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Rompimento não- Mecânico 1) Choque Osmótico Não ocorre rompimento total das células; Pode propiciar a permeabilização seletiva; As células são mantidas por 30 minutos em meio com concentração de sacarose de ~20% (m/v), separadas por centrifugação e ressuspensas em água destilada a 4ºC. Mais indicado para bactérias Gram-negativas, pois possuem parede celular mais sensível que as Gram- positivas.

Rompimento não-Mecânico 1) Choque Osmótico Não ocorre rompimento total das células; Pode propiciar a permeabilização seletiva; As células são mantidas

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  • Rompimento no-Mecnico 1) Choque Osmtico No ocorre rompimento total das clulas; Pode propiciar a permeabilizao seletiva; As clulas so mantidas por 30 minutos em meio com concentrao de sacarose de ~20% (m/v), separadas por centrifugao e ressuspensas em gua destilada a 4C. Mais indicado para bactrias Gram-negativas, pois possuem parede celular mais sensvel que as Gram-positivas.
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  • Rompimento total e permeabilizao seletiva
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  • Congelamento-descongelamento As clulas passam por repetidos ciclos de congelamento e descongelamento, formando-se cristais de gelo que podem perfurar a clula e provocar seu total rompimento ou lesion-la formando poros permeveis biomolcula-alvo. Fatores que mais influenciam: tipo e idade da clula; Temperatura Velocidades dos ciclos de congelamento e descongelamento;
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  • Congelamento-descongelamento Mtodo de difcil implantao em grande escala Enzimas sensveis ao congelamento podem ser inativadas
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  • Termlise Consiste no aquecimento da suspenso celular em banho termostatizado, com injeo direta de vapor, tambor rotativo ou em spray-drier. Sos os mais utilizados para rompimento em larga escala devido sua simplicidade; Principalmente utilizados para algas, fungos filamentosos, leveduras e bactrias destinadas produo de protena microbiana; Apresenta a vantagem de gerar fragmentos celulares com maiores dimenses e, portanto, de mais fcil remoo por filtrao ou centrifugao.
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  • Termlise Exemplos: Rompimento total de clulas de uma suspenso de E. coli (bactria Gram-negativa), ocorre com aquecimento a 90 C por 15 minutos com liberao de enzimas intracelulares Uma suspenso de Bacilus megaterium nas mesmas condies proporciona o rompimento de menos da metade das clulas (bactria Gram-positiva- camada mais espessa de peptideoglicano)
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  • Rompimento Qumico lcalis: Adequado quando a molcula-alvo estvel em pH maior que 11 Mtodo simples e de baixo custo; Ocasiona gerao de poluentes;
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  • Rompimento Qumico Detergentes: So capazes de dissociar protenas e lipoprotenas das paredes celulares, provocando a formao de poros e liberar a molcula-alvo; A clula pode ser totalmente rompida; Ex.: lauril sulfato de sdio, Triton, etc. Formao de espuma e desnaturao e/ou precipitao de protenas
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  • Rompimento Qumico Solventes: Consiste na desidratao das clulas, sendo os solventes mais utilizados o etanol, metanol, tolueno e acetona; Adequado para biomolculas que no sejam desnaturadas na presena do solvente empregado;
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  • Rompimento Qumico Lise enzimtica: Mecanismo de rompimento: membrana citoplasmtica rompida pela presso osmtica interna, aps a parede celular, ou parte dela, ser removida por ao das enzimas, permitindo que o contedo intracelular seja liberado. Adequado para recuperao de biomolculas sensveis ao rompimento mecnico, temperatura, tenso de cisalhamento e elevadas presses. Fatores a ser considerados: presena de inibidores, possibilidade de reciclo da enzima.
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  • Rompimento Qumico Sistema enzimtico deve ser adequado para cada tipo de microrganismo: Leveduras: glucanases, proteases e mananases, as quais hidrolisam componentes especficos da parede, como glucanas, protenas e mananas. Bactrias Gram-negativas: enzimas que ajam sobre as ligaes covalentes da estrutura do peptideoglicano
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  • Parede Celular Bacteriana Peptideoglicano Ex.: lisozima, catalisa a hidrlise das ligaes glicosdicas do peptideoglicano, mais eficiente no rompimentos de bactrias Gram- positivas.
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  • Preservao da Biomolcula-alvo Adio de inibidores de proteases (para diminuir o efeito da degradao de protenas); Adio de agentes redutores (para evitar a oxidao dos stios ativos das enzimas aps o rompimento); Adio de nucleases ou proteases podem melhorar as caractersticas do meio, desde que no destruam a molcula de interesse; Alterao de pH pode melhorar a viscosidade do meio.
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  • Etapas de um Processo de Purificao Baixa resoluo Alta resoluo
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  • Mtodos de Purificao de Baixa Resoluo Precipitao Separao por membranas Extrao em sistemas de duas fases lquidas
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  • Precipitao
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  • Um dos mtodos mais tradicionais de concentrao e purificao; um mtodo moderado de purificao j que no apresenta elevada capacidade de separao de diferentes protenas; Mtodos agressivo para recuperao de protenas, pois sua funo tridimensional modificada, e a funo bioqumica de uma protena depende de sua estrutura; vivel quando a funo bioqumica recuperada aps a precipitao
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  • Precipitao PrecipitantePrincpioVantagensDesvantagens Sais neutros (Salting-out) Interaes hidrofbicas pela reduo da camada de hidratao da protena - Uso universal- Corrosivo - Baixo custo- Liberao de amnia em pH alcalino Polmeros no-inicosExcluso da protena da fase aquosa reduzindo a quantidade de gua disponvel para a solvatao da protena - Uso de pequenas quantidades de precipitante - Aumento da viscosidade Calorinteraes hidrofbicas e interferncia das molculas de gua nas ligaes de hidrognio, - Baixo custo- Risco de desnaturao - Simples Polieletr-litosLigao com a molcula de protena atuando como agente floculante - Uso de pequenas quantidades de precipitante - Risco de desnaturao Precipitao isoeltricaNeutralizao da carga global da protena pela alterao do pH do meio - Uso de pequenas quantidades de precipitante - Risco de desnaturao Sais metlicosFormao de complexos- Uso de pequenas quantidades de precipitante - Risco de desnaturao Solventes orgnicosReduo da constante dieltrica do meio aumentando as interaes eletrostticas intermoleculares - Facilidade de reciclagem- Risco de desnaturao de protenas - Facilidade na remoo do precipitado - Inflamvel e explosivo
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  • Estrutura das Protenas Constituio Aminocidos (aa) com elevada massa molar (> 6000Da); dos quase 200 aa conhecidos, apenas 20 constituem as protenas. Os 20 aa das protenas se diferenciam pela cadeia lateral R, que determina o carter cido ou bsico do aa em soluo.
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  • Estrutura das Protenas Estrutura primria: refere-se seqncia dos aminocidos na cadeia linear peptdica. Estrutura secundria: refere-se ao grau de ordenao espacial da cadeia polipeptdica. So estruturas helicoidais ou folhas pregueadas.
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  • Estrutura das Protenas Estrutura terciria: refere-se ao arranjo espacial obtido pelas dobraduras e enrolamentos da estrutura secundria. Envolve a otimizao de vrias interaes (hidrofbicas, eletrostticas e de van der Waals) e pontes de hidrognio entre vrios grupos na estrutura da protena. As estruturas secundria e terciria conferem protena a sua estrutura tridimensional.
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  • Estrutura das Protenas Estrutura quaternria: envolve a associao de subunidades tercirias de protenas. Para sua estabilizao concorrem ligaes inicas, pontes de hidrognio, foras de van der Waals, pontes bissulfeto e interaes hidrofbicas.
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  • Solubilidade de Protenas Regio Hidrofbica (Apolar) Regies Hidroflicas (Polares) Determina sua solubilidade Alm dos aa, ons ferro e cobre, oligossacardeos e lipdeos conferem diferentes solubilidades s protenas.
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  • Solubilidade: resultado global das interaes atrativas e repulsivas entre molculas do solvente e soluto; favorecida quando h interaes repulsivas entre molculas de soluto e atrativas entre molculas do soluto e solvente; Interaes entre soluto e solvente so no covalentes => interaes eletrostticas e foras de Van der Waals;
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  • pH: grande influncia => altera o grau de dissociao dos grupamentos; Carga total zero leva ao da agregao devido repulso => perfis de solubilidade em diferentes valores de pH O ponto de solubilidade mnima igual ou prximo ao ponto isoeltrico (pI), que corresponde ao valor de pH no qual a protena possui carga global igual a zero.
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  • pH e distribuio de cargas: pI - + De modo geral, o solvente aquoso, e, alterando-se as propriedades do meio por mudanas na fora inica e no pH, por adio de solventes orgnicos miscveis e polmeros orgnicos, altera-se a solubilidade das protenas.
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  • Desnaturao X Precipitao A desnaturao compreende a destruio da estrutura terciria de uma molcula de protena e a formao de cadeias polipeptdicas ao acaso. - as variveis pH, temperatura e solventes orgnicos, dependendo dos valores, causam desnaturao das protenas. A precipitao compreende a modificao da estrutura tridimensional da molcula de protena. - as mesmas variveis, dependendo dos valores, causam precipitao das protenas.
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  • A precipitao deve permitir que a conformao adequada da protena seja recuperada, para que a mesma possa exercer sua funo bioqumica aps o processo.
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  • Precipitao por sais Neutralizao das cargas superficiais com reduo da camada de hidratao Salting-out: adio de sais que promovem o aprisionamento de molculas de gua que tornam-se escassas e o consequente consumo das molculas de gua nas regies hidrofbicas, que expostas interagem e se agregam. Os sais mais adequados so aqueles que apresentam elevada solubilidade, ex.: citrato de sdio, sulfato de sdio e sulfato de amnio.
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  • Salting-in: reduo na concentrao de sais induz interaes inicas e agregao entre molculas de protena. Mtodo mais comumente usado para separao de protenas o da adio de sais neutros (salting out) Globulinas se precipitam sob fora inica baixa
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  • Precipitao por solventes A solubilidade das protenas varia com a distribuio dos resduos hidroflicos e hidrofbicos na superfcie da molcula; lcoois de cadeia inferior, acetona, teres e outros: precipitantes; Deve ser miscvel em gua, no reagir diretamente com as molculas e ser bom precipitante; Mais usados: metanol, etanol e acetona;
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  • Mecanismo Agregao de protenas por interaes eletrostticas entre superfcies com cargas de sinal oposto em meio aquoso contendo solvente orgnico.
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  • Variveis que afetam o processo Temperatura: 20 30 C estimulam a desnaturao < 0 C podem garantir que no haja desnaturao adio do solvente temperatura => deve ser lenta e sob refrigerao pH: prximo ao pI favorece a precipitao
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  • Precipitao por polmeros PEG (polietilenoglicol), polmero de alta massa molar, neutro e miscvel em gua, disponvel em diversos graus de polimerizao; Em geral, propores de polmero (15 a 30%); 4000 g/mol ou mais so os mais eficientes Mecanismo: excluso da protena do meio aquoso; Concentrao depende do tamanho da molcula a ser precipitada e da massa molar do polmero, sendo inversamente proporcional concentrao da protena; Remoo do polmero: ultrafiltrao, adio de etanol, separao pela formao de duas fases aquosas pela adio de sais.
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  • Polieletrlitos: polmeros inicos solveis em gua; usados devido ao baixo custo e pouca concentrao residual; Poliction polietilenoimina e polinion cido poliacrlico, utilizados para precipitar cidos nuclicos e protenas. Mecanismo: Ocorre a agregao protena (floculao) ou eletrosttico (neutralizao de cargas); a protena e o polieletrlito devem ter cargas opostas, por isso, deve-se operar longe do ponto isoeltrico da protena. Precipitao pela temperatura Mecanismo:1) diminuio: reduo na solubilidade; 2) aumento: desnaturao => exposio de grupos hidrofbicos que interagem e formam complexos insolveis;
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  • Precipitao isoeltrica Resulta da atrao eletrosttica das protenas quando estas esto prximas a seu pI; Mtodo bastante simples: ajuste do pH Prximo ao pI a repulso eletrosttica mnima => precipitao isoeltrica, por interao entre as zonas hidrofbicas; Vantagem: baixo custo Desvantagem: possibilidade desnaturao Obs.: Mtodo til para precipitar protenas indesejveis e otimizar outros tipos de precipitao;