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relatório de cromatografia em camada delgada preparativa
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
ANA CAROLINA SCHRADER
DOUGLAS BACH DE ANDRADE
FABIANO RATAICZYK
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA:CROMATOGRAFIA DE CAMADA DELGADA PREPARATIVA
REALIZADA NO DIA 02 DE OUTUBRO DE 2013
TURMA A
CURITIBA2013
1 INTRODUÇÃO
Segundo (EWING,1914), o termo cromatografia em camada delgada
(CCD) costuma ser reservado para as separações que ocorrem em um
revestimento de uma substância em pó aderente a um suporte liso tal como
uma placa de vidro. Qualquer um dos sólidos usados na cromatografia em
coluna pode se adaptar a CCD desde que se encontre um aglutinante
conveniente para garantir aderência ao vidro. Ainda segundo o autor, o
revestimento deve ser tão uniforme quanto possível para se realizar
separações limpas e reproduzíveis.
A amostra é colocada em uma extremidade da placa e é desenvolvida
pela técnica ascendente, logo se pode secar a placa e pulverizar com o
reagente. A CCD é largamente utilizada para seguir uma síntese de laboratório,
estabelecer evidências de pureza, justamente em função de ser mais rápida e
geralmente mais aplicável que as outras técnicas cromatográficas líquidas
(EWING, 1914).
Dependendo do emprego posterior do material separado pela CCD, a
mesma pode ser dividida em analítica ou preparativa.
A Cromatografia de Camada Delgada Preparativa (CCDP) é aquela na
qual o interesse maior é, além da separação e/ou quantificação dos compostos,
coletar as frações contendo os compostos de interesse para posterior uso. Este
uso poderá ser a confirmação da identidade de um composto, determinação da
atividade biológica de um ou mais constituintes da fração, verificação da
utilização de uma fração isolada, purificação de um fármaco através do
isolamento das impurezas e outras. No caso, da aula prática realizada no
laboratório ela foi utilizada para separar pigmentos vegetais (MEDEIROS,
2012).
A CCDP é executada em placas de comprimento, largura e espessura
maiores que a normal, o que permite separar amostras de diversos tamanhos:
de gramas até miligramas.
Na CCDP, as amostras geralmente, são aplicadas como uma banda ao
longo de toda a largura da placa. Para isolar a substância por extração, pode-
se simplesmente remover a mancha escolhida da placa (MERK, 2013).
2 OBJETIVO
Separar pigmentos vegetais usando a técnica de CCDP.
3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 MATERIAIS
3.1.1. Amostra
Extrato vegetal de espinafre
3.1.2 Vidraria
Pipeta de Pasteur
Béqueres de 25 mL (2)
Bastão de vidro
Funil simples
Papel de filtro
Placa de aquecimento,
Capilares
Espátula
Cubas cromatográficas de diferentes tamanhos
Cromatoplacas de 20 x 5 cm e de 5 x 3 cm
3.1.3 Solventes
Mistura de ciclohexano e acetato de etila (2:1, v/v)
Mistura de ciclohexano e acetato de etila (1:1, v/v)
3.1.4 Fase estacionária para CCD e CCDP
Sílica-gel G 60.
3.2 MÉTODO
3.2.1 Primeira Etapa
A primeira etapa refere-se à execução da CCDP.
Foi selecionada uma cromatoplaca com aproximadamente 20 x 5 cm.
Em uma folha foi marcado a frente de progressão do solvente e a linha de
aplicação da amostra.
Com o auxílio de um capilar, aplicou-se a amostra concentrada sobre a
linha de aplicação da cromatoplaca, formando uma faixa contínua.
Depois disto, transferiu-se a cromatoplaca já preparada para a cuba
cromatográfica, a qual ficou fechada durante todo o processo, que durou
aproximadamente 30 min.
Ao longo do tempo da separação, foi observado na cuba como as
bandas progrediam na superfície da sílica.
Quando a fase móvel atingiu a demarcação superior, retirou-se a
cromatoplaca da cuba cromatofráfica, e foi colocada sobre uma placa de
aquecimento, para secagem, atentando-se para eliminar o máximo de solvente
possível.
3.3 SEGUNDA ETAPA
A segunda etapa refere-se à remoção de um componente da superfície
da cromatoplaca.
Após a completa secagem, selecionou-se uma banda que obteve melhor
separação, na imagem 2 em anexo corresponde à mancha cinza (segunda de
cima para baixo), foi removida, por raspagem com o auxílio de uma espátula.
A sílica raspada contendo o pigmento foi colocada em um béquer de 50
25 mL, com uma mistura de hexano e acetato de etila (1:1, v/v) e deixando-se
em contato por alguns minutos sob agitação.
Após a extração do pigmento pelo solvente, foi filtrado a suspensão
através de algodão em um funil de vidro. O produto da filtração foi concentrado
em placa aquecedora.
Por fim, com o componente extraído já concentrado, foi aplicado em uma
cromatoplaca de 5 x 3 cm, e procedeu-se a CCD, utilizando cuba de vidro
apropriada.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Ordem da mancha
(de cima para
baixo)
Cor ds da Rf
1 Amarelo 16,5 10 0,6
2 Cinza 16,5 6,5 0,39
3 Verde 16,5 5,2 0,32
4 Verde 16,5 4,0 0,24
5 Verde 16,5 2,5 0,15
6 Amarelo-
esverdeado
16,5 2,0 0,12
7 verde 16,5 1,5 0,09
8 amarelo 16,5 0,5 0,03
0 verde 16,5 0 0
O tempo de corrida foi de aproximadamente 30 minutos.
Os principais pigmentos da fotossíntese são as clorofilas a e b, que são pigmentos verdes que contêm um anel porfirínico e um átomo de magnésio no centro deste anel, e quatro estruturas modificadas de pirrol, favorecendo assim interações polares. O eluente utilizado é uma mistura de solventes, acetato de etila e hexano, possui polaridade mediana e provoca desvantagem na competicão pelo sítio de ativacão do adsorvente sílica, ou seja, os componentes do grupo interagiram mais com a fase estacionária que o eluente, sendo pouco deslocado pelo mesmo.
Outros pigmentos presentes nas folhas são os carotenos, pigmentos amarelos, ao analisar as estruturas desses dois pigmentos constatamos que eles são bastante apolares. O eluente utilizado permitiu uma forte interação dos carotenos com a fase móvel de média polaridade, que foram deslocados até a extremidade superior da cromatoplaca e, consequentemente, interagindo pouco com a fase estacionária.
O pigmento escolhido para extração cromatográfica foi o cinza, na etapa de separação obteve-se um Rf=0,39, indicando que a separação foi satisfatória e permitindo assim a posterior análise separada deste pigmento. Nesta etapa de análise (Imagem 3) o Rf foi de 0,5 , este aumento no Rf pode indicar duas consequências: que o pigmento foi separado e que não há, ou há pouca, impureza. Se o aumento fosse mais incrementado isso poderia indicar que há contaminação de outros pigmentos.
5 CONCLUSÃO
Foi possível separar os componentes do extrato de espinafre e retirar um dos pigmentos desse extrato. Através da comparação dos resultados obtidos para o extrato puro e o pigmento retirado, é possível concluir que este pigmento contém relativo grau de pureza, devido o valor de Rf=0,5 calculado pela cromatografia de camada delgada.
Conclui-se também que além da identificação dos pigmentos, a CCDP é também útil na separação de pigmentos de folhas vegetais.
REFERENCIAS
EWING, W. G. Métodos instrumentais de análise química. E. Blucher, 1972, São Paulo.
SOLOMONS, T.w. Graham; FRYHLE, Craig B.. Química Orgânica. 9. ed. Rio de Janeiro: Ltc, 2009.
MERK. Placas de Camada Preparativa. Disponível em: http://www.merckmillipore.com.br/chemicals/preparative-layer-plates-plc/c_6WSb.s1L87cAAAEWueAfVhTl. Acesso em: 16/10/2013
MEDEIROS, R.U. Cromatografia. Faculdade União de Goyazes. Goiânia, GO. 2011. Disponível em: https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=4&cad=rja&ved=0CFIQFjAD&url=http%3A%2F%2Fwww.fug.edu.br%2Fadm%2Fsite_professor%2Farq_download%2Farq_671.doc&ei=nP5mUoKVGo3MkQfN8YDAYD&usg=AFQjCNG0e_7ffkpTTsct8ToGc1GXrqU_lA&sig2=ypkm15br3vN0IMA4gg1nLQ&bvm=bv.55123115,d.eW0. Acesso em: 16/10/2013
ANEXO
Imagem 1. Aplicação do extrato na cromatoplaca de 5x20.
Imagem 2.Separação dos pigmentos aplicados em linha.
Imagem 3: Análise separada do pigmento cinza.