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A Revista - Atelier Das Artes é uma publicação trimestral, onde encontrará varias sugestões e técnicas nas mais diversas áreas do Artesanato
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Revista Atelier das Artes 7ª Edição
Participação Especial de:
Vitória Quintal
Ricardo Tomás
Editor Atelier das Artes
Revista Trimestral
7ª Edição Maio 2012
Colaboradores:
Carla Marques
Maria João Cerqueira
Elisabete Cruz
Lurdes Ribeiro
Dario Marques
Patrícia Coelho
Administração
Hugo Tadeu
Carolina Tadeu
Sofia Caixeirinho
Design Gráfico e Montagem
Carolina Tadeu
Elaboração de Passo a Passo
Bárbara Dias
Marta Touguio
Carolina Tadeu
Convidados Especiais
Vitória Quintal
Ricardo Tomás
Propriedade Fórum – Atelier das Artes
Foto: Vitória Quintal
Aniversário
Edito
rial
Foto: Vitória Quintal
Aniversário
Estamos de regresso com mais uma Edição da Revista - Atelier das Artes. Uma Edi-
ção onde comemoramos os 3 anos do Fórum.
Nesta Edição terão oportunidade de conhecer um pouco mais Fátima, um importan-
te centro de peregrinação para o mundo católico .
Os habituais passos-a-passos também têm lugar de destaque, onde são apresenta-
dos trabalhos de fácil execução.
Entrevistas de artistas de renome, onde suas artes se destacam pela diferença.
Esperamos que esta Edição seja mais um sucesso e que gostem dela tanto como
nós.
Até à próxima.
Atelier das Artes
(3 anos)
Especial Brasil
Boneca em Eva
Porta Recado em Eva
Shopping Organizar
Especial Brasil
Economia ( Débora Rodrigues)
Galeria de Trabalho I
Galeria de Trabalho II
Saúde Cuidados com o Sol ( Lic. Patrícia M. Coelho)
Leiria - Fátima (Carolina Tadeu, Carla Marques)
Gastronomia (Pof: Dario Marques)
Agradecimento
Boneca em Eva
Porta Recado em Eva
Ricardo Tomás - Escultor
Eco
nomi
a
Atelier das Artes 10 6
Economia O FMI (Fundo Monetário Internacional) foi fundado em Julho de 1944, com 45 membros. Esta insti-
tuição tinha o objectivo de garantir a cooperação económica e financeira entre os seus membros,
logo após a II Guerra Mundial. Com isto, pretende evitar-se a repetição das políticas desastrosas
que anteriormente levaram à Grande Depressão, cuidando do bom funcionamento dos países, mo-
nitorizando as políticas cambiais e as suas balanças de pagamentos.
A sua existência formal remota, posteriormente, a Dezembro de 1945 com o acordo de Bretton
Woods. Por curiosidade, o primeiro país a recorrer a esta organização foi a França em 1947.
Com o passar dos anos o FMI foi-se modificando e reforçando até à atualidade, neste momento di-
rigido por Christine Lagarde, sucessora de Dominique Strauss-Kahn, e já possui mais de 185 países
aliados.
Resta dizer que, atualmente, no seio da União Europeia, o FMI atua conjuntamente com o Fundo
Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), fundo de carácter europeu, criado pela Comissão Euro-
peia para combater os efeitos da actual crise económica e financeira mundial.
Nesta edição da Revista – Atelier das Artes, de forma a desmistificar esta organização e a sua ac-
tuação, irá apresentar-se todo o processo pelo qual um país tem que caminhar para receber o au-
xílio do FMI.
1. Formalização do pedido de ajuda
O Fundo Monetário Internacional só actua se houver um pedido formalmente expresso por parte
dos seus membros nesse sentido, e apenas se a razão que leva os países a solicitar ajuda seja do
alcance das competências desta organização.
2. Análise da situação real do país
Após o pedido formal de ajuda, os técnicos do FMI analisam a situação real do país de forma a con-
cluir sobre a sua actuação ou não no mesmo. Este apoio apenas será concedido se o país atraves-
sar sérios problemas económicos internos e externos. No caso de Portugal, o chumbo do Orçamen-
to de Estado e o crescimento exponencial dos juros da dívida pública dificultando o financiamento
externo, levaram o FMI a concluir pela aceitação do pedido de ajuda.
3. Equipas do FMI
Depois da aprovação do processo de ajuda aos membros, a equipa técnica do FMI desloca-se aos
países de forma a avaliar a situação económica e financeira no próprio local.
Reunindo-se com chefes de governo e representantes dos principais partidos, bem como, com os
parceiros sociais, de forma a conjuntamente tomarem medidas para contradizer a tendência de re-
cessão. Identifica-se as principais dificuldades e as medidas a tomar. Neste momento, relativamen-
te a Portugal, parece que se chega a um consenso. As medidas tomadas são demasiado austeras,
como já a própria presidente Christine Lagarde deixou escapar dos seus pensamentos. Qualquer
pessoa entende que austeridade em excesso leva ao aumento dos problemas, pois os agentes dei-
xam de consumir, os bancos de conceder empréstimos às empresas, … afundando ainda mais a já
debilitada situação.
Economia
7º Edição
Investigação: Débora Rodrigues
Para: Atelier das Artes
4. Contrato de resgate
Após a aprovação de concessão do empréstimo de resgate por parte do FMI, compete ao Governo do
país redigir o memorando de entendimento que será assinado com o FMI, onde apresentam rigoro-
samente todas as condições do empréstimo (montante, tranches de pagamentos e pagamento do
empréstimo no final do contrato) e as medidas que tomarão para a recuperação económica e finan-
ceira do país. Neste momento, em Portugal já se sente, as medidas mais pesadas – a reforma da
tabela do IVA, os cortes salariais, reestruturação das prestações sociais, a diminuição do investimen-
to público, a privatização de empresas ou venda de posições em empresas, flexibilização do mercado
de trabalho, entre outros. Todas estas medidas em prol da restabelecimento económico do país, que
sozinho não conseguiria. Depois do memorando acordado e assinado o país começa a receber o em-
préstimo.
5. Vigilância da evolução económica
Durante a duração do contrato de resgate financeiro há um acompanhamento constante por parte
dos responsáveis do FMI. Estes têm acesso a todos os dados económicos e financeiros do país, de
forma a acompanhar todo o progresso deste em direção à restauração económica, podendo reajus-
tar as medidas tomadas de acordo com essa evolução.
6. Custos associados ao pedido de resgate
Conforme assinado no acordo, após os 3 anos de ajuda (ou mais, consoante a necessidade) o país
terá que pagar anualmente o montante implícito no mesmo, bem como os juros pré-estabelecidos.
Para além destes custos finais, há também os custos indiretamente associados ao pedido de ajuda –
a perda de credibilidade perante os mercados internacionais, bem como os efeitos que as medidas
de austeridade têm na população e no país.
10 7
Morada. Rua Paiã 2-B, Odivelas
2675-495 Odivelas
Telefone: 210 158 763
http://www.atelierarcoiris.blogspot.com/
Vencedora Concurso
Dia do Pai
Blog: http://te-artes.blogspot.com/
http://facebook.com/ateliesuzi.orsini
http://www.elo7.com.br/suziorsini
Peças de altíssima qualidade confeccionadas, com
muito carinho envios a todo Brasil e Estrangeiro.
Trabalho executado por : Suzi Orsini
Em: Ateliê Suzi Orsini
Site: http://www.elo7.com.br/suziorsini
Boneca em Eva 3D Material necessário:
Tintas acrílicas nas cores branco, preto,
rosa bebé, castanho e vermelho; 2 folhas
de EVA cor de pele; 1 folha de EVA lisa,
nas cores lilás, verde, vermelho, amarelo
e laranja; 1 folha de EVA rosa bebé de
fantasia com corações brancos; 1 folha de
EVA às riscas colorida; 1 lápis de carvão;
1 pinta bolas; 1 pincel de delinear e um
pincel pequeno; 1 bola de esferovite de
7cm; 1 bola de esferovite de 5cm; 2 bolas
de esferovite de 4cm; 2 bolas de esferovi-
te de 3cm; 1 bola de esferovite de 1,5cm;
2 palitos médios (de cocktail); 2 palitos
normais; 1 copo de vidro; 1 x-acto; 1 te-
soura pequena , uma tesoura grande e
uma tesoura de picotar; 1 pistola de cola
quente com dois tubos de cola; 1 bisnaga
de super cola; 1 ferro de engomar; 1 tá-
bua de cozinha; 1 folha de papel vegetal;
1 ferro de alisar cabelo.
Passo a Passo executado por :
Bárbara Dias
Em: BDartesdecorativas
Como Fazer
Recortar todos os moldes. Recortar duas tiras de EVA de
cada cor, do tamanho da lar-
gura da folha .
Com a super cola, fixar as
pontas das tiras umas às ou-
tras. Recortar duas tiras pe-
quenas de EVA, uma azul e
outra verde, e colar em volta
das outras, fazendo, assim,
os totós do cabelo.
7º Edição 10 9
Boneca em Eva
Ao nível do meio da bola, colar
a EVA cor de pele com cola
quente. De seguida, repetir o
mesmo processo com a EVA
lilás na outra metade.
Depois de colada, recortar o
excesso de EVA lilás. O mes-
mo se fez com a EVA cor de
pele.
Colocar a bola de 7cm no re-
bordo do copo. Com o ferro de
engomar e a tábua de cozinha,
passar a ferro o molde da cara
(circulo cor de pele), com a
folha de papel vegetal por cima
da EVA. Quando esta começar
a enrolar-se com o calor, mol-
dar cuidadosamente na bola.
Repetir o processo com o mol-
de do cabelo (circulo lilás).
Recortar seis tiras pequenas
de EVA, uma de cada cor e,
cola-las junto do arremate
da cabeça.
Recortar uma tira de EVA
lilás com 1cm de largura e a
altura da folha inteira e, co-
lar em volta, para tapar o
arremate de toda a cabeça.
Com a super cola, fixar os
totós à cabeça da boneca,
um de cada lado.
Recortar um pouco as tiras
da franja, de modo desen-
contrado.
Montar dois lacinhos e colar
um em cada lado.
Aplicar super cola na borda
do molde do corpo e juntar
as duas extremidades.
Atelier das Artes 10 10
Boneca em Eva
Recortar uma tira de EVA azul-
bebé, com 1cm de largura e
altura da folha inteira e, com a
tesoura de picotar, fazer o re-
levo em volta.
Recortar um pouco de cada
extremidade da bola de 5cm.
Voltar a recortar uma extre-
midade da bola, de modo a
ficar o topo arredondado e a
base plana.
Recortar um retângulo com
aproximadamente 8cm x 6cm,
de EVA lilás. Aquecer no ferro
e moldar na bola, na parte
plana da mesma.
Colar a EVA com cola quente
e recortar o excesso.
Aplicar cola quente na parte
de dentro do corpo e encaixar
a outra parte dentro da mes-
ma.
Com a super cola, fixar o mol-
de da blusa no corpo.
Fazer o mesmo com o molde
do vestido.
Colar a tira azul e, na parte
da frente, colar um laço, de
modo a fazer o cinto da bo-
neca.
7º Edição 10 11
Passo a Passo
Recortar quatro pequenos
corações de EVA, dois ama-
relos e dois vermelhos.
Colar os braços nas mangas
do vestido. Não colar o braço
até à parte arredondada da
manga, de modo a que esta
se possa fixar ao vestido.
Fixar a cabeça da boneca no
corpo, com um pouco de su-
per cola em volta do pesco-
ço.
Com o x-acto, cortar um
pouco menos de metade das
bolas de 3cm e 4cm, que
servirão para fazer os pés.
Com a cola quente, fixar as
extremidades cortadas das
bolas, uma de cada tama-
nho.
Depois de ambas as bolas
estarem coladas, voltar a re-
cortar a parte debaixo das
duas, de modo a formar a
sola do pé.
Recortar um quadrado de
EVA cor de pele, de aproxi-
madamente 8cm x 8cm,
aquecer com o ferro e mol-
dar.
Colar a EVA com cola quente
em redor do pé e recortar o
excesso.
Colar o molde do sapato ao
nível da EVA cor de pele, em
volta de todo o pé e recortar
o excesso.
Atelier das Artes 10 12
Boneca em Eva
Colocar o pé em cima da EVA
e recortar a base, de forma
que fique ao mesmo nível.
Depois de recortar a base, co-
lar a mesma ao pé com cola
quente.
Recortar uma tira semelhante
à do meio da cabeça, uma
verde e outra lilás. Colar junto
á parte debaixo do sapato, de
forma a fazer o arremate da
base.
Recortar quatro corações em
EVA, dois maiores em rosa e
vermelho e dois mais peque-
nos em amarelo e azul. Fixar
o amarelo em cima do rosa e
o azul em cima do vermelho.
Colar na lateral do sapato.
Recortar um retângulo de
EVA cor de pele, de aproxi-
madamente 9cm x 12cm pa-
ra fazer as pernas. Colar o
palito médio com cola quen-
te, deixando as pontas livres
de cola. Enrolar a EVA em
volta do palito e colar.
Com o bico do palito, fazer
dois furos na parte debaixo
da boneca.
Fazer um furo em cada calca-
nhar.
Encaixar e colar as pontas
dos palitos nos respectivos
Com o lápis de carvão, dese-
nhar os olhos, as pestanas e
as sobrancelhas.
7º Edição 10 13
Passo a Passo
Com o pincel de delinear,
pintar todo o olho e as pesta-
nas com tinta acrílica preta.
As sobrancelhas são pintadas
em castanho.
Depois de recortado o molde da
boca, desenhar os lábios com o
pincel e a tinta preta. Fazer um
coração a vermelho com o pinta
bolas. Colar com cola quente na
cara da boneca.
Espetar a bola de 1,5cm no
palito pequeno e pintar a três
demãos de vermelho.
Depois de seca, cortar com o x
-acto uma pequena parte, de
forma a torná-la plana. Cola-la
entre os olhos e a boca com
cola quente.
Recortar uma tira com aproxi-
madamente 1cm de largura da
EVA colorida às riscas. Enrolar e
colar, de modo a criar um chupa
-chupa. Espetar no palito peque-
no.
Colar o palito na mão com
cola quente.
Com o pinta bolas e a tinta
branca, fazer as bolinhas bran-
cas dos olhos. Com a tinta cas-
tanha, fazer umas pintinhas pe-
quenas, de modo a serem as
sardas da boneca. Aplicar uns
laivos de rosa bebé por cima das
sardas, para realçar o rosto.
Enrolar cada fio de cabelo em
volta do lápis. Com o ferro de
alisar quente, pressionar e
modelar os caracóis.
Atelier das Artes 10 14
Boneca em Eva
Foto: Bárbara Dias
7º Edição 10 15
Atelier das Artes 10 16
Boneca em Eva
7º Edição 10 17
Molde
AArtes: Conte-nos como foi que entrou para
este mundo do Artesanato.
Vitória Quintal: Desde o ensino fundamental,
através de professores de Arte, me encantei
com os bordados, crochês, tricôs e outros. O
mundo do artesanato sendo muito rico e dinâ-
mico, não foi difícil o meu ingresso.
AArtes: Quando e como começou o interesse
por esta arte?
Vitória Quintal: Como já disse, o artesanato
na Escola, em casa e entre amigas sempre foi
motivo para preencher meus momentos ocio-
sos. Acredito ser uma missão que Deus me deu,
pois, eu estava trabalhando com artesanato em
feltro, e nesta época tinha uma sócia, só que eu
era muito ligada em Deus, diferente da minha
sócia. Um dia fui convidada para ir a uma Igre-
ja. Lá o pregador disse: “Você aí que têm uma
sócia que não acredita em Deus, como é que
você quer ter uma bênção que terá que ser divi-
dida com alguém que não tem Deus em seu co-
ração?” Vim para casa meditando nesta mensa-
gem, dois dias depois ouvi a mesma mensagem
pela TV, fui para o meu quarto, orei muito, e
pedi a Deus um trabalho, sem a minha sócia
atéia, e que através deste serviço, eu pudesse
ajudar muitas pessoas. No dia seguinte, pela
manhã, veio a minha mente ensinar tricô pela
Televisão. No
mesmo dia eu
fui atrás do meu objetivo, conseguindo agendar
a minha primeira apresentação na nova função
e de lá para cá nunca mais parei, estando já há
quase oito anos me apresentando em vários
canais de TV.
AArtes: Enquanto profissional/artista como se
definiria?
Vitória Quintal: Eu me defino como uma mis-
sionária da Arte, assim sendo, eu preciso com-
partilhar com outras pessoas, tudo quanto
aprendo e recebo.
AArtes: A sua dedicação a esta arte tem cor-
respondido com as expectativas?
Vitória Quintal: Sim, porém, não posso nunca
me acomodar e, sim, me dedicar cada dia mais,
pois, o mundo é muito grande e é tricotando,
que poderei levar o maior número de mensa-
gens que o artesanato proporciona.
Atelier das Artes 10 18
Entrevista Os Trabalhos que apresentamos nesta edição são
da autoria de:
VITÓRIA APARECIDA ARMBRUST DE FREITAS QUINTAL
Sou conhecida como Vitoria Quintal e moro na cidade de Campi-
nas - SP- Brasil.
Estou há quase 8 anos neste trabalho e viajo pelo Brasil todo dan-
do workshops sobre tricô. Só no ano de 2011 eu fiz 328 cidades,
fora feiras e tv. Sou contratada pela empresa Coats Corrente, pois
eles têm os fios e eu os demonstro. Considero meu trabalho como
uma tricô terapia, pois através do tricô faço um tipo de terapia
com minhas fãs. No meu curso, sempre tem meia hora antes um
bate papo para levantar a auto estima delas. Gosto muito do que
faço, tenho muito prazer!
Foto: Vitória Quintal
AArtes: Os seus trabalhos são previamente
pensados ou vai tomando forma à medida que
avança?
Vitória Quintal: As ideias vão acontecendo, e
na medida que aparecem, pressinto que sou
iluminada pelo Espírito Santo e, acontecem.
AArtes: Que tipo de material que você utiliza
nas suas peças?
Vitória Quintal: Lãs e linhas da marca Coats
Corrente.
AArtes: Em média quanto tempo leva para
fazer uma peça?
Vitória Quintal: Tenho um método: Fazer de
manhã para usar a noite, então procuro fazer
em um único dia as minhas peças (acessórios).
AArtes: Acredita no artesanato como fonte de
rendimento ou de prazer e terapia?
Vitória Quintal: Acredito em todos, profissio-
nalmente, prazeroso e terapêutico.
AArtes: Trabalha num ateliê? Descreva o am-
biente em que desenvolve as suas obras de ar-
te.
Vitória Quintal: Não tenho ateliê, trabalho em
casa.
AArtes: Quais são as principais características
focadas pelos seus clientes quando lhe pedem a
realização de um trabalho?
Vitória Quintal: Eles nunca me pedem, dei-
xam a minha criatividade imperar.
AArtes: Na sua família existem outros arte-
sãos?
Vitória Quintal: Artesão nato não, porém, te-
nho uma sobrinha que aprendeu comigo e hoje
me auxilia na execução das peças.
AArtes: Como faz para conseguir vender seus
trabalhos?
Vitória Quintal: Não vendo trabalho pronto, e
sim, as ideias através de fascículos, porque te-
mos que criar todo instante, assim sendo, não
me resta tempo para confeccionar as peças.
AArtes : Qual a sua formação? Frequentou al-
gum curso específico ou faculdade?
Vitória Quintal: Não, apenas curso médio
AArtes: Em sua opinião, que deveria ser feito
para que as pessoas aderissem à compra de
peças artesanais e por quê?
Vitória Quintal: Deveria ser feito um trabalho
melhor de divulgação dos artesãos, porque são
trabalhos manuais geralmente artístico e de
muito valor.
AArtes: Tem algo a acrescentar a essa entre-
vista?
Vitória Quintal: Amo de paixão o que faço. O
que mais me encanta é ver como ele tem feito
bem para o meu público. Isso me deixa feliz,
pois quando a gente pode ajudar de alguma
maneira, vale a pena. Não vale a pena viver
sem deixar marcas no mundo. Jesus deixou
marcas que fizeram diferenças no mundo e que
ficaram atualizadas por todos os séculos. Por
que não se espelhar em seu exemplo? Por que
não tentarmos ser igual a ele. Vamos tentar
imitá-lo?
Entrevista realizada por: Carolina Tadeu
Para: Atelier das Artes - Especial Brasil
7º Edição 10 19
Vitória Quintal
10
Foto: Vitória Quintal
Foto: Vitória Quintal
Foto: Soledade Lopes
Foto: Carlos Neves Foto: Vitória Quintal
Foto: Soledade Lopes
Foto: Vitória Quintal
Foto: Vitória Quintal
Porque são os pequenos gestos que fazem a
diferença.
http://abelhita-
pequenosgestos.blogspot.com/
Telefone: 91 735 73 10
email: [email protected]
Vencedora Desafio
Flor em fitas de cetim
Blog: http://cantinho-da-cor-
artesdecorativas.blogspot.com
Traga a ideia e deixe o resto comigo
Trabalho executado por : Teresa Violante
Em: TEARTES
Blog: http://te-artes.blogspot.com/
Criações da Mina
Informações: [email protected]
Passo a Passo executado por :
Marta Touguio
Em: Atelier Imperio Touguio
Cartão de 2mm
Papel de Scrapbooking
Cartolina colorida
Fita dupla face
Cola branca
Régua; X-acto; Boleador;
Furador decorativo
Decorações a gosto.
Como Fazer
Comece por cortar o cartão
nas seguintes medidas: 1
peça de 2x18cm e, 2 peças
de 13x18cm. Corte um pa-
pe l deco ra t i vo com
20,5x21cm e outro com
18x28,50cm. (Imagem 1).
Envolva o cartão no papel de
s c r a p b o o k i n g d e :
30,5cmx21cm, com auxílio de
cola branca, na posição mos-
trada na (imagem 2)
O excesso dobre para dentro
e, cole-o com fita dupla face (imagem 3).
Cole o papel decorativo de
18x28,5cm por cima do car-
tão, e esta parte será o inte-
rior. (Imagem 4)
Para as bolsas do lado esquer-
do, corte 6 cartolinas de
20,5x10,5cm. Com o auxílio
do boleador, faça 1 vinco de
2cm, no lado de 20.5cm, de
cada lado. (Imagem 5).
Material necessário
Atelier das Artes 10 26
Shopping Organizer
(Imagem 7)
Junte todas as cartolinas pe-
las abas de 2cm, colando-as
com fita dupla face. (Imagem 6, 7)
Cole papel de scrapbooking
de 17x10,5cm na primeira
cartolina, com cola branca.
Esta será a cartolina que fi-
cará visível no final. (Imagem 8)
Corte uma cartolina ou papel
decorativo de 6,5x17cm. No
lado de 6,5cm, com o auxílio do
boleador, faça um vinco a 3
cm, e outro a 3,5cm. Pode fa-
zer um efeito decorativo com
um furador, num dos lados de
17cm. Depois colar este papel
nas bolsas, pela frente e pela
traseira, o meio centímetro que
se vincou será a lombada e de-
verá ficar em baixo. (Imagem 9,10)
(Imagem 10)
Cole as bolsas no lado es-
querdo do caderno com cola
branca. (Imagem 11)
Corte papel decorativo de
15x9cm, faça um vinco de 2cm
nos 2 lados mais pequenos e
num maior. Pode também fa-
zer um efeito decorativo com
um furador. Cole este papel
decorativo pelas abas, com
cola branca, no lado direito do
caderno. Imagens 12 e 13
(Imagem 13)
Nota: Decore a gosto o exterior e o interior.
7º Edição 10 27
Passo a Passo
Foto: Marta Touguio
Atelier das Artes 10 28
7º Edição 10 29
Atelier das Artes 10 30
Galeria de Trabalhos Trabalho executado por:
Bárbara Dias
Em: BD Artes Decorativas
Trabalho executado por: Patrícia
Coelho
Em: Patty`R´te Trabalho executado por: Sílvia
Marques
Em: SMBijutaria
Trabalho executado por: Lurdes
Ribeiro
Em: Magia Das Cores
Trabalho executado por: Liliana
Monteiro
Em: Experiencias da Lianita
Trabalho executado por: Bárbara
Dias
Em: BD Artes Decorativas
7º Edição 10 31
Galeria de Trabalhos
Trabalho executado por: Elisabete
Cruz
Em: Sonhos e Fadas
Trabalho executado por: Lurdes
Ribeiro
Em: Magia Das Cores
Trabalho executado por: Carolina
Tadeu
Em: Mimos da Carol
Trabalho executado por:
Maria João Cerqueira
Em: Cantinho da Cor
Trabalho executado por: Cláudia Pereira
Em: C.Artes
Entrevista Os Trabalhos que apresentamos nesta edição são
da autoria de:
Ricardo Tomás Nasceu em Lisboa a 9 de Janeiro de 1968. Con-
cluiu o Curso de Escultura em Pedra no Centro
Internacional de Escultura de Pêro Pinheiro, o
Curso Complementar de Artes Gráficas na Esco-
la Secundária António Arroio e o Curso de For-
mação Profissional de Jovens na área de Serra-
lharia na Companhia Carris de Ferro de Lisboa.
Frequentou o Curso de Desenho Livre do
AR.CO.
AArtes: Conte-nos como foi que entrou para
este mundo da Escultura.
Ricardo Tomás: Em 1991 trabalhava como
serralheiro civil na Companhia Carris de Ferro
de Lisboa e estudava à noite na escola secun-
dária António Arroio. Um dia fui com a minha
irmã ao Centro Cultural Malaposta, em Odive-
las, onde estava uma exposição de João Limpi-
nho, um grande escultor português que faz coi-
sas fabulosas a partir de ferro velho, e a minha
irmã desafiou-me a fazer algo do género… Nas
semanas seguintes tentei fazer alguma coisa
com peças velhas dos autocarros, e foi assim
que o amor à Escultura nasceu. Resolvi mostrar
algumas peças à minha Professora de Historia
de Arte, que gostou e me convidou para inte-
grar uma exposição coletiva de jovens artistas
na Galeria da Cervejaria Trindade. A partir daí
não consegui parar .
AArtes: Quando e como começou o interesse
pela arte?
Ricardo Tomás: A minha mãe conta que desde
pequeno que eu desmanchava os brinquedos
para ver como eram por dentro… e estava sem-
pre a desenhar. Mas foi quando estive a cum-
prir o serviço militar obrigatório na cidade da
Horta, na ilha do Faial, em que sobrava o tem-
po livre, que eu voltei a desenhar … e muito!!!
Quando acabei a tropa resolvi ir estudar para a
escola António Arroio.
AArtes: Enquanto profissional/artista como se
definiria?
Ricardo Tomás: Sou escultor, e ponto final.
Gosto de transformar o ferro ou a pedra, mudar
as formas. E a escultura dá-me alegria, acalma-
me e transmite-me felicidade.
AArtes: A sua dedicação a esta arte tem cor-
respondido às expectativas?
Ricardo Tomás: Sim, embora ache que os
artistas plásticos em geral são bastante maltra-
tados. Mas já me habituei.
AArtes: Que tipo de material utiliza nas suas
peças?
Ricardo Tomás: Ferro e/ou pedra de diferen-
tes tipos.
Atelier das Artes 10 32
Ricardo Tomás AArtes: Os seus trabalhos são previamente
pensados ou vão tomando forma à medida que
avança?
Ricardo Tomás: Eu não penso noutra coisa
senão em trabalho… ando sempre a matutar no
que fazer e em como fazer. Acho que as minhas
esculturas em ferro são feitas com a cabeça e
as de pedra com o coração… Para as de ferro
faço muitos desenhos, muitos estudos, depois
desenho a peça em tamanho natural, a seguir
vou cortando ferro e a peça vai nascendo. Já
com a pedra normalmente tenho a peça na ca-
beça, depois faço alguns traços … e vou vendo
onde a rebarbadora me leva.
AArtes: Em média quanto tempo leva para fa-
zer uma peça?
Ricardo Tomás: Essa é uma questão para a
qual julgo que nenhum artista tenha resposta…
pois acho que nunca se sabe quando começa a
ser construída uma obra. Pode ser feita em al-
gumas horas, ou pode demorar meses… Às ve-
zes há peças que se começam, e só se dão por
terminadas alguns anos depois!
AArtes: Acredita na escultura como fonte de
rendimento ou de prazer e terapia?
Ricardo Tomás: Acredito que qualquer traba-
lho pode e deve ser de prazer e terapia, desde
que se tenha o privilégio de fazer aquilo de que
gostamos. Eu exponho regularmente desde
1993, e faço da escultura a minha atividade
principal há 15 anos. Já realizei mais de uma
centena de exposições individuais e coletivas, já
participei em feiras e mostras de artes, dei cur-
sos, criei esculturas para prémios, e por aí fora.
Viver apenas da escultura tem sido muito difícil.
Mas enfim, hoje em dia, com a malfadada
“crise”, tudo é difícil!
AArtes: Trabalha num ateliê? Descreva o ambi-
ente em que desenvolve as suas obras de arte.
Ricardo Tomás: Eu vivo numa pequena aldeia
perto da cidade de Rio Maior, e tenho aqui o
meu atelier, muito desarrumado e com muito
pó! As esculturas em pedra nascem debaixo de
um telheiro ao ar livre. Cortar a pedra é difícil,
barulhento e poeirento… Já as esculturas em
ferro, faço-as no atelier coberto, que é demasi-
ado quente no verão e muito frio no Inverno…
Enfim, é a vida de escultor.
AArtes: Quais são as principais características
focadas pelos seus clientes quando lhe pedem a
realização de um trabalho?
Ricardo Tomás: Normalmente quando aceito
encomendas peço aos meus clientes liberdade
criativa, tendo em conta, claro, a finalidade da
peça, o sítio onde vai ficar se for uma obra
grande, etc. Elaboro um projeto que depois
apresento ao cliente, e a partir daí vamos traba-
lhando em conjunto até chegarmos a um con-
senso. Depois é só fazer a peça.
7º Edição 10 33
Foto: Ricardo Tomás
AArtes: Na sua família existem outros artistas
plásticos?
Ricardo Tomás: Não. O meu pai era cobrador
de bilhetes na Carris e a minha mãe empregada
de limpeza – profissões modestas, “normais”.
Mas a minha irmã, o meu cunhado e a minha
mulher são músicos… outras Artes.
AArtes: Como faz para conseguir vender os
seus trabalhos?
Ricardo Tomás: Divulgo bastante o meu tra-
balho através da internet, faço exposições em
galerias de arte profissionais ou municipais … e
as coisas vão saindo.
AArtes: Na sua opinião o que deveria ser feito
para que as pessoas aderissem mais à compra
de peças artesanais e por quem?
Ricardo Tomás: Acho que a forma como se vê
a Arte tem que mudar! A arte é sempre vista
como acessória, como bem não necessário,
quando no fundo é a essência das civilizações…
Acho que devia haver mais divulgação por parte
das autarquias, jornais e televisões. Os alunos
das escolas deviam ser incentivados a ir visitar
mais exposições, mais museus, a conhecer me-
lhor o seu/nosso património artístico, do passa-
do e do presente. Talvez assim se conseguisse
dar o devido valor e apreço à obra de arte,
àquela peça única e exclusiva, em vez de se
comprar artigos decorativos estandardizados,
banais, iguais a quinhentos mil outros, que não
nos enriquecem em nada!
AArtes: Para terminar, tem algo a acrescentar
a esta entrevista?
Ricardo Tomás: Sim, gostaria de falar do pa-
pel do artista. Para mim não basta cortar pedra
e fazer exposições, tem que haver mais. Temos
que intervir, provocar coisas no meio onde vive-
mos, levar a Arte às pessoas. Não podemos fi-
car sentados no atelier à espera que o sucesso
nos bata à porta, a queixarmo-nos de tudo e
todos e de como somos incompreendidos. Acho
que uma das formas de combater esta crise é
lutarmos com o que fazemos com as mãos. A
qualidade vende-se, as pessoas estão a ficar
fartas das coisas feitas em série.
Por exemplo, eu e dois amigos organizamos
mostras de artes em Rio Maior. A primeira foi a
15 de Abril, a segunda vai ser a 6 de Maio, e
esperamos que se repita por todos os primeiros
domingos do mês. O evento chama-se “Arte no
Jardim – Mostra de Artes e Ofícios”, e pretende
ser uma festa dos trabalhos manuais, sejam
esculturas em pedra, pegas em pano ou moldu-
ras com fósforos. Espero que a população ve-
nha ver o que se produz em Portugal.
Entrevista realizada por: Carolina Tadeu
Para: Atelier das Artes.
Entrevista
Atelier das Artes 10 34
Foto: Ricardo Tomás
Foto: Ricardo Tomás 7º Edição
Foto: Ricardo Tomás
Foto: Ricardo Tomás
http://astralhasdasol.blogspot.com/
Vencedora Desafio
Super Blog http://artesebijuxdadiana.blogspot.com/
Telefone: 91 258 21 12
email: [email protected]
http://bdartesdecorativas.blogspot.com/
http://www.artesdamiudapintinhas.blogspot.com/
email: [email protected]
Trabalho executado por : Miuda Pintinha
Em: Artes da Pintinha
Blog: http://artesdamiudapintinhas.blogspot.pt/
Blog: http://coisinhasdapintinhas2.blogspot.pt/
www.zezartes.blogspot.com
www.materiaisdazeza.blogspot.com
Material necessário:
Eva na cor Pele
Eva na cor Preta
Eva na cor Branca
Eva com glitter (cor à escolha)
Eva com padrão (à escolha)
Caneta permanente na cor preta
Tesoura
Pincel
Tinta Branca
Blush
Cola para Eva
Moldes
Como Fazer
Recortar todos os moldes como
indica a imagem.
Com ajuda da cola para EVA,
sobrepomos o molde do ves-
tido e o molde do bolso, co-
lando apenas três lados e dei-
xando aberta a parte de cima.
Colar o molde do laço como
indica a imagem.
Colar seguidamente como
indica a imagem.
Colar
Colar
Colar
7º Edição 10 39
Porta Recado em Eva
Passo a Passo
Sobrepomos todos os moldes e
colamos como indica a ima-
gem.
Com a caneta permanente de-
senhamos o rosto da boneca.
Com o blush damos cor ao ros-
to da boneca.
Agregar acessórios , brincos e
botões a gosto de cada um.
Com o pincel ou o pinta-
bolinhas, damos luz ao rosto
da boneca.
A boneca está pronta.
Passo a Passo executado por :
Carolina Tadeu
Em: Mimos da Carol
Atelier das Artes 10 40
Passo a Passo
Passo a Passo executado por :
Carolina Tadeu
Em: Mimos da Carol
Foto: Carolina Tadeu 7º Edição
10 41
Atelier das Artes 10 42
Porta recado em Eva Tamanho A3
7º Edição 10 43
Molde Tamanho A3
Atelier das Artes 10 44
Galeria de Trabalhos
Trabalho executado por: Lurdes
Ribeiro
Em: Magia Das Cores
Trabalho executado por: Maria
Moreira
Em: Zezartes
Trabalho executado por: Maria
Moreira
Em: Zezartes
Trabalho executado por:
Maria João Cerqueira
Em: Cantinho da Cor
Trabalho executado por: Isabel Santos
Em: Belita Santos
7º Edição 10 45
Galeria de Trabalhos
Trabalho executado por: Maria
Moreira
Em: Zezartes
Trabalho executado por: Maria
Moreira
Em: Zezartes
Trabalho executado por: Maria
Moreira
Em: Zezartes
Trabalho executado por: Lurdes
Ribeiro
Em: Magia Das Cores
Trabalho executado por:
Maria João Cerqueira
Em: Cantinho da Cor
Trabalho executado por: Bárbara Dias
Em: BD Artes Decorativas
O Sol e a Saúde
O Sol faz parte da nossa vida, pelo que, é ne-
cessário aprender a conviver com ele e a retirar
o melhor partido da sua luz, evitando os seus
perigos.
Perigos da exposição solar
Os efeitos nocivos da exposição solar sobre o
nosso organismo podem-se manifestar por
bronzeado, envelhecimento precoce da pele,
cancro da pele, alterações do sistema imunitá-
rio, reações de fotossensibilidade, queimaduras,
desidratação e insolação. Estes efeitos são cu-
mulativos, o que significa que cada agressão
solar vai-se somar às agressões anteriores.
O bronzeado rápido, apesar de muito cobiçado,
é uma resposta de defesa do organismo em re-
lação à exposição solar. Na nossa pele existem
células, chamadas melanócitos, que quando es-
timuladas pela luz solar produzem melanina,
um pigmento que absorve a radiação ultraviole-
ta, protegendo a pele e conferindo-lhe uma co-
loração mais escura. O bronzeado rápido pode
ser responsável pelo envelhecimento precoce
da pele.
O envelhecimento precoce da pele, associado à
exposição solar é bem visível se observarmos
as nossas mãos. Elas são a parte do corpo que
regra geral está sempre exposta à luz solar,
pelo que aparentam maiores sinais de envelhe-
cimento. Como os efeitos da radiação são cu-
mulativos, estes fazem-se sentir progressiva-
mente, ano após ano, com o aparecimento de
manchas, rugas e perda de elasticidade da pele.
Em situações mais graves a excessiva exposi-
ção solar pode ser a responsável pelo apareci-
mento ou agravamento de vários tipos de can-
cro da pele. Qualquer alteração das característi-
cas de sinais na pele – cor, tamanho, textura,
aparecimento de dor ou corrimento – devem
ser comunicadas ao seu médico assistente, no
sentido de identificar precocemente qualquer
formação cancerígena. Uma forma eficaz de ter
noção destas alterações é examinar periodica-
mente o seu corpo e fazer o registo fotográfico
dos sinais e manchas encontrados, de forma a
compara-los.
A exposição solar pode provocar depressão do
sistema imunitário, ou seja, das defesas do or-
ganismo. Como exemplo ilustrativo deste facto,
temos as pessoas que têm herpes simples, e
nas quais, após uma exposição solar excessiva,
surge uma erupção provocada pelo herpes.
As reações de fotossensibilidade são rea-
ções exageradas do nosso organismo à exposi-
ção solar, que podem manifestar-se sob a for-
ma de queimaduras, erupções e rubor ou incha-
ço da pele. Estas podem ser desencadeadas
simplesmente pelo efeito do sol sobre a pele ou
pela exposição solar em associação à toma de
alguns medicamentos, como antialérgicos, pilu-
las anticoncecionais, entre outros. É importante
ler a bula dos medicamentos que se encontra a
tomar, verificando se está descrito, nos efeitos
adversos, a possibilidade reações de fotossensi-
bilidade. Existem, igualmente doenças, princi-
palmente as que afetam o sistema imunitário,
que podem desencadear estas reações, como é
o caso do lúpus eritematoso.
Uma queimadura solar, pode aumentar para o
dobro o risco de desenvolver, no futuro, uma
doença cancerígena.
A queimadura solar caracteriza-se por rubor,
ardor, calor, inchaço e podem mesmo aparecer
vesículas (pequenas bolhas com liquido translú-
cido ou amarelado).
Perante esta situação deve ter os seguintes cui-
dados:
Evitar a exposição solar até desaparece-
rem os sintomas
Aplicar toalhas com água à temperatura
ambiente para arrefecer a zona afetada
Aumentar a ingestão de água e sumos
naturais
Atelier das Artes 10 46
Cuidados com o Sol
Aplicar sem friccionar, cremes hidratantes
sem álcool e perfumes
Evitar perfurar as vesículas
Aplicar pomadas adequadas, sob aconse-
lhamento de um profissional de saúde
Recorrer ao serviço de saúde em caso de
persistência ou agravamento dos sintomas
Consulte o seu médico se as dores se mantive-
rem mais de dois dias ou se aumentarem, se
aparecerem sinais de infeção, se tiver vómitos e
diarreia, se tiver febre, se tiver tonturas e con-
fusão mental.
A desidratação ocorre quando o nosso corpo
perde água suficiente para comprometer o bom
funcionamento do organismo. A melhor forma
de a evitar é aumentar o consumo de água. Es-
teja atento aos seguintes sintomas, que estão
associados à desidratação:
Delírio e confusão mental
Fraqueza
Tontura
Dor de cabeça
Sede
Pele e boca seca
Diminuição da quantidade de urina relati-
vamente ao habitual
Aumento do ritmo dos batimentos cardía-
cos
A exposição solar pode levar à insolação, que
se caracteriza por:
Cansaço
Irritabilidade / Agitação
Confusão mental
Hipotensão
Tonturas e vertigens
Desidratação acentuada
Pele quente, ruborizada e húmida
Dor de cabeça
Náuseas e vómitos
Cãibras
Em caso de insolação deve recorrer aos serviços
de saúde e cumprir à risca as indicações dos
profissionais de saúde.
Enquanto espera pelos serviços de saúde pode
ajudar a vítima de insolação, promovendo o ar-
refecimento corporal, com ações como ajuda-la
a deslocar-se para um local à sombra, bem
ventilado e aplicar toalhas húmidas sobre a pe-
le. Se a vítima estiver consciente pode oferecer-
lhe água em pequenos goles.
As consequências de uma exposição solar sem
os devidos cuidados podem ser desastrosas e
podem mesmo comprometer a vida. Existem
cuidados, que apesar de simples permitem que
desfrute do sol e das vantagens que o mesmo
tem sobre a saúde e o bem-estar.
O uso de protetor solar é muito importante ao
longo de todo o ano. Verifique se o protetor é
de largo espectro, garantindo proteção contra
os raios ultravioleta A e B (UVA e UVB). O fator
de proteção solar (SPF) deve ser superior a 15,
e quanto mais alto, mais proteção garante. A
proteção assegurada pelo protetor é calculada
da seguinte forma: se consegue ficar exposta
ao sol 10 minutos sem problemas, ao aplicar
um fator 10, vai poder ficar 100 minutos sem
ser afetada pelas radiações UVB).
O uso de protetor solar só é recomendado a cri-
anças a partir dos 6 meses, e sob aconselha-
mento do médico assistente.
As superfícies refletoras, como a água, a neve,
o pavimento e a areia refletem os raios solares,
o que significa que mesmo estando à sombra
não está protegido.
7º Edição 10 47
Cuidados com o Sol
O Sol também tem a capacidade de atravessar
a superfície da água. Nos dias nublados é ne-
cessário especial cuidado pois as nuvens ape-
nas bloqueiam os raios infravermelhos, que
aquecem. Sem estes para nos dar a sensação
de calor, não nos apercebemos que estamos a
sofrer os efeitos nocivos dos raios UV, que têm
a capacidade de atravessar as nuvens e o nevo-
eiro.
Um informação importante dada pelos serviços
de meteorologia é o Índice Ultravioleta, que
mede o nível de radiação solar na superfície da
terra, pelo que quanto mais elevado for, maio-
res são os riscos para o organismo humano.
Cuidados perante a exposição solar:
Estes cuidados devem ser tidos por todas as
pessoas, com atenção redobrada a pessoas de
pele clara, com muitos sinais/sardas na pele e a
crianças e idosos. Quanto mais jovens são as
crianças, mais sensíveis são à exposição solar,
devido à sua pele ser mais frágil. Consulte o
médico assistente do seu filho para que este lhe
indique a partir de quando este poderá ir à
praia. A exposição solar antes das 18 horas au-
menta o risco de insolação nos bebés.
Tenha sempre em mente os seguintes cuida-
dos:
Fazer uma exposição solar progressiva, no
início da época balnear, para haver uma
habituação do organismo ao sol.
Aumentar a ingestão de líquidos, princi-
palmente água e sumos naturais em detri-
mento de sumos gaseificados e bebidas
alcoólicas.
Evitar a exposição solar nas horas de mai-
or calor, entre as 11 e as 16, nas quais os
raios ultravioleta são mais agressivos.
Usar sempre protetor solar para o corpo e
para a cara. Este deve ser aplicado meia
hora antes da exposição solar e renovado
no máximo a cada duas horas e se tomar
banho ou suar. O mesmo se aplica mesmo
que permaneça na sombra.
Não aplicar perfumes, loções para barbear
ou outros cosméticos com álcool, que tor-
nam a pele mais sensível e logo mais sus-
cetível aos efeitos do sol.
Proteger com fator solar máximo cicatri-
zes e sinais da pele.
Usar roupa e acessórios de proteção
(óculos de sol, chapéu de sol, lenços, bo-
nés, chapéus de pala comprida). Atenção,
que os tecidos mais claros são mais per-
meáveis aos raios ultra violeta, o mesmo
acontece quando estão molhados.
Não permanecer diretamente ao sol com a
pele molhada, pois a água potencia o efei-
to dos raios UV.
Usar chinelos sempre que a areia estiver
quente.
Apesar de se dar um maior ênfase a estes cui-
dados no Verão, devemos mantê-los, ao longo
do ano perante a exposição solar, em ativida-
des ao ar livre.
É possível usufruir de todas as vantagens e be-
nefícios que o “astro rei” nos dá, basta usufruir
da sua luz e calor de forma consciente e mode-
rada.
Benefícios da exposição solar
O Sol é fonte de luz e de calor, tendo um papel
importante na vida do ser humano. A exposição
moderada ao sol é benéfica para o organismo
tanto a nível físico como psíquico.
Durante o dia necessitamos de pelo menos 10
minutos de sol para termos a dose de vitamina
D, indispensável para algumas funções corpo-
rais. A vitamina D pode ser ingerida através do
consumo de alimentos como ovos, atum, sardi-
nhas e lacticínios.
Atelier das Artes 10 48
Cuidados com o Sol
A exposição ao sol é um do fatores que desen-
cadeia a metabolização da vitamina na pele.
A vitamina D é especialmente importante ao
nível dos ossos, promovendo a absorção de cál-
cio e fósforo necessários para ter ossos e den-
tes fortes e saudáveis. Neste contexto ressalta
a sua importância na prevenção da osteoporo-
se. Esta vitamina tem igualmente um importan-
te papel na normalização da tensão arterial, nas
defesas do organismo e na produção de insuli-
na, pelo que é muito importante para os diabé-
ticos. Existem alguns estudos que fundamen-
tam o papel da vitamina D na prevenção de al-
guns tipos de cancros, como o da mama e o da
próstata.
O nosso organismo é sensível à luz e à escuri-
dão, produzindo hormonas que são reguladas
pelo ritmo circadiano, ou seja, a cada 24 horas
o corpo humano passa por um ciclo biológico
regulado pela luz solar, que influencia a diges-
tão, a renovação celular, a regulação da tempe-
ratura e o estado de vigília. A luz ajuda a des-
pertar o nosso corpo, por isso é que devemos
abrir as janelas de manhã ou pelo menos acen-
der as luzes. Existe uma hormona que é produ-
zida de manhã para nos despertar e dar energia
para a atividade física e intelectual de um novo
dia – o cortisol, e outra que prevalece à noite
para relaxarmos e descansarmos num sono re-
parador – a melatonina.
'' ... Volte seu rosto sempre em direção ao sol e
então as sombras ficarão para trás... '' Provér-
bio chinês
O sol estimula a produção de substâncias quí-
micas no nosso organismo, responsáveis pela
sensação de bem-estar e prazer, como é o ca-
so das endorfinas. As endorfinas têm uma ação
antidepressiva, motivo pelo qual se fala na ten-
dência para ocorrerem depressões sazonais,
associados aos meses nos quais o período de
sol é mais curto.
O calor produzido pelo sol provoca a dilatação
dos vasos sanguíneos, desta forma promove a
circulação, fazendo com que haja um maior
aporte de sangue rico em nutrientes e oxigénio
aos músculos e articulações, melhorando a sua
saúde e tendo uma ação antirreumática.
A exposição solar moderada pode ter um efeito
benéfico nalgumas doenças de pele como a ac-
ne ligeiro, a dermatite seborreica e a psoríase,
pelo seu efeito anti-inflamatório e cicatrizante.
“Quando fizeres algo nobre e belo e ninguém
notar, não fiques triste. Pois o sol todas as ma-
nhãs faz um lindo espetáculo e no entanto, a
maioria da plateia ainda dorme...”
John Lennon
Investigação: Lic. Patrícia Matilde Coelho
Para: Atelier das Artes
7º Edição 10 49
Cuidados com o Sol
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Vencedora Concurso
Ponto Cruz
Trabalho executado por : Ana Maria Moita
Em: ARTES EM bijutaria Ana Moita
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Blog: http://artesanamoita.blogspot.com /
http://dehartes-artesanato.blogspot.com/
Leiria - Fátima Fátima
A Entidade Regional de Turismo - Turismo Leiria
-Fátima, está inserida na Área Promocional de
Lisboa e situa-se no centro litoral do país, dis-
tando apenas 120km de Lisboa e 180 km do
Porto, principais centros urbanos de Portugal.
Reúne seis magníficos concelhos: Batalha, Lei-
ria, Marinha Grande, Ourém, Pombal e Porto de
Mós. Lugares que respiram História, lendas,
costumes e tradições, não esquecendo o artesa-
nato e a gastronomia que tanto agrada a todos.
Espera-o um ambiente afável e familiar que o
fará sentir-se em casa.
Junte-se a nós e deixe-se envolver pelos encan-
tos e recantos desta Região.
Fátima, a maior freguesia do concelho de Ou-
rém, distrito de Santarém, é um importante
centro de peregrinação para o mundo católico.
Situa-se a cerca de 11 km de Ourém, 25 km de
Leiria, 120 km de Lisboa, 180 km do Porto e
está aproximadamente a 300 metros acima do
nível do mar, em pleno maciço calcário estre-
menho. As formações das Serras de Aire e Can-
deeiros conferem-lhe uma paisagem árida, um
solo rochoso e calcário onde só a azinheira, o
carvalho português, o medronheiro, o sangui-
nho ou zanguinho, a figueira e a oliveira, conse-
guem resistir às condições adversas que o clima
e território apresentam.
O nome topográfico Fátima tem origem moura
pois Fátima era o nome da filha de Maomé, o
grande profeta do Islão. Hoje, Fátima indica a
povoação central, sede da freguesia do mesmo
nome que ainda hoje conserva reminiscências
da sua ruralidade em cisternas, moinhos de
vento e outros elementos da arquitectura feita
de pedra e cal, como se pode apreciar nas al-
deias da Aljustrel, Eira da Pedra, Amoreira, Gi-
esteira, Boleiros, Ramila, Gaiola, Pedreira, Casal
Farto e Moita, entre outras, todas dignas de vi-
sita.
A Freguesia de Fátima foi fundada em 1568,
após a sua desagregação da Colegiada de Ou-
rém. Até 1917, Fátima era uma aldeia desco-
nhecida que nasceu num descampado, voltada
para a pastorícia e para a agricultura de sequei-
ro. Foram os marcantes fenómenos religiosos
das Aparições de Nossa Senhora aos três Pasto-
rinhos que desencadearam a fixação de gentes
que enveredaram pelo comércio, restauração e
hotelaria, em resposta às solicitações dos pere-
grinos, abandonando a tradicional agricultura
de subsistência em proveito dos novos empre-
gos emergentes.
Fátima foi elevada a vila em 1977 e a cidade
em 1997. Tem actualmente cerca de 10.000
habitantes. Serve os residentes com todos equi-
pamentos sociais próprios de uma cidade, mas
também os turistas e peregrinos, com aloja-
mento e restauração de qualidade, museus e
lojas, e uma excelente rede viária, em que a A1
é a principal porta de
entrada.
7º Edição 10 51
A cerca de dois quilómetros de Fátima, fica Alju-
strel, a pequena aldeia onde nasceram as três
crianças, a quem Nossa Senhora apareceu, em
1917. Dois quilómetros a oeste de Fátima, es-
tende-se a Cova da Iria, o lugar onde Nossa Se-
nhora apareceu cinco vezes aos videntes, pela
primeira vez a 13 de Maio de 1917, quando
apascentavam um rebanho na Cova da Iria. Lú-
cia de Jesus, Francisco e Jacinta Marto, de 10, 9
e 7 anos, respectivamente, avistaram sobre
uma azinheira uma luz envolvendo uma Senho-
ra que lhes falou pedindo-lhes para rezarem e
convidando-os a voltar nos meses seguintes.
Para ocidente, próximo de Aljustrel, numa coli-
na onde prevalece o cultivo das oliveiras, ergue-
se a Loca do Cabeço, minúsculo aglomerado de
rochas onde, uma vez na Primavera e outra no
Outono de 1916, o Anjo apareceu aos três Pas-
torinhos.
Entre Aljustrel e a Loca do Cabeço, num peque-
no vale chamado Valinhos, encontramos o local
onde a Virgem apareceu também uma vez aos
três Pastorinhos, a 19 de Agosto de 1917.
Fátima, Altar do Mundo, resulta de todo um
processo evolutivo apoiado em marcos decisivos
como a construção de um arco de madeira com
uma cruz para assinalar o local das Aparições. A
pequena árvore a pouco e pouco foi desapare-
cendo levada por peregrinos. A 6 de Agosto de
1918, com as esmolas dos fiéis iniciou-se a
construção de uma pequena capela em home-
nagem a Nossa Senhora, feita de pedra e cal
coberta de telha com 3,30 metros de compri-
mento, 2,80 metros de largura e 2,85 metros
de altura. Foi a primeira construção do actual
recinto de oração. A primeira cerimónia oficial
do Bispo de Leiria ocorreu na Cova da Iria em
1927, o lançamento da primeira pedra da Basíli-
ca em 1928, a vinda ao Santuário do Papa Pau-
lo VI, em Maio de 1967, as visitas do Papa João
Paulo II em 1982, em 1991 e em 2000 aquando
da Beatificação dos Pastorinhos Jacinta e Fran-
cisco Marto, mais recentemente, a construção
da Igreja da Santíssima Trindade a inaugurar
em Maio de 2007, e a trasladação do corpo da
Irmã Lúcia, do Convento Carmelita de Santa
Teresa, em Coimbra para a Basílica de Fátima,
no dia 19 de Fevereiro de 2006.
Hoje o Santuário de Fátima acolhe em peregri-
nação e oração muitos milhares de pessoas vin-
das de todo o mundo. De Maio a Outubro, nos
dias 13 de cada mês e durante todo o ano, cer-
ca de seis milhões de peregrinos percorrem
anualmente os caminhos de Fátima para estar
mais perto do local onde três pequenos pastores
– Jacinta, Francisco e Lúcia - afirmam ter visto
a Virgem Maria.
Na simplicidade universal da sua mensagem de
Paz, Fátima é um espaço de silêncio e medita-
ção
Património Monumental
Castelo de Leiria
A vigiar a cidade de Leiria, o altaneiro Castelo,
foi palco de alguns dos acontecimentos marcan-
tes da história portuguesa. O início da sua cons-
trução data do século XII e, durante a sua edifi-
cação, o Castelo atravessou vários reinados,
tendo sofrido a intervenção de diferentes reis.
Após as diversas batalhas porque passou, desde
as lutas com os muçulmanos até às invasões
francesas, o monumento ficou parcialmente
destruído. Uma visita a este Castelo é como
embrenhar no passado histórico de Portugal,
uma viagem ajudada pela Torre de Menagem,
que recentemente foi transformada em núcleo
museológico.
Regiões & Costumes
Atelier das Artes 10 52
Castelo de Ourém
Envolvido pelo centro histórico da cidade, ergue
-se no alto do monte, o Castelo de Ourém. De
planta triangular, o castelo é formado por três
torres, tendo no centro um terreiro com uma
enorme cisterna ogival, alimentada por uma
fonte de água. Do lado sul encontra-se o Paço
do Conde D. Afonso, que deu a esta estrutura
militar, uma vertente palaciana.
Castelo de Pombal
Nascido no morro de Santo Amaro, a constru-
ção do Castelo de Pombal impulsionou o desen-
volvimento da vila no seu lado sul. Mandado
edificar por Gualdim Pais, o castelo viria a so-
frer muitos ataques dos mouros, e mais tarde
dos castelhanos, o que obrigou a sucessivas
reparações e reconstruções.
Castelo de Porto de Mós
Avista-se ao longe pelas suas torres, grandes e
verdes, de forma bicuda, que faz deste castelo
um dos mais originais do nosso País. Conquista-
do aos mouros por D. Afonso Henriques, viria a
ganhar características palacianas, devido à in-
tervenção de D. Sancho I, D. Dinis e D. Afonso,
Conde de Ourém. Das cinco torres com que foi
construído, restam hoje três, devido às cons-
tantes investidas árabes e, mais tarde, aos di-
versos abalos sísmicos que sofreram.
Mosteiro da Batalha
O Mosteiro de Santa Maria da Vitória (século
XIV), foi construído devido a um voto feito por
D. João I à Virgem se vencesse a Batalha de
Aljubarrota contra os Castelhanos. Eleito pela
UNESCO como Património Mundial é o grande
monumento do gótico final português e o pri-
meiro onde se estreou a "arte manuelina".
Turismo Grutas de Mira de Aire
Descobertas em 27 de Julho de 1947, só em
Setembro de
1953 foi possí-
vel conhecer o
percurso, hoje
aberto ao públi-
co, que serpen-
teia ao longo de
centenas de
metros, por salas e lagos subterrâneos os quais
revelam um maravilhoso rendilhado de forma-
ções calcárias. Com dois elevadores e uma pro-
fundidade de 110 metros, as Grutas de Mira de
Aire são as maiores grutas de Portugal e as pri-
meiras a serem descobertas na região.
Leiria - Fátima
7º Edição 10 53
Grutas de Alvados
As Grutas de Alvados foram descobertas em
1964, por um grupo de trabalhadores das pe-
dreiras de mármores da Serra dos Candeeiros,
cuja curiosidade foi despertada ao ouvirem o
cair demorado das pedras num algar que lhes
pareceu desde logo ser profundo. Prepararam
uma primeira descida às grutas, equipados com
cordas e lanternas, e encontraram uma suces-
são de salas de estalatites e estalagmites, liga-
das entre si.
Grutas de S. António
As Grutas de S. António foram descobertas em
Junho de 1955, por dois homens que trabalha-
vam perto da pedra do Altar em Porto de Mós.
Procurando um pássaro que tentavam apanhar,
entraram por uma grande fenda aberta num
rochedo, onde aquele se tinha refugiado e des-
cobriram estas Grutas de estalatites e estalag-
mites, divididas por várias salas, com uma área
total de cerca de 6000 m2.
Grutas da Moeda
As Grutas da Moeda, localizadas em S. Mame-
de, a 3 Km de Fátima, foram descobertas em
1971 por dois caçadores que perseguiam uma
raposa. Ao entrar no algar onde a raposa se
tinha escondido, os dois homens ficaram mara-
vilhados pela beleza das salas e galerias reple-
tas de formações calcárias destas Grutas, cuja
extensão visitável atinge os 350 metros e a
profundidade chega aos 45 metros.
Artesanato
A variedade de artesanato encontrado na região
do Turismo Leiria-Fátima, deriva de duas pro-
víncias com diferentes etnografias, tendo na
Beira Litoral pela zona sul os concelhos
de Marinha Grande e Porto de Mós, e pela zona
norte os concelhos de Batalha, Leiria, Ourém e
Pombal estando todos incluídos na região deno-
minada Estremadura.
Na seguinte listagem poderá identificar os di-
versos tipos de artesanato presentes na nossa
região, característicos de cada concelho.
Regiões & Costumes
Atelier das Artes 10 54
Seis concelhos salpicados pelas cores dos deva-
neios da imaginação, talhados por háveis mãos.
Artesanato que sobrevive ao passar dos anos e
se fortalece por traduzir a alma de um povo.
A alma de uma Região…
BATALHA
Talha em pedra, cantarias de traça antiga ou
recente, vitral, cestaria de vime, latoaria, tano-
aria e tecelagem tradicional.
LEIRIA
Cestaria, latoaria e correaria, barro da Bajouca.
MARINHA GRANDE
Produção de vidro (maçarico e soprado molda-
do) e cristal, empalhamento de garrafas e gar-
rafões, miniaturas de barcos típicos da Praia da
Vieira.
OURÉM
Tecelagem, cestaria, capachos de junco, latoa-
ria, tanoaria. Encontram-se em Fátima objectos
religiosos, alguns de carácter artesanal.
POMBAL
Pintura manual de azulejos, cerâmica, cestaria,
bordados, latoaria, e as conhecidas “esteiras de
esparto” da Ilha.
PORTO DE MÓS
Artesanato em peles e macramé, produção de
carpetes, mantas de retalhos, tapetes e passa-
deiras a partir de trapos e em teares manuais,
cestaria em junco, cerâmica do Juncal, olaria de
Tremoceira, Cruz da Légua e Moitalina, a tece-
lagem de Mira de Aire, trapologia e bordados
em Porto de Mós e a arte de pavimentação das
ruas em pedra calcária branca e preta, pelos
calceteiros de Alqueidão da Serra.
GASTRONOMIA
Uma vida simples, tradicionalmente rural, levou
a que os povos desta região serrana engenho-
samente procurassem a sua auto-suficiência,
abastecendo-se nos seus próprios teres e have-
res, utilizando recursos do cultivo das suas ter-
ras, da pastorícia e da criação de animais de
capoeira e pocilga, para aquilo que mais falta
lhe fazia: a alimentação.
Por isso mesmo é que, na frugalidade duma
cozinha de subsistência alimentar, mas bem
apaladada, podemos hoje encontrar uma varie-
dade de alimentos confeccionados com base na
originalidade que nos foi legada através dos
tempos, pela inventiva e persistência das gen-
tes humildes destas redondezas.
Esta região foi habitada pelos árabes, deles
subsistindo muitos dos hábitos assimilados e
continuados até ao presente. Estão neste caso
os alimentos, em especial os lacticínios, os fru-
tos, os cereais e os legumes. Também as so-
pas, que os árabes designam por Tharid, se as-
semelham às nossas sopas regionais, já que
são feitas de pão migado embebido em caldo
de carne fervida com ervas aromáticas, mor-
mente a hortelã da horta.
Investigação: Carolina Tadeu
Correcção de Texto: Carla Marques
Para: Atelier das Artes
Fonte:
Leiria - Fátima
7º Edição 10 55
Gastronomia
Peitos de frango com farinheira
Ingredientes para 2 pessoas:
2 Peitos de frango
1 Garrafa de espumante (como é para cozinhar
poderá ser do mais barato)
1 Sopa de cebola
1 Cebola pequena
4 Dentes de alho
Sal q.b.
Pimenta q.b.
Azeite q.b.
2 Folhas de louro
Preparação:
Abra os peitos de frango com uma faca.
Tempere os peitos de frango com sal e alho. Depois de os temperar, deverá recheá-los com a fari-
nheira (deverá colocar o recheio de forma a conseguir fechá-los). Feche-os com palitos de modo a
que a farinheira não saia durante a cozedura.
Num tacho coloque um fio de azeite com um pouco de cebola e alho, e refogue-os. Depois de refo-
gar, deverá juntar a sopa de cebola por cima dos mesmos. Nesta altura, coloca as folhas de louro e
um pouco de pimenta a gosto (Sal não será necessário porque já o usou durante a preparação). De-
pois deverá despejar a garrafa de espumante e deixar em lume brando a confeção dos mesmos en-
tre 20 a 30 minutos.
Poderá acompanhar os peitos de frango com arroz branco ou salada.
Bom Apetite. Receita Elaborada: por Dario Marques
Pof, Dicas & Sabores
Atelier das Artes 10 56
Massa Recheada com Miminhos
Ingredientes para 2 pessoas:
150g de conchas grandes (ou outra mas-
sa grande que dê para rechear)
2 Tomates frescos.
3 dentes de alho.
2 cebolas pequenas.
1 morcela.
1 pimento.
½ queijo (a gosto).
1 Colher de chá de orégãos.
Sal e pimenta q.b.
Azeite q.b.
Preparação:
Leve uma frigideira ao lume com um pouco de azeite e junte uma cebola, os dentes de alho e o pi-
mento, tudo picado em pedaços muito pequenos. Deixe alourar e junte os tomates também cortados
em cubinhos. Envolva bem, tempere com um pouco de sal, pimenta e orégãos e deixe apurar em
lume brando até formar um molho grosso.
Entretanto coza a morcela e deixe-a arrefecer. Depois deverá tirar-lhe a pele e levá-la ao lume com
um pouco de cebola, azeite e alho. Após cozinhá-la um pouco junte-lhe o queijo.
Num outro tacho coza a massa com um pouco de sal. Depois de cozida, escorra e passe-a por água
fria e recheie com a mistura que fez anteriormente da morcela e do queijo.
Num tabuleiro que vá ao forno e à mesa coloque o molho de tomate e por cima coloque a massa já
recheada. Esfarele um pouco de queijo por cima e tempere com um pouco de pimenta.
Leve ao forno quente apenas para derreter o queijo e tostar um pouco a massa.
(Poderá rechear a massa com outras coisas, por exemplo carne picada)
Bom Apetite.
Gastronomia
Receita Elaborada: por Dario Marques
Pof, Dicas & Sabores
7º Edição 10 57
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Vencedora Desafio
Reciclagem
Trabalho executado por : São Meira
Em: Recreio das Artes
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7º Edição 10 59
Agradecemos a todas as pessoas que gentilmente Colabo-
raram connosco nesta 7ª . Edição da
Revista Atelier das Artes
Agradecimento
Ricardo Tomás
Arte - Escultor
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Vitória Quintal
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