56
FUNDOS EUROPEUS PRIME ATRIBUI 22 MILHÕES DE EUROS AO TURISMO Encontra-se em aberto a última fase para as candi- daturas ao SIPIE – Sistema de Incentivos a Pequenas Iniciativas Empresariais, ao SIME Internacional – Sis- tema de Incentivos à Mo- dernização Empresarial e ao SIED – Sistema de Incenti- vos à Economia Digital. O período para a apresen- tação dos projectos turís- ticos abriu no passado dia 27, estendendo-se até 9 de Novembro. A nova fase de candidatura apresenta, na totalidade, uma dotação or- çamental de 22 milhões de euros. No caso do SIPIE, estão à disposição dois milhões de euros para os projectos tu- rísticos. PÁG. 20 ANGOLA QUER BLINDADOS “MADE IN” PORTUGAL A Fabrequipa vai produzir mais de 50 car- ros blinda- dos Pandur II 8x8 para mercados terceiros. Angola é um dos países interessa- dos na aquisição. PÁG. 14 Francisco Van Zeller, presidente da CIP, considera Rigidez da legislação laboral não tem fundamento Gestor profissional pode melhorar a eficácia dos tribunais A criação do gestor profissional dos tribunais é uma medida que, segundo algumas figuras representativas da nossa sociedade, contactadas pela VE, pode melhorar a eficácia da justiça portuguesa. João Tiago da Silveira, secretário de Estado da Justiça, diz-nos que a medida foi incluída no pacto assinado entre PS e PSD. “Só falta regulamentar”. PÁG. 5 “COMPRO O QUE É NOSSO” A Associação Empresarial de Por- tugal arrancou com uma campa- nha de sensibilização do consu- mo sob o lema “Compro o que é nosso”. O objectivo ultrapassa o mero acto de consumir, preten- dendo “criar um novo estado de espírito na sociedade portuguesa, valorizando a produção nacional, a criatividade, o empreendedoris- mo, o trabalho, o esforço e a de- terminação de cada um”. PÁG. 17 EXCESSO DE VINHO MATA PEQUENOS PRODUTORES “O sector do vinho está sentado numa bolha prestes a rebentar”, afirma António Lopes Vieira, di- rector-geral da Vinalda. Segundo este responsável. existem 10 milhões de caixas de vinho de nove litros cada em excesso no mercado, que não serão consumi- das. PÁG. 31 “O condicionalismo altamen- te restritivo em que é admitido o recurso ao trabalho tempo- rário não tem qualquer funda- mento, penalizando a compe- titividade, a produtividade e a criação de emprego”, afirma à “Vida Económica” Francisco Van Zeller, presidente da CIP. A CIP considera que o trabalho temporário é hoje um impor- tante instrumento de gestão em- presarial para as empresas. Tendo em conta “a extrema rigidez da legislação laboral que vigora em Portugal em matéria de despe- dimentos individuais”, só desta forma elas conseguem enfrentar os acréscimos extraordinários de actividade e resolver a carência de mão-de-obra especializada. PÁG. 18 Trabalho temporário é um importante instrumento de gestão empresarial Contratos de trabalho temporário e a termo devem ter regras idênticas Acesso à base de dados do IEFP beneficiaria empresas e trabalhadores DIRECTOR João Peixoto de Sousa Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2www.vidaeconomica.pt PUB 9 720972 000037 01169 HÖRMANN INSTALA FÁBRICA EM PORTUGAL O Grupo Hörmann planeia criar uma nova fábrica de equipamen- tos industriais de elevação de car- ga em Portugal. O objectivo é re- forçar a sua presença no mercado português. Henrique Lehrfeld, director da- quela empresa germânica, dá con- ta do bom momento vivido em Portugal: “Prevemos um cresci- mento de 20% ao ano até 2009”. PÁG. 25 ARAN DISTINGUE EMPRESÁRIOS DO SECTOR AUTOMÓVEL PÁG. 55 INDUSTRIAIS CONTESTAM ALARGAMENTO DA PRESCRIÇÃO DO AMBIENTE PÁG. 4 17% BANCOS COBRAM TAXAS ELEVADAS NO DESCONTO DE LETRAS PÁG. 47 MERCADOS Rafael Febres Cordero, da Fidelity, afirma FUNDOS DE INVESTIMENTO SÃO A ALTERNATIVA ACERTADA PARA PREPARAR A REFORMA PÁG. 45

Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

  • Upload
    others

  • View
    2

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

FUNDOS EUROPEUS

PRIME ATRIBUI 22 MILHÕES DE EUROS AO TURISMO

Encontra-se em aberto a última fase para as candi-daturas ao SIPIE – Sistema de Incentivos a Pequenas Iniciativas Empresariais, ao SIME Internacional – Sis-tema de Incentivos à Mo-dernização Empresarial e ao SIED – Sistema de Incenti-vos à Economia Digital.O período para a apresen-tação dos projectos turís-ticos abriu no passado dia 27, estendendo-se até 9 de Novembro. A nova fase de candidatura apresenta, na totalidade, uma dotação or-çamental de 22 milhões de euros. No caso do SIPIE, estão à disposição dois milhões de euros para os projectos tu-rísticos.

PÁG. 20

ANGOLA QUER BLINDADOS “MADE IN” PORTUGALA Fabrequipa vai produzir mais de 50 car-ros blinda-dos Pandur II 8x8 para m e r c a d o s t e r c e i r o s . Angola é um dos países interessa-dos na aquisição.

PÁG. 14

Francisco Van Zeller, presidente da CIP, considera

Rigidez da legislação laboral não tem fundamento

Gestor profissional pode melhorar a eficácia dos tribunaisA criação do gestor profissional dos tribunais é uma medida que, segundo algumas figuras representativas da nossa sociedade, contactadas pela VE, pode melhorar a eficácia da justiça portuguesa.João Tiago da Silveira, secretário de Estado da Justiça, diz-nos que a medida foi incluída no pacto assinado entre PS e PSD. “Só falta regulamentar”.

PÁG. 5

“COMPRO O QUE É NOSSO”A Associação Empresarial de Por-tugal arrancou com uma campa-nha de sensibilização do consu-mo sob o lema “Compro o que é nosso”. O objectivo ultrapassa o mero acto de consumir, preten-dendo “criar um novo estado de espírito na sociedade portuguesa, valorizando a produção nacional, a criatividade, o empreendedoris-mo, o trabalho, o esforço e a de-terminação de cada um”.

PÁG. 17

EXCESSO DE VINHO MATA PEQUENOS PRODUTORES“O sector do vinho está sentado numa bolha prestes a rebentar”, afirma António Lopes Vieira, di-rector-geral da Vinalda. Segundo este responsável. existem 10 milhões de caixas de vinho de nove litros cada em excesso no mercado, que não serão consumi-das.

PÁG. 31

“O condicionalismo altamen-te restritivo em que é admitido o recurso ao trabalho tempo-rário não tem qualquer funda-mento, penalizando a compe-titividade, a produtividade e a criação de emprego”, afirma à “Vida Económica” Francisco Van Zeller, presidente da CIP. A CIP considera que o trabalho temporário é hoje um impor-tante instrumento de gestão em-presarial para as empresas. Tendo em conta “a extrema rigidez da legislação laboral que vigora em Portugal em matéria de despe-dimentos individuais”, só desta forma elas conseguem enfrentar os acréscimos extraordinários de actividade e resolver a carência de mão-de-obra especializada.

PÁG. 18

Trabalho temporário é um importante instrumento de gestão empresarial

Contratos de trabalho temporário e a termo devem ter regras idênticas

Acesso à base de dados do IEFP beneficiaria empresas e trabalhadores

DIRECTORJoão Peixoto de Sousa

Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€

www.vidaeconomica.pt

PUB

9 720972 000037

0 1 1 6 9

HÖRMANN INSTALA FÁBRICA EM PORTUGALO Grupo Hörmann planeia criar uma nova fábrica de equipamen-tos industriais de elevação de car-ga em Portugal. O objectivo é re-forçar a sua presença no mercado português.Henrique Lehrfeld, director da-quela empresa germânica, dá con-ta do bom momento vivido em Portugal: “Prevemos um cresci-mento de 20% ao ano até 2009”.

PÁG. 25

ARAN DISTINGUE EMPRESÁRIOS DO SECTOR AUTOMÓVEL

PÁG. 55

INDUSTRIAIS CONTESTAM ALARGAMENTO DA PRESCRIÇÃO DO AMBIENTE

PÁG. 4

17% BANCOS COBRAM TAXAS ELEVADAS

NO DESCONTO DE LETRASPÁG. 47

MERCADOS

Rafael Febres Cordero, da Fidelity, afirma

FUNDOS DE INVESTIMENTO SÃO A ALTERNATIVA ACERTADA PARA PREPARAR A REFORMA

PÁG. 45

Page 2: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

CONSUMIDORES INSACIÁVEIS

É urgente fazer a pedagogia de um estilo de vida sóbrio e responsável.

O desencanto que mata os dias de hoje tem também muito a ver com o facto de nos termos demitido da cidadania e entregue nas garras da sociedade de consumo. É, na verdade, indelével a marca de que abdica-mos, de algum modo, da nossa condição de cidadãos para nos conver-termos em meros consumidores.

Consumidores passivos de tudo o que a publicidade faz reluzir e con-sumidores exigentes dos bens públicos que o Estado-providência ainda esbanja.

O consumismo e o hedonismo que constantemente são apregoados como os grandes valores do tempo presente não têm, porém, mais sen-tido nem, sequer, viabilidade. Face à realidade económica do mundo actual e às perspectivas da sua evolução é urgente, ao contrário, fazer a pedagogia de um estilo de vida sóbrio e responsável.

É aqui que entram as elites e os líderes de opinião e a sua responsabi-lidade no estado actual das mentalidades e, até, da cultura da sociedade. Como já alguém referiu, os pensadores e os fi lósofos do nosso tempo são, desgraçadamente, os publicitários sendo que, em regra, o que eles dizem e propõem se torna moda, quer no vestir, no comer e, pior, no pensar.

Ora isto coloca várias questões e, entre elas, a relativa ao tipo de socie-dade que pretendemos para viver, sendo certo que não parece já possível exigir mais fi dalguia quando a economia está atolada em excessos de défi ces e muitos vivem já à custa dos outros, do amanhã, senão, mesmo, do submundo da imoralidade económica que teima em se manter.

Queremos viver numa sociedade dependente da lógica do lucro, do império da fi nança, da sacralização do mercado, ou estamos dispostos a sacrifi car algum bem-estar e dedicar muito esforço para construir uma nova sociedade em que os objectivos económicos e os sociais vão de par e em que competir não seja sinal de morte, mas de uma mais saudável qualidade de vida? Nesta opção vai também a escolha de um modelo de sociedade em que prevalecerá, ou não, a exclusão social e, também, a integração ou desintegração cultural.

Infelizmente tardamos muito na arte de defi nir objectivos e, mais ainda, na vontade de os perseguir com afi nco. Mas o tempo está aí em que adiar não mais será possível. Ponto é que os direitos sejam iguais para todos e as obrigações divididas igualmente por todos os cidadãos, sem nepotismo nem privilégios.

De consumidores insaciáveis passaremos, mais tarde ou mais cedo, voluntariamente ou forçados, a consumidores do possível e a viver do nosso próprio esforço e não do suor dos outros. O povo diz “deixa que comer, não deixes que fazer”, mas a sociedade actual faz exactamente ao contrário. Ou assim tem sido, embora os sinais que se confi guram no horizonte pareçam indicar que teremos de voltar a ser nós próprios, sem muletas nem disfarces.

E – o que é extraordinário – é que tudo é, afi nal, possível em contexto democrático e ao abrigo do mais insigne pacto de regime que é a Cons-tituição da República.

E-mail: [email protected] EMPRESAS CITADAS

Mercer Investment Consulting .... 3

Ford Motor Credit ..................... 6

Totta ........................................ 9

TAP ......................................... 9

Grupo Espírito Santo ................. 9

Change Partners ....................... 9

Ford ........................................ 9

Portugália ............................. .10

Sonae .................................... 10

CTT ....................................... 10

Solinca .................................. 13

Casa Alvarinho ....................... 13

Rumos ................................... 13

Chama ................................... 13

Arval ..................................... 16

Inforpress .............................. 16

UPS ...................................... 17

Allbecon ................................ 18

Olympia ................................ .18

ANA ...................................... 20

Arteh Hotels ........................... 20

Seur ..................................... .23

Capsa .................................... 23

Leche Pascual ........................ 23

Quinta de La Rosa ................. .24

Cytothera ............................... 25

Geox ...................................... 25

ANO ...................................... 26

3M ........................................ 29

Prea ...................................... 30

Vinalda .................................. 31

CARM .................................... 31

Vodafone ................................ 34

Novabase ............................... 34

Modelo Continente .................. 34

Amorim Imobiliária ................. 40

IRG ....................................... 40

Cushman & Wakefi eld ............. 40

Fidelity .................................. 45

Auto-Sueco ............................ 54

Fiat ....................................... 54

Ferrari .................................. .54

SEGURANÇA DOS ALIMENTOS

NA INTERNET

O ministério francês da Agricul-tura e das Pescas criou um site multilingue. A intenção é dispo-nibilizar o máximo de informa-ções sobre a segurança dos ali-mentos naquele país. Foi criado um site em Português, dirigido à fi leira dos produtos agrícolas e agro-alimentares para explicar o dispositivo de segurança dos ali-mentos franceses.O site (www.qualidadealimentar.com.pt) destina-se aos profi s-sionais estrangeiros, importa-dores, grossistas, associações de consumidores, entre outros, estando aí descritos os grandes princípios que orientam o dispo-sitivo de segurança sanitária dos alimentos franceses. É possível fazer gratuitamente o “downlo-ad” do guia de informação, um documento completo sobre os procedimentos de segurança alimentar aplicados no território francês. E está disponível em 13 línguas,

NEGÓCIOS & EMPRESAS

EM FOCO

PORTO MAIS COMPETITIVO PARA CATERING DA SOLINCAA Solinca, empresa de eventos e catering do grupo Sonae, tem benefi ciado com o aumento da oferta e da procura turísticas que o Porto regista nos úl-timos dois anos. Armindo Dias, administrador da Solinca Eventos&Catering, acredita que o movimento está para fi car e que a Cidade Invicta é uma aposta rentável. Prova disso mesmo é o sucesso da nova cervejaria.

MOGADOURO APOSTA NO TURISMO E NAS ENERGIAS RENOVÁVEISMorais Machado, presidente da Câmara Municipal de Mogadouro, em entre-vista à “Vida Económica”, quer novos rumos para o concelho. As energias renováveis e o turismo estão no centro das políticas de desenvolvimento. Uma tarefa nada fácil. Há que investir em várias áreas para garantir os retornos. As ligações viárias continuam a ser um problema por resolver.

AMORIM IMOBILIÁRIA PROMOVE SHOPPING DOLCE VITA EM BRAGAA Amorim Imobiliária continua a expandir o conceito Dolce Vita. Desta vez, na cidade de Braga. O novo empreendimento vai ter uma área de construção de 90 mil m2, num investimento global de 130 milhões de euros.

NESTA EDIÇÃO

Abertura

HUMOR ECONÓMICO

IMOBILIÁRIO

CAUSAS DO DIA-A-DIA

ANTÓNIO VILARADVOGADO

[email protected]

EDITOR E PROPRIETÁRIO: Vida Económica Editorial SA

REDACÇÃO: Virgílio Ferreira (Chefe de Re-dacção), Guilherme Osswald, Sandra Ribeiro, Susana Marvão, Gabriela Raposo, Bárbara Andrade, Aquiles Pinto, Martim Porto, Rute Barreira e Adérito Bandeira.

SECRETÁRIA DA REDACÇÃO: Lisbeth Ferreira [email protected]

PAGINAÇÃO: Célia César, Mário Almeida, Flá-via Leitão, José Barbosa e Susana Almeida.

CENTRO DE INFORMÁTICA: Paulo AlexandreContactos Porto: Rua Gonçalo Cristóvão, 111, 6º Esq. 4049-037 PortoTel.: 223 399 400 • Fax: 222 058 [email protected] Lisboa: Campo Pequeno, 50 - 4º Esq. 1000-081 Lisboa Tel.: 217 815 410 • Fax: 217 815 415

DEPARTAMENTO COMERCIAL:Porto: Teresa Claro e Madalena [email protected]@vidaeconomica.pt

Secretária Comercial: Alzira [email protected]. 223 399 404

Lisboa: Sónia PiresE-mail: [email protected]. 217 815 410

EMPRESA CERTIFICADA

TIRAGEM CONTROLADA PELA:

TIRAGEM DESTA EDIÇÃO: 20.800

4000 Município (Porto) TAXA PAGARegisto na D. G. C. S. nº 109 477 • Depósito Legal nº 33 445/89 • ISSN. 0871-4320 • Registo do ICS nº 109 477

MEMBRO DA EUROPEAN BUSINESS PRESS

ASSINATURAS: Maria José Teixeira, Carla [email protected]

IMPRESSÃO: Naveprinter, SA - Porto

DISTRIBUIÇÃO: VASP, Sociedade de Trans-portes e Distribuição, SAMLP: Media Logistics ParkQuinta do Grajal - Venda Seca2739-511 Agualva - CacémE-mail: [email protected].: 214 337 000 - Fax: 214 326 009

P. 11

BREVES

PÁG. 13

sexta-feira, 06 Outubro de 2006ACTUALIDADE02

P. 40

Page 3: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

70% Percentagem obtida nas eleições da ANF

por João Cordeiro

1,1 milmilhões de euros

Valor da renovação da Baixa e Chiado

11%Crescimento

das exportações alemãs este ano

EXPANSIÓNMensagens do BCE perdem-se na tradução

Para o Banco Central Europeu (BCE) tão difícil como fixar as taxas de juro é fazer com que se entenda. Sobretudo quando se trata de traduções para as línguas latinas. Têm sucedido vários erros, com graves consequên-cias para os operadores de mercado, de acordo com tradutores, analistas e economistas (...). A mensagem do banco é muito consistente em Inglês, mas já não o é em Francês, Português ou Espanhol. A tradução passou a ter uma importância acrescida, dado que o mercado se acostumou a certos termos e reage aos mesmos.

FINANCIAL TIMESTaxas de juro poderão agravar-se

O crescimento da produção industrial, na zona euro, não dá sinais de abrandamento, pelo que é de esperar que o Banco Central Europeu torne a agravar as taxas de juro. Em Setembro, a produção industrial britânica cresceu à taxa mais rápida desde há dois anos. Os analistas, por seu lado, avisam que o abrandamento da economia da zona euro está para breve, à medida que se for fazendo sentir o impacto da desaceleração norte-americana, naturalmente com uma quebra nas expor-tações europeias. Para já, receiam-se as pressões inflacionistas.

INVESTIRDesemprego cresce na zona euro

A taxa de desemprego registou um ligeiro crescimento de 0,1% pontos percentuais na zona euro, no passado mês de Agosto. A percentagem da população activa sem trabalho é agora de 7,9%. A Holanda destaca-se com uma taxa de 3,8%, seguida da Irlanda, este país com cerca de 4,4% de desempregados. A França encerra a marcha com 8,8%, depois da Bélgica, esta com 8,6% de desempregados da população activa total.

VIEIRA DA SILVAVieira da Silva tem perante si enormes desafios e, por certo, muita con-testação. Nas suas mãos está talvez o dossier mais complicado desta legislatura. a reforma da Segurança Social. Mas tem motivos para estar satisfeito, pelo menos para já. É que Bruxelas está agradada com as principais linhas de reforma. No entanto. não deixou de avisar que o nosso é um “país de alto risco”. Seja como for, o responsável da tutela conseguiu alguma margem de manobra.

ANTÓNIO CARRAPATOSOO responsável para Portugal da Vodafone está a cumprir a sua tarefa. Sem dúvida que a multinacional é das partes que mais têm a perder com a eventual aquisição da PT por parte da Sonaecom. Agora também se quer fazer ouvir no processo. pelo que abriu uma nova frente de batalha. O objectivo principal parece ser chamar a atenção da Anacom para o risco de se estar perante um novo monopólio. Carrapatoso espe-rou pacientemente para agora mostrar o seu desagrado, no momento adequado.

JOSÉ SÓCRATESMesmo sem dar muito nas vistas. o Primeiro-Ministro. em última ins-tância. é o responsável máximo pela reforma na função pública. O ca-minho tomado mais parece um atalho. Em vez de se pensar na gestão e na concentração de serviços. O objectivo principal é eliminar postos de trabalho e reduzir, sem apelo nem agravo, os custos. É na gestão que estão os maiores ganhos, sendo que Portugal nem sequer está na linha da frente dos países com mais funcionários públicos, ao contrário do que se quer fazer crer.

CORREIA DE CAMPOSQuis ser o arauto da vulgarização dos genéricos e da liberalização do mercado dos medicamentos. Mas nada está a correr como previsto ao ministro da Saúde. Os genéricos estão em quebra acentuada e os preços dos medicamentos tendem até a aumentar, ao contrário do que se pensava com a liberalização. Além disso, o ministro insiste que são os doentes que têm que pagar a factura dos actos médicos, em vez de enveredar por outro tipo de contenção de custos (por exemplo, acabar com os carros topo de gama de algumas adminis-trações).

ECONÓMETRO

FACTOS RELEVANTES

ENGENHEIROS PROPÕEM MEDIDAS PARA REDUZIREM DERRAPAGENS NAS OBRAS PÚBLICAS

A Ordem dos Engenheiros (OE) apresentou uma série de propostas ao Governo para evi-tar as derrapagens nas obras públicas. sendo que estes pro-fissionais podem ter um papel determinante nesse sentido. Os principais problemas residem no lançamento dos concursos. na direcção das obras, na fisca-lização e na gestão dos empre-endimentos.

A entrada rm vigor de um novo código da contratação deverá ser acompanhado de mudanças na organização da administração

pública. da definição dos pro-gramas preliminares dos projec-tos. do acompanhamento e con-trolo das diferentes fases. Por outro lado, defendem os enge-nheiros que é importante definir os programas preliminares dos projectos, o acompanhamento e controlo das diferentes fases,a qualificação dos técnicos que podem elaborar projectos, dirigir e fiscalizar obras e ainda uma maior exigência na qualificação técnica das empresas.

Considera a Ordem que “o novo Código dos Contratos Pú-

blicos poderá melhorar algumas disposições que têm agravado a actual situação, mas não poderá substituir uma gestão mais pro-fissional e tecnicamente mais rigorosa por parte dos donos de obra”. Em termos gerais. a OE acha que só um tratamento in-tegrado do sector. em termos da legislação. das qualificações técnicas dos intervenientes e das empresas e de um maior profissionalismo na gestão dos processos poderá melhorar a ac-tual situação de desvios nas em-preitadas de obras públicas.

FUNDOS DE PENSÕES BENEFICIAM DOS MERCADOS DE ACÇÕES E OBRIGACIONISTAS

A rentabilidade dos fundos de pensões nacionais, em Setem-bro, foi de 0.8%, o que se terá ficado a dever aos resultados alcançados nos mercados ac-cionistas e obrigacionistas, com mais 0,5% e 1,8%, respectiva-mente. Também no imobiliário se ficou em terreno positivo, com um acréscimo de 0.3%, face a igual período do ano pas-sado, de acordo com valores da Mercer Investment Consulting.

Os mercados de dívida públi-

ca e de acções apresentaram uma performance positiva, no mês em análise. Ambos sofre-ram uma valorização, devido à diferente leitura dos indicadores do actual ciclo económico. Para o mercado obrigacionista não há sinais claros de sustentabi-lidade do actual ritmo de cres-cimento económico. enquanto o mercado accionista considera não haver sinais inequívocos da não sustentabilidade do cresci-mento.

O mercado da taxa fixa apre-sentou uma rendibilidade de 0.6%. Para maturidades mais longas (superiores a dez anos),o índice apresentou um aumento de 1,6%, numa altura em que o preço do petróleo registou novo recuo, em resultado da correcção de sobrevalorização que então ainda se verificava. O abrandamento do crescimento económico nos Estados Unidos foi uma das principais razões para essa descida.

sexta-feira. 06 Outubro de 2006 03ACTUALIDADE

TENDÊNCIAS

Fonte: INE

PRODUÇÃO INDUSTRIAL ACELERA (variação homóloga. em %)

Fonte: INE

EMPREGO POSITIVO NO RETALHO (Variação últimos 12 meses. %)

Fonte: BANCO DE PORTUGAL

CRÉDITO MALPARADO TORNA A AGRAVAR-SE (milhões de euros)

REVISTA DE IMPRENSA

Ago/0

5

Set/0

5

Out/0

5

Nov./

05

Dez./

05

Jan./

06

Fev./

06

Mar./0

6

Abr./0

6

Mai./0

6

Jun./

06

Jul./0

6

Ago./

06

-4

-2

0

2

4

6

8

Ago/0

5

Set/0

5

Out/0

5

Nov./

05

Dez./

05

Jan./

06

Fev./

06

Mar./0

6

Abr./0

6

Mai./0

6

Jun./

06

Jul./0

6

Ago/0

6

0.6

0.7

0.8

0.9

1

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1239 1242 1208 1175 1162 1131 1155

Page 4: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

Guia prático do arrendamento urbano

O novo Regime do Arrendamento Urbano tem como principal objectivo a dinamização do mercado do arrenda-mento. Procura-se equilibrar os direitos dos senhorios a recebe-rem uma renda, de acordo com os valores do mercado, e os di-reitos dos inquilinos a uma ha-bitação condigna.

Esta edição da “Vida Econó-mica” e da autoria de Daniela Maia e Rute Barreira pretende dar respostas concretas a nu-merosas questões relacionadas com o novo regime. Para além das perguntas e respostas re-lacionadas com o contrato de arrendamento nas perspectivas do senhorio e do arrendatário, já em conformidade com os diferentes diplomas legais regulamentares, o guia é ain-da composto por minutos, esquemas práticos e legislação. Com carácter eminentemente prático, esta edição contém índice alfabético, remissivo e ainda um índice das pergun-tas e respostas. O guia prático pode ser encontrado nas bancas, juntamente com o jornal “Vida Económica”, por apenas mais cinco euros.

Alargamento dos prazos de prescrição aumenta a incerteza

Industriais contestam excesso de obrigações burocráticas no Ambiente

O centro do MediterrâneoA Air Berlin aliou-se à região turística das Ilhas Baleares. O objectivo é aliciar os portugueses a viajar para aquele que é o destino turístico mas importante da Europa

As ilhas Baleares são visitadas por mais de 12 milhões de turistas por ano. Não é por acaso que são consideradas o destino turístico mais importante da Europa. E apesar de Portugal já ter descoberto este pequeno paraíso aqui tão perto, o certo é que os valores ainda são considerados como pequenos. Este ano, cerca de 92 mil portugueses visitaram as ilhas, com destaque para a ilha de Mallorca (cerca de 80%). Mas a região quer mais. Por isso na se-mana passada, organizou um evento de charme para as agências de viagens, demonstrando as varias ofertas das ilhas e procurando provar que se trata um destino acessí-vel durante todo o ano.

Como aliado, a região de turismo conta com o apoio da Air Berlin, que tem o seu “hub” na ilha de Mallorca. Todas as ligações são feitas através da ilha. E o resultado é que este ano a empresa já transportou mais de cinco milhões de passageiros até à ilha. É certo que nem todos ficam muitos estão em trânsito para outros destinos eu-

ropeus, mas mesmo assim....A Air Berlin assume-se como uma transportadora aérea

de preços acessíveis, oferecendo como factor diferencia-dor um conjunto de serviços, no qual se inclui a refeição, distribuição de jornais, cartão de fidelidade, tarifas busi-ness e mesmo disponibilização de transporte gratuito de bagagens especiais. A empresa está em processo de ex-pansão, tendo aquirido, o ano passado, a totalidade do capital da DBA (que realizava voos domésticos na Ale-manha). Com este negócio vieram mais 29 aviões (o ob-jectivo é ter 100 unidades até ao final do próximo ano), e que permitem que a Air Berlim aumente os seus voos para o norte da Europa. Aliás, o mercado escandinavo e o Reino Unido. O primeiro programa integrado, fruto da integração das duas empresas deverá sair para o mercado no início de Abril do próximo ano.

ALEXANDRA COSTA

redacçã[email protected]

A Associação do Indus-triais Metalúrgicos, Me-talomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP) está satisfeita com a publica-ção da lei quadro das con-tra-ordenações ambientais. Mas algumas das disposi-ções podem ter consequên-cias negativas, desde logo o alargamento substancial dos prazos de prescrição do procedimento contra-orde-nacional.

A associação adianta que nas suas acções inspectivas a IGAOT tem manifestado “propensão para sancionar as empresas pelo eventual incumprimento de meras obrigações burocráticas. Sendo alargados os prazos, é inevitável que se acentue essa tendência, em detri-mento de uma intervenção mais atenta e eficaz no que se refere a condutas mate-rialmente lesivas do am-biente”.

A AIMMAP, por via do seu director-geral, Rafael Campos Pereira, vai ainda mais longe nas suas críticas ao afirmar: “Com o alarga-mento dos prazos de pres-crição branqueia-se a inér-

cia da IGAOT, instando a comportar-se nos mesmos termos que actualmen-te subjazem às suas acções inspectivas. É concedi-da uma margem cada vez maior para, negligenciando as questões substantivas, re-meter-se cada vez mais para as questões secundárias.”

Solução é contraproducente

A solução encontrada é vista como contraprodu-cente em termos de pro-tecção do ambiente e um mau sinal em termos de cumprimento, por parte do Estado, de uma cultura de exigência e de rigor. Além disso, a associação secto-rial lamenta que o diploma consagre não ser aplicável aos processos de contra-ordenação a proibição de “reformatio in pejus”. Esta situação é encarada como altamente lesiva para as empresas e incompreensí-vel num Estado de Direito. Basicamente, o que sucede é que, no caso de se verifi-car um recurso, as sanções poderão ser agravadas. De

notar que parece ter ínsita a vontade de coagir as em-presas sancionadas a não recorrerem aos tribunais.

Em comunicado enviado às autoridades competen-tes, a AIMMAP aprovei-ta a ocasião para solicitar também que, na elabora-ção do diploma legal para classificação das contra-or-denações tipificadas na le-gislação vigente seja feita uma “profunda, reflexão

prévia a esse propósito”. E refere aquele responsável a este propósito: “Considera-mos ser injustificável que, a exemplo do que sucede relativamente a determi-nadas matérias específicas, as obrigações meramente formais continuem a ser penalizadas de forma tão ou mais severa do que con-dutas verdadeiramente lesi-vas do ambiente em termos substantivos.”

Neo Energía inicia operações eólicas em Burgos

A Neo Energía, empresa responsável pela gestão da divisão de energias renová-veis do grupo EDP (e parti-cipada por este e pela HC Energía), deu início à ope-ração de quatro parques eó-licos em Burgos. A potência instalada é de 73,5 MW e representa um investimen-to de 73 milhões de euros.A empresa passa agora a garantir mais de 1200 MW de potência eólica instala-da. Na Península Ibérica

detém uma quota de mer-cado superior a 10%, sendo que o grupo EDP se posicio-na como o quinto operador mundial neste segmento de negócio. Entretanto, está a desenvolver um processo de expansão em França, na sua primeira incursão fora do espaço ibérico. Assim, o objectivo é, no final da década, possuir uma po-tência instalada superior a 500 MW fora da Península Ibérica.

Titularização de dívidas fiscais com evolução positiva

A operação de titularização de dívidas fiscais e da Se-gurança Social está a evo-luir positivamente, quanto à respectiva amortização por tranches, garante o Mi-nistério das Finanças. No semestre terminado em Agosto, a DGCI cobrou e transferiu 175,6 milhões de euros, o que permitiu atingir um valor acumulado superior a mil milhões de euros. Esta evolução posi-tiva permitiu pagar quase 230 milhões de euros em termos de encargos decor-rentes da mesma.O nível de cobrança atinge,

neste momento, um valor acumulado de 65%, em relação ao “base case”. O Estado estará a cumprir na íntegra todo o serviço da dívida associada à opera-ção de titularização. Para aquele ministério, “o bom resultado traduz os efeitos das medidas tomadas no âmbito da cobrança coer-civa, como o aumento e o reforço da qualificação dos recursos humanos, o de-senvolvimento de projectos informáticos e o controlo efectivo dos resultados al-cançados face aos objecti-vos definidos”.

Coliseu do Porto reforça aproximação dos jovens à música clássica

Concertos Promenade com orçamento de 150 mil eurosA Associação Amigos do

Coliseu do Porto (AACP) vai dar início ao segundo ciclo de Concertos Promenade, já no próximo domingo, dia 8 de Outubro. Este espectáculo vai ter como convidado espe-cial Fernando Almeida, vere-ador da Cultura da Câmara do Porto. Os anteriores con-certos contaram com a par-ticipação de figuras conheci-das do mundo empresarial, como Belmiro de Azevedo e Artur Santos Silva, além de personalidades ligadas ao

desporto e à cultura. A reedição da iniciativa

deve-se ao balanço positivo que a Direcção da AACP faz do primeiro ciclo, na épo-ca de 2005/2006. “Foi uma aposta num formato inter-nacionalmente reconhecido mas para o qual receámos não obter os resultados es-perados, em termos de audi-ência, logo no primeiro ano. Porém, registámos cerca de 20 mil espectadores, no total dos dez concertos, o que nos incentivou não só para a sua

reedição, mas sim à sua inte-gração no programa de ini-ciativas regulares do Coliseu do Porto, do qual já fazem parte a produção de duas óperas, por ano, e o Circo, sempre por altura do Natal”, refere José António de Bar-ros, presidente da AACP.

A edição deste ano dos Concertos Promenade, que volta a contar com a direcção artística do maestro Cesário Costa e com a apresentação e explicações do professor Jorge Castro Ribeiro, apre-

senta algumas novidades. A primeira é o seu alargamen-to a novas orquestras, inclu-sivamente, internacionais, onde a Orquestra da Extre-madura, de Espanha, pon-tua; bem como a abertura a novas sonoridades para além da música sinfónica, clássica, apresentando um reportório contemporâneo, mais moderno, com perfor-mers, como é caso do grupo Drumming, de percussão, a dar uma nota de diversi-dade sonora ao programa.

“Os concertos “Promenade” acontecem um pouco por toda a Europa e destinam-se, fundamentalmente, a es-timular o gosto pela música, especialmente junto do pú-blico mais jovem, tornando-o uma audiência mais quali-ficada. O enriquecimento do programa deste ciclo, com novas sonoridades, cumpre este propósito”, acrescenta José António de Barros.

Embora se mantenha, no ciclo desta temporada, uma regularidade mensal, com os

sexta-feira, 06 Outubro de 2006ACTUALIDADE04

Rafael Campos Pereira, director-geral da AIMMAP, acha que o Governo quer limitar os direitos dos cidadãos, por via do agravamento das sanções.

concertos a acontecer sem-pre aos domingos de manhã, os meses de Outubro e Maio contam com dois concertos. “É intenção da AACP fazer crescer o número de con-certos anuais, de ciclo para ciclo, evidentemente obser-vando as nossa limitações orçamentais. Este ano, con-tamos com 11. Quem sabe um dia chegaremos ao nú-mero de 60 por ano, como no Royal Albert Hall, em Londres”, destaca aquele res-ponsável.

Page 5: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

Figura do “Compromisso Portugal” bem vista por um conjunto diferenciado de personalidades

Gestor profissional pode melhorar a eficácia dos tribunais

Um gestor profissional para cada tribunal. Uma das propostas dos promotores do “Compromisso Portugal” que recolhe uma opinião favorável junto de várias perso-nalidades ligadas ao mundo da justiça. Disto nos demos conta quanto tentámos saber o que pensam vários qua-drantes da sociedade portuguesa sobre esta iniciativa. Te-mos o exemplo de Raposo Subtil, presidente do Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advoga-dos, que afirma, claramente, que “precisamos de mais gestores para os tribunais”. É uma forma de re-solver, diz ainda, a desorganização da máquina judiciária, bem como de proceder a uma redução efecti-va das pendências processuais.

António Martins, presidente da Associação Sindical de Juízes Por-tugueses, segue as mesmas pisadas de Raposo Subtil e ao nosso jornal fala desta proposta do “Compro-misso Portugal” como algo posi-tivo, como uma das “boas práticas” do sector privado – António Martins destaca aspectos como a qualidade, a eficácia e a celeridade – que poderá ser introduzida nos tribunais. Sobre o perfil deste gestor profissional, António Martins diz que este não tem que ter necessa-riamente formação jurídica, antes um domínio das ma-térias ligadas às organizações dos tribunais.

Mário Frota, presidente da Associação Portuguesa de Distribuição e Consumo, começa por dizer à “Vida Eco-nómica” que esta medida pode ser “interessante”, para logo a seguir fazer algumas ressalvas. “Esta figura não pode ser um gestor qualquer com uma formação genera-lista”, destaca. Mário Frota considera que, se quisermos

um gestor responsável pela definição e execução de um determinado orçamento, mas também pela gestão pro-cessual dos tribunais, então, teremos que lhe dar uma formação que consiga combinar as duas partes: a execu-tiva e a jurídica, ainda que esta última, apenas, de âm-bito jurídico-processual. De outra forma, adverte Mário

Frota, poderão vir a criar-se conflitos en-tre os gestores profissionais e os presiden-tes dos tribunais. Mas podemos dizer que este jurista deixa uma outra advertência: “Se os gestores profissionais constituírem uma forma de tornar mais pesada e onerosa a máquina dos tribunais, então, não vale a pena”. E Mário Frota lembra ainda que poderemos estar perante um prerrogativa de uma classe, neste caso, a dos gestores. “A eficiência pode não passar pelos gesto-res”, acrescenta. Em jeito de conclusão, o presidente da Associação Portuguesa de Distribuição e Consumo fala ainda na ne-cessidade de, a par de medidas como esta, se proceder, nos tribunais, a uma “conve-

niente digitalização dos processos”.

PME Portugal já fez a proposta do gestor profissional

Quando pedimos a Joaquim Cunha, presidente da PME Portugal, um comentário sobre este assunto, a res-posta surge pronta: “A proposta do gestor profissional já foi feita pela PME Portugal há vários anos”. Este res-ponsável acrescenta ainda que estamos perante algo que já foi, por diversas vezes, alvo de discussão nas reuniões que esta associação empresarial mantém com o Governo. Não admira pois que, em jeito de conclusão, Joaquim

“Esta figura não pode ser um gestor qualquer com uma formação generalista.”

PUB

sexta-feira, 06 Outubro de 2006 05ACTUALIDADE

Um gestor profissional para melhorar a eficácia dos tribunais, da justiça portuguesa. Uma das muitas medidas do “Compromisso Portugal” que, por aquilo que apurámos junto de diversas figuras da nossa sociedade ligadas a este meio, recebe uma opinião favorável. O secretário de Estado da Justiça, Tiago Silveira, que também contact´smos, diz que esta é uma figura que já está prevista no pacto recente assinado entre o PS e o PSD. O que falta? A partir de agora, somente, a regulamentação.

Gestor profissional

previsto no pacto assinado entre PS

e PSDO que pensa o Ministério

da Justiça sobre este assun-to? Ora, apesar de afirmar que este assunto deverá ser apresentado ao gabinete do ministro, Tiago Silvei-ra, secretário de Estado da Justiça, sempre vai dizendo e, remete-nos para o recente pacto celebrado entre o PS e o PSD, que, neste documen-to, vem referida a “neces-sidade de se assegurar uma gestão especializada através de um gestor profissional”. E acrescenta: “É essa medi-da que iremos concretizar através de iniciativas legis-lativas a submeter ao Parla-mento”.

Cunha nos diga que ficam satisfeitos que o “Compro-misso Portugal” adira a estas propostas que já “merecem o consenso dos empresários e agora dos gestores profis-sionais participantes do evento”.

Nuno Martins, o director-geral da AIMinho, tem um discurso idêntico ao dos seus colegas e, como tal, afirma à “Vida Económica” que “tudo aquilo que visa melhorar a justiça é positivo” para o país. Sobretudo, disse ainda, num momento em que há um acordo de princípio em relação àquilo que é proposto, ou seja, atribuir o ‘core’, o núcleo fundamental de qualquer sector para os especia-listas e deixar a gestão operacional para os gestores com experiência e mérito reconhecidos. Algo que, no enten-der de Nuno Martins, poderá, por um lado, aumentar a eficácia dos tribunais e, por outro, potenciar os recursos alocados à justiça. Quando ao perfil deste gestor pro-fissional, o director-geral da AIMinho considera que os conhecimentos específicos do sector da justiça não são o “predicado principal” e que estes poderão, mesmo, ser adquiridos no exercício da função.

Sobre este assunto, o Ministério da Justiça, através do seu gabinete de imprensa, não fez qualquer comentá-rio, preferindo antes dizer que terão todo o gosto em analisar as conclusões que, eventualmente, o movimento “Compromisso Portugal” enviar ao ministro da Justiça.

SANDRA [email protected]

“É essa medida que iremos concretizar através de iniciativas legislativas a submeter ao Parlamento” diz, a respeito da criação da figura do gestor profissional, Tiago Silveira, secretário de Estado da Justiça.

Page 6: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

EUROPA DIVIDIDA NA “FACTURA” ENERGÉTICA

A Europa não está de acordo quanto à redução da factura energética. A Fin-lândia quer que a Comissão Europeia aprove um plano de eficiência no breve prazo. O país na presidência acha que é possível baixar o con-sumo de energia em 20% até 2020.

Os cortes poderão atingir os 60 mil milhões de euros na factura da energia euro-peia, para mais numa altura em que os preços continu-am a crescer e os recursos são cada vez menos. A Comissão Europeia tem uma opinião diferente. Acha que é necessá-ria mais qualidade e menos quantidade, já que a proposta apresenta mais de 100 medidas. Terá que haver um esforço conjunto entre todos os países e a Comissão, de modo a que esta questão seja resolvida.

A Finlândia está a aproveitar a sua presidência para dar uma maior visibilidade aos assuntos relacionados com a energia e o ambiente. Mas a Alemanha não está muito longe deste país e sabe-se que está também a preparar um pacote de medidas, sobretudo aos níveis da segurança do fornecimento de energia e do preço em vez daquilo que se pode poupar.

Benefícios das reformas fazem-se sentir na zona euroComissão Europeia acredita que se está no bom caminho

BCE quer avançar com integração financeira

O Banco Central Europeu quer dar um impulso no sen-tido da integração financeira, apesar de existir oposição por parte do sector. O BCE acha que se verifica um projecto racional, o qual pode remover uma série de obstáculos nas transferências entre os 12 países da zona euro.

Desde a criação do euro que o banco central lamenta o ritmo muito lento a que se está a proceder em termos de

integração de muitas áreas financeiras, factor que está a travar as expectativas de crescimento. O projecto, basica-mente, pretende reduzir os custos dos negócios bancários transfronteiriços, mas ainda não há uma quantificação em concreto. O sector, por seu lado, insiste que haverá uma ainda mais fragmentação nos serviços. A ideia é criar um único modelo integrado.

Um outro aspecto visto como importante é a criação de uma área única de pagamentos. Trata-se de permitir pa-gamentos na zona euro o mais barato e eficiente possível, como se fossem meros pagamentos internos. No entanto, também aqui se levantam problemas, como é o caso dos cartões de crédito. Seja como for, alguns países nórdicos já estão a utilizar sistemas comuns e os resultados têm sido notórios.

O BCE garante que o novo sistema não vai colocar em causa os ganhos dos operadores de cartões de crédito, ao contrário do que tem sido afirmado. Aliás, o Visa e o Mas-tercard estão de acordo com a existência do novo sistema. Parece evidente que a integração do modelo financeiro vai resultar numa maior concorrência, o que significa mais benefícios para os consumidores. Os bancos estão a reagir a esta intenção, o que se compreende, já que, pelo menos numa primeira fase, correm o risco de verem os seus lucros baixarem. Mas o caminho da competitividade tem que ser intensificado, na óptica do banco central.

As reformas económicas na Europa estão a começar a apresentar resultados. Po-derão ajudar bastante a zona euro a reduzir a distância que a afasta dos Estados Unidos. Esta a perspectiva da Comis-são Europeia, que chama a atenção para os benefícios resultantes de reformas mui-to dolorosas. Agora já é pos-sível que o crescimento saia dos dois pontos percentuais dos últimos tempos. A Co-missão acha que foi dado início à retoma.

Importante é que o rit-mo de reformas se man-tenha, mesmo que tal im-plique perder votos junto dos eleitores. Não é uma questão política, mas de crescimento para o futuro. Os indicadores mais recen-tes suscitam optimismo. É que a produtividade, o principal problema da zona euro, está a crescer a uma taxa anual de 2%, contra os apenas 0,7% dos últimos

cinco anos. Além disso, a União Europeia criou cerca de sete milhões de postos de trabalho entre 2000 e 2005, contra os dois mi-lhões nos Estados Unidos.

Ainda muito recente-mente a Comissão reviu em alta o crescimento em alta para 2,5%, ainda até ao final do ano. Sobretudo porque a França está a dar sinais consistentes de uma retoma substancial. A Ale-manha também tem dado bons sinais. No entanto, colocam-se graves proble-mas à economia europeia e que têm que ser tidos em conta. Desde logo, o ritmo de crescimento da produti-vidade ainda é lento e o en-velhecimento da população poderá travar o crescimen-to no médio prazo.

Depois há uma outra questão pertinente, desig-nadamente se as reformas laborais, nos mercados fi-nanceiros e nos sistemas

de saúde poderão, de facto, impulsionar o crescimen-to acima dos dois pontos percentuais, sendo que essa taxa é de 3% nos Estados Unidos, o que faz pensar num longo caminho ainda a percorrer. De facto, os analistas duvidam que se possa acelerar consideravel-mente o crescimento, sem colocar em causa o empre-go e fazer disparar a infla-ção. A própria Comissão não tem certezas quanto a estas questões, mas está mais optimista.

Melhoria parece estar para durar

Para os responsáveis co-munitários, existe a con-vicção que as coisas estão mesmo a melhorar, mesmo que ainda se verifiquem alguns obstáculos. Toda-via, a Comissão Europeia assume que ainda é muito cedo para dizer se se trata

de uma evolução conjun-tural ou do impacto das reformas estruturais. Os países parecem estar agora conscientes que os melho-res momentos têm que ser aproveitados para reforçar as reformas estruturais.

Há outras razões ainda para este optimismo, ainda que moderado. Há muitos anos que a União Europeia tem sido acusada pelos Es-tados Unidos de não fazer o suficiente para impul-sionar o crescimento e a competitividade mundiais. A Comissão considera que a melhor forma é cooperar para reforçar as reformas e acelerar o crescimento. Pa-rece evidente que se está, neste momento, numa fase propiciadora de crescimen-to, pelo que as diferentes nações da zona euro têm retirar os dividendos neces-sários para avançarem com algumas das reformas que ainda estão por realizar.

ECONOMIA NORTE-AMERICANA DESACELERA

A economia norte-america-na está a dar sinais de al-gum abrandamento. O PIB cresceu 2,6% no segundo trimestre, contra as previ-sões de 2,9% dos analis-tas. Um resultado que sur-preendeu, já que nos três primeiros meses se registou uma aceleração de 5,6%.A despesa dos consumido-res foi o principal motor do crescimento do PIB, com um acréscimo de 2,6%, relativamente ao ano pre-

cedente, mas muito abaixo da alta de 4,8% do primeiro trimestre do presente exercí-cio. Alguns indicadores dão conta de uma desaceleração no crescimento económico. Basta referir que o investi-mento em habitação baixou mais de 11%, a maior que-bra em 11 anos. De igual modo, a despesa em softwa-re e equipamento informá-tico sofreu uma redução, o que significa que as empre-sas estão a investir menos.

FORD MOTOR CREDIT DESPEDE DOIS MILA Ford Motor Credit, divisão financeira do construtor au-tomóvel norte-americano, vai eliminar cerca de dois mil postos de trabalho, um quarto da sua força de tra-balho nos Estados Unidos. Vai também fechar alguns dos seus escritórios para reduzir os custos. Esta área está a seguir os mesmos procedimentos da parte industrial do grupo. Esta divisão disponibiliza financiamento através da rede de vendas da Ford e terá perto de 8600 funcio-nários nos Estados Unidos e no Canadá. Após ter apre-sentado perdas de mais de 1,4 mil milhões de dólares

no primeiro semestre, o construtor automóvel está a reduzir não só os empregos como os níveis salariais. Trata-se já da segunda rees-truturação nos Estados Uni-dos desde o início do ano.A Ford já eliminou qua-tro mil postos de trabalho ao longo do exercício, e já anunciou um outro pla-no para eliminar mais dez mil até ao final do primeiro trimestre do próximo ano. Mesmo assim, os executi-vos da empresa garantem que não há a intenção de vender a divisão, ao con-trário do que sucede com o concorrente General Mo-tors.

sexta-feira, 06 Outubro de 2006INTERNACIONAL06

Investimento imobiliário atinge valor recordeO investimento directo

em imobiliário, a nível in-ternacional, atingiu o valor recorde de 235 mil milhões de euros durante o primei-ro semestre. Este valor re-flectiu um crescimento de 30%, face a igual período do ano passado. A América, a Ásia e a Europa assistiram a um volume de transacções sem precedentes, de acordo com a consultora imobiliá-ria Jones Lang LaSalle.

Os mercados imobiliá-rios continuaram a refor-

çar-se enquanto uma classe global de activos, com o inve s t imen-to estrangeiro a representar cerca de 44% do total do vo-lume de capi-tal movimen-tado, contra 34% no ano transacto. Um outro aspecto interessante é que, em termos relativos, a globalização do investi-

mento imobiliário teve um forte impacto nos mercados

em desenvol-vimento. “Na Europa Central e em alguns mercados asiá-ticos e latinos, os investidores intercontinen-tais estão a ad-quirir a maioria do stock prime disponível.”

Acontece que os gestores de fundos estão a receber

fluxos recorde de capital, à medida que as populações dos países desenvolvidos se aproximam da idade da re-forma. “Muitos desses fun-dos são captados por via de retornos estáveis e consis-tentes proporcionados pelo imobiliário. Assiste-se a um importante realinhamento dos portfólios de investi-mento em favor dos activos imobiliários. As transacções globais deverão ascender a cerca de 488 mil milhões de euros.”

Por sua vez, os investido-res americanos estão a au-mentar a sua exposição ao investimento imobiliário na Europa e na Ásia, en-quanto que os investidores do Médio Oriente continu-am a realizar investimentos significativos na Europa e no Continente America-nos. Grandes investimentos continuam a ser realizados no Continente americano por fundos provenientes da região Ásia/Pacífico (sobre-tudo australianos). Mais de

85% do total das aquisições intercontinentais tiveram lugar em cinco mercados, Estados Unidos (38%), Alemanha (19%), Reino Unido (14%), França (8%) e Japão (5%). Entretanto, a Alemanha superou no Rei-no Unido como destino de preferência, sendo que os fundos globais estiveram bastante activos em ambos os mercados. Os escritórios contabilizaram quase meta-de do total do investimento intercontinental.

235 mil milhões de euros no primeiro semestre

Page 7: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

Saudades do Pedro Arroja AdE

O Reitor da Universidade de Lis-boa decidiu dar a “boutade” a que tem obviamente direito por

exercício de cargo numa entrevista que deu já há algum tempo: “duvido que um gestor privado aceitasse gerir uma universidade”. Fiquei um pouco confuso mas encolhi de vez os ombros de resignação quando ouvi o seu Colega Reitor da Universidade do Por-to discorrer monocordicamente sobre uma pseudoproposta de estratégia de afirmação de poder para a cidade do Porto.

O que acontece aos senhores Reitores é a vulgar e já tradicional troca de voltas ao raciocínio, da qual sofre parte representativa dos académicos portugueses. Os académi-cos continuam a viver em círculo fechado, a pensar que têm vocação de predestinados, hoje obcecados pelo curriculum e os artigos publicados pelo vizinho do lado e a conse-quente perca de importância no respectivo ranking internacional.

De facto e na verdade, o que qualquer académico português representativo segu-ramente sempre quererá dizer é que “duvi-

damos que qualquer universidade aceite ser gerida por um gestor privado”. Assim, sim!

E aqui lembrei-me do mais heterodoxo académico que alguma vez conheci na mi-nha vida. Que genuínas saudades tenho do Pedro Arroja AdE (antes de empresário)!

Como amigo de vinte anos, regozijo-me com seu sucesso empresarial, que todos sa-bíamos que ia acontecer, um dia qualquer; compreendo, obviamente, que a sua activi-dade actual não lhe permita a antiga fulgu-rância de expressão a que nos habituou; mas que tenho saudades, ai isso tenho!

O Pedro foi (é), nos últimos vinte anos em Portugal, um macroeconomista de ex-cepção, de uma inteligência ímpar e que teve o enorme – e único! – contributo (des-conheço quem o tenha feito antes; segura-mente, não houve quem o tenha copiado depois) de pôr o País a pensar e discutir sau-davelmente a Economia Política.

Para mim e como profissional que não advoga nem defende por inteiro algumas das suas teses, um artigo do Pedro é sempre um delicioso e inteligentíssimo jogo policial

da busca do gato. O raciocínio é sempre rigoroso, linear, silogístico até uma peque-nina frase, uma brevíssima nota, a meio do texto e que passa normalmente despercebi-da, onde se dá o cunho pessoal ideológico (e portanto não objectivado) ao argumento para, a partir daí, voltar a ser rigoroso, linear, silogístico. Brilhante! O Prof. Amaral Dias contou a história de uma sua doutoranda que comprovou numa investigação na PSP a história que utilizamos nos cursos de for-mação sobre a experiência dos macacos, da porrada e das bananas. Os novos efectivos policiais, já com formação escolar relevan-te, depois de alguns meses de emersão na cultura interna do chanfalho, tornam-se instantaneamente em veículos privilegiados dessa mesma cultura, apesar de se esperar o contrário.

O que acontece com os académicos, no-meadamente das áreas da economia, finan-ças e gestão, é quase o mesmo. Fizeram todo o mestrado, o doutoramento ou o pós-dou-toramento nos EUA; viveram os campus in-tensamente e aparentaram absorver essa vi-

são moderna, aberta e competitiva. Só que, chegados à terrinha e imersos no ambiente académico português, não conseguem resis-tir e transformam-se em mais um dos que, burocraticamente, esperam que chegue a hora de se constituir na referencia interna – que nenhuma expressão tem fora das por-tas idealmente altas da universidade.

O Pedro faz-nos imensa falta neste pre-ciso momento, em que tantos tentam apa-nhar o comboio da moda liberal sem terem a sua bagagem teórica nem muito menos a sua fulgurância.

O Pedro Arroja AdE e o hoje Pedro Arroja empresário são a prova de que, in-felizmente, as nossas universidades não motivam nem incentivam a diferença, a controvérsia e a originalidade como facto-res essenciais do progresso da investigação e da formação académica. O cinzentismo continua a ser, na verdade, a regra univer-sitária portuguesa. E aqui o senhor Reitor da Universidade de Lisboa tem razão; na verdade, não há gestor privado que se preze que ature aquilo.

M. J. CARVALHO

Economista

[email protected]

sexta-feira, 06 Outubro de 2006 07OPINIÃO

A questão é recorrente e é tanto mais importante quanto o desenvolvimen-to da economia do País requer uma

aposta crescente nos mercados externos, seja para escoamento dos produtos nacionais, seja para a captação de investimento e/ou turistas estrangeiros.

Desde 1999 para cá, o ICEP - Instituto das Empresas para os Mercados Externos vem intensificando as suas tentativas de projec-tar o País no exterior, enquadrando-o numa imagem de marca que se revele atractiva e que possa beneficiar o conjunto das empre-sas nacionais.

Tal esforço é tanto mais pertinente quanto talvez seja este o momento em que, ao longo dos seus 24 anos de história, mais importan-te se revele essa aposta na internacionalização da economia e dos agentes económicos na-cionais, confrontados que estamos com um processo de globalização irreversível, com uma quebra do dinamismo do sector privado (em matéria de consumo e investimento) e com fortes restrições ao incremento da des-pesa pública.

Numa primeira fase, registe-se o fracasso que foi a iniciativa da campanha do “Made in Portugal”, quer por força da impossibi-lidade de aplicar uma imagem uniforme e indiferenciada a todos os tipos de indústrias nacionais, com vista à sua afirmação exterior, quer pela débil percepção ainda existente do nosso país nos domínios mais elementares, quer, até, pela imagem negativa que o todo

da nossa estrutura produtiva ainda tem no exterior.

Mais recentemente, em meados deste ano, o ICEP lançou a iniciativa “Marca Portugal”, centrada na criação de novas marcas ou na promoção das existentes, mas sem enfatizar a componente da nacionalidade, a implemen-tar no terreno a partir do início de 2007.

De entre os vários eixos de acção desta ini-ciativa, parece particularmente inovador o facto de o ICEP pretender criar um núcleo de marcas certificadas, que não se restrinjam ao existente sector do comércio, agrupadas sob uma capa comum de “Portuguese Bran-ds”, ou “Marcas Portuguesas”, na sua versão doméstica.

De acordo com esta iniciativa, pretende-se aumentar a visibilidade destas marcas nos di-ferentes mercados, tanto pelo aumento de ac-ções de comunicação em torno das mesmas como pelo aumento de marcas certificadas.

No cômputo geral, o reforço do número de marcas e da sua promoção exterior per-mitirá uma maior visibilidade individual mas também um reposicionamento global da imagem do País.

A este propósito, não posso deixar de recor-dar as palavras do actual Presidente do ICEP, João Marques da Cruz, num seminário re-cente sobre o valor da “Marca País”, quando sustentava que Portugal precisava de começar a “internacionalizar” as suas próprias marcas, o que passaria pela adopção de designações em inglês, facilmente assimiláveis pelos es-

trangeiros e libertas do “estigma lusitano”.Aliás, acrescentava, numa óptica que foi

facilmente tomada como redutora, “mesmo a França, a Alemanha ou os demais países desenvolvidos não têm marcas internacional-mente reconhecidas assentes nas suas línguas oficiais”...

Em relação a este handicap global das nos-sas marcas e empresas, não pude deixar de achar curioso que um projecto que julgava engavetado numa qualquer secretária do ICEP continue a dar sinais de vida, como voltou a acontecer numa recente Conferên-cia da APGEI - Associação Portuguesa de Gestão e Engenharia Industrial.

O estudo foi desenvolvido pela consultora BBDO, uma renomeada empresa de consul-toria de comunicação, creio que em 2003, e pretendia dar resposta à seguinte questão de partida: “Como pode uma marca que é a 23ª do mercado, que tem fraca e até má reputa-ção, pobres argumentos, baixo preço e uma desmotivada força de vendas, dar a volta por cima e criar um grande impacto no merca-do?”

A marca em questão era, obviamente, Por-tugal, à qual estavam associados três proble-mas fundamentais, de acordo com os autores do estudo: a má fama internacional – uma reputação herdada dos tempos de ditadura e associada à 1ª vaga de emigração –, a indife-renciação – face aos demais países do Sul da Europa –, e a imagem debilitante associada a esses mesmos países do Sul/e do Norte de

África (o subdesenvolvimento, a iliteracia, a corrupção e os baixos índices estatísticos de bem-estar).

A proposta inovadora e arrojada passava por um reposicionamento estratégico, ao qual estaria associada uma nova imagem de marca: Portugal – Europe’s West Coast.

Aproveitando a sua posição estratégica na envolvente atlântica, Portugal procuraria be-neficiar simultaneamente da solidez da mar-ca “Europa” e da inovação, entretenimento e qualidade de vida transmitida pela “Costa Oeste” dos Estados Unidos (onde se situam Hollywood, o Sillicon Valley, Las Vegas, San Francisco e outros ícones americanos).

Com esta mera alteração da imagem de marca, Portugal conseguiria acrescentar às suas marcas exportadoras maior valor nas dimensões tecnologia, criatividade e estilo e ajudar os Portugueses que nos representam lá fora dando-lhes uma origem mais charmosa.

Para concretizar esta transformação, a BBDO propunha a comunicação por quatro vias: o turismo, as boas marcas portuguesas, os “bons” portugueses (vide Figo, José Mou-rinho, Mariza, etc.) e determinados eventos de impacto internacional.

Quatro anos volvidos, verifica-se que gran-de parte destas propostas vêm sendo concre-tizadas, ainda que sem a tal capa do Europe’s West Coast.

O que pode sugerir que o único disparate desse estudo era a ideia de mudarmos a nossa bandeira...

Portugal: que marca?Ricardo Rio

[email protected]://econominho.blogs.

sapo.pt

O GIEM/ISCTE está a promover a se-gunda edição da Pós-Graduação em Key Account Management, a única formação especializada em gestão de força de ven-das existente em Portugal, no âmbito dos cursos de Pós-Graduação em Direcção Comercial que a instituição vai desen-volver no ano lectivo de 2006/2007. As

inscrições terminam a 13 de Outubro. Destinado a directores comerciais, “key accounts”, “key account managers”, “na-tional account managers”, coordenado-res de equipas e outros profissionais das áreas comerciais e de marketing, o curso terá uma duração total de 184,5 horas e será ministrado por docentes com eleva-

da competência científica e experiência profissional nesta área. Com esta espe-cialização, em que foi pioneiro, o GIEM/ISCTE procura ajudar os profissionais na identificação de clientes chave para as empresas, definição de estratégias de cap-tação, relacionamento e negociação com esses clientes, demonstração do valor da

disciplina e da atitude como factores de diferenciação no mercado e avaliação da eficácia das vendas.

O Key Account Management é uma área emergente no contexto da Direcção Comer-cial e abrange as funções desempenhadas pelos “key accounts”, vendedores responsá-veis pelos clientes chave das empresas.

GIEM/ISCTE reedita pós-graduação para gestores comerciais

Page 8: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

A circulatura do quadradoA. MAGALHÃES PINTOEconomista

[email protected]

“Não me podem pedir para vender ilusões, enganar as pessoas e dizer que é fácil de-senvolver uma economia. É muito difícil e

requer um esforço de um conjunto alargado de pessoas, que tenham um comportamento relati-vamente articulado.”

Ernâni Lopes - Revista Única (Expresso) - 30.9.2006

O ilustre professor e doutorado em Eco-nomia respondia a uma questão do jornalista relacionada com o que justificava a sua vi-são dramática do futuro de Portugal. Numa entrevista que li avidamente. Não apenas porque sou um admirador indefectível das capacidades intelectuais, técnicas, sociais do Homem que me habituei a ver — quer ele goste quer não — como um dos mais com-petentes “visionários” do futuro com base nas circunstâncias presentes, mas também porque a entrevista me revelava o seu lado humano. Recomendo vivamente a leitura dessa entrevista. Tendo presente que, por 1983/1984, quando o país se debatia nas margens da bancarrota, foram ele e a sua equipa que, com enorme coragem, salvaram Portugal dessa lamentável situação.

Mas a minha crónica de hoje vem a pro-pósito da frase que citei. E da obrigação que todos — pelo menos os que se sintam res-ponsáveis pela comunidade onde se inserem — temos de abordar a situação do país com realismo, não pintando de rosa o que se apre-senta pelo menos cinzento. Dando aos po-líticos a desculpa de que não podem deixar campear o pessimismo e de que lhes cabe in-suflar ânimo nas hostes, sob pena de perder-mos a guerra. De algum modo, os políticos portugueses têm que ser como os treinadores daquelas equipas fraquinhas, que se está a ver mesmo não terem hipóteses de vencer, mas que sempre declaram que os seus pupilos são bem capazes de causar uma surpresa. O que até acontece, por vezes. Mesmo contra a corrente do jogo. É por isso que, afirmando

o doutor Marques Mendes que o Governo está a vender um país virtual, tem razão mas esquece-se de que ele faria rigorosamente a mesma coisa se estivesse no lugar do enge-nheiro Sócrates. O Governo tem que vender um país virtual por uma única e exclusiva ra-zão. É que não pode dizer que “isto” (“isto” é o país, somos nõs) é um quadrado que não rola. Tem por isso que tentar ir amaciando as arestas do quadrado, a ver se alguma vez o consegue transformar num círculo, que rode escorreito em direcção ao futuro.

A prova de que “isto” não vai bem pega-mo-la nas notícias que, cada dia, vão con-tradizendo o discurso oficial. Encerramento de empresas. Muito provável aumento do desemprego se descontarmos a sazonalidade. Subida imparável dos impostos. Redução consecutiva das contrapartidas sociais do Es-tado. Redução do investimento público e pri-vado. Crescimento económico raquítico, se o compararmos com o que vai por esse mun-do. Falta de competitividade duma indústria ainda muito intensiva em mão-de-obra, por isso muito sensível ao aparecimento de gi-gantes mundiais bastante mais competitivos naquele factor. Reduzida preparação tecno-lógica dos trabalhadores portugueses. Força laboral muito pouco flexível face às alterna-tivas de trabalho. E, porque não dizê-lo, um temperamento preguiçoso de uma parte mais do que apreciável dessa força. Tudo a que se soma o desequilíbrio das Finanças Públicas.

Face a este quadro quadrado, passe o ple-onasmo, que pode o Governo apresentar de positivo? Algumas coisas, naturalmente. Em primeiro lugar, a autoridade do Estado. É algo que se sente no dia-a-dia, como talvez nunca se tenha sentido — nem mesmo no tempo do austero Professor Cavaco Silva. Depois, o esforço de reequilíbrio das Finanças Públicas. Ainda assente, para já, no aumento dos im-postos e na recuperação dos “atrasados”. Mas os “atrasados” acabam e será necessário algo mais. É imperioso atacar a despesa pública

onde ela mais cancerosa é, nas despesas cor-rentes, e não, como parece estar a ser o caso maior, na redução do investimento. Ainda um mérito a favor do Governo é não invocar, a não ser quando provocado, a difícil herança do passado. Uma herança que, todavia, não seria imputável apenas aos dois governos que antecederam o seu, mas cujas raízes teriam que ser procuradas lá bem mais atrás e, so-bretudo, no consulado do seu correligionário de nome Guterres.

É alguma coisa o que o Governo pode apresentar. Pode até mesmo ser o possível. Mas é muito pouco. E, a meu ver, o Governo comete um pecado mortal. Um pecado cuja correspondente virtude não estará, porventu-ra, ao alcance de nenhum político. E o peca-do é o Governo identificar-se com tudo que sucede de aparentemente bom, numa atitude de quem diz: “ora tomem lá, que nós somos bons! Aqui está mais uma benesse, graças a nós!”. Ora isto é o oposto do que o Governo, a meu ver, devia fazer. Bem mais inteligente era Narciso Miranda, o dinossáurico autarca de Matosinhos até às últimas eleições, o qual levou anos a dizer: “em Matosinhos o que importa não é quem faz, o importante é que se faça”. Basta vermos o modo como o en-genheiro José Sócrates fala para vermos que desgraçado estaria o país se ele não existisse. Ele parece ser a nata da elite dirigente. E o mais grave é que se falha, todos nós nos va-mos considerar desresponsabilizados. Afinal, é o Governo que faz o bem. E, se é assim, seguramente também é ele que faz o mal. E não nós.

É aqui que volto à entrevista do Professor Ernâni Lopes, para o citar mais uma vez. Diz ele, a certa altura:

“Há sempre uma classe política que é a deten-tora do poder formal. Mas não é aí que se põe o problema da elite dirigente. Esta pode existir ou não, mas o seu papel é ser um pequeno grupo capaz de conceber, produzir e difundir os valo-

res, as atitudes e os padrões de comportamento que moldam a sociedade e que são a base da cidadania.”

Ernâni Lopes - Revista Única(Expresso) - 30.9.2006

Obrigado, Professor. Não apenas pela simplicidade como pela clareza das ideias. É essa elite dirigente que falta em Portugal. Da política já sabemos o que esperar. Des-de a Revolução que temos vindo a assistir à degradação da qualidade. Mas não é na clas-se política que as coisas se resolvem. Daí, já sabemos com que contar. E devemos tirar por conclusão que a circulatura do quadra-do — perdoe-se-me a fantasiosa expressão — tem que ser levada a cabo por todos nós. Uma ideia que já deixei expressa por aqui algumas vezes. E que refino, dizendo que o que o Governo diz não interessa para nada. Somos nós, em conjunto, decididos, despro-vidos do interesse material imediato, dotados de uma vontade de trabalhar inquebrantável, que podemos salvar o país. A classe política, um pouco como já vai sucedendo na vizinha Espanha e acontece já em grande parte do mundo desenvolvido, tem que andar a re-boque da sociedade civil. E não o contrário. O nosso destino colectivo é demasiado im-portante para ficar à disposição de apenas al-guns. Com a agravante de estes alguns serem os menos experientes, de serem os menos sa-bedores, de serem os menos preparados. Na sua entrevista, o Professor Ernâni Lopes disse que, apesar da sua visão pessimista, Portugal tem oportunidades para ser melhor. Não disse quais. Mas acho que não andarei longe da verdade se disser que, nas entrelinhas do que disse, ouvi um toque a reunir de toda a gente competente, sabedora e amante da sua pátria, que ainda temos, para lançar as bases do Portugal do futuro. Uma ideia que, aliás, vai muito bem com o carácter do Professor, indiscutivelmente um dos grandes portugue-ses dos últimos cinquenta anos.

O erro número um no marketing: não monitorizar os resultados que obtém com as suas estratégias

A não ser que monitorize os resultados dos seus anúncios, cartas de vendas, vendas telefónicas e por aí adiante,

Você não tem qualquer hipótese de ganhar dinheiro a “sério” com o seu negócio ou está a trabalhar muito abaixo do seu potencial. E sei que nem sequer lhe passa pela cabeça em manter um vendedor na sua empresa que não venda nada ou uma secretária que não sabe como escrever, não é verdade? Claro que é verdade. Então porque é que deverá continu-ar a colocar anúncios, enviar cartas de vendas e a desenvolver outras estratégias de marke-ting que não funcionam e lhe desperdiçam o seu dinheiro? Lembre-se... Você não pode melhorar aquilo que não consegue medir!

Vou, então, dar-lhe uma sugestão. Arranje uma capa de arquivo, com separadores e co-loque lá a cópia de todas as promoções que faz (um anúncio, uma carta de vendas, um cupão, um flyer, etc.). Junte-lhe uma folha em cada divisória, intitulada: “Folha de Aná-lise de Promoções”. Agora não se esqueça de ir preenchendo, para todas as promoções, sem excepções.

Muito em breve ... para seu espanto abso-luto... verá enormes diferenças nos resultados de marketing utilizados. Eventualmente, po-derá ter encontrado já algumas técnicas que o tornarão rico. Basta que concentre os re-cursos nas técnicas de marketing vencedoras, tornando-as parte integrante do seu plano de

desenvolvimento do seu negócio (espero que tenha um plano, não tem?).

Retire as estratégias de marketing não efi-cientes e coloque-as noutra pasta de arquivo. Junte três ou quatro pastas como aquela que lhe descrevi.

Muitas das vezes, ao descobrir uma estraté-gia de marketing altamente eficaz, tendemos a introduzir-lhe alterações. Por vezes, verifica-mos, ao fim de algum tempo, que, em vez de melhorarmos pioramos. Pegue novamente na pasta inicial, reveja todos os resultados e tire conclusões...

O que quero sugerir-lhe é que deve cons-truir o seu modelo de negócio — refiro-me ao processo de aquisição e manutenção de

clientes de um modo científico ou quantifi-cável. Avalie os resultados das acções que pro-move, vá substituindo as menos eficazes por outras mais eficazes, tornando o seu negócio mais competitivo. Uma coisa é certa: sem um bom plano de desenvolvimento de negócio não irá aproveitar todo o potencial do seu negócio. É como andar de carro só na 1ª ou 2ª mudança, quanto muito na 3ª. Quando poderia andar na 5ª ou 6ª mudança. Nesse caso, o seu negócio andaria a uma velocidade superior com menos combustível e menor esforço do motor.

Comece já desenvolver um plano de acção e transforme a Sua Empresa no Líder de mer-cado que almeja!

AZUIL BARROS

Especialista no crescimento de negóciosDirector Regional Quantum Portugal

www.QuantumCrescimentoNegocios.com

sexta-feira, 06 Outubro de 2006OPINIÃO08

Page 9: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

ORGULHO TÊXTIL

Despedimentos virtuososNiklas Zennstrom, o sueco co-fundador do Skipe

e dos mais recentes bilionários com a sua venda à Ebay, fora, no início de carreira, despedido da

Tele 2. Há muitos despedimentos estimulantes, outros menos virtuosos. Mas a história está repleta de famosos e bem sucedidos que provaram o travo amargo do despe-dimento. Por exemplo, João Rendeiro, um banqueiro de sucesso, coleccionador de arte e dono de uma apreciável fortuna. E ele é o oposto de um «looser».

No período pós-revolucionário de 1975, Rendeiro pre-feriu transferir-se para Londres, depois de uma experiência que resultou em despedimento. Logo que acabara o curso teve emprego imediato, no Sindicato dos Metalúrgicos. Acabaria despedido da organização sindical.

Era demasiado rebelde para aguentar a rigidez do siste-

ma ou então era já a sua veia capitalista a indicar o seu lado da trincheira na luta de classes.

Na altura, até achou o episódio divertido. A verdade é que apresentar no currículo o despedimento de um sindi-cato é um atributo que abrilhanta a carreira de um ban-queiro.

Rendeiro e Zennstrom são exemplos excepcionais de quem soube tirar o melhor partido das situações. Rendeiro sempre fora um obstinado, um gestor que gosta de vencer. Perder, só mesmo no basquetebol, a modalidade que pra-ticou na juventude.

Mas o lance da sua vida foi quando vendeu a sociedade financeira que fundara ao banco Totta. De uma assentada, foram vários os cestos de dinheiro que encheu, antes de partir para a criação do seu banco.

Gotas & oceanos

À QUARTA É DE VEZSe não há duas sem três, à quarta é de

vez. Este improvisado adágio aplica-se às negociações entre a TAP e o Grupo Espí-rito Santo em torno da Portugália.

Tudo indica que, este mês, um acor-do de princípio será celebrado o Memoran-dum Of Understanding (MOU). A operação ficará dependente da autorização da Au-toridade de Concorrência, presidida por Abel Mateus.

Na anterior tentativa, fora a gestão da TAP que forçara a ruptura (apesar das

alegaram que o seu esforço era verdadeira-mente inglório. Não era com a água que transportava que o incêndio seria debela-do. Mas o pássaro não se incomodou e comentava apenas que estava a fazer a sua parte. O seu dever era contribuir com os meios ao seu alcance — e naquele caso era apenas o bico.

Na linha da mensagem de Kennedy para que cada pergunte o que pode fazer pelo país, em vez que se preocupar com o que o paí pode fazer por ele, fica o exemplo dos que lutam simbolicamente e, afinal, fazem a sua parte, por mais insignificante que ela seja.

Depois de o Presidente da República ter levado a Espanha a faceta tecnológica do tecido empresarial português, os indus-triais têxteis enfatizavam uma realidade que se verifica desde o ano passado.

Na balança comercial luso-espanhola, o sector têxtil é o único em que o saldo é fa-vorável a Portugal.

Aliás, no 1º semestre, o aumento das vendas para Espanha foi um dos factores que contribuíram para uma ligeira subida (0,4%) nas exportações de têxteis, depois de quedas sucessivas.

BATERIAS CHANGE PARTNERA Change Patners, uma capital de risco

dirigida pelo ex-BPI Mário Pinto, entrou no capital da OnlyBattery, para financiar um plano de expansão da rede. A sociedade tomou 50% da empresa. A OnlyBattery replica na Europa um conceito americano de especializa-ção, lidando com pilhas a ba-terias, um sector que funciona tradicionalmente como subsegmento de outros negócios.

QUANTO CUSTA UM DVD?A comunidade jornalística fez as contas e

concluiu que a operação do “Expresso” de combate ao “Sol” terá rondado os 5 milhões de euros. Entre consultores, mudanças gráfi-cas, campanha publicitária e redução de preço de capa, a maior parcela recairia sobre a oferta de DVD. A verdade é que entre o custo de produção, direitos de autor e margem de lu-cro para quem vende, cada DVD ficará por 1,5 euros. Com uma tiragem global de 1,6 milhões, a operação dos DVD(patrocinada pela Ford) terá ficado entre 2 e 3 milhões de euros. Afinal, um valor inferior ao que se imaginaria. Nesse caso, fica outra pergun-ta: Porque serão os DVD tão caros, mesmo quando são vendidos através de jornais?

Não será muito conhecida a fábula do pisco-de-peito-ruivo que com o bico transportava água para aju-

dar a combater um incêndio na floresta. Mas Ócio & Negócio lembrou-se deste conto quando reparou no logótipo esco-lhido para a campanha. “Compro o que é nosso» lançado esta semana pela AEP.

É que a mensagem central, com o P em fundo, é reconhecer que a decisão de cada um de nós é uma pequena gota, pequena mas preciosa, que poderá contribuir para o oceano da prosperidade nacional.

No exemplo do pisco, ele fora ridicula-rizada pela comunidade de animais, que

Câmara Americana de Comércio premeia projecto “Personae”

da Sonae Sierra &ÓcioNegócios

O QUE SE DIZ

sexta-feira, 06 Outubro de 2006 09

Sem pretender melindrar, nestes tem-pos de susceptibilidades religiosas, nem católicos nem a comunidade

laboral, Ócio & Negócio não resiste a recorrer a uma parábola moderna, envol-vendo Jesus Cristo e um grupo de três eu-ropeus à conversa no café.

O inglês repara numa figura de barba e túnica e comenta que se trata, realmente, de Cristo. Para provar isso mesmo, dirige--se à mesa dele.

O interlocutor confirma, mas pede-lhe para não espalhar a notícia. O inglês não resistiu, pediu-lhe um pequeno milagre, tinha uma lesão crónica no joelho. Jesus

Parábola modernaacedeu, pôs-lhe a mão no joelho e curou--o.

O inglês contou logo aos amigos, o alemão nem hesitou. Tinha um olho de vidro e suplicou uma cura. Passou-lhe a mão pelos olhos e curou-o.

Surpreendido pelo facto de o terceiro homem não se lhe dirigir a pedir nada, Jesus não resistiu e à saída quis desfazer as dúvidas.

Pôs a mão sobre o ombro do português, mas nem teve tempo de perguntar.

O português levanta-se de um salto, afastando-se dele: - Eh, tira as mãozinhas que eu estou de baixa!!!

pressões do Governo de então) por enten-der que o negócio não seria vantajoso. A TAP quer pagar pouco mais do que a ava-liação da frota da Portugália.

A frota está avaliada em 120 milhões de euros e fala-se que o negócio rondará os

150 milhões. Mas, com a com-

pra, a TAP obtém sinergias conside-

ráveis, que não se reduzem às

rotas exploradas pela Portugália. É um caso em que o total é superior à soma das partes.

20500 J“Gloriosa” e Portucow” bateu recorde de leilões

online

Page 10: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

Em Foco

CRESCIMENTO DA ZONA EURO PODE ABRANDAR AINDA ESTE ANO

O crescimento da economia da Zona Euro poderá abrandar ainda este ano, segundo as previsões da Comissão Europeia (CE). As estimativas assentam no possível aumento das taxas de juro e a escalada do preço do petróleo. O relatório trimestral da CE prevê que o preço do petróleo e a instabilidade das ecónomas europeias podem influenciar o desenvolvimento da região.A análise da CE indica que no segundo trimestre de 2006, a economia evoluiu 0,9%, enquanto que no terceiro e quarto o crescimento foi de 0,7%. Até ao final do ano, o aumento da economia dos Doze deve ficar pelos 2,5%, traduzindo a maior subida desde 2000. O relatório indica que Portugal vai ser o país a ser mais afectado com a subida dos juros. Logo a seguir são

SEMANA EM REVISTA

os espanhóis, os irlandeses, os italianos e os finlandeses.

PORTUGÁLIA AIRLINES ESTREIA-SE NOS VOOS TRANSATLÂNTICOSA PGA-Portugália Airlines passou a efec-tuar voos transatlânticos, ao incluir Santo

Domingo, a capital da República Domini-cana, na rede de frequências. Desde o passado domingo, a companhia de aviação privada voa, em regime de code-

share (partilha de lugares) com a espanho-la Air Europa. A nova frequência liga, dia-riamente, Lisboa e Porto a Santo Domingo, via Madrid. Neste momento, além de Santo Domingo, a transportadora aérea oferece 52 destinos na Europa e Norte de África.

PASSAGEIROS QUE VIAJAM EM “LOW-COST” ESCOLHEM LISBOAA região de Lisboa acolhe a maioria (81,9%) dos passageiros que viaja em companhias aéreas “low-cost” que chegam ao aeropor-to da capital. Desse universo, 74,8% tem intenção de regressar à cidade nos próxi-mos dois anos, de acordo com um estudo realizado pelo Observatório do Turismo de Lisboa, em parceria com a ANA – Aeropor-tos de Portugal. Segundo a análise, dos passageiros “low-cost” 62,7% escolhe Lisboa para o alo-

FARPAS

jamento. Em termos qualitativos, 85,8% classifica a visita como “excelente” ou “muito positiva”. A análise refere ainda que cerca de metade dos entrevistados (46%) “efectuou este tipo de viagem pela primeira vez, enquanto 26,4% faz estas viagens com uma frequência ocasional, se-manal ou mensal”.Quanto ao tipo de alojamento, o hotel é a opção de 47,9% dos inquiridos, nomeada-mente as unidades de três e quatro estre-las. A casa de amigos ou de familiares foi a escolha de quase um quarto dos passa-geiros entrevistados. Relativamente às mo-tivações da viagem, a visita a familiares e amigos é o principal motivo. O estudo indi-ca que 52% dos passageiros viaja por lazer, enquanto 21,7% por motivos profissionais. A maioria dos turistas não fica por mais de uma semana. Normalmente, o passageiro “low-cost” viaja sozinho (39,3%).

sexta-feira, 06 Outubro de 200610

“O dia 27 de Setembro de 2006 ficará gravado na história da economia nacional. Porque a OPA da Sonae à PT passou o teste do regulador. E isso, por si só, já é um fac-to muito relevante e vai desencadear uma sucessão de acontecimentos que acelera o desfecho da operação. Porque as 700 pági-nas do “projecto de decisão” da Autorida-de da Concorrência, a sua extensão, a sua complexidade, bem como o seu carácter inédito fazem doutrina. E prometem fazer muita tinta correr...”

Sérgio Figueiredo – “Jornal de Negócios”

“Há vinte anos, um balcão dos CTT era

escuro e pesado, as canetas BIC es-tavam penduradas por um cordel sujo e os selos colavam-se com um pincel pegajoso. Viajar para Coimbra demo-rava quatro horas, quando não cinco. Hoje essa mesma pobreza não se distingue porque a democracia trouxe também o lado doce da sociedade de consumo: moda ba-rata. Há auto-estradas que rasgam o país, água canalizada, luz sem falhas, uma rede de banda larga que chega a todo o lado. Livros escritos em muitas línguas nas livra-rias, comida de todos os continentes nos supermercados”

Martim Avillez Figueiredo – “Diário Económico Online”

“Parece que o tempo é de ‘diagnósticos’. ‘Diagnósticos’ do País, segundo tudo indica para perceber o suposto estado pouco reco-mendável a que chegou. Mas parece que é também tempo de ‘soluções’. ‘Soluções’ como aquela de que se falou muito ultima-mente e se referia ao destino a dar a cerca de 200 mil funcionários públicos. A ideia é conhecida: diz-se que há funcionários pú-blicos a mais e, logo, uma ‘solução’ talvez fosse haver menos”

Luciano Amaral – “Diário de Notícias Online”

“Todos os esbeltos sapatos das princesas do investimento externo têm, nos dias de

hoje, a sua nódoa negra escondida: o fecho das fábricas deslocalizadas. Tudo se reduz à rapidez de um “chip” cada vez mais pe-queno”

Fernando Sobral – “Jornal de Negócios”

“Em Nelas e em Portalegre, muitos hoje sentem um terrível tremor: o de que nunca estarão no futuro prometido pelo país tecno-lógico. Centenas de famílias deixaram de ter presente. E, em meios onde as opções escas-seiam, estas localidades (e outras empresas que gravitavam à volta da Johnson) vão ainda ficar menos iluminadas”

Idem ibidem

Page 11: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

Vida Económica – Mogadouro é tradicionalmente um concelho fechado?

Morais Machado - Sim, tradicionalmente, somos um concelho fechado, por diversas particularidades, como, por exemplo, o nosso próprio estilo de vida que ditava essas características.

Desde meados do século XIX, fomos um concelho mui-to rico do ponto de vista industrial e agrícola. Só que, com a industrialização a nível mundial, actualmente fazem ape-nas parte da nossa história.

Assim, as gentes do Mogadouro viraram-se para a agri-cultura. Na década de 50, chegámos a ser o terceiro produ-tor de trigo a nível nacional. A nossa agricultura e a nossa pecuária foram-se desdobrando, não só com o trigo, mas com produtos muitos nobres como o azeite, a cortiça, a lã, entre outros.

Com a queda da agricultura tradicio-nal, Mogadouro não foi capaz de dar a volta, como devia. Mesmo assim, trans-formou toda a sua agricultura na pro-dução de leite. Produzimos mais leite do que todo o restante distrito, temos uma produção de 125 mil litros de leite por dia, 85% dos quais mandamos para Espanha e o restante para a Agros.

VE – Que está a ser feito para promover esses produtos?

MM – Essa é a nossa aposta, tirar mais-valias dos nossos produtos. Ini-ciámos a participação em feiras. Nessa linha, realizámos a feira franca dos produtos da terra, de modo a valorizar os nossos produtos, como o pão, os en-chidos, o licor ou a compota. Só agora estamos a conseguir que haja marcas de origem no azeite, mas fazem falta ou-tros produtos certificados.

Temos procurado retirar mais-valias de todos os nossos produtos e, quando isso for conseguido, será uma enorme vantagem para a economia do Mogadouro, forçosamente baseada no turismo.

Gastronomia está ssociada ao turismo

VE – Hoje, o desenvolvimento do Mogadouro as-senta também no Turismo?

MM - Como um todo abrangente. Hoje ninguém pen-sar em vir fazer turismo a Mogadouro só para ver o castelo, a torre ou o edifício da câmara. Vem também para comer e para apreciar as paisagens. Logo, temos de aproveitar tudo o que nos caracteriza.

Hoje em dia, a gastronomia está directamente associada ao turismo. Actualmente, o turismo obriga a um desen-volvimento total, e nós caminhamos nesse sentido. Não podemos estar à espera que o Governo dê incentivos muito grandes aos empresários para virem cá estabelecer-se do ponto de vista empresarial, porque para cá ninguém vem.

VE – Mas têm um bom parque industrial?MM- Sim temos mas para as nossas pequenas indústrias.

É um parque industrial airoso, espaçoso, com 63 lotes. Es-tamos a avançar com um projecto de uma segunda fase com mais 23 lotes. Está quase tudo já preenchido e mais de 20 já estão em funcionamento. São só as nossas indús-

trias é certo, mas, se estas estiverem a funcionar correcta e adequadamente, não precisamos cá de outras.

VE – Onde encaixa o sector dos serviços?MM - O comércio é o local. Temos feiras quinzenais

que são verdadeiramente concorridas e retirámo-las do centro da vila para zonas mais periféricas.

Temos 28 restaurantes, e posso dizer que se come bem no Mogadouro.

VE – Qual é a “geografia económica” do conce-lho?

MM - Temos três zonas em Mogadouro: o Parque Na-cional do Douro Internacional, ligado ao Douro, onde se

produz uvas de elevada qualidade, não se produz vinho porque não há mar-ca própria para venda. Depois temos a zona na margem do Sabor, onde se produz o que me atrevo a dizer que seja o melhor azeite do Mundo. A terceira zona corresponde a 250 km2 do planal-to mirandês, o planalto da pecuária.

VE – O novo aeródromo também serve para potenciar o turismo?

MM – Inicialmente, o aeródromo foi concebido para ser diferente, e iria ser-vir só a escola de voo. Posteriormente, conseguimos arranjar subsídios e fize-mos um projecto que permitiu cons-truir uma pista de 1250 m com hangar,

bons acessos, etc. Assim, além de sustentar os serviços da escola, pensamos que haveria muitos turistas nacionais e estrangeiros interessados em conhecer o Douro e assim é possível utilizar o aeródromo.

VE – Os incêndios causaram prejuízo?MM - O ano passado, o concelho do Mogadouro, feliz-

mente teve apenas 24 hectares ardidos, mas serviu como base de abastecimento de água. Tem servido também para pequenas provas de parapente, asa delta, etc. e temos gran-de esperança na escola de voo, há outras em Portugal mas em zonas prejudicadas pelo intenso tráfego aéreo, por isso esperamos que os Campeonatos Ibérico e Europeu se rea-lizem aqui em Mogadouro, trazendo entre 200 a 400 pes-soas duas vezes por ano, estimulando assim a população e

empresários no sentido de se focarem em algo que nos faz falta. Temos apenas um hotel com 17 camas, temos mais 220 camas, mas falta-nos outro hotel para receber excur-sões e para férias.

Ligação ao IC5 é uma prioridade

VE - E relativamente à nova ponte, vai ser dada continuidade ao projecto?

MM - Gostávamos que tivesse uma continuidade rá-pida. Quando foi inaugurada, referi que a ponte era uma maravilha do ponto de vista técnico, que também era uma maravilha como miradouro mas que considerava a ponte muito mais um monumento do que uma estrada, pois não estava a ver em que ano o chamado IC5 iria passar por ela. Isto foi em 2004, já estamos em 2006 e tudo continua na mesma. Segundo promessa deste Governo, o IC5 estará concluído em 2012, logo são oito anos sem passar estrada naquela ponte. Quando o IC5 estiver concluído, teremos uma ligação ao Porto em 90 minutos quando actualmente precisamos de três horas. Independentemente do trajecto e de passar ou não pela Ponte do Sabor, o que o povo de Mogadouro quer é que a ligação esteja concluída pois de facto o nosso desenvolvimento sustentado depende dessa via de comunicação e, posteriormente, de uma ligação di-recta a Espanha.

Se de facto a ligação estiver completa em 2012, é ópti-mo, mas, de qualquer forma, temos mais seis anos de espe-ra e de estagnação no nosso crescimento sustentado.

VE – Tem também uma expectativa elevada face à Barragem do Sabor?

MM – Não sou só eu, são Alfandega da Fé, Torre de Moncorvo e Macedo de Cavaleiros. Temos uma grande expectativa, a ponto de termos criado uma associação pre-cisamente para contrariar a acção dos ecologistas. Recordo que interpuseram em Bruxelas uma acção contra a cons-trução da barragem e nós, para podermos contestar, tive-mos de criar essa associação.

Nós entendemos que a Barragem do Sabor é incontorná-vel e vai definitivamente ser construída porque é uma re-serva de água muito importante para regularizar as cheias ao nível da Régua, permite produção de energia, passeios a nível turístico, etc. Os ecologistas alegam que podem ser extintas espécies. Quais?

João Luís de Sousa

Morais Machado, presidente da Câmara Municipal de Mogadouro, considera

Mogadouro aposta no turismo e nas energias renováveisUma terra cheia de riquezas naturais, com boa paisagem, gastronomia e história, que aposta no ambiente, nomeadamente nas energias renováveis. Este é o objectivo que Morais Machado, enquanto presidente da Câmara Municipal de Mogadouro, defende para o concelho. A tarefa não é fácil. A certificação de produtos de origem e a promoção em feiras dá os primeiros passos. As ligações viárias são também essenciais.

A energia nuclear até poderia ser uma solução econo-micamente interessante para o concelho de Mogadouro, mas a imagem psicológica que daí resultaria seria alta-mente prejudicial quer para a produção quer para o turis-mo local. Esta é a opinião de Morais Machado.

“A energia nuclear para nós resume-se a algo muito importante, até pode ser uma maravilha mas psicologica-mente seria um desastre. Todos nós e os nossos produtos íamos cair a pique.

Orgulhamo-nos de ter bom chouriço, boa carne de por-co, boa batata, bom azeite, boa amêndoa, bom mel. Nós

queremos energia, estamos famintos de energia, mas não queremos o nuclear para podermos estar bem connosco, com os nossos vizinhos e com o Mundo.

Nós, em Mogadouro, estamos em condições de con-tribuir com um determinado conjunto de condições que permitem manter o planeta em condições e não é cer-tamente através da energia nuclear, mas sim através de energias renováveis, da produção de energia eólica. Nós somos um concelho que não tem receitas mas que po-díamos viver quase só da energia eólica. Temos também a biomassa.”

NUCLEAR SERIA UM DESASTRE PSICOLÓGICO

“O turismo obriga a um desenvolvimento total, e nós caminhamos nesse sentido”, afirma Morais Machado.

Temos um parque industrial para as nossas pequenas indústrias. Estamos a avançar com um projecto de uma segunda fase com mais 23 lotes.

sexta-feira, 06 Outubro de 2006 11EM FOCO

Page 12: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

Vida Económica – O teletrabalho tem futuro em Portugal como moda-lidade flexível de contratação?

José Lencastre – Penso que sim. O te-letrabalho é uma solução muito interes-sante para todas as empresas de qualquer dimensão. Falo da minha, a DeltaCon-sultores, uma microempresa, mas que, mesmo sendo micro, trabalha com as pessoas distribuídas no espaço, a partir de sua casa, à hora que mais lhes convém, havendo depois períodos obrigatórios de sintonia graças às ferramentas de comuni-cação que utilizamos.

Isto dá a impressão de que só seria usa-do para uma grande empresas, mas o con-trário é que é verdade. Ou seja, tanto as pequenas como as médias ou as grandes empresas têm tecnologia acessível que podem utilizar e da qual podem retirar rentabilidade. Grande parte dos trabalhos pode ser feita a partir de casa das pessoas.

VE – Mas nem todas as funções se adaptam ao teletrabalho, não é as-sim?

JL – Exactamente. Nem todas. O tele-trabalho é adequado para determinadas profissões e tarefas, embora haja uma tendência para recorrer cada vez mais ao teletrabalho. Todos nós o fazemos, nome-adamente teletrabalho móvel, a partir do hotel, ou a partir de casa ou de um local onde paramos durante uma viagem. O conceito é: o trabalho é feito num local, mas o resultado desse trabalho aparece noutro local. E uma das conclusões do nosso este estudo é que o teletrabalho está a crescer de uma maneira muito acentu-ada. No entanto, em termos de teletra-balhadores no sentido convencional, eles não estão a aparecer com esse estatuto.

VE – É difícil recrutar pessoas com perfil adequado ao teletrabalho?

JL – Não acho que seja fácil. Existem aqui dois fenómenos. Um, perceptível nas camadas mais jovens, que estão a entrar no mercado de trabalho, que já vêm dota-das das competências técnicas para dialo-garem através da Internet, etc. O segundo deve ser ganho através das empresas que os contratam, com formação adequada. Existem características pessoais que se de-senvolvem e para as quais as pessoas se treinam para assim se comportarem. Do lado da gestão, é um ponto fundamental as pessoas confiarem nos seus trabalhado-res. Se as chefias não confiam no traba-lhador, ele não pode estar casa ou a chefia do teletrabalhador não pode ser entregue àquela pessoa. Depois existem fenómenos li-gados à autodisciplina. Há estudos que acon-selham que as pessoas que trabalham em casa delimitem o espaço, mesmo que artificial-mente, um tapete ver-melho, por exemplo, para que se interiorize a ideia ‘daqui a minha criança não pode pas-sar’. São condições que têm de ser criadas, que nem sempre são muito exigentes, mas que envolvem uma men-talidade diferente do lado do trabalhador, que tem de ser disciplinado, muito auto-controlado, que não se pode deixar dis-trair. E, como em tudo, é uma actividade que exige formação. As pessoas devem ser formadas para trabalharem desta forma.

VE – Como é que se controla a as-siduidade ou a produtividade de um teletrabalhador? Ou não se controla?

JL – Esse é um mito. Se queremos con-trolar um dactilógrafo, é fácil. A tecnolo-gia permite-nos controlar quantas palavras escreve ao longo do dia. Se está em causa uma tarefa que implica contabilizar fac-turas, é possível contabilizar o número de facturas que esse trabalhador contabilizou ao fim do dia. Agora se entramos por ou-tro tipo de trabalhos como construir uma página ‘web’, fazer um desenho, compor uma publicação, um livro, um estudo, neste tipo de tarefas deixa totalmente de fazer sentido querermos controlar os ho-rários.

VE – Trata-se de tarefas ligadas à criatividade individual que não são compagináveis com o tempo. É as-sim?

JL - Correctíssimo. Tem de haver aquilo de que falava há pouco – a confiança. Se colocarmos um teletrabalhador em casa e lhe entregamos um trabalho e dissermos que é para estar concluído no dia tal, é para estar concluído nesse dia, ou seja,

controla-se o traba-lho por aquilo que é realizado, pelos ob-jectivos e não tanto pelo tempo. Tem de haver confiança. O teletrabalho e as mo-dalidades flexíveis de trabalho estão muito, muito ligadas, de um lado, à responsabili-zação do trabalhador. Do lado da chefia, da empresa, tem de ha-ver uma muito gran-de dose de confiança

na pessoa que está do lado de lá. Se estes dois requisitos não coexistirem, é melhor não enveredar por este tipo de soluções.

VE – Que vantagens tem, para em-presas e trabalhadores, a opção pelo teletrabalho?

JL – Depende do trabalho que é rea-lizado. Quando se consegue um binó-mio de confiança e responsabilidade, há enormes vantagens e tudo se torna muito eficaz. Do lado do trabalhador, ele deixa de consumir tempo e de ter custos com as deslocações. Levanta-se da cama, leva os miúdos à escola e está a trabalhar. Não está vulnerável a atrasos de trânsito. Vai da cozinha onde tomou o pequeno-almo-ço e vai para a sala ou o escritório onde trabalha. E a empresa também ganha. Por outro lado, com a responsabilização pro-gressiva do teletrabalhador, este entrega mais regularmente os trabalhos nos pra-zos que estão previstos e com muito mais profissionalismo. É criado um ambiente de maior eficácia face aos ambientes con-vencionais de trabalho, onde pode haver a desculpa de que a fotocopiadora avariou, o colega que pediu isto ou aquilo, o tele-fone que não pára de tocar, enfim. Mas

repito: isto funciona para os trabalhos que forem adequados a este tipo de ambiente.

VE – As empresas que contactaram para fazer o vosso estudo e que já utilizam o teletrabalho estão satisfei-tas com esta modalidade flexível de contratação?

JL – Não me vou reportar a nenhum caso concreto, mas há aqui uma hesitação. Existem muitas pessoas com vontade de fazer teletrabalho, mas estão hesitantes porque não sabem se isso lhes vai ser be-néfico. Têm receios naturais de perderem uma oportunidade, uma promoção pro-fissional. Quando a pessoa não é vista, pode ser esquecida. Por outro lado – e esse é um ponto fortíssimo, negativo, em relação ao teletrabalho –, as chefias por-tuguesas estão muito habituadas a verem os seus pintos ali à volta e admitem que, se não estão ali, então é porque não estão a trabalhar. Há uma revolução de menta-lidades que tem de acontecer para que o teletrabalho se possa desenvolver de modo mais consistente.

TERESA SILVEIRA

Coordenador de um estudo sobre modalidades flexíveis de trabalho revela

Teletrabalho exige responsabilização e confiança

António José Moreira, da Universidade Lusíada,

advoga

“Fraude na obtenção

de desemprego deve ser crime”“Todos sabemos que há atribuição de

subsídio de desemprego em situações frau-dulentas e que há um casamento infeliz entre trabalhadores e empregadores que acordam situações fictícias para se liberta-rem de trabalhadores para eles receberem subsídio”. O diagnóstico parte do professor da Universidade Lusíada do Porto António José Moreira, quando solicitado pela “Vida Económica” a comentar o teor do novo di-ploma do subsídio de desemprego já apro-vado em Conselho de Ministros.

À margem de uma intervenção, na AEP, para apresentação de um estudo sobre “Mo-dalidades Flexíveis de Trabalho no Contex-to Empresarial Português – o Teletraba-lho”, o professor de Direito do Trabalho foi peremptório: “Do que conheço do novo diploma – e conheço relativamente bem – ainda não se foi a esse ponto, mas tem de se ir, tem de se caminhar no sentido de excluir qualquer tipo de fraude e considerar que a atribuição de subsídio de desempre-go a um trabalhador que não tem direito a ele é mesmo um crime, é uma fraude na obtenção do subsídio, como qualquer outra fraude, e que merece ser punida”.

Questionado pela “Vida Económica” so-bre as matérias em que é mais urgente rever o Código do Trabalho, António José Mo-reira deixa várias pistas para a sua revisão, já em 2007: “Considero que o Código tem de caminhar no sentido de uma maior fle-

xibilização”, diz o professor da Universida-de Lusíada. “E todos aqueles institutos que suportam essa flexibilização, como as mo-bilidades geográficas, funcionais e outras si-tuações, a entrada no mercado de trabalho, o contrato a termo, o contrato de trabalho temporário, devem ser revistos”.

E o teletrabalho, porque sobre ele interveio no seminário na AEP, esse tem de “deixar de ser considerado um contrato atípico”. “Clara-mente”, diz António José Moreira.

O professor universitário aponta, noutro sentido, um caminho polémico: “Em termos de despedimentos, tem de haver um banho de modernidade, nos despedimentos colec-tivos, na extinção de postos de trabalho, na adaptação”. “E densificar melhor a formação profissional”. É que, segundo diz, “o Código do Trabalho ainda está com muita falta de uso ao nível da formação profissional e ela é fundamental para evitar a inadaptação do tra-balhador”. Deve, pois, trabalhar-se para que a formação profissional esteja, no Código, “me-lhor acantonada, melhor balizada, melhor classificada, com as consequências que daí se podem retirar”.

Instado a comentar certas opiniões se-gundo as quais o Código do Trabalho, afi-nal, não ajudou à competitividade das em-presas, António José Moreira é claro: “Eu entendo que o Código do Trabalho nunca será um factor de competitividade, embora ter um quadro normativo ajude, de alguma forma”.

Agora, o que verdadeiramente defende é a “abertura do Código à realidade, ao mun-do em que vivemos, criando também con-dições para que ele possa adequar-se pelo menos ao mercado europeu”.

TERESA SILVEIRA

sexta-feira, 06 Outubro de 2006PME12

“O teletrabalhador tem de ser disciplinado, autocontrolado e não se deixar distrair. E, como em tudo, é uma actividade que exige formação”, revela José Lencastre.

O teletrabalho traz “enormes vantagens” para empresas e trabalhadores “quando se consegue um binómio de confiança e responsabilidade”.

“Em termos de despedimento

tem de haver um banho de modernidade”.

Page 13: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

Porto está mais competitivo para catering da SolincaEmpresa da Sonae continua a centrar negócio no Grande Porto

A Solinca Eventos&Catering, empresa do universo Sonae, tem beneficiado com o aumento da oferta e da procura turísticas que a cidade do Porto regista nos últimos dois anos. A revitalização da cidade, atra-vés da abertura de unidades hoteleiras de quatro e cinco estrelas, de um centro de congressos, do maior número de voos para o Porto e também da Casa da Música, tem impulsionado a procura ao nível dos even-tos e do serviço de catering. Segundo o administrador da empresa, Armindo Dias, a evolução deve seguir a mesma linha de crescimento dos últimos anos. O empre-sário acredita na influência do novo Cen-tro de Congressos do Porto Palácio Hotel, unidade do grupo.

A actividade da Solinca Eventos&Catering tem vindo a concentrar-se no Grande Por-to, depois da tentativa de uma investida na cidade de Lisboa. A empresa tentou entrar no mercado da capital, via aquisição ou par-ceria, mas, perante a dificuldade de encon-trar um parceiro com a “mesma cultura”, a Solinca optou por centrar o negócio na Invicta. A actividade fora do Grande Por-to verifica-se pontualmente, procurando a empresa eventos de prestígio e de grande dimensão, referiu o responsável. O merca-do de Lisboa, apetecível pelo crescimento do segmento de congressos e incentivos, e o do Algarve, pelos grandes eventos, são as-sim esporádicos na actividade da empresa.

Por se tratar de um negócio difícil de du-plicar e pela central de produção estar no Porto, a Solinca mantém a sua estratégia centrada no segmento mais alto. Na Invic-ta, a empresa continua a deter a exclusivi-dade de três caves de vinho do Porto do grupo Sogrape, uma quinta em Marco de Canaveses, o Porto Palácio, a Feitoria In-glesa e a Casa do Marechal. Como empresa credenciada, a Solinca opera no Edifício da Alfândega e no Palácio da Bolsa.

Neste momento, a Solinca Eventos&Ca-tering está maioritariamente vocacionada para o segmento empresarial, representan-do 80% da facturação. Os clientes particu-lares correspondem a 20% do volume de vendas. Este ano, a empresa deve registar cinco milhões de facturação, contra os 4,5 milhões obtidos no ano passado.

Empresa investe em cervejaria

A Solinca investiu 1,9 milhões de euros numa cervejaria. A PortoBeer, contígua ao Porto Palácio Hotel, é, assim, a mais recen-te aposta do grupo na área da restauração. O investimento decorre do processo de renovação da unidade hoteleira e da revi-talização do pólo da Boavista, explicou Ar-mindo Dias.

A nova unidade tem ainda ligação ao Centro de Congressos do hotel, devendo aproveitar os clientes dos congressos locais,

que normalmente não têm almoço incluí-do, prosseguiu.

A PortoBeer, que visa recriar as antigas cervejarias da Invicta, está direcciona-da para dois segmentos. O primeiro piso está vocacionado para as refeições rápidas, beneficiando do número de empresas na zona. O segundo piso foi pensado para re-ceber famílias e grupos que queiram pro-longar por mais tempo a refeição.

Questionado sobre a possibilidade de a Solica abrir mais unidades, Armindo Dias

Casa Alvarinho reforça expansão em Espanha e entra no Chile

A Casa Alvarinho, empresa nacional de têxteis para o lar, reforçou a interna-cionalização da marca ao abrir, na passada semana, a quarta unidade franchisada em Espanha. A empresa de Valença do Minho inaugurou uma unidade na cidade galega de Lugo, depois das presenças em Madrid, Oviedo e Torrelavegal. A intenção é alar-gar ainda mais a rede franchisada da mar-ca, aproveitando as oportunidades que o vasto mercado vizinho proporciona a este negócio, esclareceu à “Vida Económica”, Álvaro Palhares, um dos sócios-gerentes da empresa.

Segundo as previsões da casa-mãe, a Casa Alvarinho poderá vir a ter mais uma loja em Espanha, no próximo ano. Para já, o objectivo é ter uma presença na parte Norte do país vizinho, acrescentou, bene-ficiando da proximidade geográfica. Isto porque a gestão do franchising da marca não está atribuída a nenhum master local, sendo que a proximidade entre as várias unidades pode facilitar a centralização da gestão. A Casa Alvarinho iniciou a inter-nacionalização da marca em 1998, com a abertura da primeira loja própria em Madrid. Passados três anos, inaugurou a unidade de Tenerife, que, entretanto, en-cerrou. Depois do mercado espanhol, a empresa portuguesa seguiu rumo para o mercado chileno, onde abriu uma loja na capital, Santiago do Chile. A entrada na-quele país deve-se ao facto de “ser muito apetecível”, afirmou o responsável. Além

de que os gostos e hábitos dos chilenos são muito semelhantes aos nossos, o que não obrigou a alterações das colecções, expli-cou Álvaro Palhares. Quanto ao alarga-mento da marca nacional no Chile, a ex-pansão está ao cargo de um master que irá captar novos franchisados. A atribuição da gestão a responsável local explica-se pela grande dimensão daquele país.

11 franchisados portugueses

O crescimento da empresa através do sistema de franchising atravessou algumas barreiras, mas em 2001, após a presença na Expofranchise, certame dedicado o mercado, a marca começou a abrir as pri-meiras unidades. Neste momento, a marca de roupa para a casa conta com 11 lojas franchisadas, devendo abrir mais uma em 2007. Actualmente, a empresa de têxtil-lar conta cm três lojas em Valença e uma em Almada, Aveiro, Funchal, Porto, Vi-seu, Lisboa, Espinho e Portimão. Álvaro Palhares encontra-se a aguardar a retoma da economia para poder reforçar a rede franchisada, apesar de contar com várias propostas de potenciais investidores.

A Casa Alvarinho existe no mercado há 40 anos e apresenta a particularidade de ser uma empresa gerida por homens, mas com produtos mais vocacionados para as mulheres.

GABRIELA [email protected]

afirmou não estarem para já pensadas. Caso venham a surgir oportunidades, as unidades turísticas do grupo podem ser uma hipótese. O administrador adiantou entretanto que existe um projecto para a abertura de um restaurante, uma caviar house e um grill no edifício do World Tra-de Centre, também junto ao Porto Palácio. As unidades estão previstas para o início de 2007.

GABRIELA [email protected]

Parc

eria

www.iapmei.pt Linha azul: 808 201 201

Tem um projecto para empresa inovadora?

A Feira de Ideias e Financiamento é o espaço certo para encontrar capital para o arranque do seu negócio.

Candidate o seu projecto e habilite-se a integrar o painelde empreendedores seleccionados.

Dê força ao arranquedo seu negócio!

Proporcionamos-lhe:

� Encontros de negócio com operadores financeiros, especialmente vocacionados para o apoio a empresas nascentes;

� Acompanhamento e formação em técnicas de apresentação, para melhor defender o valor da sua ideia;

� Espaço de exposição, equipamento e painéis para divulgação do seu projecto empresarial.

Participe. Empreenda connosco!

Candidaturas até 27 de Outubro de 2006

PUB

sexta-feira, 06 Outubro de 2006 13NEGÓCIOS E EMPRESAS

Armindo Dias, administrador da Solinca Eventos&Catering.

Investimento total 70 milDireitos de entrada 10 milRoyalties ------Taxa de publicidade 2%Duração contrato 5 anosÁreas prioritárias Coimbra, Leiria, Braga, Lisboa

Fonte: Casa Alvarinho

INVESTIMENTO FRANCHISING CASA ALVARINHO

Page 14: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

Rumos reforça equipa de gestão

A Rumos reforçou a sua equipa de gestão com a integração de João Ferreira para o cargo de Gestor da área de Negócio Infra-Estruturas & Sistemas. O gestor terá por missão o desenvolvimento de negócios de serviços de infra-estruturas de TI da Rumos Professional Services, assente no objectivo estratégico de conso-lidar esta nova área de negócios da empresa destinada à prestação de serviços profissionais de arquitectu-ra, implementação, suporte e manu-tenção de TI.

Antes de ingressar na Rumos Professional Services, João Ferreira desempenhava funções na Infor-mantém como Director Comercial, acumulando a responsabilidade pelo Sistema de Gestão da Qualidade da-quela empresa. No seu curriculum conta com empresas como a Reuters, enquanto Gestor Ibérico de Produ-tos e Responsável Comercial, e a Siemens, onde participou em vários projectos de desenvolvimento de sof-tware e foi responsável pelos sistemas mainframe deste fabricante.

Chama expôs em Londres

A Chama - Equip.Térmicos este-ve, pelo segundo ano consecutivo, presente na Feira Internacional “The London Design Festival”, recente-mente realizada em Londres.

Esta é a mais recente mostra da as-sociação entre a indústria portugue-sa e os designers nacionais através do programa “Design mais”, parceria entre ICEP – Instituto do Comércio Externo Português, o CEDINTEC – Centro para o Desenvolvimento e Inovação Tecnológicos e o CPD – Centro Português de Design.

A Chama esteve representada com o recuperador de calor “Ebro V_100% London” na “100% Design” e na “The Old Truman Brewery”.

Angola interessada nos blindados “made in” Portugal

além dos 219 carros blindados Pandur II 8x8, irá produzir uma quantidade superior a 50 viaturas deste tipo para mercados tercei-ros. Esta produção posterior e/ou paralela está garantida no contra-to de contrapartidas.

Francisco Pita mostrou-se mui-to satisfeito com a visita: “Está dado o primeiro passo e agora as negociações continuam”.

Produção 80% nacional

Recorde-se que o fabrico em Portugal faz parte do contrato de contrapartidas assinado entre a empresa austríaca e o Ministério da Defesa Nacional. A Steyr-Dai-mler-Puch ganhou o concurso para o fornecimento das viatu-

ras blindadas para as Forças Ar-madas em 2005. O Ministério da Defesa Nacional pretende, assim, substituir as antigas Chaimites por carros Pandur II 8x8, sendo 80% das 260 viaturas produzidas em Portugal. Esta produção cria 100 postos de trabalho qualifica-dos directos e, pelo menos, 500 postos de trabalho indirectos.

Para além disso, Portugal vai ter acesso à mais moderna tecno-logia nesta área devido à comple-

PUB

Francisco Pita apresenta as linhas de produção da Fabrequipa à delegação angolana.

rança Nacional e Ordem Interna da Assembleia Nacional da Repú-blica Popular de Angola foi repre-sentada pelo presidente da Co-missão, o General José Domingos Tuta “Ouro de Angola”, e o vice-presidente Benjamin Fausto Pai-va, acompanhados por três outros deputados da Assembleia Nacio-nal de Angola, André Passi, José Maria dos Santos e Rogério Au-gusto. A delegação aceitou o con-vite feito por Portugal através da Comissão de Defesa da Assem-bleia da República, representada pelos deputados Agostinho Gon-çalves e Henrique de Freitas.

Recorde-se que a Fabrequipa, empresa de indústria de Defesa Nacional, Lda., é o parceiro local da Steyr-Daimler-Puch, que, para

A SUA PARCEIRA DE NEGÓCIOS

EXPONOR - Feira Internacional do Porto - 4450-617 Leça da Palmeiratel: 808 30 14 00 • fax: 229 981 482/337 • [email protected] • www.exponor.ptLisboa: tel: 213 826 730 • fax: 213 826 734 • [email protected]: tel: 917 578 547 • fax: 244 765 374 • [email protected]

sexta-feira, 06 Outubro de 2006NEGÓCIOS E EMPRESAS14

Angola está interessada em adquirir blindados à Fa-brequipa. Já antes do iní-

cio da produção dos 219 Pandur II 8x8 para o Ministério da De-fesa Nacional, a empresa foi visi-tada por uma delegação angolana interessada numa eventual aqui-sição de carros blindados “made in” Portugal.

Recentemente, a Fabrequipa, representada pelo seu sócio-ge-rente Francisco Pita, recebeu nas suas instalações do Barreiro uma delegação da Comissão de Defe-sa angolana, juntamente com os dois responsáveis da Steyr-Daim-ler-Puch, Martin Malzacher e Ni-kolaus Malzacher, os dadores do “know-how”.

A Comissão de Defesa, Segu-

ta transferência de “know-how” garantida pelos austríacos. Jun-to com o parceiro português, a Steyr-Daimler-Puch espera no futuro conseguir entrar mais fa-cilmente em mercados com os quais Portugal mantém uma re-lação privilegiada, como com os países africanos de língua oficial portuguesa, apurou a “Vida Eco-nómica”.

VIRGÍLIO [email protected]

Page 15: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

especialistas”. Ricardo Figueiroa terminou em Julho um estágio de seis meses no Centro de Design da Seat, em Barcelona, onde foi o vencedor da primeira edição do concurso para a concepção de um protótipo desportivo do modelo Granada.

Prateleira repleta de prémios

Nos últimos seis anos, Ricardo Figueiroa colecciona um vasto conjunto de prémios e menções honrosas. Em 2000, foi seleccio-nado para participar no Porto 2001, Capital Europeia da Cultu-ra. No ano seguinte, vence o con-curso Barbosa & Almeida para a criação de uma garrafa para vinho alentejano. Entre 2002 e 2003, participa em outras provas e em

exposições, nomeadamente em Milão. Um ano depois, seguem os galardões e a participação em mais eventos, como os concursos “Nokia 4th generation”, “Electro-lux global design” e o internacio-nal “Wakoseisakucho Healing and Energy”. No ano passado, vence o primeiro prémio do concurso “Unicer/Experimenta – Super-bock beer glass of the year”. Este ano já foi um dos 50 selecciona-dos para o projecto de concepção de telemóveis da norte-americana Toshiba para o mercado europeu. Ricardo Figueiroa tem um master em Design Industrial e Criação de Produto na Escola Superior Técnica de Engenharia Industrial de Barcelona.

GABRIELA RAPOSO E AQUILES [email protected] e

[email protected]

PUB

Numa altura em que se fala tanto em exporta-ção de talentos, o design

português vai estar representado no estrangeiro. Ricardo Figuei-roa, designer e recém-licenciado da Escola Superior de Artes e De-sign de Matosinhos (ESAD), aca-bou de chegar aos Estados Uni-dos. Mais precisamente ao pólo mais empreendedor do mundo. O Silicon Valley, em Palo Alto, na Califórnia, vai recebê-lo por seis meses. O jovem designer de 25 anos foi convidado para traba-lhar na IDEO, uma das maiores empresas de design a nível inter-nacional.

Embora tenha visto para per-manecer no país até 2009,durante o próximo meio ano, o português vai contribuir para o desenvolvi-mento de novos produtos inova-

Projecto de carreira faz escala em Silicon ValleySilicon Valley, Palo Alto, Califórnia, Estados Unidos da América. Esta é apenas uma das escalas que Ricardo Figueiroa, jovem designer industrial português, quer fazer na sua carreira internacional. O recém-licenciado foi convidado para integrar a equipa da IDEO, uma das maiores e mais inovadoras empresas do sector. Depois de vencer o concurso para um protótipo desportivo para a marca Granada da Seat, o designer de 25 anos está agora no mais importante pólo de empreendedorismo do mundo.

dores. Além de criar produtos, a IDEO faz também consultoria a outras empresas, apoiando-as na inovação e colocando-as na pers-pectiva do consumidor. Para isso, Ricardo Figueiroa vai integrar uma das equipas interdisciplina-res da empresa norte-americana. Juntamente com sociólogos, es-critores, psicólogos, o designer industrial português vai criar no-vos produtos, tendo em conta a resposta às reais necessidades dos consumidores.

O recém-licenciado encara a ida para o Silicon Valley como mais uma oportunidade para fazer escola. Mais uma possibili-dade para praticar, errar, vencer e tentar vender as suas ideias. Foi sempre esta, aliás, a postura do designer ao participar nas dezenas de concursos e exposições desde

2000, altura em que iniciou a licenciatura na ESAD. Ricardo Figueiroa defende que só assim se consegue fazer história no design nacional. O jovem de Vila Nova de Gaia sustenta a ideia que os ac-tuais alunos de design do país têm que ter uma atitude mais pró-ac-tiva perante as oportunidades que lhes surjam. “As ferramentas de informação estão por todo o lado, abundam na Internet. Só têm que agarrá-las”, refere Figueiroa. Por isso mesmo, considera que a Escola portuguesa de design não está aquém das estrangeiras. A ideia é defendida depois da ex-periência que teve em Espanha, onde constatou que “as escolas de design não têm mais qualidade que as de Portugal, mas o univer-so empresarial espanhol tem mais capacidade para empregar estes

sexta-feira, 06 Outubro de 2006 15NEGÓCIOS E EMPRESAS

Ricardo Figueiroa, designer industrial, está na mais inovadora empresa norte-americana do sec-tor. Vai estar no Silicon Valley, por certo, nos próximos seis meses.

Page 16: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

importância para a nossa activi-dade”, acrescenta o mesmo res-ponsável.

Dos vários serviços que a Arval disponibiliza em complemento ao Aluguer Operacional de Au-tomóveis (AOV), a Gestão de Danos Próprios foi o que registou maior crescimento, de cerca de 15%, em relação ao período ho-mólogo de 2005.

De realçar que a Arval tem mantido um ritmo de crescimen-to superior ao do mercado, regis-tando uma média de 30% contra os 14% registados pelo mercado nos últimos quatro anos. Em ter-mos de recursos humanos, a Ar-val apresenta um crescimento na ordem dos 6% em 2006, contan-do já com um total de 55 pessoas nos seus escritórios de Lisboa e Porto.

Resultados crescem acima do mercado

Arval aposta na logística e assistência em viagem

7500 viaturas sob a nossa gestão. A nossa aposta irá recair nas áreas de logística e assistência em via-gem, oferecendo um serviço cada vez mais completo aos nossos clientes, bem como nos segmen-tos de mercado ‘middle e very small market”, os quais têm uma grande margem de crescimento no futuro”, afirma François-Xa-vier Castille, administrador-dele-gado da Arval Portugal.

“Estamos naturalmente satis-feitos com os resultados do pri-meiro semestre de 2006, que se enquadram nos objectivos que temos para este ano. Os nossos resultados reflectem um cresci-mento da nossa carteira de clien-tes na área da Indústria, onde já temos uma presença relevante, sendo que o sector dos Serviços também se revelou de extrema

A Arval, empresa do Grupo BNP Paribas, que opera no sector do aluguer operacional de viatu-ras e gestão de frota automóvel, atingiu no primeiro semestre de 2006 um aumento de resultados de 25% em relação ao período homólogo de 2005. A empresa prevê terminar o ano com um resultado bruto na ordem dos 50 milhões de euros.

Os objectivos para o segundo semestre de 2006 passam por asse-gurar uma quota de mercado em torno dos 7%, mantendo um rit-mo de crescimento acima do ritmo de crescimento do mercado.

“Neste segundo semestre pre-vemos manter o ritmo de cresci-mento registado. Até ao final do ano de 2006, contamos crescer 22% em volume de negócio, o que resultará numa frota total de

Albuquerque & Associados assessoria projecto CUF em Estarreja

A sociedade de advogados Al-

buquerque & Associados prestou à CUF assessoria jurídica relativa a toda operação de investimento no Pólo Químico de Estarreja que irá permitir duplicar a capacida-de de produção de anilina daque-le complexo industrial localizado junto ao porto de Aveiro.

Esta operação soma um mon-tante de 235 milhões de euros. A CUF lidera o investimento com 125 milhões de euros, seguida da Air Liquide, com 60 milhões, e da Dow Chemical, que investe 50 milhões.

A Albuquerque & Associados teve a sua intervenção a nível da negociação da operação que se prolongou durante meses e a redacção de instrumentos contra-tuais respectivos. A coordenação da equipa que prestou assessoria esteve a cargo de António Men-donça Raimundo.

Inforpress alarga presença na saúde

O Grupo Inforpress conquis-tou cinco novas contas: Terminal A, Cogeco Cable, OKI Printing Solutions, BioMarin e Instituto Valenciano de Infertildade.

Com isto, aquela agência de comunicação e relações públicas não só alarga a sua carteira de clientes como também marca a sua “rentrée” em novas áreas de negócio.

Entre estas, destacam-se as contas relativas à área da saúde, nomeadamente a dos medica-mentos biotecnológicos ino-vadores para doenças raras (BioMarin) e assistência à repro-dução medicamente assistida (IVI). Saliente-se que, nesta área, a Inforpress trabalha também a Associação Portuguesa contra a Leucemia (APCL), Bayer Portu-gal, Diafarm, Pfizer Consumer Healthcare e Serono.

PUB

“Barba & Cabelo” apresenta vinho Altas Quintas 2004

A barbearia Barba & Cabe-lo, que acaba de ser inaugurada no Porto, promove na próxima segunda-feira a apresen-tação do vinho tinto re-gional alentejano Altas Quintas 2004, criado pelo enólogo Paulo Lau-reano. Simultaneamen-te, é inaugurada a expo-sição de fotografia de Paulo Pimenta, foto-jornalista do “Públi-co”. Recorde-se que a Barba & Cabelo é ao mesmo tempo bar, galeria de arte, tabacaria e, claro, barbearia.

“Com efeito, entre outras carac-terísticas, a barbearia Barba & Cabelo tem a particu-laridade de apresentar associa-ções imprevistas, qualidade que expressa na sua assinatura ‘good things walk together’ (as coisas boas andam ligadas). Daí a re-

alização destes eventos num es-paço que é também um ‘lounge’ de bom gosto para homens com bom gosto”, sublinha António

Almeida, mentor do projecto.

Produzido a partir de castas Trincadeira, Ara-gonês e Alicante Bous-chet, o vinho Altas Quintas 2004, poderá ser apreciado e adqui-rido (a 23,50 euros) no bar da B&C, até 9 de Novembro, o mesmo período em que pode ser vista a exposição de fotografia de Paulo Pimenta. A Barba & Cabe-lo fica situada na rua S. João Bosco,

295, no Porto, e tem o seguinte horário: de segunda a sexta-feira, das 11h30 às 15h00 e das 16h15 às 20h00, e, ao sábado, entre as 09h15 e as 13h00.

sexta-feira, 06 Outubro de 2006NEGÓCIOS E EMPRESAS16

Page 17: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

Exportadores nacionais na plataforma UPS

PUB

A multinacional de distribui-ção logística UPS lançou em Portugal o “Quantum View Manage”, que não é mais do que um serviço de logística que visa reduzir custos de transpor-te, operando com eficiência e total transparência.

O exemplo mais comum está no exportador português de têxteis e que utiliza uma fábrica na China para produ-zir determinado produto para exportação e em conformida-de com as suas especificações. Até agora, o produto era de-senhado em Portugal, fabrica-do na China, reexpedido para Portugal e expedido para os mercados europeus. Com esta ferramenta logística e informá-tica, a UPS, desde que tenha o cliente e destino final, pode controlar o produto manufac-turado na China, trazê-lo até ao porto de Roterdão, colo-cá-lo na plataforma logística e entregá-lo em mão ao cliente

sexta-feira, 06 Outubro de 2006 17NEGÓCIOS E EMPRESAS

final em França ou no Reino Unido. Poupou tempo, espaço e fez uma optimização fiscal, já que a logística na Holanda tem um custo fiscal inferior à ope-ração em Portugal, devido ao valor do IVA. Mas tem mais: a empresa poderá visionar o seu espaço dentro do contentor e a UPS tem capacidade para fa-zer entregas urgentes ou com um período alargado, de acor-do com a vontade do cliente.

O “Quantum View Manage” é uma aplicação baseada na net que permite aos expedidores ver e filtrar informações de trans-porte para os mais variados fins, vendo facilmente se o envio é processado, ou quando está em trânsito, ou se está atraso e o porquê.

É possível com este sistema que um departamento financei-ro possa usar o aviso de entregas confirmadas para lançar facturas e personalizar os mails para ver todos os envios à cobrança.

Campanha de sensibilização da AEP quer levar os cidadãos a optar pelo que é português

“Compro o que é nosso”

“Compro o que é nosso”. Numa altura em que a globalização é mais feroz do que nunca, é com esta fra-se, com este apelo que a AEP – As-sociação Empresarial de Portugal – pretende levar os consumidores portugueses a preferir o que se faz por cá, por terras lusas. O objectivo deste projecto – estamos a falar de uma campanha de sensibilização – é “criar um novo estado de espírito na sociedade portuguesa, valorizando a produção nacional, a criativida-de, o empreendorismo, o trabalho, o esforço e a determinação”, pode ler-se, no comunicado de imprensa que a AEP enviou à redacções. No entender da AEP, a sociedade por-tuguesa, devido a factores como o crescente endividamento das famí-lias ou o desemprego, precisa de um estímulo adicional, de algo capaz de remar contra, como dizem, o “clima de esmorecimento e desânimo” que se vive entre nós. E acrescentam: “Todos sabemos que o orgulho dos portugueses, quando estimulado, é capaz de responder a grandes de-safios. O projecto “Compro o que é nosso” apela à consciência cívica de consumidores, empresários e trabalhadores – os três públicos alvo desta iniciativa – no sentido de comprarem o que os portugueses produzem”. Só assim, afirmam ain-da, é “possível criar mais emprego, mais riqueza, mais desenvolvimen-to económico”.

Uma tarefa que compete a to-dos e, como já vimos, de uma for-ma particular aos empresários. A AEP é ambiciosa quando concebe este projecto a pensar os empresá-rios: mobilizá-los para serem mais competitivos no preço, qualidade e inovação. Mas não só. É ainda sua intenção contribuir para o desen-volvimento sustentado das empre-sas, criação de emprego e reforço da internacionalização. Em relação aos trabalhadores – já nos referimos aos consumidores – os objectivos desta empreitada são também fáceis de adivinhar: levá-los a produzir com brio e a terem orgulho no tecido empresarial português.

Tudo isto vai ser levado à prá-tica através de uma diversificada campanha de comunicação e de marketing. Esta inclui, para além, da tradicional campanha de publi-cidade nos meios de comunicação social, também uma campanha de merchandising – esta dirigida ao consumidor final no momento da compra –, uma outra junto das em-presas e, por último, uma campanha de comunicação, esta a realizar, di-rectamente, junto dos profissionais da comunicação. Resta-nos falar do logótipo que, ao fim e ao cabo, sustenta todo este projecto. Este pretende reflectir três mensagens: os valores patrióticos identificados pelas cores da bandeira nacional, a letra P, normalmente, presente em todas as aplicações em que é neces-sário abreviar o nome Portugal e ainda a forma de gota. Um símbo-lo, como destaca a AEP, de unidade que representa o pequeno esforço “gota a gota” necessário à recupera-ção plena da economia.

SANDRA [email protected]

Page 18: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

A empresa alemã Allbecon AG e a holandesa Overdrive Projekt AG, esta última criada em Agosto de 2006 para gerir as acções da empresa de trabalho temporário Olympia, assinaram, a semana passada, um acordo para a fusão dos seus negócios. Com a opera-ção, a Overdrive Projekt AG pas-sará a gerir todas as participações nas empresas do grupo Allbecon, assim como no grupo Olympia e, logo que a fusão se concretize, surgirá um grupo de empresas com nova designação – a Allbe-con Olympia AG -, cotado na bol-sa de Frankfurt, como, de resto, já o era a Allbecon AG.A fusão deverá trazer “vantagens consideráveis para as duas em-presas”, considera a Allbecon,

em comunicado, já que ambas se complementarão em termos geo-gráficos. É que o grupo Olympia ac-tuava apenas no mercado holandês e a Allbecon operava na Alemanha e em mais cinco países europeus, incluindo em Portugal, onde está presente no sector do trabalho tem-porário.Por outro lado, diz a Allbecon, “as estratégias de negócio das duas empresas complementam-se”, já que “a ampla estrutura da Allbecon constitui uma plataforma privile-giada para uma futura expansão” e a “excelente rede de franchising da Olympia é uma base sólida para o crescimento sustentado do grupo”. Não há, portanto, “sobreposição de funções que precisem de ser elimi-nadas”, refere a empresa alemã.

OLYMPIA FUNDE NEGÓCIO COM A ALLBECON AG

Vida Económica - O trabalho temporário tem vin-do a ganhar terreno e peso no mercado do emprego em Portugal. Como é que a CIP vê esta cada vez maior utilização, pelas empresas, do trabalho tem-porário?

Francisco Van Zeller - Conhecidas que são as extremas exi-gências de competitividade que as empresas têm que enfrentar no contexto da mundialização da economia, e as necessidades de flexibilidade que daí advêm, é natural que o recurso ao tra-balho temporário ganhe cada vez mais es-paço no mercado de trabalho ao nível na-cional. O trabalho temporário assume-se, hoje, como um importante instrumento de gestão empresarial, designadamente para as empresas que têm necessidade de fazer face a acréscimos extraordinários de actividade ou que apostam na inova-ção e na especialização da mão-de-obra. Por outro lado, sabe-se que esta forma de contratação envolve um volume conside-rável de postos de trabalho, representan-do uma porta privilegiada de entrada para o mercado de trabalho. Neste contexto, a CIP considera que o condicionalismo altamente restritivo em que é admitido o recurso ao trabalho temporário, frequentemente valorado como uma forma negativa, e indesejável, de contratação, não tem qualquer fundamento, porquanto tal instrumento é po-tenciador da competitividade, da produtividade e da criação de emprego.

VE - O que leva uma empresa a recorrer ao traba-lho temporário para recrutar um trabalhador quando pode recrutá-lo directamente e afectá-lo aos qua-dros da empresa?

FVZ - Tal como já se disse, o trabalho temporário é um importante instrumento de gestão empresarial para as empresas que têm necessidade de fazer face a acrésci-mos extraordinários de actividade ou para as empresas que apostam na inovação e na especialização da mão-de-obra. A figura é, actualmente, utilizada em todos os sectores da actividade económica como instrumento flexível de com-

petitividade, na medida em que permite às empresas, com recurso a mão-de-obra especializada, fazerem face de for-ma eficaz às constantes flutuações da procura de bens e serviços no mercado. Este aspecto, aliado à extrema rigidez da legislação laboral que vigora em Portugal em matéria de despedimentos individuais, constituem-se como as princi-pais razões que levam as empresas portuguesas a recorrer ao trabalho temporário.

VE - Dada a generalização desta forma de contratação, qual deve ser a duração dos contratos de tra-balho temporário? A mesma dos contratos a termo ou outra?

FVZ - A CIP considera que a duração dos contratos de trabalho temporário deve ser equiparada à duração dos con-tratos a termo, incluindo renovações. Por outro lado, devem igualmente ser equiparadas as situações de recurso ao contrato de utilização de trabalho tempo-rário às situações de admissibilidade do contrato a termo.

Rigidez laboral induz onerações e encargos

VE - O recurso ao trabalho temporário, dada a intermediação da empresa cessionária da mão-de-obra, não acarreta custos mais elevados para as em-presas utilizadoras?

FVZ - Realmente, verifica-se que há esse custo específi-co. No entanto, alguns encargos da prestação de trabalho não são suportados pelas empresas utilizadoras, como por exemplo os encargos com a Segurança Social e compen-sações por caducidade dos contratos a termo. De resto, a apontada rigidez da legislação laboral é factor susceptível de induzir a onerações e encargos que devem ser pondera-dos neste domínio.

VE - E os trabalhadores temporários não auferem salários mais baixos dada essa remuneração extra

que as empresas utilizadoras têm de pagar às em-presas cessionárias?

FVZ - Cumpre esclarecer que, nos termos do n.º 1 do artigo 21º do Decreto-Lei. n.º 358/89, de 17 de Outubro, alterado pela Lei n.º 39/96, de 31 de Agosto, e pela Lei n.º 146/99, de 1 de Setembro, que fixa o Regime Jurí-dico do Trabalho Temporário, “o trabalhador temporário tem direito a auferir a retribuição mínima fixada na lei ou instrumento de regulamentação colectiva de trabalho aplicável ao utilizador para a categoria profissional corres-pondente às funções desempenhadas, a não ser que outra mais elevada seja por este praticada para o desempenho das mesmas funções, sempre com ressalva de retribuição mais elevada consagrada em instrumento de regulamentação colectiva de trabalho aplicável à empresa de trabalho tem-porário”. Face ao citado dispositivo legal, os trabalhadores temporários não podem auferir retribuições mais baixas que outros trabalhadores na mesma empresa.

VE - Qual o(s) tipo(s) de profissionais mais requisi-tados junto das empresas de trabalho temporário?

FVZ - A procura de profissionais junto das empresas de trabalho temporário abrange, actualmente, todo o tipo de recursos humanos especializados, por forma a dar res-posta às situações concretas, temporárias ou excepcionais, de mão-de-obra que a empresa utilizadora visa suprir. Face, no entanto, ao peso dos sectores de mão-de-obra intensiva que existem ao nível nacional, é natural que a procura de trabalhadores para funções indiferenciadas ou semi-indiferenciadas ainda ocupe um lugar de destaque na oferta das empresas de trabalho temporário.

VE - As empresas de trabalho temporário deve-riam poder aceder às bases de dados dos desempre-gados inscritos no Instituto de Emprego e Formação Profissional?

FVZ - O acesso das empresas de trabalho temporário às bases de dados de desempregados inscritos no IEFP constituiria uma vantagem para as próprias empresas de trabalho temporário, para as empresas utilizadoras e para os trabalhadores.

TERESA SILVEIRA

Presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) considera

Rigidez da legislação laboral favorece trabalho temporárioA Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) reconhece que o trabalho temporário (TT) se assume hoje como “um importante instrumento de gestão empresarial”. E é “utilizado em todos os sectores da actividade económica como instrumento flexível de competitividade”. Em declarações à “Vida Económica” na semana em que passou para o debate na especialidade, na Assembleia da República, o projecto-lei do Partido Socialista sobre TT, Francisco Van Zeller, presidente da CIP, vai antecipando ideias para a revisão do Código do Trabalho: “a extrema rigidez da legislação laboral em matéria de despedimentos individuais constitui uma das principais razões que levam as empresas portuguesas a recorrer ao trabalho temporário”.

Com uma força global de mais de 14 mil trabalhadores e um volume de vendas que deverá ultrapas-sar os 300 milhões de euros em 2006, a nova Allbecon Olympia AG apresenta-se ao mercado europeu com uma nova dimensão e novos objectivos: “atrair cada mais clien-tes empresariais”, dando atenção especial aos “recursos humanos altamente profissionalizados, espe-cializados e qualificados”.O líder do novo grupo Allbecon Olympia AG será o actual CEO da Olympia Uitzendgruop BV, Marcel Slaghekke, a que se juntarão os dois actuais membros do Conselho Executivo da Allbecon AG, Joachim Stoll e Paul Nasada.

TERESA SILVEIRA

sexta-feira, 06 Outubro de 2006NEGÓCIOS E EMPRESAS18

O condicionalismo altamente restritivo do recurso ao trabalho temporário não tem qualquer fundamento.

Francisco Van Zeller, presidente da CIP.

Page 19: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

Estudo da Accenture e SAP revela o que os empresários querem do Governo

É preciso mudar a política fiscal e flexibilizar as leis laborais

Uma política fiscal adequada ao desenvolvimento eco-nómico deverá ser um dos principais objectivos do Go-verno. Esta é a opinião, aliás esmagadora, de 88% dos empresários que responderam, recentemente, a um estudo encomendado pela Accenture e pela SAP à AESE – Escola de Direcção e Negócios – e que tem como título “A Gestão Empresarial em Portugal em 2006”.

Mas não só. Os empresários da nossa praça e, já não é e agora, voltam a reclamar mudanças na política laboral. É preciso flexibilizar a legislação, dizem, bem como proce-der a uma reforma da administração pública. Do caderno reivindicativo dos nossos homens de negócios fazem ainda parte coisas como a modernização da justiça ou a necessi-dade de se criarem incentivos fiscais à formação da força de trabalho.

Quando estes se olham ao ‘espelho’, surgem outros da-dos, também eles, já várias vezes citados em público. As empresas, elas próprias fazem o seu ‘acto de contrição’ e destacam, neste estudo, a necessidade de mais e melhor inovação, de um maior investimento português no estran-geiro, sobretudo nos países do Centro e do Leste europeus ou ainda a necessidade de se atingir um outro patamar ao nível da produtividade e qualificação dos recursos hu-manos. Aliás, estes dois factores são, mesmo, considerados decisivos em termos de futuro: “de acordo com os entrevis-

tados, nos próximos 10 anos, os factores mais importantes para alcançar o êxito são a competitividade relativamente ao preço/custo, a melhoria da qualidade dos produtos/ser-viços, assim como um posicionamento no mercado que seja claro e diferenciado.

Plano Tecnológico contribui para a modernização das empresas

As queixas dão lugar aos louvores. É isto que podemos dizer da reacção dos empresários portugueses à ‘menina dos olhos’ do nosso Governo, o Plano Tecnológico. Aquilo que podemos ler, no comunicado que sustenta este estudo, é revelador: “59% dos dirigentes considera que as medidas levadas a cabo pelo Governo, ao nível do Plano Tecnoló-gico, estão a contribuir de alguma forma para a inovação e modernização das empresas nacionais”.

E bem que podemos dizer que isto é uma necessidade. Afinal e, ainda segundo este estudo da AESE, 40% dos dirigentes entrevistados consideram que a competitividade da economia portuguesa não se alterou, 27% consideram, mesmo, que piorou e só 32% afirmam que melhorou. Curioso é verificar que estes últimos dizem que isto se fi-cou a dever, podemos ler, no comunicado, “às mudanças na mentalidade empresarial”.

Turismo e lazer vão ser os motores da economia

Os números são, de novo, arrasadores. Para 61% dos entrevistados, o turismo e lazer vão ser, sem dúvida, os sectores alvo de um maior progresso nos tempos mais pró-ximos. Dentro deste grupo, há, mesmo, 34% que afirma que estas actividades vão ser as responsáveis pela criação de mais emprego directo e indirecto e, de uma forma ge-ral, por um maior crescimento económico. Logo a seguir, surgem os sectores da energia, por um lado, e, pelo outro, o das tecnologias de informação e comunicação. Do outro lado da barrica, ou seja, como aquelas áreas que vão sofrer uma maior regressão, com 86% das opiniões estão as mais tradicionais: têxteis, confecção e calçado.

Resta falar da tipologia de empresas que foram a base deste estudo. Quase 80% das empresas, 76%, envolvidas têm maioria de capital português, 21% têm capital es-trangeiro e só 4% capital misto. Em relação ao volume de facturação, 47% das organizações apresentam um volume superior a 100 milhões de euros, 21% apresentam entre 25 e 100 milhões, 25% entre um e 25 milhões e, apenas, 7% menos de um milhão de euros de facturação.

SANDRA [email protected]

����������������������

O Grupo Editorial Vida Económica tem condições para lhe proporcionar formação à medida dos objectivos e necessidades dos seus trabalhadores, colaboradores ou associados, em qualquer ponto do país, em horário laboral ou pós-laboral.

Grupo Editorial Vida Económica. R. Gonçalo Cristóvão, 111 - 6º Esq. 4049-037 PortoInf: Ana Maria Vieira Telf. 223 399 457/00 Fx. 222 058 098 [email protected]

����������������������������������

�������������������������

��������������������������������������������������������������������������������������������������

����������������������������������������������������

������������������������������������������������������������������������������������������

����������������������������������������

��������������� �����������

�����������������������������������������J�����������������������������J �����������������������������������������J�����������������������������J����������������������������������������������J�����������������������������J��������������������������������

�����������������������������������������������

���������������� ��������������������������

� �������������������������

��������������������������������������������������

PUB

ISCTE debate

economia chinesa

A economia chinesa, o seu impacto e as suas especificida-des. O tema que deu, recente-mente, azo à realização de mais um colóquio, desta feita, no ISCTE (Instituto Superior de Ciências do Trabalho e Empre-sa), em Lisboa.

Docentes desta instituição, do ISEG – outra escola de eco-nomia da capital -, de univer-sidades francesas, bem como peritos chineses – é o caso de Gu Lihong, vice-presidente da Johnson&Johnson, na China -, debruçaram-se sobre temas como o impacto da China na globalização da economia mundial, a relação económica entre Portugal e a China ou a governação no sistema de saúde chinês. Este evento serviu ainda para apresentar uma novidade: o ASIÂNIA, o novo centro de estudos asiáticos da escola de gestão do ISCTE.

sexta-feira, 06 Outubro de 2006 19NEGÓCIOS E EMPRESAS

As empresas portuguesas querem uma política fiscal mais adaptada ao desenvolvimento económico e leis laborais mais fle-xíveis. Estas são duas das principais conclusões de um estudo sobre gestão que a Accenture e a SAP encomendaram à AESE, Escola de Direcção e Negócios. Mas há outros resultados de interesse: o Plano Tecnológico recebe a aprovação dos nossos homens de negócios, que consideram que o turismo vai reforçar ainda mais o seu papel na economia ao afirmar-se, no futuro, como um dos seus motores.

Page 20: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

TurismoStarwood cria marca Element para estadias longas

Flores vai ter hotel

temático

Período termina a 9 de Novembro para SIPIE, SIME Internacional e SIED

Nova fase de candidaturasao PRIME atribui 22 milhões de euros ao turismoEncontra-se em aberto a última fase para as candida-

turas ao SIPIE – Sistema de Incentivos a Pequenas Iniciativas Empresariais, ao SIME Internacional

– Sistema de Incentivos à Modernização Empresarial e ao SIED – Sistema de Incentivos à Economia Digital. O período para a apresentação dos projectos turísticos abriu no passado dia 27, estendendo-se até 9 de Novembro, de acordo com o despacho publicado a 25 de Setembro em Diário da República. A nova fase de candidatura apresen-ta, na totalidade, uma dotação orçamental de 22 milhões de euros. As verbas dos três pro-gramas do PRIME são aplicáveis aos projectos oriundos de todas as regiões do país.

No caso do SIPIE, os projectos de investimen-to no sector do turismo devem ter em conta “a criação e arranque de empresas e o desenvolvi-mento de novas actividades de empresas exis-tentes, nas áreas de animação turística, de turis-mo de natureza e de apoios de praia”, refere o documento legal. Neste âmbito, estão à disposição dois milhões de euros para os projectos turísticos. Nesta última etapa, o SIME Internacional conta com uma tranche orçamental de dez milhões de euros, “dos quais quatro milhões afec-tos a projectos apresentados por novos exportadores e a restante dotação a projectos considerados gerais”, dita o Despacho nº 19624-E/2006. As candidaturas orientadas para o SIED podem contar com dez milhões de euros. Nos três programas, o regulamento indica que “a selecção dos projectos é efectuada por fases, cujos períodos, zonas de modulação regional (NUT) abrangidas e dotações or-

çamentais são definidos por despacho do Ministério da Economia e da Inovação.

Suspendidas as candidaturas ao FEDER e FSE

As candidaturas aos apoios do FEDER e do Fundo So-cial Europeu, no âmbito do PRIME, foram suspendidas por despacho de Diário da República. A apresentação das candidaturas a apoios co-financiados pelo FEDER já foi

suspensa ao nível das medidas “Apoiar as parce-rias empresariais”, “Dinamizar mecanismos de inovação financeira empresarial”, internacionali-zar a economia”, “Apoio à requalificação de áreas de produção mineral” e do SICE – Sistema de Incentivos à Cooperação Empresarial. A partir da próxima segunda-feira, passam a estar sus-pendidas as candidaturas aos apoios no âmbito do SIUPI, SIME – I&DT, NITEC, Programa

Quadros e as medidas “Apoio a infra-estruturas tecnológi-cas, da formação e da qualidade”, “Apoio a infra-estrutura associativas” e “Apoio às infra-estruturas turísticas”.

A suspensão das candidaturas deve-se ao “elevado nível dos compromissos orçamentais assumidos no âmbito do PRIME, conjugado pelo elevado número de candidaturas recebidas, com o período de tempo inerente aos processos de análise e decisão dos processos de análise e decisão dos projectos e com as regras definidas em matéria do encer-ramento do QCA III”.

GABRIELA [email protected]

Está operacional o sistema de monitorização e previsão da actividade turística

Turismo seduz pela transparênciaPrograma TAP Victoria

com mais dois parceiros

O Arteh Hotels, rede de hotéis inde-pendentes, e o Choupana Hills Resort & Spa são, desde o passado domingo, os novos parceiros do Programa TAP Vic-toria. Com as duas novas parcerias, au-menta a possibilidade de os membros do programa de passageiro frequente acumularem milhas no seu cartão.

Através do Arteh Hotels & Resorts, os membros do TAP Victoria podem ganhar 500 milhas bónus, caso optem por uma estada mínima de duas noites num dos seus hotéis ou 200 milhas por cada noi-te a mais. No caso de adquirirem uma estada mínima de duas noites no Chou-pana Hills Resort & Spa, na Madeira, podem acumular até mil milhas. Por cada 35 euros gastos no restaurante daquela unidade, pode acumular 100 milhas.

“Se nos damos a conhecer melhor, mais cientificamente, ficamos em condições de vender melhor

o nosso potencial turístico”, confia Luís Patrão, presidente do Instituto de Turis-mo de Portugal (ITP). Na apresentação do Impactur, o sistema de monitorização e previsão da actividade turística nacional, o responsável do ITP salientou que esta ferramenta ajudará a captar novos ope-radores turísticos e visitantes para o país: “Passámos de um marketing meramente promocional para um marketing baseado em dados rigorosos. O Impactur permite conhecer melhor a natureza do nosso tu-rismo.”

O sistema custou 300 mil euros e foi desenvolvido pela Universidade do Algar-ve, em parceria com a Direcção-Geral de Turismo. A equipa coordenada pelo pro-fessor e economista Fernando Perna fez o tratamento econométrico de dados estatís-ticos primários fornecidos por entidades como o Instituto Nacional de Estatística, o Banco de Portugal, a ANA – Aeroportos de Portugal, a OCDE, ou o Eurostat. O re-sultado está acessível em http://www.esght.ualg.pt/impactur.

No site é possível aceder a informações anuais, trimestrais e mensais, bem como ao histórico e a previsões da actividade turís-tica. Pode consultar os indicadores gerais do país ou indicadores por regiões (Norte,

Centro, Lisboa, Alentejo, Algarve, Açores e Madeira). Encontrará dados sobre a taxa de ocupação hoteleira, o número de pas-sageiros desembarcados por tipo de voo, a origem dos visitantes, o peso das low-cost, as receitas geradas por trabalhador, entre outros indicadores. Além das tabelas e re-latórios, a página destaca também notícias relativas a alguns dos indicadores. Sem uma consulta mais pormenorizada, quem aceder ao site fica desde logo a saber, por exemplo, que 52,4% dos passageiros que passaram pelo Aeroporto Internacional de Faro no segundo trimestre de 2006 viaja-ram em companhias low-cost.

Fernando Perna sublinha que o sistema é pioneiro e está a suscitar interesse por parte de outros países. Acrescenta que vão continuar a trabalhar na evolução do pro-grama: “Há espaço para introduzir novos indicadores e novas variáveis. O desafio é internacional. Queremos cruzar dados com outros centros de investigação, como é o caso de um instituto de Veneza, que fez um trabalho similar sobre as Baleares, um estudo encomendado pela Organiza-ção Mundial de Turismo. Eles fizeram em papel, o nosso é absolutamente inovador porque é apresentado online e actualizado mensalmente.” O professor acredita que o sistema desenvolvido na universidade do Algarve possa ser exportado, pelo que em breve será patenteado. Outro objectivo é

Selecção é aplicável

a todas as regiões

disponibilizar em breve toda a informação em inglês.

As metodologias adoptadas para as con-clusões apresentadas estão também descri-tas no site do Impactur.

SUSANA [email protected]

sexta-feira, 06 Outubro de 200620

• •

Page 21: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

Bem-vindo ao turismo de experiênciasA partir de Novembro, as mais de mil experiências que integram a oferta da empresa de animação “A Vida É Bela” estarão disponíveis para venda em todas as agências de viagem, através do canal Galileo Leisure

“O mercado do turismo está a mudar e passa, cada vez mais, pela utilização de experiências no enriquecimento e diferenciação de uma estadia”. Quem o diz é António Quina, fundador e di-rector-geral de “A Vida É Bela”, para quem o futuro do turismo e o seu potencial de crescimento re-side na oferta de experiências, de carácter pessoal, que possam con-tribuir para trazer diferentes tipos de clientes a Portugal, bem como oferecer férias diferentes a quem assim o preferir. “As oportuni-dades deste mercado são muito grandes, pois apenas a Inglaterra tem uma oferta madura a este nível”, salienta o director da em-presa. De acordo com um estudo internacional da responsabilidade da Arthur D. Little, o potencial actual deste mercado nos Esta-dos Unidos ronda os mil milhões de dólares, enquanto na Europa chega já aos 300 milhões. Daqui a três anos, este potencial será de 1300 e de 800, respectivamente.

Para António Quina, as ex-periências serão essenciais para reinventar as margens num sector onde já quase não existem, bem como para gerar “cash flow” e criar aquilo a que chama o turis-mo do futuro. “Os bens e servi-ços serão como commodities. As experiências criadas marcarão a diferença”, diz o fundador de “A

Vida É Bela”, citando a “Harvard Business Review”, numa das edi-ções do ano de 1999. E acrescen-ta: “Os nossos concorrentes serão cada vez mais os outros países e os outros mercados, pois é preciso trazer as pessoas para Portugal”.

A associação com a Galileo é es-tratégica a este nível. As agências passam a dispor de novos serviços, para além dos hóteis, passagens aé-reas e aluguer de viaturas, com que reforçam a abordagem ao cliente fi-nal. Para já, a parceria entre as duas empresas limita-se ao mercado na-cional mas, segundo António Qui-na, em breve será alargada ao Brasil e Espanha, mercados onde a em-presa entrou há poucos meses, mas cujos resultados estão a ser muito satisfatórios. “Em seis meses no Brasil já facturámos três milhões de euros e, em três meses em Espanha, já chegámos aos 800 mil euros”. De salientar que a facturação em Por-tugal já atingiu os cinco milhões de euros.

Com a integração do ícone “A Vida É Bela” na plataforma Gali-leo, a empresa espera um aumen-to nas vendas entre 30 e 35% no primeiro ano, valor que chegará aos 50% já em 2008. Ao fim de dois anos, as experiências de tu-rismo estarão disponíveis a nível global.

FÁTIMA FERRÃO/SENTIDO DAS [email protected]

Best Western faz parceria com Holmes Place

A Best Western Portugal es-tabeleceu uma parceria com o Holmes Place – Health Clubs. O acordo prevê a atribuição de ofertas especiais e de passatempos para os sócios dos 12 ginásios que a rede tem em Portugal.

Numa primeira fase, a parceria inclui a oferta de tarifas e pacotes especiais de duas e quatro noites no Best Western Hotel das Ter-mas na Curia, válidos até ao final de 2006. O acordo inclui ainda a utilização do “fitness center” do hotel e de tratamentos termais.

Numa fase seguinte, a parceria prevê a realização de um concur-

so em que será premiada a me-lhor frase Best Western. “Ao par-ticiparem, os sócios habilitam-se a ofertas de fins-de-semana nos 18 hotéis Best Western em Portu-gal e também ofertas de estadias em hotéis Best Western a nível internacional”, divulgou a cadeia hoteleira. Os vencedores serão conhecidos a 15 de Novembro.

A parceria com o Holmes Pla-ce reflecte a estratégia da Best Western em reforçar a sua con-solidação nos mercados nacional e internacional, nomeadamente nos segmentos de três e quatro estrelas.

sexta-feira, 06 Outubro de 2006 21TURISMO

aviação espanholas Vueling e Ibe-ria em publicitar o preço total das viagens. As duas transportadoras apresentam, desde as passadas sexta-feira e sábado, respectiva-mente, o preço total, incluindo à tarifa as taxas de aeroporto, com-bustível e emissão de gases.

As companhias aéreas espanho-las tornam-se nas primeiras trans-portadoras a adoptar a medida, após a Comissão Europeia ter anunciado que poderá vir a obri-gar a apresentação do preço final das viagens de avião aos consumi-

Transportadoras nacionais ainda não publicitam preço total das viagens

A TAP e a PGA – Portugália Airlines não vão seguir a decisão das companhias de

dores. Quanto à TAP, neste mo-mento, não está prevista alguma alteração, afirmou à “Vida Eco-nómica” fonte da empresa.

Na altura em que as instâncias responsáveis ditarem a medida como obrigatória, a transporta-dora pública passará a aplicar a prática.

A Portugália Airlines seguirá a TAP no que concerne a esta ma-téria, referiu fonte ligada à com-panhia de aviação privada.

GABRIELA [email protected]

Portal de reservas espanhol entra no mercado nacional

TerminalA.pt quer ser líder na venda de bilhetes de avião

O TerminalA.pt, centro de reservas on-line de bi-lhetes de avião, hotéis e

rent-a-car, acabou de entrar no mercado português. O portal, detido pela empresa espanhola Centro de Viajes Terminal A, SL, pretende ser a página web nú-mero um na venda de passagens aéreas através da Internet, adian-tou à “Vida Económica” o direc-tor-geral do Terminal A, Georges Sans. Depois de Espanha, o por-tal de reservas está operacional em Portugal e as previsões para o mercado nacional são optimistas. No primeiro mês de actividade, as vendas registadas no www.ter-minalA.pt correspondem a 3% do volume de facturação total do centro de reservas. No próximo ano, a empresa espanhola esti-ma ultrapassar os dez milhões de euros, acrescentou o mesmo res-ponsável.

O TerminalA disponibiliza um leque variado de oferta, em termos de aviação, hotelaria e rent-a-car. Além dos serviços individuais, o portal português apresenta a fun-cionalidade voo+hotel, permitin-do ao turista ou viajante a reserva da viagem e do alojamento. Atra-vés do site português pode reser-var e comprar passagens aéreas de 45 de companhias de aviação que operam, na totalidade, a par-tir dos aeroportos de Lisboa e do Porto.

Na totalidade, o portal permite o acesso a mais de 500 transpor-tadoras a nível mundial. No fu-turo, o portal vai apresentar um serviço vocacionado para as em-presas, afirmou.

Pesquisa rápida e completa

O TerminalA.pt tem como má-

xima a pesquisa rápida, apresen-tando de uma forma completa a informação sobre o voo solicitado pelo consumidor.

O objectivo é apresentar dados detalhados para que o utilizador possa decidir o mais rapidamen-te possível. Para isso, o portal trabalha com algoritmos capazes de encontrar as tarifas mais eco-nómicas.

Questionado sobre a recepti-vidade dos consumidores portu-gueses face às compras on-line, Sans refere que o Terminal A apresenta procedimentos fáceis e que garantem a maior segurança na compra de passagens aéreas e de vouchers de hotéis.

A central de reservas on-line trabalha com sistemas que ga-rantem a segurança ao longo da compra. As ferramentas informá-ticas não permitem que os dados do cartão de crédito ou débito fiquem registados no sistema, garantindo a máxima segurança ao processo.

Neste momento, o Terminal A não regista qualquer fraude na reserva ou compra de bilhetes de avião.

A reconfirmação do voo é um passo importante a ter antes da viagem, aconselha o portal de viagens. Analisar o estado do voo, pelo menos 24 horas antes da via-gem, é imprescindível para evitar problemas.

O ideal é confirmar 72 horas antes da partida. A pesquisa deve ser feita através do código dado na altura em que foi efectuada a reserva. Caso se trate de um có-digo Galileo, deve visitar www.viewtrip.com, se for um código Amadeus, deve “linkar” www.checkmytrip.com.

Além da presença em Espanha, França e Portugal, o www.termi-

nalA.pt vai estar operacional em na Alemanha em 2007, referiu Georges Sans. Neste momento, o produto voo representa 97%, enquanto o hotel e o aluguer de automóveis representam 3% da actividade do portal.

O Terminal A iniciou a activi-dade em Espanha em 2004. Dois anos depois, o portal de reser-vas de aviação e hotelaria deti-nha 20% de quota de mercado, através da venda de bilhetes de avião pela Internet. No primeiro semestre deste ano, a empresa re-gistou um aumento de 117% no número de reservas, obtendo 62 milhões de euros.

A rentabilidade do portal é conseguido pelo facto ser a única agência de viagens que não cobra comissão de agência, baixando o preço final do bilhete.

O Terminal A cobra ainda ape-nas 9 euros ao cliente, enquanto que as agências cobram normal-mente 18 euros. Até ao final do ano, o portal pretende alcançar 125 milhões de euros em Espa-nha.

Responsabilidade social

A Fundação Terminal A, com a colaboração da Fundação Vin-cent Ferrer, encontra-se a ajudar crianças na Índia. O trabalho hu-manitário é desenvolvido até que aquelas crianças cheguem à idade adulta. Até lá, a fundação presta apoio ao nível alimentar, escolar e no desenvolvimento do seu am-biente familiar.

A Fundação Vincent Ferrer é uma organização não governa-mental (ONG) que intervém no processo de transformação de Anantapur, uma das zonas mais pobres e carenciadas da Índia e do mundo.

Iberia e Vueling são as primeiras companhias a implementarem a medida

António Loureiro, director-geral da Galileo em Portugal, e António Quina, fundador e director-geral de “A Vida É Bela”.

Page 22: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

06 de Outubro de 2006 | Suplemento Nº67

Corrida ao crédito à habitação não pára, mesmo com o aumento das taxas de juro

De acordo com os in-dicadores disponíveis, a produção global do sector sofreu um abran-damento significativo, tendo a percentagem de

utilização da capacidade produtiva das empresas descido de 76,6%, valor registado nos primeiros oito meses de 2005, para 74%, em igual período do ano corrente.No que respeita à habitação, o de-créscimo registado está directamen-te associado à evolução negativa que a procura de casas tem vindo a reve-lar e que se refl ecte de forma clara nas opiniões dos empresários sobre as vendas de fogos concluídos.“Falando na região em que estou in-serida, Leiria, o sector da construção está a evoluir, ou seja, o número de construções de habitações aumen-taram e há um maior cuidado com os acabamentos. O que noto é que a oferta aumenta e a procura diminui, mas mesmo assim à que salientar que as pessoas actualmente procu-ram apartamentos novos, isto é, já não se interessam por habitações usadas”, refere Zulmira Gonçalves

da Convilis – Sociedade de Media-ção Imobiliária, Lda. Acrescentan-do, “aqui na imobiliária, em relação a 2005, noto uma quebra na procura, de cerca de 50%”.Também Paulo Paredes, da Paulo Paredes Mediação Imobiliária, con-sidera que o sector está “estragado”, referindo que “a instabilidade reduz a procura de casa. No entanto há muita procura de crédito através de transferências de Banco, ou seja, os Bancos não perdem”.A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação fi xou-se, no mês de Julho, e de acor-do com os dados o INE, em 4,187%, agravando-se em 0,093 pontos percentuais face ao mês anterior e prolongando a tendência de subida iniciada em Dezembro de 2005. Apesar das constantes subidas, os portugueses continuam a solicitar o crédito à habitação. Para atenuar o crescimento que se verifi cou nos juros, as instituições bancárias criaram uma série de produtos e so-luções, para manter fi xos os valores de prestação mensal.

Espaço dedicado às Pequenas e Médias Empresas de Portugal

As constantes oscilações da economia, apesar da pre-visão do Banco de Portugal do crescimento de 1,2% no corrente ano, tem afectado todos os sectores de actividade, nomeadamente o da Construção Civil e Obras Públicas.

A derrocada na Construção Civil Simplifi cação Fiscal

Medidas aprovadas pelo Conselho de Ministros não são do conhecimento geral

O Conselho de Ministro apro-vou várias medidas com vista à simplifi cação e à transparência do ordenamento fi scal nacional e, sobretudo, com vista à elimi-nação de um vasto conjunto de obrigações acessórias sujeitas aos contribuintes, ao nível dos diver-sos impostos, com o objectivo da desburocratização do Estado e da redução dos custos para os cida-dãos e para as empresas.De acordo com o comunica-do do Conselho de Ministros, através deste conjunto de ac-ções pretende-se “aprofundar a desmaterialização de actos e procedimentos com recurso aos meios informáticos; concretizar medidas específi cas do Programa de Simplifi cação – Simplex 2006, nomeadamente a que prevê o início do pré-preenchimento das declarações de rendimentos do IRS, enviadas pela Internet.”Alargar a dispensa de apresenta-ção de declaração de rendimentos a pensionistas de baixo rendi-mento e diminuir a obrigação de comunicação à Direcção Geral – Impostos (DGCI) nos casos em que os dados fornecido são obtidos com recurso a outros meios ou em que, da informação adquirida não se retira utilidade para a avaliação e/ou controlo da situação tributária dos contri-buintes, são outros dos objectivos com vista à simplifi cação fi scal.Apesar de serem consideradas como um grande benefício para sociedade em geral, estas medi-das implantadas para simplifi car, ainda não são totalmente do conhecimento público, como indica o contabilista Domingos Morgado ao referir “desconheço a forma como vão ser implanta-das, logo não poderei dizer se são totalmente positivas”.Estevão da Silva, da empresa de consultoria e negócios Start Idea, deixa uma observação: “falta saber se de facto estas medidas são Simplex”.

pub

Page 23: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

Seur investe 48 milhões em três anosTempo de entrega, eficácia e contínua orientação para o cliente. Estes são os três factores-chave que fazem da Seur uma das empresas espanholas mais bem sucedidas em Portugal e na Península Ibérica.

A Seur é hoje uma das marcas de maior prestígio em Portugal. Isso deve-se, segundo Roberto Abarca, gestor da

Seur Lisboa, Leiria, Faro, Santarém e Évora, “à boa imagem de marca dos serviços que a Seur oferece em toda a Península Ibérica. Além disso, a liderança que a Seur tem em Espanha é um atributo positivo na hora de os clientes portugueses contratarem os nossos serviços de envio para Espanha. Outros fac-tores-chave muito positivos da Seur são: tem-po de entrega, eficácia e contínua orientação para o cliente”, afirmou este responsável à “Vida Económica”.

Um dos traços característicos da sua activi-dade é ter serviços adaptados a cada um dos sectores. “A Seur no seu trabalho de orien-tação para o cliente procura sempre oferecer serviços à medida do cliente. Nesse sentido, a Seur insere-se num perfil de multiespecia-lista, já que realiza envios de todo o tipo, desde peças de automóvel, computadores, documentos, até produtos farmacêuticos e produtos que devem ser transportados a temperatura controlada”, explica Roberto Abarca.

Além disso, é de realçar a ampla oferta de serviços em função dos tempos de entrega, da urgência dos envios. Entre estes serviços, os preferenciais são os que oferecem maior ur-gência. O mais solicitado é o Seur 8:30, que chega ao destino antes das 8h30 da manhã do dia seguinte à entrega, em toda a Penín-sula Ibérica. Se a entrega for, de facto, muito urgente, a Seur dispõe ainda do serviço 24

horas, também disponível em toda a Penín-sula Ibérica.

A importância dos serviços complementares

A Seur assegura vários serviços complemen-tares, que permitem ter uma oferta diversifi-cada e adaptada a cada cliente. Entre eles, en-contra-se o “Seur Comprovativo de Entrega”, que permite ao cliente confirmar a entrega da mercadoria no momento em que esta é en-tregue no destino. Com o serviço “Gestão”, a Seur realiza o envio e além disso ocupa-se de todos os procedimentos nas Administra-ções Públicas, embaixadas, consulados, uni-versidades, etc. O serviço “Seur Reembolso” permite aos clientes cobrar a sua mercadoria evitando demoras e situações de não paga-mento, recebendo o valor do reembolso nas 24h00 seguintes à entrega. “Com esta gama de produtos a Seur procura constantemente adaptar-se às necessidades dos seus clientes, oferecendo assim uma ampla gama de produ-tos e serviços”, diz Roberto Abarca .

Em Portugal, a Seur atingiu em 2005 uma facturação 29,93 milhões de euros, o que re-presenta 5,21% da facturação de toda a rede Seur. O maior investimento realizado duran-te 2005 foi para a nova franquia de Lisboa, na qual investiu 10 milhões de euros. Esta fran-quia conta com 40 mil m2, uma capacidade para 120 veículos e uma tapete transportador de 400 m, que regista 4500 embalagens por hora. Paralelamente, prevê-se um investi-mento de 180 mil euros em equipamentos tecnológicos para todas as franquias. O inves-timento previsto para o triénio 2004-2006 é de 48 milhões de euros.

Internet impulsiona resultados

Para 2006, é esperado um novo crescimen-to dos resultados, impulsionado pelas vendas na Internet e lançamento de novos produtos. “Graças à nossa ampla gama de produtos e rápido desenvolvimento da Web para reali-zar os envios, ao longo deste ano estamos a conseguir alcançar um notável crescimento

Leite líquido limita dinamismo das empresas lácteas galegas Capsa, Puleva Food e Leche Pascual controlam 34% do sector lácteo em Espanha

A Galiza, comunidade autonómica onde se situam 55% das explorações leitei-ras espanholas, produz 36% do leite

que é recolhido no país vizinho. Apesar da capacidade de produção de matéria-prima, a facturação das indústrias lácteas de capital galego representa apenas 11% do total das empresas espanholas do sector.

A percentagem reduz-se ainda mais se a com-paração for efectuada en-tre valor gerado por essas empresas ou entre o volume de emprego criado. Em am-bos casos, as empresas gale-gas representam apenas 6% do total, de acordo com os dados do Inquérito Industrial de Empresas elaborado pelo Instituto Nacional de Estatís-tica espanhol.

Se bem que as indústrias de capi-tal galego (liderados pela Leite Río e pela cooperativa Feiraco) estejam já a iniciar a diversificação da sua produção, a sua aposta

no embalamento de leite líquido, tanto com as suas próprias marcas como a sua grande dependência dos fornecimento para os gran-des distribuidores, faz com que estas empresas sejam menos competitivas face às líderes do sector: Capsa, Puleva e Leche Pascual. Além

disso, as empresas de capital estran-geiro, como refere o estudo

“La Industria Alimentaria en Galicia”, controlam cer-ca de 80% do volume de negócios gerado pela co-mercialização dos derivados

frescos do leite, transforma-dos na comunidade.

A Capsa, a Puleva Food e a Leche Pascual controlam 34% do volume de negócios do sector lácteo em Espanha, com um volume de recolha de mil, 850 e 796 milhões de

litros de leite anuais, respec-tivamente. Todas elas centram a

sua actividade no leite embalado, se bem que estejam a apostar na I+D+i e nos leites modificados.

ao nível da facturação. No primeiro semestre de 2006, registou-se uma facturação na or-dem dos 16,50 milhões de euros, o que cor-responde a um crescimento de 12,3%. Um valor que se aproxima das nossas expectativas no início do ano que apontavam para um crescimento na ordem dos 13%”, afirma o mesmo responsável.

Em Portugal, a Seur tem oito franquias: Porto, Lisboa, Coimbra, Évora, Guarda, Faro, Leiria e Santarém. Durante 2005, abri-mos ainda outra franquia no Funchal, na Madeira, e em 2007 prevê abrir mais uma em São Miguel, nos Açores.

Satisfação do cliente em primeiro lugar

O plano de investimentos da Seur contem-pla a ampliação de infra-estruturas, nomea-damente em Espanha.

“Uma boa infra-estrutura na Península Ibérica tanto ao nível das franquias, como da frota e tecnologia, repercute-se naturalmente de forma muito positiva em Portugal. Só as-sim se consegue cumprir melhor os tempos de entrega, o fluxo de informação, criando um sistema sólido e eficaz que permite o cumprimento dos nossos compromissos com os clientes nas entregas.”

Há quatro anos a unidade de transporte da Seur implementou um plano com a intenção de obter modelos de qualidade que se enqua-drassem no modelo de excelência da EFQM, o que a levou a conquistar em 2004 o cer-

sexta-feira, 06 Outubro de 2006 23PME

tificado de qualidade europeia (200+). “Este esforço continua a ser recompensado com a obtenção do certificado de excelência euro-peia nível 401-500 da EFQM. Esta distinção é, sobretudo, uma demonstração do esforço que a equipa (recursos humanos) da Seur le-vam a cabo todos os dias com o objectivo de melhorar os serviços prestados aos seus clien-tes”, afirma Roberto Abarca.

VIRGÍLIO [email protected]

Page 24: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

sexta-feira, 06 Outubro de 2006PME24

PUB

Quinta de La Rosa celebra centenário com investimento em nova quinta

A Quinta de La Rosa, situada no Pinhão, em pleno coração do Douro, celebrou recente-mente o seu centenário e apro-veitou a ocasião para apresentar o seu mais recente investimento numa outra quinta. Assim, a Quinta da Bandeira, com 100 hectares e localizada no Douro Superior, representou um inves-timento de 800 mil euros. Os seus responsáveis esperam que a empresa fique dotada de condi-ções para aumentar a produção de vinhos e azeite e melhorar a sua qualidade.

Segundo Sophia Bergqvist, gestora da empresa, ao inves-timento estiveram subjacentes

razões financeiras mas também emocionais: “Uma das razões passa pela dificuldade de expan-são da vinha na Quinta de La Rosa, que está em crescimento. Assim, para crescermos, tería-mos que comprar outra quin-ta”.

A Quinta de La Rosa preten-de agora criar uma nova marca para comercializar os vinhos produzidos na Quinta das Ban-deiras, não descurando, no en-tanto, em anos excepcionais, produzir vinhos a partir de lotes das duas quintas. “O nosso ob-jectivo é fazer um dos melhores vinhos não só do Douro mas do mundo, algo que é muito

quais 90% destinam-se a ex-portação para Inglaterra, EUA, Brasil, Holanda e Bélgica, e entre 100 a 150 mil litros de vinho DOC Douro, este quase todo comercializado no mer-cado nacional, “através de um distribuidor e sobretudo para médias e grandes superfícies”. No entanto, a empresa pretende agora “direccionar esta produ-ção com maior enfoque em gar-rafeiras, com consequente valor acrescentado no preço. Outros dois mercados importantes para nós são as feiras de vinhos e o Corte Inglés, que consideramos uma grande garrafeira”.

MARC BARROS

todos os dividendos são reinves-tidos na quinta e na vinha”.

Em perspectiva está ainda a criação de uma unidade de tu-rismo rural, “dependendo da forma como evoluir na região. Acho que, a longo prazo, o tu-rismo será fundamental para a economia do Douro”, sustenta.

Com 55 hectares, a Quinta de La Rosa situa-se sobretudo a sul e sudoeste em solos xistosos, com vinhas classificadas letra A pela Casa do Douro. A empre-sa regista um volume anual de negócios que ronda 1,5 milhões de euros. A produção anual da Quinta de La Rosa é de 65 mil litros de vinhos do Porto, dos

���������������

�����������������������

��������������������������������

� ��������������������

�������������������

������������������������

�������������

��������������������

VENDE-SE

TERRENO PARA CONSTRUÇÃO

No centro da cidade de GuimarãesCom viabilidade de construção

Área de terreno 5.383 m2

Contacto: Telf. 253 513 293

����������

��������������

������������

����

����������

����������������������

������������������������

������������������

��������������������

�������������������������������������

��������

�������������������

�����

difícil. Sabemos que estamos entre os melhores do Douro, e agora temos que subir alguns patamares”. O negócio passará ainda pela criação de uma nova empresa que gerirá a Quinta da Bandeira e os seus vinhos, de-tida em 50% pela família Ber-qvist e 50% por Jorge Moreira, o enólogo da casa.

Por outro lado, explicou tam-bém Sophia Bergqvist, e “a lon-go prazo, esta terra irá aumen-tar o seu valor, que actualmente ronda 50 mil euros/hectare, com vinha plantada e benefício. É um investimento para o futu-ro, pois é muito difícil ganhar dinheiro a fazer vinhos, já que

Page 25: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

Criada associação de apoio à investigação

O Instituto Politécnico do Porto criou a Invent, Associação para a Competitividade e para a Inovação na Gestão. Entidade sem fins lucrativos que tem por objectivo de-senvolver uma estrutura de apoio à investi-gação científica e técnica nos mais variados domínios do conhecimento.

A associação reúne cerca de 40 entidades dos meios académico, político e empresa-rial. A intenção é a estrutura afirmar-se com um factor importante de dinamização do desenvolvimento do país. O que passa por uma forte interacção entre as universi-dades e as empresas, tendo como objectivo prioritário a estimulação das actividades de promoção da investigação nas áreas da Contabilidade, da Gestão e dos Sistemas de Informação de Gestão.

Os seus fundadores, públicos e privados, abrangem um largo espectro das activida-des económicas, desde o turismo aos trans-portes, passando pela indústria do calçado, numa perspectiva daquelas com mais peso no tecido empresarial e industrial. Por sua vez, é intenção da nova associação promo-ver uma cooperação institucional com os países africanos de língua oficial portugue-sa.

A Cytothera, empresa de investigação e serviços em biotecnologia clínica, de-tida pelo grupo nacional Medinfar, está a reforçar a sua posi-ção enquanto entidade a trabalhar num sector de tecnologia de ponta. Neste momento, o seu principal objectivo é desenvolver serviços de terapia celular, com o fim de substituir, reparar ou melhorar a função de tecidos de órgão danifi-cados.

A equipa é constituída por técnicos qualificados em diferentes áreas cien-tíficas, que vão desde as ciências farma-cêuticas, a biologia ou a engenharia quí-mica até à gestão industrial.

A Cytothera dispõe de um laboratório em Portugal para o processamento e o ar-mazenamento das células estaminais, de acordo com as exigentes normas de qua-lidade. Uma das estratégias do grupo pas-sa por estabelecer parcerias, muitas delas com laboratórios estrangeiros, com expe-riência neste segmento da medicina.

“A Cytothera pretende ser pioneira no

Cytothera quer desenvolver serviços de terapia celular

desenvolvimento de uma vasta gama de abordagens terapêuticas com células esta-minais, contribuindo para a cura de algu-

mas das doenças mais devastadoras da actu-alidade, com especial destaque para os pro-blemas cardiovascula-res ou as lesões da espi-nal-medula”, de acordo com os responsáveis da empresa.

Neste momento, o serviço de armazena-mento das células é por um período inicial de 18 anos, tempo aceite como máximo para as

células permanecerem viáveis e coincidir com a maioridade. Para além da criopre-servação do sangue do cordão umbilical, a empresa possui um serviço de colheita, processamento e armazenagem de células estaminais da medula óssea.

Esta é outra das fontes mais impor-tantes de células estaminais adultas. Está presente nos ossos planos e contém um grande número de células estaminais que renovam continuamente as células san-guíneas.

Geox intensifica ofensiva nacional

A marca de calçado Geox inaugurou uma nova loja em Cascais. É mais um passo im-portante na estratégia da empresa italiana em Portugal. No próximo ano serão aber-tos mais dois espaços comerciais no nosso país, um mercado considerado prioritário no seio dos 68 países onde a Geox marca presença.

Um dos factores de competitividade desta marca tem ver com a sua tecnologia patenteada que utiliza na sola dos sapatos, a “respirabilidade”. Em poucos anos pemi-tiu-lhe alcançar uma posição de liderança no segmento do calçado conforto. De fac-to, a empresa tem registado uma taxa de crescimento anual de 33%, com 455 mi-lhões de euros de produção, o correspon-dente a 13,6 milhões de pares de sapatos. Portugal e Espanha atingiram, no exercício passado, uma facturação global de 40,6 milhões de euros, com um lucro de 8,3 milhões de euros.

Neste momento, a marca Geox pode ser encontrada numa rede de 97 lojas multi-marca e em cinco lojas próprias. A aposta, segundo os seus responsáveis, mantém-se “no produto e na inovação, na transferên-cia do conhecimento adquirido na pro-dução de calçado para sectores comple-mentares e na expansão da marca a nível internacional”.

O serviço de armazenamento das células é por um período inicial de 18 anos, tempo aceite como máximo

Empresa alemã de portas e automatismos

Grupo Hörmann planeia instalação de nova fábrica em Portugal

Existe concorrência desleal

VE – O mercado da constru-ção está numa situação muito complicada. Qual a estratégia da vossa empresa para contra-riar a tendência de quebra?

HL – Independentemente da recessão do sector, prevemos um crescimento de 20% ao ano até 2009, a realizar através do au-mento de quota de mercado e a penetração em novas áreas de negócio. Acreditamos que vamos ainda crescer consideravelmente no segmento da construção in-dustrial e reforçar a participação em projectos de remodelação de edifícios residenciais. Num perío-do de apenas três anos pretende-mos aumentar a rede de revenda dos actuais 50 para 75 agentes e reforçar a participação em projec-tos directos de grande dimensão.

Entretanto, estamos a preparar a instalação de uma nova fábrica em Portugal de equipamentos

Vida Económica – A activi-dade em que a vossa empresa está envolvida obriga a condi-ções de segurança muito espe-cíficas. As regras são cumpri-das em Portugal?

Henrique Lehrfeld – A função principal de um operador nesta área é garantir o máximo de segu-rança na utilização dos sistemas de abertura e elevação, corren-temente designados de portas e automatismos, e segurança con-tra intrusão. Ora, os produtos existentes no mercado nacional são de baixa qualidade e pouco seguros. Os requisitos europeus para o sector não são cumpridos e a fiscalização praticamente não existe. O mais estranho é que as companhias de seguros devem perder, anualmente, milhares de euros, por não exigirem aos seus clientes os certificados de confor-midade da norma de segurança.

VE – Do que referiu, pode-se concluir que existe uma forte concorrência no mercado.

HL – De facto, competimos num mercado onde a variável

preço assume uma posição domi-nante sobre o cálculo do custo de exploração dos equipamentos em que a Hörmann é extremamente competitiva, face à sua mais di-recta concorrência. De notar que neste mercado mais de 70% das compras de portas e automatis-mos de garagem e industriais são decididos pela empresa de cons-trução, que remete a responsabi-lidade dos custos de manutenção para o cliente final. Além disso, existem empresas que actuam á margem da lei, vendendo equi-pamentos não certificados e que não prestam serviços de assistên-cia técnica, tal como previsto na lei. No entanto, convém referir que, apesar de representarem uma quota extremamente redu-zida, existem outros operadores a oferecerem produtos de quali-dade. Em especial no segmento industrial, por se tratar de um mercado mais exigente, em ter-mos de desempenho e seguran-ça, para além de se verificar uma influência mais directa do cliente final no processo de decisão de compra.

industriais de elevação de carga. É um projecto extremamente interessante, na medida em que é uma unidade que exige profis-sionais altamente qualificados e tecnologias de ponta para servir os mercados do sul da Europa.

VE – Quais são as principais dificuldades com que a Hör-mann se defronta no mercado nacional?

HL – A primeira dificuldade passa por ultrapassar o receio dos clientes em investirem em termos de menor actividade económica, deixando na gaveta os projectos de construção ou remodelação. Depois há o problema da gestão de tesouraria. Isto por se banali-zou o incumprimento dos prazos de pagamento, para além do au-mento dos incobráveis, em resul-tado de um sistema judicial que não garante os direitos das em-presas que actuam no mercado de forma correcta.

Calçado avança com novos projectos de inovação

O Centro Tecnológico do Cal-çado de Portugal (CTCP) está em processo de desenvolvimento de novos projectos de inovação. Trata-se de possibilitar às empre-sas do sector a obtenção de ganhos competitivos, um aspecto deter-minante no sentido de garantirem posições de força nos mercados internacionais. Assim, o programa Shoelnov, a decorrer entre 2007 e 2013, pretende inovar nos mo-delos de negócio, no marketing e nas estruturas organizacionais, na integração na cadeia de valor, no design, na inovação tecnológica e na qualificação da força de traba-lho. A intenção deste programa é envolver diversas áreas funcionais, desde a criação de novos materiais (mais flexíveis ou biodegradáveis) até ao desenvolvimento de bens de equipamento de ponta, passando pela qualificação e a formação dos recursos humanos.

Quanto ao desenvolvimento de novos equipamentos, neste caso o sector dos moldes e compo-nentes, constitui uma prioridade. De facto, o processo de inovação assenta na evolução realizada ao nível dos sectores a montante. De notar que as PME são uma das razões de ser destes projectos de inovação. Estas empresas podem ter acesso a uma investigação aplicada, quer individualmente, quer em parceria. No entanto, o progresso passa, inevitavelmente, pela obtenção de massa crítica ao nível dos recursos humanos.

Para os responsáveis daquele centro tecnológico é ainda im-portante cobrir todas as áreas importantes para um desenvolvi-mento sustentado da fileira. Uma situação que é possível através de uma efectiva complementaridade entre os vários projectos desen-volvidos pelas redes de inovação.

sexta-feira, 06 Outubro de 2006 25PME

Henrique Lehrfeld está preocupado com os atrasos de pagamentos e incumprimento dos mesmos.

O sector das portas e automatismos ainda peca por falta de qualidade e de segurança. A maioria não cumpre os requisitos da norma de segurança europeia, com a agravante que a fiscalização por parte dos organismos competentes praticamente não existe e a mesma carece de experiência específica. O grupo Hörmann quer alterar este estado de coisas e a sua estratégia passa por reforçar a presença no mercado nacional, como explicou à “Vida Económica” Henrique Lehrfeld, director da empresa germânica para Portugal. Em perspectiva está a construção de uma nova fábrica.

Page 26: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

ANO apresenta novas soluções

A empresa ANO, especializa-da em soluções digitais de segu-rança, apresentou novos produ-tos que “traduzem o contínuo investimento na área de software e o compromisso de melhorar a capacidade de resposta às neces-sidades de um mercado exigente e competitivo”, segundo os seus responsáveis.

Neste sentido, foi dado espe-cial destaque à Assinatura Digi-tal, solução para a autenticação de informação digital análoga à assinatura física em papel, Va-net, unidade móvel que possibi-lita e facilita o acesso do cidadão comum aos serviços disponibili-zados pelo seu Município, per-mitindo-lhe resolver todos os assuntos de natureza autárquica, e o Cartão de Munícipe, produ-to que assume o papel de “bilhe-te de identidade” do munícipe, permitindo o acesso célere, efi-caz e, a partir de qualquer lugar, aos serviços municipais.

Além das soluções menciona-das, foi reforçado o seu papel na área das contra-ordenações de trânsito, através da introdução de novos produtos, nomeada-mente o SgBR — Software de Gestão de Bloqueios e Reboques e Viaturas em Fim de Vida e o SgCR — Software de Gestão de Cartão de Residente.

Estes produtos têm como destino-alvo um público cons-tituído por autarcas, gestores e técnicos da administração pú-blica, engenheiros, arquitectos e profissionais de empresas e organismos relacionadas com o sector.

A empresa registou em volume de vendas, em 2005, de cerca de um milhão de euros, numa taxa de evolução que ronda 15% ao ano. As suas quotas de mercado oscilam entre 10% no sector au-tárquico, 80% nos sistemas de contra-ordenações ao trânsito e o restante disperso por diversos segmentos dos sectores público e privado.

«Douro Boys» juntos para conquistar mercadospela imprensa internacional, como os líderes de uma renova-ção serena na enologia duriense, com ênfase dado nos tintos de mesa, mas também com alguns exemplos de nota nos brancos.

Exemplo fornecido pela vi-talidade comercial e estratégia para os mercados externos dos Douro Boys é a Quinta do Vallado, que recentemente cele-brou um acordo com o Chelsea F.C, clube londrino do multi-milionário russo Abramovich, para a compra de 20 mil euros em vinhos desta casa. O clube treinado pelo português José Mourinho vai comprar, a par-tir de Setembro e durante um ano, 40 caixas de vinho tinto e outras 40 de branco à Quinta do Vallado.

Segundo o responsável pela gestão agrícola e administrati-va da empresa, Francisco Fer-reira, o negócio foi ganho em concurso com outros vinhos do mundo através do agente

da empresa em Inglaterra. A empresa tem participado em outros concursos mas, mais do que a receita, Francisco Ferreira valoriza a projecção internacio-nal que os seus vinhos ganham, pois “quem vai beber o nosso vinho são pessoas de classe mé-dia/alta com grande capacidade económica”. Com a presença cimentada em mercados tradi-cionais dos vinhos portuguesas, a Quinta do Vallado tem apos-tado em outros países, sobretu-do no Norte e Leste Europeu, como a Finlândia, a Polónia ou a Lituânia. Aliás, o merca-do internacional representa já quase 50% da facturação total da Quinta do Vallado, que, em 2005, alcançou os 1,2 millhões de euros. Também a vertente de enoturismo e provas de vinhos tem crescido, com a aprocura de visitantes nacionais e estran-geiros.

MARC BARROS

PUB

Chamam-se a si mesmo «Douro Boys», ou rapazes do Douro, e apresentam-se como a nova vaga de produtores da região, uma geração descen-dente de outros grandes pro-dutores e enólogos do Douro. Pela terceira vez este conjunto de cinco produtores da região (Quinta do Vallado, Quinta do Crasto, Quina do Vale D. Maria, Quinta do Vale Meão e Niepoort Vinhos) juntou-se para apresentarem à imprensa nacional e estrangeira os seus novos vinhos.

Este grupo, unido pela ami-zade, juntou-se para partilhar experiências mas, sobretudo, para conjugarem esforços na promoção, especiamente, nos mercados externos, dos seus vinhos, assente numa imagem de inovação e irreverência que a idade destes «boys» propicia.

Querendo ser uma vaga de modernidade, os Douro Boys são apresentados, sobretudo

sexta-feira, 06 Outubro de 2006PME26

Page 27: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037
Page 28: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037
Page 29: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

3M está para ficar em PortugalA 3M veio para Portugal em

1996 e está para durar. Continuar a contribuir

com o seu crescimento para a melhoria continuada do país é o seu objectivo.

“Sentimos que a comunidade diariamente precisa de produtos 3M. Procuramos fazer a diferen-ça, continuando o caminho tra-çado há 40 anos: basear todas as nossas relações comerciais na ho-nestidade, profissionalismo e ser-vir bem. Queremos ser apontados como ‘bons cidadãos’, dentro da comunidade portuguesa. Quere-mos continuar a contribuir com o nosso crescimento, para uma melhoria continuada do nosso Portugal”, afirma à “Vida Econó-mica” Fernando Feliciano, direc-tor-geral da 3M Portugal.

“Como é óbvio, celebrar lo-calmente o 40º aniversário é um motivo de orgulho para todos nós. Tal como na vida, 40 anos de existência permite-nos dizer que somos experientes, sabemos estar e temos um crescimento continu-ado, através do respeito para com os clientes e para com os nossos colaboradores. A nossa ‘mãe’ 3M, em St. Paul, já tem 104 anos. Ensinou-nos e ensina-nos tudo quanto pode. Sei que está orgu-lhosa deste filho - 3M Portugal.”

Como tema de consagração, a 3M Portugal utiliza: 1966-2006 “Quatro décadas de profissiona-

lismo ao serviço do cada cliente”. “Esperamos daqui a um século, con-tinuarmos a ser vistos na mesma linha de actuação”, diz Fer-nando Fe-liciano.

Aposta na inovação

D e s -de 1966 que a 3M in t roduz anualmen-te novos produtos no nosso merca-do.

“Nas quatro divisões de ma-rketing e vendas que actuam em Por-tugal, todos, sem excep-ção, o fazem. Como com-plemento temos clientes a quem chamamos parceiros de negócios, os quais praticam na íntegra a mesma filosofia, sendo as melho-res extensões dos negócios. Pro-fundamente selectivos nas nossas admissões de colaboradores e es-colha de parceiros de negócios,

desse mercado através dos nos-sos conceituados distribuidores / convertidores de produto para a segurança pessoal e rodoviária. Acompanhamos a evolução téc-nica emanada pela 3M St. Paul, aplicamos requisitos técnicos que nos são pedidos em toda a Euro-pa, o que nos catapulta para lu-gares cimeiros. Por outro lado e fundamentalmente, em Portugal, passámos a ser mais conscientes da necessidade de protecção nas citadas áreas, o que leva a uma procura por parte dos consumi-dores”.

Para 2006, a 3M Portugal prevê um aumento de 8% no volume de negócios, atingindo os 37 mi-lhões de euros. Mas nada de eufo-rismos exagerados: “Com calma e serenidade, ano após ano, mar-camos objectivos de crescimento individual, cujo somatório nos dá os enunciados 8%. Não entramos em mercados onde previamente não os tenhamos estudado em profundidade. Cada colaborador sabe o que tem de fazer para che-gar a esse objectivo. Com dedi-cação, profissionalismo e planea-mento atempado, tudo se resolve. Para esse crescimento, como já disse, é resultado de: formação de todos os colaboradores, novos produtos e muita inovação”, con-clui o mesmo responsável.

VIRGÍLIO [email protected]

PUB

con- seguimos dessa forma uma unidade ímpar e um posicionamento invejável. Esta-mos para ficar!”

A 3M é conhecida por ter so-luções práticas e inteligentes que ajudam os clientes a ter sucesso. Scotch-Brite®, Post-it®, Sco-

sexta-feira, 06 Outubro de 2006 29PME

tch®, Ne-x c a r e ™ , S c o t c h -g a r d ™ , C o m -mand™ e N o m a d ™ são algumas das marcas de suces-so da 3M. Depois do novo papel de fotografia — Photo Pa-per, com tec-nologia Post-it —, a empresa prepara-se para a p r e s e n t a r , num futuro próximo, pro-dutos Nexcare para farmácia, produtos para animais - Pet

Care, veteriná-ria, entre outros.

Crescer 8% ao ano

Em 2005, a 3M Portugal cres-ceu em praticamente todos os segmentos de venda, ultrapas-sando os 33% nos produtos de segurança pessoal e rodoviária. Fernando Feliciano explica-nos como isto foi conseguido: “So-mos líderes em alguns segmentos

Page 30: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

contar com um total de 430 mil m2. A Sogemais dedicava-se em exclusivi-dade à gestão imobiliária, contando no seu portfólio com empreendimentos como o Parque Holanda, Quarteirão do Chiado, um conjunto de edifícios de São Caetano, entre ou-tros imóveis, alguns dos quais localizados na zona do Chiado.

Quanto à Prea, neste momento tem sob gestão cinco parques empresariais e outros empreendimen-tos, com destaque para o segmento dos escritórios. No final do ano passado, tinha garantido instruções para gerir um portfólio imobiliário avaliado em cerca de 500 milhões de euros, relativos a uma série

Investimento estrangeiro depende da independência judicial

A independência do sistema ju-dicial é o principal elemento a ter em conta na criação de um clima de confiança a longo prazo no co-mércio internacional e que mais contribui para um nível de inves-timento estrangeiro consistente. Esta a principal conclusão retirada de um estudo realizado pela con-sultora KPMG.

A maioria das empresas aponta um sistema judicial independente como o factor mais importante para um país gerar a confiança ne-cessária ao investimento estrangei-ro de longo prazo. Depois aparece a existência de um banco central independente e, em terceiro lugar, uma boa regulamentação financei-ra. Quanto às questões tributárias, as respostas dos inquiridos são, no mínimo, curiosas. Apesar de assumirem que níveis de tributa-ção mais baixos estimulariam um maior investimento, a maior parte argumentou sobretudo a favor de uma simplificação do sistema tri-butário. Por outro lado, também é defendida a necessidade de uma melhor formação dos funcioná-rios das administrações fiscais.

Os índices de tributação e o retorno do investimento são as-pectos considerados importantes, demonstrando ainda que as em-presas revelam um especial inte-resse pela previsibilidade legal, mas também pela reforma efectiva da administração fiscal. “Os países que desejam atrair investimentos estrangeiros podem alcançar rapi-damente o seu objectivo minimi-zando, na sua jurisdição, os riscos associados às transacções interna-cionais”, refere aquela consultora. De notar ainda que um contexto legal nivelado é um pré-requisito para níveis de investimento sig-nificativos, sobretudo tendo em conta o actual mercado globaliza-do, em que se verifica uma forte concorrência na obtenção de fun-dos de investimento empresariais.

PUB

DOURO CONTINUA COMEMORAÇÕES DO 250º ANIVERSÁRIO

As comemorações dos 250 anos da Região De-marcada do Douro estão a decorrer da melhor forma. Aliás, está-se a ir para além das meras comemo-rações. Este é também um mo-mento que está a ser aproveitado para dar a co-nhecer a região interna e externamente. Alguns re-sultados desta iniciativa não tardarão a fazer-se sentir.A forma como estão or-ganizados os programas são propiciadores de uma abordagem diferente de toda a região duriense. As comemorações tiveram início em 31 de Agos-to, dando-se, a partir de amanhã, início a uma outra fase do programa, muito abrangente a todos os níveis. Alguns aconte-cimentos merecem espe-cial destaque no período até 13 de Outubro. Desde

logo, a realização de uma série de exposições, nas mais variadas zonas. In-teressante é que a músi-ca tem uma forte presen-ça nestas comemorações. Sendo que as muitos esti-los estão representados.Um outro aspecto tem destaque, as conferências proferidas por especia-listas das mais variadas áreas de actividade, des-de o vinho até ao Direito, passando pelos aspectos de índole cultural. Na-turalmente, as visitas às quintas e locais aderentes da Rota do Vinho do Por-to representam outro dos pontos altos destas come-morações. Espera-se agora que seja dada continuidade à pro-moção de uma região ímpar em todo o mundo, onde muitas são as uni-dades e as empresas de pequena e média dimen-sões.

Na área da gestão imobiliária

Prea conclui integração da Sogemais

de investidores institucio-nais, em especial de ori-gem estrangeira.

A Prea é uma empresa especializada em gestão imobiliária, constituída há apenas três anos. Resulta da combinação da acti-vidade de investimento imobiliário, por parte da estrutura accionista e do conhecimento do mercado e das especificações locais, decorrentes dos seus cola-boradores. Por sua vez, a estrutura accionista é nor-

te-americana e europeia, incluindo portuguesa. “A empresa opera com uma diversidade de experiên-cias profissionais, as quais vão desde as soluções típi-cas do mercado local até às práticas sofisticadas e ino-vadoras dos mercados in-ternacionais”, adianta Fre-derico Andrade de Sousa, director-geral da Prea. A operação agora concluída integra-se na estratégia de crescimento delineada pela empresa.

A Prea, empresa de consultadoria imobiliá-ria, concluiu o processo de fusão com a Sogemais, adquirida à José de Mello Imobiliária. O acordo foi concretizado no início do ano, sendo que a estrutu-ra da Sogemais está agora totalmente integrada na Prea.

Com esta operação, a Prea integrou nas suas es-truturas o portfólio da So-gemais, alargando o âmbi-to da respectiva actuação numa área que excede os 100 mil m2. De acordo com os seus responsáveis, a empresa tem a possibili-dade de dar uma resposta às entidades nacionais, em termos de gestão do seu pa-trimónio imobiliário. No total, a Prea passa agora a

sexta-feira, 06 Outubro de 2006PME30

Page 31: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

António Lopes Vieira, director-geral da Vinalda, considera

Sector do vinho está sentado numa bolha prestes a rebentar A profusão de marcas e a quebra dos preços no sector dos vinhos geraram uma situação insustentável, registando-se um excesso de produção que ronda 120 milhões de garrafas por escoar. Em entrevista à “Vida Económica”, António Lopes Vieira, director-gerla da Vinalda, empresa de distribuição, e Celso Madeira, sócio-gerente da CARM (Casa Agrícola Roboredo Madeira), produtor de vinhos e azeites, analisam o sector, tendo como ponto de partida a parceria estabelecida entre as duas empresas.

Vida Económica (VE) – Em relação ao sector da distribuição de vinhos, numa conjuntura onde a oferta é muito supe-rior à procura e com grande profusão de marcas, como analisa o futuro do mun-do dos vinhos?

António Lopes Vieira (ALV) – Há cla-ramente um excesso de oferta de vinhos no mercado, que deverá rondar 10 milhões de caixas de vinho de nove litros cada, ou seja, 120 milhões de garrafas. E esse excesso não será consumido. Estamos sentados numa bo-lha tremenda que dentro em breve rebentará e ninguém fala disso, parece um tema tabu. Mas é uma realidade muito preocupante, o que quer dizer que uma parte muito signi-ficativa dos produtores que hoje actuam no mercado, sobretudo os mais recentes, estão mortos economicamente e vão desaparecer.

Esta clarificação passará pelo arranque das vinhas, pela venda das empresas a ou-tras do sector de maior dimensão ou até pela venda a empresas de outros sectores e para outros fins.

O mercado não se compadece com a en-xurrada de novos produtores que não têm estruturas de distribuição e cujos vinhos ninguém quer distribuir.

Estes produtores andam a perverter as re-gras do jogo, pois empurram dramaticamente os preços para baixo. As feiras de vinhos estão à porta e basta contar o número de vinhos que estão disponíveis abaixo dos dois euros, valor abaixo do qual nenhum vinho é econo-micamente rentável. Aliás, já aparecem abaixo de um euro, situação de desespero claro.

A Vinalda, por seu lado, não está no negócio de vinhos a estes valores, mas res-sente-se um pouco. O consumidor, num contraciclo como o actual, tem a reacção de escolher entre os novos vinhos aqueles mais baratos, e não pela qualidade do produto.

VE - Esta baixa vai continuar por mui-to mais tempo?

ALV - É uma situação de baixa perma-nente que deverá continuar por mais al-gum tempo, e é uma situação de desespero permanente, dada a emergência de tirar da adega os vinhos quando uma nova vindima já está feita. Mas, a médio prazo, entre três e cinco anos, o mercado clarificar-se-á.

Porter é luz ao fundo do túnel

VE – O mercado externo é viável?

como a Vinalda, que conta com um lar-go portefólio de marcas de gama alta?

ALV – A Vinalda quer abranger todos os projectos de vinhos e produtos alimen-tares que consideramos enquadrados na nossa estratégia de actuação no segmento de gama alta, com base em duas premissas: o produtor mais emblemático e de maior prestígio internacional de azeite português é a CARM; em segundo, atraído pelo azeite surge o vinho, onde a CARM, fruto do seu trabalho, tem um forte potencial de cres-cimento.

VE – A Vinalda foi alvo, não há muito atrás, de tentativas de aquisição do todo ou parte da empresa, por operadores na-cionais e estrangeiras. São situações ul-trapassadas?

ALV – No passado houve tentativas e até conversações, mas hoje não. O capital da empresa está nas mãos da família Casais, mas tal não significa que a Vinalda não es-teja atenta, não para ser vendida a terceiros, mas às mensagens do que o mercado possa trazer.

MARC BARROS

ALV – Julgo que perdemos a oportunida-de, pois nunca soubemos vender a imagem de Portugal e hoje sofremos com a concor-rência de muitos países. Por outro lado, um dos factores mais competitivos que detí-nhamos, o preço, já não existe face aos aus-tralianos, chilenos e outros. Há uma luz ao fundo do túnel, que passa pelas indicações de mercados e de preços do relatório Por-ter, e é bom que as empresas exportadoras sigam esses conselhos, de modo a vencerem no exterior.

VE – De que formas pretende a Vinal-da apoiar os produtores?

ALV – O marketing é fundamental para construir as marcas que nos são confiadas pelos produtores e montar estratégias de comunicação das marcas e do seu valor acrescentado. A Vinalda funciona um pou-co como consultor dos produtores, e há muito que fazer ainda no mercado interno. Quanto a eventuais actuações ou parcerias para o mercado externo, temos ainda que queimar muitas etapas.

VE – O que tem uma empresa como a CARM para oferecer a uma distribuidora

A parceria estabelecida entre a CARM e a Vinalda para a distri-buição nacional dos seus produ-tos visa reforçar a presença dos vinhos e azeites deste produtor no mercado nacional. Segundo Celso Madeira, responsável da CARM, as perspectivas de cresci-mento a médio e longo prazo es-tabelecidas já, em conjunto com a Vinalda, apontam para “objec-tivos de vendas, que passam por, no caso dos vinhos, vender 500 a 600 mil garrafas/ano nos próxi-mos três anos, quer no mercado nacional, quer na exportação”.

A empresa tem trabalhado até agora exclusivamente com pro-dutos biológicos da sua própria produção. “Acreditamos que fazê-lo é um imperativo, desde que seja possível, mas não somos fundamentalistas nesse aspecto. O importante é fazer produ-tos de alta qualidade e estamos numa zona (Douro Superior) em que é fácil elaborar produtos biológicos”, afirmou Celso Ma-deira.

No entanto, notou, “estamos numa fase de crescimento, e há mercados, sobretudo externos, para os quais a nossa produção biológica não tem capacidade de resposta. Assim, começaremos a oferecer produtos não-biológi-

cos, para os quais compraremos uva e azeitonas a terceiros, e criando marcas próprias, indi-vidualizando e definindo bem o que é e não é biológico”. Por ou-tro lado, disse, “na região onde nos encontramos não se registam grandes aumentos nos custos produtivos, que poderão rondar os 20%. Não é muito compa-rando com a produção biológica noutros locais, e não tem reflexos de monta no preço final dos pro-dutos”.

Não obstante, “o mercado português ainda não aceita mui-to bem, a partir de um certo patamar de produção, pagar um excesso por um produto bioló-gico”, salientou Celso Madeira, com a ressalva de que a CARM actua “numa faixa de gama alta, onde temos uma margem que nos permite absorver o custo da produção biológica, pelo que até agora os nossos produtos não têm sofrido qualquer aumento de preço por serem biológicos”.

Adegas e privados terão que se redimensionar

Aquele responsável acredi-ta que o mercado nacional de vinhos irá clarificar-se, sendo que um dos factores que para

tal contribuirá “é o imperati-vo comunitário de arranque de 400 mil hectares de vinha”. Por outro lado, continuou, “o mer-cado português era abastecido em cerca de 60% por adegas cooperativas, que produziam no geral vinhos de qualidade média/baixa. Julgo que, perante estes novos dados, as adegas vão ter que se associar, criar estruturas de cúpula maior e, fundamen-talmente, terão que se reequipar para produção de qualidade. Em matéria de estatutos terão tam-bém que se redimensionar, pois o actual estatuto cooperativo, de sistema «um homem, um voto», é uma noção ultrapassada para uma empresa. E as cooperativas terão que se convencer que têm que actuar como empresas”.

Quanto às empresas privadas, estimou, “muitas desaparecerão, até porque foram criadas por pessoas que não têm qualquer vocação para comercializar os seus vinhos. O mercado externo, por seu turno, é muito impor-tante, mas é muito complexo”. Para a CARM, este representa já 60% da produção. No entanto, contou Celso Madeira, “quando chegamos a um novo país sen-timos um completo desconhe-cimento quanto ao país e, pior,

desconfiança em relação aos pro-dutos. A única maneira de con-trariar isso é através da qualida-de, e aí estamos a competir com os melhores do mundo”.

Por essa razão assume que a re-dução do número de Comissões Vitivinícolas Regionais e a cria-ção de uma Indicação Geográfi-

“Uma parte muito significativa dos produtores que hoje actuam no mercado vai desaparecer”, afirma António Lopes Vieira.

CARM aposta no segmento alto para vinhos e azeites

ca única serão positivas “no cur-to e médio prazo, onde interessa apostar na imagem de Portugal como país produtor de vinho e azeite. Mas, numa fase posterior interessa particularizar as regi-ões. Não sou fanático, mas sou do Douro”, concluiu.

MARC BARROS

sexta-feira, 06 Outubro de 2006 31PME

“Através da qualidade, podemos competir com os melhores do mundo”, diz Celso Madeira, da CARM.

Page 32: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

Vida Económica – Porto, Lisboa e agora Madrid. Como está a correr a experiência de internacionaliza-ção da Arquiconsult?

Rui Santos – Porto é a sequência lógica e inultrapassável para quem precisa de cobrir o mercado nacional. Devido à dimensão e configuração do território português, é possível cobrir o mesmo a partir das duas cidades. Seria necessária uma terceira localização, sendo que a escolha lógica seria Faro. Mas, infelizmente, a dimensão do mercado em que actuamos e a sazonalidade da economia algarvia não permite essa presença para já. Madrid estava em contraponto com Luanda ou São Paulo. A língua era um factor muito importante, mas a pro-ximidade, dimensão do mercado Microsoft Dynamics NAV e os custos de presença foram mais importantes ainda. Assim, optámos antes por um dos mercados mais evoluídos em Mi-crosoft Dynamics NAV, como é o espanhol onde existem mais de cinco mil clientes e mais de 100 parceiros. Se a Arquicon-sult conseguir ser competitiva em Madrid, então, tem a prova que o será em qualquer ponto da Europa (talvez menos Dina-marca pois aí o mercado ainda é mais competitivo). Se o for na Europa, então os PALOP e o Brasil são mercados naturais a desenvolver a seguir, e por esta ordem.

VE – Porque sentiram a necessidade de explorar ou-tros mercados que não o português?

RS – A Arquiconsult tem a maior equipa de Microsoft Dy-namics NAV em Portugal, bem como a maior base instalada de clientes – mais de 50 clientes hoje em dia. No mercado português, para crescer, teremos necessariamente que enfrentar uma concorrência feroz devido à sua dimensão e ao número de parceiros que aí actuam. Ora, o mercado espanhol tem a mesma concor-rência e é muito mais rentável. Por outro lado, tínhamos em Madrid um parceiro que nos poderia levar a conseguir um arranque muito rápido. Foi o que aconteceu. Entre-tanto, resolvemos crescer mais devagar, já que a aposta seguinte no crescimento da empresa é um passo financeiramente enor-me para uma organização com a sua base em Portugal. Logo, estamos a explorar o mercado madrileno de uma forma calma e sustentada, sem nunca deixar de estar presentes. Temos já três clientes em Ma-drid e esperamos duplicar este número em 2007.

Luanda e São Paulo são alvos a atacar

VE – Como delinearam o vosso plano de expansão. Qual é o próximo passo?

RS – Ganhar dimensão em Madrid. Criar capacidade finan-ceira nos dois países, partir para Luanda, onde ainda vamos es-tudar se faz sentido estar sozinhos ou com uma parceria local e posteriormente verificar se o avanço tecnológico do Microsoft Dynamics NAV no Brasil é real. Se o produto estiver adapta-

do à realidade local, poderemos avançar para São Paulo. Mais uma vez, aqui teremos de compreender se avançamos sozinhos ou com capital local também.

VE – Acima de tudo, o que é que, hoje, os clientes procuram?

RS – Acima de tudo, procuram uma empresa que saiba im-plementar bem o seu ERP. Depois, temos as soluções horizon-tais de recursos humanos, tesouraria e manutenção industrial. Mas é também um facto que hoje em dia vender um ERP implica ter conhecimento da área de negócio do cliente.

Em termos de sectores verticais, temos claramente mais clientes que procuram a nossa solução LS Retail para a área do comércio, seguido das nossas soluções para a área da nave-gação e portos. Temos também clientes na área da saúde, quer públicos – como por exemplo o Hospital Nossa Senhora do Rosário no Barreiro – quer privados, como a UCS, Clínica da TAP.

A indústria é uma das áreas onde temos muito know-how e que estamos também a desenvolver com consistência.

RH e logísticas são as maiores lacunas das empresas

VE – Dentro das empresas, quais as áreas mais ca-renciadas?

RS – Hoje em dia, claramente que recursos humanos e lo-gística como um todo. Quando a empresa tem produção, é também uma área em que normalmente não estão ainda satisfeitos.

Ainda existem demasiadas empresas que não têm nenhum sistema integrado cons-truído à volta de um ERP e é assim que ele deve ser construído, salvo em raras ex-cepções.

VE – Quais os principais objectivos financeiros e estratégicos para este ano?

RS – Em termos financeiros, esperamos atingir os dois milhões de euros de factura-ção, com um EBITDA de 15%. Em termos

estratégicos, procurávamos atingir os 50 clientes Navision, o que de resto já aconteceu. Quanto ao objectivo de ficar em primeiro lugar na venda de licenças em 2005/2006, acabou por não se concretizar, pois ficamos em terceiro. No entanto, queremos terminar o ano com três novas áreas de negócio lan-çadas e a actuar no mercado. Uma delas, com a Outsystems, já conseguimos. As restantes ainda estão em fase de formação, pois a Arquiconsult só leva para o mercado novas áreas onde já foi totalmente feito todo o investimento de forma a prestar o melhor serviço logo desde o início.

Crescemos 140% de 2004 para 2005 e 50% de 2005 para 2006. Está pois na hora de não pensar muito mais neste ano e pensar sim como crescer no próximo. Não temos ainda dados

e não temos ainda esse planeamento feito, mas sabemos que não queremos crescer menos de 25%.

Retoma é efectiva desde final do ano passado

VE – O mercado das TI, sobretudo nos últimos três anos, tem sido alvo de fortes mutações, nomeadamen-te pelo desinvestimento que houve nesta área. Qual é a actual realidade deste mercado? A retoma já é efec-tiva?

RS – A retoma é efectiva e é-o desde o final do ano passado. Muitas empresas foram fechadas durante o maior período de crise (2002/2004) e por isso restaram as mais fortes. Aquelas que não vendem a baixo preços apenas para realizar capital para pagar dívidas e sobreviverem. Por outro lado, o mercado também se tem vindo a tornar mais cauteloso devido a inves-timentos errados – e a qualquer preço – feitos no passado. Por isso mesmo, quem não baixou demasiado os preços e, com eles, a qualidade, e conseguiu ultrapassar esta fase, consegue hoje responder da melhor forma às novas exigências dos clien-tes. Consegue ganhar dinheiro e vender, em muitos casos, a tarifas horárias mais aceitáveis. Existe ainda muita competição neste sector que é apenas feita pelo preço. Mas os clientes hoje já baixaram um pouco este factor na sua avaliação, o que só os beneficia no final do investimento, ao contrário do que possa parecer.

VE – O prazo de decisão de investimento já encur-tou relativamente ao passado, ou ainda assistimos a um adiamento sucessivo da resolução por parte das empresas?

RS – O prazo de decisão em Portugal é um problema estru-tural e não conjuntural. É assim e, pelo que conheço, continu-ará a sê-lo por muito tempo. Algumas empresas começam hoje a tomar as suas decisões mais rápido, mas as que o fazem estão ainda em minoria. Também não nos podemos esquecer que não existem ainda certezas sobre a recuperação económica.

Mas com a actividade a crescer, acabamos por observar mais decisões. Mesmo que algumas demorem muito, acabam sem-pre por surgir.

SUSANA MARVÃ[email protected]

Rui Santos, CEO da empresa portuguesa, quer primeiro consolidar presença em Madrid

Arquiconsult delineia plano de expansãoLisboa, Porto e agora Madrid. A Arquiconsult, empresa portuguesa criada em 2004 com o principal objectivo de desenvolver serviços de consultoria de alto valor acrescentado ligado à gestão empresarial, quer ir mais longe em termos geográficos. Depois de consolidar a presença ibérica, Luanda e São Paulo estão na mira dos portugueses. “Se a Arquiconsult conseguir ser competitiva em Madrid, então tem a prova que o será em qualquer ponto da Europa. E se o for na Europa, então os PALOP e o Brasil são mercados naturais a desenvolver”, disse Rui Santos, CEO da Arquiconsult, em entrevista à “Vida Económica”. Em termos financeiros, o gestor espera atingir, ainda este ano, dois milhões de euros de facturação, com um EBITDA de 15%.

Informática

sexta-feira, 06 Outubro de 200632

Depois de Madrid, São Paulo e Luanda vão ser alvo de uma investida da portuguesa Arquiconsult, disse à “Vida Económica” Rui Santos, CEO.

Tínhamos em Madrid um parceiro que poderia levar- -nos a conseguir um arranque muito rápido.”

Implementação de soluções de gestão baseadas em Mi-crosoft Dynamics NAV (Navision); desenvolvimento de so-luções específicas para mercados verticais baseados em ferramentas Microsoft; auditoria de sistemas de gestão e avaliações gap-fit; projectos de consultoria de Sistemas de Informação e Gestão; implementação de Addons ao Microsoft Dynamics NAV; Microsoft Sharepoint; Business Analytics; Micrsoft Dynamics CRM 3.0; Business Score-card Manager; Outsystems; Matricks; Peocon.

ÁREAS DE ACTUAÇÃO DA ARQUICONSULT

Bealança primeira

suite de consulting & education

Promosoft SI desenvolve módulo cartões

de crédito

Page 33: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

Logiciel lança nova solução de aprovisionamento

A Logiciel, fabricante nacional de sistemas de gestão, apresentou o Logigestão Aprovisionamento. A nova aplicação da software-house portuguesa inclui mó-

dulos relacionados com a Gestão de Compras, Controle de Fornecedores e Gestão de Stocks.

O módulo de Gestão de Compras da nova aplicação per-mite criar e acompanhar encomendas a fornecedores ou satisfazer necessidades de uma obra. O utiliza-dor tem a opção de defi-nir as suas regras como, por exemplo, fazer a im-putação directamente à obra ou fazer passar pelo armazém. A actualiza-ção dos stocks pode ser feita pela Guia ou pela Factura do fornecedor, em termos de preço, e o módulo cria e gere as encomendas, estando li-gado à Gestão de Stocks e ao Custeio de Obras.

O utilizador tem tam-bém capacidade de listar as Entregas Pendentes (material encomendado e ainda não entregue), emitir as encomendas definidas por fornece-dor, dar entrada dos pro-dutos a partir da Factura ou Guia de Remessa do Fornecedor, com comparação dos preços encomendados, e imprimir um documento comprovativo do documento do fornecedor.

A nova ferramenta da Logiciel tem também caracterís-ticas ao nível do Controlo de Fornecedores. O software tem capacidade de criar fichas de fornecedores, contactos e histórico em termos de compras efectuadas a cada forne-cedor em determinados períodos. “Estas características são fundamentais para oferecer um controlo eficaz dos créditos obtidos, e efectuar um melhor controlo das contas corren-tes de fornecedores, em qualquer moeda”, explicou a em-presa em comunicado de imprensa. A ferramenta também permite a criação de um plano de tesouraria, mediante o

registo dos prazos de pagamento obtidos, oferecendo assim um controlo mais eficaz ao nível das dívidas a pagar. O software tem ligação com o módulo de Compras a For-necedores, registando os valores das facturas recepciona-das, com o de Fluxos de Caixa, criando lançamentos para a Contabilidade.

Outras das características mais marcantes da nova ferra-menta é o módulo de Gestão das Dívidas a Fornecedores. Esta aplicação tem a capacidade de efectuar a Análise Fi-nanceira dos Fornecedores, que podem ser ordenadas por antiguidade e composição de saldos, e relaciona os paga-mentos com as facturas, emitindo Ordens de Pagamento.

Através deste software, as empresas podem actuali-zar automaticamente a conta corrente e a contabilidade, efectuar o lançamento dos documentos em moeda local ou em qualquer divisa e fazer a actualização cambial dos saldos para o balanço, criando igualmente os respectivos lançamentos para a contabilidade. É também possível criar contas correntes em divisa ou moeda local, assim como de fornecedores ligados a uma ou mais contas do POC.

Em comunicado de imprensa, Rui Beirão, director-ge-ral da Logiciel, refere que a nova solução “vem alargar o leque de soluções da Logiciel e vai permitir que as empre-sas tenham um maior controlo das suas áreas financeiras”. Com a dinamização da sua área de controlo financeiro, “os gestores vêm retornos mais rápidos do investimento, ultra-passando rapidamente o medo de investir em tecnologias ERP”, continuou o mesmo responsável.

Um ano depois de fusão com a sueca Intentia

Lawson procura parceiro estratégico para Portugal“Neste momento estamos a procurar um parceiro

estratégico para Portugal”. Harry Debes, CEO da Lawson – empresa norte-americana que em Abril

do ano passado adquiriu a sueca Intentia –, disse à Vida Económica, em Paris, que, apesar de ainda não ter nenhum acordo definitivo, esse parceiro poderá ter já alguma tradição nas soluções Intentia. Uma coisa é certa. A empresa norte-americana não estará represen-tada directamente no nosso país, privilégio reservado à vizinha Espanha.

Em Paris, na margem do Sena, foi feito o balanço de um ano pós-fusão. A transacção, avaliada na altura por 391 milhões de euros, deu origem a uma nova em-presa com mais de 3500 empregados, servindo mais de quatro mil clientes distribuídos por 40 países. O arro-jado objectivo anunciado da Lawson combinada é o de se tornar no maior fornecedor de soluções de software para as pequenas e médias empresas.

Em termos de actuação, a condição das duas empre-sas baseia-se na complementaridade. Quer em termos de oferta de produtos, de clientes, de indústrias e mes-mo geografia, já que a Lawson estava essencialmente presente no mercado norte-americano e a Intentia na Europa e na Ásia Pacífico. A empresa divulgou que o volume de negócio global da Lawson representa agora cerca de 750 milhões de dólares, sendo que o negócio está distribuído 45% para a América do Norte, 45% para a Europa e 10% para a Ásia Pacífico.

Na conferência de imprensa, o experiente Harry De-bes – já esteve envolvido, directa ou indirectamente, em mais 60 aquisições – não parou de enfatizar a pos-tura da “nova” Lawson. O historial é, de resto, similar. Ambas as companhias, em 80/90, tiveram crescimen-tos muito bons e, em 2000, passaram por dificuldades financeiras. “O mundo tinha mudado. A Europa não estava a gastar o que a indústria queria e começam a sentir-se os primeiros efeitos da consolidação. Havia a necessidade de ser global. Já não faz sentido falar em territórios. Hoje Paris, amanhã Singapura. E a indústria tem de acompanhar os clientes”.

Relativamente à performance financeira, Harry De-bes enfatiza que esta nova companhia não se centra no corte de custos mas antes num crescimento sustentado. Para o ano fiscal de 2007, o CEO estima atingir rendi-mentos na ordem dos 750 milhões de dólares, explican-do que este valor é “artificialmente baixo”. Para 2008, este valor deverá subir para os 860 milhões de dólares e em 2009 para os 950 milhões de dólares. Estes valores não incluem aquisições que, segundo Harry Debes, de-verão acontecer a um ritmo de três ou quatro por ano.

Mas como é que na prática estes valores vão aparecer? “Tornando a Lawson líder em indústrias específicas”. O responsável aposta na verticalização, acreditando que é pela diferenciação que vai conquistar terreno aos seus mais directos adversários. “Não queremos estar em todo o lado como tantas outras empresas. Vamos é ser competitivos em certas áreas e vamos tirar-lhes clientes. Vejamos o sector da saúde. Somos líderes nos Estados Unidos. A SAP é muito boa mas nesta área específica nós somos muito melhores. A empresa alemã nem se-quer ‘combate’ connosco”, disse na conferência.

A estratégia passa também por tornar as coisas mais simples. “Mas não menos sofisticadas”, garante o CEO. “Soluções fáceis de compreender, fáceis de implemen-tar, que custem menos dinheiro e sejam capazes de ter um mais rápido retorno do investimento”.

Consolidação versus diferenciação. Ou seja: será que a consolidação veio retirar ao mercado diferenciação? É precisamente por esse caminho que a nova Lawson quer ir. Pela diferenciação. “Porque é que nem toda a gen-te compra no Wal-Mart? Ou porque é que nem todos compram laptops IBM? As pessoas querem alternativas. É isso que lhes vamos dar”. De resto, a consolidação do mercado trouxe algumas oportunidades de negócios para a Lawson. Por exemplo, na área da Gestão de Ca-pital Humano. “A Peoplesoft era o grande líder. Mas desde que foi adquirida pela Oracle tornou-se numa

oportunidade para nós. Há muitos clientes que vão querer mudar”.

Mas Harry Debes diz haver ainda outro motivo para a Lawson estar confiante em conquistar clientes à con-corrência: o ciclo de vendas dos ERP está a voltar. “O último ciclo foi em 2000, por isso, as empresas vão co-meçar a sentir necessidade de mudar. E como há menos agentes no mercado face às consolidações…”

Na entrevista “one-o-one” que concedeu à “Vida Económica”, o CEO da Lawson confessou que nos primeiros meses que precederam o anúncio os clien-tes andaram nervosos. “E eu percebo que isso tenha acontecido”, disse. “Quando há uma mudança desta envergadura há sempre o risco de que a empresa com-binada seja completamente diferente. Que tenha uma estratégia distinta e ponha em risco o investimento que o cliente fez ou o futuro que planeou. O montante de dinheiro que nos possam ter pago é uma fracção do ver-dadeiro custo de implementação”, explicou o responsá-

vel. De resto, Harry Debes admitiu haver a tendência por parte dos clientes em pararem os investimentos até perceberem qual a nova estratégia da empresa. “Não tenho problema em dizer que alguns dos investimen-tos foram congelados porque os clientes quiseram ver o que quis este anúncio dizer. Quiseram certificar-se de que a empresa iria subsistir, iria ser bem sucedida eco-nomicamente”. Harry Debes diz ainda que esta postura lhe parece justa. “Se um cliente tiver feito um investimen-to de 20 milhões de dólares e estiver a projectar fazer mais um investimento de 15 milhões, porque o haveria de fazer antes de estar seguro? De se sentir confortável? No último ano, muitos disseram que iam esperar para ver”.

A Lawson prosseguirá com as duas linhas de produto com os nomes Lawson M3 e S3. As soluções Lawson M3 destinam-se às empresas tradicionalmente traba-lhadas pela Intentia (moda/têxtil, agroalimentar, distri-buição grossista, manutenção de activos). Já as soluções Lawson S3 destinam-se as empresas tradicionalmente trabalhadas pela Lawson que actuam nos sectores da saúde, venda a retalho, sector público, educação, banca e seguros.

SUSANA MARVÃO, EM [email protected]

sexta-feira, 06 Outubro de 2006 33INFORMÁTICA

Harry Debes, DEO da Lawson, confirmou à “Vida Económica” que a em-presa norte-americana não estará representada directamente no nosso país.

Rui Beirão, director-geral da Logiciel refere que a nova solução vai permitir que as empresas tenham um maior controlo das suas áreas fi-nanceiras.

A aplicação inclui módulos relaciona-dos com a Gestão de Compras, Con-trolo de Fornecedores e Gestão de Stocks.

Page 34: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

Telecom – o operador recente de Pereira Coutinho -, um dos eventuais interessados numa contra-OPA, começa por dizer que não vai levar por diante esta ideia. Quanto à possibilidade de se vir a constituir uma parce-ria para explorar as redes, algo já feito público, Pereira Couti-nho prefere nada adiantar sobre o assunto. O mesmo se pode dizer da Oni, que, contactada pelo nosso jornal, optou pelo silêncio total, — “nenhum co-mentário a fazer”, dizem as suas fontes.

Resta-nos falar das condições que a AdC impõe à Sonaecom para que esta OPA se realize. Entre as várias propostas, des-tacamos: a separação das redes de cobre e cabo, bem como do negócio de grosso e de retalho, duas velhas reivindicações dos novos operadores. A isto acres-cem coisas como o acesso dos operadores móveis virtuais ao adquirente da rede fi xa que for vendida ou a venda de todos os conteúdos da PT Multimédia.

SANDRA [email protected]

Uma solução que promete proteger os telemóveis de todos os perigos Já perdeu o seu te-lemóvel, já algum o roubou? Se a res-posta a estas per-guntas é afi rmativa, fi ca a saber que, a partir de agora, pode contar com a ajuda da CPP, uma multinacional que nasceu para resolver os problemas do dia-a-dia como roubo de objectos ou, mesmo, da própria identida-de, e que, claro está, em Portugal, viu uma oportunidade de negócio tentado-ra: a criação de um plano de protecção para telemóveis, o “Phonesafe”. E o que se pode esperar desta no-vidade?Segundo o comunicado enviado às redacções pela CPP, várias coi-sas: solução para os problemas que vão desde a perda ou roubo de um terminal até àqueles que se relacionam com os danos acidentais ou chamadas fraudulentas. Na prática, estamos a falar de assistên-cia telefónica gratuita, personalizada, 24 horas por dia, 365 dias por ano, a partir de qualquer lugar do mundo, bloqueio do cartão SIM e pedido de substituição em caso de roubo ou perda para o que está também previsto o reembolso do valor de aquisição do equipamento. E ainda de cobertura de danos acidentais, mesmo que sejam por substâncias líquidas, cobertura para chamadas frau-dulentas e, não menos útil, notifi cação por SMS da impossibilidade de contacto, até três contactos defi nidos pelo cliente, em caso de roubo ou perda do terminal. Este plano de protecção pode ser subscrito por quase todo o tipo de utilizadores: os que adquirem um novo telemóvel, aqueles que possuem um há seis meses, os detentores de pré-pagos, clientes de assinatura ou de contratos de fi delização. Tudo isto está acessível por 35 euros/ano para os adeptos dos pré-pagos, enquanto os de assinatura terão que desembolsar um pouco mais: 45 euros/ano.

Novabase lança smartphone para profi ssionais e particulares Um equipamento que se adapta a necessidades profi ssionais e pes-soais. É desta forma que o HTC S310 – um smartphone da No-vabase – é apresentado ao mercado. As principais características? Segundo o comunicado que nos chegou às mãos, o seu ecrã LCD, o vir equipado com o Microsoft Windows Mobile 5.0 que permite coi-sas como o acesso instantâneo às mensagens do correio electrónico, ao calendário e aos contactos. A isto juntam-se, como não poderia deixar de ser, as funções multimédia: música, vídeo e fotografi as. A câmara digital tem 1,3 megapixeis e a bateria, recarregável, uma duração de 170 horas em standby e sete horas em conversação. Em relação a aspectos mais formais, a Novabase destaca, nesta sua mais recente novidade, o teclado ergonómico e o design dito apela-tivo. O preço, pelo menos o recomendado, chega aos 329 euros.

Worten Mobile apresenta cartão móvel A Worten Mobile, a marca do grupo Modelo Continente dedicada ao retalho de comunicações móveis, acaba de lançar um novo car-tão de carregamento móvel, o Rede Bónus. As vantagens? Uma das principais consiste na possibilidade de, por cada carregamento que se efectuar, se receber o mesmo valor em bónus para comunicações entre Rede Bónus e para a rede fi xa. Disponível de Norte a Sul do país, o novo Rede Bónus permite ainda falar para todas as redes, consultar o saldo, enviar e receber SMS e MMS, efectuar videocha-madas ou navegar na internet. A portabilidade é grátis e a tudo isto junta-se uma campanha de promoção: até 10 vezes correspondente ao valor do carregamento. Este lançamento resulta de um parceria estabelecida com a Optimus e junta-se, deste modo, a um conjunto de serviços já disponibilizados pela Worten Mobile, de que são exem-plo, dizem, o atendimento especializado e os serviços pós-venda.

O sector das telecomunicações está ao rubro. A AdC – Autoridade da Concorrência – pronuncia-se, ainda que impondo uma série de condições, a favor da OPA da So-naecom sobre a Portugal Telecom e as reacções não se fazem esperar. Paulo Azevedo, o presidente da sub-holding, diz que ainda é cedo para cantar vitória, a PT junta esforços – o seu presidente diz que 20% do capital não vai aceitar a oferta de 9,5 euros por cada uma das suas acções – e os outros operadores co-meçam a dizer de sua justiça sobre um negócio que pode mudar tudo nas telecomunicações portuguesas.

Um dos primeiros a fazê-lo foi a Vodafone. Afi nal, não nos podemos esquecer que o segmento móvel poderá ser um dos mais afectados com a perspectiva de fusão entre a TMN e a Optimus. As palavras dos seus responsáveis que chegam às redacções através de comunicado são reveladoras: “A Vodafone Por-tugal discorda e lamenta o sentido provável da decisão da Autoridade da Concorrência de não oposição à concentração Sonae/PT nos moldes anunciados”. Mas a Vodafone não fi ca por este tipo de argumentos e especifi ca melhor as suas ideias ao afi rmar que “o reforço da posição fortemente dominante resultante

“A Vodafone Portugal discorda e lamenta o sentido provável da decisão da Autoridade da Concorrência de não oposição à concentração Sonae/PT nos moldes anunciados”

da fusão TMN/Optimus colocará obstáculos signifi cativos à concor-rência no mercado de comuni-cações móveis, comprometendo seriamente os seus níveis de quali-dade e crescimento, com inegável prejuízo para os consumidores”. Para a Vodafone, é, de igual forma, incompreensível, como dizem, que o “aumento da concorrência no mercado das comunicações fi xas, decorrente da separação das redes de core e de cabo, seja utilizado, numa lógica de compensação, para a criação de entraves signifi cativos à concorrência no sector móvel”.

Tele2 concorda com a separação das redes

A Tele2, o operador fi xo de ori-gem sueca, também já tomou uma posição sobre o assunto e começa por dizer que “aguarda detalhes de como se vão concretizar as condi-ções de concorrência quer ao nível do negócio fi xo e do móvel quer ao nível dos conteúdos”. De qualquer, a Tele2 adianta alguns pormeno-res, ao destacar que concorda com a separação das redes, desde que se mantenham as actuais condições em relação ao cobre. Sobre o móvel, as expectativas da Tele2 vão para as questões que se relacionam com o operador móvel virtual e para o modo como vai ser calculado o mecanismo de Price Cap, ou seja, limite de fi xação de preços. Já a AR

Aprovação da operação por parte da AdC gera oposição e silêncio junto dos operadores

OPA volta a agitar o sector das telecomunicações

sexta-feira, 06 Outubro de 2006TELECOMUNICAÇÕES34

Page 35: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

EMPRESAS

Pretendo estabelecer na mi-nha empresa um sistema de apoio aos trabalhadores que tenham filhos em creches ou jardins de infância mas não gostaria que tais apoios ficassem sujeitos a encargos fiscais ou outros. Há solu-ções?É inegável o elevado peso que os encargos fiscais e as contribuições para a Seg. Social representam quer para o empregador quer para o trabalhador. Atento à situação, o legislador criou mecanismos legais que per-mitem diminuir a carga fis-cal e assegurar benefícios fiscais, sem o perigo de op-tar por “habilidades de eva-são fiscal”.A questão encontra resposta no art. 40º CIRC, onde “são considerados custos ou per-das do exercício os gastos suportados com a manuten-ção facultativa de creches, lactários, jardins-de-infân-cia”. Certo é que, a prosse-cução de objectivos sociais é conditio sine qua non para a atribuição dos benefícios previstos no art. 40º, n.º 1, do CIRC.Os “vales sociais” (Dec.-Lei 26/99, de 28/01) destina-dos ao pagamento de cre-

Apoios a trabalhadores com filhos em creches

LEGAL & ILEGAL

PLMJ REFORÇADAAntónio Fernandes de Oliveira integrou o

Departamento de Direito Fiscal da sociedade de advogados PLMJ, chefiado por Rogério

Fernandes Ferreira.

DireitosCECÍLIA ANACORETA CORREIA

integrada na Área de Prática de Direito Público & Ambiente da Sociedade da Abreu, Cardigos & Associados

Contraí, como empresário em nome individual, um crédito em certo banco por uma duração indeterminada. Sendo certo que tenho tido algumas dificuldades financeiras, o banco acaba de me comunicar que vai interromper o crédito que me foi concedido. Pode fazê-lo? E sem qualquer pré-aviso para eu poder organizar e solicitar outros bancos?

Registo de nome de empreendimentoUm promotor imobiliário fez edificar um grande empreendimento (comercial, ha-bitacional, escritórios, etc.) com aspectos significativamente inovadores e que muito qualificaram a zona. Sucede que aparece-ram recentemente anúncios a promover vendas de um outro empreendimento, na mesma cidade, com a mesma designação. Tal gera confusão e, também, prejuízos. Como poderemos proteger-nos?

A primeira medida que deverá ser tomada pelo consulente, a fim de preservar a ex-clusividade, a seu favor, da utilização da designação que assinala o seu empreendi-mento, será proceder ao registo da mesma como marca. O pedido de registo deverá ser apresentado junto do Instituto Nacional da Propriedade Industrial e, se for deferido, concederá ao seu titular o direito exclusivo de utilizar e de fruir a designação em cau-sa. O registo permite-lhe, ademais, opor-se a qualquer utilização não autorizada da mesma. Neste sentido dispõe o artigo 224º do Código da Propriedade Industrial: “o registo confere ao seu titular o direito de propriedade e do exclusivo da marca para os produtos ou serviços a que esta se destina”. Se todos os requisitos exigidos para o seu registo estiverem preenchidos, a designação em causa poderá, também, ser registada como insígnia.Após a adopção desta medida, qualquer utilização não autorizada da designação utilizada primeiramente pelo consulente e que se destine a identificar os mesmos

bens e serviços constituirá uma utilização ilícita da mesma.Desde já, porém, o comportamento do pro-motor imobiliário concorrente poderá ser passível de ser qualificado como um acto de concorrência desleal, já que estamos perante um acto dessa natureza sempre que ele seja contrário às normas e usos honestos de qualquer ramo de actividade económica. A lei, no artigo 317º do Código da Propriedade Industrial, enumera mes-mo dois comportamentos que constituem concorrência desleal: os actos praticados por agentes económicos susceptíveis de criar confusão com a empresa, o estabe-lecimento, os produtos ou os serviços dos concorrentes, qualquer que seja o meio empregue e as invocações e referências não autorizadas feitas com o fim de be-neficiar do crédito ou da reputação de um nome, estabelecimento ou marca alheios. A concorrência desleal configura-se como um ilícito contra-ordenacional.Refira-se, por último, que o acto lesivo dos interesses do consulente, se for ilícito, cul-poso, causador de danos e verificando-se que existe um nexo de causalidade entre a prática do facto ilícito e os danos, pode-rá configurar um acto gerador de respon-sabilidade civil, criador da obrigação de indemnizar o consulente pelos prejuízos sofridos.

SÍLVIA FERREIRA António Vilar & Associados

Gabinete de Advogados [email protected]

Segredos comerciaisSomos uma empresa ligada à biotecnologia e, pelo nosso esforço, conhecemos infor-mação que não poderemos deixar cair na praça pública. Estes “segredos do negócio” poderão, de algum modo, ser legalmente protegidos?

Todas as empresas têm os seus segredos comerciais, quer sejam relativos a téc-nicas de comercialização, quer respeitem a processos técnicos de criação ou de in-vestigação. Esses “segredos” marcam, as mais das vezes, a diferença entre as empre-sas e permitem consolidar a sua posição concorrencial no mercado. Daí a importância em mantê-los alheados do conhecimento público.Estes segredos comerciais não dispõem, contudo, de um sistema de protecção tal como ele existe para as invenções, para os nomes de estabelecimento, para as marcas ou para o design. Tal não significa, porém, que a sua revelação indesejada não seja punível. Na verda-de, o artigo 317º do Código da Propriedade Industrial (DL 36/2003, de 5 de Mar-ço) classifica como acto ilí-cito “(…), nomeadamente, a aquisição ou a utilização de segredos de negócios de um concorrente, sem o consentimento do mesmo, desde que essas informa-

ções: a) sejam secretas, no sentido de não serem geral-mente conhecidas ou facil-mente acessíveis, na sua globalidade ou na configu-ração e ligação exactas dos seus elementos constituti-vos, para pessoas dos círcu-los que lidam normalmente com o tipo de informações em questão; b) tenham va-lor comercial pelo facto de serem secretas; c) tenham sido objecto de diligências consideráveis, atendendo às circunstâncias, por par-te das pessoas que detém legalmente o controlo das informações, no sentido de as manter secretas”.Trata-se de um acto de con-corrência desleal e, por isso, deverá ser um acto prati-cado por um concorrente, contrário às normas e usos honesto de qualquer ramo de actividade económica e susceptível de causar um prejuízo. Além disso, a in-formação cuja utilização ou aquisição seja ilícita deverá ser secreta, ter valor comer-cial e ser objecto de vigilân-cia apropriada, no sentido

de a manter secreta.Desta disposição legal de-corre, pois, a protecção le-gal destes segredos contra a sua aquisição ou utilização sem o consentimento da-quele que legalmente de-tém o segredo comercial.Para obviar a que determina-do tipo de informação caia no conhecimento público é importante, em determina-das actividades, incluir uma cláusula no contrato de trabalho proibindo a divul-gação dos segredos comer-ciais na vigência e após a cessação do contrato. Tam-bém no caso de negociações entre empresas tendentes à aquisição de uma pela outra torna-se indispensável criar contratualmente esta obri-gação de não divulgação de quaisquer segredos comer-ciais de que uma das par-tes tome conhecimento no decurso das negociações, sob pena de ser responsa-bilizada pela sua utilização ilícita.

SÍLVIA FERREIRA António Vilar & Associados

Gabinete de Advogados [email protected]

Contrato de abertura de crédito

FUNDOS DE APOIO

sexta-feira, 06 Outubro de 2006 35

ches, jardins de infância e lactários surgem da conjuga-ção do interesse em prosse-guir objectivos sociais com a consequente redução da carga fiscal. Em termos prá-ticos, o empregador efectua entregas pecuniárias a enti-dades emissoras de vales so-ciais que conferem o direito à prestação de serviços de educação e de apoio à famí-lia por parte de creches, jar-dins de infância e lactários. As entidades emissoras de-vem, para o efeito, obedecer a dois requisitos: - celebrar um protocolo com, pelo menos, 10 instituições pré-escolares aderentes que funcionem nas condições legalmente exigidas e ofere-çam garantias de qualidade de serviços adequados;- obter reconhecimento de intermediação por parte da Direcção-Geral da Acção Social.Para o trabalhador o meca-nismo reveste-se de tripla vantagem:- a sua remuneração acresce no exacto montante corres-pondente aos vales sociais;- o montante não é consi-derado rendimento tributá-vel (excluído de tributação em IRS - art. 2º, n.º 8, b)

CIRS);- o montante não é conside-rado remuneração, logo está isento do regime de contri-buições para a Seg. Social (arts. 1º e 3º f), do Dec. Reg. 12/83, de 12/02).Para o empregador, o meca-nismo reveste-se de dupla vantagem:- pode imputar como custo do exercício (considerado em 140% - art. 40, n.ºs 1 e 9, CIRC) os fundos que destine ao apoio aos trabalhadores no pagamento de despesas com a educação dos seus filhos ou equiparados com idade inferior a 7 anos;- o montante não é conside-rado remuneração, logo está isento do regime de contri-buições para a Seg. Social (arts. 1º e 3º f), do Dec. Reg. 12/83, de 12/02)Conclui-se, portanto, ser de admitir que o empregador estabeleça um sistema de apoio aos trabalhadores que tenham filhos em creches ou jardins de infância, os quais consubstanciam van-tagens significativas para ambos os sujeitos da rela-ção de trabalho.

JOANA RIBEIRO SANTOSGabinete de Advogados - António

Vilar e [email protected]

O contrato de abertura de crédito é um contrato consensual, que fica perfeito com o acordo das partes, sem que haja neces-sidade de uma efectiva entrega monetária. Neste ponto, este contrato distingue-se do mútuo clássico.A abertura de crédito pode ser simples ou em conta corrente, consoante o crédito dis-

ponibilizado seja utili-zado uma só vez ou o cliente possa sacar diver-sas vezes so-bre o crédito numa conta

corrente com o banco.A natureza do contrato de abertura de cré-dito é discutida na doutrina, mas já foi en-tendido pela jurisprudência que se trata de um contrato atípico, resultante das ideias acumuladas pela prática bancária, refe-renciado como operação bancária no artigo 362º do Código Comercial, mas, como não está regulamentado, depende dos termos contratuais, com a salvaguarda dos limites legais, como seja o princípio da liberda-de contratual. Além disso, e como resulta das próprias características, este contrato produz efeitos semelhantes aos do mútuo. Ora, a esta relação de mútuo, incorporada

no verdadeiro contrato atípico que é a aber-tura de crédito, devem-se considerar direc-tamente aplicáveis as normas reguladoras do mútuo.A ser assim, o artigo 1148º, nº 2, do Código Civil dispõe que “se o mútuo for oneroso e não se tiver fixado prazo, qualquer das par-tes pode pôr termo ao contrato, desde que o denuncie com uma antecipação mínima de 30 dias”. O contrato poderá, também, ser resolvido se “… o mutuário não pagar os juros no seu vencimento” (cfr. artigo 1150º do Código Civil).Assim, antes de mais, o consulente deverá consultar os termos do contrato que cele-brou com o banco, a fim de apurar se desse contrato consta um prazo para a denúncia do contrato de abertura de crédito. Caso nada tenha sido fixado, o banco deverá co-municar a denúncia do contrato com uma antecedência mínima de 30 dias. Esse pra-zo poderá ser inferior caso o banco decida resolver o contrato por haver um incumpri-mento por parte do cliente dos termos con-tratuais, pois neste caso a lei não impõe um prazo de pré-aviso. A comunicação da resolução tornar-se-á, então, eficaz a par-tir do momento em que chega ao conheci-mento do destinatário.

SÍLVIA FERREIRA António Vilar & Associados

Gabinete de Advogados [email protected]

Page 36: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

OPORTUNIDADE DE COMPRA E VENDA DE EMPRESAS

VENDA

NORTE

Empresa de transformação de papel, com óptima carteira de clientes e facturação de 5.000.000�. Excelente estru-tura de custos e possibilidade de expansão. Ref. PT 001 PG 003 12 02

Empresa de Transportes Nacionais e Internacionais de Mer-cadorias sediada no Norte de País. Especialização na área dos perecíveis. Clientes fidelizados. Vol. Vendas 2005: 5.700.000�. Ref. PT 003 HB 031 0506

Empresa metalomecânica, com 30 de anos de experiência no mercado. Marca registada e conhecida no merca-do. Empresa certificada. Alvarás de Construção Civil e Obras Públicas. Facturação acima dos � 5.000.000, com excelente carteira de obras. Ref. PT 004 MC 007 06 03

Empresa com alvará de construção civil que tem como principais activos terrenos para construção, equipa-mentos e empreendimento concluído com diversas fracções já vendidas. Ref. PT 005 PR 003 03 03

Hotel de 2 estrelas, novo, com mobiliário e equipamen-to de muito boa qualidade. Boa localização, próximo de campo de golfe e praias. Boa rentabilidade. Edifício

COMPRA

Terreno e Projecto (aprovado) de Clínica de Saúde. Excelente localização nos arredores de Lisboa. Preço 6.000.000 J. Ref. PT 009 JC 029 06 06

Empresa têxtil localizada na região norte do país, especializada na confecção de artigos em malha. Empresa em fase de cres-cimento, com uma facturação aproximada de J2.500.000. Grande capacidade em desenvolver colecções e excelente re-putação no mercado. Actividade fortemente orientada para o mercado externo. Ref. PT 004 MC 017 03 04

Agência Matrimonial. Master para Portugal de Agência Ma-trimonial. Actividade em forte expansão. Intervalo de pre-ço: <1.000.000�. Ref. PT 004 MC 031 01 06

Empresa vinícola com produção e comercialização de vinhos de várias regiões demarcadas. Possui um processo produ-tivo moderno, boa carteira de clientes e várias marcas de vinho premiadas que exporta para vários continentes. Ref. PT 005 PR 004 05 03

alugado. Ref. PT 006 JS 006 08 03

Pedreiras de granito no distrito de Viseu. Vida útil da pe-dreira bastante alargada.Ref. PT 010 HM 003 10 05

Empresa de consultoria ambiental, com boa carteira clien-tes, na zona Norte do país. Ref. PT 010 HM 007 01 06

OPORTUNIDADE DE COOPERAÇÃO ENTRE EMPRESAS

A Vida Económica está a divulgar os pedidos de colaboração solicitados por empresas euro-peias, graças a um acordo de colaboração com o eurogabinete da Caixa Geral de Depósitos. As empresas interessadas nas propostas aqui apresentadas deverão solicitar informações ao Eurogabinete - CGD Apartado 1795 - 1017 Lisboa Codex - Telef. 217 905 389 - Fax: 217 905 097 - e-mail: [email protected] Para além de responder às ofertas de cooperação, as empresas portuguesas poderão procurar parceiros para a internacionalização do seu negócio. Para esse efeito os interessados deverão contactar o Euro-gabinete da CGD.

Têxteis, vestuário e calçado

MATÉRIA-PRIMA: JERSEY - Indústria dina-marquesa dedicada à confecção de blusas procura fornecedores de jersey com as se-guintes especificações: rolos com 94 cm de largura (aprox.), nervura 1-1, fio 1/40, lã compacta a 100%. Ref. 6280/BCD 200610696 DK052 - Dinamarca

sexta-feira, 06 Outubro de 2006COMÉRCIO EXTERNO36

CENTRO LISBOA E VALE DO TEJO

NORTE E SUL

Empresa de Webdesign e Sistemas de Informação si-tuada no Grande Porto com plataformas próprias para construção de sites, comér-cio electrónico e soluções à medida. Óptima carteira de clientes. Vol. Vendas 2005: 150.000J. Ref. PT 003 HB 028 03 06

Empresa concessionária de duas marcas de automóveis, com experiência de mais de duas décadas e líderes no mercado em que actua. Ref.

GRANDE PORTO

PT 004 HB 023 02 05 Clínica de Medicina no Traba-lho, Higiene e Segurança, que actua na região do Grande Porto. Motivos de saúde. Ref. PT 004 JP 016 01 04

Infantário, Creche, Centro de Actividades, Tempos Livres e Salas de Estudo. Devida-mente Licenciado. Com imóvel. Baixa estrutura de custos. Boa rentabilidade. Preço sob consulta. Ref. PT 004 MC 035 05 06

SULHotel de 3 estrelas, no Alentejo. Projecto de raiz. Óptima oportunidade de negócio. Ref. PT 003 PG 021 03 04

Empresas com carteira de clientes na área da “Consultoria às Empresas/Contabilidades” no Grande Porto e zona norte litoral. Ref. PT 004 MC 015 0205

Hotéis Portugal, em grandes cidades, mais de 100 quartos. Ref. PT 004 JP 115 0705

Clínicas de Fisioterapia, Hemodiálise ou Labo-ratórios Clínicos. Ref. PT 004 JP 115 0805

Empresas associadas ao Sector do Ambiente. Ref. PT 005 PR 103 0506

Centro de Inspecções Automóveis. Ref. PT

005 PR 003 2105

Empresa na área da Restauração. Ref. PT 005 PR 003 2505

Empresas Vinícolas fora da Região dos Vinhos Verdes. Ref. PT 005 PR 004 0305

Empresas de Vending – comércio, não fabri-cantes de máquinas. Ref. PT 009 JC 101 0206

Lares de Idosos situados preferencialmente em Lisboa e Vale do Tejo e Região Oeste. Ref. PT 013 GF 102 0206

Madeira e mobiliário

PORTAS CORREDIÇAS - Fabricante lituano de portas corrediças para terraços, facha-das, varandas, etc. procura parceria co-mercial para os seus produtos. As portas são feitas de pinho laminado pintado, pa-tamar em alumínio ou mogno (de 25 mm a 40 mm de altura) e vidro Saint-Gobain. Ref. 6281/BCD 200610731 LT803 - Li-tuânia

PALETES - Consórcio industrial sueco-po-laco, especializado na produção de con-tentores de madeira (paletes), feitos de aparas de madeira, procura distribuidores para os seus produtos. Ref. 6282/BCD 200403363 PL415 - Polónia

MOBILIÁRIO DE ESCRITÓRIO E CASA E AR-TIGOS DECORATIVOS - Fabricante turco de mobiliário de escritório e para o lar, bem como de artigos decorativos, procura co-operação comercial: acordos recíprocos de distribuição e marketing e acordos de franchising. Ref. 6283/BCD 200610737 TR704 - Turquia

Químicos, plásticos e vidro

PRODUTOS ABRASIVOS - Empresa espanho-la especializada na distribuição, análise e consultoria em produtos abrasivos oferece os seus serviços a indústrias do sector. Ref. 6284/BCD 200610689 ES220 - Es-panha

MATERIAIS EM SILICONE, POLIURETANO E TERMOPLÁSTICOS - Fabricante polaco de diferentes tipos de materiais em silico-ne, poliuretano e termoplásticos procura acordos de produção e subcontratação. Os seus produtos destinam-se a indús-trias diversas, nomeadamente para o mo-biliário (braços de apoio para cadeiras de escritório, assentos e espaldares, cadeiras industriais e de laboratório), a medicina (colchões para mesas operatórias) e as indústrias ferroviária e naval. A empresa detém experiência do negócio internacio-nal. Ref.6285/BCD 200610863 PL414 - Polónia

MATERIAIS ÓPTICOS PARA AUTOMÓVEIS (TUNING) - Fabricante polaco do sector dos plásticos, especializado no design, produ-ção e montagem de componentes para o tuning óptico de automóveis, procu-

ra: cooperação comercial, nomeadamente acordos de distribuição recíproca e repre-sentação; cooperação financeira. A empre-sa detém certificação TÜV. Ref. 6286/BCD 200610520 PL407 - Polónia

QUÍMICOS PARA O SECTOR DA CONSTRUÇÃO - Distribuidor polaco de produtos químicos para o sector da construção procura no-vos produtos para distribuição no mercado polaco. A empresa possui frota própria de camiões, bem como instalações de arma-zenagem com 800m2. Ref. 6287/BCD 200403377 PL415 - Polónia

CONTAS E BIJUTARIA EM VIDRO - Fabrican-te checo de contas de vidro e bijutaria em vidro procura parceria comercial. Os seus produtos são feitos à mão. Ref. 6288/BCD 200610642 CZ643 - Rep. Checa

Máquinas, equipamentos e metais

MOLAS TÉCNICAS - Fabricante alemão de molas técnicas em materiais diver-sos, desde aço-carbono a ligas especiais de níquel, procura parceiros comerciais para a distribuição dos seus produtos. A cooperação comercial poderá passar por um acordo de distribuição recíproco, desde que os produtos do potencial par-ceiro sejam complementares e possam ser distribuídos conjuntamente no mer-cado alemão. A empresa está também interessada em materiais e produtos semi-acabados tais como molas de ten-são em espiral contínua. Ref. 6289/BCD 200508069 DE101 - Alemanha

SISTEMAS DE TRANSPORTE (TAPETES, CINTAS, ETC.) - Empresa de engenharia alemã especializada na concepção e produção de sistemas de transporte de

acordo com os requisitos do cliente, procura parceria comercial e de produção. Os seus produtos incluem tapetes e cintas de trans-porte, transportadores curvos, máquinas de polimento e embalagem de cutelaria. Ref. 6290/BCD 200610449 DE112 - Alema-nha

ACESSÓRIOS SANITÁRIOS E DE PICHELARIA - Fabricante francês de acessórios sanitá-rios e de pichelaria procura novos merca-dos para os seus produtos,. Estes incluem sifões, partes trabalhadas em latão e cobre (com estampagem profunda e curvatura de tubos), material de drenagem flexível (PVC) para lavatórios, wc, chuveiro, etc. Ref. 6291/BCD 200610901 FR256 - França

MÁQUINAS DE ASPIRAÇÃO INDUSTRIAL - Fa-bricante italiano de sistemas de aspiração (de pó) para as indústrias da reparação automóvel, estaleiros navais, serralharias, etc., procura agentes, distribuidores e re-presentantes para os seus produtos. Ref. 6292/Email IT351 STUCCHI - Itália

RADIADORES E PORTA-TOALHAS - Fabricante italiano de radiadores e porta-toalhas em alumínio procura parceiro industrial dedi-cado à produção de equipamento de aque-cimento (radiadores, válvulas e caldeiras) para acordo recíproco de transferência de tecnologia. Os radiadores distinguem-se pela qualidade e design e estão patenteados a nível mundial. Ref. 6293/200610540 IT392 - Itália

FOLHAS DE AÇO - Empresa britânica especiali-zada na produção de componentes em folha de aço procura fornecedores de folhas de aço laminadas a frio e e a quente com 1 mm a 15 mm de espessura. A empresa precisa ac-tualmente de 1100 ton/ano. Ref. 6294/BCD 200610602 UK551 - Reino Unido

Page 37: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

Fiscalidade852novos devedores “engordam” lista

do Fisco

Ministro das Finanças quer rever modelo

de supervisão do mercado financeiro português.

sexta-feira, 06 Outubro de 2006 37

AGENDA FISCAL

OUTUBRO

Até ao dia 10

• IVA - Imposto sobre o valor acres-centado- Periodicidade Mensal – Envio obri-gatório via Internet da declaração pe-riódica relativa às operações realiza-das no mês de Agosto. O pagamento pode ser efectuado através das caixas automáticas Multibanco, nas Tesou-rarias de Finanças informatizadas e nos balcões dos CTT. O pagamento pode ainda ser efectuado via Internet, seleccionando uma das Instituições Bancárias disponíveis na opção Ban-cos. Conjuntamente com a declaração periódica deve ser enviado o Anexo Recapitulativo, referente às transmis-sões intracomunitárias isentas, efec-tuadas no mês de Agosto.

• IRS - Imposto sobre o rendimento das pessoas singularesOs notários, conservadores, secretá-rios judiciais e secretários técnicos de

justiça devem entregar à Direcção-Ge-ral dos Impostos a relação dos actos praticados no mês anterior susceptí-veis de produzir rendimentos sujeitos a IRS (art. 123º do CIRS).

Até ao dia 20

• IRC - Imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas- Entrega das importâncias retidas no mês de Setembro sobre os rendimen-tos sujeitos a retenção na fonte de IRC (art. 75º do CIRC).

• IRS - Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares- Entrega, pelas entidades obrigadas a efectuar retenção, do imposto de-duzido em Setembro pela aplicação das taxas liberatórias previstas no art. 71º do CIRS (art. 98º, nº 3, do CIRS).- Entrega, pelas entidades que disponham ou devam dispor de contabilidade organizada, das impor-tâncias deduzidas em Setembro sobre rendimentos de capitais e prediais e

rendimentos de propriedade intelec-tual ou industrial e prestações de ser-viços (Categoria B) (art. 98º, nº 3, e 101º do CIRS).- Entrega do imposto deduzido em Se-tembro sobre os rendimentos do tra-balho dependente e de pensões, com excepção das de alimentos (artº 98º nº 3 e 99º do CIRS).

• Imposto de Selo- Entrega, por meio de guia, nas te-sourarias da Fazenda Pública, do imposto cobrado em Setembro, pe-

las entidades a quem incumbe essa obrigação.

Até ao dia 31

• IRC - Imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas- 2ª prestação do pagamento especial por conta de IRC devido pelas entidades que exercem, a título principal, activi-dade de natureza comercial, industrial ou agrícola e por não residentes com estabelecimento estável, excepto se abrangidos pelo regime simplificado.

IVA SUCATAS

Novo regime já em vigor

Entrou em vigor no dia 1 de Outubro o novo regime de tributação, em sede de IVA, da transmissão de bens relacionados com sucatas, desperdícios e serviços relacionados, aprovado pela Lei nº 33/2006, de 28.7.Este regime especial de IVA, aplicável às transmissões de desperdícios, re-síduos e sucatas recicláveis e a determinados serviços, baseia-se na inver-são do sujeito passivo, competindo a liquidação do IVA ao adquirente, com direito a dedução, desde que o mesmo seja sujeito passivo de imposto no território nacional.

Uma empresa fez um seguro de vida para o seu sócio geren-te e paga anualmente de prémio 1000,00 euros.

Para ser considerado custo fis-cal para a empresa, tem que o va-lor ser adicionado ao rendimento do sócio-gerente e efectuada a res-pectiva retenção de IRS. Qual a ta-bela de IRS para o cálculo da re-tenção, ou existe alguma fórmula de efectuar esse cálculo, em vir-tude de os 1000,00 ser um valor líquido?

RESPOSTA DO ASSESSOR FISCALOs rendimentos em espécie su-

jeitos a imposto e a retenção na fonte, como é o caso dos seguros de vida (art. 2º, n.º 3, b) n.º 3, e art. 99º do CIRS), para efeitos

PRÁTICA FISCAL

Rendimentos em espécie: retenção da fonte

Informação elaborada pela APOTEC - Associação Portuguesa de Técnicos de Contabilidade [email protected]

Governo elimina obrigações acessórias no âmbito fiscal

O Governo aprovou uma série de diplomas que, na sua óptica, visam

a simplificação e a transparên-cia do ordenamento fiscal. Em causa estão aspectos como “a eliminação de um conjunto de obrigações acessórias impostas aos contribuintes ao nível dos diversos impostos, com o objec-tivo da desburocratização do Es-tado e da redução de custos para os cidadãos e as empresas”.

As alterações passam pela atribuição de valor jurídico a documentos emitidos por via electrónica, no âmbito do proce-

dimento tributário, pela dispen-sa da entrega em papel de plan-tas de arquitectura ou projectos de loteamento, quando as telas finais e os projectos tenham sido entregues em suporte digital nas câmaras municipais. É também dispensada de apresentação de caderneta predial no acto ou contrato sobre prédio urbano com intervenção notarial.

O Executivo definiu objectivos concretos com estes diplomas agora aprovados e que abrangem praticamente todo o leque de impostos. Desde logo, consiste em aprofundar a desmateriali-

de retenção devem ser adiciona-dos às remunerações auferidas no mês em que a sociedade pa-gou os prémios, sendo de aplicar a taxa que constar na tabela cor-respondente à situação pessoal e familiar do beneficiário do segu-ro.

Exemplificando:Remuneração do sócio-gerente

no mês em que foi pago o prémio = 2000 J

Prémios pagos pela sociedade = 1000 J

Supondo que não é casado, sem dependentes, a taxa a aplicar se-ria de 24,5% e o imposto a re-ter de 735,00J (2000 + 1000) x 24,5%), pelo que o valor líquido de IRS a pagar seria de 1265 J (2000 – 735).

zação de actos e procedimentos com recurso aos meios informá-ticos e concretizar as medidas do Simplex.

Pretende-se também alargar a dispensa de apresentação da de-claração de rendimentos a pen-sionistas de baixos rendimentos. Importante é a intenção de eli-minar as obrigações de comuni-cação à DGCI nos casos em que os elementos fornecidos são obti-dos com recursos a outros meios ou em que da informação obtida não se retira utilidade para a ava-liação e/ou controlo da situação tributária dos contribuintes.

O Ministério das Finan-ças actualizou a lista de devedores ao fisco. O

número está a aumentar subs-tancialmente, tendo agora che-gado às oito centenas. Foram incluídos mais 500 novos deve-dores, relativamente à primei-ra lista publicitada no final de Julho. A lista respeita a pessoas singulares com dívidas fiscais de montante igual ou superior a 50 mil euros e a pessoas colectivas com dívidas iguais ou superio-res ao dobro daquele valor.

Garante o fisco que todos os devedores seleccionados foram anteriormente citados, no âm-

bito do processo de execução fiscal. Os efeitos práticos destas listas parecem estar a fazer-se sentir, já que quase seis cente-nas de devedores fizeram os pa-gamentos devidos, evitando se-rem incluídos na lista. Existem ainda casos em que está a decor-rer o prazo para o exercício do direito de audição prévia.

A administração fiscal está determinada a ir bastante mais longe neste processo. Prevê-se que até ao final do ano sejam apresentadas mais listas de de-vedores, sendo que está em perspectiva o estabelecimento de critérios mais abrangentes

para efeitos de inclusão na lista. Por exemplo, há casos em que os contribuintes pediram pres-tação de garantia e até de devo-lução de notificações.

Enfim, a lista será aumentada à medida que as situações pen-dentes forem sendo resolvidas e, ainda, por efeito do alarga-mento dos critérios de selecção a outros devedores.

O fisco assume que podem ocorrer erros, mas avisa que, “como em qualquer outro pro-cesso ou procedimento, a pos-sibilidade de erro apenas é pas-sível de minimização e não de total eliminação”.

Fisco inclui mais cinco centenas na lista de devedores 1 – Isenção de pagamento espe-

cial por conta no regime simplifica-do. Profissional liberal c/ escrita or-ganizada, transitou do regime geral para o regime simplificado?

2 – Empresa transitou do regime geral para o simplificado, tinha pre-juízos no regime geral; pode deduzi-los no simplificado até ao limite míni-mo de matéria colectável 6250 euros (art. 46º CIRC)?

RESPOSTA DO ASSESSOR FISCAL1 – Não. Não existe no Código do

IRS norma que imponha aos sujei-tos passivos do IRS, que exerçam actividade profissional ou empre-sarial abrangida pela categoria B, a obrigação de efectuar pagamentos especiais por conta. Este tipo de pagamento antecipado está previs-

Regime simplificado

to apenas para sujeitos passivos de IRC (v. art. 98º do CIRC).

Os sujeitos passivos de IRS que aufiram rendimentos integrados na categoria B estão obrigados a efec-tuar pagamentos por conta, nos ter-mos do art. 102º do CIRS, qualquer que seja o regime onde estão en-quadrados: regime da contabilidade ou regime simplificado.

2 – Sim. Os prejuízos fiscais apu-rados nos exercícios em que a em-presa esteve abrangida pelo regi-me geral são dedutíveis nos lucros apurados no regime simplificado, não podendo, porém, a matéria co-lectável ser inferior a 6250 - limi-te mínimo a que se refere o n.º 4 do art. 53º, do CIRC, como dispõe o n.º 3 do art. 47º do mesmo di-ploma.

Page 38: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

Directriz contabilística altera regras nos processos de fusões e aquisições de empresas

Duas empresas fundiram-se. Dessa fusão resultou uma re-serva de fusão positiva, reserva essa que se mantém no balan-ço da empresa incorporante e resulta de dois factores: reser-va legal da empresa incorpora-da e revalorização de acções.A empresa incorporada com um capital social inicial de 25 mil euros era detida a cem por cento pela empresa incor-porante. Quando da transição para o euro, por razões legais, a empresa incorporada aumen-tou o seu capital social para 50 mil euros, através da in-corporação de reservas da pró-pria empresa, e de resultados transitados não distribuídos, o que originou uma revalorização das acções da empresa partici-pante, na medida em que viu o número de acções aumentado, bem como o valor do capital social da participada, sem ter transferido fundos para esse efeito. Quais as hipóteses de aplicação da referida reserva?

Segundo a Directriz Contabi-lística n.º 1 - Tratamento Con-tabilístico de Concentrações de Actividades Empresariais, se o

justo valor dos activos e passivos identificáveis for inferior ao custo de aquisição, a diferença deve ser reconhecida e amortizada numa base sistemática, num período que não exceda cinco anos, a menos que vida útil mais extensa possa ser justificada nas demons-trações financeiras, não exceden-do porém 20 anos (valor não aceite fiscalmente, uma vez que não se encontra previsto como tal no Decreto-Regulamentar n.º 2/90, de 12 de Janeiro).

Se o justo valor dos activos e passivos identificáveis for supe-rior ao custo de aquisição, a di-ferença pode ser repartida pelos activos não monetários individu-ais adquiridos, na proporção dos justos valores destes. Alternati-vamente, esta diferença pode ser tratada como proveito diferido e imputada a resultados numa base sistemática, durante um período que não ultrapasse cinco anos, a menos que período mais extenso possa ser justificado nas demons-trações financeiras, não exceden-do, porém, 20 anos.

Note-se que a IFRS 3 consagra diferente tratamento contabilísti-co para esta diferença.

Pelo exposto na questão,

Contas & Impostos

A reserva de fusão ocorre quando existe um au-mento de capital, por força do cálculo da relação de troca, que implique um prémio de emissão de acções, o qual fica sujeito ao regime da reserva legal previsto no Código das Sociedades Comer-ciais.

O Técnico Oficial de Contas, quando assume a contabilidade de um sujeito passivo, assume as funções que estão ine-rentes à sua profissão e é responsável por todos os actos que pratique, no exercício das mesmas.

As funções atribuídas aos Técnicos Ofi-ciais de Contas são, taxativa, legal e ex-pressamente, as previstas no artigo 6º do Estatuto da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas (ECTOC), aprovado pelo De-creto-Lei n.º 452/99, de 5 de Novembro.

É o Estatuto da Câmara dos Técnicos Oficias de Contas que regulamenta a esfe-ra de competência da sua classe profissio-nal.

Assim sendo, o Técnico Oficial de Con-tas será apenas responsável pela regulari-dade técnica, nas áreas contabilística e fiscal.

Sucede que, algumas vezes, o Departa-mento Jurídico é solicitado para prestar esclarecimentos que, efectivamente, não pode prestar, não por desconhecimento, mas porque as questões colocadas nada têm a ver com o exercício de funções.

Esta nossa resposta demonstra uma cla-ra e justificada preocupação com o exer-

cício da profissão de Técnico Oficial de Contas.

As questões respeitantes à relação en-tre entidade patronal e trabalhador nada têm a ver, pelo menos numa primeira fase, com as funções do Técnico Oficial de Contas.

Isto significa que o TOC apenas terá que intervir, se for caso disso, já depois de todas as questões jurídicas levantadas (direitos da entidade patronal e do traba-lhador), se encontrarem resolvidas.

As informações quanto aos direitos dos trabalhadores (por exemplo, remunera-ções a título de férias, respectivo subsí-dio, subsídio de Natal e indemnizações compensatórias) deverão ser prestadas ao TOC, por escrito, pela entidade patronal, de modo a que, caso seja necessário, se possa salvaguardar quanto aos lançamen-tos e correspondentes pagamentos efectu-ados aos trabalhadores.

O sujeito passivo deverá, através dos seus sócios e/ou representantes legais, di-rigir-se à Segurança Social e inscrever os seus próprios trabalhadores no sistema.

No que diz respeito aos contratos a celebrar pelo sujeito passivo/entidade

patronal e os seus clientes e/ou trabalha-dores, deverá o mesmo dirigir-se a um advogado, que prestará a devida assistên-cia jurídica.

Em conclusão, parece-nos mais que evidente que o facto de os Técnicos Ofi-ciais de Contas poderem ter “os mesmos Códigos, legislação, publicações, revistas, apontamentos e trabalhos académicos, acesso a jurisprudência, pareceres, etc., como instrumentos de trabalho”, como já foi inclusivamente afirmado, de forma ve-emente, não chega por si só para o TOC se encontrar apto a elaborar contratos de trabalho, ou quaisquer outros, além de que tal comportamento consubstancia a prática de um crime.

A Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas e o seu Departamento Jurídico também têm como missão alertar os TOC para os comportamentos eventualmente indiciadores da prática de crimes, puní-veis pela Lei Penal Portuguesa, deixando à consideração dos mesmos a alteração da sua conduta ou a manutenção da mesma, de modo a que fiquem cientes das conse-quências que daí poderão advir.

O âmbito da consulta prestada pelo

Departamento Jurídico respeita, única e exclusivamente, a questões relacionadas com o TOC e com o exercício da sua actividade profissional, enquanto tal, no âmbito quer do Estatuto da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas quer do Có-digo Deontológico.

Assim sendo, para esclarecimentos mais pormenorizados, os clientes dos TOC deverão contratar um profissional com-petente para a resolução das questões co-locadas e, eventualmente, de outras que possam surgir, no âmbito da relação la-boral. O profissional da contabilidade deve colaborar em todas as iniciativas que concorram para a dignificação e prestígio tanto da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas como da sua profissão.

Nestes termos, e tendo em conta que a relação entre o TOC e o seu cliente pres-supõe uma relação de confiança, cabe ao profissional delimitar, desde logo, aquan-do da celebração do contrato de presta-ção de serviços, esclarecendo quais as suas atribuições concretas e que nelas não se incluem a elaboração ou análise de con-tratos de trabalho, bem como dos direitos e deveres que lhe estão inerentes.

Como tratar as questões laborais?SÍLVIA MARQUES ANTUNES

Jurista da CTOC

sexta-feira, 06 Outubro de 2006FISCALIDADE38

A tributação será no país onde o prestador tiver a sua sede, estabelecimento estável ou domicílio, conforme o n.º 4 do art. 6.º do CIVA

aquando dos lançamentos con-tabilísticos resultantes da fusão, parece estar-se na presença de um proveito diferido que deveria ter sido imputado a resultados numa base sistemática pelo período de cinco anos.

A reserva de fusão ocorre quan-do existe um aumento de capital por força do cálculo da relação de troca (o que não existe no caso em apreço, pois a sociedade incorpo-rada era detida a cem por cento pela incorporante), que implique um prémio de emissão de acções, o qual fica sujeito ao regime de reserva legal previsto no art. 295º do Código das Sociedades Comer-ciais.

Aparentemente, em 2003, ocorreu um erro na contabiliza-ção da fusão, que deve ser agora corrigido por contrapartida da conta 59 – Resultados transita-dos, até à sua total realização (a qual, em princípio, deve ser de cinco anos). A correcção a efectu-ar em 2006 deve incluir os valo-res respeitantes aos exercícios de 2003 a 2006, inclusive, sendo em 2007 regularizada a última parce-la (pressupondo o período de cin-co anos para a sua amortização.

Ainda em 2003, no apuramen-to desta reserva de fusão, presu-mimos que se tenha verificado a existência de uma variação patri-monial positiva, tal como previs-to no art. 21.º do CIRC.

(Informação elaborada pela Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas)

A companhia de seguros “A”, com sede no Reino Unido, in-dicou a companhia de seguros “B”, com sede em Portugal, para seu representante em li-vre prestação de serviços em Portugal. Por esse serviço, “B” debita (anualmen-te) honorá-rios a “A”. A empresa “A”, quando recebeu a última fac-tura, argu-mentou que estava isento de IVA. Será assim?

Relativamente ao assunto em análise, estamos na presença de uma empresa com sede em Portugal (“B”), tendo como objectivo a representação fiscal da empresa “A” - companhia de seguros com sede no Reino Unido. Por esta circunstância, a empresa “B” debita à empresa “A” os honorários pela própria representação fiscal. Em termos de enquadramento em sede de IVA, o mesmo terá que ser efec-tuado ao abrigo do art. 6.º do CIVA. A localização das presta-

ções de serviços segue, em prin-cípio, a regra do denominado «princípio do país de origem», isto é, a tributação será no país onde o prestador tiver a sua sede, estabelecimento estável

ou domicílio, conforme o n.º 4 do art. 6.º do CIVA, desde que não enquadráve l em nenhu-ma das regras e s p e c í f i c a s previstas nos restantes nú-meros deste mesmo arti-go.

No que concerne ao

caso concreto, verificamos que não existe nenhuma excepção específica, para o débito deste tipo de serviços. Neste sentido, dever-se-á aplicar a regra cons-tante no n.º 4. Ou seja, a em-presa “B”, ao debitar à empresa “A”, deverá liquidar IVA à taxa de 21 por cento.

(Informação elaborada pela Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas)

Localização da prestação de serviços segue princípio do país de origem em sede de IVAA tributação é sempre no país onde o prestador dos serviços tiver a sua sede, estabelecimento estável ou domicílio, desde que não enquadrá-vel em nenhuma das regras específicas previs-tas.

Page 39: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

Imobiliário

Lisbon Prime index

No mercado de escritórios de Lisboa, as empresas de vertente tecnológica, média e “utilities” protagonizaram a maior dinâmica do mercado de escritórios de Lisboa durante os primeiros seis meses deste ano, com cerca de 13,5 mil m2 de absorção, face aos 12 mil m2 registados no primeiro semestre de 2005. As empresas de novas tec-nologias e de serviços de média foram as mais activas no período de referência. As empresas de tecnologia revelam uma preferência pela instalação no corredor Oeste, no eixo Miraflores – Porto Salvo e preferencialmente nos parques de escritórios mais recentes.

TMT & Utilities é o sector mais activoTambém com uma boa performance no período em

análise, esteve o sector dos serviços financeiros, com 19 empresas a mudarem de instalações, a que corresponderam cerca de 11 mil m2, o que ultrapassa a absorção global do ano transacto. Estas empresas preferem instalar-se no cen-tro da cidade de Lisboa.

As empresas do sector da saúde e laboratórios farmacêu-ticos estiveram também muito activas, com os laboratórios Roche a protagonizar uma das maiores operações, com a ocupação de um edifício próprio no corredor Miraflores- Porto Salvo.

Foi recentemente inaugurada a sede da Hercesa Portugal, localizada no novo Edifício

MiraLisboa, no centro da cidade. A imobiliária espanhola oficializa assim a sua presença no mercado português, onde, até ao momen-to, já investiu cerca de 70 milhões de euros.

Este valor foi aplicado na aqui-sição deste edifício, bem como no desenvolvimento do complexo residencial que está a iniciar em Loures e Odivelas. Uma próxima etapa, já prevista, é o alargamento do investimento a outros pontos do país, nomeadamente às zonas do Porto e Algarve.

Com a compra do Edifício Mi-raLisboa, situado na Av. Fontes Pereira de Melo, a imobiliária espanhola consolida a sua pre-sença no nosso país, entrando directamente no mercado de ar-rendamento de escritórios, já que os espaços remanescentes serão colocados no mercado de arren-damento, um trabalho que estará a cargo da Aguirre Newman. A

fe, aluguer de espaços comerciais, habitações e escritórios.

No exercício de 2006, a Her-cesa espera entregar um total de 2300 fogos, correspondentes a vários dos seus empreendimentos habitacionais

Com projectos um pouco por toda a Espanha - Andaluzia, Ara-gão, Castela e Leão, Castilha, La Mancha, Catalunha, Comunida-de de Madrid e Comunidade de Valência -, a Hercesa está actual-mente também a desenvolver pro-

promotora imobiliária procedeu à remodelação total do Edifício, que agora oferece espaços moder-nos e flexíveis, numa localização privilegiada.

A cerimónia de inauguração da nova sede contou com a presença do presidente da Câmara Muni-cipal de Lisboa, Carmona Rodri-gues. A filial lusa será liderada por António Fernandes.

Mais de 10.000.000 de m2 em carteira

A actuar no mercado imobi-liário espanhol há trinta anos, o futuro da Hercesa apoia-se numa carteira com mais de 10.000.000 de m² de terrenos, para o desen-volvimento de 20.000 fogos, nos próximos sete anos, em Espanha, Portugal e Roménia.

No ano passado, a Hercesa ob-teve um significativo crescimento no seu volume de negócios, que atingiu os 314,4 milhões de eu-ros, em resultado da entrega de 1182 fogos, o que se traduziu em

Com a inauguração da nova sede em Lisboa

Hercesa oficializa presença em Portugal

Proibida a reprodução

do

LISBON PRIME INDEX

59 milhões de euros em resulta-dos líquidos, que foram reinvesti-dos na empresa.

De acordo com os dados dis-ponibilizados pela promotora es-panhola, o seu património imo-biliário está avaliado em mais de 1.724 milhões de euros, o que re-presenta um crescimento de cerca de 22 % em relação ao exercício anterior.

A Hercesa iniciou a sua activi-dade em Guadalajara, Espanha, no ano de 1975, tendo cumprido em 2005 os seus trinta anos de implantação no mercado imobili-ário. Actualmente é presidida por Juan José Cercadillo.

Esta foi a primeira promotora imobiliária em Espanha a obter a dupla certificação de qualidade ISSO 9001:2000, atribuída pelo Bureau Verits Quality Internatio-nal e pela AENOR.

A imobiliária espanhola actua nas áreas da promoção residencial (primeira e segunda residência), gestão urbanística, pavilhões in-dustriais, hóteis e campos de gol-

A imobiliária espanhola já investiu 70 MJ

no mercado nacional

O empreendimento MiraLisboa será

o seu primeiro projecto em Portugal

sexta-feira, 06 Outubro de 2006 39

jectos em Portugal e na Roménia. A Hercesa estará presente na pró-xima edição do Salão Imobiliá-rio de Lisboa, onde contará com um stand próprio. Nesse espaço apresentará o empreendimento MiraLisboa, localizado em Por-tugal, aproveitando também para promover alguns dos seus princi-pais projectos em Espanha, caso do empreendimento habitacional “El Viso”, recentemente lançado, e do “MiraMadrid”, ambos nos arredores da capital espanhola.

GESTÃO DE ACTIVOS

IMOBILIÁRIOS

Autor: João António Carvalho

331 págs. / P.V.P: A 27 (IVA incl.)

Pedidos para:

Vida Económica

R. Gonçalo Cristóvão, 111 – 6º esq.

4049-037 PORTO

Tel. 22 339 94 00

Fax 22 205 80 98

E-mail encomendas:

[email protected]

ARRENDAMENTO URBANO - GUIA

PRÁTICO

Autores: Daniela Maia e Rute Barreira

192 págs. / P.V.P: A 9,5 (IVA incl.)

TENDÊNCIAS DE GESTÃO IMOBILIÁRIA

EDIÇÃO 2006

Autor e editor: Imoedições / Vida

Imobiliária

461 págs. / P.V.P: A 20 (IVA incl)

O NOVO REGIME DO ARRENDAMENTO

URBANO - ANOTADO (2ª EDIÇÃO)

Autores: Manteigas Martins, A. Raposo

Subtil e Luís Filipe Carvalho - Advogados

300 págs. / P.V.P: A 15 (IVA incl.)

NOVIDADE

NOVIDADE

Page 40: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

Portal LardoceLar e a Vida Imobiliária lançaram www.escritorios.com.pt

rarmos e levarmos as estratégias de comercialização e marketing deste empreendimento, em ex-clusividade, no Reino Unido, Irlanda e Holanda”, afirmou em comunicado.

Com um investimento previsto que ascende aos 350 milhões de euros, o ‘Troiaresort’ é já um mar-co na história do imobiliário turís-tico em Portugal, e será em breve um dos mais importantes destinos turísticos de luxo do Sul da Eu-ropa, localizado na Península de Tróia, concelho de Grândola.

terpretação que simultaneamente permita e proíba o aumento das rendas de casas clandestinas. Ora, sendo indubitável que o legislador pretendeu acabar com tais situações e até chegou a estabelecer a referida sanção, na prossecução da coerência do sistema jurídico no seu todo, re-ceamos ter que concluir pela manu-tenção da proibição de actualização da renda de edifícios clandestinos, muito embora tal solução também não se nos afigure ser a mais ade-quada se, como a leitora refere, os mesmos são objecto de impostos e dado que tal proibição gera um circulo vicioso que acaba por preju-dicar inquilinos e senhorios, na me-dida em que, por não se actualizar as rendas, os imóveis se degradam cada vez mais.

Seja como for, face ao NRAU, caso os imóveis estejam arrendados para fins habitacionais, a leitora só poderia actualizar a renda se o coe-ficiente de conservação for igual ou superior a médio (nível 3), o que dificilmente se verificará no caso, dado que a leitora refere que os mesmos estão degradados.

IRG vende Tróia Resort no Reino Unido, Irlanda e Holanda

Amorim Imobiliária vai promover shopping Dolce Vita em Braga

A Amorim Imobiliária vai pro-mover um novo centro comercial na cidade de Braga, sob a marca Dolce Vita. Segundo informa-ções disponibilizadas pela empre-sa, o novo empreendimento terá uma área de construção de cerca de 90 mil m2, dos quais 70.000 m2 corresponderão a Área Bruta Locável, e apresentar-se-á como um centro comercial regional, “com uma área de atracção muito forte”, segundo o comunicado.

Denominada Dolce Vita Braga, a nova unidade comercial repre-senta um investimento global que ascenderá a 130 milhões de euros e criará cerca de 3400 postos de trabalho directos. O início dos trabalhos de construção está pre-visto para o primeiro semestre de 2007 e a sua abertura ao público prevê-se para o segundo semestre de 2008.

Legal & ImobiliárioArrendamento

Actualização de rendas de imóveis clandestinosseria aplicável a contratos celebrados após esta data, pelo que, em princí-pio, não se aplicaria aos contratos a que a leitora se refere.

Sobre esta matéria, o Novo Re-gime do Arrendamento Urbano (NRAU) e diplomas complemen-tares limitaram-se a esclarecer que se o contrato de arrendamento ur-bano para habitação visar edifício construído depois de 7.8.51, data da entrada em vigor do Regime Geral das Edificações Urbanas, será dispensada a licença de utilização que, nos contratos que visem edifí-cios construídos posteriormente, é indispensável.

Pelo exposto e atendendo à ine-xistência de uma norma que expres-samente sancione com a proibição de actualizar as rendas, seríamos levados a pensar que a leitora pode-ria actualizar as respectivas rendas, como aliás, há alguns anos, chegou a decidir um Tribunal de 2.ª instân-cia, relativamente a um contrato celebrado posteriormente a 1985, muito embora a decisão não tenha sido tomada por unanimidade.

Não podemos, contudo, esque-cer que o n.º 1 do artigo 9º do C.C. nos impõe que, na interpretação da lei, se tenha em conta a unidade do sistema jurídico e, por isso, poderá entender-se não ser aceitável a in-

A IRG – International Realty Group, que é a agente oficial para a comercialização do Tróia Resort no mercado português, também já iniciou a comercialização deste empreendimento, em regime de exclusividade, no Reino Unido, Irlanda e Holanda. A IRG é a afi-liada exclusiva da Christies’s Gre-at Estates Inc em Portugal.

Segundo Maurice Elst, direc-tor-geral da IRG., “é para nós motivo de orgulho termos sido seleccionados por uma compa-nhia como a Sonae para elabo-

“Herdei vários prédios construídos no início dos anos 60 sem licença de construção e gostaria de saber se, ao abrigo do novo regime, é possível o aumento de rendas.O valor da renda é o valor inicial: 4,99J Os prédios em causa sempre pagaram os impostos legais apesar de serem considera-dos clandestinos. Estão degradados, mas, como se compreende, o valor das rendas não permite que sejam feitas obras.”

Muito embora nesta sede se evite bombardear o leitor com a funda-mentação legal e jurisprudencial que sempre determinam o teor dos esclarecimentos aqui prestados, dado que a resposta à questão colo-cada não é líquida e implica algu-ma polémica, impõe-se, desta feita, uma breve análise à legislação que entretanto vigorou com implica-ções na matéria.

O problema da actualização das rendas nos contratos de arrenda-mento que tinham como objecto imóveis sem licença de construção ou utilização, construídos poste-riormente à entrada em vigor do Regulamento Geral das Edificações Urbanas, os chamados prédios clan-destinos, começou, desde logo com a Lei 46/85, de 20.09, que, tendo permitido a primeira correcção extraordinária de rendas, veio, si-multaneamente, no seu artigo 45º, dispor que tais actualizações não teriam lugar se não tivesse sido emi-tida licença de construção ou utili-

zação do imóvel, quando uma delas fosse exigível, isto é, caso se tratasse de construção edificada posterior-mente a 07.08.51.

Acontece que tal lei vigorou até Novembro de 1990, altura em que entrou em vigor o Regime do Ar-rendamento Urbano, cujo preâm-bulo, no seu artigo 3º, nº 1, al. i), veio revogar expressamente a Lei 46/85. O referido preâmbulo res-salvou, contudo, no seu artigo 9º, a manutenção em vigor dos artigos 11º a 15º, relativos à correcção ex-traordinária mas nada dizia relativa-mente ao mencionado artigo 45º.

É certo que o legislador con-tinuou a impor, no artigo 9º do RAU, a necessidade de licença de utilização contida no referido arti-go 45º da Lei 46/85, contudo, não previu expressamente a proibição de actualização das rendas como sanção para a sua inexistência.

Acresce que, por força do n.º 2 do artigo 2º do preâmbulo do RAU, o referido artigo 9.º só entrou em

A Imoportal, empresa do Gru-po Caixa Geral de Depósitos res-ponsável pelo desenvolvimento e gestão do portal LardoceLar.com, e a Imoedições, empresa edito-rial que publica a revista “Vida Imobiliária”, lançaram um novo site de Internet www.escritorios.com.pt. A apresentação oficial do novo site teve lugar quinta-feira, 28 de Setembro, no Hotel Sofitel

Lisboa. Detido, desenvolvido e gerido conjuntamente pelas duas empresas, o site escritorios.com.pt pretende assumir-se como uma referência única no mercado imo-biliário, preenchendo uma lacuna até agora existente no mercado, onde a oferta online de imobi-liário terciário é apresentada de forma fragmentada.

O www.escritorios.com.pt vai

disponibilizar para consulta on-line a maior carteira agregada de empreendimentos e imóveis comerciais, incluindo escritórios, armazéns e lojas, disponíveis no mercado português para compra e arrendamento.

O projecto conta com o apoio dos principais líderes de mercado nas áreas de investimento, con-sultoria e mediação imobiliária.

MARIA DOS ANJOS GUERRA*

[email protected]

“A Lei 46/85, de 20.09, dispõe que tais

actualizações não teriam lugar se não tivesse

sido emitida licença de utilização do imóvel”

sexta-feira, 06 Outubro de 2006IMOBILIÁRIO40

No presente, a Amorim Imobi-liária tem sete centros comerciais em gestão e investimento e está a promover o Dolce Vita Ovar, com abertura em Abril de 2007, e o Dol-ce Vita Tejo, com abertura prevista para Abril de 2008. Ganhou este ano dois prémios com o Dolce Vita Coimbra – melhor shopping do

ano para o ICSC – International Council of Shopping Centres e o de melhor centro comercial do mundo no Mipim.

Recorde-se que, em 2005, a Amorim Imobiliária registou um resultado líquido de 33,9 milhões de euros, um valor que a empresa prevê aumentar este ano.

vigor a partir de 01.01.92, e dado que esta norma dispunha sobre as condições de validade substancial ou formal do arrendamento segun-do o disposto no art. 12º, n.º 2, do C.C., poderia entender-se que só

A capital portuguesa foi con-siderada a segunda cidade com melhor relação qualidade / preço no que respeita a escritórios, se-gundo o European Cities Moni-tor, um estudo anual recentente-mente publicado pela Cushman & Wakefield (C&W).

Este ano, Lisboa desceu uma posição em relação à posição ocupada neste ranking em 2005, ocupando agora o 15º lugar, ape-sar de ter como pontos fortes a relação qualidade/preço dos es-critórios (2º lugar) e o custo de mão-de-obra qualificada (5º lu-gar). Segundo a C&W, a capital portuguesa é considerada a 11ª cidade que mais tem feito para se promover como localização de negócios.

Lisboa é a segunda cidade com melhor relação qualidade/ preço em escritórios

Além disto, Lisboa subiu duas posições em relação à disponibi-lidade de escritórios, passando da 11ª posição para a 9ª. Foram ain-da registadas outras duas subidas no que respeita à qualidade de vida dos trabalhadores e qualida-de do ambiente, com a cidade a subir uma posição em ambas as categorias, ficando a ocupar o 10º lugar.

Relativamente a descidas, e de acordo com o European City Monitor, Lisboa perde 3 posições no ranking relativamente à mão-de-obra qualificada (31ª posição), desce 5 posições em relação à qua-lidade das telecomunicações (29º lugar) e desce também 7 lugares no que respeita a línguas faladas (30º posto).

Page 41: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

oferecem, tornando-se um factor de competitividade, fundamental para a sobre-vivência no mundo dos negócios”.

Este II Fórum Empresa-rial terá lugar no Auditório do I.S.C.S.P. – Instituto Superior de Ciências So-ciais e Políticas -, num Pro-grama que decorre entre as 9,30h e as 18,30h, dirigido a empresários, quadros de

empresas, responsáveis de projecto e empreendedores, entre outros.

Os participantes poderão, atra-vés de debate, analisar os condi-cionalismos e os desafios que se colocam hoje a qualquer empresa, e reflectir, através da experiência de casos reais, sobre as imensas oportunidades de criação e desen-volvimento de negócios em todos os sectores de actividade.

Mulheres empresárias debatem desafio do empreendedorismo

empreendedorismo e inovação estão ao alcance de todas as em-presárias, mesmo das micro e pe-quenas empresas. Fundamental é, segundo a sua presidente, Ana Bela Pereira da Silva, “dar-lhes o apoio e as ferramentas de trabalho que promovam o espírito empre-endedor e a inovação nas empre-sas, desde os processos de gestão até aos produtos e serviços que

É já no próximo dia 12 de Outubro que se realiza o II Fórum Empresarial das Mulheres Portuguesas, sob o tema “Empreendedoris-mo e inovação”, numa ini-ciativa da APME.

A APME – Associação Portuguesa de Mulheres Empresárias – tem entre os seus objectivos e missão a promoção do empreen-dedorismo, bem como a aposta na inovação como forma de desenvolvimento do tecido empresarial português, especial-mente no que se refere às micro e às pequenas e médias empresas, responsáveis que são pela existên-cia de mais de 50% do emprego e de mais de 42% da criação de riqueza.

A APME visa, com a realização deste Fórum, demonstrar que o

Adere-Minho apoia integração de imigrantes de Leste

A Adere-Minho - Associação para o Desenvolvimento Regio-nal do Minho assinou, na Asso-ciação Comercial de Braga, um protoloco de parceria no âmbito da implementação projecto FIC na região, envolvendo o Grupo EGOR – Pessoas & Negócios (entidade promotora do projec-to a nível nacional), a Associação Comercial de Braga, a Casa de Leste – Associação de Solidarie-dade Social, e a Cruz Vermelha Portuguesa.

O FIC é um projecto pioneiro em Portugal, que visa o reforço da competitividade das nossas empresas, através da integração de trabalhadores provenientes dos países do Leste Europeu. No âmbito do FIC são desen-volvidas medidas e acções que procuram, no essencial: dotar os trabalhadores imigrantes de Leste de competências de comu-nicação e de integração sócio-la-boral; identificar e certificar as suas reais competências técni-co-profissionais; sensibilizar os empresários e os gestores para as exigências e para as vantagens da gestão multicultural; constituir uma bolsa de emprego específica para este público-alvo, a disponi-bilizar às empresas.

Pagamento de renda facilitado

A Associação Lisbonense de Proprietários disponibilizou no segundo semestre deste ano uma nova modalidade de pagamento das quotas através da rede Mul-tibanco.

Já a partir do corrente mês de Outubro alarga esta facilidade à cobrança de rendas dos imóveis por ela administrados, poupando assim aos inquilinos que prefiram este meio de pagamento incó-modas deslocações pessoais ALP - por vezes morosas por afluxo excessivo de pagadores no iní-cio do mês - ou os gastos com a emissão e o envio de cheques pelo correio.

Desse aviso consta a data-limi-te para pagamento da renda, ou seja, oito dias após o primeiro dia útil do mês anterior àquele a que disser respeito

O talão da máquina, agrafado ao aviso-recibo, faz prova, para todos os efeitos, do seu pagamen-to dentro do prazo legal.

PUB

Ensaios inéditos de fiscalidade galardoados

Já são conhecidos os vencedores

do Prémio 40 Anos da Associação Fiscal Portuguesa, iniciativa patro-cinada pela Deloitte e pela Livra-ria Almedina. Os vencedores do Prémio, a que concorreram treze trabalhos de alto gabarito, foram, ex-aequo, Manuela Duro Teixeira, com o trabalho “A determinação do lucro tributável dos estabeleci-mentos estáveis de não residentes”, e Bruno Santiago, com o trabalho “O Princípio da Não-Discrimi-nação no cruzamento do Direito Fiscal Internacional com o Direito Fiscal Comunitário”

Foram atribuídas duas menções honrosas, a José Maria Fernandes Pires, pelo trabalho “Por um con-tencioso tributário de plena juris-dição”, e António Fernandes de Oliveira, pelo trabalho “A residên-cia, a fonte e a tributação”. Recor-de-se que este prémio é destinado a galardoar o melhor ensaio inédito relativo a matérias de Fiscalidade.

sexta-feira, 06 Outubro de 2006 41ASSOCIATIVISMO

Page 42: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

Mecenato

Danças conventuais A Fundação Henrique Leote leva, pelo quinto ano consecutivo, a dança contemporânea ao espaço do Convento de S. Paulo, em Redondo, no Alentejo. Tablao do Fado é o tema do espectáculo que estará em cena nos dias 6 e 7 de Outubro. Até ao final do mês, as actividades de mecenato da Fundação incluem ainda uma exposição de pintura, da autoria de Clara Martins, e uma mostra de fotografia.

Lançar as mãos à obra, fazer coisas e ajudar a construir projectos de apoio à arte e à cultura é o que move Henrique Leote, criador da Fundação com o mesmo nome. Cons-tituída em 2000, o seu objectivo é o estudo, recuperação e desenvolvimento da identidade cultural das populações raianas, em especial dos naturais e residentes no concelho de Redondo. É também o estudo, divulgação, discussão, conciliação, acompanhamento e interligação de temáticas relacionadas com o fenómeno fronteiriço, no âmbito do Desenvolvimento Regional, Ambiental e Universidade do Futuro e gestão e rentabilização do seu património.

No âmbito sócio-cultural, a Fundação promove no espa-ço do Convento de São Paulo uma programação artística regular de criação original, na área dos espectáculos, con-certos, exposições, livros, filmes, etc., em parceria com vá-rias entidades, nomeadamente a Amalgama Companhia de Dança, a Região de Turismo de Évora, a Fundação Obras de Évoramonte, a MEIAC em Badajoz e a Cartuja de La Casalla, Casalla de La Sierra – Sevilha.

Com cinco anos de programação sócio-cultural, a Fun-dação já promoveu 26 espectáculos de dança contempo-rânea, nove exposições de pintura de artistas nacionais e estrangeiros, e sete concertos de música clássica e canto.

Incluído na programação deste ano, o espectáculo Tablao do Fado estreou no passado dia 29 de Setembro, mas re-pete exibições nos dias 6 e 7 de Outubro (hoje e amanhã). É uma apresentação de dança contemporânea sem igual, que junta no mesmo espaço o movimento, o fado e o fla-

menco. O palco é a Igreja Velha do Convento, um espaço datado do Século XII, num cenário que transporta o es-pectador numa autêntica viagem no tempo. Os bailarinos da Amálgama Companhia de Dança, uma das actividades apadrinhada pela Fundação Henrique Leote, apresentam-se uma vez por ano, sempre com uma experiência temática diferente, naquele que é o seu recanto por excelência: o Espaço Arcana, nome escolhido pela Fundação para o local onde confluem as diversas artes, no ambiente privilegiado do Convento de S. Paulo, no Redondo.

Ainda no âmbito da promoção cultural do Espaço Arca-na, estará patente ao público uma exposição de fotografia, sob a temática da dança e os “5 anos de Amalgama no Con-vento”, até 5 de Novembro. Em paralelo, o Convento de S. Paulo promove uma exposição de pintura, da autoria de Clara Martins. “A mulher que comia estrelas” é o tema de base a todas as obras expostas. A pintora nasceu em Angola, em 1973, e divide o seu tempo entre Portugal e Austrália, onde vive e trabalha. É bacharel em Belas-Artes pelo Col-lege of Fine Arts da University of New South Wales (Aus-trália), tendo concluído o mestrado em Arte, pela mesma Universidade.

No dia 4 de Novembro, a Tertúlia “Conquista-me” chega ao Convento. Este pretende ser um novo espaço de progra-mação da Amalgama, de carácter informal e de partilha. Parte de uma temáica, uma peça em contrução, que per-mite a existência de pequenas e soltas intervenções, nas di-ferentes áreas artísticas ligadas ao mesmo, podendo ou não

O livro referente a 2006 aca-bou de sair e nele constam as 34 marcas de excelência presentes no mercado nacional. E surpresa das supresas, muitas delas são de origem portuguesa.

Este é um r e c o n h e c i -mento que é atribuido anualmente pela Super-brands, e que é baseado no domínio de mercado, na longevidade, na fidelização, na aceitação e no goodwill. Este ano as s e g u i n t e s marcas rece-beram orgu-lhosamente o tão desejado prémio: Bom Petisco, Bri-sa, CIF, Clix, Continente, CTT, Delta, Dove, EDP, Galp, Gazela, Halibut, Jogos Santa Casa, Lanidor, Limiano, Luso, McDonald’s, Medis, Millennium bcp, Optimus, Pedras Salgadas, Portugal Telecom, Público, Re-max, Sagres, Securitas, Sport Lisboa e Benfica, Super Bock,

interagir com o público, e com os intervenientes entre si. São actividades diferentes, mas com o mesmo cunho

pessoal da Fundação Henrique Leote. O mecenato é aqui uma espécie de cana de pesca, como gosta de ilustrar o seu fundador. A Fundação promove os espectáculos e ex-posições, comparticipa na elaboração de catálogos e na sua divulgação, mas o resto é trabalho de cada artista ou grupo de artistas. O sucesso depende do seu empenho e vontade.

No âmbito da divulgação do património cultural da zona raiana do país, a Fundação lançou, em Outubro de 2004, um livro sobre a história da azulejaria do Convento de São Paulo, da autoria da Professora Luísa Arruda e da Professo-ra Teresa Campos Coelho. Situado numa das encostas da Serra d’Ossa, é um edifício de imponente traça arquitectó-nica, fundado em 1182 e remodelado sucessivamente até 1796, em que se destacam duas fontes florentinas, e mais de 54 mil azulejos datados de 1640 a 1810.

O Convento foi sede da Congregação dos Monges de Jesus Cristo da Pobre Vida, ordem de São Paulo Eremi-ta, mas a sua existência é oriunda de tempos mais longín-quos, cuja tradição remonta a 315, com os santos homens acompanhando as tropas de Sertório em guerra contra os Romanos.

A Fundação possui ainda um importante acervo de mó-veis, quadros, livros e colecções diversas, que podem ser visitadas e que estão devidamente inventariadas.

FÁTIMA FERRÃO/SENTIDO DAS LETRASredacç[email protected]

sexta-feira, 06 Outubro de 2006MARCAS, MARKETING E PUBLICIDADE42

Superbrands distingue 34 marcas

“My Search·”, da Rip CurlQuando o assunto é o surf, o

target de qualquer marca torna-se mito específico. A Rip Curl, que já está no mercado desde 1969, e facturou 100 milhões de euros a nível europeu, procura agora diversificar o seu negocio em ter-mos de consumidor.

Se anteriormente a mensagem difundida pela marca era “The Search”, este ano foi alterada para “My Search”. Isto porque, por um lado, pode ser adaptada a qualquer meio, por outro, porque permite uma maior interacção e aproximação com o consumidor, sem esquecer o facto de poder ser utilizada para todo o tipo de tar-gert (homem, senhora e criança). A Rip Curl desde sempre apostou numa estratégia integrada, utili-zando a mesma mensagem para todos os tipos de meios, quer seja televisão, imprensa, ou material de ponto de venda.

Na campanha de publicdade, ao nível da televisão, a Rip Curl decidiu-se pelas parcerias com a MTV e a Eurosport, de forma a criar um impacto pan-europeu. São dois canais cujo target se as-semelha ao consumidor do Rip Curl. Só para se ter uma ideia, em Junho a marca lançou dois anúncios, com 500 spots na MTV. A aposta incide em atletas que servem de modelos para os adeptos do desprto, procurando proporcionar experiências dis-tintas. Tendo por base “My Se-arch... every rider has a story to sell... as well as a trip”, a marca criou dois anúncios, com Mick

Fanning, que disputa os lugares cimeiros do ranking mundial de surf e que procura sempre alcançar mais e melhor na com-petição, e Elise Guarrigue, uma francesa a residir no Hawai e que vive o surf como uma busca pela melhor onda, procurando achar novos locais e encarando essa via-gem como uma descoberta. Esta é, aliás, uma das maiores apostas, dado que a marca verificou que o segmento feminino tem estado a crescer a bom ritmo. Hoje em dia as vendas ainda estão repartidas com vantagem para os homens (60%), no entanto, nas regiões urbanas, o caso muda de figu-ra. Em cidades como Londres, Paris, nos centros comerciais, as mulheres adquirem tantos podu-tos como os homens.

Em termos de comunicação a marca não pretende ficar-se pelos meios tradicionais. Os eventos, onde se alia o desporto à música,

já provou ser um trunfo certeiro na conquista dos jovens. Pelo que a Rip Curl tenciona manter esta estratégia, tendo já programado para Fevereiro do próximo ano um mega-evento de 15 dias nos Himálias.

Mas este ano há uma inovação ao nível da comunicaçao. A mar-ca está a investir forte no online. Pela primeira vez criaram uma secção dedicada ao My Search no website da empresa (www.ripcurl.com/mysearch) que é acompanhada por uma cam-panha de marketing online. A adicionar a isto, desenvolveram um Wiki (blog da nova geração) para os surfistas com todo o tipo de informações necessárias à prática desse desporto. Desde a localização das melhores ondas, onde adquirir equipamento.... Porque a ideia é criar uma relação interativa entre os consumidores e a Rip Curl.

Toblerone, Via Verde, Visão, Vi-talis, Vodafone e Worten.

Convém notar que houve empresas a receber mais do que

um prémio. Foi o caso da Brisa, onde quer a organziação quer o produto foram distinguidos. O grupo Unicer, por seu lado, viu três das suas bebidas destingui-das, sendo que este foi o terceiro prémio consecutivo ganho pela Super Bock.

Page 43: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

Cisco humaniza logótipoGate associada. A renovação da imagem agora apresentada passa mais pela mudança no posicio-namento do que pela alteração do logótipo. Este mantém as suas

cores originais, o azul e o

vermelho, mas a simples altera-ção do tipo de letra torna-o mais leve, mais inovador e capaz de trazer um maior reconhecimento e compreensão da marca para o

Ao fim de vinte anos com a imagem que lhe deu nome, a Cisco Systems

apresentou esta semana a nova identidade corporativa, fruto de uma humanização da companhia e da entrada em força no mer-cado de consumo. “Wel-come to the human network” é a frase que assina a nova campanha de pu-blicidade e ma-rketing da Cisco que, ao fim de 22 anos de actividade, altera pela primeira vez a sua imagem. Nascida de uma “start-up” criada por dois pro-fessores da Califórnia, a empresa que chegou, em 2000, a ter a maior capitalização bolsista do mundo, tem um nome que deriva da abreviatura de S. Fran-cisco, com a imagem da Golden

ABCozinhaPara quem está a dar os primei-

ros passos na cozinha, o Institu-to Culinário Vaqueiro (ICV) dá

uma ajudinha. O livro ABCozi-nha está cheio de receitas práticas e fáceis. Porque a ideia é dar as bases sobre o que ter na cozinha (despensa/frigorífico, utensílios), assim como fornecer alguns mé-todos de cozedura assim como truques e dicas. E como o objec-tivo é maximizar a sua utilização, vem em formato de argolas e com uma capa de fácil limpeza.

Receitas por SMS

A Vodafone acabou de lançar mais um serviço: o Menu do Chef. Através de uma parceria com a cadeia Lágrimas Catering, o utilizador poderá ter acesso a receitas simples mas requintadas, concebidas pelos chefes dos res-taurantes da cadeia.

A sugestão tem uma periodi-cidade semanal e disponibiliza a receita, os ingredientes e a prepa-ração de um prato principal. Para quem quiser algo mais completo terá de aceder ao site e visualizar os menus (entrada, prato princi-pal, sobremesa e vinho). O custo é de 50 cêntimos por mensagem. Já o acesso aos menus ficará por 25 cêntimos.

Quinta de Pancas com novo fôlego

A Companhia das Quintas, holding administrada por Miguel Azevedo, é desde Maio a proprie-

tária da Quinta de Pancas. Si-tuada na região da Estremadura, Alenquer, esta quinta dispõe de um microclima que a torna ideal para a produção de vinhos tintos, de castas nobres, ao contrário do que acontece na-quela região em geral. Os vinhos daquela quinta já receberam vários prémios interna-cionais, o mais recente dos quais o Quinta de Pan-cas Premium, que recebeu o título

de Melhor Vinho Tinto Estrema-dura da Revista de Vinhos, com 18 valores.

PUB

Vitalis premiada

A Vitalis foi uma das três mar-cas finalistas no concurso realiza-do durante o Congresso Mundial de Águas Engarrafadas, em Itália, promovido pela Zenith Interna-tional. O concurso “Bottled Wa-ter World Design awards” pre-meia as actividades de marketing mais inovadoras a nível mundial e a Vitalis Sabores foi à final da categoria “Best screen advertising campaign”.

O filme apresentado pela mar-ca nacional, denominado “Cheios de vida”, pretende mostrar o po-der revitalizante de nova gama sa-bores Vitalis. Com a duração de 30 segundos, apresenta um jovem urbano e moderno, que leva con-sigo uma garrafa Vitalis Limão & Magnésio enquanto anda pela ci-dade de bicicleta. Por onde ele pas-sa, tudo “ganha vida”, ao ritmo de uma música alegre e apelativa. Para conseguir um ambiente constante de revitalização, grande parte das situações que compõem o filme vi-vem da animação feita em 3D.

sexta-feira, 06 Outubro de 2006 43MARCAS, MARKETING E PUBLICIDADE

consumidor. Este último ponto é aquele que a empresa conside-ra mais relevante, uma vez que pretende chegar cada vez mais perto do consumidor final. Car-

los Brazão, director-geral da Cisco Portugal, explica

que a “estratégia da empresa passa

por transmi-tir a ideia de uma Cisco mais madura e a progredir numa nova fase de cres-cimento”.

E parte deste cres-c i m e n t o deve-se, pre-

cisamente, à aquisição de três empresas, nos últimos três anos, cujos produtos personificam a aproximação ao retalho e ao con-sumidor final.

Page 44: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037
Page 45: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

Eurodólar (Fecho) (03.10) 1,2737 Var. Semana 0,33%Var. 2006 7,97%

Euro Libra (Fecho) (03.10) 0,6742 Var. Semana 0,70%Var. 2006 -1,62%

Euro Iene (Fecho) (03.10) 149,86Var. Semana 1,37%Var. 2006 7,89%

INDICES

PSI 20 (Fecho) (03.10) 10333,26Var. Semana 2,38%Var. 2006 20,34%

Dow Jones (Fecho) (03.10) 11740,43Var. Semana 0,69%Var. 2006 9,63%

Nasdaq (Fecho) (03.10) 1643,89Var. Semana -0,92%Var. 2006 -0,08%

Ibex (Fecho) (03.10) 12860,5Var. Semana 1,93%Var. 2006 19,81%

Dax (Fecho) (03.10) 5992,22Var. Semana 0,04%Var. 2006 10,80%

CAC40 (Fecho) (03.10) 5219,79Var. Semana -0,44%

Var. 2006 10,70%

MercadosEDP

+32,31%desde o início

do ano

PT

+14,62desde o início

do ano

Galp em bolsa até ao final de Outubro

PUB

PSI20

CÂMBIALEURODÓLAR

Euribor 6m (Fecho) (03.10) 3,5820Var. Abs. Semana 0,0510%Var. Abs. 2006 0,9450%

Euribor 3m (Fecho) (03.10) 3,4350Var. Abs. Semana 0,0670%Var. Abs. 2006 0,9470%

Euribor 1Y (Fecho) (03.10) 3,7350Var. Abs. Semana -0,0590%Var. Abs. 2006 0,8910%

MONETÁRIOEURIBOR 6M

Petróleo (Brent) (03.10) 55,67Var. Semana -3,88%Var.2006 -5,16%

Ouro (Fecho) (03.10) 580,90Var. Semana -3,57%Var. 2006 12,32%

Prata (Fecho) (03.10) 11,56Var. Semana -4,08%Var. 2006 12,74%

MERCADORIASPETRÓLEO

10 200

10 250

10 300

10 350

10 400

27/10 28/10 29/10 2/10 3/10

1.2650

1.2675

1.2700

1.2725

1.2750

27/10 28/10 29/10 2/10 3/10

3.55

3.56

3.57

3.58

3.59

27/10 28/10 29/10 2/10 3/10

54.00

56.00

58.00

60.00

62.00

27/10 28/10 29/10 2/10 3/10

sexta-feira, 06 Outubro de 2006 45

4% SUPERDEPÓSITO MÁXIMA REMUNERAÇÃO A PRAZO (NOVOS CLIENTES)

TAE DA EURIBOR A 3 MESES PARA O MONTANTE REMANESCENTE E RENOVAÇÕES. PODE SER ALTERADA EM FUNÇÃO DAS CONDIÇÕES DE MERCADO.

Gestora lança terceira geração de produtos de investimento

Fidelity quer liderar mercado português

Vida Económica - Há quanto tempo está a Fidelity em Portu-gal? Qual o balanço que faz da actividade da Fidelity em Portu-gal?

Rafael Febres-Cordero – Iniciá-mos com uma sucursal em Agosto de 2005 e, neste momento, temos já cerca de 150 fundos registados no mercado português através da Fide-lity Funds SICAV, Fidelity Funds II SICAV e Fidelity Multi-Manager SICAV. A Fidelity está fortemente empenhada no mercado português e o nosso objectivo é tornarmo-nos um dos líderes do mercado portu-guês de investimento.

VE – Porquê a aposta neste mercado?

RFC - No ano passado, levámos a cabo um estudo que revelou que 73% dos portugueses que estão a preparar a sua reforma fazem-no exclusivamente através de depósitos a prazo. Isto demonstra que não há ainda consciência da necessidade de diversificar e de investir no lon-go prazo em diferentes classes de activos. Como é sabido, se poupar apenas através de depósitos a prazo tenderá, devido à inflação, a perder poder de compra, dado que esta taxa é normalmente mais elevada que as taxas de juro. Particularmente no que diz respeito à poupança para a reforma, é fundamental potenciar os activos através de produtos de inves-timento. Os fundos de investimento

são uma alternativa acertada porque o dinheiro do investidor é distribu-ído por acções e títulos de um vasto leque de empresas, diversificando o portfolio de investimento e reduzin-do o risco associado. Para além disto é importante referir que a maioria dos fundos colectivos beneficiam do conhecimento e da experiência de um gestor profissional. Agora mais do que nunca, os portugueses devem perceber a importância de recorrer a produtos de investimento de forma a prepararem o seu futuro. Nós estamos empenhados em aju-dar os portugueses neste desafio.

VE - Como são distribuídos os fundos?

RFC - A Fidelity não tem canais directos de distribuição em Portu-gal mas sim acordos de distribuição com cinco parceiros: Banco Best, Activobank, BIG, Deutsche Bank e Millennium BCP. Disponibiliza-mos também soluções de investi-mento para fundos de pensões de empresas e outros investidores ins-titucionais.

VE – Lançaram, recentemen-te, o MultiManager. Quais são as suas principais características?

RFC - A gama MultiManager é a terceira geração de produtos de in-vestimento a ser lançada pela Fide-lity. Para explicar de forma simples, são fundos de fundos que investem principalmente em fundos de in-

vestimento de outras sociedades gestoras, conjugando-os num único produto.

Estes fundos são uma evolução natural de produtos de fundos de fundos como os Target Funds e a gama FPS (Fidelity Portfolio Se-lector), produtos que investem em fundos próprios da Fidelity.

O que estamos agora a lançar é uma SICAV de 12 novos produ-tos multigestor. Estes fundos estão agrupados em cinco famílias: Multi-Asset, High Alpha, Specialist Sector e Emerging Market, com uma gama que vai desde um Global High In-come Fund a um Natural Resources Fund. São dirigidos a uma classe de investidores que procura um portfo-lio diversificado mas que não tem conhecimento nem tempo para ge-rir uma carteira com muitas alterna-tivas, com tanta diversidade. Alguns dos fundos são também dirigidos a clientes institucionais que procuram uma exposição diversificada a um sector específico do mercado (por exemplo: European Property ou Na-tural Resources), mas que não dis-põem dos recursos, do conhecimen-to ou dos meios para o conseguir. Pretende-se assim que os fundos MultiManager venham a comple-mentar a nossa gama de produtos disponíveis quer para distribuidores, quer para clientes institucionais.

VE - O que está por detrás do conceito?

RFC - Os mercados são cíclicos por isso é muito difícil para um só gestor de fundos obter bons resulta-dos de forma consistente num mer-cado constantemente em mudança. A combinação de portfolios permite a junção de diferentes estilos, o que pode aumentar a probabilidade de obter melhor retorno ao longo do tempo com diversificação do risco de investimento.

Os nossos gestores de carteira MultiManager procuram cons-tantemente os melhores gestores e combinam os seus fundos de forma diversificada assegurando que não existe correlação entre si. No fundo, o que eles procuram é criar um por-tfolio que ofereça uma performance acima da média com um risco infe-rior ao inerente a um só gestor.

VE - Quem vai comercializar estes produtos?

RFC - O nosso primeiro distri-buidor é o Activobank7.

VE - Estão a pensar alargar a distribuição a outros bancos?

RFC - Uma vez que a Fidelity não tem um canal de distribuição em Portugal, qualquer novo fundo ou nova gama tem que ser vendido através de um distribuidor autoriza-do. O Activobank7 foi o primeiro banco a solicitar e obter a autoriza-ção da CMVM para esta gama de fundos.

BÁRBARA [email protected]

“73% dos portugueses que estão a preparar a sua reforma fazem-no exclusivamente através de depósitos a prazo”, refere Rafael Febres-Cordero .

“A Fidelity está fortemente empenhada no mercado português e o nosso objectivo é tornarmo-nos um dos líderes do mercado português de investimento”, revelou à “Vida Económica”, Rafael Febres-Cordero, Managing Director da Fidelity para a Europa do Sul. Para tal disponibiliza, em Portugal, uma oferta alargada de fundos de investimento através de cinco parceiros: Banco Best, Activobank, BIG, Deutsche Bank e Millennium BCP.

PT +14,62%

EDP + 32,31%

Page 46: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

Golden Broker defende

EDP e Brisa podem valorizar entre 5% e 10%

A EDP e a Brisa poderão valorizar entre 5% e 10% até ao final do ano, par-tindo dos fechos do mês de Setembro. Estes são os títulos nacionais escolhidos pela Golden Broker como os que melhor poderão beneficiar da actual con-juntura na Europa (bom clima económico e onda de fusões e aquisições) e resis-tir a uma desaceleração da economia americana que poderá vir a acentuar-se até final de 2007.

“A possibilidade de abrandamento económico nos EUA é o risco sério para as valorizações dos principais índices bolsistas

mundiais, pelo que a se-lectividade é especialmen-te recomendada”, defende Alexandre Mota, analista da Golden Broker, na análise men-sal de Se-tembro.

Para esta c o r r e t o r a , as movi-mentações em termos de fusões e aqu i s i çõe s deverão con-tinuar a animar alguns tí-tulos europeus e nacionais, especialmente no sector eléctrico e banca, acrescen-

do ainda o facto da tradi-ção de boas valorizações no último semestre do ano.

Os mercados bolsistas estarão con-dicionados pelo clima recessivo que se adivinha, mas tam-bém pelas c o n d i ç õ e s de liquidez menos fa-voráveis ao investimen-to. “Na Eu-

ropa, é possível que o BCE suba taxas de juro até 3,5% em 2006, respondendo à melhoria generalizada da

confiança dos agentes eco-nómicos, mas, a confirmar-se uma crise na economia americana, é natural que a Europa também sofra, principalmente se a moeda única valorizar excessiva-mente face ao dólar, como tem acontecido recente-mente face ao iene”, expli-ca o mesmo responsável. Se este cenário se verificar, a Golden Broker defende que o ano de 2007 será muito difícil para as bol-sas em geral, especialmen-te para a americana, mas também para as europeias, sobretudo em sectores mais expostos ao comércio inter-nacional.

Galp em bolsa até ao final de Outubro

A Galp vai entrar em bolsa prevendo-se que a operação ocorra até ao final deste mês de Outubro. Após vários obstáculos ultrapassados, ainda há um que se coloca: o diferendo entre o Estado e os accionistas privados em torno da nomeação do CEO da empresa. Américo Amorim propõe Ferreira de Oliveira para ocupar o lugar de José Marques Gonçalves, enquanto o Governo de-fende a manutenção deste responsável. Todas as dú-vidas desaparecerão com o conhecimento do prospecto informativo da operação.

O preço é também uma incógnita. O Governo refe-riu, recentemente, que está “a aguardar o relatório final da Comissão de Acompa-nhamento das Privatizações para definir o intervalo de preços das acções”. De no-

tar que, quando o intervalo de preço estiver definido, a Galp Energia tem de in-cluir esse valor no prospec-to e entregar na entidade reguladora do mercado de capitais (CMVM).

Empresa lança campanha de divulgação da OPV

A Galp já iniciou a cam-panha de divulgação da Oferta Pública de Venda (OPV) com o lema “Entre no negócio da energia posi-tiva”. Iniciou com balões cor de laranja para despertar a curiosidade e colocou tam-bém vários anúncios com o mote “Prepare-se para entrar no negócio da energia posi-tiva”. O objectivo é que os investidores aproveitem esta oportunidade para entrar no capital da empresa.

WWW.FINIBANCO.PTO Finibanco é um dos mais proeminentes pequenos bancos nacionais, no sentido de que, é dentre os bancos de menor dimensão dos que maior implemen-tação têm no terreno, cobrindo através do banco e das suas associadas a generalidade dos segmentos de oferta de produtos e serviços financeiros. Isto é, o Finibanco é, desde a sua origem, um banco que contempla a captação de depósitos e a

concessão de crédito a empresas e a particulares, incluindo o crédito especializado ao consumo e à habitação ou ALD e leasing, os serviços de tesouraria e meios de pagamento; mas também Inclui a pres-tação de serviços de assessoria financeira, research e corretagem de valores mobiliários e abrange a gestão de activos financeiros individuais (serviço personalizado) e colectivos (fundos de investimento mobiliário e imobiliário).Atendendo às características do Finibanco, que se encontra espalhado por todo o País, é da maior importância o contacto com os clientes, por isso, desde o início, apostou no desenvolvimento de múltiplos canais de acesso deixando ao cliente a possibilidade de escolher o que melhor lhe convir em cada momento. O grupo possui uma rede de 115 agências, distribuídas por todo o País, com mais de 300 promotores de negócio; banca telefónica, disponível 24 sobre 24 horas; um Canal Extranet, entre a associada Finicrédito e os pontos de venda mais significativos com os quais têm acordos; uma Rede de ATM/POS, que constitui um canal partilhado com o sector financeiro; e um serviço de “home-banking” via Internet e um serviço de corretagem “on-line” via Internet. Através do site aqui divulgado os ciberinvestido-res/aforradores podem aceder aos canais de ligação via Internet do Finibanco, o que implica aceder e interagir com o grupo financeiro (e não só banco) a partir deste site. Acresce ainda que, mesmo que não seja cliente através do site, e de uma forma intuitiva, poderá ficar a conhecer com pormenor a realidade do Finibanco de Álvaro Costa Leite.

“Fusões e aquisições deverão continuar a animar alguns títulos.”

NET.INVESTIDOR

sexta-feira, 06 Outubro de 2006MERCADOS46

8H30 Recepção dos participantes. Distribuição de documentação

9H00 Intervenção do Exmº Sr. Presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Sr. Dr. Élio Maia

9H15 As parcerias público-privadas e o poder local: oportunidades, perspectivas e desafios Dr. Jorge Abreu Simões

11H00 Debate moderado pelo Prof. Dr. António Vilar, advogado

11H30 Coffee break

11H45 O financiamento das parcerias público-privadas Dr. Daniel Amaral, Caixa Banco de Investimento

12H30 Debate moderado pela Dra. Sílvia Ferreira, advogada

13H00 Almoço

14H30 Parcerias público-privadas: mais do que uma forma de financiamento, um modelo de eficiência Dr.ª Bárbara Costa Pinto, BPI

15H30 Experiências municipais em parcerias público-privadas Eng. José Macário Correia, Presidente da Câmara Municipal de Tavira

16H30 Coffee break

17H30 Debate

18H30 Conclusões e encerramento

Seminário

PARCERIAS PÚBLICO PRIVADASDesafios e oportunidades para os Municípios

AVEIRO, 19 de Outubro

de 2006

AUDITÓRIO DA ASSEMBLEIA

MUNICIPAL DE AVEIRO

INFORMAÇÕES: VIDA ECONÓMICA (Ana Maria Vieira) R. Gonçalo Cristóvão, 111 - 6º Esq.

• 4049-037 Porto • Telf: 223 399 457/00 • Fax: 222 058 098 • E-mail: [email protected]

Empresa: __________________________________________ No Contribuinte: _______________________Nome: ______________________________________________ Função _______________________________Morada : ________________________________ Código Postal ______________________________________Telf: _____________Telm: __________________ Fax: ________________ Email: _______________________

Para o efeito anexo cheque no ______________________ , sobre o Banco ___________________no valor de ________________________________________________€.

Debitem ______________ €, no meu cartão Visa/Mastercard, emitido em nome de com o no __________________ , código de segurança _____________________________Válido até _____ / ______ / _______ Assinatura ________________________________________________

Preço: 150€ (Almoço incluído)Inscrições limitadas

aos lugares disponíveis a atender por

ordem de chegada

(preço com IVA incluído)

APOIO INSTITUCIONAL

Organização:

Apoio:

Câmara Municipal de Aveiro

Page 47: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

TAXA DE JURO COMISSÕES ** ENCARGOS COM REFORMA

BES Euribor + (1,25% a 10%)* 0,66% (min: 7,55 J.; máx: 500 J) 0,66% (min: 7,55J.; máx: 500J)

Banif 6% a 8%* 0,25% (mín: de 6 J; máx: 50 J) 0,25% (mín: de 6 J; máx: 50 J)

Barclays 11% 0,66% (mín: de 8,5 J; máx: 75 J) 0,66% (mín: de 8,5 J; máx: 75 J)

BPI Euribor + 5,75%* 0,65% (min: 4,10 J.; máx: 52,5 J) 0,65% (min: 4,10 J.; máx: 52,5 J)

CGD Euribor 3M + (0,25% a 3,25%)* 0,65% (min: 5 J + I.S.; máx: 79,66 J + I.S.) 0,65% (min: 5 J + I.S.; máx: 79,66 J + I.S.)

MG Euribor 3M + 6,25%* 0,50% (min: 20,00 J + I.S.; máx: 100 J + I.S.) 0,50% (min: 20,00 J + I.S.; máx: 100 J + I.S.)

Millennium bcp Euribor 3 M + 13,5%* 0,66% (mín: de 7,5 J; máx: 75 J) 0,66% (mín: de 7,5 J; máx: 75 J) + 3 J

Santander Totta n.d. 0,66% (mín: de 8,45 J; máx: 79,62 J) 41,20 J

Em Setembro, o FMI reviu em alta as pre-visões de crescimento da economia mundial para 2006-2007, em resultado de uma apre-ciação mais favorável do desempenho eco-nómico na maioria das regiões no primeiro semestre de 2006. A taxa de variação anual do PIB mundial foi revista em alta quer em 2006 quer em 2007, relativamente às previ-sões de Abril, de 4,9 para 5,1% em 2006 e de 4,7 para 4,9% em 2007.

Segundo o FMI, os riscos para o crescimen-to económico global são no sentido descen-dente. O Fundo refere como principais riscos a intensificação de pressões inflacionistas, a possibilidade de novos aumentos do preço do petróleo no contexto da manutenção das tensões geopolíticas, e receios de um arrefe-cimento mais rápido do que o esperado do mercado da habitação nos Estados Unidos com consequências negativas para a activi-dade económica mundial. No que respeita à inflação, o FMI reviu em alta a taxa de varia-ção dos preços das economias avançadas para 2,6% em 2006 (2,3% em Abril) e para 2,3% em 2007 (2,1% em Abril).

Os Estados Unidos, no entanto, abran-daram o seu passo no segundo trimestre de 2006, com o PIB a aumentar 0,7% em ter-mos de variação em cadeia e 3,6% em termos homólogos. Nos três meses terminados em Agosto, as vendas a retalho registaram um crescimento em cadeia de 0,8%, idêntico ao do segundo trimestre, tendo desacelerado

em termos homólogos de 6,6%, no segundo trimestre, para 5,6%. No mesmo período, a produção industrial manteve o crescimento de 1,6% face aos três meses anteriores, ace-lerando ligeiramente em termos homólogos para 4,9%.

Atendendo a este cenário e face a Abril, o FMI manteve inalterada em 3,4% a estima-tiva de crescimento para a economia norte-americana no conjunto do ano. Para 2007, o FMI reviu em baixa o crescimento do PIB para 2,9% (menos 0,4%), em resultado do arrefecimento esperado do mercado de habi-tação.

Japão em crescendo

De acordo com a estimativa das contas nacionais, o crescimento em cadeia do PIB no Reino Unido no segundo trimestre si-tuou-se em 0,8% e o crescimento homólogo em 2,6%. O consumo privado e o consumo público registaram uma significativa acelera-ção face ao trimestre anterior, o que resultou num aumento do contributo da procura in-terna. O contributo das exportações líquidas para o crescimento da actividade aumentou 0,2%, para -0,1%.

Face aos três meses anteriores. a produção no sector da indústria aumentou 0,2%, o que compara com uma variação nula no segundo trimestre, e face ao período homólogo regis-tou uma queda de 0,6% (-0,7% no segundo

trimestre). As vendas a retalho registaram al-guma moderação face ao segundo trimestre. Nos três meses até Agosto, o crescimento em cadeia situou-se em 1,5%. No mesmo perí-odo, a variação homóloga situou-se em 4%, o que compara com 3,5% no segundo tri-mestre. Em Agosto, a variação homóloga da inflação aumentou para 2,5%.

As previsões do FMI reviram em 0,2% o crescimento da actividade económica em 2006, situando-se agora em 2,7%. Para 2007 mantém-se a previsão de crescimento do PIB de 2,7%.

No Japão, a segunda estimativa de contas nacionais reviu em alta o crescimento homó-logo do PIB no segundo trimestre de 2,2% para 2,5%, mantendo-se inalterada a estima-tiva de crescimento face ao trimestre anterior em 0,2%. O FMI manteve praticamente inalteradas as previsões de crescimento da economia japonesa. Para 2006, o FMI prevê que o crescimento da actividade se situe em 2,7%. Em 2007, o ritmo de crescimento do PIB deverá moderar para 2,1%, na sequência da maturação do ciclo económico.

De acordo com o comunicado dos preços divulgado em Agosto, a variação homóloga do IPC diminuiu de 0,5% em Junho para 0,3% em Julho. A partir desta data, passou também a ser reportada uma nova série de inflação referente aos preços no consumidor excluindo bens alimentares e energia. A taxa de variação homóloga desta série situava-se em -0,3% em Julho.

OCDE optimista

A OCDE, no seu documento sobre pers-pectivas de crescimento dentro da OCDE e na economia mundial, deu conta que o cres-cimento global tem sido excepcionalmente

Estados Unidos e Reino Unido com projecções mais negativas, mas…

FMI revê em alta crescimento da riqueza mundialA economia mundial está em crescendo, mas, curiosamente, com a maior economia do Mundo, a norte-americana, em abrandamen-to. Mérito das economias asiáticas, mais do que as europeias, o que pode evidenciar uma rotação (conjuntural?) do centro da dinâmica económica mundial.

PUB

Mercado Cambial

Taxas de Juro

Commodities

R. Rainha Dª Estefânia, 246 – 11º -Sala 39 – 4150-303 PORTOTel. 22 609 5888 - Fax: 22 609 5933/36

[email protected]

R. Dr. Antº Loureiro Borges, 9 – 5ºB – 1495-131 ALGÉSTel. 21 324 1204 - Fax: 21 324 1209

[email protected]

sexta-feira, 06 Outubro de 2006 47MERCADOS

vigoroso, alimentando, em larga medida, os aumentos dos preços do petróleo e o das “commodities”. Este crescimento tem sido forte nos Estados Unidos e na maior parte da Ásia, parecendo no Japão ter-se consolidado com taxas modestas e na Área do Euro estar em recuperação.

Apesar dos aumentos do preço do petróleo, as expectativas de subidas gerais de preços a prazo mantêm-se controladas. Esta estabili-dade conjugada com o ímpeto de crescimen-to vindo das economias asiáticas e da ameri-cana, assim como o oriundo das aplicações dos rendimentos acrescidos dos exportadores de petróleo, permitirão ser a base para um dilatado período de crescimento mundial extensivo às convalescentes economias euro-peias.

As preocupações, relativas ao incremento dos desequilíbrios das finanças públicas e das balanças de transacções correntes na econo-mia americana e a gestão mercantilista das ta-xas de câmbio em várias economias asiáticas emergentes, com o objectivo de maximizar as suas quotas de mercado, contribuem para o incremento dos desequilíbrios, e exigem, cada vez com maior premência, o ajustamento das políticas macroeconómicas que ajudem a as-segurar um crescimento sustentável.

Segundo este relatório, a economia por-tuguesa começou a recuperar na primeira metade deste ano puxada pelas exportações e pelo consumo privado. O crescimento real do PIB deve aumentar em 2006 e 2007, mas, mesmo assim, ficando abaixo do crescimento médio da zona euro. A consolidação das con-tas públicas continua a ser o principal desafio da política económica, esperando-se que o défice diminua em 2005.

MARTIM PORTO

No desconto de letras, as taxas de juro e as co-missões aplicadas pela banca variam muito. Tudo vai depender do relacionamento do clien-te com o banco. Assim, as taxas apresentadas no quadro são referentes ao preçário base. Mesmo assim, há bancos mais competitivos que ou-tros. A CGD e o Mon-tepio Geral apresentam as taxas mais baixas. Por oposição, no Millennium bcp, a taxa aproxima-se dos 17%.

Em termos de comis-

TAXAS DE JURO ACIMA DOS 17% NO DESCONTO DE LETRAS

sões, o Banif, o BBVA e o Montepio Geral apre-sentam comissões mais baixas. Ao revés, Mil-lennium bcp, Barclays e Santander Totta têm as comissões mais elevadas. No entanto, convém re-ferir que todos os bancos estipulam mínimos e má-ximos para esta comissão. O Montepio Geral tem o mínimo mais caro e o BES tem o máximo mais elevado.

Em caso de reforma, os encargos são os mesmos na maioria dos bancos. Apenas o Santander Totta

Fonte: Bancos* as taxas são referentes ao preçário base. Qualquer uma é passível de negociação com o cliente, atendendo à sua relação comercial com o banco.** Letras domiciliadas e sem protesto

Page 48: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

sexta-feira, 06 Outubro de 2006MERCADOS48

timento, sem compensações equivalentes, nomeadamente em termos de risco.

O que importa, acima de tudo, analisar neste artigo é a base fundamental para este comportamento das “commodities”. De-vemos dizer que, à partida não sentíamos muita tendência para investir em “commo-dities”:

i) Por um lado, o comportamento histó-rico dos preços é de molde a assustar o mais frio e paciente investidor.

ii) Por outro lado, é muito difícil avaliar a generalidade das “commodities”, muito mais difícil do que por exemplo uma empresa ou uma taxa de cambio. Como avaliar o valor intrínseco do ouro, ou o seu valor de refúgio? Reservas de petróleo equivalentes a sessenta anos de consumo actual é muito ou pouco ?

iii) Finalmente, uma análise mais atenta dos preços nos mercados de futuros revela alguns fenómenos inexplicáveis. Referimo-nos expressamente ao facto de haver dispari-dades enormes de preços para as várias ma-turidades; por exemplo, em Setembro, no gás natural, o contrato para entrega em Mar-ço de 2007 cotava quase 70% mais caro do que o contrato para entrega em Outubro de 2006. Num mercado racional em que fun-cionasse a arbitragem entre os vários prazos, tal disparidade de preços seria impossível.

Mas há alguns factores que relevam para efeitos de uma atenção especial sobre al-gumas “commodities”. Muitas delas são indispensáveis para o funcionamento das economias, muito dificilmente substituíveis e registando ainda um acréscimo anual da procura mundial; por enquanto, mesmo o petróleo qualifica nestes três critérios. Por outro lado, a entrada da Índia e da China no clube dos grandes consumidores desbalan-ceou em termos fundamentais o equilíbrio de preços. Finalmente, devemos ter sempre presente o facto de, quando os recursos são limitados e não renováveis – nomeadamente no caso do petróleo –, a pressão estrutural sobre os preços deverá manifestar-se mais cedo ou mais tarde.

O investidor que pretenda tirar partido

De acordo com o dicionário provavelmen-te mais utilizado no mundo, a Wikipédia, uma “commodity” é um produto com va-lor, de qualidade uniforme, que é produzido em larga escala por diferentes produtores, sendo os bens produzidos pelos diferentes produtores considerados homogéneos. Para os gestores de negócios. uma “commodity” é um produto massificado em que é mui-to dificil fazer a diferenciação de forma a obter vantagens competitivas e subir os preços. Para os investidores financeiros, os mercados de “commodities” foram nos últi-mos anos o maná de muitos investimentos de carteira. Em Setembro último, os preços das commodities dominaram os mercados: o petróleo desceu pela primeira vez dos 60 dólarers e o “hedge fund Amaranth”, perdeu 6 mil milhões de dólares em investimentos no gás natural. Foi a maior perda de história dos mercados financeiros desde a falência do Long Term Capital Management em 1998.

Desde 1999 as “commodities” tinham vin-do a valorizar-se significativamente. Para citar três exemplos o preço médio do ouro subiu desde Janeiro de 1999 cerca de 100%, en-quanto o cobre, o petróleo e o açúcar, para ci-tar quatro outras “commodities” valorizaram

desta situação sem se expor aos riscos e em muitos casos à irracionalidade e ineficiência dos mercados de “commodities”, pode fazê-lo de outra forma: investindo nas empresas mineiras produtoras destas matérias primas. Não irá evitar completamente a volatilida-de dos preços, já que os resultados dessas empresas têm uma muito forte correlação com aqueles. Mas ganha em muitos aspec-tos. Com a integração de outras funções, nomeadamente a refinação dos minérios, a empresa suaviza a sua curva de “cash-flows”; ganha ainda em objectividade de avaliação porque está a comprar uma empresa, pode saber qual o custo de extracção de cada mi-nério, e, assim, onde se situa o “break-even”; e incorpora ainda na sua expectativa de rendimentos os dividendos pagos pela em-presa.

Depois da recente queda das empresas mineiras, o sector parece muito subavaliado. Recentemente, um articulista do “Financial Times” dizia que as empresas mineiras estão a incorporar o regresso dos preços das maté-rias-primas aos valores de 1999/2000, situ-ação que parece pouco provável poder vir a acontecer. Recentemente, avaliámos a em-presa indiana, cotada na Bolsa de Londres Vedanta. Utilizando os rácios de sensibilida-de do EBITDA da empresa à variação dos preços dos seus “outputs” (cobre, alumínio e zinco) publicados pela empresa no seu úl-timo relatório e contas, chegámos à seguin-te conclusão: considerando uma queda dos preços dessas três “commodities” de cerca de 40% face aos preços actuais, o EV/EBITDA (Enterprise Value / Earnings before Interest, taxes, depreciation and amortizations) da empresa deverá ser inferior a 5. Mais barato só as telecoms. Será que o horizonte futuro das empresas mineiras se afigura tão com-plexo e provavelmente tão negativo como o daquele sector? Não parece uma hipótese muito credível .

1 Um ETF Exchange Traded Fund é um esquema de investimento aberto, transaccionado como uma acção, que replica um índice accionista, um sector de mercado ou uma commodity.

no mesmo período 407%, 380% e 33%, res-pectivamente. Notável e impressionante. Mas para uma correcta apreciação do fenómeno convém dizer que, regra geral, os preços das “commodities” tinham vindo sempre a recuar nos mercados internacionais nas últimas dé-cadas, perdendo peso na economia real quer para os bens manufacturados quer sobretudo para os serviços. Os investimentos em ouro haviam sido particularmente ruinosos, já que o metal precioso não paga nenhum rendi-mento financeiro, e nunca mais voltou a re-cuperar do máximo de 835 dólares por onça registado em Janeiro de 1980.

Feito o enquadramento num período devidamente dilatado, importa analisar porquê este interesse generalizado nas “com-modities”. Uma primeira razão não tem qualquer explicação racional e cientifica. Como diria Milan Kundera, é apenas mais uma manifestação do triunfo da “imago-logia” no mundo, neste caso, no mundo

dos negócios e investimentos. Os mercados financeiros, as-sim como a política e muitos outros aspectos da vida social, são cada vez mais dominados por “modas” e “tendências” cuja origem é difícil determinar mas que rapidamente se difundem pelos quatro cantos do planeta. Com as grandes transacções e movimentos centralizados nas Bolsas de Nova Iorque e de Londres e em meia dúzia de grandes bancos de investimento norte americanos, um sem-nú-meros de fundos e de bancos comerciais trataram de oferecer estes produtos aos investidores espalhados por todo o mundo. Normalmente ,a oferta não é

feita na sua forma mais simples e directa, ou seja através da aquisição de um contrato de futuros ou de um ETF – Exchange Traded Fund1 - mas através de produtos estrutu-rados ou fundos mais ou menos complexos que, na nossa opinião, encarecem o inves-

Empresas mineiras — o lado mais calmo das “commodities”

PAULO RAMALHO

Administrador da [email protected]

A Popular Seguros é a nova seguradora do grupo Ban-co Popular que iniciou,

neste mês de Outubro a sua ac-tividade nos ramos Não Vida. Esta seguradora vem reforçar a estratégia que o grupo tem vindo a adoptar, de alargamento da sua oferta bancária e seguradora em Portugal.

“Vamos procurar diferenciar-nos oferecendo aos nossos clien-tes soluções inovadoras e muito competitivas, que contribuam para a redução efectiva do impac-to dos riscos quotidianos a que todos estamos sujeitos. Queremos que a nossa oferta de produtos e serviços tenha utilidade, que seja indiscutivelmente reconhecida pelos nossos clientes. Vamos pro-

Popular Seguros inicia actividade

Miguel Roballo, administrador delegado da Popular se-guros.

O banco Santander Totta assi-nou um protocolo com o Exérci-to, por três anos, com o objectivo de dar melhores condições finan-ceiras aos seus colaboradores.

“Qualquer membro do Exér-cito no activo, na reserva ou na reforma, seja militar, militarizado ou civil, passa a usufruir de con-dições especiais nos produtos e serviços que o banco Santander Totta dispõe, como cartões de crédito com taxas de juro mais baixas ou um crédito pessoal para fins sociais, que pode ser utilizado para fins tão diversos como a saú-de, equipamento profissional ou obras em casa”, explica o banco

Santander Totta assina protocolo com Exército

em comunicado. O acordo prevê também o acesso a um crédito à habitação com redução do “spre-ad” face à grelha de mercado, “beneficiando não só os militares, como os seus filhos com idade até aos 30 anos”, acrescenta.

Os militares do Exército, bem como todas as suas unidades, esta-belecimentos e órgãos, usufruem ainda de outras vantagens, como remunerações “mais vantajosas” das suas aplicações e isenções de comissões nos principais servi-ços bancários. Acresce também a possibilidade de utilizarem caixas de multibanco exclusivas nas suas instalações.

curar surpreendê-los pela positiva”, refere Miguel Roballo, administrador delegado da Popular Se-guros.

A Popular Seguros, que tem um capital de 7,5 mi-lhões de euros, irá, numa primeira fase, privilegiar a distribuição através dos balcões do Banco Popu-lar, sendo intenção de, posteriormente, diversifi-car para a mediação pro-fissional e para o estabele-cimento de acordos com entidades potenciadoras do acesso ao cliente final.

A Popular Seguros é detida a 100% pela Eurovida, a segurado-ra do ramo Vida do grupo Banco

Popular, que iniciou a sua acti-vidade em 2000 e que, no final de 2005, registou um volume de negócios superior a 82 milhões de euros.

CRB-Commodities Research Bureau – índice – média arit-mética dos futuros sobre as seguintes commodities : Sumo de Laranja, gado vivo, cacau, nickel, soja, carne de porco, alumí-nio, milho, gasóleo de aquecimento, gasolina sem chumbo, cru-de, trigo, algodão, gás natural, açúcar, ouro, prata, cobre e café.

Page 49: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

Ao longo das passadas setenta e cinco crónicas que este semanário, líder da im-prensa económica portuguesa, vem publi-cando, tenho tido (certo que continuarei, enquanto leitores houver que, nas suas noi-tes de insónia, me reservam uns minutos do seu precioso tempo para ler e criticar estas linhas…), sempre, uma total liberdade e incentivo para exprimir descomprometi-damente as minhas opiniões, quiçá contro-versas e, mesmo, provocatórias, sobre o que marca o quotidiano dos Mercados Finan-ceiros – seja nos seus aspectos mais intrínse-cos, seja em matérias colaterais, seja, ainda, em torno de várias das suas condicionantes externas.

Em algumas crónicas, “desviei-me” do seu objecto próprio para tecer considera-ções sobre as formas como a conjuntura internacional pode influenciar as decisões de quem investe tempo, paciência e dinhei-ro nos mercados de valores mobiliários. A partir da próxima crónica, vou ensaiar um novo ciclo direccionado para a “Economia e Direito” da chamada Securities Law – à falta de uma melhor expressão para desig-nar o “Direito Financeiro” que tem estado circunscrito (na minha modesta opinião de economista “convertido” ao Direito) às “Fi-nanças Públicas”.

Antes, nesta, regresso a uma matéria que, tendo estado presente em outros contextos do que vou escrevendo fora deste espaço, está omnipresente neste nosso planeta: a nova “Guerra Mundial” em que todos, quanto mais não seja, passivamente, esta-mos e estaremos envolvidos nos anos mais próximos, com todas as consequências que se reflectem também no quotidiano dos Mercados Financeiros, pelo menos en-quanto não subjugados a uma qualquer “fatwa”, ou morrendo, simplesmente, aos efeitos de uma simples bomba ou de uma mais ou menos sofisticada arma de des-

Complexo de Estocolmotruição maciça com que o “Ocidente” vem sendo ameaçado (ou já foi concreto alvo!), mesmo antes do “11 de Setembro”, de que se “comemorou”, neste mês, o quinto ani-versário.

E que “comemoração”! Fustigados pelas mais imbecis “teorias da conspiração” – ver-dadeiras “histórias da carochinha” para os cada vez mais viciados na “obsessão anti-americana”, que, na sua ansiedade e trau-mas patológicos de derrotados do império soviético, se vão excitando nos seus confor-táveis sofás, quais novos “guevaras”, ima-ginando-se pares dos “heróicos guerrilhei-ros” da Jihad islâmica contra os “ímpios” ocidentais e o “Grande Satã”, o “Sr. Diabo Bush” (na ilustrativa expressão de um tal Sr. Chavez, o novel líder da intelectualidade radical-chique que vai botando tais atoar-das na nossa comunicação social… livre-mente!) – estamos perante a manifestação mais expressiva do que, em Psicologia, se designa por “Complexo de Estocolmo”.

Apesar de livres, com uma Liberdade que não encontrariam se vivessem nos locais de sequestro em que a generalidade das “na-ções” islâmicas se transformou – cada vez mais vergadas a um cego, retrógrado e re-accionário fundamentalismo wahhabista (o movimento fundamentalista sunita-salafi-ta, inspirado no seu fundador, Muhammad ibn Abd al Wahhab, que morreu em1792), ou nas não menos “pacíficas” prelecções dos coléricos clérigos xiitas –, padecem desta síndrome (um estado psicológico particular desenvolvido por pessoas que são vítimas de sequestro, “in casu”, mental, em que aca-lentam um relacionamento afectivo, uma “solidariedade”, uma verdadeira cumplici-dade feita de frustrações e ressentimentos), pela qual acabam por, objectivamente, abrir caminho aos terroristas para alcançarem os seus tirânicos propósitos.

Uma verdadeira “quinta coluna” para

o desenlace desejado por quem começou esta já sanguinária Guerra (sem sofismas, de “Civilizações”!): a restauração da “Lei Islâmica” pelo mundo, com a consequente derrota da Democracia, da Liberdade e de todos os valores por que se regem as “Socie-dades Ocidentais”.

Uns (os próprios terroristas fundamen-talistas islâmicos e os Estados que os su-portam não só financeiramente, mas com armas e a tecnologia nuclear, química e biológica, com que nos reservam a morte) e os outros – os que, cúmplices, os armam com a (auto-) censura que querem impor a todos os que não se submetem aos dita-mes da “Sharia” – desde o Papa, aos jornais, passando pelos caricaturistas, escritores ou realizadores “proscritos”, até cada um de nós, “infiéis”, “ímpios”, ameaçados de mor-te ou barbaramente chacinados, sem poder, livremente, exprimir opiniões e opções, po-líticas, religiosas, sexuais, … sem que uma Mulher tenha que trajar um “chador” ou uma “bourqa”… sem lhe ver amputada uma ou as duas mãos, ser vítima de dela-pidação ou excisão do clítoris, ou, pura e simplesmente, ser executado/a… por mera “ofensa” à palavra de Allah e do seu Profeta Muhammad.

“Ensinamentos” que Osama bin Laden, cinco anos antes do “11 de Setembro”, em 23 de Agosto de 1996, na sua “esquecida” Declaração de Jihad, anunciava já clara-mente, com a promessa de, citando a al-Jami al-Sahih, “como o Profeta disse: «Os melhores mártires são aqueles que ficam na linha de combate e não voltam os rostos enquanto não são mortos. Atingirão o ní-vel mais elevado do Céu e o seu Senhor olhá-los-á com bondade. Quando o vosso Senhor olha com bondade para um ser-vo no mundo, não o responsabilizará.» E afirmou: «O mártir tem uma garantia de Deus: Ele perdoa-lhe à primeira gota do seu

sangue e mostra-lhe o seu assento no Céu. Orna-o com as jóias da fé, protege-o do tormento da sepultura, mantém-no a salvo no dia do julgamento, coloca uma coroa de dignidade na sua cabeça, com os mais finos rubis do mundo, casa-o com setenta e duas das virgens puras do Paraíso e intercede em favor de setenta dos seus parentes», como é narrado por Ahmad al-Tirmidhi, nos seus hadith, que fazem autoridade”.

Agnóstico e estruturalmente livre, espe-ro que não seja este o “Fim da História” e que, em vez de “pedir desculpas”, este Papa aja como o que o antecedeu no derrube do Império Soviético, tal como espero que os EUA não desistam de lutar pelo Mundo Livre, como o fizeram na Guerra contra o Nazismo, já que a “Europa” persiste na sua inerte cobardia capitulacionista, com as habituais tibiezas e equívocos de uma artificial “União”, face às ameaças do He-zbollah em não desarmar, do Hamas em não reconhecer a existência de uma Nação Livre e Democrática como Israel, que o poderio nuclear crescente do Irão visa, nas sinceras palavras do novo “Hitler”, Mah-moud Ahmadinejad, “apagar do mapa”, em antecâmara do “Califado” da Frente Islâmica Mundial.

Mesmo sabendo que, com este escrito, “condenado” já estarei no “juízo final” das “madrassas” dos seus apaniguados… livre continuo, esperando que haja ainda tempo para vivermos a (e em) Liberdade, dinheiro para investirmos no desenvolvimento dos Mercados Financeiros, das Economias de Mercado e na esperança desses povos opri-midos e empobrecidos pelas Ditaduras que lhes são impostas por líderes corruptos e multimilionários, sem nos faltar a paciên-cia para nos continuarmos a divertir com os distrates dos que “sobre a nudez crua da realidade” persistem em lançar “o véu diá-fano da fantasia”.

M. JORGE C. CASTELA

Economista & [email protected]

sexta-feira, 06 Outubro de 2006 49MERCADOS

A nossa análise

CGD lança produto com taxa de 4,25%A CGD acaba de lançar um seguro de capitalização. O Caixa Seguro 4,25% tem uma rendibilidade fixa de 4,25% nos dois primeiros anos civis e variável nos anos seguintes, tendo um valor mínimo previamente definido.Quais as vantagens em aderir a um produto com estas características? A “Vida Económica” responde-lhe.

Esta solução dirige-se aos investidores mais conservadores…

O Caixa Seguro 4,25% é um seguro de capi-talização a cinco anos e um dia, com rendi-mento mínimo garantido. A rendibilidade do produto é fixa nos primeiros dois anos civis, com uma taxa de juro no valor de 4,25% e variável nos restantes, com um valor mínimo de 2,50% e variação em função de um fun-do autónomo de investimento.Em qualquer momento do contrato é possível efectuar o resgate parcial ou total. O valor de resgate total será o valor do capital garantido no termo do contrato, apurado no momento do resgate, actualizado para a data do pedido. Em caso de resgate parcial, o respectivo valor bem como o valor remanescente do capital garanti-do, após o resgate, não poderão ser inferiores ao mínimo em vigor na seguradora para este tipo de contrato. Actualmente, esses valores mínimos são de mil euros.O seguro pode ser subscrito com um valor mínimo de 2500 euros e ser subscrito até 13 de Outubro em qualquer agência da CGD.

Este é um produto destinado exclusivamente a investidores conservadores, daí que não dê rentabilidades extraordinárias. Há no mercado produtos que permitem obter maiores rendimentos. Mas claro, com um pouco mais de risco! A grande vantagem deste produto está na tributação dos rendimentos. É que quem o mantiver pelo período de cinco anos e um dia não é tributado à taxa normal de 20% mas sim a uma taxa de 16%.

CONSELHO

Finibanco projecta companhia de seguros do ramo Vida

O conselho de administração do Fini-banco entregou no Instituto de Seguros de Portugal um dossier com o projecto de constituição de uma companhia de seguros para exploração de seguros do ramo Vida.

De acordo com o comunicado enviado pela instituição à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), “a com-panhia de seguros a constituir, caso venha a ser autorizada, terá um capital inicial de 7,5 milhões de euros, em princípio, total-mente subscrito pelo Finibanco – Holding, SGPS S.A.”. BÁRBARA ANDRADE

[email protected]

Page 50: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

PEDRO ARROJAPedro Arroja Gestão de Patrimónios S.A.

www.pedroarroja.com

“As notícias de hoje, ambos concordaram, bem podiam ser servidas sobre gelo, como um peixe morto. Todos os jornais titulavam a queda do mercado de acções. O Dow tinha caído em três das últimas quatro sessões, e ontem tinha fechado abaixo de 10 000 pela primeira vez no último ano” (Ron Suskind, The Price of Loyalty, Simon & Schuster, N. York, 2004, p. 138).

Foi assim que começou nesse dia do ano de 2002 a reunião de trabalho entre o Pre-sidente do Fed, Allan Greenspan, e o en-tão Secretário de Estado do Tesouro, Paul O’Neill.

Para quem pudesse então perguntar por-que é que a queda do Dow constituía o tema central da reunião de trabalho entre o Presidente do Banco Central e o Ministro das Finanças num país que mantém como política oficial a não-interferência do Estado no mercado accionista, excepto em situações de catástrofe, a resposta é hoje conhecida e é diferente da versão oficial. A Administração Bush considera o mercado de acções uma questão de segurança nacional.

Nos últimos meses, e depois da mais longa série consecutiva de aumentos das taxas de juro de que há memória na história america-na, a qual se prolongou por quase três anos, o

Strauss e o DowEspeculação

crescimento económico moderou – talvez em excesso –, ao ponto de alguns analistas preve-rem agora uma recessão. Porém, não obstan-te o aumento das taxas de juro e a ameaça de uma recessão bem como o aparecimento dos primeiros sinais de um colapso no merca-do imobiliário, o Índice Dow Jones terminou a semana passada à beira de estabelecer um novo recorde histórico, quase ultrapassando o anterior máximo estabelecido na Primavera de 2000.

Enquanto isso, o Índi-ce S&P500 permanece a cerca de 20% do seu má-ximo de sempre, também estabelecido na Primave-ra de 2000 e, quanto ao Nasdaq, esse dista do máximo, atingido em Março do mesmo ano, cerca de 60%. Um número crescente de analistas vem agora juntar-se àqueles que desde há alguns anos defendem a tese de que o governo americano manipula o mercado de acções. Existe mesmo já quem afirme que a manipulação, outrora discreta, passou a ser ostensiva.

O mercado de acções não pode cair, por-que esse seria um sinal de fraqueza da so-ciedade americana – este parece ser o lema da administração americana. E se a tese é correcta, o índice Dow Jones é, de longe,

o mais apropriado para ser manipulado e fazer parecer bem um mer-cado accionista e uma economia que podem, na realidade, não estar assim tão bem.

Primeiro, pela sua técnica de construção, o Dow é um índice enviesado para subir. Segundo, é um índice que contém apenas 30 acções, tornando fácil e razoavelmente econó-

mico fazê-lo subir. Terceiro, as empresas que constituem o Dow são algumas das melhores e maiores empresas do Mundo. À pergunta, como é possível que o Dow suba desta maneira enquanto os outros índices permanecem a níveis consideravelmente inferiores, é sempre razoável responder que os investidores estão a reafectar as suas car-teiras em favor de empresas mais seguras

–e alguém duvida que as empresas do Dow são boas empresas? -, esvaziando assim a suspeita de manipulação por parte do Te-souro americano.

Finalmente, a despeito de todos os ou-tros índices bolsistas, como o Nasdaq e o S&P500, o Dow Jones continua a ser o ín-dice bolsista de referência e é para ele que a opinião pública nacional e internacional olha quando pretende avaliar a saúde da Bolsa e da economia americana.

A corrente de filosofia política que é pro-vavelmente a mais influente no seio da ad-ministração Bush é herdeira do pensamente de Leo Strauss (1899-1973) e são numerosos os straussianos influentes em Washington. O objectivo desta corrente de pensamento é restaurar o vigor da sociedade, à imagem da sociedade clássica, que a democracia liberal moderna enfraqueceu ao ponto da inanida-de. Para o efeito, é preciso criar mitos, heróis, um sentimento generalizado de virilidade e força, para além da obediência a Deus e à moral bíblica. Nem que para isso seja neces-sário recorrer à decepção e à mentira.

Na realidade, para os straussianos, a de-cepção e a mentira são instrumentos indis-pensáveis à acção política, senão mesmo a sua norma.

“TOP 9” – Millennium BCP As obrigações de caixa “TOP 9” são um investi-mento de captação de aforro estruturado (ICAE) promovido pelo BCP. Este investimento é efec-tuado para um prazo de dois anos e tem capital garantido no vencimento. O montante mínimo de subscrição é de 1000 euros e o período de subscrição decorre até 13 de Outubro. A data de emissão das obrigações ocorrerá a 18 de Ou-tubro de 2006 e a data de reembolso será a 18 de Outubro de 2008.Este investimento tem remunerações fixas para os três primeiros semestre e variável para o quar-to e último semestre. A taxa de juro oferecida no primeiro semestre é 2% (TANB – taxa anual nominal bruta), no segundo semestre é 3% e no terceiro semestre é 4%, pagos postecipada-mente. A remuneração no último semestre está dependente da evolução de um cabaz de qua-tro acções constituído pelas maiores empresas europeias que pertencem ao índice accionista DJ Eurostoxx 50: Credit Suisse, Enel, Merck e Telefónica. Se na maturidade o valor de cada uma das quatro acções for igual ou superior ao seu valor inicial (definido na data de emissão), a taxa de juro no quarto semestre será de 9%, caso contrário, neste semestre, não haverá lu-gar a pagamento de remuneração. Consequen-temente, a taxa de rentabilidade efectiva anual real mínima será de 2,27%, enquanto a taxa máxima será de 4,48%.O cliente tem a possibilidade de vender as suas obrigações a qualquer momento, assegurando o BCP a recompra das mesmas a preços de mer-cado (com juro corrido nos três primeiros semes-tres), podendo estes situar-se acima ou abaixo do valor nominal das obrigações.

Soluções de investimento

BAIXO RISCO

sexta-feira, 06 Outubro de 2006MERCADOS50

A Administração Bush considera o mercado de acções uma questão de segurança nacional.

BAIXO/MÉDIO RISCO ALTO RISCO

BPI CS Energias Renováveis II – Banco BPI

As obrigações de caixa BPI CS Energias Renováveis II 2006/2009 são um ICAE promovido pelo BPI. Este investimento é efectuado por um prazo de três anos e tem capital garantido no vencimento.O montante mínimo de subscrição é de 500 eu-ros e o período de subscrição decorre até 2 de Novembro. A data de emissão das obrigações ocorrerá a 8 de Novembro de 2006 e a data de reembolso será a 9 de Novembro de 2009.A rentabilidade deste investimento está associa-da ao comportamento de um cabaz de 10 acções do sector de energias alternativas e renováveis, nomeadamente Vestas Wind Systems, Kansai Electric Powers, Gamesa, Marubeni Corp., Sunte-ch Power Holdings, Archer-Daniels-Midland, He-adwaters, Solarworld, Q-Cells e Sunpower Corp.. As acções têm pesos iguais no cabaz.A remuneração deste investimento será efectua-da de uma só vez e na data do reembolso. A taxa anual nominal máxima será de 15% (45% para os 3 anos do investimento) e no mínimo não ha-verá pagamento de remuneração. A forma de cál-culo da remuneração é complexa e com múltiplas variáveis, podendo variar entre 0 e 15% ano de acordo com o comportamento das 10 acções. A remuneração máxima será obtida caso as 10 ac-ções tenham uma rentabilidade igual ou superior a 10% nos 3 anos do investimento e a mínima só ocorre caso as 10 acções tenham uma rentabili-dade negativa no período. O cliente tem a possibilidade de vender as suas obrigações a qualquer momento, assegurando o BPI a recompra das mesmas a preços de merca-do, podendo estes situar-se acima ou abaixo do valor nominal.

Depósito Dual Forex – Banco Best

O Banco Best apresenta mais um produto es-truturado sob a forma de um depósito dual, em que uma parcela do investimento é aplicada num fundo e o remanescente efectuada num depósito a prazo. O montante mínimo para este investimento é 4000 euros, sendo que 75% são aplicados num fundo cuja abrangência é o mer-cado cambial e 25% são aplicados num depó-sito a prazo. A comercialização deste produto decorre até 5 de Novembro de 2006. O fundo associado a este depósito é o CAF Dy-narbitrage Forex Classic, que pretende tirar pro-veito das inúmeras vantagens que oferecem os mercados de divisas mediante três estratégias complementares de investimento: posições es-tratégicas a longo prazo, negociação a curto prazo e arbitragem de volatilidade. O fundo foi lançado em 20/10/2005. A parcela investida no fundo está obviamente sujeita ao risco de capi-tal e horizonte mínimo de investimento aconse-lhado é dois anos.O depósito a prazo é efectuado por 90 dias e apresenta uma taxa anual nominal bruta (TANB) de 5%. O pagamento de juros é efectuado men-salmente.O reembolso antecipado é possível a qualquer momento. Neste caso, os juros do depósito a prazo passarão a ser calculados pelo prazo de permanência à taxa de 0,5% (TANB), enquanto o resgate do fundo de investimento, caso ocorra durante o período de vigência do depósito a pra-zo, obrigará a uma desmobilização do mesmo em idêntica proporção. Para finalizar, de referir que existe isenção total de comissões de subs-crição e de resgate.

Page 51: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

A curva de rendimentos do euro ficou ainda mais horizontal no decorrer da última quinzena,

quer por via da subida do mercado mone t á r i o na antecipa-ção de uma subida de ta-xas por parte do BCE (já esta quinta-feira) quer pela queda

acentuada dos prazos mais longos, reflectindo a impressionante subi-da do mercado obrigacionista dos EUA.

FILIPE [email protected]

Eur/Usd ainda dentro de canal descendente

A expectativa de que o BCE suba as taxas de referência para 3,25% é generalizada. Os opera-dores aguardam sobretudo pelo discurso de Trichet, de forma a tentarem perceber se se justifica a convicção a 92% de que até final do ano teremos mais uma subi-da para os 3,50%. Quanto a este ano, poucos são os que duvidam de mais duas subidas no total de 0,50%, mas as dúvidas avolumam-se quando se fala em expectativas para 2007. Havendo ainda muitos analistas que estimam uma taxa de referência nos 3,75% no final do primeiro trimestre de 2007, os dados mais recentes dos EUA e a possível reversão da tendência

parte de muitos analistas de que poderemos estar a entrar numa fase prolongada de menor cresci-mento neste país. Tratando-se de um dos maiores clientes das expor-tações europeias, compreende-se o receio de tal situação vir a afectar de forma negativa a performance europeia. O mercado monetário nos EUA antecipa cada vez mais a inversão da política monetária para 2007, ou seja, o início de um ciclo de baixa de taxas. Caso tal se concretize, é difícil imaginar o BCE em completo contraciclo su-bindo taxas.

Os fracos dados económicos dos EUA têm provocado uma subida impressionante dos mercados de

obrigações, arrastando os IRS na Europa para uma queda quinze-nal de 0,12%. Por muitas dúvidas que tenhamos sobre a actuação do BCE em 2007, parece-nos que taxas abaixo dos 3,75%, entre os 2 e 5 anos (na semana passada atingiram 3,71%) devem ser en-caradas como oportunidades para passagem para taxa fixa, uma vez que as Euribor se aproximam rapi-damente deste valor. O diferencial de taxas é mínimo, bem como as hipóteses de nos próximos dois anos o BCE inverter a política monetária.

(Análise de mercados produzida a 03-OUT-06)

Mercado Monetário Interbancário

Mercado Cambial

YIELD CURVE EURO E DÓLAR EURIBOR - 3 M, 6 M E 1 ANO YIELD 10 anos euro “benchmark”

EUR/USDO Eur/Usd continua a tran-

saccionar sem direcção no médio prazo, balizado ente os 1,2450 e os 1,30 dólares.

Analisando num horizonte temporal mais curto, o câmbio encontra-se dentro de um canal descendente, que comporta valo-

res entre 1,2550 e 1,2750 dólares - valores a vigiar, mas que para já limitam a variação do Eur/Usd.

EUR/JPYNa verdade, pouco ou nada de

se alterou no essencial.Nos últimos dias o “cross” con-

tinua a transaccionar com grande volatilidade no “intraday”, ainda que sem direcção definida. A zona dos 150 ienes (em sentido lato) tem a importância que se previa e tem constituído forte resistência. Apesar da volatilidade há níveis que têm limitado a evolução do Eur/Jpy - suporte a 147,50 e re-sistência a 150,25/80 ienes.

EUR/GBPO “cross” tem registado forte

volatilidade nas últimas semanas, oscilando em “ziguezague” entre os 67 e 68,30 pence. Contudo, não

ANÁLISE TÉCNICA - PSI-20 - XETRA DAX

EUR/USD 1.2737 0.42% -0.89% 7.97%

EUR/JPY 149.86 0.64% -0.46% 7.89%

EUR/GBP 0.6742 0.47% 0.01% -1.62%

EUR/CHF 1.5848 0.33% 0.62% 1.91%

EUR/NOK 8.3735 1.31% 3.64% 4.87%

EUR/SEK 9.3260 0.53% 0.64% -0.67%

EUR/DKK 7.4565 -0.04% -0.04% -0.05%

EUR/PLN 3.9432 -0.88% 0.14% 2.16%

EUR/AUD 1.7052 0.81% 1.44% 5.85%

EUR/NZD 1.9285 0.11% -2.21% 11.67%

EUR/CAD 1.4246 0.73% 0.11% 3.80%

EUR/ZAR 9.8023 1.27% 7.20% 31.32%

EUR/BRL 2.7525 -0.50% 0.39% 0.31%

Taxas MIMIT/N 3.081 W 3.122 W 3.221 M 3.232 M 3.313 M 3.426 M 3.569 M 3.661 Y 3.72

CONDIÇÕES DOS BANCOS CENTRAIS

Euro Refinancing Rate 3,00%BCE Euro Marginal Lending 4,00% Euro Deposit Facility 2,00%

EUA FED Funds 5,25%R.Unido GB Prime Rate 4,75%Suíça Target Libor 3M 1,00-2,00%Japão Repo BoJ 0,10%

EURO FRA’SForward Rate AgreementsTipo* Bid Ask1X4 3.538 3.547 3X6 3.678 3.698 1X7 3.652 3.672 3X9 3.763 3.783 6X12 3.811 3.820 12x24 3.768 3.783*1x4 - Período termina a 4 meses, com início a 1M

EURO IRSInterest Swaps vs Euribor 6MPrazo Bid Ask2Y 3.807 3.8173Y 3.808 3.8185Y 3.826 3.8468Y 3.903 3.92310Y 3.966 3.97620Y 4.127 4.14730Y 4.135 4.155

Evolução euribor (em basis points) 03.Out.06 25.Set.06 04.Set.06

1M 3.307% 3.208% - 0.100 3.098% 0.209 3M 3.436% 3.374% - 0.062 3.270% - 0.1661Y 3.732% 3.668% - 0.064 3.649% - 0.083LEILÕES BCE Last Tender Minium Bid 3.00%TMP 3.04%Marginal Rate 3.02%

EUR/USD

Daily EUR=

Price

.1234

1.17

1.18

1.19

1.2

1.21

1.22

1.23

1.24

1.25

12 19 26 03 10 17 24 31 07 14 21 28 05 12 19 26 02 09 16 23Setembro 2005 Outubro 2005 Novembro 2005 Dezembro 2005 Janeiro 2006

GIL ARAÚ[email protected]

PSI-20 – No gráfico de barras semanais podemos observar que o PSI 20 está em clara tendência as-cendente, bem acima da linha de tendência de médio prazo. O índi-ce poderá ganhar mais momentum no curto prazo, já que parece ter quebrado em alta os 10 350 pon-tos, a anterior resistência. Nesta altura parece-nos que o PSI 20 tem espaço para ganhos adicionais, até aos 11 250 pontos, que é a resistên-cia seguinte. O suporte a observar situa-se na linha de tendência as-cendente mais inclinada, que hoje “vale” cerca de 9 900 pontos.

XETRA DAXXETRA DAX – O DAX continua em tendência de alta, dentro de um canal ascenden-te.

O índice aproximou-se da parte de cima do canal, pelo que há uma boa probabilidade de uma correcção até perto da sua base.

No global, parece-nos que o DAX poderá ainda tentar um teste aos 6200 pontos nas pró-ximas semanas.

Suportes na base do canal (5850 pontos) e 5725 pontos.

FIXING Variação Variação Variação 03.Outubro.06 Semanal (%) no mês (%) desde 1 Jan. (%)

Curva horizontal apesar de provável subida das taxasdo petróleo levam a cada vez mais opiniões de que nada se passará na Zona Euro em termos de po-lítica monetária nos primeiros seis meses do próximo ano. A infla-ção do produtor saiu esta semana com uma subida mensal de apenas 0,1%, abaixo das expectativas e longe da subida de 0,6% registada no mês passado.

A queda do petróleo em 25%, desde inícios de Agosto, irá certa-mente contribuir para o abranda-mento das tensões inflacionistas não só na Europa como em todo o mundo.

Ontem nos EUA os dados da actividade económica saíram bas-tante fracos, reforçando a ideia por

PSI-20

dentro de uma longa consolida-ção, neste momento balizada entre 0,6670 e 0,6940 libras por euro.

2.950

3.075

3.200

3.325

3.450

3.575

3.700

3-Jul 2-Aug 1-Sep 1-Oct

1Y

6M

3M

'

3.00

3.50

4.00

4.50

5.00

5.50

1 W 1 M 2 M 3 M 6 M 9 M 1 Y 1 Y 2 Y 5 Y 10 Y 30 Y

EUR

USD

3.2

3.3

3.4

3.5

3.6

3.7

3.8

3.9

4

4.1

2-Mar 1-Apr 1-May 31-May 30-Jun 30-Jul 29-Aug 28-Sep

sexta-feira, 06 Outubro de 2006 51MERCADOS

nos parece que esteja em formação qualquer tipo de tendência para já.

No médio prazo continuamos

Page 52: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

Qual a dimensão do conglomerado chamado Acciona?A Acciona é uma das maiores empre-sas espanholas e internacionais na promoção, desenvolvimento e gestão de energias renováveis, infra-estru-turas, imobiliário, serviços logísticos e transportes, e serviços urbanos. A empresa está presente em 20 países dos cinco continentes e conta com mais de 30 mil colaboradores.A Acciona, que é controlada pelo gru-po Entrecanales, do seu anterior CEO José Entrecanales (59% do capital social), é uma organização interdis-ciplinar com actividades que se rela-cionam entre si. As áreas de negócio organizam-se em cinco grandes eixos. Em primeiro lugar, a Acciona Energia, que mantém uma forte aposta no de-senvolvimento das energias renová-veis, sendo líder mundial, através da Acciona Eólica, no desenvolvimento e construção de parques eólicos, de acordo com a Agência Europeia de Energia; e está presente em prati-camente todas as formas de energia alternativa: solar, cogeração, biocom-bustíveis, biomassa, hidráulica e ter-moeléctrica, para além da instalação de aerogeradores através da Acciona Windpower.A segunda grande área de actividade enfoca directamente na construção através da Acciona Infraestructuras, actuando em todo o mundo desde o ponto de vista da intervenção de en-genharia até à construção; para além disso, através da Acciona Concesio-nes, dedica-se à gestão de auto-es-tradas e linha ferroviárias. Por sua vez, a Acciona Inmobiliaria orienta-se fundamentalmente para o segmento residencial todavia, o grupo come-ça a estar presente também em no-vas áreas de negócio, como o sector hoteleiro e os centros de lazer e co-merciais. A Acciona é ainda prestador integral de serviços de transporte de passageiros e de mercadorias atra-vés de uma rede de empresas: com a Acciona Transmediterránea é líder no transporte marítimo no Mediterrâ-neo, com a Acciona Airport Services apresenta-se como o primeiro opera-dor independente a oferecer o servi-ço de “handling” nos aeroportos de Espanha e da Alemanha; para além de cobrir outros nichos do mercado de transportes e logística através da Acciona Logística, Acciona Cargo Ser-vices e Acciona Distribución.Finalmente, a Acciona realiza serviços relacionados com o âmbito urbano e com a protecção do meio ambien-

CONSULTÓRIO FINANCEIRO

te. A Acciona Água desenha, constrói e desenvolve ETAR, a Acciona Servicios Urbanos processa resíduos sólidos ur-banos e gere saneamentos, a Acciona Servicios Hospitalarios gere hospitais públicos com gestão privada, a Acciona Aparcamientos constrói, financia e gere parques de estacionamento, a Ramel é líder espanhola na gestão integral de serviços de limpeza, e a Intur gere ser-viços funerários.

Todavia, a Acciona tem andado ultima-mente nas manchetes por outras moti-vos?Que não é nada mais nada menos do que a compra de 15% da maior empre-sa energética da Península Ibérica, a Endesa, numa operação financiada pelo grupo Santander e que se cifra em cer-ca de 3,4 milhões de euros.E, ao que tudo indica, caso a CNVM (su-pervisor do mercado Espanhol) não se oponha, a Acciona ambiciona reforçar essa participação para 24,9% do capi-tal Endesa, que corresponde ao limite a partir do qual teria de ser lançada uma OPA sobre a totalidade do capital.De acordo com a empresa, a compra desta participação no capital da Ende-sa enquadra-se na estratégia do grupo Acciona em crescer no sector da ener-gia e fortalecer o seu projecto industrial através de um modelo energético mais sustentável. Note-se que o plano de negócios da Endesa para o período de 2005-2009 prevê um crescimento anu-al dos seus resultados líquidos superior a 12% e um investimento superior a 14 milhões de euros; para além disso, a Endesa tem previsto a distribuição de mais de sete mil milhões de euros em dividendos ordinários no período, a que acresce a intenção de afectar aos ac-cionistas 100% das mais-valias obtidas com a venda de activos.

Claro está que com esta aquisição a Acciona torna-se no accionista da En-desa com maior expressão, do que de-corre um ganho de visibilidade, uma vez que se trata do líder do mercado espanhol e da América Latina e a ter-ceira maior eléctrica no mercado fran-cês e italiano.

Mas a Acciona também (já) vale por si só.Os números do primeiro semestre des-te ano dizem muito e quase tudo. Na primeira metade do ano a Acciona al-cançou vendas de 2,9 milhões de eu-ros, correspondente a um acréscimo de 37%, o EBITDA de 458 milhões de euros (+52%) e um resultado líquido de 118 milhões de euros, representa-tivo de um aumento em termos homó-logos de mais de 38%.Apesar destes resultados, o grupo não parou de investir e esse esforço tradu-ziu-se no primeiro semestre de 2006 num valor de 1,6 milhões de euros, representativos de um acréscimo de 218% face ao exercício anterior.

E na Bolsa, o que representa a acção Acciona?A acção Acciona faz parte do índice IBEX-35, com uma capitalização bol-sista superior a 7,6 milhões de euros. Importa dizer ainda que se trata de um acção caríssima que cota na casa dos 119 euros por acção, mas que não in-valida que se valorize: este ano, o tí-tulo da Acciona apreciou-se cerca de 30%, enquanto o principal barómetro da praça espanhola valorizou-se 20%.No entanto, a acção Acciona um títu-lo com uma limitada liquidez, resulta-do directo do forte controlo accionista exercido pelos 59% detidos pelo gru-po Entrecanales.

MARTIM PORTO

A “renovável” Acciona compra 15% da “tradicional” Endesa

A Acciona, líder mundial no desenvolvimento e construção de parques eólicos e com interesses tão multifacetados que vão desde a construção aos transportes, serviços de limpeza e funerários, acaba de se transformar no maior accionista do líder do

ACÇÃO QUEBROU COM O ANÚNCIO DA COMPRA DA POSIÇÃO NA ENDESA.

sector energético espanhol e da América Latina, com a compra de 15% da Endesa. O conglomerado multinacional continua assim a crescer e a valorizar-se. A acção, cara e pouco líquida, continua também a apreciar-se: mais de 30% este ano.

PSA Peugeot – recuo das “commodities”

reforça “upside” Com duas marcas de referência no

mercado automóvel – Peugeot e Ci-troën – o grupo PSA Peugeot encontra-se presente no índice francês CAC40, detendo uma capitalização bolsista que ascende a mais de 10 mil milhões de eu-ros. Nos primeiros oito meses de 2006, o grupo manteve uma quota na Euro-pa Ocidental de cerca de 13%, com as vendas a registarem um decréscimo de 3,3% igual período do ano passado, conferindo-lhe o segundo lugar na lista de maiores fabricantes.

Depois de dois “profit warnings” no decorrer de 2006, com a margem ope-racional estimada para o exercício a ser

progressivamente revista dos 3% para os 2,4%, a queda acentuada das princi-pais “commodities”, iniciada em Maio último, parece deixar em aberto uma melhoria das actuais “expectativas dimi-nuídas” que rodeiam o título.

Mesmo num cenário de estagnação de vendas automóveis no espaço europeu, o lançamento de novos modelos por par-te do grupo, entre os quais o 207º no decorrer do segundo trimestre do ano, e dos novos Citroën C6 e C-Triomphe, do Peugeot Boxer e do Citroën Relay, deverá conferir um suporte importante às vendas da PSA Peugeot nos últimos meses do ano.

A empresa anunciou ainda recente-mente rigorosas medidas de redução de custos, um programa que passou de alguma forma despercebido depois do fraco arranque de trimestre protagoni-zado por parte dos mercados accionistas europeus.

Neste cenário, depois dos mínimos anuais fixados em Julho, a PSA Peugeot segue agora em recuperação, transac-cionando próxima de níveis de suporte EUR 42-43. Numa óptica de “trading”, recomendamos um nível de “stop loss” (limite de perda máxima recomendado) de cerca de 5% face ao nível de entra-da.

RICARDO DUARTE SILVAResearch

Banco BiG

PUB

sexta-feira, 06 Outubro de 2006MERCADOS52

2/1/2006 3/10/200690

100

110

120

130

140

150

Page 53: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

fessor fez uma análise ao comportamen-to dos investidores e deu dois níveis de preços que ele considera terem hipótese de sucesso: os 10 euros e os 10,50 eu-ros, nível a que seria irresistível vender. Como tal ainda não aconteceu, e a Sona-ecom mantém-se firme no valor, tendo dado a entender que só não desce porque não pode, continua a especulação sobre ao aparecimento de uma oferta concor-rente. A especulação também se faz sen-tir ao nível daquilo que irá acontecer na AG da Portugal Telecom, onde será dis-cutida a desblindagem de estatutos. Será necessário um terço dos votos presentes e há quem especule que o BES terá os 20% necessários para um bloqueio, con-siderando que nunca apareceram mais de 60% dos direitos de voto nas AG an-teriores. A entrada de Joaquim Oliveira

O início da semana foi marcado por grandes subidas de cotação dos títulos mais líquidos, seguidas de correcções com alguma violência. Os investidores preferiram realizar mais-valias resultan-tes de um mercado sobreaquecido por todas as notícias europeias ao nível de fusões e aquisições. Também o início da semana foi marcada pela eventual subi-da de taxas de juro pelo Banco Central Europeu, cuja decisão não era conhecida aquando do fecho desta edição.

A especulação em torno da EDP, com eventual fusão com a espanhola Gaz Na-tural e que foi prontamente desmentida a nível corporativo e pela tutela pública, não foi suficiente para arrefecer os âni-mos. O mercado quer acreditar que a EDP não irá ficar sozinha no jogo ibérico depois de a E.on comprar a Endesa, e um

Investidores procuram novo suporte no mercado

VÍTOR [email protected]

na PT é mais um ingrediente, enquanto a passagem do BES de terceiro para se-gundo maior accionista revela um novo jogo de forças. A distribuição das acções da Brandes Investments Partners, que entretanto vendeu títulos, pode fazer a diferença no jogo final. Actualmente, cada 1% da PT custará cerca de 110 mi-lhões de euros.

No mercado um dado negativo é a subi-da dos juros e a perspectiva de mais subidas em Dezembro e depois em Junho do pró-ximo ano, enquanto o preço do petróleo continua a cair, influenciado pela subida de reservas dos EUA e pela perda de im-pacto da noticia relativa à redução da pro-dução por parte da Venezuela e da Nigéria, que pretendem manter os preços elevados. Relativamente ao valor de há um ano atrás, o crude já caiu 8,6%.

PUB

grupo de investidores, onde estão grandes construtores, banca e petrolíferas, tentar formar um outro grande grupo de ener-gia em Espanha com matriz patriótica. A EDP acaba por ser um grande player em Espanha e só não é, para já, “opável” de-vido à presença do Estado. Mas, por isso mesmo, acaba por ser um investimento a médio prazo, considerando que o Estado irá, num futuro próximo, vender.

A especulação em torno das telecomu-nicações continua, depois de a concor-rência ter dado a conhecer os remédios, situação que não era conhecida quando fizemos o comentário da semana ante-rior. O mercado manteve a acção PT nos 9,80 euros, desafiando o oferente Sona-ecom a alterar o “bid” para um nível su-perior aos 9,5 euros. No comentário da RTP de Marcelo Rebelo de Sousa, o pro-

sexta-feira, 06 Outubro de 2006 53MERCADOS

PAINEL BANCO POPULARTÍTULOS EURONEXT LISBOA

Título Última Cotação Variação Semanal Máximo 52 Sem Mínimo 52 Sem EPS Est. 06 EPS Est. 07 PER Est. 06 PER Est. 07 Div. Yield Ind Div. Yield Est Data ALTRI SGPS 3.33 -1.48% 3.46 0.98 0.21 0.18 16.09 18.50 0.75% 0.90% 02-10-2006BANIF-SGPS 26.43 -0.83% 29.40 8.96 1.52 1.79 17.40 14.81 1.60% 2.84% 02-10-2006B.COM.PORTUGUES 2.46 0.00% 2.80 2.02 0.21 0.23 11.88 10.51 2.85% 3.54% 02-10-2006B.ESPIRITO SANTO 12.04 -0.41% 12.15 10.20 0.93 0.97 12.95 12.48 3.04% 2.97% 02-10-2006BANCO POP.ESPANOL 12.92 2.95% 13.20 10.16 0.85 0.97 15.24 13.35 3.18% 3.18% 02-10-2006BANCO BPI 5.90 0.68% 6.05 3.50 0.36 0.41 16.25 14.43 2.03% 2.48% 02-10-2006BRISA-PRIV. 8.76 6.05% 8.98 6.43 0.35 0.35 25.39 24.89 3.08% 3.30% 02-10-2006CIMPOR,SGPS 5.68 1.79% 5.81 4.42 0.43 0.47 13.37 12.09 3.35% 3.57% 02-10-2006CIN 5.86 0.86% 6.06 4.55 0.41 0.43 14.29 13.63 2.65% 2.73% 02-10-2006COFINA,SGPS 3.74 0.54% 4.09 3.00 0.21 0.23 18.16 16.40 1.34% 1.71% 02-10-2006CORTICEIRA AMORIM 1.93 0.00% 2.32 1.30 0.13 0.14 14.85 13.50 2.59% 2.33% 02-10-2006EDP 3.51 10.73% 3.54 2.25 0.21 0.24 17.12 14.81 2.85% 3.16% 02-10-2006MOTA ENGIL 4.36 0.00% 4.95 3.00 0.16 0.22 27.60 20.19 2.29% 2.36% 02-10-2006FINIBANCO,SGPS 2.90 -1.36% 3.15 1.69 -- -- -- -- 2.07% -- 02-10-2006IBERSOL,SGPS 9.43 -0.63% 9.54 5.35 0.51 0.53 18.49 17.96 0.58% 0.64% 02-10-2006IMPRESA,SGPS 4.52 0.67% 5.56 3.97 0.29 0.34 15.86 13.37 0.00% 0.24% 02-10-2006J.MARTINS,SGPS 14.14 1.22% 14.76 11.82 0.87 0.96 16.25 14.78 2.97% 2.90% 02-10-2006MEDIA CAPITAL 8.39 1.33% 8.60 6.51 0.29 0.31 28.93 26.98 0.00% 0.58% 02-10-2006NOVABASE,SGPS 5.69 -1.39% 7.29 5.49 0.26 0.34 21.72 16.79 0.00% 0.00% 02-10-2006PARAREDE 0.26 0.00% 0.32 0.21 -- -- -- -- 0.00% -- 02-10-2006P.TELECOM 9.79 0.82% 10.44 7.33 0.54 0.60 18.06 16.26 4.85% 4.63% 02-10-2006PORTUCEL 2.18 -0.91% 2.40 1.60 0.10 0.10 21.80 21.80 2.41% 2.62% 02-10-2006PT MULTIMEDIA 9.58 1.06% 10.65 8.61 0.33 0.36 29.03 26.39 2.87% 2.85% 02-10-2006REDITUS,SGPS 3.72 -0.80% 3.94 3.05 0.10 0.21 37.20 17.71 0.00% 0.00% 02-10-2006SAG GEST 1.73 -2.26% 2.32 1.53 0.16 0.24 10.81 7.21 7.75% 3.47% 02-10-2006S.COSTA 0.65 0.00% 0.78 0.26 -- -- -- -- 0.00% -- 02-10-2006SEMAPA 8.07 -0.12% 9.42 5.55 0.78 0.78 10.35 10.31 5.20% 1.52% 02-10-2006SONAECOM,SGPS 5.38 4.87% 5.44 3.35 0.02 0.05 336.25 103.46 0.00% 0.11% 02-10-2006SONAE,SGPS 1.38 1.47% 1.41 0.95 0.08 0.08 17.25 16.83 1.81% 1.67% 02-10-2006SONAE IND.SGPS 7.41 6.01% 8.24 5.40 0.27 0.40 27.24 18.57 0.00% 0.00% 02-10-2006

PAINEL BANCO POPULARTÍTULOS MERCADOS EUROPEUS

Acção Cotação (*) Variação Semanal Máximo 52 Sem Mínimo 52 Sem EPS Est. 06 EPS Est. 07 PER Est. 06 PER Est. 07 Div. Yield Ind Div. Yield Est DataB.POPULAR 12.95 2.86% 13.25 9.91 0.85 0.97 15.27 13.38 3.17% 3.17% 02-10-2006INDITEX 36.33 5.30% 37.05 23.56 1.54 1.79 23.55 20.27 1.43% 2.25% 02-10-2006REPSOL YPF 23.72 10.22% 27.35 20.00 2.73 2.63 8.69 9.02 2.53% 2.88% 02-10-2006TELEFONICA 13.58 2.49% 14.16 11.88 1.12 1.21 12.11 11.25 4.05% 4.46% 02-10-2006FRANCE TELECOM 18.06 1.35% 24.05 15.50 1.80 1.82 10.01 9.93 5.54% 6.60% 02-10-2006LVMH 80.65 2.35% 85.95 65.30 3.91 4.35 20.64 18.52 1.49% 1.73% 02-10-2006BAYER AG O.N. 40.53 3.60% 40.94 27.70 2.38 2.64 17.01 15.34 2.35% 2.48% 02-10-2006DEUTSCHE BANK AG NA O.N. 95.15 2.30% 100.20 74.06 9.59 9.87 9.93 9.64 2.63% 3.46% 02-10-2006DT.TELEKOM AG NA 12.44 0.32% 15.40 10.64 0.94 0.94 13.31 13.26 5.79% 6.03% 02-10-2006VOLKSWAGEN AG ST O.N. 66.95 1.41% 69.20 43.50 4.59 5.56 14.59 12.04 1.72% 1.88% 02-10-2006ING GROEP 34.57 1.17% 35.00 23.38 3.25 3.38 10.64 10.23 3.56% 3.64% 02-10-2006

Este relatório foi elaborado pelo Centro de Corretagem do Banco Popular, com base em informação disponível ao público e considerada fidedigna,no entanto, a sua exactidão não é totalmente garantida. Este relatório é apenas para informação, não constituindo qualquer proposta de compra ou venda em qualquer dos títulos mencionados.

Page 54: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

futuro. Recorde-se que, para além da marca sueca, o grupo represen-ta já a Ford, a Honda, a Mazda e a Land Rover. Com esta nova or-ganização, a Auto-Sueco pretende “criar as condições para garantir o crescimento do negócio, mantendo em todas as suas instalações os mais elevados padrões de serviço, quer na área de vendas, quer na área de as-sistência após-venda”, segundo um comunicado.

Auto-Sueco criou empresa de retalho automóvel

O grupo Auto-Sueco inte-grou as suas actividades de retalho de automóveis

numa nova empresa, criada no iní-cio deste mês, no âmbito do projecto de desenvolvimento do negócio de concessões de ligeiros. Designada de Auto-Sueco Automóveis, a empresa integrará todas as concessões Volvo do grupo, bem como as concessões das várias marcas que a Auto Sueco representa ou virá a representar no

O modelo desportivo de inspiração “retro” que a empresa de comércio e

restauro de automóveis clássicos Auto Museu da Maia (AMM) se propõe a produzir, o Vinci GT, continua sem motor nem chassis definido. O que se mantém é o objectivo da empresa, que está a desenvolver o modelo em parceria com o Centro para a Excelência e Inovação na Indústria Automóvel, de em Dezembro ter o primeiro protótipo funcional e, a partir de Janeiro, ter o protótipo industrial, para consequente produção, “a qual vai ser da responsabilidade” do próprio Auto Museu da Maia, segundo disse à “Vida Económica” Miguel Rodrigues, um dos admi-nistradres da empresa.

Recorde-se que o Vinci GT re-sulta de um investimento de três milhões de euros. Com uma pro-

Projecto de coupé desportivo português com poucas definiçõesEmpreendedores do projecto mantêm prazos de produção do modelo, cujo protótipo não funcional foi apresentado no IV Salão AutoClássico, que voltou a “arrastar” multidões à Exponor

dução estimada de cerca de 50 unidades, terá um preço de 200 a 300 mil euros, tão exclusivos com as performances: 270 km/h de velocidade máxima e 5,6 segun-dos para atingir os 100 km/h. O ponto de situação do projecto foi feita pelo AMM na apresentação do protótipo não funcional do modelo, que esteve presente no IV Salão AutoClássico, que decorreu na Exponor, no Porto, de 29 de Setembro a 1 de Outubro.

Com mais de 200 expositores, o evento contou, de novo, com mui-ta afluência de público. Em decla-rações à “Vida Económica”, o res-ponsável pela empresa de comércio e reparação de automóveis (con-temporâneos e clássicos) Cardoso e Pereira, José Cardoso, referiu que a presença no certame é vantajosa, “quanto mais não seja pelos contac-tos que ficam e pela imagem” que

se passa. “Além de ser um excelente para conversar com muitos do vi-sitantes sobre esta paixão comum, é uma boa forma de promoção da empresa, que complementa outros meios, como a nossa página na In-ternet (www.cardosoepereira.web.pt)”, acrescentou.

Além dos clássicos expostos, me-receram destaque eventos comple-mentares. Um foi o MotorShow, em que vários pilotos mostraram a sua destreza, entre os quais o ci-neasta Manoel de Oliveira, que, apesar dos 98 anos, não resistiu a conduzir o Ford V8 Especial (hoje propriedade de um coleccionador alemão) que conduziu nas déca-das de 1930 a 1950. Outro foi o Topcar Porto, a mostra de veículos usados de segmentos “premium” (mais de 225 cv para os motores a gasolina e 200 para os diesel).

AQUILES [email protected]

“Percepção da Alfa Romeo está a mudar” “A percepção do público português da Alfa Romeo está a mudar todos os anos para melhor”. A garantia é dada à “Vida Económica” pelo responsável de marketing da marca italiana em Portugal, Pablo Rosso, que faz um balanço positivo do evento Alfa Romeo Summer Drive.

Vida Económica- Que balanço faz do Alfa Romeo Summer Dri-ve?

Pablo Rosso- O Alfa Romeo Summer Drive tinha uma multipli-cidade de objectivos que podemos afirmar que foram integralmente cumpridos. Em primeiro lugar que-ríamos mostrar aos nossos clientes e potenciais clientes os novos produ-tos Alfa Romeo. O entusiasmo com que o Alfa Brera e a 159 SW foram recebidos encheu-nos de orgulho e aumentou o nosso nível de con-fiança quanto aos bons resultados comerciais previstos.

São viaturas que pela sua beleza estética ímpar não deixaram nin-guém indiferentes. Por outro lado, quisemos também mostrar às pesso-as que não são viaturas inatingíveis convidando os curiosos e simpati-zantes da marca Alfa Romeo a tes-tá-los. Quebrámos recordes de “test drives” e recebemos um “feedback” muito positivo.

VE- E também quiseram pre-miar os actuais clientes...

PR- É claro que também qui-semos premiar os nossos actuais clientes, dar-lhes a oportunidade de estar em contacto directo com os responsáveis da marca em Portugal em ambientes que reflectissem os valores da marca e a sua postura no

mercado. Muitos ficaram surpreen-didos com a abertura da direcção da Alfa Romeo, com a possibili-dade de discutir directamente com quem está por detrás da sua marca de eleição. Resumindo, considera-mos que a iniciativa foi um verda-deiro sucesso.

VE- Iniciativas com o Alfa Ro-meo Summer Drive podem cons-tibuir para “apagar” a imagem de má qualidade da marca?

PR- Nunca negámos problemas de fiabilidade que se tornaram mui-to óbvios com o 33. Mas esse tempo já lá vai, terminou, morreu. A forma mais honesta de prová-lo é permi-tindo aos consumidores portugueses que testem as novas viaturas Alfa Romeo. Não ficamos a dever nada à concorrência, bem antes pelo con-trário. É por isso mesmo que em cada acção, em cada evento, em cada actividade Alfa Romeo convi-damos as pessoas a testarem os car-ros, permitindo assim que o público seja o juiz.

VE- Qual a percepção actual que o consumidor português tem da marca?

PR- A percepção do público por-tuguês da Alfa Romeo está a mudar todos os anos para melhor. O Alfa Romeo Summer Drive demonstrou

isso mesmo. A marca está a posicio-nar-se correctamente dentro do seg-mento “premium” e isso é notório. Ter hoje um Alfa Romeo é motivo de orgulho, de diferenciação, de es-tilo e de personalidade. E é claro que é através de iniciativas deste género que o público se vai apercebendo das alterações. O que não se altera é a percepção da beleza estética, o design, o primor da imagem, tudo elementos que o público português aprecia. Quando em Portugal se fala de beleza automóvel, ninguém fica indiferente à beleza única dos mo-delos da Alfa Romeo. Aí, somos lí-deres.

VE- Depois da Alfa Romeo Sum-mer Drive, que outras iniciativas se podem esperar da marca?

PR- De futuro, vamos ver um incremento de actividades na área da vela, onde a Alfa Romeo já tem nome, fama e história e também vamos ter algumas surpresas na área do Golfe, desporto com cada vez mais adeptos. A Alfa Romeo vai estar presente com muitas activida-des em inúmeras áreas de interesse público, mas não queremos ainda desvendar tudo. Queremos conti-nuar a surpreender os nossos actuais e futuros clientes.

AQUILES [email protected]

ALFA ROMEO SUMMER

DRIVE: SEIS DISCOTECAS EM DOIS MESES

Durante dois meses, as cores Alfa Romeo percorre-ram seis discotecas do Por-to, de Lisboa e do Algarve país, num “tour” de festas de Verão. O Alfa Romeo Summer Drive, que foi pos-to em prática pela primeira vez em Portugal, arrancou em Julho e terminou em Setembro. Esteve nas dis-cotecas BBC (Lisboa), Bela Cruz (Porto), T-Club (Algar-ve), Kasablanca (Algarve), Kapital (Lisboa) e Twins (Porto).

Nestes 1500 km de “es-trada”, estiveram em desta-que os modelos mais recen-tes da marca transalpina, como o desportivo Brera ou a familiar 159 Sportwagon. Em cada noite, o contacto o público começava sem-pre com um Alfa Rosso, uma original bebida à base de frutos vermelhos desen-volvida especialmente para o evento.

AutomóvelCorsaModelo da Opel chegou

a Portugal em fim-de-semana de portas abertas

50 mil unidades

Produção dos monovolumes Galaxy e S-MAX da Ford cinco meses

sexta-feira, 06 Outubro de 200654

no de concentrar-se no negócio principal, o automóvel. O preço de exercício da opção é de cerca de 892 milhões de euros que serão pagos no momento do fecho da operação a realizar nos próximos dias. Para a reaquisição da acções da Ferrari, a Fiat utilizará fundos próprios, sem recurso a novos fi-nanciamentos, o que reflecte a sua ampla liquidez resultante dos bons resultados obtidos e da alienação de actividades não estratégicas.

Fiat recupera acções da Ferrari

A Fiat exerceu na semana passada a opção de compra para readquirir à Medio-

banca e aos outros membros do consórcio 2,3 milhões de acções da Ferrari S.p.A., correspondentes a 28,63% do capital, elevando as-sim a sua participação na socieda-de para 85%.

A opção estava prevista nos acordos estabelecidos na altura da cessão efectuada em 2002 e inse-re-se na estratégia do grupo italia-

Pablo Rosso não nega que a marca teve problemas de fiabilidade, sobretudo com o 33, mas garante que “esse tempo já lá vai, terminou, morreu”.

Page 55: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

Em parceria com a “Vida Económica”

ARAN distinguiu empresários do sector automóvelA Associação Nacional do Ramo Automóvel apresentou os Managements Awards. Na edição “zero” da iniciativa, desenvolvida em parceria com a “Vida Económica”, foram distinguidos cinco empresários do sector automóvel que dispensam apresentações: António Augusto Clemente da Costa, Fernando Diogo Simão, Manuel Moreira Coutinho, Salvador Fernandes Caetano e Tomaz Jervell.

A Associação Nacional do Ramo Automóvel (ARAN) le-vou a cabo edição “zero” dos Management Awards, na pas-sada quinta-feira, 28 de Setem-bro, no Palácio do Freixo, no Porto. Instituídos em parceria com a “Vida Económica”, estes galardões têm como objectivo premiar os casos de sucesso na gestão de empresas automóveis, as quais actuam num mercado cuja conjuntura actual é muito desfavorável.

A ARAN afirma-se “uma as-sociação virada para o futuro e para a defesa dos interesses dos associados”, uma postura que, aliás, lhe “permitiu crescer 75% nos últimos três anos”. Segundo a entidade, “estes prémios são mais uma prova dessa postura e procuram encorajar a ‘luta’ por melhores dias deste sector,

que é vital para a economia nacional ao empregar milhares de pessoas e permitir ao Estado uma grande receita fiscal”.

No evento, o presidente da ARAN, António Teixeira Lopes, explicou que os Management Awards destinam-se a conces-sionários (distribuidores) e a grupos de retalho automóvel, de acordo com o volume de vendas anuais de viaturas novas.

Estes estão divididos em duas classes, a de concessionários in-dependentes e a de grupos de concessionários. Em cada uma das classes, há prémios para os dois primeiros classificados de cada um dos seguintes critérios: melhor evolução de facturação em anos consecutivos (“mix” de facturação e sua evolução); melhor rentabilidade (com ponderação de melhor margem

Santos (grupo Filinto Mota) e João Peixoto de Sousa (grupo Vida Económica), que, apesar de não ser empresário do sector automóvel, é, de acordo com a ARAN, “um símbolo de empre-endedorismo empresarial para qualquer ramo de actividade”.

Antes da divulgação de pré-mios e premiados, a noite ti-nha sido enriquecida com uma apresentação do Grande Prémio Histórico do Porto de 2007. Esta esteve a cargo de Francisco Santos, da Talento, uma das en-

PUB

de viaturas novas e sem resul-tados excepcionais); e melhor “overhead absorption” (absor-ção dos custos fixos).

Grande Prémio Histórico do Porto associou-se ao evento

No “ano zero” dos Manage-ment Awards foram distingui-dos alguns empresários com relevo no sector automóvel nacional, tais como António Augusto Clemente da Costa (Stand Clemente), Fernando Diogo Simão (grupo Fernan-do Simão), Manuel Moreira Coutinho (grupo MCoutinho), Salvador Fernandes Caetano (grupo Salvador Caetano) e Tomaz Jervell (grupo Auto-Sueco). Tiveram ainda menções honrosas Manuel Teixeira dos

“Foto de família” dos distinguidos no Palácio do Freixo. Da esquerda para a direita: Tomaz Jervell (Auto-Sueco), Clemente da Costa (Stand Clemente), Paula Arriscado (em representação de Salvador Caetano), Manuel Moreira Coutinho (MCoutinho) Jorge Simão (em representação de Fernando Simão), João Peixoto de Sousa (Vida Económica) e Teixeira Lopes (ARAN).

sexta-feira, 06 Outubro de 2006 55AUTOMÓVEL

As personalidades e as empresas distinguidas

António Augusto Clemente da Costa Concessionário da Renault desde 1926, o Stand Clemente, do Porto, é um dos mais antigos representantes da marca em Portugal. Depois da Segunda Guerra Mundial, a empresa inaugurou em 1957 uma nova oficina, na rua do Bolhão, já com o homenageado António Augusto Clemente da Costa, filho do fundador José Mário Clemente, à frente dos destinos. Em 1969, inaugurou as instalações de Serpa Pinto (hoje as principais) e tornou a ligação à Renault exclusiva. Hoje, é o filho José Miguel Clemente que está “ao volante” do Stand Clemente, embora continue a contar com o precioso auxílio do pai.

Fernando Diogo Simão(Prémio recebido por Jorge Simão)O grupo Fernando Simão teve a sua origem em 22 de Março de 1947, numa oficina situada na rua Visconde de Bóbeda (Porto), com a denominação de Oficinas Simão. Hoje constituem o grupo 32 empresas espalhadas por todo o país, estando também em Espanha, em Santander e Torrelavega. Na actualidade, o grupo Fernando Simão tem a sua actividade centrada no sector automóvel, sendo concessionário de marcas como a Opel, Isuzu, Chevrolet, Mercedes, Smart, Volkswagen, Audi, Seat, Skoda, Mitsubishi, Hyundai, BMW e Mini. A actividade alarga-se ainda à distribuição de peças.

Manuel Moreira Coutinho O percurso de Manuel Moreira Coutinho é indissociável da actividade empresarial e da ligação ao sector automóvel. Para este empresário do Marco de Canaveses, este tem sido um ano de ouro: em Julho comemorou os seus 75 anos, em Agosto assinalou os 50 anos de actividade no sector automóvel e em Setembro foi festejar as bodas de ouro. Apesar da actividade do grupo MCoutinho centrar-se desde sempre no negócio automóvel, (em vários distritos acima do Mondego) o grupo está actualmente presente noutras áreas de negócio, como por exemplo o sector imobiliário e o da construção civil.

Salvador Fernandes Caetano Nascido em 1926, em Vila Nova de Gaia, Salvador Fernandes Caetano criou aos 20 anos a fábrica de carroçarias Martins & Caetano & Irmão, que seria o embrião do grupo Salvador Caetano. Em 1967, exportou o primeiro autocarro para o Reino Unido e, em 1968, tornou-se representante exclusivo da Toyota em Portugal, construindo uma unidade de montagem em Ovar, inaugurada em 1971. O crescimento da empresa foi imparável e a expansão dos negócios estendeu-se ao estrangeiro. Ao longo dos 60 anos de actividade, o empresário tem recebido variadas distinções.

Tomaz Jervell A Auto-Sueco representa produtos da Volvo, desde os automóveis, camiões, autocarros os equipamentos para a construção até aos motores marítimos e industriais da Penta. Nos automóveis, a Auto-Sueco vende a retalho, além da Volvo, a Land Rover, a Mazda, a Ford e a Honda. Este grupo 100% português está presente em três continentes – Europa, África e América do Norte – e actua, além do automóvel, no sectores industrial e de serviços. Tomaz Jervell tem 62 anos e representa a segunda geração da empresa portuense, fundada pelo seu pai, Luiz Oscar Jervell, e Yngvar Poppe Jensen.

tidades promotoras da compe-tição, em conjunto com a Câ-mara Municipal, que anunciou as datas definitivas da próxima edição: 7 e 8 de Julho, com cor-ridas de modelos contemporâ-neos, e 14 e 15 de Julho, com bólides de outros tempos.

Tendo a bela paisagem do Douro e do Palácio do Freixo como cenário, o encerramento foi feito com “chave de ouro”, com a actuação do grupo de fados de Coimbra “Canto da Saudade.

Page 56: Rigidez da legislação laboral não tem fundamentobasededados.vidaeconomica.pt/users/0/39/pdf_ve:ve... · Nº 1169 / 06 Outubro 2006 / Semanal / Portugal Continental 2€ PUB 9720972000037

NOTA DE FECHO

Sexo e nuasO acesso à Internet é hoje um dos indicadores do nível

de desenvolvimento de qualquer país. Avalia-se a taxa de penetração da Internet nos lares portugueses, o grau de utilização nas empresas e outros aspectos re-levantes, como o número de sites transaccionais ou não transaccio-nais, ou a evolução dos acessos em banda larga que permitem aceder a grandes volumes de informação.

Tal como aconteceu com a te-lefonia móvel, onde Portugal se evidenciou pelos fortes ritmos de crescimento, superando a maioria dos países europeus, também se encara de forma positiva o aumen-to da quantidade de acessos e o

crescimento das capacidades de tráfego. O nosso país cami-nha na direcção certa se for tecnologicamente evoluído.

O tipo de utilização que é dado à Internet não está tanto no centro das atenções. É positivo que exista uma boa in-fra-estrutura tecnológica e em expansão. Mas é necessário reflectir também sobre os fins para que é utilizada. De acor-do com um estudo recente da Marktest, as palavras mais pesquisadas pelos utilizadores da Internet em Portugal são “sexo” e “nuas”. No topo das preferências surge também a palavra “euromilhões”. Na falta de estudos sociológicos so-bre a matéria, podemos concluir que na maioria dos aces-sos o interesse dos cibernautas está orientado para textos, imagens e vídeos que normalmente não se revelam nem se confessam ou para a ilusão do dinheiro fácil e abundante.

Apesar de o estudo em causa não incidir sobre a utilização da internet nas empresas, há sinais claros e preocupantes.

Os “chats”, ou seja, as mensagens on-line, atingem invaria-velmente os picos de tráfego no início dos horários de expe-diente, de manhã e de tarde. Na medida em que os “chats” estão ligados a assuntos e questões particulares e muito dis-tantes dos aspectos profissionais, seria normal que o tráfego intenso ocorresse fora dos horários do trabalho, à noite ou aos fins-de-semana. No entanto, acontece precisamente o contrário.

Uma boa parte da utilização indevida ou irrelevante da Internet é feita a partir das empresas, nas horas de expedien-te, mobilizando equipamentos, serviços e tempo de trabalho que deviam estar afectos às actividades profissionais.

Todas as empresas, quase sem excepção, têm muito a ga-nhar com os serviços disponibilizados com base na Internet. Mas, paradoxalmente, a Internet é a principal causa de falta de produtividade das empresas, ao desviar tempo e recursos para os fins mais diversos.

Normalmente, as empresas disponibilizam os acessos à Internet, acreditando que lhes será dada uma utilização ade-quada. Mas depois falta o acompanhamento, falta a defini-ção de regras internas e o critério que tende a prevalecer é a avaliação subjectiva de cada um em relação ao que considera legítimo ou não. O que faz a empresa perante os colabora-dores que estão fisicamente presentes, no seu posto de tra-balho, mas virtualmente ausentes, porque participam nos “chats”, ou porque tratam da sua correspondência particu-lar? Que critérios segue em relação à recepção e envio pelos seus colaboradores das mensagens inúteis que, aos milhares, circulam diariamente na rede?

Não havendo um mínimo de rigor quanto à utilização que é dada à Internet nas empresas, a atenção de muitos utilizadores vai continuar a concentrar-se em temas como sexo, nuas ou Euromilhões. Se não se fizer a separação das águas e se a utilização indevida continuar a ser demasiado frequente nas empresas, em vez de um indicador de pro-gresso, a Internet poderá representar um factor que explica parte do nosso atraso.

João Luís de SousaDirector Adjunto

Todas as empresas têm muito a ganhar com os serviços

disponibilizados com base na Internet. Mas, paradoxalmente,

a Internet é a principal causa de falta de produtividade das empre-sas, ao desviar tempo e recursos

para os fins mais diversos.

Taxa de desemprego mantém-se nos 7,2%A taxa de desemprego em Portugal permane-ceu nos 7,2% em Agos-to, seguindo inalterada em relação ao mês an-terior. A taxa de desem-prego nacional recuou relativamente aos 7,7% registados em Agosto do ano passado. Segun-do os dados do Euros-tat, os números de Por-tugal mantêm-se abaixo da média da Zona Euro, que aumentou para os 7,9%. Na região, a França e a Bélgica são os dois Estados-mem-bro com a maior taxa de desemprego. Já a Dina-marca e a Holanda apre-sentam as taxas mais baixas. Na União Euro-peia, a taxa de desem-prego situou-se nos 8%, mantendo o nível de Ju-lho e recuando 8,7% face ao mês homólogo.

Unidades de saúde familiar permitiriam poupar 9,8 milhões ao Estado

A criação de unidades de saúde familiar (USF) po-deria poupar ao Estado 9,8 milhões de euros por ano. Um estudo da Associação Portuguesa de Economia da Saúde (APES) chegou à con-clusão depois de analisar os custos dos centros de saúde nacionais e do regime remu-neratório experimental.

Após a comparação dos custos financeiros de um cen-

no número de consultas por utente e a percentagem dos utilizadores nos RRE é 5,8% superior à dos centros de saú-de convencionais”. Segundo as contas da APES, o total da poupança de 8,9 milhões de euros seria influenciado pelos menores custos com medica-mentos receitados e exames prescritos. Já o vencimento dos médicos subiria 2,4 eu-ros.

tro de saúde tradicional com as unidades familiares, a aná-lise indica que o sistema RRE fica mais barato ao Estado. A APES concluiu que cada utente inscrito num centro de saúde representa, anualmen-te, 216,5 euros ao Estado, e cada consulta 68 euros. Os custos baixariam para 112,5 euros no caso do modelo RRE. De acordo com o rela-tório, não existem “diferenças

N.º 1169 / 06 Outubro 2006 Semanal J2 Portugal Continental

Os preços no produtor em Portugal registaram uma subida de 0,4% em Agosto face ao mês anterior.

De acordo com o Euros-tat, verificou-se a manu-tenção da variação homó-

loga de 4,9%. Na Zona Euro, os preços aumen-taram 0,1% em relação a Julho, mas diminuíram 5,7% na comparação ho-móloga, acrescenta a análi-se do gabinete de estatísti-

ca da Comissão Europeia. Na Europa dos 25 Esta-dos-membro, os preços evoluíram 0,2% em Agos-to e 6,2% relativamente a Agosto do ano passado, refere o Eurostat.

Preços no produtor aumentam em Agosto