povos. Ela
assume funções de inserir sujeito num contexto global, contribuindo para seu próprio
desenvolvimento e o da comunidade.
È fundamental reconhecer que o aprendizado da língua estrangeira permite
pensar criticamente sobre o papel da língua na sociedade, conhecer a diversidade
linguística e cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do ser.
O ensino da Língua Espanhola no Celem teve início no ano de 1986, quando a
Secretaria de Estado da Educação, através da então Secretária Estadual da Educação,
Gilda Poli Rocha Loures, no uso de suas atribuições legais, resolveu através da
Resolução nº 3.546/86, de 15 de agosto de 1986, regulamentar a criação dos Centros
de Línguas Estrangeiras Modernas – CELEM, na Rede Pública de Ensino do Estado do
259
Paraná.
Neste ano, os Centros de Línguas Estrangeiras Modernas passaram a ser
ofertados em 10 (dez) dos 32 (trinta e dois) Núcleos Regionais de Educação - Núcleo
Regional de Educação existentes hoje, oportunizando a 79 (setenta e nove)
estabelecimentos de ensino da Educação Básica do estado do Paraná a oferta de
outros idiomas diferentes daqueles constantes na Matriz Curricular.
No ano seguinte, em 1987, o Secretário Estadual da Educação, senhor Belmiro
Valverde Jobim Castor, tendo em vista as disposições da Resolução nº 3.546/86
resolveu designar uma comissão através da Resolução 3.881/1987 com a incumbência
de elaborar o Regulamento dos CELEM.
Naquele momento, de acordo com as condições para a criação de turmas, havia
a disponibilidade de recursos humanos nas Línguas Estrangeiras Modernas Alemão,
Espanhol, Francês, Inglês e Italiano, e o objetivo era: “ensino instrumental da língua
(aprendizado e aprofundamento), para o aperfeiçoamento cultural e profissional dos
estudantes, desenvolvendo neles especialmente as habilidades de leitura e
interpretação de textos, oportunizando-se, aos alunos de melhor rendimento, o
desenvolvimento da escrita e da fala” (RESOLUÇÃO 3.546/1986 de 15 de agosto de
1986).
Em 1988, o então Superintendente de Educação do Estado do Paraná, Daniel
Domaszak, com base no art. 7º da Resolução Secretarial nº 3.546/1986 expediu a
Instrução nº 01/1988 que visava a “Regulamentação dos Centros de Línguas
Estrangeiras Modernas”, estabelecendo normas para o funcionamento dos CELEM nos
estabelecimentos de ensino, e na ocasião, destinando 30% das vagas à comunidade.
Em novembro de 1999, a Secretária Estadual da Educação do Estado do
Paraná, Alcyone Saliba, resolveu que a partir do ano letivo de 2000, somente os
professores e alunos da Rede Pública Estadual de Ensino poderiam matricular-se nos
Curso ofertados pelo CELEM (Art. 1º) da Resolução nº 4.219/1999.
Em 25 de janeiro de 2002, Alcyone Saliba regulamentou a Resolução nº
92/2002, na qual estendeu-se, como exceção, a oferta de vagas aos professores e
260
funcionários, desde que não preenchidas as vagas primeiramente ofertadas aos alunos
da rede estadual de educação básica.
No ano de 2004, o Secretário de Estado da Educação do Estado do Paraná,
Maurício Requião de Mello e Silva, no Art. 1º da Resolução nº 2.137/2004 estendeu a
oferta de vagas aos professores e funcionários da Secretaria de Estado da Educação -
SEED, bem como, 20% das vagas à comunidade, desde que comprovado o término da
1ª fase do Ensino Fundamental e o não-preenchimento das vagas ofertadas.
O CELEM/Secretaria de Estado da Educação - SEED ao longo dos 21 (vinte e
um) anos de existência, desde a sua criação em 1986, contou com a coordenação de
equipes formadas por Técnicos Pedagógicos com formação acadêmica em algumas
das Línguas Estrangeiras Modernas ofertadas nos Cursos do CELEM e Técnicos
Administrativos.
Com o passar do tempo, o CELEM/Secretaria de Estado da Educação -
SEED passou por várias reestruturações e atualmente, o seu funcionamento é
regulamentado pela Resolução 3904/2008 e pela Instrução Normativa nº 019/2008 –
SUED/Secretaria de Estado da Educação - SEED.
Com a Lei 11.161/05, a oferta de Língua Espanhola tornou-se obrigatória nos
estabelecimentos de Ensino Médio, sendo que a oferta é obrigatória para a escola,
porém, com matrícula facultativa para o aluno.
O Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste oferta o Curso Básico de Língua
Espanhola desde o ano de 1996, a partir do ano de 2008 passou a ofertar também o
Curso de Aprimoramento de Língua Espanhola.
O ensino da Língua Espanhola no Celem se dá através do acesso a
conhecimentos linguísticos, discursivos, culturais e sociopragmáticos, oportunizando o
discurso, a percepção de possibilidades de construção de significados em relação ao
mundo em que vive de acordo com os significados sociais e historicamente construídos
e passíveis de transformação na prática social.
O objeto de estudo desta Proposta Pedagógica é o discurso, veiculado em
Língua Espanhola, enquanto prática social efetivado por meio das práticas discursivas,
261
as quais envolvem a leitura, a oralidade e a escrita.
Os principais objetivos do Ensino de Língua Estrangeira são:
Considerar as relações que podem ser estabelecidas entre a língua estudada e a
inclusão social, objetivando o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na
sociedade e o reconhecimento da diversidade cultural.
Propiciar que os envolvidos no processo pedagógico façam uso da língua que
estão aprendendo em situações significativas, relevantes, isto é, que não se limitem ao
exercício de uma mera prática de formas linguísticas descontextualizadas.
Possibilitar aos alunos que usem a língua estrangeira em situações de
comunicação – produção e compreensão de textos verbais e não verbais, inserindo-os
na sociedade como participantes ativos, não limitados a suas comunidade locais, mas
capazes de se relacionar com outras comunidades e outros conhecimentos. Vivenciar,
na aula de língua estrangeira, formas de participação que lhe possibilite estabelecer
relações entre ações individuais e coletivas. Compreender que os significados são
sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática
social.
2- Conteúdo estruturante
O conteúdo estruturante de Língua Espanhola é o discurso enquanto prática
social, ou seja, o texto e suas intenções, seus gêneros. O trabalho com esse conteúdo
se efetivará através das práticas discursivas de leitura, oralidade e escrita, nas quais as
formas linguísticas pertinentes ao texto serão tratadas de modo contextualizado, já que
o discurso se realiza no texto e pelo texto.
CURSO BÁSICO DO CELEM – P1 – 160 h
262
CONTEÚDOS BÁSICOS
Esfera Social de Circulação e seus Gêneros TextuaisEsfera cotidiana de circulação:BilheteCarta pessoalCartão felicitaçõesCartão postalConviteLetra de músicaReceita culinária
Esfera publicitária de circulação:Anúncio**Comercial para radio*FolderParódiaPlacaPublicidade ComercialSlogan
Esfera produção de circulação:BulaEmbalagemPlacaRegra de jogoRótulo
Esfera jornalística de circulação:Anúncio classificadosCartumChargeEntrevista**HoróscopoReportagem**Sinopse de filme
Esfera artística de circulação:AutobiografiaBiografia
Esfera escolar de circulação:CartazDiálogo**Exposição oral*MapaResumo
Esfera literária de circulação:ContoCrônicaFábulaHistória em quadrinhosPoema
Esfera midiática de circulação:Correio eletrônico (e-mail)Mensagem de texto (SMS)Telejornal*Telenovela*Videoclipe*
* Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.** Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de uso da língua.
Prática Discursiva: Oralidade Prática Discursiva: LeituraFatores de textualidade centradas no leitor:Tema do texto;Aceitabilidade do texto;Finalidade do texto;Informatividade do texto;Intencionalidade do texto;Situacionalidade do texto;Papel do locutor e interlocutor;Conhecimento de mundo;Elementos extralinguísticos:
Fatores de textualidade centradas no leitor:Tema do texto;Conteúdo temático do gênero;Elementos composicionais do gênero;Propriedades estilísticas do gênero;Aceitabilidade do texto;Finalidade do texto;Informatividade do texto;Intencionalidade do texto;Situacionalidade do texto;Papel do locutor e interlocutor;
263
entonação, pausas, gestos;Adequação do discurso ao gênero;Turnos de fala;Variações linguísticas.Fatores de textualidade centradas no texto:Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição,recursos semânticos;Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais einformais como conectivos, gírias, expressões, repetições);Diferenças e semelhanças entre o
discurso oral ou escrito.
Conhecimento de mundo;Temporalidade;Referência textual.Fatores de textualidade centradas no texto:Intertextualidade;Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classesgramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem,recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);Partículas conectivas básicas do texto.
CURSO BÁSICO DO CELEM – P2 – 160 h
CONTEÚDOS BÁSICOS
Esfera Social de Circulação e seus Gêneros TextuaisEsfera cotidiana de circulação:ComunicadoCurriculum VitaeExposição oral*Ficha de inscriçãoLista de comprasPiada**Telefonema*
Esfera publicitária de circulação:Anúncio**Comercial para televisão*FolderInscrições em muroPropaganda**Publicidade InstitucionalSlogan
Esfera produção de circulação:Instrução de montagemInstrução de usoManual técnicoRegulamento
Esfera jornalística de circulação:Artigo de opiniãoBoletim do tempo**Carta do leitorEntrevista**Notícia**ObituárioReportagem**
Esfera jurídica de circulação:Boletim de ocorrênciaContratoLeiOfícioProcuração
Esfera escolar de circulação:Aula em vídeo*Ata de reuniãoExposição oralPalestra*ResenhaTexto de opinião
Esfera literária de circulação:Contação de história*ContoPeça de teatro*RomanceSarau de
Esfera midiática de circulação:Aula virtualConversação chatCorreio eletrônico (e-mail)Mensagem de texto (SMS)
264
Requerimento poema* Videoclipe*
* Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.** Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de uso da língua.
Prática Discursiva: Oralidade Prática Discursiva: LeituraFatores de textualidade centradas no leitor:Tema do texto;Conteúdo temático do texto;Elementos composicionais do gênero;Propriedades estilísticas do gênero;Aceitabilidade do texto;Finalidade do texto;Informatividade do texto;Intencionalidade do texto;Situacionalidade do texto;Papel do locutor e interlocutor;Conhecimento de mundo;Temporalidade;Referência textual.Fatores de textualidade centradas no texto:Intertextualidade;Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classesgramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursosgráficos (aspas, travessão, negrito);Partículas conectivas básicas do texto;Elementos textuais: levantamento lexical de palavrasitalicizadas, negritadas, sublinhadas, números, substantivospróprios;Interpretação da rede de relações semânticas existentes entre
Fatores de textualidade centradas no leitor:Tema do texto;Conteúdo temático do texto;Elementos composicionais do gênero;Propriedades estilísticas do gênero;Aceitabilidade do texto;Finalidade do texto;Informatividade do texto;Intencionalidade do texto;Situacionalidade do texto;Papel do locutor e interlocutor;Conhecimento de mundo;Temporalidade;Referência textual.atores de textualidade centradas no texto:Intertextualidade;Partículas conectivas básicas do texto;Vozes do discurso: direto e indireto;Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação,polissemia, formação das palavras, figuras de linguagem;Emprego de palavras e/ou expressões com mensagensimplícitas e explicitas;Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classesgramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursosgráficos (como aspas, travessão, negrito);Acentuação gráfica;Ortografia;Concordância verbal e nominal.
265
itens lexicais recorrentes no título,
subtítulo, legendas e textos.
CURSO APRIMORAMENTO CELEM – 160 h
CONTEÚDOS BÁSICOS
Esfera Social de Circulação e seus Gêneros TextuaisEsfera cotidiana de circulação:ComunicadoCurriculum VitaeExposição oral*Ficha de inscriçãoPiada**
Esfera publicitária de circulação:Comercial para televisão*Inscrições em muroParódiaSlogan
Esfera produção de circulação:Manual técnicoPlacaRegulamento
Esfera jornalística de circulação:CartumEntrevista**Notícia**Obituário
Esfera jurídica de circulação:OfícioProcuraçãoRequerimento
Esfera escolar de circulação:Ata de reuniãoAula em vídeo*Mapa
Esfera literária de circulação:Contação de história*CrônicaPeça de teatro*Romance
Esfera midiática de circulação:Aula virtualConversação chatTelejornal*Telenovela*
* Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.** Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de uso da língua.
Prática Discursiva: Oralidade Prática Discursiva: LeituraFatores de textualidade centradas no leitor:Tema do texto;Conteúdo temático do texto;Aceitabilidade do texto;Finalidade do texto;Informatividade do texto;Intencionalidade do texto;Situacionalidade do texto;Papel do locutor e interlocutor;
Fatores de textualidade centradas no leitor:Tema do texto;Conteúdo temático do texto;Elementos composicionais do gênero;Propriedades estilísticas do gênero;Aceitabilidade do texto;Finalidade do texto;Informatividade do texto;Intencionalidade do texto;Situacionalidade do texto;
266
Conhecimento de mundo;Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;Adequação do discurso ao gênero;Turnos de fala;Variações linguísticas.Fatores de textualidade centradas no texto:Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição,recursos semânticos;Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais einformais como conectivos, gírias, expressões, repetições);Diferenças e semelhanças entre o
discurso oral ou escrito.
Papel do locutor e interlocutor;Conhecimento de mundo;Temporalidade;Referência textual.Fatores de textualidade centradas no texto:Intertextualidade;Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classesgramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursosgráficos (aspas, travessão, negrito);Partículas conectivas básicas do texto;Elementos textuais: levantamento lexical de palavrasitalicizadas, negritadas, sublinhadas,
números, substantivos próprios.
Obs: Contemplando as leis 10.639/03 e 11.645/2008. –que referem-se a História e
cultura afro-brasileira, africana e indígena, haverá inclusão de conteúdos voltados ao
assunto bem como à educação do campo, educação ambiental, através do estudo de
gêneros discursivos variados, leitura de textos, vocabulários, músicas, etc.
3-Encaminhamentos Metodológicos
O ensino de Língua Estrangeira na Rede Pública Estadual Paranaense
apresenta-se como uma reflexão a respeito da Abordagem Comunicativa, uma vez que
esta incorpora em seu modelo o uso da gramática exigida para interpretação,
expressão e negociação de sentidos enfatizando o contexto imediato da situação de
fala através da valorização do processo comunicativo. Os conteúdos básicos
abordam as questões linguísticas, as sócio-pragmáticas, culturais e discursivas, assim
como as práticas de oralidade, leitura e escrita. Sendo assim, os conteúdos específicos
a serem desdobrados a partir dos conteúdos estruturantes serão estabelecidos com
referência aos textos de diferentes tipos destacando seus elementos linguístico-
267
discursivos.
Os textos trabalhados deverão considerar as esferas sociais de circulação dos
gêneros textuais abordados através de uma prática reflexiva e crítica, desenvolvendo
conhecimentos linguísticos, percebendo as implicações sociais, históricas e ideológicas
presentes nos mesmos considerando as diferentes vozes que permeiam as relações
sociais e as relações de poder que as entremeiam.
A partir desses itens mencionados, o professor deverá selecionar os textos,
tendo como referência os fundamentos teórico-metodológicos da disciplina, bem como
os objetivos do ensino da Língua Estrangeira. Ao interagir com textos provenientes de
vários gêneros, o aluno perceberá que as formas linguísticas não são sempre idênticas,
não assumem sempre o mesmo significado, mas são flexíveis e variam dependendo do
contexto e da situação em que a prática social do uso da linguagem.
As reflexões discursivas e ideológicas dependem de uma interação primeira com
o texto. Isto não representa privilegiar a prática da leitura em detrimento às demais no
trabalho em sala de aula, visto que na interação com o texto, há uma simultânea
utilização de todas as práticas discursivas: leitura, escrita e oralidade.
Os conhecimentos linguísticos serão trabalhados dependendo do grau de
conhecimento dos alunos e estarão voltados para a interação que tenha por finalidade o
uso efetivo da linguagem e não da memorização de conceitos. Serão selecionados a
partir dos erros resultantes das atividades e da dificuldade dos alunos. Ao trabalhar com
as diferentes culturas, é importante que o aluno, ao contrastar a sua cultura com a do
outro, perceba-se como sujeito histórico e socialmente constituído e assim elabore a
consciência da própria identidade.
Com relação à escrita não podemos esquecer que ela deve ser vista como uma
atividade sócio-interacional, ou seja, significativa.
Os textos literários serão apresentados aos alunos de modo que provoquem
reflexão e façam com que os percebam como uma prática social de um determinado
contexto sócio-cultural particular.
O ensino de língua estrangeira estará articulando com as demais disciplinas do
268
currículo, objetivando relacionar os vários conhecimentos. Isso não significa
obrigatoriamente, desenvolver projetos envolvendo inúmeras disciplinas, mas fazer com
que o aluno perceba que conteúdos de disciplinas distintas podem muitas vezes estar
relacionados entre si.
A prática da oralidade embasada em uma leitura crítica vai além da simples
extração de informações de um texto ou reprodução oral de frases ou expressões sem
sentido. Deve-se estabelecer relação entre autor, texto e leitor na qual o aluno deve ser
participante do processo oral através da construção de sentido dos possíveis
significados, relacionando seus conhecimentos à sua cultura, sua língua, sua
interpretação
pessoal do mundo e as ideologias da sociedade na qual está inserido.
Esta interação deve ser manifestada nas práticas da leitura, escrita e oralidade
trabalhadas na escola, as quais possibilitam várias interpretações de um texto
percebendo além dos significados permitidos pela língua materna, através da
construção de novos sentidos que ampliam as possibilidades de compreensão e
entendimento do mundo em que vive.
A língua estrangeira será trabalhada de maneira a proporcionar: a inclusão
social, o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade, o
reconhecimento da diversidade cultural e o processo de construção das identidades
transformadoras. Os alunos, nesta abordagem de ensino são encorajados a reconhecer
e compreender a diversidade linguística e cultural aos textos que lhe são apresentados,
envolvendo-os em atividades críticas e problematizadoras, que se concretizam por meio
da língua como prática social.
O trabalho com a língua estrangeira em sala de aula precisa partir do
entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais do que meros
instrumentos de acesso à informação:
A língua estrangeira moderna possibilita conhecer, expressar e transformar
modos de entender o mundo e de construir significados através de:
Textos que abordem os diversos gêneros textuais e que apresentem diferentes
269
graus de complexidade da linguística;
Recursos visuais para auxiliar o trabalho pedagógico em sala de aula;
Pesquisa de palavras no dicionário para auxiliar na conscientização dos
possíveis sentidos das palavras;
Elaborar pequenos textos;
Pesquisa em jornais, revistas, internet;
Músicas;
Livros didáticos e paradidáticos
No encaminhamento metodológico com a língua espanhola a gramática não
deve ser priorizada ao se trabalhar com o texto, no entanto a mesma não deve ser
abandonada.
A proposta de trabalho nas aulas de Língua Estrangeira Moderna é que o
professor aborde os vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a
função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de
informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência
e,somente depois de tudo isso, a gramática em si. É importante que seja trabalhada a
reflexão sobre os textos considerando seus interlocutores e os contextos de produção e
uso.
A oralidade deve ser encaminhada com o objetivo de expor os alunos a textos
orais, pertencentes aos diferentes discursos, lembrando que na abordagem discursiva a
oralidade é muito mais do que o uso funcional da língua, é aprender a expressar ideias
em Língua Estrangeira mesmo que com limitações. Também deve ser considerada a
adequação da variedade linguística dos vários gêneros para as diferentes situações
vivenciadas pelos alunos para que o mesmo se familiarize com os sons específicos da
língua que está aprendendo.
4- Avaliação
A avaliação é parte integrante do processo ensino-aprendizagem e auxilia na
270
construção dos saberes, sendo assim, a mesma deve ser contínua, cumulativa,
formativa e diagnóstica e os aspectos qualitativos devem prevalecer sobre os
quantitativos.
Dessa forma, a avaliação é constituída como prática social promovendo a análise
e a reflexão no encaminhamento das intervenções pedagógicas considerando os
diferentes ritmos de aprendizagem dos alunos.
A avaliação será realizada através de atividades teóricas e práticas, produção de
textos, observação direta dos alunos ao desenvolverem suas atividades em sala de
aula, e também através de testes, provas objetivas e subjetivas, exercícios auditivos e
orais, tarefas de casa, ditados, leituras de textos, perguntas e respostas, elaboração de
diálogos, pesquisas na Internet e em livros específicos, painéis, dramatizações,
cartazes, jogos, etc.
Todo o processo de ensino aprendizagem, será avaliado e ao final de cada
bimestre será atribuída uma nota em proporção à essa aprendizagem.
Após a realização de cada avaliação será oportunizada a recuperação dos
conteúdos trabalhados para que os alunos que apresentarem algum tipo de dificuldade
tenham a possibilidade superá-las.
A recuperação paralela será realizada através da revisão dos conteúdos não
apropriados e quando necessário serão ofertadas novas oportunidades de realizar as
tarefas e trabalhos, segundo critérios estabelecidos entre o professor e os alunos. Em
alguns casos de não apropriação dos conteúdos, o professor poderá buscar orientações
e intervenções para que a metodologia utilizada possa ser repensada e as aulas
replanejadas de acordo com as necessidades dos educandos.
É importante, neste processo, que o professor organize o ambiente
pedagógico,observe a participação dos alunos e considere que o engajamento
discursivo na sala de aula se faz pela interação verbal, a partir da escolha de textos
consistentes, e de diferentes formas: entre os alunos e o professor; entre os alunos na
turma; na interação com o material didático; nas conversas em Língua Materna e
Língua Estrangeira; no próprio uso da língua, que funciona como recurso cognitivo ao
271
promover o desenvolvimento de ideias (Vygotsky, 1989).
Na avaliação das práticas espera-se que o aluno:
Na oralidade
Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e/ou informal);
Apresente suas ideias com clareza, coerência;
Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos;
Organize a sequência de sua fala;
Respeite os turnos de fala;
Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;
Exponha seus argumentos;
Compreenda os argumentos no discurso do outro;
Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quando necessário em língua
materna);
Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições
orais, entre outros elementos extralinguísticos que julgar necessário.
Na leitura
• Realize leitura compreensiva do texto;
• Identifique o conteúdo temático;
• Identifique a ideia principal do texto;
• Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto;
• Perceba o ambiente (suporte) no qual circula o gênero textual;
• Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no
sentido conotativo e denotativo;
• Analise as intenções do autor;
• Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;
• Faça o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a
referência textual;
• Amplie seu léxico, bem como as estruturas da língua (aspectos gramaticais) e
elementos culturais.
272
Na escrita
Expresse suas ideias com clareza;
Elabore seus textos atendendo: às situações de produção propostas (gênero,
interlocutor, finalidade ...); à continuidade temática;
Diferencie do contexto de uso da linguagem formal e informal;
Utilize os recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade,
intertextualidade, etc.
6. Utilize adequadamente os recursos lingüísticos como: pontuação, uso e função
do artigo, pronome, substantivo, etc.
7. Empregue as palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem
como de expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o
gênero proposto.
A construção da avaliação com critérios de compreensão reflexiva, e autônoma
ainda é um desafio, no entanto é desta forma que formaremos cidadãos críticos,
conscientes, autônomos, solidários e criativos.
Assim, em Língua Estrangeira busca-se superar a concepção de avaliação como
um mero instrumento de aferição de conteúdos que foram apreendidos ou não, é
importante que o processo avaliativo subsidie discussões sobre os avanços e as
dificuldades dos alunos, partindo da reflexão sobre suas produções.
A avaliação, enquanto relação dialógica, concebe o conhecimento como
apropriação do saber pelo aluno e pelo professor, como um processo de ação-reflexão-
ação, que se passa na sala de aula através da interação professor/aluno carregado de
significados e de compreensão -las.
5- Referências Bibliográficas
ALVES, Adda-Nari M. & MELLO, Angélica. Mucho – Español para Brasileños. Volume
único. São Paulo: Moderna, 2000.
273
ARRIBAS, Jesús & CASTRO, Rosa Maria de. Preparación Diploma Básico Español
Lengua Extranjera DBE. Madrid: Edelsa, 1999.
Diretrizes Curriculares Estaduais da Rede Pública da Educação Básica do Estado do
Paraná – Língua Estrangeira Moderna – Secretaria de Educação Básica de Estado da
Educação – Superintendência de Educação – Curitiba – 2006 – Secretaria de Estado da
Educação - SEED – PR.
Diretrizes Curriculares da Educação do Campo do Estado do Paraná (capítulos da
versão preliminar) – Curitiba – 2006 – Secretaria de Estado da Educação - SEED – PR.
GÁLVEZ, Dolores et alli. Preparación Diploma Superior Español Lengua Extranjera
DSE. Madrid: Edelsa, 1999.
GARCÌA, María de Los Àngeles J.; HERNÁNDEZ, Josephine Sánchez. Español sin
Fronteras. 2ª ed. São Paulo: Scipione. 2003.
Gran Diccionario Usual de la Lengua Española/ Edición y Coordinación Pilar Remírez.
São Paulo: Larousse do Brasil, 2006.
HERMOSO, A. González et alli. Gramática de Español Lengua Extranjera. Madrid:
Edelsa, 1997.
Livro Didático Público – Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês- Ensino Medio
– Vários Autores – Curitiba: Secretaria de Estado da Educação - SEED – PR , 2006.
LIPSKI, John M. El Español de América. 4ª ed. Madrid: Catedra, 2005.
MARTIN, Ivan Rodrigues. Espanhol – Série Brasil. Volume único São Paulo: Ática,
274
2004.
MOZOS, Emilio Prieto de los et alli. Español para Todos. Volumes 1, 2, 3 e 4. São
Paulo: Ática, 2002.
Nuevo Diccionario Esencial de la Lengua Española – Organizadora:
SantillanaEducación, S. L. 1ª ed. – São Paulo: Moderna, 2005.
ROMANOS, Henrique & CARVALHO, Jacira Paes de. Expansión Español en Brasil.
São Paulo: FTD, 2002.
ROMANOS, Henrique; JACIRA, Paes de Carvalho. Interacción. 1ª ed. São Paulo:
FTD.2007.
Histórico do Celem. Disponível em:
<http://www.diaadia.pr.gov.br/celem/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=7>
Acesso em 02/05/2010.
Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste. Projeto Político Pedagógico, 2011.
Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste. Regimento Escolar-2008.
Lei 10.639/03- referente a História e Cultura Afro brasileira e africana. Lei 11.645/2008-referente a Cultura Afro- brasileira e Indígena.
275
12.2 SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM DE LINGUA PORTUGUESA
1- Apresentação:
A proposta pedagógica para a sala de apoio à aprendizagem com base na
Resolução 2.772/2011 e Instrução 007/2011, é voltada para os alunos matriculados na
5ª série do Ensino Fundamental que apresentam defasagem na aprendizagem dos
conteúdos referentes aos anos iniciais do Ensino Fundamental.
Nos últimos anos, o acesso à educação escolar tem sido garantido a um número
cada vez maior de crianças e adolescentes e a atual política educacional paranaense
tem grande preocupação em ampliar esse número, sobretudo, em atender aos alunos,
que por razões diversas, necessitam de apoio especializado para obter sucesso no
processo de aprendizagem na classe regular. Daí a necessidade do funcionamento da
sala de apoio, que através de uma prática pedagógica diferenciada cria condições de
aprendizagem efetiva, para que os alunos possam ir além da simples decodificação de
palavras, priorizando o discurso como prática social, de modo que possam sentir-se
imersos numa sociedade grafocêntrica como a nossa.
O ingresso dos alunos no programa se dá, no início do período letivo, por meio
de avaliação diagnóstica realizada pelos professores regentes de sala, acompanhados
pela direção e equipe pedagógica. Essa avaliação tem por objetivo identificar os alunos
que apresentam baixo desempenho em situações de oralidade, leitura e compreensão
de textos, uma vez que cabe à escola a formação de leitores por meio de estratégias
que possibilitem uma aprendizagem adequada.
2-Conteúdos 6º ano 7º ano.
Oralidade:
Adequação ao gênero (conteúdo temático, elementos composicionais marcas
linguísticas);
Variedades e marcas linguísticas (coesão, coerência, gírias, repetição, recursos
276
semânticos);
Tema do texto;
Função do locutor e do interlocutor;
Intencionalidade, finalidade do texto;
Argumentatividade;
Papel do locutor e do interlocutor;
Particularidades de pronúncia de algumas palavras;
Elementos extra-linguísticos: (entonação, pausas, gestos...);
Estudo de diferentes gêneros textuais.
Leitura:
Identificação do gênero;
Identificação do tema;
Interpretação textual (observando conteúdo temático, interlocutores, fonte,
intertextualidade, informatividade, intencionalidade e marcas linguísticas);
Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários:
Inferência;
As particularidades quanto à formalidade e informalidade;
Linguagem verbal e não-verbal;
Relações dialógicas entre textos;
Vozes sociais presentes no texto, discurso direto e indireto;
Informações implícitas e explícitas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos;
Estudo de diferentes gêneros textuais.
Escrita:
Adequação ao gênero (conteúdo temático, elementos composicionais e marcas
linguísticas);
277
Pontuação;
Acentuação;
Ortografia;
Argumentação;
Paragrafação;
Textos informativos;
Clareza de ideias;
Discurso direto e indireto;
Finalidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade;
Intertextualidade;
Coerência e coesão textual. Elementos coesivos;
Concordância verbal e nominal;
Linguagem verbal e não-verbal;
Estudo de diferentes gêneros textuais.
Conteúdos: 8º ano e 9º ano
Conteúdos Estruturantes: Discurso como prática social.
Conteúdos Básicos: Gêneros discursivos.
Leitura e escrita de diferentes gêneros textuais demarcando aspectos ligados ao:
Discurso direto e indireto
Tema do texto
Tipologia
Estrutura
Elementos composicionais do gênero
Interlocutor
Argumentatividade
Informatividade
Marcas linguísticas
278
Pontuação
Acentuação gráfica
Ortografia
Concordância verbal e nominal
Processo de formação das palavras
Produção de textos: argumentação, opinião, descritivo, narrativo, dissertativo.
Conteúdos Estruturantes: Discurso como prática social.
Conteúdos básicos:
Oralidade
Tema de textos
Finalidade
argumentos
Papel do locutor e interlocutor
Elementos extralinguísticos: entonação, pausa, gestos, etc.
Adequação do discurso ao gênero
Turnos da fala
Variações linguísticas
Marcas de coesão, coerência, repetição, gírias, recursos semânticos, entre outros.
Ler os diferentes gêneros textuais
Conteúdos Estruturantes: Discurso como prática social.
Conteúdos Básicos: Gêneros discursivos.
Leitura e escrita de diferentes gêneros textuais demarcando aspectos ligados ao:
Discurso direto e indireto
Tema do texto
Tipologia
279
Estrutura
Elementos composicionais do gênero
Interlocutor
Pontuação
Acentuação gráfica
Ortografia
Concordância verbal e nominal
Produção de textos: argumentação, opinião, descritivo, narrativo, dissertativo.
3 - Encaminhamentos Metodológicos
Os professores de Língua Portuguesa da sala de apoio, devem promover o
amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, para que
os estudantes compreendam e possam interferir nas relações de poder com seus
próprios pontos de vista, possibilitando a sua emancipação e a autonomia em relação
ao pensamento e às práticas de linguagens essenciais ao convívio social. Ao dominar
essas práticas discursivas, o aluno modifica, aprimora, re-elabora sua visão de mundo
e passa a ter voz ativa na sociedade.
Sendo assim, o aprimoramento linguístico possibilitará ao aluno a leitura dos
textos que circulam socialmente, identificando neles o implícito, o pressuposto,
preparando-o para posicionar-se como sujeito ativo dentro da sociedade na qual está
inserido.
Toda prática desenvolvida em sala de aula deve estar dentro de uma concepção
teórica consistente. A concepção assumida neste Estabelecimento de Ensino pretende
fazer uso de uma metodologia diversificada sem fragmentar a língua em conteúdos
estanques, contemplando a oralidade; leitura e interpretação; escrita e análise
linguística.
A metodologia empregada no desenvolvimento do trabalho na sala de apoio com
o conteúdo estruturante e com os conteúdos básicos quanto à oralidade, será aplicada
280
através de debates, teatro, exposição de ideias, relatos, observação da expressão oral
de cada aluno, incentivando-os a se expressarem com clareza, coerência, sequência
de ideias e originalidade. Será feita a leitura e interpretação de diferentes textos:
fábulas, contos, crônicas, poesias, charges, anedotas, revistas, jornais, cartas,
histórias em quadrinhos, acrósticos, panfletos, textos multimídia e outros. Será
imprescindível o uso das novas tecnologias disponíveis na escola, entre elas o
laboratório de informática, vídeos, multimídias, pesquisas na internet. Serão
desenvolvidas atividades para digitação dos textos, correção e formatação, manuseio
de dicionários visitas constantes à biblioteca para o permanente incentivo à apreciação
de literatura.
Para aperfeiçoar a escrita serão ministradas aulas expositivas sobre o uso da
língua padrão, destacando os diferentes tipos de linguagem, utilizando textos variados
para explorar a gramática, sobretudo a re-estruturação das produções dos alunos.
4-Avaliação
A avaliação será diagnóstica e contínua, dando prioridade à efetivação da
aprendizagem, ao desempenho do aluno durante o ano letivo, através de atividades
propostas em sala de aula. Enfatizará os aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
Os critérios empregados na avaliação contemplarão todas as etapas da aprendizagem,
dando ênfase à oralidade, leitura e escrita e serão feitos através da observação direta
do professor em conjunto com o professor regente.
5 – Referências Bibliográficas
BAKHTIN, Michail (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. de Michel Lahud e Yara Frateschi. 9 ed. São Paulo: Hucitec, 1999.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua portuguesa. Curitiba,2008. Disponível no Portal educacional.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo básico para a escola pública
281
do Estado do Paraná. Curitiba: Secretaria de Estado da Educação - SEED, 1990.
ORLANDI, E. P. Análise do discurso: princípios e procedimentos. Campinas: Pontes, 2005.
SOARES, M. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2002.
GERALDI, J. W. Concepções de linguagem e ensino de Português. In João W. (org.). O texto na sala de aula. 2.ed. São Paulo: Ática, 1997.
Lei 10.639/03- referente a História e Cultura Afro brasileira e africana; Lei 11.645/2008-referente a Cultura Afro- brasileira e Indígena;
Projeto Político Pedagógico: Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste – 2012.
Regimento Escolar: Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste – 2008.
Instrução – 007/2011 – Organiza sobre a sala de Apoio a Aprendizagem.
Resolução 2.772/2011 – Regulamenta a Criação das salas de Apoio à Aprendizagem.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Coletânea de textos. Curitiba: Secretaria de Estado da Educação - SEED, 2005.
282
12.3 SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA
1 - Apresentação
A proposta pedagógica para a Sala de Apoio á Aprendizagem com base na
Resolução 2.772/2011 e Instrução 007/2011, é voltada para os alunos matriculados no
Ensino Fundamental que apresentam problemas relacionados a defasagem de
aprendizagem em conteúdos referentes aos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
Quanto ao ingresso dos alunos ao programa, será por meio de diagnóstico das
dificuldades nos conteúdos estruturantes: números, grandezas e medidas, geometrias e
tratamento da informação e seus desdobramentos. O trabalho em sala de aula se dará
de forma articulada entre esses conteúdos.
Ao perceber as dificuldades na Matemática apresentadas pelos alunos cria-se
condições num espaço de sala de aula normal no período contrário, com jogos e
desafios matemáticos de modo que desperte a atenção dos alunos amenizando a
dificuldade existente e tornando efetiva a aprendizagem. Através da avaliação poderá
ser diagnosticada os avanços e necessidades diferenciadas de aprendizagem.
O acompanhamento do processo de ensino e aprendizagem é atribuído à
Direção e equipe pedagógica, aos Professores Regentes e Professores da Sala de
Apoio à Aprendizagem.
3-Conteúdos estruturantes e seus desdobramentos 6º ano e 7º ano
Números e álgebras
-Classificação e Seriação Numérica
-Sistema de Numeração Decimal
-Decomposição dos Números Naturais em suas diversas ordens
-Cálculo das quatro operações sem usar os algoritmos formais
283
-Cálculo das quatro operações usando os algoritmos formais
-As 4 operações e os significados presentes no cálculo de cada uma
-Números Racionais expressos na forma de fração e de número decimal
Grandezas e medidas
-medidas convencionais ou não
-medidas padronizadas (km,m, cm, mm...)
-Relações entre as unidades de medida (dia e semana, hora e dia, dia e mês,
mês e ano, ano e década, ano e século, década e século, hora e minuto, minuto e
segundo), incluindo a leitura de calendário.
-Relações entre horário de inicio e término e /ou o intervalo da duração de um
evento ou acontecimento.
-Sistema monetário
-Perímetro de figuras plana
-Cálculo de áreas de figuras planas (malha quadriculada)
-Horas em relógio digital e de ponteiro
Geometrias
-Referência do próprio corpo ou outros objetos, localização (movimentação de
um objeto, em mapas, croquis e outras representações gráficas (na frente, atrás, ao
lado, perto/ longe, direita/esquerda, para baixo, mesmo sentido/sentido contrário, gira
em torno de algo, gira em torno do mesmo corpo).
-Poliedros e Corpos redondos
-Figuras planas a partir da planificação dos poliedros
-Classificação das figuras planas pelo número de lados e ângulos
-Classificação dos quadriláteros
284
Tratamento da informação
-Leitura de tabelas e gráficos
-Raciocínio combinatório e probabilidade
Conteúdos estruturantes e seus desdobramentos 8º ano e 9º ano
Números e álgebras
-Classificação Sequencia Numérica e Ordens e Classes
-Números Naturais e Decimais (as 4 operações e os significados presentes no
cálculo de cada uma )
-Propriedades da Potência
-Decomposição dos Números Naturais em suas diversas ordens
-Propriedades da Raiz Quadrada
-Números Fracionários e Números Decimais
-Números Inteiros (Operações com números inteiros (adição, subtração,
multiplicação, divisão, potenciação e radiciação)
-Números racionais
-Sistemas e equações do 1º grau
-Funções de Gráficos
-Razão e Proporção
-Regra de Três Simples
-Números irracionais
-Equação do 2º grau
-Teorema de Pitágoras
Grandezas e Medidas
-Medidas convencionais ou não
285
-Medidas padronizadas
-Relações entre as unidades de medida tempo (hora, minuto e segundos dia,
mês e ano).
-Sistema monetário
-Perímetro de figuras plana
-Cálculo de áreas de figuras planas (malha quadriculada)
Geometrias
-Referência do próprio corpo ou outros objetos, localização (movimentação de
um objeto, em mapas, croquis e outras representações)
-Poliedros e Corpos redondos
-Figuras planas a partir da planificação dos poliedros
-Classificação das figuras planas pelo número de lados e ângulos
-Classificação dos quadriláteros
-Tratamento da informação
-Pesquisas Estatísticas
-Média Aritmética
-Porcentagem
-Juros Simples
-Dados, Tabelas , Gráficos e Informação
-Noção de raciocínio combinatório e probabilidade
3– Encaminhamentos Metodológicos
Abordar os conteúdos de matemática partindo das relações estabelecidas com
contexto histórico, sociais e culturais. Utilizar a metodologia da resolução de problemas
como foco principal do trabalho, incentivando o aluno a desenvolver várias formas de
raciocino e elaborar planos e estratégias de resolução.
286
Trabalhar com jogos pois eles são considerados como mais uma tendência
metodológica baseada no processo de construção do conhecimento matemático do
aluno.
Os jogos constituem-se numa forma interessante de propor problemas, pois
permitem que estes sejam apresentados de modo atrativo, favorecendo a criatividade
na elaboração de estratégias de resolução e busca de soluções, contribuindo para um
trabalho de formação de atitudes, enfrentando desafios, buscando soluções,
desenvolvendo a intuição, a criação e a crítica de estratégias e da possibilidade de
alterá-las quando o resultado não é satisfatório.
Segundo Krulik e Rudnik ( Borin, Julia. Jogos e Resolução de Problemas: Uma
Estratégia para as Aulas de Matemática, 2ª ed.USP,1996 ), os jogos podem ser de
treinamento ou estratégicos.
Os jogos de treinamento são idealizados para auxiliar na memorização ou
fixação de conceitos, fórmulas ou técnicas ligadas a alguns tópicos dos conteúdos. Eles
são usados, quando identificamos alunos que necessitam de reforços em determinado
conteúdo e também podem ser usados como substitutos das enfadonhas litas de
exercícios.
Os jogos de estratégia tem como meta principal propiciar oportunidades para o
desenvolvimento do raciocínio lógico. Os alunos devem saber que a meta deste tipo de
jogo é a descoberta de uma estratégia vencedora, portanto, sua preocupação está
centrada nessa descoberta e não apenas no jogar.
Utilizar materiais didáticos (material dourado, ábacos, geoplanos, sólidos
geométricos, papel quadriculado, régua, transferidores, entre outros...) visando
compreender conceitos e procedimentos matemáticos.
Como mais uma estratégia de dinamizar as aulas de apoio será utilizado alguns
programas gratuitos disponibilizados na Internet para complementação de conteúdos.
Para explorar ideias numéricas, regularidades em sequencia, comprovação de cálculos
realizados com lápis e papel e cálculos na resolução de problemas que tem por objetivo
a concentração nos métodos e nas estratégias de resolução e será utilizado a
287
calculadora como recurso.
Todos os recursos aqui mencionados tem como objetivo centrar uma prática que
visa envolver o aluno da Sala de Apoio à Aprendizagem para garantir o conhecimento
efetiva e para que ele tenha condições de sanar suas dificuldades.
4 - Avaliação
A avaliação será realizada na perspectiva de um trabalho voltado para os
conhecimentos que os alunos trazem das etapas anteriores tendo como foco a
aprendizagem, levando em conta as diferenças individuais e observando o quanto, cada
aluno está se desenvolvendo.
Os erros serão considerados como indicativos para o redirecionamento da
prática.
Os instrumentos utilizados serão observação das atividades cotidianas orais e
escritas com registro na Ficha de Encaminhamento do Aluno.
A mesma será desenvolvida pela professora da Sala de Apoio à Aprendizagem,
Equipe Pedagógica e professores regentes das quintas séries.
5 – Referências Bibliográficas
BORIN, Julia. Resolução de Problemas: Uma Estratégia de Matemática. 2ª ed. USP, 1996.
DANTE, L. R. Didática da Resolução de Problemas de Matemática. 2ª ed. Ática, 1991
PARANÁ, Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental, Matemática, SSED, Curitiba:2005.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná -Ensino de 1º grau. Curitiba:SSED,1990.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação Orientação Pedagógicas para a Sala de Apoio à Aprendizagem, Matemática, 2005.
Lei 10.639/03- referente a História e Cultura Afro brasileira e africana;
288
Lei 11.645/2008-referente a Cultura Afro- brasileira e Indígena;
Projeto Político Pedagógico: Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste – 2012.
Regimento Escolar: Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste – 2008.
Instrução – 007/2011 – Organiza sobre a sala de Apoio a Aprendizagem.
Resolução 2.772/2011 – Regulamenta a Criação das salas de Apoio à Aprendizagem.
289
12.5 – SALA DE RECURSOS
1 - Apresentação
A organização da Educação Especial, ao longo da história, constitui-se como
uma área da educação destinada a apresentar respostas educativas a alguns alunos,
ou seja, àqueles que supostamente, não apresentaria possibilidades de aprendizagem
no coletivo das classes comuns. Essa organização esteve fundamentada na concepção
de homem, sociedade e conhecimento, determinando em cada época o atendimento da
Educação Especial.
Na atualidade as políticas inclusivas que norteiam as agendas educacionais
conferem à Educação Especial um sentido distinto daquele que motivou suas ações
iniciais. De acordo com a LDB9394/96 e sua regulamentação pelas Diretrizes Nacionais
da Educação Especial resolução Nº02/01 e pela Deliberação 02/03, a educação
especial é conceituada e praticada na atualidade, como uma modalidade educacional,
cuja finalidade é oferecer recursos e serviços educacionais especializados aos alunos
que apresentam necessidades educacionais, em todo fluxo educacional.
A Sala de Recursos Multifuncional I é um serviço de apoio especializado, de
natureza pedagógica que complementa o atendimento educacional realizado em
classes comuns, e atende alunos regularmente matriculados que frequentam o Ensino
Fundamental, nas séries finais e na Modalidade EJA - Ensino Fundamental e Médio que
apresentam dificuldades acentuadas de aprendizagem com atraso acadêmico
significativo, decorrentes de Deficiência Intelectual e ou Transtornos Funcionais
Específicos, Deficiência Física neuromotora e transtornos globais do desenvolvimento.
O planejamento pedagógico é organizado e, sempre que necessário
reorganizado, de acordo com: os interesses, necessidades e dificuldades específicas de
cada aluno; as áreas de desenvolvimento Cognitivo motor, sócio afetivo emocional e os
conteúdos pedagógicos defasados das séries iniciais, principalmente:
Língua Portuguesa e Matemática.
290
3 - Encaminhamentos Metodológicos
O cronograma para o atendimento do aluno é elaborado pelo professor da sala
de recursos juntamente com o pedagogo da escola e, quando se fizer necessário, com
os professores da classe comum.
O número de atendimento pedagógico poderá ser de ( duas ) a 4 (quatro) vezes
por semana, não ultrapassando 2 ( duas) horas diária.
O atendimento é flexível, devendo ser reorganizado, sempre que necessário de
acordo com o desenvolvimento e necessidades dos alunos, com anuência da equipe
pedagógica da escola.
O trabalho pedagógico desenvolvido na Sala de Recursos Multifuncional I não
deve ser confundido com reforço escolar. Deve constituir um conjunto de procedimentos
específicos, de forma a desenvolver os processos cognitivos, motor, sócio afetivo
emocional, necessário para apropriação e produção de conhecimentos.
O planejamento pedagógico deve ser elaborado e reorganizado, de acordo com
a avaliação diagnóstica, realizada de maneira interventiva contemplando os conteúdos
conteúdos defasados das séries iniciais, principalmente Língua Portuguesa e
Matemática utilizando de metodologia e estratégias diferenciadas, de acordo com os
interesses, necessidades e dificuldades específicas de cada aluno.
Na EJA, o funcionamento apresenta características próprias em consonância
com as necessidades do aluno e oferta de Ensino. Os alunos serão atendidos no
período normal de aula, podendo ser individual, em grupo ou junto ao professor da
disciplina em acordo com a Direção e Equipe Pedagógica do Estabelecimento de
Ensino.
5 - Avaliação
A avaliação deve considerar a diversificação de critérios, instrumentos,
procedimentos e em diferentes momentos levar em conta as situações de
291
aprendizagem e condições individuais do aluno:
A avaliação de ingresso na sala de recursos deverá ser realizada no contexto do
ensino regular pelos professores da classe comum, professor especializado, pedagogo
da escola, com assessoramento de uma equipe multiprofissional (externa), Equipe do
Núcleo Regional de Educação devidamente orientada pela Secretaria de Estado da
Educação – SEED/DEIN.
Na Modalidade EJA, são alunos egressos que já frequentaram o serviço de apoio
especializado (Escola de Educação Especial, Classe Especial e Sala de Recursos
Multifuncional). O professor deverá realizar apenas a avaliação pedagógica com vista
ao atendimento pedagógico do aluno.
Avaliação durante o período frequentado na Sala de Recursos Multifuncional I
deve ser registrada semestralmente, pelo professor da sala de recursos, em formulário
próprio. No relatório de acompanhamento pedagógico é registrado qualitativamente os
avanços e necessidades acadêmicas, aspectos relativos à promoção, bem como a
necessidade de continuidade do apoio ao aluno em Sala de Recursos.
A avaliação para o desligamento do aluno deverá ser formalizado por meio de
relatório Pedagógico elaborado pelo professor da Sala de Recursos, juntamente com a
equipe pedagógica e, sempre que necessário, com apoio dos professores da classe
comum, cujo relatório deverá ser arquivado na Pasta Individual do aluno.
5 - Referências Bibliográficas
LDB- Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº9394/96.
Diretrizes Nacionais para Educação Especial na educação Básica -Parecer nº 17/01-CNE;
Lei 10.639/03- referente a História e Cultura Afro brasileira e Africana;
Lei 11645/08- referente a História e a Cultura Afro- brasileira e Indígena;
Deliberação nº02/03 -Normas para Educação Especial, modalidade da Educação Básica para alunos com necessidades Especiais, no Sistema de Ensino do Estado do
292
Paraná;
Instrução nº 013/08- SUED/Secretaria de Estado da Educação - SEED- Estabelece Critérios para o funcionamento da Sala de Recurso;
Projeto Político Pedagógico - Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste, 2011
Regimento Escolar - 2008 – Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste.
Instrução Nº 016/11 – SUED/SEED – Estabeleceu critérios para atendimento edu7cacional especializado em Sala de Recursos Multifuncional I, na Educação Básica.
293
12.5 PROPOSTA DA ATIVIDADE DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR EM
CONTRATURNO - ESTADUAL NO PALCO
MACROCAMPO: Cultura e arte - Teatro
CONTEÚDOS
Os conteúdos serão trabalhados de forma simultânea a partir dos conteúdos
básicos apresentados nas Diretrizes Curriculares de Educação Básica para Estado do
Paraná Arte.
ELEMENTOS FORMAIS
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
Ação;
Espaço Cênico.
COMPOSIÇÃO
Jogos dramáticos e Jogos teatrais
Improvisações
Teatro direto e teatro indireto (bonecos e sombras)
Gêneros: comédias, tragédias, teatro musical, dramas, tragicomédias,
pantomimas
Cenografia, caracterização
MOVIMENTOS E PERÍODOS
Greco-romano
Medieval
Renascentista
Teatro contemporâneo
Teatro popular brasileiro
294
OBJETIVO
Desenvolver conhecimentos sobre os modos de fazer teatral que favoreça o:
desenvolvimento de capacidades intelectuais (criação), físicas (expressão corporal)
psiquícas (autoconhecimento) e conhecimento histórico social sobre teatro.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Divulgação do projeto nas salas de aula.
Reunião com os alunos interessados na proposta onde serão informados como
a mesma funcionará.
As atividades do encaminhamento metodológico acontecerão conforme os
conteúdos estruturantes do teatro, oportunizando aos alunos a passarem pelos três
momentos do ensino da arte de forma simultânea: o conhecer, o fazer e o apreciar
conhecendo e analisando os elementos formais necessários para uma composição
teatral de diferentes épocas ou período, de diferentes autores e gêneros teatrais, tais
como; comedia dell'art, teatro de fantoches , teatro de sombras, teatro pobre, teatro
antigo, teatro moderno, etc. O trabalho prático iniciará com jogos dramáticos,
explorando a expressão corporal, a expressão vocal, sempre objetivando a reflexão e
a socialização, de forma que aluno reflita sobre a si mesmo, sobre o mundo ao seu
redor, estabelecendo conexões com outras realidades através dos elementos formais
do teatro e o conhecimento histórico e social construído pela humanidade. Na prática
teatral , o aluno será orientado para leitura e análise de peças teatrais, para criar
figurinos, sonoplastia, cenografia, bonecos para teatro de fantoches e para teatro de
sombras, etc., e por fim, montagens de espetáculos teatrais.
Atividades que serão desenvolvidas durante o período da proposta:
Pesquisa sobre origens do teatro, de gêneros teatrais.
Leitura a e análise de textos teatrais
295
Criação de enredo a partir de temas pré-estabelecido, contos, histórias
infantis e infanto - juvenis, fábulas, historia do cotidiano do alunos,
Produção de textos teatrais
Criação e confecção de sonoplastia, figurinos, caracterizações.
Improvisações teatrais
Intervenções teatrais durante o recreio ou durante alguns eventos na escola.
Criação de pequenas peças teatrais.
Construção de personagens e improvisações.
Apreciação de peças de grupos teatrais locais , regionais, ou grupos de fora
sempre que possível (quando tiver) e depois no grupo dar opiniões e analisar peças.
Montagens de peças teatrais a partir de temas, adaptação de textos teatrais ou
outros gêneros textuais.
Construção de personagens, cenário, figurinos, sonoplastia, caracterização, etc
Ensaios na escola ou em outros espaços durante horários do projeto .
Ensaios gerais.
Apresentações do trabalho para comunidade escolar, pais, alunos e
funcionários.
AVALIAÇÃO
Os alunos participantes serão avaliados conforme sua participação,
comprometimento e envolvimento na tentativa de realizar as atividades.
Será observado se aluno adquiriu conhecimentos sobre o teatro, sobre obras,
autores e conteúdos e temas abordados durante a aplicação das atividades; a
capacidade de expressar ideias; capacidade de se expressar utilizando de diferentes
gêneros teatrais; capacidade de integração no trabalho em grupo, respeito a ajuda
mútua.
Durante o processo de produção teatral e após apresentações , haverá sempre
que possível, avaliação em grupo onde o aluno poderá dar pareceres sobre o seu
296
desempenho, o desempenho do grupo, sobre a complexidade da atividade trabalhada
avaliando-se as dificuldades e facilidades em realizá-las.
Haverá uma ficha individual de cada aluno participante, onde a professora
orientadora do projeto fará um registro inicial do perfil do aluno e do conhecimento que
possui sobre o teatro e observará no decorrer das atividades desenvolvimento do
aluno e registrar na ficha de acompanhamento os avanços adquiridos.
RESULTADOS ESPERADOS
PARA O ALUNO: O fazer teatral é uma atividade prazerosa e desafiante para o
educando que contribui para o seu desenvolvimento intelectual e psico social. Portanto
espera-se que a atividade curricular complementar de teatro possa ampliar nos
participantes, o conhecimento e a prática na linguagem teatral . Que contribua para o
desenvolvimento da percepção, intelectualidade, desenvoltura, auto estima, auto
conhecimento, para que os mesmos possam interagir com a realidade de uma forma
mais expressiva e reflexiva. Especificamente na área de teatro, espera-se que o
estudante, desenvolva capacidades de: criar; improvisar; interpretar pequenos textos
teatrais com diferentes temáticas; adaptar textos narrativos para textos dramáticos e
conheça alguns gêneros teatrais e autores renomados da dramaturgia .
PARA A ESCOLA: O teatro é uma linguagem interdisciplinar.
…....................................
Além de contribuir na formação individual e coletiva do educando, permite um
diálogo com as outras disciplinas, quando aborda temáticas que fazem o estudante
refletir sobre diferentes aspectos sociais e viajar por tempos e espaços diferentes,
por um mundo que não é seu, mas que tenham as mesmas problemáticas que o seu.
Sendo assim, espera-se que essa atividade, contribua com a aprendizagem do
educando, também nas outras disciplinas e com integração do mesmo na escola .
Que o estudante se sinta valorizado e atue de forma participativa nas diferentes
297
atividades escolares. Que a escola seja representada positivamente, pelos
participantes, perante a comunidade e reconhecida como um espaço que promove o
conhecimento histórico, social e o conhecimento histórico cientifico artístico cultural.
PARA A COMUNIDADE: De acordo com as (DCEs, 2008, p 56), “ educar os
alunos em Arte é possibilitar-lhes um novo olhar, um ouvir mais crítico, um interpretar
da realidade além das aparências, com a criação de uma nova realidade, bem como a
ampliação das possibilidades de fruição”. Portanto o espera-se que os estudantes
possam se tornar mais atuantes e participativos dentro da comunidade, enquanto
sujeito singular e social. Que a comunidade possa apreciar, e conhecer e valorizar a
arte teatral enquanto espectadores e enquanto participantes de forma direta e indireta
na montagem e produção de peça teatral.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- Instrução 004/2011 - CEE.
PARANÁ, Secretaria do Estado e Educação. Diretrizes Curriculares de Arte para os anos Finais do Ensino Fundamental e Para o Ensino Médio. Cutitiba. Secretaria de Estado da Educação - SEED-PR, 2008.
Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste, 2008.
REVERBEL, OLGA. Oficina de Teatro. Porto Alegre. Editora Kuruap, 1993.
- Resolução 1690/2011.
SPOLIN, Viola. Improvisação para o Teatro. São Paulo. Editora Perspectiva, 1970.
KOUDELA, Ingrid Dormiem. Jogos tetrais. São Paulo: Perspectiva, 2001.
http://www.canalkids.com.br/arte/teatro/historia.htm
http://recantodasletras.uol.com.br/resenhasdeteatro/576028
http/www.campogrupal.com/jogos.html
298
12.7 PROGRAMA SEGUNDO TEMPO
Fundamentação Teórica
O esporte inserido na sociedade tem um papel muito importante na educação do
homem, o de viver em sociedade, pois através dele entramos diretamente no meio
social da criança, podendo assim contribuir para socialização entre os alunos, dentro e
fora do projeto e da escola.
As ações desenvolvidas no núcleo do Projeto Segundo Tempo, visarão o
atendimento em horário de contra turno escolar com atividades esportivas e recreativas
buscando fortalecer o convívio em sociedade, bem como reforçar conteúdos da
Educação Física que são condições básicas para se ter um bom desenvolvimento físico
e psíquico. Terá importância significativa para o crescimento da comunidade que rodeia
o Colégio Estadual de Cruzeiro do Oeste, e ainda, a função de melhorar a relação
comunidade e escola e vice versa. Especificamente, o Projeto se direciona para a
educação dos alunos, pois possui regras a serem seguidas, o mesmo possui limites a
serem respeitados, e assim cada aluno irá entender a importância de ter uma dedicação
maior na escola como um todo, uma dedicação maior em todas as disciplinas. Assim, o
projeto da a oportunidade aos alunos de vivenciar novas experiências esportivas,
conhecer novos caminhos a serem seguidos, mas principalmente oportunizar atividades
educativas que irá ocupar seu tempo vago no contra turno escolar.
As dimensões filosóficas incluem elementos da interpretação ou significação das
ações em que o educando participa e as vivências nas práticas. Na dimensão sócio
-antropológica, os alunos terão uma atividade física de qualidade. A importância dessas
atividades é que elas acontecerão de forma a proporcionar novas vivências dentro da
atividade física. Além disso, a interação decorrente da prática da atividade física
contribui para o processo de socialização do aluno. Dimensão psicológica, corpo não é
máquina, mostrar ao aluno que o movimento não pode ser apenas anatômico ou
mecanicista. É necessário abordar o significado do movimento como comportamento,
299
como relação consciente entre o indivíduo e o meio.
Diagnóstico
Cruzeiro do Oeste é um município do estado do Paraná, localizado na Região
Noroeste. Com área territorial de 783,9Km² distribuem- se 20.419 habitantes (censo de
2010), onde possui densidade demográfica de 30.1 hab./km².e IDH- 0,751 médio
PNUD/2000, sendo a 4° maior cidade do Noroeste. A cidade de Cruzeiro do Oeste nos
últimos anos, pode se considerar a melhor cidade paranaense em investimentos por
habitante, ficou em terceiro em termos de investimentos per capita. Ao longo dos
últimos anos tem dedicado grande parte da sua atenção ao desenvolvimento da
agricultura, e especialmente à pequena propriedade rural, que produz alimentos, gera
renda e condições dignas de vida para inúmeras famílias do Município. A cidade vem
ganhando vários investimentos como: Latco Beverages, CitrusPar (antiga BrasCitrus),
GA Construtora de Obras e Civil, Nova União Pneus, Frigo Astra, Frigo Cruz,
Farinheira, Frangobraz, e em breve Rivesa, uma das maiores concessionárias e
montadoras do Brasil, de revenda Volvo, e uma Penitenciaria com capacidade para
1.200 presos sendo a maior do Estado. Destacando também como forte economia
local o comércio.
Um dos problemas sociais esta a prostituição, que sempre esteve presente na
sociedade brasileira e já gerou inúmeras discussões e polêmicas a seu respeito. Não só
porque foge a moral e aos costumes estabelecidos, mas por estar sempre ligada a
atividades criminosas como a prostituição infantil e o tráfico de drogas,
consequentemente aumentando significativamente os pequenos furtos da cidade.
A cidade de Cruzeiro do Oeste oferece alguns atrativos de lazer para a
população, como o Parque Municipal, nele tem um amplo espaço físico, uma pista de
caminhada, um campo de futebol, uma quadra de areia, ATI (academia da terceira
idade), playgraude, e quiosques com churrasqueiras. Temos também uma ampla e
equipada Pista de Atletismo, onde a população usufrui com muito êxito; Ginásio
300
poliesportivo municipal onde é desenvolvido várias escolinhas esportivas e utilizado
pela população em geral; um amplo Campo de futebol, onde vem sendo realizado
vários campeonatos.
A Prefeitura desenvolve vários programas, como: Fábrica de mão de obra, karatê
Piá no Esporte, Nossa Rua, Pró gerar, Reciclando Cidadão, Visão Jovem, entre outros.
OBJETIVOS GERAIS
Integrar, socializar e incluir crianças e adolescentes de faixa etária, de gênero, de
sexo e de classe social diferentes, oferecendo o acesso à prática do esporte
educacional e da cultura corporal, enfatizando o desenvolvendo cognitivo, físico-motor e
sócio-afetivo, ocupando o tempo ocioso deste público que vive em situação precária e
de risco.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Proporcionar a socialização entre meninas e meninos através do esporte
discutindo as suas diferenças e suas limitações individuais;
Discutir temas polêmicos, tais como raciais, sociais, físicas e sexuais nas aulas
do PST, toda vez que surgir os mesmos nas práticas esportivas;
Proporcionar a vivência da cultura corporal local envolvendo prática esportiva
coletiva e individual no desenvolvimento social e autônomo de cada aluno;
Construir e transformar as práticas esportivas locais buscando informações da
própria vivência infantil e juvenil permitindo o aprofundamento do conhecimento sobre a
mesma;
Desenvolver os domínios cognitivo, sócio-afetivo e físico-motor dentro das aulas
do PST através das práticas esportivas, culturais e corporais entendendo as
diversidades e as habilidades de cada um.
301
Incentivar a permanência do aluno na escola;
Interagir com o outro numa dimensão de respeito e espírito de equipe.
Conteúdos
Os conteúdos estruturantes devem ser abordados em complexidades crescente, isto
porque em cada um dos níveis de ensino os alunos trazem consigo múltiplas
experiências relativas ao conhecimento sistematizado, que devem ser considerados no
processo de ensino/aprendizagem.
Cada um dos conteúdos estruturantes será tratado sob uma abordagem que contempla
os fundamentos da disciplina, em articulação com aspectos políticos, históricos, sociais,
econômicos e culturais, bem como elementos da subjetividade, garantindo aos alunos o
direito de acesso e de reflexão sobre as práticas esportivas, além de adaptá- la à
realidade escolar representados na valorização do trabalho coletivo sobre o individual.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: ESPORTE
CONTEÚDO BÁSICO:COLETIVO
CONTEÚDO ESPECÍFICO: Futsal
Jogos pré-desportivos;
Fundamentos (chute, condução de bola, passe, drible, etc)
Preparação Física;
Histórico do esporte;
O jogo como instrumento de convivencia social ;
O jogo na atualidade e na mídia;
302
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:ESPORTE
CONTEÚDO BÁSICO:COLETIVO
COTEÚDO ESPECÍFICO:HANDEBOL
Jogos pré-desportivos;
Fundamentos(arremesso,passe,ataque e defesa,recepção,etc)
Preparação Física;
Histórico do esporte;
O jogo como convivencia social;
O jogo na atualidade e na mídia;
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:ESPORTE
CONTEÚDO BÁSICO:INDIVIDUAL
CONTEÚDO ESPECÍFICO:TêNIS DE MESA
Histórico do esporte;
Regras do jogo;
Esporte na atualidade;
Fundamentos(saque, recepção, pegada de raquete, movimentação de punho);
Preparação tática e técnica;
Jogo como inclusão social:
Jogo pré-competitivo;
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: JOGOS E BRINCADEIRAS
CONTEÚDO BÁSICO: JOGOS DE TABULEIRO
303
CONTEÚDO ESPECÍFICO: XADREZ
Histórico da modalidade:
Conhecer as peças e seu movimento:
Estratégia, táticas e técnicas;
Fases da partida;
Xeque-mate;
Xadrez e tecnologia;
Organizações de eventos.
Jogos em dupla, mini competições.
Estratégias metodológicas
As metodologias utilizadas para colocar os conteúdos em prática serão:
A exposição do professor verbalmente, demonstrativo, ilustrativos tais como
exposição de vídeo, lousa, e exemplificação dos conteúdos com o retrato da realidade
local.
O trabalho independente e o em grupo serão colocados em momentos de ensino
da prática esportiva tiver acontecendo levando em conta a faixa etária, a experiência do
conteúdo pelos alunos, o desenvolvimento cognitivo, físico-motor ou sócio-afetivo.
A elaboração em conjunto terá ênfase no momento em que o aluno conseguir
elaborar um tema baseando no seu interesse sem a influência do meio externo
enfatizando a conversa, a problematização e o debate em grupo.
As atividades especiais tais como discussões sobre o cotidiano de cada serão
abordado durante cada aula. Podendo ser abordados pelos próprios alunos ou pelos
professores quando houver discussões, conflitos e desavenças.
Processo Avaliativo
304
A avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo
que permeie o conjunto das ações pedagógicas e não seja um elemento externo, pois
esse processo irá resgatar as experiências e sistematizações realizadas durante o
processo de aprendizagem, utilizando também instrumentos de avaliação como:
dinâmica em grupo, debates, pesquisas, em que os estudantes irão expressar sobre
aquilo que aprenderam, ou mesmo o que mais lhes chamou a atenção. Sendo avaliada
a cada dois mêses. Compreendendo assim esse processo como algo contínuo,
permanente e cumulativo.
Meios de avaliação:
Controle de freqüência – instrumento livro de chamada da escola;
Planilha de avaliação do aluno pelo professor;
Planilha de auto avaliação do aluno;
Recursos materiais
Recurso Físico
Será utilizado os espaços existentes na escola (duas quadras, sendo uma
coberta, espaço gramado, área reservada a estacionamento que esta desativado, pátio
e outros espaços da escola.) onde está inserido o PST. Locais públicos da cidade -
Pista de Atletismo e Ginásio de Esportes.
Outros espaços físicos da escola, refeitório, sala de aula, sala multiuso,
biblioteca, bem como os seguintes materiais:
Bola de basquete adulto 6
Bola de basquete infantil 6
Bola de futebol de campo adulto 10
Bola de futebol de campo infantil 10
Bola de futebol de salão adulto 10
Bola de futebol de salão infantil 10
305
Bola de handebol adulto 10
Bola de handebol infantil 10
Bola de vôlei – oficial 6
Bola de vôlei – oficial infantil 6
Bola de borracha 10
Rede de basquete 2
Rede de futebol de campo 2
Rede de futebol de salão- handebol
Rede de vólei 2
Cone médio 10
Cone grande 10
Bomba de encher bola 2
Bico para bomba de encher bola 8
Apito para arbitragem de plastico com cordão 4
Bambolê 15
Saco para transportar materiais esportivos 2
Corda de pular coletiva com manoplas 2
Corda de pular individual com manoplas 15
Jogos de dominó 15
Jogo de taco completo de madeira com bolinha de borracha 2
Jogos de frescobol 8
Peteca 10
Kit mini-traves de futeboL 1
Colete de identificação com 12 unidades 4 JG
Cadeado 20mm 2
Caixa plastica com tampa para acondicionar o mateirial 3
Camiseta 300
Bermuda 100
Camiseta (coordenador) 3
306
Camiseta (monitor) 3
CRONOGRAMA
Agosto - Cadastro do aluno,e elaboração do PPN;
Setembro - Contratação do monitor e inicio das atividades;
Outubro - Jogos pré- desportivos , cooperativos e introdução da teoria e pratica;
Novembro - Inicio dos fundamentos básicos de cada modalidade e vivência prática;
Dezembro - Atividades complementares e vivencia pratica das modalidades:
Janeiro - Recreio de Férias;
GRADE HORÁRIA
Coordenador -Tatiane Gelini Machado/
monitor -Danillo Vieira Mendes
Terça-feira / quinta-feira / sexta-feira Matutino 8:00 as 10:15
Turma A e turma B- 25 alunos por turma, com 15min de intervalo pra lanche.
Nas terças-feiras o projeto acontecerá na pista de atletismo municipal, com atividades
coletivas e individuais.
Nas quintas e sextas na escola, com atividades coletivas e individuais.
10:15 as 11:15 nos respectivos dias atividades administrativas e pedagógicas.
Vespertino- 14:00 as 16:15 h
307
Terça -feira / turmas C e D, com 25 alunos cada, no Ginásio municipal, onde será
desenvolvido atividades coletivas e individuais. Com intervalo de 15 min para o lanche.
(atividades administrativas e pedagógicas, 13:00 as 14:30)
Quarta-feira-14:30 as 16: 45h, turmas C e D com atividades coletivas e individuais, com
15min para o lanche. (atividades administrativas e pedagógicas, 13:00h as 14: 30)
Sexta-feira-14:30 as 16: 45, turmas C e D com atividades coletivas e individuais, 15min
intervalo para o lanche.(Atividades administrativas e pedagógicas, 13:30h as 14:30h)
REFERÊNCIA
ME SNEED. Convenio nº 217/2007. Programa Segundo Tempo. Novo Formato Autorizado pelo Ministério do Esporte. Paraná, 2011.
PARANÁ,Secretaria de Estado da Educação - SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica da Educação Física. Curitiba, 2008.
Projeto Politico Pedagógico - Colégio Estadual de Cruzeiro do Oeste, Pr-2011.
308
13 PROJETOS
13.1 AGENDA 21
1 - Apresentação
A Agenda 21 é um documento que contém programa de ação com 40 capítulos
que constitui a mais ousada e abrangente tentativa já realizada de promover, em escala
planetária, um novo padrão de desenvolvimento, conciliando métodos de proteção
ambiental, justiça social e eficiência econômica.
É o principal documento da Rio-92 ( Conferência das Nações Unidas sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento Humano), que foi a mais importante conferência
organizada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em todos os tempos. Esse
documento foi assinado por mais de 100 países, inclusive o Brasil, anfitrião da
conferência.
A Agenda 21 prevê iniciativas e ações voltadas para a melhoria da qualidade de
vida de toda a população. Não podemos, no entanto, fazer da Agenda 21 uma simples
listagem de problemas que a Prefeitura ou o Estado devam resolver. A participação de
todos os setores sociais é condição indispensável para a sua construção e as soluções
sempre devem ser buscadas de forma criativa.
Agenda 21 Brasileira
Vinte e um Compromissos para o Século 21
1 – Produção e consumo sustentáveis, contra a cultura do desperdício.
2 – Eco eficiência e responsabilidade social das empresas.
3 – Retomada do planejamento estratégico, infra-estrutura e integração regional.
4 – Energia renovável e biomassa.
309
5 – Informação e conhecimento para o desenvolvimento sustentável.
6 – Educação permanente para o trabalho e para a vida.
7 – Promover a saúde e evitar a doença, democratizando o SUS.
8 – Inclusão social e distribuição de renda.
9 – Universalizar o saneamento ambiental, protegendo o ambiente e a saúde.
10 – Gestão do espaço urbano e autoridade metropolitana.
11 – Desenvolvimento sustentável do Brasil rural.
12 – Promover agricultura sustentável.
13 – Promover a Agenda 21 local e o desenvolvimento integrado e sustentável.
14 – Implantar o transporte de massa e a mobilidade sustentável.
15 – Preservar a quantidade e melhorar a qualidade da água nas bacias hidrográficas.
16 – Política florestal, controle de desmatamento e corredores da biodiversidade.
17 – Descentralização e o pacto federativo: parcerias, consórcios e poder local.
18 – Modernização do Estado: gestão ambiental e instrumentos econômicos.
19 – Relações internacionais e governamentais globais para o desenvolvimento
sustentável.
20 – Cultura cívica e novas identidades na sociedade da comunicação.
21 – Pedagogia da sustentabilidade: ética e solidariedade.
Agenda 21 do Estado do Paraná
A partir da criação do Fórum da Agenda 21 Paraná em 2004, estão sendo
planejados encontros nas principais bacias hidrográficas do Estado para a finalização
da Agenda.
Eixos norteadores da Agenda 21 Paraná:
Agricultura sustentável;
Segurança Nutricional;
Gestão Social e Terceiro Setor;
310
Biodiversidade;
Gestão de Recursos Hídricos;
Diversidade Espacial e Integração Regional;
Direitos Humanos;
Produção Científica e Tecnológica;
Padrões de Produção e Consumo.
Agenda 21 Local
Para dar início à Agenda 21 Local é preciso que se crie legalmente o Fórum da
Agenda 21, composto por representantes da sociedade e do poder público, com a
finalidade de propor e implementar ações que tornem as cidades, as regiões e os
bairros mais humanos, garantindo um futuro melhor para os nossos filhos e netos.
Agenda 21 Escolar
Agenda 21 Escolar é a proposta que resulta do estudo das Agendas 21 Global,
Brasileira, Estadual e Local e dos diagnósticos, para ser implementada no meio de
influência da escola, tanto nos recintos escolares quanto no meio familiar e social onde
tal influência é exercida.
A escola é um lugar de possibilidades... e assim é possível inscrevê-la em um
amplo projeto de mudança social, cultural, estrutural (DCE Educação Física Versão
Preliminar 2005/ Ensino Fundamental pág.- 45 ). A escola é e deve ser cada vez mais
um lugar de valorização das necessidades de diferentes contextos comunitários.
O ensino formal, a consciência pública e o treinamento devem ser reconhecidos
como um processo pelo qual os seres humanos e as sociedades podem desenvolver
plenamente suas potencialidades. O ensino tem fundamental importância na promoção
do desenvolvimento sustentável e para aumentar a capacidade do povo para abordar
questões de meio ambiente e desenvolvimento. Ainda que o ensino básico sirva de
311
fundamento para o ensino em matéria de ambiente e desenvolvimento, este último deve
ser incorporado como parte essencial do aprendizado. O ensino é também fundamental
para conferir consciência ambiental e ética, valores e atitudes, técnicas e
comportamentos ...que favoreçam a participação pública. ( Agenda 21 Global, cap. 36 -
pág. 239)
A escola tem influência efetiva não apenas dentro de seus muros, nos momentos
formais de formação a seus alunos, mas também em toda a comunidade formada pelos
respectivos familiares dos alunos e moradores de seu entorno. A escola influencia mas
também é influenciada pelos movimentos sociais.
Portanto, nada mais útil e proveitoso do que começar um processo de
elaboração de Agenda 21 dentro do âmbito de atuação direta e indireta da escola, uma
vez que um dos seus objetivos é a identificação de problemas que afetam a qualidade
de vida dos seus alunos e do seu entorno, para que juntos, escola e comunidade
escolar, busquem solucioná-los a partir de discussões que favoreçam a difusão de
saberes. Assim, é imperioso que a juventude de todas as partes do mundo participe
ativamente em todos os níveis pertinentes dos processos de tomada de decisões, pois
eles afetam sua vida atual e têm repercussões em seu futuro. Além de sua contribuição
intelectual e capacidade de mobilizar apoio, os jovens trazem perspectivas peculiares
que devem ser levadas em consideração. (Agenda 21 Global, cap. 25 - pág. 205
A Agenda 21 na Escola vem contribuir com uma educação ambiental que nos
faça perceber o meio ambiente como nossa vida, nosso corpo, as florestas, os animais,
as águas, o ar, a terra, nossa escola, nossa rua e também as relações que
estabelecemos com as outras pessoas e as outras culturas.
Assim é possível ter uma sociedade com gente mais responsável, e empenhada
em proteger o meio ambiente, contribuindo com a melhoria da qualidade de vida.
Herbert de Souza, o Betinho
312
2 - Objetivo geral:
Através desse programa os alunos deverão se conscientizar e compreender
sobre a qualidade de vida e meio ambiente, uma vez que somos parte desse meio
ambiente e existe uma interação entre os seres vivos e elementos que compõe o meio
físico.
Objetivos específicos:
Orientar os alunos quanto a higiene pessoal, e as necessidades corporais e
socioculturais, contribuindo para o exercício da cidadania.
Compreender que algumas doenças estão associadas a falta de higiene e outras
relacionadas com o meio ambiente;
Analisar e discutir sobre a questão da problemática da água;
Compreender a necessidade da reciclagem do lixo;
Entender a importância da preservação ambiental, da biodiversidade;
Compreender importância da educação, da cidadania para vida dele(educando).
3 - Conteúdos
Saúde e meio ambiente
Saúde e nutrição
Saúde e higiene
Educação e ética
Água, um dia ela pode acabar
Desmatamento e queimadas
Lixo e reciclagem
Educação e limite
Educação e cidadania
313
Evasão x permanência na escola
Poluição do ar
4 – Encaminhamentos Metodológicos
Organizar um ciclo de palestras sobre meio ambiente e qualidade de vida;
Participar de eventos, campanhas em parcerias com IAP, COCAMAR e
Prefeitura;
Trabalhar com painéis, textos e dinâmicas em sala de aula, sobre a questão da
saúde, nutrição e higiene;
Confecção de maquetes, apresentação de coreografias, teatro, músicas sobre
a água.
Trabalhar com textos e dados estatísticos do desmatamento e queimadas no
Estado do Paraná;
Apresentação de uma peça teatral sobre a questão do lixo;
Apresentação de slides sobre a questão de educação e limite;
Etiqueta e boas maneiras para Crianças e Adolescentes.
Textos, painéis, discussões e poesias sobre educação,cidadania e igualdade
racial;
Desenvolver dança, teatro, pinturas, música e outras habilidades que aluno
tenha, ou possa a vir desenvolver.
Elaboração de maquetes, pesquisas, painéis, leitura, interpretação de textos e
filmes sobre os vários tipos de poluição do ar.
5 - Avaliação
Quando falamos em avaliação, falamos do desempenho do aluno, professores,
equipe pedagógica e todos envolvidos na organização da proposta pedagógica, que se
refere a Agenda 21. Esta avaliação desempenha funções que a legitima e a torna
314
indispensável no processo educativo. Visa principalmente a aprendizagem em
Educação Ambiental – Cidadania, Meio Ambiente e Saúde. Esta função complementa
com a função social de cada aluno e sua parcela na contribuição com relação ao meio
ambiente.
A avaliação neste sentido é um processo sistemático de obtenção e análise de
informações sobre uma realidade, que busca a compreensão dos elementos que
possibilitam uma intervenção consciente daqueles que participam visando os objetivos
de ensino e aos fins de educação. A avaliação coloca em destaque os fatos, as ações,
os resultados parciais e finais do processo educação para o meio ambiente. É um dos
recursos que contribui para a efetividade de uma proposta que tenha o sucesso dos
seus alunos como um dos seus desafios.
O projeto deve acontecer ao longo dos anos num processo contínuo de
aprendizagem. Portanto a avaliação será contínua, sendo observada mudanças de
atitudes, conscientização, colaboração e participação no desenvolvimento do projeto,
podendo ser avaliado por cada professor através de um valor numérico (nota), se assim
o desejar.
A avaliação referente a pratica pedagógica deverá acontecer
através de etapas em datas específicas e comemorativas, de acordo com
acontecimento dos eventos.
6 – Referências Bibliográficas
BRASIL. Agenda 21 Brasileira. Vinte e Um, Compromissos para o Século 21. Brasília, 2002.
CURITIBA, Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. (Rio de Janeiro-1992). Agenda 21 – Curitiba: IPARDES, 2001.
CURITIBA, Projeto 21 vai à Escola – Como Contribuir para Melhorar nossa Curitiba. Departamento de Tecnologia e difusão Educacional.
315
Departamento de Educação. Curitiba, 1998.
GRUDE, Grupo de defesa Ecológica, CREAM, Centro de Referências em EducaçãoAmbiental. Agenda 21 Escolar. Recursos Hídricos e Cidadania.Jacarepaguá/RJ.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Seminário Macrorregionais da Agenda21 Paraná. Os desafios por uma cidadania planetária. Curitiba, 2002.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.Departamento de Ensino de Primeiro Grau. DiretrizesCurriculares – versão preliminar. Curitiba, 2004.
www.ambientebrasil.com.br/composer. Agenda 21 Escolar – Implantação.Acessado em 29/03/2005.
www.unilivre.org.br/centro/experiencias/experiencias/216.html. Agenda 21Escolar. Acessado em 13/01/2004.
NOVAES, W. (Coord.); RIBAS, O.; NOVAES, P. da C. Agenda 21 Brasileira – Bases para discussão. Braslía: MMA/PNUD, 2000. 196 p.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. A Intervenção da Escola no Curso do Rio - Rio Limpo.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Núcleo Regional de Umuarama – Pólo de Cruzeiro do Oeste. Plano Estadual de Educação – Meio Ambiente. 2003.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente – Ministério da Educação. Formando Com-Vida (Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de vida na Escola). Construindo a Agenda 21 na Escola. Brasília. 2004.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente – Ministério da Educação. II Conferência Nacional Infanto-juvenil pelo Meio Ambiente. Passo a passo para Conferência do Meio Ambiente na Escola. Brasília. 2005.
Projeto Político pedagógico do Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste – 2011.
Lei 10.639/03, referente a História e Cultura Afro-brasileira e Africana.
Caderno Temático da Educação no Campo.
Lei 11.645/2008- Cultura Afro- brasileira e Indígena
316
13.2 TEATRO NA ESCOLA (ESTADUAL NO PALCO)
1 - Apresentação
Teatro é, antes de tudo, a arte de representar, por isso está ligada a autêntica e
primitiva necessidade do homem de se expressar.
O teatro é uma arte muito antiga, provavelmente tenha nascido junto com a
curiosidade do homem, desde o tempo das cavernas. Após esse período aparece com
rituais sagrados e com eles os primeiros espetáculos surgem. Na Grécia, há mais de
quinhentos anos antes de Cristo e, com as festas dionisíacas, celebradas a Dionísio,
deus da fertilidade e do vinho. Nas festividades haviam cantos, danças e
representações de sua vida. A arte teatral era tão popular na Grécia, que os teatros
podiam comportar até quinze mil espectadores. A partir daí surgiram as famosas
tragédias e comédias gregas, depois disso o teatro foi se desenvolvendo e ganhando
muitas caras e formas, com o mambembi (saltimbancos), a Commedia dell'Arte, os
“clowens” de Shakespeare, as figuras de No e Kabuki, o teatro de bonecos, os
musicais, o teatro de rua e outros.
Durante muito tempo, o teatro foi elitizado e estava presente apenas nas
grandes cidades, atualmente há projetos que visam trazer a cultura teatral para o
interior do país.
Acreditamos que o teatro deve ser uma manifestação artística próxima do povo,
que represente seus anseios, ideais, angústias, seus sentimentos em geral.
Porém o contato que nossos alunos e nossa comunidade vinha tendo com o
teatro era restrito.
Durante as aulas de Artes e Língua Portuguesa constatou que os alunos
apreciam a linguagem dramática e demonstram interesse em conhecer melhor,
assistir e atuar em peças teatrais.
Mas na sala de aula, em horário regular, não é possível trabalhar com
profundidade os aspectos da arte teatral, e ainda que assim o fosse pouco tempo
restaria para montagem de peças e para a produção delas.
317
Por isso o projeto “Estadual no Palco” vem atender aqueles alunos, que gostam e
querem dedicar ao “fazer teatral” através de estudo e montagem de peças e por
consequências beneficiam os demais alunos que apreciam a arte dramática, o jogo da
representação e preferem ser os espectadores.
Contudo o projeto “Estadual no Palco” busca o prazer da leitura e da fantasia,
retomar valores e incutir sonhos nesses jovens, dando oportunidade de fazê-los sentir
que são capazes de produzir algo bom, para que no futuro possam fazer escolhas.
O projeto se justifica por sabermos que a arte não edifica o individuo, também
não o corrompe, mas o forma por completo.
Acreditamos no potencial de nossos jovens, com e para eles mantemos o
projeto, quase sem recursos, mas com muita garra e algum apoio de pessoas que como
nós acreditam na arte.
Introduzir a linguagem teatral, como forma de conhecimento, motivação,
autocontrole, integração, reflexão de sua realidade e dos outros.
Forma de educar divertindo, interagindo com a arte e o prazer de aprender.
Oferecer o projeto de teatro como um recurso pedagógico extracurricular.
Motivar os alunos e oferecer oportunidade para que descubram seu potencial
artístico e o desenvolvam.
Conduzir o educando a refletir sobre seu meio e o mundo a sua volta, sobre a
realidade e a fantasia, sobre o seu “ego” e o respeito com o outro, o “diferente”.
Desenvolver a expressão, a criatividade, a autocrítica, a sensibilidade, o
conhecimento básico sobre o fazer teatral.
Ler, conhecer, analisar, adaptar e compor textos dramáticos.
Formar um elenco amador para a montagem de espetáculos teatrais, que serão
levados a comunidade.
Atrair as famílias para a escola.
Divulgar a arte teatral através dos espetáculos montados pelo grupo,
contribuindo assim para a formação de plateia e para a integração da escola com a
comunidade.
318
Fazer entender que todo processo artístico necessita de dedicação e disciplina.
2 – Encaminhamentos Metodológicos
Após o estabelecimento das metas a serem atingidas, o projeto de teatro
“Estadual no Palco” é desenvolvido por etapas:
Divulgação do projeto, nas salas de aula, para todos os alunos, uma vez ao
ano.
Reunião com os alunos interessados em participar do projeto, onde serão
esclarecidos as normas e o regulamento do projeto.
Oficinas de expressão corporal e vocal, ministradas semanalmente pelas
professoras coordenadoras do projeto, em contraturno.
Oficinas com profissionais especializados em dramaturgia, uma ou duas vezes
por ano.
Leitura e análise de peças teatrais.
Pesquisa e estudos sobre o teatro, desde sua origem até os dias atuais; e
sobre autores nacionais e estrangeiros, consagrados por esta arte.
Leitura e seleção de algumas peças, para que o grupo eleja aquela que irá
representar.
Leitura dramática e estudo do texto escolhido.
Seleção dos alunos que farão parte do elenco, da sonoplastia, iluminação e outras
funções.
Ensaios na escola e no salão de convenções sempre com horários
estabelecidos e combinados com o grupo.
Ensaio geral para acertos finais.
Produção do espetáculo (cenário, figurino, iluminação, sonoplastia, divulgação,
etc).
Iniciação ao trabalho de formação de plateia para o teatro... (apresentações dos
espetáculos)
319
Estreia para os pais e comunidade escolar.
Apresentações para a comunidade em geral, para escolas estaduais,
municipais e particulares desse município, em outros municípios quando solicitado
e participações em festivais de teatro amador.
Retomada dos trabalhos na escola e avaliação do grupo sempre que o
espetáculo for concluído, a fim de se estabelecer novas metas.
O projeto de teatro na escola, conta com recursos financeiros próprios, doações
de pais e da comunidade em geral. O figurino, o cenário e todos os materiais utilizados
na montagem dos espetáculos ficam guardados na escola, para outros eventos. As
oficinas são realizadas em salas de aulas adaptadas, pátio coberto e área livre. Os
ensaios ocorrem na própria escola e salão de convenções do município, onde há um
espaço mais apropriado, com palco e arquibancada. Também são realizados enquetes
que se apresentam em lugares alternativos como pátio, salas de aulas, quadras, ruas e
outros.
Todos os anos, quando realizamos a leitura das peças, não focamos apenas um
tema ou assunto, pois a literatura brasileira, passeia por várias áreas do conhecimento
e comportamento humano, oferecendo oportunidade de abordar inúmeras questões
sociais relevantes para o crescimento pessoal de nossos educandos.
O que almejamos é que nossos educandos conheçam alguns dos mais
importantes autores de teatro e de obras literárias relevantes no contexto da arte e da
dramaturgia, bem como buscamos muitas vezes incentivá-los a criar seu próprios
textos, etapa mais elaborada do projeto, onde só os educandos mais engajados é que
adquirem habilidade para tanto.
3 – Conteúdos
Assim podemos estabelecer para este ano, um plano de trabalho onde abordaremos:
Alguns autores:
- Shakespeare (vida e obra)
320
- Maria Clara Machado (vida e obra)
- Sílvia Orthof
- Chico Buarque de Holanda
- Mário Quintana
- Cecília Meireles
- Machado de Assis
Algumas teorias:
- Origem do teatro
- Histórico do teatro no Brasil e no mundo
- O teatro infantil
- As várias formas de manifestação teatral
- Tema: Imigração Japonesa no Brasil
Textos:
- Contos (lendas, fábulas, folclore)
- Poesias
- Textos dramáticos
Embora a escola possua pouco material de pesquisa, as professoras coordenadoras
já providenciarão um acervo específico para o texto um acervo específico para o teatro
e a administração do colégio tem se mostrado grande parceiro no sentido de estar
atendendo as necessidades do projeto do projeto entre outros.
A comunidade escolar é comprometida com o projeto, afinal é o pioneiro do
município e já conta com sementinhas espalhadas pelas escolas municipais que
incluíram em seus currículos aulas de teatro no contra turno (escolas de tempo
integral), pois o interesse pelo teatro tem aumentado surgindo assim demanda para a
aplicação dessa arte nas escolas.
4 - Avaliação
Cada uma das etapas do projeto são importantes e devem ser avaliadas sempre.
321
Assim que o projeto é divulgado são estabelecidas às metas, os horários das oficinas e
qual o espetáculo a ser encenado naquele período, sendo assim todo esse processo é
avaliado cuidadosamente. Em nenhum momento busca-se comparar ou classificar o
educando, mas esse é observado e orientado durante todo o processo que só é
concluído com a montagem da peça. E, nesse caso, mesmo aqueles que não estão
representando “papeis”, ou seja, atuando como um personagem na peça, devem
entender que o fazer teatral é mais do que atuar, e antes de tudo compreender seu
espaço e encontrar-se dentro dele, seja como figurante, protagonista, iluminista,
sonoplasta, produtor, divulgador ou até mesmo expectador. Um método de avaliação
eficazmente utilizado no teatro é retomar cada exercício que fora proposto e sentados
em circulo, cada participante é convidado a expor o que sentiu em relação ao exercício,
tudo isso sempre sem imposições, deixando o participante livre e a vontade, para não
comprometer a sua espontaneidade no processo.
Quando se estreia um novo espetáculo todos são avaliados, o grupo é chamado
para conversar á respeito da experiência que tiveram e, caso haja necessidade de rever
o comportamento de alguém ou mudar algumas estratégias, isso é feito pelo grupo,
com cuidado, sem julgamentos de melhor ou pior.
Com esta estratégia, o educando percebe que a avaliação realizada serve de
aprendizado, pois á partir dela que são estabelecidas às novas metas. E á através da
avaliação que podem verificar se obtiveram sucesso nos objetivos almejados.
5 – Referências Bibliográficas
KOUDELA, Ingrid Dormiem. Jogos tetrais. São Paulo: Perspectiva, 2001.
PARANÁ, Secretaria do Estado e Educação. Diretrizes Curriculares de Arte para os anos Finais do Ensino Fundamental e Para o Ensino Médio. Cutitiba. Secretaria de Estado da Educação - SEED-PR, 2008.
Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste, 2011.REVERBEL, OLGA. Oficina de Teatro. Porto Alegre. Editora Kuruap, 1993.
SPOLIN, Viola. Improvisação para o Teatro. São Paulo. Editora Perspectiva, 2006.
322
Regimento Escolar: Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste – 2008
http://www.canalkids.com.br/arte/teatro/historia.htm
http://recantodasletras.uol.com.br/resenhasdeteatro/576028
323
14. MARCO OPERACIONAL
A estrutura organizacional da escola, é composta de indivíduos que representam
diferentes segmentos necessários para seu funcionamento. Tais segmentos refletem as
interações estabelecidas com a comunidade e são imprescindíveis na organização
escolar, pois representam às instâncias colegiadas necessárias a democratização da
escola.
A garantia de acesso, permanência e sucesso passam pela conquista da
qualidade da educação e exige a participação engajada de cidadãos. O que sugere a
constante interação dessas instâncias na escola, como Conselho Tutelar,
Ministério público, Família, Conselho Escolar, Conselho de Classe, Representantes de
Turma e APMF.
Assim, este projeto representa um instrumento teórico metodológico que tem
como objetivo auxiliar no enfrentamento aos desafios do cotidiano escolar. Portanto,
em termos operacionais, as ações aqui definidas, refletem as decisões e compromisso
assumidos coletivamente para melhorar a qualidade do ensino e aprendizagem dos
alunos.
1. Avaliação/ Conselho de Classe/ Pré e Pós Conselho
1- O pré-conselho é realizado a cada bimestre pela Equipe Pedagógica, através de
fichas próprias junto ao professor na hora-atividade.
2- O Conselho de Classe não é centrado somente em notas, mas no processo de
ensino aprendizagem que foi proporcionado ao aluno. Caso esse não tenha sido
satisfatório, o Conselho discute e redireciona as práticas pedagógicas, visando sempre
a aprendizagem do aluno. O Conselho de Classe é em geral, organizado
bimestralmente com data prevista em calendário escolar.
A Direção e Equipe Pedagógica utiliza-se dos dados estatísticos das médias
bimestrais, por disciplina, para melhor redirecionar as ações pedagógicas junto aos
324
professores e alunos.
É realizada a recuperação paralela, através de retomada de conteúdos, novos
instrumentos são utilizados, para que o conteúdo não apropriado pelo aluno durante o
bimestre, tanto do valor 4,0 como do 6,0 seja alcançado. Ao final do ano letivo é
computada a média anual de cada disciplina, onde o aluno deverá atingir no mínimo 6,0
para sua progressão. Porém, se algum aluno atinge média anual inferior à essa, o
Conselho de Classe avalia o aluno como um todo, observando atentamente o processo
de recuperação que foi oportunizado e a condição de acompanhar ou não, a série
seguinte. O conselho de Classe tem o poder soberano de aprovar ou reprovar.
2. Instâncias Colegiadas e Redes de Apoio
1- A direção e equipe pedagógica contam com os professores e os alunos
representantes de turmas para observar a frequência. No caso dos alunos faltosos,
estes serão encaminhados à equipe pedagógica para que possam tomar as
providências como bilhetes, telefonemas e se necessário, o encaminhamento da FICHA
FICA ao Conselho Tutelar.
2- O Conselho Escolar em nosso estabelecimento de ensino reúnem -se
periodicamente afim de propor, acompanhar e avaliar, permanentemente, as ações
implementadas nas escolas, os programas desenvolvidos, os obstáculos encontrados e
o nível de alcance das metas, bem como, os objetivos estabelecidos no Projeto Politico
Pedagógico do Colégio.
3- Ainda não há Grêmio Estudantil neste Colégio, porém são eleitos Representantes de
turmas, que representam os direitos e deveres dos estudantes, inclusive participando
do Conselho de Classe.
4- Os alunos eleitos representantes de turma, receberão formação realizada pela
equipe pedagógica sobre direitos e deveres (Regimento Escolar) pré-conselho,
conselho de classe e pós conselho e Ficha Fica, bem como, sobre suas funções de
representante de turma. A formação é realizada em período contrário com previsão de
325
04 encontros.
5- O colégio recebe verbas do Estado ( Fundo Rotativo) e do PDDE/ FNDE para a
manutenção do colégio em geral, destinadas de acordo com as orientações dos
próprios programas.
3. Comunidade Escolar
1- Como já fora diagnosticado, que um dos problemas enfrentado pela Escola, apesar
da melhora, é a ausência dos pais. Pretende-se então, conscientizá-los buscando apoio
junto aos alunos para que os mesmos, argumentem a importância da participação dos
pais para melhorar o processo ensino aprendizagem.
2- Todo início de ano é realizada reunião com os pais e alunos das 5ª séries. E em data
diferente, reunião com os pais das 6ª, 7ª e 8ª séries para tratar de assuntos como
Sistema de Avaliação, uso do uniforme, conservação do livro didático, controle das
faltas (Ficha Fica) e divulgar os programas e atividades oferecidas pelo Colégio dentre
outros.
Na reunião com os pais e alunos das 5ª séries, além dos assuntos discriminados
acima, os filhos apresentam seus pais ou responsáveis, e a direção, apresenta a equipe
pedagógica, professores e funcionários à comunidade escolar.
Após o término da reunião dos pais das 6ª, 7ª e 8ª séries, permanece os pais e
representantes das turmas de 8ªséries para tratar de assuntos referentes a conclusão
do Ensino Fundamental.
3- São realizadas reuniões bimestrais com os pais dos alunos, professores e equipe
pedagógica para tratar do rendimento em relação ao processo ensino aprendizagem.
Procurando conciliar o horário das reuniões, às possibilidades da maioria dos pais.
4- Conversar com os alunos indisciplinados por turma, através de reuniões com a
Direção Equipe Pedagógica, professores e os próprios alunos.
5- Sempre que o colégio recebe um professor “novo” a direção e equipe pedagógica
acolhe e orienta o professor apresentando a filosofia de trabalho do colégio, o
326
regimento escolar, o Projeto Político Pedagógico, as Diretrizes Curriculares Estaduais
da disciplina quando o professor não conhece, bem como todo funcionamento do
laboratório, biblioteca entre outros. E acompanha o trabalho pedagógico do professor e
faz as intervenções quando necessário.
6- O Colégio tem como programação, reunir mães de alunos, mães professoras e mães
funcionárias no segundo sábado do mês de maio para comemorar com chá, bingo,
sorteios de prêmios, palestras, apresentações e homenagens a todas as mães.
7- Quando se faz necessário, visando a aprendizagem do aluno, os professores e ou a
equipe pedagógica convocam os pais ou responsáveis para juntos resolver a situação
em questão.
8- São promovidas atividades diversas como danças, teatro, gincanas culturais e
mostra de matemática e sempre que possível, levada ao conhecimento da comunidade
escolar, municipal e regional. Com participação em eventos internos e naqueles
oferecidos pela Secretaria de Estado da Educação - SEED.
9- Realizar uma vez no ano, preferencialmente no 1ºsemestre, a Gincana do
conhecimento, envolvendo toda a comunidade escolar.
10-São promovidos jogos, interclasses com treinamento em horário contrário, e
também participações em jogos municipais e regionais como Jeps e outros.
11- Todo trabalho desenvolvido pela escola, bem como, calendário de matrículas, feira
cultural e outros são divulgados à comunidade por meio dos alunos, imprensa local
(rádio e jornal) e igrejas.
12- A equipe de agentes educacionais ll, amparado pelo decreto nº5123/01 e
Deliberações nº09/0107/05 e 04/99- CEE reúne - se as segundas feiras no período
matutino, para estudo da Legislação, Vida legal do Aluno e do Estabelecimento de
Ensino.
4- Organização dos Espaços Escolares e Recursos Didáticos Pedagógicos
1- A utilização da quadra coberta pelos professores de Educação Física, segue
327
cronograma com aulas alternadas para garantir a igualdade de uso da mesma.
2- O laboratório de informática é utilizado pelos professores como um recurso didático
diferente para trabalhar os conteúdos estabelecidos no Plano de Trabalho Docente com
cronograma de agendamento.
3- São Promovidas condições de trabalho tornando acessíveis todos os materiais
pedagógicos e recursos, atendendo o previsto no Plano de Trabalho Docente e ou
programas, de acordo com as possibilidades do colégio.
4- Para atendimento dos alunos na biblioteca é realizado um cronograma com horário e
dia da semana para cada série.
5- Com relação à frequência dos alunos no Programa de Complementação Curricular
de Contraturno, Estadual no Palco , não há problemas, pelo contrário, a professora não
consegue atender a demanda, muitos ficam na lista de espera.
6- Quanto aos livros didáticos, é feito os quites numerados e repassados aos alunos,
mediante um termo de responsabilidade assinado pelos pais ou responsáveis, com
controle rigoroso quanto ao recebimento dos livros no final do ano. O colégio tem
obtido excelentes resultados nas devoluções dos mesmos.
7- Os livros de Literatura para os alunos da (Educação de Jovens e Adultos - EJA), são
separados por autores e temas, onde é emprestado mediante cadastro preenchido com
os dados do aluno.
8- Divulgação e incentivo a participação dos profissionais da Educação nos cursos de
formação continuada e outros, comunicando oralmente e fixando ofícios e convites no
mural do colégio.
9- A maioria dos professores utilizam a TV Pendrive como recurso didático para
trabalhar os conteúdos e temas estabelecidos no Plano de Trabalho Docente. Os
professores que dominam este recurso com mais facilidade, auxilia e orienta os demais
que apresentam maiores dificuldades. O controle da TV e as chaves são
disponibilizados pela secretaria do Colégio.
10- Diante do resultado do IDEB a comunidade escolar busca intensificar as ações
pedagógicas para melhorar o processo ensino aprendizagem, focando o trabalho na
328
leitura e resolução de problemas em todas as séries. Este ano de realização da
avaliação da Prova Brasil (2011), estamos intensificando ainda mais os trabalhos nas 8ª
séries, aplicando simulados e retomando os conteúdos não compreendidos.
11- O material de avaliação da Prova Brasil de 2007 e 2009, disponibilizado pelo MEC e
Secretaria de Estado da Educação - SEED das disciplinas de Matemática e Língua
Portuguesa, é utilizado como material de apoio nas turmas de 7ª séries.
12- Foi encaminhado à Secretaria de Estado da Educação - SEED/DAE um Ofício
nº116/09, com justificativa pedindo a construção de um anfiteatro sob o protocolo nº
10206210.8 de 25/11/09.
5- Programas/ Modalidades de Ensino
1- Com relação à Sala de Recursos Multifuncional I e Sala de Apoio à Aprendizagem, à
direção, equipe pedagógica, professores regentes e professores dos programas, realiza
no início do ano, reuniões com pais ou responsáveis para dar ciência do trabalho
desenvolvido pelos mesmos, da necessidade da frequência do aluno e o papel dos
responsáveis no acompanhamento do (a) filho (a) durante o período necessário. A
pedagoga responsável, promove elo de ligação entre direção, professores regentes,
professores dos programas, alunos e pais ou responsáveis.
2- A cada bimestre, após o conselho de classe, os professores da Sala de Apoio à
Aprendizagem, a pedagoga responsável e os professores regentes das disciplinas de
Matemática e Língua Portuguesa se reúnem para analisar os avanços dos alunos que
serão liberados, as necessidades dos que precisam continuar e dos demais que vão
ingressar.
Os conteúdos, encaminhamentos metodológicos, recursos e avaliação a serem
trabalhados nestes programas, constam no Plano de Trabalho Docente, de acordo com
a Diretriz da disciplina, Proposta Pedagógica Curricular e Projeto Político Pedagógico
do Colégio e no caso da Sala de Apoio à Aprendizagem e Sala de Recursos nas fichas
de encaminhamento dos alunos e relatório semestral respectivamente.
329
3- Os professores da Sala de Recurso Multifuncional I e Apoio à Aprendizagem
realizam um trabalho pedagógico com jogos e materiais diferenciados. Além dos jogos
existentes no colégio, os professores confeccionam outros.
4- No inicio do ano as professoras da Sala de Recursos Multifuncional I, faz um
levantamento junto às escolas municipais e estaduais para identificar os alunos
egressos de Sala de Recursos e ou Classe Especial, caso seja percebido a
necessidade do aluno, ou que venha no relatório final indicação que o mesmo,
necessita continuar o atendimento, os mesmos serão encaminhados a Sala de
Recursos Multifuncional I.
5- O trabalho desenvolvido pelas atividades do Programa de Complementação
Curricular de Contraturno, atende os alunos em período contrário, de acordo com a
Proposta Pedagógica e Plano de Trabalho Docente, sendo acompanhado pela Direção
e Equipe Pedagógica.
7- Na modalidade Educação e Adultos – EJA, o atendimento na Sala de Recursos
Multifuncional I poderá ser individual, em pequenos grupos ou junto ao professor da
disciplina em sala de aula. Serão atendidos alunos egressos de serviços especializados
da Educação Especial de acordo com as necessidades especiais: Deficiência
Intelectual, deficiência neuromotora, transtornos globais do desenvolvimento e
trnstornos funcionais específicos.
O trabalho de interação pedagógica do professor da Sala de Recursos
Multifuncional I, terá como foco conteúdos defasados bem como a leitura, escrita e
conceitos matemáticos , utilizando de avaliação e estratégias pedagógicas
diferenciadas para atender os alunos e também orientação aos professores das
disciplinas.
8- Na Educação de Jovens e Adultos, os professores e a coordenação pedagógica,
fazem o acompanhamento em relação ás faltas dos alunos através de telefonemas,
recados e até visitas pessoalmente.
330
6. Temáticas e Diversidade
1- O trabalho com relação a: Educação Ambiental, Educação do Campo, Educação
Fiscal, Sexualidade, Prevenção ao uso indevido de Drogas, Violência e Inclusão são
trabalhados, quando possível, de acordo com o previsto no Plano de Trabalho
Docente, articulados em todas as disciplinas.
2- Desenvolvimento das ações previstas em nossa Agenda 21, como palestra sobre
Meio Ambiente e qualidade de vida, com IAP e Secretaria de Agricultura e Meio
Ambiente Municipal.
3- Plantio de mudas de árvores em sítios com a parceria da Prefeitura.
4- Produção de material em data-show sobre Higiene, Dengue, Lixo Reciclável e
Cidadania para discussão e debate.
5- Confecção de painéis para exposição dos trabalhos.
6-Todo o trabalho pedagógico do colégio procura resgatar a identidade dos povos do
campo, para valorizar o seu trabalho, a sua história, o seu jeito de ser, os seus
conhecimentos, a sua relação com a natureza e como ser da natureza, enfim
procuramos valorizar todas as diversidades presentes em nosso colégio.
7- Os conteúdos referentes à História do Estado do Paraná, são trabalhados na
disciplina de história de acordo com a orientação legal Lei 13381/01.
8- O trabalho com o tema a Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena, é trabalhado no
decorrer do ano, de acordo com os conteúdos das disciplinas. Além da equipe
multidisciplinar que é organizada no sentido de subsidiar as ações pedagógicas a
serem desenvolvidas no espaço escolar, primando pelo estudo, reflexão, organização e
socialização de materiais aos professores, bem como mobilizar o trabalho a ser
desenvolvido durante o ano.
7. Organização do Trabalho Pedagógico
1- Com relação a hora atividade, o Colégio busca atender a instrução nº 02/04 para
331
que a mesma seja organizada por disciplina. No entanto, nem sempre é possível, pois
temos vários professores não lotados, com aulas extraordinárias e professores PSS.
2- Criar condições de envolvimento do aluno nas tarefas, interagindo, incentivando,
modificando e fazendo intervenções que produzem aprendizagem.
3- O Calendário escolar garante a organização do trabalho pedagógico: quanto a
carga horária prevista aos alunos, direitos de professores e funcionários às férias
consecutivas e ou alternadas. E quando necessário, a complementação da carga
horária dos 200 dias letivos é realizadas com conteúdos específicos de cada disciplina
e ou com atividades especiais envolvendo todas as áreas com a participação de toda a
e comunidade escolar.
4- Durante o ano letivo, a equipe pedagógica a pedido dos professores, agenda visitas
em eventos culturais como teatros, exposições, museu municipal, cinema e outros. Com
objetivo de enriquecer temas/ conteúdos trabalhados em sala de aula prevista no plano
de Trabalho Docente.
5- O planejamento e replanejamento do Plano de trabalho Docente, previsto em
calendário escolar, é realizado pelos professores, tendo como base as Diretrizes
Curriculares Estaduais, Proposta Pedagógica Curricular, Projeto Político Pedagógico e
Regimento Escolar.
6- A escola oferece bimestralmente encontros pedagógicos, envolvendo os
professores, funcionários, equipe pedagógica, direção e comunidade escolar para troca
de experiências das ações realizadas no decorrer daquele período. Discussão e
análise de resultados estatísticos, levantamento e previsão de possíveis soluções dos
problemas cotidianos de cada setor. Há também a participação dos funcionários no
curso Profuncionário que tem 2 horas semanais de estudo no colégio, dentro da sua
jornada de trabalho.
7- Os professores, Equipe Pedagógica e funcionários participam dos grupos de estudo
aos sábados, Núcleo Regional de Educação Itinerante e Semana pedagógica. A Equipe
Pedagógica e professores do Grupo de Trabalho em Rede (GTR), oferecidos pela
Secretaria de Estado da Educação - SEED. E os Pedagogos(as) durante o ano,
332
participa das jornadas Pedagógicas oferecida pela Equipe de Ensino do Núcleo
Regional de Educação, as quais dão suporte para trabalho pedagógico desenvolvido
no âmbito escolar.
8- Em casos de ausência de professores, por extrema necessidade, o mesmo deve
encaminhar um professor substituto pertencente ao quadro de professores do colégio,
com aula preparada, sendo comunicado com antecedência à direção e equipe
pedagógica. E nos casos em que não houver tempo hábil para encaminhar um
professor substituto, a equipe pedagógica, quando possível, atende a turma com
conteúdos/ temas relativos a avaliação, pré conselho, direitos e deveres (Regimento
Escolar), eleição de representantes de sala, Ficha FICA, temas da agenda 21, bem
como conteúdos especiais que surgem durante o ano.
9- A implementação da atividade do Professor PDE na escola, será realizada na 8ª
(oitava) série do Ensino Fundamental Regular, sendo trabalhado exercícios práticos
sobre fotografia e composições fotográficas, finalizando com uma exposição para a
comunidade dos trabalhos realizados durante a implementação do projeto. A
Complementação do mesmo será acompanhada pela direção e equipe pedagógica com
registro em relatório próprio.
8. Estágio não obrigatório:
Cabe ao pedagogo acompanhar as práticas de estágio desenvolvidas pelo aluno,
ainda que em via não presencial, para que este possa mediar a natureza do estágio e
as contribuições do aluno estagiário com o plano de trabalho docente, de forma que os
conhecimentos transmitidos sejam instrumentos para se compreender de que forma tais
relações se estabelecem histórica, econômica, política, cultural e socialmente. Cabe ao
pedagogo, também manter os professores das turmas, cujos alunos desenvolvem
atividades de estágio, informados sobre as atividades desenvolvidas, de modo que
estes possam contribuir para esta relação prática. O pedagogo responsável pelo
acompanhamento efetivo do estágio exigirá relatório periódico do estagiário e avaliará
333
suas atividades e também zelará pelo cumprimento do termo de compromisso firmado
entre as instituições.
De todo o Projeto Político Pedagógico, o Marco Operacional, seguramente é a
parte mais dinâmica, pois trata do “fazer” escolar, mas todo o Projeto Político
Pedagógico é continuamente revisto e implementado, pelo Conselho e Comunidade
Escolar, pois o processo de construção do Projeto Político Pedagógico é algo
interminável, exige constantes reflexões, principalmente sobre as finalidades da escola.
Assim deve preocupar-se com um trabalho pedagógico que desvele os conflitos e as
contradições postas pela sociedade, como já mencionamos.
Plano de Estágio não- obrigatório
Apresentação
Identificação da Instituição de Ensino
Nome do estabelecimento: Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste
Endereço: Avenida Paraná s/n
NRE: Umuarama
Identificação do Curso: Educação de Jovens e Adulto- EJA do Ensino Fundamental-
Fase II e Ensino Médio
Professor Pedagogo: Vanilda Guilherme de Lima
Justificativa
Levando em consideração os preceitos legais da Lei n° 11.788/ 2008 e da
Instrução n° 006/2009 – SUED/Secretaria de Estado da Educação - SEED que orienta e
dispõe sobre os procedimentos do estágio dos estudantes, as Instituições de Ensino da
rede estadual, obrigatoriamente, deverão prever o estágio não-obrigatório, assumido
pela instituição a partir da demanda dos alunos, desenvolvido como atividade opcional
334
para o aluno, com idade mínima de 16 anos, acrescida à carga horária regular e
obrigatória, não interferindo na aprovação e reprovação do aluno.
Considerando que “estágio como ato educativo escolar supervisionado,
desenvolvido no ambiente de trabalho, cujas atividades devem estar adequadas às
exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento cognitivo, pessoal e social do
educando, de modo a prevalecer sobre o aspecto produtivo” (INSTRUÇÃO nº 006/2009
SUED/Secretaria de Estado da Educação - SEED), seu desenvolvimento deverá
obedecer aos princípios de proteção do estudante, considerando os riscos decorrentes
de fatores relacionados ao ambiente, condições e formas de organização do trabalho.
O estágio não-obrigatório deverá contribuir assim para a formação do aluno no
desenvolvimento de atividades relacionadas ao mundo do trabalho que oportunizem
concebê-lo como ato educativo.
Objetivos do estágio
1- Possibilitar o desenvolvimento de atividades práticas que contribuam para a
formação profissional;
2- Conhecer formas de gestão e organização na realidade do mundo do trabalho,
propiciando o desenvolvimento pessoal, profissional e social do educando.
3- Proporcionar ao aluno o contato com as atividades relacionadas ao mundo do
trabalho.
4- Oportunizar experiência profissional diversificada.
5- Relacionar conhecimentos teóricos com a prática profissional a partir das
experiências realizadas.
6- Ampliar a formação profissional, através da vivência em situações reais de vida e de
trabalho em instituições públicas e privadas.
Carga-horária e período de realização de estágio não-obrigatório
335
O Estágio será realizado em horário compatível com o escolar, não podendo
exceder há 6 horas diárias e 30 horas semanais.
A jornada de estágio terá, no máximo, a seguinte duração:
1- 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de estudantes do ensino
Fundamental e Médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos;
Atividades de estágio
As atividades devem possibilitar:
1- A integração social;
2- Uso das novas tecnologias;
3- Produção de textos;
4- Aperfeiçoamento do domínio do cálculo;
5- Aperfeiçoamento da oralidade;
6- Compreensão das relações do mundo do trabalho, tais como: planejamento,
organização e realizações de atividades que envolvam rotina administrativa,
documentação comercial e rotinas afins.
Atribuições da instituição de ensino
• Realizar avaliações que indiquem se as condições para a realização do estágio
estão de acordo com as firmadas no Plano de Estágio, no Termo de
Compromisso e no relatório sobre a avaliação dos riscos.
• Observar se o número de horas estabelecidas compromete ou não o rendimento
escolar do estudante;
• Possibilitar o desenvolvimento de atividades práticas que contribuam para a
formação profissional;
• Solicitar ao responsável pela supervisão de estágio na parte concedente, sempre
336
que necessário subsídio que permita o acompanhamento e a avaliação das
atividades desenvolvidas pelo estagiário.
• Solicitar à parte concedente o Relatório de Avaliação de Riscos.
• Comunicar à parte concedente quando o estudante interromper o curso.
• Indicar Professor (Pedagogo), responsável pelo acompanhamento e avaliação
das atividades de estágio.
Atribuições Professor pedagogo:
O Professor Pedagogo precisa analisar em que medida o Plano de Estágio está
sendo cumprido:
1- No que se refere ao aluno: embora não tenha função de veto ao estágio não-
obrigatório, faz-se necessário avaliar em que medida está contribuindo ou não para o
desempenho escolar do aluno. Desta forma, o professor pedagogo precisa ter acesso a
três documentos do aluno:
• rendimento e aproveitamento escolar;
• relatório elaborado pelo aluno;
•relatório de desempenho das atividades encaminhado pela parte concedente.
2- No que se refere à parte concedente: o professor pedagogo, mediante visitas às
instituições e análise dos relatórios, tem a incumbência de avaliar as condições de
funcionamento do estágio, recomendando ou não sua continuidade.
Caso o Professor Pedagogo constate o descumprimento da legislação, deve
comunicar a irregularidade à parte concedente para adequação imediata. Quando a
parte concedente não cumprir a legislação, a instituição de ensino deve registrar em
relatório, comunicar ao aluno e seu responsável e aconselhar o estagiário para procurar
outro local de estágio.
Compete ao professor pedagogo:
Solicitar da parte concedente relatório, que integrará o Termo de
337
Compromisso, sobre a avaliação dos riscos inerentes às atividades a serem
desenvolvidas pelo estagiário, levando em conta: local de estágio, agentes físicos,
biológicos e químicos; o equipamento de trabalho e sua utilização; os processos de
trabalho; as operações e a organização do trabalho; a formação e a instrução para o
desenvolvimento das atividades de estágio;
Exigir do estudante a apresentação periódica de relatório das atividades, em
prazo não superior a 6 (seis) meses, no qual deverá constar todas as atividades
desenvolvidas nesse período.
Auxiliar o educando com deficiência, quando necessário, na elaboração de
relatório das atividades;
Esclarecer à parte concedente do estágio, o Plano de Estágio e o Calendário
Escolar;
Zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;
Acompanhar e avaliar as atividades, aferindo mediante relatório, as condições
para realização do estágio firmado no Termo de Compromisso e Plano de Estágio.
Atribuições da parte concedente
1- Proporcionar ao estudante atividades de aprendizagem social, profissional e cultural.
2- Proporcionar à Instituição de Ensino, sempre que necessário subsídio que
possibilitem o acompanhamento, a supervisão e a avaliação do Estágio.
3- Para estágio não-obrigatório, conceder Bolsa-Auxílio mensal, com base no valor/hora
referencial correspondente ao nível de escolaridade do estagiário, auxílio transporte e
eventual concessão de benefícios relacionados à saúde e segurança na forma da
legislação vigente.
4- Conceder ao estagiário recesso remunerado de 30 dias, preferencialmente durante
suas férias escolares, sempre que o estágio tenha duração igual ou superior há 12
meses, ou de maneira proporcional, quando se tratar de Estágio não-obrigatório.
5- Por ocasião do desligamento do estagiário, entregar termo de realização do estágio
338
(certificado) com indicação resumida das atividades desenvolvidas, com especificação
dos períodos e da avaliação de desempenho.
6- Fornecimento de equipamento de proteção, toda vez que as circunstâncias o
exigirem.
7- Contratar em favor do estagiário, seguro contra acidentes pessoais, cuja apólice seja
compatível com a cumprida pelos valores de mercado.
8- Encaminhar à instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 meses, relatório
das atividades, com vista obrigatória ao estagiário(a).
9- Encaminhar à instituição de ensino o relatório sobre a avaliação dos riscos do local
de estágio.
Atribuições do responsável pela supervisão de Estágio na parte concedente
1- Acompanhar o plano de atividades do estágio proposto pela parte concedente e a
instituição de ensino;
2- Tomar conhecimento do Termo de Compromisso;
3- Orientar e avaliar as atividades do estagiário em consonância com o Plano de
Estágio;
4- Preencher os relatórios de estágio e encaminhar à instituição de ensino;
5- Manter contato com o Professor Pedagogo da escola;
6- Propiciar instalações e ambientes favoráveis à aprendizagem social, profissional e
cultural dos alunos;
7- Encaminhar relatório de atividades, com prévia e obrigatória vista do estagiário, à
instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 meses.
Atribuições do estagiário
A jornada de trabalho deve ser compatibilizada com as atividades escolares, para
não comprometer a frequência às aulas e o cumprimento dos demais compromissos
339
escolares.
Cumprir com empenho e interesse, as atividades estabelecidas para seu estágio,
comunicando à parte concedente, em tempo hábil se houver impossibilidade de fazê-lo.
Elaborar e entregar à Instituição de Ensino, relatórios sobre seu estágio;
Observar e obedecer às normas internas da parte concedente e da Instituição de
ensino, bem como outras eventuais recomendações emanadas pela chefia imediata
e/ou pelo supervisor e ajustadas entre as partes.
Responder por perdas e danos decorrentes da inobservância das normas
internas ou das constantes no presente Termo.
Respeitar as normas internas referentes à segurança.
Considerando a Concepção de Estágio:
Ter assiduidade e pontualidade, tanto nas atividades desenvolvidas na parte
concedente como na instituição de ensino;
Celebrar Termo de Compromisso com a parte concedente e com a instituição de
ensino;
Respeitar as normas da parte concedente e da instituição ensino;
Associar a prática de estágio com as atividades previstas no plano de estágio;
Realizar e relatar as atividades do plano de estágio e outras, executadas, mas
não previstas no plano de estágio;
Entregar os relatórios de estágio no prazo previsto;
Avaliação do estágio:
Avaliação do estágio pela instituição de ensino são instrumentos imprescindíveis
à garantia do estágio como ato educativo.
A cada seis meses, o estagiário deverá apresentar ao Professor Pedagogo a
Ficha de Avaliação – Aluno Professor Pedagogo, indicando as atividades que realizou
na parte Compromisso se estão sendo cumpridos. No mesmo período o Supervisor de
estágio da parte Concedente deve encaminhar ao Professor Pedagogo o relatório de
atividades realizadas pelo estagiário, bem como, relatar o desempenho, assiduidade,
340
pontualidade, iniciativa, conhecimento, responsabilidade, cooperação e demais
considerações que julgar pertinentes.
A avaliação do estágio também será efetivada através do Termo de
Compromisso firmado entre a Parte Concedente, o Estudante ou seu representante
legal, e a Instituição de Ensino, o qual descreve as condições do estágio e o que
compete a cada segmento.
341
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COLÉGIO ESTADUAL CRUZEIRO DO OESTE
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
O Projeto Politico Pedagógico representa um instrumento teórico metodológico
que traz o diagnóstico e concepções tendo como objetivo traçar ações no
enfrentamento dos desafios do cotidiano escolar deste Estabelecimento de Ensino.
A Avaliação do Projeto Político Pedagógico ocorre uma vez ao ano, onde é
revisto, analisado e, quando necessário, alterado pelos professores, equipe
pedagógica, direção, funcionários, conselho escolar e APMF.
Cruzeiro do Oeste, Maio de 2012.
_______________________________
Diretora
Vanda Rocha de Jesus
356