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EVENTOS III Campeonato de Fisiculturismo e Fitness ENTREVISTA Luiz “Lula“ Eduardo preparador físico SAÚDE Luxação acrômio clavicular NUTRIÇÃO Competir abaixo do peso Ano I - nº 001 Outubro/Novembro - www.revistacompetidor.com.br Distribuição Dirigida EVENTOS: Confira como foi o Shooto Brasil 18 1° CAMPEONATO SEM KIMONO DE BRASÍLIA Cobertura completa do evento que mostrou o alto nível dos atletas da capital

Revista Competidor ed. 001

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-1º Campenato sem kimono de brasília - III Campeonato de Fisiculturismo e Fitness - Shooto Brasil 18 - Entrevista com Lula Guerreio - Luxação acrônimo clavicular - Marcelo Tigre - Brasileiro absoluto de Taekowndo - Campeonato Brasileiro de Muay Thai tradicional - Competir abaixo do peso

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EVENTOSIII Campeonato de Fisiculturismo e Fitness

ENTREVISTALuiz “Lula“ Eduardo preparador físico

SAÚDELuxação acrômio clavicular

NUTRIÇÃOCompetir abaixo do peso

Ano I - nº 001 Outubro/Novembro - www.revistacompetidor.com.br Distribuição Dirigida

EVENTOS: Confira como foi o Shooto Brasil 18

1° CAMPEONATO SEM KIMONO DE BRASÍLIACobertura completa do evento que mostrou o alto nível dos atletas da capital

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DIRETORAnderson Menezes [email protected]

EDITORAnderson Menezes [email protected]

REPORTAGEMLeôncio [email protected]

REVISÃOJoaci Jú[email protected]

FOTOGRAFIAGeolando Gomes, Fábio Mendes de Assumpção, stock.xchng.

DIREÇÃO DE ARTEIvan [email protected]

PROJETO GRÁFICO/DIAGRAMAÇÃOIvan [email protected]

[email protected](61) 8561.2021

ENDEREÇOCSB 03 lote 08 loja 05Home page: www.revistacompetidor.com.brTwitter: www.twitter.com/RevCompetidor

DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDAAcademias, Lojas de Suplemento, Lojas Esportivas e moda jovem, Clinicas de Estéticas e mala direta aos atletas.Todos os artigos assinados e anúncios não refletem a opinião da Revista Competidor, sendo seus autores responsáveis pela publicação dos mesmos.

Queremos, primeiramente, agradecer a todos que, de alguma forma, contribuíram para a solidifica-ção deste projeto, em especial ao presidente da

Federação Brasiliense de Jiu Jitsu, Roney Silva, que tem demonstrado, nesses 3 últimos anos, ser um dos grandes incentivadores do esporte local. Vale destacar, também, a colaboração dos outros presidentes, diretores, técnicos, mestres, professores e alunos que fazem do esporte seu estilo de ser.

Brasília possui uma comunidade de admiradores das ar-tes marciais, que une desde atletas profissionais a apenas amantes das lutas. E é justamente para vocês que a Re-vista Competidor surge como canal de informação e di-vulgação dos esportes de contato da Capital Federal e do Entorno.

O nosso foco será o cotidiano dos nossos atletas. Além de mostrar o dia-a-dia desses guerreiros, vamos voltar às ori-

gens - onde tudo começou – com o objetivo de reconhecer e homenagear todos aqueles que escreveram o nome de Brasília no cenário esportivo local e nacional.

Entretanto, vale lembrar que a Revista Competidor não será restrita apenas ao mundo das lutas. Pretendemos, ao longo das outras edições, abordar assuntos relacionados a fisiculturismo, levantamento de peso e atletismo, moda-lidades que também fazem parte da história de Brasília.

Esse será apenas o começo deste projeto, que tende a se tornar grande ao longo do tempo. E, assim como todos os competidores, vamos fazer todo o esforço para chegar em primeiro e subir ao lugar mais alto do pódio. Mas sem es-quecer, é claro, que o mais importante é sempre competir.

Anderson MenezesEditor Responsável

[email protected]

NASCE UMA NOVA REVISTA

Capa: Pedro Galizo e Leonardo Pereira em foto de Geolando Gomes e montagem de Ivan Oliveira.

OUTUBRO / 2010 / REVISTA COMPETIDOR | 3

EDITORIAL

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04 CALENDÁRIOConfira os principais campeonatos e seminários dos meses de outubro e novembro.

11 EVENTOSBrasilienses trazem duas medalhas de ouro do Brasileiro Absoluto de Taekowndo.Tudo preparado para o Campeonato Brasileiro de Muaythai Tradicional em Brasília.

17 PERSONALIDADESMarcelo Tigre.

20 NUTRIÇÃOCompetir abaixo do peso. Qual a desvantagem?

26 PRATA DA CASAJudoca Brasiliense Hugo Hendrick é esperaça de medalha no panamericano de judô.

18 1º Campeonato sem kimonoA FBJJDF realizou seu primeiro torneio com a participação de vários atletas da cidade e de outros estados.

Sucesso absoluto no III Campeonato de Fisiculturismo e Fitness.

Guto Inocente arrebenta no Shooto Brasil 18.

Luxação acrômio clarivuclar. O que é isso?

A Revista Competidor entrevista o Preparador físico Luiz “Lula“ Eduardo.

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OUTUBRO NOVEMBROJIU-JITSU

22 a 24 | Pan-Americano - DF22 | Brasileiro Sem Kimono - RJ

07 | Open Brasília - DF27 a 28 | Sul-Brasileiro - PR

TAEKOWNDO8 a 10 | XV Brasil Open -Santos –SP11 a 18 | Panamericano - Equador

4 a 8 | Copa do Brasil - RN

JUDÔ

1 a 3 | Pan-Americano Sub 13-15 Panamá23 | Primeira divisão - DF25 a 26 | VII Troféu Brasil - RS23 | Gran Prix Nacional Final - SP30 | Divisão especial - DF

4 a 7 | Sul-Americano sub 13-15 - Uruguai8 a 14 | Olimpiadas universitárias - SC13 | Divisão especial - DF12 a 14 | X Brasileiro das ligas de judô - DF13 a 15 | Sul- Americano 20 | Equipe - DF

CURSOS, FEIRAS E SEMINÁRIOS

21 a 24 | Brasíla Capital Fitness - DF 06 e 07 | Curso Técnico de musculação - SP

LEVANTAMENTO DE PESO

10 | Copa do Mundo de Supino - SP16 | Campeonato Sulamericano de Agachamento, Supino Terra e Power bícepes - RS17 | Copa do Brasil de Supino Terra

14 | Copa Araraquara de supino terra - SP20 | Copa Oeste de Supino - SC

FISICULTURISMO30 | Mr. e Mrs. Universo de Culturismo - Inglaterra

13 | Mr. Cabo Frio - RJ3 | Mundial de Culturismo - Azerbaijão

CORRIDA17 | Track & Field Run Series (6 e 10km) - DF24 | Mizuno 10 Milhas (16km) - DF

07 | Maratona de N.Y28 | Corrida da República 10KM - DF28 | Circuito Caixa - DF

MMA05 | 3 Capital Fight - DF

A realização dos eventos acima relacionados serão de responsabilidade exclusiva de se seu organizadores. Acompanhe eventuais mudanças nos respectivos sites: www.supino.com.br, www.fbjjdf.com.br, www.cbjje.com.br, www.cbjj.com.br, www.cbtkd.com.br, www.cbj.com.br, www.judobrasilia.com.br, www.podcorrer.com, www.brasiliacapitalfitness.com.br, www.ifbbrio.com.br.

CALENDÁRIO

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SEJA COMPLETO

Jiu-Jitsu Wrestling Boxe Muay Thai MMA

www.distr i todaluta.com.br

ASA-CD 610 SUL3244-5391 ramal 26

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WELSON MUNIZOrtopedista e Traumatologista do Hospital

Universitário de Brasília, Hospital de Base de Brasília e Praticante de jiu jitsu

A Luxação acrômio-clavicular (Lesão dos ligamentos da clavícula)

Quando estamos falando em “luxação acrômio-clavicular”, na verdade estamos falando nas le-sões dos ligamentos que “seguram a clavícula

no lugar”. A luxação acrômio-clavicular é um tipo de le-são em que estes ligamentos podem ser parcialmente ou totalmente rompidos, o que altera a posição da clavícula em relação aos outros ossos da articulação do ombro. Para que possamos entender este problema, é interessante que saibamos alguns conceitos simples de anatomia.

UM POUCO DE ANATOMIA

A clavícula é um osso longo, que se articula tanto com o tórax como com o ombro propriamente dito. A ponta medial da clavícula ( mais perto do “centro” do corpo ) se articula com o esterno ( osso da frente do tórax), for-

mando uma articulação (junta) chamada de articulação esterno-clavicular. A ponta distal ( mais “longe” do cen-tro do corpo) se articula com um osso chamado acrômio ( o osso da “ponta” do ombro), formando uma articulação que chamamos de acrômio-clavicular.

Durante todos os movimentos do ombro, a clavícula deve manter-se alinhada com o acrômio – e isso acontece de-vido a ação de alguns ligamentos, que tem a função de “prender” a clavícula na escápula ( o osso da “pá”, nas cos-tas, chamada antigamente de omoplata) . O termo “luxa-ção”, por sua vez, define a situação em que dois ossos, que formam uma articulação (junta), perdem a relação entre si ( o que significa, na prática, que a junta estar “fora do lugar”). Quando estes ligamentos acima citados se rom-pem, a relação entre a clavícula e a escápula se altera, e assim se entende o nome do problema: luxação acrômio-clavicular.

E COMO ISSO ACONTECE?

O mecanismo de trauma é típico: o indivíduo cai e bate a “ponta” do ombro no chão. Muito freqüente em raspa-gens quando o individuo está com as mãos pressas, não

O Dr. Weldson, faz uma rápida abordagem sobre esse assunto, tão comum no meio dos atletas

praticantes da arte suave

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SAÚDE

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podendo projeta-la para amortecer a queda, fazendo com que se caia diretamente com o ombro. Outra causa fre-qüente são as quedas em golpes de pé.

E O QUE A PESSOA SENTE?

Uma vez que o problema aconteça, ele é imediatamente percebido pelo paciente: a dor que sucede o trauma é in-tensa, e de aparecimento praticamente imediato. Além da dor intensa, o paciente tem dificuldade em mobilizar o braço, e muitas vezes percebe que surge um “calombo” na ponta do ombro ( isso é mais perceptível em indivíduos magros).

E COMO O MÉDICO DEVE PROCEDER ?

Desde que o ortopedista tenha um pouco de experiência, é relativamente “fácil” suspeitar da existência da lesão : o paciente logo refere que teve um trauma, recente ( as ve-zes, poucas horas atrás) e que bateu o ombro (geralmente no chão), desenvolvendo dor logo após. Além disso, mui-tas vezes a atitude do paciente ao entrar no pronto-socor-ro ou consultório é típica : ele entra “segurando” o braço acometido com a outra mão, aquilo que é tecnicamente chamado de “atitude protetora”.

Ao exame físico, o paciente apresenta muita dor quando se palpa a parte de cima do ombro, e incapacidade de mo-ver a articulação, por dor. Além disso, muitas vezes nota-se um “ralado” na pele, na região que foi contudida ( a ponta do ombro).

Todavia, é importante dizer que é a avaliação radiográfica que define e qualifica a lesão.

AVALIAÇÃO RADIOGRÁFICA

Uma vez feita a suspeita clínica da existência de uma lu-xação acrômio-clavicular, o paciente deve ser prontamen-te radiografado.

O médico deve também classificar a lesão : a luxação acrô-mio-clavicular pode ser classificada em seis tipos, de acor-do com sua gravidade.

CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS SOBRE A LESÃO TIPO III

O tratamento das lesões tipo I e II é não-operatório, e o tratamento das lesões tipo IV, V e VI é sempre operatório. Todavia, em relação as lesões tipo III, a indicação de cirur-gia é relativa. s.

Isso não quer dizer que casos do tipo III não possam ser operados. O mais interessante é que, mediante uma lesão do tipo III, o médico individualize o caso - devem ser con-siderados a idade, a prática de atividades físicas e o tipo de atividade física para que se decida por operar ou não.

E COMO É O PÓS-OPERATÓRIO ?

A cirurgia para o tratamento da luxação acrômio-clavicu-lar é trabalhosa, independentemente da técnica empre-gada. Todavia, o pós-operatório costuma ser muito tran-qüilo, e praticamente indolor. Em nossa clínica, usamos uma técnica em que colocamos 1 a 2 pequenos parafusos, dentro do ombro, chamados de âncoras, através dos quais reconstruímos os ligamentos. Usamos também um fio de aço ( chamado fio de kirschner), que é passado da clavícu-la para a escápula, e que deve ser retirado, em 6 a 8 sema-nas após a cirurgia.

COMO SE TRATAR?O tratamento da luxação dependerá do grau de desvio da clavícula, em relação ao acrômio.

TIPO DESVIO DA CLAVÍCULA EM RELAÇÃO A ESCÁPULA TRATAMENTO RETORNO AOS TREINOS

TIPO I até 25 % maior que o outro lado Tratamento não-operatório. O tratamento consiste em imobilização com tipóia, por 7 a 21 dias, e na realização de compressas de gelo, para amenizar a dor. O paciente pode, também, fazer uso de analgésicos e anti-inflamatórios, para controle da dor.

Geralmente, 2 meses após tratamentoTIPO II até 50 % maior que o outro lado

TIPO III de 50 a 100 % maior que o outro lado *TIPO IV posterior da clavícula ( para trás), em

relação a escápula ( raro!! )Obrigatoriamente cirúrgico. Isso ocorre porque, a partir da lesão tipo IV, sabemos que ocorreu ruptura total de todos os ligamentos que seguram a clavícula na escápula, o que pode trazer problemas a logo prazo.

Geralmente, 4 meses após o tratamento

TIPO V de 100 a 300% maior que o outro ladoTIPO VI desvio inferior ( para baixo) da

clavícula, em relação a escápula ( muito raro!! )

*CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS SOBRE A LESÃO TIPO III

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Nos dias 04 e 05 de setembro de 2010, a Seleção Brasiliense de Taekwondo participou do Campeonato Brasilei-ro Adulto da categoria, realizado na cidade de Aracajú, Sergipe. Apesar das dificuldades - como os elevados preços das passagens aéreas e da hos-pedagem - os atletas representaram a capital do País com força e determi-nação. Destaque para Marcela Cruz, que levou o título na categoria até 53kg. E Diego Azevedo, que levou a melhor na modalidade até 80kg.

Os atletas do Distrito Federal ainda levaram mais quatro medalhas: qua-tro de bronze e uma de prata.

Resultados:

Categoria Feminina:Fabiana Santos: até 46 kg – 3º LugarMarcela Cruz: até 49kg – CAMPEÃ BRASILEIRA – OURODanielle Pires: até 53kg – participaçãoDanielle Lino: até 57kg – 3º Lugar

Categoria Masculino:Rodrigo Costa: até 58kg – participaçãoPhelipe Azevedo: até 63kg – 3º LugarDiego Jasem: até 68kg – participaçãoTiago Magalhães: até 74kg – participaçãoDiego Azevedo – até 80kg – CAMPEÃO BRASILEIRO – OUROGabriel Demétrius - + 87kg – 2º lugar

EQUIPE DE BRASÍLIA LEVA DUAS MEDALHAS DE OURO NO BRASILEIRO DE TAEKWONDO

EVENTOS

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O dia 7 de agosto de 2010 ficará marcado na me-mória do público e dos atletas do III Campeona-to Brasiliense de Fisiculturismo e Fitness. Pela

primeira vez na história da modalidade, um campeo-nato regional foi realizado no local de maior referência

sócio-cultural do Distrito Federal, ou seja, o auditório máster do Centro de Convenções Ulysses Guima-

rães, com capacidade para 3.000 pessoas e palco das grandes atrações nacionais e internacionais

na capital.

A FEBRAFIM/IFBB - promotora do evento - ficou muito motivada com a presença do pú-

blico que compareceu em massa, as duas mil pessoas, que quase lotaram as imediações da

parte térrea do local, prestigiaram os quase 100 atletas que participaram com muita disciplina e

desportismo. Os corpos esculturais de Brasília se re-vezaram em 15 categorias, masculina e feminina, desfi-

lando performances bombásticas e envolventes.

A abertura dos portões ocorreu às 15 horas, conforme anunciado, com a apresentação da marca Ethika para Bra-sília, que junto da Carry Life, oferecia degustação de su-plementos alimentares, em um grande estande no foyer central. A Ethika, que por sinal, apóia, em todo o Brasil, o esporte de alto rendimento, se mostrou uma grande par-ceira do Fisiculturismo.

A equipe campeã nacional de ginástica acrobática da pro-fessora Márcia Janete do CIEF deu início às atividades dentro do auditório, e com muita competência, diga-se de passagem. A reação positiva dos presentes foi inevitável, em diversos momentos os jovens levantaram o público, que os aplaudia incansavelmente.

Na seqüência, a presidente FEBRAFIM/DF e fisiculturis-ta, tetra campeã brasileira e bi campeã sul-americana, Drª. Patrícia Helena, comentou a importância da realização do campeonato no Centro de Convenções, o que trouxe maior motivação para os atletas que representariam o DF no campeonato nacional, esse ano disputado no Rio de Janeiro, com a participação de 4 atletas do Distrito Fede-ral. Segundo Patrícia, o reconhecimento ao esporte vem aumentando a cada ano, principalmente em Brasília. No ano passado, o auditório ficou pequeno, tamanha foi a pro-cura, por isso fomos obrigados a procurar um local maior,

III CAMPEONATO BRASILIENSE DE FISICULTURISMO E FITNESS MOVIMENTA OS ATLETAS DA CAPITAL FEDERALPor Lelo Nirvana

A FEBRAFIM/DF, coloca Brasília no circuito dos grandes eventos de fisiculturismo do país

DRª PATRÍCIA HELENATetra campeã braslileira, bi campeã sul-americana e

Presidenta da FEBRAFIM/DF

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e graças ao reconhecimento dessa necessidade por parte, principalmente, do secretário de esportes, Herbert Félix e do Governador do Distrito Federal, Rogério Rosso, a Fede-ração alcançou espaço pretendido.

A presidente, ainda, convidou o atleta Miguel Oliveira ao palco, que dentro de relatos pessoais, discursou sobre suas conquistas como atleta e a determinação como despor-tista. O fisiculturista citou a musculação como a base de qualquer esporte e da importância de uma boa alimentação aliada aos exercícios físicos.

O personal trainer Kleber Caramello foi, mais uma vez, o mestre de cerimônias e conduziu com maestria, a marato-na de categorias que se perfilaram no palco. Os vencedores foram escolhidos por um corpo de jurados com sete inte-grantes, sendo grande parte membros de outros estados, além do árbitro central, Venílson Ferreira, um dos mais renomados árbitros em âmbito internacional e membro

permanente da Confederação Brasileira de Fisiculturismo e Musculação.

Um dos pontos altos do evento foi o guest pose do campeão Miguel Oliveira - profissional da IFBB - o atleta convidado, veio de Salvador (BA) para se apresentar em Brasília, e ape-sar de ter impressionado o público, o desportista garantiu não estar no ápice de sua performance e com uma forma fí-sica aquém da sua apresentação em Dallas (EUA). Na opor-tunidade o atleta disputará um torneio internacional que conta como seletiva para o Mister Olympia, maior evento do fisiculturismo mundial, que tem como um dos ícones Arnold Schwarzenegger, sete vezes campeão da disputa.

A Federação Brasiliense de Fisiculturismo e Musculação, em nome de sua presidente e atleta, Patrícia Helena, agra-dece a POUPEX, empresa que fomenta grandes conquistas no Fisiculturismo Nacional e Internacional e seguindo o exemplo dessa grande empresa, busca incentivo, junto a outras entidades privadas e públicas, para que o esporte siga trilhando esse caminho de credibilidade, perante as autoridades, empresários e jornalistas, e que no futuro, im-portantes programas governamentais como o bolsa atleta, por exemplo, possam alcançar mais atletas, inclusive em campeonatos regionais. Só assim, poderemos ter atletas de maior representatividade em campeonatos nacionais.

Agradecemos, ainda, os atletas: Zé Gatão (Fisiculturismo), que além, de conseguir arrematar uma grande premiação para sua equipe, arregaçou as mangas desde o início dessa gestão e Marcelo Tigre (Vale Tudo/MMA) pela ajuda fun-damental na realização dos últimos campeonatos.

A atleta Patrícia Helena, que estará, em dezembro, com-petindo em um campeonato internacional na Turquia, acredita que Brasília tem um grande potencial para montar uma equipe de atletas forte e unida com o objetivo de an-gariar vários títulos para a cidade.

Que venha o IV Campeonato Brasiliense de Fisiculturismo e Fitness e muita força para a FEBRAFIM com hipertrofia muscular.

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Este evento é organizado pela fe-deração de muaythai tradicional do distrito federal e chancelado pela liga brasileira de muaythai tradicional e world muaythai association.

O evento será nos dias 29, 30 e 31 de outubro de 2010, nas dependências do ginásio do colégio dom Bosco, 702 sul

Dia 29 pesagem oficial das 12hs as 18hs

Dias 30 e 31 lutas de 09hs as 21hs.

O evento ainda terá duas disputas de cinturão sul americano profissio-nal, um lutador do DF contra um es-trangeiro e um de minas contra um estrangeiro.

Este evento marcará história no mu-aythai de Brasília e do Brasil.

Estão confirmadas as seguintes federações:1. Federação de muaythai tradicional do distrito federal2. Federação goiana de muaythai tradicional3. Federação mineira de muaythai tradicional4. Federação de muaythai do mato grosso do sul5. Federação gaucha de muaythai tradicional6. Liga paranaense de muaythai tradicional7. Federação baiana de muaythai tradicional8. Federação sergipana de muaythai tradicional9. Federação capixaba de muaythai tradicional10. Liga paulista de muaythai tradicional11. Federação carioca de muaythai tradicional

Logo em janeiro a equipe de atletas campeões do brasileiro irão a Ban-gkok para treinos e lutas profissio-nais.

CAMPEONATO BRASILEIRO DE MUAYTHAI TRADICIONAL

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GUTO INOCENTE NÃO DA CHANCES PARA O ARGENTINO GUSTAVO MOIA NO SHOOTO BRASIL 18

Guto Inocente fatura cinturão do Shooto Sul-Americano até 100kg ao nocautear o argentino Gustavo Moia em 40 segundos

Casa Cheia, público empol-gado, estrutura impecável e lutadores prontos para o combate. Foi assim a 18ª edição do Shooto Brasil, re-alizado dia 17 de setembro no ginásio Nilson Nelson na cidade de Brasília. Sem sombra de dúvidas coloca definitivamente a Capital Federal como realizadora de

grandes eventos de MMA no cenário nacional. Com 10 lutas no card e tendo como luta principal da noite a disputa Sul-Americana do cinturão do Shooto na cate-goria até 100 Kg. Com um nocaute fulminante o Bra-sileiro Guto Inocente man-dou o Argentino Gustavo Moia à lona com menos de um minuto de combate.

A polêmica da noite ficou por conta da finalização com uma chave de pé apli-cada por Eder Jones em Guilherme Braga. Apesar de não ter batido, Guilherme claramente gritou quando o golpe estava encaixado e o árbitro Marlon Sandro se-guindo a regra, parou a luta e deu a vitória para Eder. O público chegou a vaiar, “mas a regra é clara” disse o árbi-tro. “Gritar” quando o golpe está encaixado é mesmo que bater e uma das funções da arbitragem é garantir a in-tegridade física dos atletas.

Uma das melhores lutas foi entre John Lineker, que não

teve tarefa fácil, com o guer-reiro Alvino Torres compa-nheiro de treinos de Paulo Thiago. Com muita trocação no primeiro round John le-vou a luta para o chão no se-gundo e depois de pegar as costas de Alvino finalizou o combate com um mata-leão.

Um show a parte que balan-çou o ginásio ficou por con-ta das ring girls do evento. Juju Panicat e a ex-BBB Ja-cque Khury quase levaram muitos marmanjos à lona.

A próxima edição do shooto em Brasília já tem data mar-cada, será em abril de 2011.

GANHADOR MÉTODO ROUNDGuto Inocente Nocauteou 1° round

Eder Jones Finalizou – Chave de pé 1° round

John Lineker Finalizou - Mata Leão 2° round

Alexandre Pantoja Finalizou – Mata Leão 1° round

Gilberto Dias Finalização – Triângulo 1° round

Vinícius Silva Nocauteou 1° round

Cláudio Rocha Finalização – Triângulo de mão 1° round

Fábio Lima Decisão dos juízes Unânime

Júlio César Decisão dos juízes Unânime

Vicente Luque Empatou Rodrigo Medeiros

Guto Inocente e Gustavo Moia na luta principal da noite

Geola

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Corner de peso da Constrictor Team

Ring Girls convidadas Juju Panicat e Jacque Khury ex-BBB

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Page 17: Revista Competidor ed. 001

JUDÔ JIU-JITSU KARATÊ TAEKOWN-DO

KUNG-FU MUAY THAI BOXE MMA

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K I M O N O S

MARCELO TIGRE

Amado por muitos e não compreendido por outros. Falem o que quiser, mas Mar-celo tigre é sem dúvida um dos grandes nomes do Vale Tudo da Capital Federal. Foi capa de revista, participou de eventos nacionais e internacionais como: X-1 no Hawai, Jungle Fight em Manaus, Penta-gon Combat no RJ entre outros. Foram 47 lutas, todas sem computar nenhuma derrota em toda sua carreira. Grande par-te de sua história foi construída num perí-odo quando não havia todo esse glamour frenético sobre o MMA, antes conhecido como Vale tudo.

A trajetória de vida de Marcelo foi igual à de milhões de brasileiros.

Nascido no interior nordesti-no abaixo da linha da pobre-

za, sempre teve sonhos, mas diferente de muitos não viu nas limitações impostas pela vida um obstáculo para impedi-lo de chegar aonde queria.

Ele não cruzou os braços e literalmente partiu pra luta, rodou o mundo e fixou re-sidência em Brasília onde hoje tem a cida-de como sua segunda terra natal.

Com seu foco voltado principalmente ao esporte, esse campeão nunca se esqueceu de suas raízes por isso realizou diversos eventos de MMA na cidade com objeti-vo social chegando a arrecadar em um de seus eventos mais de 3 toneladas de ali-mento e distribuído-os as comunidades carentes do DF. Sempre ajudando os atle-tas a trilharem seus sonhos, por acreditar que as artes marciais é uma das principais formas de inclusão social, sabendo que o esporte pode mudar a diretriz do homem e assim mudar uma nação.

“Quando toda a sociedade e principalmente os governantes perceberem que, ao inves-tir no esporte, estaremos economizando em saúde e segurança e assim mais próximos de uma sociedade verdadeiramente justa e segura”.

Mistura Comunicação

Lutador, Professor e incentivador do MMA em Brasília

PERSONALIDADES

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“Valeu a pena esperar!”. Foi desta maneira que muitos atletas se sentiram ao disputar, no dia 15 de agosto, o 1° Campeonato Sem Kimono promovido pela Federação de Jiu Jitsu Esportivo do DF em par-ceria com a Brasília Lutas e apoio da Secretaria de Esporte do Distrito Fede-ral. O evento contou com a participação de mais de 200 atletas, e surpreendeu até mesmo os organiza-dores, que esperavam um número bem menor de ins-critos.

Os atletas de Brasília mos-traram-se afiados no sem pano. Lutas emocionantes e finalizações fulminan-tes marcaram o espetácu-lo. E, apesar de algumas polêmicas em relação à arbitragem, os atletas ava-liaram o evento como po-sitivo. Além das disputas acirradas, a presença de lutadores de MMA do ce-nário mundial - como Rani Yahya, lutador do WEC e campeão do ADCC, e Pedro Galiza, que está na mira do StrikeForce, - também des-pertou a atenção da platéia

do 1° Campeonato Sem Ki-mono do DF.

Yahya elogiou a iniciativa da FBJJDF e disse que vem acompanhando a evolução das competições de jiu-jitsu em Brasília. “Dar até vontade de lutar novamen-

te na minha terra natal”, revelou o campeão do prin-cipal torneio sem kimono do mundo, o ADCC.

O presidente da FBJJDF, Roney Silva, afirmou que ficou satisfeito com a gran-de participação dos atletas

FBJJDF COMEMORA

SUCESSO DO 1° CAMPEONATO

SEM KIMONO DE BRASÍLIA

Por Leôncio Almeida

O evento – que contou com presença de mais de

200 competidores – foi marcado pelas belas lutas e

finalizações fulminates

“Dar até vontade de lutar novamente na minha terra natal”

Rani YahyaGe

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CAPA

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Ministério dos Esportes analisa forma de ampliar o “Bolsa Atleta”

Quem também prestigiou o Campeonato Sem Kimo-no foi Cleone Garcia – que é assessor do ministro dos Esportes, Orlando Silva. Ele elogiou a estrutura do evento e falou sobre a am-pliação do programa “Bol-sa Atleta”. De acordo com Cleone Garcia, o ministro Orlando Silva está analisan-do uma forma de estender o benefício em estados do País, inclusive no Distrito Federal.

e, principalmente, com cronograma que foi segui-do à risca. “Esperava uma quantidade bem menor de competidores”, destacou Silva, que, durante o even-to, anunciou a parceria fir-mada com Fernando Boi, líder da equipe Boi Jiu-Jit-su, para a criação de uma nova Federação no Goiás.

Segundo Roney Silva, a parceria prevê a criação de um calendário alinhando entre as duas Federações para 2011. A medida pode facilitar o intercambio en-tre os atletas dos dois es-tados. O presidente da FB-JJDF informou, ainda, que o II Desafio On The Floor Faixa Preta de Jiu Jitsu deverá ser transferido para Goiânia.

Pedro Galiza e Leonardo Pereira em uma das disputas do evento

Roney Silva e Fernando Boi prestigiando o evento

Cleoni Garcia e Lurandi

Absoluto Branca1. Samuel Alves - Cia Paulista2. Jean Carlos - Constrictor Team

Absoluto Azul e Roxa1. Pedro Henrique - Juquinha2. Fagner Inácio - Cei Jiu Jitsu3. Adercino de Jesus - Boi Jiu Jitsu3. Santiago Rodrigues - Boi Jiu Jitsu

Absoluto Marrom e Preta1. Pedro Galiza - Pedro Galiza2. Thiago Pereira - Juquinha3. Diego Pereira - Juquinha3. Luciano Vilela - Nova União

OUTUBRO / 2010 / REVISTA COMPETIDOR | 19

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Grande parte dos lutadores acham que competem me-lhor com peso abaixo do seu

habitual, este raciocínio é um equivo-co já que para atingir o peso desejado os lutadores entram em uma dieta restrita e promovem a desidratação.

A baixa ingestão de calorias e a res-trição hídrica prejudicam a resistên-cia muscular comprometendo seu

Uma simples alimentação inadequada pode fazer a diferença do vencedor

para o perdedor.desempenho durante o torneio.

Os lutadores devem manter o controle do percentual de

gordura e não do peso, o ideal é de 8 – 15% de gordura corporal lem-brando que o percentual

muito baixo de gordura causa queda nos níveis de

testosterona dificultando o crescimento muscular. O atleta

deve ter uma dieta rica em car-boidratos integrais durante o dia

e nas horas do treino deve manter o consumo de carboidratos simples na forma liquida e fria, consumir prote-ína sempre após os treinos e manter se hidratado o tempo todo.

Para os dias de competição o lutador deve alimentar-se de maneira efi-ciente para evitar a fadiga muscular precoce durante a luta.

Deve-se na primeira refeição do dia dar preferência aos carboidratos in-tegrais (pão integral, biscoitos inte-grais, frutas com fibras) e proteína ( carnes grelhadas, ovos cozidos, soja, e suplementos de proteína) nas refei-ções perto da competição deve evitar carboidratos integrais e as proteínas

e dar preferência aos carboidratos simples (pão branco, batata suco de caixinha etc...)

4 horas antes da competição ingerir 300gr de carboidratos simples (ma-carrão com molho de tomate ou pão branco com geléia de fruta etc... )

2 horas antes da competição ingerir 600ml de água.

1 hora antes da competição ingerir 100gr de carboidrato simples (4 co-lheres de sopa de maltodextrina)

Durante a competição ingerir 1 co-lher de sopa de dextrose a cada 20 minutos.

Lembre-se sempre após a competi-ção ingerir bastante liquido (1 litro por quilo perdido)e carboidratos simples,proteína e nada de bebida al-coólica para comemorar, pois sua in-gestão aumenta o catabolismo mus-cular impedindo sua recuperação.

MÁRIO GIL MENDESNutricionista e educador físico

61 3242.9798

Clinutri, Academia Vizinhança e BBF

Stock photo

NUTRIÇÃO

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São poucos os profissionais que enxergam além e rapidamen-te se adaptam ao mercado e

assim, conseguem sair à frente. Em Brasília esse mercado foi desbrava-do pelo professor de Educação Física Luiz Eduardo Guerreiro “Lula”, que é coordenador de Musculação da Aca-demia Clubecoat Fitness em Brasília. Com uma excelente formação acadê-mica e um ótimo currículo, Lula atu-almente treina os melhores lutadores de MMA do Distrito Federal, entre eles o astro do UFC Paulo Thiago e as promessas que caminham rumo ao UFC Renato Moicano, Francisco “Massaranduba” e Guto Inocente. Confira a entrevista.

- Como começou sua história no esporte? E o que ou quem o in-fluenciou a seguir a essa profis-são?

Sempre fui fascinado por esportes e desde menino cresci dentro de uma quadra poli esportiva. Quando criança, comecei a jogar basquetebol

e acabei levando muito mais a sério do que apenas um hobby, chegando a me profissionalizar e a defender clu-bes da expressão do Vasco da Gama - RJ e Universo Brasília - DF. A partir disso, trabalhar com Educação física foi um passo natural na minha vida e não tenho dúvidas que escolhi a pro-fissão certa.

- Como personal trainer você já tem uma história e seu espaço no cenário da Capital, como você tem visto a repercussão desta nova atividade Treinador de lu-tadores?

A cada dia que passa o cenário dos esportes de alto rendimento se tor-na mais profissional e a conseqüên-cia disso é a especialização cada vez maior dos envolvidos. Com as lutas não seria diferente e tive que ir a fun-do para descobrir quais reações fisio-lógicas do corpo humano ocorrem na hora de um combate e a partir daí, traçar uma linha de trabalho para que os atletas desenvolvessem cada

PROF. LUIZ EDUARDO (LULA) A Revista Competidor, entrevista com exclusividade o Prof. Luiz Eduardo ( Lula)

ENTREVISTA

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vez melhor a sua qualidade técnica com a maior força e velocidade possível sem cansar. Há alguns anos o Jiu Jit-su era o foco, entretanto atualmente o MMA é a bola da vez, visto a velocidade que o esporte se expande no Brasil e no mundo.

- Hoje Paulo Tiago é seu principal competidor. Qual segredo para um atleta trilhar os caminhos e conse-guir o gás necessário para lutar o UFC? E qual dica você passaria aos jovens que já sonham em chegar lá?

O Paulo é um atleta muito talentoso, dedicado e com o maior coração que já vi na vida. Ele merece muito estar onde está e afirmo para qualquer um, que o Paulo ainda vai dar muito mais o que falar no cenário do MMA mun-dial.

Ninguém chega a lugar algum sem duas coisas: talento e trabalho árduo. Um atleta talentoso e que trabalha pou-co, vai chegar a determinado lugar. Já um atleta não tão talentoso e que trabalha muito, certamente atingirá um lugar melhor do que aquele que possui apenas o talento. Agora se conseguimos conciliar o talento com o trabalho, o céu vira o limite. Procuro incentivar os meus atletas a antes de tudo, ter uma vida regrada. Para se tornar um lutador de ponta, você tem que viver para aquilo e abdicar de diversas coisas, como saídas à noite, farra com os ami-

gos. O segredo do sucesso vem no tripé: treinamento ár-duo, boa alimentação e descanso. Se algum desses falhar, certamente não vamos atingir o objetivo traçado.

- Como todo pioneiro muitas vezes ele não é enten-dido ou aceito por suas idéias e conceitos. Você já sofreu com isso? Cite uma dificuldade desse merca-do em no DF.

Sofro com isso todos os dias e ao mesmo tempo em que muita gente elogia o meu trabalho, sempre tem aqueles que criticam. Sou muito aberto a trocar idéias e opiniões e sempre falo que antes de criticar, a pessoa pode chegar a mim e colocar a sua filosofia, o seu ponto de vista que certamente eu e a pessoa vamos conversar e aprender um pouco mais. É justamente isso que faz o nível crescer. Uma coisa é que infelizmente ainda falta material huma-no aqui em Brasília, principalmente nas categorias mais pesadas.

- Que incentivo você daria as pessoas que queiram conhecer mais sobre o mercado e assunto?

Antes de tudo, estudar e ter força de vontade. Em seguida iniciar o trabalho sem esperar retorno financeiro imedia-to. Comecei a treinar o pessoal do MMA de graça e que-rendo utilizar os atletas como um laboratório para o meu aprendizado. Essa foi uma forma que encontrei de inves-

Lula e Paulo Thiago Lula e Brock Lesnar

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tir em mim e nos atletas, pois eu não cobrava nada para treiná-los e eles me passavam inúmeras informações necessárias para o meu desenvolvi-mento profissional. A segunda coisa é investir em si próprio: comprar li-vros para pesquisar, viajar, fazer cur-sos, trocar experiências com outros profissionais, comprar itens para se-rem utilizados no treinamento e por ai vai.

- Você já foi procurado por outras equipes ou outros estados para treinar-los ou simplesmente para troca conhecimento?

A profissionalização está cada vez mais presente no mundo e com o MMA não poderia ser diferente. Ini-ciei meu trabalho como preparador físico de lutadores com o mestre Ata-íde na Constrictor Team em 2008, com o Paulo Thiago ainda lutando o Jungle Fight. O Paulo ganhou a luta e em seguida já fechou com o UFC, então aprendemos muita coisa jun-tos e acabei tendo que colocar a cara a tapa, pois acaba sendo uma respon-sabilidade muito grande treinar um lutador do calibre do Paulo Thiago. Se o lutador vence é mérito total dele, agora se ele perde e o cara morre no gás, o mundo inteiro questiona o seu trabalho e acaba falando mal de você.

Ao mesmo tempo, se você faz um bom trabalho, abrem-se inúmeras portas e comigo não foi diferente. Já recebi alguns convites e nunca tive (e nem tenho) a intenção de sair de Bra-sília ou do Brasil. Vou treinar os atle-tas do Mestre Ataíde sempre até que ele não me queira mais como treina-dor e ai, serei eternamente grato a ele pela oportunidade que me foi dada.

- O jiu-jitsu de Brasília já tem seu espaço no circuito nacional, onde grandes atletas destacam se ou já foram destaque pelos campeona-

tos no Brasil, o que você acha que o MMA da Capital precisa para aparecer ainda mais no cenário nacional e despontar de vez no cenário internacional?

Brasília, certamente é um celeiro de bons lutadores, porém cada um fica treinando na sua academia. Diferen-te do pessoal do pano, onde tem mui-ta gente treinando nas suas equipes e fazendo um intercâmbio em ou-tras. Ainda falta um pouco disso no MMA aqui em Brasília. Um exemplo é o próprio Paulo, que luta na catego-ria até 77kg mas normalmente pesa 92kg. Faltam atletas mais pesados para treinar com ele e por mais que os atletas mais leves sejam treinos excelentes para o Paulo, ele acaba sendo o mais forte e mais pesado do time e isso acaba limitando-o. Imagi-na se Paulo Thiago, Rani Yahia, Alex Nacfur, Renato Moicano, Francisco Massaranduba, Guto Inocente, e Pe-dro Galiza entre outros passassem a treinar duas vezes por semana jun-tos, acrescentando o que cada um tem de melhor para todos... isso su-biria ainda mais o patamar de todos e faria com que a chance de vencer as lutas aumentasse, trazendo mais dinheiro e melhores contratos para todos os lutadores.

Entendo e respeito as equipes, porém acho extremamente necessário o in-tercâmbio dos atletas. Quando isso acontecer um pouco mais, veremos o MMA de Brasília ser ainda mais for-te. Isso é profissionalismo.... . Isso é business!

“Quando puxo um treinamento específico para algum dos meus atletas, muitos alunos da acade-mia ficam olhando curiosos e se questionando sobre como os caras agüentam tamanho esforço.... mas é aquela história:” treino difícil, luta fácil”.

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Nesta edição, na seção pra-ta da casa, a revista com-petidor mostra que o judô da capital esta com seu fu-turo garantido nas mãos de Hugo Hendrick. Campeão Brasiliense de 2009, o fai-xa roxa de judô e aluno dos professores Carlinhos (Sesi) e Wesley Camilo (Academia Quator), hoje com 14 anos de ida¬de já é figurinha co-nhecida nos campeonatos regionais e nacionais. Entre os dias 27 e 29 de agosto,

na cidade de Anápolis-GO, foi realizado o Campeonato brasileiro de Judô sub-15 onde mais uma vez Hugo sagrou-se campeão na ca-tegoria pesado acima de 64 kg e desta forma carimbou seu passaporte para o pan-americano de judô que será realizado no Panamá entre os dias 1 a 3 de outubro. Hugo divide a sala de aula com o treinamento nos ta-tames, orgulho na academia e entre os amigos o campeão

tem sonhos maiores do que ser apenas campeão pan-americano. Como todo atle-ta já descobriu desde cedo a dificuldade que passam os atletas na capital atrás de patrocínio, todavia com um ótimo currículo apesar da pouca idade já conseguiu contar com o apoio da esco-la Phoenix e já se sente um pouco aliviado por ter con-seguido passagem e estadia. Ele espera trazer mais um ouro para Brasília.

HUGO HENDRICK

O futuro do Judô em Brasília

PRATA DA CASA

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Equilibriu

mnutricao

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