Upload
truongdan
View
258
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
244
Revoluções Inglesas
A revolução inglesa do século XVII assumiu um caráter religioso
(anglicanos e católicos X puritanos e presbiterianos) e político
(monarquia X parlamento).
- No séc. XVI surge o absolutismo dos Tudor, após a guerra das Duas
Rosas com Henrique VII.
o Durante o absolutismo dos Tudor destacaram-se:
Henrique VIII – Ato de Supremacia.
Elizabete I – a Inglaterra alcançou grande desenvolvimento econômico
com a criação de indústrias, estabelecimento de monopólios e
companhias de comércio.
- Com a morte de Elizabete, inicia-se o Absolutismo dos Stuart.
- Absolutismo dos Stuart
- Durante o governo dos Stuart tem início os conflitos entre o rei e o
parlamento.
- Jaime I defende a implantação do absolutismo de caráter divino e
enfrentou resistências do Parlamento, que fechou-o. Os atritos foram
devido a criação e aumento de impostos.
- Carlos I – os atritos entre o rei e o Parlamento se intensificaram. Em
1628, o Parlamento impõe a Petição de Direitos que reafirmava os
princípios da Magna Carta e o rei reage fechando o Parlamento.
Em 1637 tenta intervir na Igreja Presbiteriana da Escócia substituindo-
a pelo culto anglicano. A Escócia invade a Inglaterra e a população se
divide em dois grupos: cavaleiros (Rei) e cabeças redondas
(Parlamento).
- Com a vitória dos cabeças redondas, inicia-se a República de
Cromwell.
- A República de Cromwell
- Entre as realizações de Cromwell, destacam-se: confisco das terras da
Igreja Anglicana e dos realistas; Irlanda e Escócia foram conquistadas
e submetidas, Atos de Navegação (1651).
- Carlos II restaurou o absolutismo dos Stuarts que procurou orientar a
política externa de modo a não prejudicar os franceses e no plano
interno decretou o ato de Tolerância que beneficiava os católicos. O
Parlamento aprova o Bill of Test e surgiram os Tories e Whigs.
- Quando Jaime II pretendeu restabelecer o catolicismo, desprezando os
interesses da maioria protestante e intensificou o absolutismo, uniram-
se os tories e Whigs na Revolução Gloriosa que derrubou o
absolutismo e instaurou a Monarquia Constitucional Parlamentar.
- O novo rei, Guilherme III jurou o Bill of Rights (Declaração de Direitos)
que estabelecia como competência do Parlamento, lançamento de
impostos, liberdade de expressão entre outros. Subia ao poder a
burguesia aliada dos grandes proprietários de terra.
Consequências da Revolução Inglesa
No plano político, a revolução gloriosa marcou o fim do absolutismo na
Inglaterra onde o poder do rei passou a ser limitado pelo parlamento, e
a monarquia adiquiriu um caráter constitucional.
No plano socioeconômico, a revolução gloriosa selou um compromisso
entre a burguesia urbana e a nobreza proprietária de grandes terras
formando o processo de desenvolvimento do capitalismo industrial.
O Iluminismo
Corrente de pensamento, também chamada de Ilustração, dominante
no século XVIII, especialmente na França, sua principal característica
é creditar à razão a capacidade de explicar racionalmente os
fenômenos naturais e sociais e a própria crença religiosa.
01 – Características Principais: O iluminismo é deísta, isto é,
acredita na presença de Deus na natureza e no homem e no seu
entendimento através da razão. É anticlerical, pois nega a necessidade
de intermediação da Igreja entre o homem e Deus e prega a
separação entre Igreja e Estado. Afirma que as relações sociais, como
os fenômenos da natureza, são reguladas por leis naturais. Acredita
que o Homem é naturalmente bom e nascem todos livres e iguais e o
objetivo central dos governantes era garantir os direitos naturais dos
homens, ou seja, a liberdade, a igualdade e a propriedade privada.
O Iluminismo e a Crítica ao Antigo regime: Absolutismo; Sociedade
Estamental; Mercantilismo; Intolerância Religiosa.
Ao criticar o Antigo Regime, a burguesia foi desenvolvendo sua própria
ideologia, baseando-se nos seguintes concepções:
Estado só é verdadeiramente poderoso se for rico;
Para enriquecer, ele precisa expandir as atividades capitalistas.
Para expandir as atividades capitalistas é preciso dar liberdade e
poder à burguesia.
Princípios do Iluminismo: Racionalismo; / Mecanicismo; / Liberalismo
econômico; / Liberalismo político.
02 - Principais Teóricos do Iluminismo
a) René Descartes (1596-1650) - matemático e filósofo francês,
defensor do método lógico e racional para construir o pensamento
científico
b) Isaac Newton (1642-1727) - cientista inglês, descobridor de várias
leis físicas, entre elas a lei da gravidade. Para Newton, a função da
ciência é descobrir leis universais e enunciá-las de forma precisa e
racional
c) John Locke (1632-1704) - considerado o "pai do Iluminismo”
Representa o individualismo liberal contra o absolutismo
monárquico. Para Locke, o homem, ao nascer, não possui qualquer
idéia e sua mente é como uma tábula rasa. O conhecimento, em
decorrência, é adquirido por meio dos sentidos, base do empirismo,
e processado pela razão.
d) Voltaire (1694-1778) - criticava violentamente a Igreja e a
intolerância religiosa e é o símbolo da liberdade de pensamento.
Defende uma monarquia que garanta as liberdades individuais, sob
o comando de um soberano esclarecido.
e) O Barão de Montesquieu (1689-1755) - através da sua obra, O
Espírito das Leis, pregava a separação dos poderes do Estado em
Legislativo, Executivo e Judiciário, como forma de proteger as
garantias individuais e evitar o abuso dos governantes.
f) Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) - Em sua obra mais
conhecida, O contrato social, defende um Estado voltado para o
bem comum e a vontade geral, estabelecido em bases
democráticas. No Discurso sobre a origem da desigualdade entre os
homens (1755), outra de suas obras, realça os valores da vida
natural e critica o mundo civilizado. Para Rousseau o homem nasce
bom e sem vícios - o bom selvagem - mas depois é pervertido pela
sociedade civilizada. Afirma que a origem das desigualdades social
estava na propriedade privada.
g) Os Enciclopedistas - Grupos políticos afinados com o clero. Entre
1751 e 1772 são publicados 17 volumes planejados em 1750 por
Diderot e pelo físico e filósofo Jean Le Rond d'Alembert (1717-
1783), sob o título Enciclopédia ou Dicionário racional das ciências,
das artes e dos ofícios. Sua publicação sofre violenta campanha
contrária da Igreja e de texto e 11 de pranchas de ilustração.
245
03 - As Teorias Econômicas
a) Os Fisiocratas - São contrários à intervenção do Estado na vida
econômica. O mais importante representante da escola fisiocrata é
François Quesnay (1694-1774), defendia a existência de um poder
natural em ação nas sociedades, que não deve ser contrariado por
leis e regulamentos. É partidário de um capitalismo agrário, com o
aumento da produção agrícola, única solução para gerar riquezas
para uma nação.
b) O Liberalismo Econômico - Seu principal inspirador é o economista
escocês Adam Smith, considerado o pai da economia política, autor
de O ensaio sobre a riqueza das nações, obra fundamental da
literatura econômica. Ataca a política mercantilista por ser baseada
na intervenção estatal e sustenta a necessidade de uma economia
dirigida pelo jogo livre da oferta e da procura de mercado, o laissez-
faire. Para Adam Smith, a verdadeira riqueza das nações está no
trabalho, que deve ser dirigido pela livre iniciativa dos
empreendedores Principais expoentes: Thomas Robert Malthus,
defendia a produção de alimentos cresce em progressão aritmética
e a população em progressão geométrica, gerando fome e miséria
das grandes massas. David Ricardo defende a lei férrea dos
salários, segundo a qual o preço da força de trabalho seria sempre
equivalente ao mínimo necessário para a subsistência do
trabalhador.
04 - Os Déspotas Esclarecidos: As idéias racionalistas e iluministas
influenciam alguns governantes absolutistas, que pretendem governar
segundo a razão e o interesse do povo, sem abandonar, porém, o
poder absoluto. Os mais célebres são: Frederico II, da Prússia;
Catarina II, da Rússia; o marquês de Pombal, ministro português; e
Carlos III, da Espanha. Eles realizam reformas que ampliam a
educação, garantem a liberdade de culto, estimulam a economia,
fortalecem a igualdade civil, uniformizam a administração pública,
introduzem a separação dos poderes judicial e executivo, mas mantêm
a servidão da gleba e a autocracia, aguçando as contradições sociais
e políticas
A INDEPENDÊNCIA DOS EUA
I – A Colonização
Colônias do Norte – agricultura de subsistência, com base na
pequena propriedade familiar. Indústria e comércio e realização de
um contrabando com as Antilhas.
Colônias do Sul – colonização de exploração baseada no
latifúndio, monocultura, trabalho escravo e voltada para a
exportação, plantation.
As colônias eram governadas por representantes ingleses que eram
assessorados por uma assembléia eleita pelos colonos que se
encarregavam de votar leis e impostos. As colônias gozavam de
autonomia político-administrativa.
II – Causas
Guerra dos Sete Anos motivada pela disputa de regiões na América
entre França e Inglaterra. Apesar da Inglaterra ter saído vitoriosa
teve seu tesouro esgotado pelos gastos militares e para se
reequilibrar lançou pesados impostos sobre suas colônias e uma
série de medidas repressivas.
A Nova Política Colonial Inglesa – A Inglaterra decreta as leis de
Navegação com o objetivo de acabar com a relativa autonomia
administrativa das colônias. A partir daí, a função das colônias
passou a ser de produzir para a metrópole e trazer riquezas para a
burguesia inglesa.
As Leis Coercitivas
Lei do açúcar: taxava sobre a importação que não viesse das
Antilhas Britânicas.
Lei do Selo: obrigatoriedade do uso do selo em documentos,
jornais, contratos ou comprovantes de transação comercial.
Lei do Chá: obrigatoriedade de envio de chá oriental a América.
Atos de Townshend: conjunto de leis que taxam artigos de
consumo
As leis intoleráveis – tinham por objetivo salvar a Cia das Índias da
má situação financeira e concedeu o monopólio, provocando a
reação dos colonos em boicotes sistemáticos aos produtos ingleses
e nas primeiras tentativas de organização dos colonos para romper
os laços com a metrópole.
III – A Luta pela Independência
- 1o Congresso Continental da Filadélfia – onde foi redigida a
Declaração de Direito para restabelecer a liberdade das colônias,
sob pena de rompimento definitivo com a Metrópole.
- 2o Congresso Continental da Filadélfia – Thomas Jefferson redige
a Declaração de Independência (04 4-7-1776). A Inglaterra não
aceita e os norte-americanos vencem os ingleses na Batalha de
Saratoga em 1777. A partir daí passa a receber ajuda da França e
da Espanha. A guerra chega ao fim com a Batalha de Yorktown com
a vitória dos colonos em 1783 a Inglaterra reconhece a
Independência através do Tratado de Versalhes.
A revolução representou a concretização dos ideais iluministas, o
exemplo para a independência da América Ibérica.
IV-Significados da Independência
Plano interno- A Escravidão negra permaneceu no país.
Plano externo- Os E.U.A adotam uma Política Imperialista de
Dominação.
V – Conquista do Oeste – É estimulada desde o governo de George
Washington (1789-1796), que oferece facilidades, como preços baixos
para as terras conquistadas e prêmios aos pioneiros. Milhares de
colonos organizam caravanas e passam a enfrentar os índios da
região tomando suas terras. Antes da expansão existem cerca de 1
milhão de índios no Oeste norte-americano. Em 1860 a população
indígena está reduzida a cerca de 300 mil, que passam a viver em
reservas oficiais. A ampliação do território foi devido a três recursos: a
compra, diplomacia e guerra.
VI – Guerra de Secessão – Ocorreu entre 1861 e 1865, resultado dos
atritos entre as regiões norte e sul dos Estados Unidos, devido à
divergência dos sistemas econômico, social e político.
Diferenças entre norte e sul – Em 1860 predomina na região norte
dos Estados Unidos a economia agrícola dos farmers (pequenos
produtores), e a indústria com trabalho assalariado. O sul está
organizado em grandes plantações algodoeiras cultivadas por
escravos negros. A eleição de Abraham Lincoln como presidente, em
1861, com uma plataforma política nortista, coloca a União em
confronto com os sulistas. As tensões entre norte e sul crescem devido
às divergências sobre a introdução de uma política protecionista,
defendida pelo norte, e à campanha abolicionista. São criadas
sociedades nortistas que ajudam a fuga de escravos para o norte,
onde ganham a liberdade. Alguns Estados do sul decidem então se
separar e criam a Confederação dos Estados da América (por isso
246
passam a ser chamados de confederados), com capital em Richmond,
Virgínia. Apesar de não ser um abolicionista radical, Lincoln não aceita
o desmembramento da União e declara guerra ao sul. A resistência
sulista é muito violenta, apesar da inferioridade de forças e do bloqueio
naval estabelecido pelo norte. Para conseguir o apoio dos negros,
Lincoln emancipa os escravos em 1863. Em abril de 1865 os
confederados se rendem. Dias depois Lincoln é assassinado por um
escravista fanático durante uma apresentação de teatro
VII – Consequências da Secessão - A guerra faz 600 mil mortos,
causa prejuízos de US$ 8 bilhões e deixa o sul destruído. Mesmo com
o fim da escravidão os negros continuam sem direito à propriedade
agrícola e sofrem discriminação econômica, social e política.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
1– Conceito
Conjunto de transformações técnicas, econômicas e sociais que se
caracterizam por um duplo aspecto:
substituição da energia física na indústria manufatureira e pela
mecânica na fabril;
formação de duas classes: burguesia e proletariado.
2 – Fases:
1a Fase (1760-1860): carvão e ferro.
2a Fase (1860-1950): aço, eletricidade e capitalismo liberal cede lugar
ao capitalismo monopolista.
3ª Fase (1950- ):microcomputador,microeletrônica, robótica, Química
fina,Biotecnologia e engenharia genética.
3- Fatores do Pioneirismo Inglês (1a Revolução)
Acumulação de capital por meio do comércio marítimo mundial.
Mão-de-obra resultante da revolução agrícola e do cercamento dos
campos.
Localização geográfica que isolava a Inglaterra das guerras
continentais.
Riquezas do subsolo (carvão, ferro, estanho).
Poder político nas mãos da burguesia que permitiu o surgimento de
uma legislação favorável ao capitalismo.
Crescimento Populacional
4 – Principais Inovações Técnicas
Entre as principais invenções mecânicas do período, destacam-se a
máquina de fiar, o tear hidráulico e o tear mecânico, a descoberta
como força motriz, barco a vapor, locomotiva a vapor.
Por volta de 1860, a Revolução Industrial assumiu novas
características – Segunda Rev. Industrial – e uma nova dinâmica
impulsionada por inovações técnicas, como a descoberta da
eletricidade, a invenção de Henry Bessemer para a transformação do
ferro em aço, o surgimento dos meios de transporte(ampliação das
ferrovias seguida das invenções do automóvel e do avião), o
desenvolvimento da indústria química e de outros setores.
5 – Consequências
Consolidação do modo de produção capitalista e da burguesia e
operário como classes antagônicas.
Aumento da população urbana.
Péssimas condições dos operários, provocando movimentos de
contestação como o ludismo (destruição das máquinas).
SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
I – Invenções que marcaram a passagem da 1a para a 2
a Revolução:
Processo Bessemer de transformação do ferro em aço.
Dínamo.
Motor de combustão interna.
II – Expansão: França, Alemanha, Itália, Rússia e EUA.
III – Consequências
Surgimento do capitalismo financeiro – supremacia das finanças
sobre a produção.
A formação dos grandes conglomerados econômicos:
- Trustes – as empresas passam a monopolizar a produção, preço e
mercado.
- Cartéis – acordo para manter preços e divisões dos mercados.
- Holding – grande companhia assume o controle acionário de outras
empresas.
Produção em série que provoca a superprodução.
A expansão do imperialismo devido a necessidade de matérias
primas, mercados externos e mão-de-obra barata.
As Ideias Sociais no Século XIX
01 - Socialismo Utópico – Também chamado de socialismo
romântico, surge no início do século XIX e concebe a organização de
uma sociedade ideal sem conflitos ou desigualdades. Os pensadores
buscam no Iluminismo e nos ideais da Revolução Francesa os
fundamentos de sua crítica à sociedade capitalista. O inglês Thomas
Morus é o precursor, com o livro Utopia (1516), no qual afirma que a
propriedade particular é a fonte de toda injustiça social. Os principais
representantes são o inglês Robert Owen, que defende a sociedade
autogerida, e os franceses Charles Fourrier, que pretende uma
organização em que todos vivam harmonicamente, e Saint-Simon, que
idealiza o domínio da ciência sobre uma sociedade sem classes.
Robert Owen (1771-1858), rico industrial inglês que se transforma em
um dos mais importantes socialistas utópicos. Sua contribuição nasce
da própria experiência. Instala em New Lanark (Escócia) uma
comunidade inspirada nos ideais utópicos. Monta uma fiação no centro
de uma comunidade operária e promove a organização de serviços
comunitários de educação, saúde e assistência social. A comunidade
passa a se autogerir e todos os integrantes pertencem à mesma
classe. No lugar de dinheiro circulam vales correspondentes ao
número de horas trabalhadas.
Charles Fourrier (1772-1837) nasce em Besançon, França, filho de um
comerciante de tecidos. Trabalha como comerciante mas acaba falindo
e decide servir o Exército. Afastado da ativa por problemas de saúde,
volta a trabalhar com o comércio e começa a escrever sobre questões
sociais e econômicas. Em 1822 lança o jornal O Falanstério (depois
mudado para A Falange), defendendo sua idéias, influenciadas pelo
idealismo de Rousseau. Propõem que a sociedade se organize em
comunidades chamadas falanstérios, espécie de edifícios-cidades
onde as pessoas trabalham apenas no que querem. Fourrier defende
assim o fim da dicotomia entre trabalho e prazer. Nos falanstérios os
bens são distribuídos conforme a necessidade. A educação deve se
adaptar às inclinações de cada criança e não existem restrições
morais à prática de sexo.
Saint-Simon (1757-1825) é como fica conhecido o pensador francês
Claude Henri de Rouvroy, conde de Saint-Simon, um dos principais
socialistas utópicos. Nasce em Paris e entra para o Exército com 17
anos. Luta na guerra de Independência dos Estados Unidos e, de volta
à França, abandona seu título de nobreza e adere à Revolução
Francesa. Retoma os estudos aos 40 anos, depois de ter sido preso
durante o Período de Terror. Cursa medicina e a Escola Politécnica.
Começa a se projetar como teórico do socialismo em 1802, com o livro
247
Cartas de um habitante de Genebra a seus contemporâneos, no qual
defende uma nova religião baseada na ciência e dedicada ao culto de
Newton. Suas idéias são retomadas pelos tecnocratas no século XX.
02 - Socialismo Científico
Teoria política elaborada por Karl Marx e Friedrich Engels entre 1848 e
1867. Essa corrente deriva da dialética (resultado da luta de forças
opostas) hegeliana e é influenciada pelo socialismo utópico e pela
economia inglesa. A partir do materialismo histórico, prevê o triunfo
final dos trabalhadores sobre a burguesia. Marx chama de comunismo
essa sociedade e de socialismo o processo de transição do
capitalismo ao comunismo.
Materialismo histórico - Segundo Marx, o homem e suas atividades
são reflexos das condições materiais que o cercam. Estas são
determinadas pela História, que é resultado do confronto de classes
sociais antagônicas que lutam pela hegemonia. A luta de classes é o
motor da história e só desaparece com a instalação de uma sociedade
comunista, sem divisão de classes ou exploração do trabalho, e
baseada na solidariedade. O Estado é o instrumento pelo qual a classe
dominante exerce essa hegemonia sobre as demais. Outro conceito do
marxismo é a Mais-Valia que corresponde ao valor da riqueza
produzida pelo operário além do valor remunerado de sua força de
trabalho e que é apropriado pelos capitalistas.
03 – Anarquismo
Movimento que surge no século XIX, propondo uma organização da
sociedade onde não haja nenhuma forma de autoridade imposta. Para
os anarquistas, uma revolução não deve levar à criação de um novo
Estado porque este seria sempre uma nova forma de poder coercitivo.
O anarquismo tem duas correntes importantes. Uma, pacífica, que tem
como principal representante o francês Pierre-Joseph Proudhon. Para
ele qualquer mudança social deve ser feita com base na fraternidade e
na cooperação entre os homens. A outra corrente afirma que a
modificação da sociedade só pode ser feita depois de destruída toda a
estrutura social existente. Para isso é válida a utilização da violência e
do terrorismo. O russo Mikhail Bakunin, considerado um dos principais
teóricos e militantes do anarquismo, chega a participar de atentados,
influenciado por Serguei Netchaiev, um dos defensores dessa
corrente.
REVOLUÇÃO FRANCESA
I – Causas
1. Situação social - Estamentos sociais:
O 1o e 2
o Estados eram isentos de impostos, como ainda usufruíam o
tesouro real, através de pensões e cargos públicos.
O 3o Estado formava a maioria da população e reivindicava a extinção
dos privilégios e a igualdade civil. Os impostos e as contribuições para
o rei, clero e a nobreza eram pagos pelo 3o Estado.
2. Situação Econômica
- Entraves ao capitalismo: servidão, alfândegas internas e
cooperações de ofício.
- As constantes guerras externas contra a Áustria, Prússia e a
Independência dos Estados Unidos contribuíam para arruinar a
economia. Além disso, havia os pesados gastos com a manutenção
da corte, crescimento da dívida externa.
3. Situação Política
- Absolutismo baseado na Teoria do Direito Divino dos Burbons.
- Desorganização político-administrativa – onde o Estado gastava
mais do que arrecadava.
- Iluminismo – a burguesia tomou consciência da necessidade de
derrubar o Antigo Regime.
II – O Início da Revolução e as jornadas Revolucionárias
- Em meio ao caos econômico, o descontentamento era geral. Luiz
XVI tinha que tomar uma iniciativa para superar a crise.
Sucessivamente o rei indica Turgot que tentou acabar com a
servidão e tentou eliminar as corporações de ofício. Para acabar
com o déficit tentou fazer uma reforma fiscal e foi demitido.
- Necker – reforma fiscal e foi demitido.
- Calonne e a grave crise econômica provocada pela seca, e tratados
com a Inglaterra agrava ainda mais a situação.
- Necker – convocação dos Estados Gerais que desde 1614 não eram
convocados. A burguesia aproveita para fazer reivindicação.
Duplicação do número de representantes, votação por cabeça e
reunião conjuntas.
Jornadas Revolucionárias:
Juramento da sala de jogo da péla – declara-se em Assembléia
Nacional e depois se transformou em Assembléia Nacional
Constituinte.
Tomada da Bastilha – símbolo do absolutismo.
Grande Medo – assinatura da Declaração de Direitos do Homem
que assegurava igualdade, liberdade e fraternidade para aliviar as
pressões.
Transferência do rei para Versalhes.
Fases: * Monarquia Constitucional
- Constituição de 1791: fundamentada no liberalismo, abolia o
feudalismo, estabelecia liberdade de comércio, confirmava o direito
de propriedade privada e voto censitário.
- Constituição Civil do clero: confisco dos bens da Igreja e os padres
passavam a subordinar-se ao Estado.
- Partidos:
Girondinos = alta burguesia comercial e industrial.
Jacobinos = pequena burguesia.
Feuillonts (Planície) – alta burguesia financeira.
Cordeliers – camadas mais populares.
- Organização da Contra revolução, onde os exércitos franceses são
vitoriosos na Batalha de Valmy.
Convenção e República
- Disputa entre girondinos e jacobinos sobre o que fazer com o rei,
vencendo a proposta dos jacobinos que defendia o julgamento e
execução do rei.
- Os girondinos no poder viam na guerra uma forma de aumentarem
suas fortunas e por isso promove a liberalização dos preços.
- Os Sans Cullotes liderados por Jacques Roux exigiam reformas,
controle dos preços. Os jacobinos cercam a Convenção, prendem
os girondinos e assume o poder.
- República Jacobina (Ditadura Jacobina) – período do Terror que
toma as seguintes medidas: abolição da escravidão nas colônias,
fim de todos os privilégios, controle dos preços dos gêneros
alimentícios, distribuição das propriedades dos emigrados, voto
universal.
- Os girondinos derrubam a República jacobina através do Golpe do
09 Termidor e inicia-se o Diretório.
248
Diretório
- Abolição da lei do máximo que limitava os preços dos gêneros
alimentícios.
- A volta do voto censitário.
- O poder executivo foi confiado a um diretório de cinco membros.
- Conspiração de Babeuf: tinha por objetivo tomar o poder e
estabelecer uma sociedade mais justa e sem privilégios.
- Os realistas desejavam o retorno dos Burbons.
- Diante da instabilidade interna, ameaça externa e corrupção,
Napoleão através do 18 de Brumário assume o poder.
ERA NAPOLEÔNICA
1 – Consulado
- Napoleão teve como prioridade enfrentar as ameaças externas e
reorganização da economia francesa.
- Procurou eliminar a ameaça externa, vencendo a Segunda
Coligação (Ingl. + Áustria e Rússia). Vence os austríacos na batalha
de Marengo e assina a Paz de Amiens com a Inglaterra, em que
estabeleceu uma trégua e os ingleses renunciam algumas
conquistas coloniais.
- Eliminada a ameaça, Napoleão procura resolver a situação interna,
a crise financeira foi solucionada com a criação do Banco da França,
que exerceria o controle da emissão de papel – moeda. Para
incentivar o desenvolvimento industrial cria a Sociedade de Fomento
à Indústria e realiza obras de infra-estrutura (canais, construção de
estradas, etc.), para diminuir o desemprego. As relações com a
Igreja foram solucionadas com a Concordata de 1801 que
estabelecia a nomeação de bispo pelo consulado e liberdade de
culto. Na Educação reorganizou o ensino francês, que passou a ter
como principal missão à formação de cidadãos capazes de servir ao
estado burguês.
- Código Civil Napoleônico – assegurava as conquistas burguesas
como igualdade de todos perante a lei, o direito de propriedade e
proibição de organização de sindicatos operários. Através de um
plebiscito é coroado imperador.
2 – Império
- Período marcado por guerras externas, em geral lideradas pela
Inglaterra que via na França uma rival no continente aos seus
produtos industrializados.
- No confronto contra a Terceira Coligação (Ingl., Rússia e Áustria),
onde fica comprovada a superioridade da marinha inglesa na
batalha de Trafalgar e em terra a superioridade francesa nas
batalhas de Ulm e Austerlitz. Napoleão destrói o Sacro Império
Romano- Germânico e cria a Confederação do Reno.
- Napoleão visando enfraquecer o poderio inglês decreta o Bloqueio
Continental. A Rússia através da Paz de Til sit adere ao Bloqueio.
Esse bloqueio prejudicou os países europeus que dependiam das
compras de suas matérias-primas pela Inglaterra.
3 – Decadência
- Nacionalismo das Nações Conquistadas – a burguesia dos países
que antes recebera os exércitos como libertadores, voltou-se contra
ele. A Espanha tradicional aliada, revolta-se diante da invasão
napoleônica.
- O Fracasso do Bloqueio Continental – a economia francesa não
possuía estrutura para substituir os ingleses nas relações
econômicas no continente.
- O Fracasso Militar na Rússia – prejudicada pelo bloqueio rompe
com a França que reage invadindo o país. Os russos utilizam a
tática de terra arrasada.
- A 6a Coligação (Prússia, Áustria, Rússia e Inglaterra) – que o venceu
na batalha das Nações em Leipzig. Napoleão foi para a Ilha de Elba.
Com o exílio restabeleceu-se a dinastia dos Burbons com Luiz XVIII.
- Napoleão foge da ilha de Elba e governa durante os Cem Dias,
sendo derrotado na batalha de Walterloo. Foi exilado na ilha de
Santa Helena.
CONGRESSO DE VIENA
- Após a derrota de Napoleão em Leipzig, na batalha as Nações
(1813) as grandes potências européias reorganizam o mapa político
da Europa.
Entre os princípios que nortearam o Congresso temos;
Restauração – volta do Antigo Regime.
Legitimidade – volta das dinastias depostas pela revolução.
Equilíbrio europeu – manutenção da velha ordem pelo equilíbrio de
forças entre as potências.
SANTA ALIANÇA
- Os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade foram substituídos
pelos princípios da fé, autoridade e tradição marcando a vitória da
Ideologia Conservadora.
- A Santa Aliança foi um pacto militar entre as grandes potências
participantes do congresso de Viena, com o objetivo de reprimir os
movimentos liberais e nacionalistas decorrentes das idéias
implantadas pela Revolução Francesa.
- O declínio da Santa Aliança:
Retirada da Inglaterra – iniciara seu processo de industrialização,
era importante a expansão dos mercados consumidores. Por isso
apóia os movimentos de independência das colônias latino-
americanas, defendendo o princípio de não-intervenção contrariando
os interesses da Santa Aliança.
Doutrina Monroe – os EUA se opõem qualquer tentativa
recolonizadora.
Revolução Liberal na França que restabeleceu a independência
política da Grécia, Bélgica, adotando Monarquia Constitucional e
Parlamentar
AS REVOLUÇÕES DE 1830
França
- Luiz XVIII assume o poder após a derrota de Napoleão, restaurando
a monarquia dos Burbons. Procurou conciliar a restauração com a
manutenção de algumas conquistas da revolução.
- Após queda de Napoleão vários partidos disputavam o poder:
Ultra-realistas: lutavam pela restauração do Antigo Regime
Constitucionalistas: alta burguesia que defendia a manutenção do
equilíbrio político, através de uma Constituição.
Liberais: defensores dos princípios da Revolução Francesa.
- Na França foi instalada pela Alta Burguesia o Terror Branco que
perseguia e massacrava liberais, republicanos e bonapartistas.
Carlos X – partido ultra-realista
- Decreta as Ordenações de julho que suspendiam a liberdade de
imprensa, dissolviam a Câmara, uma nova lei eleitoral desfavorável
à burguesia. O objetivo desses decretos era reagir contra a oposição
liberal.
- Procurou elevar a carga tributária para contornar a grave crise
econômica.
249
- Através das jornadas Gloriosas em 1830, Carlos X foi afastado e no
seu lugar instalado um governo liberal-burguês de Luís Felipe.
- As repercussões da revolução liberais se fazem sentir na: Bélgica
que proclamou sua independência da Holanda; na Itália, Alemanha
e Polônia.
- Luís Felipe realiza uma reforma na Constituição que deu a alta
burguesia o controle de setores básicos da economia (ferrovias,
bancos, minas de carvão e ferro) assegurando condições para a
industrialização.
REVOLUÇÕES DE 1848
- Entre os fatores que determinaram destacam-se:
Liberalismo: contrário às limitações impostas pela monarquia
absolutista.
Nacionalismo: procurou unir os povos de mesma origem e cultura.
Socialismo: pregava a igualdade social e econômica
A crise econômica: entre 1846 e 1848 ocorre uma série de péssimas
colheitas causadas pela seca e por pragas, provocando o aumento
dos preços dos produtos e ruína dos camponeses. No setor
industrial ocorre uma superprodução devido a ausência do poder
aquisitivo da população, causando falência e desemprego.
A miséria e o descontentamento da população, onde camponeses e
operários passam a reivindicar melhores condições de vida.
OBS.: Denomina-se Primavera dos Povos uma série de movimentos
revolucionários de forte conteúdo nacionalista que eclodiu na Europa
em 1848.
A Revolução na França
- Ocorre no governo de Luís Felipe – rei burguês.
- O partido socialista defendia suas idéias por meio de banquetes que
terminava em debates.
- Em 22 de fevereiro – Guizot proíbe a realização de banquetes
provocando a revolução e a derrubada de Luiz Felipe, proclamando
a Segunda República na França. O governo era constituído por
republicanos., socialistas e bonapartistas que decreta o fim da pena
de morte e sufrágio universal. Foram criadas as Oficinas Nacionais
(espécie de fábrica) para diminuir o desemprego.
- Nas eleições sai vitorioso Luiz Napoleão (Napoleão III) que no final
do seu mandato fechou a Assembléia Nacional, uma vez que a
Constituição proibia a reeleição e implanta uma ditadura (18 de
brumário de Luiz Napoleão).
A Revolução de 1848 em outros países
Itália
Estava dividida em vários estados independentes e os movimentos
tinham um caráter liberal e nacionalista. Contra a descentralização e
o absolutismo surgem diversos movimentos: Jovem Itália
(Unificação em torno de uma República) e Resorgimento (Monarquia
Liberal). A primeira tentativa foi feita pelo rei Carlos Alberto, que
falhou.
Alemanha
Após o Congresso de Viena, os Estados alemães foram reunidos
numa Confederação, na qual a Áustria e Prússia eram membros
importantes. Após uma revolução entrega o Trono a Frederico IV rei
da Prússia que sofre oposição da Áustria, que sufoca o sonho de
unificação.
Segundo Império Francês e a Comuna de Paris
Napoleão III procurou desenvolver a economia, garantiu a ordem
social através de um governo autoritário e diminuiu o nível de
desemprego através da execução de inúmeras obras públicas.
Desagradou aos católicos ao retirar seu apoio ao Papa durante os
movimentos de unificação na Itália e envolve-se numa guerra contra a
Prússia, onde foi derrotado e marca a queda do Segundo Império
Francês proclamando a Terceira República Francesa de Thiers.
- A Comuna de Paris foi organizada pelo governo da capital e tinha
por objetivo implantar em Paris um governo revolucionário, de
tendência socialista, com a participação dos trabalhadores. A
burguesia sentindo-se ameaçada pela classe trabalhadora, articulou
a repressão, executando milhares de pessoas em Paris.
INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA ESPANHOLA
Causas:
Idéias iluministas – base ideológica para os anseios autonomistas.
Revolução industrial e o liberalismo econômico – os políticos
monopolistas prejudicava a burguesia britânica e as elites coloniais
e o desenvolvimento do capitalismo.
Marginalização política da aristocracia Criolla – os Chapetones
monopolizava o poder político, dominando os altos cargos da
administração colonial. Os criollos sentiam-se prejudicados com o
monopólio que dificultava as transações econômicas e limitava o
acesso aos cargos administrativos e políticos.
Invasão Napoleônica na Espanha e a imposição de José Bonaparte.
O novo rei foi aceito pelas colônias que desencadearam o processo
de emancipação formando juntas governamentais provisórias.
FASES:
1a Etapa:
Precursores: - Revolta de Tupac-Amaru no Peru liderou um
movimento contra os abusos cometidos pelos chapetones.
- Francisco Miranda: proclamou a independência da Venezuela. O
movimento foi reprimido.
O fracasso desses movimentos foi em grande parte da falta e apoio da
Inglaterra que estava empenhada em derrotar Napoleão e a ausência
dos EUA. Também favoreceu o isolamento geográfico entre as
regiões.
2a Etapa
Simon Bolívar desencadeou a Campanha que culminaria com a
libertação da Venezuela, Colômbia e Equador e José San Martín
promovia a libertação da Argentina, Chile e Peru.
No México, a primeira tentativa ocorre em 1810, liderado pelas massas
populares e o movimento foi antes de tudo rural. As insurreições foram
lideradas por Miguel Hidalgo, padre Marelos e Vicente Guerreiro que
enfatizaram reformas populares, propondo o fim da escravidão, a
igualdade de direitos e a condenação da aristocracia. Augustin Itúrbide
enviado pelo rei alia-se a Guerrero no Plano de Iguala e proclama a
independência, igualdade de direitos entre criollos e chapetones. Em
1822 Itúrbe torna-se imperador.
Consequências
Divisão política da América Espanhola.
Nova dependência da América em relação a Inglaterra.
Fortalecimento dos chefes locais, que passaram a disputar o poder,
criando um quadro de anarquia e de dificuldades que deram origem
ao Caudilhismo.
A UNIFICAÇÃO DA ITÁLIA E DA ALEMANHA
250
01 - Unificação Italiana
Desde a onda revolucionária de 1848 e 1849, contra a dominação
austríaca, começam as tentativas de unificação do reino da Itália.
Durante esse período os revolucionários proclamam pelo menos três
repúblicas, a de São Marcos, a Toscana e a Romana, mas os
exércitos austríacos derrotam os liberais e tropas francesas ocupam
Roma.
Política de Cavour – Em 1852 Camilo Benson, conde de Cavour,
assume a presidência do Conselho do Piemonte e começa a pôr em
prática um programa para a unificação da Itália. Sua estratégia é
mobilizar a população em torno de um único nome, o de Vittorio
Emmanuel, e fazer uma aliança com o imperador francês Napoleão III
para poder enfrentar as forças austríacas.
Sociedade Nacional – Em 1857, Giuseppe Garibaldi - e Pallavicino,
com o apoio de Cavour, fundam a Sociedade Nacional para fomentar a
unidade e conquistar a independência. Fracassam as tentativas de
Cavour de conseguir o apoio estrangeiro. Ganham corpo as
insurreições patrióticas e as tropas de camisas vermelhas organizadas
por Garibaldi. A partir de 1860 Garibaldi passa à ofensiva, liberta a
Sicília e a Calábria, derrota as tropas do papado e dos Bourbon e
estabelece as condições para a instalação de um Estado unificado na
Itália. O Estado é unificado por Vittorio Emmanuel, rei da Sardenha,
entre 1861 e 1870. Proclamado rei da Itália, Vittorio Emmanuel
enfrenta resistência austríaca em devolver Veneza e a recusa do
Estado pontifício em entregar Roma para ser capital do reino.
02 – Unificação Alemã
A divisão da Alemanha em pequenos Estados autônomos atrasa seu
desenvolvimento econômico. As atividades comercial e bancária se
intensificam com a União Aduaneira (Zollverein) de 1834, com o fim da
servidão e com a introdução do trabalho assalariado na agricultura
(1848). A partir de 1862, a Prússia conquista a hegemonia sobre os
demais Estados alemães e aplica uma política interna unificadora e
externa expansionista, tendo Otto von Bismarck como primeiro-
ministro.
Crescimento econômico - A política de Bismarck é facilitada pelo
rápido crescimento econômico germânico, baseado na produção de
carvão mineral e ferro bruto. A produção mecânica, elétrica e química
cresce com a concentração de grandes empresas como Stinnes,
Krupp, Stumm e Siemens. O transporte naval e ferroviário intensifica o
comércio externo. Quando o II Reich (o I Reich é o Sacro Império
Romano-Germânico, instalado por Oto I em 962) é instalado por
Guilherme I, o país já é uma grande potência industrial e militar.
Otto Von Bismarck (1815-1898), conhecido como "chanceler de ferro",
é o grande mentor da unificação alemã sob hegemonia prussiana. É
ministro do rei da Prússia, em 1862. Sua caminhada para alcançar a
unidade alemã sob a hegemonia da Prússia começa com a vitória de
Sadowa, sobre a Áustria, em 1866. A guerra contra a França, em 1870
e 1871, consolida sua política e permite a proclamação do II Reich.
Como chanceler do novo império, dedica-se lhe acrescentar novos
poderes. Combate ferozmente os socialistas, reprimindo-os ao mesmo
tempo em que procura conquistar os trabalhadores com uma política
social. Realiza uma política externa baseada no confronto com a
França.
O IMPERIALISMO DO SÉCULO XIX
O colonialismo do século XIX (neocolonialismo), incrementado a partir
de 1880, tem por base uma nova divisão econômica e política do
mundo pelas potências capitalistas em ascensão. Reino Unido,
Estados Unidos e Alemanha experimentam um auge industrial e
econômico a partir de 1870, seguidos pela França e Japão. Itália e
Rússia ingressam na via da industrialização nesse mesmo período. Os
monopólios e o capital financeiro de cada potência competem
acirradamente pelo controle das fontes de matérias-primas e pelos
mercados situados fora de seus países.
Tipos de colônia - O neocolonialismo desenvolve política que tem por
eixo dois tipos de colônia: as colônias comerciais e as colônias de
assentamento. As colônias comerciais devem fornecer matérias-
primas e, ao mesmo tempo, constituir-se em mercados privilegiados
para produtos e investimentos de capitais das metrópoles. As colônias
de assentamento servem de áreas de recepção dos excedentes
populacionais das metrópoles.
01 - PARTILHA DA ÁFRICA
Ocorre a partir de 1870, quando a Alemanha e a Itália entram em
disputa com a Inglaterra e a França pela conquista de territórios que
sirvam como fontes de abastecimento de matérias-primas industriais e
agrícolas e mercados para seus produtos. Portugal e Espanha
conseguem manter alguns de seus antigos territórios coloniais. A
Conferência de Berlim, em 1884 e 1885, oficializa e estabelece normas
para a partilha. Qualquer posse territorial deve ser comunicada às
potências signatárias e toda potência estabelecida na costa tem direito
ao interior do território, até defrontar com outra zona de influência ou
outro Estado organizado.
França – Conquista territórios no norte da África (Tunísia, Argélia,
Marrocos e parte do Saara), na África ocidental (Senegal, Guiné,
Costa do Marfim, Daomé – atual Benin –, Gabão e Congo – atual Zaire
–, estes últimos denominados África Equatorial Francesa). Domina
também territórios na África central (Níger, Chade e Sudão) e na África
oriental (Madagascar, trocada com o Reino Unido por Zanzibar, atual
Tanzânia), Obok, baía de Tadjurah, os sultanatos de Gobad e Ambado
e os territórios dos Afars e Issas, atual Djibuti.
Reino Unido – Estabelece territórios coloniais na África ocidental
(Gâmbia, Serra Leoa, Costa do Ouro, atual Gana, Nigéria e as ilhas de
Santa Helena e Ascensão), na África oriental (Rodésia, atuais Rep.
Dem. do Congo e Zimbábue, Quênia, Somália, ilha Maurício, Uganda e
Zanzibar, atual Tanzânia, e Niassalândia, atual Malavi), e na África
meridional (União Sul-Africana, incluindo a antiga Colônia do Cabo e
as ex-repúblicas bôeres de Natal, Orange e Transvaal - África do Sul -,
e os protetorados de Bechuanalândia, atual Botsuana, Basutolândia,
atual Lesoto, e Suazilândia).
Alemanha – Conquista Togo e Camarões (África ocidental),
Tanganica e Ruanda-Burundi (África oriental) e Namíbia (África do
sudoeste).
Portugal – Mantém as colônias instaladas na África ocidental (Cabo
Verde, São Tomé, Príncipe, Guiné-Bissau), África do sudoeste (Angola
e Cabinda) e África oriental (Moçambique).
Espanha – Continua com suas posses coloniais na África do norte
(parte do Marrocos, ilhas Canárias, Ceuta, território de Ifni e Saara
Ocidental) e na África ocidental (Guiné Equatorial).
02 – IMPERIALISMO NA ÁSIA
As potências européias, o Japão e os Estados Unidos envolvem-se
numa disputa acirrada para redividir os territórios asiáticos.
Índia - A presença britânica na Índia com a Companhia das Índias
Orientais supera a concorrência portuguesa e francesa desde o século
251
XVII. Contra essa hegemonia se rebelam, em 1857, as tropas nativas,
ou cipaios.
Revolta dos Cipaios – Levante de grupos indianos (cipaios) contra a
exploração britânica. Começa em 1857 e é violentamente reprimida
pelos britânicos, terminando no ano seguinte. O governo britânico
dissolve a Companhia das Índias, reorganiza o exército colonial e
converte a Índia em domínio britânico.
Influência britânica – O Reino Unido implanta em território indiano um
sistema de ensino inglês, uma rede ferroviária e a modernização dos
portos. Com seus produtos industriais mais baratos, destrói a
economia rural autárquica e aumenta o desemprego. Os ingleses se
expandem e criam Estados intermediários no Nepal e Butão. Entram
no Tibete para garantir privilégios comerciais. Anexam a Birmânia
(atual Mianmá) e Ceilão (atual Sri Lanka) e tentam disputar com os
russos o domínio do Afeganistão. O domínio britânico faz surgir um
movimento nacionalista entre setores das classes abastadas indianas,
europeizadas nos colégios e universidades inglesas, onde tinham livre
curso as idéias liberais e democráticas. Em 1885 é fundado o
Congresso Nacional Indiano, com o objetivo de obter uma participação
ativa na administração do país.
China – Até meados do século XIX os europeus mantêm feitorias no
território chinês, por onde realizam o comércio com as metrópoles. A
partir daí ocorre uma intensificação nas tentativas de dominar o
mercado chinês por meio de guerras e conquistas.
Guerra do Ópio – Uma das principais atividades do Reino Unido na
região é o cultivo do ópio (em território indiano), que é depois vendido
aos chineses. Em 1840 as autoridades chinesas passam a reprimir a
venda ilegal da droga, o que leva o Reino Unido a declarar a chamada
Guerra do Ópio. O conflito termina dois anos depois pela Paz de
Nanquin, tratado segundo o qual o Reino Unido retoma o comércio de
ópio e obtém ainda a cessão de Hong Kong, ponto estratégico para
comércio que deve ser devolvido à China em 1997. A partir de 1844,
França, Estados Unidos, Inglaterra e Rússia conquistam o controle de
áreas do território chinês, como Xangai e Tientsin.
Revolta dos Boxers – Como reação à dominação estrangeira,
nacionalistas se revoltam contra a dinastia manchu. A Guerra dos
Boxers, nome dado pelos ocidentais aos membros de uma sociedade
secreta chinesa que organizam a revolta, se espalha pelas zonas
costeiras e ao longo do rio Yang-Tse, em 1900. Exércitos estrangeiros
esmagam a rebelião e impõem à China uma abertura à participação
econômica ocidental. O capital estrangeiro implanta indústrias, bancos
e ferrovias.
Japão – pressionado pelos EUA, nos meados do século XIX, foram
estabelecidos acordos comerciais com o mundo ocidental. Essa
abertura econômica japonesa contribuiu para a modernização do
Japão, eliminando os poderes do Xogunato e o imperador promoveu
uma centralização administrativa e uma modernização econômica,
permitindo uma expansão no externo oriente. Esse período é
denominado de “Era Meiji”
03 – DEPENDÊNCIA DA AMÉRICA LATINA
Ao longo do século XIX, França, Reino Unido e Estados Unidos
disputam entre si a hegemonia econômica e política sobre a América
Latina, que representa fonte de matérias-primas e mercado para seus
produtos industriais. Interferem nas disputas políticas internas, nas
quais revezam-se ditaduras caudilhescas.
México – Perde quase metade de seu território em 1846, como
resultado da guerra contra os Estados Unidos. Califórnia, Arizona,
Novo México, Utah, Nevada e parte do Colorado passam ao domínio
norte-americano. A suspensão do pagamento da dívida externa
mexicana, em 1861, provoca a intervenção da Inglaterra, França e
Espanha, resultando no domínio francês até 1867.
Revolução Mexicana – Independente desde 1821, o México só
consegue consolidar-se como Estado nacional entre 1876 e 1910 com
a ditadura de Porfirio Díaz, o primeiro a ter controle sobre o conjunto
do território. Exportador de produtos agrícolas e minerais, o país é
dominado por uma aristocracia latifundiária. Os camponeses
reivindicam terras e as classes médias urbanas, marginalizadas do
poder, se opõem ao regime. Em 1910 o liberal e também latifundiário
Francisco Madero capitaliza o descontentamento popular e se lança
candidato à sucessão de Díaz. As eleições são fraudadas e Díaz
vence. O episódio desencadeia uma guerra civil e o país entra num
período de instabilidade política que permanece até 1934, quando
Lázaro Cárdenas assume o poder.
Rebelião de 1910 – A reeleição de Díaz provoca um levante popular
no norte e no sul do país. No norte, os rebeldes liderados por Pancho
Villa incorporam-se às tropas do general dissidente Victoriano Huerta.
No sul, um exército de camponeses organiza-se sob o comando de
Emiliano Zapata e exige uma reforma agrária no país. Díaz é deposto
em 1911 e Madero assume o poder. Enfrenta dissidências dentro da
própria elite mexicana e também dos camponeses: Zapata recusa-se a
depor as armas enquanto o governo não realizar a reforma agrária. Em
1913 Huerta depõe e assassina Madero e tenta reprimir os
camponeses. Villa e Zapata retomam as armas apoiadas por um
movimento constitucionalista liderado por Venustiano Carranza. Huerta
é deposto em 1914, Carranza assume o poder e dá início a um
processo de reformas sociais, mas a reforma agrária é novamente
adiada. Em 1915, Villa e Zapata retomam novamente as armas mas
Carranza já domina o país. Em 1917 promulga uma Constituição e
consolida sua liderança. Zapata é assassinado em 1919. Villa retira-se
da luta em 1920 e é assassinado em 1923.
Região do Prata – A influência inglesa mantém-se inalterada até a
Primeira Guerra Mundial (1914-1918), embora sofrendo a concorrência
dos Estados Unidos, França e Alemanha. Ao Reino Unido interessam
os produtos agrícolas e pecuários, os minérios e a manutenção do rio
do Prata como área aberta à sua influência marítima. Em 1828
estimula a Guerra Cisplatina, que leva à independência do Uruguai, e
em 1852 toma as ilhas Malvinas da Argentina.
Argentina – A presença de uma burguesia mercantil desenvolvida em
Buenos Aires, associada ao capital internacional (principalmente
inglês), acirra o conflito interno entre os unitários, partidários de um
governo central forte, e os federalistas, favoráveis à autonomia
regional. A ascensão de Juan Manuel Rosas ao governo de Buenos
Aires marca o início de uma ditadura, de 1829 e 1852, que impõe a
defesa da ordem civil e eclesiástica e resiste às pressões estrangeiras
- o que não impede a ocupação das ilhas Malvinas pelo Reino Unido,
em 1833. Em 1852, a aliança entre o Brasil e o caudilho de Corrientes,
Justo José de Urquiza, derruba Rosas. Em 1853 é elaborada uma
Constituição de caráter federalista, embora ainda com governo
centralizado. Em 1859, a guerra civil entre Buenos Aires, independente
desde 1854, e o governo federal termina com a integração, ao resto do
país, daquela cidade, que, mais tarde, é declarada a capital. A fase
252
posterior é de desenvolvimento econômico, colonização do interior e
predomínio oligárquico.
Uruguai – Sua posição estratégica, junto ao rio do Prata, torna-o palco
de disputas que remontam à fase colonial. Em 1821 é anexado ao
Brasil, por Portugal, com o nome de Província Cisplatina. A Guerra da
Cisplatina, entre Brasil e Argentina, pela posse da região, possibilita
sua independência, em 27/8/1828. Mas não encerra as disputas
fronteiriças com os latifundiários do Rio Grande do Sul. As
intervenções brasileiras na região - em 1851, contra Manuel Oribe, e
em 1864, contra Atanasio Aguirre, em apoio ao general Venancio
Flores - têm como reação a intervenção paraguaia. É ela que está na
origem da guerra entre esse país e a Tríplice Aliança.
Paraguai – Após a independência, em 1814, o caudilho José Gaspar
Rodríguez de Francia, que governa ditatorialmente com o título de El
Supremo, recusa a anexação à Argentina e isola o país. Em 1840
assume o presidente Carlos Antonio Lopez, que inicia os contatos com
o exterior e uma política de desenvolvimento autônomo, que será
continuada por seu filho, Francisco Solano López. Seus sonhos
expansionistas, de criação do Grande Paraguai, terminam com a
derrota para o Brasil, secundado pela Argentina e Uruguai (1870). O
país fica numa crise profunda, arrasado social e economicamente.
Região do Pacífico – O capital inglês associa-se às oligarquias locais,
estimulando a formação de Estados independentes (Colômbia,
Equador, Peru, Bolívia e Chile). O Reino Unido se dedica
principalmente à exploração de prata, cobre, salitre e outros minerais.
Chile – O autoritarismo de Bernardo O'Higgins o faz ser derrubado, em
1823, por Ramón Freire, ditador até 1826. A desordem que impera
durante o governo do general Francisco Pinto leva à guerra civil e à
ditadura de Diego Portales (1830-1841). Depois disso, com Manuel
Bulnes, o país entra numa fase de estabilidade.
América Central – A hegemonia norte-americana ocorre desde o
início do século XIX. Consolida-se com a desagregação da Federação
das Províncias Unidas da América Central e com a oficialização da
Doutrina Monroe como base da política exterior dos Estados Unidos.
Estes intervêm na região para garantir concessões territoriais a
monopólios agrícolas norte-americanos. A guerra pela independência
de Cuba, iniciada em 1895 por José Martí e Antonio Maceo, serve de
pretexto para a intervenção norte-americana e para o
desencadeamento da guerra entre os Estados Unidos e a Espanha.
Cuba conquista a independência em 1902, sob tutela dos Estados
Unidos. Como resultado da derrota espanhola, em 1898, Porto Rico
passa ao domínio norte-americano. Em 1903, por imposição da frota
naval norte-americana, o Panamá separa-se da Colômbia e concede
aos Estados Unidos a soberania sobre a Zona do Canal do Panamá.
BRASIL IMPÉRIO
As Revoltas Nativistas: São revoltas ocorridas na Segunda metade
do século XVII e 2a metade do século XVIII. Foram motivadas pelo
descontentamento da população contra determinadas medidas da
Metrópole consideradas prejudiciais aos seus interesses.
1. Revolta de Beckman (Maranhão, 1684)
Causas: - O problema da mão-de-obra
- Conflito entre colonos e jesuítas
- A atuação da Companhia de comércio do Maranhão(1682).
Líderes: Manoel e Tomás Beckman.
Objetivo: Acabar com a Cia de comércio.
- Expulsar os jesuítas.
2. A Guerra dos Emboabas – MG (1708-1709)
- Causa: rivalidade entre emboabas (forasteiros) e paulistas que
exigiam o direito exclusivo da extração aurífera.
- Líderes: Paulistas – Amador Bueno da Veiga
Emboabas – Manuel Nunes Viana.
- Morte dos paulistas no Capão da Traição.
- Entre as conseqüências temos: criação da capitania de São Paulo e
Minas de Ouro; surgimento de Vilas- Sabará, Vila Rica, Ribeirão do
Carmo e os paulistas expulsos penetraram no Brasil Central, onde
descobriram ouro em Goiás e no Mato Grosso.
3. A Guerra dos Mascates – Pernambuco (1710-1711)
Causa: Rivalidade entre Olinda e Recife.
Líderes: Mascates: João da Mota. / Olindenses: Bernardo Vieira de
Melo.
Os mascates apesar da superioridade econômica, não tinham
autoridade política, pois a Câmara Municipal localizava-se em Olinda.
Em 1710, os recifenses conseguiram da Coroa a sua emancipação. Os
olindenses, sentindo-se prejudicados invadiram Recife. A luta termina
com a confirmação de Recife a categoria de Vila.
4. Revolta de Felipe dos Santos (Vila Rica – 1720)
Causa: Recriação das Casas de fundição e proibição da circulação der
ouro em pó.
Objetivos: A não recriação das casas de fundição, fim de vários
tributos locais e respeito a liberdade dos revoltosos.
A revolta serviu para o amadurecimento da consciência nacional.
Movimentos de Emancipação Política
1 – Introdução
- Movimentos que visavam a separação do Brasil de Portugal.
- Influências externas: * Revolução Industrial – a Inglaterra defende o
livre comércio e o pacto colonial era a maior barreira.
As idéias Iluministas que criticava o absolutismo, mercantilismo,
sistema colonial defendendo o liberalismo econômico.
Independência dos EUA.
- As mudanças na colônia
A colonização promove o crescimento do Brasil colônia (sociedade
urbana, aumento do fluxo de renda interno, aparecimento das
classes médias).
Metrópole amplia suas exigências em relação a colônia (monopólios,
severa fiscalização e alta tributação, como derrama, proibição de
manufaturas na colônia), provocando reações da população.
2 – Inconfidência Mineira (1789) (Mov. Elitista)
Causas: Decadência da mineração e arrocho das restrições
metropolitana (estabelecimento da derrama, alvará de 1785)
- Influência das idéias iluministas.
- Influência da Independência dos EUA.
- Causa imediata: Cobrança da derrama.
Objetivos: - proclamação de uma república, entretanto alguns
almejavam a Monarquia Constitucional.
- Convocação militar obrigatória;
- Criação de indústrias têxteis e siderúrgicas;
- Criação de universidade;
- Doação de terras às famílias pobres;
- Eliminação dos monopólios.
- Com relação à escravidão ocorreram divergências sobre a
existência ou não escravidão.
253
Líderes: Tomás Antônio Gonzaga, Cláudio Manuel da Costa, Silva
Alvarenga, Alvarenga Peixoto (Arcádia Mineira), Joaquim José da
Silva Xavier.
A devassa: Traição de Joaquim Silvério dos Reis, onze acusados
condenados à morte e apenas Tiradentes foi executado.
3 A Conjuração do Rio de Janeiro (1794)
- Causa: Membros da sociedade Literária do Rio de Janeiro foram
acusados de defender a República, possuíam obras de escritores
iluministas. Após 02 nos de cárcere os implicados foram
considerados inocentes e postos em liberdade.
4 Conjuração Baiana (1798- popular)
Causas: Decadência econômica da região.
- A prosperidade beneficiava apenas comerciantes e senhores de
engenho.
- Falta de alimento, uma vez que a área de plantio para a
subsistência diminui diante do avanço da lavoura canavieira,
elevando os preços.
- Influência da ala jacobina da Revolução Francesa cuja idéias
eram divulgadas pela sociedade cavaleiro da luz.
Líderes: os alfaiates João de Deus e Manuel Faustino dos Santos, e
os soldados Lucas Dantas e Luís Gonzaga das Virgens.
Objetivos: República
Igualdade social / Igualdade racial / Aumento dos salários dos
soldados
O fim do movimento é marcado por delações, prisões, condenações a
morte. A coroa passou a conceder prêmios em dinheiro, privilégios e
cargos importantes aos denunciantes dos chamados crimes de lesa-
majestade.
Chegada da Família Real Durante a primeira metade do século XIX,
Napoleão Bonaparte buscou conquistar a Europa em nome dos ideais
democráticos da Revolução Francesa. Decidido a dominar esse
continente, ele dividiu o continente em aliados e inimigos da França.
Essa divisão foi feita em 1806 com a Decretação do Bloqueio
Continental, por meio do qual ele pretendia sufocar economicamente a
Inglaterra, seu principal adversário.
Aliado do Império britânico, Portugal viu-se em meio a um grave
conflito internacional. Finalmente em 1807, com as tropas francesas
batendo às portas de Lisboa, cerca de 15 mil pessoas – entre nobres,
magistrados, altos funcionários, oficiais, padres e comerciantes, além
da família real com seus serviçais, arquivos e pertences, embarcaram
para o Rio de Janeiro.
Abertura dos Portos: O Brasil encontrado por D. João VI e sua Corte
possuía uma população de aproximadamente quatro (4) milhões de
pessoas, excluindo os índios não aculturados. Mais da metade da
população era composta por escravos negros e pardos. No conjunto
apenas um terço da população era de brancos. A sociedade
continuava predominantemente agrária. As cidades eram modestas e
precárias. As principais cidades eram Salvador (60.000 hab.), Recife
(30.000 hab.), São Paulo (20.000) e o Rio de Janeiro (que com a
instalação da Corte ultrapassou 100.000 hab), o que agravou suas
carências de infra-estrutura (moradia, abastecimento de água,
saneamento, saúde pública etc.).
A vinda da família real (fato único nas Américas) não alterou
completamente esse quadro.
Política Econômica de D. João VI:
Abertura dos portos (1808): autorização para o livre-comércio entre
Brasil e as demais nações não aliadas da França. O imposto de
importação estava assim discriminado: 15% para Inglaterra; 16% para
Portugal e 24% para as demais nações.
Fábricas e Manufaturas (1808): liberação das atividades
manufatureiras. Contudo, a concorrência inglesa concorreu para o não
desenvolvimento desse setor.
Real Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação
(1808): constituída para regulamentar, fiscalizar e apoiar essas
atividades.
Criação do Banco do Brasil (1808): criado para servir de agente
financeiro do governo, administrar os fundos orçamentários e ampliar a
disponibilidade de moeda e de crédito para o público.
Tratado de Aliança e Comércio com a Inglaterra (1810):
reafirmação da aliança política com a Inglaterra e como paga pela
transferência da família real e sua Corte para o Brasil.
Reino Unido de Portugal e Algarves (1815): O Brasil elevava-se a
condição de Reino Unido o que enfraqueceu o pacto-colonial e
contribuiu para a Independência do Brasil em 1822.
Política e Administração: Criou o Conselho de Estado, Ministérios,
Tribunais, Intendência Geral de Polícia, Arsenal e a Escola da
Marinha; / Academia Real Militar (1810): centro de estudos técnicos e
científicos destinados a preparar oficiais nas áreas de engenharia,
artilharia, geografia, topografia etc.
Cultura: Criação das Escolas médico-cirúrgicas (1808): fundadas em
Salvador e no Rio de janeiro, transformaram-se em Academias em
1813;
Criação da Imprensa Régia (1810): atual Imprensa Oficial no Brasil foi
criada para veicular as publicações do governo;
Criação da Biblioteca Real (1810): instalada no Rio de Janeiro para
acomodar o acervo de livros trazidos de Portugal.
Criação do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (1811): criado para
apoiar o trabalho de naturalistas brasileiros e estrangeiros na pesquisa
da flora do país e de estudo de espécies trazidas do exterior.
Criação do Teatro São João (1813): inaugurado no Rio de Janeiro,
encenava os espetáculos freqüentados pela Côrte.
Temos ainda O Museu Real e a chegada da Missão Francesa e Escola
Real de Ciências, Artes e Ofícios (1816): chegada de artistas e
cientistas que vão colaborar na criação da Primeira Academia
Brasileira de Belas-Artes.
Política Externa:
Guiana Francesa: Após chegar ao Brasil, D.João ordenou a invasão
da Guiana Francesa (1808-1817). Com o apoio inglês o território foi
facilmente conquistado e só devolvido mais tarde, no contexto das
negociações políticas entre Portugal e França, após a derrota do
império napoleônico em 1815.
Banda Oriental: as tropas luso-brasileiras ocuparam a chamada
banda oriental (atual Uruguai). Por trás da ação havia o desejo de
Portugal de fixar fronteira brasileira no rio da Prata, associado ao
interesse de Carlota Joaquina, herdeira do trono espanhol.
Revolução Pernambucana (1817): em 06 de março de 1817, grupos
militares e civis rebelaram-se no Recife, tomaram alguns quartéis e
ocuparam bairros centrais da cidade. Destituíram o governador,
organizaram um movimento republicano provisório e buscaram apoio
na Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Bahia por meio das juntas
revolucionárias. Em 29 de março os rebeldes anunciaram a
254
convocação de uma Assembléia Constituinte e proclamou a Lei
Orgânica (esboço de Constituição). Nela ficavam estabelecidos:
soberania popular, separação entre os poderes, liberdade de crença e
culto, liberdade de expressão e igualdade de direitos.
Os líderes na sua quase totalidade pertenciam às camadas sociais
mais elevadas: grandes proprietários, comerciantes, advogados,
padres (Frei Caneca) e militares.
Motivo: insatisfação geral com a carestia da vida no reino, aumento de
impostos com os quais D. João financiava os gastos da Côrte e os
gastos de conquista. Já os senhores de terras queriam desbancar os
comerciantes portugueses. Esse movimento revolucionário foi
patriótico, separatista, antiabsolutista, de inspiração liberal e
republicana, mas em nenhum momento pretendeu modificar de forma
radical a estrutura social e política da região. Foi, portanto mais uma
revolta que revolução. O governo reprimiu a revolta com violência.
Processo de Independência Os motivos para a permanência da
Corte Portuguesa no Brasil nesse momento já não mais existiam, pois
com a ajuda da Inglaterra, os portugueses já haviam afastado as
tropas napoleônicas de seu país. A metrópole portuguesa estava
agora sob o comando de Lord Beresford, comandante britânico.
Portugal estava destruído pela guerra contra os franceses e pela
exploração dos ingleses. As classes abastadas haviam se aliado ao
invasor e, após a sua expulsão se organizaram para manter seus
privilégios. Os portugueses, entretanto, haviam perdido o comércio
colonial e a crise econômica era insustentável. A burguesia mercantil
ressentia-se da perda dos monopólios comerciais que lhe garantiam as
rendas, mas aspirava participar do poder político, acalentando o ideal
liberal. Nos quartéis portugueses a insatisfação era grande.
Em agosto de 1820, uma revolução liberal eclodiu na cidade do
Porto, espalhando-se rapidamente pelo país. Os revolucionários
queriam recuperar os privilégios coloniais. No final do ano foram
eleitas as Cortes Constituintes, visando pôr fim ao absolutismo da
dinastia de Bragança e exigindo o pronto retorno de D. João a
Portugal. As idéias liberais que se propagavam pela Europa chegavam
a Portugal.
Retorno da Corte No Brasil, as notícias do Reino informavam que
Portugal tornara-se uma Monarquia Constitucional, e os cidadãos
seriam iguais perante a lei. D. João adiava seu retorno, mas foi
obrigado a ceder. Em 22 de abril de 1821, a Corte portuguesa
retornava a Portugal. O povo acusava o rei de partir levando as
riquezas do tesouro. D. Pedro ficou no Brasil ocupando o cargo
de regente.
Deputados brasileiros de diversas províncias foram a Lisboa lutar por
princípios defendidos por José Bonifácio de Andrada e Silva, como o
tratamento igualitário entre os dois países.
A euforia brasileira logo se desfez, pois a intenção dos portugueses
era recolonizadora. As Cortes (Parlamento) decretaram o isolamento
da Regência do D. Pedro no Rio de Janeiro – as províncias deveriam
se entender diretamente com Lisboa; a unificação do exército
português e brasileiro sob o mesmo comando; envio de tropas a
Salvador, Recife e Rio de Janeiro; a supressão dos mais importantes
órgãos de administração no Brasil; e a exigência de pronto retorno de
D. Pedro para Portugal.
O “Fico” As medidas recolonizadoras das Cortes geraram resistência
no Brasil, mas a corrente anticolonialista estava dividida. O termo
“brasileiro” era estendido a todos aqueles favoráveis à Independência,
tivessem ou não nascido no Brasil.
A burguesia portuguesa procurava impedir que ocorresse a separação.
O Brasil proporcionava-lhe produtos tropicais: couro, ouro, madeiras a
baixo custo, utilizadas tanto no comércio interno como para a
exportação com altos lucros. Os traficantes lusos também se
beneficiavam do comércio escravo. A elite proprietária, entretanto não
aceitava o retorno ao status colonial. A unidade territorial brasileira
estava ameaçada. Os radicais e os republicanos podiam levar o Brasil
a se fracionar. O grupo moderado desejava uma monarquia
centralizada no Rio de Janeiro, com D. Pedro à frente, sem que
ocorresse uma revolução, pois isso não interessava à elite agrária e
escravista.
Um abaixo-assinado contendo oito (8) mil assinaturas, foi levado a D.
Pedro por José Clemente em 09 de janeiro de 1822 solicitando sua
permanência no Brasil. Pressionado pelo presidente da Câmara e do
Senado ele comprometeu-se diante do povo a permanecer no Brasil, e
a data ficou conhecida como Dia do Fico.
O comprometimento de D. Pedro com o partido favorável à
Independência teve reflexos internos e externos. As Cortes
intensificaram os decretos recolonizadores, enquanto as tropas lusas
sediadas no Brasil se movimentaram contra o regente. Em resposta D.
Pedro determinou que somente tropas que lhe jurassem obediência
poderiam desembarcar. Instituiu o decreto do “Cumpra-se” (as leis
portuguesas só seriam aplicadas após receberem o carimbo de D.
Pedro). Recebeu da maçonaria o título de Defensor Perpétuo do
Brasil e convocou uma Assembléia Geral e Constituinte.
A monarquia encabeçada pelo regente consolidava a hegemonia dos
latifundiários, esvaziava o ideal republicano e refutava o federalismo,
optando por uma forma unitarista de poder (poder centralizado no
Rio de Janeiro).
Em agosto de 1822, quando D. Pedro estava na Capitania de São
Paulo, cegaram ordens de Portugal para que ele voltasse prontamente
a Lisboa, do contrário seriam enviadas tropas ao Brasil.
José Bonifácio enviou um mensageiro, que encontrou D. Pedro
próximo às margens do Riacho do Ipiranga, em São Paulo, quando
voltava de Santos. Os relatórios dos irmãos Andrada – José Bonifácio
e Antônio Carlos de Andrada e Silva e a carta de sua esposa Dona
Leopoldina convenceram-no a proclamar a Independência
imediatamente. Era 07 de setembro de 1822.
Primeiro Império Em setembro de 1822 a independência política de
Portugal estava realizada. Contudo, D. Pedro I tinha problemas a
enfrentar, a exemplo: contestação de sua autoridade em muitas
Províncias e as divergências em torno da elaboração da primeira
Constituição, além do reconhecimento internacional do novo Estado.
Conflitos pela Independência Ao ser proclamada a independência,
alguns governos de província permaneceram fiéis ao governo
português. Não se submeteram à autoridade de D. Pedro I: Bahia,
Piauí, Maranhão e Província Cisplatina. Para lutar contra essa situação
a Coroa brasileira contratou mercenários, entre eles lorde Cochrane,
que já havia combatido pela independência do Chile.
Reconhecimento da Independência Ao mesmo tempo em que lutava
para se impor internamente, D. Pedro I preocupava-se em obter apoio
externo para a separação de Portugal. A Inglaterra tinha interesse em
conceder esse apoio para conseguir manter os lucros conseguidos no
comércio com o Brasil. Mas também não queria romper com Portugal
255
seu velho aliado. Assim os ingleses assumiram a posição conciliatória
que resultou no Tratado de Paz e Amizade entre Portugal e Brasil
(1825). Em troca o governo brasileiro comprometeu-se em pagar Um
(1) milhão de libras esterlinas. Os Estados Unidos foram os primeiros a
reconhecer a independência do Brasil, em 1824, seguiu-se México
(1825), França e Áustria (após 1825) para não melindrar a Coroa
portuguesa.
A Constituinte de 1823 – Constituição da Mandioca A primeira
Assembléia Constituinte do Brasil foi convocada por D. Pedro antes da
independência, em junho de 1822. Mas somente tomou posse em
maio de 1823. Os deputados eram em sua maioria homens com
grande participação na luta pela independência e com idéias liberais.
Logo começou um clima de desconfiança entre os deputados e D.
Pedro I, que desejava o poder absoluto. Formaram-se assim dois
blocos distintos e opostos: de um lado o imperador e os conservadores
e do outro os liberais que dominavam a Assembléia. Estavam surgindo
nesse momento dois partidos políticos: o Partido Brasileiro (queria
autonomia para a Constituinte) e o Partido Português (defendia
um governo centralizado e forte).
A tensão aumentou quando os jornais liberais “Tamoio” e “Sentinela”
publicaram artigos exaltados contra oficiais portugueses. Houve
espancamento, revolta por parte dos portugueses. D. Pedro exigiu
satisfações à tropa e aos oficiais portugueses. A Assembléia
Constituinte revidou entrando em sessão permanente. O Imperador
dissolveu a Constituinte (noite da agonia) por decreto.
A Constituição de 1824 – Constituição Outorgada
Apesar do que prometia no decreto, D. Pedro I não convocou nova
Constituinte. Nomeou um Conselho de Estado com dez membros,
presidido por ele mesmo, e encarregou-se de elaborar uma nova
Constituição sem consultar o resto da Nação. O Imperador outorgou a
primeira carta Constitucional brasileira.
Pontos importantes da Carta Constitucional:
Criou-se quatro poderes: Legislativo, Executivo, Judiciário e
Moderador;
Os poderes do Imperador estendiam-se às Províncias;
Limites Estreitos de participação popular: somente homens acima de
25 anos que tivessem renda mínima de 100 mil réis/ano. Para ser
deputado 400mil réis/ano e para senador 800 mil réis/ano.
Confederação do Equador Revolta em Pernambuco no ano de 1824,
que permanecia mais ligada aos ideais liberais e republicanos. Foi
proclamada uma república nos moldes da norte-americana. Contudo, a
revolta duraria pouco, pois o governo imperial agiu com rapidez e
violência. Foram contratados mercenários ingleses e alguns senhores
contrários ao movimento que se organizaram em milícias armadas. Em
setembro de 1824 a capital pernambucana foi reconquistada pelo
imperador.
Líderes: Paes de Andrade – fugiu para a Inglaterra; frade Joaquim do
Amor Divino Rabelo e Frei Caneca – mortos;
Fim do Primeiro Reinado
Com a morte de D. João VI (1826), D. Pedro I foi proclamado seu
sucessor em Portugal. Entretanto renunciou em favor de sua filha
Maria da Glória, menor de idade. Esta deveria casar-se com D. Miguel,
irmão de D. Pedro, que exerceria o poder como regente até a
maioridade da princesa.
Em 1828 D. Miguel proclamou-se rei de Portugal e mandou a sobrinha
de volta ao Brasil, estabelecendo um governo absolutista. Esse fato
fez com que o imperador se envolvesse mais nos assuntos de
Portugal, despertando nos brasileiros a desconfiança de que pretendia
unir as duas Coroas.
Em 1830 várias manifestações estudantis começaram a ganhar corpo
em São Paulo. Imediatamente o jornal O Observador Constitucional
deu início a uma campanha pela libertação dos presos nas
manifestações. Em novembro o assassinato do jornalista Líbero
Badaró, desencadeou uma onda de protestos em diversas partes do
país. A crise chegou ao ápice em 1831 quando comerciantes
portugueses organizaram no Rio de Janeiro numa recepção festiva ao
Imperador que voltava de Minas Gerais. Em resposta os grupos
brasileiros saíram às ruas, entoando vivas à Constituição e à
independência. O choque foi inevitável e durou quatro dias.
Em 20 de março de 1831 D. Pedro nomeou um Ministério somente de
brasileiros para tentar aclamar os protestos, quinze dias depois o
substituiu por um de portugueses _ Ministério dos Marqueses. Houve
manifestações – noite das garrafadas.
Em 07 de abril de 1831, abdicou do trono em favor de seu filho menor
D. Pedro II de apenas cinco anos. Nesse mesmo dia embarcou para a
Europa numa embarcação inglesa.
Período Regencial Estendeu-se de 1831 a 1840, sendo uma fase
politicamente agitada.
Correntes Políticas
Partido Brasileiro: representando a aristocracia rural, também
chamados de moderados ou chimangos. Controlavam o poder
político durante a Regência. Líderes: Evaristo da Veiga, Padre Antônio
Feijó.
Partido dos Liberais Exaltados: queriam autonomia para as
províncias e expressavam os interesses dos setores das cidades.
Líderes: Borges da Fonseca e Lelis Augusto May.
Partido Português: favorável ao absolutismo português. Queriam o
retorno de D. Pedro I.
As Regências Trinas A Constituição de 1824 previa eleições de três
membros para formar uma Regência no caso de afastamento do
Imperador.
Regência Trina Provisória: (abril a junho de 1831)
Nicolau de Campos Vergueiro/ José Carneiro de Campos e
Francisco de Lima e Silva: Organizaram as eleições para a Regência
Trina Permanente
Regência Trina Permanente (1831-1835)
José da Costa Carvalho/ Bráulio Muniz e Francisco Lima e Silva
Criou-se a Guarda Nacional: formada por pessoas de posses,
transformou-se na principal força repressiva da aristocracia rural.
Comando: Padre Antônio Feijó que se projetou como defensor da
Ordem Pública;
Foi elaborado o Código de Processo Penal: que atribuía aos
municípios ampla autonomia Judiciária, sendo os juízes de paz eleitos
pela população local. Entretanto a autonomia municipal foi utilizada
para garantir a impunidade dos senhores rurais e estimular as
sangrentas disputas entre os grandes proprietários pelo controle
político.
Reforma na Constituição de 1824.
Ato Adicional de 1834:
Criação de Assembleias Legislativas das províncias; / Extinção do
Conselho de Estado; / Concessão de autonomia às províncias;
Substituição da Regência Trina pela Uma eletiva;
256
Regência Una de Feijó
Feijó procurou cercear o conflito na Câmara;
Eclosão de Rebeliões no Brasil;
Renúncia do Regente em 1837.
Regência Una de Araújo Lima (1837-1840)
Anulação das medidas descentralizadoras;
Lema “Regresso à Ordem”;
Surgimento dos partidos Liberal e Conservador;
Campanha em favor da Antecipação da Maioridade de D. Pedro II;
Lei interpretativa do Ato Adicional de 1834:
Supressão da autonomia das Províncias;
Revoltas do Período Regencial
Cabanagem (1835-1840) – Pará:
Foi a mais violenta das revoltas da Regência, onde morreram mais de
30 mil pessoas.
Inconformismo de fazendeiros e comerciantes contra o Padre Feijó;
Miséria da população;
Deposição do Presidente da Província e ascensão dos revoltosos.
Presidentes Rebeldes:
Félix Malcher: fazendeiro, acusado de traição e de jurar fidelidade ao
imperador, foi deposto.
Pedro Vinagre: abandonou o posto ante os ataques das forças do
governo central apoiadas pelo mercenário John Taylor.
Eduardo Angelim
Obs: os rebeldes tomaram Belém. Contudo pouco mais de uma ano
depois, os cabanos foram para o interior e somente se entregaram em
1840, com a ascensão de D. Pedro II.
Farrapos (1835-1845) – Rio Grande do Sul:
Pesados impostos sobre o charque, couro, muares. Esses impostos
diminuíram a capacidade de concorrência com as mercadorias da
Argentina, Uruguai e Paraguai.
Líderes: bento Gonçalves e Giuseppe Garibaldi.
Ações:
Deposição do Presidente da Província;
Ocupação de porto Alegre;
Proclamação da república Rio-Grandense;
Conquista de Laguna (1839) e Santa Catarina (República Juliana –
mês de julho)
Obs: O movimento foi sufocado por Luís Alves de Lima e Silva
(nomeado Presidente da província em 1842). Foi uma revolta da elite e
por esta razão:
Foram devolvidas as propriedades ocupadas; libertaram-se os
escravos que haviam lutado junto aos rebeldes; os oficiais revoltosos
foram reincorporados ao Exército nos postos que anteriormente
ocupavam.
Sabinada (1837-1838) – Bahia:
Foi o momento culminante de vários movimentos rebeldes na Bahia, a
exemplo da revolta dos malês (1836).
Líder: Francisco Sabino Alves.
Ações: Sublevação das tropas; / Fuga do governador; / Formação de
um governo local; / Proclamação da república Baianense e Separação
da Província até a maioridade de D. Pedro II
Balaiada (1838-1841) - Maranhão:
Causas: Extrema pobreza da população e revolta contra os
proprietários rurais e comerciantes que exploravam a população.
Ações: Ataques a fazendas e promoção de fugas de escravos (Preto
Cosme).
Líderes: Manuel Balaio, Preto Cosme, Raimundo Gomes (Cara Preta).
Obs: Em 1840 o Duque de Caxias tornou-se Presidente da Província e
controlou os focos de revolta. Essa rebelião foi à expressão da
resistência popular, pois muitos dos que não morreram foram
anistiados.
2º Reinado: O Império Oligárquico
Introdução:
Antecipação da maioridade de D. Pedro II – 1840;
Época de apogeu da monarquia brasileira;
No início do 2º Reinado, teve continuidade a centralização da vida
política e administrativa;
Inicialmente deu-se a pacificação do país com repressão às
revoltas do período anterior. Contudo ao final deste período.
Somente em 1870 os problemas passam a incomodar e modificar o
Império.
Consolidação a oligarquia ocorre com um governo conciliador entre
os partidos Conservador e Liberal;
Economia e sociedade do 2º Reinado:
Economia agro-exportadora, especialmente o café. Contudo surgem
novos produtos, tais como cacau e borracha;
A mão-de-obra escrava vai sendo gradualmente substituída pelo
trabalho assalariado (imigrantes);
Modernização Conservadora: mantinha-se o caráter elitista da
dominação política, ao mesmo tempo em que a economia alcançava
índices de crescimento.
Transferência definitiva do eixo econômico e populacional do
Nordeste para o Sudeste
1819 – 51% dos cativos brasileiros pertenciam a senhores nordestinos
1872 – 59% dos escravos estavam no Sudeste
População brasileira à época: O quadro abaixo demonstra a
progressiva substituição da mão-de-obra escrava pela livre e a
entrada de imigrantes no Brasil.
1819 – 69% indivíduos livres (dos quais 30% eram brancos)
1872 – 85% indivíduos livres (dos quais 38% eram brancos)
Café: chegou ao Brasil em 1727, quando seu consumo ainda era
considerado um luxo. Com a Revolução Industrial seu consumo
cresce rapidamente, principalmente nos Estados Unidos e países
europe‟‟‟‟‟‟ us, criando um mercado para o produto brasileiro.
O café utilizou-se do modo de plantation.
Desde 1820 dá-se a ascensão do café, a qual vai durar até 1900.
Locais – São Paulo, Minas Gerais (2º produtor) e Rio de Janeiro.
Questão da mão-de-obra: a partir de 1850, a produção do café ficou
ameaçada pela falta de mão-de-obra: reorganização espacial dos
escravos brasileiros (NE – SU)
Solução: sistema de parceria (não funcionou). A partir de 1870,
chegada de imigrantes (colonato) – o sistema baseava-se na
imigração subvencionada e no trabalho escravo.
Industrialização:
Na década de 1840, já se criara uma situação favorável ao
desenvolvimento industrial. Em 1844 a Tarifa Alves Branco, aumenta
os impostos sobre os produtos importados (em alguns casos,
chegando a 60%). O capital proveniente do café, foi aplicado na
expansão da própria cafeicultura, como também financiou a instalação
de indústrias e na modernização do país.
257
Duas medidas favoreceram o crescimento industrial: Tarifa Alves
Branco e a extinção do tráfico negreiro.
Assim, desenvolveu-se no Brasil a indústria de base, ou de bens de
consumo: sabão, vela, chapéu, cigarros, cerveja, tecidos de algodão.
Surgiram também as empresas de navegação, ferrovias, companhias
de seguro etc. Na última década do império, o Brasil já contava com
600 indústrias e 55 mil empregados.
Irineu Evangelista de Souza – barão e visconde de Mauá – homem
de grande iniciativa e visão empresarial. Fundou empresas de
construção de navio a vapor e fundição de ferro. Construiu a primeira
ferrovia no Brasil, a primeira linha de bondes do Rio de Janeiro, foi
responsável pela instalação da iluminação a gás (RJ), pela instalação
do telégrafo e de um cabo submarino ligando Europa e Brasil. Todas
essas realizações foram responsáveis pelo progresso do Sudeste
(tornou-se o principal centro socioeconômico do país). A Era Mauá
significou apenas um surto de industrialização no Brasil do Segundo
Reinado
A Evolução Política do 2º Reinado
Introdução: O Segundo reinado constituiu-se basicamente de três
fases: consolidação oligárquica; da conciliação oligárquica e a
crise do Império.
Consolidação: do golpe da maioridade até a vitória de D. Pedro II sob
as revoltas internas.
Conciliação: momento no qual conservadores e liberais unem-se no
ministério.
Crise: período de agonia que evoluiu para a proclamação da
República.
Fases da Consolidação e Conciliação na Política Interna
Os partidos conservador e liberal criados na Regência eram os dois
grupos políticos de maior expressão do Brasil monárquico. Contudo,
seus interesses não eram assim tão diferentes. Ambos não possuíam
coesão, lutavam cegamente pelo poder, aceitavam e defendiam a
dominação oligárquica, a ordem imperial e escravista da sociedade
brasileira.
O primeiro gabinete do II Reinado foi composto por liberais, (uma vez
que eles realizaram o Golpe da Maioridade). Eles dissolveram a
Câmara e convocaram eleições para deputado. Substituíram chefes de
polícia, presidentes de província etc, ou seja utilizaram o nepotismo e
a violência para vencer a eleição, que ficaria conhecida como eleições
do cacete.
No poder os liberais, não conseguiram debelar as forças farroupilhas,
sendo substituídos pelos conservadores. Esses ao tomar o poder
passaram a perseguir os liberais, dando início a um conflito
denominado Revolta Liberal de 1842.
A Revolta liberal – onda de levantes no Rio de Janeiro, São Paulo e
Minas Gerais. As tropas do governo, comandadas pelo Duque de
Caxias (Luís Alves de Lima e Silva) sufocaram as revoltas.
Mais uma vez, D. Pedro demitiu os conservadores e instalou os
liberais no poder. Complementando a consolidação, o rei criou o cargo
de primeiro-ministro. Contudo, este parlamentarismo instaurado no
Brasil, era completamente diferente do inglês. Nele o Imperador
possuía todo o poder e podia inclusive demitir o primeiro ministro se
houvesse alguma discordância com o Parlamento (Parlamentarismo
às avessas).
Em 1853 a 1858, graças ao marquês de Paraná (Hermeto Carneiro
Leão) surgiu o novo ministério formado por liberais e conservadores –
Período da Conciliação.
Após 1858, os dois partidos alternaram-se mais uma vez no poder. Até
que em 1870 surgiu o Partido Republicano. A partir de então se
iniciava a decadência do regime monárquico, que acabaria culminando
na Proclamação da República.
Revolução Praieira (Pernambuco, 1848-1850)
Foi a última das rebeliões provinciais e ocorreu em Pernambuco. O
nome estava relacionado ao de um jornal que ficava na rua da Praia.
Neste jornal, os rebeldes escreveram o “Manifesto ao mundo”- escrito
por Borges da Fonseca. Os rebeldes reivindicavam o voto livre e
universal, liberdade de imprensa, garantia de trabalho, nacionalização
do comércio, fim da escravidão e instauração da República. O
movimento foi dissolvido pelas tropas governamentais.
Sufocadas as rebeliões internas, o Brasil voltou-se para a política
externa, ocorrendo nesta fase inúmeros conflitos na região do Prata
(extremo sul do país) e atritos com a Inglaterra.
Conflitos com a Inglaterra – Questão Christie (1863)
Roubo da carga de um navio inglês no Rio Grande do Sul;
Prisão de marinheiros ingleses que faziam arruaça no Rio de Janeiro;
Interferência do rei da Bélgica – Leopoldo I – sentença favorável ao
Brasil.
Rompimento das relações diplomáticas com a Inglaterra durante dois
anos (1863 a 1865).
Pedido de desculpas dos ingleses e reatamento das relações
diplomáticas.
Política Externa do Segundo Reinado
A política externa brasileira orientou-se pelas ações das grandes
potências européias. Assim como o governo brasileiro sofria
intervenções, também interferia nos outros países latino-americanos,
principalmente nos que se localizavam na bacia do Prata.
Para o governo brasileiro era interessante que os navios nacionais
navegassem livremente pela bacia do Prata, evitando que os países
platinos formassem uma única e poderosa nação. A hegemonia
brasileira sempre marcara a região, reproduzindo a pressão que as
grandes potências faziam sobre o Brasil.
Era costumeiro os gaúchos envolverem-se na política interna uruguaia,
e as transações econômicas freqüentemente envolviam brasileiros,
paraguaios, argentinos e uruguaios. A navegabilidade dos rios servia
de traço de união entre essas populações.
O presidente argentino Juan Manuel Rosas não perdia as esperanças
de reconstruir o antigo Vice-Reino do Prata. Na Argentina, federalistas
e unitaristas lutavam pelo poder, utilizando-se da força militar dos
caudilhos, estancieiros e chefes políticos locais.
No Uruguai, os caudilhos agrupavam-se em duas facções: os blancos
(maioria latifundiários) e os colorados (comerciantes de Montevidéu). A
República Oriental do Uruguai nascera na condição de “Estado
tampão”, funcionando como um amortecedor dos conflitos entre o
Brasil e a Argentina. Interessava-lhe, sobretudo, manter a
Independência e a neutralidade política. Os governos do Brasil e
Argentina, porém, sentiam-se no direito de intervir na política interna
uruguaia.
Os paraguaios acalentavam sonhos expansionistas. Com a anexação
de algumas províncias argentinas, do Uruguai e do Rio Grande do Sul,
258
poderiam criar “O Grande Paraguai” e ainda ter saída direta para o
Oceano Atlântico.
O governo brasileiro temia essa união na região do Prata e por esta
razão apoiava facções divergentes. Nesse clima de conflito e tensões
políticas ocorreram vários choques militares entre as nações do Prata.
O relacionamento entre Brasil e Paraguai chegava ao limite suportável
da diplomacia.
A Guerra do Paraguai (1864-1870)
O nascimento do Estado paraguaio está vinculado ao
desmembramento do Vice-Reinado do Prata. Em 1811, a região
adquiriu autonomia política sob a liderança do ditador José Francia
que livrou o Paraguai de disputas territoriais. Até 1840 a nação ficou
isolada, inclusive fechando o rio Paraguai à navegação internacional.
Após a morte do presidente, assumiu Carlos Antônio López (1840-
1862). Seu governo manteve a política do isolamento, procurou
erradicar o analfabetismo e implantou fábricas, inclusive de
armamentos e de pólvora. Ferrovias e redes telegráficas forma
construídas, bem como uma usina siderúrgica.
Em 1862 Solano López (El Supremo) sucedeu seu pai na condução
dos destinos da nação paraguaia. Educado na Europa, voltou
inspirado pelas idéias dos déspotas europeus do século XVIII e no
governo de Napoleão III. Com tendência expansionista era defensor do
projeto de um “Paraguai Maior” com acesso direto ao Atlântico.
A invasão do Uruguai por tropas brasileiras e a fuga de Aguirre
(presidente uruguaio) provocaram a imediata reação de Solano López.
Explodiu no Rio de janeiro a notícia de que o Paraguai sem aviso
prévio de guerra capturou o navio brasileiro Marquês de Olinda, que
saíra de Assunção tendo a bordo o presidente da província de Mato
Grosso, Carneiro de Campos.
Solano López armou um esquema de combate esperando contar com
o apoio dos blancos no Uruguai e do general Urquiza na província
Argentina de Entre Rios. Reuniu a princípio 64 mil combatentes,
elevando-os a 100 mil posteriormente. Fortalezas e uma pequena
esquadra fluvial completavam o poder bélico paraguaio.
Em 1864, o presidente paraguaio determinou a invasão do Mato
Grosso, chegando a Dourados. Pediu autorização da Argentina para
cruzar seu território e invadir o Rio Grande do Sul. O presidente Mitre
recusou o pedido e López determinou a invasão do território argentino.
Em 1965 o Paraguai dividiu suas forças, que passaram a atacar em
duas frentes simultaneamente, o norte e o sul. Nesse mesmo ano,
brasileiros, argentinos partidários de Mitre e uruguaios colorados
chefiados por Flores assinaram a Tríplice Aliança contra López.
O almirante Barroso, comandando a esquerda brasileira conseguiu a
vitória na batalha de Riachuelo. O exército invasor paraguaio foi
cercado e rendeu-se em Uruguaiana, no Rio Grande do Sul em 1865.
Em 1866, o conflito chegava a seu ponto máximo. Forças inimigas
confrontaram-se em Tuiuti, movimentando 65 mil homens. Foi a maior
batalha da guerra, na qual morreram mais de 100mil soldados. Após a
derrota López solicitou a paz. Os aliados impuseram condições
rigorosas, incluindo a renúncia do presidente paraguaio. Ele recusou e
a luta, então, prosseguiu. Entretanto, argentinos e uruguaios retiraram-
se do conflito por questões internas.
Caxias é nomeado para o comando das forças brasileiras e em maio
de 1868 assume o comando dos exércitos aliados. Após reorganizar,
treinar e reequipar suas forças, organizou um plano estratégico: o
exército invadiria o território paraguaio, e a marinha avançaria pelos
rios. Após as vitórias em Curupaiti e novamente em Tuiuti, em 1868,
caía a fortaleza fluvial de Humaitá. Estavam escancaradas as defesas
paraguaias. As vitórias fulminantes de Caxias ficaram conhecidas
como as “Dezembradas” (ocorreram no mês de Dezembro).
Finalmente em 1869, Assunção, capital paraguaia foi tomada.
As tropas de El Supremo resistiram por meio de guerrilhas. Francisco
López foi morto em 1870, em Cerro Cora, próximo a fronteira do Brasil.
Destacam-se como causas da Guerra do Paraguai:
Os conflitos imperialistas relacionados à bacia do Prata.
A política externa do Paraguai.
Os interesses ingleses.
A Crise do Tráfico Negreiro
A pressão inglesa sobre o fim do tráfico negreiro tornou-se mais
intensa na época em que a lavoura cafeeira crescia de a todo vapor.
Vários compromissos e leis para encerrar o comércio negreiro não
haviam sido cumpridas, como a lei de 1831, que declarava ilegal o
comércio transatlântico de escravos. Havia grande resistência dos
proprietários à extinção do tráfico. O mercantilismo colonial tornara a
mão-de-obra escrava a base da produção de mercadorias vendidas no
mercado externo e, além disso, o próprio escravo era uma mercadoria.
Etapas da Abolição da Escravatura:
1831 – O Brasil promulga uma lei que declarava livres os escravos
importados pelo Brasil a partir daquela data – lei não cumprida.
1845 – Bill Aberdeen – aprovada pela Inglaterra dava direito a sua
marinha de atacar navios negreiros. Cumprindo esta lei, a Inglaterra
invadiu portos brasileiros para caçar navios negreiros e prender
traficantes.
1850 – Lei Eusébio de Queirós – proibindo o tráfico negreiro e
autorizando a expulsão dos traficantes do país.
1871 – Lei do Ventre Livre – declarava livres os filhos de escravos
nascidos no Brasil – lei favorável aos proprietários.
1885 – Lei dos Sexagenários – declarava livres os escravos com
mais de 65 anos- lei favorável aos proprietários.
1888 – Lei Áurea – promulgada em 13 de maio pela princesa Isabel
sob pressão da Inglaterra.
Quem fez a abolição? Participaram da campanha abolicionista
intelectuais, jornalistas, políticos, escritores, a exemplo de Joaquim
Nabuco, José do Patrocínio, Raul Pompéia, Castro Alves. Contudo o
fim da escravidão era uma exigência do capitalismo industrial e do
desenvolvimento econômico do país.
Depois de mais de três séculos de escravidão, os negros não tinham
recursos financeiros para trabalhar por conta própria. A maioria deles
continuou desempenhando um papel subalterno. Muitos nem saíram
das fazendas onde trabalhavam muitas vezes os castigos continuaram
de maneira cruel e desumana.
Crise do Segundo Reinado: As idéias republicanas estiveram
presentes no Brasil desde os tempos coloniais. Entretanto, a partir de
1868 se iniciou uma grave crise do sistema imperial brasileiro, tendo
como conseqüência em 1889 a Proclamação da República.
As transformações que ocorreram no Brasil levaram a uma
diversificação social significativa. As novas camadas urbanas tinham
interesses diferentes daqueles representados até então, e os
industriais emergentes pleiteavam uma política protecionista, nem
sempre aprovada pelos agricultores tradicionais. Os fazendeiros do
Oeste Paulista almejavam uma política favorável à imigração, mas os
259
senhores de terras mais antigos, que ainda possuíam muitos escravos
eram contrários a essa política.
A ruína do Império aproximava-se rapidamente à medida que não
eram solucionadas as contradições internas que surgiam e cresciam.
Monarquia ou República, porém não eram opções populares, pois a
maioria da população não tinha nem teria qualquer participação ativa
na mudança do regime que ocorreria no final do século XIX.
Assim, em 1870, foi publicado o Manifesto Republicano no jornal A
República – ―Como homens livres e essencialmente subordinados aos
interesses da nossa pátria, não é nossa intenção convulsionar a
sociedade em que vivemos (...) Somos da América e queremos ser
americanos‖.
A princípio o Manifesto não resultou em grandes problemas pois
representava somente o pensamento de uma pequena parcela da
sociedade. Os primeiros nomes ligados ao movimento republicano
foram: Quintino Bocaiúva, Saldanha Marinho, Rangel Pestana,
Aristides Lobo, Prudente de Morais e Campos Sales. Em 1873 nascia
o PRP (Partido Republicano Paulista). Em 1873 esses republicanos
históricos reuniram-se na Convenção de Itu para tratar da estratégia
política dos republicanos. Apesar do esforço, os republicanos não
conseguiram grandes vitórias nas urnas, pois o movimento republicano
não possuía unidade ideológica.
Contudo, a abolição dos escravos em 1888 contribuiu decisivamente
para o fim da monarquia, uma vez que os senhores de escravos
passaram a apoiar maciçamente o Partido Republicano.
O Positivismo entre os Militares: Apesar de nenhum oficial do
exército ter assinado o Manifesto Republicano, novas idéias políticas
se difundiam entre os militares após a Guerra do Paraguai. A
juventude militar advogava uma nova forma de governo e o principal
responsável por isso era o tenente-coronel Benjamin Constant que
lecionava na Escola Militar e era adepto do positivismo. A forma de
governo defendida era a república ditatorial, centralizada e forte
exercida pelos homens das armas que realmente estavam envolvidos
com as questões nacionais.
Questão Religiosa: A Constituição de 1824 estabeleceu como uma
das bases de apoio ao Império a união entre o Estado e a Igreja
Católica, com vantagens recíprocas. A Igreja desfrutava de privilégios,
com o alto clero ocupando lugar de destaque na sociedade. Apesar de
existir liberdade de culto, na prática existiam limitações para o
progresso de outras religiões e seitas.
O Império brasileiro guardava prerrogativas em relação à Igreja.
Mantinha o padroado, que era o direito de o Estado intervir na
nomeação de bispos e na abertura de novos templos, e pelo qual os
clérigos recebiam salários pagos pelo Estado. Outro direito exercido no
Império em relação à Igreja era o beneplácito – os atos ditados pelo
Papa só eram adotados no Brasil após o consentimento do Imperador.
No final do século XIX, membros do governo imperial e da Igreja
Católica tiveram um sério atrito.
Em 1872, os bispos de Olinda e Recife resolveram adotar as
determinações papais, ordenando que as irmandades religiosas
expulsassem os maçons (em grande parte religiosos) de suas
dioceses. O Imperador interveio na questão e os dois bispos forma
condenados à prisão com trabalhos forçados. Embora tivessem sido
indultados (perdoados) pelo Duque de Caxias em 1875, a questão não
ficou encerrada. O clero passou a atacar o Império nas paróquias e a
desgastar a imagem do governo junto aos fiéis.
Questão Militar: A questão militar na verdade resulta de inúmeros
conflitos entre o exército e o governo imperial, ocorridos de 1883 a
1887.
Durante a Guerra do Paraguai, finda em 1870, o exército reorganizou-
se. Antes disso, a Guarda Nacional dividia com o exército a função de
manter a ordem interna. Durante a segunda metade do século XIX,
membros do exército assumiram posições abolicionistas e
republicanas.
A participação militar aumentou a medida que se concretizava o
espírito de corporação, de solidariedade de classe.
Em 1883, o tenente-coronel Sena Madureira foi o porta-voz de uma
reclamação contra a reforma no sistema de aposentadoria militar,
sendo punido. Em 1884, preparou uma grande recepção na escola de
Tiro do Exército, para o mestre jangadeiro Francisco José do
Nascimento, que havia se notabilizado por se recusar, com seus
companheiros, a desembarcar escravos nas praias pa província do
Ceará. O tenente-coronel voltou a ser punido.
Outro episódio ocorreu com o coronel Cunha Matos, que ao
inspecionar as guarnições do Piauí descobriu o desaparecimento de
gêneros do exército e puniu o capitão Pedro José de Lima. Um
deputado amigo do capitão, defendeu-o na Câmara com um discurso
atacando Cunha Matos. O coronel defendeu-se publicamente
utilizando-se da imprensa, o que era proibido, e foi preso. Vários
oficiais protestaram publicamente e deveriam também ser punidos. O
Marechal Deodoro da Fonseca que deveria prender os oficiais,
recusou-se a fazê-lo e foi demitido. Os militares se insurgiram
abertamente contra as ordens do governo imperial.
Esses atritos duraram até às vésperas da Proclamação da República,
quando os oficiais se uniram aos cafeicultores e assim, tiveram papel
decisivo na queda da monarquia no país.
Sergipe no Período Imperial
Nas primeiras décadas do século XIX, Sergipe ainda se encontrava
sob o domínio político da Bahia, o que tornava constante os conflitos
entre sergipanos e baianos.
Em 08 de julho de 1820 através de Carta Régia de D. João VI foi
decretada a autonomia política de Sergipe em relação à Bahia. As
autoridades baianas reagiram contra a emancipação. Em 1821 São
Cristóvão foi invadida e o primeiro presidente da Província, Carlos
Burlamaqui, preso e conduzido a Salvador.
A Bahia foi também contrária à Independência do Brasil, o que resultou
na invasão de seu território por tropas comandadas por mercenários a
mando do Imperador Pedro I. Somente após essa intervenção é que
Sergipe tornou-se Província do Império. A Política em Sergipe do XIX:
Em se tornando Província foram instalados o governo e os partidos
políticos então designados de Liberal e Corcunda. O Partido Corcunda
era composto por senhores de engenho e portugueses a eles ligados e
residentes em Sergipe. O Partido Liberal era formado por senhores do
gado, embora fosse o predileto dos habitantes urbanos que
alimentavam grande sentimento antilusitano. As eleições eram
marcadas pela violência e pela fraude: ―Perseguições, assassinatos,
raptos, uso de força policial, falsificação de documentos e outros
crimes que ficaram impunes, valia tudo para ganhar a eleição‖ 1. Essa
truculência estendia-se aos homens livres pobres, escravos, dentre
outros.
1 SANTOS, Lenalda Andrade & OLIVA, Terezinha Alves de. Para Conhecer a
História de Sergipe. Aracaju:Opção Gráfica, 1998. p. 59.
260
Revolta de Santo Amaro(1835 a 1837): Em 1836 um fato marcou a
história política local. O Partido Corcunda visando não se lograr
perdedor das eleições à época, promoveu uma adulteração em
documentos e invadiu a Vila de Santo Amarão reduto dos Liberais. Tal
fato resultou em assassinatos, roubos e perseguições aos habitantes
locais. A partir disso, os partidos em Sergipe tiveram seus nomes
modificados para Rapina (Corcunda) e Camondongo (Liberal).
Em 1850, acompanhando o movimento nacional mais uma vez
alteraram-se seus nomes para Conservador e Liberal.
Em 1870 as idéias republicanas chegaram a Sergipe, onde Estância
recebeu o Clube Republicano. Após a abolição o Partido Republicano
foi organizado em laranjeiras (1888). Era formado por profissionais
liberais (Republicanos Históricos).
Povoações em Sergipe: O vale da Cotinguiba configurou-se como a
região economicamente mais importante da Província: Divina Pastora,
Laranjeiras, Maruim, Rosário do Catete, Santo Amaro, Nossa Senhora
do Socorro, Capela, Japaratuba, Siriri foram evidência devido a grande
produção de cana-de-açúcar para exportação.
Sociedade e Cultura em Sergipe no século XIX – Nas décadas
iniciais do Império a sociedade sergipana era formada por uma
camada de proprietários de terras e açucarocratas, a maioria da
população era mestiça, isso sem contar os escravos, índios e
portugueses. Como características principais dessa sociedade
podemos apontar o patriarcalismo, o isolamento e o cristianismo.
Costumes severos e simplicidade marcavam seu povo. O luxo era algo
reservado apenas às grandes famílias proprietárias.
As estradas eram ruins, o que dificultava o acesso e a chegada de
informações. A navegação era difícil. Pouca gente viajava.
A educação do sergipano também era difícil. Pequena parcela da
população chegava aos bancos escolares. Somente os abastados
podiam estudar, em sua maioria homens. Poucas mulheres sabiam ler
e escrever.
Contudo, em 1832 Sergipe ganhou seu primeiro jornal (periódico),
denominado “Recompilador Sergipano”, criado em Estância pelo
Monsenhor Silveira.
Porém, a partir de 1850 com a proibição do tráfico, e as
transformações por que passava o Capitalismo, iniciou-se embora
lentamente a se implantar o transporte ferroviário, criavam-se
instituições financeiras. O crescimento da produção de açúcar trouxe o
desenvolvimento da Zona da Cotinguiba, trazendo o urbanismo e
consequentemente uma sociedade e cidades mais ricas, as quais
incorporaram novidades e artigos de luxo.
Uma outra necessidade que se fazia sentir nesse momento era a
construção de um porto para desafogar a produção açucareira da
Cotinguiba. Atendendo a essa necessidade deu-se a mudança da
capital de São Cristóvão para o povoado Santo Antônio do Aracaju.
Mudança da Capital: São Cristóvão durante 266 anos (1590 – 1855)
ostentou a posição de Capital da Província. A mudança da capital
também parte fez parte de uma política geográfica que foi dominante
no século XIX em que as capitais brasileiras deveriam ficar próximas
ao oceano, passando de cidades-fortalezas para cidades-portos.
O Ato Imperial de 07 de novembro de 1853 nomeou para administrar a
Província, o Dr. Inácio Joaquim Barbosa. Em 1855 o Sr. Inácio
Barbosa enumerou uma pauta de motivos que induziam a idéia de
mudança da Capital: a inoperância da Capital da Província, falta de
porto na cidade para escoar o açúcar produzido na Província, não
havia mais perspectivas de crescimento etc.
Assim a escolha de Aracaju para sede da capital representou a vitória
dos produtores de açúcar da zona da Cotinguiba, região
economicamente mais importante da Província. A transferência da
capital não foi decisão repentina e improvisada, mas sim, bem
estudada tanto geograficamente como politicamente, onde Inácio
Barbosa contou com o apoio irrestrito do Barão de Maruim (João
Gomes de Melo). Em 1855 Dr. Inácio Barbosa sancionou a
Resolução nº 413 pela qual ficava elevada a categoria de cidade o
povoado Santo Antônio do Aracaju, com a denominação de cidade do
Aracaju. Uma cidade planejada, que demonstrava a necessidade de se
comunicar com outras regiões. Realizada a mudança houve algumas
manifestações por parte da população no intuito de impedir a saída
das repartições públicas. Em 06 de outubro de 1855, morreu Inácio
Barbosa aos 34 anos vítima do Cólera-morbus.
A Visita do Imperador D. Pedro II. Cinco anos depois da mudança da
capital, Sergipe recebeu a visita do Imperador D. Pedro II e da
Imperatriz D. Tereza Cristina. Eles visitaram Aracaju, São Cristóvão,
Laranjeiras, Estância e Maruim, e passaram por Propriá, Vila Nova
(atual Neópolis), Porto da Folha, Itaporanga e pelo povoado da Barra
dos Coqueiros. Muitos preparativos foram realizados com a intenção
de agradar ao Imperador e de mostrar os progressos da província. Os
senhores de engenho criaram o Imperial Instituto Sergipano de
Agricultura, comprometendo-se, diante do Imperador, a melhorar e
modernizar a agricultura e a contribuírem para libertar aos poucos, os
escravos.
Mas é principalmente a partir dos anos 1870 que as transformações na
vida social tornaram-se maiores. Novas festas, como o carnaval,
alegram as ruas de cidades como Laranjeiras e depois Aracaju. Das
brincadeiras e desfiles de fantasias já participavam ricos, pobres,
homens e mulheres. Isso não era comum. Mesmo nas atividades da
Igreja, as pessoas se dividiam, haviam as Irmandades Religiosas para
pretos, pardos e brancos. As mulheres pouco participavam da vida
social.
As festas populares aumentavam de acordo com o movimento das
cidades. Às vezes eram festas antigas, quase sempre misturadas com
as festas religiosas, como o Natal, por exemplo. Reisado, Chegança,
Cacumbi, Taieiras, Lambe-Sujos ou festas de São João, em quase
toda a província, já guardavam tradições, cantos, danças e a arte que
ainda hoje mantém vivo um dos mais ricos folclores do país.”
Os Principais nomes da cultura sergipana no século XIX :
Manuel Joaquim de Oliveira Campos – é o primeiro nome da
literatura sergipana. Autor da letra do hino de Sergipe, cuja música foi
adaptada de uma antiga ópera (”Italianos em Argel”), por Frei José
Santa Cecília.
Pedro de Calazans – (1836-1874) talentoso poeta, escreveu as obras
“Páginas Soltas”, “Últimas Páginas” e “Ofenísia”.
Tobias Barreto (1839-1889) um dos mais completos intelectuais do
Brasil no Segundo Império, publicou diversos ensaios e estudos de
filosofia e crítica literária. Principais obras: “Discursos”, “Estudos
Alemãs”, “Elogio” e “Menores Loucos”.
Sílvio Romero (1851-1914) Foi um dos maiores críticos literários e
intelectual polemista do seu tempo. Escreveu vasta obra literária, em
que se destacam: “Introdução a História da Literatura Brasileira” e
“Estudos sobre a Poesia Brasileira”.
261
QUESTÕES DO TIPO V e F
01- (UFS 2010) Considere o texto.
Durante o século XVII, mais precisamente entre 1640 a 1688, a
Inglaterra foi abalada por um processo revolucionário de grandes
proporções. (...) Processo revolucionário que assinalou a superação,
em definitivo, do modo de produção feudal, Do Antigo Regime e de
suas instituições, possibilitando o advento de uma sociedade burguesa
e a emergência da produção capitalista no país.
(Ricardo. Adhemar. Flávio. História. Belo Horizonte. Lê, 1989, p.165)
Sobre o processo revolucionário a que o texto faz referência é
correto afirma que:
0 0 – na guerra civil, ao lado de Carlos I, ficaram os católicos e
anglicanos, constituindo o exercito dos cavaleiros e ao lado do
Parlamento, estavam os presbiterianos e puritanos formando o
exercito dos cabeças redondas.
1 1 – durante a República Puritana, o maior destaque no plano externo
foi a promulgação dos Atos de Navegação, através dos quais se
consolidava a hegemonia da frota mercante inglesa.
2 2 – o Parlamento, durante a Revolução Puritana, atuou em defesa da
expressão política e dos interesses econômicos dos militares e dos
burgueses, que ocupavam cargos públicos.
3 3 – o Ato de exclusão eliminou os anglicanos e os dos postos
públicos e foi imposto pelo rei ao Parlamento, reativando os atritos
entre as várias classes da sociedade inglesa.
4 4 – com Gloriosa, o absolutismo foi substituído pela monarquia
constitucional, em que a realeza ficava controlada pelo Parlamento,
tendo o novo rei assinado a Declaração de Direitos..
02- (UFS 2010) No século XVIII, o processo de crescimento urbano
deu lugar a difusão de idéias liberais e republicanos que apoiaram
movimentos como a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana.
Analise esses movimentos.
0 0 – A Inconfidência Mineira foi um ato de rebeldia dos homens livres
de Minas Gerais, que influenciados pela Revolução Francesa,
reagiram contra os mecanismos de cobrança de impostos
estabelecidos pela administração colonial, especialmente, a proibição
de circulação do ouro em pó e a criação das casas de fundição.
1 1 – Ambos os movimentos tiveram relação, de um lado, com a
opressão comercial e fiscal sobre a colônia e, de outro, com as
mudanças ocorridas entre as esferas do poder político provocadas
pela decadência da economia açucareira, na economia mineira, em
Minas Gerais.
2 2 – A revolta dos negros de São Domingos teve influencia na
eclosão da Conjuração Baiana devido ter mostrado aos artesãos,
soldados e mulatos da Bahia, que era possível vencer a dominação
dos senhores brancos e instaurar uma República independente
baseada na igualdade entre os cidadãos.
3 3 - Ambos os movimentos pretendiam a República, mas a
Inconfidência Mineira, inspirada na Revolução Americana de 1776, não
se propunha acabar com a escravidão; já a Conjuração Baiana,
influenciada pela Revolução Francesa e de São Domingos, foi mais
radical e , entre seus objetivos estava a abolição da escravidão.
4 4 - A perda de domínios e de negócios, como o domínio do tráfico
negreiro na costa africana, e o desequilíbrio das finanças levaram a
metrópole portuguesa a intensificar os mecanismos de controle
comercial e opressão fiscal sobre a colônia e levarem, no final do
século XVIII , os mineiros e baianos a se rebelarem.
03 - (UFS 2010) Em 1870 o mapa da Europa sofreu profundas
modificações. Novas forças apareceram (...) nascidas da
aspiração pela independência e da unidade nacional. (Renê
Rêmond. O Século XIX. Trad. São Paulo. Cultrix1974, p.160)
Analise as proposições que definiram as mudanças a que o texto
faz referencia.
0 0 – O articulador da unificação do sul da Itália foi o republicano
Garibaldi que organizou a insurreição no Reino das Duas Sicilias,
reunindo um exército de voluntários conhecido como os Mil de
Garibaldi.
1 1 – A unidade italiana obteve êxito com a aliança do Reino do
Piemonte-Sardenha com a França de Napoleão III para anexar
territórios italianos aos norte, sob o domínio da Áustria..
2 2 – Quando as tropas francesas abandonaram o Estado Pontifício
para enfrentar os alemães, as forças de unificação invadiram Roma,
transformando-a na capital italiana, o que foi consagrado em um
plebiscito.
3 3 – Pelo Tratado de Frankfurt a França pagou uma indenização à
Alemanha, bem como, lhe entregou as províncias de Alsácia-Lorena,
fomentando o revanchismo francês e o desenvolvimento industrial
alemão.
4 4 – A aliança entre a Prússia, Moravia e a França incentivou os
movimentos de libertação nacional no Império Austro-Hungáro e
favoreceu a criação do Estado Nacional Prussiano.
04- (UFS 2010) Declarada a maioridade em 23 de julho de 1840, o
jovem de 15 anos seria sagrado imperador no mesmo dia, com o
título de D. Pedro II . Seu governo duraria 49 anos. Seria o último
imperador do Brasil e o dirigente que mais tempo permaneceu no
comando do país. O período de 1840-1870 foi marcado
inicialmente por lutas civis e pela pacificação interna, foi um
período de consolidação do Estado Nacional e de relativa
prosperidade econômica. (ARRUDA , J. Jobson de A. e PILLETI,
Nelson. Toda a História. S. Paulo: Ática. 2003. p.283)
Identifique as afirmações associadas aos acontecimentos na
província de Sergipe, durante o período a que o texto se refere.
0 0 – Revolta de Santo Amaro provocada pela falsificação das atas de
eleição, constando mais votos do que a população da província.
1 1 – Epidemia de cólera na província que se alastrou com rapidez
causando mortandade e crise no abastecimento de alimentos.
2 2 – Reconhecimento por parte do governo central da independência
da província, que pertencia a Bahia de Todos os Santos.
3 3 – Transferência da capital de São Cristovão para Aracaju, para
facilitar o escoamento da produção açucareira da província.
4 4 – Participação dos bispos da província no atrito com o Imperador,
devido a aplicação da bula papal que condenava os sacerdotes.
05- (UFS/2002) As Revoluções Inglesas do século XVII
representaram um marco na vida européia. Analise as
proposições abaixo.
0 0 – Pela primeira vez a burguesia ascendeu ao poder e lançou as
bases para a consolidação de sua própria ordem, responsável pela
hegemonia do Parlamento que permanece até hoje.
1 1 – Desde sua origem a burguesia centrava seus interesses nas
atividades comerciais.
262
2 2 – O estímulo ao comércio e à indústria no governo de Carlos II
reduziu os atritos entre o rei e o Parlamento, o que favoreceu a
ascensão da pequena burguesia ao poder.
3 3 – Expressou em todos os seus momentos (Revolução Puritana,
Revolução Gloriosa) a disputa pelo poder entre os reis Stuarts e o
Parlamento.
4 4 – A presença de uma mentalidade feudal nas classes média e
urbana, visando a manutenção das estruturas comunais, acelerou o
processo revolucionário que culminou em 1689.
06-. (UFS/2003) O movimento que formulou as idéias que
derrubaram o Antigo Regime é denominado Iluminismo. Analise
as proposições sobre esse movimento.
0 0 – O culto da razão e a crença nas leis naturais, idéias defendidas
pelo movimento, forneceram as bases científicas para o
desenvolvimento da tecnologia contemporânea.
1 1 – Os iluministas defendiam a instauração de um governo
democrático, onde reinasse a soberania popular e o domínio da
maioria.
2 2 – Os déspotas esclarecidos foram os responsáveis pela difusão
das idéias iluministas na Europa Ocidental e na América.
3 3 – O movimento caracterizava-se pela procura de uma explicação
racional para tudo e pela oposição ao obscurantismo, à tirania e às
injustiças. Essas idéias abriram caminho para a Revolução Francesa.
4 4 – As idéias iluministas influenciaram tanto alguns movimentos
contra o domínio português, como a Inconfidência Mineira e a
Conjuração Baiana, quanto o movimento abolicionista.
07- (UFS/2003) Analise as proposições sobre o Iluminismo.
0 0 – Uma das idéias básicas que norteava as formulações iluministas
era a da liberdade como característica essencial e natural do homem,
em função da qual a sociedade deveria organizar-se.
1 1 – Os autores mais celebres, sobretudo pela influência que seus
trabalhos exerceram sobre a política das principais nações européias,
foram os franceses. Dentre eles: Montesquieu, Voltaire e Jean
Jacques Rousseau.
2 2 – O despotismo esclarecido foi a principal decorrência política da
filosofia iluminista, que, é preciso frisar, não contestava o Estado nem
o regime monárquico enquanto tal.
3 3 – As bases para uma nova organização política que, de modo
geral, assentava-se em idéias marcadamente individualistas,
centravam no homem os princípios fundamentais da organização
social.
4 4 – Os princípios fundamentais do iluminismo foram os
determinados pelo humanismo cristão, e tinha como base uma
profunda valorização do homem que se contrapunha aos valores
religiosos da época.
08- (UFS/2003) A industrialização no século XVIII, na Grã-
Bretanha, provocou uma mudança social profunda na medida em
que transformou a vida dos homens, sem se preocupar com os
custos sociais e ambientais dessa mudança. Sobre esse
fenômeno, analise as afirmações abaixo.
0 0 – Um dos efeitos mais importantes dos cercamentos das terras na
Inglaterra foi o fracionamento da grande propriedade e a conseqüente
ascensão dos pequenos proprietários ao poder.
1 1 – O controle técnico do processo de produção passou para as
mãos dos capitalistas no momento em que se instituiu a divisão e o
parcelamento do trabalho. Isto fez com que o trabalhador perdesse a
visão global do processo.
2 2 – O espírito tradicionalista dos operários, aliado à violência
destruidora dos trabalhadores desqualificados ingleses que não
entendiam o progresso trazido pelas máquinas, deu origem ao
movimento conhecido como Luddismo.
3 3 – O operário se especializou em servir uma máquina,
transformando-se em autômato destinado a desempenhar atividades
cotidianas cansativas e monótonas e mais vulnerável aos acidentes de
trabalho.
4 4 – A busca por uma maior comunicação entre os operários, que
permitisse o aumento de eficiência do operário e maior lucratividade
para o empresário, contribuiu com a organização do trabalho fabril na
Inglaterra.
09- (TCSO) – Analise as informações sobre o movimento nativista
e pró-independência do Brasil:
0 0 – A Guerra dos Emboabas e a Revolta de Beckman são os únicos
movimentos considerados nativistas devido ao seu caráter local.
1 1 – A Revolta de Beckman visava tornar o Brasil livre do domínio
português.
2 2 – A revogação do monopólio comercial dado a Companhia das
Índias do Estado do Maranhão e a expulsão dos jesuítas foram
objetivos da Revolta de Beckman.
3 3 – A Conjuração Baiana e a Inconfidência Mineira são situados nas
chamadas rebeliões separatistas.
4 4 – Tanto a Inconfidência Mineira quanto a Conjuração Baiana
tiveram preocupações emancipacionistas republicanas.
10- (TCSO) - Analise as proposições sobre os Movimentos
Nativistas e separatistas:
0 0 – A Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana tiveram como
objetivo romper com o domínio metropolitano sobre a Colônia. Há, no
entanto, uma diferença entre os dois movimentos. O primeiro foi
planejado quase que exclusivamente pela elite branca, enquanto que o
segundo teve a participação de pobres, negros e mulatos.
1 1 – A maior influência que os inconfidentes mineiros receberam
vinha da própria América, com as idéias de Thomas Jefferson, Tom
Payne e Benjamin Franklin, os arautos da independência dos Estados
Unidos.
2 2 – Portugal não conseguiu deter os movimentos nativistas que
questionavam o domínio metropolitano sobre a Colônia e acabou
entrando em um processo de crise.
3 3 – Um dos questionamentos dos movimentos nativistas era sobre o
pacto colonial, ou seja, questionava-se a manutenção do exclusivo
colonial.
4 4 – Os ideais republicanos dos movimentos nativistas e dos
movimentos separatistas tinham como base os ideais defendidos pelos
iluministas e pela Revolução Francesa.
11- (Uel-2008-Adaptada) Sobre a Revolução Industrial, é correto
afirmar:
0 0 – As Américas anglo-saxônica, hispânica e portuguesa não
vivenciaram, como a Europa, o crescimento da mão-de-obra e a
consequente baixa nos salários em função de uma melhor distribuição
dos trabalhadores entre o campo e a cidade.
1 1 – Os países que não vivenciaram o fenômeno da grande indústria
conservaram-se agrícolas e não foram afetados pela supervalorização
dada ao capital após a citada revolução.
263
2 2 – O comércio internacional pós revolução provocou uma
especialização da produção dividindo o mundo entre áreas produtoras
de matérias-primas e áreas industriais e propiciando o acúmulo de
capital nos países industrializados.
3 3 – Os movimentos sociais surgidos nesse período foram
responsáveis pela disseminação das idéias de liberdade e igualdade
para todos e o cumprimento da lei do direito ao voto para as mulheres
que trabalhavam nas fábricas.
4 4 – Mesmo tendo aumentado o número de produtos manufaturados
no mercado, a Revolução Industrial não significou, no primeiro século,
avanços e progresso tecnológico.
12- (TCSO) – A Revolução Francesa representou um marco na
História Ocidental por seu caráter de ruptura em relação ao
Antigo Regime. Entre as características da crise do Antigo
Regime, na França, está:
0 0 – A crescente mobilização do Terceiro Estado, liderado pela
burguesia, contra os privilégios do clero e da nobreza;
1 1 – O desequilíbrio econômico da França, decorrente da Revolução
Industrial;
2 2 – A retomada da expansão comercial francesa, liderada por
Colbert;
3 3 – O apoio da Monarquia às sucessivas rebeliões camponesas
contrárias à nobreza;
4 4 – O fortalecimento da Monarquia dos Bourbons, após a
participação vitoriosa na Guerra de Independência dos EUA.
13- (TCSO) - Sobre a Revolução Francesa, julgue:
0 0 – A Revolução Francesa (1789) concorreu para o desaparecimento
de alguns traços remanescentes do feudalismo, como a servidão.
1 1 – A Primeira República, na França, foi instalada com o Diretório.
2 2 – A fase do Diretório teve como principal característica o
fortalecimento do poder executivo.
3 3 – O Golpe 18 Brumário elevou Napoleão ao Consulado e recebeu
apoio incondicional dos monarquistas que queriam restaurar a
monarquia dos Bourbon.
4 4 – A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi elaborada
durante a Convenção.
14 – (UFS/2007) Considere o texto para responder à questão.
Não é possível explorar a colônia sem desenvolvê-la; isto significa
ampliar a área ocupada, aumentar o povoamento, fazer crescer a
produção. É certo que a produção se organiza de forma específica,
dando lugar a uma economia tipicamente dependente, o que repercute
também na formação social da colônia. Mas, de qualquer modo, o
simples crescimento extensivo já complica o esquema; a ampliação
das tarefas administrativas vai promovendo o aparecimento de novas
camadas sociais, dando lugar aos núcleos urbanos, etc. Assim, a
pouco e pouco se vão revelando oposições de interesse entre colônia
e metrópole, e quanto mais o sistema funciona, mais o fosso se
aprofunda. Por outro lado, a exploração colonial, quanto mais opera,
mais estimula a economia central, que é o seu centro dinâmico. A
industrialização é a espinha dorsal desse desenvolvimento, e quando
atinge o nível de uma mecanização da indústria, todo o conjunto
começa a se comprometer porque o capitalismo industrial não se
acomoda nem com as barreiras do regime exclusivo colonial nem com
o regime escravista de trabalho. (Fernando A. Novais. As dimensões
da independência. in: Carlos G. Mota. 1822 – Dimensões. São
Paulo: Perspectiva, 1972. p. 23)
A transição do feudalismo ao capitalismo completou-se no século
XVIII. Foi nesse momento, ou a partir dele que ocorreu a crise do
sistema colonial e, conseqüentemente, os movimentos de
independência nas áreas coloniais. Analise as afirmações que
confirmam as argumentações do autor do texto.
0 0 – Os movimentos de independência latino-americanos resultaram
da ausência de acordo entre os interesses econômicos da aristocracia
proprietária de terras e as forças capitalistas externas inglesas.
1 1 – Uma vez iniciado o processo de industrialização na Inglaterra, o
sistema colonial, montado sob a ótica do capital mercantil
desestruturou-se completamente e, nas áreas coloniais, passaram a
ocorrer os movimentos de independência.
2 2 – O surgimento de uma nova divisão internacional do trabalho
transformou as antigas regiões coloniais em fornecedoras de produtos
manufaturados e possibilitou a formação de uma elite interessada em
romper os laços coloniais metropolitanos.
3 3 – A crise do sistema colonial está diretamente relacionada com a
introdução do modo de produção capitalista, cujas exigências não
poderiam ser atendidas pelos mecanismos básicos do Antigo Sistema
Colonial, já que este fora o instrumento do capital comercial.
4 4 – Os fatores que atuaram sobre o movimentos de independência
das colônias americanas foram frutos da dinâmica interna de
conscientização das classes dominantes, representantes do povo nas
assembléias das capitanias.
15 – (UFS/2007) Do final do século XVIII ao início do século XIX,
diversos movimentos armados desafiaram o controle de Portugal
sobre a sua colônia brasileira. Juntamente com as mudanças
ocorridas no cenário internacional, tais revoltas aceleraram o pro-
cesso de independência do Brasil. Contextualizando
historicamente esses movimentos, pode-se afirmar que:
0 0 – As revoltas coloniais ocorridas na segunda metade do século
XVII e primeira do XVIII tiveram caráter exclusivamente local. Foram
reações isoladas contra os privilégios de algumas companhias de
comércio, reação à posição da metrópole em relação a certas
autonomias locais ou, entre outras, contra a política fiscal
metropolitana.
1 1 – Em 1709 Pernambuco foi palco de um movimento em prol da
libertação colonial: a Guerra dos Mascates. Esta rebelião foi,
essencialmente social, influenciada pelas idéias liberais do iluminismo
e liderada por negros e mulatos.
2 2 – Entre os movimentos que alcançaram grande repercussão na
história por se opor à dominação portuguesa está a Inconfidência
Mineira de 1789, mesmo ano da Revolução Francesa. Seus líderes
procuraram difundir no Brasil os ideais de liberdade, igualdade e
fraternidade.
3 3 – A Revolta de Vila Rica, além de visar à emancipação colonial,
questionava também as desigualdades sociais e pregava uma
democracia racial no Brasil, com o fim da escravidão e de todos os
privilégios.
4 4 – A Conjuração Baiana de 1798, entre outras, colocou em xeque o
sistema colonial como um todo, inserindo-se no movimento mais
amplo que caracteriza a crise do Antigo Regime.
16 – (UFS/2007) Observe atentamente o mapa histórico no início
do século XX.
264
(Hector H Bruit. O Imperialismo. São Paulo: Atual; Campinas:
Universidade Estadual de Campinas, 1988, p. 14)
O mapa reflete aspectos importantes das relações entre a Europa
Ocidental e a África. Identifique as afirmações relacionadas ao
contexto histórico e ao mapa.
0 0 – No processo de desenvolvimento do neocolonialismo, os
europeus tiveram a preocupação de partilhar a África com base na
unidade lingüística e cultural dos povos africanos.
1 1 – Um dos instrumentos de penetração e domínio da África
utilizados por alguns paises europeus foi a melhoria dos transportes,
visando explorar as matérias-primas desse continente.
2 2 – Os países industriais europeus realizaram a partilha da África
com o objetivo de iniciar as relações de produção capitalistas e
transformar os africanos em assalariados, consumidores de seus
produtos
3 3 – Os europeus evitaram colonizar áreas de domínio dos povos
muçulmanos porque não estavam dispostos a despender recursos
bélicos e financeiros para envolverem-se em guerras santas.
4 4 – A Inglaterra e a França foram os primeiros na corrida imperialista,
razão que explica o fato de esses países terem se apoderado das
terras férteis e estratégicas do continente africano.
17- (UNIOESTE-ESPECIAL) A América Latina, conquistada,
colonizada e explorada pelas metrópoles ibéricas, passou a ser,
parcialmente, alimentada pelas idéias iluministas, que se
consagraram com a Revolução Francesa, e teve a projeção
crescente dos interesses econômicos do capitalismo industrial,
capitaneado pela Inglaterra. Assim, é pertinente dizer, a respeito
da emancipação latino-americana, que
0 0 – as metrópoles, buscando uma balança comercial favorável,
promoveram o desenvolvimento das colônias.
1 1 – as políticas mercantilistas de Portugal e da Espanha procuravam
obter o desenvolvimento comercial das metrópoles à custa da
exploração de matérias-primas das colônias.
2 2 – as primeiras manifestações de descontentamento não tiveram,
de modo geral, um caráter separatista, mas expressavam uma reação
à exploração e aos abusos das metrópoles.
3 3 – as lutas de independência das colônias espanholas surgiram,
primeiramente, no início do século XIX, no Uruguai, devido à sua
localização estratégica no Prata
4 4 – o Paraguai, que possuía uma forte identidade em torno dos
homens da terra, conquistou a independência em 1811.
18- (TCSO) - Sobre o Primeiro Reinado, julgue:
0 0 – Do ponto de vista político o Primeiro Reinado foi um período de
perfeito equilíbrio entre as forças progressistas e a burguesia agrária.
1 1 – O reconhecimento de nossa independência pela Inglaterra era
importante condição para afirmar internacionalmente o novo país.
2 2 – A impopularidade de D. Pedro I foi resultado da criação do
chamado Ministério dos Brasileiros.
3 3 – Em 1823, D. Pedro I dissolveu a Assembléia Constituinte. Do
projeto dessa Assembléia constava a fortificação do poder legislativo
em detrimento do poder do Imperador.
4 4 – O Poder Moderador, principal característica da Constituição de
19- (UEM-INVERNO) As afirmações abaixo se referem a uma
série de movimentos sociais deflagrados no período regencial
(1831-40). Sobre essa fase da história do Brasil, que se
caracterizou pela intensa agitação social e por uma grande
efervescência política, assinale o que for correto.
0 0 – As rebeliões regenciais foram orientadas por idéias separatistas
e influenciadas pela Guerra de Secessão dos EUA.
1 1 – Nesse período, existiam três grupos políticos: restauradores ou
caramurus; moderados ou chimangos e os exaltados, farroupilhas ou
jurujubas.
2 2 – A Guerra dos Farrapos ou Revolução Farroupilha teve como uma
de suas principais causas a oposição manifestada pelos gaúchos
contra a excessiva centralização do poder.
3 3 – Apesar do conturbado cenário político que se apresentou durante
o período regencial, em termos econômicos pode-se dizer que houve o
surgimento de um parque manufatureiro que deu origem ao primeiro
surto industrial no Brasil.
4 4 – A Balaiada teve início quando um grupo de políticos liberais – os
bem-te-vis – foi preso pelos moderados conservadores que estavam
no poder. A luta estendeu-se por toda a região e contou com a
participação popular.
20- (UFPE) O ano de 1848 assistiu a várias revoluções na Europa
como, por exemplo, na França e na Itália. O espírito “quarenta e
oito”, como se chamou este período, também atingiu o Brasil e,
particularmente, Pernambuco. Esta questão diz respeito à
Revolução Praieira.
0 0 – A concentração da propriedade fundiária e o monopólio do
comércio a retalho pelos portugueses foram fatores que provocaram a
Revolução Praieira.
1 1 – O Partido da Praia, integrado por liberais pernambucanos, tinha
no jornal o Diário Novo um instrumento de veiculação de suas idéias
políticas.
2 2 – Joaquim Nabuco, líder abolicionista, logo se tornou um
correligionário do jornalista praieiro Borges da Fonseca.
3 3 – Os revolucionários praieiros pretendiam que o Governo
interviesse nos fenômenos de produção, distribuição e comércio..
4 4 – Os revolucionários de Pernambuco lançaram um “Manifesto ao
Mundo” esclarecendo suas posições no que diz respeito ao voto
universal do povo brasileiro, ao trabalho como garantia de vida para o
cidadão brasileiro, ao comércio de retalhos, à reforma do poder
judiciário, dentre outras.
21- (COVEST) A política externa brasileira em direção à região do
Prata, no século XIX, caracterizou-se por intervenções e guerras.
0 0 – O Uruguai esteve sob o controle brasileiro de 1816 a 1827, sob o
nome de Província Císplatina.
1 1 – O Vice-Reino do Prata se constituía das províncias que hoje
265
correspondem só Uruguai, Paraguai, Argentina e Rio Grande do Sul.
Por intervenção de D. João VI o Rio Grande do Sul se desmembrou e
foi anexado ao Império Brasileiro.
2 2 – As lutas na região cisplatina levariam o Brasil g mais uma
intervenção nessa região - a guerra contra Oribe e Rosas, entre 1850
e 1852.
3 3 – A tríplice aliança entre Uruguai, Brasil e Argentina, em 1865, que
redundou na Guerra do Paraguai, pode ser explicada pelo fato do
Brasil e da Argentina estarem integrados à ordem mundial, dominada
pela Inglaterra, e o Paraguai ter se transformando num país de
economia sólida e força militar considerável, independente dessa
ordem.
4 4 – A Argentina enfrentou a Guerra do Paraguai praticamente
sozinha, pois Brasil e Uruguai estavam empenhados em resolver seus
problemas de fronteira, ainda decorrentes da Colônia do Sacramento e
dos sete Povos do Uruguai.
22- (TCSO) – Sobre a cultura e a sociedade em Sergipe no século
XIX, julgue:
0 0 – O maior exemplo do Barroco sergipano no campo das artes é
visível na cidade de São Cristóvão, onde se destaca o conjunto
arquitetônico da Praça de São Francisco, com o Convento e a Ordem
Terceira.
1 1 – A cultura do negro representa em Sergipe, a cultura dominante
sendo preservada e estimulada.
2 2 – Durante o Segundo Reinado, houve um surto de progresso em
todo o Brasil, atingindo também Sergipe. As cidades se expandiram e
os filhos da burguesia passavam a fazer cursos superiores fora da
Província.
3 3 – A produção literária sergipana em torno das tradições culturais
de seu povo, a história, lendas e costumes servem como ponto de
referência.
4 4 – Dentre os principais grupos folclóricos de Sergipe destaca-se a
Chegança, composta por mulheres, existente em Laranjeiras e
Neópolis.
23- (TCSO) – Sobre a mudança da capital de Sergipe, julgue:
0 0 – A mudança da capital da Província fez parte de uma política
geográfica que foi dominante no século XIX em que as capitais
brasileiras deveriam ficar próximas ao oceano, passando de cidades-
fortalezas para cidades-portos.
1 1 – Dentre os motivos que justificavam a mudança da capital de São
Cristóvão para Aracaju, estava a falta de um porto na cidade para
escoar o açúcar produzido na Província.
2 2 – A escolha de Aracaju para sede da capital representou a vitória
dos produtores de açúcar da zona do Cotinguiba, novo centro de
produção do açúcar.
3 3 - A nova capital, cidade portuária, seria uma capital moderna,
completamente planejada, entretanto a transferência de todos os
serviços e dos funcionários, causou problemas e resistências.
4 4 – A mudança da capital foi uma decisão repentina e improvisada,
sancionada pela resolução nº 413.
24-(UFPE-UFRPE-2002) Os filósofos iluministas franceses Voltaire
e Diderot acreditaram durante um certo período que um déspota
esclarecido poderia ser uma boa alternativa de governo. Segundo
Voltaire e Diderot,
0-0) o termo „déspota‟ refere-se a um governante cujo poder não tem
limites. Frederico II da Prússia e Catarina II da Rússia foram
considerados, durante toda a vida, símbolos do despotismo.
1-1) conhecendo a natureza humana, o déspota esclarecido poderá
instaurar em seu país a liberdade religiosa e modernizar o Estado.
Foram déspotas esclarecidos Luís XIV e Napoleão.
2-2) os monarcas Frederico II da Prússia e Catarina II da Rússia
pareciam ser déspotas esclarecidos. Porém, Frederico II mostrou-se
belicoso demais, e Catarina liderou a invasão da Polônia.
3-3) os déspotas esclarecidos foram a maior experiência política da
Idade Moderna. Maquiavel, ao escrever O Príncipe, ajudou muitos
monarcas a exercerem o poder de forma justa.
4-4) Frederico II e Catarina II poderiam ter se tornado adeptos do
constitucionalismo, entretanto, nunca defenderam este princípio.
25- (UFPE-UFRPE-2002) A Inconfidência Mineira foi o primeiro
movimento político separatista, em que se organizaram setores
da elite e setores médios da sociedade colonial brasileira para
lutar contra o sistema colonial português e instaurar uma
República. Sobre esse movimento, podemos afirmar que:
0-0) a derrota da Inconfidência Mineira resultou do fato de as
autoridades portuguesas terem antecipado a derrama, o que
possibilitou, à polícia e aos funcionários da Junta da Fazenda,
surpreenderem os insurretos.
1-1) os inconfidentes, através de carta enviada por José Joaquim da
Maia ao embaixador dos Estados Unidos em Paris, buscaram apoio
dos Estados Unidos. Na carta, o que chama atenção é um pedido de
armas.
2-2) um dos fatores que concorreram para a criação do movimento da
Inconfidência foi o fato de a metrópole aumentar sua pressão fiscal
sobre os mineradores, em razão da queda da produção de ouro, a
partir da segunda metade do século XVIII.
3-3) o fracasso dos inconfidentes resultou da delação de Joaquim
Silvério dos Reis e da fragilidade política do movimento, pois os
conspiradores não foram além de ideias e propostas genéricas, sem
penetração e mobilização social.
4-4) a Inconfidência tinha como plano revolucionário: reunir homens e
armas e buscar apoio dentro e fora de Minas para depor o governo,
proclamar a República e abolir a escravatura.
26 - (UFPE-UFRPE-2002) Em relação à chegada da família real e da
corte portuguesa ao Brasil, em 1808, que transformou o Rio de
Janeiro na sede de todo o Império português, analise as
proposições abaixo.
0-0 - Com a vinda da família real e da corte portuguesa para o Brasil,
projetos de modificações urbanas foram propostos para a cidade do
Rio de Janeiro e para a cidade de São Salvador da Bahia, incluindo a
construção de palácios, bancos, academia de artes e lojas.
1-1- A partir de 1821, D. João aplicaria uma política autoritária e
repressora, ao transformar as antigas capitanias hereditárias em
província e ao decretar a criação de quatro novas províncias: Rio
Grande do Norte, Alagoas, Santa Catarina e Sergipe.
2-2 - Paralelamente às reformas internas, o Brasil de D. João VI
adotava uma política externa de alianças: na Guiana, com os
franceses e na Província Cisplatina, com os espanhóis, em 1809.
3-3 - Jean Baptiste Debret, Nicolas Antoine Taunay, Grand Jean de
Montigny e Auguste Taunay foram alguns dos quarenta integrantes da
missão artística francesa financiada pela corte portuguesa que chegou
266
ao Brasil, na primeira metade do século XIX. Eles assinavam projetos
de arquitetura, pintura e paisagismo para o Rio de Janeiro.
4-4 - Em 1815, ainda sob a regência do príncipe D. João, a colônia foi
elevada à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarve. Coroado
como rei, em 1816, D. João VI é considerado, por historiadores
portugueses e brasileiros, um dos maiores estadistas da monarquia
portuguesa.
27- (UFPE-UFRPE-2001) – A vinda da família real portuguesa para
o Brasil provocou mudanças significativas na vida política,
econômica e cultural da colônia. São consideradas medidas
inovadoras adotadas no início do século XIX no Brasil:
0-0) a abertura de novas escolas médias e superiores, no Rio de
Janeiro e em outras capitais do Império.
1-1) a instalação de livrarias, cafés e a difusão da imprensa nas
principais capitais brasileiras.
2-2) a criação de leis para preservar o meio ambiente e a população
indígena.
3-3) a abertura dos portos a todas as nações amigas, permitindo o
aumento do volume dos produtos europeus no comércio brasileiro.
4-4) a instalação de muitas fábricas nas grandes cidades brasileiras e
a ascensão de homens livres na sociedade colonial.
28-(UFPE-UFRPE-2001) – A Sobre a revolução pernambucana de
1817, podemos afirmar que:
0-0) foi um movimento revolucionário apoiado por senhores rurais
pernambucanos e todos os comerciantes portugueses defensores da
república como forma de governo.
1-1) este movimento está ligado à crise de produção do açúcar e do
algodão e à alta dos preços dos gêneros, de primeira necessidade,
importados.
2-2) foram metas defendidas pelos revoltosos de 1817: o governo
parlamentarista com a consolidação do direito monárquico.
3-3) a cobrança de altos impostos para financiar a invasão da Guiana
Francesa pode ser considerada um dos fatores econômicos que
levaram ao estopim da revolta.
4-4) os envolvidos com o pensamento da Ilustração, participantes do
Areópago de Itambé e da Conspiração dos Suassunas, defendiam a
república como forma de governo adotada pelos revolucionários de
1817.
29- (UFPE-UFRPE-2001) – As revoluções do século XIX na Europa
tiveram inicialmente um caráter burguês. A partir de 1848,
adquirem uma outra característica: a de serem socialistas, por
defenderem, basicamente:
0-0) o fim do regime monárquico e uma democracia regida pela
Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão, em que
os mais capazes deveriam governar.
1-1) uma transformação do regime econômico, do sistema político e da
estrutura das classes, todos
sob o domínio dos interesses das classes populares.
2-2) uma transformação do regime econômico, mas mantendo-se o
mesmo sistema político e a estrutura de classes, de forma a garantir-
se a prática do livre mercado.
3-3) os interesses populares, a favor de uma transformação do
capitalismo e do regime políticosocial, de forma a superar a exploração
do homem pelo homem.
4-4) uma democracia plural e um regime econômico liberal, de modo
que todos pudessem exercer plenamente a cidadania, regidos pelo
respeito aos direitos humanos.
QUESTÕES MÚLTIPLA ESCOLHA
01 – (UFPE-UFRPE-2002) – A expansão capitalista no século XIX
ficou conhecida como imperialismo, e o domínio dos países
europeus sobre a África e a Ásia foi denominado
neocolonialismo. Sobre o resultado da junção desses dois
fenômenos – o imperialismo e o colonialismo – na África e na
Ásia, assinale abaixo a alternativa correta.
a) O imperialismo e o neocolonialismo ajudaram os povos africanos e
asiáticos a saírem de seu atraso secular, possibilitando-lhes o acesso
ao progresso tecnológico.
b) A segunda revolução industrial, o capitalismo monopolista e os
ideais de progresso estão associados ao imperialismo, ao
neocolonialismo e ao completo domínio dos Estados Unidos, no final
do século XIX.
c) Os maiores beneficiários de todo o domínio imperialista e do
neocolonialismo na Ásia e África foi a classe operária européia, em
face do pleno emprego da indústria.
d) Através do imperialismo e do neocolonialismo, as elites econômicas
e políticas inglesas construíram a imagem de que eram o modelo de
cultura e civilização, a ser imitado em todo o mundo.
e) Entre as nações da África, as que transferiram maiores quantidades
de pedras preciosas para a Inglaterra foram Angola e Moçambique, em
razão do neocolonialismo.
02 – (UFPE-UFRPE-2001) - Um dos filósofos iluministas que
exerceram uma enorme influência entre as camadas populares na
França, como também nos movimentos mais radicais durante a
Revolução Francesa, foi:
a) René Descartes, que escreveu o livro clássico O Discurso do
Método, em que apontava a forma como o povo deveria se comportar
face à s elites dirigentes num momento revolucionário.
b) John Locke, por ter sido um dos inspiradores do empirismo, e
defensor que todos quando nascemos somos como uma tábula rasa e
as influências da sociedade é que nos molda.
c) Erasmo de Rotterdam, que escreveu uma obra clássica denominada
O Elogio da Loucura, na qual satiriza os costumes da época, o que
veio a influenciar enormemente as revoluções burguesas do século
XIX.
d) Jean-Jacques Rousseau, que de certa forma tornou-se uma
exceção entre os iluministas, pela crítica à burguesia e à propriedade
privada, escrevendo livros Contrato Social e Discurso sobre a origem
da Desigualdade.
e) Thomas Morus, que escreveu a Utopia, uma obra em que retrata a
vida em uma ilha imaginária, cujos habitantes consideram estupidez
não procurar o prazer por todos os meios possíveis.
03 - UFPE-UFRPE-2001 - Sobre o processo de independência do
Brasil assinale a alternativa correta.
a) Após a Independência, os diferentes grupos liberais existentes no
Brasil unem-se em torno da centralização do poder.
b) Liberais centralistas e liberais federalistas lutaram no início do
século XIX contra a elite conservadora do império
c) As revoltas populares ocorridas durante o primeiro reinado foram
amplamente defendidas pelos liberais centralistas.
267
d) José Bonifácio apoiou a Independência do Brasil dentro de uma
proposição centralista do estado brasileiro.
e) Depois de consumada a independência, D. Pedro I apoiou-se no
„„partido brasileiro'' afastando-se do „„partido português''.
04 - UFPE-UFRPE-2001 - Sobre a situação econômica do Brasil no
século XIX, assinale a alternativa correta.
a) Com a abolição do tráfico negreiro, os fazendeiros utilizaram mão-
de-obra livre para o plantio de café.Como forma de pagamento, os
trabalhadores poderiam usar as terras do senhor para a produção de
sua subsistência.
b) O comércio interno de escravos agravou a situação econômica do
Norte/Nordeste, mas resolveu o problema de mão-de-obra no Sul e
Sudeste.
c) Após 1850, com o final do tráfico negreiro, inicia-se a
industrialização no Brasil, pois, a mão-de-obra negra abundante
deixará o campo e irá se empregar nos centros urbanos.
d) O êxito da cafeicultura brasileira em Minas, Rio de Janeiro e São
Paulo deveu-se à política imigrantista do governo, que autorizou a
vinda de grandes levas de imigrantes europeus.
e) Com o estabelecimento da lei de terras em 1850, pessoas de
poucos recursos tiveram acesso à terra, com ajuda e apoio dos
grandes proprietários brasileiros.
05 - UFPE-UFRPE-2001 – Sobre a produção do café no Segundo
Reinado, assinale a alternativa correta:
a) Toda a produção agrícola brasileira estava voltada, neste período,
para um novo produto: o café, que, introduzido nas regiões do Sul da
Bahia, rapidamente se espalhou para o Rio de Janeiro e São Paulo.
b) O capital necessário para a implantação de fazendas de café foi
muito maior do que o capital investido na produção do açúcar.
c) Várias foram as áreas de expansão da cultura do café durante o
Segundo Reinado: sertões do Nordeste e região amazônica. O café
produzido nessas regiões foi utilizado para consumo local e para
exportação.
d) A fixação do café no Vale do Paraíba deveu-se às condições
geográficas excepcionais e à mão-de-obra escrava disponível.
e) O oeste paulista, ao contrário do vale do Paraíba, não produziu café
de qualidade e em quantidade desejável. O processo de escoamento
para a exportação foi um dos entraves da comercialização do café
dessa região.
06 - (PUC-1976) A importância maior da Revolução Inglesa do
século XVII, para o processo conhecido como Revolução
Industrial, foi:
a) permitir a ascensão dos comerciantes e empresários industriais ao
comando da política inglesa;
b) possibilitar uma gigantesca reforma agrária que abriu caminho ao
capitalismo britânico;
c) assentar as bases da hegemonia marítima e comercial e comercial
inglesa, a partir dos Atos de Navegações;
d) econômicas mercantilistas; suprimir os últimos remanescentes
feudais e eliminar as formas político-
e) instaurar a liberdade de consciência e estabelecer as bases do
sistema parlamentar
07 - (FGV-1980) A crescente força do Parlamento na Inglaterra e o
conseqüente declínio do poder real foi resultado de uma série de
conflitos entre “parlamentares” e “realistas”.Os eventos mais
nessa sequência de conflitos foram:
a) a Guerra Civil (1642/49) e a Revolução Gloriosa (1688/89);
b) o enforcamento de Carlos II e o levante irlandês;
c) o enforcamento de Jaime II e a guerra com a Escócia;
d) a Restauração (1660) e o enforcamento de Carlos II;
e) a execução de Guilherme de Orange e a Restauração (1660).
08 - (UnB-DF-1980) O Iluminismo, que representou uma profunda
transformação no campo da economia, das Ciências e da política,
pregava:
a) o Liberalismo, que defendia o Absolutismo, mas defendia também
os direitos do homem;
b) o Liberalismo Econômico, que protegia a liberdade do Estado em
produzir, comprar e vender;
c) a Democracia, que apoiava a autonomia do povo na organização do
governo;
d) nenhuma das alternativas são corretas.
09 - (MACKENZIE-1980) A filosofia do Iluminismo, erigiu-se sobre
certo número de concepções fundamentais, sobressaindo-se
entre elas:
a) a Razão é o único guia infalível da sabedoria;
b) o Universo é uma máquina governada por leis inflexíveis que o
homem não pode desprezar;
c)a melhor estrutura da sociedade é a mais simples e a mais natural;
d) o homem não é congenitamente depravado, mas levado a cometer
atos de crueldade e baixeza;
e) todas as alternativas são corretas.
10 - (UGF-1974) A Revolução Industrial significou uma
transformação nas técnicas e nos instrumentos de trabalho,que
consistiu:
a) na substituição do escravo pelo servo;
b) na substituição do escravo pelo homem livre;
c) na produção baseada na máquina, em substituição à ferramenta;
d) no aperfeiçoamento do sistema artesanal;
e) aplicação do espírito criativo ao sistema de produção.
11 - (PUC, 1970) Um dos principais fatores que conduziram à
independência dos EUA foi:
a) a concorrência mercantil na área do Caribe desenvolvida pelo
comercio norte-americano em oposição à Inglaterra;
b) a necessidade de romper o monopólio comercial que a Inglaterra
exercia sobre os produtos agrários do sul dos Estados Unidos;
c) o lançamento sistemático de tributos por parte da Inglaterra, sem
anuência da população norte-americana;
d) a tentativa inglesa de impedir o desenvolvimento de relações
comerciais diretas entre os E.U.A e a França, o que levou esta auxiliar
militarmente os E.U.A na Guerra da Independência;
e) o processamento da Revolução Industrial nos E.U.A, o que
contrariava interesses ingleses.
12 - (PUC,1976) O processo da emancipação das Treze Colônias
Inglesas da América do Norte, na segunda metade do século
XVIII, é denominado de Revolução Americana por muitos
historiadores porque:
a) representou o fim do Antigo Regime político, social e econômico
naquela parte do continente americano;
b) rompeu o Pacto Colonial mercantilista e lançou as bases de uma
sociedade liberal e de tendências democráticas;
c) foi primeira etapa das Revoluções Liberais que a partir dali iriam
propagar-se pela Europa e pelo resto do mundo;
268
d) assinalou o inicio de uma sociedade capitalista, baseada no trabalho
assalariado, livre das instituições feudais;
e) a ideologia de seus grandes líderes era a mesma que caracterizaria,
pouco depois, a Revolução Francesa.
13 - (FIB-1973) A Revolução Francesa foi da maior importância
para as transformações políticas e sociais do século XIX.Assinale
a proposição falsa:
a) pelas influências nos movimentos de independência latino-
americana;
b) pela difusão dos ideais republicanos na Europa e América;
c) pelo auxilio francês aos Estados Unidos durante a Guerra de
Independência;
d) pela influência nos movimentos pró-independência no Brasil;
e) pela queda da Monarquia Absoluta e expansão napoleônica.
14 - (UGF,1973) A Revolução Francesa começou:
a) pela convocação dos Estados Gerais;
b) com a tomada da Bastilha;
c) com a condenação de Luís XVI;
d) implantando-se o Terror;
e) com o estabelecimento da Convenção Nacional.
15 - Durante a Revolução Francesa, o Período Napoleônico pode
ser caracterizado:
a) como a fase de consolidação da instituições burguesas;
b) pela vitoria dos princípios de Montesquieu, evidenciada na
promulgação da Constituição do Ano VIII (1799) e na Constituição do
Ano XII (1804), estabelecendo, respectivamente, o Consulado e o
Império;
c) pela sucessão de coligações européias, organizadas pela Inglaterra
com a adesão das Monarquias Absolutas continentais e explicadas
unicamente pelo temor às ambições de Napoleão;
d) pelo início de um governo autoritário que se manteve no poder
exclusivamente pelo apoio do exército;
e) pela decretação do Bloqueio Continental visando levar a Inglaterra
à ruína e ressaltar o gênio militar de Napoleão.
16 - (CESGRANARIO-1975) Após o Congresso de Viena, em 1815,
teve lugar a chamada Política de Intervenção, liderada por
Metternich, cujos instrumentos, político e ideológico, eram,
respectivamente:
1) a Quádrupla Aliança;
2) o Pacto Chaumont;
3) o Tratado de Paris;
4) o Tratado de Viena;
5) a Santa Aliança;
a) 1 e 5 c) 3 e 5 e) 2 e 5
b) 2 e 4 d) 1 e 3
17 - (PUC-1979) As Revoluções de 1830/2 e 1848/50, na Europa
Centro-Ocidental, constituíram um sério golpe na política
intervencionista, contra-revolucionária, preconizada pelo
chanceler austríaco Metternich, desde o Congresso de Viena, em
1815. A derrota dessa política é bem simbolizada pela fuga do
próprio Metternich, em 1848, em condições dramáticas, quando
Viena foi o palco de uma Revolução Liberal. As proposições que
se seguem apontam para alguns dos marcos que assinalam o
avanço do liberalismo entre 1815 e 1850, a despeito da Política de
Intervenção, com exceção de:
a) a ascensão da burguesia ao poder, na França, após as jornadas de
julho de 1830, pondo fim à Restauração aristocrática de 1815;
b) a independência nacional belga e a instalação de uma Monarquia
Constitucional, após a vitoria do levante de 1830 contra os holandeses;
c) o estabelecimento de regimes constitucionais em vários Estados da
Alemanha, inclusive na Prússia;
d) a afirmação do Piemonte, Monarquia liberal, como líder do
Nacionalismo italiano, mesmo derrotado pela Áustria;
e) o reconhecimento das reivindicações nacionais e liberais dos povos
eslavos submetidos à dominação germânica (Viena) e magiar
(Budapest);
18 - (FGV-1980) A intensa participação britânica nos assuntos
latinos-americanos, inclusive no seu processo de independência,
em fins do século XVIII e inícios do século XIX pode ser
constatada:
a) pelo auxílio naval fornecido a San Martin para o ataque a Santiago,
Antofagasta e Quito;
b) pela ocupação britânica da região norte do Chile, que possibilitou a
tomada do poder por um chileno de origem britânica: Bernardo
O‟Higgins;
c) pelos resultados do Congresso de Viena que, entre outras coisas,
estabeleceu que a América Latina estaria dentro da área de influencia
britânica;
d) pelo apoio britânico a certos movimentos de libertação, como os do
Haiti e México;
e) pela invasão britânica de Buenos Aires em 1808, bem como pelo
veto britânico às pretensões da Santa America Látina.
19 - (CESGRANRIO-1978) Os diferentes processos de
independência, vividos pelas colônias inglesas, espanholas e
portuguesas, atestam as diversas transformações econômicas
experimentadas por cada uma dessas metrópoles. Assinale a
alternativa que NÃO reproduz a idéia contida no texto acima:
a) à Inglaterra não mais interessava a vigência do Antigo Sistema
Colonial, já que o desenvolvimento de sua industrialização esbarrava
nas restrições mercantilistas das outras metrópoles;
b) a rigidez da administração espanhola, ao afastar do poder os
“criollos”, isto é, os proprietários nativos das minas e “haciendas”, isto
é, os proprietários nativos das minas e “haciendas”, fez com que os
Cabilos
c) as colônia inglesas da America do Norte esperavam conseguir a sua
independência após o terminio da Guerra dos Sete Anos, mas foi essa
guerra que, depauperando os cofres ingleses, ampliou os interesses
metropolitanos sobre aquela região, provocando conflitos;
d) a independência do Brasil, em 1822, tem sua explicação na
assinatura dos Tratados de “Aliança e Amizade” e “De Comercio e
Navegação”, em 1810,que fizeram de Portugal um vassalo do
capitalismo inglês;
e) as colônias ibéricas não puderam impedir, quando sua emancipação
a permanência dos laços de dependência econômica agora redefinidos
pela emergência do capitalismo na Inglaterra.
20 - (UGF-1977) Já nas primeiras décadas do século XIX, a
Inglaterra insinuou-se na America Latina.Participou das lutas de
Independência dos países desta parte do continente americano e
na consolidação dos Estados Nacionais.Nesse processo de
penetração, papel de destaque foi exercido, exceto:
a) pelos empréstimos efetuados mediante elevadas taxas de juro;
269
b) pelos comercio com base abundancia de capitais, experiência e
vinculações mercantis;
c) pelos avultados investimentos aplicados em serviços públicos;
d) pelos grupos financeiros britânicos favoráveis ao protecionismo
econômico;
e) pelas expedições cientificas realizadas pelos súditos ingleses.
21 - (UGF-1997) O colonialismo europeu do século XIX diverge do
tipo de colonialismo desenvolvido principalmente por Portugal e
Espanha do século XVI. Dentre os objetivos principais desse novo
colonialismo do século XIX, temos:
a) busca de metais preciosos, principalmente nas Américas e
formação de grandes contingentes populacionais nas colônias;
b) necessidade de mercados produtores de açúcar e fumo para
abastecer as metrópoles;
c) busca de mercados consumidores de bens de produção europeus,
para desenvolver o parque industrial colonial;
d) busca de mercados consumidores de produtos industrializados, com
possibilidade de receber rentáveis investimentos de capitais;
e) motivos de ordem religiosa e cultural, que foram as molas
propulsoras de todo o colonialismo europeu.
22 - (FIB-1979) Um dos objetivos do colonialismo e do
imperialismo, intensificados com o capitalismo monopolista e
financeiro, foi:
a) civilizar sociedades primitivas da África, da Ásia e da América
Latina, beneficiadas com a ação humanitária dos representantes de
sociedades brancas evoluídas;
b) controlar áreas de colocação de capitais excedentes, sem excluir
outros interesses econômicos e políticos;
c) converter ao Cristianismo sociedades pagãs, livrando-as de práticas
de canibalismo e de sacrifícios humanos;
d) demonstrar a superioridade do homem branco, comprovando na
pratica as teorias cientificas e metafísicas;
e) utilizar em beneficio da Humanidade as riquezas inexploradas
existentes em territórios de sociedades ignorantes.
23 - (CESGRANRIO-1976) Na África do Sul, a presença inglesa,
localizada nas colônias do Cabo e de Natal, cresceu desde o
inicio do século XIX, deslocando-se os “boers” para o nordeste,
criando as Republicas de Orange e Transvaal. O inicio, em 1899,
de uma longa e difícil guerra entre os ingleses e os “boers”, foi
motivado:
a) pelo problema da utilização da mão-de-obra africana pelos “boers”;
b) pela descoberta das grandes minas de ouro e diamantes no
Transvaal;
c) pelo projeto inglês de unir o Cabo ao Cairo, o qual atravessa os
territórios “boers”;
d) pela penetração alemã nas Republicas “boers”, dado o apoio que
recebiam estas do “Kaiser” Guilherme III;
e) pela criação da União Sul-Africana, pelas autoridades londrinas.
24 - (UFMG) O período compreendido entre a abdicação de Dom
Pedro I e o Golpe da Maioridade propiciou.
a) O fortalecimento do exército, que adquire, a partir de então,
preponderante papel político.
b) O acirramento das posições relativas ao centralismo e
descentralismo político-administrativo.
c) A participação efetiva da Igreja nas questões relativas ao sistema
escravocrata.
d) A conciliação, a nível político, dos partidos Liberal e Conservador.
e) A formação dos primeiros núcleos de propaganda do Partido
Republicano.
25 - (CARLOS CHAGAS-BA)
I. Após a renúncia de Pedro I (1831), o regime político e a ordem
social não são afetados em face da continuidade do poder em
Pedro I que assume imediatamente o governo.
II. O Ato Adicional de 1834, instrumento de conciliação e fator de
equilíbrio entre as forças políticas, aboliu o Conselho do Estado,
principal órgão de assessoria do imperador.
III. Feíjó, na Regência Una (1835/37), conseguiu restaurar o equilíbrio
social, pacificando o país.
Assinale:
a) Somente a proposição I é correta.
b) Somente a proposição II é correta.
c) Somente a proposição III é correta.
d) São corretas as proposições I e II.
e) São corretas as proposições II e III.
26 - (OSEC-SP) Relativamente à Proclamação da República,
podemos dizer que.
a) Está ligada ao desenvolvimento da lavoura cafeeira.
b) Relaciona-se com a abolição dos escravos.
c) Relaciona-se com a difusão das idéias positivistas.
d) As alternativas a e b são únicas corretas.
e) As alternativas a, b e c são únicas corretas.
27 - (OSEC-SP) O Período Regencial constituiu-se num dos mais
agitados da História do Brasil. Entre as revoltas ocorridas nesse
período está a Sabinada, que pretendia.
a) Estabelecer a República de Piratini no Rio Grande do Sul.
b) Estabelecer um governo republicano liberal em Pernambuco.
c) A abdicação de Dom Pedro I.
d) Estabelecer uma República Provisória na Bahia durante a minoria
de Dom Pedro II.
e) Conseguir a maioridade de Dom Pedro II para pôr fim às regências.
28 - (FATEC-SP) O Ato Adicional de 1834 foi concebido como um
instrumento conciliador e como fator de equilíbrio entre as
principais forças políticas da época. Na ocasião foram votadas
algumas modificações à constituição de 1824, com exceção de:
a) a transformação da Regência Trina em Regência Una.
b) a abolição do Conselho de Estado, principal órgão de assessoria do
imperador.
c) o fim da vitaliciedade do Senado.
d) a transformação da cidade do Rio de Janeiro em município neutro.
e) o fim dos conselhos de províncias, que cederiam lugar às
assembléias legislativas.
29 - (MACKENZIE) O parlamento às avessas, os partidos de elite e
a "eleição do cacete" marcaram a atuação política dos grandes
proprietários do Segundo Reinado, que tinham por objetivo.
a) Garantir o Império centralizador e escravocrata.
b) Difundir idéias liberais e democráticas.
c) Integrar as várias camadas sociais no processo político.
d) Modernizar a estrutura agroexportadora do país.
e) Romper com dependência externa e o alinhamento com a
Inglaterra.
30 - (MACKENZIE) "Nada mais conservador que um liberal no
poder. Nada mais liberal que um conservador na oposição..."
270
(Oliveira Viana). A interpretação correta do trecho anterior,
referente aos partidos políticos do Segundo Reinado, seria.
a) Buscavam integrar as massa no processo político.
b) Combatiam a estrutura escravista de produção.
c) Separavam-se por profundas diferenças ideológicas.
d) Representavam facções da classe proprietária, buscando apenas o
exercício do poder.
e) Distinguiam-se por expressarem o pensamento de setores sociais
diferentes da população.
31 - (CARLOS CHAGAS-BA) 1850, com a Lei Eusébio de Queirós,
assinala importante fato, que teve como uma de suas
consequências imediatas.
a) A crise de mão-de-obra para a lavoura cafeeira em
desenvolvimento.
b) A decadência da exploração da mineração em Minas Gerais.
c) O fracasso da expansão da agricultura de cana-de-açúcar.
d) A maior penetração do gado bovino na região sanfranciscana.
e) O aumento de imigrantes europeus para a recém-criada indústria.
32 - (UFES) Os anos 70 do século XIX marcaram a aceleração no
processo de desagregação do regime monárquico no Brasil. As
modificações sociais e econômicas que se avolumaram a partir
do ano de 1850, com a abolição do tráfico negreiro, se fizeram
sentir de maneira acentuada na vida política nacional. Vários
fatores acabaram por criar condições para mudanças nesse
sistema político, tais como:
I - A itinerância do café, deixando o vale do Paraíba e buscando o
oeste paulista.
II - A imigração européia, especialmente a alemã e a italiana.
III - O processo crescente de urbanização.
IV - O crescimento das estradas de ferro.
V - Novas idéias surgidas no seio do exército.
Assinale:
a) se apenas a alternativa V estiver correta.
b) se apenas a alternativa II estiver correta.
c) se apenas a alternativa IV estiver correta.
d) se apenas as alternativas III e IV estiverem corretas.
e) se todas as alternativas estiverem corretas.
33 - (SANTA CASA-SP) O Manifesto Republicano de 1870 recebeu
críticas de vários setores brasileiros em virtude de ter.
a) Ignorado a questão da centralização federativa.
b) Defendido apenas os interesses dos fazendeiros de café.
c) Sido omisso no tocante ao problema da escravidão.
d) Atacado a ideologia positivista da oficialidade do exército.
e) Baseado sue conteúdo na Constituição Americana.
34 - (FATEC-SP) Na segunda fase do Segundo Reinado, considera
a fase do apogeu, ocorreu no Brasil um surto de crescimento das
atividades econômicas. Assinale, entre as alternativas a seguir, a
que corresponde aos principais fatores que contribuíram para
esse desenvolvimento.
a) Investimentos particulares nos estaleiros, valorização da mão-de-
obra negra e desenvolvimento do café.
b) Alta das cotações do café, extinção do tráfico negreiro e política
protecionista.
c) Alta das cotações do café, construção de estradas de ferro
facilitando as comunicações e o incentivo ao comércio negreiro.
d) Valorização da mão-de-obra do imigrante, extinção de taxas
alfandegárias e construção de estradas de ferro e de rodagem.
e) A vinda de imigrantes, a extinção do tráfico negreiro e a proibição da
exportação do ouro.
35 - (MACKENZIE) O declínio da monarquia e a propagação dos
ideais republicanos, no final do século passado, ligam-se, sem
dúvida, aos efeitos que a Guerra do Paraguai nos deixou como
herança. Isto porque.
a) A vitória da Tríplice Aliança sobre o Paraguai implicou enormes
prejuízos no campo diplomático, sobretudo em relação à Inglaterra.
b) A guerra acelerou as contradições internas, abalando a mais sólida
base da monarquia - a escravidão - e fazendo emergir um exército
com consciência de seu poder.
c) A derrota brasileira obrigou a monarquia a concessões territoriais
que abalaram a economia.
d) Os partidos conservadores do Império opunham-se à guerra e
defendiam a mudança das estruturas sociais internas.
e) Embora nossa situação econômica se consolidasse com a guerra, a
monarquia não logrou reconciliar as duas facções de nossa política na
época, o Partido Liberal e o Conservador.
36 - (UFMG) Qual a afirmação CERTA em relação à Revolução
Praieira, ocorrida na província de Pernambuco (1848-1850)?
a) Foi um movimento antilusitano que procurava a derrubada da
Regência através do Partido da Ordem.
b) Defendia primordialmente o comércio a nível nacional para
desenvolver a economia de trocas da província.
c) Pretendia a expropriação dos senhores da terra para a proclamação
de uma república independente.
d) Foi um movimento popular que visava a reformas sociais,
principalmente a nacionalização do comércio e a desapropriação dos
engenhos.
e) Tinha um cunho nitidamente republicano como os demais
movimentos de oposição à ordem imperial.
37 - (PUC-SP) A partir de 1870, a Campanha Abolicionista ganhou
força nacional, mas ainda encontrava alguns obstáculos, tais
como.
a) A necessidade de mecanização da agricultura nordestina,
principalmente a de cana-de-açúcar, base das exportações.
b) A indefinição dos programas dos partidos políticos, tanto liberais
quanto conservadores.
c) A noção de escravo como um bem, que exigia a indenização para
os proprietários de escravos.
d) A reação do proletariado urbano pelo temor da concorrência no
mercado de trabalho.
e) A falta de apoio de alguns setores sociais, como o intelectual e o
artístico.
38 - (PUC-SP) "Por subir Pedrinho ao trono / Não fique o povo
contente. / Não pode ser boa coisa / Servindo com a mesma
gente." (Manifestação popular, Pernambuco, 1840.) A referência
popular à Declaração da Maioridade exprimia.
a) A necessidade de garantir a monarquia mesmo contra a vontade
popular.
b) O desejo de mudança radical quanto às relações província-governo
central.
c) O repúdio à presença dos portugueses-reinóis no governo imperial.
271
d) A crítica à conciliação entre liberais e conservadores, para reforçar
seus interesses.
e) As idéias separatistas e nacionalistas reinantes em Pernambuco.
39 - (PUC-SP) A abdicação de Dom Pedro I pôs fim ao Primeiro
Reinado e proporcionou as condições para a consolidação da
independência nacional, uma vez que.
a) As lutas das várias facções políticas se resolveram com a vitória dos
exaltados sobre os moderados.
b) As rebeliões anteriores à abdicação possuíam nítido caráter
reivindicatório de classe.
c) O governo do príncipe não passou de um período de transição em
que a reação portuguesa, apoiada no absolutismo do soberano, se
conservou no poder.
d) As propostas do partido brasileiro contavam com o apoio unânime
dos deputados à Assembléia Constituinte de 1823.
e) As disputas entre conservadores e liberais representaram diferentes
concepções sobre a forma de organizar a vida econômica do país.
40 - (UFBA)
I - A camada dominante na sociedade do Brasil Império compunha-se
de senhores rurais e altos comerciantes.
II - Durante o Período Regencial, a elite dominante brasileira esteve
dividida em facções que lutavam pelo controle do poder.
III - No Segundo Império brasileiro, liberais e conservadores
representavam igualmente os interesses e privilégios da elite
dominante.
a) I é correta.
b) II é correta.
c) I e III são corretas.
d) II e III são corretas.
e) I, II e III são corretas.
41 - (UFU) "Os reflexos da lei do tráfico negreiro (1850) são
transcendentes para a vida econômica do país, modificando, em parte,
sua fisionomia. O país dispunha de poucos capitais que se investiam,
até então, principalmente no tráfico negreiro. Proibido esse comércio, o
capital que se mantém no Brasil fica sem aplicação. É certo que esse
capital pode ser conservado no comércio interno de escravos, mas a
maior parte tem que tomar outro rumo. O espírito empresarial pode
encaminhá-lo, então, para empreendimentos novos e úteis; abrem-se
fábricas, constroem-se estradas de ferro, criam-se bancos e
companhias de todo tipo."
O texto acima afirma que, com a abolição do tráfico negreiro:
a) Abrem-se possibilidades para o comércio interno de escravos.
b) Desenvolve-se o interesse dos empresários estrangeiros pelo país.
c) Inicia-se um surto de novos empreendimentos industriais e
comercias.
d) Começa um vigoroso movimento de capitais estrangeiros para
dentro do país.
e) Instaura-se a economia baseada no trabalho livre.
42 - (OSEC-SP) Foram causas da Proclamação da República.
a) A incapacidade da monarquia em atender às exigências de
descentralização e autonomia, reclamadas pelo núcleo mais dinâmico
da economia: o Oeste Paulista.
b) O não-reconhecimento da monarquia à importância do exército, que
se sentia desprestigiado enquanto instituição.
c) A identificação da monarquia com a instituição da escravidão,
revelada pelas medidas protelatórias tomadas para alongar sua vida.
d) A existência de um difuso sentimento republicano, alimentado pelo
caráter exótico da monarquia brasileira, única em toda a América.
e) Todas as alternativas estão corretas.
43 - (UFPE) A Independência do Brasil despertou interesses
conflitantes tanto na área econômica quanto na área política. Qual
das alternativas apresenta esses conflitos?
a) Os interesses econômicos dos comerciantes portugueses se
chocaram com o "liberalismo econômico" praticado pelos brasileiros,
subordinados à hegemonia da Inglaterra.
b) A possibilidade de uma sociedade baseada na igualdade e na
liberdade levou a jovem nação a abolir a escravidão.
c) As colônias espanholas tornaram-se independentes dentro do
mesmo modelo brasileiro: monarquia absolutista.
d) A Guerra da Independência dividiu as províncias brasileiras entre o
"partido português" e o "partido brasileiro" , levando as Províncias do
Grão-Pará, Maranhão, Bahia e Cisplatina a apoiarem, por
unanimidade, a independência.
e) Os republicanos, os monarquistas constitucionalistas e os
absolutistas lutaram lado a lado pela independência, não deixando que
as suas diferenças dificultassem o processo revolucionário.
44 - (UFPE) Aós a Guerra do Paraguai, os temas mais polêmicos
debatidos no parlamento brasileiro eram a(s):
a) abolição da escravidão e a nova estratégia militar para a ocupação
do Paraguai e Uruguai;
b) abolição da escravidão e a legitimidade do poder absoluto do
imperador;
c) Lei do Ventre Livre e o novo liberalismo econômico;
d) abolição do Tráfico Negreiro e a propaganda republicana;
e) Leis do Sexagenário e do 13 de maio, e o Positivismo.
45 - (UFPE) Examine detidamente o quadro a seguir sobre a
população do Brasil no século XIX.
Anos População
Livre População
Escrava Total
% População Escrava
1850 5.520.000 2.500.000 8.020.000 31
1872 8.429.672 1.510.806 9.930.478 15
1887 13.278.816 723.419 14.002.235 5
Assinale a alternativa que caracteriza o fim do regime escravista.
a) A escravidão já estava condenada moralmente. O ato da Princesa
Isabel foi apenas a confirmação do seu espírito humanista.
b) Os republicanos defendiam uma abolição gradual da escravidão. Os
números contidos nesses quadro indicam a coincidência entre a
decadência do regime escravista e a proclamação da república.
c) Os números apontam para uma decadência desse modo de
produção. Os proprietários de terras e escravos já duvidavam de sua
eficácia.
d) A Lei do Ventre-livre, aprovada em 28 de setembro de 1871, é
responsável pela diminuição da população escrava, no país.
e) A Lei do Sexagenário, promulgada a 28 de setembro de 1885,
libertou a maior parcela de escravo, pondo fim a esse regime.
46 - (UFPE) Assinale a alternativa que define o papel da "abertura
dos portos" no processo de descolonização.
a) A abertura dos portos às nações amigas anulou a política
mercantilista desenvolvida por Portugal, junto à sua antiga colônia na
América, tornando-a de imediato independente.
272
b) As novas condições criadas pela Revolução Industrial na Inglaterra
e, conseqüentemente, o controle que este país exercia sobre o
comércio internacional e os transportes marítimos, não permitiam a
Portugal, seu antigo aliado, exercer o pacto colonial.
c) A política de portos abertos na América era muito importante para
as colônias e negativa para as metrópoles.
d) A abertura dos portos possibilitou ao BRASIL negociar livremente
com todas as nações, inclusive com a França.
e) Através da abertura dos portos, o BRASIL pôde definir uma política
protecionista de comércio à sua nascente indústria naval.
47 - (FESP) A crise do sistema colonial foi marcada no Brasil por
contestações diversas que comprovam as aspirações de
liberdade do nosso povo. Entre as revoltas podemos destacar as
Conjurações Mineira e Baiana que tiveram em comum:
1. O fundamento ideológico apoiado nos princípios do Iluminismo e de
Revolução Francesa.
2. A proposta de extinção dos privilégios de classe ou cor, abolindo a
escravidão.
3. A inquietação e revolta pela eminente cobrança de impostos em
atraso.
4. A discriminação social evidenciada na aplicação da justiça.
5. A numerosa participação popular caracterizada pela presença de
negros e mulatos.
Assinale a opção correta:
a) 1 e 3
b) 2 e 4
c) 3 e 5
d) 1 e 4
e) 2 e 5
48 - (UFF) "Os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho,
porque sem eles no Brasil não é possível fazer, conservar e aumentar
fazenda." (Antonil. Cultura e Opulência do Brasil, 1711, Livro I,
Capítulo, IX).
Assinale a opção que, baseada na citação do jesuíta Antonil,
justifica corretamente os fundamentos da sociedade colonial.
a) A sociedade colonial se resumia ao mundo da casa-grande e da
senzala, espaços fundamentais de um mundo rural mediado pelos
engenhos açucareiros.
b) O ideal de sociedade colonial, segundo os inacianos, era o de uma
sociedade de missões, o que explica a crítica do jesuíta Antonil à
escravidão.
c) A estrutura social do Brasil Colônia era fundamentalmente
escravista, uma vez que os setores essenciais da economia colonial, a
exemplo da agro-manufatura do açúcar, dependiam do trabalho
escravo, sobretudo dos africanos.
d) A sociedade escravista erigida na Colônia sempre foi condenada
pelos jesuítas que, a exemplo de Antonil, desejavam ardorosamente
que índios e africanos se dedicassem ao mundo de Deus.
e) A sociedade colonial possuía duas classes, senhores e escravos,
pólos antagônicos do latifúndio ou da "fazenda" mencionada por
Antonil.
49 - (FUVEST) No Brasil colonial, a escravidão caracterizou-se
essencialmente.
a) Por sua vinculação exclusiva ao sistema agrário exportador.
b) Pelo incentivos da Igreja e da Coroa à escravidão de índios e
negros.
c) Por estar amplamente distribuída entre a população livre,
constituindo a base econômica da sociedade.
d) Por destinar os trabalhos mais penosos aos negros e os mais leves
aos índios.
e) Por impedir a imigração em massa de trabalhadores livres para o
Brasil.
50 - (CESGRANRIO) Assinale a opção cujo conteúdo está ligado à
concretização da emancipação política do Brasil, em 1822.
a) Reforço da política de monopólios adotada pelo governo de D. João
no Brasil.
b) Apoia do rei aos setores liberais da colônia, como no caso da
Revolução Pernambucana.
c) Política recolonizadora do Brasil adotada pela cortes portugueses.
d) Desdobramento da Revolução Liberal do Porto na colônia.
e) Reação das elites coloniais à permanência do Príncipe Herdeiro de
Portugal na colônia.
51 - (UFES) As críticas econômicas ao trabalho escravo e a esse
rentável comércio de seres humanos já eram apresentadas desde
o final do século XVIII e repercutiram na Inglaterra, onde, em 1807,
foi abolido o tráfico de escravos para as colônias britânicas. A
respeito da política antitráfico, enquanto processo de transição
para o trabalho livre no Brasil, pode-se afirmar que:
a) teve início a partir de exigências externas, com a assinatura dos
tratados de 1810 entre Portugal e Inglaterra e, após o "Bill Aberdeen",
culminou com a aprovação das Leis Eusébio de Queiroz e Nabuco de
Araújo.
b) se iniciou com as exigências apresentadas por Talleyrand, no
Congresso de Viena, para a instituição do Reino do Brasil.
c) teve início no Brasil como exigência dos fisiocratas, para o
desenvolvimento do mercado interno e da atividade manufatureira,
considerada como a única fonte produtora de riqueza.
d) foi introduzida no Brasil como tese econômica defendida pelo
romantismo revolucionário ou liberal, que se baseava em princípios
humanitários defendidos por Alves Branco, Eusébio de Queiroz,
Joaquim Nabuco e Castro Alves.
e) resultou na abolição do tráfico negreiro, graças à nova política
alfandegária formulada por Alves Branco, que sobretaxou o ingresso
de escravos, tornando o seu valor comercial excessivamente elevado.
52 - (PUC-MG) RESPONDA A QUESTÃO SEGUINTE COM BASE
NO ESQUEMA ABAIXO.
Refere-se à Revolução Pernambucana de 1817:
I. O objetivo dos rebeldes era proclamar uma república inspirada nos
ideais franceses de igualdade, liberdade e fraternidade.
II. Os líderes do movimento foram condenados à morte por
enforcamento.
III. Os revoltosos, após matarem os chefes militares governamentais,
conquistaram o poder por 75 dias.
a) se apenas a afirmação I estiver correta.
b) se apenas as afirmações I e II estiverem corretas.
c) se apenas as afirmações I e III estiverem corretas.
d) se apenas as afirmações II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmações estiverem corretas.
53 - (UFRN) As Conjurações Mineira e Baiana foram influenciadas
pelas idéias surgidas, no séc. XVIII, na Europa e nos Estados
Unidos. Identifique a opção em que as duas Conjurações estão
adequadamente caracterizadas.
273
Conjuração Mineira Conjuração Baiana
a) participação significativa da elite branca de Minas Gerais
participação de pobres, negros e mulatos da população urbana de Salvador
b) participação significativa do clero e das camadas mais baixas da população
participação exclusiva das camadas populares
c) participação exclusiva das camadas populares
participação, na sua quase totalidade, de membros do clero
d) participação expressiva de populares articulados pela elite branca
participação significativa do alto clero, de intelectuais e de militares
54 - (UFMG) Assinale a alternativa que apresenta uma
transformação decorrente da vinda da família real para o Brasil.
a) Fechamento cultural, devido às Guerras Napoleônicas, provocado
pela dificuldade de intercâmbio com a França, país que era então
berço da cultura iluminista ocidental.
b) Diminuição da produção de gêneros para abastecimento do
mercado interno, devido ao aumento significativo das exportações
provocado pela Abertura dosPortos.
c) Mudança nas formas de sociabilidade, especialmente nos núcleos
urbanos da região centro-sul, devido aos novos costumes trazidos pela
Corte e imitados pela população.
d) Formação de novos parceiros comerciais, em situação de equilíbrio,
decorrente da aplicação das novas taxas alfandegárias estabelecidas
nos Tratados de Amizade e Comércio.
e) Todas as alternativas estão corretas
55 - (PUC-RS) A partir do século XVIII, o sistema colonial
português entra em sua fase final, devido a uma série de
modificações ocorridas, tanto na Colônia quanto em nível
externo.
Sobre as causas da crise do sistema colonial, relacionar os fatos
da coluna da esquerda com seu respectivo significado na coluna
da direita.
1 - Inconfidência Mineira
( ) força o retorno da família real a Portugal e tenta recolonizar o Brasil.
2 - Abertura dos portos às nações amigas
( ) determina a equiparação jurídica entre Brasil e Portugal, o que foi feito pelo Congresso de Viena.
3 - Elevação do Brasil a Reino-Unido de Portugal e Algarves
( ) defende idéias de liberdade e de República, contra a opressão fiscal exercida pela Coroa Portuguesa.
4 - Revolução Farroupilha
( ) propicia o rompimento do Pacto Colonial e o comércio direto entre o Brasil e outras nações, sobretudo a Inglaterra.
5 - Revolução do Porto
6 - Guerra de Canudos
A ordem correta dos números da coluna da direita, de cima para baixo,
é
a) 5 - 3 - 1 - 2
b) 5 - 3 - 2 - 1
c) 6 - 4 - 1 - 2
d) 4 - 2 - 1 - 6
e) 3 - 5 - 2 – 1
56 - (PUC-RS) A respeito da figura abaixo, pode-se afirmar que se
refere
a) à Revolução Farroupilha e aos seus ideais separatistas, como se
pode inferir do lema "LIBERDADE, AINDA QUE TARDE".
b) à Inconfidência Mineira e aos seus ideais de liberdade e de
independência, representados na bandeira que virou símbolo dos
inconfidentes.
c) aos movimentos bandeirantes, que buscavam romper as estreitas
fronteiras da colônia, penetrando no interior do território brasileiro.
d) à Guerra Guaranítica, pela qual os índios missioneiros buscavam a
libertação do domínio jesuítico, sendo conhecida pelo grito de guerra
de Sepé Tiaraju: "LIBERDADE, AINDA QUE TARDE".
e) à Confederação do Equador, movimento que lutava pela libertação
deste país do domínio brasileiro, como o lema acima deixa claro.
57 - (PUC-RS) Responder à questão com base no mapa abaixo,
sobre a criação de gado no período colonial brasileiro.
A partir da observação do mapa, pode-se concluir que
a) a criação de gado era atividade exclusiva das regiões litorâneas do
Brasil, sendo esse levado para a feira de Sorocaba, de onde partia
para o mercado externo, grande consumidor de charque e couro.
b) a criação de gado se concentrava no norte do Brasil, devido à
inadequação do solo e do clima desta região para o cultivo da cana-
de-açúcar, não havendo integração com as demais áreas coloniais.
c) a região Sul do Brasil tinha na criação de gado uma importante fonte
de renda, e levava seus derivados para serem comercializados na feira
de Sorocaba, proporcionando uma integração econômica com a região
mineradora.
d) a pecuária só se desenvolveu no Brasil colonial em função do ciclo
canavieiro, tendo por único objetivo abastecer de carne e couro a
população litorânea, carente destes produtos.
e) o gado criado no Rio Grande do Sul não tinha boa aceitação no
mercado interno colonial, por seu alto custo, devido à enorme distância
que separava o sul do sudeste minerador, além da concorrência da
carne estrangeira, de melhor qualidade.
274
58 - (PUC-RJ) No que se refere às singularidades da sociedade
francesa do chamado Antigo Regime, são corretas as afirmações
abaixo, com EXCEÇÃO de:
a) Os membros da Igreja Católica, em especial, o alto clero,
desfrutavam de cargos e posições sociais que os aproximavam, em
importância, da nobreza de Corte.
b) As hierarquias sociais eram atenuadas pelas possibilidades de
mobilidade vertical e horizontal, fundamentadas por valores de
exaltação do mérito pessoal e do desempenho intelectual ou
econômico.
c) o exercício da representatividade política baseava-se na
organização estamental e viabilizava, na prática, a força decisória do
primeiro e segundo estados dentro dos Estados Gerais.
d) A condição de nascimento era um dos critérios centrais para a
determinação de identidades e influências, interferindo diretamente na
manutenção dos privilégios da nobreza, bem como nas divisões
internas a este grupo.
e) Na classificação jurídico-política, os grupos burgueses, com
destaque para os comerciantes e financistas, compunham, a despeito
de suas riquezas e propriedades juntamente com os camponeses e
sans-cullotes, o chamado Terceiro Estado.
59 - (PUC-RJ) Leia o testemunho de Baxter, puritano inglês:
"Uma grande parte dos cavaleiros e gentil-homens de Inglaterra (...)
aderira ao rei [Carlos I, 1625-1649]. (...) Do lado do Parlamento
estavam uma pequena parte da pequena nobreza de muitos dos
condados e a maior parte dos comerciantes e proprietários,
especialmente nas corporações e condados dependentes do fabrico
de tecidos e de manufaturas desse tipo. (...) Os proprietários e
comerciantes são a força da religião e do civismo no país; e os gentil-
homens, os pedintes e os arrendatários servis são a força da
iniquidade." (Adaptado de: Christopher Hill. A Revolução Inglesa de
1640.)
O testemunho acima ilustra, em parte, as polarizações sociais e
políticas que caracterizaram a Revolução Puritana, na Inglaterra,
entre 1642 e 1649. Dentre as afirmativas abaixo, assinale a única
que NÃO apresenta de modo correto uma característica dessa
revolução:
a) Dela resultou o enfraquecimento do poder do soberano,
contribuindo para a afirmação das prerrogativas e interesses dos
grupos que apoiavam o fortalecimento das atribuições do Parlamento.
b) Ela inseriu-se no conjunto de conflitos civis europeus, da primeira
metade do século XVII, marcadamente caracterizados pela
superposição entre identidade política e identidade religiosa.
c) Ela ocasionou uma sangrenta guerra civil, estimuladora, entre outros
aspectos, da proliferação de seitas não-conformistas, profundamente
condenadas e reprimidas pelos puritanos mais moderados.
d) Ela estimulou a crescente aplicação de concepções liberais,
defendidas em especial pelos comerciantes, particularmente no que se
referia às relações mercantis com os colonos da América.
e) Ela representou um dos primeiros grandes abalos nas práticas do
absolutismo monárquico na Europa, simbolizado não só pelo
julgamento, mas, principalmente, pela decapitação do monarca Carlos
I.
60 (PUC-MG) A inauguração da produção industrial no século
XVIII, na Inglaterra, modifica a face da sociedade porque,
EXCETO:
a) transfere o controle da produção das mãos do trabalhador para as
mãos do empresário capitalista.
b) subordina as regras do mercado ao crescente volume da produção
mecanizada.
c) modifica o conceito de consumo, ampliando-o para muito além das
necessidades básicas.
d) propicia a formação de cidades industriais, superando o caráter rural
das sociedades.
e) transforma o trabalhador num ser submisso e alienado,
inviabilizando as organizações de classe.
61 - (PUC-MT) O princípio de que "os fins justificam os meios"
adapta-se à filosofia política de:
a) Thomas Morus.
b) Montaigne.
c) Maquiavel.
d) Calvino.
e) Erasmo de Rotterdam.
62 - (PUC-SP) Na discussão com o Parlamento inglês sobre as
Leis do Açúcar e do Selo (1764-65), os colonos ingleses da
América baseavam sua argumentação para recusar as medidas:
a) Nos prejuízos financeiros advindos do bloqueio aos produtos das
Antilhas.
b) Nos direitos naturais do cidadão à vida, à propriedade e à busca da
felicidade.
c) No fato de não estarem representados na assembléia que votou as
taxas.
d) No princípio de insenção de taxas concedido pela Coroa aos
colonos.
e) No direito inalienável dos súditos ingleses se recusarem a obedecer
leis injustas.
63 - (FUVEST) Os conflitos entre os colonos americanos e a
Inglaterra, que desencadearam a Guerra da Independência dos
Estados Unidos, originaram-se de divergências sobre as
seguintes questões:
a) Direito dos colonos de organizarem milícias; a extinção das
atividades agrícolas no sul; criação de escolas.
b) Liberdade de comércio; representação colonial no Parlamento;
legalidade na cobrança de impostos.
c) Direito do Parlamento de legislar sobre as colônias; importação das
manufaturas inglesas; liberdade de culto.
d) Imigração estrangeira; nomeação governadores; extinção das
assembléias coloniais.
e) Desenvolvimento das manufaturas coloniais; sucessão do trono
inglês; pagamento da dívida da Guerra dos Sete Anos.
64 - (SANTA CASA-SP) As grandes revoluções (Revolução
Americana, 1776; Revolução Francesa, 1789) do século XVIII
refletem, em parte, algumas idéias dos filósofos da Ilustração,
podendo-se destacar entre outras a que:
a) Acentuou que o Estado não possui poder ilimitado, o qual nada mais
é que a somatória do poder dos membros da sociedade.
b) Procurou salientar que a sociedade industrial somente se
desenvolverá a partir de minucioso planejamento econômico.
c) Mostrou que, sem centralização e dependência dos poderes ao
Executivo, não há paz social.
d) Visou defender a tese de que apenas a federalização política é
compatível com a democracia orgânica.
275
e) Apontou a necessidade de limitar a liberdade individual, para
impedir que o seu excesso degenere em anarquismo.
65 - (PUC-CAMP) Sabe-se que os filósofos iluministas, com suas
idéias, abriram cominho para a Revolução Francesa. Estes
pensadores, no geral,
a) pregavam a necessidade de uma explicação de caráter místico e
espiritualista para a existência humana.
b) apesar de considerarem que as desigualdades, eram provocadas
pela sociedade e que os homens eram iguais perante a natureza, não
conseguiram contribuir para que os privilégios existentes na sociedade
francesa fossem abolidos.
c) confundiam-se, em muitos casos, com os déspotas esclarecidos,
como Frederico II, da Prússia e José II, da Áustria.
d) destacavam-se por buscar uma explicação racional para todas as
coisas, considerando também que as desigualdades eram provocadas
pela sociedade e que os homens eram iguais perante a natureza.
e) eram contra os privilégios da nobreza, porém justificavam como
necessários os privilégios vivenciados pelos clero.
66 - (CESGRANRIO) Sobre as relações entre o Iluminismo e os
déspotas esclarecidos podemos afirmar que:
a) Estes soberanos não concordavam com nenhuma das idéias
defendidas pelos filósofos iluministas.
b) Utilizaram integralmente todas as novas idéias defendidas pelos
filósofos iluministas.
c) Para modernizarem os seus Estados, utilizaram-se dos princípios
iluministas que não eram incompatíveis com o seu poder absoluto.
d) Usaram principalmente as idéias dos iluministas Maquiavel e
Hobbes.
e) Utilizaram-se exclusivamente das idéias de Rousseau.
67 - (UFG) O Iluminismo como movimento intelectual do século
XVIII, representou:
a) As idéias revolucionárias da burguesia.
b) O renascer do pensamento clássico grego-romano.,
c) A revolução ideológica da aristocracia.
d) A expansão do pensamento religioso.
e) O fortalecimento do estado absolutista.
68 - (UFF) "Consideramos evidentes as seguintes verdades: que todos
os homens foram criados iguais; que receberam de seu Criador certos
direitos inalienáveis; que entre eles estão os direitos à vida, à liberdade
e à busca da felicidade." (Declaração de independência dos Estados
Unidos da América, 2 de julho de 1776.)
Esta passagem denota:
a) O desejo do Congresso Continental de delegados das Treze
Colônias no sentido de empreender reformas profundas na sociedade
do novo país.
b) A utilização de categorias do Direito Natural Racional, no contexto
das idéias do iluminismo.
c) Que o Congresso Continental, apesar de rebelde à Inglaterra,
permanecia fiel ao ideário do absolutismo, pois deste emanavam os
ideais que defendia.
d) Influência das reformas empreendidas no século XVIII pelos
chamados "déspotas esclarecidos" da Europa.
e) Que os delegados das Treze Colônias tinham uma concepção
ingênua e equivocada das sociedades humanas.
69 - (FUVEST-SP) A chamada Guerra dos Mascates, ocorrida em
Pernambuco em 1710, deveu-se:
a) ao surgimento de um sentimento nativista brasileiro, em oposição
aos colonizadores portugueses.
b)ao orgulho ferido dos habitantes da vila de Olinda, menosprezados
pelos portugueses.
c) ao choque entre os comerciantes portugueses do Recife e a
aristocracia rural de Olinda, pelo controle da mão-de-obra escrava.
d) ao choque entre os comerciantes portugueses do Recife e a
aristocracia rural de Olinda, cujas ralações comerciais eram,
respectivamente, de credores e devedores.
e) e uma disputa interna entre grupos de comerciantes, que eram
chamados depreciativamente mascates.
70 - (UFSCAR)- O português no Brasil teve de mudar quase
radicalmente o seu sistema de alimentação, cuja base se deslocou,
com sensível déficit, do trigo para a mandioca; e o seu sistema de
lavoura, que as condições físicas e químicas de solo, tanto quanto as
de temperatura ou de clima, não permitiam fosse o mesmo doce
trabalho das terras portuguesas. A esse respeito o colonizador inglês
dos Estados Unidos levou sobre o português do Brasil decidida
vantagem, ali encontrando condições de vida física e fontes de
nutrição semelhantes as da mãe-pátria. (FREIRE, Gilberto. Casa-
grande & senzala, 1933.)
Segundo o texto, o autor
a) prefere as condições naturais oferecidas pela Europa.
b) atribui importância às trocas culturais entre a Europa e a América o
Sul.
c) valoriza os elementos geográficos das terras brasileiras.
d) defende a cultura indígena norte-americana como mais original.
e) acredita que o português teve mais vantagens que o inglês diante
da adversidade geográfica americana.
71 - (FUVEST) - Nas reivindicações dos movimentos políticos que
levaram a independência dos países da América Espanhola,
encontram-se alguns traços comuns. Entre eles, a
a) proposta de igualdade social e étnica.
b) proposição de aliança com a Franca revolucionaria.
c) defesa da liberdade de comercio.
d) adoção do voto universal masculino.
e) decisão de separar o Estado da Igreja.
72 - (UFSCAR-2007) - É prova de mendicidade extrema não ter um
escravo; é indispensável ter ao menos dois negros para carregarem
uma cadeira ricamente ornada e um criado para acompanhar este
trem. Quem saísse à rua sem esta corte de africanos estaria seguro de
passar por um homem abjeto e de economia sórdida. (LISBOA, Jose
da Silva. Carta, 1781.)
Considerando o texto, e correto afirmar que a escravidão
a) impunha um modo de vida de trabalho para ricos e pobres.
b) expressava a decadência moral dos brasileiros.
c) contrastava com a riqueza das elites portuguesas.
d) moldava as relações sociais e econômicas no Brasil.
e) barrava o desenvolvimento dos transportes.
73 - (UFSCAR-2007)- O comercio da Bahia e muito ativo; esta cidade
serve de entreposto para os produtos do sertão, que por ela se
exportam para as diversas partes do mundo; motivo pelo qual se
encontram em seu porto navios de todas as nacionalidades. (...) Os
habitantes das costas vizinhas trazem todos os produtos de suas
plantações para a capital, a fim de trocá-los por mercadorias de
diversos países. Essas trocas constantes e ativas rapidamente fizeram
276
da Bahia uma importante cidade, que parece exceder de muito, em
tamanho, o Rio de Janeiro. (Príncipe Maximiliano Wied Neuwvied.
Viagem ao Brasil, 1820.)
O acontecimento histórico que está diretamente ligado ao
contexto descrito pelo autor foi:
a) a Revolta dos Males.
b) a independência dos Estados Unidos.
c) o fim do Bloqueio Continental.
d) a elevação de Salvador a capital da Colônia.
e) a abertura dos portos brasileiros as nações estrangeiras.
74 - (FUVEST) - Em novembro de 1807, a família real portuguesa
deixou Lisboa e, em marco de 1808, chegou ao Rio de Janeiro. O
acontecimento pode ser visto como
a) incapacidade dos Braganca de resistirem à pressão da Espanha
para impedir a anexação de Portugal.
b) ato desesperado do Príncipe Regente, pressionado pela rainha-
mãe, Dona Maria I.
c) execução de um velho projeto de mudança do centro politico do
Império português, invocado em épocas de crise.
d) culminância de uma discussão popular sobre a neutralidade de
Portugal com relação à guerra anglo-francesa.
e) exigência diplomática apresentada por Napoleão Bonaparte, então
primeiro cônsul da Franca.
75 – (VASSOURAS) - «Manufaturas bem protegidas, mas livres de
toda regulamentação autoritária das fabricações e das técnicas, uma
marinha poderosa, instituições parlamentares e politicas favorecendo
confronto de interesses, a Inglaterra estava pronta para a aventura
industrial», no final do século XVII.
Assinale a alternativa correta sobre o mercantilismo.
a) Como as demais políticas mercantilistas, a britânica foi um entrave
ao desenvolvimento, pois não prescindiu das barreiras, aduanas e
restrições, embora mais brandas.
b) Nem sempre o mercantilismo e nem todas as praticas mercantilistas
travam a economia, pois, na Inglaterra, a combinação de liberdade,
controle e incentivo legal contribuíram para a acumulação de capital.
c) A critica fisiocrática, por ser exercida no século XVIII, apresenta o
mercantilismo como uma pratica nociva ao desenvolvimento da
economia agrícola, mas benéfica para a indústria.
d) Na Inglaterra, foi sempre o Parlamento o controlador da economia;
por isso, lá praticamente inexistiu o mercantilismo.
e) A burguesia britânica, objetivando o desenvolvimento manufatureiro
e industrial, rejeitou qualquer intervenção do Estado na economia, ate
o século XVIII.
76 - (UERJ) Nós, habitantes da paróquia de Longeley, abaixo-
assinados, tendo-nos reunido em virtude das ordens do rei, dia 6 do
presente mês de maio de 1789, resolvemos o que se segue:
Pedimos que todos os privilégios sejam abolidos.
Declaramos que se alguém merece ter privilégios e gozar isenções,
são estes, sem contradição, os habitantes do campo, pois são mais
úteis ao Estado, porque por seu trabalho o fazem viver”. (Caderno de
súplicas para os Estados Gerais).
Esta reivindicação dos camponeses francesa às vésperas da
eclosão da Revolução Francesa traduzida um desejo comum aos
demais membros do Terceiro Estado, a saber:
a) a convocação dos Estados Gerais para dar solução à crise
financeira.
b) a formação de uma democracia rural, composta de camponeses
autônomos.
c) a supressão de uma ordem social baseada no privilegio e na
sociedade estamental.
d) o advento de uma sociedade igualitária com o estabelecimento do
sufrágio universal.
e) a distinção da sociedade fundamentada na proposta de cidadãos
ativos e cidadãos passivos.
77 - (UECE) - As transformações implementadas nos
estabelecimentos industriais na atualidade nos mostram a
diminuição cada vez maior do numero de trabalhadores nas
fabricas. As maquinas substituem o trabalho dos homens. A
introdução das máquinas nas fabricas, no entanto, foi
questionada pelos primeiros trabalhadores industriais, no inicio
do século XIX, inclusive através da destruição de máquinas, o
chamado Luddismo. Esta reação acontecia por que:
a) o espírito tradicionalista dos trabalhadores ingleses, aliado à
violência destruidora dos trabalhadores não qualificados, não lhe
permitia compreender o progresso trazido pelas maquinas.
b) apesar do crescente desemprego, a introdução das maquinas era
aceita pelos trabalhadores mais qualificados, que ganhavam mais com
o aumento da produtividade; a quebra de maquinas era comandada
por criminosos a serviço dos pequenos industriais, que não tinham
capital para incrementar a tecnologia.
c) nada do que os industriais implementavam era aceito pelos os
antigos artesões percebiam que determinadas maquinas
desqualificavam o seu trabalho, transformando o trabalhador, que
conhece todas as fases de produção de um objeto, em um operário,
que apenas sabe efetuar algumas tarefas simples com baixos salários
e sujeito ao desemprego.
d) trabalhadores porque havia um controle das antigas corporações
sobre os postos de trabalho e estas não queriam máquinas mais
modernas nas fábricas.
78 - (UFLA-2008) A história permite associar fastos históricos que
ocorrem em lugares e tempos diferentes, que ocorreram em lugares e
tempos diferentes, como, por exemplo, as Revoluções Francesa, de
1789, e Russa, de 1917.
Assinale a alternativa em que as correlações entre ambas as
Revoluções NÂO esta correta.
a) Na Revolução Francesa, as massas populares eram representadas
pelos Sans Culottes, que pertenciam aos Jacobinos e, na Revolução
Russa, eram os soviets. De trabalhadores, que pertenciam aos
bolcheviques.
b) Na Revolução Russa, as massas populares revoltaram-se, tomando
o poder da nobreza e da burguesia, a exemplo do “Terror Branco”
(1794-1795), na Revolução Francesa, e os acontecimentos de
dezembro de 1905 e janeiro de 1906, na Revolução Russa.
c) Na Revolução Francesa e na Revolução Russa, a situação das
massas era de extrema pobreza e miséria, devido à carestia dos
alimentos e da exploração por parte da aristocracia rural, parasitaria de
origem feudal.
d) Tanto na Revolução Francesa como na Revolução Russa, as
massas promoveram assassinatos de nobres, após assumirem o
poder.
79-(UEM PR) Durante o período colonial no Brasil, os conflitos
internos se manifestaram de forma generalizada, atingindo todos
277
os setores da sociedade colonial. Além disso, as mudanças
administrativas introduzidas pela coroa portuguesa, visando
centralizar e controlar mais de perto a colônia americana
provocou disputas entre colonos e funcionários do governo, entre
bandeirantes e jesuítas, entre senhores de engenho e
comerciantes. Analise se é verdadeiro ou falso depois marque a
alternativa correta:
( )A "Revolta de Beckman", ocorrida entre 1684-85, no Maranhão, foi
conseqüência direta dos entraves criados pela exploração colonial,
que feriam os interesses dos proprietários das lavouras canavieiras, e
teve como objetivo a abolição do monopólio de comércio exercido por
Portugal.
( )As rebeliões coloniais, ocorridas a partir do século XVIII, adotaram
uma nova bandeira: a luta pela emancipação. Em Minas Gerais,
eclodiram dois movimentos representativos dessa nova reivindicação -
Revolta de Felipe dos Santos (1720) e Inconfidência Mineira (1789).
Ambos tiveram como características fundamentais, além do caráter
emancipatório, a intensa participação das camadas populares.
( )A Guerra dos Mascates, ocorrida em Pernambuco em 1710, deveu-
se ao choque entre comerciantes portugueses do Recife e a
aristocracia rural de Olinda cujas relações comerciais eram,
respectivamente, de credores e devedores.
A) VVV
B) VFV
C) FFF
80 (UFOP MG) Os movimento nativistas ocorridos no Brasil
Colonial foram movimentos de contestação à dominação da
metrópole portuguesa. Assinale a alternativa que contém três
movimentos nativistas ocorridos no final do período colonial.
a) Guerra dos Emboabas, Revolta de Felipe dos Santos e Guerra dos
Mascates
b) Grito do Ipiranga, a Balaiada e a Sabinada.
c) A Revolução Liberal de 1842, a Revolta dos Malês e a Proclamação
da República.
d) A Inconfidência Mineira, a Conjuração dos Alfaiates e a Revolução
Pernambucana de 1817.
81 Analise as afirmativas abaixo sobre a Inconfidência Mineira e, a
seguir, marque a alternativa correta:
I - Uma das suas causas foi a ameaça do fisco com pesados impostos
num ciclo econômico já em declínio.
II - Minas Gerais possuía uma das mais famosas elites intelectuais da
colônia, o que contribuiu para o movimento.
III - Houve influências das idéias iluministas que existiam na Europa.
A) somente a I está correta.
B) somente a I e a II estão corretas.
C) somente a II e a III estão corretas.
D) somente a I, II e a III estão corretas
82 (FATEC) A Conjura Baiana de 1798, conhecida também por
Revolução dos Alfaiates, foi a mais popular rebelião do período
colonial, entre outros motivos, por propor:
A) a emancipação de Portugal, a instauração de uma Monarquia
Constitucional e a manutenção do pacto colonial;
B) a emancipação de Portugal, a instauração de uma República, o fim
da escravidão e a liberdade de comércio;
C) a emancipação de Portugal, a instauração de uma Monarquia
Constitucional, a continuidade da escravidão e a liberdade de
comércio;
D) a emancipação de Portugal, a instauração de uma República, a
continuidade da escravidão e a manutenção das restrições ao
comércio
83 (FGV) Sobre a Inconfidência Mineira é correto afirmar:
A) Foi um movimento que contou com uma ampla participação de
homens livres não-proprietários e até mesmo de muitos escravos
negros.
B) O clero de Minas Gerais não teve nenhuma participação na
conspiração, que tinha uma forte conotação anti-eclesiástica;
C) Entre os planos unanimemente aprovados pelos conspiradores de
Minas estava a abolição da escravatura;
D) Entre os fatores que influenciaram os "inconfidentes" estavam as
"idéias francesas" (o Iluminismo, o Enciclopedismo) e a "justificação
pelo exemplo", da Independência Norte-Americana
84 (UNIFENAS) O ideário político de conteúdo liberal da
Inconfidência Mineira apresentava algumas contradições, dentre
elas:
A) manutenção do regime de trabalho escravo;
B) adoção de um regime político republicano;
C) estabelecimento de uma Universidade em Vila Rica;
D) separação e independência dos poderes executivo, legislativo e
judiciário
QUESTÕES DO ENEM
01 - Os últimos séculos marcam, para a atividade agrícola, com a
humanização e a mecanização do espaço geográfico ,uma
considerável mudança em termos de produtividade: Chegou-se,
recentemente, à constituição de um meio técnico-científico-
informacional,característico não apenas da vida urbana, mas
também do mundo rural, tanto nos países avançados como nas
regiões mais desenvolvidas dos países pobres. A modernização
da agricultura está associada ao desenvolvimento científico e
tecnológico do processo produtivo em diferentes países. Ao
considerar as novas:
a) introdução de tecnologia equilibrou o desenvolvimento econômico
entre o campo e cidade,refletindo diretamente na humanização do
espaço geográfico nos países mais pobres.
b) tecnificação do espaço geográfico marca o modelo,produtivo dos
países ricos, uma vez que pretendem transferir gradativamente as
unidades industriaispara o espaço rural.
c) construção de uma infraestrutura científica e tecnológica promoveu
um conjunto de relações quegeraram novas interações socioespaciais
entre ocampo e a cidade.
d) aquisição de máquinas e implementos industriais, incorporados ao
campo, proporcionou o aumento da produtividade, libertando o campo
da subordinação à cidade.
e) incorporação de novos elementos produtivos oriundos da atividade
rural resultou em uma relação com a cadeia produtiva industrial,
subordinando a cidade ao campo.
02 - O movimento operário ofereceu uma nova resposta ao grito do
homem miserável no princípio do século XIX. A resposta foi a
consciência de classe e a ambição de classe. Os pobres então se
organizavam em uma classe específica,a classe operária,diferente da
278
classe dos patrões (ou capitalistas). Arevolução Francesa lhes deu
confiança; a revolução industrial trouxe a necessidade da mobilização
permanente. (HOBSBAWN, E. A era das revoluções. São Paulo: Paz e
Terra, 1977)
No texto, analisa-se o impacto das revoluções Francesa e
Industrial para a organização da classe operária. Enquanto a
“confiança” dada pela Revolução Francesa era originária do
significado da vitória revolucionária sobre as classes dominantes,
a “necessidade da mobilização permanente”, trazida pela
Revolução Industrial, decorria da compreensão de que
a) a competitividade do trabalho industrial exigia um permanente
esforço de qualificação para enfrentamento do desemprego.
b) a completa transformação da economia capitalista seria
fundamental para a emancipação dos operários.
c) a introdução das máquinas no processo produtivo diminuía as
possibilidades de ganho material para os operários.
d) o progresso tecnológico geraria a distribuição de riquezas para
aqueles que estivessem adaptados aos novos tempos industriais.
e) a melhoria das condições de vida dos operários seria conquistada
com as manifestações coletivas em favor dos direitos trabalhistas.
03 - O alfaiate pardo João de Deus, que, na altura em que, na
altura em que foi preso, não tinha mais do que 80 réis e oito
filhos, declarava que “ Todos os brasileiros se fizessem
franceses, para viverem em igualdade e abundância” O texto faz
referência à conjuração Baiana. No contexto da crise do sistema
colonial, esse movimento se diferenciou dos demais movimentos
libertários ocorridos no Brasil por
a) defender a igualdade econômica, extinguindo a propriedade,
conforme proposto nos movimentos liberais da frança napoleônica.
b) introduzir no Brasil o pensamento e o ideário liberal que moveram
os revolucionários ingleses na luta contra o absolutismo monárquico.
c) propor a instalação de um regime nos moldes da república dos
Estados Unidos, sem alterar a ordem socioeconômica escravista e
latifundiária.
d) apresentar um caráter elitista burguês, uma vez que Sofrerá
influência direta da revolução Francesa propondo o sistema censitário
de votação.
e) defender um governo democrático que garantisse a participação
política das camadas populares, influenciado pelo ideário da
Revolução Francesa.
04 - Os cercamentos do século XVIII podem ser considerados Como
sínteses das transformações que levaram à consolidação do
capitalismo na Inglaterra. Em primeiro lugar, porque sua
especialização exigiu uma articulação fundamental com o mercado.
Como se concentravam na atividade de produção de lã, a realização
da renda dependeu dos mercados, de novas tecnologias de
beneficiamento do produto e do emprego de novos tipos de
ovelhas.Em segundo lugar,concentrou-se na inter-relação do campo
com a cidade e, num primeiro momento, também se vinculou á
liberação de mão de obra.
Outra consequência dos cercamentos que teria contribuído para a
Revolução Industrial na Inglaterra foi o
a) aumento do consumo interno.
b) congelamento do salário mínimo.
c)fortalecimento dos sindicatos proletários.
d) enfraquecimento da burguesia industrial.
e) desmembramento das propriedades improdutivas.
05 - No século XX, o transporte rodoviário e a aviação civil aceleraram
o intercâmbio de pessoas e mercadorias, fazendo com que as
distâncias e a percepção subjetiva das mesmas se reduzissem
constantemente. É possível apontar uma tendência de universalização
em vários campos, por exemplo, na globalização da economia, no
armamentismo nuclear, na manipulação genética, entre outros.
Os impactos e efeitos dessa universalização, conforme descritos
no texto, podem ser analisados do ponto de vista moral o que
leva á defesa da criação de normas universais que estejam de
acordo com
a) os valores culturais praticados pelos diferentes povos em suas
tradições e costumes locais.
b) os pactos assinados pelos grandes líderes políticos, os quais
dispõem de condições para tomar decisões.
c) os sentimentos de respeito e fé no cumprimento de valores
religiosos relativos á justiça divina.
d) os sistemas políticos e seus processos consensuais e democráticos
de formação de normas gerais.
e) os imperativos técnico-científicos, que determinam com exatidão o
grau de justiça das normas.
06 - A evolução do processo de transformação de matérias primas em
produtos acabados ocorreu em três estágios: artesanato, manufatura e
maquinofatura.
Um desses estágios foi o artesanato, em que se
a) trabalhava conforme o ritmo das máquinas e de maneira
padronizada.
b) trabalhava geralmente sem o uso de máquinas e de modo diferente
do modelo de produção em série.
c) empregavam fontes de energia abundantes para o funcionamento
das máquinas.
d) realizava parte da produção por cada operário, com uso de
máquinas e trabalho assalariado.
e) faziam interferências do processo produtivo por técnicos e gerentes
com vistas a determinar o ritmo de produção.
07 - A Inglaterra pedia lucros e recebia lucros, Tudo se transformava
em lucro. As cidades tinham sua sujeira lucrativa, suas favelas
lucrativas, sua fumaça lucrativa, sua desordem lucrativa, sua
ignorância lucrativa, seu desespero lucrativo. As novas fábricas e os
novos altos fornos eram como as Pirâmides, mostrando mais a
escravização do homem que seu poder. DEANE, P. A Revolucao
Industrial. Rio de Janeiro: Zahar, 1979 (adaptado).
Qual relação é estabelecida no texto entre os avanços
tecnológicos ocorridos no contexto da Revolução Industrial
Inglesa e as características das cidades industriais no início do
século XIX?
a) A facilidade em se estabelecerem relações lucrativas transformava
as cidades em espaços privilegiados para a livre iniciativa,
característica da nova sociedade capitalista.
b) O desenvolvimento de métodos de planejamento urbano aumentava
a eficiência do trabalho industrial.
c) A construção de núcleos urbanos integrados por meios de
transporte facilitava o deslocamento dos trabalhadores das periferias
até as fábricas.
d) A grandiosidade dos prédios onde se localizavam as fábricas
revelava os avanços da engenharia e da arquitetura do período,
279
transformando as cidades em locais de experimentação estética e
artística.
e) O alto nível de exploração dos trabalhadores industriais ocasionava
o surgimento de aglomerados urbanos marcados por péssimas
condições de moradia, saúde e higiene.
08 - O príncipe, portanto, não deve se incomodar com a reputação de
cruel, se seu propósito é manter o povo unido e leal. De fato, com uns
poucos exemplos duros poderá ser mais clemente do que outros que,
por muita piedade, permitem os distúrbios que levem ao assassínio e
ao roubo. (MAQUIAVEL, N. O Principe, São Paulo: Martin Claret,
2009.)
No século XVI, Maquiavel escreveu O Príncipe, reflexão sobre a
Monarquia e a função do governante. A manutenção da ordem
social, segundo esse autor, baseava-se na:
a) inércia do julgamento de crimes polêmicos.
b) bondade em relação ao comportamento dos mercenários.
c) compaixão quanto à condenação de transgressões religiosas.
d) neutralidade diante da condenação dos servos.
e) conveniência entre o poder tirânico e a moral do príncipe.
09 - Em nosso país queremos substituir o egoísmo pela moral, a honra
pela probidade, os usos pelos princípios, as conveniências pelos
deveres, a tirania da moda pelo império da razão, o desprezo à
desgraça pelo desprezo ao vício, a insolência pelo orgulho, a vaidade
pela grandeza de alma, o amor ao dinheiro pelo amor à glória, a boa
companhia pelas boas pessoas, a intriga pelo mérito, o
espirituoso pelo gênio, o brilho pela verdade, o tédio da volúpia pelo
encanto da felicidade, a mesquinharia dos grandes pela grandeza do
homem. (HUNT, L. Revolução Francesa e Vida Privada. In: PERROT,
M. (Org.) História da Vida Privada: da Revolução Francesa à Primeira
Guerra. Vol. 4. São Paulo: Companhia das Letras, 1991 (adaptado).
O discurso de Robespierre, de 5 de fevereiro de 1794, do qual o
trecho transcrito é parte, relaciona-se a qual dos grupos político-
sociais envolvidos na Revolução Francesa?
a) À alta burguesia, que desejava participar do poder legislativo
francês como força política dominante.
b) Ao clero francês, que desejava justiça social e era ligado à alta
burguesia.
c) A militares oriundos da pequena e média burguesia, que derrotaram
as potências rivais e queriam reorganizar a França internamente.
d) À nobreza esclarecida, que, em função do seu contato, com os
intelectuais iluministas, desejava extinguir o absolutismo francês.
e) Aos representantes da pequena e média burguesia e das camadas
populares, que desejavam justiça social e direitos políticos.
10 - A poluição e outras ofensas ambientais ainda não tinham esse
nome, mas já eram largamente notadas no século XIX, nas grandes
cidades inglesas e continentais. E a própria chegada ao campo das
estradas de ferro suscitou protestos. A reação antimaquinista,
protagonizada pelos diversos luddismos, antecipa a batalha atual dos
ambientalistas. Esse era, então, o combate social contra os miasmas
urbanos. SANTOS M. A natureza do espaco: tecnica e tempo, razao
e emocao. São Paulo: EDUSP, 2002 (adaptado).
O crescente desenvolvimento técnico-produtivo impõe
modificações na paisagem e nos objetos culturais vivenciados
pelas sociedades. De acordo com o texto, pode-se dizer que tais
movimentos sociais emergiram e se expressaram por meio
a) das ideologias conservacionistas, com milhares de adeptos no meio
urbano.
b) das políticas governamentais de preservação dos objetos naturais e
culturais.
c) das teorias sobre a necessidade de harmonização entre técnica e
natureza.
d) dos boicotes aos produtos das empresas exploradoras e poluentes.
e) da contestação à degradação do trabalho, das tradições e da
natureza.
11 - Homens da Inglaterra, por que arar para os senhores que vos
mantêm na miséria? Por que tecer com esforços e cuidado as ricas
roupas que vossos tiranos vestem? Por que alimentar, vestir e poupar
do berço até o túmulo esses parasitas ingratos que exploram vosso
suor — ah, que bebem vosso sangue? SHELLEY. Os homens da
Inglaterra. Apud HUBERMAN, L. Historia da Riqueza do Homem. Rio
de Janeiro: Zahar, 1982.
A análise do trecho permite identificar que o poeta romântico
Shelley (1792-1822) registrou uma contradição nas condições
socioeconômicas da nascente classe trabalhadora inglesa
durante a Revolução Industrial. Tal contradição está identificada
a) na pobreza dos empregados, que estava dissociada da riqueza dos
patrões.
b) no salário dos operários, que era proporcional aos seus esforços
nas indústrias.
c) na burguesia, que tinha seus negócios financiados pelo proletariado.
d) no trabalho, que era considerado uma garantia de liberdade.
e) na riqueza, que não era usufruída por aqueles que a produziam.
12 - A bandeira da Europa não é apenas o símbolo da União Europeia,
mas também da unidade e da identidade da Europa em sentido mais
lato. O círculo de estrelas douradas representa a solidariedade e a
harmonia entre os povos da Europa. Disponível em:
http://europa.eu/index_pt.htm. Acesso em: 29 abr. 2010 (adaptado).
A que se pode atribuir a contradição intrínseca entre o que
propõe a bandeira da Europa e o cotidiano vivenciado pelas
nações integrantes da União Europeia?
a) Ao contexto da década de 1930, no qual a bandeira foi forjada e em
que se pretendia a fraternidade entre os povos traumatizados pela
Primeira Guerra Mundial.
b) Ao fato de que o ideal de equilíbrio implícito na bandeira nem
sempre se coaduna os conflitos e rivalidades regionais tradicionais.
c) Ao fato de que Alemanha e Itália ainda são vistas com desconfiança
por Inglaterra e frança mesmo após décadas do final da segunda
guerra mundial.
d) Ao fato de que a bandeira foi concebida por portugueses e
espanhóis, que possuem uma convivência mais harmônica do que as
demais nações europeias.
e) Ao fato de que a bandeira representa as aspirações religiosas dos
países de vocação católica, contrapondo-se ao cotidiano das nações
protestantes.
13
Ó sublime pergaminho
Libertação geral
A princesa chorou ao receber
A rosa de ouro papal
Uma chuva de flores cobriu o salão
E o negro jornalista
280
De joelhos beijou a sua mão
Uma voz na varanda do paço ecoou:
―Meu Deus, meu Deus
Está extinta a escravidão‖
O Samba-enredo de 1968 reflete e reforça uma concepção acerca
do fim da escravidão ainda viva em nossa memória, mas que não
encontra respaldo nos estudos históricos mais recentes. Nessa
concepção ultrapassada, a abolição é apresentada como
a) conquista dos trabalhadores urbanos livres, que demandavam a
redução da jornada de trabalho.
b) concessão do governo, que ofereceu benefícios aos negros, sem
consideração pelas lutas de escravos e abolicionistas.
c) ruptura na estrutura socioeconômica do país, sendo responsável
pela otimização da inclusão social dos libertos.
d) fruto de um pacto social, uma vez que agradaria os agentes
históricos envolvidos na questão: fazendeiros, governo e escravos.
e) forma de inclusão social, uma vez que a abolição possibilitaria a
concretização de direitos civis e sociais para os negros.
14
A imagem retrata uma cena da vida cotidiana dos escravos
urbanos no início do século XIX. Lembrando que as atividades
desempenhadas por esses trabalhadores eram diversas, os
escravos de aluguel representados na pintura
a) vendiam a produção da lavoura cafeeira para os moradores das
cidades.
b) trabalhavam nas casas de seus senhores e acompanhavam as
donzelas na rua.
c) realizavam trabalhos temporários em troca de pagamento para os
seus senhores.
d) eram autônomos, sendo contratados por outros senhores para
realizarem atividades comerciais.
e) aguardavam a sua própria venda após desembarcarem no porto.
15 - Para o Paraguai, portanto, essa foi uma guerra pela
sobrevivência. De todo modo, uma guerra contra dois gigantes estava
fadada a ser um teste debilitante e severo para uma economia de base
tão estreita. Lopez precisava de uma vitória rápida e, se não
conseguisse vencer rapidamente, provavelmente não venceria nunca.
A Guerra do Paraguai teve consequências políticas importantes
para o Brasil, pois
a) representou a afirmação do Exército Brasileiro como um ator político
de primeira ordem.
b) confirmou a conquista da hegemonia brasileira sobre a Bacia
Platina.
c) concretizou a emancipação dos escravos negros.
d) incentivou a adoção de um regime constitucional monárquico.
e) solucionou a crise financeira,em razão das indenizações recebidas.
16
Sozinho vai descobrindo o caminho
O rádio fez assim com seu avô
Rodovia, hidrovia, ferrovia
E agora chegando a infovia
Para alegria de todo o interior
O trecho da canção faz referência a uma das dinâmicas centrais
da globalização, diretamente associada ao processo de:
a) evolução da tecnologia da informação.
b) expansão das empresas transnacionais.
c) ampliação dos protecionismos alfandegários.
d) expansão das áreas urbanas do interior.
e) evolução dos fluxos populacionais.
17 - Negro, filho de escrava e fidalgo português, o baiano Luiz Gama
fez da lei e das letras suas armas na luta pela liberdade. Foi vendido
ilegalmente como escravo pelo seu pai para cobrir dívidas de jogo.
Sabendo ler e escrever, aos 18 anos de idade conseguiu provas de
que havia nascido livre. Autodidata, advogado sem diploma, fez do
direito o seu ofício e transformou-se, em pouco tempo, em
proeminente advogado da causa abolicionista. AZEVEDO, E. O Orfeu
de carapinha. In: Revista de Historia. Ano 1, n.o 3. Rio de Janeiro:
Biblioteca Nacional, jan. 2004 (adaptado).
A conquista da liberdade pelos afro-brasileiros na segunda
metade do séc. XIX foi resultado de importantes lutas sociais
condicionadas historicamente. A biografia de Luiz Gama
exemplifica a
a) impossibilidade de ascensão social do negro forro em uma
sociedade escravocrata, mesmo sendo alfabetizado.
b) extrema dificuldade de projeção dos intelectuais negros nesse
contexto e a utilização do Direito como canal de luta pela liberdade.
c) rigidez de uma sociedade, assentada na escravidão, que
inviabilizava os mecanismos de ascensão social.
d) possibilidade de ascensão social, viabilizada pelo apoio das elites
dominantes, a um mestiço filho de pai português.
e) troca de favores entre um representante negro e a elite agrária
escravista que outorgara o direito advocatício ao mesmo.
18 – Substitui-se então uma história crítica, profunda, por uma crônica
de detalhes onde o patriotismo e a bravura dos nossos soldados
encobrem a vilania dos motivos que levaram a Inglaterra a armar
brasileiros e argentinos para a destruição da mais gloriosa república
que já se viu na América Latina, a do Paraguai. CHIAVENATTO, J. J.
Genocidio americano: A Guerra do Paraguai. São Paulo:
Brasiliense, 1979 (adaptado).
II - O imperialismo inglês, "destruindo o Paraguai, mantém o status quo
na América Meridional, impedindo a ascensão do seu único Estado
economicamente livre". Essa teoria conspiratória vai contra a realidade
dos fatos e não tem provas documentais. Contudo essa teoria tem
alguma repercussão. (DORATIOTO. F. Maldita guerra: nova historia
da Guerra do Paraguai. São Paulo: Cia. das Letras, 2002 (adaptado).
281
Uma leitura dessas narrativas divergentes demonstra que ambas
estão refletindo sobre
a) a carência de fontes para a pesquisa sobre os reais motivos dessa
Guerra.
b) o caráter positivista das diferentes versões sobre essa Guerra.
c) o resultado das intervenções britânicas nos cenários de batalha.
d) a dificuldade de elaborar explicações convincentes sobre os motivos
dessa Guerra.
e) o nível de crueldade das ações do exército brasileiro e argentino
durante o conflito.
19 - Após a abdicação de D. Pedro I, o Brasil atravessou um período
marcado por inúmeras crises: as diversas forças políticas lutavam pelo
poder e as reivindicações populares eram por melhores condições de
vida e pelo direito de participação na vida política do país. Os conflitos
representavam também o protesto contra a centralização do governo.
Nesse período, ocorreu também a expansão da cultura cafeeira e o
surgimento do poderoso grupo dos "barões do café", para o qual era
fundamental a manutenção da escravidão e do tráfico negreiro.
O contexto do Período Regencial foi marcado:
a) por revoltas populares que reclamavam a volta da monarquia.
b) por várias crises e pela submissão das forças políticas ao poder
central.
c) pela luta entre os principais grupos políticos que reivindicavam
melhores condições de vida.
d) pelo governo dos chamados regentes, que promoveram a ascensão
social dos "barões do café".
e) pela convulsão política e por novas realidades econômicas que
exigiam o reforço de velhas realidades sociais.
20 – O texto abaixo, de John Locke (1632-1704), revela algumas
características de uma determinada corrente de pensamento.
Se o homem no estado de natureza é tão livre, conforme dissemos,se
é senhor absoluto da sua própria pessoa e posses, igual ao maior e a
ninguém sujeito,porque abrirá ele mão dessa liberdade,por que
abandonará o seu império e sujeitar-se-á ao domínio e controle de
qualquer outro poder? Ao que é óbvio responder que,embora no estado
de natureza tenha tal direito, a utilização do mesmo é muito incerta e
está constantemente exposto à invasão de terceiros porque, sendo
todos senhores tanto quanto ele, todo homem igual a ele e, na maior
parte, pouco observadores da eqüidade e da justiça,o proveito da
propriedade que possui nesse estado é muito inseguro e muito
arriscado. Essas circunstâncias obrigam – no a abandonar uma
condição que, embora livre,está cheia de temores e perigos
constantes; e não é sem razão que procura de boa vontade juntar- se
em sociedade com outros que estão já unidos, ou pretendem unir-se,
para a mútua conservação da vida, da liberdade e dos bensa que
chamo de propriedade.(Os Pensadores.São Paulo, Nova
Cultural,1991.)
Do ponto de vista político, podemos considerar o texto como uma
tentativa de justificar:
a) a existência do governo como um poder oriundo da natureza.
b) a origem do governo como uma propriedade do rei.
c) o absolutismo monárquico como uma imposição da natureza
humana.
d) a origem do governo como uma proteção à vida,aos bens e aos
direitos.
e) o poder dos governantes, colocando a liberdade individual acima da
propriedade.
QUESTÕES SUBJETIVAS
01 - (UFBA-2008) Considerando os conhecimentos sobre a Idade
Moderna, identifique dois componentes econômicos
responsáveis, nesse período, pela articulação entre os mundos
Europeu, Afro-Asiático e Novo Mundo.
02 - (UFBA-2008) O fenômeno do capitalismo industrial –
neocolonialismo – do séc. XIX, provocou profundas mudanças
nas estruturas das áreas dominadas. Com relação a esse fato,
identifique e explique duas dessas mudanças,
03 - (UFBA-2008) De acordo com os conhecimentos sobre o
capitalismo, indique três mudanças socioeconômicas ocorridas
na sociedade ocidental, decorrentes da instalação do capitalismo
industrial, no séc. XIX.
04 - (UFBA-2008) Por que Tiradentes foi o único executado?
05 - (Unicamp-SP) A execução de Tiradentes teve um sentindo bem
mais amplo que o de um enforcamento. Tratava-se de uma punição
exemplar: esquartejar, exibir o corpo nos locais onde os “crimes” foram
práticos, salgar terrenos e demolir casas faziam parte do esforço de
apagar a memória do “criminoso” e reavivar a memória da punição de
seus crimes. Por essas praticas, afirmava-se o poder do soberano e
incutia-se temor em seus súditos. (Adaptado da serie Registros,
n.15,DPH,1992.)
a) Por que as reivindicações dos participantes da Conjuração
Mineira foram consideradas “crismes”, em 1789?
b) O que quer dizer castigo exemplar?
06 - Por que abertura dos portos foi fundamental para atender às
necessidades e conveniências da Corte portuguesa no Brasil?
07 - (VUNESP) “Brasileiros! Salta aos olhos a (...) perfídia, são
patentes os reiterados perjuros do Imperador, e está conhecida nossa
ilusão ou engano em adotarmos um sistema de governo defeituoso em
sua origem e mais defeituoso ainda em suas partes componentes. As
constituições, as leis e todas as instituições humanas são feitas para
os povos e não os povos para elas. Eis, pois, brasileiros, trataremos de
constituir-nos de modo análogo as luzes do século em que vivemos
(...), desprezemos as instituições oligárquicas, só cabidas na
encanecida Europa”. (Manifesto dos revolucionários da Confederação
do Equador, 1824).
Com base no texto, indique:
a) o tipo de governo qualificado como “defeituoso”
b) o sistema de governo proposto pelos revoltosos.
08 - (UNESP-1992) "Na busca de soluções para superar crises, os
europeus provocaram a desintegração gradativa da ordem feudal e
abriram caminhos para a consolidação de um novo modo de
produção."
Procure esclarecer a histórica solução encontrada pelos ingleses,
a partir da segunda metade do Século XVII, através das
denominadas Revoluções Burguesas.
09 - (UNICAMP-1995) Para os pensadores do século XVII,
precursores do Iluminismo, a busca do conhecimento deveria ser
guiada pela razão.
a) Aponte três características do pensamento científico do século XVII.
b) Cite dois precursores do Iluminismo.
10 - (UNICAMP-1995) Comentando a Guerra dos Emboabas (1709),
o historiador Antônio Sérgio escreveu:
282
"Cedo no Brasil se buscaram as minas. Para isso se organizavam
expedições (bandeiras) que se internavam pelo sertão. Enfim, a
descoberta fez-se e a notícia atraiu muita gente. Os habitantes de São
Paulo consideravam como inimigos todos os que pretendiam, como
eles, enriquecer com o ouro". (adaptado de Antônio Sérgio, BREVE
INTERPRETAÇÃO DA HISTÓRIA DE PORTUGAL)
a) Quem eram os emboabas e por que os paulistas entraram em
guerra contra eles?
b) Explique as transformações econômicas que a mineração provocou
no Brasil.
11 - (UNESP-1995) Durante a Revolução Francesa, na fase da
Convenção Nacional, destacou-se, como líder revolucionário,
Robespierre. Este assumiu a defesa do ideal democrático e se
manifestou nestes termos:
"Nos Estados aristocráticos a palavra pátria tem sentido unicamente
para as famílias aristocráticas, isto é, para os que se apoderaram da
soberania. Somente na democracia o Estado é realmente a pátria de
todos os indivíduos que o compõem e pode contar com um número de
defensores, preocupados pela sua causa, tão grande quanto o número
de seus cidadãos."
Apoiando-se no texto e aplicando seus conhecimentos:
a) Dê o nome do agrupamento político que Robespierre liderou nos
momentos decisivos da Revolução.
b) Copie o trecho do documento anterior que melhor corresponde à
teoria da vontade geral e indique o nome do filósofo mentor desta
teoria.
12 - (UFPR-1995) Em 1806 o imperador Napoleão Bonaparte
decretou o chamado Bloqueio Continental. Explique as
motivações desse ato e indique suas repercussões.
13 - (FUVEST-1997) Que relação há entre as guerras napoleônicas
e os movimentos de independência da América Espanhola?
14 - (FUVEST-1993) "As ruas estão, em geral, repletas de mercadorias
inglesas. A cada porta as palavras SUPERFINO DE LONDRES saltam
aos olhos: algodão estampado, panos largos, louça de barro, mas,
acima de tudo, ferragens de Birmigham, podem ser obtidas nas lojas
do Brasil a um preço um pouco mais alto do que em nossa terra."
Esta descrição das lojas do Rio de Janeiro foi feita por Mary
Graham, uma inglesa que veio ao Brasil em 1821.
a) Como se explica a grande quantidade de produtos ingleses à venda
no Brasil desde 1808, e sobretudo depois de 1810?
b) Quais os privilégios que os produtos ingleses tinham nas alfândegas
brasileiras?
15 - (UNICAMP-1991) Caio Prado Júnior, falecido em novembro de
1990, foi um dos mais importantes historiadores brasileiros deste
século. No livro FORMAÇÃO DO BRASIL CONTEMPORÂNEO, de
1942, escreveu:
"O início do século XIX não se assinala para nós unicamente por esses
acontecimentos relevantes que são a transferência da sede da
monarquia portuguesa para o Brasil e os atos preparatórios da
emancipação política do Brasil. Ele marca uma etapa decisiva em
nossa evolução e inicia em todos os terrenos, social, político e
econômico, uma fase nova."
Para cada um dos "terrenos" mencionados por Caio Prado Jr. ("social,
político e econômico") indique e analise uma transformação importante
ocorrida no século XIX.
16 - (UFES-2000) Mil pormenores da vida cotidiana mostrariam
facilmente como as vantagens políticas concedidas aos negros se
revelaram vãs. Os direitos políticos foram contornados e o negro
mantido em seu "lugar inferior". Tanto assim que ele não deixou o
Sul... (BRAUDEL, Fernand. "Gramática das civilizações". São Paulo:
Martins Fontes, 1989, p. 431.)
Esse quadro delineia-se nos Estados Unidos da América após a
Guerra da Secessão (1861-1865), que colocou em conflito os
estados americanos do Sul e do Norte. Explique a questão da
escravidão como uma das causas do conflito.
17 - (FUVEST-1987) A colonização inglesa na América foi marcada
por sensíveis diferenças entre o norte e o sul. Caracterize essas
diferenças no que se refere ao trabalho compulsório e aos
aspectos econômicos.
18 - (UNICAMP-1994) "Dois partidos lutam hoje em nossa pátria: o
Restaurador e o Moderado. O primeiro foi leal ao monarca que
abdicou e defende os inquestionáveis direitos do Sr. Pedro II. O
segundo é partidário do sistema republicano e quer reduzir o
Brasil a inúmeras Repúblicas 'fracas' e 'pequenas', e assim seus
membros poderiam tornar-se seus futuros ditadores." (Adaptado
do jornal O CARAMURU de 12 de abril de 1832, citado por Arnaldo
Contier, Imprensa e Ideologia em São Paulo, 1979)
A partir do texto, responda:
a) Em que período da história política do Brasil o texto foi escrito?
b) Qual o regime político defendido pelos partidos citados no texto?
c) Quais são as críticas que o jornal O CARAMURU faz ao Partido
Moderado?
19 - (UNICAMP-1995) As palavras a seguir foram ditas por um
diplomata inglês, no século passado:
"Nossas colônias não têm mais escravos. Por que outras áreas
tropicais haverão de ter? Estamos montando negócios na África. Por
que continuar com o tráfico negreiro, que tira nossa mão de obra de
lá? Além disso, nem a servidão nem a escravidão cabem mais no
mundo de hoje. Viva o trabalho assalariado! E que os salários sejam
gastos na compra das nossas mercadorias."
a) De acordo com esse diplomata, que interesses teria a Inglaterra em
acabar com o tráfico de escravos e com a escravidão?
b) No Brasil, que outros motivos levaram à abolição da escravidão?
20 - (FUVEST-1993) Sobre o fim da escravidão no Brasil,
diferencie a ação do Estado da ação dos escravos e dos
abolicionistas.