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1 Revista IETEC | Ano 9 | Agosto/Setembro de 2012 Ronaldo Gusmão Presidente do IETEC Ano 9 | nº 44 | Agosto/Setembro de 2012 revista IETEC completa 25 anos e comemora com nova infraestrutura e produtos educacionais diferenciados Rio+20, uma visão realista e objetiva do PNUMA sobre a Conferência 15º Seminário Nacional de Gestão de Projetos discute os principais desafios da área Lançamento do livro ‘Gestão de Projetos: Brasil’, conceitos e técnicas Confira encarte com a programação de cursos de curta duração do IETEC

Revista IETEC - Agosto de 2012

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Íntegra da edição 44 da revista IETEC, válida para os meses de agosto e setembro e especialmente produzida remetendo às comemorações dos 25 anos do Instituto. Na publicação, além de uma entrevista inéditta do presidente do Instituto, Ronaldo Gusmão, produzimos uma matéria especial sobre os 25 anos do IETEC e uma cobertura dos debates ocorridos no 15º Seminário Nacional de Gestão de Projetos.

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1Revista IETEC | Ano 9 | Agosto/Setembro de 2012

Ronaldo GusmãoPresidente do IETEC

Ano 9 | nº 44 | Agosto/Setembro de 2012

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sta

IETEC completa 25 anos e comemora com nova infraestrutura e produtos educacionais diferenciados

Rio+20, uma visão realista e objetiva do PNUMA sobre a Conferência

15º Seminário Nacional de Gestão de Projetos discute os principais desafios da área

Lançamento do livro ‘Gestão de Projetos: Brasil’, conceitos e técnicas

Confira encarte com a programação de cursos de curta duração do IETEC

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2 Revista IETEC | Ano 9 | Agosto/Setembro de 2012

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3Revista IETEC | Ano 9 | Agosto/Setembro de 2012

PRESIDENTE | Ronaldo GusmãoDIRETORIA | Diretor Geral: Mauri Fortes / Diretor de Marketing: Paulo Emílio Vaz Diretor de Produto: José Ignácio Villela Jr. / Diretora de Ensino: Wanyr Romero FerreiraCOORDENAÇÕES | Administrativo-Financeiro: Sérgio Ferreira / Administrativo: Marcelo Pereira / Comunicação: Daniela Ambrósio / Ensino: Fernanda Braga / Pedagógica e EAD: Juliana Mendonça / Financeiro: Dayanne Pereira / Gestão Integrada: Gislene Perona / Mídia Digital: Raquel Souza / Talentos Humanos: Silmara Pereira / Treinamento: Vivian Prado / Vendas: Sheyla Matos, Viviane Pereira e Ana Flávia ResendeCOORDENAÇÕES TÉCNICAS | Gestão de Energia: Carlos Gutemberg / Gestão de Projetos: Ivo Michalick / Inovação e Criatividade: José Henrique Diniz / Manutenção: José Henrique Egídio / Meio Ambiente: Ruthe Novaes / Mineração: Aline Nunes / Qualidade: Pedro Paulo de Oliveira Melo / Responsabilidade Social: Helena Queiroz / Sistemas Industriais: José Ignácio Villela Jr. / Sustentabilidade: Antônio Claret Oliveira / Tecnologia da Informação: Alexandra Hütner / Telecomunicações: Hudson RibeiroCOORDENAÇÕES DE CURSO | Engenharia de Planejamento: Ítalo Coutinho / Engenharia de Software: Fernando Zaidan / Gestão de Negócios: Wilson Leal Gestão de Projetos: Clênio Senra e João Carlos Boyadjian / Tecnologia da Informação: Antônio de Pádua PereiraREVISTA IETEC | Projeto Gráfico: G30 MKT e COM / Diagramação: Tatiane Coeli Jornalista Responsável: Harley Pinto (09013/MG) / Impressão: Paulinelli / Foto da Capa: Mateus Baranowski

Comentários, sugestões e anúncios:

[email protected]

Todas as matérias e artigos estão disponíveis no site:

www.techoje.com.br

Tiragem:

25.000 exemplares | Periodicidade bimestral | Distribuição gratuita

Expediente

www.gestaodeprojetosbrasil.com.br

www.twitter.com/ietecwww.twitter.com/ietecprojetoswww.twitter.com/ecolatina

Redes Sociais:

Opinião Capa Curtas

• Interação entre Capital Intelectual e Ciência da Decisãopor Mauri Fortes

• IETEC comemora 25 anos de sucesso em soluções educacionais

• O futuro passa pela inovaçãopor Paulo Emílio Vaz

• Capitalismo Natural em contra partida à sua versão atual por Wanyr Romero Ferreira

Conhecimento aplicadoMurilo Campos e Maurício Serafim

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8 a 1021

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Cenário

• 25 anos de tecnologia, inovação e desafios

24 a 29

Capacitação

Cursos nas áreas de: • Gestão de projetos• Gestão e tecnologia da informação• Responsabilidade social• Gestão e tecnologia industrial• Gestão da inovação• Meio ambiente• Manutenção • Mineração

15 a 18

5

www.linkedin.com/company/ietec

www.facebook.com/ietec

www.youtube.com/IETECtv

issuu.com/ietec

• Saídas para a “crise” é de competênciapor José Ignácio Villela Jr.

Aconteceu no IETEC• Inovação no Inhotim• Pós-graduação in company na VSB

20

• 15º Seminário Nacional de Gestão de Projetos

12 a 19

• Uma reflexão do PNUMA sobre a Rio+20

30

• Lançamento do livro ‘Gestão de Projetos: Brasil’

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4 Revista IETEC | Ano 9 | Agosto/Setembro de 2012

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Você é ou gostaria de ser um empreendedor ou um gestor, com capacidade de tomar decisões em nível estratégico? Este ensaio se propõe a efetuar uma abordagem simples e direta ao tema de decisão em gestão.

José Eustáquio, um funcionário da empresa em que eu trabalhava, certa vez fez-me a seguinte pergunta: _Por que os professores ganham mais que eu, secretário de atendimento, se eu trabalho tanto ou mais que eles? A resposta que lhe dei foi: _Com pouco treinamento, os professores podem fazer o seu serviço. E você, poderia fazer o deles? A minha resposta não era criativa. Eu apenas definia o que era Capital Intelectual de uma empresa, de forma simples. Vamos exemplificar ainda mais.

Se você tiver habilidades importantes para sua empresa, que outros funcionários não tenham, ou que sejam essenciais, você tem, por meio dessas habilidades, um capital intelectual. Se alguém fizer um bom treinamento – um programa de MBA, por exemplo – ele adquirirá um capital intelectual maior e terá seus benefícios.

O capital intelectual pode se situar nos aspectos operacionais, táticos ou estratégicos. Os aspectos operacionais possuem relação com as funções do dia a dia, de gestão funcional da empresa: secretaria, manutenção, gestão direta etc. Os aspectos táticos referem-se às funções do dia a dia, com uma visão de tempo maior (semanas, meses), ou seja, quase estratégica. É o caso de coordenadores, projetistas, engenheiros etc. Os aspectos estratégicos referem-se a funções de projeção do desenvolvimento ou modificação operacional da empresa, visando otimizar lucros e diminuir custos, melhorando o atendimento a clientes, implantando novas ideias, aumentando a eficiência empresarial operacional (local ou global), estabelecendo normas de interação com setores de marketing, vendas, novos produtos etc. Em quais dos aspectos acima você se encaixa ou gostaria que se encaixasse seu capital intelectual? Vamos tratar especificamente do seu caso, supondo que ele seja o mais simples.

Dentre as habilidades que você pode ter, existem as associadas à sua capacidade de gestão, ou seja, de comandar de maneira eficiente a execução de tarefas e objetivos empresariais. Você pode optar por ser um gestor exemplar em diversas áreas empresariais e ter uma carreira de sucesso. Mas, você, se quiser,

Mauri Fortes diretor geral do IETEC.

Interação entre Capital Intelectual e Ciência da Decisão

pode ir além. Pode ajudar a tomar decisões empresariais e avançar sua carreira nesta direção. Neste caso, o treinamento requer um pouco mais de massa cinzenta. Mas o resultado é muito gratificante.

Existem dois tipos de raciocínio usados para solucionar problemas empresariais ou seus próprios: o raciocínio lógico e o raciocínio matemático. Não pense em raciocínio matemático como sendo conhecer matemática e seus problemas.

Resolva o seguinte problema de lógica: Os habitantes da cidade de JAMAIS, jamais falam a verdade. Os habitantes da cidade de SEMPRE, sempre falam a verdade. Você encontra um destes habitantes na rua e precisa saber se ele é de JAMAIS ou de SEMPRE. Seu objetivo é fazer uma única pergunta, que será respondida com um seco sim ou não, de modo a saber de qual cidade o interlocutor é habitante. Por exemplo: - Você é de JAMAIS? Se o interlocutor for de JAMAIS, ele responderá não; se for de SEMPRE, ele também responderá não.

Resolva, agora, o problema simples de matemática: Três colegas vão a um restaurante e a conta foi de R$25. Cada um dá uma nota de R$10 e decidem dar R$2 de gorjeta para o garçom. Assim, cada um recebe de volta R$1. Uma vez que cada um pagou R$9, houve o pagamento de 9x3 = R$27 e, contando mais dois para o garçom, gastaram R$29. Para onde foi o real que falta?

Se você não resolveu os exemplos acima e tiver a ideia de que o que manda é a inteligência, prefiro passar para você uma maneira de aumentar a inteligência (Inteligência também é memória cristalizada). Assim, se você aprender uma nova língua, uma nova atividade ou aplicar técnicas de Ciência da Decisão, você irá numa direção segura.

Vamos terminar com o assunto mais importante deste pequeno ensaio, que terá continuação. Ciência da Decisão (CD) é o estudo de como as pessoas tomam decisões, principalmente sob condições de informações incertas. É, também, a coleção de técnicas que dão suporte à análise de problemas de decisão. A CD se aplica a você, quer em sua vida pessoal, quer empresarial. Faz com que você raciocine de forma lógica e matemática, sem precisar estudar matemática. Para tomar excelentes decisões, você precisa aprender a definir alternativas, avaliar os possíveis impactos das alternativas, determinar os valores ou preferências que formam a base da decisão e avaliar as alternativas.

Que tal aprender a tomar decisões boas para nós e para a nossa empresa?

Opin

ião

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6 Revista IETEC | Ano 9 | Agosto/Setembro de 2012

Opin

ião

Wanyr Romero FerreiraDiretora de Ensino do IETEC.

Capitalismo Natural em contra partida à sua versão atual

Desde os primórdios da civilização, o homem usa o capital natural para sua sobrevivência e para desenvolver técnicas cada vez mais sofisticadas para melhorar sua qualidade de vida. Por muito tempo o desenvolvimento humano seguiu o ritmo da evolução biológica, levando a mudanças quase imperceptíveis. Com a aceleração da evolução tecnológica, tendo como suporte as reservas naturais, as mudanças foram se tornando perceptíveis em quase todas as regiões do globo.

Também ficou visível que o progresso, nas mais diversas áreas do conhecimento, traz maravilhas e benefícios para a vida das pessoas. No entanto, como efeito colateral, acarreta danos ambientais sérios, como o esgotamento dos recursos naturais e de terras cultiváveis e poluição de toda ordem que podem colocar em risco a sobrevivência humana. Este é um paradoxo que tem mobilizado pessoas em todo mundo em busca de soluções que permitam o desenvolvimento tecnológico com a preservação do capital natural.

Paul Hawken, Amory Lovins e Hunter Lovins, no livro Capitalismo Natural, apresentam uma visão positiva de um mundo no qual se reduz, de forma gradual, o consumo de carvão, de energia nuclear e de petróleo, ao mesmo tempo em que se efetuam alterações sociais para garantir a preservação dos capitais social e natural.

Mas afinal, o que é capitalismo natural? Uma economia requer quatro tipos de capital para funcionar adequadamente: o capital humano, o financeiro, bens de capital e o capital natural. O sistema industrial utiliza as três primeiras formas para transformar o capital natural nos bens úteis para nossa vida cotidiana. Esta forma de capitalismo leva a um desenvolvimento insustentável porque destrói o capital mais importante para sua própria sobrevivência: o capital natural. Muitos serviços que utilizamos dos sistemas ambientais não têm substituto conhecido. Basta citar que o planeta Terra fornece diária e gratuitamente o oxigênio necessário à vida de todos os seus habitantes.

Um dos vários pressupostos básicos do capitalismo natural é o fato que o meio ambiente é um fator de produção importante, pois é ele que abastece e sustenta o conjunto da economia; assim, a disponibilidade e a funcionalidade do capital natural devem ser os limitadores do desenvolvimento econômico.

As quatro estratégias do capitalismo natural são produtividade

radical dos recursos, biomimetismo, economia de serviço e de fluxo e investimento no capital natural.

A primeria delas implica no uso efetivo de recursos. Aumentar a produtividade dos recursos significa obter de um produto ou processo a mesma quantidade de utilidade ou trabalho empregando menos material e energia. Já o biomimetismo se baseia em imitar os processos biológicos e do ecossistema. Os processos de produção atuais são, em geral, ineficientes e acarretam muito desperdício. Indústrias, tais como as de mineração, de metais e agroindústria, vêm sendo estimuladas a reinventar-se para se ajustar aos sistemas biológicos.

Em substituição ao modelo econômico atual, de produção e venda de aquisições de bens, os consumidores obterão serviços tomando os produtos emprestados ou alugando-os ao invés de comprá-los. Na cidade do Rio de Janeiro já existe o programa Bike Rio de aluguel de bicicletas compartilhadas. Este tipo de serviço aumenta a produtividade dos recursos. Quem oferece o serviço se sente estimulado a manter seus ativos produtivos o maior tempo possível em vez de descartá-los ou desmontá-los premeturamente.

Por fim, o investimento no capital natural implica em reinvestimentos na sustentação, na restauração e na expansão de seus estoques. Os sistemas vivos são um fornecedor de componentes indispensáveis à vida do planeta e, atualmente, não estão conseguindo atender às encomendas. Este fenômeno já está afetando a produção e os custos das empresas. Mudanças no clima têm provocado migrações em massa em busca de água e de solo cultivável. Não teremos para onde nos expandir depois que as reservas de recursos naturais se esgotarem e os campos de cultivo forem ocupados pela urbanização. As denominadas guerras climáticas preconizadas por Harald Welzer parecem um cenário cada dia mais verossímel. Estas estratégias são interrelacionadas e interdependentes e necessitam de ideias e projetos inovadores em praticamente todas as áreas do conhecimento.

As empresas precisam adotar uma gestão ambiental inovadora e sustentável. Deve-se entender sustentabilidade além de sua definição clássica, como sendo um conjunto de atividades corporativas inovadoras e potencialmente transformadoras que geram novos produtos e processos de forma a melhorar as práticas existentes e diminuir as ineficiências do mercado.

O progresso tecnológico traz maravilhas e benefícios para a vida das pessoas em todas as áreas; em contrapartida, pode ocasionar danos ambientais irreversíveis

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7Revista IETEC | Ano 9 | Agosto/Setembro de 2012 7Revista IETEC | Ano 9 | Agosto/Setembro de 2012

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8 Revista IETEC | Ano 9 | Agosto/Setembro de 2012

No ano em que completa 25 anos, a revista IETEC entrevista, pela primeira vez, o presidente do Instituto, Ronaldo Gusmão.

No depoimento abaixo, o engenheiro detalha as mudanças ocorridas no Brasil, que tiveram impacto no mercado de educação executiva, além de analisar os principais pontos que fizeram do IETEC uma referência na qualificação profissional.

Abaixo a íntegra da entrevista, disponível em formato digital no portal de notícias TecHoje (www.techoje.com.br)

Como surgiu o Instituto de Educação Tecnológica?

O IETEC surgiu da necessidade real de se estabelecer, de forma efetiva, um elo entre o que a academia ensina e o que o mercado profissional demanda para fazer seus resultados acontecerem. É papel da academia formar profissionais com uma base conceitual forte. Por outro lado, o mercado espera contratar profissionais capazes de transformar seus conceitos em resultados rapidamente. Naquele momento, há 25 anos, e ainda hoje no Brasil, essa base conceitual está longe de contribuir como deveria para os resultados das organizações. É claro que houve melhorias na formação dos profissionais, porém estamos longe do ideal, infelizmente.

Foi com essa ideia que surgiu o IETEC: ser um elo entre aquilo que a academia ensina e aquilo que o mercado de trabalho necessita.

Passamos por momentos difíceis, assim como todo o país. O ano de fundação do Instituto marca dois grandes fatos da História recente do país: o início das discussões a respeito da

Elo entre o mercado e os profissionais

Nova Constituição e os planos de controle da hiper-inflação que nos assolava à época. O IETEC nasceu num momento de muitas incertezas do país. Na verdade, nascemos num momento de ruptura, de nascimento de um novo país, com ideais de uma forte democracia. Assim como vemos acontecer, no momento atual, um novo marco de mudanças com o redesenho do país a partir da melhor distribuição de renda e, principalmente, um povo mais educado, que anseia há muito tempo por um país com mais justiça social.

A escassez de profissionais capacitados é uma queixa freqüente das empresas. Como a educação corporativa pode impactar no desenvolvimento do país?

Essa mudança de patamar só será possível com um massivo conjunto de investimentos ao longo dos próximos anos e melhorias profundas na gestão da educação. Todos os países de sucesso estabeleceram suas ações de desenvolvimento sustentadas nestas premissas e promoveram uma revolução que tinha como pilares: educação, educação e educação.

Não haverá sustentabilidade se as pessoas não forem educadas e treinadas para isso. Só houve ganho real de salário do brasileiro quando houve aumento no número de anos de estudo dos trabalhadores. Isso não é privilégio nosso. Esta solução já é conhecida das nações que avançaram com taxas de crescimento maiores e de maneira sustentável.

Em 1987, o Brasil possuía, aproximadamente, 1,1 milhões de universitários. Hoje, são quase sete milhões. Isso é uma coisa fabulosa do ponto de vista de um país que, em 25 anos,

IETEC completa 25 anos focado no desenvolvimento sustentável das empresas e na capacitação de seus colaboradores

Foto: Mateus Baranowski

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9Revista IETEC | Ano 9 | Agosto/Setembro de 2012

Capa

multiplicou por seis o número de estudantes nas universidades e faculdades Brasil afora. É claro que ainda é pouco se comparado a outros países desenvolvidos, e naturalmente estamos distantes da qualidade necessária ao processo de formação de nossas escolas para se estabelecer vantagens competitivas em relação ao resto do mundo.

Ao mesmo tempo, o IETEC é uma instituição que sempre esteve inserida na sociedade. Durante todo esse tempo essa foi uma preocupação latente. Uma empresa cidadã é aquela em que predominam as ações visando o bem da sociedade. O DNA do IETEC é a educação. Pensando nisso, buscamos fazer o bem para as pessoas, as empresas e o país. Participamos ativamente da vida na cidade, através da atuação de nossa equipe de professores, do incentivo ao trabalho de nossos alunos. Um exemplo foi a instituição da Política Nacional de Informática, que possui um dedo do IETEC. Nós atuamos com maior ênfase num item específico da lei, que destinava 5% do faturamento das empresas às pesquisas tecnológicas. Nós propusemos, e o relator da lei à época acatou, que metade deste valor fosse feito através de convênios com universidades e centros de pesquisas, como realmente é hoje.

Desde sempre o Instituto atua, ativamente, nas questões ambientais, como o capítulo sobre engenhos publicitários do Código de Postura de Belo Horizonte. Incentivamos outras cidades a fazer o mesmo no combate à poluição visual. Por isso afirmamos com tranqüilidade que o IETEC é uma instituição cidadã!

O IETEC sempre inovou em seus programas educacionais, e por esta razão somos pioneiros na educação continuada e extremamente relevantes para os mercados que atendemos. Nosso conjunto de alunos e ex-alunos contempla profissionais qualificados nos mais variados nichos de atuação, além de nosso corpo docente ser representado por professores com um número significativo de publicações. Trabalham conosco profissionais altamente capacitados em suas respectivas áreas de atuação, de forma completamente independente do ponto de vista intelectual, para preservarem a liberdade de ensinar aquilo no qual são especialistas. Nós não engessamos as pessoas e os profissionais. Ao contrário, damos liberdade para que eles possam se desenvolver, criar e compartilhar. E é este o grande sucesso do IETEC: atender às necessidades dos profissionais e das empresas.

O pioneirismo do IETEC também se reflete no aumento da produtividade nas empresas?

Fomos pioneiros em inúmeros eventos e cursos. Lançamos, em Belo Horizonte, os primeiros cursos de pós-graduação em Engenharia da Qualidade, em 1990, quando o Brasil estava iniciando o seu movimento em busca de padrões de qualidade, com a criação do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade, em 1992. Nesse momento, nosso curso já havia evoluído, se consolidando como Pós-Graduação em Gestão e Engenharia da Qualidade. Só depois de muito tempo outras escolas seguiram nossos passos.Outro exemplo de nosso dinamismo e alinhamento com o mercado foi a criação do curso de Gerência de Informática, em 1990, justamente para atender a uma demanda de mercado. A profissão de gerente de informática, consolidada atualmente, àquela época era ocupada pelo analista de sistema, alçado à condição de

gerente, mas que não tinha a formação adequada. Nós criamos essa qualificação, assim que o mercado fez a demanda.

O meio ambiente foi outra área a merecer uma atenção especial do IETEC nestes 25 anos. Em 1992, o Brasil recebia a Eco 92 – a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento que ocorreu em junho, na cidade do Rio de Janeiro –, mas um ano antes o IETEC já possuía um curso de pós-graduação em Engenharia Ambiental, o primeiro de Minas na área. E este abriu o caminho para a realização de outros cursos na área como administração ambiental municipal. As pessoas não moram na União nem no estado, mas nos municípios. E os secretários de meio ambiente das cidades eram pouco qualificados do ponto de vista da criação e adoção de políticas públicas na área ambiental. Isso tornou o IETEC uma referência até os dias de hoje para a formação dos profissionais desta área.

A inovação, hoje uma palavra na moda, faz parte da origem do Instituto. Qual a relevância de tal tema para o dia a dia das empresas?

A inovação é outra parte da nossa origem, ao lado da engenharia, meio ambiente e tecnologia. Um de nossos grandes diferenciais é a agilidade e a rapidez para lançar produtos com base naquilo que o mercado demanda. E muitas vezes nós lançamos produtos para mostrar ao mercado que existem metodologias e tecnologias que irão gerar ganhos de produtividade no negócio, mas que o executivo desconhece. Isso aconteceu, por exemplo, com o curso de Gestão de Projetos. Fomos a primeira instituição do país a lançar uma pós-graduação na área, em 1998. Hoje estamos na 123ª turma e já formamos mais de 3 mil profissionais.

Qual é o segredo para conseguir realizar mais de uma centena de cursos de pós-graduação em Gestão de Projetos e lançar ementas diferenciadas, como a pós-graduação em Gestão da Inovação nas empresas?

Primeiro, conceber um bom programa. Uma escola tem três coisas importantes: antes de mais nada, é necessário uma metodologia consolidada, um bom plano de vôo. Além disso, uma infraestrutura adequada, não necessariamente algo luxuoso, mas que preze o conforto e possibilite boas condições para a prática do ensino e, por fim, possuir um corpo docente formado por professores qualificados e apaixonados pela arte de ensinar e compartilhar. O que coroa esse tripé é o aluno, interessado e focado em obter a capacitação necessária para seus anseios. Pregamos, sempre, que o aluno tem de evoluir, tem de entrar em nossa Instituição de uma maneira e sair um profissional melhor preparado.

A ECOLATINA marcou época, trazendo para a ordem do dia o tema da sustentabilidade, hoje corriqueiro. Mas 10 anos atrás, como o empresariado via essa questão?

A Ecolatina – Conferência Latino-americana sobre sustentabilidade surgiu de um sonho. Do sonho de reunir, num mesmo ambiente,

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10 Revista IETEC | Ano 9 | Agosto/Setembro de 2012

especialistas, sociedade civil organizada, governos (centrais e locais) e as empresas, para discutir as questões e propostas para o desenvolvimento sustentável. Na época, como aconteceu na Rio 92, somente os governos participavam das discussões e decisões. A primeira edição da Ecolatina ocorreu em 1998. Somente na Ri0+10, realizada em 2002 em Joanesburgo, as empresas e as ONGs começaram a participar dos debates, intensificados durante a Rio+20.

O IETEC já era uma referência – desde 1991 o Instituto oferece cursos de pós-graduação e seminários sobre engenharia e gestão ambiental – na área. Propomos então, a realização de um único evento, reunindo estes diversos seminários e especialistas. Tínhamos também outro objetivo: envolver a cidade na discussão. Propomos, e conseguimos, que a população tomasse partido e percebesse a relevância daquelas discussões para o seu dia a dia. Fizemos várias intervenções na cidade unindo a questão cultural ao meio ambiente.

O modelo de discussão proposto também foi um marco. Diferentemente da Rio 92, que se restringiu às discussões na esfera de governo para governo, a Ecolatina foi baseada em discussões entre cidadãos, organizações do Terceiro Setor e governo. Mas inserimos um novo elemento nesse debate: as empresas. Afinal, é a partir delas, e somente através delas, que é possível transformar as políticas públicas em realidade, em desenvolvimento sustentável. Não existe discussão produtiva sobre sustentabilidade sem as empresas.

O reconhecimento dessa nova proposta veio nas palavras elogiosas do diretor-geral do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) à época, Ricardo Sanchez, que disseminou esse formato nos eventos do Programa mundo afora.

O modelo da ONU, por ser um modelo de consenso, é um dificultador para a tomada de decisões referentes às ações em defesa do desenvolvimento sustentável. Isso inviabiliza qualquer decisão de fato na esfera da ONU em relação ao aquecimento global, por exemplo, ou mesmo sobre o uso consciente da água. Para esse tipo de debate, é necessária a criação de um organismo mais efetivo e autônomo. Criação ou valorização dos já existentes, como é o caso do PNUMA, tornando-o uma agência de peso, com recursos financeiros e autonomia administrativa.

Outro destaque da Ecolatina foi a sua ênfase na criação/adaptação de leis já existentes na esfera do meio ambiente. Um caso emblemático foi a Agência Nacional de Águas, onde daqui se tirou uma participação mais efetiva da representação na agência. O organismo era um instrumento com representantes exclusivos do governo federal. Somente com discussões assim é que o evento se tornou este sucesso, com a participação, efetiva, de 31 países, e mais de 50 mil participantes.

E o mais importante. Envolvemos a cidade de Belo Horizonte, através dos meios de comunicação, de atividades de rua, para que as pessoas compreendessem que aquelas discussões sobre sustentabilidade nas salas, nas mesas redondas, diziam respeito diretamente à vida de cada morador deste planeta.

Levar informação para sensibilizar as pessoas. Depois, dar a elas educação e treinamento para que se conscientizem e mudem sua realidade. Só as pessoas conscientes terão atitudes similares sobre seu papel no mundo.

Quais os projetos para os próximos anos?

Hoje o país é outro, muito diferente daquele quando da criação do IETEC, em 1987. Estávamos num momento de ruptura, saindo de uma ditadura.

Hoje vivemos em um país com economia estabilizada, mais de sete milhões de pessoas se qualificando em nossas universidades. Isso é muito importante para que o Brasil se torne, de fato, um país desenvolvido e mais justo.

Vivemos outro momento de desenvolvimento do país. E é desse movimento que o IETEC faz parte. Nós não queremos acompanhar a história, mas sim ser protagonistas dela. Neste momento, o IETEC está trabalhando para o lançamento de novos produtos. A economia moderna é baseada no conhecimento e a inovação é um item muito importante dentro desse novo contexto.

Um outro objetivo é a criação de uma faculdade, para que possamos, também na graduação, oferecer o know how de nossos professores e a visão de negócio, valores importantes e reconhecidos pelos nossos alunos de pós-graduação, MBA e cursos corporativos.

Assim como fomos pioneiros com a Ecolatina, já estamos analisando a realização de outros eventos na área de sustentabilidade, principalmente de forma virtual, que consumirá menos energia e permitirá a participação de um número bem maior de pessoas.

O IETEC quer ser protagonista do desenvolvimento sustentável. Mas o desenvolvimento sustentável não é um fim em si, mas um meio para se chegar a uma sociedade mais solidária.

Formado em engenharia eletrônica e de telecomunicações (PUC Minas) e técnico industrial (Cefet-MG). Atual vice-presidente da Comissão Técnica de Informática e Telecomunicações da Sociedade Mineira de Engenheiros (SME); ex-membro da Comissão de Informática e do Conselho de Recursos Humanos da Associação Comercial de Minas; ex-membro da Comissão de Empresários de Informática e do Conselho de Educação da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais. Ex-diretor da Sucesu-MG e ex-diretor da Assespro-MG.

Co-fundador da ONG ambiental Ponto Terra; foi membro do Conselho da Associação de Defesa do Ambiente (Amda); sócio-fundador da Fumsoft (Sociedade Mineira de Software).

Idealizador e coordenador da Ecolatina (Conferência Latino- Americana sobre Sustentabilidade) e atual vice-presidente da SME.

Quem é Ronaldo Gusmão

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11Revista IETEC | Ano 9 | Agosto/Setembro de 2012

Programação de cursos:Profissionais reconhecidos pelo mercado à frente de cursos dinâmicos

Agosto a Outubro de 2012

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12 Revista IETEC | Ano 9 | Agosto/Setembro de 2012

Conheça as diversas oportunidades de curso oferecidas pelo IETEC. Muito mais qualificação para sua equipe e muito mais retorno para sua empresa.

Confira a programação dos cursos no site www.ietec.com.br. Para mais informações: (31)3116-1000/ (31)3223-6251 - [email protected]

Curso Início Término HorárioAuditoria em Projetos 6/Ago 8/Ago DiurnoLiderança em Equipes de Projetos 7/Ago 8/Ago DiurnoImplantação e Gerenciamento de PMO ( Project Management Office) 13/Ago 14/ Ago DiurnoGerenciamento Integrado de Projetos na Construção Civil 9/Ago 10/Ago DiurnoPrince 2 20/Ago 23/Ago DiurnoGerenciamento de Projetos 28/Ago 29/Ago DiurnoGerenciamento de Projetos com a utilização do MS Project 2010 10/Set 19/Set NoturnoGerenciamento de Projetos de Capital 12/Set 13/Set DiurnoViabilidade Econômico-Financeira de Projetos 13/Set 14/Set DiurnoPreparatório para Exame PMP 26/Set 6/Dez NoturnoMapeamento e Redesenho de Processos Aplicados a Projetos 17/Set 19/Set DiurnoImplantação e Gerenciamento de Projetos 17/Set 21/Set DiurnoInteligência Emocional em Projetos 8/Out 9/Out DiurnoGerenciamento de Riscos em Projetos 16/Out 16/Out DiurnoGerenciamento de partes Interessadas 23/Out 24/Out Diurno

Gestão de Projetos

Gestão e Tecnologia da InformaçãoGestão de Negócios Orientada por Processos BPMN 20/Ago 23/Ago NoturnoGerenciamento de Projetos de Software com Ênfase em Planejamento 20/Ago 29/Ago NoturnoLiderança em Equipes de Tecnologia 21/Ago 22/Ago DiurnoCentro de Serviços compartilhados: CSC 27/Ago 30/Ago NoturnoCritérios de Avaliação e Seleção de ERP 11/Set 12/Set DiurnoGestão de Serviços de TI -ITIL V3 24/Set 23/Set DiurnoMétricas e Produtividade Relacionado ao Desempenho em TI 24/Set 27/Set NoturnoDesenvolvimento de Sistemas de Informação Orientados por Processos 8/Out 9/Out DiurnoGovernança de TI na Prática - uma abordagem com base na ITIL, COBIT E ISO/IEC 20.000 8/Out 10/Out Diurno

Qualidade de Software com ênfase em CMMI 25/Out 26/Out DiurnoGerenciamento de Projetos de TI 29/Out 30/Out Diurno

Responsabilidade Social

Gestão de Projetos Sociais 16/Ago 17/Ago DiurnoResponsabilidade Social Corporativa 23/Ago 24/Ago DiurnoGestão do Voluntariado Corporativo 15/Out 16/Out DiurnoISO 26.000 23/Out 24/Out Diurno

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13Revista IETEC | Ano 9 | Agosto/Setembro de 2012

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Gestão e Tecnologia Industrial

Meio Ambiente

Gestão de Recursos Hídricos 9/Ago 10/Ago DiurnoAdministração de Resíduos Sólidos Industriais 13/Ago 14/Ago DiurnoLegislação Ambiental 22/Ago 24/Ago DiurnoImplantação e Gerenciamento de Aterros Sanitários 3/Set 4/Set DiurnoBioengenharia de Solos: Técnicas Avançadas para Recuperação Ambiental 3/Set 5/Set DiurnoDrenagem Superficial e Profunda, Obras de Arte Correntes, Especiais e Taludes 10/Set 13/Set Noturno

Licenciamento Ambiental 11/Set 13/Set DiurnoTratamento de Esgotos e Efluentes Industriais 13/Set 14/Set DiurnoAdaptações e Gestão Empresarial para Mudanças Climáticas 18/Set 19/Set DiurnoInventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa e a Nova ISO 14064 18/Set 19/Set DiurnoGestão Integrada - Qualidade, Meio Ambiente, Saúde e Segurança do Trabalho 22/Out 24/Out Diurno

Gerenciamento de Limpeza Urbana 23/Out 24/Out DiurnoControle, Manuseio e Transporte de Produtos Perigosos 25/Out 26/Out DiurnoMonitoramento Ambiental 29/Out 30/Out Diurno

Curso Início Término HorárioEstratégias e Táticas para Redução de Custos Industriais 7/Ago 10/Ago DiurnoGerenciamento de Almoxarifados 8/Ago 9/Ago DiurnoEngenharia e Análise do Valor 13/Ago 16/Ago NoturnoLiderança em Equipes de Produção 16/Ago 17/Ago DiurnoGerenciamento da Capacidade Produtiva 3/Set 5/Set DiurnoDesenvolvimento e Avaliação de Fornecedores 12/Set 14/Set NoturnoGerenciamento da Logística 13/Set 14/Set DiurnoAnalises Tributarias 17/Set 18/Set DiurnoProjeto e Organização do Trabalho – Layout/Ergonomia e Cronoanálise 17/Set 19/Set DiurnoElaboração de Propostas Técnicas Comerciais 19/Set 21/Set NoturnoAnálise Financeira em Compras 27/Set 28/Set DiurnoImportação - Compras Internacionais 2/Out 5/Out NoturnoPlanejamento e Gestão de Empreendimentos Industriais 3/Out 5/Out DiurnoIndicadores de Performance Logística (KPI´S) 9/Out 10/Set DiurnoCustos como Instrumento de Gestão 15/Out 16/Out DiurnoPlanejamento e Controle de Estoque 18/Out 19/Out DiurnoFormação do Preço de Vendas e Análise Tributária 30/Out 31/Out Diurno

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14 Revista IETEC | Ano 9 | Agosto/Setembro de 2012

Curso Início Término HorárioDesmonte de Rochas com Explosivos 9/Ago 10/Ago DiurnoBombeamento de Polpas 20/Ago 22/Ago DiurnoCarregamento e Transporte em Minas a Céu Aberto 21/Ago 22/Ago DiurnoAmostragem e Controle de Qualidade em Mineração 28/Ago 30/Ago DiurnoPlanejamento da Produção Mineral 3/Set 5/Set DiurnoAvaliação Econômica de Projetos de Mineração 10/Set 12/Set DiurnoGeoestatística Aplicada 26/Set 28/Set DiurnoFragmentação de Minérios: Britagem, Moagem e Classificação 26/Set 28/Set DiurnoGerenciamento de Projetos de Mina Subterrânea 2/Out 3/Out DiurnoEstrutura de Custos em Mineração 15/Out 16/Out Diurno

Rua Tomé de Souza, 1065 | Savassi | CEP 30.140-131 | Belo Horizonte / MG

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Curso Início TérminoGestão de Pessoas em Equipes de Projetos 7/Ago 11/SetGestão de Projetos de Tecnologia da Informação 14/Ago 18/SetGestão da Inovação no Ambiente Empresarial 21/Ago 25/SetLiderança e Gestão de Pessoas 28/Ago 3/OutMetodologia Fel como Ferramenta para Análise de Viabilidade de Projetos 4/Set 9/OutPlanejamento e Controle de Manutenção 11/Set 11/OutGerenciando Projetos com MS Project 2010 18/Set 23/OutPreparatório para o Exame PMP 9/Out 11/DezAdministração de Contratos 16/Out 20/NovPreparatório para o Exame CAPM 23/Out 27/NovGerenciamento de Projetos 25/Out 29/11

Cursos corporativos IETEC: o mercado reconhece.Grandes empresas já aprovaram os Cursos Corporativos IETEC para capacitar seus colaboradores. Com aulas voltadas para a realidade do seu negócio, os Cursos Corporativos podem ser customizados de acordo com a necessidade da sua empresa.

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Cursos a Distância

ManutençãoPCM - Planejamento, Programação e Controle da Manutenção 7/Ago 9/Ago DiurnoManutenção Centrada em Confiabilidade 9/Ago 10/Ago DiurnoGerenciamento da Manutenção 6/Ago 9/Ago NoturnoEliminação de Acidentes e Perdas da Manutenção 3/Set 4/Set DiurnoManutenção Preditiva e Inspeção Sensitiva 10/Set 13/Set NoturnoAplicação do TPM nas Atividades Relativas aos Pilares WCM 17/Set 18/Set DiurnoGerenciamento Total de Equipamentos para a Produtividade- TPM 26/Set 27/Set DiurnoEliminação de Erros e Defeitos na Manutenção 25/Out 26/Out DiurnoAuditoria em Manutenção 30/Out 31/Out Diurno

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15Revista IETEC | Ano 9 | Agosto/Setembro de 2012

Opin

ião

A economia mundial vivencia um período de crescimento desde 1994, pontuado por crises curtas, mas profundas e importantes, como as de 1998, 2001 e principalmente a de 2008-09. Neste momento, estamos à beira de uma nova movimentação nos mercados com sinais de que mais uma vez somos chamados a refletir sobre a importância de questões como um bom sistema de educação, a necessidade de governos comprometidos com o bem público e uma indústria carente de processos e melhores produtos.

O percentual de indústrias brasileiras inovadoras cresceu 21%, saindo de 31,5% (2000) para 38,1% (2008) segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse percentual é o maior já diagnosticado pelo levantamento, que começou a ser medido em 2000. No entanto, devemos perceber que há uma acomodação entre as empresas pesquisadas, pois aquelas que implementaram um produto e/ou processo novo ou substancialmente aprimorado refletem a dificuldade de rompermos a barreira dos 40% desde então.

Um dado que corrobora essa tese, e dá maior credibilidade ao sistema de inovação é o aumento do número de pedidos de patente. Em 2011, as solicitações brasileiras chegaram a 442 pedidos, de acordo com dados da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI). O número ainda é insignificante diante dos mais de 44 mil pedidos dos Estados Unidos, mas o crescimento verificado desde 2007, 33% no período, é um indício de que estamos buscando desenvolver um novo modelo industrial mais voltado para a geração de valor.

O governo federal tem buscado fazer a sua parte. A criação de planos de atuação multisetoriais como o Plano Brasil Maior demonstram a preocupação e o planejamento feito visando o incentivo à inovação e ao desenvolvimento tecnológico do país. A estratégia é desonerar os investimentos e as exportações; ampliando e simplificando a concessão de financiamentos; aumentar o volume de recursos para inovação; aperfeiçoar o marco regulatório da inovação; além de estimular o crescimento de pequenos e micronegócios e fortalecer a criação de regimes especiais para agregação de valor e de tecnologia nas cadeias produtivas. A expectativa é que o percentual de inovação na indústria nacional obtenha um ganho exponencial nos próximos anos. De acordo com os números do Ministério da Ciência e Tecnologia, apenas 3% das empresas industriais produziram algum novo produto no ano passado e se espera que este índice suba para 30% até 2022.

Outro indício de alteração de comportamento do empresariado é a mudança na forma de gestão das empresas. Há urgência em adoção de melhores práticas que tornem as organizações mais ágeis e eficazes, e neste sentido percebemos que a utilização de modelos e ferramentas ligadas a gestão de projetos será cada vez mais intensa para acelerar o processo empreendedor e inovador nas organizações.

Outro estímulo à evolução do modus pensandi do empresariado está relacionado ao perfil de contratação que, nos próximos anos, será preponderante para entender seus funcionários: a maioria deles legítimos representantes da Geração Y. Geração esta que já se tornou famosa pela sua clara necessidade de compreensão das estratégias empresariais em detrimento da obediência. Jovens que valorizam a comunicação clara sobre a visão e a missão da empresa para alinhar o trabalho de cada um no conjunto, aumentando, assim, a motivação para o trabalho. Somente os superiores que atuam como “coaches” ganham o respeito e a admiração destas pessoas e acabam elevando o potencial criativo de suas empresas.

Além do ponto de vista comportamental, a Geração Y possui uma característica que a define. Trata-se de uma geração que tem mais conhecimento do que as anteriores de uma área essencial para as empresas na atualidade: a tecnologia. Tendo passado a infância rodeados por aparelhos eletrônicos, as pessoas dessa geração são multitarefas, vivem de maneira dinâmica e precisam ser envolvidas nos projetos da empresa para desenvolverem o sentimento de pertencimento a estrutura onde estão trabalhando. Captando os acontecimentos em tempo real e se conectando com uma variedade de pessoas, podem construir uma visão sistêmica do mundo e contribuir para os processos de inovação que tanto precisamos.

Não por acaso, a educação a distância (EAD) no Brasil apresentou um crescimento exponencial na última década. A modalidade já responde por 14,6% das matrículas de graduação no ensino superior do país, segundo dados do Censo da Educação Superior de 2010, do Ministério da Educação (MEC).

Funcionários mais conscientes de seu papel no mundo, empresas mais preocupadas com inovação e focadas no desenvolvimento sustentável e com a preservação do planeta. Este é o cenário atual. Quem não pegar o bonde, vai ficar pelo caminho. Afinal, como disse uma vez o educador Paulo Freire: “Não há ninguém que tudo saiba, nem ninguém que nada saiba. Tudo se resume a uma troca de saberes.”

O futuro passa pela inovação

Paulo Emílio VazDiretor de Marketing do IETEC.

“Não há ninguém que tudo saiba, nem ninguém que nada saiba. Tudo se resume a uma troca de saberes.” Paulo Freire

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constituída, basicamente, de energia limpa. Mais de 80% do que produzimos é através de nossas hidrelétricas. Em contrapartida, o restante do mundo tem nessa opção energética apenas 16%. Mas nossa capacidade estava sendo posta a prova, já que nossos rios das regiões centro-sul já não possuem vazão para justificar os valores investidos. E os rios da Amazônia possuem e muito, condições de nos atender por longos anos. Os defensores das causas ambientais – todos nós, na verdade – temiam pelo impacto causado na Natureza. Com Belo Monte, confirmamos nossa condição de inovadores na gestão e conscientes da necessidade de cuidar do meio ambiente”, afirmou o executivo.

Na sequência, a diretora de Recursos Humanos da Mendes Júnior, Lívia Sousa Sant’Ana, abriu o painel ‘Gestão de projetos com recursos escassos’, e enfocou, em sua fala, a necessidade latente de profissionais que as empresas, dos mais diversos portes e segmentos, vive atualmente. De acordo com ela, quando há escassez de quantidade e qualidade de profissionais, é vital o incremento na qualidade da gestão. É preciso saber fazer mais com menos. Para ela, as organizações têm investido mais energia e recursos financeiros em estratégias, resultados econômico-financeiros e cronogramas do que na gestão dos comportamentos, ou dos fatores humanos. “Fatores humanos são frequentemente ignorados na gestão das organizações e projetos. No entanto, são justamente esses fatores, não as estratégias, processos e estruturas que constroem ou destroem o desempenho de um projeto ou organização”, salientou.

Já o gerente de Operações da Techbiz Informática, Rafael Velasquez, tratou também da escassez, mas de recursos financeiros para o andamento dos empreendimentos. Os investimentos estão e vão continuar acontecendo, na sua avaliação. O desafio para a organização, de acordo com ele, é estar preparado para enfrentar os seguintes complicadores: forte concorrência: achatamento dos preços (redução das margens); o processo de venda, infelizmente, não leva em consideração elementos importantes na composição

“O evento de Gestão de Projetos com maior longevidade do Brasil.” Assim o presidente do PMI-MG, Ivo Michalick, parabenizou o IETEC pela organização do 15º Seminário Nacional de Gestão de Projetos, que ocorreu nos dias 18 e 19 de julho, em Belo Horizonte.

Outro que enalteceu o evento foi o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG), Jobson Andrade. De acordo com ele, o setor é um propulsor do conhecimento. “O profissional de gestão de projetos realiza a integração entre os diversos processos da empresa. Seu destaque reside na sua relevância para o sucesso do empreendimento”, enfatizou. Com a participação de mais de 200 profissionais – dos estados da Bahia, Distrito Federal, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo – o Seminário contou com palestras de profissionais de destaque não apenas da Gestão de Projetos, mas de setores-chave da economia, como o diretor de Relações Institucionais da Norte Energia – consórcio de empresas encarregadas da construção da maior usina hidrelétrica do Brasil, Belo Monte –, João dos Reis Pimentel e Luiz Eduardo Lopes Gonçalves, diretor de Orçamentos e Investimentos de capital da Vale.

De acordo com Ronaldo Gusmão, presidente do IETEC, trata-se de uma oportunidade para que os gerentes de projetos possam se atualizar, ampliando sua rede de relacionamentos. “e, principalmente, demonstrar às empresas o impacto que uma boa gestão de projetos provoca nos resultados das companhias”, analisa.

Nos dois dias do evento, que este ano teve como tônica ‘Novos investimentos, muitos projetos’ os profissionais convidados enfatizaram a necessidade de maior quantidade de profissionais com melhor e maior capacitação. Pimentel abriu os trabalhos explicando detalhadamente os avanços tecnológicos que estão sendo implementados na construção de Belo Monte. Para ele, trata-se de uma chance de ouro para que o país demonstre, mais uma vez, seu know how de se reinventar. “Nossa matriz energética é

Necessidade de maior investimento na formação gerencial diante da expansão dos empreendimentos no Brasil

15º Seminário Nacional de Gestão de Projetos

Cená

rio

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de custos; aumento do custo de mão de obra; escassez de mão de obra especializada; burocracia e demora no recebimento ($); falta de análise na relação: Custo de Execução x Recebimentos.

O especialista pontua que para sobreviver ou mesmo tornar os contratos mais rentáveis, alguns pontos devem ser levados em consideração: forte atuação na priorização do portfólio de projetos; redução da rotatividade (turnover); ambiente de trabalho adequado e motivador; metas claras e atingíveis; lições Aprendidas e Comunicação efetiva; profissional correto para cada posição do projeto.

“Além destas questões, existem dois pontos cruciais para sobreviver com projetos de recursos financeiros escassos, que é a necessidade de análise dos marcos e a divisão do projeto em etapas menores, mas passíveis de mensuração e faturamento”, sugere Velasquez, que prega que a definição dos indicadores de desempenho é de fundamental importância para a obtenção de resultado, além da necessidade de manutenção da equipe, “crucial para redução dos índices de retrabalho e, consequentemente, obtenção das margens esperadas”, diz.

Encerrando o painel de abertura, falou o coordenador de projetos da Outotec, Ítalo Coutinho. Para ele, que acumula o cargo de coordenador de cursos de pós-graduação no IETEC, “somente seremos uma grande nação quando tivermos tecnologia própria e aperfeiçoada com vistas a sustentabilidade dos nossos negócios”, afirmou. Para comprovar sua tese, Coutinho apresentou dados do CII (Construction Industry Institute), segundo o qual empreendimentos que fazem uso de sistemas de planejamento de construção alcançam produtividade 50% maior em atividades como instalação de tubulações, em relação aos que não utilizam sistemas semelhantes. Outro ponto sensível na equação produção-consumo são os clientes, que “estão sempre solicitando menor prazo para as entregas, menor custo final, maior qualidade etc. Essa demanda crescente envolve a adoção de novas tecnologias, vitais à sobrevivência do negócio”, afirmou.

Comunicação em projetos

Outro tema tratado ao longo do 15º Seminário Nacional de Gestão de Projetos foi a necessidade de gerir, com eficácia, a comunicação em projetos. Para o coordenador de comunicação da Samarco, Leonardo Mansur, a comunicação deve ser entendida como a voz da organização e a imagem projetada desta diante dos diversos grupos de relacionamentos. “Trata-se de um processo que a organização utiliza para comunicar suas mensagens a seus grupos de relacionamentos por meio dos mais variados meios, como jornais, circulares, emails etc. É necessário ter uma atitude positiva em relação à comunicação, ou

seja, um conjunto de hábitos, condutas e práticas internalizadas pelos empregados e diretores da companhia”, analisa. Um exemplo trazido pelo profissional foi a forma como se comunicou a quarta pelotização da Samarco, que tinha o objetivo de aumentar a capacidade de produção de pelotas da companhia em 37%. “Construímos diversos canais de comunicação, de acordo com a mensagem e público que pretendíamos alcançar. O resultado foi excelente. Creio que para um projeto, a questão seja ainda mais complexa, já que a diversidades dos grupos envolvidos leva a que ruídos de comunicação sejam mais maléficos conforme o teor do que é, ou deixa de ser, repassado”, diz.

Annemarie Richter, diretora da Integratio, concorda com Mansur e vai além. Para ela, “é preciso um alinhamento de expectativas de todos os envolvidos, além do exato entendimento das pressões e “produtos” esperados por cada um destes stakeholders. Aceitando e compreendendo as motivações de cada um”, pontua.

Encerrando o painel, falou o diretor da ETalent, Jorge Matos. De acordo com estudos empreendidos por ele em sua companhia, é necessário uma compreensão dos diversos estilos comportamentais como forma de ampliar as chances de realizar uma comunicação de qualidade. “As barreiras à comunicação passam pela sobrecarga de atividades, pela diversidade cultural entre as pessoas, pela sua capacidade e origem, ou seja, os diversos pontos que constituem o que chamamos de

comportamento”, analisa.

Como acelerar o andamento dos projetos

Para tratar das melhores técnicas para aceleração de projetos, foi convidado o PMO Manager da Stefanini Assessoria e Consultórios, Leandro Faria, que tratou das inovações que representam a

Metodologia Agile para as melhores práticas de gestão de projetos. “São

três as principais premisas da Agilidade em Projetos: a entrega antecipada de arquitetura de codificação; compilação diária de código e retorno rápido quanto as alterações; e equipes profundamente capacitadas. Sob este tripé se construiu o que entendemos hoje por Metodologia Agile”, explica. O processo se consolidou com a criação da nova credencial PMI-Agile Certified Practitioner (PMI-ACP), que atesta a capacidade do profissional em compreender os princípios e conceitos do Gerenciamento Ágil de Projetos e suas habilidades em aplicar as técnicas e ferramentas Agile. Atualmente há apenas 758 PMI-ACPs em todo o mundo.

Outro que discutiu as melhores formas de se acelerar os projetos foi o diretor da Avanti Negócios e Tecnologia, César de Ávila Rodrigues. Para ele, é necessário, “antes de mais nada, acelerar o planejamento, como forma de padronizar o que será feito, reaproveitar as atividades, comunicação, responsabilidades, acompanhamento etc., padronizar os templates, dar foco e objetividade às especificidades do projeto e, por fim, dar maior rapidez e acurácia às estimativas”, opina o profissional, que também ministra cursos no IETEC. Fechando o primeiro dia do

Jobson Andrade (CREA-Minas), Ronaldo Gusmão (IETEC), Ivo Michalick (PMI-MG) e João dos Reis Pimentel (Norte Energia) na abertura do 15 º Seminário Nacional de Gestão de Projetos.

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Seminário, a sócia fundadora da Documentar, Rosália Paraíso, frisou a relevância da Gestão do Conhecimento como ferramenta de aceleração de projetos. Segundo ela, a administração cria, mantém e oferece suporte à Gestão do Conhecimento. “Agindo assim, é possível maximizar o valor do capital intelectual, principalmente através do desenvolvimento de planos de carreira e mapeamento de competências, por exemplo. “Como resultado desse processo, espera-se uma proteção do conhecimento organizacional, uma maior integração da equipe, redução do retrabalho, fomento à criação e disseminação do conhecimento, automação do processo de registro e recuperação de informações, promoção e fomento ao debate e à análise de novas práticas, incentivo ao processo de inovação, além de uma maior agilidade e precisão na tomada de decisão”, explica.

Redução de custos em projetos

Diante de um cenário de incertezas internacionais, é cada vez mais necessário uma melhor gestão dos custos de uma organização. O consultor e professor do IETEC, Breno Campos, apresentou uma análise de sensibilidade da viabilidade dos projetos. Para ele, há três motivos principais que motivam investimentos: “aquisição de ativos, a substituição de ativos e modernização, além de outras finalidades, como propaganda, pesquisa e desenvolvimento; serviços de consultoria e aquisição de softwares. Estes três itens constituem o cerne da questão quando se pensa em reduzir os custos e gerar maior lucratividade ao negócio”, analisou.O diretor geral da Logos Engenharia, Ronaldo Pellicer também defende o gerenciamento de riscos. Para ele, um dos principais pontos é a administração correta dos contratos, principalmente no que se refere a grandes projetos. “Caso não se invista adequadamente em infraestrutura, o limite de velocidade de crescimento será reduzido. Além disso, espera-se que a sociedade invista para melhorar a produtividade”, afirmou o executivo, que complementou que “em momentos de inflexão as pressões de custos tendem a aumentar, através da redução de receitas e maior dispêndio com demissões e reestruturações. O desbalanceamento entre setores pode ser reduzido mediante imposição da sociedade e, por fim, os ânimos ficam exaltados e os administradores devem ter equilíbrio para lidar com extremos”, diz Pellicer.

Um exemplo de mecanismo para a contenção de custos é a adoção de técnicas de estimativas. Quem abordou o tema foi o superintendente de Projetos da Worley Parsons Engenharia, Milton Nishimura. De acordo com ele, usualmente as estimativas são elaboradas incluindo-se o custo direto básico de todos os quantitativos, aprovisonamentos para fatores de crescimento (Estimativa básica) e não incluem o valor correspondente à contingência. “Tal processo é um aprovisionamento de valor específico, previsto para cobrir o custo da ocorrência de fatos ou elementos imprevisíveis durante o ciclo de vida do projeto. A definição e a alocação do aprovisionamento é uma decisão corporativa,

e depende das imprecisões do estágio do projeto, análise de risco e do perfil do projeto”, pontua.

Auditoria em projetos

“Não para se controlar os agentes do processo, mas como forma de corrigir eventuais – e sempre previsíveis – desvio de rota”. A afirmação é do diretor da Kern, Pedro Paulo de Oliveira Melo. Para ele, a inexistência de um plano integrado adequado de projeto é um dos principais problemas a se evitar. “Mesmo itens básicos de planejamento como escopo e cronograma ficam descentralizados quando isto ocorre. Além disso, é um erro comumente praticado que o conhecimento do software de gerenciamento fique restrito a poucos membros da equipe do projeto. Por fim, coloco como falha a integração inviabilizada pela inexistência de uma metodologia única de trabalho para o projeto”, analisa o especialista, que ministra aulas sobre o tema no IETEC.

De acordo com o presidente da Mano Consulting, Marcus Nogueira, é necessário auditar para agregar valor como ferramenta de Gestão. “Auditar além de agregar valor, pode também inibir ações de desvios.

Penso que é necessário auditar em três momentos: preventivo (durante toda implantação do projeto), detectivo (em um momento a se definir do empreendimento) e, claro, quando da sua conclusão”, explica Nogueira.Encerrando o tema, a diretora da MCA Auditoria e Gerenciamento, Maria Inês Martins, colocou que é

necessário que se tenha uma visão prática da auditoria em projetos. “As

mudanças verificadas no paradigma das auditorias trouxeram um ganho substancial para

o sucesso dos empreendimentos de construções, uma vez que as auditorias de gestão tem o caráter de promover a melhoria contínua nos projetos, implementando as correções dos pontos frágeis detectados, possibilitando que os mesmos erros não sejam praticados em outras fases do projeto ou até mesmo em outros projetos como lições aprendidas”, conta a profissional.

Governança em Projetos

Um dos especialistas convidados para tratar do tema ‘Governança em Projetos’ foi o diretor-presidente da ATTPS Informática, Élcio Mansur. De acordo com ele, a questão passa pela adoção efetiva de um escritório de projetos (PMO). “Mas tal iniciativa só tem efeito se três premissas forem adotadas: clareza na definição do escopo de influência do PMO; Garantia do comprometimento de um patrocinador no nível de influência; Definiçãor do tipo do Escritório de Projetos melhor indicado para a empresa em questão, que pode ser estratégico ou tático”, esclarece, complementando: “O Escritório de Projetos tem contribuído para a implantação dos projetos dentro do escopo combinado, do custo orçado e do prazo contratado agregando valor para os clientes e para a organização como um todo”.

Ítalo Coutinho (Outotec), João Carlos Boyadjian (CPLAN) Lívia Souza Sant’Ana (Mendes Junior) e Rafael Velasquez (Techbiz) durante o painel ‘Gestão de Projetos com recursos escassos’.

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Viviane Pereira dos Santos, gerente do Programa de Qualidade Ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (SEMAD), explanou sobre o modelo de Gestão no Estado de Minas Gerais, que adota o Controle Integrado de Mudança, a partir do Projeto Estratégico da SEMAD.

O objetivo do governo é tornar Minas o melhor estado para se viver. Pensando nisso, estão sendo adotadas medidas que visam a promoção do bem-estar social, que passa, indissoluvelmente, pelo maior cuidado com os gastos públicos”, diz. Para isso, foram adotadas as melhores práticas preconizadas pelo PMBOK. Isso gerou a necessidade de uma gestão da mudança, ou seja, a definição do processo de solicitação de mudanças, a implementação das mudanças aprovadas, o registro das solicitações de mudanças reprovadas e, por fim, a atualização dos documentos do projeto e da linha de base do cronograma. Para isso, “foi necessário a criação de um planejamento detalhado, realista e factível; uma boa comunicação durante o ciclo de vida do projeto, o gerenciamento dos riscos do projeto, um monitoramento e controle do projeto e, por fim, um registro e acesso às lições aprendidas”, concluiu.

Flávio Doehler, diretor técnico da Amazônia Energia e Participações, apresentou o case da CEMIG/LIGHT, que, com o objetivo de se expandir, adotou a Governança Corporativa (GC) como base de seu processo. “Encaramos a GC como o sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre proprietários, Conselho de Administração, Diretoria e órgãos de controle. As boas práticas de governança corporativa convertem princípios em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor da organização, facilitando seu acesso a recursos e contribuindo para a sua longevidade”, analisou.

Resultados empresariais

Encerrando o Seminário, foi realizado o painel ‘Resultados Empresariais’. O superintendente administrativo da A.R.G., Antônio de Pádua, que apresentou o case da companhia com a adoção da gestão de projetos. “Por atuarmos num setor que gera grandes investimentos, o de construção pesada, entendemos a necessidade da adoção das melhores práticas. Os próximos passos são expandir a atuação do PMO para as demais áreas de conhecimento da gestão de projetos, além de consolidar o modelo para nossas sucursais no exterior, formar novos gestores de projetos e difundir à toda corporação as melhores práticas, resultados e benefícios da gestão de projetos”, pontuou.

João Carlos Boyadjian, diretor da CPLAN e coordenador técnico do MBA de Gestão de Projetos do IETEC, analisou o ambiente dos negócios como propulsor do desenvolvimento, dando o exemplo do atual cenário econômico na Armênia. “O país encontra-se em pleno estágio de crescimento, aberto a novos negócios e projetos. As empresa, profissionais e governos devem agir assim, como agentes do

crescimento”, analisou. Para o diretor de Orçamentos e Investimentos de Capital da Vale, Luiz Eduardo Lopes Gonçalves, é necessário transformar recursos naturais em prosperidade e desenvolvimento sustentável. “Os fundamentos da indústria permanecem positivos no longo prazo, pois o processo de urbanização deve continuar, aumentando exponencialmente o consumo de recursos naturais, energia e materiais de infraestrutura. Isso é benéfico para a companhia, mas também para o Brasil de uma forma geral. Novos investimentos são anunciados todos os dias pelo país, agregando valor e know how às nossas empresas e profissionais. É necessário aproveitar esse bom momento para nos destacarmos e deixarmos de ser um país em desenvolvimento e nos tornarmos, enfim, um país desenvolvido”, analisa.

Antônio de Pádua (A.R.G.), Ronaldo Gusmão, João Carlos Boaydjian e Luiz Eduardo Lopes Gonçalves (Vale), durante o encerramento.

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Aconteceu no IETEC

Cursos realizados dentro da empresa têm uma série de vantagens. Eles permitem a aplicação direta do conteúdo estudado nas atividades do dia a dia da empresa, contribuindo, assim, com o desenvolvimento da organização e das pessoas. Não por acaso, esta é a modalidade de estudo empresarial que mais cresce no país.

31 funcionários da VSB, entre gerentes, engenheiros e coordenadores, estão se capacitando em Gestão de Projetos com professores do Instituto. “Escolhemos o IETEC pela sua expertise de vários anos e diversas turmas, que lhe permitiram um reconhecimento de mercado que o coloca à frente de outras escolas de negócios. Pretendemos repassar aos nossos colaboradores tal know how”, afirma Caio César Nascimento, analista de Recursos Humanos da empresa. Nascimento completa que além dos conhecimentos que serão diretamente empregados nas atividades dos envolvidos, há um ganho complementar: “Todos passam a ter uma visão gerencial dos processos. Isso pode ser aplicado no cotidiano de todos eles, desde uma simples reunião de repasse até projetos estratégicos. Esse modo de ver do GP é essencial no dia a dia de todos os envolvidos na nossa atividade-fim”, analisa.

Um dos escolhidos foi o gerente da área de manutenção central, Luis Gustavo de Oliveira Amaral Mello. De acordo com ele, “os conteúdos tratados possuem conexão direta com nossas atividades, principalmente pelo fato de que a ementa foi moldada de acordo com as demandas que possuíamos. A expectativa de todos é que, ao final do curso, tenhamos as ferramentas para criar uma cultura mais estruturada na condução dos projetos, gerando ganhos não apenas de produtividade, mas de organização e planejamento”, podenra. Segundo Paulo Emílio Vaz, diretor de marketing do IETEC, as empresas que optam por essa modalidade de curso levam em consideração, três fatores: menor investimento, datas e horários mais adequados à empresa e ao colaborador e, principalmente, adaptação do conteúdo às necessidades da companhia.

As vantagens deste tipo de curso, de acordo com especialistas, também são estratégicas. Por levar em conta as demandas da empresa, os cursos possibilitam a aplicação direta do conteúdo apreendido no trabalho – o que o torna alinhado com os objetivos da empresa, representando um significativo aumento da massa crítica de um número maior de colaboradores, possibilitando a construção do conhecimento coletivo. O curso, portanto, está focado no desenvolvimento da organização e das pessoas de forma a transformar e alcançar resultados corporativos superiores.

Criatividade focada na realidade, inovação do IETEC

Inovar não é apenas inventar coisas novas, mas também criar novos valores tomando por base processos/produtos já existentes. Com base nessa premissa, o IETEC realizou, no último dia 26 de maio, a aula experimental da disciplina ‘Criatividade para Inovação’ – ementa da quarta turma de Gestão da Inovação em Empresas – no Instituto Inhotim, um dos maiores museus a céu aberto do mundo, localizado em Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte.

A visita é uma aula prática, onde os alunos são divididos em grupos com atividades distintas, mas com um objetivo em comum: criar um produto ou serviço viável para o Inhotim. “Os alunos têm que por em prática os conhecimentos adquiridos em aula, principalmente as ferramentas que vão instigar o pensamento criativo”, analisa a professora Teresinha de Araújo.Um dos alunos presentes à aula de Criatividade no Inhotim foi o engenheiro eletricista Vinícius Nicolas Torres Munhoz. Para ele, foi particularmente interessante pelo fato de que “não foi uma simples aula fora do lugar comum, mas uma forma de nos fazer pensar diferente sobre coisas que estão ao nosso redor. O ambiente do Inhotim propicia essa mudança de percepção, mas a condução do processo pelos professores faz com que possamos sair dali com a clara compreensão do objetivo da aula: ver nossas atividades sob outro ponto de vista”, afirma.

InhotimO Inhotim caracteriza-se por oferecer um grande conjunto de obras de arte, expostas a céu aberto ou em galerias temporárias e permanentes, situadas em um Jardim Botânico de rara beleza. “Levar os alunos a uma visita como essa permitir-lhes exercitar o olhar, estimulando sua imaginação por meio do uso de elementos fundamentais para a prática da Criatividade e Inovação”, afirma a professora Teresinha de Araújo.

VSB capacita colaboradores com pós de Gestão de Projetos in company

Alunos e professores do curso de Gestão da Inovação em Empresas durante visita ao Inhotim.

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21Revista IETEC | Ano 9 | Agosto/Setembro de 2012

Opin

ião

Os atuais desafios a serem superados pelas empresas e seus profissionais são amplamente alardeados, conhecidos por todos e podem ser agrupados e resumidos como sendo:• Aumentar a produtividade, reduzir os custos e as despesas e melhorar a rentabilidade;• Eliminar os desperdícios e melhorar continuamente produtos e processos;• Melhorar o atendimento ao Cliente (cada vez mais exigente...);• Fazer da inovação (radical ou incremental) uma prioridade e uma realidade.

Vencer estes desafios exige dos profissionais um nível mínimo de conhecimento e de habilidade para o trabalho, que devem ser colocados em prática para que as “coisas” aconteçam, assim além de ter conhecimento e de ter habilidade, estamos frente a um terceiro elemento, o “querer fazer”, ou seja, da necessidade de se ter atitude. É muito comum no dia a dia das empresas ouvirmos frases do tipo “fulano não veste a camisa”, “ele não se compromete”, “como é possível ninguém ter visto isto antes” etc., são frases que ilustram a falta de vontade de alguns profissionais em “querer fazer”, em esforçar-se um pouco mais para gerar melhores resultados, o que nos coloca frente a mais um desafio, como se já não bastassem os colocados inicialmente.

No fundo falo da capacidade de transformar trabalho em bons resultados, de colocar o conhecimento (primeiro pilar da competência) em prática (segundo pilar, o saber fazer) com a atitude (terceiro pilar, o querer fazer) concentrada para alcançar resultados acima da média, porém o que vemos nas empresas, e em seus profissionais, é uma enorme fraqueza em dois dos três pilares da chamada Competência Profissional, quais sejam: habilidade e atitude.

Na busca por melhorarem seus desempenho muitos profissionais buscam fazer cursos, vão em busca de conhecimento, achando que este será o verdadeiro “salvador da pátria”, mas se esquecem, ou não sabem, que o “saber” sem o “saber fazer” não é capaz de alavancar os resultados, pelo contrário, leva a erros e resultados indesejados. Na maior parte das vezes estes erros custam muito, custam dinheiro, tempo, clientes, saúde etc., e daí surge uma pergunta natural: como minimizar estes erros? Minha opinião é de que a resposta passa pelo tripé: Mentoring, Educação continuada e Melhoria contínua.

O Mentoring nada mais é do que um processo de orientação, aconselhamento e/ou de desenvolvimento de profissionais com potencial acima da média. Ele deve funcionar como um catalisador do aprimoramento de competências profissionais, sendo o Mentor uma espécie de “professor particular”, que com a força de vontade e o desejo de aprender do “aluno” pode ajudá-lo a tornar-se um profissional melhor e gerar resultados mais consistentes. O segundo elemento que considero importante no processo de minimização dos erros é a Educação Continuada, que vai além do simples treinamento para o trabalho, devendo ser algo capaz de levar à

José Ignácio Vilella JúniorDiretor de produtos do IETEC.

Saídas para a “crise” é de competência...

mudança de paradigmas. Mas somente permitimos mudanças se, ao confrontarmos o conhecimento exposto com a nossa vivência, virmos algum sentido em mudar. Fazer este confronto não é fácil, e cabe ao educador o desafio de encontrar o caminho para isto.

Acredito que para levar um profissional a questionar suas referências e paradigmas não há nada melhor do que criar situações simuladas, com o uso de Jogos de Empresa, por exemplo, onde ele tenha que agir próximo de como agiria no trabalho, colocando sua competência profissional à prova. Ainda que o ambiente ali vivido não seja exatamente o vivido na empresa ou no mercado, o que for apreendido naquela situação será de grande valia na realidade. Falo de um novo modelo de educação profissional – ainda raro na maior parte das instituições de ensino – um modelo construtivista, conduzido por “professores” que “sabem fazer”, que respeitam e aproveitam a experiência dos que ali estão para aprender, “professores” que vão além da teoria e que colocam o “aluno” como elemento central do processo de aprendizagem.

O terceiro elemento que considero importante no processo de minimização dos erros é a Melhoria Contínua, aquela feita em pequenos saltos. Em um processo de melhoria contínua da competência profissional os problemas apresentados a eles (profissionais) são menos complexos, e assim se “o profissional cair o tombo será menor”, lembrando que ao seu lado deve estar seu tutor, orientando-o e levando-o a aprender com seus erros e acertos. Dentro desta idéia de melhoria contínua também se encaixa a idéia da educação continuada, onde vamos aprendendo a fazer, questionando o “sempre foi assim”, mas entendendo o fato de já existir uma cultura na empresa e de que uma mudança não ocorre só porque alguém deu uma ordem. Bem, quando o assunto é competência profissional, costumo dizer que estamos em uma crise, em um “buraco” e que para sair deste “buraco” o primeiro passo é “parar de cavar”, é assumir que há um problema, que precisamos desenvolver a habilidade (a capacidade de fazer) e ter a atitude (querer) de fazer o que deve ser feito.

Aos profissionais que buscam aumentar sua competência resta ter a atitude de aprender sempre, de correr o risco de colocar seu conhecimento à prova. É fundamental que passem a ser agentes de seu aprendizado, avaliando os pontos de melhoria, mesmo frente a resultados positivos. É importante que eles entendam que mais importante que uma grande mudança ou melhoria feita de tempos em tempos, são as pequenas melhorias feitas de forma contínua. Também deveria estar nas prioridades destes profissionais a busca de um mentor que possa ajuda-los a tornarem-se profissionais melhores.

Às empresas que buscam aumentar a competência de seus profissionais fica o desafio de desenvolver gestores, principalmente gerentes intermediários e líderes que tenham credibilidade e que sejam capazes de serem mais que chefes, que sejam mentores e desenvolvedores de suas equipes, preparando-as e apoiando-as para enfrentarem seus desafios e alcançarem seus objetivos.

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O Brasil é um dos poucos países que estão conseguindo crescer, apesar da crise econômica que se abateu sobre a Europa. Mega empreendimentos são anunciados todos os dias, nos mais diversos setores, como mineração, siderurgia, agropecuária, energia e automobilístico. Os importantes eventos esportivos que estão por vir, considerados como grandes fontes de lucro para os investidores, fizeram do Brasil a ‘bola da vez’ para quem deseja aplicar capitais com maior segurança.

A revista IETEC ouviu dois executivos de áreas complementares – Murilo de Melo Campos, diretor regional em Minas da empresa de soluções em engenharia Concremat e Maurício Serafim, diretor de engenharia da Reta Engenharia – para saber o que eles pensam do momento atual. E ambos chegaram às mesmas conclusões: o momento é ótimo, e os profissionais precisam se preparar para os melhores empregos. “Somente com qualificação, dedicação e empenho é possível se destacar. Há muitos empregos, mas são para funções que exigem capacitação”, analisa Campos, que é responsável, entre outras funções, pela prospecção de novos negócios da empresa.

Para Serafim, o caminho mais apropriado para conseguir os melhores empregos é “a qualificação profissional, assim como a experiência. São ferramentas essenciais para o sucesso. Trabalhando com profissionais qualificados conseguimos atingir os resultados de uma maneira mais rápida e consistente. Isto é sentido pelos clientes”, analisa.

Se deparar com uma economia aquecida é o sonho dos investidores. Porém, os perigos existem e podem causar sérios problemas caso o planejamento não seja feito adequadamente. Pensando nisso, Serafim conta que a Reta Engenharia busca, continuamente, a qualificação dos associados através dos

Conhecimento Aplicado

Necessidade de capacitação para liderar os maiores projetos brasileiros

Curta

s

cursos de pós-graduação e preparatórios para a certificação

PMP. “77% do nosso quadro técnico possui ao menos uma

pós ou concluirão seu curso até o final do ano. Tal investimento se faz necessário para que possamos

continuar a nos destacar no mercado”, enfatiza.

A mesma estratégia é adotada pela Concremat. “Como atuamos num nicho extremamente competitivo, com margens muito apertadas e clientes extremamente exigentes, é um diferencial competitivo termos profissionais altamente capacitados”, analisa. Campos complementa ainda que o produto principal da empresa, engenharia consultiva, é “a inteligência e a competência de cada profissional. Por isso, a qualificação tem que ser constante e permanente. Procuramos incentivar os colaboradores a realizar cursos e treinamentos em entidades sérias, comprometidas com a qualidade e atualizadas com o mercado”, diz.

Gestão de projetos, um diferencial de mercado

A adoção das melhores técnicas de gerenciamento de projetos é um ponto passivo entre os dois executivos. Ambos cursaram pós-graduações em Gestão de Projetos no IETEC. Segundo Serafim, “é fundamental para qualquer profissional estar sempre atualizado. Nesse aspecto os cursos do IETEC foram muito importantes, não só pelo conhecimento passado, como também pela troca de experiências com os professores e alunos”, opina Serafim, que também cursou, no IETEC, o Preparatório para o Exame de PMP (Project Management Professional) do PMI (Project Management Institute).

Já para Campos, “o curso que fiz no IETEC agregou um conhecimento teórico bastante interessante, para que pudesse desempenhar melhor as minhas atividades. O mercado é muito exigente, e uma das maneiras que temos de atender aos nossos clientes é utilizar técnicas que empregam metodologias atualizadas, uma exigência dos clientes. Assim, cada vez mais nas nossas propostas precisamos agregar as técnicas de Gestão de Projetos para nos mantermos competitivos”, analisa.

Maurício Serafimdiretor de engenharia da Reta Engenharia.

Murilo Camposdiretor regional em Minas da Concremat.

A revista IETEC traz o depoimento de dois executivos que são unânimes: o Brasil está no centro dos negócios mundiais. Os profissionais precisam aproveitar esse bom momento para

também se destacar.

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23Revista IETEC | Ano 9 | Agosto/Setembro de 2012

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“Criar e difundir o conhecimento, contribuindo para a formação de recursos humanos de alta qualificação”. Estas palavras são do presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado Jr. se referindo à atuação do IETEC que completa, em 2012, 25 anos de trabalho, se consolidando como fornecedor de soluções educacionais para empresas e profissionais de mercado.

Foram ministradas, até o momento, mais de 100 mil horas/aula, gerando conhecimento e informação para cerca de 52 mil pessoas se capacitarem nos diversos cursos oferecidos – curta duração, pós-graduação, MBA, in company e a distância.

InícioCriado em 1987, em parceria com a Sociedade Mineira de Engenheiros (SME), o Instituto de Educação Tecnológica começou como promotor de seminários e cursos para engenheiros. Quem conta é o ex-sócio do Instituto, José Maria Lorentz. “O IETEC surgiu como promotor de seminários e cursos na área de engenharia. Mas, desde sempre, identificamos que precisávamos ampliar nossa área de atuação. Quando surgiu a oportunidade de nos mudarmos para a Savassi, num local com melhores instalações e melhor localizado, soubemos que era chegado o momento. O novo local permitiu que focássemos no que seria a nossa especialidade: a oferta de cursos inovadores e conectados às mais recentes demandas do mercado profissional”, analisa o administrador de empresas e que hoje presta consultoria para o Instituto.

Reconhecimeto de mercadoOutra marca do IETEC é sua equipe de professores e coordenadores, todos com larga experiência acadêmica e vivência no mercado de trabalho. Luiz Augusto Barcellos de Almeida hoje é Superintendente de Sustentabilidade Empresarial da Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG), mas foi, por muitos anos, professor de cursos de curta duração e pós-graduação no Instituto. “Conheço o IETEC desde antes de ele ser fundado. Estive com o Ronaldo nos primeiros momentos da escola. E muito me honra dizer que lecionei aqui. Para mim, o principal mérito da instituição é oferecer as condições para que os gestores se aprimorem nas melhores técnicas disponíveis para melhorar suas atuações profissionais. Os programas dos cursos possuem um cuidado extremo com a objetividade, procurando sempre oferecer conhecimentos que serão aplicados imediatamente pelos alunos, assim que eles retornarem às suas

empresas. Esse zelo, esse foco, fez do IETEC o que ele é hoje: uma instituição de ensino conhecida, e reconhecida, por todo o país”.Um bom exemplo de profissional capacitado nos cursos do IETEC é o

Ao longo dos anos, o Instituto pautou sua atuação pela correção, ética e cuidado extremo com a educação oferecida aos seus alunos. Como resultado, colhe frutos, com a expansão de suas instalações e o lançamento de diversos novos cursos.

IETEC: 25 anos de soluções educacionais

Cená

rio

“A Fumsoft parabeniza o IETEC pelos seus 25 anos. O Instituto é fundador da Fumsoft e uma das mais tradicionais instituições de ensino de Minas Gerais, com atuação destacada em diversos setores de negócios, propiciando capacitação qualificada em prol do desenvolvimento do nosso estado. Sucesso, ainda mais, nos próximos 25 anos.” Thiago Maia, presidente da Fundação Mineira de Software (Fumsoft) .

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25Revista IETEC | Ano 9 | Agosto/Setembro de 2012

engenheiro eletricista João Carlos Araújo da Silva Neto, gerente da área de gestão de projetos da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional). Ele é um dos poucos brasileiros – na verdade só existem outros cinco atualmente – que possui a certificação em APMC (Advanced Project Management Certificate) pelo IIL (Institute for Learning). A qualificação, para ele, sempre foi fundamental. “Ao longo da minha trajetória, sempre busquei alinhar muita teoria a prática. Dentro deste contexto, busquei fontes de teoria sobre o gerenciamento de projetos em cursos de pós-graduação, mestrado e certificações. Ao longo desta trajetória, tive a oportunidade de trabalhar com grandes investimentos dentro destas indústrias, o que foi fundamental para a consolidação do conhecimento adquirido”, pontua o experiente PMP, ex-aluno do MBA em Gestão de Projetos e atual professor do IETEC.

Outro ex-professor que corrobora a qualidade dos instrutores e alunos é o ex-professor e CEO da Ferrous Resources do Brasil, Jayme Nicolato. “O Instituto se caracteriza por estar na vanguarda de oferta de cursos nas mais variadas áreas, em sintonia com as principais demandas da sociedade contemporânea. As preocupações do Instituto com o desenvolvimento sustentável e com a adoção das melhores práticas de gestão são reconhecidas por todo o mercado. Sempre percebi um diferencial para a formação dos alunos, que são preparados para serem profissionais de destaque nos seus respectivos setores de atuação”, afirma o executivo, que já foi diretor da Vale e da CSN.

Inovação e pioneirismoO IETEC sempre foi pioneiro nos cursos ofertados. Desde o início de suas atividades, quando oferecia cursos de microinformática e qualidade total, e, principalmente na área de telecomunicações.

“O Instituto sempre esteve à frente de seu tempo. Hoje em dia se fala muito que o IETEC saiu na frente, oferecendo cursos de pós-graduação na área de Gestão de Projetos, depois de Inovação Empresarial. Mas isso sempre ocorreu na história da escola. Sempre estivemos um passo adiante de nossos concorrentes, pensando em soluções educacionais que atendessem às necessidades das empresas. Isso não é novidade para nós, assim como não é novo as empresas perceberem que precisam do tipo de profissional que formamos, um profissional capacitado em diversas áreas do conhecimento”, analisa o coordenador da área de Inovação e Criatividade, José Henrique Diniz, profissional com mais de 30 anos de expertise na área.

Um pé na indústria...Em 1998, convidado pelo professor Aristides Machado, José Ignácio Villela Jr. – profissional de destaque no mercado profissional, com passagem por grandes empresas do segmento industrial – ingressou no IETEC, coordenando o curso de Administração da Produção. “Como ainda atuava na indústria, sentia com maior clareza as deficiências que os profissionais possuíam e o que as empresas precisavam. A partir de então, passamos a dar maior foco à busca de soluções para estas demandas corporativas”, analisa.Para Luiz Fernando Pires, presidente do SINDUSCON-MG (Sindicato da Indústria da Construção Civil no estado de Minas Gerais), na história humana, não há registro de nação que tenha crescido

sem investir massivamente em educação. “Não somente como empresário, mas como líder sindical, entendo que é a qualificação da mão de obra é um dos principais investimentos que devem ser realizados. A formação das pessoas passa pela sua realização enquanto profissional. E, nesse ponto, o IETEC possui atuação de destaque”, pontua.

“Vivemos hoje, em todos os setores e muito especialmente na economia, a era do conhecimento, da inovação e do desenvolvimento tecnológico. Nossa crença é a de que a agregação de conhecimento resulta, sempre, também na agregação de valor às empresas e aos produtos que colocam no mercado. E isso é o que o IETEC faz”, diz Olavo Machado Jr., presidente da Fiemg.

... e outro na tecnologiaAs previsões de crescimento para a área de Tecnologia da Informação (TI) são cada vez maiores quando o assunto é a participação na economia brasileira. Em 2012, as perspectivas já colocam o Brasil como o terceiro mercado com maior crescimento desse mercado, conforme apontado pela Gartner, empresa responsável por pesquisas nesse setor.

Com os possíveis resultados nos próximos anos, o volume de dados, informações e negócios irá se expandir significativamente. Com isso, a possibilidade de que as empresas ainda não saibam como devem lidar com o futuro leque de novidades aparece como uma preocupação. Saber controlar e aproveitar o crescente número de dados tecnológicos e informacionais se tornou um desafio para as organizações que ainda não conseguiram se preparar.

Mas nem sempre foi assim. Quando o IETEC surgiu, seus primeiros cursos foram justamente na área de microinformática, algo que viria a originar, anos depois, a área de Gestão e Tecnologia da Informação nas empresas. Quem conta é o ex-diretor de Ensino, Aristides Machado. “Me lembro claramente. Tínhamos três computadores, Cobra XPC, que utilizávamos para a área administrativa durante o dia e, á noite, levávamos para as salas de aula. Mas todo esse empenho valeu a pena. Rapidamente conseguimos nos destacar no mercado de microinformática, consolidamos nossa marca e foi possível, ainda, criar novas ementas para um mercado que, até aquele momento, não sabia que precisava daquelas informações. Fomos pioneiros na oferta e na capacitação de profissionais que hoje estão à frente de grandes empresas Brasil afora”, rememora.

O diretor-presidente da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação de Minas Gerais (Assespro-MG), Ian Campos Martins, concorda com Machado, complementando

“A agregação de conhecimento resulta na agregação de valor às empresas e aos produtos colocados no mercado.” Olavo Machado, presidente da Fiemg.

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que o Instituto contribui de forma consistente para a melhoria do nível dos profissionais do Brasil e de Minas Gerais, de forma particular. “Sou um pouco suspeito, já que fiz duas pós-graduações no Instituto, além de alguns cursos de curta duração. Os cursos oferecidos são inovadores, e anteveem demandas e necessidades do mercado. Isso é muito importante, não apenas por suprir uma demanda latente do mercado por novos profissionais especializados, mas também por mostrar ao nosso empresariado outras frentes de negócios”, afirma o diretor-presidente, cuja entidade tem o objetivo de representar, fomentar o desenvolvimento de negócios e criar meios para o fortalecimento da área de Tecnologia da Informação.

Segundo a coordenadora técnica de cursos de TI do Instituto, Alexandra Hütner, qualquer negócio, de qualquer área, precisa ser preparado, analisado e discutido antes da tomada de decisões, principalmente em uma fase de grandes novidades e crescimento. “É preciso conhecer a fundo o ramo de atuação de cada empresa – o seu cenário interno e externo – para levar a informação certa para a pessoa certa, de maneira correta, no momento e local apropriados”, afirma.

Um dos assuntos discutidos esse ano no fórum “Brazil in 2022: Ordem e Progresso”, organizado pela revista The Economist, foi a preparação que o país deve ter para conseguir aproveitar as milhares de oportunidades que surgirão nos próximos anos tanto na economia nacional, quanto na mundial.

Para Martins, o mercado de TI possui alguns gargalos, como uma visão mais gerencial. “Vejo os profissionais muito centrados em suas áreas de atuação. É necessário possuir não apenas uma questão técnica, mas também macro, do negócio. Além disso, é necessário saber conversar com o cliente”, analisa. Outro ponto explorado por ele é a busca de novos mercados. “Precisamos sair da realidade local e começar a olhar para o mercado externo. Dentro de alguns anos, a demanda interna estará saturada. Precisamos iniciar, já, a internacionalização de nossas empresas, profissionais e serviços. E, para isso, precisamos de profissionais com a visão que o IETEC forma, prática, funcional, mas também analítica e, sobretudo, inovadora”, pontua.

A fundação de uma mão de obra especializada e preparada para encarar os futuros desafios é fundamental e deve ser o primeiro passo no processo. Com os investimentos por parte do governo, que incluem até bolsas de estudos para os interessados na área de TI, Hütner acredita que será possível criar um mercado bilionário

de softwares de análise de negócios e da informação nos próximos anos. “Sem dúvida nenhuma a Tecnologia da Informação será uma das áreas de maior crescimento nas próximas décadas”, conclui.

Educação como geradora de rendaA especialização e a educação profissional são fundamentais para o desenvolvimento do

país em todos os nichos de m e r c a d o . “Qualificar m e l h o r

os profissionais, sobretudo aqueles que já estão graduados, oferecendo-lhes as condições adequadas para sua especialização são pontos de destaque do trabalho do IETEC. Nesse sentido, a atividade do Instituto se mostra de suma importância, não somente para o incremento da economia de Minas, como para a consolidação do Brasil como personagem relevante no contexto internacional do trabalho”, afirma o presidente da Sociedade Mineira de Engenheiros, Ailton Ricaldoni Lobo.

Para Mario Neto Borges, presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), o principal ponto a ser valorado na atuação do IETEC é a sua busca pela valorização do conhecimento e gerador de renda. “É fundamental que tenhamos profissionais capazes de trabalhar com ciência, tecnologia e inovação não só dentro das universidades e centros de pesquisa, mas também nas empresas. Para tanto, é de grande importância a existência de escolas que ofereçam ensino de qualidade com ética e responsabilidade social. O IETEC cumpre este papel com maestria. A FAPEMIG, que também acaba de completar seu jubileu de prata, deseja vida longa ao Instituto, para que continue promovendo o desenvolvimento de profissionais de ponta através da educação tecnológica continuada, possibilitando a melhoria da gestão nas organizações”, ratifica.

Preocupação com a sustentabilidade antes mesmo de a palavra estar na modaDe acordo com Roberto Messias, ex-presidente do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) entre março de 2003 e março de 2010, que lecionou no IETEC, a existência do Instituto de Educação Tecnológica, por si só, vem preencher uma lacuna no desenvolvimento tecnológico do estado. Para ele, o crescimento das empresas tendo por base um maior cuidado com a sustentabilidade significa um impacto ambiental menor. “Ou seja, o conhecimento compartilhado pelo Instituto por meio de seus professores, permite que estes alunos, ao retornarem às suas empresas, adotem melhores procedimentos, o que, em síntese, gera produtos que agridem menos o meio ambiente”, analisa.

Os impactos causados pela atividade humana se tornaram uma responsabilidade de todos. O interesse da população em alterar os rumos do planeta está cada vez maior. “A questão ambiental veio para ficar e vai continuar abrindo ainda mais oportunidades de atuação profissional em diversas áreas. Dessa maneira, basta apenas procurar uma melhor qualificação, visto que as chances

“A existência do Instituto de Educação Tecnológica, por si só, vem preencher uma lacuna no desenvolvimento tecnológico do estado.” Roberto Messias, ex-presidente do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

“O principal ponto a ser valorado na atuação do IETEC é a sua busca pela valorização do conhecimento e geração de renda.” - Mario Neto Borges, presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG).

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de emprego estão somente nos aguardando”, afirma o professor da área ambiental Luiz Ignácio Fernandez.

Ser a empresa mais produtiva, com melhores custos e maiores lucros não é o único objetivo da atualidade no mundo corporativo. Adotar uma postura sustentável e que se adeque cada vez mais às exigências do “mercado verde” se tornou um dos principais pontos passivos do setor empresarial, com destaque para a indústria.

Possuir uma preocupação real com o desenvolvimento sustentável já é um fator considerado na competição por maiores fatias de mercado. Porém, a crescente demanda por uma economia cada vez mais limpa se volta para a necessidade de mão de obra qualificada e que domine os conceitos e ideais de uma responsabilidade socioambiental.

De acordo com uma pesquisa feita pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), a economia verde deve criar 20 milhões de empregos até 2030. Tal resultado é otimista, mas é preciso apresentar cautela no momento de escolher o profissional adequado para as novas atividades que também vão surgiu e crescer no mercado.

Segundo Fernandez, a atual preocupação com o meio ambiente não se baseia somente no controle da poluição, como ocorria nos anos 90. “As empresas estão criando projetos ambientalmente corretos cada vez mais eficazes e complexos. Por conta disso, é cada vez maior a necessidade de ter profissionais com reais conhecimentos sustentáveis”, afirma.

Desenvolvimento sustentávelO Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), criado pela ONU para buscar consenso internacional sobre o assunto, responsabiliza a atividade humana pelo aquecimento global e conclui, em linhas gerais, que se o homem causou o problema, ele precisa solucioná-lo.

Desta forma, a busca por soluções capazes de reverter os efeitos do aquecimento global deixa de ser uma ação isolada para se transformar em um objetivo de todos os povos. A Ecolatina – Conferência Latino-Americana sobre Sustentabilidade – é exemplo de que o debate sobre estratégias que promovam o desenvolvimento sustentável não se limita apenas à esfera governamental. O encontro foi um convite a toda sociedade para a construção de um mundo mais justo também para as futuras gerações.

Criado em 1998 e coordenado pelo

IETEC, as sete edições do evento contaram com a presença de mais chefes de autoridades, em mesas redondas, painéis, além de feiras e eventos paralelos. “Foi um marco na história ambiental de Minas, uma grata ousadia do IETEC”, afirma Roberto Messias, ex-presidente do IBAMA.

Somente a última edição teve a participação de 31 países e 255 palestrantes.

A Ecolatina pode ser entendida como um aperfeiçoamento a respeito do debate sobre o Meio Ambiente no Brasil. Surgiu seis anos após a realização da ECO-92 – a conferência promovida pela ONU, na cidade do Rio de Janeiro. “Naquela ocasião, percebemos que os discursos sobre o futuro do planeta estavam limitados aos governos das 143 nações ali presentes. As ONG’s, empresários e a sociedade civil, em geral, ficaram excluídas do debate. Desde então, percebemos o quanto era importante ampliar a discussão sobre o tema”, explica o coordenador-geral da Ecolatina e presidente do IETEC, Ronaldo Gusmão.

Desde então, temas como o papel da indústria na redução das emissões de gases de efeito estufa, o investimento em tecnologias sociais, as boas práticas da construção sustentável e a inserção das micro e pequenas empresas na cadeia da sustentabilidade já foram tratados durante a conferência.

Para o ex-ministro do Meio Ambiente e ex-secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, José Carlos Carvalho, a realização da Ecolatina também é uma grande oportunidade para que as discussões sobre o Meio Ambiente não se direcionem somente aos efeitos do aquecimento global: “O evento é espaço também para que sejam ressaltados os aperfeiçoamentos de empresas, governos e entidades sociais que se preocupam em adequar a sustentabilidade em suas ações. Queremos mostrar que é possível crescer sem deixar de ser sustentável”, afirma.

Informar e sensibilizar a sociedade direcionam a Ecolatina desde a sua primeira edição. Como conseqüência disto, o evento se transformou em referência no aperfeiçoamento de políticas públicas voltadas ao Meio Ambiente. Mas a grande repercussão da Ecolatina vai além da criação de leis. “Nossa maior conquista é promover a mobilização social. A Ecolatina estimula a conscientização da sociedade que passa agora a se perceber como um importante agente de mudanças. E é justamente nisto que acreditamos”, garante Gusmão.

Pós-graduação para a formação de multiespecialistasAtento às mudanças do mercado profissional, logo o IETEC se especializou na oferta de cursos de pós-graduação.

O mercado brasileiro vive um aquecimento como há muito não se via. Obras de infraestrutura, necessárias para a realização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016; parques tecnológicos; investimentos em mineração; pré-sal... a lista de áreas que tem demandado maior número de profissionais especializados é extensa, assim como as oportunidades.

“O Instituto se caracteriza por estar na vanguarda de oferta de cursos em sintonia com as principais demandas da sociedade contemporânea.” Jayme Nicolato, CEO da Ferrous Resources do Brasil.

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O número de vagas disponíveis é diretamente proporcional ao aumento dos investimentos.

Mas isso não significa que qualquer profissional será c o n t r a t a d o . Mais do que isso. Poucos serão os que terão ascensão na carreira. “Os megaprojetos que o Brasil tem atraído, demandam profissionais com alta qualificação. As empresas tornaram-se muito rigorosas na seleção de pessoas, buscando profissionais completos, que já entrem dando resultado, que dominem inglês, espanhol e outras competências necessárias ao novo contexto corporativo. Sabemos que possuir uma graduação ou mesmo uma especialização não é mais um diferencial de mercado, analisa Marli de Paula, professora do IETEC e especialista em Talentos Humanos, com mais de 20 anos de experiência na área.

Pesquisas promovidas tanto pelo MEC quanto pela iniciativa privada revelam falta de profissionais qualificados e a alta empregabilidade de pessoas com formação profissional especializada. Pesquisa da FEA-USP (Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo) diagnosticou que o número de empresas brasileiras que investem em educação corporativa cresceu 40 vezes entre 2000 e 2009. Em média, os gastos de companhias brasileiras e multinacionais no setor são de R$11 milhões anuais. “Esse aumento no volume de investimento é reflexo da preocupação empresarial em melhorar a educação dos seus funcionários, ampliando também sua própria valorização no mercado”, afirma José Ignácio Villela Jr., diretor do IETEC.

O próprio Instituto realiza, anualmente, levantamento com o objetivo de avaliar a evolução profissional de seus alunos e ex-alunos, tanto do aperfeiçoamento quanto do MBA. De acordo com a pesquisa, 58% dos entrevistados obtiveram acréscimo no salário. Desse total, 21% declarou ter dito aumento de cerca de 20% dos vencimentos.

Um dos dados mais relevantes da pesquisa foi que 97% dos ex-alunos disseram que sentem falta de continuar estudando. “Esse dado demonstra a preocupação desses profissionais com sua carreira, com o cuidado ininterrupto com o processo de aprendizado”, analisa Marli de Paula.

Um bom exemplo dessa preocupação com a qualificação de seus colaboradores é a empresa Comau do Brasil. Somente nos últimos 24 meses, mais de 20 de seus colaboradores cursaram pós-graduações com subsídio da empresa, “Nós encaramos essa ação como um investimento no futuro da organização. Estes profissionais trarão maior conhecimento e melhor gestão dos

processos para todos os níveis, dando um retorno infinitamente maior do que o valor investido”, diz Veronica Bistene Salas, Gerente de Desenvolvimento de RH da empresa.

A retenção e promoção de talentos é outro efeito desse maior investimento em educação empresarial. Um bom exemplo é o gestor de negócios Renison Canesso Moreira. Quando iniciou a pós-graduação, ele era gerente pleno na Mecan, ‘braço industrial’ do Grupo Orguel. Durante o curso, recebeu duas promoções, e hoje exerce o cargo de gerente nacional Brasil. “Esse crescimento na hierarquia da empresa se deve a um

somatório de fatores. Entre eles, claro, listaria essa melhor qualificação profissional. Esse tipo de iniciativa faz com que o profissional passe a possuir uma maior visão de mercado. Hoje, gerencio mais pessoas, e participo de decisões estratégias do Grupo, alem de interagir com clientes nacionais e internacionais da empresa”, analisa.

Moreira avalia que o desenvolvimento profissional é um dos principais pontos que o diferenciam no mercado. “de nada adianta possuir experiência ou ter um excelente networking. Se a pessoa não possui condições técnicas para desempenhar a função, sua carreira corre sérios riscos de se estagnar ou mesmo de ser superado por outros profissionais”, analisa.

Capacitação on line: mais rápido e eficazDe acordo com o Ministério da Educação, em 2001, pouco menos de sete mil vagas estavam disponíveis em cursos a distância. No final de 2010, esse número já se aproximava de 1.700.000, ou seja, um salto de quase 25 mil por cento em números de vagas de graduação oferecidas no país.

Um dos alunos capacitados nesta modalidade de ensino é Sandro Fabricio Costa Pinto, que acaba de concluir o curso on line de Planejamento e Controle de Manutenção no IETEC. “A possibilidade de me qualificar sem ter que percorrer longos trechos em viagem foi uma das principais vantagens do curso a distância. Creio que essa modalidade permitirá a muitos profissionais melhorar sua qualificação, assim como às empresas, que terão melhores funcionários”, afirma o técnico em planejamento e manutenção da Mineração Rio do Norte, empresa sediada em Oriximiná/PA, a mais de 3500 km de Belo Horizonte/MG.

Outra vantagem para os interessados diz respeito aos horários de estudo.

“O IETEC é, reconhecidamente, um exponencial quando se trata de pós-graduação e de cursos de formação de gestores em Belo Horizonte. Seu MBA em Gestão de Projetos está entre os melhores ofertados no País. É esse valor que a FPL foi buscar nesta parceria esperando, por outro lado, agregar para o IETEC toda sua estrutura intelectual também reconhecidamente de primeira grandeza.” Professor Carlos Alberto Portela da Silva, diretor-geral da Fundação Pedro Leopoldo.

“A formação das pessoas passa pela sua realização enquanto profissional. E, nesse ponto, o IETEC possui atuação de destaque”. Luiz Fernando Pires, presidente do SINDUSCON-MG (Sindicato da Indústria da Construção Civil no estado de Minas Gerais).

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Na maior parte das vezes extremamente maleável, pode se adequar à realidade do aluno, com o mesmo estudando certa carga-horária diária nos intervalos de trabalho, por exemplo. “Trata-se de um mercado muito atraente,

tanto para as empresas de educação, que passam a poder explorar esse novo nicho de mercado

quanto para os profissionais, que não precisam fazer longos deslocamentos para se atualizar”, analisa José Ignácio Villela Jr., diretor de Produto do IETEC.

Cursos com o foco exato no que a empresa precisaCursos realizados dentro da empresa têm uma série de vantagens. “Eles permitem a aplicação direta do conteúdo estudado nas atividades do dia a dia da empresa, contribuindo, assim, com o desenvolvimento da organização e das pessoas. Não por acaso, esta é a modalidade de estudo empresarial que mais cresce no país”, afirma Villela.

Segundo ele, as empresas que optam por essa modalidade de curso levam em consideração, três fatores: menor investimento, datas e horários mais adequados à empresa e ao colaborador e, principalmente, adaptação do conteúdo às necessidades da companhia.

As vantagens deste tipo de curso, de acordo com especialistas, também são estratégicas. Por levar em conta as demandas da empresa, os cursos possibilitam a aplicação direta do conteúdo apreendido no trabalho – o que o torna alinhado com os objetivos da empresa, representando um significativo aumento da massa crítica de um número maior de colaboradores, possibilitando a construção do conhecimento coletivo. O curso, portanto, está focado no desenvolvimento da organização e das pessoas de forma a transformar e alcançar resultados corporativos superiores.

“Qualificar melhor os profissionais, sobretudo aqueles que já estão graduados, oferecendo-lhes as condições adequadas para sua especialização são pontos de destaque do trabalho do IETEC.” Ailton Ricaldoni Lobo, presidente da Sociedade Mineira de Engenheiros.

“Os cursos oferecidos são inovadores, e anteveem demandas e necessidades do mercado.” Ian Campos Martins, diretor-presidente da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação de Minas Gerais (Assespro-MG).

IETEC lança livro ‘Gestão de Projetos Brasil’

Durante o 15º Seminário Nacional de Gestão de Projetos, o IETEC lançou o livro Gestão de Projetos Brasil, uma coleção de textos de alguns dos maiores especialistas em gerenciamento de projetos (GP) do Brasil. Estruturado em 11 capítulos, o livro trata de temas próprios da realidade do gestor de projetos, como a Gestão do Escopo, Gestão do Prazo, Gestão dos Custos, Gestão da Qualidade, Gestão dos Riscos, Gestão de Suprimentos e Contratações e, entre outros, a Gestão Integrada de um Projeto.

A iniciativa, como explica o coordenador técnico do projeto, Clênio Senra, foi a de dar suporte conceitual ao desenvolvimento dos cursos de pós-graduação na área de gestão de projetos do IETEC, complementando as informações disponíveis no PMBOK. “Buscamos tratar de temas não explorados adequadamente no Guia das Melhores Práticas do PMI. Um exemplo é a Viabilidade Econômico-Financeira de Projetos, pouco tratada no PMBOK, mas que é destaque no ‘Gestão de Projetos Brasil’”, explica o especialista, que também ministra e coordena cursos de GP no IETEC.

Os capítulos foram escritos por dez profissionais, todos de renome na área, como Ivo Michalick, presidente do PMI-MG, e João Carlos Boyadjian, um dos principais gestores de projetos do país.

Ronaldo Gusmão, presidente do Instituto, pontua que o livro é fruto de um trabalho em equipe. “Esta é, em linhas gerais, o grande trabalho do gerente de projetos. Foi com esta mesma ideia que realizamos este livro, fruto da parceria de diversos profissionais, especialistas em suas áreas de atuação. O desafio foi enorme em função da diversidade, altamente salutar, das pessoas envolvidas e principalmente tendo em vista o objetivo de desenvolver um material didático que superasse as expectativas de nossos alunos, razão principal deste projeto. O IETEC se orgulha de ter tantos colaboradores, que estão mais uma vez fazendo a história da gestão de projetos no Brasil”, afirma.

Alunos do Aperfeiçoamento em Gestão de Projetos e do Módulo II do MBA de Administração de Projetos receberão o livro gratuitamente.

Lançamento do livro durante o 15º Seminário.

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A Conferência Rio+20 terminou com um leque de conclusões que, se implementadas ao longo dos próximos meses e anos, proporcionam a oportunidade para seguir um novo caminho para um século XXI mais sustentável. Chefes de Estado e mais de 190 nações abriram as portas para uma economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza.

Os países concordaram que tal transição pode ser “uma ferramenta importante” se apoiada por políticas que incentivem o emprego digno, o bem-estar e a inclusão social e a manutenção dos ecossistemas da Terra, desde as florestas à água doce.

A decisão apoia as nações que pretendem assumir a vanguarda da transição para uma economia verde, ao mesmo tempo que proporciona às economias em vias de desenvolvimento a oportunidade de obterem a apoio internacional em termos financeiros e de reforço de capacidades.

Entretanto, a Conferência também abriu caminho a um conjunto de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), para que todas as nações – ricas e pobres – definam metas colaborativas para um conjunto de desafios que abrangem desde a água e a terra até os resíduos alimentares em todo o globo.

Espera-se que os ODS complementem os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio a partir de 2015: eles refletem a realidade de que a transição para uma economia verde inclusiva e a concretização de um século sustentável também têm de incluir as pegadas dos países desenvolvidos, tal como as dos países em vias de desenvolvimento, já que visam a erradicar a pobreza e conduzir o planeta para um eixo sustentável.

Outros resultados potencialmente positivos incluem um quadro de dez anos sobre consumo e produção sustentável, com um grupo de empresas a anunciar iniciativas para o progresso, inclusive na área da contratação pública sustentável de bens e serviços.

Foi também tomada a decisão de trabalhar para a criação de um novo indicador global de riqueza, que supere as limitações do PIB, e de incentivar os governos para que tomem medidas no sentido de obrigar as empresas a divulgarem as suas pegadas ambientais, sociais e administrativas.

Após cerca de quatro décadas de discussão sobre o fortalecimento

do programa ambiental da ONU, os governos chegaram a acordo sobre um reforço de poderes do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

Ao mesmo tempo, o Congresso Mundial sobre Justiça, Governança e Legislação para a Sustentabilidade Ambiental, organizado pelo Supremo Tribunal de Justiça do Brasil e pelo PNUMA, em parceria com outras organizações internacionais, assumiu o compromisso de usar a legislação internacional e nacional para promover a sustentabilidade, os direitos humanos e ambientais e a implementação dos tratados ambientais.

A Rio+20 mostrou a crescente preocupação de que o Produto Interno Bruto seja mantido como medida de crescimento, em um mundo em que a escassez de recursos naturais, a poluição e a exclusão social também estão se tornando fatores a serem levados em conta para determinar se a riqueza de uma nação está aumentando ou diminuindo. O documento resultante da Conferência solicita que a Comissão de Estatística da ONU trabalhe com outros órgãos da ONU, incluindo o PNUMA e outras organizações, para identificar novas formas de medição do progresso.

Outro passo à frente foi a adoção de um quadro de 10 anos sobre consumo e produção sustentáveis que cobre diversos setores que vão do turismo às compras públicas.

Na Rio+20, também foi acordado o fortalecimento do PNUMA, no sentido de fortalecer o pilar ambiental do desenvolvimento sustentável.

As decisões incluíram a de ampliar a limitada adesão ao PNUMA, que conta atualmente com 58 Estados-Membros, para que se torne um órgão com adesão universal do seu Conselho de Administração, bem como a de aumentar os recursos financeiros do PNUMA através de um acréscimo na dotação do orçamento corrente da ONU.

Os resultados da Rio+20 também apelam à próxima Assembleia Geral da ONU para que fortaleça e melhore a capacidade do PNUMA para apoiar os Estados-Membros nos níveis regional e nacional e para que desenvolva a sua interface de política científica, inclusive por meio do emblemático processo do Panorama Ambiental Global. As formas de promover a participação da sociedade civil, incluindo as cidades, são também vistas como parte do processo de fortalecimento.

O fortalecimento de poderes do PNUMA durante a Conferência assinalou uma maior autoridade para os ministros de meio ambiente de todo o mundo.

A economia verde inclusiva obteve acordo dos chefes de estado presentes na RIO+20

Cená

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