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Ano 5/ nº 9 - 2º semestre 2012 SEGMENTOS Maternal ao Médio REVISTA Região Centro-oeste E suas riquezas medicinais! Mais que uma escola... É tudo de bom!

Revista Reflexo 9

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Revista Reflexo 9

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Ano

5/ n

º 9 -

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2012

SEGMENTOSMaternal ao Médio

REVISTA

Região Centro-oeste E suas riquezas medicinais!

Mais que uma escola... É tudo de bom!

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Colégio Passionista São Paulo da Cruz

@passiospdacruz

Blog do Educando

Colégio Passionista Santa Gema

Tel.: 2203.1544 - 2203.1276

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Editorial

Irmã Ailda Brudeck KlüpplellVice-diretora

É com muita alegria que fazemos chegar a toda Comunidade Edu-cativa da Zona Norte a Revista

Reflexo nº 9. Agradecemos, em primeira instân-cia, às pessoas que escreveram e participaram, pois sem essa ajuda, nossa querida Revista não existiria.

Preocupados com os problemas que atingem todo o nosso planeta, buscamos repor-tagens e matérias que certamente nos ajudarão a repensar nossas posturas como cidadãos do mundo.

A luta pelo poder, o querer levar vanta-gem em tudo, a concorrência desleal e a agres-sividade podem impulsionar nossa cultura e a humanidade para o abismo, com isso, as consequências podem ser cruéis!

A Terra grita! As pessoas gritam, to-dos pedem socorro...

Devemos rever nossas posturas, nosso consumo, depositar sobre o outro um olhar fraterno e amoroso. O caminho é esse: precisamos despertar a compaixão. Por nós, pelo outro, por nosso planeta!

A compaixão é capaz de fundamen-tar uma aliança de paz com a Terra e nós. Ela inclui dedicação e cuidado com tudo o que Deus criou e que é bom e belo para o ser humano.

Ter compaixão também é cuidar; e cuidar de alguém é ajudar a se expressar, a crescer, a ser pessoa humana, criada e amada por Deus. Esse belo ato dá espe-rança, abre caminhos para o futuro, não deixa tantas pessoas sem horizonte de progresso. Cuidar exige tanto responsabi-lizar-se por quem é cuidado, quanto torná-lo responsável pelos seus próprios atos. Responsabilizar-se é caminhar com o ou-tro, partilhando as suas preocupações, ex-pectativas, angústias e medos. É ajudar a levar a carga da vida de alguém, aliviando

o seu peso. Peçamos a Deus a força de seu espírito

para que a compaixão pela Terra, pelo outro e por nós mesmos seja o que nos mova na implan-tação do seu Reino de justiça e misericórdia.

Esperamos que vocês possam fazer des-sa leitura um precioso tesouro para ser lido e guardado com carinho, pois é a nossa história, a nossa vivência e, por fim, o nosso direito à pa-lavra.

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Artigo

E você, já curtiu hoje?

Por Ana Cristina Iwasaki GonçalvesFormação em Letras e pós-graduada em Ensino de

Idiomas através da Informática. Educadora de Língua Portuguesa e da oficina de

Comunidades Virtuais do Colégio Passionista São Paulo da Cruz.

Sabemos que as empresas já desco-briram o uso das redes para interagir com os consumidores, saber suas opiniões, hábitos de compra, sondar tendências e divulgar seus lan-çamentos. Por sua vez, o usuário comum tam-bém pode se valer dessa vitrine virtual ao fazer seu marketing pessoal. Mas e as escolas, como usam todo esse potencial?

É possível estabelecer uma interface criativa e construtiva entre a escola e as redes sociais? A resposta é sim, se as redes não fo-rem simples receptáculos de conteúdos, repro-duzindo de forma digital a lousa e os livros, mas uma forma dinâmica de questionamento, criação e compartilhamento de ideias. Pode haver pro-dução coletiva de conhecimento, numa espécie de rede cooperativa de aprendizagem.

Você sabia que em apenas um minuto, 451 novos usuários são cadastrados no Facebook e que

173.000 fotos são publicadas? Tem mais: 1,9 milhão clicam o botão “curtir” ou fazem comen-tários a cada 60 segundos.

As redes sociais vieram para ficar. No Brasil, a mania começou em 2004, com o Orkut, até ser ultrapassado em número de usuários pelo Facebook, em 2008.

Cada vez mais e mais pessoas se ren-dem às facilidades e à diversão que elas propor-cionam. Nos Estados Unidos e na Índia, mais de 80% das pessoas que usam a internet aces-sam o “Face”. Por aqui, ele ainda reina absolu-to na frente do Twitter, Windows Live, Tumblr e Linkedin.

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Nas redes sociais, estudantes e educa-dores podem criar grupos de estudo que podem ser abertos para todos da rede, ou fechados, relacionados à uma turma, disciplina ou objetivo (preparação pré-vestibular, por exemplo).

Mestre em Educação e Contemporanei-dade pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Camila Lima Santana destaca que “é preciso olhar para o que está disponível na rede e apropriar-se da lógica desta rede para poder tanto direcionar práticas pedagógicas quanto incentivar o diálogo com esses espaços, pois neles circulam informações, saberes e experiên-cias, elementos fundamentais para o processo educativo. É preciso aliar essa dinâmica à prá-xis, compreendê-la, debatê-la e abrir as portas da escola para o mundo que a internet repre-senta.

Ainda, segundo ela, “as redes sociais são espaços de interação humana. Os sites de re-des sociais não são culpados nem por atos de violência, nem agressão, nem colas, nem nada. Os sujeitos que agem dessa maneira na rede, agem em outros espaços. O que a internet per-mite é que essas práticas sejam divulgadas e atinjam maior número de pessoas.

Somos nós, humanos, que fazemos os espaços serem o que são e terem as utilidades que desejamos”.

Sabemos que a suposta impunidade su-gerida pelo anonimato ou pela criação de uma falsa persona na internet pode gerar novos con-flitos para os quais não estamos totalmente pre-parados, como o cyberbullying. Assim, escola e família devem educar os jovens para que sai-bam interagir com ética e segurança no mundo virtual, da mesma forma com que devem transi-tar por espaços físicos.

No CPSPC, buscamos esse objetivo através da Oficina de Comunidades Virtuais, tra-balhando a consciência e a capacitação do edu-cando para a produção de seu próprio conteúdo digital, o aprimoramento de suas técnicas de pesquisa, bem como instrumentalizando-o com relação a regras básicas de segurança e “neti-queta” (etiqueta na rede).

Como educadores e pais, não podemos nos esquecer de que a melhor tecnologia ainda é a educação e de que a educação pode se tor-nar mais produtiva com o uso correto da tecno-logia, tornando o ato de aprender mais dinâmico e interessante, para além dos muros da escola.

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EDITORIAL .............................................................. 03ARTIGOE você, já curtiu hoje? ............................................... 04OPINIÃO Nossa comunindade ................................................. 06CRÔNICAO homem, o alforje e a sustentabilidade ................... 07SAÚDEResponsabilidade nossa ou dos outros? .................. 08ED. INFANTIL E 1º ANO DO E. FUNDAMENTAL - SPCLeitura em Ação ........................................................ 10ED. INFANTIL E 1º ANO DO E. FUNDAMENTAL - SGHoje tem marmelada? Tem sim senhor! ................... 12ENSINO FUNDAMENTAL DE 2º AO 5º ANO - SPCO significado da aprendizagem ................................ 14ENSINO FUNDAMENTAL DE 2º AO 5º ANO - SGIntegração, socialização e promoção da qualidade de vida! .......................................................................... 16CAPA / SAÚDECentro-Oeste e suas riquezas medicinais .................18ENSINO FUNDAMENTAL DE 6º AO 9º ANO - SPCO amor é a melhor música na partitura da vida ............20Op - Art ......................................................................21ENSINO FUNDAMENTAL DE 6º AO 9º ANO - SGA interdisciplinaridade como facilitadora da produção do conhecimento ...................................................... 22ENSINO MÉDIO - SPCDa era das trevas à tecnológica ................................ 24ENSINO MÉDIO - SGPrograma de orientação profissional ........................ 26CIÊNCIAO smartphone e os gorilas do Congo: uma “fábula” dos tempos modernos ..................................................... 28POLÍTICAEleições no Brasil ..................................................... 29PJP - FORMÃEMães a obra! ............................................................. 30EDUCOLÓGICOPequenas ações edificam grandes sonhos .............. 31ACONTECEU .......................................................... 32PASSIONTEMPO .................................................... 34

Publicação semestral da Comunidade Passionista - Unidades Tucuruvi e TremembéEndereço: Av. Tucuruvi, 470 - São Paulo - SP CEP 02304-001 - Tel.: 2991-3111

Site: www.passionista.com.brE-mail: [email protected]

Supervisão: Ir. Mercedes ScortegagnaCoordenação/Jornalista responsável: Ricardo Lopez (MTB 25.593)

Redação: Comunidade Educativa PassionistaOrganização e revisão de texto: Irmã Mirtes Cherobim, Carina Palacio

e Wagner Alves GuedesProjeto gráfico: Carina Palacio e Ricardo Lopez

Diagramação: Carina Palacio e Carla Tricerri MezaliraOs textos publicados nesta revista são de inteira responsabilidade de seus autores.

Sumário OpiniâoNossa comunidade

Gostaria de parabenizar toda a equipe do Co-légio, pela realização do carnassionista, que mostra que é possível termos um Carnaval divertido, alegre, coerente, responsável, sem apelação nem baixarias, lembrando até os velhos e bons carnavais de anti-gamente. Parabéns também por trazerem um grupo tão bom e contagiante como os Santos tambores. É muito bom perceber a preocupação do Colégio em passar a nossos filhos bons exemplos. Obrigada! Silvia Cristina Sant’Anna Santos, mãe do educando João Guilherme dos Santos, 2º Ano A e Beatriz Cristina dos Santos, 7º ano A do Colégio Passionista São Paulo da Cruz.

Quero parabenizar todos vocês - professo-res, coordenadores, funcionários, irmãs - pela Fei-ra Literária. Estava tudo simplesmente maravilhoso! Não canso de comentar tudo o que vimos e vivencia-mos. Passei momentos deliciosos com meus filhos. Essa foi a melhor homenagem que vocês podiam ter feito às mães...

Muito obrigada! Amamos!Lúcia Helena Galante dos Reis, mãe do

educando Caio Galante dos Reis, 2º ano B, do Colégio Passionista São Paulo da Cruz.

... linda Missa, emocionada por ver minha “pequena’ tão integrada na participação da celebra-ção em homenagem às Mães, à Padroeira Santa Gema e Maria Madalena Frescobaldi, e contente em matar a saudade...

Carla Folegatti Freire Nucci Lopes, mãe da educanda Victória Nucci Lopes, 5º ano A, do Colégio Passionista Santa Gema.

... aproveito para dizer que foi muito bacana o trabalho que fizeram com o livro. A Isabela chegou em casa animada contando o que haviam feito. Pa-rabéns pelo trabalho!

Ângela Fileno da Silva, mãe da educanda Isabela Fileno Artoni, Jardim, do Colégio Passio-nista Santa Gema.

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Crônica Por Wagner Alves GuedesFormação em Letras, especialista em Literaturas

brasileiras, portuguesas e universais, em Educação e Filosofia, mestre em Filosofia e Doutorando em Filosofia da

linguagem. Educador de Língua Portuguesa do Colégio Passionista São Paulo da Cruz.

Não é difícil notarmos diferenças, principalmente quando não nos afetam diretamente. O ser humano é dotado

dessa, que pode não ser uma qualidade, mas sim uma fonte propulsora de uma espécie pouco definida de egoísmo. Classificar esse “egoísmo” pode ser tão dificultoso quanto notar a diferença em questão. Dado a essas premissas, um exemplo prático refere-se direta e incondicionalmente a nossa vida na terra, ou seja, quantas catástrofes “ditas” naturais ainda devemos testemunhar para que tenhamos consciência de que precisamos fazer algo para essa destruição da tão essencial vida natural?

Fato é que inegavelmente o homem parece estar entrando em um ciclo altamente parasitoso, onde extrai todas as energias de outro ser, ou seja, que vive de, ou em outro organismo, matando-o len-tamente. No caso de nosso habitat, essa extração de recursos tem sido algo sem precedentes, para não tomar aqui a ideia mais radical ou pessimista de des-controle absoluto.

Um exemplo recente tem sido a utilização das sacolinhas plásticas, a qual, eu, você e quase to-dos que conhecemos parecem delas dependermos, seja no supermercado, no açougue, na feira ou até mesmo na banca de jornal. Esse saco de tamanho pequeno ou médio, provido de alças e usado para transportar compras e objetos tornou-se irremedia-velmente uma praga. Certa vez, em uma de minhas viagens, vi uma dessas, com uma logomarca de uma rede famosa de supermercados boiando no cruza-mento do Rio Negro com o Solimões. Era a inóspita Região Amazônica, onde ao chegarmos sentimos a sensação de que poucas pessoas por ali já passa-ram, contudo lá estava o alforje indeteriorável boian-do calmamente pelas águas tão preciosas do nosso Rio Amazonas.

Proibi-las radicalmente pode parecer mais um meio paliativo na busca de solução para a ques-tão, apesar de particularmente concordar com a me-

O homem, o alforje e a sustentabilidade

dida. Essa tomada de decisão parece não ter dado o sentido de consciência necessária, uma vez que as sacolinhas que transportam sabonetes, iogurtes e laranjas, posteriormente tornar-se-ão o comparti-mento que tão igualmente levará os dejetos gerados pelos sabonetes, iogurtes e laranjas ao lixo. Certo é que se não utilizarmos as sacolinhas, menos danos daremos à natureza. Em nossa história recente já vivemos situações em que a mobilização da nação em busca de um mesmo propósito dar-nos-ia menos preocupações futuras. Cabe nesse momento citar o “plano cruzado”1, do então ministro da economia Díl-son Funaro, onde radicalmente começou a tabelar preços do leite, da carne e de outros tantos produtos que sofriam diariamente reajustes absurdos. Mas, os produtores, empresários e “outros” envolvidos no processo “over night”2, esconderam seus produtos, a fim de forçar a subida dos preços. Foi um jogo de nervos, onde os poderosos venceram – A população pagava ágio para continuar consumindo, ante o bom senso do boicote a fim de forçar a queda dos preços. Nesse caso, julgo que a segunda opção seria mais adequada para o momento.

Assim, com as medidas para o fim das sa-colinhas fez com que retornassem os velhos sacos pretos de lixo, os de vinte, trinta e de até 100 litros. Nesse sentido, observamos que mesmo ante a to-mada da radicalidade, a observância e a educação deve ficar em primeiro plano, pois só o conhecimento de fato é que permitirá decisões concisas e estrutu-radas na busca por um mundo melhor. Lembremos que os supermercados que defendem a “extinção” das sacolinhas plásticas são os responsáveis por 90% do despejo de materiais similares no país. A substituição simples por sacos de papel parecer-me-ia uma ótima opção de troca, mais inteligente e me-nos drástica, com isso marcaria também o início de uma conscientização rumo ao sustentável.

Eu vou fazer minha parte, e você?

1O Plano Cruzado foi um conjunto de medidas econômicas, lançado pelo governo brasileiro em 28 de fevereiro de 1986, com base no decreto-lei nº 2.283, de 27 de fevereiro de 1986, sendo José Sarney o presidente da República e Dilson Funaro o ministro da Fazenda.2Operações realizadas no open market por prazo mínimo de um dia, restritas às instituições financeiras. Operações de troca de dinheiro por um dia, para resgate no primeiro dia útil seguinte. No mercado é comum usar a abreviação over para este tipo de operação. O Over Andima é uma taxa referencial da média dos negócios realizados por um dia com troca de títulos públicos, segundo cálculos da Andima.

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Saúde

Todos os seres humanos, sem exce-ção, estão em busca de algo que lhes garanta o equilíbrio das forças físicas

e emocionais, no incessante e árduo processo da continuidade de suas atividades diárias. Isso acon-teceu em todas as épocas pelas quais passou a hu-manidade, e ainda persiste nos dias de hoje, como também permanecerá pelos tempos futuros.

Nada mais racional e sensata essa postura diante da Vida que o Criador bondosamente nos ofe-receu.

Entretanto, surge diante de cada um de nós o mesmo questionamento: Como fazer para atingir esse objetivo?

Essa sempre será a meta fundamental para que atinjamos a sonhada felicidade. Ela representa a encruzilhada diante da qual o Homem se vê, e que cedo ou tarde terá de enfrentar, determinando para si próprio qual caminho seguir.

E quais são as opções que lhe restam? Quais medidas adotar no curso da existência a fim de ga-rantir a saúde tão almejada?

Hoje mais do que antes se divulga a idéia de que não basta apenas tratar, através de medicações, os diversos tipos de doenças que transtornam a hu-manidade. É certo que em determinados momentos o nosso organismo requer o concurso dos mais di-ferentes tipos de tratamentos disponibilizados pela medicina, porém o entendimento dos variados ramos da área de saúde remete à idéia de que é melhor prevenir do que remediar. Em outras palavras, seria melhor evitar o surgimento da doença do que iniciar o tratamento medicamentoso.

A sociedade atual se torna, diariamente, mui-to exigente com relação às questões de saúde públi-ca. Busca os seus direitos junto aos órgãos gover-namentais, para que a disponibilidade de remédios nos postos de saúde seja real, que consultas médi-

Responsabilidade nossa ou dos outros?

cas sejam mais rápidas e disponíveis e que exames sejam realizados prontamente. De fato, tal realidade é uma conquista bem-vista para sanar as carências de nossa população, contudo não podemos esperar que tudo provenha de iniciativas de governos. Ne-cessitamos fazer a parte que nos cabe no tocante à conquista e à manutenção da saúde. Não podemos entregar tal responsabilidade unicamente às auto-ridades públicas, aos médicos, às instituições e a outros profissionais de saúde, isentando-nos de tal iniciativa. Essa atitude é, e sempre será de caráter individual.

Para tanto, faz-se necessário antes de tudo mudança nos nossos hábitos de vida, algo que nós mesmos necessitamos por em prática, e ninguém poderá fazer por nós. Aqui estão incluídos o regime alimentar, as atividades físicas e as atitudes psí-quicas. Esses três elementos compõem o tripé que mantêm o Homem hígido, física e mentalmente, apto a desenvolver as atividades que lhe cabem no coti-diano.

No tocante aos hábitos alimentares a busca por artigos orgânicos deixou de ser apenas um modismo, mas uma necessi-dade da qual o nossa socie-dade tem se conscientizado mais e mais. Uma dieta ali-mentar balanceada, variada, incluindo verduras, frutas, legumes, carnes sem gor-duras, carboidratos na dose certa, represen-tam muitas vezes o grande desafio que temos pela frente. Doenças como infarto do miocár-dio, obesidade,

Por Dr. Tarcizio de F. BazílioFormação em Medicina, especialista em

Homeopatia. Médico responsável do Serviço de Atendimento Médico do

Colégio Passionista São Paulo da Cruz.

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acidentes vasculares cerebrais (os chamados der-rames), diabetes, hipertensão arterial, e outras, têm como causa primária os desequilíbrios no consumo exagerado desses alimentos. E caso não tenhamos a consciência da mudança que precisamos empre-ender no que comemos, dificilmente iremos contro-lar tais enfermidades. Ainda com relação aos hábitos alimentares, temos de lidar melhor com os horários de cada refeição, procurando respeitá-los. Há horas certas, embora não rígidas para o desjejum, para o almoço e o jantar.

Por fim, gostaria de salientar o cuidado que devemos tomar com relação à ingestão desregrada de bebidas alcoólicas, um hábito deletério que não atinge apenas àquele que delas faz uso regular, mas toda a família e a sociedade. E não esqueçamos as inúmeras doenças decorrentes do vício do cigarro, o tabagismo, onde milhões de pessoas morrem por ano em decorrência desse consumo. Nesse contex-to, lembremos da importância do exemplo que mui-tos pais podem e devem dar aos seus filhos, não fa-zendo uso daquilo que não convém a eles mesmos. Não incentivar a ingestão de bebidas alcoólicas e o uso do cigarro é simples dever de casa.

Em segundo lugar lembremos das atividades físicas, nas suas mais variadas mo-dalidades. Elas repre-sentam uma fonte muito importante de energia

e disposição para todos os se-

res humanos. C o n s t i t u e m um saudável p r e v e n t i v o

para doenças osteomuscu-

lares, cardiovasculares, além de promover o bem-estar emocional. Faça-

mos exercícios físicos respeitando nossas caracte-rísticas individuais, sem exageros e se possível, com

orientação de técnicos especializados.

Só após avaliação médica, poderemos ter uma liberação para essa ou aquela atividade espor-tiva.

Não sejamos escravos desse hábito. Ele é um complemento importante ao que precisamos para manter a saúde, afastando inúmeras doenças. Os exercícios físicos devem fazer parte da nossa vida, contribuindo para amenizar o estresse ao qual muitas vezes somos submetidos no desempenho das nossas tarefas diárias, fortalecendo órgãos e sistemas que compõem nosso organismo.

Por último, e não menos importante, é o cuidado e a vigilância que devemos tomar com as nossas condições psíquicas, emocionais. Manter-se, tanto quanto possível, em paz no campo mental sim-boliza conquista imprescindível de saúde integral. A irritabilidade, as mágoas, a ansiedade desmedida, a tristeza, e outros estados emocionais em desequilí-brio são causas muito importantes das mais variadas formas de doenças, não apenas aquelas que com-põem os diagnósticos psiquiátricos, mas também as que se enquadram nas áreas de oncologia, gastro-enterologia, reumatologia, cardiologia, endocrinolo-gia, etc.

Sendo assim, a ira pode desencadear uma crise de enxaqueca, a mágoa contribuir para o apa-recimento de um câncer, a ansiedade favorecer a in-sônia e a gastrite.

Nós, como criaturas humanas, somos um mundo muito complexo, onde vírus e bactérias, pro-venientes do mundo exterior promovem o surgimen-to de doenças, mas não olvidemos que também so-mos susceptíveis de perder o fio de equilíbrio físico, que nos resta devido a um segundo de destempero emocional.

Fazendo nossa parte (esperando menos dos outros) e nesse contexto da saúde humana, regran-do nossos hábitos de vida, estaremos, até onde nos é possível, contribuindo de forma decisiva para a melhoria da nossa condição de vida, física e mental, em todo tempo e lugar.

Que a saúde se difunda sobre a terra

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Educação Infantil e 1º anodo Ensino Fundamental - SPC

Leitura em ação

Podemos dizer que nos dias atuais a escola não pode viver sem a família e a família não pode viver sem a escola.

Por esse motivo é que nós do Colégio Pas-sionista São Paulo da Cruz, procuramos desenvolver trabalhos e atividades que envolvam não somente os educandos, mas também seus familiares, assim, jun-tos, escola e família podem acompanhar e contribuir cada vez mais para o desenvolvimento dos nossos pequenos. Cada um deixando sua importante marca na vida de cada criança.

Partindo desse princípio, a Educação Infan-til e o 1º ano criaram o projeto: “Leitura em ação”,

Por Aline A. R. Teixeira LimaFormação em Psicologia.

Coordenadora da Educação Infantil e 1º ano do Colégio Passionista São Paulo da Cruz

e educadoras da Educação Infantil e 1º ano.

onde um educando, a cada semana, leva para casa o caderno de registros da sua turma e juntamente com a família pode contribuir realizando pesquisas, colagens e desenhos. Dessa forma, pode deixar re-gistrada sua marca no caderno, referente ao assunto trabalhado pela turma e acompanhar os registros de cada colega da sua sala.

Nosso objetivo é despertar o interesse pela leitura, proporcionando momentos de descontração e aprendizado entre pais e filhos.

Confira alguns trabalhos e o assunto propos-to por cada turma:

As canções fazem parte da rotina do Ma-ternal I, principalmente as de ninar, que acalmam e trazem tranquilidade a qualquer criança. As cantigas de ninar, acalantos ou cantigas de em-balar, são canções que as pessoas entoam para fazer os bebês dormirem suavemente. Integran-do esse tema com o projeto anual baseado no livro “A casinha de ninar da Ninoca” é que acon-tecem os registros do Maternal I.

Maternal I – Educadoras Michele Molinari e Adriana Novaes

Um dos primeiros contatos de uma criança com a es-crita é através de canções. Sendo assim, o Maternal II está desenvolvendo através do projeto “Leitura em ação”, o traba-lho com cantigas, tendo como objetivo principal recordar as de antigamente, aquelas das brincadeiras na rua, que hoje estão esquecidas. Veja como está sendo prazeroso resgatar essas cantigas, com a participação e o trabalho desenvolvido pelas famílias.

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No Jardim as educadoras estão trabalhando o projeto atra-vés de contos cumulativos ou de repetição. Geralmente há uma

frase ou situação que se repete ao longo de toda narrativa, simplesmente se retomando ou se acumulando. É por esta razão que as crianças conseguem acompanhar com faci-lidade. É um gênero muito apreciado pelos ouvintes mirins e também muito divertido para quem lê. O Jardim está empenhado nesse trabalho.

Jardim – Educadoras Débora Cândido e Kamila Aretha

Uma maneira interessante de estimular o raciocínio e a agilidade mental entre os adultos e principalmente

as crianças é criando situações de brincadeiras, que fazem com que todos se interessem pelo tema. Através das adivinhas o ra-ciocínio da criança é estimulado, fazendo com que ela se interesse em tentar dar uma resposta certa, afinal quase todas gostam de brinca-deiras e jogos. A partir desse tema é que foi sendo desenvolvido o trabalho na turma do pré.

Pré – Educadoras Kátia Novaes e Verônica Aires

1º ano – Educadoras Karina Sawczen e Maria Aurora Giglioli

Para que cada criança se torne um adulto leitor precisamos, desde já, incentivar e contribuir com a imaginação, desenvolvendo assim o hábito da leitura em nossos pequenos. Pensando nisso foi proposto aos educandos do 1º ano, que fizessem registros de adivinhas, trava-línguas, cantigas de roda, charadas e parlendas, por fazerem parte da realidade diária de trabalho e por trazerem descontração no momento da leitura.

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Educação Infantil e 1º ano do Ensino Fundamental - SG

Hoje tem marmelada?Tem, sim senhor!

Por Heitor Brasil AroliFormação em Educação Física, especialista

em Recreação e Lazer e Jogos Cooperativos. Pós-graduando em Psicopedagogia.

Educador de Educação Física do Colégio Passionista Santa Gema

O projeto CIRCO PASSIONISTA que, há dois anos, é realizado na semana que antecede o dia do

circo, 27 de março, com as turmas da Educação Infantil e do Ensino Fundamental I, foi elabo-rado com o objetivo de ampliar o repertório de práticas da cultura corporal e propor algo que representasse um desafio para os educandos e educadores, incluindo-os na arte circense, um tema que abrange todas as disciplinas.

O projeto nasceu do desejo de romper com práticas tradicionais e introduzir o circo nas aulas de educação física, ampliando cada vez mais a interdisciplinaridade e a integração de toda comunidade envolvida.

Propomos valorizar as práticas corporais ditas não convencionais, o trabalho em equipe e a convivência com diferentes pessoas. Aspecto contemplado neste projeto e nas aulas de Edu-cação Física, que se apresenta também assim, faz como uma experiência de felicidade, fazendo com que o aprender seja um processo prazeroso que agrega conhecimentos e valores, que nos ajudam a viver e a conviver melhor em equilíbrio e harmonia com as nossas aspirações, com as pessoas, com as situações, com a natureza e com o planeta. Uma oportunidade que nos per-mite compartilhar sonhos, desejos, sentimentos, medos, expectativas e projetos de vida.

O envolvimento e a alegria de todos edu-candos em participar das atividades desenvolvi-das por eles e em conjunto com os educadores é a certeza de que nós do Colégio Passionista Santa Gema estamos em total sintonia com as propostas pedagógicas de uma rede educacio-nal conscistente e evolutiva.

A valorização e participação de todos, de acordo com a possibilidade de cada um, aumen-tou o espaço para dialogar sobre uma Educação Física que inclui e não a que exclui.

A essência do circo é a mesma de nossas escolas Passionistas, ir ao encontro a todos.

Assim, fizemos com que todos os educandos se sentissem à vontade para participar das atividades, não por obrigação, mas sim por prazer, que por meio do lúdico possibilitou a compreensão de que o aprender é prazeroso e divertido.

Cada um, assim como os artistas circenses, tem o seu talento: alguns habilida-des em malabares, outros

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RESPEITÁVEL PÚBLICO, MUITO OBRIGADO!!!

em danças, equilíbrio, locução, entre outros. Desta forma, nós, educadores e educan-

dos Passionistas tivemos um excelente resulta-do no final desta semana.

A apresentação do circo foi um sucesso! Os educandos ajudaram a montar e a elaborar as atividades, conheceram novas possibilidades motoras e até mesmo o conhecimento de novas modalidades esportivas e culturais do mundo do circo.

Nas aulas de Educação Física, continua-remos com os projetos Esporte para todos, Jo-gos cooperativos e Jogos indígenas, entre ou-tros.

Assim, fazendo da Educação Física uma disciplina acolhedora.

O resultado deste projeto foi mais do que o esperado, com as experiências sendo a todo momento relatadas por pais e filhos sobre o Cir-co Passionista.

A Lona

Imensa tenda armadaem torno de um grande mastro

mais belase em frangalhos

mas depressa remendadacomo colcha de retalhos

como estrelas, como astrocapturado na teia

de uma seara encantadaque vamos plantar à meia

e fará de todos nóscomo num sonho desperto

crianças sob o luarde um certoPierrô lunar

Alma Welt

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2º ao 5º ano do Ensino Fundamental - SPC

Os educandos dos 2º e 3º ano, estão apren-dendo de forma cada vez mais dinâmica e significativa. Essa construção da aprendi-

zagem tem deixado marcas importantes em nossos pequenos, que felizes e participativos, passeiam por todas as áreas do conhecimento sem receios ou medos. Discu-tem, manifestam suas opiniões, erram e acertam, pois sabem que essas ações são f u n d a m e n t a i s para a solidifica-ção daquilo que estão aprenden-do. Todas essas descobertas têm como porta de entrada o material de apoio adotado pelo colégio – da RCE (Rede Católica de Educação), que vêm agregar ainda mais valores, experiências e sentido ao trabalho que já realizamos.

O 2º ano, por exemplo, trabalhou com a con-fecção do Mascote que teve a função de permitir que o educando compreendesse e interpretasse diversi-

O Significado da Aprendizagem

ficadas situações, partindo da observação do objeto construído e integrando várias áreas do conhecimen-to, como a Matemática, quando utilizaram figuras geométricas planas e não planas na montagem. Em Ciências vivenciando a importância da reutilização

de materiais re-cicláveis para a preservação do meio ambiente e nomeando as partes do corpo humano. A cria-ção de um nome e sobrenome que contam a origem da família, traba-lhado em História e Geografia. A escolha da etnia do Mascote que foi retomado em

Educação Religiosa como respeito às diferenças. Dessa forma, torna-se possível estabelecer

conexões entre os diferentes temas, provocando questionamentos que poderão ser respondidos ou transformados em conhecimento através das habili-dades e competências colocadas em prática.

Por Educadoras do 2º e 3º ano eCoordenação Pedagógica do

Ensino Fundamental I do Colégio Passionista São Paulo da Cruz.

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Já o 3º ano aventurou-se nos Contos de Fa-das, na magia das fábulas, no criar e recriar histó-rias. Através do texto do livro - Chapeuzinho Verde - os educandos foram motivados a buscar outras his-tórias, relacionando o antigo - a história de Chapeu-zinho Vermelho - com o moderno já apresentado no material e a releitura formulada por Chico Buarque em Chapeuzinho Amarelo. Sem contar os vulcões com suas “erupções” de vinagre e bicarbonato de sódio e ovos cozidos representando o planeta Terra e suas camadas nas grandes experiências que rea-lizamos. Levantaram hipóteses, questionaram, cria-ram, concluíram e assim tiveram uma aprendizagem marcada pela alegria e repleta de significados.

Uma infinidade de conhecimentos foram desenvolvidos. Os educandos tiveram contato com diversos gêneros literários, criaram suas próprias “Chapeuzinhos”, fizeram descobertas gramaticais importantes para a sua trajetória acadêmica, cons-truíram e encenaram suas próprias histórias com fantoches confeccionados por eles.

Àqueles que possuam interesse, visitem o site do colégio www.passionista.com.br e acessem os vídeos dessas criações.

Nossos educandos sabem que aprender é uma divertida e prazerosa tarefa que deixa marcas significativas para toda a vida!

Page 16: Revista Reflexo 9

2º ao 5º ano do Ensino Fundamental - SG

Integração, socialização e promoção da qualidade de vida!

Por Ricardo LopezFormação em Comunicação Social - habilitaçãoem Jornalismo, Letras e Gestão Escolar. Diretor

do Colégio Passionista Santa Gema

V ivemos em meio à insegurança, à fugacidade dos fatos, à impessoalida-de e, consequentemente, à intolerân-

cia e superficialidade nas relações. São os resulta-dos da Terceira Onda ou da chamada Sociedade da Informação, cuja rapidez e individualismo imperam nas soluções sociais, que deveriam ser mais volta-das para o bem comum. Por isso, o ensino pautado na vivência de valores humanos e cristãos aproxima pessoas e possibilita uma convivência mais saudá-vel e, obviamente, com mais qualidade de vida.

Momentos de reflexão!

Pensando nisso, o Colégio Passionista San-ta Gema preparou uma série de atividades para o ano letivo de 2012, que favorecesse um ambiente de integração, socialização e a promoção da qualidade de vida em nossa Comunidade. Essas atividades fo-ram planejadas e desenvolvidas em conjunto com o Serviço de Orientação Religiosa, coordenado por Ir. Claudia e educadores de todos os segmentos.

Aqui, mais especificamente, vamos nos deter aos trabalhos desenvolvidos pelos educandos e edu-cadores do 1º ao 5º ano. Confira!

Diariamente, no início do período, fazemos um momento de reflexão e oração.

Às sextas-feiras, às 9h15 e às 15h15, fazemos Memória da Paixão de Cristo, rezando:

“Senhor, eu vos agradeço por terdes morrido na cruz pelo meu amor. Meu Jesus, misericórdia”.

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Nosso Projeto Gerador em 2012 se pau-ta na Campanha da Fraternidade, cujo tema é “Fraternidade e Saúde Públi-

ca” e o lema “Que a saúde se difunda sobre a ter-ra”, bem como nas marcas que deixamos por onde passamos e nas pessoas com quem convivemos, “Quem és, deixa marca.”

Nosso momento de Abertura da Campanha da Fraternidade foi muito significativo!

O preparo para a Semana Santa e a Páscoa, con-templando o carisma Passionista de meditar e fazer constante memória à Paixão e Morte de

Jesus Cristo e de Seu amor por todas as pessoas, faz parte das práticas da Comunidade Educativa Passionista, que realizou vá-rias atividades e celebrações, vivenciando, assim, a “paixão pela vida”.

Os educandos realizaram a Via-Sacra, contemplando o caminho de Jesus rumo ao Calvário, a Partilha Pascal e o es-tudo e apresentação dos Símbolos Pascais: sino, vela, coelho, ovo, girassol, pão e vinho, cordeiro e colomba pascal. Celebrar a Páscoa é relembrar a esperança e a certeza do amor de Cris-to por nós.

Quem és, deixa marca!

Vivendo uma grande e verdadeira Paixão

Page 18: Revista Reflexo 9

Centro-oeste e suas riquezas medicinais

Saúde

O educador passionista Marcio José Martire, responsável pelas aulas de Biologia do Colégio Passionista San-

ta Gema, desenvolveu, em 2008, nas dependências do Instituto Nacional de Farmácia da Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina, uma pesquisa sobre a aplicação de ervas medicinais para a cura do Vitiligo, neste caso, mais especifica-mente a planta da região Centro Oeste conhecida como Cipó de São João (Pyrostegia venusta).

“A região Centro Oeste é uma grande forne-cedora de planas medicinais, é uma farmácia natu-ral utilizada por nossos índios e caboclos, chegou a hora da ciência descobrir todo esse potencial para a descoberta de novos medicamentos”, diz o pesqui-sador e educador passionista. No entanto, apesar de todos os benefícios que as plantas medicinais po-dem proporcionar, são necessários alguns cuidados na hora de fazer seu uso:

As plantas e ervas medicinais, mesmo sendo medicamentos naturais, podem intoxicar, cegar, provocar coma e até matar;

Todas as plantas medicinais possuem mais de um princípio ativo. Algum des-ses princípios ativos pode ser contra indicado ao usuário;

Manter ervas medicinais longe do alcance de crianças e animais domésticos;

É sempre adequado consultar um especialista, como um fitoterapeuta.

Voltando a falar sobre o trabalho desenvol-vido na Universidade Federal de São Paulo - Esco-la Paulista de Medicina, o educador e pesquisador passionista descreve que os avanços são conside-ráveis, uma vez que apesar de ainda não ser uma cura definitiva para o vitiligo, a utilização medicinal do Cipó de São João (Pyrostegia venusta) resultou significativos avanços, uma vez que as regiões trata-das não voltaram a ser afetadas pela doença. O viti-ligo é uma doença que se caracteriza pelo processo de despigmentação da pele, formando manchas de aspecto esbranquiçadas de bordas bem delimitadas e crescimento contínuo, em alguns casos, também é possível que ocorra a despigmentação dos cabe-los. Essa doença é encontrada em 1% da população mundial e, em 30% dos casos há ocorrência familiar, o que reforça a hipótese sugerida por alguns pesqui-sadores, de que seja de origem genética.

Por razões ainda desconhecidas, é mais incidente em pa-cientes com p a t o l o g i a s oculares do que na população em geral. Eventualmente, o viti-ligo surge após trau-mas ou queimaduras solares. A causa não está esclarecida, mas há três fortes teorias para explicar a destruição dos melanócitos (células res-ponsáveis pela coloração da pele), fator que desencadeia o surgimento do vitiligo:

Por Marcio José MartireFormação em Biologia, especialista em

Biologia Molecular e mestre em Cirurgia Experimental. Educador de Biologia do

Colégio Passionista Santa Gema.

Page 19: Revista Reflexo 9

Teoria autoimune: Admite que o vitiligo é uma doença auto-imune pela formação de an-ticorpos que destroem os melanócitos. É associada a doenças imunológicas, tais como diabetes, anemias, lúpus, esclerose, síndrome de Down, tireoidite de Hashimoto, entre outras.

Teoria Citóxica: É possível que os resíduos do metabolismo formados durante a fabrica-ção da melanina, possam destruir os melanócitos.

Teoria Neural: Um mediador neuroquímico causaria destruição de melanócitos ou inibiria a produção de melanina.

Quanto aos sintomas há descrição de sin-tomas padronizados, geralmente a maioria dos pa-cientes procura o médico pelo desconforto estético ocasionado pelas manchas que a doença ocasiona, embora há quem consulte em virtude das queimadu-ras solares nas áreas manifestadas.

No início surgem manchas levemente aver-melhadas, posteriomente despigmentadas de limites nítidos, geralmente com bordas escuras, com aspec-to e extensão variáveis. Existe ainda uma tendên-cia à distribuição não padronizada das manchas. A literatura médica descreve os punhos, mãos, dedos, axilas, pescoço, genitália, ao redor da boca, olhos, cotovelos, joelhos, virilha e antebraços. É raro aco-meter nas palmas das mãos e plantas dos pés, áreas mais comumente afetadas.

Geralmente o diagnóstico, em geral, não apresenta dificuldades. O exame do paciente com lâmpadas especiais pode ser de grande utilidade para detectar manchas iniciais. A biopsia (exame de pele) di-ficilmente é necessária para o diagnóstico diferencial. A evo-lução do vitiligo é imprevisível, não havendo critério clínico ou laboratorial que oriente o

médico na busca da cura. Fazendo uma compa-

ração com a pesquisa desen-volvida por nosso educador, sabe-se que alguns espe-cialistas acabam propondo a despigmentação das áre-as restantes de pele normal. Para pacientes com lesões pequenas, em número redu-zido e nas fases iniciais da doença, pode ser proposto

tratamento com cremes e loções para a pele. Nas crianças o resultado costuma ser favorável.

O uso de filtro solar adequado na pele des-pigmentada é fundamental para proteger de quei-maduras e do dano solar em longo prazo. As lesões de vitiligo queimam-se facilmente e as margens pig-mentam-se, tornando maior o contraste. Além disso, a queimadura solar pode aumentar ou desencadear novas lesões. Outro método terapêutico eficaz no vitiligo é a fotoquimioterapia, que é o emprego sistê-mico ou tópico de substâncias fotossensibilizantes, seguidas da exposição à radiação ultravioleta.

Atualmente, muitos outros pesquisadores buscam opções de cura, através de pesquisas so-bre as propriedades terapêuticas de outras plantas do cerrado brasileiro, estas pesquisas expressam re-sultados animadores na comunidade científica, uma clara demonstração do poder terapêutico de nossa flora.

Page 20: Revista Reflexo 9

nes e metalofones se perderem, nossa harmonia fica incompleta.

O mais gratificante é perceber a preocupa-ção de cada educando desempenhando seu papel com responsabilidade, envolvimento, concentração e dedicação. Fica visível em cada rosto, a alegria de ter desempenhado muito bem seu papel. A per-sistência, mesmo quando estão acertando o passo é maravilhosa. Quando acertam querem tocar, tocar e tocar, sem parar...

6º ao 9º ano do Ensino Fundamental - SPC

O amor é a melhor música na partitura da vida

Educandos do 6º ano do Ensino Fun-damental, durante as aulas de música iniciam o processo de aprendizagem

da flauta doce, proporcionando o contato de um ins-trumento melódico e ajudando a desenvolver o ouvi-do interno, além de auxiliar no desenvolvimento psi-comotor e lateralidade (mão esquerda-mão direita), melhorando também, a capacidade de memorização e atenção.

Além da flauta, nossos educandos são esti-mulados de maneira prazerosa a participar de nossa prática de conjunto, ou seja, tocar em um grupo sa-bendo qual o papel a ser desempenhado, aprimoran-do ainda estas funções a partir dos elementos musi-cais (melodia, harmonia, ritmo..).

Essa experiência riquíssima, estimula o en-volvimento e interesse pela música como meio de expressão.

No início, a dificuldade é grande, mas quan-do se sentem desafiados a vivenciar esta experiên-cia em grupo, sentem-se completos, independente do instrumento em que estejam tocando no momen-to. Cada um ocupa e desempenha um papel impor-tante. Se a flauta não tocar ficamos sem melodia; se o tambor acelerar, aceleramos com ele, se os xilofo-

Por Natalia TassoniFormação em Propaganda e Marketing,

pós-graduação em Música Brasileira, mestranda em Música Sacra.

Educadora de Artes Musicais do Colégio Passionista São Paulo da Cruz.

Page 21: Revista Reflexo 9

A Arte está em constante movimento e a Op Art (abreviação inglesa para "Arte Óptica") nasceu e se desenvolveu si-

multaneamente nos Estados Unidos e na Europa, em meados da década de 60. Os principais artistas da op-art são: Alexander Calder e Victor Vasarely, onde o artista joga com o espectador, criando ima-gens que parecem vibrar e palpitar. Embora a obra de arte em si seja estática, as formas e cores utiliza-das provocam uma ilusão óptica de movimento.

A partir dessa proposta, o fazer artístico foi desenvolvido pelos educandos por meio de uma ma-nifestação artística com linhas retas e curvas que fa-zem os olhos vibrarem. Usaram a ilusão de ótica, a profundidade, a perspectiva, as formas e as cores, identificando todos os elementos artísticos e gráficos que uma obra de arte deve possuir para o raciocínio artístico despertar.

A OP Art tem como objetivo dar movimento às pinturas e foi desenvolvido no 7° ano, que com suas pinturas cheias de volume, brincaram com nos-sas percepções visuais.

A obra é produzida com figuras geométricas combinadas em preto e branco. Essas combinações dão ao espectador a impressão de que a imagem na tela está em movimento, as cores são usadas para criar efeitos visuais como sobreposição, movimento

OP ART

Now you see, it now you don'tAgora você vê, agora você não vê

Por Marô GarciaFormação em Artes Plásticas e pós-gra-

duada em Arteterapia. Arte-educadora do Colégio Passionista São Paulo da Cruz.

e interação entre a figura, o fundo e o foco principal da obra.

Quando o observador troca de posição, a peça em Op Art dá a ele a impressão de que a obra sofre transformações. Portanto, essa arte encontra-se em constante transformação. Os tons vibrantes, círculos concêntricos e formas que parecem pulsar, são as características mais marcantes deste estilo artístico.

Os alunos do 7º ano arrasaram na criativida-de e no desenvolvimento desta proposta nas aulas de Artes Plásticas.

Apreciem nossas obras e nossos artistas.

Page 22: Revista Reflexo 9

6º ao 9º ano do Ensino Fundamental - SG

A interdisciplinaridade como facilitadora da produção do conhecimento.

Por Karla Andrea Riquelme PestanaFormação em Letras - Português/Espanhol.

Educadora de Língua Espanhola do Colégio Passionista Santa Gema

Trabalhar interdisciplinaridade com os educandos gera muitos e bons fru-tos. Exemplos desse trabalho foram

vivenciados por nossos educadores e por seus edu-candos no início deste ano.

No 1º trimestre letivo, as turmas do 7º ano - Ensino Fundamental - foram apresentadas a esse trabalho interdisciplinar em algumas disciplinas.

Durante as aulas de Matemática, por exem-plo, a Educadora Alessandra e os educandos tra-balharam “escala”, fixando esse conteúdo com sua prática.

Dando continuidade ao conteúdo e conheci-mento adquiridos, os educandos tiveram que organi-zar um dicionário visual em Língua Espanhola, com a Educadora Karla, criando projetos de maquetes - interiores residenciais decorados - utilizando-se do conteúdo trabalhado anteriormente nas aulas de Matemática, relacionando, assim, o novo vocabulá-

Por Ana Maria Nascimento de CamposFormação em Letras - Português/Inglês.

Auxiliar de Coordenação do Colégio Passionista Santa Gema

rio aprendido à sua maquete e aos objetos inseridos dentro dela.

Nossas educadoras conseguiram, desta ma-neira, trabalhar não apenas conteúdos curriculares, mas também: trabalho em equipe, companheirismo, lideranças, além do trabalho manual, que não só educa, mas que também diverte, e muito.

Acreditamos que o trabalho interdisciplinar é como um treino para a vida; e, nossos educandos, somente terão competência plena, seja para qual-quer atividade, profissional ou não, quando forem expostos à prática, quando entenderem os porquês dos conteúdos, e quando compreenderem que mui-tas coisas estão interligadas.

Trabalhar interdisciplinaridade é isso: fazer o educando perceber a importância de compartilhar suas próprias experiências e habilidades, de se abri-rem para a experiência do outro e de se conectarem ao entendimento. Enfim, aprender para a vida.

Page 23: Revista Reflexo 9

bathroom

room

living room

garage

laundry

home

Page 24: Revista Reflexo 9

Ensino Médio - SPC Por Eliane Aparecida SabatineFormação em Letras e Pedagogia.

Educadora de Português e Literatura doColégio Passionista São Paulo da Cruz

cursos existentes em castelos e suas redondezas?É justamente neste contexto inicial que, em

uma atividade inovadora, após a leitura de uma das mais consagradas novelas de cavalaria “TRISTÃO E ISOLDA”, que nossos educandos tiveram um desa-fio a vencer: transformar essa narrativa, que trans-pôs séculos, em uma história em quadrinhos usando recursos da tecnologia. Movie maker, paint e outros mais foram usados por eles para recontar essa be-líssima história que continuará encantando jovens e mais jovens, independente da era que em viverem.

Da era das trevas à tecnologia

Século XII. Idade Média Alta. Novelas de cavalaria. É nesse contexto que se inicia a análise de textos literários no

Ensino Médio. Um verdadeiro desafio, pois desper-tar o gosto, pelos contextos já vividos pelo Homem, em jovens que vivem a era da tecnologia é algo, ao mesmo tempo, desafiador e prazeroso. Afinal, que jovem não admira a coragem e a maestria de um cavaleiro medieval, ou o comportamento de uma jo-vem, tratada na época por donzela? Como viver em uma época em que as necessidades básicas eram difíceis de serem atendidas devido aos poucos re-

Isolda ouve um som no mar... Isolda vê um cadáver em um bote no mar, o corpo de Tristão

Isolda leva Tristão para a casa de Weisefort, onde é mais seguro

Brangien reconhece que Tristão é um menestrel Isolda cuida de Tristão que está ferido e lhe dá um líquido para beber...

Tristão ouve conversas sobre o dragão que irá atacar a cidade e conta para Governal, que irá

enfrentá-lo

Page 25: Revista Reflexo 9

Fragmento do capítulo 3 da obra, realizado pelos educandos Giovana Guedes, Igor Capuano e Leandro Teixeira - 1ª série C do Ensino Médio. Acompanhe o trabalho na íntegra no Blog do edu-cando - www.passionista.com.br/saopaulodacruz

Com o desenvolvimento tecnológico no mundo contemporâneo, é importante que as escolas modifiquem o sistema

de ensino-aprendizagem e o presente trabalho é um ícone para que essa modificação torne-se benéfica.

Além da questão teórica, a familiarização do educando com meios virtuais, aproxima a analogia casa-escola, tornando o aprendizado mais lúdico e dinâmico.

A iniciativa deu-se, pela transformação de

uma obra literária do século XII, em animações de caráter mais recente, ilustrando o enredo vivido por “Tristão e Isolda”, uma novela de cavalaria que deu origem a grandes outras obras clássicas.

Confira os trabalhos realizados pelos edu-candos dos Primeiros Anos do Ensino Médio sob a supervisão da Educadora Eliane Sabatine.

Bruno Gutierres - 1º MB

O dragão tão temido aparece... Para se defender Tristão compra cavalo, adaga, lança, escudo e corrente de ferro.

O dragão coloca fogo no castelo. Tristão entra no castelo em busca de Isolda.

O dragão engole Tristão, que usa seu escudo para sair de dentro da boca dele.

Tristão consegue enrolar os elos de metal nos dentes do dragão.

Tristão, segurando nas escamas do dragão, conse-gue rasgar sua carne.

E Isolda vê do castelo, o dragão sumindo ao infinito...

Page 26: Revista Reflexo 9

Por Hilda Maria Winther de Castro SampaioFormação em Psicologia e pós-graduada emPsicopedagoia. Orientadora Educacional do

Colégio Passionista Santa Gema.

Programa de Orientação Profissional do Colégio Passionista Santa Gema

O Ensino Médio, com duração de três anos, constitui a etapa final da Educação Básica. A partir daí,

os jovens, frente à escolha profissio-nal, podem fazer suas opções.

P e n s a n d o nisso, o Colégio Passionista Santa Gema desenvol-ve um trabalho de Orientação Profis-sional com os edu-candos do 9º ano ao 3º Médio, com intuito de informar ao adolescente so-bre as profissões, o mundo do trabalho e tudo que se relaciona ao acesso ao universo adulto em termos de papéis ocupacionais.

Nesta perspectiva, auxiliamos também nossos educandos a definirem o que fazer com as diversas possibilidades que lhe são apresen-

tadas em termos profissionais, ajudando-os a esclarecer um papel, a tomar decisões, resolver conflitos e conquistar um objetivo.

Para dar-mos início ao tra-balho, agendamos para os meses de março e abril, vi-sitas às universi-dades e palestras desenvolvidas no próprio ambiente escolar. Dia 19/03, os educandos do 9º ano e do Ensi-no Médio tiveram a oportunidade de assistir a uma

Palestra, ministrada pela Trevisan - Escola de Negócios, realizada na própria Escola. Esta Pa-lestra teve como objetivo dar aos Educandos a oportunidade de conhecer as carreiras, orientá-los e esclarecer dúvidas em suas futuras deci-sões profissionais.

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Ensino Médio - SG

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Page 27: Revista Reflexo 9

No dia 20/03, os educan-dos do 3º Médio tiveram novamen-te a oportunidade de conhecer as instalações e cursos ministrados pela Faculdade Anhembi Morum-bi e 20/04 visitaram a Faculdade Rio-Branco, onde tiveram a opor-tunidade também de realizar um teste vocacional.

Tivemos, também, no dia 27/4, o Fórum de Profissões, no Colégio Passionista São Paulo da Cruz, momento em que os educandos puderam entrar em contato com profissionais de sua área de interesse.

Grande parte dos confli-tos dos adolescentes quanto à escolha da profissão, refere-se à carência de informação com respeito a seu futuro. Nesse sen-tido, o Colégio Passionista Santa Gema, procura não só transmi-tir aos Educandos informações, mas também corrigir as imagens distorcidas que já possui sobre o mundo adulto, dando suporte e exigindo ao mesmo tempo a par-ticipação ativa do adolescente, mediante a análise, a síntese e a integração dos conhecimentos que lhe são ministrados.

“Faça aquilo que gosta e não terá

de trabalhar

um único dia na sua vida”

Warren Buffet

Page 28: Revista Reflexo 9

Por Ricardo PiresFormação em Ciências Humanas, pós-graduado em

Educação Ambiental e Literatura e pós-graduando em Ética e Cidadania. Educador de Geografia

do Colégio Passionista São Paulo da Cruz

Ciência

O smartphone e os gorilas do Congo: uma “fábula” dos tempos modernos

Quando o assunto é tecnologia, a primeira impressão que temos é quase sempre positiva. Naturalmente pensamos em di-

versos benefícios que ela nos proporciona. No entanto, existem vários aspectos nocivos na relação que estabe-lecemos com os gadgets eletrônicos, que são ignorados inconscientemente ou não.

Um desses aspectos está vinculado à preserva-ção do meio ambiente, um assunto que conta com a sim-patia da maior parte da população e repleto de discursos “politicamente corretos”. Nesse contexto, a defesa da re-ciclagem se tornou uma “bandeira”, o símbolo da preo-cupação coletiva com a natureza e uma panaceia para os problemas ambientais, contudo, é fácil observar que o discurso na maioria das vezes carece de atitudes práticas e eficazes.

A reciclagem e o tratamento dos resíduos são ne-cessários e importantes, todavia, deveríamos refletir so-bre o problema: o consumo excessivo que caracteriza a sociedade capitalista contemporânea. Consumimos sem medir as consequências para o meio ambiente e para a humanidade, e para ilustrar a gravidade dessa questão e dos efeitos que ela proporciona faço uso de uma inda-gação: será que alguma vez passou pela nossa mente a existência de alguma relação entre um novo sonho de consumo tecnológico, os gorilas e a população do Con-go? Isso mesmo, a República Democrática do Congo, país africano que vivencia vários conflitos que causaram a morte de aproximadamente quatro milhões de pessoas e onde os habitantes sofrem com vários problemas socio econômicos. Obviamente, não há quem pense no Congo quando adquire um novo smartphone.

Mas será que deveríamos fazê-lo?Pelo menos, momentaneamente, deveríamos

fazê-lo e isso porque o celular ou o smartphone não são nem um pouco ecológicos. Na realidade, esses aparelhos guardam entre seus componentes vários elementos como cobre, ouro, chumbo, níquel, antimônio, entre outros.

E que vínculo há entre os “ingredientes” do seu

smartphone, a triste realidade socioeconômica do Congo e a questão ambiental? Uma das muitas questões polêmi-cas que podemos levantar é que geralmente os métodos para adquirir alguns desses “ingredientes” estão longe de serem ecológicos. Columbita-tantalita, por exemplo, um elemento essencial na produção de capacitores para ce-lulares é obtido na sua maior parte, no Congo, onde orga-nizações dos direitos humanos alegam que pessoas que trabalham na mineração desse produto vivem e trabalham em condições deploráveis. Organizações de direitos dos animais alegam que a população regional de gorilas é afe-tada de duas maneiras – pela escassez de alimentos nas zonas de mineração e porque alguns são usados como carne para alimentar os mineiros. Acrescente a tudo isso a ONU, que diz que a maioria das partes envolvidas na mineração e na venda da columbita-tantalita também está envolvida na guerra civil local. Esse não é exatamente um cenário perfeito que evidencie preocupação com o meio ambiente, porque quando consumimos um produto esta-mos estimulando a sua produção e a forma como ela é desenvolvida. Essa é uma reflexão que nunca fazemos e que demonstra o quanto somos incoerentes ao defender a reciclagem e, simultaneamente, consumir em demasia e sem questionamentos.

A questão da preservação ambiental está intima-mente ligada à nossa postura diante do consumo. Deve-ríamos ter uma atitude diferenciada, mais responsável e com menos retórica nas causas conservacionistas ado-tando práticas conscientes de consumo, resistindo às in-fluências da mídia, da propaganda e dos interesses capi-talistas. Quanto mais consumimos maior é a quantidade de “ingredientes” que precisam ser extraídos da natureza, bem como, maior é o número de seres vivos afetados pela extração de matérias-primas ou pelo descarte dos resídu-os pós-consumo.

Consumir de maneira consciente é o melhor dos caminhos, uma atitude de cidadania e de quem se preocu-pa com o mundo, com os seres humanos e com as futuras gerações.

Page 29: Revista Reflexo 9

Política

Eleições no Brasil

Vocês já pararam para pensar que nós brasileiros já podemos votar aos 16 anos e ajudar a escolher o futuro do

nosso país? Pois é, atualmente o voto no Brasil é universal, isso significa que todos os brasileiros po-dem votar. Além disso temos um dos sistemas elei-torais mais organizados do mundo, o voto é secreto e as urnas eletrônicas garantem que o processo elei-toral dificulte as tentativas de fraude além de tornar a apuração muito rápida.

As eleições brasileiras nem sempre foram as-sim, durante muito tempo o voto foi restrito somente aos brasileiros poderosos, e no inicio da nossa Re-pública somente os homens alfabetizados votavam. Nesse período da nossa história o voto nem sequer era secreto e os eleitores eram coagidos a votar nos candidatos escolhidos pelos poderosos, conhecidos como coronéis.

A Primeira República (1889-1930) ficou co-nhecida pela prática do coronelismo comum princi-palmente no interior do Brasil. O coronel, nada mais era que um grande fazendeiro que possuía grande quantidade de terras e riquezas, além de usar seu poder econômico para garantir a eleição a quem apoiava. Os coronéis garantiam os mesmos gru-

pos políticos no poder. O coronel também usava ou-tros recursos para atingir os seus objetivos, como a compra de votos, os eleitores fantasmas que eram a inclusão de votos de crianças, defuntos e pessoas inexistentes, além de fraudes eleitorais e violência.

O voto ficou conhecido como “voto de cabres-to”, que era um sistema tradicional de abuso das au-toridades, compra de votos ou utilização da máquina pública. Em busca de votos, os coronéis mandavam "jagunços", que eram contratados para perseguir quem era contra o candidato apoiado pelo coronel assim, controlavam o voto de cada eleitor. Na prática o povo não escolhia os seus representantes.

E hoje apesar da democratização do sistema eleitoral, nós escolhemos direito os nossos candi-datos? Essa evolução nos permite escolher os mais sérios e comprometidos com o povo, mas para ga-rantir isso, precisamos pesquisar a vida política dos candidatos, se as suas propostas são coerentes e viáveis, e se eleito precisamos acompanhar e verifi-car se aquele político cumpriu as suas promessas de campanha. Não se deixe levar apenas pela opinião dos outros. Lembre-se, o que vale é a sua opinião! E ao contrário do famoso dito popular, política se dis-cute sim !

Por Nilson dos SantosFormação em História.

Educador de História do Colégio Passionista Santa Gema

Page 30: Revista Reflexo 9

Hoje, esta-mos tão atri-bulados por

afazeres diversos, que mal conseguimos olhar ao nos-so redor. Passamos pelas pessoas, convivemos com elas e sequer percebemos as suas necessidades. Assim, se arrasta a nossa existência. Muitas ativida-

des e poucas ações de ajuda ao próximo.Pensando nisso, nós da PJP / Formãe, re-

solvemos nos unir, para tentar levar um pouco de amor, fé e esperança a todos aqueles que estejam precisando, seja de um abraço amigo, seja de um agasalho quentinho, ou de uma palavra amiga.

E trabalho é o que não falta! Neste ano, iniciamos o Curso para Gestan-

tes. Procurando sempre levar assuntos de inte-

resses às futuras mamães, ministramos lá no Jardim

Agenda PJP / Formãe

Chá Beneficente - 10/08/2012Almoço de confraternização - 14/08/2012

Curso de Contador de História - 17/08/2012Romaria à Aparecida do Norte – 25/08/2012

5ª Passion Fashion - 15/09/2012Pernoite - outubro/2012

Natal dos Sonhos - 08 e 09/12/2012

Cardoso, aulas que abordam assuntos como cuida-dos antes, durante e pós-gravidez, doenças sexuais, cuidados com os bebês, vacinação, higiene íntima, problemas diversos não discutidos entre casais e várias dinâmicas, onde as mamães curtem e ficam descontraídas para enfrentarem os desafios de cada dia.

Os resultados já se fazem sentir, principal-mente quando constatamos mudanças de atitudes, comportamentos preventivos, e é claro, alguns tes-temunhos de mulheres que passaram a se valorizar mais, se cuidar mais e se amar mais, levantando a sua autoestima e, como consequência, o seu relacio-namento familiar.

Está sendo uma alegria acompanhar o cres-cimento de nossas “barriguinhas”, todas juntas e aguardando o tão sonhado dia!

Veja algumas de nossas atividades e descu-bra aquela que mais te agrada.

Venha fazer parte desse nosso grupo que distribui amor.

Por Marlene Bondi de LaetFormação em História e pós-graduação em História, So-

ciedade, Cultura e 3º Setor. Orientadora de Pastoral Social do

Colégio Passionista São Paulo da Cruz

Reuniões: Grupo de alunos - PJP - terças feiras: 11h30 às 12h30 e das 13h às 15h

Grupo de mães - Formãe – sextas feiras: 14h às 17h

Mães a obra!

Page 31: Revista Reflexo 9

A ONG Educológico, conduzida por alunos desde 1999, é o caminho para grandes realizações, desde

que se tenha humildade de começar com pe-quenas atitudes que nasçam com paixão.

Foi assim, que realizamos nosso trabalho com os educandos do Maternal, Pré e Ensino Fun-damental I. Descobrimos que trabalhar com crianças e ensinar pequenas práticas sustentáveis através da experimentação representa lançar semente em solo fértil. Percebemos que, se quisermos semear bons exemplos para os adultos, podemos começar por seus filhos, pois estes, ao chegarem em casa, en-sinam os pais com o coração cheio de esperanças. Assim, contribuímos para o amadurecimento da so-ciedade que desejamos.

Nossas práticas de compostagem abriram caminho para o reconhecimento em outras institui-ções, como o Arsenal da Esperança, uma casa de passagem que atende mais de mil homens sem teto para morar na cidade de São Paulo. Lá demonstra-mos a técnica aos visitantes no evento de aniversário em 2011.

Por Angelo Tadeu VieiraFormação em Biologia, Mestre em Educação.

Coordenador da ONG Educológico e educador de Biologia do

Colégio Passionista São Paulo da Cruz.

Neste ano estaremos novamente no aniver-sário do Arsenal, porém agora com uma novidade criada pelos educandos do Educológico, é o Podcast que eles mesmos denominam Educast, uma ativida-de divertida e informativa, onde eles tratam de temas importantes na área de cultura, sociedade, arte, polí-tica e é claro, meio ambiente.

O Educast funciona como um programa de rádio na Internet; é muito divertido, rico em informa-ções, opiniões e debates. Vale a pena conferir no endereço:http://www.facebook.com/educast.podomatic.com.

Estamos incentivando a tur-ma do Educológico na produção de vídeos, que logo estarão na rede mundial.

Nosso objetivo é apren-der para ensinar, portanto, sempre que estivermos pesquisando e de-senvolvendo alguma dinâmica es-taremos criando um momento de aprendizagem.

Convidamos todos os edu-candos que apoiam a nossa causa a participar de nosso grupo que se reúne todas as sextas, das 14h30 até às 16h.

Visite também a nossa pá-gina no Facebook.

Mães a obra!

Page 32: Revista Reflexo 9

Aconteceu Carnaval

Sorfesta

Feira Literária

Fórum de Pais

Festa Junina

Page 33: Revista Reflexo 9

Feira Literária

Gema Gelato

Carnaval

Celebração Pascoal

Festa Junina

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Passiontempo

A Campanha da Fraternidade 2012 nos faz olhar para a realidade da Saúde Pública em nosso país, e nos fazendo perceber que temos que conciliar as necessidades da humanidade, com as do planeta terra, repensando as atitudes da sociedade com a natureza, praticando ações em prol do meio ambiente e agindo a partir de gestos pequenos no seio da nossa família, desta forma é possível colaborar na vitória do bem sobre o mal...

Vamos colorir um mundo melhor?

Por Roberta Vasconcelos B. Pelegrino Especialista em Marketing Educacional.

Gerente de Comunicações e Eventos doColégio Passionista São Paulo da Cruz

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O Colégio Passionista São Paulo da Cruz, une tradição com

modernidade. Em 2012, muitas novidades estão acontecendo

na área de tecnologia, e algumas delas já estão em pleno uso.

www.passionista.com.br

Os Educandos contam com tecnologia wireless (sem fio), disponível no horário de intervalo

e no término da aula, possibilitando o acesso a informações, de forma dinâmica e atualizada.

Contamos ainda, com 10 computadores e 05 notebooks,

servindo de apoio e complemento às pesquisas realizadas

na Biblioteca, dessa forma, unem o conteúdo dos

livros à agilidade tecnológica.

Para que tenhamos uma maior mobilidade de transitar por conhecimentos fora dos

livros e da lousa, possuímos um notebook em cada sala de aula conectado à TV de

LCD. Esse recurso permite ao educador fazer a chamada on-line, digitar ocorrências, o

conteúdo da aula e as tarefas de casa; Ao educando, a apresentação de seus trabalhos à

turma ou a todos os setores do colégio. É mais um recurso para facilitar a comunicação

entre educadores, educandos e os srs. pais e /ou responsáveis.

Fábio Alexandre Mezalira

Gerente de Tecnologia da Rede Passionista

Fábio Alexandre Mezalira

Gerente de Tecnologia da Rede Passionista