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CONDIES TCNICAS DE APLICAO DE TECTOS FALSOS SUSPENSOS EM
GESSO CARTONADO
SANDRA MARIA MOTA FERREIRA FONTES
Dissertao submetida para satisfao parcial dos requisitos do grau de
MESTRE EM ENGENHARIA CIVIL ESPECIALIZAO EM CONSTRUES CIVIS
Orientador: Professor Doutor Jos Manuel Marques Amorim de Arajo Faria
JUNHO DE 2011
MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL 2010/2011
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
Tel. +351-22-508 1901
Fax +351-22-508 1446
Editado por
FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO
Rua Dr. Roberto Frias
4200-465 PORTO
Portugal
Tel. +351-22-508 1400
Fax +351-22-508 1440
http://www.fe.up.pt
Reprodues parciais deste documento sero autorizadas na condio que seja
mencionado o Autor e feita referncia a Mestrado Integrado em Engenharia Civil -
2010/2011 - Departamento de Engenharia Civil, Faculdade de Engenharia da
Universidade do Porto, Porto, Portugal, 2011.
As opinies e informaes includas neste documento representam unicamente o ponto de
vista do respectivo Autor, no podendo o Editor aceitar qualquer responsabilidade legal ou
outra em relao a erros ou omisses que possam existir.
Este documento foi produzido a partir de verso electrnica fornecida pelo respectivo Autor.
Condies Tcnicas de Aplicao de Tectos Falsos Suspensos em Gesso Cartonado
i
AGRADECIMENTOS
Obrigada,
por me ouvir calada,
por me suportar chateada...
Obrigada,
pela sua sabedoria
pelo seu conhecimento..
Obrigada,
pela sua fidelidade,
pela sua sincera amizade...
Obrigada,
por estar sempre presente,
quando estou to carente...
Obrigada,
por me emprestar o seu ombro,
a sua vida,
o seu abrao...
Obrigada,
por existir,
pois hoje,
isso o que me faz sorrir!!!!
Obrigada!
Professor Doutor Jos Manuel Marques Amorim de A. Faria
Antnio Duarte
Dr. Rui Oliveira
Sr. Srgio Rocha
Sr. Francisco Soares
Ana Lcia Fontes
Arq. Daniela Santos
Ana Pinto
Vnia Faria
Helena Faria
Belinha Quina
Aos meus PAIS, pelo seu amor, carinho, dedicao e pacincia!
Condies Tcnicas de Aplicao de Tectos Falsos Suspensos em Gesso Cartonado
ii
Condies Tcnicas de Aplicao de Tectos Falsos Suspensos em Gesso Cartonado
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RESUMO
A presente dissertao insere-se no programa curricular do Mestrado Integrado em Engenharia Civil Especializao Construes Civis da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, no ano
lectivo 2010/2011 e tem como objectivo principal o estudo das Condies Tcnicas de Aplicao de
Tectos Falsos em Gesso Cartonado.
A pesquisa realizada teve como objectivo principal a preparao de fichas de inspeco e ensaio
referentes execuo de trabalhos e ao controlo de materiais a aplicar em obra. Elas descrevem as
principais tarefas a ter ateno na realizao de um trabalho de fiscalizao e encontram-se divididas
em: Fichas de Recepo do Suporte, Fichas de Verificao dos Trabalhos, Fichas de Controlo de
Recepo de Materiais e Check-List de Anomalias.
Para alm das fichas, a investigao inclui ainda, a descrio de todos os materiais relacionados com a
execuo dos tectos falsos, as solues construtivas correntes e a metodologia construtiva vulgarmente
utilizada em Portugal.
A parte final do trabalho inclui um caso de estudo real, onde se apresenta o projecto de um tecto falso
em gesso cartonado e a aplicao das fichas de inspeco e ensaio elaboradas no captulo cinco. O
tecto falso em questo diz respeito a uma farmcia localizada na rea metropolitana do Porto.
Por fim, apresentam-se as principais concluses deste trabalho, onde se descrevem os objectivos
atingidos.
PALAVRAS-CHAVE: placas de gesso cartonado, solues construtivas, metodologia construtiva,
caso de estudo, inspeco e ensaio.
Condies Tcnicas de Aplicao de Tectos Falsos Suspensos em Gesso Cartonado
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Condies Tcnicas de Aplicao de Tectos Falsos Suspensos em Gesso Cartonado
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ABSTRACT
This dissertation is part of the curriculum for the integrated Masters in Civil Engineering specialization in Civil (Building) Constructions at the University of Porto in the 2010 /2011 school
year. Its main goal is to study technical conditions to apply plasterboard on suspended ceilings (The
technical application of plasterboard on false ceilings).
The surveys main purpose was to carry out a set of inspection and testing records (sheets) to check the performance on the assigned jobs and the control of the materials to be used in the building
process.
All these records (sheets) emphasize the main tasks one has to attend to on a surveillance work. They
cover the following topics: Reception of the Support, Checking the Performance (Work), Controlling
(Verifying) the Reception of Materials and Check-List for Irregularities.
The research includes not only the above mentioned records (sheets) but also the description of all the
materials used to build suspended ceilings and the most common building solutions and methods used
in Portugal.
At the end of this essay theres a real case study: the project of a false ceiling made of plasterboard and the corresponding testing records (sheets) referred to on chapter 5. This project belongs to a drugstore
(pharmacy) in the city of Porto.
And at last the major conclusions and achieved goals of this research work have also been presented.
KEY - WORDS : plasterboard, building solutions, building methods, case study, surveillance, testing.
Condies Tcnicas de Aplicao de Tectos Falsos Suspensos em Gesso Cartonado
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Condies Tcnicas de Aplicao de Tectos Falsos Suspensos em Gesso Cartonado
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NDICE GERAL
AGRADECIMENTOS ................................................................................................................................... i
RESUMO ................................................................................................................................. iii
ABSTRACT ............................................................................................................................................... v
1. INTRODUO .................................................................................................................... 1
1.1. OBJECTO, MBITO E JUSTIFICAO .................................................................................. 1
1.2. OBJECTIVOS .................................................................................................................... 2
1.3. BASES DO TRABALHO DESENVOLVIDO .............................................................................. 2
1.4. ORGANIZAO DA DISSERTAO ...................................................................................... 2
2. MATERIAIS E ACABAMENTOS....................................................................... 5
2.1. PROCESSO DE PRODUO DE PLACAS DE GESSO CARTONADO .......................................... 6
2.1.1. TRITURAO DO GESSO .................................................................................................................... 6
2.1.2. PRENSAGEM ..................................................................................................................................... 7
2.1.3. CALCINAO .................................................................................................................................... 7
2.1.4. PRODUO DE PLACAS ..................................................................................................................... 7
2.1.5. ARMAZENAMENTO, CARREGAMENTO E LOGSTICA .............................................................................. 8
2.2. CARACTERIZAO DAS PLACAS DE GESSO CARTONADO.................................................... 8
2.2.1. ASPECTO GERAL .............................................................................................................................. 8
2.2.2. DIMENSES ...................................................................................................................................... 8
2.2.3. TIPO DE BORDOS .............................................................................................................................. 9
2.2.4. PROPRIEDADES FSICAS E MECNICAS DAS PLACAS ........................................................................... 9
2.2.5. TIPOS DE PLACAS ........................................................................................................................... 11
2.3. CARACTERIZAO DOS ELEMENTOS DE SUPORTE ............................................................. 14
2.3.1. FIXAES ....................................................................................................................................... 14
2.3.2. PENDURAIS E VARES ROSCADOS .................................................................................................. 14
2.3.3. SUSPENSES ................................................................................................................................. 15
2.3.4. PERFIS METLICOS ......................................................................................................................... 15
2.3.5. PEAS E ELEMENTOS AUXILIARES ................................................................................................... 17
2.4. CARACTERIZAO DOS MATERIAIS DE ACABAMENTO ........................................................ 19
2.4.1.CARACTERIZAO DAS MASSAS ....................................................................................................... 19
2.4.2. CARACTERIZAO DAS FITAS .......................................................................................................... 20
Condies Tcnicas de Aplicao de Tectos Falsos Suspensos em Gesso Cartonado
viii
2.5. ACESSRIOS .................................................................................................................. 21
3. SOLUES CONTRUTIVAS............................................................................. 23
3.1. OBJECTO ....................................................................................................................................... 23
3.2. TECTOS CORRENTES .................................................................................................................... 23
3.2.1. TECTOS FIXOS OU DIRECTOS.......................................................................................................... 23
3.2.2. TECTOS SUSPENSOS ...................................................................................................................... 24
3.2.3. TECTOS REGISTRVEIS .................................................................................................................. 26
3.2.4. COMPORTAMENTO MECNICO ........................................................................................................ 26
3.2.5. TRATAMENTO DA CAIXAS DE AR EM TECTOS SUSPENSOS ................................................................ 26
3.2.6. ESPESSURAS MNIMAS DE ACORDO COM O TIPO DE APLICAO ....................................................... 27
3.2.7.DIMENSIONAMENTO ........................................................................................................................ 27
3.3. TECTOS ESPECIAIS ....................................................................................................................... 28
3.3.1. SISTEMAS DE PROTECO CONTRA FOGO ....................................................................................... 29
3.3.2. SISTEMAS ANTI-RADIAES ........................................................................................................... 29
3.3.3. SISTEMAS DE TECTOS DESENHADOS............................................................................................... 30
3.3.4. SISTEMAS DE ISOLAMENTO ACSTICO ............................................................................................. 30
3.4. MERCADO ...................................................................................................................................... 30
4. METODOLOGIA CONSTRUTIVA ................................................................. 35
4.1. INTRODUO ................................................................................................................................. 35
4.2. ESTRUTURA METLICA ................................................................................................................. 35
4.2.1. TECTOS CONTNUOS FIXOS ............................................................................................................ 35
4.2.2. TECTOS SUSPENSOS CONTNUOS SIMPLES ..................................................................................... 38
4.2.3. TECTOS SUSPENSOS CONTNUOS COMPOSTOS ............................................................................... 43
4.3. MONTAGEM DE PLACAS E APARAFUSAMENTO .......................................................................... 44
4.4. ACABAMENTO ............................................................................................................................... 48
4.4.1. TRATAMENTO DE JUNTAS COM FITA ................................................................................................ 49
4.4.2. TRATAMENTO DE JUNTAS SEM FITA ................................................................................................. 50
4.5. NVEIS DE ACABAMENTO .............................................................................................................. 51
4.5.1. QUALIDADE NVEL 1 (Q1) ............................................................................................................... 51
4.5.2. QUALIDADE NVEL 2 (Q2) ............................................................................................................... 52
4.5.3. QUALIDADE NVEL 3 (Q3) ............................................................................................................... 52
4.5.4. QUALIDADE NVEL 4 (Q4) ............................................................................................................... 53
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4.5.5. RECOMENDAES PARA O PROJECTO E APLICAO ......................................................................... 53
4.5.6. FASE DO PROJECTO ........................................................................................................................ 53
5. CONTROLO DA QUALIDADE ........................................................................ 55
5.1. INTRODUO .................................................................................................................................. 55
5.2. FICHAS DE CONTROLO DA QUALIDADE ........................................................................................ 56
5.3. FICHA DE RECEPO DO SUPORTE (FRS) ........................................................................ 56
5.4. FICHA DE VERIFICAO DOS TRABALHOS (FVT) ............................................................... 58
5.5. FICHA DE CONTROLO DE RECEPO DE MATERIAIS (FCRM) ................................................... 60
5.6. CHECK-LIST DE ANOMALIAS ......................................................................................................... 61
5.7. SNTESE .......................................................................................................................................... 64
6. Estudo de Caso ............................................................................................................. 65
6.1. INTRODUO .................................................................................................................................. 65
6.2. DESCRIO DO LOCAL E DA OBRA .............................................................................................. 65
6.3. PROJECTO DO TECTO FALSO ........................................................................................................ 67
6.3.1. PLANTAS ........................................................................................................................................ 67
6.3.2. MATERIAIS ...................................................................................................................................... 68
6.4. EXECUO DA OBRA .................................................................................................................... 69
6.4.1. CONTROLO DA QUALIDADE .............................................................................................................. 69
6.4.2. REPORTAGEM FOTOGRFICA........................................................................................................... 70
6.4.3. RECEPO DA OBRA - CHEK-LIST DE ANOMALIAS ............................................................................. 70
7. Concluso ............................................................................................................................ 71
7.1. AVALIAO DA REALIZAO DOS OBJECTIVOS E LIMITAES SENTIDAS ............................... 71
7.2. DESENVOLVIMENTOS FUTUROS.................................................................................................... 72
Bibliografia ................................................................................................................................ 73
Pginas da Internet .......................................................................................................... 75
Condies Tcnicas de Aplicao de Tectos Falsos Suspensos em Gesso Cartonado
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Anexos
A1 - FICHAS DE CONTROLO DA QUALIDADE (CAPTULO 5)
A2 - REPORTAGEM FOTOGRFICA COMPLETA DA - OBRA EXEMPLO (CAPTULO 6)
A3 - FICHAS DE CONTROLO DE QUALIDADE PREENCHIDAS OBRA EXEMPLO (CAPTULO 6)
Condies Tcnicas de Aplicao de Tectos Falsos Suspensos em Gesso Cartonado
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NDICE DE FIGURAS
Fig. 2.1 Placas de gesso cartonado. ..................................................................................................... 5
Fig. 2.2 Triturao do gesso .................................................................................................................. 6
Fig. 2.3 Lminas de carto contnuo ..................................................................................................... 7
Fig. 2.4 Pasta de gesso sobre lmina de papel .................................................................................... 7
Fig. 2.5 Sala de monitorizao .............................................................................................................. 7
Fig. 2.6 Paletizao e armazenamento das placas .............................................................................. 8
Fig. 2.7 Tipos de bordos das placas ..................................................................................................... 9
Fig. 2.8 Placas tradicionais ................................................................................................................. 12
Fig. 2.9 Placas transformadas............................................................................................................. 14
Fig. 2.10 Exemplos de fixaes .......................................................................................................... 14
Fig. 2.11 Exemplos de pendurais ........................................................................................................ 15
Fig. 2.12 Exemplos de suspenses simples e com amortecedor ....................................................... 15
Fig. 2.13 Perfis metlicos .................................................................................................................... 15
Fig. 2.14 Perfis especiais .................................................................................................................... 16
Fig. 2.15 Esquema tipo de ligao em cruz ........................................................................................ 17
Fig. 2.16 Pea de cruzamento de perfis e exemplo de ligao .......................................................... 17
Fig. 2.17 Pea de empalme ................................................................................................................ 18
Fig. 2.18 Parafusos auto-roscantes .................................................................................................... 19
Fig. 2.19 Parafusos auto-perfurantes .................................................................................................. 19
Fig. 2.20 Parafusos para ligao metal/metal ..................................................................................... 19
Fig. 2.21 Tipos de massas .................................................................................................................. 20
Fig. 2.22 Tipos de fitas ........................................................................................................................ 20
Fig. 2.23 Alapo ................................................................................................................................ 21
Fig. 3.1 Tectos fixos directos ............................................................................................................... 24
Fig. 3.2 Tectos suspensos .................................................................................................................. 24
Fig. 3.3 Tectos suspensos simples suspenso com varo ............................................................. 25
Fig. 3.4 Tectos simples compostos ..................................................................................................... 25
Fig. 3.5 Tectos suspensos simples com montantes ........................................................................... 25
Fig. 3.6 Fixaes de tubagens ............................................................................................................ 26
Fig. 3.7 Tratamento da caixa-de-ar e isolamento em manta .............................................................. 27
Fig. 3.8 Lafarge no mundo .................................................................................................................. 32
Fig. 3.9 Exemplo de placas do tipo PLAtec ........................................................................................ 32
Fig. 3.10 Delegaes Knauf na Pennsula Ibrica .............................................................................. 33
Condies Tcnicas de Aplicao de Tectos Falsos Suspensos em Gesso Cartonado
xii
Fig. 4.1 TCF (Corte) ............................................................................................................................ 36
Fig. 4.2 TCF (Planta) .......................................................................................................................... 36
Fig. 4.3 Fixaes de testas perimetrais/ extremos de mestras .......................................................... 37
Fig. 4.4 Aplicao de mestras testeiras em partes ou contnuas ....................................................... 37
Fig. 4.5 TSCS (Corte) ......................................................................................................................... 38
Fig. 4.6 Fixao de TSCS com e sem perfil perimetral ...................................................................... 39
Fig. 4.7 Fixao dos pendurais perpendicularmente ao suporte e estrutura .................................. 39
Fig. 4.8 Altura da caixa-de-ar ............................................................................................................. 40
Fig. 4.9 Distncia mnima das tubagens s placas de gesso ............................................................ 40
Fig. 4.10 Distncia mnima de fixao dos perfis perimetrais ............................................................ 41
Fig. 4.11 Distncia mnima de fixao entre perfis perimetrais.......................................................... 41
Fig. 4.12 Interrupo do perfil perimetral situao incorrecta ......................................................... 41
Fig. 4.13 Continuidade dos perfis com e sem pea de empalme ..................................................... 42
Fig. 4.14 Distncia parede do perfil secundrio .............................................................................. 43
Fig. 4.15 Fixao da estrutura secundria primria ........................................................................ 44
Fig. 4.16 Aparafusamento das placas de gesso ................................................................................ 45
Fig. 4.17 Fixao correcta dos parafusos .......................................................................................... 45
Fig. 4.18 Distncia mnima entre parafusos ....................................................................................... 46
Fig. 4.19 Distncia mnima de aplicao de parafusos (com e sem perfil perimetral) ....................... 46
Fig. 4.20 TCF com 2 placas de gesso (posicionamento das juntas) ................................................. 47
Fig. 4.21 TSCS com 2 placas de gesso (posicionamento das juntas) ............................................... 47
Fig. 4.22 Junta de dilatao para armaduras de iluminao.............................................................. 47
Fig. 4.23 Fixao de mestras testeiras (Planta) ................................................................................. 48
Fig. 4.24 Fixao de testas contnua (Planta) .................................................................................... 48
Fig. 4.25 Cruzamento de juntas ......................................................................................................... 50
Fig. 4.26 Tratamento da junta ............................................................................................................ 50
Fig. 5.1 Excerto do cabealho das fichas .......................................................................................... 56
Fig. 5.2 Excerto da Ficha de Recepo do Suporte ........................................................................... 56
Fig. 5.3 Ficha de Recepo do Suporte ............................................................................................. 57
Fig. 5.4 Excerto da Ficha de Verificao dos Trabalhos .................................................................... 58
Fig. 5.5 Ficha de Verificao dos Trabalhos ...................................................................................... 59
Fig. 5.6 Excerto de um Plano de Inspeco de Recepo ................................................................ 60
Fig. 5.7 Ficha de Controlo de Recepo de Materiais ....................................................................... 61
Fig. 5.8 Cablagem apoiada directamente na placa de gesso cartonado ........................................... 62
Condies Tcnicas de Aplicao de Tectos Falsos Suspensos em Gesso Cartonado
xiii
Fig. 5.9 Check-List de Anomalias........................................................................................................ 63
Fig. 6.1 Planta do rs-do-cho ............................................................................................................ 66
Fig. 6.2 Planta da cave ........................................................................................................................ 66
Fig. 6.3 Imagens 3D da zona de pblico ............................................................................................. 67
Fig. 6.4 Planta do tecto falso visto pelo exterior ................................................................................. 68
Fig. 6.5 Planta do tecto falso visto pelo interior .................................................................................. 68
Fig. 6.6 Diversos materiais aplicados em obra ................................................................................... 60
Fig. 6.7 Diversas fotografias da execuo da obra ............................................................................. 70
Condies Tcnicas de Aplicao de Tectos Falsos Suspensos em Gesso Cartonado
xiv
Condies Tcnicas de Aplicao de Tectos Falsos Suspensos em Gesso Cartonado
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NDICE DE QUADROS (OU TABELAS)
Quadro 2.1 Caractersticas fsicas e mecnicas das placas de gesso cartonado. ............................. 10
Quadro 2.2 Tipos de placas transformadas ........................................................................................ 13
Quadro 3.1 Recomendaes desejveis de acordo com o tipo de placa ........................................... 28
Quadro 4.1 Tipos de fixaes em funo do suporte (TCF) ............................................................... 36
Quadro 4.2 Tipos de fixaes em funo do suporte (TSCS) ............................................................ 38
Quadro 4.3 Comprimentos dos parafusos .......................................................................................... 46
Condies Tcnicas de Aplicao de Tectos Falsos Suspensos em Gesso Cartonado
xvi
Condies Tcnicas de Aplicao de Tectos Falsos Suspensos em Gesso Cartonado
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SMBOLOS E ABREVIATURAS
BA Bordos Afinados
BB Bordos Biselados
BC Bordos Quadrados
BR Bordos Redondos
BSR Bordos Semi-Arredondados
BSRA Bordos Semi-Arredondados Afinados
BV Barreira Vapor
C Conforme
CLA Check-List de Anomalias
FCRM Ficha de Controlo de Recepo de Materiais
FRS Ficha de Recepo do Suporte
FVT Ficha de Verificao dos Trabalhos
LR L de Rocha
LV L de Vidro
NC No Conforme
PGC Placa de Gesso Cartonado
PTC Perfil de Tecto Contnuo
RX Raio-X
STD Standard
TCF Tectos Contnuos Fixos
TNC Tratamento da No Conformidade
TSCC Tectos Suspensos Contnuos Compostos
TSCS Tectos Suspensos Contnuos Simples
XPE Expandido
XPS Extrudido
Condies Tcnicas de Aplicao de Tectos Falsos Suspensos em Gesso Cartonado
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Condies Tcnicas de Aplicao de Tectos Falsos Suspensos em Gesso Cartonado
1
1 INTRODUO
1.1. OBJECTO, MBITO E JUSTIFICAO
Hoje em dia, o gesso cartonado aplicado em diversas situaes, sejam obras de restauro ou obras
realizadas de raiz. J no se recorre ao gesso cartonado, apenas como uma forma rpida de resoluo
de questes pontuais, mas sim, como um material que faz parte de um todo e usado em muita larga
escala.
usado normalmente em obras de interior, devido sua reduzida resistncia em contacto com gua,
resultando da a expresso obras a seco, designao vulgarmente utilizada pelos fabricantes de gesso
cartonado, para caracterizarem este tipo de sistemas.
Com a crescente necessidade de conforto, o mercado viu-se obrigado a atender a vrias questes, que
at h pouco pareciam ser desvalorizadas, desenvolvendo uma panplia de solues construtivas e
tecnolgicas, que visam acima de tudo assegurar as necessidades correntes do dia-a-dia.
Veja-se o caso das habitaes, onde h uma necessidade crescente na melhoria das exigncias
acsticas. Os rudos oriundos dos vizinhos ou das zonas de passagem comuns do edifcio, os rudos
das condutas e cisternas e as manifestaes meteorolgicas (chuva, vento e granizo) que incidem sobre
os telhados, provocam incmodos, principalmente noite, nas zonas de descanso.
A necessidade de proteco contra o vapor de gua em zonas hmidas, como o caso de casas de
banho e cozinhas, o isolamento trmico e a resistncia ao fogo, integram tambm, um conjunto de
preocupaes que mereceram a criao de solues que minimizem os seus efeitos negativos.
Aliada componente tcnica, temos ainda a questo esttica, que no foi deixada ao acaso. Foram
criadas solues para revestimentos de tectos, que visam assegurar o compromisso funcionalidade
versus decorao, possibilitando a aplicao de iluminao, sistemas elctricos e saneamento.
Nesse contexto, o presente trabalho, intitulado de Condies Tcnicas de Aplicao de Tectos Falsos
Suspensos em Gesso Cartonado, pretende apresentar as diversas tecnologias disponveis quer no
mercado portugus, quer no mercado europeu, bem como definir um conjunto de normas, regras e
cdigos de boas prticas inerentes fabricao e aplicao deste tipo de sistemas construtivos.
Condies Tcnicas de Aplicao de Tectos Falsos Suspensos em Gesso Cartonado
2
1.2. OBJECTIVOS
Os objectivos principais desta dissertao so:
Apresentar uma lista de materiais e acabamentos disponveis no mercado portugus, de acordo
com as normas associadas a cada um;
Descrever todas as solues construtivas disponveis para a execuo de tectos falsos em gesso
cartonado correntes e especiais;
Descrever sucintamente o mercado portugus e europeu no domnio estudado;
Apresentar a metodologia construtiva correntemente utilizada quer para tectos falsos contnuos
fixos quer para tectos falsos suspensos;
Elaborar fichas de inspeco e ensaio de trabalhos e materiais, assim como uma check-list de
anomalias;
Apresentar um estudo de caso, aplicando todos os conceitos, normas e mtodos desenvolvidos
at ento e devidamente enquadrado em termos de projecto e ilustrado atravs de reportagem
fotogrfica.
1.3. BASES DO TRABALHO DESENVOLVIDO
Este trabalho foi desenvolvido, tendo por base diversas pesquisas e documentos relacionados com o
tema.
Destacam-se os seguintes documentos:
Documentao tcnica, comercial e corporativa de empresas que comercializam e fabricam
gesso cartonado e acessrios (atravs de acesso WEB);
Consulta de catlogos;
Contacto directo com fornecedores e instaladores;
Bibliografia bsica sobre gesso cartonado;
Trabalhos realizados na FEUP no mbito da disciplina de Tecnologias de Sistemas
Construtivos;
Normas relacionadas com a produo de placas de gesso cartonado e a execuo dos trabalhos
(EN 520:2004+A1 e DTU 58.1).
1.4. ORGANIZAO DA DISSERTAO
Este trabalho encontra-se dividido em sete captulos e um anexo.
No primeiro captulo feita uma breve introduo, onde se define o tema base da dissertao e os
objectivos estabelecidos.
A descrio dos materiais que fazem parte de um sistema de tectos falsos em gesso cartonado, como as
placas, perfis, massas, fitas, parafusos e acessrios efectuada no segundo captulo.
O terceiro captulo diz respeito apresentao das diversas solues construtivas correntes e
descrio sumria do mercado.
Condies Tcnicas de Aplicao de Tectos Falsos Suspensos em Gesso Cartonado
3
O quarto captulo, apresenta de uma forma exaustiva a metodologia construtiva aplicada na construo
de tectos falsos em gesso cartonado, desde a fase de implantao da estrutura at fase de
emassamento das juntas e placas.
O quinto captulo refere-se ao controlo da qualidade, materializado atravs da elaborao de fichas de
recepo do suporte, fichas de verificao dos trabalhos, fichas de controlo de recepo de materiais e
check-list de anomalias.
O sexto captulo diz respeito aplicao prtica dos conceitos e mtodos investigados, concretizada
atravs de um estudo de caso real.
Para finalizar, no stimo captulo resumem-se os principais resultados obtidos e algumas propostas de
desenvolvimentos futuros para a execuo de tectos falsos em gesso cartonado.
A dissertao inclui ainda um anexo com uma reportagem fotogrfica sinttica da obra exemplo, mais
detalhadamente descrita no captulo seis, bem como todas as fichas de Inspeco e Ensaio produzidas
no mbito desta dissertao, na sua verso no preenchida e como resultado da sua aplicao ao caso
de estudo.
Condies Tcnicas de Aplicao de Tectos Falsos Suspensos em Gesso Cartonado
4
Condies Tcnicas de Aplicao de Tectos Falsos Suspensos em Gesso Cartonado
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2 MATERIAIS E ACABAMENTOS
O gesso um material muito utilizado na construo devido s suas propriedades de aderncia. um
bom isolante trmico e acstico. Possui uma baixa condutibilidade trmica e um bom desempenho
acstico. incuo e extremamente fcil de trabalhar.
O gesso um material ecolgico em todas as suas fases de aproveitamento, desde a minerao da
gipsita, sua matria-prima, at aplicao final nos sistemas de construo a seco.
Fig. 2.1 - Placas de gesso cartonado
Uma das configuraes mais utilizadas em todo o mundo
sob a forma de placas, compsito gesso - carto e
respectivos mtodos construtivos, destacando-se de seguida,
as suas principais vantagens em relao aos sistemas
convencionais:
Leveza As paredes e os tectos de gesso cartonado so muito leves. Enquanto uma parede de
tijolos comuns com aproximadamente 10 cm de espessura pesa entre 155 e 165 kg/m2, uma parede em
gesso cartonado da mesma espessura pesa menos de 25 kg/m2;
Resistncia a impactos - O gesso cartonado resiste aos impactos normais de uso do dia-a-dia,
porm, impactos de objectos ou elementos com pontas podem provocar danos superficiais, como
riscos e perfuraes, similares aos que causariam nas paredes comuns;
Conforto ambiente - O gesso tem uma propriedade natural muito interessante, ou seja actua
como regulador, mantendo o grau de humidade em equilbrio. Por outras palavras, retira humidade do
ar, quando esta est elevada e devolve-a quando o ar est seco, atenuando as variaes da humidade.
Resumindo, mantm o equilbrio hidromtrico relativamente humidade ambiente, criando uma
atmosfera saudvel e agradvel;
Conforto trmico - A utilizao de l mineral e outros isolantes trmicos no interior de paredes,
tectos e revestimentos promove o conforto trmico nos ambientes;
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6
Rpida execuo - A simplicidade de execuo uma das maiores vantagens da construo a
seco. Um tecto pode ser instalado em muito menos tempo (apenas algumas horas) do que um tecto
executado com sistemas convencionais;
Execuo simplificada de instalaes elctricas e hidrulicas - Ao contrrio do que ocorre
com a construo em alvenaria convencional, no necessrio abrir roos para execuo de pequenos
reparos ou ampliaes em redes elctricas ou hidrulicas;
Qualidade de acabamento - As paredes, os revestimentos e os tectos apresentam nivelamento
superficial, o que permite que, imediatamente aps a sua instalao, recebam pintura ou outro tipo de
acabamento;
Ausncia de resduos e desperdcios - A construo mais limpa, reduzindo drasticamente o
entulho.
Nesta dissertao, iremos debruar-nos apenas sobre as questes relacionadas com tectos falsos em
gesso cartonado, mais concretamente nos sistemas correntes e sistemas especficos como o caso da
absoro acstica, isolamento trmico, proteco contra fogo e humidade.
2.1. PROCESSO DE FABRICAO DE PLACAS DE GESSO CARTONADO
As placas de gesso cartonado obtm-se em fbricas automticas, atravs de um processo contnuo de
laminao, com produo contnua. Apresentam comprimentos, larguras e espessuras standardizadas,
sendo que as mais usuais so 1.20m de largura e 3.0m de comprimento.
Este processo envolve vrias fases, que passamos a descrever:
Triturao do gesso;
Prensagem;
Calcinao;
Produo das placas;
Armazenamento, carregamento e logstica;
2.1.1. TRITURAO DO GESSO
O minrio gipsita extrado de jazidas seleccionadas que
garantem o grau de pureza mnima adequada ao padro de
qualidade. Aps a extraco da pedra do gesso, a matria-
prima base, introduzida em tremonhas, depois triturada
mecanicamente, atingindo mximos de 35mm. A triturao do
gesso realizada custa de moinhos de impacto e de
mandbulas.
Em seguida armazenado em silos. Para alm do
armazenamento, os silos permitem tambm a homogeneizao
das variaes da qualidade do gesso.
Fig. 2.2 - Triturao do gesso
Fonte: www.knauf.es
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7
2.1.2. PRENSAGEM
Na zona de prensagem, o gesso submetido a uma compresso entre cilindros e um prato de
prensagem, que reduz o seu tamanho progressivamente at uns 200 microns, tamanho indicado para a
calcinao (remoo das molculas de gua atravs de calor).
As instalaes de triturao e prensagem trabalham em depresso, pelo que no existe sada de p,
nem de ar para o exterior. O p existente arrastado por uma corrente que passa atravs de uns filtros
que retm o p, deixando passar apenas o ar limpo para o exterior.
2.1.3. CALCINAO
Atravs da calcinao, o gesso aquecido at uma temperatura de 160C durante cerca de 30 minutos.
A adquire a propriedade hidrulica, ou seja, amassado com gua torna-se duro passados alguns
minutos. esta propriedade que permite a fabricao do gesso em placas.
2.1.4. PRODUO DE PLACAS
Depois de calcinado, ao gesso em p acrescentado gua e aditivos, que formam uma pasta que
solidifica ao fim de poucos minutos. Esta pasta introduzida de forma automtica e em processo
contnuo entre duas lminas de carto, atravs da maquinaria da linha de produo.
Fig. 2.3 - Lminas de papel contnuo
Fonte: www.rfbengesso.com.br
Fig. 2.4 - Pasta de gesso sobre lmina de papel
Fonte: www.rfbengesso.com.br
A sala de controlo como que o crebro da
fbrica, onde todo o processo fabril
integrado, desde a alimentao das matrias-
primas at paletizao das placas. Tudo
monitorizado e continuamente ajustado. A
tecnologia de ponta instalada no s optimiza o
fluxo produtivo, como tambm assegura a
qualidade.
Fig. 2.5 - Sala de monitorizao
Fonte: www.rfbengesso.com.br
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Uma vez formado e endurecido, o tapete de gesso cartonado cortado em placas nos comprimentos
programados e seco num secador de doze estgios, responsvel pela eliminao da gua excedente
existente nas placas e onde se conclui tambm o processo de aderncia papel/miolo de gesso.
Ao deixar o secador, as placas so transferidas para o acabamento, onde so esquartejadas,
identificadas e paletizadas.
2.1.5. ARMAZENAMENTO, CARREGAMENTO E LOGSTICA
Aps terminado o processo de fabrico, as paletes de placas passam para o armazm de produto
acabado.
Fig. 2.6 - Paletizao (esquerda) e armazenamento das placas (direita) Fonte: www.rfbengesso.com.br
2.2. CARACTERIZAO DAS PLACAS DE GESSO CARTONADO
O gesso cartonado apresenta-se sob a forma de placas de forma rectangular, com dimenses e
espessuras variveis. As placas so um produto composto por um ncleo envolto de gesso,
intimamente ligado a duas pelculas de origem celulsica.
As placas so fabricadas de acordo com o processo de laminao regulamentado pela Norma UNE
102.023, por exemplo.
A alma da placa pode conter aditivos, que so incorporados durante o processo de fabricao, como
por exemplo endurecedores, espumas, fibras minerais e vegetais, que conferem propriedades
especficas e melhoradas ao produto final, originando assim a grande variedade de produtos que o
mercado dispe.
Segundo a Noma UNE 102.023, as placas so caracterizadas com base nas seguintes caractersticas
fsicas, que passamos a descrever.
2.2.1. ASPECTO GERAL
As placas dispem de duas faces, superior ou cara e inferior ou dorso, constitudas por duas pelculas
de origem celulsica, que no devem apresentar manchas nem amolgaes, assim como abrases ou
laceraes.
2.2.2. DIMENSES
Tomemos como dimenses, o comprimento da placa ou dimenso longitudinal, a largura e a
espessura. A dimenso longitudinal varia entre 2000mm e 3600mm, sendo admitidos desvios na
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ordem dos 100mm. A largura apresenta geralmente os valores de 600, 625, 900, 1200 e 1250mm. As
espessuras mais frequentes so 6, 6.5, 9.5, 12.5 e 15mm, no sendo admitidas espessuras inferiores a
6mm. Para o caso de espessuras superiores a 15mm, estas tero que obedecer aos critrios
estabelecidos na norma UNE 102.023, por exemplo.
Geralmente, as placas com 6 mm de espessura so usadas apenas, para fins decorativos.
2.2.3. TIPOS DE BORDOS
As placas tm diferentes tipos de bordos em funo da sua aplicao final, conforme se pode verificar
nas imagens seguintes.
Fig. 2.7 - Tipos de bordos das placas
2.2.4. PROPRIEDADES FSICAS E MECNICAS DAS PLACAS
As principais caractersticas e propriedades das placas, esto indicadas no quadro 2.1, seguidamente
apresentado.
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Quadro 2.1- Caractersticas fsicas e mecnicas das placas de gesso cartonado
Peso
O valor mdio da
densidade da
generalidade das placas
produzidas na Europa
varia entre 750 e
800Kg/m, podendo ser
de 1000 Kg/m nas
placas de caractersticas
especiais.
Peso aproximado das placas Tipo A ou STD
Espessura Peso m2
6.5 5.25
9.5 7.7
12.5 9.7
15 11.7
19 15.7
Estabilidade e
Durabilidade
As placas de gesso so 100% naturais e inorgnicas e conservam-se
indefinidamente em instalaes adequadas utilizao pretendida. So
estveis fsica e quimicamente e tm um coeficiente de dilatao linear de
15x10-6
m/mC, que deve ser tido em considerao nas grandes superfcies
contnuas.
Res
ist
nci
a e
Fle
xib
ilid
ad
e
Resistncia
Flexo
A carga mdia de rotura,
determinada segundo
ensaio especificado na
norma UNE 102.035,
no deve ser inferior aos
valores apresentados na
norma UNE 102.023 e
so os seguintes:
Espessura
(mm)
Carga de Rotura
Sentido longitudinal - A
(N)
Carga de Rotura
Sentido Transversal - B
(N)
6.5 280 100
9.5 400 160
12.5 550 210
15 650 250
19 817 319
Outras espessuras 43 x t 16,8 x t
t representa a espessura nominal em mm.
Resistncia
ao Choque
Quando submetida a um impacto de 2.5 J, no apresenta nem ruptura, nem
fissurao e a marca deixada no poder ter um dimetro superior a 20mm
em placas do tipo A ou STD e menor que 15mm em placas do tipo AD.
Curvatura
De acordo com o tipo e espessura, as placas de gesso possuem um raio de
curvatura natural que oscila entre os 600 e os 1500mm. Exemplos:
Espessura igual a 6.5mm, raio maior ou igual a 600mm
Espessura igual a 9.5mm, raio maior ou igual a 1000mm
Espessura igual a 12.5mm, raio maior ou igual a 1300mm
Condutividade Trmica = 0,18 W/m oC (0,16 Kcal/h.m.
oC)
Classificao ao Fogo
As placas de gesso so compostas por mineral inerte e incombustvel. A
Norma UNE 23-727-90 define-as como material no inflamvel, isto M1
ou A2 s1 d0 (B) .
Isolamento Acstico
A elevada densidade de uma placa de gesso aliada sua baixa espessura,
provoca o efeito de membrana face fonte emissora do som. As placas
associadas a isolamentos, devidamente dimensionados e executados,
permitem obter solues de condicionamento e isolamento acstico
altamente eficientes.
Higroscopicidade
Quer as caractersticas das faces celulsicas, quer da alma, permitem a
absoro da gua em excesso at ao equilbrio com o ambiente regulando de
forma natural o conforto termo - higromtrico.
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11
2.2.5. TIPOS DE PLACAS
A descrio dos vrios tipos de placas que abaixo apresentamos, tem por base a norma europeia
EN520:2004+A1.
a) Placas Tradicionais
So concebidas numa mesma linha de produo, com variaes ligeiras ao nvel do processo de
fabrico e dividem-se nos seguintes tipos apresentados de seguida.
a1) Placa tipo A ou STD
Placa de gesso cartonado formada por duas lminas de papel com gesso de alta qualidade no interior.
Normalmente apresenta a face superior cor bege, e a inferior cor cinza. Os bordos longitudinais so
afinados e os transversais so quadrados.
a placa de uso geral, recomendada para zonas interiores e sem especificaes especiais.
a2) Placa tipo A ou STD 4BA
Placa com todas as caractersticas da Placa STD, exceptuando o acabamento dos bordos. A Placa STD
4BA possui os 4 bordos afinados.
a3) Placa tipo H
Placa de gesso cartonado formada por duas lminas de papel com gesso de alta qualidade no interior,
tratada com um agente hidrofugante para diminuir a absoro da gua. Geralmente apresenta a face
superior cor verde-claro, e a inferior cor cinza. Os bordos longitudinais so afinados, e os
transversais so quadrados.
Adequada para ambientes hmidos e sujeitos ao ar livre.
Caractersticas principais deste tipo de placas:
Absoro de gua superficial
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12
a5) Placa tipo F
A placa tipo F formada por duas lminas de papel com gesso de alta qualidade no interior, reforada
com fibra de vidro para melhorar a reaco ao fogo da alma do gesso. Geralmente apresenta a face
superior cor rosa, e a inferior cor cinza. Os bordos longitudinais so afinados, e os transversais so
quadrados.
Adequada para zonas onde se necessrio uma maior resistncia ao fogo.
Os produtos com base em gesso so inorgnicos e incombustveis. Para alm da alta resistncia ao
fogo que naturalmente o gesso possui, as placas resistentes ao fogo, contm retardadores de chama na
sua frmula.
a6) Placa tipo M0
Placa de gesso especial, visto ser uma placa completamente ignfuga. Numa das faces possui uma fina
cobertura de fibra de vidro incombustvel, ao mesmo tempo que no seu interior possui tambm fibras
de vidro agrupadas entre si, formando uma espcie de armadura, o que lhe confere uma qualidade
superior.
Todas as placas de gesso cartonado esto classificadas no mnimo como material M1 (No
inflamvel), segundo ensaios realizados de acordo com a norma UNE 23-727-90.
Fig. 2.8 Placas tradicionais
b) Placas Transformadas
Entende-se como placas transformadas todo o tipo de placa qual incorporada aps a sua fabricao
uma configurao especial base de cortes, perfuraes, ou at uma determinada curvatura. Podem
apresentar tambm, diferentes tipos de decoraes.
As placas transformadas subdividem-se em placas laminares, com isolamento e especiais, conforme se
pode verificar no quadro 2.2.
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13
Quadro 2.2 - Tipos de placas transformadas
PLACAS TRANSFORMADAS
Laminares
Apenas a espessura da placa afectada,
por colocao de elementos laminares
diferentes da sua constituio base, que
apenas afectam a sua espessura.
Placa BV
colocada uma lmina especial que
funciona como barreira vapor, no dorso
da placa tipo A ou Standard.
Placa RX
Placa do tipo A ou STD, qual se
incorpora no dorso uma lmina de
chumbo, para blindagem radiolgica
(radioproteco).
Placa VTR
Placa do tipo A ou STD, qual se
incorpora uma lmina de PVC de
diversas cores para as diferentes
configuraes de tectos registrveis.
Placa PVP Placa idntica VTR, mas aplicada
apenas em paramentos verticais.
Com Isolamento
So incorporados painis de diferentes
tipos e espessuras
Placa XPE
Placa do tipo A ou STD, qual se
incorpora no dorso uma placa de
poliestireno expandido, de diferentes
espessuras. Usada para isolamento
trmico.
Placa XPS
Placa do tipo A ou STD, qual se
incorpora no dorso uma placa de
poliestireno extrudido, de diferentes
espessuras. Usada para isolamento
trmico.
Placa LR
Placa do tipo A ou STD, qual se
incorpora no dorso uma placa de l de
rocha, de diferentes espessuras. Usada
para isolamento trmico e acstico.
Placa LV
Placa do tipo A ou STD, qual se
incorpora no dorso uma placa de l de
vidro, de diferentes espessuras. Usada
para isolamento trmico e acstico.
Especiais
As placas so sujeitas a cortes, perfuraes
e at dobragens.
Placa Perfurada
Placa do tipo A ou STD, sujeita a
perfuraes e ranhuras, usadas para
tratamento acstico local.
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14
Fig. 2.9 Placas transformadas
Fonte: www.lafarge.com
2.3. CARACTERIZAO DOS ELEMENTOS DE SUPORTE
Existem diversos elementos de suporte que tm como principal funo o apoio da placa e a absoro
de tenses dos elementos prprios, sem qualquer suporte de carga no exterior. Estes elementos
dependem tambm do tipo de tecto a utilizar.
Os elementos de suporte esto divididos em:: Fixaes; Vares Rocados; Suspenses, Perfilaria
Metlica; Elementos Auxiliares.
2.3.1. FIXAES
So elementos de unio entre perfis, pendurais e peas de suspenso estrutura portante. Existem
diferentes tipos dependendo da natureza do suporte.
Fig. 2.10 Exemplos de fixaes
2.3.2. PENDURAIS E VARES ROSCADOS
So elementos metlicos pr-fabricados que se se fixam superiormente estrutura portante atravs das
peas descritas anteriormente e inferiormente suportam a estrutura primria dos tectos, directamente
ou atravs de peas de suspenso.
Devem ser colocados no centro de gravidade do perfil de apoio e so regulveis em comprimento para
nivelar a estrutura.
Condies Tcnicas de Aplicao de Tectos Falsos Suspensos em Gesso Cartonado
15
Fig. 2.11 Exemplos de pendurais
2.3.3. SUSPENSES
So peas utilizadas na ligao da estrutura primria aos pendurais. Devem situar-se no centro de
gravidade dos perfis a suportar. Existem peas de suspenso que possuem tambm funo de pendural
ou at de fixao. Algumas suspenses incluem elementos amortecedores.
A escolha das suspenses feita em funo da natureza dos suportes e da altura do tecto que se deseja
obter.
Os dispositivos de suspenso (suspenses e perfis) devem receber sem deformao as cargas de
trabalho: peso prprio do tecto (placas e estrutura).
Fig. 2.12 Exemplos de suspenses simples (esquerda) e com amortecedor (direita)
2.3.4. PERFIS METLICOS
Toda a estrutura metlica que serve de suporte s
placas de gesso cartonado, composta por perfis
de chapa de ao galvanizado do tipo DX51D,
revestimento Z-275 e espessuras com valores
nominais iguais a 0.6mm ( 0.05mm) para a
estrutura primria e secundria e 0.55 mm (
0.05mm) para a estrutura perimetral.
Fig. 2.13 Perfis metlicos
A estrutura metlica dos tectos suspensos contnuos com placas de gesso cartonado, agrupa-se em
estrutura primria, secundria e perimetral como a seguir melhor se explica.
Condies Tcnicas de Aplicao de Tectos Falsos Suspensos em Gesso Cartonado
16
a) Estrutura Primria
A que liga ao suporte existente, ou seja no caso dos tectos falsos laje de tecto, atravs de pendurais e
fixaes e no caso de existirem at suspenses.
b) Estrutura Secundria
a esta estrutura que se aparafusam directamente as placas de gesso cartonado. Est unida estrutura
primria atravs de peas especiais de cruzamento em nmero suficiente para proporcionar o seu
correcto nivelamento. Nestas ligaes no permitido o uso de parafusos.
c) Estrutura Perimetral
Tem como funo base delinear o permetro do tecto e serve como o arranque do mesmo.
d) Elementos fundamentais das estruturas primria e secundria
d.1) Montantes
Elementos metlicos em forma de C, onde so aparafusadas as placas, utilizados normalmente como
estrutura primria.
d.2) Mestras
So elementos de suporte em forma de , utilizados na construo dos tectos fixos. Podem ter
larguras variveis, mas as mais usuais so: 70, 72, 80, 82, 90 e 95mm.
d.3) Perfis de Tectos Contnuos
Perfis em forma de U, utilizados como estrutura primria nos tectos contnuos, atravs de forquilhas.
As larguras mais usadas so: 47 e 60mm.
d.4) Perfis Primrios Especiais
So perfis com uma configurao diferente, dotados de reentrncias ou formas especiais de tal forma
que se encaixam perfeitamente nos perfis que compem a estrutura secundria.
Fig. 2.14 Perfis especiais
Condies Tcnicas de Aplicao de Tectos Falsos Suspensos em Gesso Cartonado
17
e) Elementos fundamentais da estrutura perimetral
e.1) Canais
So elementos horizontais em forma de U, que servem de ponto de partida e fecho lateral do tecto e
cujas larguras mais correntes so: 20, 30, 36, 48, 70, 90, 125 e 150mm.
e.2 )Angulares
So elementos horizontais em forma de L, e possuem as mesmas funes dos canais e cujas
dimenses mais correntes so: 24x24, 20x30, 24x30e 34x23 mm.
2.3.5. PEAS E ELEMENTOS AUXILIARES
Existem diversos tipos de peas, que fazem o interface entre a estruturas primria, secundria e
perimetral, que vulgarmente se denominam de elementos auxiliares, e podem ser do tipo:
a) Ligaes em Cruz
So peas utilizadas na ligao dos perfis da estrutura secundria estrutura primria. Podem ser
colocadas ou no, ao mesmo nvel da estrutura primria. Existem peas que incorporam nelas prprias
peas de suspenso.
Fig. 2.15 Esquema tipo de ligaes em cruz
Fig. 2.16 Pea para cruzamento de perfis (esquerda) e exemplo de ligao (direita)
Condies Tcnicas de Aplicao de Tectos Falsos Suspensos em Gesso Cartonado
18
b) Peas Auxiliares
So diferentes elementos metlicos, com funes diversas, que so normalmente utilizados para
assegurar a correcta montagem dos tectos, como por exemplo, a pea de empalme.
Fig. 2.17 Pea de empalme
c) Parafusos
Podem ser de vrios tipos e tm como principal funo ligar elementos distintos que compem os
sistemas de tectos falsos.
Os parafusos utilizados para fixao dos componentes dos sistemas de tectos em gesso cartonado
devem possuir resistncia corroso e o seu comprimento deve ser definido pela quantidade e
espessura das chapas de gesso a fixar. Devem fixar todas as camadas e ultrapassar o perfil metlico em
pelo menos 10mm.
O comprimento dos parafusos que fixam os perfis metlicos entre si, devem ultrapassar o ltimo
elemento metlico, no mnimo em trs passos de rosca.
Os parafusos dividem-se em dois grupos, consoante o tipo de ligao que lhe est destinada, ou seja,
dividem-se em Placa/Metal e Metal/Metal.
c.1) Placa/Metal
So usados para ligar placas de gesso a metal e nunca devem ser utilizados para ligaes metal/metal.
Podem ser auto-roscantes ou auto-perfurantes, com a ponta em forma de prego ou de broca
respectivamente e cabea de trombeta. Os primeiros so usados para espessuras de perfis inferiores a
1mm e os segundos para espessuras superiores a 1 mm. Tm uma proteco base de fosfatos e
cdmio.
Possuem comprimentos variveis, oscilando entre 25 e 110mm e 8mm de dimetro da cabea, em
geral.
Condies Tcnicas de Aplicao de Tectos Falsos Suspensos em Gesso Cartonado
19
Fig. 2.18 Parafuso auto-roscante Fig. 2.19 Parafuso auto-perfurante
c.2) Metal/Metal
So usados para ligar metal com metal. Possuem uma
ponta normal ou de broca e cabea gota de sebo. Tm
uma proteco base de fosfatos e cdmio.
Os comprimentos mais comuns so: 9, 9.5, 13, 16 e
25mm.
Fig. 2.20 Parafuso para ligaes
metal/metal
2.4. CARACTERIZAO DOS MATERIAIS DE ACABAMENTO
As juntas so a parte integrante e determinante da obra e podem ser transversais e longitudinais.
O perfeito acabamento das juntas, faz-se custa de fitas e massas, que so concebidas para garantir no
tempo de permanncia das prestaes das obras, a continuidade do aspecto da superfcie.
Em seguida apresenta-se a caracterizao das massas e juntas disponveis no mercado, adequadas a
cada tipo de acabamento.
2.4.1. CARACTERIZAO DAS MASSAS
a) Massas de Junta
So produtos indicados para o tratamento de juntas entre placas consecutivas, ou entre placas e outros
elementos de contacto ou suporte (alvenaria ou estruturas de beto). Fazem tambm o tratamento das
cabeas dos parafusos e devem ser utilizadas juntamente com fitas de papel apropriadas.
Geralmente so constitudas base de gesso, conforme o tempo de presa, classificam-se em massas de
secagem normal, lenta ou rpida. Esto disponveis em p ou prontas.
b) Massas de Acabamento
So massas indicadas para revestimentos. Apresentam-se em p ou prontas a utilizar.
Condies Tcnicas de Aplicao de Tectos Falsos Suspensos em Gesso Cartonado
20
c) Massas Polivalentes
So massas com funes de fixao e tratamento de juntas. Apresentam-se apenas em p.
Fig. 2.21 Tipos de massas
2.4.2. CARACTERIZAO DAS FITAS
A fita parte integrante e essencial para o tratamento das juntas. Em conjunto com as massas,
destinam-se a fortalecer o tratamento das juntas de qualquer tipo e do ao conjunto uma
imprescindvel continuidade fsica.
a) Fitas para juntas
So fitas base de papel especial microperfurado para tratamento de juntas em paredes, tecto e
revestimentos.
b) Fitas para isolamento
So fitas base de resina auto-adesiva para utilizao em isolamento entre os perfis perimetrais e a
estrutura.
c) Fitas para cantos
So constitudas por duas tiras de papel reforado com alumnio, destinadas a proteger cantos vivos.
Fig. 2.22 Tipos de fitas
Condies Tcnicas de Aplicao de Tectos Falsos Suspensos em Gesso Cartonado
21
2.5. ACESSRIOS
O mercado disponibiliza ainda alguns tipos de
acessrios que permitem e facilitam a visita ao
interior das caixas-de-ar dos tectos falso,
permitindo assim a sua a manuteno das infra-
estruturas a alojadas, como o caso dos
alapes.
Fig. 2.23 Alapo
Condies Tcnicas de Aplicao de Tectos Falsos Suspensos em Gesso Cartonado
22
Condies Tcnicas de Aplicao de Tectos Falsos Suspensos em Gesso Cartonado
23
3 SOLUES CONSTRUTIVAS
3.1. OBJECTO
A evoluo da construo civil caminha em direco racionalidade, procurando cada vez mais
utilizar sistemas construtivos modulares, que visam a reduo dos custos, reflectidos no s na
reduo dos custos financeiros, como tambm na reduo do tempo de execuo.
Neste contexto enquadram-se os tectos falsos que, por utilizarem materiais pr-fabricados e pela sua
produo em larga escala, possuem um custo menor que aqueles produzidos artesanalmente.
A montagem de elementos modulares atinge velocidades de execuo muito altas e a quantidade de
desperdcio muito baixa.
Os sistemas construtivos podem ser definidos como um conjunto de obras tipo estudadas e ensaiadas
pelos fabricantes de placas de gesso cartonado e resultam da mais correcta concepo e execuo das
diferentes combinaes passveis de serem executadas com os materiais atrs referidos.
3.2. TECTOS CORRENTES
Os tectos falsos em gesso cartonado adaptam-se a todo o tipo de obras, sejam obras novas, ou obras de
reconstruo. A utilizao destes tectos permite a sua suspenso independentemente do material que
constitui o suporte, podendo ser de madeira, metal, beto ou at abobadilha cermica. O tipo de tecto
escolhido em funo das exigncias de uso e das condies do suporte.
Os sistemas construtivos de tectos falsos correntes, permitem executar tectos falsos com estrutura
portante oculta, ou com a estrutura vista, sendo nestes casos, designados por tectos registrveis.
Os tectos correntes dividem-se essencialmente em dois grupos, os tectos contnuos e os registrveis,
incluindo-se ainda no primeiro grupo os tectos fixos ou directos e os tectos suspensos.
3.2.1.TECTOS FIXOS OU DIRECTOS
Resultam da fixao directa da estrutura primria ao suporte e s podero ser aplicados nos casos em
que a estrutura de suporte esteja correctamente nivelada e no seja necessria a existncia de uma
caixa-de-ar. Neste caso, a estrutura primria constituda por mestras, que se fixam directamente ao
suporte atravs de fixaes e peas especiais.
As placas aparafusam-se directamente aos perfis metlicos, de acordo com as condies
recomendveis de aparafusamento.
Condies Tcnicas de Aplicao de Tectos Falsos Suspensos em Gesso Cartonado
24
Legenda:
(1) PGC
(2) Suporte
(3) Mestra
(4) Mdulo
Fig. 3.1 - Tectos fixos directos
3.2.2.TECTOS SUSPENSOS
Os tectos contnuos suspensos podem ser horizontais ou inclinados e caracterizam-se pela inexistncia
de juntas aparentes. Resultam da aplicao da estrutura primria ao suporte, atravs de pendurais,
criando-se assim uma caixa-de-ar. Os tectos falsos suspensos podem ser ainda do tipo Simples ou
Compostos usando-se, nos dois casos, perfis metlicos em forma de C.
Legenda:
(1) Fixao
(2) Pendural
(3) Suspenso
(4) PTC
(5) PGC
Fig. 3.2 - Tectos suspensos
a) Tectos Suspensos Simples
So formados exclusivamente por uma estrutura primria, devidamente suspensa da estrutura de
suporte, qual se aparafusam as placas de gesso cartonado em nmero e tipo variveis.
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Fig. 3.3 Tectos suspensos simples Suspenso com varo
b) Tectos Suspensos Compostos
So formados por uma dupla estrutura, primria
e secundria, ao mesmo nvel ou a nveis
diferentes, realizando a primeira a funo de
suporte geral e a segunda de distribuio e
repartio de cargas das placas de gesso
cartonado, como se pode verificar na figura 3.4.
Fig. 3.4 - Tectos suspensos compostos
Segundo o nmero de placas a aparafusar, subdividem-se em Tectos Simples e Tectos Mltiplos, isto
se dispem de uma ou duas placas respectivamente.
Para o caso dos tectos compostos, a estrutura primria pode realizar-se com os perfis de tectos
contnuos ou com perfis primrios especiais.
No primeiro caso utilizam-se peas de cruzamento, e no segundo caso, as peas que formam a
estrutura secundria (perfis de tecto contnuo), unem-se estrutura primria atravs de encaixe directo.
Os tectos suspensos podem realizar-se ainda custa de montantes que formam a estrutura portante da
placa de gesso cartonado. Esto ligados a suspenses e estas a vares roscados que fazem a ligao ao
suporte. As suspenses so do tipo abraadeiras e os vares podem ter diversos dimetros.
Podem ter uma s estrutura e dizem-se Simples, ou Compostos se possuem estrutura primria e
secundria.
Fig. 3.5 - Tectos suspensos simples com montantes
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3.2.3.TECTOS REGISTRVEIS
Os tectos registrveis so formados por uma estrutura modular, sobre a qual se colocam as placas de
gesso, formando modelaes de 1200x1200 mm e 600x600mm, sendo a estrutura composta por perfis
angulares, primrios e secundrios, assumindo cada um deles uma funo caracterstica. O perfil
angular define o nvel do tecto, o primrio adopta a funo portante, e o secundrio define a
modulao da estrutura, possuindo dois comprimentos, 600 e 1200mm.
Os tectos registrveis so de fcil conservao, proporcionando superfcies higinicas, uma vez que
no h acumulao de poeiras. So utilizados normalmente em edifcios pblicos, como por exemplo
hospitais e clnicas, onde o acesso s instalaes (electricidade, ar condicionado, ventilao, etc.), so
constantes.
Neste tipo de tecto o perfil metlico fica visvel, e depende do tipo de bordo da placa.
3.2.4.COMPORTAMENTO MECNICO
Os tectos suspensos contnuos com placas de gesso cartonado, independentemente da sua composio,
devero comportar-se correctamente mediante as solicitaes que lhes so requeridas e no devero
deformar-se em nenhum sentido fora das tolerncias estabelecidas.
3.2.5.TRATAMENTO DAS CAIXAS DE AR EM TECTOS SUSPENSOS
A altura da caixa-de-ar ou plnum, como tambm designada, depende do tipo de pendural utilizado,
sendo a sua altura definida como a distncia entre o paramento contnuo do tecto existente e o dorso da
placa de gesso cartonado ou, no caso de existir, a face interior do isolamento.
de todo aconselhvel que as tubagens das redes de infra-estruturas sejam fixadas ao suporte ou tecto
real atravs de acessrios destinados ao efeito, nunca devendo situar-se a uma distncia inferior a
5mm.
Legenda:
(1) Suporte
(2) Pendural
(3) Placa de gesso cartonado
Fig. 3.6 - Fixaes de tubagens
Caso haja necessidade de se recorrer a isolamentos conveniente que estes se apliquem sob a forma
de manta, pois facilitam o seu espalhamento. O revestimento da caixa-de-ar deve ser efectuado em
todo o seu permetro e a manta deve contornar os perfis metlicos, conforme se ilustra na fig. 3.7.
Geralmente as mantas so constitudas por ls minerais em rolo.
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Legenda:
(1) Suporte
(2) Pendural
(3) Material de isolamento
(4) Placa de gesso cartonado
(5) Parede
(6) Caixa-de-ar ou plnum
Fig. 3.7 - Tratamento da caixa-de-ar (esquerda). Isolamento em manta (direita)
O aparecimento de condensaes no seio da caixa-de-ar um fenmeno muito vulgar, que pode ser
colmatado custa do uso de uma placa do tipo barreira pra-vapor, ou ento atravs da colocao de
uma manta de l mineral com lmina pra-vapor sobre a placa. Esta lmina dever ficar em contacto
com a face da placa.
3.2.6.ESPESSURA MNIMA DAS PLACAS EM FUNO DO TIPO DE TECTO
A espessura mnima das placas de gesso cartonado de 12,5 mm para o caso dos tectos fixos ou tectos
suspensos simples de 25 mm (duas placas de 12,5 mm) para o caso dos tectos mltiplos.
As placas de 9,5 mm no so permitidas para o caso dos tectos falsos e as placas de 6 e 6,5mm, so
usadas exclusivamente para uso decorativo.
3.2.7.DIMENSIONAMENTO
a) Solicitaes
Os tectos falsos devem ser dimensionados de acordo com as seguintes solicitaes:
Peso prprio (placas, estrutura, isolamento);
Uma sobrecarga de 10kg/m2, que tenha em conta as possveis cargas adicionais, como por
exemplo a iluminao;
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Outras cargas adicionais, como o caso das ls minerais, ou outros isolamentos, e revestimentos
posteriores.
b) Recomendaes Mnimas a Assegurar Durante a Construo de Tectos Falsos
Devido enorme diversidade de tectos que se podem construir, difcil indicar quais as
recomendaes desejveis para cada local, pelo que se dever escolher a soluo mais ajustada a cada
caso.
As condies mnimas a cumprir durante a execuo dos tectos falsos contnuos em zonas interiores,
zonas interiores com ambientes hmidos e zonas ao ar livre so as indicadas no quadro 3.1.
Quadro 3.1 Recomendaes desejveis de acordo com o tipo de tecto
Tipo de Placa
Espaamento
da Estrutura Tipo
Tectos em zonas interiores
A ou STD com
12.5mm 500mm Tecto fixo do tipo simples
A ou STD com
12.5mm 500mm
Tecto suspenso com perfis
de tecto contnuo ou com
montantes (simples e
compostos) do tipo simples
Tectos em zonas interiores,
expostos a ambientes hmidos
H com 12.5mm 400mm Tecto fixo do tipo simples
H com 12.5mm 400mm
Tecto suspenso com perfis
de tecto contnuo ou com
montantes (simples e
compostos) do tipo simples
Tectos expostos ao ar livre
H com 15mm 400mm Tecto fixo do tipo simples
H com 15mm 400mm
Tecto suspenso com perfis
de tecto contnuo ou com
montantes (simples e
compostos) do tipo simples
3.3. TECTOS ESPECIAIS
O desenvolvimento cultural dos cidados, os quais esto cada vez mais conscientes do seu direito
qualidade de vida, tem produzido um aumento crescente das exigncias de conforto.
A evoluo centrada essencialmente nos conceitos de funcionalidade, versatilidade e conforto, fez com
que se exigisse uma srie de funes aos sistemas construtivos utilizados no mercado que nada tm a
ver com os exigidos pelos tradicionalmente utilizados.
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Da simples decorao ou encobrimento de simples instalaes ou estruturas, passou-se a exigir
prestaes muito mais complexas e importantes tais como o isolamento trmico e acstico e a
resistncia ao fogo e s radiaes.
O isolamento acstico sem dvida a rea que mais interesse desperta visto que todas as empresas
dedicadas construo de sistemas em gesso cartonado dispem de variadssimas solues que vo
desde placas perfuradas, com diversas percentagens de perfuraes at s placas ranhuradas que visam
cobrir um amplo campo de absoro sonora, sobretudo em locais de grande superfcie onde se espera
grande acumulao de pessoas.
Um bom condicionamento acstico, deve conjugar o reflexo do som numas zonas e a absoro
noutras. Os nveis de absoro variam em funo da percentagem final de perfurao das placas, da
altura da caixa-de-ar ou plnum e da incorporao no dorso da placa de uma manta de l mineral.
J para o caso da resistncia ao fogo, o mercado dispe tambm de placas no inflamveis e at
incombustveis, que possuem no seu interior gesso especial, sendo as ltimas recobertas por fibra de
vidro incombustvel, podendo alcanar resistncias ao fogo considerveis.
Outros sistemas no menos importantes tambm foram desenvolvidos de acordo com as necessidades
emergentes, como o caso dos sistemas anti-radiaes e os sistemas de tectos decorativos.
Em seguida, apresenta-se um breve resumo dos diferentes sistemas de tectos especiais comercializados
pela marca KNAUF, visto esta ser a marca mais completa e diversificada existente no mercado.
3.3.1. SISTEMAS DE PROTECO CONTRA FOGO
Os sistemas de proteco contra fogo so constitudos por placas de gesso compostas por uma alma
especial, revestidas por lminas de fibra de vidro incombustvel.
Os quatro sistemas de proteco contra fogo da marca KNAUF, utilizam placas do tipo Fireboard, e
so os seguintes:
Sistema K219 bi-apoiado EI 90
Sistema K219 EI 90
Sistema K214 EI 120
Sistema K224 EI 120
3.3.2.SISTEMAS ANTI-RADIAES
Os sistemas anti-radiaes tm tido um grande campo de aplicao em hospitais, clnicas,
universidades, laboratrios e institutos de investigao. As placas anti-radiaes so fabricadas de
forma especial, integram na fase de fabrico uma lmina de chumbo, resultando um conjunto
extremamente seguro, uma vez que no h a possibilidade desta se descolar, colocando o sistema em
risco. So indicadas para reas de diagnstico por raios-x e terapia por radiao de baixa intensidade,
como salas de radiologia em hospitais e consultrios mdicos e odontolgicos. Nessas salas
obrigatria uma proteco contra a passagem de radiaes para ambientes contguos. A espessura da
lmina depende da potncia do aparelho a ser instalado no local.
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3.3.3. SISTEMAS DE TECTOS DESENHADOS
No que diz respeito decorao de espaos, a marca no deixou este tema ao acaso, criando uma gama
de produtos vocacionados essencialmente para a execuo de tectos desenhados e sistemas de cpulas,
que visam essencialmente a realizao de tectos decorativos de uma forma fcil, rpida e segura, sem
sujidades e com a utilizao de poucos materiais. A combinao da arte tcnica o seu lema.
Os seus principais produtos comercializados em Portugal so:
Placas Knauf Multiform Consiste no uso de placas fresadas em forma de V, que atravs de
um processo de colagem permitem uma grande variedade de trabalhos;
Placas Curvadas As placas curvadas podem ser de dois tipos, as pr-curvadas e as curvadas
em situ. As primeiras resultam de um processo de curvatura, ou moldagem realizado em fbrica,
enquanto as segundas podem ser curvadas em seco e em obra, custa do seu humedecimento;
Sistema de Cpulas A marca dispe de dois sistemas de cpulas; a Cpula Berlin, e a Cpula
Munich, que utilizam placas de gesso cartonado do tipo Techniform, apropriadas para
superfcies curvas.
3.3.4.SISTEMAS DE ISOLAMENTO ACSTICO
De todos os sistemas especiais comercializados pelas diferentes marcas de sistemas tectos falsos em
gesso cartonado sem dvida alguma a rea do isolamento acstico a mais desenvolvida.
Apresentando diferentes padres de geometria e integrando design tcnico e arquitectura, possibilita
um grande nmero de hipteses criativas e de decorao.
As principais diferenas entre os diversos produtos, assentam essencialmente na geometria das suas
perfuraes, podendo ser de trs tipos: redondas, quadradas e longitudinais, com bordos afinados ou
quadrados. O dorso da placa possui normalmente um vu de fibra de vidro para melhorar a absoro
acstica criando uma barreira contra o p. Est indicado para espaos pblicos, tais como hotis,
cinemas, restaurantes, auditrios, etc.
Os sistemas de tectos acsticos disponibilizados pela Knauf, so:
Danoline
Cleaneo
4BA
3.4. MERCADO
As placas de gesso cartonado, so um produto que se estima ter mais de 120 anos, atribuindo-se a sua
origem a Agostine Sackett, nos Estados Unidos, no ano de 1890. A sua gnese teve como principal
objectivo a proteco contra o fogo das construes em madeira, muito correntes nos EUA.
Em 1917 foi introduzido na Europa, mais precisamente na Inglaterra, em 1948 foi criada a primeira
fbrica em Frana e pouco depois na Alemanha. S no ano de 1978 que se comeou a fabricar em
Espanha.
Na Europa, o mercado est nas mos de trs multinacionais, que extraem e preparam o gesso para as
mais variadas aplicaes. A BPB British Plaster Board detm uma quota de mercado de
aproximadamente 50%, a Lafarge uns 20% e a Knauf Westdeutsche Gipswerke com cerca de 10%.
Os 20% restantes correspondem produo de pequenas empresas.
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Em Portugal as marcas principais so, a Knauf, a Pladur e a Iberplaco, havendo duas fbricas
nacionais (a Fibroplac e a Gyptec), ambas na zona centro.
Em seguida, apresenta-se um breve resumo histrico sobre as marcas mais mediticas no mundo do
gesso cartonado e tambm as mais utilizadas Portugal.
a) Placo
Em 2002, duas empresas dedicadas produo de gesso e seus derivados, dotadas da mais avanada
tecnologia de ponta, fundiram-se, e deram origem Iberplaco. Uma delas a Iberyeso, dedicava-se
sobretudo ao fabrico e comercializao de escaiola, e a outra, a Placosa, era especialista em sistemas
construtivos base de gesso cartonado.
Em 2006, a Iberplaco foi integrada na multinacional francesa, Saint Gobain, adoptando a denominao
social de Saint Gobain Placo Ibrica, como filial espanhola da Diviso Internacional Saint Gobain
Gyproc.
O grupo Saint Gobain est implantado em 57 pases e emprega mais de 200.000 pessoas em todo o
mundo. Ocupa posies de liderana europeia ou mundial na maioria das suas actividades, e est
radicada em Espanha desde 1904, contando com cerca de sessenta sociedades em toda a pennsula
Ibrica.
Segundo dados recolhidos na sua pgina da www.Placo.pt, a Placo Saint Gobain:
lder de vendas em gesso em Espanha e Portugal;
Gerou vendas de 250.000.000 em 2008;
Emprega cerca de 800 pessoas em Espanha e Portugal;
Abriu uma segunda fbrica de gesso cartonado em Madrid, que se estreou com sucesso em
Novembro de 2006;
Em 2007 foi lanado o gesso leve para a regio do Mediterrneo aps os significativos
investimentos feitos na rea;
lder em vendas e fabricao de tectos de gesso na Europa, Espanha e Portugal.
Um dos produtos mais mediticos da marca a Placo Phonique, placa acstica que reduz o rudo
para metade.
b) Lafarge
A Lafarge lder mundial em materiais de construo e teve incio em 1833 na regio de Ardche,
num local chamado Lafarge, perto da aldeia de Teil. Joseph-Auguste de Lafarge foi o fundador da
empresa e mais tarde, j em 1848, os seus filhos Edouard e Len seguiram-lhe os passos, adoptando a
designao de Irmos Lafarge para nome da empresa.
O primeiro grande projecto da Lafarge ocorreu em 1864, com o contrato do sculo, que consistia em
fornecer 200.000 toneladas de cal hidrulica em barris de madeira para o Canal do Suez.
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A partir desse data desenvolveram diversos projectos relacionados sobretudo com cal hidrulica e
cimento e s no ano de 1931 que o negcio da Lafarge se expandiu para o ramo do gesso, com a
aquisio da Gypses and Platrs de France, empresa sediada no sul de Frana.
Esta compra marcou a entrada da Lafarge num mercado promissor, uma vez que mais tarde veio a
tornar-se no terceiro maior produtor de gesso do mundo.
A Lafarge est implantada na Europa Ocidental, Central e Oriental, no Mdio Oriente, Amrica do
Norte e Amrica latina, na sia e em frica.
Na Europa Ocidental, possui 16.410 empregados, 34 centros de produo de cimento, 219 pedreiras de
agregados e 566 fbricas de mistura pronta.
Fig. 3.8 - Lafarge no mundo
Fonte: www.lafarge.com
Um dos objectivos da Lafarge optimizar a pesquisa, proporcionando a melhor resposta possvel s
necessidades dos mercados locais. Possui um centro de investigao com cerca de 200 investigadores,
que se concentram na investigao fundamental e aplicada e diversos centros tcnicos e laboratrios
que trabalham sob a responsabilidade das empresas locais desenvolvendo e industrializando solues.
Em 2000 tornou-se partner da World Wide Fund for Nature (WWF) e em 2009 assumiu os seguintes
compromissos ambientais:
Reduo de emisses de CO2;
Reduo de poluentes persistentes;
Reduo do consumo de gua;
Promoo de produtos de construo sustentvel e sistemas de toda a cadeia da construo civil.
De toda a gama de produtos Lafarge Gypsum, destacam-se as seguintes inovaes:
Synia - Placa de gesso cartonado com os quatro bordos afinados;
PLAtec - Placas feitas medida, utilizadas para fins decorativos (Ver figura 3.9).
Fig. 3.9 Exemplo de placas do tipo PLAtec
Fonte: www.lafarge.com
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c) Knauf
A Gerb. Knauf Westdeutsche Gipswerke, foi fundada em 1932, com sede em Iphofen (Alemanha).
Esta no s uma empresa lder no fabrico de materiais de construo na Europa, mas tambm uma
companhia que opera a nvel mundial, cujas actividades no se limitam s ao fabrico de matrias de
construo base de gesso.
Apesar da enorme expanso da empresa, a Knauf continua a ser uma empresa familiar cuja
propriedade se encontra nas mos dos herdeiros dos fundadores Alfons e Karl Knauf.
Os actuais directores da grande famlia Knauf so os primos Baldwin e Nicolaus Knauf, que trabalham
desde a sede central da empresa em Iphofen (entre Nuremberga e Wurzburg) e os restantes membros
da cpula directiva da empresa (tambm famlia Knauf) dirigem parte das actividades da empresa nas
sucursais distribudas por todo o globo.
Em 2003 a empresa passou a chamar-se Knauf Gips Kg, dispondo actualmente de mais de 60 fbricas
distribudas por 30 pases, com mais de 20.000 funcionrios. A fabricao anual alcanada ultrapassa
os 5.000 milhes de euros.
Os principais mercados encontram-se no Nordeste da Europa assim como em toda a regio
mediterrnica sobretudo a Espanha, a Itlia, a Grcia e a Turquia. Os antigos pases da Unio
Sovitica e a China dispe actualmente de trs fbricas, onde a Knauf foi pioneira no investimento das
suas modernas instalaes. Estes pases tm um papel muito importante no desenvolvimento e
expanso da marca.
As delegaes da Knauf na Pennsula Ibrica esto representadas no mapa seguinte. Em Espanha
possui duas fbricas, uma em Lr