Avol.1

MAGAZINE

Vol. 1 - 1-2012

Artigo_ A Fotografia como manifestação icônica_Página 5

Ensaio 1_ Limites_Página 7 a 20 Ensaio 2 _ Extensões do corpo_Página 21 a 26

Ensaio 3_ Contrações_Página 27 a 30

Ensaio 4_ Cubo x Homem_Página 31 a 36

ÍNDICE

A Fotografia como manifestação icônicaO pensar sobre a produção fotográfica contemporânea não implica somenteem analisar e raciocinar sobre um determinado tipo de imagem ou sistema de trocassimbólicas. Dentre todas as manifestações visuais do nosso século, a fotografiaconvencional pode ser tida como a que guarda uma insinuação de veracidade ao mesmotempo em que, de acordo com Flusser¹ “supera a divisão da cultura entreciência etecnologia, de um lado, e arte, do outro”.

No contexto atual, “vivemos uma saudável crise: de um lado, vemos umesgotamento das artes plásticas tradicionais, e, do outro, temos um novo momentotecnológico em termos de produção imagética, no qual predomina a imagem digital”,(Junior²). A produção de imagens passou a ocupar um espaço em que é tida comoarte, subvertendo modelos e desarticulando referências; a fotografia se expandiu, e seucaráter simbólico pode ser compartilhado com outros suportes.

Essa integração da fotografia em uma composição visual mais complexa não seocupa mais de flagrar um instante no tempo somente, mas transmitir uma experiênciaperceptiva, provocando o estranhamento dos sentidos humanos. De acordo com(Junior²),“a fotografia é hoje, produto cultural de rara complexidade que contribuiue continua contribuindo de forma categórica para a transmissão das mais variadasexperiências perceptivas”. Ela também derruba o meio padronizado, puramentetécnico de se fazer fotos, causando uma da subversão do código impositivo, utilizandoo equipamento fotográfico, seus acessórios, o material sensível e os softwares comprocedimentos contrários aos estabelecidos pelo seu produtor ou por sua tradiçãocultural.

Os ensaios feitos têm a temática dessa subversão como base. Através daintervenção de ilustrações, procuramos adicionar às fotografias, informações que vãoalém do aparelho fotográfico. Essas adições foram feitas na tentativa de fazer surgiruma nova imagem, capaz de provocar e inquietar o leitor com sensações a partirdessa fusão, além da tentativa de induzir à uma leitura diferenciada. A partir do nossoprocesso produtivo, nos deparamos com uma grande variedade de combinações, sendoassim não é possível dizer com precisão sobre a exata maneira que o ensaio será vistofinalizado, já que tivemos um processo essencialmente experimental e que teve comobase o conceito de fotografia expandida defendida por Rubens Fernandes Juniorque diz que “a fotografia contemporânea quer-se transgressora, e para isso é capaz deassumir os mais diferentes e insólitos procedimentos experimentais”.

Independente de não ter um significado concreto, o ensaio tem o intuito deprovocar sensações com a adição e interferência das ilustrações nas fotografias, sejadesnaturalizando o referente, ou evidenciando uma particularidade que instiga acuriosidade do observador, possibilitando um olhar renovado e livre.

1VilémFlusser, Filosofia da caixa preta – elementos para uma futura filosofia da fotogra-fia. Rio de Janeiro: Relume- Dumará, 2002.² Rubens Fernandes Junior. Processos de Criação na Fotografia – apontamentos para o entendimento dos vetores edas variáveis da produção fotográfica. FACOM - nº 16 - 2º semestre de 2006.

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AUTORESLívia AleixoBianca MouraRodrigo Carvalho

Lucas Morales

FOTOGRAFIALívia AleixoBianca MouraRodrigo CarvalhoLucas MoralesVínicius Morais ( Contribuição com todas

as fotografias do Ensaio 2 : Extensões do corpo).

ILUSTRAÇÕESRodrigo Carvalho

DESIGNRodrigo Carvalho

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AutoresLívia AleixoBianca MouraRodrigo Carvalho

Lucas Morales

FotografiaLívia AleixoBianca MouraRodrigo CarvalhoLucas MoralesVínicius Morais ( Contribuição com todas

as fotografias do Ensaio 2 : Extensões do corpo).

Ilustrações e intervençõesRodrigo Carvalho

DesignRodrigo Carvalho

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