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Níveis de Prevenção
Primária Medidas para remover causas e fatores de risco
com finalidade de impedir que a doença ocorra (imunização, exercício físico)
Secundária Medidas para detectar precocemente doenças de
preferência em estágios subclínicos (diagnóstico precoce e rastreamento).
Terciária Medidas para minimizar prejuízos consequentes à
problemas de saúde (reabilitação).
Prevenção de doenças
Manutenção de baixo risco Incentivo ao comportamento de baixo risco e
adesão aos meios para evitar doenças Redução de Risco
Implementação de medidas para controlar ou diminuir a prevalência de doenças
Detecção Precoce Diagnóstico precoce Rastreamento em pessoas ou populações
assintomáticas
Rastreamento populacional
Termo derivado da língua inglesa (screening)
Sinonímia Rastreamento de massa
Conceito É a captação de doença assintomática por meio de
teste relativamente simples aplicado em população saudável.
Tipos Organizado vs Oportunístico
Critérios do problema a rastrear
Problema de saúde pública importante História natural bem estabelecida Estágio pré-clínico bem definido Disponibilidade de teste confiável e válido Disponibilidade de tratamento efetivo Benefício da detecção e do tratamento
precoce deve ser maior do que se a terapia fosse iniciada no momento habitual do diagnóstico.
Critérios do teste
Sensibilidade Especificidade Simplicidade Aceitabilidade
Custo Segurança Efeito do rótulo
Viés em rastreamento de doenças
Conceito Qualquer tendência na coleta, análise,
interpretação, publicação ou revisão de dados que possam levar a conclusões sistematicamente diferentes da verdade (Rosser, 1998)
Viés em rastreamento de doenças
Viés de seleção Viés de tempo de antecipação ou tempo
ganho (lead time bias) Viés de tempo de duração (length bias
ou length-time bias) Viés do sobrediagnóstico
(overdiagnosis)
Rastreamento: outras questões
Medicina Baseada em Evidências Níveis/valor das evidências Graus de recomendação
Questões Éticas Princípio da beneficiência e não maleficiência. Detecção precoce justificada apenas se
acompanhada de resultados melhores. Garantia de acesso e equidade
Detecção precoce e rastreamento de cânceres mais prevalentes (OMS)
EsôfagoPulmãoCavidade oralPróstataPeleEstômagoCólon e retoColo do úteroMama
RastreamentoDiagnóstico precoceRecomendação
Tipo de câncer
Detecção precoce e rastreamento de cânceres mais prevalentes (OMS)
NãoSimEsôfagoNãoSimPulmãoNãoSimCavidade oralNãoSimPróstataNãoSimPeleNãoSimEstômago
Sim (OMS) Não (Br)SimCólon e retoSimSimColo do úteroSimSimMama
RastreamentoDiagnóstico precoceRecomendação
Tipo de câncer
Sucesso do Programa de rastreamento de câncer
Pessoas da população alvo devem ser identificadas e alcançadas
Disponibilidade de testes confirmatórios Rede de estabelecimentos com recursos
diagnósticos e terapêuticos disponíveis Sistema de referência e
contrarreferência estabelecido Redução da mortalidade
Metas do Plano de Enfrentamento
Aumentar a cobertura de preventivo do Câncer do colo do útero (25 a 64 anos)
Tratar 100% das mulheres com lesões precursoras de câncer
Aumentar a cobertura de mamografia(50 a 69 anos)
Rastreamento do Câncer do colo do útero
Teste: Papanicolaou (preventivo, citologia oncótica, colpocitologia).
Idade de início: 25 anos para mulheres que já tiveram atividade sexual.
População alvo: mulheres de 25 a 64 anos.
Periodicidade: um exame a cada três anos, após obter dois exames negativos e consecutivos com intervalo de um ano.
Situações especiais: gestantes, menopausadas, histerectomizadas e imunossuprimidas.
Objetivo: detectar lesões precursoras ou câncer em estágio inicial
Rastreamento do Câncer de Mama
Teste principal: Mamografia e ECM (anual) População alvo: mulheres 50 a 69 anos Idade de início: 50 anos Periodicidade: bienal Situações especiais:
Faixa etária de 40 a 49 anos (ECM anual) Mulheres com risco elevado (início aos 35 anos
com mamografia e ECM anual) ECM = exame clínico das mamas
Resultados da mamografia e Condutas
Encaminhamento6 – Achado com diagnóstico de câncer, mas não tratado
Encaminhamento5 – Achado altamente suspeito
Encaminhamento4 – Achado Suspeito
Controle em 6 meses3 – Achado provavelmente benigno
Rotina 2 – Achado benigno
Rotina 1 – Sem achados
Avaliação adicional0 - Inconclusivo
CondutaResultado da mamografia
Referências
Bratt O et al. Effects of prostate-specific antigen testing onfamilial prostate cancer risk estimates. J Natl Cancer Inst 2010; 102:1336-1343.
Fletcher & Fletcher. Epidemiologia Clínica – elementos essenciais. São Paulo, Artmed Editora, 2005.
Hakama M. Cancer screening for medical oncologists: definitionsand aims.
Instituto Nacional de Câncer. Coordenação Geral de Ações Estratégicas. Divisão de Apoio à Rede de Atenção Oncológica. Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero. INCA. Rio de Janeiro: INCA, 2011.
Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Rastreamento – série A. Normas e Manuais Técnicos. Cadernos de Atenção Primária, n. 29, Brasília – DF, 2010.