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Rins, Vias Urinárias e Genital Masculino Acadêmicas: Carla Rejane G.de Sousa Janaína Cardozo Gomes Lorranne Dias Lima Louise de Faro Teles Roseira Rebeca de Sousa Carvalho Tamires Rocha Sanches Professor: Virgílio Guedes Disciplina: Anatomia Patológica II AGOSTO-2014

Relato de Caso - Rins e Vias Urinárias de Anatomia Patológica

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Relato de Caso - Rins e Vias Urinárias de Anatomia Patológica

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Rins, Vias Urinárias e Genital Masculino

Acadêmicas:

Carla Rejane G.de SousaJanaína Cardozo Gomes

Lorranne Dias LimaLouise de Faro Teles Roseira

Rebeca de Sousa CarvalhoTamires Rocha Sanches

Professor: Virgílio GuedesDisciplina: Anatomia Patológica II

AGOSTO-2014

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RELATO DO CASO

Identificação: P.A.A., 3 anos, masculino, natural de Miracema-TO e procedente de Goiânia-GO.

Queixa Principal: “Tumor na barriga”.HDA: A mãe relata que sentiu um tumor no flanco direito

quando foi dar banho na criança. Percebeu também que a criança emagreceu no último mês.

Interrogatório Sintomatológico:Sintomas Gerais: nega febre, sudorese noturna e prurido.Cabeça e Pescoço: nada refere.

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Aparelho Respiratório: nada refere.Aparelho Circulatório: nada refere.Aparelho Digestório: nega diarreia, vômitos e constipação.Aparelho Genitourinário: nega alterações. Nunca

percebeu hematúria.Sistema Hemolinfopoiético: nada refere.Membros e dorso: nada refere.Sistema Nervoso: nada refere.

RELATO DO CASO

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Antecedentes pessoaisFisiológicos: nascido de parto eutócico em hospital;

desenvolvimento somato-psíquico compatível com o esperado para a idade. Tomou todas as vacinas disponíveis na rede pública de saúde.

Patológicos: nega doenças infecciosas e não foi submetido a cirurgias nem a tratamentos médicos. Mãe já levou a criança a três médicos que disseram que não havia nada de errado com a criança.

Antecedentes familiares: terceiro filho de uma prole de 3, todos os irmãos hígidos. Ausência de diabetes na família. O irmão mais velho apresentou urina vermelha após algodão doce vermelho e pipoca doce vermelha.

RELATO DO CASO

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Condições econômicas e culturais: reside em casa de alvenaria e com alimentação qualitativa e quantitativamente suficiente.

Exame FísicoEctoscopia: BEG, com o desenvolvimento somático esperado para

a idade, sem icterícia e sem febre. Mucosas levemente descoradas (+/4+).

Exame do Tórax

- Aparelho Cardiovascular: Ritmo regular, sem extra-sistolia; PA normal para a idade (obtida com manguito apropriado).- Aparelho Respiratório: Ritmo respiratório regular, sem ruídos adventícios e outras alterações.

RELATO DO CASO

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Exame do Abdome: Houve dificuldade de palpar o abdome devido à relutância da criança.

Sistema Nervoso: ausência de rigidez de nuca; Sinais de Kernig, Brudzinski e Lasègue negativos.

Exames realizadosSangue: Eritrograma – anemia hipocrômica e microcítica.

Leucograma dentro dos limites estatísticos da normalidade para a idade.

Urina: raras hemácias e leucócitos. Hemácias: 6000/ml. Ausência de cilindrúria.

RELATO DO CASO

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Imaginológicos

- Radiografia simples do abdome: aumento da densidade radiológica no flanco direito.- Urografia excretora: exclusão renal à direita.- USG: local do rim ocupado por massa sólido cística de 16 cm de diâmetro.

RELATO DO CASO

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REFLUXO VÉSICO-URETERAL

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REFLUXO VÉSICO-URETERAL

É o fluxo retrógrado de urina, da bexiga para o trato urinário superior.

RVC primário: é devido a uma anomalia da junção ureterovesical, onde a deficiência da musculatura longitudinal no trajeto intra-vesical do ureter leva a um mecanismo valvular incompetente..

RVC pode ser secundário a: Obstrução uretral; Elevação anormal da pressão vesical, devida a obstrução vesico-uretral mecânica ou disfuncional; Pode ser adquirido devido a cirurgia ou trauma na região do trato urinário.

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É uma doença comum na infância.Quando existe infecção urinária deve pensar-se na possibilidade

de RVU 30 a 40% das crianças com infecção urinária apresentam RVU.

A associação de RVU com ITU representa uma ameaça ao tecido renal devido ao risco de pielonefrite que eventualmente evolui para cicatrização do tecido renal.

Estas cicatrizes, se forem suficientemente extensas, podem levar à insuficiência renal. Mesmo pequenas cicatrizes podem ocasionar, a médio-longo prazo, a instalação de hipertensão arterial e com isso podem deteriorar a função renal.

REFLUXO VÉSICO-URETERAL

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Diagnóstico: é necessariamente confirmado por cistouretrografia miccional (CUM), a qual documenta seu grau e evidencia outras anormalidades anatômicas da bexiga e da uretra.

Recomenda-se esperar pelo menos duas semanas após o último episódio de ITU para que possa ser realizada sob condições estéreis

O paciente não apresenta evidências de infecção urinária.

REFLUXO VÉSICO-URETERAL

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HIDRONEFROSE CONGÊNITA

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HIDRONEFROSE CONGÊNITA

Hidronefrose fetal – diagnóstico intraútero USG obstétrico.

Dilatações renais - 1 a 5% das gestações (1:1500 RN) grande parte transitória 48% resolvidas espontaneamente até após o

nascimento.

Causas mais freqüentes após o nascimento: estenose da JUP refluxo vesicoureteral (RVU) estenose da junção ureterovesical duplicação pieloureteralválvula de uretra posterior

Dilatação da pelve e cálices renais associada à atrofia progressiva do rim devido à obstrução do fluxo de saída da urina.

(PIÇARRO; SILVA; OLIVEIRA, 2014)

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HIDRONEFROSE CONGÊNITA

Pode ocorrer hidronefrose adquirida (HA) na criança e a principal causa e a angulação do ureter proximal por vaso renal anômalo. Outras causas menos comuns são refluxo vesicoureteral e obstrução ureteral por ureterolitiase.

Freqüentemente se diagnostica HA em crianças na propedêutica de dor abdominal crônica recorrente, especialmente em idade escolar.

(PIÇARRO; SILVA; OLIVEIRA, 2014)

Page 15: Relato de Caso - Rins e Vias Urinárias de Anatomia Patológica

Classificação do grau de hidronefrose pelaSFU – Society of fetal Urology.

(PIÇARRO; SILVA; OLIVEIRA, 2014)

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USG - Classificação do grau de hidronefrose pela

SFU – Society of fetal Urology.

(PIÇARRO; SILVA; OLIVEIRA, 2014)

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DILATAÇÃO PIELOCALICINAL, REPLETA DE URINA: HIDRONEFROSE

Defeito da JUP

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HIDRONEFROSE CONGÊNITA  (obstrução da junção

pieloureteral)

Fonte: http://anatpat.unicamp.br/pecasuro19.html

Page 19: Relato de Caso - Rins e Vias Urinárias de Anatomia Patológica

Fonte: http://anatpat.unicamp.br/pecasuro19.html

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VÁLVULA DE URETRA POSTERIOR

Page 21: Relato de Caso - Rins e Vias Urinárias de Anatomia Patológica

VÁLVULA DE URETRA POSTERIORAnomalia congênita: estrutura membranosa na

mucosa do assoalho da porção prostática da uretra masculina.

Teoria de Stephens: Inserção anormal e persistência da extremidade dos ductos de Wolff (mesonéfricos).

(SBU & SBN,2006)

Page 22: Relato de Caso - Rins e Vias Urinárias de Anatomia Patológica

Fonte:http://www.apurologia.pt/pdfs/cursos-apu/desenvolvimento-do-aparelho-urinario-e-genital.pdf

VÁLVULA DE URETRA POSTERIOR

Fonte:http://www.sistemanervoso.com/pagina.php?secao=11&materia_id=202&materiaver=1

Embrião (5ª semana)

Fonte: MELLO, R. A.Embriologia humana. SãoPaulo: Editora Atheneu, 2000.

Page 23: Relato de Caso - Rins e Vias Urinárias de Anatomia Patológica

Causa mais frequente de obstrução uretral em crianças;

Pior prognóstico em crianças < 1 ano;

Tipo I (95%): pregas mucosas que se estendem lateral e distalmente ao verumontano, presas às paredes antero-laterais da uretra. Obstrução anterógrada ao fluxo urinário.

VÁLVULA DE URETRA POSTERIOR

Fonte: WEIN, Alan J. et al (Ed.). Urology. 10. ed. Philadelphia: Elsevier, 2012. 4 v.

(SBU & SBN,2006)

Page 24: Relato de Caso - Rins e Vias Urinárias de Anatomia Patológica

VÁLVULA DE URETRA POSTERIOR

Fonte:http://www.auladeanatomia.com/genitais/uretra.jpg

Page 25: Relato de Caso - Rins e Vias Urinárias de Anatomia Patológica

Repercussões a montante, perceptíveis a partir da 10ª semana:

Uretra prostática: dilatação e alongamento; Colo vesical: hipertrofiado (sem obstrução); Detrusor: hipertrofia, hiperplasia, ↑ nº das

terminações colinérgicas e depósito de colágeno; Ureteres: dilatados, hipertrofiados e tortuosos em

graus variáveis. (Volume > que na bexiga)

VÁLVULA DE URETRA POSTERIOR

Fonte:http://www.urologiapediatrica.com.pt/3_problemas_aparelho.php?id=65

(SBU & SBN,2006)

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Outras alterações: Refluxo vesico-ureteral secundário (40-66%) Atrofia parenquimatosa; Pielonefrite; Displasia renal (15-20%); ? Doença microcística; Nefrite intersticial.

VÁLVULA DE URETRA POSTERIOR

(SBU & SBN,2006)

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Antenatal (USG) – 2/3 dos casos; > 20ª semana:

Oligohidrâmnio; Ascite;

75% antes dos 5 anos de vida; Neonatos:

Retenção urinária, massas palpáveis nos flancos, infecção urinária e febre, septicemia com anemia e icterícia, prejuízo do crescimento ou perda de peso, desidratação e distúrbios hidroeletrolíticos. Hipoplasia pulmonar secundária ao oligohidrâmnio Síndrome do desconforto respiratório. Ascite urinária.

> 1 ano: ITU em mais de 50% Quadro miccional evidente: perdas urinárias, urgência, enurese,

ardor miccional, jato fino e interrompido e gotejamento. 25% são oligossintomáticos; 2/3 dos óbitos acontecem antes dos dois anos de idade.

VÁLVULA DE URETRA POSTERIOR Diagnóstico Clínico

(SBU & SBN,2006)

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No RN, USG após 48h;Uretrocistografia miccional, assim que possível.

Achados: Dilatação da uretra prostática; Hipertrofia do colo vesical; Pouco fluxo distal; Bexiga irregular (trabeculação e divertículos); Refluxo vesico-ureteral.

Cintilografia renal dinâmica, estática e contrastada (após 2ª semana de vida) .

Exames de Imagem

VÁLVULA DE URETRA POSTERIOR

(SBU & SBN,2006)

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Outras apresentações incluem:Ascite urinosa;Divertículo vesical;Presença de refluxo vesico-ureteral

maciço em unidade displásica (mais frequentemente a esquerda)?

VÁLVULA DE URETRA POSTERIOR

(SBU & SBN,2006)

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LINFOMA

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LINFOMA

Essas duas doenças apresentam algumas características clínicas semelhantes, mas divergem na célula de origem, forma de apresentação, de tratamento e nos resultados do tratamento.

São designadas como doença de Hodgkin e linfoma não-Hodgkin. Estão entre as doenças malignas que melhor respondem ao tratamento com radioterapia e quimioterapia.

O número de casos de linfoma não-Hodgkin é aproximadamente 5 vezes maior que o de doença de Hodgkin. Essas duas doenças apresentam um acometimento muito grande de pacientes em idade produtiva (adultos jovens).

Page 33: Relato de Caso - Rins e Vias Urinárias de Anatomia Patológica

Primeiro pico de incidência na terceira década de vida e o outro após a quinta década de vida.

A prevalência é maior nas pessoas de raça branca e do sexo masculino.

Fatores associados à etiologia da Doença de Hodgkin; a infecção pelo vírus Epstein-Barr; predisposição e o ambiente.

O diagnóstico é realizado pela presença de alteração nos gânglios linfáticos e avaliação histopatológica .

O diagnóstico da doença é feito com base em exames laboratoriais, biópsia do gânglio linfático acometido, radiografia, tomografia computadorizada, biópsia da medula óssea, laparoscopia .

LINFOMALinfoma de Hodgkin

Page 34: Relato de Caso - Rins e Vias Urinárias de Anatomia Patológica

LINFOMALinfoma de Hodgkin

Fonte: http://anatpat.unicamp.br/

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É derivado de subpopulações de células brancas do sangue (células B e T), originadas na medula óssea.

É mais freqüente nos homens, principalmente naqueles de cor branca. Como exemplo a forma folicular do linfoma (menos agressivo) é rara na América Latina.

LINFOMALinfoma Não-Hodgkin

Page 36: Relato de Caso - Rins e Vias Urinárias de Anatomia Patológica

LINFOMA NÃO-HODGKIN

Fonte: http://anatpat.unicamp.br/

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1 - A deficiência imune congênita assim como a adquirida (AIDS, pós-transplantes), estão relacionadas com tumores agressivos, disseminados e freqüentemente associados à infecção pelo vírus de Epstein-Barr (EBV);

2 - Desordens autoimunes - como a tireoidite de Hashimoto e a síndrome de Sjögren,cursam com maior incidência do linfoma;

3 - Agentes infecciosos - Helicobacter pylori causa um gastrite crônica que conseqüentemente evolui para um linfoma gástrico; EBV claramente associado ao desenvolvimento do linfoma de Burkitt; HTLV1 (vírus humano da leucemia de células T tipo 1), relacionado com a etiologia dos linfomas/leucemias e o Herpesvírus associado ao sarcoma de Kaposi;

4 - Agentes químicos e físicos - muitos estão relacionados com o aumento de risco. Dentre eles estão os inseticidas (organofosforados e fenoxiherbicida), anticonvulsivantes (difenilhidantoina) e muitos outros agentes químicos (benzenos, tricloroetileno, tiner de tinta, graxas e óleos).

LINFOMACausas do Linfoma Não-Hodgkin

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Diferente da doença de Hodgkin, os linfomas não-Hodgkin acometem com maior freqüência o sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal), assim como a medula óssea.

Os métodos diagnósticos são os mesmos utilizados para a doença de Hodgkin e o tratamento difere nos remédios quimioterápicos utilizados e nas indicações de radioterapia.

Visto o comportamento inicial dos linfomas, chama-se a atenção para a detecção precoce de linfonodos periféricos palpáveis que permanecerem aumentados por períodos de 4 a 6 semanas e que não tenham como causa uma infecção definida.

LINFOMADiferenciação

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NEFROMA MESOBLÁSTICO

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NEFROMA MESOBLÁSTICO

O Nefroma Mesoblástico Congênito (NMC) representa 3-10% de todas as neoplasias renais pediátricas;

É o mais frequente abaixo dos 6 meses de vida, sendo 90% diagnosticados dentro do primeiro ano de vida e, virtualmente, nunca ocorrendo após 3 anos de idade;

Esse tumor geralmente confere prognóstico favorável;É ainda um desafio diagnóstico para os patologistas em

virtude de sua similaridade com outras neoplasias renais pediátricas mais comuns.

(SANTOS et al, 2010)

Page 41: Relato de Caso - Rins e Vias Urinárias de Anatomia Patológica

O NMC geralmente apresenta-se como massa abdominal assintomática, algumas vezes acompanhada de hematúria;

Na maioria dos casos, o diagnóstico é feito ainda no período neonatal, já que pode levar a polidrâmnio (71% das gestações associadas ao tumor), hidropsia e parto prematuro, além de hipertensão e hipercalcemia;

USG revela, em geral: massa sólida envolvendo seio renal, com áreas císticas e hemorrágicas, e infiltração do tecido local.

Dois subtipos histológicos: CLÁSSICO e CELULAR.

NEFROMA MESOBLÁSTICO

(SANTOS et al, 2010)

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Subtipo CLÁSSICO:

SólidoFirmeColoração amareladaSem cápsulaMargens pobremente

definidas

Células fusiformes em feixes Raras mitosesÁreas císticas e necrose

podem eventualmente ocorrer

NEFROMA MESOBLÁSTICO

(SANTOS et al, 2010)

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Subtipo CELULAR:

Responde por 42-63% de todos os casos de NMC

Apresenta maiores volumes tumorais

Ocorre significantemente em pacientes mais velhos

Alta celularidade

Mitose

Necrose

Hemorragia

Feixes sólidos de células ovoides ou fusiformes com citoplasma reduzido

Pode invadir estruturas adjacentes e tende a ser mais agressivo (pior prognóstico)

NEFROMA MESOBLÁSTICO

(SANTOS et al, 2010)

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Subtipo CELULAR

http://www.scielo.br/pdf/jbn/v33n1/v33n1a14.pdf

NEFROMA MESOBLÁSTICO

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Subtipo CELULAR

http://www.scielo.br/pdf/jbn/v33n1/v33n1a14.pdf

NEFROMA MESOBLÁSTICO

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TUMOR DE WILMS

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TUMOR DE WILMS

É o tumor maligno renal mais comum na infância. 95% dos casos ocorre ente 6 meses e 6 anos, com pico entre

2 e 4 anos.7% dos casos apresentam doença bilateral.Perda de peso, anorexia, hematúria, febre, hipertensão

arterial e anemia.Massa abdominal apenas a palpação.

(TAKAMATU, 2006; PORTO, 2011)

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USG abdominal: massa sólida ou cística, estabelecer a origem renal e a extensão do tumor.

TC abdominal: confirmação da USG e verificação de estruturas adjacentes.

Raio X de tórax: metástases pulmonares.Urografia excretora: distorção e deslocamento do sistema

coletor urinário.

TUMOR DE WILMS

(MACEDO JÚNIOR et. Al, 2004)

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Histologia favorável (90%): Blastema, epitelióides, elementos histológicos

básicos do rim primitivo.

TUMOR DE WILMS

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Histologia desfavorável: Sarcoma de células claras Anaplasia Tumor rabdóide

TUMOR DE WILMS

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Page 54: Relato de Caso - Rins e Vias Urinárias de Anatomia Patológica
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Fonte: http://anatpat.unicamp.br/

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FILHO, G. B. Bogliolo, Patologia. 7.e.d.- Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

JÚNIOR, M. A. et al. Urologia pediátrica. São Paulo: Roca,2004.

MELLO, R. A.Embriologia humana. São Paulo: Editora Atheneu, 2000.

PIÇARRO, Clécio; SILVA, José Maria Penido; OLIVEIRA, Eduardo Araújo. Hidronefrose na criança. Rev Med Minas Gerais, Belo Horizonte, v. 2, n. 24, p.61-65, 2014.

PORTO, C. S. Semiologia médica. 6.ed.- Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.

ROBBINS & COTRAN. Patologia: Bases patológicas das doenças. 8ª Edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

SANTOS, L.G. et al. Nefroma mesoblástico congênito subtipo celular: relato de caso. Jornal Brasileiro de Nefrologia. Elsevier. 2011.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE UROLOGIA & SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA. Válvula de uretra posterior. Associação Médica Brasileira. – Rio de Janeiro: ANS, 2006.

REFERÊNCIAS

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SOCIEDADE BRASILEIRA DE CANCEROLOGIA (Brasil). Linfomas. Disponível em: <http://www.sbcancer.org.br/home2/site/index.php?option=com_content&view=article&id=120:linfomas&catid=29&Itemid=123>. Acesso em: 27 ago. 2014.

WEIN, Alan J. et al (Ed.). Urology. 10. ed. Philadelphia: Elsevier, 2012. 4 v.

REFERÊNCIAS

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Obrigada!