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Revista do Hospital São Vicente de Paulo Ano 2 • Número 4 • Set-Out/2011 ANGIOPLASTIA CORONARIANA ENDOMETRIOSE Cirurgia é indicada apenas nos casos mais graves Pág. 9 POSTURA CORRETA ANA FURTADO Medidas simples podem prevenir dores nas costas Pág. 8 O segredo de um corpo bonito e saudável está na alimentação e na arte do ‘bem viver’ Pág. 5 Informativo bimestral do Hospital São Vicente de Paulo Eficácia comprovada no tratamento do infarto agudo 29/9 Dia Mundial do Coração. Cuide-se!

Revista HSVP

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Publicação peródica do Hospital São Vicente de Paulo - RJ

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Page 1: Revista HSVP

Revista do Hospitalsão Vicente de paulo

Ano 2 • Número 4 • Set-Out/2011

AngioplAstiA CoronAriAnA

EndomEtriosECirurgia é indicada apenas nos casos mais graves Pág. 9

posturA CorrEtA

AnA FurtAdo

Medidas simples podem prevenir dores nas costas Pág. 8

O segredo de um corpo bonito e saudável está na alimentação e na arte do ‘bem viver’ Pág. 5

Informativo bimestral do Hospital São Vicente de Paulo

Eficácia comprovada no tratamento do infarto agudo

29/9

Dia Mundial

do Coração.

Cuide-se!

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ReafiRMandO a OPÇÃO PeLa eXCeLÊnCia

O HSVP vive um momento de reafirmação de sua opção pela excelência em atendimento. isso

inclui uma série de desafios, como a reacreditação hospitalar, a execução de obras de infraestrutura e,

por fim, a adoção de um novo e completo sistema integrado de gestão (eRP), que repercute em todos

os setores. nesse contexto, fica ainda mais visível o grande valor pessoal e profissional de cada médico,

enfermeiro e colaborador e, mais do que nunca, o espírito de equipe e o comprometimento que fazem

do HSVP um hospital de destaque no Rio de Janeiro.

Uma das provas desse destaque é a nossa participação na Rede Sentinela, projeto da agência

nacional de Vigilância Sanitária (anvisa), cujo objetivo é ampliar o sistema de fiscalização sobre medi-

camentos, próteses, kits para diagnóstico e equipamentos médico-hospitalares, por meio da colabora-

ção de diversas instituições. Hoje, devido ao nosso intenso trabalho de inspeção interna, servimos de

parâmetro para outras instituições do Sistema nacional de Saúde.

e saúde é realmente palavra de ordem. em homenagem ao dia Mundial do Coração, esta edição

da Revista do HSVP faz um balanço da angioplastia coronária, o método mais utilizado no tratamento

do infarto, e traz orientação sobre como agir diante dos primeiros sintomas desse mal que retira a vida

de milhões de pessoas a cada ano.

Outro importante alerta é feito na reportagem sobre os perigos das “milagrosas” fórmulas ema-

grecedoras. Opinião corroborada, até mesmo, pela bela atriz e apresentadora ana furtado, que falou

com exclusividade à nossa equipe de jornalismo. ainda sobre o tema emagrecimento, o cirurgião geral

Josué Kardec fala sobre os benefícios e cuidados com a cirurgia de redução do estômago.

artigo científico sobre a importância da prevenção de quedas na rotina dos idosos; a história de

vida e profissão do clínico Leopoldino Gerra e uma entrevista especial com o presidente do Sindicato

dos Hospitais, Clínicas e Casas de Saúde do Município do Rio de Janeiro (Sindhrio), dr. Josier Vilar, são

outras das atrações que selecionamos para você.

desejo uma boa leitura.

irmã Marinete Tibério - diretora executiva

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SUMÁRiO eXPedienTe

Hospital são Vicente de paulo Rua Dr. Satamini, 333 - Tijuca - Rio de Janeiro - RJ Tel.: 21 2563-2121

Fundado eM 1930, pelas Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo

diretoria MédicaEliane Castelo Branco (CRM: 52 28752-5)

conselHo adMinistratiVoIr. Marinete Tiberio, Ir. Custódia Gomes de Queiroz, Ir. Maria das Dores da Silva e Ir. Ercília de Jesus Bendine

conselHo editorialirmã custódia Gomes de Queiroz - Diretora de Enfermagemirmã ercília de Jesus Bendine - Diretora da Qualidadeirmã Josefa lima - Coordenadora da Pastoral da Saúdeirmã Marinete tibério - CEO do HSVPMartha lima - Gerente da Qualidadeolga oliveira - Gerente de Suprimentos proJeto editorial e redaÇãoSB Comunicação – tel.: (21) 3798-4357ediÇão: Simone BejateXtos: Danielli Marinho, Kadu Cayres, Igor Waltz e Rose Oliveira

diaGraMaÇão: Sumaya Cavalcanti apoio editorial: Cláudia BluvoliMpressão: Sol GráficaQueda ainda é a maior

causa das fraturas em idosos

Trabalho voluntário

Postura certa para evitar a dor nas costas

Quarenta anos dedicados à medicina

Cirurgia de redução do estômago

Por dentro do coração

Tratamento eficiente contra endometriose

Beleza e saúde na medida certa

iluminando o caminho rumo à excelência

Rede Sentinela: de olho na qualidade de produtos de saúde

16,1718

8

14,1512,1310,11

9

5

76

colaBore coM a reVista do HsVpEnvie suas dicas e sugestões de pauta para: [email protected]

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Hospital São Vicente de Paulo - pág. 4

Arraiá do Reacreditá no dia 6 de agosto, a quadra do antigo instituto São Vicente de Paulo serviu de cenário para o arraiá do Reacreditá, festa agostina do HSVP. Com barracas de comidas e bebidas típicas, muitas brincadeiras e uma animada quadrilha, o evento - cujo nome faz uma alusão ao processo de reacreditação do hospital – durou sete horas e reuniu mais de 150 pessoas. “O arraiá veio para proporcionar maior integração entre os funcionários e reforçar a imagem positiva do processo de reacreditação”, afirma Martha Lima, umas das organizadoras da festa.

Encontros de Geriatria nos meses de junho e agosto foram realizados o 3º e o 4° encontros do Programa de envelhecimento Saudável 2011, do HSVP. Com o tema nutrição Saudável, o terceiro encontro abordou a importância de ter uma alimentação equilibrada na 3ª idade, com a palestra da nutricionista Bianca Pereira, que deu dicas e recomendações sobre o que comer no dia a dia, e ainda tirou as dúvidas dos participantes. “a palestra esclareceu muita coi-sa para mim. agora sei o que pode e o que não pode faltar no cardápio lá de casa”, contou a aposentada dilma ferreira, de 62 anos. Já no quarto en-contro, cuja temática foi a arte de envelhecer: Segredos para Viver Bem, o psicólogo Walla-ce Hetmanek ensinou como equilibrar as quatro principais áreas da vida – relacionamen-to, família, social e profissional – para ter um velhice saudável. “É sempre bom manter esses pilares equilibrados em todos os momentos. Mas, na velhi-ce, isso se torna fundamental”, explica Hetmanek. Os eventos duraram mais de duas horas e contaram com a participação ativa da plateia.

aCOnTeCeU

Visitante ilustrea Companhia das filhas da Caridade – sociedade religiosa funda-da por São Vicente de Paulo e Santa Luiza de Marillac, em 1633 – atua em todo o mundo, concentrando suas atividades em loca-lidades de cada país, as quais chama de “províncias”. no Brasil, a entidade assiste seis províncias: Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, fortaleza, amazonas e Recife. no período de 20 de julho a 10 de agosto, foi a vez de a Província do Rio receber a ilustre visita da conselheira geral da companhia, irmã Marlene Terezinha Rosa, com o objetivo de estimular a fidelidade entre os fundadores, assegurar a formação e o bem-estar das irmãs, promover o res-peito à diversidade; além de avaliar os diferentes aspectos da vida espiritual, comunitária e apostólica, em conjunto com a província e seu conselho. após 21 dias, a conselheira deixou registrado que todos os setores estão em plena vitalidade, dando destaque para o trabalho realizado no HSVP: “Participei da reunião gerencial e de li-deranças do hospital e percebi a excelente estrutura organizacional e administrativa que ele possui”, comentou. durante sua visita, irmã Marlene foi acompanhada de perto pela irmã Jeny Borges da Silva, que é presidente da associação São Vicente de Paulo.

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Receita ceRta paRa Beleza e saúde

no livro A Beleza Está nos Olhos de Quem Vê (editora Global), a

psicóloga Camila Cury defen-de que a beleza - da estética ao

conteúdo - depende de quem a interpreta, sente, vive. Será mesmo?

Os atributos físicos ganharam impor-tância histórica a partir do final da idade Média, com o Renascimento italiano. nesse período, as mulheres belas eram as que exibiam curvas e gordurinhas. O conceito de beleza mudou e, de várias décadas para cá, definiu como “modelo de perfeição” a silhueta muito magra. Começa-va, então, um conflito sóciocultural generalizado, provocado por uma realidade paralela que ates-tava o aumento galopante do número de pessoas com sobrepeso, em vários países. no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, quase metade da população adulta (48%) está acima do peso, e, desse percentual, 15% são obesos. Cenário perfeito para a proliferação de medicamentos, dietas e substâncias que, usadas indiscriminada-mente, provocam também sérios danos à saúde.

endocrinologista do HSVP, ana Cristina Belsito alerta para os perigos ocultos em certas “receitas” de beleza, principalmente quando envolvem o uso desorientado de medicamentos. “O organismo muitas vezes não está preparado para sobrecar-gas metabólicas e o indivíduo pode desenvolver complicações clínicas, como taquicardia, insônia, ansiedade e outras alterações em seu quadro psi-cológico, comprometendo suas atividades labora-tivas e emocionais. É provável também que, após a interrupção da medicação, o paciente venha a ganhar rapidamente o peso eliminado”, ressalta a especialista.

disciplina e acompanhamento profissional são o ponto de equilíbrio para a manutenção de um corpo bonito e saudável. essa é fórmula de-fendida pela atriz e apresentadora ana furtado, que aos 37 anos esbanja saúde, beleza e muita

determinação. “Minha aparência é o reflexo de uma rotina de exercícios físicos regulares, uso do protetor solar, alimentação correta, ingestão de água várias vezes ao longo do dia e respeito às oito horas de sono diárias recomendadas. Por ou-tro lado, acredito que a beleza também vem de dentro. desde a forma como encaramos a vida até a qualidade daquilo que comemos. Tudo está interligado. O segredo está em ser feliz, amar e ser amada”, explica a atriz.

Para muitas pessoas, no entanto, disciplina e bom senso são atitudes quase inatingíveis. nesses casos, a medicina e a nutrição podem entrar em campo no auxílio ao paciente. de acordo com ana Belsito, medicamentos e dietas balanceadas são recursos comumente adotados para a redu-ção de peso. “existem substâncias, como a sibu-tramina, que, se forem administradas de forma criteriosa, com minuciosa análise do histórico do paciente e por um curto espaço de tempo, trazem resultados positivos. Mas o medicamento é ape-nas um estímulo para o início da perda de peso, cujo controle deve ser permanente. ele não deve funcionar como muleta para alcançar de imediato o corpo desejado. É preciso privilegiar a qualida-de de vida, inclusive com a prática de exercícios físicos”, explica a endocrinologista.

a revisão alimentar é um capítulo de igual im-portância na manutenção do peso cor-poral adequado. em sua vivência diária no setor de endocrinologia, a especialista verifica um grande número de pacientes que, mes-mo “fazendo dieta”, não conse-gue emagrecer. “nesses casos, certamente a pessoa tem uma concepção errada do que sig-nifica comer de forma correta. a alimentação deve ser ba-lanceada, considerando as características de cada indiví-duo”, ensina.

dra. ana Cristina Belsito: dietas milagrosas não têm

eficácia cientificamente comprovada

ana furtado: rotina de exercícios físicos e

cuidados com a saúde

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Criada no fim dos anos 1990 pelo Ministé-rio da Saúde, a agência nacional de Vigi-lância Sanitária (anvisa) é responsável por

aprovar o registro de novos produtos de saúde no mercado e fiscalizar se eles continuam atendendo às normas de segurança após sua comercializa-ção. Mas a vigilância desses materiais, distribuí-dos por todo o Brasil, é uma tarefa complexa e exige uma atuação descentralizada através do território nacional. Para resolver esse impasse, a agência criou, em 2001, a Rede Sentinela, forma-da por hospitais, clínicas e hemocentros, além da associação Médica Bra-sileira (aMB) e órgãos sanitários estaduais e municipais. a iniciativa busca ampliar o sistema de fiscalização sobre medicamentos, próteses, kits para diagnóstico e equipamentos médico-hospi-talares por meio da colaboração de diversas ins-tituições, que alimentam um sistema on-line com informações a respeito da qualidade e da segu-rança desses produtos.

desde 2003, o HSVP é um dos 208 hospi-tais integrantes da rede. Uma das exigências, na época, foi a criação de uma Coordenação de Risco, que recebe as notificações internas de não conformidades apresentadas por alguns produtos e, após uma análise, as encaminha para a anvisa. “a ideia é fornecer à agência subsídios para que sejam tomadas ações ne-cessárias para a solução do problema”, afirma Robson Luis Maciel, coordenador de Risco do HSVP (foto).“Para isso, treinamos os nossos co-laboradores a notificar todos os eventos adver-sos e queixas técnicas, utilizando um formulário disponível na intranet do hospital.”

Para se candidatar à entrada na rede, os hospi-tais precisam ser de alta complexidade, com grande ou médio portes. de acordo com Robson, hoje o HSVP é uma referência para a agência reguladora, pois “mantém um trabalho intenso de fiscalização interna dos produtos, equipamentos e medicamen-tos, o que garante uma maior qualidade e segu-rança no atendimento aos pacientes”. Segundo o coordenador, agora, o hospital se prepara para mu-dar seu perfil dentro da rede: de ‘participante’ pas-

sará para ‘colaborador’. “isso significa que, além de alimentar os bancos de dados da anvisa, o HSVP poderá desenvol-ver projetos de interesse do Sistema nacional de Saúde. a anvisa busca-va identificar instituições

com destaque em determinadas especialidades, como cardiologia ou oncologia, que pudessem re-alizar ou coordenar projetos e pesquisas relaciona-dos à eficácia e segurança de produtos e tecnolo-gias nessas áreas.”

além da atuação nas áreas de farmacovigilân-cia, tecnovigilância e hemovigilância, a Rede Senti-nela promove iniciativas de capacitação a distância. O programa Sentinelas em ação, uma parceria firmada entre a anvisa e o Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, realiza videoconferências semanais sobre temas da área de saúde. “Há uma grande dificuldade em reunir os representantes de todas as instituições, por isso as tecnologias de informa-ção a distância têm um papel importante de unir e qualificar a rede. as conferências do Sentinela em ação são divulgadas internamente aos nossos cola-boradores, mas estamos estudando a possibilidade de estender a exibição para profissionais de outros hospitais da região da Tijuca”, explica Robson.

Rede SeNtINelA: de OLHO na QUaLidade de PROdUTOS de Saúde HSVP integra projeto da anvisa para fiscalizar fármacos, equipamentos e próteses.

“O HSVP mANtém um tRAbAlHO INteNSO de fIScAlIzAçãO

INteRNA dOS PROdutOS, O que gARANte A SeguRANçA NO

AteNdImeNtO AOS PAcIeNteS”

Hospital São Vicente de Paulo - pág. 6

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Hospital São Vicente de Paulo - pág. 7

até o final do ano, os cariocas poderão aces-sar o Portal Rio Saúde e verificar o nível de qualidade de assistência médica de vários

hospitais públicos e privados do Rio de Janeiro. a iniciativa é resultado do Programa farol, lançado em 2009 pelo médico Josier Vilar.

em seu segundo mandato como presidente do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Casas de Saú-de do Município do Rio de Janeiro (Sindhrio), o especialista em Gestão da Saúde explicou à Re-vista do HsVp como o Programa pode melhorar o atendimento de saúde à população da cidade.

Revista do HSVP – Como a população vai se be-neficiar das informações obtidas pelo Programa farol?

Josier Vilar – O programa monitora os indicado-res da qualidade das unidades assistenciais do Rio. esses dados serão reunidos em um site, o Portal Rio Saúde, com lançamento previsto para o dia 28 de outubro, durante o fórum interna-cional de Gestão em Saúde. O site vai funcionar como um atlas da saúde, através de um siste-ma de georreferenciamento, para que o usuário possa identificar onde encontrar os serviços mais próximos e saber mais sobre sua estrutura física, número de leitos e grau de qualificação, entre outras informações.

Revista do HSVP – Como o senhor avalia a im-portância de monitorar o desempenho de hospi-tais do Rio?

JV – Quando assumi a presidência do Sindhrio e do Conselho de Medicina e Saúde da aCRJ, pro-pusemos a adoção de metas de qualidade assis-tencial para serem alcançadas por toda rede clí-nica e hospitalar até as Olimpíadas de 2016. O primeiro passo foi realizar um censo que mapeou as instituições de saúde da cidade. Hoje sabemos

que temos 217 unidades hospitalares, sendo 144 privados e 73 públicos. além disso, possuímos 18 mil leitos de internação e quase 4 mil leitos de UTi e 3 mil leitos de emergência. Mas ainda esta-mos apurando para saber se esses números são o ideal. a área de saúde precisa estar preparada para receber com qualidade um volume enorme de visitantes durante os eventos esportivos. den-tro desse escopo, o Programa farol acompanha o desempenho das organizações de saúde e as estimula a adotarem as medidas necessárias para aumentar a qualidade de seus serviços.

Revista do HSVP – Como funciona o Programa farol?

JV – Trata-se de uma ferramenta on-line em que os gestores depositam as informações coletadas mensalmente em seus hospitais. dessa forma, eles podem comparar os indicadores de quali-dade de suas instituições com a média global de todos os participantes. São 14 indicadores, como satisfação do cliente, controle de infecção hospitalar, rotatividade dos funcionários, queda de pacientes e número de enfermeiros por leito, entre outros. atualmente, 22 hospitais e serviços de home care participam do programa. a nossa meta é incorporar todos os 217 hospitais do Rio, inclusive os públicos, além de instituições de ou-tras cidades.

Revista do HSVP – Como o senhor avalia a par-ticipação do Hospital São Vicente de Paulo no farol?

JV – O HSVP participa do programa desde o lan-çamento, em 2009, e, pelo seu papel relevante, contribui fortemente para elevar o nível da rede. O HSVP fomenta a melhoria contínua interna-mente, o que serve de forte parâmetro aos de-mais hospitais cariocas.

Hospital São Vicente de Paulo i pág. 7

IlumINANdO O cAmINHO RumO à excelêNcIAPrograma farol estimula a qualidade da rede hospitalar na cidade do Rio de Janeiro.

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POStuRA ceRtA PARA eVItAR A dOR NAS cOStAS

Longas horas em frente ao computador ou à televisão e uso prolongado do laptop, entre outros hábitos da vida moderna, têm levado

jovens, cada vez mais cedo, ao consultório médi-co, com queixas de problemas na coluna. Chefe da ortopedia do HSVP, ilídio Pinheiro (foto) afirma que quase todas as pessoas na fase adulta já tive-ram ou terão, em algum momento de suas vidas, pelo menos, um episódio de dor lombar.

as causas das dores nas costas estão asso-ciadas a múltiplos fatores, como esforço físico, má postura, artrose e hérnia de disco. “O fator desencadeante mais frequente está relacionado à sobrecarga nas vértebras, causada por movimen-tos inadequados e esforço físico, tipo inclinar o tronco para a frente ou levantar um peso. Obesi-dade e fraqueza muscular também são situações predisponentes”, explica.

estresse influencia postura

Problemas psicológicos, como ansiedade e es-tresse, também podem influenciar o aparecimento ou a persistência das dores nas costas. “Muitos erros de postura estão associados ao estado psi-cológico da pessoa”, alerta o médico.

Uma pesquisa feita pelo instituto Brasilei-

ro de Geografia e estatística (iBGe) revelou que quase metade da população assiste à TV mais de três horas por dia e, desse percentual, 58,8% são jovens entre 10 e 17 anos. “Já que não é possível manter os adolescentes longe desses aparelhos, é fundamental começar estimulando as crianças a gostar de jogos que privilegiem a atividade físi-ca”, indica o médico.

em sua rotina no HSVP, ilídio faz importantes recomendações aos pacientes. “Sempre que tiver de levantar uma carga maior de peso, é funda-mental flexionar os joelhos. isso evita o acúmu-lo de tensão nas estruturas da coluna. Procurar manter a postura correta durante as atividades do dia a dia contribui decisivamente para ausência de dor”, alerta.

não há um tratamento padrão para as dores nas costas. Por isso, antes de qualquer prescrição, o especialista não abre mão de uma completa anamnese (pesquisa do histórico de saúde do pa-ciente) e dos exames físicos e de imagem, além dos testes laboratoriais. “Só com essa avaliação é possível definir com segurança a melhor terapêu-tica para cada caso.”

a boa notícia, segundo ilídio, é que boa par-te dos casos pode ser resolvida com reeducação postural, sem necessidade de cirurgia.

Hospital São Vicente de Paulo - pág. 8

fisioterapeuta do HSVP, marcus Sena selecio-nou medidas simples para prevenir possíveis do-

res nas costas e que podem ser adotadas no trân-sito, em casa e no ambiente de trabalho. confira.

Em casa - com as duas mãos, apoie-se em um lugar na altura da

cintura. flexione o tronco para a frente até essa

altura, mantendo a cabeça alinhada com o tronco e as pernas retas, sem dobrá-las. tracione levemente para trás, conte de

10 a 20 segundos, flexione um pouco os joelhos e retorne lentamente à posição ereta;No trânsito - Parado no sinal, solte as mãos do volante, relaxe os ombros para baixo, rotacione a cabeça para um lado, por três vezes, e depois repita o mesmo movimento para o outro lado;No ambiente de trabalho - eleve as duas mãos unidas para cima, respirando fundo; solte o ar. em seguida, afaste um pouco as pernas, solte as mãos, direcione um dos braços para o lado, cur-vando o tronco; com o outro braço com a mão na cintura, permaneça por 10 segundos, e depois re-pita esse movimento para o outro lado, utilizando os braços alternadamente.

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Cólicas fortes e incapacitantes, aumento do fluxo menstrual e dor durante as relações se-xuais podem indicar endometriose, mal que

atinge uma em cada dez mulheres em idade repro-dutiva e pode levar à infertilidade. Segundo o Minis-tério da Saúde, seis milhões de mulheres são porta-doras da doença, mas esse número pode ser ainda maior, uma vez que ela não manifesta sintomas em suas fases iniciais. em geral, as pacientes procuram por tratamento quando o quadro inflamatório já se encontra em estado avançado, com a ocorrência de lesões mais sérias, o que requer uma intervenção por meio de uma técnica cirúrgica conhecida como vídeolaparoscopia.

a endometriose ocorre quando partes do tecido interno do útero, o endométrio, se alojam em outras áreas, em vez de serem expelidas durante a mens-truação. durante a videolaparoscopia, o médico in-troduz um pequeno tubo ótico com cerca de 10 mm de diâmetro, conhecido como laparoscópio, através de uma pequena incisão na região do abdômen. esse instrumento permite a visualização dos focos de tecido endometrial, que são retirados com o uso de um bisturi elétrico.

a videolaparoscopia é uma cirurgia de alta complexidade, que exige uma boa infraestrutura de equipamentos, além de um time de profissionais ex-perientes. “O médico precisa ter um bom conheci-mento a respeito da anatomia interna da região ab-dominal e estar bem treinado para a realização de uma videocirurgia”, explica a ginecologista andréa Rainho, do setor de Cirurgia Videolaparoscópica do HSVP. “O hospital conta com uma equipe bem capacitada para realizar esse procedimento, o que aumenta a segurança para nossas pacientes.”

de acordo com a ginecologista, o método é in-dicado principalmente para os casos mais severos, quando há vários focos de endometriose, princi-palmente em órgãos como intestino, reto, bexiga e uretra. nos estágios iniciais, ela pode ser controlada

com medicamentos que interrompem temporaria-mente o ciclo menstrual, e para isso é fundamental um diagnóstico precoce. “O exame ginecológico clínico é o primeiro passo para diagnosticar a do-ença, que pode ser apontada ainda por exames de imagem, como ultrassom endovaginal, ressonância magnética e a própria videolaparoscopia”, afirma.

a ginecologista afirma que a técnica é mais vantajosa em relação à cirurgia convencional por ser mais segura e facilitar o pós-operatório. “esse procedimento permite identificar o tamanho e o local das lesões, permitindo que o tratamento co-mece imediatamente. a técnica apresenta menor risco de danos às estruturas internas do abdômen e diminui as chances de infecções”, explica andréa. “além disso, a paciente recebe alta no mesmo dia, devendo permanecer de dois a três dias de repouso em casa”.

andréa lembra que a videolaparoscopia é indi-cada também para tratar vários outros problemas ginecológicos, como retirada de miomas uterinos, cirurgia de recanalização de trompas e remoção de cistos, entre outras. Segundo a médica, que é membro da Sociedade Brasileira de Videocirurgia (Sobracil), as pacientes devem realizar um jejum de oito horas antes do procedimento para evitar complicações durante a cirurgia. “após a video-laparoscopia, costuma ser indicado o uso de me-dicação por três a quatro meses para suprimir a menstruação e diminuir o risco de reincidência da doença”, completa.

tRAtAmeNtO efIcIeNte cONtRA eNdOmetRIOSeCirurgia de videolaparoscopia é indicada para casos mais avançados da doença.

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coração, como o infarto agudo do miocárdio”, analisa.

Maurício de Rezende Barbosa, presidente da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardio-logia intervencionista (SBHCi), é outro defensor dos progressos da angioplastia. Segundo ele, “a evolução tecnológica ocorrida nas últimas três décadas tornou esse tipo de cirurgia mais eficaz e segura, permitindo recuperação rápida, melhora significativa na qualidade de vida dos pacientes e redução da mortalidade em grande parte dos casos de infarto”.

no infarto agudo do miocárdio, a morte par-cial do músculo cardíaco, devido à obstrução do fluxo sanguíneo nas artérias coronárias, ocorre de forma rápida. Portanto, muitas pessoas mor-rem ou ficam com sérios problemas cardiológicos porque demoram a buscar socorro médico. Cyro Vargues explica que a agilidade no atendimento, desde o início dos sintomas até o momento de desobstrução da artéria, é primordial para a efi-

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), doenças cardiovasculares matam cerca de 17 milhões de pessoas por ano.

entre as principais está o infarto agudo do mio-cárdio (iaM), responsável por 35% desses óbitos. Mas o que ainda é alarmante tende a diminuir com a contínua evolução da cardiologia interven-cionista (ou hemodinâmica), principalmente no diz respeito à angioplastia. Quem afirma é o car-diologista e chefe do Serviço de Hemodinâmica. do Hospital São Vicente de Paulo, Cyro Vargues.

de acordo com o especialista, o método mais indicado para o tratamento do iaM é a angio-plastia coronária, procedimento no qual é feita a desobstrução, por cateter, de uma artéria entupi-da e implantada uma prótese metálica chamada stent, que pode ser recoberta ou não de medica-mentos – stents farmacológicos. “na década de 60, a hemodinâmica era aplicada apenas para fins diagnósticos. Hoje, ela é vista como uma te-rapia muito eficaz no tratamento de doenças do

angioplastia evolui e se consagra como técnica eficaz contra doenças coronarianas.

POR deNtRO dO cORAçãO

equipe do Serviço de Hemodinâmica do HSVP, coordenada pelo cardiologista Cyro Vargues (ao centro)

Hospital São Vicente de Paulo - pág. 10

Page 11: Revista HSVP

cácia da angioplastia e de qualquer outro trata-mento. “esse intervalo deve ser de 4 a 6 horas, no máximo. a partir daí, a possibilidade de insucesso vai aumentando gradativamente”, explica.

e foi exatamente a rapidez no atendimento que salvou a vida do empresário Marcelo almeida, de 48 anos, que em agosto de 2006 sofreu um infarto agudo do miocárdio e se submeteu a uma angio-plastia para colocação de um stent. “Logo que co-mecei a sentir uma pressão forte no centro do peito e suor na mão esquerda, sabia que eram sintomas de infarto e corri para o hospital. Chegando lá, fui atendido pela emergência e transferido para o serviço de hemodinâmica. Minutos após a cirurgia, a dor havia desaparecido”, relata.

Marcelo sempre praticou atividade física e manteve hábitos saudáveis. Seu único problema, no entanto, é o estresse diário, um dos principais causadores do infarto. “Sou diretor de uma esco-la de pilotagem de helicóptero. Ou seja: tenho muita responsabilidade e poucas possibilidades de relaxamento. Mas já prometi ao meu cardiolo-gista que vou tentar desacelerar um pouco”, con-ta o empresário.

anualmente, são realizadas 90 mil angioplas-tias no Brasil, um número duas vezes maior ao de cirurgias cardíacas convencionais e invasivas. no entanto, por mais que muitos hemodinami-cistas e cirurgiões defendam com unhas e den-tes os benefícios de uma técnica sobre a outra, os estudos científicos ainda não são conclusivos para todas as pessoas com lesões obstrutivas das artérias coronárias. “na rotina hospitalar, 5% dos stents resultam em processo inflamatório e cica-trização mais acentuada, com risco de uma nova obstrução. em contrapartida, o procedimento é infinitamente menos invasivo. em no máximo dois dias, o paciente volta às atividades normais. Já a cirurgia de revascularização miocárdica em casos complexos – como o de pacientes diabéticos com múltiplas lesões – pode oferecer uma durabilida-de maior no tratamento, mas o ato cirúrgico e o pós-operatório são mais complicados”, compara Vargues.

Novidades na angioplastia

Um novo tipo de stent foi testado em São Pau-lo, no começo de agosto, em uma paciente de 61 anos. Trata-se de uma prótese para desobstru-

ção das artérias coronárias, totalmente absorvível pelo organismo. “esse dispositivo acaba de vez com os efeitos colaterais provocados pelos seus antecessores metálicos”, ressalta o dr. Cyro Var-gues. Conhecida como absorb, a nova prótese é confeccionada a partir do ácido polilático, um material semelhante ao plástico, também utili-zado em suturas. Sua absorção pelo organismo ocorre seis meses após o implante, tempo neces-sário para que as artérias consigam permanecer abertas sem auxílio.

a partir do ano que vem, o modelo será libe-rado para comercialização na europa. no Brasil, a liberação deve ocorrer no início de 2013. Tudo porque, para que seja autorizada a utilização do procedimento em hospitais e clinicas, é preciso confirmar a durabilidade do resultado. “ano que vem, teremos resultados mais robustos, que pos-sam beneficiar a liberação comercial”, adianta.

dicas para reconhecer um infarto

• dor forte no meio do tórax, semelhante a aperto ou queimação

• dormência e sensação de formigamento no braço esquerdo

• dor forte no pescoço• taquicardia• falta de ar• tontura• NáuseaSe alguma pessoa perto de você estiver com esses sintomas, leve-a para o hospital ou chame uma ambulância, com urgência.

Hospital São Vicente de Paulo - pág. 11

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O PAcIeNte POde PeRdeR 50/60 quIlOS

dO Seu PeSO, AO lONgO de um ANO

empresário, 88 quilos, 1m 76 cm, 32 anos, noivo e feliz. essa é a descrição de Roberto Oliveira, que, apesar de hoje exibir uma si-

lhueta enxuta e um estilo de vida saudável, já pe-sou 130 kg. foram numerosas dietas sem sucesso para emagrecer, somadas aos aborrecimentos e transtornos que um corpo obeso pode carregar. a solução só veio há dois anos, quando se submeteu à cirurgia de redução de estômago. “Se-paro a minha vida em antes e depois da operação. e digo que comecei a viver aos 30 anos”, declara.

Conhecida cientificamente como cirurgia ba-riátrica e metabólica, a redução de estômago é realizada com diferentes métodos. no Hospital São Vicente de Paulo, por exemplo, a técnica mais utilizada é a mista, chamada de gastroplas-tia redutora vertical com bypass em Y-de-Roux à fobi-Capela. “essa cirurgia objetiva diminuir a capacidade de ingestão do estômago e a absor-ção dos alimentos pelo intestino”, explica o cirur-gião geral Josué Kardec (foto), que, junto com os especialistas alfredo fontes, antônio Carlos Pantaleão Junior e Susy Cohen, compõe a equipe do Serviço de Cirurgia Bariátrica do HSVP. Kardec salienta, ainda, que as demais técnicas também resultam na perda significativa de peso corporal e na melhora da qualidade de vida.

Indicação precisa

Segundo o especialista, a cirurgia bariátrica, apesar do efeito trans-formador na vida de muitos pacientes, tem indica-ção para indivíduos com obesidade grau iii (mórbida), quando

o Índice de Massa Corporal (iMC) está acima de 40 kg/m2; ou obesidade grau ii, quando o iMC é maior que 35 e existe a associação com outras doenças, como diabetes e hipertensão. além dis-so, a seleção requer, ao menos, cinco anos de problemas relacionados à obesidade e insucesso no tratamento convencional. do contrário, reco-

menda-se acompanhamento médico, dieta nutricional e su-porte psicológico, para ajudar a mudança dos hábitos e, em alguns casos, diminuir a com-pulsão alimentar.

Consciência e mudança ra-dical no estilo de vida são a tônica para qualquer processo de emagrecimento. e para os pacientes que se submetem à redução de estômago, essa disciplina é ainda fundamental. “a cirurgia bari-átrica vem acompanhada de restrições que nem sempre o paciente está disposto a aceitar. Por isso, temos muito cuidado ao transmitir informa-ções relativas a todo o processo. É importante, antes de qualquer tipo de procedimento cirúrgico, saber como será e que impacto terá em sua vida”, explica o especialista.

Pré e pós-operatório

Os cuidados no pré e no pós-operatório são bastante extensos. Quando o médico, em con-junto com o paciente, decide que a melhor op-ção para o tratamento da obesidade é a cirur-

gia bariátrica, inicia-se uma maratona de exames complementares (hemograma,

sorologias, bioquímica, endoscopia, ultrassonografia abdominal, prova

de função respiratória etc.), consultas com diferentes especialistas (nutricionis-tas, cardiologistas, en-

cIRuRgIA de ReduçãO dO eStômAgO

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a medida certa contra a obesidade mórbida.

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docrinologistas, etc.), análises psicológicas e par-ticipação em grupos de psicoterapia. Tudo para que a pessoa entenda os riscos do procedimento e, o mais importante, fique ciente do quanto a sua vida vai mudar depois da cirurgia. “O pa-ciente pode perder 50/60 quilos do seu peso ao longo de um ano. Mas, na avaliação do sucesso, também se leva em consideração a melhora sig-nificativa da autoestima, da vida social e sexual e das condições de trabalho. no entanto, existem os sacrifícios. afinal de contas, é um ato cirúrgico complexo”, comenta Josué Kardec.

um time em campo para o sucesso do tratamento

assim como o pré, o pós-operatório também determina o êxito do tratamento. no HSVP, há um time de psicólogos, psiquiatras, endocrinologis-tas, clínicos e nutricionistas que pode realizar o acompanhamento minucioso e garantir o apoio ao paciente. Os primeiros meses depois da cirur-gia são os mais rigorosos. “O paciente é subme-tido a uma dieta à base de líquidos nas primeiras semanas e, só depois, progressivamente, ele é liberado para ingerir alimentos com consistência

pastosa, até chegar aos alimentos sólidos, como carne etc.”, explica o cirurgião, chamando a aten-ção para a importância da mastigação no novo processo digestivo: “É muito comum a pessoa se alimentar com muita rapidez, mastigar pouco e o alimento chegar ainda volumoso ao estômago. isso pode causar obstrução e, se não houver uma resolução espontânea do organismo, a necessi-dade de procedimento endoscópico.”

benefícios comprovados, mitos e verdades

apesar das restrições, a cirurgia bariátrica traz numerosos benefícios. estudos realizados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Me-tabólica (SBCBM) comprovam que pessoas sub-metidas à cirurgia passam a controlar melhor as doenças associadas à obesidade, como diabetes e hipertensão; gastam mais tempo com lazer e ati-vidades físicas; e apresentam mais autoconfiança. “em dois anos, perdi mais de 40 quilos, fiquei mais vaidoso, passei a praticar atividade física quatro vezes por semana e ainda encontrei uma noiva. Olha quantos benefícios a nova vida me trouxe”, festeja o empresário Roberto Oliveira.

após cerca de 40 anos, desde o primeiro procedimento realizado no Brasil, a cirurgia bariátrica avançou bastante. no entanto, alguns mitos ainda permanecem controversos para muitos pacientes. Confira.

MiTOS VeRdadeS

Quem faz a cirurgia bariátrica fica propenso a alcoolismo, uso de drogas ou comportamento compulsivo para compras

Perde-se mais peso nos primeiros seis meses

Em um ano de pós-operatório, o paciente normalmente engorda A mulher pode engravidar, sem riscos, com 15 meses de pós-operatório

A depressão é uma consequência comum para quem faz a cirurgia Há tendência à anemia no pós-operatório

O paciente sente muitas dores no primeiro mês do pós-operatório Deve-se prestar toda a assistência e orientação à família do paciente, oferecendo o máximo de informações solicitadas

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quAReNtA ANOS dedIcAdOS à

medIcINA

deus encontrei um clínico. Vim aqui para o senhor me dizer o que tenho que fazer.” ele quer saber qual especialista recomendar. em 80% dos casos, o clíni-co mesmo resolve os problemas, sem necessidade de encaminhar para um especialista. Os remanes-centes clínicos gerais continuam ganhando espaço por essa angústia do paciente de não saber a quem se dirigir. eles querem um médico que os ouça.

Revista do HSVP – Por que isso acontece?

Leopoldino Guerra - Uma das coisas que se vê na medicina hoje é a falta de conversa com o pacien-te, que acaba sendo compensada com pedidos de exames. O paciente chega ao consultório e sai com uma enorme lista de exames para serem fei-tos, enquanto uma boa anamnese e um exame físico completo resolveriam o problema.

Revista do HSVP - Como começou sua trajetória na medicina?

Leopoldino Guerra - Minha formação médica é especificamente em terapia intensiva e clínica geral. formei-me em 1970, então já tenho 40 anos de formado. acho que, desde pequeno, queria ser médico. Meu pai era médico e aban-donou a profissão para seguir a vida acadêmica. então não tive aquela figura do médico atuante em casa, figura esta que meus filhos tiveram. Ouvia as histórias românticas da medicina con-tadas por ele, os magníficos tratados de medi-cina franceses, com ilustrações que eram obras de arte. nenhum dos meus dois filhos escolheu a medicina como profissão. acredito que, em parte, seja porque eles viam o pai, que sempre saía cedo e voltava tarde, além das ausências pelos plantões. É uma profissão realmente mui-to sacrificante.

“a medicina era mais arte do que ciência. Mas, hoje em dia, ela é muito mais ci-ência do que arte.” a afirmação talvez

jamais seja pronunciada por um médico recém-formado. no entanto, em 41 anos de exercício da profissão, o clínico geral Leopoldino Guerra acompanhou essa transformação e viu as escolas de medicina passarem a ser influenciadas pelo modelo norte-americano, em que prevalecem a objetividade e a especialização, e a figura do clí-nico ceder espaço para os especialistas.

filho de médico, o carioca que escolheu a me-dicina por influência das histórias contadas pelo pai, formou-se na faculdade nacional de Medici-na, hoje faculdade de Medicina da Universidade federal do Rio de Janeiro (UfRJ), e começou a carreira como médico do setor de terapia intensi-va do Hospital do andaraí, na Zona norte do Rio de Janeiro, onde mais tarde se tornou chefe do serviço. foi pelas mãos de um colega, também médico desse mesmo hospital, que Leopoldino chegou ao São Vicente de Paulo (HSVP), há 40 anos. apesar de uma agenda atribulada, o mé-dico recebeu a equipe da Revista do HsVp para falar sobre sua trajetória na medicina e o para-doxo que enfrentam os clínicos gerais nos dias atuais.

Revista do HSVP - O senhor é clínico geral, e hoje em dia o generalista vem perdendo espaço para o especialista. Os pacientes ainda querem se consultar com um clínico geral?

Leopoldino Guerra – É verdade. Hoje em dia, existem os especialistas, e o paciente fica confu-so, porque ele tem determinados sintomas e não sabe a quem deve recorrer. Quando atendo esse paciente, geralmente ele fala: “doutor, graças a

Leopoldino Guerra

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está muito fragilizado, angustiado, por não saber o que está acontecendo. e as fantasias que se for-mam são as piores possíveis, inclusive o medo de morrer. Quando ele vê que as coisas se resolvem, que esses medos eram irreais, fica extremamente grato. isso é uma recompensa muito grande.

Revista do HSVP - e o outro lado? O que menos lhe agrada?

Leopoldino Guerra - a falta de reconhecimento da profissão e a não valorização do médico. dizem que medicina é sacerdócio e tem que ser feita por altruísmo. Mas medicina é uma profissão como outra qualquer. Claro que tem que ter vocação, mas tem que haver também um retorno.

Revista do HSVP – Qual a diferença entre praticar a medicina hoje e há quarenta anos?

Leopoldino Guerra - a medicina se tornou muito mais fácil do que era antigamente, quando tínha-mos que contar muito mais com o tato clínico e com a sorte em determinados diagnósticos, por-que não se tinha como fazer a confirmação por exames complementares. atualmente, há uma gama enorme de exames complementares que confirmam suspeitas diagnósticas.

Revista do HSVP – nesses 40 anos de profissão, houve algum caso difícil na carreira, do qual ja-mais esquecerá?

Leopoldino Guerra – inúmeros. alguns deles se destacam, como quando estávamos em Petrópolis passando o final de semana e meu filho Bernardo, então com um ano e oito meses de idade, mostra-va-se irrequieto, sem conseguir dormir. Quando fui examiná-lo, verifiquei que ele estava com frequência cardíaca extremamente alta, acima de 240 batimen-tos por minuto. Liguei para o HSVP e avisei que esta-va indo com o Bernardo ao hospital. Quando che-gamos, foi monitorado e realizado um eletro. Como tinha experiência em CTi, eu que fui o responsável por fazer o choque precordial para a reversão da arritmia. O choque machuca, e Bernardo começou a chorar de um lado e eu a chorar de outro. É algo que nunca mais esquecerei. Outro fato inesquecível também foi a emoção de assistir ao nascimento das minhas netas gêmeas. assisti ao parto e foi choro de alegria, ao contrário da noite de estresse do Bernar-do, que foi choro de desespero. emoção só com-parável ao nascimento dos filhos, da isabela, a mãe das gêmeas, e do Bernardo.

Revista do HSPV – O senhor chegou a pensar em seguir a vida acadêmica também, por conta des-se exemplo?

Leopoldino Guerra - durante o curso de medi-cina pensei, sim, em fazer carreira universitária, tanto que dava aula de clínica médica para os alunos da Universidade de Vassouras, no estado do Rio de Janeiro. Mas, quando estava no quinto ano de medicina, fiz um concurso para ser bol-sista acadêmico do Hospital do andaraí, no setor

de terapia intensiva do hospital. O chefe do CTi do andaraí, o médico José fisz, me chamou para trabalhar como médico substituto de férias no ser-viço assim que me formei. exatamente nessa épo-ca, fui convidado por um colega médico, César Barroso, que também trabalhava no Hospital do andaraí, para atuar no HSVP. na época, a irmã Matilde estava reorganizando o hospital. Che-guei ao HSVP em 1971 e estou aqui desde então. Continuei a trabalhar no Hospital do andaraí até me aposentar e cheguei a chefiar o serviço de te-rapia intensiva por muitos anos. Também fiz con-curso para o Hospital Central do exército, para o setor de terapia intensiva. além desses locais, atendo em meu consultório desde 1970, em Co-pacabana.

Revista do HSVP - O que o apaixona nessa pro-fissão?

Leopoldino Guerra - ajudar as pessoas. isso é pra-zeroso. O retorno que as pessoas dão no sentido de dizer: “doutor, melhorei”; “doutor, passou”, porque, quando o paciente nos procura, sempre

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quedAS AINdA SãO A mAIOR cAuSA

dAS fRAtuRAS em IdOSOS

Os avanços na medicina e a melhoria nas condições de vida da população se re-fletem automaticamente no aumento da

média de vida do brasileiro, que poderá chegar ao patamar de 81 anos em 2050, segundo pro-jeção do instituto Brasileiro de Geografia e esta-tística (iBGe). isso significa que o Brasil poderá alcançar o mesmo nível registrado atualmente na islândia ou no Japão. esse índice de envelheci-mento também demonstra que, pelas estimativas do instituto, em 2050, para cada grupo de 100 crianças de 0 a 14 anos, existirão 172,7 idosos de 65 anos ou mais.

Com a expectativa de vida aumentada, o bra-sileiro também passa a ter que se adaptar a essa nova realidade. não é à toa que a sociedade, mais atenta às necessidades inerentes ao envelhe-cimento da população, vem se mobilizando em torno dessa questão, promovendo ações concre-tas nesse sentido, como a instituição do estatuto do idoso.

Com isso, a chamada terceira idade ganha mais mobilidade e até mesmo independência, as-sumindo papéis antes reservados aos mais jovens, como morar sozinho ou ter vidas social e sexual ativas. no entanto, esse processo de adaptação está em formação e ainda necessita de atenção, principalmente no que tange à saúde do idoso. em consonância com essa nova realidade, a me-dicina geriátrica vem experimentando avanços consideráveis no sentido de também melhorar a qualidade de vida dessas pessoas.

O objetivo é que, no futuro, algumas doenças típicas do processo de envelhecimento, como oste-oporose e problemas nas articulações, sejam mais bem controladas ou até mesmo diminuídas consi-deravelmente. Hoje, talvez por falta dessa preocu-pação com a qualidade de vida nas gerações an-teriores, ainda há um grande número de pessoas da terceira idade que se veem limitadas por conta dessas doenças, como a osteoporose, que atinge principalmente mulheres após a menopausa, au-mentando a chance de fratura por quedas.

Queda é um evento que pode ser visto por vá-rios ângulos, considerando-se a faixa etária, o am-biente, o momento, a atividade exercida no mo-mento da queda, sua repercussão, possibilidade de recorrência e intervenções para evitá-la. a queda sofrida por uma criança que começa a aprender a andar faz parte do processo e geralmente é sem gravidade. a queda sofrida por um adulto jovem durante prática esportiva é outro problema e tem suas particularidades. a queda do idoso, por outro lado, é tão frequente e grave que caracteriza uma das principais síndromes geriátricas.

a queda no idoso é uma síndrome complexa, de alta frequência, de etiologia multifatorial e de graves consequências. O estudo dos fatores as-sociados às quedas também nem sempre é com-pleto, porque inclui as características de quem cai (fatores intrínsecos) e do meio ambiente (fatores extrínsecos), bem como do seu estilo de vida (fato-res comportamentais). autores variados propõem diversos modelos de estudo, nem sempre incluindo

Roberto Alves Lourenço - chefe do Serviço de Geriatria - Hospital São Vicente de Paulo

Professor titular de Geriatria - PUC-Rio - coordenador do Laboratório de Pesquisa em Envelhecimento Humano – GeronLab – da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

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todos os grupos de fatores, como no modelo pro-posto pela Organização Mundial da Saúde.

as complicações podem variar desde uma sim-ples escoriação até a necessidade de atendimento médico em diversos graus, indo da simples sutu-ra de uma lesão superficial até a necessidade de tratamento para uma fratura do quadril, procedi-mento cirúrgico de alta complexidade e custo. as consequências das quedas motivam atitudes pre-ventivas com propostas de vários programas.

a queda de idosos necessita de equipe multi-profissional para o diagnóstico e a abordagem dos fatores associados, incluindo diversas categorias de profissionais de saúde. É alta a prevalência e incidência de queda entre idosos na comunidade. aproximadamente 35% a 40% das pessoas acima de 65 anos sofrem, pelo menos, uma queda por ano. Metade chega a sofrer mais de uma queda. a prevalência aumenta com a idade, chegando a 50% acima dos 80 anos. Tais pacientes sempre necessitam de atendimento e sua complexidade depende do impacto da queda.

estudo realizado por especialistas do Labora-tório de Pesquisa em envelhecimento Humano da Uerj, em conjunto com o CnPq e a faperj, com moradores acima de 65 anos da Zona norte do Rio de Janeiro, constatou que mais de 30% dos entrevistados já haviam sofrido, pelo menos, uma queda nos últimos 12 meses. a pesquisa aponta que as quedas de idosos têm como causas tam-bém uma série de fatores, externos e intrínsecos, associados, que vão do uso de medicamentos a pisos inadequados.

O mesmo idoso que cai em casa, por exemplo, não é aquele que sofre um tombo na rua. O ido-so que cai na rua geralmente é aquele mais inde-pendente, que vai à rua sozinho, mas, por fatores externos, como um buraco na calçada ou um local menos iluminado, leva um tombo. Já o idoso que sofre uma queda em casa, na maioria das vezes mora na companhia de outras pessoas e não é tão independente assim.

Outros aspectos com relação aos idosos tam-bém devem considerados, como o uso de medi-cações cardiovasculares ou tranquilizantes. alguns idosos que estão fazendo uso de certos tipos de medicamento para o coração, por exemplo, po-dem apresentar quadros de desequilíbrio ao pas-sar da posição deitada para a de pé. isso ocorre devido a um fenômeno chamado hipotensão pos-tural, quando o sangue demora a irrigar o cére-bro causando pressão baixa e, consequentemente, tonteira e quedas.

Juntamente com os fatores descritos acima, a queda de idosos também é muito comum em pa-cientes que apresentam problemas visuais, como catarata e fraqueza muscular, ou ainda nos que vi-vem em ambientes sem adaptação às necessidades do idoso. em casa, o local mais comum de queda é o banheiro. Para evitar acidentes, são recomen-dáveis medidas como a colocação de barras de segurança e pisos antiderrapantes nos cômodos.

Como conclusão, devemos salientar que que-das de idosos constituem grave problema de saú-de pública, de frequência alta e maior nos indi-víduos muito idosos e nos subgrupos com maior fragilidade. O seu impacto é grande, tanto sobre o indivíduo quanto sobre a sociedade, devido ao aumento da morbidade e da mortalidade e ao alto custo para a sociedade.

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tRAbAlHO VOluNtáRIOdoação em mão dupla

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deparei-me com um paciente chorando muito. Per-guntei o que tinha acontecido e ele respondeu que havia brigado com toda a sua família e agora es-tava com medo de morrer sozinho. Conversamos por algum tempo, até que consegui convencê-lo a ligar para seu filho. foi gratificante”, conta Tava-res, reforçando que todo voluntário é um agente de transformação, pois tem a possibilidade de de-senvolver atitudes e ações de cidadania, além de ajudar a humanização do hospital.

atividades novas estão sendo incorporadas à pastoral. Os Trovadores da alegria são uma de-las. desenvolvida pelos voluntários Mônica Pes-soa e alan Kardec dos Santos, a iniciativa tem como objetivo divulgar os eventos do HSVP e le-var um pouco de alegria aos pacientes por meio da música. O repertório da dupla é bem eclético. Vai da canção litúrgica a versões de marchinhas de carnaval, passando por cantigas infantis.

além das atividades religiosas, a pastoral organiza também um coral, composto por vo-luntários, médicos e irmãs, e bazares, nos quais são vendidos produtos novos e usados. “a quan-tia arrecadada é utilizada na compra de cestas básicas para pacientes atendidos pelo Setor de Serviço Social”, revela Celeste Barcelos, secretá-ria da pastoral.

nos últimos dez anos, empresários de todos os segmentos abriram seus horizontes para questões relacionadas à cidadania

e à responsabilidade social. no Hospital São Vicente de Paulo, por exemplo, essas atividades já estão inseridas na rotina da instituição desde 1999, período em que foi implantada a Pastoral da Saúde. “Mesmo com um começo tímido e foco no suporte espiritual, a pastoral conquistou seu espaço. Hoje, ela realiza 26 mil ações ao ano e conta com 27 voluntários fixos, que se revezam na visitação a pacientes, abordagem religiosa e organização de eventos, entre outras atividades”, afirma a coordenadora da pastoral do HSVP, irmã Josefa Lima.

Segundo a irmã, se uma expressão pudesse definir o trabalho da pastoral, essa expressão se-ria: “doação em mão dupla”. isso porque, ao dedicar seu tempo ajudando desconhecidos, o voluntário doa energia e criatividade, mas, em contrapartida, ganha contato humano, oportuni-dade de aprender coisas novas e satisfação de se sentir útil.

dentro do universo de ações, a principal é a visitação a pacientes internados, atividade na qual surgem histórias emocionantes, como a do volun-tário Sebastião Tavares, de 69 anos. “Certa vez,

PARA SeR um VOluNtáRIO

Qualquer pessoa pode iniciar o trabalho vo-luntariado no HSVP. O primeiro passo é identifi-car-se com a filosofia da instituição, que é uma Comunidade Católica das filhas da Caridade de São Vicente de Paulo. em seguida, é preciso as-sinar o Termo de adesão ao Serviço Voluntário, no qual se encontram as principais instruções do trabalho na instituição. “apresentar-se ao respon-

sável do setor a ser visitado sempre que chegar; dar prioridade aos mais necessitados de apoio espiritual; não interromper o paciente que estiver sendo atendido pelo médico ou pela equipe de enfermagem; e não se esquecer de anotar, no caderno de ocorrências, as atividades realizadas são algumas instruções que o novo voluntário deve seguir”, explica Celeste.

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Semana de São Vicente de Paulo

nos dias 27 e 28 de setembro, o HSVP realizará mais uma Sema-na Comemorativa de São Vicente de Paulo, festividade presente no calendário da instituição desde sua fundação. entre as atividades confirmadas, estão: a Missa Solene, que será sediada no auditório do Centro de Convenções irmã Mathilde, e a tradicional adoração ao Santíssimo, que ocorrerá no Oratório do Hospital, em frente ao Setor de emergência. O evento é gratuito. Para mais informações, no site do HSVP: www.hsvp.org.br

Jornada de Fisioterapia

Temas como investigação dos distúrbios Osteomusculares Rela-cionados ao Trabalho de Profissionais de Telemarking, impacto da incontinência Urinária na Vida dos idosos e Cuidados Pré e Pós Ci-rurgia Bariátrica são alguns destaques da programação da Jornada de fisioterapia 2011, que ocorre no dia 21 de outubro, a partir das 13h, no auditório do Centro de Convenções do HSVP. Serão oito palestras, ministradas por profissionais do hospital e de outras ins-tituições. “esse ano, vamos abordar as novidades fisioterápicas nas áreas de ortopedia, neonatologia e geriatria, entre outras”, destaca denise Portugal, organizadora da jornada. entrada franca.

Reacreditação a caminho

entre os dias 26 e 30 de setembro, o HSVP recebe os avaliadores do Consórcio Brasileiro de acreditação (CBa), representante exclusivo da Joint Commission in-ternational (JCi), a maior instituição acreditadora em saúde do mundo. Os con-sultores vão avaliar a qualidade dos serviços, para revalidar o selo de acredita-ção, recebido pelo hospital em dezembro de 2007.de acordo com o coordenador de Qualidade, Vanderlei Timbó, o HSVP vem se preparando desde o fim de 2010 para essa visita, intensificando ações como treinamento de gerentes e coordenadores médicos, palestras de sensibilização e revisão de políticas ins-titucionais e procedimentos da qualidade. “apesar dessa mobilização especial, o trabalho desenvolvido no hospital é mantido dentro de altos padrões de qualidade e de melhoria contínua durante todo o ano, independentemente desse evento específico”, conta. Para Vanderlei, os desafios da reacreditação são ainda maiores, uma vez que o Manual de Padrões da JCi foi revisado e trouxe alterações mais rigorosas. “Precisamos estar atentos às novas exigências. a manuten-ção da acreditação está baseada em uma solidez dos processos assistenciais e administrativos, além da relação de transparência com pacientes e colaboradores”, afirma.

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