24
GRATUIT Fr FRANCE Edition O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa Portuguesa de Saint-Etienne candidata pelos Républicains Geminação. Guimarães e Dijon assinaram um Protocolo de Geminação 08 Edition nº 284 | Série II, du 09 novembre 2016 Hebdomadaire Franco-Portugais 06 Alexandra Custódio candidata às legislativas DR Ensino. Strasbourg já volta a ter uma professora de Português 13 A Cozinharte. Nasceu em Paris uma associação de promoção da arte da cozinha portuguesa 17 Ténis. João Sousa veio acabar a temporada em Paris 21 A Academia do Bacalhau de Paris volta a organizar a campanha “Roupas sem Fronteiras” 17 PUB Carlos Ferreira O movimento associativo português entre-guerras Um estudo de Cristina Clímaco 10 PUB

PUB Edition nº 284 | Série II, du 09 novembre 2016 ... · que disse a nosso respeito. No primeiro artigo demos a informa - ção quase em cima da hora, no estado ... “Estive ontem

Embed Size (px)

Citation preview

GRATUIT

FrF R A N C EEdition

O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa

Portuguesa de Saint-Etienne candidata pelos Républicains

Geminação. Guimarães eDijon assinaramum Protocolo deGeminação

08

Edition nº 284 | Série II, du 09 novembre 2016 Hebdomadaire Franco-Portugais

06

Alexandra Custódiocandidata às legislativasD

R

Ensino.Strasbourg jávolta a ter umaprofessora dePortuguês

13

A Cozinharte. Nasceu em Parisuma associaçãode promoção daarte da cozinhaportuguesa

17

Ténis.João Sousa veio acabar a temporada emParis

21

A Academia do Bacalhau de Parisvolta a organizar a campanha“Roupas sem Fronteiras” 17

PUB

Carlos Ferreira

O movimento associativo português entre-guerrasUm estudo de Cristina Clímaco 10

PUB

02 OPINIÃO

LusoJornal. Le seul hebdomadaire franco-portugais d’information | Édité par: CCIFP Editions SAS, une société d’édition de la Chambre de commerce et d’industrie franco-portugaise. N°siret:52538833600014 | Represéntée par: Carlos Vinhas Pereira | Directeur: Carlos Pereira | Collaboration: Alfredo Cadete, Angélique David-Quinton, António Marrucho, Clara Teixeira, Cindy Peixoto(Strasbourg), Conceição Martins, Cristina Branco, Dominique Stoenesco, Eric Mendes, Gracianne Bancon, Henri de Carvalho, Inês Vaz (Nantes), Jean-Luc Gonneau (Fado), Joaquim Pereira,Jorge Campos (Lyon), José Paiva (Orléans), Manuel André (Albi) , Manuel Martins, Manuel do Nascimento, Marco Martins, Maria Fernanda Pinto, Mário Cantarinha, Nathalie de Oliveira, NunoGomes Garcia, Padre Carlos Caetano, Ricardo Vieira, Rui Ribeiro Barata (Strasbourg), Susana Alexandre | Les auteurs d’articles d’opinion prennent la responsabilité de leurs écrits | Agence depresse: Lusa | Photos: António Borga, Luís Gonçalves, Mário Cantarinha, Tony Inácio | Design graphique: Jorge Vilela Design | Impression: Corelio Printing (Belgique) | LusoJornal. 7 avenue dela porte de Vanves, 75014 Paris. Tel.: 01.79.35.10.10. | Distribution gratuite | 10.000 exemplaires | Dépôt légal: novembre 2016 | ISSN 2109-0173 | [email protected] | lusojornal.com

Le 09 novembre 2016

Pergunta do leitor

Pergunta:Senhor Diretor,Leio o LusoJornal todas as semanase admiro-vos porque estão a fazer umtrabalho que nunca tinha sido feitoem prol dos Portugueses que comoeu tiveram de vir para França. Não seicomo vocês fazem, mas só admiro ovosso jornal. [...]Penso que vocês deram demasiadodestaque à saída de Aurélio Pinto doPartido Socialista. Era preciso escre-ver dois artigos sobre a mesma ma-téria? [...]

Leitor devidamente identificado, mas pede anonimato(por email)

Resposta:Caro leitor,Obrigado pelas palavras simpáticasque disse a nosso respeito.No primeiro artigo demos a informa-ção quase em cima da hora, no estadobruto e ouvimos os dois implicadosneste processo: o Secretário-Coorde-nador que saiu e o Secretário-Coorde-nador que entrou.Na semana seguinte fomos procurarmais detalhes. Impunha-se perceberas razões que levaram um “líder” quejá era “histórico” a bater com a porta.Penso que foi suficientemente eluci-dativo.Os líderes políticos da nossa Comuni-dade são mais conhecidos graças aoLusoJornal. Nós vamos falando deles,dar-lhes a palavra, e muitos deles, senão fossem um artigos no LusoJornal,seriam eternos desconhecidos forados respetivos círculos de influência.Sejamos francos.Se o LusoJornal vai falando, vai dandonotícia das ações dos dirigentes polí-ticos de cá, também é natural que sediga porque “saem de cena”.Não vejo pois qualquer problema notratamento desta informação.Boa leitura.

Carlos PereiraDiretor do LusoJornal

Quando foi canonizada, em 4 de se-tembro passado, a Beata Madre TeresaCalcutá foi notícia nas primeiras pági-nas. Prémio Nobel da Paz, aquela queserviu os mais pobres dos pobres domundo e conviveu com ricos e podero-sos, viu-se de novo elogiada e mal-fa-lada. “Ai de vós quando todosdisserem bem devós”, preveniu Jesus.É sempre mau sinalquando os elogiossão unânimes: pro-vam que a pessoa émais contorcionistado que reta, procu-rando assim agradar a todos, faltandoà verdade, à sinceridade e à autentici-dade.Sabendo que ninguém é isento de crí-ticas - até porque a mesma boa açãopode ser realizada de formas diferentes- não deixa de ser interessante como asantidade desta mulher se manifestouna extrema caridade com os mais mi-seráveis e na total liberdade com quese relacionou com os mais poderosos.Santa Teresa foi parar à India, aindamuito jovem, já como religiosa e pro-fessora de meninas. Depressa trocou ocolégio das meninas ricas (que pagavao colégio das meninas mais pobres)pelas ruas de Calcutá, a capital deBengala-Ocidental, um Estado daÍndia governado pelo Partido Comu-nista, graças à liderança carismática deJyotirindra Basu, que foi Chefe do Go-verno local (de 1977 a 2000). Nestasfunções, em que conviveu longamentecom a Madre Teresa e as suas religio-sas, um certo radicalismo ideológico deBasu desmoronou-se. Implacável comos adversários, rendeu-se a Madre Te-resa. Dizia: “Ela faz de mim um maumarxista, porque me faz acreditar napiedade”.O Secretário de Jyotirindra Basu reve-lou as instruções que tinha do seuChefe, para nunca fazer esperar aMadre Teresa. Há relatos de que o Con-selho de Ministros se interrompeu por-que a Madre acabava de chegar. Masesta disponibilidade era recíproca.Segundo os biógrafos da Santa Teresa,também ela correspondia prontamenteaos pedidos de Basu. Um dia, em queele não sabia o que fazer a 400 mu-

lheres prisioneiras com problemas físi-cos e mentais, a Madre Teresa tirou-asde lá imediatamente e começou aconstruir um lar para elas, num terrenocedido pelo Governo. Madre Teresa es-crevia sempre “meu amigo”, antes donome de Basu. Quando a Madre foihospitalizada, Basu visitava-a todos os

dias e quando ele esteve doente, ela iadiariamente rezar junto dele.Basu não escondia a sua amizadepelas Irmãs Missionárias da Caridade.Quando a Madre Teresa morreu(1997), sendo ele ainda o Ministro-Chefe de Bengala-Ocidental e Chefecomunista local, organizou-lhe um fu-neral de Estado, como não havia me-mória.Temos de reconhecer que não era sim-ples, para um político, conviver com aMadre Teresa. Ainda ecoa por todo omundo a sua declaração ao receber oprémio Nobel da Paz: “O aborto é hojea maior ameaça à paz, porque se umamãe pode matar o próprio filho, nin-guém pode se impedido de matar[outra pessoa qualquer]”. E constata-mos a banalidade da violência contraa vida humana nas nossas sociedades,mesmo nas mais “desenvolvidas”. Nahomilia da canonização, o Papa Fran-cisco lembrou o empenho incessanteda Madre Teresa em defesa da vida.Hillary Clinton, agora candidata presi-dencial nos Estados Unidos da Amé-rica e tolerante do aborto até aos novemeses, descreve esta posição como ab-solutamente frontal: “A Madre Teresadiscordava dos meus pontos devista... e disse-mo”. Num almoço naCasa Branca, quando era ainda Pri-meira-Dama, Hillary perguntou-se porque é que nenhuma mulher tinhachegado a Presidente dos EstadosUnidos ao que Madre Teresa terá res-pondido: “Provavelmente, porque foiabortada”.No ano de 1986, guerrilheiros cerca-vam a cidade sudanesa de Juba, de

maioria cristã, impedindo a chegadade mantimentos. A população come-çava a morrer de fome. Os guerrilhei-ros já tinham abatido dois aviões daONU, que transportavam comidapara Juba. Nisto, aparece na capitaldo Sudão a Madre Teresa com a IrmãMirtilla: “Estive ontem com o Papa

João Paulo II, que ouviu a BBC e quersalvar a cidade de Juba. Eu ia para oQuénia, mas resolvi passar antes poraqui. Que posso fazer? Explique-meo problema”. Tentaram explicar-lhe:“Isso é demasiado complicado, ligue-me para o Presidente do Sudão, queimpede a partida dos alimentos, oupara os guerrilheiros”. Disseram-lhe:“O Presidente está neste momentonos Estados Unidos”. “-Não faz mal,falamos com o Ronald”. “-Quem?”“O Ronald Reagan e também a mu-

lher dele. Ligue-me já para a CasaBranca”.Foi difícil convencer os funcionáriosque era mesmo Madre Teresa e de-pois de muita insistência, conseguiufalar com o Presidente Reagan. Nodia seguinte um avião das NaçõesUnidas, carregado de comida, aterra

em Juba sem ser ata-cado. Os guerrilheirosdesistiram e levanta-ram o cerco.“Os Apóstolos disse-ram ao Senhor: ‘Au-menta a nossa fé’. OSenhor respondeu:

‘Se tivésseis fé como um grão demostarda, diríeis a essa amoreira: ‘Ar-ranca-te daí e planta-te no mar’, e elahavia de obedecer-vos” (Lc 17, 5-6).Se acreditarmos no dom da fé, rece-bido no baptismo, e do seu poder emnós, quantas coisas boas - impossí-veis, absurdas ou politicamente incor-rectas - não seremos capazes derealizar! Que o diga Teresa e Basu deCalcutá, Reagan de Washington, osguerrilheiros de Juba ou você, carís-simo leitor, onde quer que esteja.

Comunistas, políticos e santidadeOpinião de Padre Nuno Aurélio, Reitor do Santuário de Nossa Senhora de Fátima de Paris

PUB

PUB

Num almoço na Casa Branca, quando era ainda Primeira-Dama, Hillary perguntou-se por que é que nenhuma mulhertinha chegado a Presidente dos Estados Unidos ao que MadreTeresa terá respondido: “Provavelmente, porque foi abortada”.

lusojornal.com

POLÍTICA 03

Parlamentoportuguês condena a violação dosdireitos dascrianças nocampo de refugiados de Calais

A Assembleia da República Portu-guesa aprovou na semana passadapor unanimidade um voto de conde-nação pela violação dos direitos dascrianças no campo de refugiados deCalais, em França.No voto, o Parlamento português“condena todas as violações da dig-nidade humana perpetradas nocampo de refugiados de Calais epugna pela sua desativação, expri-mindo a sua profunda solidariedadecom as vítimas indefesas de maisesta expressão de falta de uma res-posta europeia de acolhimento e derespeito pelos direitos humanos”.As autoridades francesas decidiramdesmantelar o campo e, segundodados do Governo e Paris, cerca de5.600 pessoas foram levadas paraoutros centros de acolhimento de re-fugiados e requerentes de proteção,incluindo 1.500 crianças não acom-panhadas, lembra o texto aprovado.“Tal como ocorria com a vida quoti-diana no campo, esta reinstalaçãomerece as mais vivas preocupaçõesde todos quantos assumem a prote-ção dos direitos humanos como prio-ridade”, afirma-se no voto.Segundo organizações não-governa-mentais no terreno, citadas no textoda condenação, as crianças nãoacompanhadas “foram alojadas numcontentor já completamente lotado esem as condições mínimas de habi-tabilidade e que 100 outras foramsimplesmente deixadas para trás, fi-cando sem abrigo e sem colchõespara dormir durante a operação dedesativação do campo”.“A responsabilidade por estes atos deviolação dos direitos humanos temque ser atribuída, em primeira linha,a quem, descurando as exigências derespeito por pessoas tão fragilizadas -em especial as crianças não acom-panhadas - insiste em jogos de pres-são diplomática sem fim à vista que,na prática, são verdadeiros murosque se erguem contra o reconheci-mento da dignidade de milhares deseres humanos”, lê-se no voto.O Parlamento português consideraque “é a própria responsabilidade daEuropa que se afirma em cada umadas crianças não acompanhadas esubmetidas a condições de absolutaindignidade”.

Petição que pede Voto Eletrónico para emigrantes vai ser discutida no ParlamentoUma petição que reivindica o votoeletrónico e a alteração das leis de re-censeamento para os Portugueses re-sidentes no estrangeiro reuniu 4.000assinaturas, o que permitirá a suadiscussão em plenário da Assembleiada República, anunciaram os organi-zadores.A petição “Também somos portugue-ses” [http://tambemsomosportugue-ses.org/] defende a introdução do votoeletrónico como alternativa ao votopresencial e voto por correspondência,atualmente usados para as eleiçõespresidenciais e europeias e eleiçõeslegislativas, respetivamente.Os promotores da petição pretendemtambém que o recenseamento eleito-ral seja automático quando é emitidoo Cartão de Cidadão ou é feita uma al-teração da residência e que o recen-seamento possa ser feito via postal oupela internet.Atualmente, os Portugueses residen-tes no estrangeiro necessitam de des-locar-se ao Consulado da sua área de

residência para se registarem nos ca-dernos eleitorais, ao contrário do queacontece em Portugal, onde o recen-seamento é automático.“Está assim em bom caminho a reso-lução dos vários problemas que osPortugueses têm atualmente, comodeslocações forçadas a Consuladosdistantes, votos por via postal nunca

recebidos, e cidadãos cortados dos re-gistos eleitorais quando emigram”,saudou o movimento Também SomosPortugueses.Um dos dirigentes do movimento,Paulo Costa, agradeceu o contributode vários Conselheiros das Comunida-des Portuguesas e de outros entusias-tas para a obtenção das 4.000

assinaturas em menos de um ano. “Oatingir deste limiar é um momentohistórico para a diáspora portuguesa,que tem estado a participar em todoo globo, de Andorra ao Vietname,subscrevendo esta petição”, afirmou.Portugueses de 54 países contribuí-ram para a iniciativa, com destaquepara Portugal, Reino Unido, Bélgica eAlemanha, mas também em paísesdistantes como Bahrein, Arábia Sau-dita ou Singapura.As petições são apreciadas no prazode 60 dias após a sua admissão, po-dendo ser requerida mais informaçãoaos peticionários ou outros cidadãos,entidades ou autoridades competen-tes, após o qual será enviado um rela-tório ao Presidente da Assembleia daRepública.Segundo os regulamentos, este deveráagendar o debate no prazo de 30 diasapós receber o relatório, cuja data serádada a conhecer ao primeiro signatá-rio e também em Diário da Assem-bleia da República.

Discussão ainda não tem data marcada

O Orçamento de Estado que Governoapresentou para 2017 está longe decorresponder aos interesses de Por-tugal e aos interesses dos Portugue-ses. Esta proposta orçamental não émais do que um exercício de sobre-vivência política que reproduz, emgrande parte, propósitos já inscritosno Orçamento de 2016 que, infeliz-mente para Portugal, não se vierama concretizar.Com efeito, Portugal regista hoje umcrescimento dececionante, um inves-timento a cair pela primeira vez desde2013 e as exportações de bens tam-bém em queda contínua. Ao mesmotempo, a divida pública volta a subir,as poupanças encontram-se em valo-res negativos pela primeira vez em 17anos e um conjunto de instituições na-cionais e internacionais reveem embaixa as previsões económicas para opaís.É para mim evidente que este é umorçamento que apenas tenta agradara alguns setores e que demonstra aclara incapacidade do atual Executivode avançar com um qualquer sinal dereforma. Ao invés, escolhe a opçãomais fácil de fazer um aumento, semparalelo, nos impostos indiretos, osmais cegos pois, independentementeda condição social dos cidadãos,todos pagam o mesmo valor.Por outro lado, parece-me ser impor-tante apreciar também este orça-mento à luz dos interesses dasComunidades portuguesas e da suarelação com Portugal. Desde logogostaria de referir a questão da con-fiança. Um país cuja imagem externaé prejudicada pelas suas políticaseconómicas, pelas previsões negati-vas e por uma clara incerteza em re-lação ao futuro, diminui a suaatratividade o que, no caso da áreada emigração, se verifica já atravésda baixa do investimento e das re-

messas enviadas para Portugal.Era bom que alguns em Portugal fi-zessem o exercício de comparar a si-tuação atual, com aquela que vivemosentre 2011 e 2015. Naquele período,apesar dos momentos difíceis queforam vividos, o facto de o país con-seguir transmitir uma imagem de cre-dibilidade e de confiança associada auma governação responsável levou aque o investimento das Comunidadesno nosso país atingisse valores nuncaantes obtidos.Ora, o Orçamento para 2017 ao prevera criação de novos impostos, nomea-damente, sobre o património pode vira ter consequências diretas nesse in-vestimento. Taxar as “vistas”, ou o“sol”, ou os valores globais do patri-mónio, que alguns emigrantes resi-dentes em França interpretam comoum imposto camuflado sobre a for-tuna, retira, em minha opinião, umaboa parte da atratividade do nossopaís no plano externo.Como os leitores do LusoJornalsabem, foi interiorizada, em França, aideia de que Portugal era um paísatrativo, muito particularmente naárea fiscal. Hoje são muitos os Fran-ceses e os Franco-portugueses que es-colheram o nosso país como lugar deinvestimento ou de residência. Tive-mos a capacidade de demonstrar nosúltimos anos que eramos um país quemerecia a confiança de quem nelequeria investir. Espero que não esteja-mos, para bem de Portugal e dos Por-tugueses, a desperdiçar agora estepotencial.O Orçamento para 2017 é tambémum orçamento dececionante no quediz respeito à aplicação de políticaspara as Comunidades portuguesas.Apesar dos desafios que definiu paraa área da política externa, o Governoesqueceu-se das nossas Comunida-des. Desde logo no que se refere à

rede consular onde o diagnóstico dasdificuldades de atendimento deulugar, no ínicio de 2016, a uma pro-messa de recrutamento de 101 fun-cionários para o quadro externo. Naverdade vieram apenas a ser 21 e dosquais, estranhamente, apenas seteconcursos estão publicitados.Ora, quando sabemos que desde o iní-cio deste ano já se aposentaram 18funcionários consulares e quandotambém temos conhecimento de queoutros trabalhadores, com outros vín-culos, deixaram de exercer funçõesnos Postos, é fácil chegar à conclusãode que a situação atual, em termos derecursos humanos, é bem mais gravedo que aquela que existia no final doano passado e que suscitava a indig-nação daqueles que agora conduzemos destinos do país.Acresce, que aos postos consulares foitambém aplicado o novo horário detrabalho da função pública, que é de35 horas, o que, como o Governodevia ter percebido, tem consequên-cias diretas na capacidade de atendi-mento das estruturas consulares.Assim e em traços gerais, a aplicaçãodeste novo horário de trabalho no Con-sulado-Geral de Paris que tem cerca de50 funcionários, equivale na prática, àredução de 7 funcionários no quadrode pessoal o que é deveras preocu-pante. É fácil assim antever grandes di-ficuldades para outros postos.Ao mesmo tempo, a verba disponívelpara o quadro dos serviços externos,parece-me ser claramente insuficientepara dar resposta às necessidades doserviço de atendimento consular, es-tando mesmo em risco, em minhaopinião, o investimento no programadas Permanências consulares.No entanto, ao analisar este Orça-mento é interessante e curioso verifi-car quais são as prioridades doGoverno na área de recursos humanos

do MNE. Se é verdade que está pre-vista um aumento da verba para o pes-soal do quadro externo está tambémprevisto um aumento três vezes supe-rior para a rubrica de abonos e repre-sentação do pessoal diplomático.Deixo à consideração dos leitores aanálise desta situação.Destaco ainda que o ensino do portu-guês no estrangeiro não vai ter o re-forço orçamental prometido e, até, atão falada “Propina” vai ter continui-dade apesar de tanta promessa e exi-gência do seu fim. Este é mais umbom exemplo de que para este Go-verno “palavra dada é palavra hon-rada”!Finalmente, quero ainda salientar asignificativa redução de verbas da Di-reção Geral dos Assuntos Consularese Comunidades Portuguesas que podepôr em causa a sua capacidade deresposta no plano do acompanha-mento social das Comunidades e dosincentivos ao movimento associativo eà participação política.Não se entende, assim, como pre-tende o Governo responder às neces-sidades das nossas Comunidades,particularmente, no que respeita aoacompanhamento social. Gostaria delembrar que em 2016 o atual Go-verno não tomou qualquer iniciativano que concerne à participação cívicae política, aos lusodescendentes, àárea social, ao associativismo e ape-nas vai organizar, em dezembro, umencontro com empresários em Portu-gal, mas cujas despesas de desloca-ção ficam a expensas próprias decada participante, o que dá realmenteque pensar.Fica claro que este é um Orçamentopouco amigo das Comunidades portu-guesas. Mas ao esquecer a realidadede um país repartido pelo Mundo é,sobretudo, um Orçamento poucoamigo de Portugal.

Le 09 novembre 2016

Um Orçamento de Estado pouco amigo das Comunidades Portuguesas

Opinião de Carlos Gonçalves, Deputado (PSD) pelo círculo eleitoral da Europa

Lusa / Mário Cruz

FranciscoAndré reuniu com Coordenadoresdas Secções do PS nas ComunidadesO Secretário internacional do Par-tido Socialista (PS), FranciscoAndré, reuniu na semana passadacom os Coordenadores das Sec-ções das Comunidades presentesna Comissão Nacional do PartidoSocialista.Segundo o Deputado socialistaPaulo Pisco, o objetivo era “falarsobre o arranque da nova estru-tura de ligação às Seções e aos mi-litantes do PS, de que FranciscoAndré foi nomeado coordenador”.

Paulo Marquesno Conselhode Opinião da RTPO Conselheiro das ComunidadesPortuguesas, Paulo Marques, vaitomar posse, no próximo dia 17 denovembro, no Conselho de Opi-nião da Rádio e Televisão de Por-tugal,S.A. (RTP), aquando de umareunião Plenária que vai ter lugarnos dias 17 e 18 de novembro, noAuditório da RTP.

Lançado novolivro sobre oconcelho deElvasO livro “Elvas - das Invasões fran-cesas às guerras liberais”, da au-toria de Teresa Fonseca, foiapresentado na Biblioteca Munici-pal de Elvas, no distrito de Porta-legre.Segundo o município, “a obra pro-cura efetuar a recuperação possí-vel do quotidiano de Elvas” entre aretirada dos Franceses, em 1808,e a proclamação da vitória liberal,em 1834, após a assinatura daConvenção de Evoramonte.O livro aborda ainda o impacto so-cioeconómico da presença dosmilitares naquela que era uma dasmais importantes praças-fortes doreino.

04 POLÍTICA

Les Portugais soutiennent-ils plutôt Sarkozy?Plusieurs Portugais sont impliquésdans la campagne pour l’élection Pri-maire de la Droite, qui décidera quelsera le candidat à se présenter àl’élection présidentielle.Alexandra Custódio, Adjointe auMaire de Saint Etienne et Conseillèredépartementale a donné l’investitureà Nathalie Kosciusko-Morizet, maissoutient le candidat Bruno Lemaire(lire interview publiée dans cette édi-tion de LusoJornal). Est-ce une ex-ception?Paulo Marques, Conseiller municipalà Aulnay-sous-Bois soutient, une foisde plus, Nicolas Sarkozy et affirmeque «des dizaines de soutiens à Nico-las Sarkozy, provenant de Portugais etFrançais d’origine portugaise, arriventde toute la France au Quartier Généraldu candidat». Paulo Marques, lui-même, a été le Porte-parole pour laCommunauté portugaise du candidatNicolas Sarkozy, lors de sa premièrecandidature, quand il a été élu Prési-dent de la République.«Il y a 10 ans, plusieurs jeunes fran-çais d’origine portugaise se sont inté-ressés au candidat Sarkozy. Beaucoupont commencé leur militance en2006, avec la candidature de NicolasSarkozy. Nous avions créé plus d’unecentaine de Comités de soutien, quenous avions appelé ‘Les Portugaisavec Nicolas Sarkozy’» dit à son tourAna Maria de Almeida, Adjointe auMaire de la Queue-en-Brie, en Val-de-Marne.«Après le second débat, nous avonsdécidé de dire haut et fort notre sou-tien à Nicolas Sarkozy» ajoute JoséFerreira, élu de Saint-Fargeau, enSeine-et-Marne. «Nous savons quebeaucoup de luso-français soutien-

nent l’ancien Président. Nous remar-quons une unanimité entre les ou-vriers et les entrepreneurs concernantles heures défiscalisées et le bienfaitpour les entreprises et les salariés quiveulent gagner plus» explique-t-il auLusoJornal.«Nous avons besoin d’un Présidentqui préside la France, qui agisse et quisoit expérimenté pour relever notrepays» dit Jean-Pierre dos Santos, éludans les Yvelines, et qui soutient éga-lement Nicolas Sarkozy.Paulo Marques confirme que c’estaprès le débat de jeudi dernier quel’élan a augmenté. «Nous avions déjàréuni plusieurs Portugais qui soute-naient Nicolas Sarkozy et qui dansleurs villes faisaient le travail de mi-litance. Mais, le second débat à dé-clenché la volonté de montrer quegrand nombre de Portugais et luso-français soutiennent Nicolas Sar-kozy» explique Paulo Marques.

Les actions de signatures du «Comitéde soutien des Portugais avec Nico-las Sarkozy» à été «un succès» leweek-end dernier dans les associa-tions, marchés et magasins de pro-duits portugais. «Le nombre desoutiens est en forte croissance» ditPaulo Marques, également membredes Républicains de Seine-Saint-Denis.Selon Paulo Marques, dimanche der-nier, le 6 novembre, 48 Comités desoutiens Portugais avaient été créés.Romeo de Amorim, Conseiller muni-cipal d’opposition (Les Républicains)de Saint-Maur-des-Fossés a choisi desoutenir Nathalie Kosciusko-Morizetpour qu’elle se présente aux Pri-maires. «Nathalie Kosciusko-Morizetest une femme de talents et deconvictions. Même si je dois avouerne pas partager certaines de ses po-sitions, cela ne m’empêche pas delui reconnaitre une vraie légitimité à

participer et enrichir le débat de cesélections qui se tiendront les 20 et27 novembre prochains et qui nouspermettrons de choisir le candidatqui représentera notre famille etnotre sensibilité politique à l’électionprésidentielle de 2017» expliqueRomeo de Amorim.Mais dans un communiqué envoyéaux rédactions il y a trois semaines,Romeo de Amorim confirme son sou-tien plutôt à Nicolas Sarkozy «parconviction et fidélité».Les primaires de la Droite et du Cen-tre auront lieux les dimanches 20 et27 novembre. Seuls les nationauxFrançais peuvent y participer. Duvote de dimanche 27 novembre sor-tira le candidat de la Droite et duCentre à la Présidence de la Répu-blique Française dont les électionsauront lieux le 23 avril 2017, pour lepremier tour, et le dimanche 7 mai,pour le second tour.

Des dizaines de Comités de soutien “portugais” ont été créés

Par Carlos Pereira

Secretário de Estado sublinha importância daLusa na ligação às Comunidades portuguesasO Secretário de Estado das Comuni-dades, José Luís Carneiro, defendeua necessidade de serem garantidas àagência Lusa condições para conti-nuar a cumprir a função de serviçopúblico junto das Comunidades lusó-fonas. “É conhecida a minha posição,de um passado recente, e entendoque a rede de correspondentes daLusa, garantindo o seu enraizamentoterritorial regional e local e, simulta-neamente, garantindo a ligação àsComunidades portuguesas no mundo,

é uma rede absolutamente indispen-sável para o cumprimento da funçãode serviço público que tem a agênciaLusa”, afirmou o governante.O Orçamento do Estado para 2017prevê uma indemnização compensa-tória à Lusa de 13,240 milhões deeuros, contra os 15,838 milhões deeuros atribuídos em 2016.Sobre a matéria, falando aos jornalis-tas, o Secretário de Estado disse estara acompanhar o que preocupa atual-mente a agência Lusa e os seus traba-

lhadores, nomeadamente o eventualimpacto negativo dos cortes, nomea-damente nas redes de corresponden-tes nacionais e internacionais.José Luis Carneiro prometeu trans-mitir, no quadro das suas respon-sabilidades, junto do Governo, a“preocupação” que lhe têm feitochegar alguns responsáveis da agên-cia, nomeadamente do Porto.Em outubro de 2012, quando eraPresidente da Federação do Porto doPS, José Luís Carneiro participou

numa conferência de imprensa, emPaços de Ferreira, onde criticou oscortes de 30% que o Governo deentão se preparava para introduzir nocontrato-programa para 2013 entre oEstado e a agência. Na altura, JoséLuís Carneiro acrescentou que as de-cisões políticas colidiam com os inte-resses das populações e que umeventual corte na presença local daagência Lusa faria com que os terri-tórios ficassem em “estado decoma”.

Visite à Paris du Ministre des Affaires Étrangères de Cabo VerdeLe Ministre des Affaires Étrangères etdes Communautés de Cabo Verde,Luis Filipe Tavares, a effectué une vi-site de travail en France, du 3 au 6octobre dernier.Luis Filipe Tavares est arrivé à Parisle jeudi 3 novembre et ce jour-mêmea été invité à un dîner par le Grouped’amitiés parlementaires France Cap-Vert.

Le vendredi 4, le Ministre a com-mencé la journée par un entretienavec André Vallini, le Secrétaired’Etat au Développement et à la Fran-cophonie. Il était accompagné par IsaMorais Rodrigues, Chargée d’affairesad interim de l’Ambassade du Cap-Vert à Paris et Olivier da Silva, Am-bassadeur de France au Cap-Vert.Le Ministre s’est réuni avec Jean-Paul

Garcia, Directeur de la direction natio-nale du renseignement et des enquêtesdouanières (DNRED), Erwan Guilmin,Directeur de la direction des opérationsdouanières (DOD), Jean-Michel Man-zoni, Chef de l’échelon DOD de Nantes,Michel Gindroz, Adjoint au chef de laDélégation aux relations internationales(DRI) et Sandrine Castera, Chef du bu-reau de la communication et des rela-

tions extérieures (BCRE).La journée s’est terminée par un entre-tien avec l’Amiral Prazuck, Chef d’Etat-major de la Marine nationale, auMinistère de la Défense.Luis Filipe Tavares a rencontré égale-ment les représentants des associa-tions capverdiennes de France, lesamedi 5 novembre, à l’Ambassadedu Cap Vert, à Paris 17.

Le 09 novembre 2016

Jean-Pierre dos Santos, Ana Maria de Almeida et Paulo Marques soutiennent SarkozyDR

PUB

PUB

lusojornal.com

06 DESTAQUE

Alexandra Ribeiro Custódio est candidate aux élections législatives dans la deuxième circonscription de la Loire

Alexandra Custódio, Adjointe au Mairede Saint Etienne, Conseillère commu-nautaire et Conseillère départemen-tale au Département de la Loire, seracandidate des Républicains, sur la2ème circonscription de St. Etienneaux prochaines élections législativesfrançaises. C’est la deuxième foisqu’elle est candidate sur cette cir-conscription.Arrivée de Tavira, en Algarve, quandelle était toute petite, en 1968, Ale-xandra Custódio vient tout justed’avoir la nationalité française, il y a 6ans. Elle est engagée à l’AssociationCulturelle Portugaise de Saint Etienneet préside le Portugal Business Clubde la Loire, un club d’entrepreneursd’origine portugaise. Au niveau natio-nal, Alexandra Custódio est égalementmembre de Cívica, l’association desélus portugais ou d’origine portugaiseen France.

Vous avez déjà été candidate sur cettecirconscription. Le fait de ne pas avoirgagné la dernière fois, n’a pas été uneentrave cette fois-ci?J’étais légitime sur cette circonscrip-tion étant donné que j’ai effective-ment été candidate sur cettecirconscription la dernière fois. J’aitoujours continué à travailler sur cettecirconscription, je suis très présenteet légitimement j’ai donné ma candi-dature.

Il y avait d’autres candidats?Nous avons eu 5 candidats, deux col-

lègues femmes et deux collègueshommes, plus moi. La Commissiond’Investiture a décidé que j’étais laplus légitime à avoir la capacité à em-porter.

Est-ce que c’est possible de ramenerla circonscription à Droite?Il y a beaucoup d’indicateurs positifsétant donné que la dernière fois j’avaisfait une très bonne campagne avecdes très bons résultats et c’était lapremière fois que je me présentais.J’avais un vrai challenge: être au se-cond tour pour battre le Front Natio-nal, c’était mon enjeu majeur. Ladernière fois le vent tournait plutôtvers la Majorité présidentielle, cettefois-ci j’ai beaucoup d’espoir d’empor-ter cette circonscription compte tenudes conditions nationales et du travailmené sur le terrain.

Justement, au niveau national, quelbilan faites-vous du mandat du Prési-dent François Hollande?J’ai beaucoup de peine. Pas vraimentpour la famille politique socialiste,mais pour la France. Je pense qu’ona dégradé la fonction présidentielle àun tel point…, notamment l’image dela France dans le monde et en Eu-rope. On a ramené un pays dont lagrandeur de l’histoire a déjà été ou-bliée et on se renferme dans les peurs.On est en train de régresser, on aperdu toute la grandeur de la France.Je suis très triste pour la France etpour l’Europe qui avait besoin d’uneFrance forte et qu’Hollande a complè-tement décrédibilisé. On a l’impres-

sion qu’on gère la France comme unecommune de 20.000 habitants et jetrouve cela déplorable.

Et quel bilan faites-vous de l’actuelDéputé de la circonscription, Jean-Louis Gagnaire?Jean-Louis Gagnaire est présent sur leterrain. Il s’est désolidarisé quand-même un petit peu de la Majorité pré-sidentielle, puisqu’il est membre duParti Socialiste mais il est un peudans les «frondeurs». Il n’a pas, nonplus, tout le soutien de la base. Maisc’est un candidat dont je n’ai rien àdire car il est très présent et respecta-ble par rapport à son travail. Il n’estpas du tout porté par les Stéphanoisqui désirent un changement et ça vadans la lignée des mandats munici-paux que nous avons faits. Nousavons remporté le Département, lesMunicipales également et maintenantnous allons remporter les Législatives.

Lors de la dernière élection, vous avezfait un rassemblement des candidatsde la Droite. Et cette fois-ci?Nous ne sommes pas encore sur cetype de débat. Je suis la candidatedes Républicains, les alliances natio-nales n’ont pas encore été faites, doncaujourd’hui nous avons des candidatsqui se présentent contre nous. D’icil’élection, après les résultats de la Pri-maire de la Droite et du Centre pourl’élection Présidentielle, nous verronsbien comment ça va se passer pouravoir un seul candidat, soutenu partous les Partis de Droite. Aujourd’huinous n’avons pas encore la certitude

que je n’aurais pas de candidat duCentre contre moi. En tout cas, le tra-vail que nous faisons est de rassem-bler et aujourd’hui il ne faut pas seprécipiter. Moi, je respecte toutes lescandidatures de Droite, compte tenuque nous sommes très mobilisés surla Primaire et je crois qu’une foisqu’on aura passé la Primaire et sou-tenir le candidat qui sera élu, onpourra travailler sereinement et prépa-rer l’alternance aux Législatives.

Quel est le rapport avec la Primaire?Suivant le candidat qui sera sorti dela Primaire, avec le rassemblement dela Droite et du Centre, le positionne-ment du Centre se fera jour et effecti-vement, si aujourd’hui les candidatsinvestis par le Centre se relèverontderrière leur candidat, il y a aura for-cément des discussions. En tout cas,sur ma circonscription, je n’ai pas deraison de croire que nous n’aurons pasune réunion, parce qu’au niveau local,on travaille tous ensemble.

Avez-vous déjà apporté publiquementun soutien à un des candidats de laPrimaire?Oui. Je soutiens Bruno Le Maire. LaFrance est dans un état tel que si onne fait pas rêver la France avec unfutur meilleur, avec une nouvelle gé-nération, et donner un peu la chanceaux nouveaux, on va se retrouver avecles mêmes et on recommence. Jecrois que cette image est plutôt vieil-lotte et ringarde de la politique. Mêmesi Juppé et Sarkozy et les autres ontfait leur travail, il faut passer aux actes

pour renouveler. Ce n’est pas parcequ’on n’est pas leader, qu’on n’a pasle droit d’aspirer au changement et jecrois que si on ne soutient pas lesnouvelles candidatures, on fini par re-voir les mêmes depuis 20 ans. Jetrouve que Nicolas Sarkozy a fait unbon mandat et maintenant il faut pas-ser la main et la France a besoin derêver, Bruno Le Maire n’a pas 50 ans,et a des visions beaucoup plus prag-matiques et ambitieuses pour l’avenirde la France, et j’ai beaucoup plus deconfiance dans un candidat qui a desperspectives pour l’avenir de nos en-fant, que dans un Alain Juppé qui vacalmer la situation mais qu’on connaitdepuis 30 ans, et il ne fait pas rêveret puis un Nicolas Sarkozy qui a déjàété au pouvoir. Cependant, quel quesoit le candidat, je serai bien entenduderrière lui.

Votre candidat aurait pu être unefemme…Oui, effectivement. J’ai d’ailleurs par-rainé la candidature de Nathalie Kos-ciusko-Morizet car j’estime qu’elle aune place dans cette Primaire. Mas jelui ai dit que je soutiendrai Bruno LeMaire.

Et si Nicolas Sarkozy gagne la Pri-maire?Moi, je le soutiendrai bien évidem-ment. J’apprécie chez lui son action,mais je veux aussi que la France aitd’autres ambitions, que la classe po-litique donne la chance de se renou-veler. Il faut donner la place auxjeunes, mon travail c’est donner la

Présentée par Les Républicains

Par Carlos Pereira

Le 09 novembre 2016

Almoço anual dos CarlosPelo terceiro ano consecutivo, umgrupo de Carlos juntou-se no restau-rante Pedra Alta da rue Marbeuf, emParis, a dois passos dos Champs Ely-sées, por ocasição do Dia de S. Car-los, comemorado a 4 de novembro.Por iniciativa de Carlos Vinhas Pe-reira, Diretor Geral da Fidelidade ePresidente da Câmara de comércio eindústria franco-portuguesa, o pri-meiro encontro teve lugar há trêsanos, no restaurante Pedra Alta dePontault-Combaut e no ano passado,no restaurante Pedra Alta de Ivry.Desde a primeira edição, tem partici-pado o Presidente da Academia doBacalhau Carlos Ferreira, o Presi-dente da Canelas Carlos Gonçalves, osócio da Canelas Carlos da Ponte e oDiretor do LusoJornal Carlos Pereira.Este ano estavam também o diplo-mata da Embaixada de Portugal Car-los Pires, o períto de contabilidadeCarlos Fernandes, Carlos da Costa daNatixis, Carlos Alves da Banque BCPe Carlos Martins, períto em constru-ção.Não puderam estar presentes, mas jáparticiparam noutras edições, o De-putado Carlos Gonçalves, o Treinadorde futebol Carlos Secretário e o Dire-tor da Recer em França Carlos Frei-tas.Os participantes prometeram que nopróximo ano haverá mais Carlos nestealmoço informal. Grupo de Carlos com o proprietário da rede de restaurantes Pedra Alta

DESTAQUE 07

lusojornal.com

place aux nouveaux.

Le fait d’être une femme, ça a aidévotre candidature?Naturellement. Les hommes ne lais-sent pas naturellement leur place,c’est un éternel combat. La dernièreinvestiture je l’avais eue parce que surles 6 circonscriptions de la Loire, nousavions 4 hommes sortants et j’ai bé-néficié de l’obligation de la parité. Ilsont été obligés de prendre des fem-mes. Je ne me fais pas d’illusions. Au-jourd’hui il y a d’autres candidatesfemmes et mon travail a payé aussi,mais bien entendu c’est parce qu’ilfaut renouveler la clase politique. Ona deux circonscriptions à gagner, et jeserai la seule femme Députée de laLoire si les électeurs me choisissent.

Votre origine portugaise n’a pas étéune entrave?Ce n’est pas du tout un handicap. Jele vis comme une plus value de la di-versité qui va être représentée à l’As-semblée Nationale. Mais le fait d’êtrePortugaise ne me donne pas plus delégitimité ou de capacités, c’est évi-dent. Par contre, dans la région de St.Etienne qui a une population très di-verse et d’origine très différente, c’estun atout. Je ne compte pas sur çapour faire la différence, je compte sur-tout sur mon travail de proximité etmes capacités, ainsi que ma légitimitégagnée par les Stéphanois.

Le Front National n’utilise pas vos ori-gines contre vous?Je n’ai jamais eu des remarques dé-sobligeantes sur le fait d’être d’origineportugaise. Au contraire, c’était unatout que je mettais en avant en fonc-tion du public que je trouvais. Au-jourd’hui la diversité que le Partirépublicain veut montrer, il est clairque je fais partie de cette diversité.

Au niveau local, comment on fait unecampagne?Aujourd’hui, je suis sur le terrain et jefais comprendre aux électeurs l’utilitéd’aller voter, car ils croient qu’on esttous les mêmes, et me parlent de tousces privilèges que soi-disant nousavons,… On éloigne chaque jour unpeu plus le citoyen de l’acte politique.Mon travail sert à expliquer à quoi sertun Député, pourquoi moi je porterai

leurs messages? Parce que je suis pro-che d’eux et qu’un Député doit êtreproche des citoyens, doit leur ressem-bler, ne pas avoir que des énarques àl’Assemblée Nationale, mais aussi des

gens de la vraie vie, pour qu’on puisseporter leurs vrais problèmes et être àleur service. C’est vraiment un travailque je fais déjà au quotidien.

Donc, pour l’instant il n’y a pas vrai-ment de programme?Quand nous aurons un candidat pré-sidentiel, je porterai son programme.C’est pour ça que je soutiens Bruno

Le Maire dont le programme est équi-libré. Mais quel que soit le programmede la Droite, j’aurai toujours le soucid’écouter le citoyen et d’être à sonservice et je ne serai pas une instanceun peu éloignée de la problématiquequotidienne. J’ai commencé en 2001et c’était plus facile de porter l’imaged’un politique, qui s’est dégradée en15 ans. Au lieu d’avoir un vrai en-gouement pour la politique, c’est plu-tôt le contraire.

Au niveau des relations avec le Portu-gal, en tant que Députée, vous pouvezaider à renforcer le rapport bilatéral?C’est, effectivement, une ambitionque j’ai. Si les électeurs me font con-fiance, j’ai bien entendu déjà regardéà avoir les liens privilégiés avec le Por-tugal et puis de prendre la présidenced’un groupe qui travaille sur les rela-tions bilatérales, qui est quand mêmemon ADN depuis toute jeune et jecrois que l’Europe et la France ont be-soin des exemples des autres. Et mal-gré les difficultés du Portugal, on saitrebondir rapidement, se remettre encause, on sait renouveler la case poli-tique plus que la France et on est sou-vent cité en exemple de la capacité derebondir. C’est cela que j’ai envie departager avec mes collègues français.

Vous n’avez la nationalité françaiseque depuis 6 ans…J’étais mono-nationale avant. Je nepouvais être que Conseillère munici-pale. Compte tenu qu’une seule per-sonne ne peut changer la ConstitutionFrançaise, j’étais consciente des limi-tes de mon action pour faire bougerles idées, j’ai donc désiré prendre lanationalité française, pour continuermon engagement politique auprès desPortugais et auprès des Français. Jesuis une Européenne convaincue. Sije devais vivre au Portugal, je feraiégalement de la politique au Portugal.

Vous avez été élue, pour la premièrefois, en 2001…Oui, avec la nationalité portugaise. J’aifait un mandat à la Mairie de StEtienne jusqu’en 2008. Ensuite nousavons perdu les élections. En 2014nous avons regagné les élections mu-nicipales et en 2015 j’ai été élue Con-seillère départementale. À SaintEtienne, je suis Maire-Adjoint encharge de la propreté et de l’embellis-sement de la ville et au Conseil Dé-partemental je suis Présidente d’uncentre d’aide à l’handicap au travailet de toutes les commissions des in-frastructures et des transports.

Comment allez-vous faire campagneles prochaines semaines?J’aimerais mobiliser tous les citoyensfrançais et portugais à aller s’inscriresur les listes électorales jusqu’à findécembre et leur demander vraimentqu’ils s’impliquent dans la vie politi-que. Moi, je manque de soutien d’ori-gine portugaise dans les listes et descollègues qui s’engagent soit dans lespartis soit dans la vie citoyenne. On atrès peu des militants portugais, quelsque soient les partis. Je n’ai pas, dansl’opposition, des militants d’origineportugaise. Il faut qu’on soit présentspour montrer que notre expression estvalable et qu’on ne se renferme pasdans des communautés. Nous avonsun devoir et il faut s’exposer au lieude s’enfermer.

Le 09 novembre 2016

PUB

RECRUTA COMERCIAL

Empresa procura comercial bilingueFrancês/Português, para trabalhar nosetor da comunicação.Veículo e experiência necessários.Enviar currículo e carta de motivaçãopara: [email protected]

EMPRESA DE COMUNICAÇÃO

PUB

LusoJornal / Carlos Pereira

ConselheiroAntónio Capela editoumais um BoletimInformativoO Conselheiro das ComunidadesPortuguesas eleito em Toulouse,António Capela acaba de lançarmais uma edição do Boletim Infor-mativo que se compromoteu editarregularmente, durante o seu man-dato.“Nos próximos meses, o focus éessencialmente em dois objetivos:Conseguir chegar à maioria dosDepartamentos pelos quais fuieleito, conhecendo as Comunida-des portuguesas que aqui se en-contram e os seus problemas edificuldades mais preponderantes;e encontrar respostas aos proble-mas identificados no que toca àabrangência geográfica, em ter-mos presenciais, dos serviços con-sulares” diz no editorial do Boletimo Conselheiro António Capela.António Capela aborda também aquestão da Permanência Consularem Perpignan. Para o Conselheiro,a necessidade é evidente e a As-sociação Portuguesa local já seteria disponibilizado para acolhera Permanência.“Tendo em conta que Perpignan éuma das cidades mais distantesdo Vice-Consulado [ndr: de Tou-louse] e onde há uma grande Co-munidade, ficou decidido fazer-seum levantamento estatístico dareal necessidade desta Permanên-cia consular para reforçar os ele-mentos já entregues junto doMinistério dos Negócios Estrangei-ros” escreve António Capela.

Portugal convidado doMercado deNatal deStrasbourgO Mercado de Natal de Stras-bourg, considerado o maior e maisantigo da Europa, tem este anoPortugal como país convidado,numa representação que será or-ganizada pelo Município de Ida-nha-a-Nova.Pela mão de Idanha-a-Nova, Por-tugal estará representado na suacultura, tradições e atividades pro-dutivas, ao longo de um mês,entre os dias 25 de novembro e 24de dezembro deste ano.

08 COMUNIDADE

Dijon e Guimarães formalizaram uma Geminação

No passado dia 31 de outubro, decor-reu em Dijon a cerimónia protocolarde assinatura da Geminação entre aCapital dos “Duques de Bourgogne”e a primeira Capital de Portugal, a ci-dade de Guimarães.Domingos Bragança, Presidente daCâmara Municipal da cidade minhotae o Senador François Rabsamen, re-presentado por Sladana Zivkovic, 17ªAdjointe au Maire, com o pelouro dasrelações internacionais, formalizarama Geminação na “Salle des Etats” daMairie de Dijon, em presença de Gui-lherme de Castro Barbosa Paixão,Cônsul do Brasil, de Laurence Ka-raubi, Cônsul de Espanha, dos Verea-dores Adelina Paula Pinto e JoséBastos e de membros da Union Luso-Française Européenne (ULFE), presi-dida por António da Costa.O acordo de Geminação surge no se-guimento da assinatura de uma“Carta de Amizade e Cooperação” quefoi formalizada em 2011, quandoainda era Presidente da ULFE OdáliaNovais, que muito se investiu paraesta aproximação entre as duas cida-

des. Aliás, o LusoJornal tem acompa-nhado a aproximação entre as duas ci-dades e o impulso que o entãoSecretário de Estado das Comunida-des Portuguesas, António Braga, deuà iniciativa, visitando Dijon, acompa-nhado por um Vereador da CâmaraMunicipal de Dijon.A “Carta de Amizade e Cooperação”

criou efetivamente uma relação deproximidade entre as duas cidades.A Geminação agora confirmada, iráconsolidar a amizade e a cooperaçãoatravés de projetos comuns em váriasáreas, como por exemplo a educação,a cultura e o ambiente, resultante deum interesse manifestado pela Comu-nidade portuguesa de Dijon e pelo

facto de grande número dos Portugue-ses residentes nesta cidade seremprovenientes do Baixo Minho. Paraalém, claro, das razões históricas evi-dentes já que D. Afonso Henriques, oPrimeiro Rei de Portugal, que subiuao trono em Guimarães, era filho deHenri de Bourgogne.A data de assinatura da Geminaçãocoincidiu com a inauguração da edi-ção deste ano da Feira InternacionalGastronómica de Dijon. O autarca“Dijonnais” convidou o seu homólogoe sua comitiva para um almoço noSalão de Honra do “Palais des Con-grés”, local onde se realizou a ditafeira.A ULFE por sua vez, recebeu os visi-tantes portugueses num jantar deconfraternização, na Casa de Portugal,na sala de festas recentemente termi-nada.Uma visita dos locais mais importan-tes de Dijon Cidade-Museu, assimcomo à famosa encosta vinhateiraentre Dijon e Beaune, foram outrosmomentos de destaque da estadia dosvisitantes durante os três dias em quepermaneceram na capital da Bour-gogne.

Assinatura teve lugar no dia 31 de outubro

Por Chico Correia

La CGT organise une conférence-débatsur la Banque portugaise en FranceUne conférence-débat adressé aux sa-lariés des banques portugaises enFrance est organisée le mardi 15 no-vembre, à 18h15, par la FédérationCGT des Syndicats du personnel de laBanque et Assurances et les syndicatsCGT des banques CGD, BPI, et Ban-que BCP. Cette conférence-débat aura

lieu à la Bourse du Travail, 3 rue duChâteau d’Eau, à Paris 10.Le Député européen Miguel Viegas vaparler sur «Le rôle de l’Union Ban-caire», Aurélien Soustre, Consultantauprès de l’Autorité de Contrôle Pru-dentiel et de Résolution (ACPR), vaparler sur «Le fonds de Garantie des

Dépôts et de Résolution» et JoãoLopes, Président du STEC - Syndicatdes Travailleurs et Entreprises de laCaixa Geral de Depósitos va intervenirsur «L’état des lieux et avenir des Ban-ques Portugaises en France».«Il est important que les salariés desbanques portugaises en France (dont

le type de clientèle est similaire) s’ap-proprient de ces informations. Ellespermettront de mieux appréhender lesconséquences inévitables sur les em-plois, les conditions de travail et salai-res» dit l’invitation envoyée par laFédération CGT des Syndicats du Per-sonnel de la Banque et de l’Assurance.

Cidade francesa debateu participação portuguesa na Primeira Guerra Mundial

A cidade francesa de Le Plessis-Bou-chard (95), nos arredores de Paris,debateu na semana passada a parti-cipação de Portugal na PrimeiraGuerra Mundial.A conferência intitulada “9 de marçode 1916: Portugal entra na guerra”foi conduzida pelo historiador Ma-nuel do Nascimento, que falou sobrea declaração de guerra da Alemanhaa Portugal, sobre o Corpo Expedicio-nário Português nos campos de bata-lha da Flandres e sobre a Batalha deLa Lys de 9 de abril de 1918, emFrança, uma das maiores derrotasmilitares portuguesas de sempre.Esta é a segunda de três conferên-cias do autor na região de Paris sobrea participação portuguesa na GrandeGuerra, depois de ter realizado umevento semelhante na cidade de Cor-meilles-en-Parisis, a 8 de março,“um dia antes do centenário da en-trada de Portugal na Primeira GuerraMundial”, explicou à Lusa o historia-dor, adiantando que a próxima con-ferência será a 10 de dezembro nacidade de Saint-Witz (95).“Da parte dos franceses, há muito

desconhecimento sobre a participa-ção de Portugal na Primeira GuerraMundial. Os historiadores francesesnão se preocuparam em relatar esteevento e o meu objetivo é que sesaiba o que se passou neste períodoporque Portugal teve um papel, nãosó com soldados, mas também commaterial de guerra”, explicou o por-

tuguês de 67 anos.Manuel do Nascimento é um histo-riador autodidata que publicou, emPortugal e em França, oito obrassobre a história de Portugal, in-cluindo sobre a Grande Guerra, como“A Batalha de La Lys” e “PremièreGuerre mondiale - Centenaire 1914-2014 - Les soldats portugais des

tranchées de Flandre et la main-d’oeuvre portugaise à la demande del’État français”.Natural da freguesia de Sendim, noconcelho de Tabuaço, distrito deViseu, Manuel do Nascimento veiopara França “a salto”, clandestina-mente, em 1970 “porque não quisparticipar nas guerras coloniais comas quais não concordava”.Quando chegou a França, trabalhoupara uma empresa onde fazia “a mi-crofilmagem de jornais, revistas e li-vros para a então Biblioteca Nacionalde Paris” e foi ao longo desses 15anos, em contacto com as páginas deobras “muito, muito antigas”, que cul-tivou a paixão pela História e decidiufazer pesquisa e escrever sobre o pró-prio país porque “nos manuais france-ses nada existia sobre Portugal”.“Quando comecei a escrever aindatrabalhava e era complicado porquetinha que tirar dias de férias para irfazer pesquisa para as bibliotecas.Como fui para a reforma há seteanos, agora dedico-me inteiramenteà escrita”, disse Manuel do Nasci-mento, cujos livros em Françaforam publicados pelas ÉditionsL’Harmattan.

Por Carina Branco, Lusa

Le 09 novembre 2016

DR

Manuel do Nascimento, historiador autodidataDR

PUB

PUB

lusojornal.com

10 HISTÓRIA

As associações portuguesas em França no entre-guerrasPretende-se com esta comunicaçãotraçar um quadro geral do associati-vismo português em França no entre-guerras, numa altura em que aComunidade portuguesa entra nume-ricamente em franco desenvolvi-mento, mas cuja história permaneceainda desconhecida. Esta comunica-ção resulta de uma investigaçãoainda insipiente, trazendo aqui osprimeiros resultados, que pedem ummaior aprofundamento.Nos inícios do século XX, o númerode Portugueses em França não iaalém do milhar de indivíduos; a evo-lução numérica inicia-se com a 1ªguerra, quando em 1916 um pri-meiro Acordo franco-português enca-minha para França as primeiras levasde contratados portugueses. As pe-sadas perdas humanas sofridas pelaFrança durante o conflito mundial,provocam no pós-guerra o recursoimperioso a uma mão-de-obra estran-geira para relançar a produção,abrindo-se assim um novo destinopara os fluxos portugueses. Em1919, a França tenta ainda negociarum novo Acordo de mão-de-obra comPortugal; o fracasso das negociaçõesabre a porta a uma emigração clan-destina, traço maior da imigraçãoportuguesa durante todo o período,tomando o passo a uma emigraçãolegal.O número de imigrantes portuguesesaumenta rapidamente ao longo dosanos 20, para atingir, segundo dadosdo recenseamento francês, um augede 49 mil no recenseamento de1931, data a partir da qual os efeti-vos regridem em razão da crise eco-nómica. Os números indicados noAnuário Estatístico põem em evidên-cia o desfasamento entre a estatísticafrancesa e a portuguesa, tratando-se,no caso francês, do resultado de uminquérito à população residente, en-quanto que em Portugal se contabi-lizam os emigrantes saídoslegalmente com um contrato de tra-balho, com a agravante de não sedescriminar as saídas para França,incluídas na categoria Europa. Situa-ção que põe em evidência o grandedesconhecimento das autoridadesportuguesas relativamente à reali-dade da emigração em França.Assim, para além de mostrar a pu-jança da emigração clandestina paraFrança (em cujas causas não entra-mos), este desfasamento numéricomostra o pressuposta errática em quese baseará a política de emigração doEstado português relativamente àFrança, se bem que os Cônsules, eaqui destacamos a figura de Ar-mando Navarro, tenham vindo a aler-tar desde inícios dos anos 20 para anecessidade de uma política concer-tada face à avalanche migratória por-tuguesa. Podemos assim concluir, napresença em França de uma Comu-nidade deixada por conta, em parti-cular durante o período salazarista,que se vai organizar em função das

necessidades resultantes das condi-ções de vida dos emigrantes, e quepassa nomeadamente pelo associati-vismo.Desta corrente migratória dos anos20 e 30 transcende a imagem deuma emigração essencialmente mas-culina e iletrada, trabalhando sobre-tudo na indústria e na construçãocivil, subsidiariamente na agricul-tura, com núcleos de implantaçãoonde sobressaem a região parisiense(cerca de 25%) e as regiões devasta-das pela 1ª guerra mundial (Lorena,Champagne-Ardennes, Nord-Pas deCalais).

AssociativismoÀ medida que os anos passam, e queo antigo palco de guerra perde forçade atração, opera-se uma progressivadeslocação para departamentos doCentro e Sudoeste. Apesar de algumaconcentração, uma segunda carate-rística da Comunidade portuguesaem França no entre-guerras é a suadispersão geográfica. Os dados do re-censeamento mostram a presença dePortugueses em praticamente todosos departamentos, porém insignifi-cante em muitos deles. Ligada à dis-persão, verifica-se também umagrande mobilidade da mão-de-obraportuguesa, motivada pela busca demelhores salários e de condições detrabalho.As caraterísticas que acabámos deenunciar não podiam deixar de con-dicionar o associativismo português,que no entanto se vai estruturandocom base em três fatores, conjuga-

dos ou não:- o “assentamento” da emigraçãoportuguesa na sociedade francesa(soldados desmobilizados em França,e ex-soldados que regressam aFrança após desmobilização em Por-tugal), que através da constituição defamília, do nascimento de filhos, daevolução profissional, procuram umamaior proteção contra as “incertezasda vida” (doença, doença profissio-nal, acidentes de trabalho…)- a degradação das condições econó-micas dos trabalhadores portugue-ses, ligada à subida do desemprego,percetível a partir de 1929 e agra-vada ao longo da década de 30, cul-minando na legislação anti-emi-gração de 1938 que procura dimi-nuir a presença de emigrantes emFrança,- a falta de proteção social dos emi-grantes portugueses, contrariamentea outras nacionalidades, numa alturaem que a França, à imagem de ou-tros países europeus, nomeadamentea Alemanha e a Grã-Bretanha, edifi-cam as estruturas do “Estado-Provi-dência”. A inexistência de acordosde reciprocidade em matéria de pres-tações sociais e de assistência mé-dica entre Portugal e a França colocaa emigração portuguesa em condiçãode inferioridade perante outras imi-grações.Fator comum a todas as associaçõesfundadas em França pelos trabalha-dores portugueses, quer às associa-ções de antigos combatentes, quer àsde emigrantes económicos, e mesmoàs associações de caráter político, é

a entre-ajuda e o reforço de laçosentre nacionais.Um segundo fator partilhado pelamaioria destas associações é a inde-pendência relativamente às autorida-des consulares, ainda que algumasmantenham laços informais e não-institucionais com a representaçãodo Estado português em França,como veremos. Em contrapartida, asduas associações de beneficência(entenda-se caritativas) fundadasneste período, são organizadas a ins-tância das autoridades consulares,senão mesmo pelo próprio Cônsul,como é o caso em 1939.As associações portuguesas são fun-dadas com base na “lei de 1901”,que regula o associativismo emFrança desde o início do século, eque permite a criação de associaçõescom fins não lucrativos, dotadas depersonalidade jurídica. A lei impõecomo condições prévias, a entrega naPrefeitura de Polícia dos estatutos daassociação e a declaração da compo-sição dos corpos gerentes, passandoa ter existência legal com a publica-ção no Journal Officiel.Do levantamento não exaustivo dasassociações portuguesas em Françaentre 1916 et 1939 apurámos 30associações, que podemos classificarem cinco grupos:- associações de socorros mútuos: deantigos combatentes (9), de emi-grantes económicos (7) ou mistas (1)- associações caritativas ligadas aoConsulado geral de Paris (2)- associações desportivas (2)- associações políticas (5)

- outras associações (4), de naturezacultural ou económica, ligadas à pro-moção do comércio português (Câ-mara Portuguesa de Comércio,fundada em 1919) ou da cultura(Association France-Portugal; Sociétéd’Études Franco-portugaise, fundadaem 1926 pela esposa de Almada Ne-greiros), para além das secções daSociedade Propaganda de Portugal,cuja sede se encontra em Portugal,destinada à promoção turística.Mais de metade das associaçõesconstituídas em França são de socor-ros mútuos, das quais 9 de antigoscombatentes. Estas encontram-se lo-calizadas essencialmente no Nord-Pas-de-Calais, havendo também emParis uma Agência Geral da Liga dosCombatentes da Grande Guerra, fun-dada em 1930, que em dezembro de1939, já num contexto de guerra, setransforma na Secção francesa daLiga dos Combatentes Portuguesesda Grande Guerra. A figura do Vice-Cônsul português em Arras, Lan-toine, parece ligada à fundação dasassociações de antigos combatentesno Nord-Pas-de-Calais, sem que con-tudo se possa determinar qual o graude implicação e o papel desempe-nhado na sua fundação.A associação mutualista mais antigaé fundada em 1924, em Arras, pelomesmo Lantoine. A origem destas as-sociações, que conjugam o mutua-lismo e o reforço dos laços entrenacionais, repousa na falta de prote-ção dos operários portugueses pe-rante os “acidentes da vida” que,numa idade ainda jovem e em razão

Emigração e associativismo

Por Cristina Clímaco, Universidade de Paris 8/LER

Le 09 novembre 2016

HISTÓRIA 11

lusojornal.com

Le 09 novembre 2016

da natureza das profissões, são essen-cialmente “acidentes do trabalho”,que resultam na morte ou na incapa-cidade física do acidentado. A expe-riência do mutualismo em Portugalinfluenciou certamente o nascimentoe o desenvolvimento destas associa-ções na emigração em França.Em Portugal, o mutualismo conheceo período de maior dinamismo no iní-cio do século XX, entrando em declí-nio após 1910, porém, em 1921existiam ainda cerca de 700 associa-ções de socorros mútuos e 650 milassociados. Ainda que implantadaessencialmente nas zonas urbanas, aexperiência mutualista deve tertransvasado para a emigração atravésde elementos oriundos da elite ur-bana e de profissões liberais que seinstalam em França após 1918, naesteira da desmobilização das tropasportuguesas. Seria no entanto neces-sário proceder ao estudo da compo-sição dos orgãos diretivos, o que noestado atual da investigação não épossível devido à falta de documen-tação emanada das associações, quenão permite a reconstituição das Di-reções, nem um estudo aprofundadodas associações.A associação para a qual dispomosde uma maior massa documental é ajá referida Société Portugaise de Se-cours Mutuelles, fundada em 1924por Lantoine, um empresário francês,nomeado em 1922 Vice-Cônsul Ho-norário de Portugal em Arras, e quedeclara ter como fins a assistência ea previdência social. Com a sede so-cial em Arras, a ação desta associa-ção estende-se pelos departamentosdo Nord, do Pas-de-Calais e daSomme. Da documentação existenteressalta, para além da assistência aosassociados, a dimensão memoralis-tica da associação (deposição de flo-res no momento de La Couture,participação nas comemorações do 9de abril dinamizadas a partir de iní-cios dos anos 30 por Lantoine, queassocia à comemoração portuguesaas associações de antigos combaten-tes francesas et belgas imprimindo-lhe um caráter inter-aliado - em

1936, o cortejo reune mais de ummilhar de pessoas -, conservação dascampas no cemitério de Arras, comnomeadamente a colocação de pla-cas).Outras associações são fundadas nosanos seguintes mostrando a disper-são geográfica da emigração portu-guesa: em 1926, em Saint-Fons, naperíferia de Lyon, a Union de Secoursde Saint-Fons; em 1929, em Mar-seille, a União Lusitana; em 1930,em Clermont-Ferrand, a Union Cler-montoise des Travailleurs Portugais;em 1933, em Decazeville, no Avey-ron, a Association Récréative Portu-gaise; ainda em 1933, em Guenon,na Saône-et-Loire, a Victoire SportivePortugaise “para desviar das taber-nas e dos jogos de azar os jovens e ascrianças e educá-las na prática dodesporto e do atletismo”.A dinâmica do movimento associa-tivo faz-se à revelia das autoridadesconsulares que desconhecem a exis-tência da maioria destas associações.Os inquéritos consulares, regular-mente lançados pelo Ministério dosNegócios Estrangeiros silenciam aexistência de associações, à exceçãodas ligadas ao Vice-Cônsul Lantoine.Assim, é apenas em setembro de1943 que as autoridades portugue-sas em França tomam conhecimentoda existência da Association Récréa-tive Portugaise de Decazeville, quecomo se viu foi fundada em 1933,através de uma carta que esta asso-ciação dirige ao Ministro de Portugalem Vichy pedindo-lhe proteção con-tra a tentativa de incorporação dosemigrantes portugueses num GTE(criados por Vichy para enquadrar osrefugiados espanhóis da guerra deEspanha e o excedente de mão-de-obra estrangeira). Na impossibilidadede atender à solicitação da Legação,que procura identificar politicamentea associação, o Cônsul em Toulouse,Ruy Vieira Lisboa, em exercício defunções consulares em França desde1935, é obrigado a recorrer aos bonsofícios da Prefeitura do departa-mento do Aveyron.

A Federação dos EmigradosPortugueses em FrançaEm 1935, num contexto de acen-tuada crise económica e de desem-prego galopante, é fundada emAulnay-sous-Bois, na região pari-siense, a Société d’entraide des tra-vailleurs portugais de la régionparisienne, para “recorrer os associa-dos em caso de doença, desempregoou de acidente”. Embrião a partir doqual nascerá, dois anos mais tarde,sob a égide do PCF, a Federação dosEmigrados Portugueses em França,destinada a politizar a emigraçãoeconómica portuguesa e integrá-la nomovimento operário francês. A FEPF,que conta com cerca de 42 Secçõese dois mil aderentes, torna-se namaior e na mais emblemática asso-ciação portuguesa do período doentre-guerras.Na região parisiense, as Secções daFederação situam-se na cintura in-dustrial de Paris, nas cidades ope-rárias de Saint-Denis “la rouge”, deSaint-Ouen, de Aulnay-sous-Bois,de Genevilliers, de Yssy-les-Moli-neaux, de Yvry-sur-Seine, assimcomo em alguns bairros de Paris demaior concentração operária.Na província, destacam-se as Sec-ções das regiões mineiras de Longwy(Meurthe-et-Moselle), de Diviou(Pas-de-Calais), de Decazeville, deVillars (Loire), assim como na regiãoindustrial de Rouen (Quevilly), na

Seine-Maritime. É destas Secçõesque partem os combatentes portu-gueses das Brigadas internacionais,de que é exemplo Artur RodriguesPaquete, um mineiro que passoupelos jazigos de Villars et Decaze-ville, que acabará por ser deportadopara o Campo do Tarrafal após repa-triação em 1941, deixando mulheret seis filhos em França. Do balançode dois anos de funcionamento res-salta uma rede de associações locaisa nível nacional e uma atividadecentrada nos problemas específicosda emigração do trabalho, assimcomo na elevação do nível culturalda Comunidade e na educaçãomoral e física dos emigrantes.A ligação da Federação aos exiladospolíticos leva o Ministro Gama Ochôaa intervir amiúde junto do Ministériodos Negócios Estrangeiros, na tenta-tiva de levar os serviços de polícia ainteressarem-se pela Federação.Uma sessão mais exaltada da Fede-ração, durante a qual um emigrantese propõe vir a Portugal e assassinarSalazar, leva a um inquérito de polí-cia, à expulsão de 5 militantes, entreos quais João Duarte Seguro, o “Pra-xedes”, e o exilado político JoséNeves, professor da Universidade deCoimbra, “compagnon de route” doPCP, membro da Direção da Federa-ção, enquanto 6 outros, nomeada-mente José Domingues dos Santos,recebem uma advertência.

Em junho de 1939, anunciando osventos de mudança, os jornais“Unir”, no qual a Federação dispu-nha de uma página, e “Liberdade”,ligado aos Anarquistas, são proibidos,e a 26 de setembro de 1939, na es-teira do decreto que dissolve o PCF eas organizações satélites, a Federaçãoe as suas Secções são igualmentedissolvidas, os bens mobiliários etimobiliários sequestrados, desig-nando o Tribunal de la Seine um Ad-ministrador-liquidador.No entretanto, a 2 de setembro de1939, Tomás Vieira, Tesoureiro daFederação, no domicilio do qual aFederação tinha instalado a suasede social durante 2 meses, em1937, é preso na gigantesca rusgaque visa neutralizar “os cidadãosdos países inimigos da França”,mas que abrange essencialmenteos comunistas estrangeiros. TomásVieira inaugura o campo repressivopara estrangeiros do Vernet, dia 12de outubro de 1939, do qual sósairá a 30 de junho de 1944, nocomboio que os Alemães enviampara Dacahu com os últimos prisio-neiros do campo, vindo a falecer noCampo de concentração de Eben-see, a 16 de novembro de 1944.Dos três prisioneiros internados noVernet desde a abertura do Campoaté ao seu abandono pelos Alemães,dois são Portugueses, membros daFederação, Tomás Vieira e José Valen-tim Alves, este deportado para asilhas anglo-normandas em junho de1944. Outros membros da Federaçãoparticipam na Resistência, como é ocaso de Manuel Freire, Secretário daFederação, internado no Campo deRouillé (Vienne), libertado conjunta-mente com outros prisioneiros por umgrupo de “Maquisards”, acabará porser fuzilado pelos Alemães da Wehr-macht, a 27 de junho de 1944, noassalto ao “maquis” de Saint-Sau-vant.A Federação será reativada em 1946,por portaria de 16 de julho, num qua-dro de pós-guerra e quando se pen-sava ainda no exílio que a vitóriaaliada arrastaria a queda de Salazar.

Cristina Clímaco, historiadoraLhoumeau

Transavia reforça operação de epara Portugaldurante o invernoA Transavia anunciou na semanapassada o reforço da operação de epara Portugal durante o inverno, comum acréscimo de 569 voos em rela-ção ao período homólogo, anuncioua companhia aérea ‘low cost’ dogrupo Air France KLM.Em comunicado, a Transavia explicaque o aumento em 39% do númerode voos durante a operação de in-verno reflete a continuação de quatrorotas iniciadas no verão (Faro-Muni-que, Lisboa-Munique, Porto-Muni-que e Lisboa-Lyon), representandomais de 220 mil lugares disponíveis.O Diretor-geral adjunto da Transavia,Hervé Kozar, afirma que “Portugal éum mercado cada vez mais crucialpara a globalidade da operação daTransavia e este incremento na capa-cidade reflete o interesse crescentedos passageiros de lazer e negócios”.“Além da estratégia expansionistapara o verão de 2017 recentementeanunciada, estamos também a au-mentar a frequência de voos no in-verno para ir ao encontro de umaprocura crescente em ambos os sen-tidos nesta época em particular”,acrescenta o responsável operacionalda Transavia.

«Comment éviter le ‘Burn-out’?»La Chambre de commerce et d’in-dustrie franco-portugaise (CCIFP) or-ganise une session de formation sur«Comment éviter le ‘Burn-out’?», lejeudi 17 novembre, à 17h30, dansses locaux de l’avenue de la Porte deVanves, à Paris 14.Cette session d’information à l’atten-tion des Chefs d’entreprise et des sa-lariés, sera animée par Ali Afdjei,médecin urgentiste et du sport et parFrançois Michalon, conseiller en stra-tégies humaines pour sportifs et diri-geants.Le Burn-out est un fléau qui touche-rait 3 millions de personnes enFrance. François Michalon et Ali Afd-jei vont donc expliquer «commentvous éviter le Burn-out, ainsi qu’à vossalariés».Au terme de cet échange, ils dédica-ceront leur nouveau livre: «Burn-out,le vrai du faux».

12 EMPRESAS

Nova agência imobiliária em Lyon tambémquer trabalhar com Portugueses

A empresa imobiliária RE/MAXcriada por Garl Main e Dave Ligerem 1973 nos Estados Unidos, estáhoje implantada em quase todo omundo. Em França implantou-seem 1995 e está também no restoda Europa, nomeadamente em Por-tugal. As transações imobiliáriasfeitas com gestão RE/MAX repre-sentam um quarto das transaçõesfeitas a nível mundial, e na Europatem mais de 17 mil colaboradores,mais de 1.700 agências e um vo-lume de mais de 250 mil bens emcomercialização.A RE/MAX tem uma nova agênciaem Lyon, com seis colaboradores,criada em julho deste ano. Fran-cisco Nunes integrou a equipadesde a abertura da agência. “Aagência propõe a todos, principal-mente aos portugueses e aos fran-

ceses, os serviços habituais decompra, venda e gestão de bens,tanto em França como em Portu-gal, assim como no resto da Europaou no mundo” disse ao LusoJornalFrancisco Nunes. “São serviços

que são facilitados pela possibili-dade da serem na sua própria lín-gua e também a apresentação dasleis aplicadas no país onde sejafeita a transação imobiliária. Hojetemos propostas de compras e de

vendas em Portugal e também aquiem Lyon”.A nova agência está instalada nacélebre Place Carnot, em Lyon 2,aberta todos os dias da semana,entre as 9h00 e as 18h00. Ber-nard de La Brosse e Serge Le Tour-neur são os fundadores da agência“e uma das nossas ambições é ade trabalharmos com a Comuni-dade portuguesa” confessou ao Lu-soJornal Bernard de La Brosse.Frederic Hazman, Michel Prevost ePascal Dognion, os restantes mem-bros da equipa, confirmam que jámuitos clientes franceses, sobre-tudo seniores aposentados, têm ad-quirido bens em Portugal para aípassarem a reforma.

RE/MAX7 place Carnot69002 LyonInfos: 04.28.29.08.08.

A RE/MAX é a maior rede de agências imobiliárias do mundo

Por Jorge Campos

Empresas portuguesas na feira de hotelaria em Paris

Quarenta e três expositores portugue-ses participam atualmente na Equip-Hotel, uma feira de hotelaria erestauração que decorre no Centro deExposições de Paris Porte de Versail-les, de 06 a 10 de novembro.O número de participantes foi avan-çado à Lusa pela Delegação em Parisda Agência para o Investimento e Co-mércio Externo de Portugal (AICEP),explicando, em comunicado, tratar-se de uma “presença recorde” por-que na edição precedente apenasestiveram presentes 19 expositoresportugueses.Ainda de acordo com a AICEP, estaé “a principal feira francesa dosprofissionais de Coletividades, Ho-telaria e Restauração”, que reúnede dois em dois anos “mais de 107

mil profissionais da restauração, dahotelaria, das coletividades e doscafés-bares à procura de soluçõese de fornecedores”.“Este ano, a feira conta com cercade 1.600 expositores, incluindo25% internacionais, de 32 países.Os setores da feira incluem tudo oque se insere na hotelaria, restau-ração, como cafetaria/bebidas,equipamentos de cozinha, produ-tos alimentares, lavandaria, têx-teis-lar, mesa, casas de banho,spa/bem-estar, mobiliário, decora-ção, iluminação e tecnologias”,precisa o documento.Cerca de 15 empresas acompanhama Associação das Indústrias de Ma-deira e Mobiliário de Portugal(AIMMP) no âmbito do seu projeto deinternacionalização “Inter Wood &Furniture”, que tem “um investi-

mento anual na casa dos cinco mi-lhões de euros para promover a inter-nacionalização e exportação dasempresas portuguesas nos mais di-versos cantos do mundo”, disse oPresidente da Direção da AIMMP,Vitor Poças, à Lusa.“A EquipHotel é uma feira muitoimportante para o nosso setor, de-signadamente para o mobiliário,em que as empresas portuguesasse apresentam com produtos des-tinados aos hotéis. Sendo umafeira em Paris e sendo especiali-zada na hotelaria, tem visitantes ecompradores de todo o mundo, oque para nós é extremamente im-portante porque podemos angariarcontratos em qualquer parte domundo”, explicou Vitor Poças.O responsável sublinhou que tam-bém vai estar presente na feira uma

marca da associação, a AssociativeDesign - The Best of Portugal, que éuma “marca chapéu de todo o setorque tem um projeto próprio para pro-mover peças da fileira casa, in-cluindo hotelaria, que tenhaminovação, tecnologia e design”, re-cordando que foi criado o prémio“Guilherme Award” para portugue-ses e estrangeiros que criem novosprodutos nas áreas da inovação, tec-nologia e design.Dez empresas também acompanha-ram a Associação Portuguesa das In-dústrias de Mobiliário e Afins(APIMA) no intuito de realizar “umaprimeira abordagem ao mercadofrancês e alguns mercados vizinhosou para a obtenção de novos contac-tos”, disse à Lusa Miguel Pereira,responsável pelo departamento dainternacionalização da APIMA.

Por Carina Branco, Lusa

Le 09 novembre 2016

Le temps d’une soirée, dans une am-biance conviviale sur fond de décopop art entièrement façonné par lapropriétaire, j’ai voyagé dans le passéet me suis retrouvée dans les quar-tiers populaires de Lisboa, au son mé-lodieux et mélancolique du fado...J’y ai dégusté une cuisine portugaisetraditionnelle et raffinée, avec samorue «bacalhau» cuisinée et serviedans des plats d’antan me rappelantà quel point il fait bon se retrouver àLisboa. Un personnel expérimenté n’afait qu’accentuer ce bien être. Cerisesur le gâteau, au dessert de délicieuxPastéis de nata, pudim et autres spé-cialités.Derrière ce succès, une femme «ladona da casa», Rosa, qui m’a fait par-tager son amour de la cuisine portu-gaise! Une personnalité enthousiaste

et passionnée qui vient saluer en fa-mille chacun de ses clients avec unehumeur sans égale, une gentillesseau delà de nos espérances. Une ex-cellente soirée!Cerise sur le gâteau, en dinant, desartistes de qualité se succèdent pourinterpréter des chants traditionnels,ou on y retrouve l’âme portugaise, lamélancolie et la nostalgie du pays.Un thème infini d’inspiration... leFado.Je vous recommande chaleureuse-ment ce restaurant dans le quartierMontparnasse.

Restaurant Le Lisbonne103 boulevard du Montparnasse75006 ParisInfos: [email protected]

Un voyage à Lisbonne au son du fado...Opinion de Nathalie Pereira-Fordelone, Adjointe au Maire à Pomponne

LusoJornal / Jorge Campos

PUB

Rosa et ses enfants, eux aussi restaurateurs

Aprendizagemdo portuguêsdeve ser ferramentapara mobilidadeA Presidente do Instituto Camões,Ana Paula Laborinho, disse à Lusa,que a aprendizagem do portuguêstem que ser feita cada vez maiscomo ferramenta para a mobilidadee cidadania global. “É fundamentalpensarmos uma campanha quepossa mostrar que a língua, paraalém das razões identitárias que sãoda maior importância, a aprendiza-gem do português tem que se fazercada vez mais como uma ferra-menta útil para uma mobilidade ecidadania global, que cada vez maistemos a necessidade de fomentar”,afirmou Ana Paula Laborinho.

Orquestra Gulbenkianedita CD com ópera oitocentistafrancesaA ópera cómica “Le Pré auxClercs”, em três atos, de Ferdi-nand Hérold, gravada ao vivo emabril de 2015, no Grande Auditórioda Fundação Calouste Gulben-kian, foi editada em CD, “numaedição de luxo, em formato delivro, com textos de enquadra-mento e partitura incluída (emfrancês e inglês)”, anunciou aFundação Calouste Gulbenkian.A estreia moderna desta peça,com a Orquestra Gulbenkian diri-gida por Paul McCreesh, aconte-ceu na Opera Comique de Paris,em março de 2015, tendo sidoapresentada no Grande Auditórioda Fundação com os mesmos in-térpretes, nos dias 7 e 8 de abrildo ano passado, numa versãosemi-encenada por Éric Ruf, Dire-tor da Comédie Française, autorda versão cénica apresentada emParis, informa a Fundação.O elenco é constituído pelos can-tores líricos Marie-Ève Munger,Marie Lenormand, Jeanne Crou-saud, Michael Spyres, Éric Hu-chet, Christian Helmer, EmilianoGonzález Toro, Leandro César, Ma-nuel Rebelo, Tiago Batista e NunoFonseca.A ópera é baseada na “Chroniquedu Temps de Charles IX”, de Méri-mée, e, segundo a Fundação, “LePré aux Clercs” foi “uma das óperasmais amadas no século XIX”, tendorecebido “largos elogios da crítica,que destacou a expressividade, aelegância e a variedade da parti-tura”. A ópera subiu à cena, pelaprimeira vez, em 1833.A edição é do Palazzetto Bru Zane,uma instituição cultural instaladaem Veneza que se dedica à divul-gação da música francesa do pe-ríodo romântico.

ENSINO 13

lusojornal.com

Strasbourg volta a ter professora de português

Uma nova professora de português jáchegou à região de Strasbourg, onderecentemente o Conselheiro das Co-munidades Rui Barata se queixava dafalta de professor de português na-quela região. Aliás, o Deputado CarlosGonçalves (PSD) também apresentouum requerimento no Parlamento aeste respeito.Numa carta enviada ao Secretário deEstado das Comunidades Portugue-sas, aos Deputados eleitos pelos cír-culos eleitorais da Emigração e aoPresidente do Conselho das Comuni-dades Portuguesas, o Conselheiro RuiBarata mostrava “preocupação e in-compreensão” da Comunidade portu-guesa residente na área consular deStrasbourg, “relativamente à ausên-

cia de professor/a de ensino portu-guês para o primário ELCO/EILEneste novo ano letivo 2016/2017”.Na carta a que o LusoJornal teveacesso, Rui Barata lembrava que “asaulas no sistema de ensino francês jáiniciaram há mais de um mês”.Contactada pelo LusoJornal, a Coor-denadora do ensino português emFrança, Adelaide Cristóvão, confir-mou que “a 31 de outubro, foi colo-cada no horário de Strasbourg, aprofessora Teresa Rodrigues, vinda dePortugal, que de imediato se apresen-tou. A professora já se encontra noterreno”.No fim do ano letivo passado, a pro-fessora que lecionava naquela regiãodeixou o posto. “Com a partida daprofessora que aí estava colocada, ohorário esteve disponível para mani-

festação de preferência seis vezesconsecutivas. Esta manifestação diri-gia-se aos professores que foram se-lecionados no concurso geral doInstituto Camões” explica AdelaideCristóvão. “Certamente porque o ho-rário apenas tinha 13 horas, ninguémmanifestou interesse por ele”.Apesar de Rui Barata argumentarque moram na região cerca de70.000 Portugueses, a verdade éque não tem sido possível, segundoa Coordenação, ter um horário com-pleto, pelo que dificilmente os pro-fessores aceitam trabalhar em tempoparcial, sobretudo se não tiveremoutro empregador.A Coordenadora do ensino portuguêsem França explica que “passou-se àfase seguinte que foi a de prover o ho-rário através de contratação local

(concurso documental), recorrendo àbolsa de contratação local da Coorde-nação”. Daí, só agora lá ter chegadoa nova professora.Na carta escrita ao membro do Go-verno, o Conselheiro das Comunidadesassegura que “dos oito idiomas que in-tegram o dispositivo ELCO/EILE no de-partamento do Baixo Reno neste anoletivo, a língua portuguesa é a únicaque até à data não possui um profes-sor”.Mas Adelaide Cristóvão contradiz.“Tendo em conta que as aulasELCO/EILE, na região de Strasbourg,começaram na semana antes das fé-rias da Toussaint, a nossa professorachegou sem grande atraso”.O importante mesmo é que a profes-sora de Português tenha iniciado asaulas naquela região.

Teresa Rodrigues já iniciou as aulas

Por Carlos Pereira

Alunos do Instituto Lusófono de Pontault-Combault visitaram a Gulbenkian em ParisNo passado dia 27 de outubro, o Ins-tituto Lusófono de Pontault-Com-bault (77) levou um grupo de 32alunos, entre os 10 e os 15 anos, avisitar a Biblioteca do Centro CulturalCalouste Gulbenkian em Paris. A estainiciativa, juntaram-se 9 pais.O objetivo é dar a conhecer a maiorbiblioteca Lusófona fora de Portugal,mas sobretudo dar a oportunidade àComunidade portuguesa da períferiade Paris a oportunidade de acesso àbiblioteca, à leitura e à divulgação dalíngua e da cultura portuguesas.A Diretora da biblioteca, Filipa Me-deiros, juntamente com a suaequipa, apresentaram a exposiçãodo momento: “Cartoneras”, ondeos alunos puderam ver livros feitosa partir da reciclagem de cartão.Seguiu-se a exposição da biblio-teca pessoal de Fernando Pessoa.Mesmo se culturalmente estes alu-nos ainda não estão sensíveis àgrandeza do que viram, esta é umasemente lançada no terreno do co-nhecimento e depois... “tudo vale apena, quando a alma não é pe-quena!”.Por último foi feita uma visita às salasda biblioteca. Mas nos próximos dias

9 e 10 de dezembro, a responsável dabiblioteca estará no Instituto Lusófonode Pontault-Combault para fazer umaapresentação power-point, desta vez atodos os alunos e aos pais, sobre aconsulta do catálogo da biblioteca on-line e nesta altura vai ser assinadouma parceria entre a Delegação de

Paris da Fundação Calouste Gulben-kian e o Instituto, de forma a possi-bilitar a todos os alunos e pais oacesso aos livros, revistas, CD’s, DVD.O Instituto Lusófono pretende, alémdo ensino, “a promoção da literaturae da cultura portuguesas, quer emlíngua portuguesa, quer traduzida”.

Mário Castilho, o Presidente do Ins-tituto Lusófono de Pontault-Com-bault agradeceu a cumplicidade deFilipa Medeiros, da Biblioteca doCentro Cultural Gulbenkian, e da pro-fessora Débora Cabral Arruda, e “emespecial a todos os nossos alunosparticipantes e aos pais.

Aberto concurso para o preenchimento de umposto de Assistente técnico no Consulado Honorário de Portugal em Clermont-FerrandO Consulado Geral de Portugal emLyon tem em curso um Concurso pú-blico externo para o preenchimento deum posto de trabalho, na categoria deAssistente técnico, para exercer fun-ções no Consulado Honorário de Por-tugal em Clermont-Ferrand.O despacho do Secretário de Estadoda Administração e do Emprego Pú-blico já data de 7 de julho, mas sóagora foi publicado. O prazo paraapresentação de candidaturas termina

em 15 de novembro.O regime jurídico aplicável é o de“contrato em funções públicas portempo indeterminado” e o salário ilí-quido é de 1.984 euros. O Assis-tente técnico deve “executarfunções nas áreas de apoio adminis-trativo corrente, atendimento ao pú-blico (presencial, eletrónico e viaeletrónica) e todas as funções daí re-correntes, nomeadamente secreta-ria, expediente e realização de

permanências consulares”.São requisitos de admissão ter o12° ano de escolaridade ou equi-parado, deve ter a situação regula-rizada junto das autoridades fiscaise de segurança social francesas edeve formular candidatura junto doConsulado Geral de Portugal emLyon.Dos métodos de seleção constamuma avaliação curricular, uma provaescrita de conhecimentos, nas lín-

guas portuguesa e francesa, mastambém conhecimentos de culturageral, conhecimentos em informá-tica, etc. Por fim, haverá uma en-trevista profissional.O regulamento completo do Con-curso pode ser solicitado ao Consu-lado Geral de Portugal em Lyon (71rue Crillon, 69006 Lyon), mastambém pode ser consultado, nasua totalidade, no Portal das Co-munidades Portuguesas.

Le 09 novembre 2016

lusojornal.com

Projeto de Joana Vasconcelospara Parisganha formaA artista plástica Joana Vasconcelosestá a preparar dois “projetos degrande escala”, que levam nova-mente corações para fora de Portu-gal, desta vez para um hotel deMacau e para uma estação de Metrode Paris.No seu ‘atelier’, em Lisboa, com vistapara o rio Tejo já é possível ver esbo-ços e até mapas de partes do projetopara o 18º bairro de Paris, onde serácolocado um coração gigante, feito deazulejos e luzes. “O projeto de Paris épara a Porte de Clignancourt e é umcoração feito de azulejos, com ‘led’s’,que se move” e que será colocado àsaída da estação do metro, que servenomeadamente o Marché aux Puces,de Saint Ouen.A artista indicou tratar-se de um pro-jeto da Mairie de Paris, que deveráestar pronto no início de 2018.

France 2 vadiffuser le premier filmde Stéphanede FreitasLa chaîne de télévision France 2, vadiffuser dans son émission «Infra-rouge» du 15 novembre, à 22h45, lepremier long métrage de Stéphane deFreitas, créateur de la Coopérative In-digo, avec la participation de Ladj Ly.Stéphane de Freitas s’est donnéecomme chalenge de mettre en évi-dence le socle de la langue françaisedans les facs, par le biais de l’élo-quence qui avant n’était intronisé quedans des bastions huppé.L’avant première du film a eu lieu celundi, à l’Université de Saint Denis,après bouclage de cette édition deLusoJornal.

Yann Arthus-Bertrand apresenta“Human” em LisboaYann Arthus-Bertrand, fotógrafo, re-pórter, realizador e ecologista francês,Presidente da Fundação GoodPlanetvai a Lisboa para apresentar o seufilme “Human” no Centro Cultural deBelém (CCB).O filme, com coprodução CCB/Fun-dação GoodPlanet, legendado emportuguês do Brasil, vai ser projetadona segunda-feira, 14 de novembro,às 20h00, no Grande Auditório doCCB.No final do filme haverá um debateentre Yann Arthus-Bertrand e JorgeBraga de Macedo, moderado porPedro Rebelo de Sousa.

14 CULTURA

Contratenores portugueses na Basílica de Tours

2016 é um ano marcado em Tourspelas celebrações do 1.700° aniver-sário do nascimento de São Martinho,que foi Bispo de Tours no século 4 efoi sepultado na Basílica da cidade,onde ainda se encontra o seu túmulo.No âmbito destas celebrações, a Mai-rie de Tours convidou os contratenoresLuís Peças e João Paulo Ferreira, e oorganista João Santos do Santuário deFátima, para um concerto na Basílica,

no fim de semana passado, no segui-mento de uma proposta da Associa-ção França Portugal de Tours.A Basílica, que tinha nessa noite umadecoração floral belíssima, encheucompletamente, com mais de 700pessoas que vieram assistir ao con-certo. A assistência era constituída,em parte, por turistas franceses quetinham ouvido os artistas em Alco-baça, no Arco de Cister, e pelos fãs

habituais, entre os quais muitos Por-tugueses da região. Também muitaspessoas descobriram com espanto, oimenso talento dos artistas portugue-ses. As freiras benedictinas da Basí-lica também assistiram ao concerto eapreciaram-no muito.O sucesso enorme do concerto, quetodos consideraram com qualidadeexcecional, atingiu o seu pico quandoos cantores interpretaram alguns arias

na galeria, junto ao orgão! O públicoaplaudiu com entusiasmo e proporcio-nou uma ovação de pé aos artistas,que foram também felicidados peloCônsul Geral de Portugal em Paris,António Moniz, vindo especialmentecom outras personalidades, para oconcerto.O Concerto vai certamente ficar namemória cultural da cidade de Tours,por muito tempo.

Concerto triunfal em ano de S. Martinho

Altina Ribeiro et Dan Inger au Festival du Livre de ChaniersLe samedi 5 novembre dernier, DanInger dos Santos et Altina Ribeiro ontparticipé à la deuxième édition duSalon Jeunesse qui s’est déroulé à lasalle des fêtes de Chaniers, en Cha-rente Maritime.Tout comme en 2014, cet évènementa été initié par la Directrice de la Mé-diathèque de la commune, BéatriceVedrenne. Cette dernière a été épau-lée par l’un des auteurs présents, Oli-vier Fouché, bénévole et passionné delittérature pour la jeunesse. L’organi-satrice a également été soutenue parles éditions Le Croît Vif.En plus de rencontrer les quinze au-teurs présents, le jeune public, venunombreux, a pu dessiner, colorier,chanter, sculpter et participer à denombreuses activités tout au long dela journée. Dan Inger et Altina Ribeiroont dédicacé leur ouvrage «Trois notesde blues pour un fado», la biographie

de l’auteur, compositeur, interprète,écrite à quatre mains et retraçant leparcours personnel et professionneldu chanteur.Le spectacle de Dan Inger «Voyage enchansons» a clôturé la manifestation.Les enfants présents dans la salle ontpu voyager à travers les textes écrits,joués, interprétés et mis en scène parl’artiste et ont activement apporté leurcontribution à la réussite de ce voyageimaginaire en montant, à tour de rôle,sur scène. Le dernier album de DanInger, «20 ans», incluant les duosavec Lio et Rui Veloso, dont la sortiedigitale est prévue le 18 novembreprochain, et qui fait suite à sa biogra-phie, a été présenté en avant-premièreà la fin du spectacle.Dan Inger et Altina se disent «heureuxd’avoir participé à cette rencontre» etont remercié vivement Béatrice Ve-drenne pour son invitation.

Le 09 novembre 2016

J. Tebaldi J. Tebaldi

Altina Ribeiro et Dan Inger avec Béatrice Vedrenne

CULTURA 15

lusojornal.com

Conférence sur les géo-stratégies littérairesde Camões, Pessoa et Saramago

Une intéressante conférence a eulieu, sous le thème: Camões, Pes-soa, Saramago trois géo-stratégieslittéraires, par le Professeur DiogoSardinha, Président du Collège In-ternational de Philosophie.Étant donné que la géostratégie estl’étude de la fabrication des espacespar la guerre, la géo-stratégie littéraireest dans ce thème, sûrement, la fa-brication des espaces par la culture.Basé sur le livre de José Saramago«Le radeau de pierre» (un phénomènegéologique par lequel la péninsuleibérique se détache et se met à na-viguer sur l’Atlantique, trainantl’Espagne et le Portugal vers desnouveaux destins), en ajoutant Luísde Camões et son œuvre, dont denombreux textes écrits directementen anglais, ont été traduits dans ungrand nombre de langues, deslangues européennes au chinois.Des hommes de théâtre, des cho-régraphes, des compositeurs se sontdésormais emparés de cette œuvretrès riche pour ses spectacles. Le ci-néma a également produit des filmsinspirés par ce poète qui chante levoyage de Vasco da Gama autour du

monde et met en vers le Portugal dela fin de l’empire, Diogo Sardinhaprend leurs textes comme des propo-sitions pour ce que ces mondes al-laient devenir.Belle Trilogie dans le monde des Artset des Lettres! Conquête du mondepar la Culture! Luís de Camões, sesécrits profondément ancrés dansl’Histoire de son pays mais pourtanttournés vers l’universalité, FernandoPessoa dont l’œuvre transocéaniquede la littérature de langue portugaise,dont le succès mondial depuis les an-

nées quatre-vingt a été consacré parla Pléiade, avec ses hétéronymes lit-téraires d’une grande force, étant àl’origine d’une création littéraire siunique que l’auteur leur trouveramême à chacun une biographie justi-fiant leurs différences et José Sara-mago, dont l’écriture «de phrasesamples, ourlées, semées d’incidentesau cours desquelles la ponctuation té-moigne de velléités d’indépendance,mais qui ne quête pas l’approbationimmédiate, il jouit des méandres desa pensée et nous y entraîne...

«Voici la langue portugaise enfin uni-versellement fêtée à travers lui», af-firme Diogo Sardinha, «ce n’est pasrien, pour un pays longtemps trauma-tisé par des décennies de police poli-tique et qui continue de vendre lesbras de ses ressortissants les pluspauvres aux pays d’Europe qui les ex-ploitent à bas prix».«Le peuple a sa place dans l’œuvre deSaramago. Il ne l’idéalise pas. Sim-plement il en tient compte» (extraitd’un article de Jean-Pierre Leonardini,L’Humanité du 9 octobre 1998).

Dans le cadre du Festival de l’incertitude à la Fondation Gulbenkian

Par Maria Fernanda Pinto

Le Fado aux Jardins de MontessonDepuis près de quinze ans, le restau-rant Les Jardins de Montesson fait lebonheur des amateurs franciliens, ettout particulièrement de ceux del’ouest parisien, de spécialités de lacuisine portugaise. Le Chef, Raul daNora, formé au Portugal dans de pres-tigieux établissements, y excelle. Et lecadre confortable et agréable faciliteencore la dégustation. Réputation mé-ritée accentuée par la chaleur de l’ac-cueil de Noémia Morais, gérante del’établissement.Connu donc des gastronomes, maismoins connu des amateurs de fado, etnotamment des parisiens. Et pour-tant. Car Les Jardins de Montesson or-ganisent chaque mois, depuis prèsde quinze ans, une soirée mensuellede fado. Ce qui en fait, hors le Sau-dade de Paris, le plus ancien restau-rant offrant régulièrement du fado enIle-de-France. Certes, le Saudade deVersailles et l’Express de Paris luisont antérieurs, mais l’un commel’autre connurent des périodes plusou moins longues, de fermeture ou derestauration sans fado et, pour l’Ex-press, un changement d’adresse. Le

patron ajoute qu’avant d’ouvrir LesJardins de Montesson, il donnait déjàdes soirées de fado dans son établis-sement précédent, le Borsalino, tou-jours à Montesson (78).Il nous a donc paru souhaitable desouligner cette continuité, peuconnue. Pourquoi du fado, avons-

nous demandé? Parce qu’on aimeça, ont répondu les responsablesdes Jardins. Ce qui n’est pas si fré-quent: nous en avons connu, des res-taurateurs pour lesquels les soiréesfado n’étaient qu’un élément de mar-keting (et de chiffre d’affaires) et dontl’intérêt pour cette expression musi-

cale était, manions l’euphémisme,modéré. Pour l’organisation des soi-rées fado, Les Jardins de Montessonse sont souvent appuyés sur le fadisteTony do Porto, bien connu des ama-teurs de fado franciliens, qui, outrelui-même a fait venir à Montesson denombreux artistes de fado établis enIle-de-France et parfois des artistesvenus de Lisboa ou de Porto pour desconcerts à Paris. Le public est partagéentre le voisinage et une aire géogra-phique plus large (il y a mêmequelques parisiens qui consententpour l’occasion à traverser le boule-vard périphérique). Il a donc ses ha-bitués et aussi ses nouveaux clients.Et puisque nous parlons du fado auxJardins de Montesson, rejoignons l’ac-tualité: samedi prochain, le 12 no-vembre, c’est la soirée fado mensuelle,avec cette fois Conceição Guadalupe,Nina Tavares (deux fadistes très pré-sentes sur la scène fadiste française)et Laureano, accompagnés par deuxbriscards solides aux guitares: JoséRodrigues (guitarra) et Flaviano Ramos(viola). Une occasion de découvrir oude retrouver la belle cuisine, le sou-riant accueil et le bon fado des Jardinsde Montesson.

Par Jean-Luc Gonneau

Soirée «Hommage au Lusofolie’s… qui revivra!»La prochaine soirée du Coin dufado aura lieu le vendredi 18 no-vembre, à 20h30, aux Affiches, 7place Saint Michel, près de laSeine, au Quartier Latin. C’est unesoirée dédiée au Lusofolie’s avec:«Hommage au Lusofolie’s… qui re-vivra!».Comme presque toujours, la «dream

team» musical est composée de Fi-lipe de Sousa à la guitare portugaise,Nuno Estevens à la guitare classiqueet Philippe Leiba à la contrebasse.Seule manquera Nella Selvagia auxpercussions, en tournée aux Antilles.Mais Dominique Oguic sera là endeuxième guitare et peut être d’autresmusiciens, comme il arrive souvent.

«Comme d’hab’» Conceição Guada-lupe, quasi sociétaire de ces soi-rées, et João Rufino, ambassadeurdu fado du Ribatejo à Paris, serontlà. Mais aussi Karine, «la françaisedu fado» et la jeune Daniela, «notreAna Moura à nous». Le tout pré-senté par Jean-Luc Gonneau (quichantera un peu aussi).

«Une amitié que nous témoigneronsà João Heitor, l’infatigable animateurde feu Lusofolie’s, formidable lieu deculture… et futur animateur d’unnouveau Lusofolie’s à venir, qui seraparmi nous» explique Jean-Luc Gon-neau.

Infos: 06.22.98.60.41.

Le 09 novembre 2016

“L’odeur du siphon”, de Lourenço Mutarelli

Lourenço Mutarelli est né à São Pauloen 1964. Après des études à l’Écoledes Beaux-Arts, il travaille commedessinateur dans les studios de Mau-rício de Sousa, le plus grand nom dela bande-dessinée pour enfants auBrésil. Plus tard, il se consacre à la BDunderground. En 2002, il publie sonpremier roman, «O cheiro do ralo»,paru maintenant en français, avec letitre «L’odeur du siphon» (éd. Tupi ornot Tupi, traduction de Karine Bião etLuana Azzolin). En 2007, ce roman aété adapté au cinéma.Bien qu’étant un roman introspectif,«L’odeur du siphon» est un récit verti-gineux et délirant, caractérisé par uneécriture fragmentée et hybride, entrela fiction, le théâtre et la bande dessi-née, marquée par l’oralité. Le person-nage principal, un brocanteur, voitentrer et sortir de son magasin deshommes et des femmes aussi angois-sés et déboussolés que lui, qui vien-nent lui vendre des objets anciens lesplus divers: un gramophone, un livrerare, une prothèse de jambe, un râ-teau, un paquet de cigarette vide avecla signature de Steve Mcqeen, unabat-jour, etc. Chacun de ces objets aune histoire. Mais, par son attitude en-vers ses clients, le brocanteur trans-forme son commerce en un systèmesadique et pervers. Dans sa vie quoti-dienne il est obsédé par l’odeur demerde qui vient du siphon des toilettesde sa boutique et aussi par la serveusedu snack où il déjeune régulièrementet que l’on ne connaîtra qu’à traversune métonymie, «le cul» - c’est ainsique le brocanteur l’identifie. Dans cemonde où «toutes nos véritablespeines sont intérieures», nous pou-vons dire que «L’odeur du siphon» estaussi la métaphore d’une société oùdomine la loi du chacun pour soi et oùtout s’achète, se vend et se jette.Signalons que le mercredi 9 novem-bre, à 18h30, Lourenço Mutarelli seraaccueilli aux Éditions Pétra, 12 rue dela Réunion, Paris 20ème, pour uneprésentation de son livre, suivie de lec-tures, débat et dédicaces. Il sera éga-lement présent au Salon L’Autre Livre,au stand des Éditions Tupi or not Tupi,du 11 au 13 novembre, à l’Espacedes Blancs Manteaux, Paris 4ème.

DominiqueStoenesco

Un livre par semaine

Le fado au Les Jardins de Montesson (archives)LusoJornal / Susana Alexandre

lusojornal.com

16 ASSOCIAÇÕES

Campanha “Roupas sem fronteiras” para ajudar pessoas em necessidade

Pelo 4° ano consecutivo, a Academiado Bacalhau de Paris organiza umarecolha de roupa, calçado, brinquedose roupa de casa para distribuir a pes-soas em necessidade. A operação“Roupa Sem Fronteiras” terá lugarentre o sábado 19 de novembro e asexta-feira 25 de novembro.Segundo o Comunicado de imprensaenviado às redações, a Academiapede às pessoas que ofereçam estesbens que, muitas vezes, estão ador-mecidos no fundo dos armários. “Es-tamos a dar-lhes nova vida e a levarum conforto necessário às pessoasque os recebem. A Academia do Ba-calhau de Paris, com o apoio de ou-tras Academias do Bacalhau (Lyon,Rouen, Londres, Luxemburgo, Bruxe-las e Bordeaux), da Santa Casa da Mi-sericórdia de Paris, do ConsuladoGeral de Portugal em Paris e de maisde duas dezenas de associações, põe

à disposição desta iniciativa uma co-bertura territorial otimizada que faci-lita a entrega de bens em diversospontos de recolha”.Este ano a Academia do Bacalhau deParis decidiu apoiar três estruturas: AEmmaüs Solidarité em França, a

CPCJ de Cabeceiras de Bastos, emPortugal, como já foi feito em ediçõesanteriores e a Irmandade da NossaSenhora do Livramento da ilha de Ter-ceira, também em Portugal.A operação diz respeito à recolha deroupa e calçado para crianças até aos

16 anos, roupa e calçado para adul-tos, jogos para crianças e adultos,roupa de casa, sem esquecer produtosalimentares não perecíves ou aindaprodutos de higiene para o corpo epara a casa.“Conseguimos obter a parceria do su-

permercado Intermarché de Fafe,perto de Cabeceiras de Basto, paraajudar na distribuição de produtos deprimeira necessidade. Além disso, aomontante do nosso donativo, o Inter-marché de Fafe acrescentará mais10%”. A ABP conta também com acolaboração da empresa MRTI, trans-portadora internacional, e da compa-nhia aérea Aigle Azur, que asseguramo transporte dos objetos de Françapara Portugal continental e “para osAçores. Os bens que ficarem emFrança serão recolhidos pela EmmaüsSolidarité”, lê-se ainda no comuni-cado.A instituição aconselha na medida dopossível de separar os bens por tama-nho e colocar dentro de sacos ou cai-xas.Os vários pontos de recolha na regiãoparisiense podem ser consultadosatravés da página ‘roupasemfrontei-ras’ nas redes sociais ou por telefone: 01.45.10.98.60.

Uma campanha da Academia do Bacalhau de Paris

Por Clara Teixeira

Le 09 novembre 2016

Misericórdia de Paris lança campanha de recolha deprodutos alimentares

A recolha de produtos alimentares daSanta Casa da Misericórdia de Paristerá lugar durante os primeiros 15dias do mês de dezembro. Começaassim mais uma campanha ‘Natal -Solidários contra a Precariedade’.Uma lista não exaustiva dos alimen-tos não perecíveis é remetida pelaassociação: conservas, açúcar, arroz,massa, farinha, legumes secos,purés, cereais, óleos, chocolates,biscoitos, leite em pó, café, chá, pro-dutos para bebé, ou ainda produtosde higiene e limpeza.A Santa Casa da Misericórdia agradecea colaboração de todos, e aponta paraos resultados “muito positivos” dacampanha de 2015. “Pudemos apoiarmais de 170 pessoas ou famílias, àsquais foram distribuídas cerca mais de

3 toneladas de produtos. Muitos des-tas pessoas continuaram a receber umauxílio continuado, duas ou mais vezespor mês até outubro”, refere o Prove-dor Joaquim Silva Sousa.A Santa Casa da Misericórdia de Parisfaz também apelo à divulgação detodos para solicitar à sua volta aajuda para este ato de solidariedade.Para maior facilidade, Joaquim SilvaSousa explica “que há duas fichasdisponíveis: uma para indicar coor-denadas, locais e horas de recolhade produtos; outra para indicar coor-denadas das pessoas isoladas e fa-mílias carenciadas. “Estes dadossão da maior importância para sepoder fazer uma distribuição o maisadequada possível às situações”.A Santa Casa da Misericórdia deParis agradece igualmente, que nofim da recolha se possam fazer uma

primeira separação dos produtos ecolocá-los em cartões, cujo peso não

ultrapasse 20 kg por cartão. “Toma-remos em seguida contacto para re-

cuperar os conteúdos”.“Solidários, contra a precariedade!”é o tema da Campanha de Nataldeste ano. “Sejam quais forem asofertas, são todas bem-vindas. Estafaz parte da cadeia de fraternidadeque se vai construindo dia-a-dia eem conjunto”.A Santa Casa da Misericórdia deParis tem vindo a mobilizar-se aolongo do ano para ajudar os Portu-gueses que se encontram em difi-culdade, tentando inovar e aumen-tar de ano para ano as suas açõespara angariar o máximo de donati-vos.A instituição tem o seu jantar degala para recolha de fundos no pró-ximo dia 19 de novembro, na SalaVasco da Gama, em Valenton.

[email protected]

“Natal - Solidários contra a Precariedade”

Por Clara Teixeira

Magusto no Monumento português de ChampignyNo próximo dia 11 de novembro, aassociação Les Amis du Plateau, vaiorganizar um Magusto junto ao mo-numento ao antigo Maire de Cham-pigny, Louis Talamoni, inauguradorecentemente pelo Presidente daRepública. Valdemar Francisco eLionel Marques, os principais impul-cionadores do projeto querem que nodia 11 de novembro de cada ano, osPortugueses se juntem naquele es-paço para aí fazerem um Magusto gi-gante.A associação também vai aproveitarpara entregar mais Medalhas às pes-soas que ajudaram a erguer o monu-mento e certificados a quem assinouos tijolos.

Aide aux victimes des incendies à Madeira

Une délégation de l’Association cul-turelle portugaise de Metz, représen-tée par Maria Sousa Martig, a remis,le 7 octobre dernier, à la Mairie deFunchal, un chèque de 500 euros ensolidarité avec les habitants de Ma-deira, meurtris par les incendies decet été.L’association a pu recueillir les 500

euros et, profitant d’un déplacementpour des raisons personnelles deMaria Sousa Martig et de son mari,le chèque a été remis en main pro-pre.Ce geste de solidarité venu deFrance a ému le Maire do Funchal,qui a tenu à recevoir, en personne, ladélégation de Metz.

Carina Branco

Crónicas semanais dePaulo Marquesna RDP Internacional

O Conselheiro das ComunidadesPaulo Marques passa a participar se-manalmente num dos programas derádio da RDP Internacional “Tardesda RDP Internacional”.O programa tem todos os dia entre-vistas a artistas, músicos, escritores,gente com talento. Todos os dias Mi-guel Peixoto dá a conhecer uma em-presa de sucesso com negócios forade Portugal. O professor FernandoIlharco faz uma crónica diária “Onovo normal”, há o Portugalex comos atores Manuel Marques e AntónioMachado e diariamente o programavai dar a volta ao mundo com cróni-cas de Londres, da América, do Bra-sil, de Toronto e de Paris.Paulo Marques aceitou o desafio deMiguel Peixoto para intervir, em con-versa, todas as quintas-feiras, às17h15, hora de Paris. O programacomeça às 15h00 e termina às18h00 (hora de Paris).Na foto, Paulo Marques (à esquerda)está com Miguel Peixoto.

«São Martinho» surle Parvis de laMairie deParis 14ème

Cette année, la fête traditionnelle dela «São Martinho» de Cap Magellans’installe à Paris le 11 novembre surle Parvis de la Mairie du 14ème ar-rondissement.Cette année, vous pourrez gouter auxsucculentes châtaignes de la Comu-nidade Intermunicipal das Terras deTrás-os-Montes, CIM-TTM (Alfandegada Fé, Bragança, Macedo de Cava-leiros, Miranda do Douro, Mirandela,Mogadouro, Vila Flor, Vinhais et Vi-mioso) qui met à disposition unetonne de châtaignes qui seront distri-buées gratuitement, dans le Parvis dela Mairie du 14ème. «Le but est defaire connaître à tous, notamment auxParisiens et Parisiennes, la fête tradi-tionnelle portugaise de São Martinho,en leur offrant des cornets de châtaig-nes grillées et un flyer expliquant cettetradition».Le vendredi 11 novembre, à partir de14h30. Entrée et châtaignes gratuites,ainsi que des animations musicales(accordéon, danses et… Giganto-nes).Les organisateurs annoncent la pré-sence de Carine Petit, Maire du14ème arrondissement de Paris etAmérico Pereira, Presidente da Câ-mara Municipal de Vinhais et Prési-dent de la CIM-TTM.

ASSOCIAÇÕES 17

lusojornal.com

Ana e Índia Malhoa na festa de aniversárioda Rádio Arc en Ciel

A Rádio Arc en Ciel festejou os seus31 anos no passado fim de semana,em Orléans. O aniversário atraiu muitagente e uma vez mais contou comuma programação musical intensa.Ana e India Malhoa, assim como ogrupo Kappa Negra, animaram oevento com muita alegria e entu-siasmo.Cristina Alves, Presidente da rádio,começou por explicar que era um or-gulho continuar o trabalho dos ante-cessores. “Festejámos 31 anos e éum dos nossos orgulhos, manter estarádio viva. O meu objetivo é não deixarir abaixo esta rádio. Faço um apelo ànossa Comunidade para continuareste trabalho feito ao longo dos anos,é muito importante”, sublinhou. “Amúsica faz sonhar e nós, através damúsica, fazemos sonhar os nossos ou-vintes”.Cristina Alves evocou também a im-portância de rever o grupo KappaNegra que animou a sala. “O grupoconheceu alguns problemas, masconseguiu voltar ao palco contornandoos obstáculos”.O aniversário também contou com aanimação de Índia Malhoa, que atraiu

muita gente. “Há 31 anos a Rádio co-meçou com José Malhoa. Pouco apouco foi a Ana Malhoa que integrouo nosso elenco e agora é a vez da Índiapara chamar a nova geração. Notamosque cada vez há mais jovens a parti-cipar nos eventos da Comunidade eisso demonstra claramente uma von-tade de regressar às raízes”, apontou.Cristina Alves evocou também a im-portância de ser Português para sem-

pre e não só durante o período de fé-rias. Enquanto Presidente da associa-ção, afirmou que a sua alegria era ver“casa cheia” e poder assim partilharo seu trabalho e a sua paixão com osoutros compatriotas. “Passo muitotempo nesta rádio que nasceu paramim há pouco tempo e quero trans-miti-la aos Portugueses. Já chegam osproblemas que temos no nosso dia-a-dia, aqui conseguimos esquecer e di-

vertirmo-nos um pouco”, confessouao LusoJornal.De um ano para o outro a associaçãocomeça a trabalhar sobre os futuroseventos. Nomeadamente a tradicionalfesta dos Santos Populares, do SãoValentim e do 25 de Abril.Finalmente Ana Malhoa referiu serfantástico participar novamente nesteaniversário. “São pessoas que co-nheço bem e que adoro, que já se tor-naram amigos e familiares. O públicouma vez mais foi fabuloso, cheio deenergia, que cantou e dançou a noitetoda, foi extraordinário”. Ana Malhoareferiu ainda estar muito contentecom o trabalho da filha. “Está a teruma boa aceitação pelo público e ficofeliz por ela. Vi o espetáculo dela enoto que está a progredir muito pro-fissionalmente”. Índia Malhoa tam-bém declarou no final do espetáculo,ter gostado muito por ter ido ao en-contro do público português fora dePortugal. Em relação aos artistas quetem na família e que lhe transmitiramo amor pela música como o avô e amãe, Índia precisou que cantava con-tudo um tipo de música diferente. “Omeu avô canta mais música ligeira, aminha mãe prefere a música latina eeu gosto mais de pop danse e RnB”.

Em Orléans

Por Mário Cantarinha

Associação A Cozinharte quer divulgar aarte culinária portuguesa

Foi criada recentemente, no 14°bairro da capital francesa, a associa-ção “A Cozinharte”, um “trocadilhode palavras em português, para evocara arte da cozinha” explicam as funda-doras, cinco mulheres, todas portu-guesas, de várias gerações: FátimaCosta, Eugénia Sousa, Sandrine daSilva, Honorata Brito e Ana Maria Fer-nandes (da esquerda para a direita, nafotografia que ilustra este texto).A Presidente da associação, AnaMaria Fernandes, explicou ao Luso-Jornal a sua vontade em “promover agastronomia portuguesa junto dosfranceses, que se limita ao pastel denata e ao bacalhau seco”. Por isso,diz que as fundadoras da nova asso-ciação querem “dignificar uma cozi-nha frequentemente desconhecida eno entanto muito rica em aromas ecores, nomeadamente através dasdescobertas de muitas especiarias

pelos nossos antepassados portugue-ses”.Ana Maria Fernandes conseguiu cons-tituir uma equipa de cinco mulheres,com idades compreendidas entre os

30 e os 50 anos, aliando moderni-dade e tradição, associando a criati-vidade à experiência, com “sotaquesgulosos lusófonos”.A Cozinharte tem muitos projetos cu-

linários, onde consta esta vontadeafirmada em partilhar uma culturagastronómica junto do público, atra-vés de aulas de cozinha, em parceriacom a Mairie de Paris 14. “Tivemos asorte de ter encontrado o Senhor Her-mano Sanches Ruivo, Conselheiro deParis para os assuntos europeus, e oSenhor Pascal Cherki, Deputado do11° círculo eleitoral. Eles garantiram-nos apoio e colaboração futura vi-sando viabilizar um projeto sólido”.O primeiro evento da associação játem data marcada. Vai ter lugar emSainte Geneviève-des-bois, e trata-sede um... Arraial Minhoto! “Esteevento visa ajudar a financiar a com-pra do material imprescindível para oarranque das aulas de culinária” ex-plica contudo a Presidente da asso-ciação. Como se trata de um eventotradicional, a ementa é típica doMinho: Petiscos com Champarrião,Cabrito estufado à Minhota e Docestradicionais caseiros.

Por Carlos Pereira

Vice-Cônsul de Toulouse visitou a Associaçãoportuguesa de Perpignan

No passado dia 24 de outubro,Paulo Santos visitou a AssociaçãoPortuguesa des Pyrenées-Orienta-les, em Perpignan, com vista a reu-nir com o seu Presidente.Ainda antes desta reunião o Vice-Cônsul de Portugal em Toulouse,cuja circunscrição inclui o depar-

tamento de Pyrenées-Orientales vi-sitou o comércio local.A visita e reunião com José Fer-reira, Presidente da coletividadeteve como objetivo “reforçar as re-lações consulares, neste que é odepartamento mais afastado da ju-risdição consular”.Durante esta presença foi possívelefetuar uma visita às instalações

da associação e tomar conheci-mento dos projetos a decorrer e osprevistos para o futuro. A visitateve ainda em vista o objetivo deauscultar a Comunidade local e re-forçar soluções para “diminuir asdistâncias” entre a Comunidade eo Posto consular que se encontralocalizado em Toulouse, a cerca de200 km de distância.

Por Vítor Oliveira

Le 09 novembre 2016

LusoJornal / Mário Cantarinha

lusojornal.com

AnthonyLopes, Bernardo Silvae Éder convocadoscontra a Letónia

Anthony Lopes (Lyon), Bernardo Silva(Mónaco) e Éder (Lille), todos a jogarem França, mas também o lusodes-cendente Raphael Guerreiro, agora ajogar no Borussia Dortmund, foramconvocados para a Seleção portu-guesa de futebol, para o jogo com aLetónia, do Grupo B de qualificaçãopara o Mundial de 2018, no qualPepe e Moutinho são os principaisausentes.O defesa central Luís Neto, do Zenit,substitui o castigado e também lesio-nado Pepe, que tinha sido chamadopara os confrontos com Andorra eIlhas Faroé, em que Portugal conse-guiu goleadas de 6-0, enquanto o de-fesa lateral Nelson Semedo tambémrepete a presença, depois de ter ren-dido Cédric na convocatória anterior,devido à lesão deste.No meio-campo, com Moutinho le-sionado, o Selecionador FernandoSantos optou pela permanência dePizzi, após uma chamada de últimahora para o jogo com as Ilhas Faroé,devido à indisponibilidade de Nani,que se ressentiu de problemas físicosapós a vitória sobre Andorra (6-0).Depois de ter proporcionado a estreiaa Gelson Martins, Fernando Santosvoltou a chamar o jovem extremo doSporting para o jogo com a Letónia,agendado para 13 de novembro, noEstádio Algarve, em Faro.Após três jogos, Portugal ocupa o se-gundo lugar do Grupo B, com seispontos, menos três do que a Suíça,enquanto a Letónia é quinta, comtrês.Convocados: Guarda-redes: Rui Pa-trício (Sporting), Anthony Lopes(Lyon) e Marafona (Sp. de Braga).Defesas: Nelson Semedo (Benfica),João Cancelo (Valência), Bruno Alves(Cagliari), Luís Neto (Zenit), JoséFonte (Southampton), Antunes (Dí-namo Kiev) e Raphael Guerreiro (Bo-russia Dortmund). Médios: WilliamCarvalho (Sporting), Danilo (FCPorto), Adrien (Sporting), Pizzi (Ben-fica), Renato Sanches (Bayern Muni-que), Bernardo Silva (Mónaco), JoãoMário (Inter Milão) e André Gomes(FC Barcelona). Avançados: RicardoQuaresma (Besiktas), Gelson Martins(Sporting), Nani (Valência), CristianoRonaldo (Real Madrid), Éder (Lille) eAndré Silva (FC Porto).

18 DESPORTO

Lusitanos: un nul qui n’arrange personne

En concédant le match nul, 0-0, surson terrain, face à Fleury, les Lusita-nos restent invaincus cette saison enChampionnat, mais voient se rappro-cher au classement ses adversaires.Il y a des nuls qui paraissent logiquesdans une saison. Face à Fleury, lesLusitanos auraient pu gagner mais ilsauraient également pu perdre. Et Car-los Secretário en est bien conscient.“Chacun a eu sa mi-temps. Sur lapremière, Fleury a mieux joué quenous et a eu 3 ou 4 occasions pourprendre les devants. Mais sur ladeuxième, on a su remettre leschoses en place pour s’offrir les meil-leures opportunités. Il n’a pas man-qué grand-chose pour que l’onreparte avec la victoire. Mais au final,le nul parait plus que logique”.Mais il est vrai qu’au moment de re-cevoir FC Fleury 91, les Lusitanos es-péraient surtout bonifier le match nul

(0-0) rapporté de Lille. Pour cela, ilpouvait compter sur le retour de sus-pensions de Joël Saki et surtout deson meilleur buteur de la saison der-nière, Kévin Diaz.A la traine en Championnat, 9ème,Fleury avait clairement l’ambition derepartir du Val de Marne avec la vic-toire. Et dès les premières minutes,le FCF 91 se montre intraitable endéfense, laissant peu d’espaces auxSaint-Mauriens et opérant en contre.D’ailleurs, à la demi-heure de jeu, lesEssonniens ont bien failli jeter unfroid au Stade Louison Bobet. Bienservi dans la surface, Jonathan Riba-deira devance la sortie de RevelinoAnastase mais voit son ballon heurterla barre transversale. Dans la foulée,c’est Fodiba Danso qui est à la récep-tion d’un coup-franc de Ribadeira,qui oblige Anastase à une paradedont il a le secret. L’attaquant floria-cumois récidivera quelques minutesplus tard mais sa frappe frôlera le po-

teau Saint-maurien.Après la pause, les intentions lusita-niennes sont complètement diffé-rentes. Dès les premières minutes,Kévin Farade verra sa frappe contréede justesse par la défense de Fleury.Kévin Diaz se montrera dangereux surcoups de pied arrêtés. Mais le portier,Antoine Petit, se montrera intraitabledans les airs. Jony Ramos aura éga-lement l’occasion de se mettre en évi-dence, notamment dans les dernièresminutes de la rencontre. Après un nu-méro de funambule de Kévin Colin,tout juste rentré en jeu, ce dernieradresse, en retrait, un caviar que lebuteur portugais verra repousser parle poteau. De quoi laisser de gros re-grets aux hommes de Carlos Secretá-rio qui aurait pu connaître encore legoût de la victoire.Toutefois, l’entraîneur des Lusitanospréfère garder le positif. “Après 10journées de Championnat, on resteinvaincu. Ce n’est pas rien. On peut

en être fier. Au départ, il ne faut pasoublier que notre objectif reste lemaintien. Après, je peux toujourscomprendre les exigences de nossupporters, mais il ne faut pas oublierque l’on est promu cette saison. Onprend les matchs comme ils vien-nent. Le CFA est un Championnat dif-ficile qui ne laisse pas de place auhasard. Il n’y aura pas de match fa-cile cette année. On ne pourra pastous les gagner. C’est pour cela, il fautsavoir se contenter d’un point quandil le faut».Avec 22 points, les Lusitanos restentles leaders du Groupe B mais ne de-vancent l’ACBB, vainqueur d’AmiensAC, 2-0, qu’à la différence de buts.Mais derrière, l’Entente SSG revientégalement dans le coup, après sa dé-monstration, 3-0, à Viry-Châtillon. LeSannois Saint-Gratien sera le pro-chain adversaire des Lusitanos dans15 jours. Pour un déplacement quis’annonce plus que dangereux.

Football / CFA

Par Eric Mendes

Pedro Mendes: «Somos invencíveis em casa»

O Paris Saint Germain venceu nopassado fim de semana a equipa doRennes por 4-0 no Parque dos Prín-cipes em Paris, num encontro a con-tar para a 12ª jornada da Ligue 1.Num jogo em sentido único, os pari-sienses conseguiram dominar aequipa da Bretagne onde joga o de-fesa-central português, Pedro Men-des.O LusoJornal esteve presente e faloucom o jogador que está no Campeo-nato francês pela segunda épocaconsecutiva.

Como podemos analisar esta der-rota?Acho que até não entrámos mal naprimeira parte, visto que tentámosfazer um bom jogo de futebol. Vínha-mos com a esperança de fazer umbom resultado, mas não foi possível.

Talvez, se não tivéssemos cometidoaqueles dois erros na primeira parte,e assumo a minha responsabilidade,talvez na segunda parte o jogo teriaterminado de outra forma. Nunca sesabe mas teria sido diferente, porquesofrer dois golos no primeiro tempo,com dois erros, mentalmente e psi-cologicamente vamos um poucoabaixo no segundo tempo. As linhasficaram mais afastadas e o PSG con-seguiu jogar entre as linhas, aquiloque não conseguiu fazer tão bem naprimeira parte. Sabíamos que jogarfrente ao Paris Saint-Germain seriadifícil.

Agora é pensar no próximo jogo?Exactamente, temos que pensar noencontro frente ao Angers, e antesdisso vamos desfrutar desta paragemdo Campeonato por causa das Sele-ções para refrescar as ideias e traba-lhar sobre os erros que cometemos

frente ao PSG.

Que balanço podemos fazer atéagora da temporada do Rennes?Acho que não é nada mal ter 20pontos. Acho que muitas pessoasnão acreditavam num tão bom iníciode temporada. Somos invencíveisem casa e se continuarmos assim,melhor ainda.

A equipa mudou com a chegada deChristian Gourcuff?Muita coisa mudou, quer seja a filo-sofia de jogo, quer seja o quotidiano,e mudou para melhor, acho que estáà vista de todos. Independentementedo resultado frente ao PSG, que nãodemonstra aquilo que temos vindo afazer, a verdade é que temos uma fi-losofia de jogo que é bem diferenteem relação ao ano passado.

Quais são os objetivos do clube?

Neste momento ainda não temos ob-jetivos definidos. Queremos fazer omáximo de pontos possíveis e depoisvamos definir o objetivo que real-mente queremos atingir. É óbvio quechegar à Liga Europa, seria muitobom.

Que balanço podemos fazer atéagora da sua temporada?Acho que não tem sido mau este iní-cio de época. Acho que ainda nãoestou no mesmo nível de forma queno ano passado, mas em breve es-pero chegar lá.

De referir que o Rennes ocupa oquinto lugar com 20 pontos, a seisdo PSG que está no terceiro lugarcom os mesmos pontos que o Mo-naco, que venceu o Nancy por 6-0.O líder é o Nice, que tem 29 pontos,apesar da derrota do passado fim-de-semana frente ao Caen por 1-0.

Futebol

Por Marco Martins

Le 09 novembre 2016

Lusitanos de St Maur / EM

PUB

lusojornal.com

Basquetebol:Equipas francesas preparam deslocações a Portugal

O Benfica e o Porto vão voltar a de-frontar as equipas francesas do ElanChalon e do Nanterre, respetiva-mente, em jogos a contar para a 5ªjornada da Taça da Europa da FIBA.Os encarnados vão jogar em casa nodia 15 de novembro, no Pavilhão Fi-delidade, frente à equipa da cidadede Chalon-sur-Saône. O Benfica,que integra o grupo A, terá de vencerpara ter uma oportunidade de seguirem frente na prova. Recorde-se queno jogo em França, o Elan Chalonderrotou a equipa lusa por 90-76. Dereferir ainda que no passado fim-de-semana, o Elan Chalon venceu noCampeonato francês o Paris-Leval-lois por 85-70.Os azuis e brancos também vão jogarem casa no dia 16 de novembro, noPavilhão Dragão Caixa, frente àequipa parisiense do Nanterre. O FCPorto está numa situação complicadano Grupo D, e terá de vencer paratentar alcançar um dos lugares quedão acesso à próxima fase. Os Portis-tas têm de ficar num dos dois primei-ros lugares do grupo ou serem umdos quatro melhores terceiros classi-ficados. Recorde-se que no jogo emFrança, o Nanterre venceu a equipaportuguesa por 81-73. De referirainda que no passado fim de se-mana, a equipa parisiense derrotou oLyon-Villeurbanne por 103-100.Na tabela classificativa da Pro A, oCampeonato francês, o Elan Chaloné terceiro enquanto o Nanterre estáno quarto lugar. O primeiro lugar éocupado pelo Monaco.

Voleibol: Nuno Pinheirovolta a ser derrotadoO Paris perdeu por três sets a dois nasua deslocação ao terreno do Sète,num jogo a contar para a terceirajornada do Campeonato de Françade Voleibol. O atleta português doParis, Nuno Pinheiro, foi titular,ocupando o lugar de Capitão daequipa, e marcou um ponto du-rante o encontro.De notar que os parisienses atécomeçaram bem ao vencer o pri-meiro set por 25-20, mas acaba-ram por perder os dois seguintespelos parciais de 21-25 e 22-25.O Paris reagiu, vencendo o quartoset por 25-20, mas no último set,a equipa parisiense perdeu por11-15.Na próxima jornada, o Paris Volleyrecebe o Cannes, em Charléty, nasexta-feira, dia 11 de novembro,às 19h30.

20 DESPORTO

Le Sporting Club de Paris toujours en course

Plus aucune équipe n’est désormaisinvaincue en D1 Futsal. En effet, lesSportingmen, dernier du classementavant ce match, sont allés gagnerchez le leader avant cette 8ème jour-née, le KB Futsal (3-4), avec un tripléd’Augusto, mettant fin à 2 ans d’in-vincibilité [le 01 novembre 2014 - KBUnited 1-5 Sporting Club de Paris) àdomicile de ces derniers.Après une première mi-temps trèsbien maîtrisée tactiquement par leSporting Club de Paris, les deux clubsrejoignent les vestiaires avec un avan-tage logique d’un petit but pour lesVerts et Blancs. Mais au retour de lapause, les Kremlinois, en l’espace dequelques minutes, vont inscrire coupsur coup 3 buts, laissant le SportingClub de Paris pantois suite à ses erre-ments défensifs. Dès lors, le club du

13ème arrondissement de Paris vajouer la majorité de la deuxième mi-temps en «Power play» et réussir àmarquer 3 buts, en gardant ses cagesinviolées, à raison de volonté et d’en-vie.Pour son premier match sous ses nou-velles couleurs, Amadeu (26 ans, ai-lier, international azéri avec Augusto,ancien joueur du National Zagreb) aimpressionné par sa classe, son nom-bre impressionnant de récupérations

et ses passes millimétrées. A tel pointque l’on se prêterait même à le sur-nommer «Mozart», comme son noms’apparente au prénom du célèbre vir-tuose.Le Sporting Club de Paris gagne 3places au classement et abandonnecelle de lanterne rouge au FC Picasso(1 victoire et 7 défaites en 8 matchs).Les hommes du Président José Lopessont toujours à 14 points d’une placeen Play Off, à plus d’un tiers du

Championnat.Après le revers de la dernière journée,un autre faux-pas aurait anéanti lesespoirs secrets des Sportingmen. Maisles 3 points glanés face à leurs voisinsdu Kremlin-Bicêtre leur permettentd’entretenir encore un espoir de réali-ser l’exploit de participer aux play-offs,même s’ils devront pour cela réaliserun épique sans faute lors des 14 pro-chaines journées et espérer que leurbonne étoile leur sourira.

Futsal / Championnat national

Par Julien Milhavet

Filipe Lima considera que regresso ao European Tour de golfe fecha ano de sonhoO português Filipe Lima admitiu queeste foi um ano de sonho na sua vidapessoal e profissional, pouco depoisde ter garantido, no sultanato de Omã,o regresso ao principal circuito euro-peu de golfe. “Não poderia sonharcom melhor ano: o nascimento deuma filha, estar nos Jogos Olímpicos,obter uma vitória (no Najeti Open, emFrança), ir agora à Taça do Mundo erecuperar o cartão (do European Tour),é um ano que não vou esquecer”,disse Filipe Lima, em declarações àFederação Portuguesa de Golfe.A poucos dias de completar 35 anos,Filipe Lima fechou a temporada do‘Challenge Tour’, a segunda divisão dogolfe europeu, na 12ª posição, termi-nando no ‘top 15’ pela quarta vez nasua carreira, depois de 2004, 2009 e2013.Filipe Lima, que durante a época ar-recadou um prémio total de 100.108euros, terminou este ano a Grande

Final na 37ª posição, com 287 pan-cadas (uma abaixo do par). “Hoje,correu tudo bem. Fiz dois ‘bogeys’,mesmo no final, mas acontece. Aminha meta era passar os 100 mil

euros e passei-a, por isso, não possoestar mais feliz”, disse Filipe Lima,que em Omã conquistou 2.775euros dos 400.000 que foram distri-buídos em prémios.

Em 2017, Filipe Lima, que resideem França, vai jogar no principal cir-cuito europeu de golfe, ao lado de Ri-cardo Melo Gouveia, com quemrepresentou Portugal nos Jogos Olím-picos Rio2016.O outro português em prova no Al-mouj Golf, em Mascate, RicardoSantos, terminou a Grande Final na22ª posição, com 282 pancadas(seis abaixo do Par), somando voltasde 73, 71, 67 e 71 ‘shots’.Ricardo Santos, que fecha o anocomo 43º do ‘ranking’, tem já garan-tido o cartão para o ‘Challenge Tour’em 2017. “Agora tenho uns diaspara descansar, tenho o jogo comboas sensações, vou mentalmentemais forte para a Final da Escola deQualificação, porque sinto o jogobem mais sólido. É uma longa se-mana e no fim espero sair de lá como cartão do European Tour”, disse Ri-cardo Santos.

Jogador de golfe mora em França

Le 09 novembre 2016

Por Marco Martins

No sábado passado, dia 5 de novem-bro, pelas 20h00, no estádio do An-gers, a equipa da casa recebeu o Lille,que conta no seu plantel com o avan-çado português, Eder. Mais uma jor-nada de Ligue 1 e mais… um jogo emque o avançado luso vai ser assobiadoe insultado durante todo o encontro.O resultado pouco importa, mas é pre-ciso alguma paciência para “aturar”estes adeptos. Quem não fica desagra-dado por uma derrota? Qualqueradepto fica chateado por ter perdidouma competição, e ainda por cima em

casa. No entanto este tipo de compor-tamentos são corretos? Não acho.Eder é um avançado que teve sempredificuldades por onde passou, apesarda carreira que tem. O avançado, quetem origens guineenses, passou pelaAcadémica de Coimbra, pelo Sportingde Braga, pelos ingleses do Swanseae está atualmente no Lille. Com 28anos, o jogador está mais perto do fimda carreira do que do início, e o mo-mento de glória dele é claramente ogolo apontado frente à França na finaldo Campeonato da Europa.

Eder, assobiado pelos Portugueses,criticado pelos meios de comunicação,transformou-se no herói nacional, algoque ficará sempre na história de Por-tugal por ter sido ele a dar o primeirotítulo europeu à Seleção Portuguesa,à Seleção de Todos Nós.A atitude do público francês pode servista como “normal” por muitos adep-tos, eu não acredito! Apesar da tristezaque se pode sentir, acho que apósquatro meses, continuar a assobiar ea insultar aquele que marcou um golopelo país dele, acho exagerado.

Mas o futebol é assim… Os adeptosnão mudam e nunca vão mudar. Aminha mensagem para o Eder é “Pa-ciência”, porque acho que o Campeo-nato francês merece ter heróis e nósPortugueses em França precisamos deter heróis por aqui… Um jogador nemsempre pode aguentar este tipo de ati-tudes e poderá sair para outras para-gens, de preferência fora do territóriofrancês, espero que isso não aconteça.Eder é um herói nacional português,como Zinedine Zidane é para os fran-ceses, precisa-se respeito!

Quatro meses… E nada mudouOpinião de Marco Martins, jornalista

KB Futsal 3-4 Sporting Club de Paris

Buteurs du Sporting: Augusto x3 etTeixeiraPasseurs: Amadeu, Michel et Chaulet

Lusa / Homem de Gouveia

João Sousa terminou temporada em Paris

O tenista português João Sousa estevepresente na semana passada no úl-timo Masters 1000 da ATP, o torneioBNP Paribas Masters de Paris que de-correu no AccorHotels Arena.Na vertente de singulares, o atletaluso foi eliminado na segunda rondado torneio ao perder com o ChecoTomas Berdych, sétimo cabeça desérie, em três sets com os parciais de6-3, 3-6 e 7-5. Na primeira ronda,João Sousa tinha derrotado o ItalianoAndreas Seppi em dois sets com osparciais de 6-4 e 6-4.O LusoJornal esteve presente no tor-neio e teve a oportunidade de acom-panhar o percurso do tenista vimara-nense. Começámos por abordar aprimeira ronda antes de falarmos daderrota frente ao Berdych.

Como podemos analisar o encontrofrente ao Seppi?Foi uma boa entrada no torneio. Ascondições aqui são um pouco diferen-tes daquelas que tinha na semanapassada, e por isso tive alguns dias deadaptação, mas a verdade é quedesde o início do encontro comecei ajogar muito bem, com boas sensaçõese a mexer-me muito bem dentro docampo. Penso que foi fundamentalpara o desfecho do encontro. Comeceipor cima, sempre muito acutilante, esenti-me bastante superior no pri-meiro set. No segundo set, ele teve al-gumas oportunidades, subiu umpouco o nível, para passar por cima nomarcador, mas eu consegui servirbem, fui muito agressivo e estive con-fiante. As coisas correram muito bem.Em todas as áreas do jogo estive bem.Estou muito contente com esta exibi-ção e com a vitória.

Como estava a forma física?A temporada é longa e temos de nosadaptar da melhor maneira para cadatorneio. Cansado ou não, o importanteé vencer e cumpri com o objetivo.

Na segunda ronda, acabou por per-der…O encontro não correu bem frente aoBerdych. Eu fiz um bom jogo, joguei

a um excelente nível, mas infeliz-mente, como já me aconteceu váriasvezes este ano, tive várias oportunida-des para ficar na frente no encontro eele foi mais agressivo. Eu tive um 15-40 quando ele estava a servir mas eleconseguiu marcar dois pontos e ven-cer o serviço dele. Foi ai a chave doencontro. Ele jogou bem nos momen-tos cruciais. Estou triste pela derrotaporque penso que fiz um bom jogo epor momentos senti que jogava ummuito bom ténis. Gostaria de ter ven-cido. O ténis é assim.

Não parece estar longe do Top-10?As pessoas falam do Top-10 como sefosse acessível mas ainda há muitotrabalho pela frente e nem pensonisso. Eu penso em ser um melhor jo-gador a cada dia que passa e subir noranking. Tento sempre dar o meu me-lhor, pouco importa quem é o adver-sário. A vitória em Paris esteve muitoperto e estou triste por não ter ganho,nada mais.

Que balanço podemos fazer de 2016nos singulares?Acabar no top-50 do mundo, é umaépoca positiva. Acho que em algunsaspetos, a temporada foi positiva, enoutros foi negativa. Penso que hácoisas a melhorar e vou tentar traba-lhar nessas coisas. O que é bom noténis é que podemos sempre melho-rar. Com o trabalho, podemos melho-rar e consequentemente subir noranking.

O melhor momento na temporada foiter atingido o 28° lugar?O lugar no ranking é apenas o espelhodo trabalho realizado. A verdade é quenesse momento fiz uma excelente se-mana e até podia ter corrido melhorem Madrid porque perdi frente ao Ra-fael Nadal em três sets. Esse torneiodeu-me a capacidade de chegar aesse ranking, mas isso é apenas umnúmero. O importante é o nível dejogo. Houve torneios este ano em quejoguei um nível altíssimo e outros não.Talvez não fui tão constante como natemporada passada e é por isso quenão termino tão bem.

O que vai fazer agora?Vou de férias para desfrutar um poucoda família, dos amigos e da namo-rada. Penso que é importante descan-sar a cabeça.

O tenista português também partici-

pou na vertente de pares onde chegouà segunda ronda com o seu parceiro,o Eslovaco Martin Klizan. João Sousae Martin Klizan não resistiram aosFranceses Pierre-Hugues Herbert eNicolas Mahut, perdendo em dois setscom os parciais de 6-2 e 6-2, em 59

minutos na segunda ronda do torneio.O LusoJornal também esteve presentepara abordar essa vertente com oatleta luso, começando por falar da vi-tória no primeiro encontro.

Na primeira ronda, venceram a duplafrancesa composta por Fabrice Martine Gilles Simon em três sets com osparciais de 6-4, 6-7 e 10-7?Fizemos um excelente jogo. Admitoque tivemos alguns altos e baixos,mas no fim acho que jogámos numnível altíssimo. Estamos satisfeitoscom a vitória.

Na segunda ronda, foi mais compli-cado frente à dupla francesa, númeroum mundial, composta por Pierre-Hu-gues Herbert e Nicolas Mahut. Acaba-ram por ser eliminados…É um par que está habituado a jogarjunto. Já ganharam variadíssimos tor-neios e a verdade é que tivemos mui-tas oportunidades no primeiro set.Penso que isso fez toda a diferença.Não ter aproveitado cinco pontos debreak quando eles, os dois que tive-ram conseguiram aproveitar, acho quefoi aí a chave do encontro. Nós não fi-zemos um mau jogo. No segundo setestávamos um pouco desmotivadosdepois de termos perdido o primeiroset dessa forma. Eles foram superioresno segundo set e daí a nossa derrota.

Que balanço pode fazer do torneio pa-risiense?Satisfeito ou não, isso é indiferente. Éum dos torneios que é um dos melho-res do mundo, é o último torneio doano. Nem sempre é fácil jogar sempreos Masters 1000 e a verdade é queeu consegui entrar no quadro princi-pal. Vim cá jogar, penso que joguei aum altíssimo nível e estou contentecom o meu nível de jogo que exibitanto nos singulares como nos pares.

De referir que João Sousa está atual-mente no 44° lugar no ranking mun-dial, liderado pela primeira vez pelobritânico Andy Murray, ele que venceuo torneio de Paris, derrotando na finalo norte-americano John Isner em trêssets com os parciais de 6-3, 6-7 e6-4.

Ténis

Par Marco Martins

DESPORTO 21Le 09 novembre 2016

PUB PUB

LusoJornal / António Borga

22 TEMPO LIVRE Le 09 novembre 2016

lusojornal.com

Boa notícia

Nem um cabelo se perderáO Evangelho do próximo domingo, dia13, faz parte dos famosos discursossobre o “fim do tempos” que encon-tramos normalmente nas últimas ce-lebrações do ano litúrgico (de facto,está à porta o novo ciclo de leituras -ano A -, que começará no dia 27 deNovembro, com o primeiro domingodo tempo do Advento). Já aqui vosfalei do género literário apocalíptico ede como estes textos, apesar das ima-gens espectaculares e aterradorasque utilizam, normalmente procuramveicular uma mensagem de espe-rança. O Evangelho do próximo do-mingo insere-se plenamente nessefilão: «Há-de erguer-se povo contrapovo e reino contra reino. Haverá gran-des terramotos e, em diversos lugares,fomes e epidemias (…) deitar-vos-ãoas mãos e hão-de perseguir-vos, en-tregando-vos às sinagogas e às pri-sões, (…) por causa do meu nome».Esta página do Novo Testamento é umconvite a não perder nunca a corageme a esperança, mesmo nos momentosmais difíceis da nossa vida, porque«nenhum cabelo da vossa cabeça seperderá».

Porém, apesar do género literário uti-lizado, o discurso de Jesus não podeser considerado puramente metafó-rico ou simbólico. As perseguiçõesforam (e são...) uma realidade terrível.Para muitos de nós, as palavras deJesus provavelmente soam distantesda nossa realidade, mas não nos es-queçamos que, infelizmente, nestepreciso momento, vários nossos ir-mãos e irmãs vivem a assustadorarealidade que Ele descreve. Sofrementre «guerras e revoltas», «fomes eepidemias» e são «perseguidos e en-tregues às prisões». Rezemos portodos eles. Para que a paz volte àssuas terras e para que, fiéis à própriafé, consigam testemunhar o amor eperdoar aqueles que os perseguem.

P. Carlos Caetanopadrecarloscaetano.blogspot.com

Sugestão de missa em português:

Eglise Notre Dame du Réveil Matin1 bis rue de Buzenval78420 Carrieres-sur-SeineDomingo às 9h30

PUB

Jusqu’au 26 novembre «Observations dans le noir», expositiond’œuvres récentes de Jorge Molder, l’un desartistes portugais les plus singuliers de sagénération. Galerie Bernard Bouche, 123rue Vieille-du-Temple, à Paris 3.

Jusqu’au 11 décembre Exposition de peintures de Jorge Queiroz,dans le cadre d’«Incorporated», 5ème édi-tion des Ateliers de Rennes - biennale d’artcontemporain. Musée des beaux-arts deRennes, 20 quai Emile Zola, à Rennes (35).Avec le soutien de l'Ambassade du Portugalen France - Centre culturel Camões I.P. àParis.

Jusqu’au 11 décembre «Sur des territoires fluides», exposition col-lective regroupant trois artistes questionnantla notion de territoire: Didier Fiuza Faustino,Till Roeskensn et Laurent Tixador. La Maré-chalerie – Centre d’art contemporain, 5 ave-nue de Sceaux ou 2 avenue de Paris, àVersailles (78).

Jusqu’au 3 janvier Exposition qui trace le parcours de CalousteGulbenkian, de la Fondation qui porte sonnom et de la Maison du Portugal. Commis-saire Teresa Nunes da Ponte. En partenariatavec la Fondation Calouste Gulbenkian et laMaison d'Arménie de la CIUP. Maison duPortugal André de Gouveia, 7P boulevardJourdan, à Paris 14.

Jusqu’au 21 janvier «Spectres - On Birds, Skulls and Drones»de l’artiste portugais Miguel Blanco, à la Ga-lerie Jeanne Bucher Jaeger, Espace Marais,5 et 7 rue de Saintonge, à Paris 3. Dumardi au samedi, de 10h00 à 19h00.

Jusqu’au 12 février Exposition de 40 œuvres de l’artiste portu-gais Miguel Blanco dans le cadre de «BlackDeer - Résonances, Enlèvements, interfé-rences», au Musée de la Chasse et de la Na-ture, 62 rue des Archives, à Paris 3. Dumardi à dimanche, de 11h00 à 18h00. Lemercredi jusqu’à 21h30. Fermé le lundi.

Jusqu’au 26 février «Dépenses», premier volet de «La traverséedes inquiétudes», une trilogie d’expositions li-brement inspirée de la pensée de GeorgesBataille. Participation des artistes portugaisJulião Sarmento et Marco Godinho. La-banque, 44 place Georges Clemenceau, àBéthune (62).

Le mercredi 9 novembre, 19h00 Présentation du livre «Fernando Pessoa, an-thologie Essentielle» (ed. Chandeigne) avecprésentation et lecture à deux voix, par MichelChandeigne et Joanna Cameira Gomes. Li-brairie Petite Égypte, 35 rue des Patits Car-reaux, à Paris 2. Infos: 01.47.03.34.30.

Le mercredi 9 novembre, 18h30 Lectures, débat et dédicaces autour du roman«L’odeur du siphon» (éd. Tupi or not Tupi,2016, Toulouse), de l’auteur brésilien Lou-renço Mutarelli, un récit vertigineux et déli-rant, une écriture hybride entre la fiction, lethéâtre et la bande dessinée. Ce roman a étéadapté au cinéma par Heitor Dhalia, en2007. Librairie et éditions Pétra, 12 rue dela Réunion, à Paris 20.

Le jeudi 10 novembre, 19h00 Lecture de petits contes en portugais et en fran-çais sur «Contos da Vida Breve», un voyagedans l’univers humoristique et surprenant desnouvelles de l’écrivain brésilien HenriqueSchneider. En première partie, la journalisteMazé Chotil animera une discussion autour del’œuvre de l’auteur. L’auteur sera présent. Lec-ture présentée dans le cadre du «Projeto de Lei-turas Feevale», soutenu par l’Université Feevale.Organisée par l’Institut culturel Alter’Brasilis. Li-braire Portugaise et Brésilienne, 21 rue desFossés Saint Jacques, à Paris.

Le dimanche 27 novembre, 16h00 Performance de danse, musique et poésie«ORLA. Ce qui s’anime à la bordure descorps». Projet de danse, musique et poésied’Isabelle Dufau. Avec Isabelle Dufau (danse),João Costa Lourenço (piano) et Diletta Man-sella. Maison du Portugal André de Gouveia,7P boulevard Jourdan, à Paris 14.

Le vendredi 11 novembre, 20h00 “Olá!”, one-man-show de José Cruz (versionfrançaise). Salle des Fêtes, impasse des oi-sons, à Mormant (77). Infos: 01.64.42.53.00.

Le samedi 3 décembre, 20h30 Dernière représentation de “Olá!”, one-man-show de José Cruz (version française).Espace Saint-Pierre, 121 avenue AchillePeretti, à Neuilly-sur-Seine (92).

Jusqu’à fin janvier, les dimanches à 18h30 «Le pays lointain» de Jean-Luc Lagarce,adapté et mis en scène de Joseph Fazenda,avec, entre autres, Joseph Fazenda de la CieTempo Théâtre. Théâtre Darius Milhaud, 80allée Darius Milhaud, à Paris 19. Infos: 01.42.01.92.26. Tous les di-manches de novembre, décembre et janvier2017, sauf le 27 novembre, le 25 décem-bre et le 01 janvier.

Le dimanche 4 décembre, 17h00 Projection de “Volta a Terre” de João PedroPlácido, en présence du réalisateur. CinémaLe Luxy, 77 avenue Georges Gosnat, à Ivry-sur-Seine (94).

Le dimanche 4 décembre, 20h30 Projection de “L’Ornithologue” de JoãoPedro Rodrigues, en présence du réalisa-teur. Cinéma Le Luxy, 77 avenue GeorgesGosnat, à Ivry-sur-Seine (94).

Le jeudi 10 novembre, 20h30 Concert de Ricardo Ribeiro dans le cadre duFestival Villes des Musiques du Monde, auPôle Musical d’Orgemont, 1 rue de la TêteSaint Ménard, à Epinay-sur-Seine (93).Infos: 01.48.41.41.40. Avec, en premièrepartie, le groupe de Cante Alentejano de laCompagnie des Rêves Lucides.

Du 11 au 13 novembre Festival International de Fado avec BeatrizFelizardo, Pedro Ferreira, Liliana Martins,

Francisco Galvão, Paula Cruz, ManuelGranja, Fernanda Moreira, Jorge César, IsaMar Fado, accompagnés aux guitares parJorge Silva et Miguel Monteiro. Salle BorisVian, rue de l’Abbé de l’Epée, à Clermont-Ferrand (63). Infos: 06.88.94.71.41.

Le vendredi 18 novembre, 21h00 «Hommage au Lusofolie’s... qui revivra!» or-ganisé par Le Coin du Fado, avec ConceiçãoGuadalupe, João Rufino, Daniela, Karine...accompagnés par Filipe de Sousa (guitarra),Nuno Estevens et Dominique Oguic (violas),Nella Selvagia (percussions) et PhilippeLeiba (contrebasse) avec la participation deJoão Heitor. Présenté par Jean-Luc Gonneau. Les Af-fiches / Le Club, 7 place Saint Michel, àParis 5. Infos: 06.22.98.60.41.

Le samedi 19 novembre, 20h00 Concert Kalliroi et le Fado Rebetiko, orga-nisé par l’association Portulan avec le sou-tien de la ville d’Aix-en-Provence.Amphithéâtre de la Verrière, Cité du Livre,8/10 rue des Allumettes, à Aix-en-Provence (13). Infos: 06.31.91.18.76.

Le samedi 26 novembre Soirée Fado avec repas, avec Maria Sa-meiro, José Correia et Marlène Silva, ac-compagnés par Miguel Braga (guitarra) etRicardo Pons (viola), organisé par l’Amicalefranco-portugaise de Vigneux. GymnaseGeorges Brassens, 1 bis rue du MaréchalLeclerc, à Vigneux-sur-Seine (91). Infos: 06.18.24.26.95.

Le vendredi 11 novembre, 20h00 Concert du Trio Paulo Bandeira avec JoãoPaulo esteves da Silva (piano), BernardoMoreira (contrebasse) et Paulo Bandeira(batterie) dans le cadre du Festival Jazzyco-lors, Festival des Instituts culturels étrangersà Paris. Au Centre Tchèque, 18 rue Bona-parte, à Paris 6. En collaboration avec l’Ins-titut Camões.

Le samedi 12 novembre, 20h00 Concert C4Pedro, organisé par l’associationCPPA, AFPA et Versus. Salle Jean Vilar, 9boulevard Héloïse, à Argenteuil (95).

EXPOSITIONS

CONFÉRENCES

PUB

FADO

CINEMA

CONCERTS

DANSE

THÉÂTRE

TEMPO LIVRE 23Le 09 novembre 2016

Le lundi 14 novembre Concert de Aurélie & Verioca (musique bré-silienne) dans le cadre du Festival Jeu-nesses Musicales JMFrance. A Digne-les-Bains (04).

Le mardi 22 novembre, 20h30 Concert de la brésilienne Flávia Coelho avecson nouvel album «Sonho Real» (samba,baile funk, reggae, afro-beat et forro). Es-pace Michel Simon, esplanada NelsonMandela, à Noisy-le-Grand (93).

Le mardi 22 novembre Concert de Aurélie & Verioca (musique bré-silienne) dans le cadre du Festival Jeu-nesses Musicales JMFrance. A BourgAchard (27).

Le mercredi 23 novembre, 20h30 Concert de Thaís Motta (jazz et bossa-nova).Espace Michel Simon, esplanade NelsonMandela, à Noisy-le-Grand (93).

Le jeudi 24 novembre, 20h30 Trio Combo Brazil (samba, soul, jazz) et, enpremière partie, Zalindê Abàmi (chant,danse et percussions 100% féminines). Es-pace Michel Simon, esplanade NelsonMandela, à Noisy-le-Grand (93).

Le vendredi 25 novembre, 20h30 Jiripoca Band (macumba-groove, samba-funk-reggae, xote-reggae, baião-rock, afroxe-mambo, cyberjazz). Espace Michel Simon,esplanade Nelson Mandela, à Noisy-le-Grand(93).

Le mardi 29 novembre Concert de Aurélie & Verioca (musique bré-silienne). Au Sunset, 60 rue des Lombards,à Paris 01.

Le mercredi 30 novembre, 21h30 Concert de Dan Inger dos Santos Trio auThéâtre Trévise, 14 rue de Trévise, à Paris9. Infos: 01.48.65.97.90.

Le samedi 10 décembre Concert de Aurélie & Verioca (musique bré-silienne) dans le cadre du Festival Voix-là, àGray (70).

Le vendredi 11 novembre, 15h30 6ème Fête des Châtaignes de l’AssociationCulturelle Portugaise, avec musique et pro-duits portugais. Les châtaignes sont offertespar la ville de Chaves. Esplanade du Souvenir

Français, 182 avenue Charles de Gaulle, àNeuilly-sur-Seine (92).

Le vendredi 11 novembre, 14h30 Fête des châtaignes organisé par Les Amis duPlateau, devant le monument à Louis Tala-moni, à Champigny-sur-Marne (94).

Le vendredi 11 novembre, 14h30 Célébration de la Saint Martin organisée parl’association Cap Magellan, sur le Parvis de laMairie du 14ème, 2 place Ferdinand Brunot, àParis 14. Entrée et châtaignes gratuites etAnimations musicales.

Le samedi 12 novembre, 19h00 Soirée portugaise animée par Christophe Mal-heiro, organisée par Províncias de Portugal deRoubaix. Salle Richard Lejeune, 21 rue d’An-zin, à Roubaix (59).

Le dimanche 13 novembre, 14h00 Fête de la châtaigne, organisé par l’Associa-tion Portugal du Nord au Sud, avec anima-tions, folklore, bombos, géants,… Châtaignesoffertes. Gymnase du Lobel, 39 rue des deuxpiliers, à Saint Brice-sous-forêt (95). Entréelibre. Infos: 06.78.58.07.70.

Le samedi 19 novembre, 20h00 Dîner-spectacle de solidarité de la Santa Casada Misericórdia de Paris, animé par Bévindaet Dj Paulo. Salle Vasco da Gama, 1 rue Vascoda Gama, à Valenton (94). Infos: 01.79.35.11.03.

Le dimanche 20 novembre, 12h00 Repas dansant de fin d’année animé par DjJoliver et Carlos Pires, et organisé par l’Asso-ciation culturelle franco-portugaise de Krem-lin Bicêtre. Espace André Maigné, 18 bis ruedu 14 juillet, à Le Kremlin Bicêtre (94). Infos: 06.28.66.32.62.

Le vendredi 25 novembre, 20h00 Election de Miss Portuguesa França 2016,organisée par Lusopress. Salle Le Carrou-sel, rue de la Ferme du Presbytère, à Ozoir-la-Ferrière (77).

Le vendredi 2 décembre, 18h00 Loto des Pompiers au profit du Téléthon, or-ganisé par les associations Agora et Tel est Ar-genteuil. Salle Jean Vilar, 9 boulevard Héloïse,à Argenteuil (95). Infos: 06.24.25.79.27.

Le samedi 3 décembre, 19h30 Repas dansant animé par le groupe CordasSoltas et Duo Sorriso, au profit du Téléthon,

organisé par l’association Agora. Salle JeanVilar, 9 boulevard Héloïse, à Argenteuil (95).Infos: 06.24.25.79.27.

Le samedi 3 décembre, 20h00 Arraial Minhoto suivi d’un bal avec Luso La-tino. Participation du groupe folklorique Povoda Nóbrega de Créteil (Ponte da Barca), or-ganisé par l’Association culinaire portugaiseA Cozinharte qu préparera un «Cabrito estu-fado com batatas e arroz». Salle Associative,place Georges Dimitrov, à Sainte Geneviève-des-Bois (91). Infos: 07.81.50.65.16.

Le dimanche 4 décembre, 14h00 33ème anniversaire de l’émission Voz de Por-tugal sur IDFM, en collaboration avec l’As-sociation socioculturelle portugaise d’Epi-nay-sur-Seine. Fado avec Mara Pedro, NinaTavares et Lauriano, accompagnés par Ri-cardo Silva (guitarra) et João Silva (viola).Variétés avec Paula Soares, Papa London,Sonya, Christophe, Ysa Jb, Virginie, FredMora et Nuno Félix. Espace Lumière, ave-nue de Lattre de Tassigny, à Epinay-sur-Seine (93). Infos: 06.48.24.85.53.

Le samedi 19 novembre Soirée Rusgas. Casa de Portugal, 620 rueMansart, à Plaisir (78). Infos: 06.61.48.02.09.

Le dimanche 20 novembre Festival de folklore organisé par Les AmisFranco-Portugais de Montreuil, avec lesgroupes Vale do Ave de Montreuil, Povo daNóbrega de Créteil, Alegria do Minho de Vi-gnieux-sur-Seine et CCPPVE d’Argenteuil.Animation avec l’orchestre Carlos Pires. Gym-nase Henri Wallon, 5 rue Henri Wallon, àMontreuil (93). Infos: 06.22.48.07.05.

Le dimanche 20 novembre Festival de folklore organisé par la Casa dePortugal, 620 rue Mansart, à Plaisir (78).Infos: 06.61.48.02.09.

Le samedi 19 novembre, 16h00 Fête de la St. Martin, avec les groupes Baten’Avó (Cavaquinhos) et Sol de Portugal (CanteAlentejano). Au Soleil du Portugal, 61 rue Du-puytren, à Tourcoing (59). Offre de châ-taignes et Caldo Verde.

Le samedi 31 décembre, 22h00 Bal de la Saint Sylvestre avec Banda Sorriso

(pour la première fois en France) et Dj Aní-bal, organisé par le Comité de Fêtes d’Ar-genteuil. Salle Jean Vilar, 9 boulevardHéloïse, à Argenteuil (95). Infos: 01.39.81.28.70.

Le mardi 15 novembre, 22h45 «Eloquentia Indigo» premier long métragede Stephane de Freitas, coréalisé avec LadjLy. Sur France 2, dans son émission «InfraRouge».

Le dimanche 20 novembre L’association Alegres do Norte d’Ivry-sur-Seine organise une journée à Reims.Le départ se fera à 9h00, avec dans lamatinée la visite d’une cave de cham-pagne suivie dans l’après-midi par ladécouverte du Marché de Noël deReims (troisième plus grand marché denoël de France). Infos: 06.63.16.94.92

Du 25 novembre au 24 décembre Marché de Noël de Strasbourg avec laprésence d’une délégation de Idanha-a-Nova.

SPECTACLES

ABONNEMENT

Mon nom et adresse complète (j’écris bien lisible)

Prénom + Nom

Adresse

Code Postal Ville

Tel.

Ma date de naissance

J’envoie ce coupon-réponse avec un chèque à l’ordre de LusoJornal, àl’adresse suivante :LusoJornal:7 avenue de la Porte de Vanves75014 Paris

o Oui, je veux recevoir chez moi,

20 numéros de LusoJornal (30 euros)50 numéros de LusoJornal (75 euros).

!

Participation aux frais

LJ 284-II

PUB

FOLKLORE

Nina Tavaresna Rádio EnghienNo próximo sábado, dia 12 de no-vembro, os convidados do pro-grama ‘Voz de Portugal’ da rádioEnghien, são Nina Tavares e Lau-riano.No sábado seguinte, dia 19 de no-vembro, o convidado é o Dj Aníbal.

O programa tem lugar aos sábados,das 14h00 às 16h00, e às segundas,das 19h00 às 20h00, e pode ser ou-vido na região norte de Paris em FM98,0 ou por internet em:www.idfm98.fr.

lusojornal.com

PUB

SAINT SYLVESTRE

TÉLÉVISION

DIVERS

PUB