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lopesgabriel1984
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EAD
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
CURSO TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE
TRABALHO INTERDISCIPLINAR
RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICAAO BAIRRO OURO VERDE II EM CAMPO BELO - MG.
Trabalho interdisciplinar realizado pelo aluno Gabriel Lopes apresentado a disciplina de Microbiologia Ambiental.
Campo Belo, outubro de 2010
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RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA
Introdução
O presente trabalho, gerado a partir de uma visita técnica, apresenta
abordagens de temas sobre o conteúdo de cada uma das disciplinas, visando uma
maior interação com os professores, trocas de conhecimentos e uma vivência prática, a
partir da realidade local de Campo Belo.
Caracterização da área
Foto 1. Região analisada na visita técnica. Fonte própria. Feita no dia 09/10/10.
Data da visita: 09/10/10
Local: Região de extração de terra no Residencial Ouro Verde II – Campo Belo MG.
Altitude: 827m
O Bairro Residencial Ouro Verde II situa-se na região sudeste da cidade de
Campo Belo. Está circundada, à leste, pelo Ribeirão São João, à nordeste pelo bairro
Cidade Montesa, à sudoeste pelo bairro da Pedreira e ao sul por propriedades rurais.
A região foi escolhida por possibilitar a observação de aspectos como a
paisagem, o clima, o relevo e impactos ambientais.
O percurso consistiu em saírmos da Escola Municipal José Otaviano, onde se
localiza o Polo do Cefet-EAD em Campo Belo, em direção ao novo bairro, onde
chegamos por volta de 20 minutos de caminhada, trajetória que já serviu para
observação e comentários de aspectos socio-ambientais da paisagem.
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Justificativa de escolha do local: A região foi escolhida por possibilitar a observação
de aspectos relacionados ao solo, a química e a microbiologia num panorama de
análise ambiental devido a ação antropogênica de retirada da cobertura vegetal para
extração de terra para o nivelamento dos terrenos das casas do bairro.
Foto 2: Região analisada na visita técnica. Google Earth, consulta no dia 21-10-10. O O software não está atualizado e mostra a area ainda como pastagem.
Foto 3: Projeção de croquis sobre a foto 2.
Área cuja cobertura vegetal foi retirada
Área urbanizada do bairro Residencial Ouro Verde II
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Enfoque em Microbiologia Ambiental
Foto 4: Foto própria. Pelo de um animal decomposto.
Diversidade microbiológica
A região visitada e que gerou embasamento para esse relatório está sofrendo a
ação antrópica da retirada da cobertura vegetal e extração de boa parte do solo,
deixando toda área exposta, tal como nos mostra a primeira fotografia desse trabalho.
Por conta de tal fenômeno houve considerável redução da diversidade microbiológica
do local. Em termos ecológicos podemos dizer que houve a retirada do substrato e por
conta disso, não existe um suporte para que a matéria orgânica em geral, como
cadáveres, excrementos e restos vegetais sejam decompostos por fungos e bactérias.
A foto número 4 nos evidencia que houve redução na atuação desses microorganismos
mas não a anulação completa de suas funções de transformação da matéria orgânica.
Ao chegarmos ao local havia apenas ossos e pelagem ainda reconhecíveis, o resto de
toda a matéria orgânica já havia sido decomposta. A pelagem se encontrava bastante
aderida a pele o que indica que o processo já estava em estado avançado de atuação
de fungos e bactérias decompositoras.
Caso uma câmera estivesse registrando todo o processo de decomposição,
provavelmente teria registrado uma sequência parecida com a que se segue abaixo.
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Foto 5: Início da decomposição. Foto 8: Pata e cabeça ainda reconhecíveis
Foto 6: Decomposição no intestino. Foto 9: Decomposição avançada.
Foto 7: Decomposição de todo o interior. Foto 10: Ossada à mostra.
Como é perceptível nas imagens a decomposição se inicia na região do
intestino do animal. Isso acontece devido a atuação das bactérias da flora intestinal que
atacam os tecidos procurando nutrição. O processo se mantém, com ajuda de animais
como os insetos, até que toda a matéria orgânica seja decomposta, e o cadáver do
animal praticamente desapareça em meio ao substrato. Ossos e dentes se mantém
inteiros pois são constituídos de minerais e não são transformados por bactérias.
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Microorganismos em áreas degradadas
Foto 11 – Foto de Carolina Dias. Ribeirão São João
Durante o trajeto até o local em que se concentraram as análise
interdisciplinares, melhor visualizado na fotografia número 2 desse relatório, foi feitação
uma parada para a observação da situação do Ribeirão São João e seu entorno.
Todo o esgoto da cidade é encaminnhado para esse ribeirão, situação que a
curto prazo não será alterada pois a construção de uma ETE está ainda em fase de
planejamento e aprovação.
O primeiro ponto observado foi de que, caso o lançamento de esgoto fosse
concentrado uma medição de presença de microorganismo antes e depois da chegada
dos efluente traria resultados de microflora diferenciados, já que a quantidade de
matéria orgânica em decomposição teria grande aumento.
O segundo ponto de observação, compreendendo ainda a presença de matéria
orgânica, foi ressaltada a cor escura do solo próximo a passagem da água, que seria
um indicativo de fertlidade caso não se trata-se de um material contaminado.
O terceiro ponto observado está relacionado ao fenômeno da eutrofização
presente no local. Devido ao acúmulo de matéria orgânica em decomposição há
proliferação de bactérias aeróbicas, que consomem o oxigênio da água causando
mortandade ou impedindo um desencvolvimento equilibrado de seres vivos no
ambiente.
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Relação entre a capacidade de retenção e infiltração de água, da
disponibilidade e quantidade de material em decomposição, dos fatores
abióticos presentes no solo com a quantidade e diversidade de
microorganismo dos mesmos.
Foto 12: Foto própria. Efeitos da infiltração da água
Com a retirada da cobertura vegetal e também de extração de terra, passou a
haver maior escoamento da água das precipitações em detrimento da infiltração e
retenção no solo. A redução na disponibilidade de água, relacionada a ausência de
vegetação, levou a diminuição da quantidade de seres vivos no substrato e, em
consequência, menor disponibilidade de material em decomposição (cadáveres,
excrementos e restos vegetais). No local há disponibilidade de luz solar e um regime
equilibrado de chuvas, fatores importantes para que haja uma recuperação mesmo que
lenta no ambiente. Entretanto, o solo está compactado o que dificulta as etapas de
regeneração das condições de equilibrio no ambiente. A reversão do quadro terá de ser
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feita com a intervenção de técnicas como por exemplo a implantação de uma manta de
cobertura vegetal nas encostas e o replantio com mudas de árvores nativas.
Ciclos biogeoquímicos
Foto 13 – Foto própria. Alteração antrópica.
A ação antrópica de retirada de cobertura vegetal e solo alterou profundamente
os ciclos biogeoquímicos da área em que se encontra o terreno.
A água que antes infiltrava e era retida no solo chegando até as plantas e
animais, e depois retornava a atmosfera por evapotranspiração, passou a escoar para
as áreas mais rebaixadas do terreno, onde passa o Ribeirão São João.
No caso do Carbono e do Nitrogênio, componentes de animais e plantas,
também houve alteração de seus ciclos uma vez que tanto a flora quanto a fauna foram
abruptamente retiradas dessa porção territorial.
Microflora do solo e a capacidade de preservação e renovação do solo.
Devido a supracitada alteração antrópica houve grande prejuízo a microflora do
ambiente, tornando o solo extremamente vulnerável a degradação ambiental. O dano
causado a microrregião veio de uma ação humana, cabe então aos que planejaram o
empreendimento imobiliário Residencial Ouro Verde II procurar alternativas
sustentáveis para a reversão do quadro observado e analisado, e que embasou esse
relatório.
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