Upload
vuongdiep
View
213
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Reabilitação de edifícios As patologias mais frequentes e as técnicas de
reabilitação
António Castilho, Júlia Gonçalves, Lara Oliveira, Mariana Magalhães, Maria João
Freitas e Pedro Teles.
Mestrado Integrado em Engenharia Civil
Orientadora: Eng.ª Assis. Ana Vaz Sá
Monitor: Diogo Guimarães
Outubro de 2009
1
Resumo
Este relatório tem como objectivo enumerar três tipos de patologias que surgem
em edifícios, e as respectivas técnicas de reabilitação; para além disso, temos que
esmiuçar uma delas.
Começa-se por definir o que é a reabilitação de um edifício e salientar o papel
fundamental da reabilitação em qualquer construção.
Relativamente à distribuição da reabilitação por épocas de construção, chega-se
à conclusão que cada edifício tem que ser avaliado individualmente, logo, em principio,
edifícios de épocas distintas irão ter anomalias e necessitarão técnicas de reabilitação
igualmente distintas.
Uma vez que as técnicas e materiais de construção foram evoluindo, uma
crescente preocupação com a qualidade de construção também cresceu. Contudo, não se
adquiriu uma qualidade superior esperada de uma construção actual, tão mais avançada
em relação às do século passado.
Por fim, enumeraram-se e descreveram-se, brevemente, três patologias
frequentes em edifícios: fissuras, movimentações térmicas e infiltrações. Dá-se especial
destaque às infiltrações de água em edifícios, enumerando-se as causas, consequências e
as soluções/técnicas de reabilitação de forma mais aprofundada.
2
Agradecimentos
Eng.ª Assis. Ana Vaz Sá
Estudante Diogo Guimarães
Serviços disponibilizados pela FEUP (Faculdade de Engenharia da Universidade
do Porto):
CICA
Biblioteca
Salas de Informática
4
Índice
Página
Introdução 5
Peso da reabilitação na construção 6
Faseamento do processo de reabilitação de um edifício 6
Distinção de reabilitação por épocas de construção 7
Quais são os problemas mais comuns em edifícios recentes? 7
Quais os aspectos a ter em conta na inspecção preliminar de um imóvel
recente antes de se proceder à sua reabilitação? 7
Quais são os problemas mais comuns em edifícios antigos? 7
Quais os aspectos a ter em conta na inspecção preliminar de um
imóvel recente antes de se proceder à sua reabilitação? 8
Patologias mais frequentes 11
Infiltrações em edifícios 13
Tipos de infiltrações 13
Causas e consequências de diferente tipos de infiltrações 14
A humidade em diferentes áreas da edificação 16
Causas e consequências das infiltrações 18
Técnicas de reabilitação face à infiltração 19
Reparação de anomalias devidas a infiltrações de água 20
Conclusão 24
Bibliografia 25
Apêndice 27
Gráfico 1 “Investimento de Reabilitação – 2000” 27
5
Introdução
No âmbito da disciplina Projecto FEUP, os alunos do 1º ano do Mestrado
Integrado em Engenharia Civil da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
tiveram que desenvolver um projecto relacionado com o curso em questão, até ao fim
do mês de Outubro.
Para tal, todos os alunos do curso foram agrupados em equipas de 6 elementos,
cada grupo com uma designação numérica, sendo o nosso, o grupo 203, constituído
pelos alunos António Castilho, Júlia Gonçalves, Lara Oliveira, Mariana Magalhães,
Maria João Freitas e Pedro Teles.
Já formados os grupos, a professora Ana Vaz Sá incumbiu a nossa equipa de
trabalhar no Problema 1, no qual tínhamos que abordar o assunto da reabilitação de
construções, descrever as quatro patologias mais frequentes nas edificações, e, ainda,
tínhamos que desenvolver, detalhadamente, uma patologia, escolhida pelo nosso grupo.
Assim, para conseguirmos realizar um bom projecto, contámos com a ajuda de
um monitor, o estudante Diogo Guimarães.
Por fim, depois de muita reflexão por parte de todos os integrantes do grupo,
decidimos que a patologia a “esmiuçar” seria as infiltrações, pois é uma das principais
causas de degradação das construções.
6
Peso da reabilitação na construção
Hoje em dia, o elevado número de casas desabitadas e em risco de ruir tem
vindo a demonstrar a importância da manutenção e reabilitação das construções
existentes em Portugal.
De facto, a longevidade das construções encontra-se, claramente, associada a
preocupações com a restauração e aproveitamento das mesmas, uma vez que deste
aproveitamento provém inúmeras vantagens sociais, económicas, ambientais e culturais.
Uma das principais vantagens é a preservação do edifício o mais possível, uma
vez que é importante manter a sua autenticidade, visto que a conjugação dos materiais e
técnicas utilizadas na sua construção constituem a sua identidade. Para além disso, a
reabilitação reduz as intervenções ao mínimo, limitando consequências de possíveis
erros provenientes da aplicação de materiais não compatíveis.
Outra vantagem é poder adaptar o novo ao velho, isto é, os novos conceitos e
materiais devem ser adaptados ao existente, e nunca o contrário. Desta forma, a
introdução do novo deve ser ponderada, nunca devendo significar a destruição
desnecessária da construção existente.
Porém, é fundamental não esquecer os factores que condicionam a reabilitação
das construções, como o valor histórico arquitectónico e patrimonial que estes têm, o
seu estado de degradação, pois daí resultam diferentes estratégias de intervenção, os
materiais originais, a sua localização, e, ainda, a disponibilidade de meios, como a
tecnologia, a mão-de-obra e a verba disponível.
Assim, pode-se concluir que a reabilitação é a melhor alternativa à demolição
dos edifícios e que tem vindo a assumir um papel cada vez mais importante no
panorama da actividade de construção.
Faseamento do processo de reabilitação de um edifício:
1 – Diagnóstico da estratégia de intervenção;
2 – Elaboração do projecto de execução;
3 – Consulta de empresas construtoras, análise de propostas e decisão de adjudicação;
4 – Contratação de equipa de fiscalização;
5 – Realização dos trabalhos de reabilitação;
6 – Recepção dos trabalhos.
7
Qual a distribuição da reabilitação por épocas de construção?
Na pergunta “Qual a distribuição da reabilitação por épocas de construção?”
dividimo-la em quatro questões que também achamos pertinentes e que mereciam, por
isso, uma pequena reflexão. As questões e respectivas respostas que nos surgiram foram
as seguintes:
Quais são os problemas mais comuns em edifícios recentes?
As estruturas mais recentes, apesar da crescente preocupação com a qualidade da
construção não apresentam a qualidade que era de esperar, havendo, mesmo, alguns
edifícios construídos recentemente, com patologias muito graves que condicionam a sua
utilização. Esta falta de qualidade nos edifícios deve-se, fundamentalmente, à
complexidade crescente das construções, à falta de sistematização do conhecimento, à
inexistência de um sistema efectivo de garantias e de seguros, à velocidade exigida ao
processo de construção, às novas preocupações arquitectónicas, à aplicação de novos
materiais e à inexistência na equipa de projecto de especialistas em física e tecnologia
das construções.
Portanto, os problemas mais elementares, tais como, o mau funcionamento do
sistema de drenagem das coberturas, ou ainda, a existência de fissuras e deformações
localizadas podem vir a surgir. Os problemas mais complicados podem, no entanto,
obrigar a uma investigação mais profunda e pormenorizada, tais como, fissuração e
destacamento em cantos salientes de revestimento cerâmico da fachada, e, ainda,
fissuração e destacamento do reboco delgado do sistema etics da fachada de edifícios de
habitação.
Quais os aspectos a ter em conta na inspecção preliminar de um imóvel
recente antes de se proceder à sua reabilitação?
A inspecção de um edifício deverá incluir vários aspectos, como o terreno de
fundação, os acessos e arranjos exteriores, a infra-estrutura local, estacionamento -
garagem, paredes, coberturas, guarnecimento de vãos, fundações e elementos
estruturais, pavimentos e tectos, paredes interiores.
Para além dos aspectos já referidos, poderá ser necessário inspeccionar também
instalações de águas e esgotos, instalações eléctricas e mecânicas e ,também, a
segurança.
Quais são os problemas mais comuns em edifícios antigos?
A reabilitação de edifícios antigos é fundamental, pois contribui para a sua
longevidade. No entanto, há uma grande aposta na construção nova e pouca na
reabilitação, o que traz consequências, nomeadamente, a degradação dos centros
urbanos. Estes possuem vários tipos de edifícios e, no que diz respeito à recuperação
dos mesmos, existem prioridades:
1º - Património Monumental;
2º - Edifícios antigos;
8
3º - Edifícios das décadas de 60, 70 e 80;
4º - Edifícios recentes.
Mesmo sendo Portugal um país com um elevado número de construções que
necessitam de reabilitação, fica muito atrás de grande parte dos países da Europa,
quando falamos em investimento na reconstrução, como se pode verificar no gráfico 1.
Aquando da reabilitação de um edifício, há factores a ter em conta, tais como: o
valor do edifício em questão, o seu estado de conservação (tipos de patologias e
seriedade das mesmas) e os meios que se encontram disponíveis.
As intervenções que se realizam na reabilitação de edifícios antigos incidem
essencialmente em 3 aspectos:
Aspecto exterior (fachada e revestimento);
Instalações (conforto);
Estrutura (segurança).
Os métodos de construção dos edifícios, assim como os materiais utilizados,
diferem, naturalmente, entre edifícios antigos e recentes mas, mesmo os edifícios da
mesma época são constituídos por diferentes materiais. No entanto, apesar das suas
diferenças, é possível designar as patologias comuns que lhes são mais frequentes.
Na estrutura do edifício antigo, é comum serem identificadas fendas ou fissuras,
degradação dos materiais devido à acção de agentes biológicos (no caso da madeira),
corrosão dos elementos metálicos e desagregação e deformação dos materiais.
O revestimento é outro dos constituintes mais afectados nos edifícios, devido à
sua exposição aos agentes erosivos e climáticos (água, vento, clima, etc.). São
frequentes os destacamentos de azulejos, desagregação de materiais, fendilhação e
insuficiente capacidade de permeabilização.
Quais os aspectos a ter em conta na inspecção preliminar de um imóvel
recente antes de se proceder à sua reabilitação?
A resolução destes problemas, apesar de aparentemente simples, deve seguir
determinados critérios para manter o edifício, após a reconstrução, o mais semelhante
possível ao original, mantendo as suas características e permanecendo adaptado à região
onde está inserido.
Assim, e após o que foi anteriormente referido, entende-se que, a reabilitação da
fachada será o aspecto a ser trabalhado com mais cuidado e pormenor, sempre de
acordo com o valor do edifício (histórico, etc.) e com as anomalias existentes. Ao
intervir nesta parte do edifício, deve ser considerada, em primeiro lugar, a conservação
da mesma, utilizando técnicas de manutenção e reparação pontual – será esta a opção
menos evasiva no aspecto do edifício e que, obviamente, permitirá manter um leque
mais vasto das suas características originais. A substituição de partes da fachada pode
ser necessária, mas evitando ao máximo a degradação dos elementos já existentes e a
descaracterização do edifício. Por último, este pode requerir a substituição total; esta
9
decisão deve ser tomada em último recurso, pois a probabilidade de resultar numa
discrepância de características, relativamente ao aspecto anterior à reabilitação e aos
edifícios envolventes, é muito grande.
No que diz respeito à estrutura do mesmo, devem ser respeitados os modelos de
funcionamento originais, sendo o principal objectivo (tal como na reconstrução da
fachada), a preservação dos constituintes do edifício, sendo a intervenção apenas uma
reparação ou reforço dos mesmos. Em caso de haver necessidade de substituição, os
novos materiais devem possuir características semelhantes às dos materiais pré-
existentes.
A reabilitação de edifícios antigos é um aspecto muito importante e a ter em
conta nos centros urbanos, pois, para além de ser mantida a tradição e as características
originais do local, a longevidade das construções é conseguida, evitando assim, tanto o
desalojamento de cidadãos (no caso da reconstrução de habitações) como a necessidade
de recorrer constantemente à construção nova, pois possibilita a reutilização de espaços
já existentes.
Os edifícios podem ser divididos em dois grandes grupos consoante a sua época
de construção:
Edifícios recentes: ano de construção superior a 1945
Edifícios antigos: ano de construção inferior a 1945
Estes edifícios têm diversos métodos de construção conforme a época:
Edifícios pombalinos – geometria regular de paredes principais de alvenaria de pedra
de razoável qualidade, paredes interiores em frontal pombalino, pisos de madeira,
excepto o primeiro, que é, nos edifícios de melhor qualidade, constituído por abóbadas
de tijoleira; dispositivos de ligação conferindo um razoável contraventamento (séculos
XVIII a XIX)
“Gaioleiros”- paredes de alvenaria de pedra de razoável ou má qualidade ou de
alvenariade tijolo maciço, divisórias em tabique de tábuas ao alto, pisos de madeira,
contraventamento deficiente (fins do século XIX até aos anos 30-40)
Edifícios “de placa” – edifícios constituídos por paredes de alvenaria de pedra e de
tijolo e lajes de betão armado, surgidos após o período “gaioleiro” (anos 30-50).
Edifícios de “betão armado antigo” – edifícios com estruturas portanto de betão
armado, mas com reduzida capacidade de dissipar a energia que lhe é transmitida por
um eventual sismo (anos 70-50)
Edifícios de “betão armado recente” – edifícios construídos de acordo com a actual
regulamentação
10
Edifícios antigos:
De entre os edifícios antigos, é conveniente considerar, sem grande rigidez,
diversas divisões, segundo a sua função:
Militares (castelos, fortalezas, torres)
Religiosos (igrejas, conventos, etc.)
Civis
Habitações nobres (palácios solares, etc.)
Habitações correntes (construções urbanas)
Edifícios recentes:
De entre os edifícios recentes, convém, igualmente, considerar os seguintes
grupos segundo a sua formação:
edifícios residenciais
edifícios não residenciais (comerciais, industriais, de administração, etc.).
11
Patologias mais frequentes em edifícios
Fissuras – A fissura pode ser superficial sendo assim, inofensivas, quando atinge a
massa corrida ou a pintura, ou então perigosa, chegando a comprometer a estabilidade
da construção afectando elementos estruturais.
Causas:
Falta de conservação/manutenção
Condições climatéricas
Defeito de construção
Má escolha dos terrenos de construção (ex:solo pouco consolidado)
Assento de fundações, derivado da má escolha dos terrenos
Expansão dos materiais constituintes
Deficiente integridade estrutural
Sismos
Perda de isolamento térmico
Consequências:
Desabamento dos edifícios (em caso grave)
Infiltração de água através das fissuras
Perda de estabilidade do edifício (em caso grave)
Soluções:
Antes de se construir, fazer uma análise cuidada acerca das propriedades fisico-
químicas do terreno de construção
Durante a construção, executar uma revisão coerente relacionada com a
qualidade(ex:resitência) dos materiais de construção
Com o passar do tempo após o edifício concluído, realizar inspecções regulares,
para a eventual reparação de pequenas fissuras
Em caso de reparação: utilizar uma argamassa de substituição que se adapte ao
edifício, quer em termos estruturais quer em termos estéticos
12
Movimentações térmicas – Os elementos e componentes de uma construção estão
sujeitos a variações de temperatura, que repercutem em variações dimensionais dos
materiais de construção (dilatação ou contracção); os movimentos de dilatação e
contracção são restringidos pelos diversos vínculos que envolvem os elementos e
componentes, desenvolvendo-se nos materiais, por este motivo, tensões que afectam o
edifício.
Causas:
Causa natural (variação de temperatura dos materiais)
Consequências:
Fissuras
Soluções:
Escolha cuidada dos materiais em função coeficiente de dilatação térmica e do
módulo de elasticidade
E, ainda, Infiltrações.
13
Infiltrações em edifícios
A humidade sempre foi uma preocupação para o homem, o que fez com que este
fosse sempre melhorando os seus métodos construtivos e de isolamento da sua
habitação.
A água, o calor e a abrasão são os mais ponderáveis factores de desgaste e
depreciação das construções; a água, em particular, devido ao seu extraordinário poder
de penetração. A capacidade de infiltração da água é um desafio para a construção civil
e o Homem procura, a cada dia, combatê-la.
Um dos grandes objectivos dos construtores é impedir a passagem indesejável de
águas, fluidos e vapores, ou, pelo menos, escoá-los para fora do local que necessitamos
proteger.
Das patologias mais comuns em edifícios, destaca-se a infiltração. Esta ocasiona
uma variedade de problemas que afectam sobretudo a estrutura física da obra, além de
ocasionar outros problemas, por exemplo, na saúde dos moradores, uma vez que o
ambiente húmido abriga microorganismos (fungos) que são responsáveis pelo
surgimento de doenças.
A infiltração pode ser caracterizada como a passagem da água do meio exterior
para o interior ou em sentido contrário, nos seus estados líquido e gasoso, que penetra
nas paredes por capilaridades através de fissuras ou poros existentes no material. Há
vários tipos de infiltrações que afectam a estrutura física da obra, em especial, os
materiais utilizados para a sua construção como, por exemplo, a pintura, o aço, entre
outros.
Tipos de infiltrações:
Os principais tipos de infiltrações são:
· Capilar;
· De fluxo superficial;
· Higroscópica;
· Por condensação capilar;
· Por condensação.
No geral, nos casos da absorção capilar e infiltração de fluxo superficial, a água
atinge os materiais de construção na forma líquida e, nos restantes casos, na forma
gasosa.
14
Causas e consequências de diferente tipos de infiltrações
- Infiltração capilar
Os materiais de construção absorvem água na forma capilar quando estão em
contacto directo com a humidade. Isso ocorre normalmente nas fachadas e em regiões
que se encontram em contacto com o terreno (húmido) e sem impermeabilização. A
água é conduzida, através de canais capilares existentes no material, pela tensão
superficial. Caso a água seja absorvida não sendo posteriormente eliminada, será
transportada gradualmente para cima, por capilaridade – mecanismo de humidade
ascendente.
- Infiltração de fluxo superficial
A infiltração de fluxo superficial ocorrerá, caso o local que está em contacto
com o terreno não tenha recebido impermeabilização vertical eficaz, pelo que haverá
absorção de água pelos poros existentes no material.
- Absorção higroscópica de água e condensação capilar
A absorção higroscópica e condensação capilar da água dão-se com esta na
forma gasosa.
Na condensação capilar, os poros existentes nos materiais são “ocupados” por
água no estado gasoso, quando a pressão de vapor de saturação da água diminui. Quanto
menores forem os poros dos materiais de construção, maior será a quantidade de
humidade produzida por condensação capilar. Além das dimensões dos poros, o
mecanismo depende também da humidade relativa do ar. Quanto maior for a humidade
relativa, maior será a quantidade de poros livres para serem ocupados por condensação
capilar. Caso o material de construção contenha sais, a humidade neste pode variar
consideravelmente.
No mecanismo de absorção higroscópica a água pode ser absorvida durante o
tempo necessário, até alcançar a humidade de saturação. Os locais subterrâneos são os
mais atingidos por este fenómeno. É necessário conhecer exactamente as causas das
anomalias, para poder eliminá-las eficazmente, e avaliar especialmente a influência da
água subterrânea e de águas provenientes de infiltrações. Além disso, não pode ser
esquecida a avaliação de defeitos de construção.
- Infiltração por condensação
A determinada temperatura, o ar não pode conter mais do que uma certa
quantidade de vapor de água, denominado peso de vapor saturante. Caso o peso de
vapor seja inferior ao máximo, o ar estará húmido, porém não saturado. Esse estado é
caracterizado pelo grau higrométrico. Pode, no entanto, ocorrer uma situação em que a
temperatura do ar seja superior à temperatura das paredes exteriores, obrigando à
ocorrência da condensação da água nos locais de alta percentagem de humidade e mais
baixa temperatura.
15
Para além destes tipos de infiltrações, a água pode, simplesmente, pela acção da
gravidade, penetrar através fendas ou aberturas (cobertura/ telhado, fissuras e
degradações em molduras, degraus, vergas de portas e janelas) em várias direcções
atravessando as estruturas e danificando-as.
Assim podemos, de seguida, verificar as principais consequências das
infiltrações (humidade), assim como os seus efeitos e soluções para os problemas:
Áreas Problemas Produtos indicados
Fundações
Causa: Humidade ascendente.
Efeitos: - Deterioração das argamassas de
revestimento nas sapatas das
paredes.
-Insalubridade do ambiente.
- Impermeabilizações flexíveis,
utilizando membranas ou mantas
impermeáveis.
- Impermeabilização horizontal
eficaz (de difícil execução se a
obra já estiver concluída).
Lajes em
Contacto com
solo
Causa: Humidade por
capilaridade.
Efeitos: -Deterioração de acabamentos
como madeiras, carpetes e pisos.
-Destacamento de pisos de alta
resistência.
-Insalubridade do ambiente.
- Construção do próprio piso com
argamassas ou betão impermeável.
Paredes em
Contacto com o solo
Causa: contacto com humidade
ou mesmo existência de água no
local.
Efeitos: -Deterioração das argamassas de
revestimento.
-Embolhamento e deterioração de
pintura.
-Deterioração de móveis
encostados nas paredes, quadros e
revestimentos.
-Insalubridade do ambiente.
-As argamassas perdem
resistência destacando-se da
superfície.
-Formação de bolor e mofo.
Aplicação da impermeabilização:
- Interna: impermeabilizações
rígidas, que podem ser argamassas
impermeáveis, p.exemplo.
- Externa: impermeabilizações
flexíveis, utilizando membranas ou
mantas impermeáveis.
Estruturas de betão expostas
à acção da água : - Lajes externas (sacadas,
coberturas, térreos, floreiras,
entre outras) onde cai chuva.
- Lajes de áreas internas onde
existe água de lavagem ou
utilização (banheiros,
cozinhas, áreas de serviço).
- Reservatórios de edifícios
residenciais, comerciais ou
industriais: sua função é
conter directamente a água.
Efeitos: - Ataque às armaduras, com
comprometimento estrutural,
podendo a longo prazo entrar em
estado de ruína (desabamento do
edifício).
Sistemas flexíveis, utilizando
membranas ou mantas
impermeáveis.
Tabela 1
16
A humidade em diferentes áreas da edificação
As infiltrações têm, como pudemos verificar, um enorme contributo para a
degradação dos edifícios, quer estes sejam recentes ou antigos. Ao observar a tabela
anterior, concluímos que todas as consequências das infiltrações provocam grandes
danos. No entanto, há uma, o contacto directo com a água, que pode levar ao pior dos
acontecimentos – o desabamento do edifico.
Assim, será este tipo de infiltração o mais preocupante e que melhor deverá ser
analisado para que, no futuro, seja possível ser evitado.
As infiltrações em que os materiais estão directamente expostos à acção da água
podem ser provocados por:
- Rupturas de tubagens para canalização;
- Presença de fissuras;
- Quebra das telhas ou recobrimento inadequado (falhas na cobertura);
-Infiltração pelas paredes devido à inexistência ou má execução da
impermeabilização;
- Etc.
Todas estas causas de infiltrações são igualmente importantes, no entanto apenas
será discriminada para uma delas: as infiltrações na cobertura dos edifícios.
Infiltrações em coberturas
A cobertura de um edifício tem como exigências funcionais a segurança
(estrutural, protecção contra o fogo, utilização), habitabilidade (protecção (água, ar,
neve e poeiras), conforto higrotérmico (inverno e verão)), durabilidade e economia
(energia).
As coberturas revestidas com telhas cerâmicas (cobertura inclinada - telhado)
são as mais comuns em Portugal, sendo um elemento tradicional na paisagem do país,
no entanto, o aparecimento de novos materiais impermeáveis, a simplificação dos
processos construtivos e também o acompanhamento da evolução das correntes
arquitectónicas, tornaram realidade, no início do século XX, uma nova forma de
“remate” dos edifícios: a cobertura plana. Assim, o aparecimento de novos tipos de
coberturas exigiu também uma evolução no que trata da forma de construção da mesma.
Os novos aspectos obrigam a novas técnicas e novos materiais, pois há grandes
diferenças entre uma cobertura inclinada e uma cobertura plana. Eis algumas delas:
Impermeabilidade:
- Cobertura inclinada (em telhado): a impermeabilidade é garantida pelo encaixe
ou justaposição das telhas e pela inclinação, esta última fundamental, pois garante
velocidade no escoamento da água, evitando a penetração da mesma pelos locais onde
ocorre a união das telhas. Assim, não é necessário que o material seja impermeável.
- Cobertura plana: neste caso, visto que já não há inclinação na cobertura (o que
facilita o escoamento e impede a infiltração da água), a impermeabilidade é garantida
17
pelas características do material (betão - compacto) utilizado na vedação; no entanto a
possibilidade de fissuração exige ainda uma impermeabilização adicional.
Sistema estrutural e peso
- Cobertura inclinada: materiais de revestimento leves (telhas). Estruturas leves.
- Cobertura plana: a própria cobertura e materiais utilizados (betão armado) são
pesados.
Necessidade de forro
- Cobertura inclinada: em geral, dispensam a utilização de forros.
- Cobertura plana: uso de forro para nivelar o tecto, suportar instalações e para
correcção térmica.
Ocupação do espaço:
- Cobertura inclinada: uso restrito, devido a más condições (pó; calor; pingos de
água, etc.). Este tipo de cobertura permite a existência de um sótão que pode ser
habitável mas após tratamentos específicos.
- Cobertura plana: a área da cobertura pode ser plenamente utilizada, como por
exemplo, para área de lazer.
18
Causas e consequências das infiltrações
Concluímos, assim que, as características dos dois tipos de coberturas são
bastante distintas, logo, as causas para a existência de infiltrações serão também
bastante diferentes.
No caso da cobertura inclinada, as infiltrações podem ser provenientes de
soluções desajustadas, aplicações deficientes e escolhas erradas de materiais e
acessórios. Os edifícios com este tipo de cobertura podem também ser sujeitos a
infiltrações que ocorram por capilaridade das telhas ou por uma telha partida.
A cobertura plana pode ter problemas de infiltração de água por ausência,
escolha inadequada ou perfuração do revestimento impermeabilizante; fissuras no
material utilizado para a construção da cobertura; e mesmo os poros que naturalmente
existem nos materiais são suficientes para a infiltração da água.
As infiltrações, em ambos os tipos de coberturas, dão origem, como
anteriormente foi referido, à degradação e corrosão dos materiais e ao aparecimento de
humidade que para além de causar problemas estruturais, também afecta a edificação a
nível estético (aparecimento de fungos e manchas).
Imagens alusivas às consequências das infiltrações:
19
Técnicas de reabilitação face à infiltração
Na tentativa de solucionar o problema da infiltração da água, têm sido estudadas,
cada vez mais formas de tornar os materiais impermeáveis. A impermeabilização é um
recurso utilizado com frequência, tanto na prevenção de infiltrações, como no seu
tratamento. No entanto, a qualidade dos materiais não é a única causa da existência de
infiltrações, também o é a sua aplicação (má) e escolha. Os materiais têm sofrido
melhorias técnicas significativas e são actualmente submetidos, na sua maioria, a testes
exaustivos. Já os erros de utilização, apesar de surgirem como uma das causas menos
significativas, poderiam ser francamente reduzidos, uma vez que estão relacionados
com a falta de manutenção e com perfurações acidentais da camada impermeabilizante,
ou seja, pela inadequada fixação de equipamentos e acessórios diversos.
Conclui-se, então, que os problemas existentes relativamente a esta patologia
(tanto em coberturas planas como inclinadas) podem ser evitados se houver harmonia
entre a execução, a qualidade dos materiais e o comportamento dos utentes e
construtores relativamente às regras para a aplicação e utilização dos materiais.
A evolução dos aspectos das coberturas exigiu, assim, uma igual evolução das
técnicas de isolamento. A aposta na impermeabilização será, então, a melhor hipótese
quando se trata de combater infiltrações.
20
Reparação de anomalias devidas a infiltrações de água
Dividem-se, em seguida, as técnicas de reabilitação relativas à humidade
(infiltração) em duas partes:
Anomalia devido à humidade de precipitação – este tipo de anomalias é, em
geral, resolvida mediante intervenções sobre o revestimento;
Anomalia devida a humidade do terreno – neste caso, o principal objectivo é
minimizar o contacto da água do terreno com as paredes afectadas.
Anomalia devida a humidade de precipitação – revestimento de tecto e paredes:
Os sintomas de infiltrações devido à humidade de precipitação são, no geral,
visíveis nos cantos do tecto e na zona circundante às caixilharias da janela. Com efeito,
a resolução deste tipo de patologia passa, inicialmente, pela eliminação da humidade por
um processo adequado, devendo também actuar-se sobre as causas para impedir novo
humedecimento dos paramentos afectados.
No caso geral, aquando da existência de bolores, deve-se realizar a seguinte
sequência de operações:
Lavagem esterilizaste com uma solução a 10% de lixívia;
Enxaguadela (lavagem com água simples);
Secagem perfeita;
Aplicação dum produto fungicida;
Extracção por escovagem do produto fungicida cerca de três dias após a
sua aplicação;
Aplicação de revestimento por pintura geral do paramento ou aplicação
de outro acabamento equivalente.
Quando as anomalias existentes são de severidade elevada, pode ser necessário
substituir parte do reboco ou a sua totalidade. Por vezes, basta substituir a última
camada, ou uma determinada zona, afectada pelos microorganismos resultantes da
infiltração.
Se a possibilidade de ocorrência futura de humidade não forem eliminadas, os
materiais de acabamento devem-se opor ao desenvolvimento de bolores, através de
adjuvantes fungicidas.
Para prolongar a resistência dos revestimentos é importante programar operações
de manutenção periódicas, tais como limpeza e tratamento (por exemplo com biocidas),
correcção das zonas que podem originar infiltrações, reparação atempada das camadas
de acabamento (barramentos e pinturas), que têm a acção de proteger as camadas
subjacentes, e a colmatação de fendas.
21
Anomalia devida a humidade do terreno – tratamento de paredes:
Nas patologias devidas à humidade do terreno, torna-se necessária uma
intervenção mais específica, que pode variar de acordo com a idade do edifício, valor
patrimonial, características construtivas das paredes, localização destas, características
de humidade do terreno, etc.
O grande objectivo deste tipo de intervenção é impedir ou minimizar o contacto
da água do terreno com as paredes afectadas. Contudo, verifica-se que nem sempre isso
é possível ou viável.
Este género de reabilitação é agrupado em quatro tipos distintos:
1) Soluções destinadas a impedir o acesso da água às paredes;
2) Soluções destinadas a impedir a ascensão da água nas paredes (fenómeno da
capilaridade);
3) Soluções destinadas a retirar a água em excesso das paredes;
4) Soluções destinadas a ocultar as anomalias.
1) – Soluções destinadas a impedir o acesso de água – isolamento da parede
relativamente à água existente no terreno:
Secagem da fonte de alimentação de água – apesar de ser a solução mais
eficaz, esta só é possível quando se identifica a fonte. Aplica-se geralmente
no caso de roturas de tubagens de abastecimento de água ou no caso de
escoamento de águas pluviais das coberturas. Quando se verifica a segunda
hipótese, procede-se à instalação de algerozes e de tubos de queda que
encaminhem as águas para a rede de drenagem e não para o terreno.
Tratamento superficial do terreno – neste caso, o contacto da água com as
paredes exteriores, favorecido por declives que permitem a condução da
água para as paredes ou zonas de acumulação de água junto das construções,
é combatido através de configurações do terreno, com correcções do declive
e/ou com a criação de zonas impermeabilizadas e drenantes.
Rebaixamento do nível freático – é, em geral, uma solução de difícil
execução e que pode conduzir a assentamentos de terreno com graves
implicações a nível estrutural, quer no edifício em causa quer nos edifícios
vizinhos. Esta solução passa pela realização de poços ou drenos verticais,
que permitam que o novo nível freático se situa abaixo das zonas afectadas.
Drenagem do terreno – a recolha da água é conseguida através da execução
de uma caleira superficial no terreno adjacente à parede afectada. As águas
recolhidas por esta caleira são posteriormente encaminhadas para a rede
pública de drenagem de águas pluviais.
22
Execução de valas periféricas – esta solução, que consiste na realização de
uma vala periférica às paredes para a drenagem da água existente no terreno,
é bastante eficaz.
2) Soluções destinadas a impedir a ascensão da água pelas paredes:
Redução da secção absorvente – neste caso, procede-se à substituição de
algumas zonas de alvenaria que se encontram em contacto com a água por
zonas vazias. No entanto, esta não é uma solução corrente, já que coloca
inúmeros problemas estruturais e de execução.
Introdução de produtos impermeabilizantes – o objectivo é criar uma
camada horizontal contínua impermeável ao longo da parede afectada. Com
efeito, deve ser executado um conjunto de furos na parede, onde serão
introduzidos produtos impermeabilizantes, por gravidade ou por injecção
sobre pressão.
Introdução de barreiras estanques através do corte da parede – esta solução
também se designa por corte capilar e pode-se realizar mediante diversas
técnicas:
o Substituição de elementos de alvenaria;
o Corte com serra e criação de barreira estanque;
o Corte por carotagens sucessivas e criação de barreira estanque;
o Introdução forçada de elementos metálicos.
3) Soluções destinadas a retirar a água em excesso das paredes – utilizam-se dois
processos distintos:
Electro-osmose – este processo aproveita o facto de ascensão da água por
capilaridade dar origem à ocorrência de uma diferença de potencial eléctrico
entre as paredes e o terreno. Partindo do princípio técnico de que a
neutralização da diferença potencial pára ou inverte o processo de ascensão
da água, são colocadas uma série de sondas condutoras ligadas entre si para
tal efeito.
Drenos atmosféricos – esta solução baseia-se no princípio de que o ar que
penetre nestes drenos é rapidamente saturado e substituído por ar seco, o que
contribui para a rápida secagem da parede.
Tal como o processo anterior, a utilização de drenos atmosféricos tem-se
revelado bastante ineficiente.
23
4) Soluções destinadas a ocultar as anomalias – paredes interiores:
Execução de um pano de alvenaria ou de um forro pelo interior – esta
solução consiste na construção de um novo pano de parede pelo interior, em
alvenaria de pequena espessura, ou de um forro interior com placas de gesso
cartonado hidrofugado. Contudo esta solução implica alguns inconvenientes:
o Redução da área útil dos espaços em que é aplicada;
o Necessidade de se proceder a novos remates com os vãos existentes;
o Necessidade de transferir equipamentos aplicados na parede
preexistente, como interruptores e tomadas eléctricas, para o novo
pano.
Aplicação de revestimentos especiais – aplicação de revestimentos de
paredes que sejam impermeáveis ou que garantam a estanquidade. No
entanto, apesar de a sua eficácia a curto prazo, esta solução deve ser evitada,
pois pode provocar o aumento da altura atingida pela humidade na parede ou
mesmo um aumento da degradação dos seus materiais, que só seria detectada
após a remoção dos materiais aplicados.
24
Conclusão
No final deste relatório, depois do estudo do tema e da pesquisa podemos
finalmente responder à pergunta que nos foi colocada inicialmente: “As patologias mais
frequentes e as técnicas de reabilitação de edifícios?”.
Com base na pesquisa efectuada, podemos identificar várias patologias, como
por exemplo, fissuras das paredes de alvenaria, envelhecimento e degradação de
materiais, humidade de precipitação, humidade de condensação e deformações
localizadas.
Cada uma das patologias, depois de analisadas e identificadas, requerem um
tratamento específico assentes em várias estratégias, como por exemplo, para as
patologias não estruturais cujas estratégias são: eliminação das anomalias, substituição
dos elementos e materiais, ocultação de anomalias, protecção contra os agentes
agressivos, eliminação das causas das anomalias e reforço das características funcionais.
Em caso de ruína, estas estratégias não teriam grande impacto, logo, seriam
necessárias medidas diferentes, como reforço localizado dos apoios com lintéis ou
cachorros em betão armado ou em aço, no caso de apoios deficientes, escoramento
oblíquo, no plano perpendicular à parede, grampeamento das paredes a outros panos de
parede ou elementos estruturais, reabertura de algumas juntas para a colocação de
armaduras, confinamento com cintas e montantes de betão armado, e, por fim,
demolição parcial e reconstrução de cunhais, com armaduras de canto ou criação de
juntas de expansão.
Por último, é necessário garantir a estanquidade da parede e repor o aspecto
estético.
Estas diversas técnicas de reabilitação são muito diversas e devem ser escolhidas
e postas em prática devidamente enquadradas, dependendo de cada caso de patologia.
25
Bibliografia
Ademilton Pavan, Tiago Estano dal Pont. 2007. Impermeabilização com manta
asfáltica: Um estudo de caso no tratamento da infiltração em laje de cobertura.
http://portal2.unisul.br/content/navitacontent_/userFiles/File/pagina_dos_cursos/
Engenharia_Civil_Tubarao/TCC_final_Pavan_-_Dal_Pont.pdf.(accessed
October 13, 2009)
Pintpor. Problemas com Humidades e Infiltrações.
http://www.pintpor.com/index.php?id=61.(accessed October 9, 2009)
Susana Duarte Raposo. Coberturas planas de
edifícios.2003.http://www.construlink.com/Homepage/2003_ConstrulinkPress/F
icheiros/MonografiasPrimeirasPaginas/cobpl_6_pg.pdf. (accessed October 10,
2009)
Traduzido do original em italiano, em «http://maxpages.com/achille32», por
António de Borja Araújo, eng.º civil, IST. Humidade e degradação nos edifícios.
2003. http://www.quintacidade.com/wp-content/uploads/2008/04/humidade-e-
degradacao-nos-edificios.pdf. (accessed October 10, 2009)
João Guerra Martins. Coberturas. Condições técnicas de
construção.http://www2.ufp.pt/~jguerra/PDF/Construcoes/Coberturas.pdf.
(accessed October 10, 2009)
Fernando Henrique Sabbatini, Francisco Ferreira Cardoso, Luiz Sérgio Franco,
Mercia Maria S.B. Barros. Tecnologia da Construção de Edifícios II -
Coberturas em Telhado –
Projeto.2003.http://www.scribd.com/doc/7331783/Telhados-e-Coberturas-aula-
282006-Coberturas-Telhadov2. (accessed October 14, 2009)
J. Mendes da Silva; Pedro A. Gonçalves. Patologias frequentes em coberturas
planas em Portugal. 2001.
http://www.google.pt/search?q=causas+de+infiltra%C3%A7%C3%B5es+em+c
oberturas+planas&hl=pt-PT&sa=2 (accessed October 10, 2009)
Paiva, José Vasconcelos, Aguiar, José, Pinho, Ana, “Guia Técnico de
Reabilitação Habitacional”, LNEC, 2006.
Cóias, Vítor, “Inspecções e Ensaios na Reabilitação de Edifícios”, IST, 2006.
Pintura e Restauração de Infiltrações, Edifícios.
http://www.aguaspeed.pt/servicos4.php. (accessed October 13, 2009).
Infiltração do Tecto de Habitação.
http://www.ihm.gov.mo/pt/hint/maintain_ceiling.php. (accessed October 13,
2009).
26
A importância do envelope do edifício (fachadas e coberturas). Importância da
reabilitação dos edifícios.
http://www.aveirodomus.pt/workshop/3%20Reabilitacao/3%20Vasco%20Pereir
a.pdf (accessed October 8, 2009)
Notícia:“2ª Edição do Livro “Inspecções e Ensaios na Reabilitação de
Edifícios”. Importância da reabilitação dos edifícios.
http://www.ist.utl.pt/pt/noticias/2009/10/2_Edicao_do_Livro__Inspeccoes_e_En
saios_na_Reabilitacao_de_Edificios_ (accessed October 8, 2009)
Especificidades e Exigências das Argamassas na Reabilitação de Edifícios
Antigos. Importância da reabilitação dos edifícios.
http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/8347/3/Paper%2021_07.pdf
(accessed October 8, 2009).
Fissuras em prédios ameaçam segurança.
http://www.angonoticias.com/full_headlines_.php?id=22499. (accessed October
19, 2009)
Construir: O site da indústria de construção.
http://www.construir.pt/2008/12/05/segurana-na-construo-2-parte/. (accessed
October 19, 2009)
Novas Técnicas para construção em Tijolo. http://www.quintacidade.com/wp-
content/uploads/2008/04/nota-tecnica-18-revista.pdf. (accessed October 19,
2009)