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Escola Sinodal
Sete de Setembro Valores para a Vida, Conhecimento para o Mundo!
PROJETO
POLÍTICO PEDAGÓGICO
Versão 2020
Escola Sinodal
Sete de Setembro Valores para a Vida, Conhecimento para o Mundo!
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ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL SINODAL SETE DE SETEMBRO
Mantenedora: Instituição Sinodal de Assistência, Educação e Cultura - ISAEC
CNPJ: 96.746.441/0017-73
Localização: Rua Coronel Alberto Schmitt, 681 – Centro – CEP: 99470-0000 – Não-Me-
Toque/ RS.
Fone: 54 3332-1754
Site: http://www.escolasetedesetembro.com.br
Registro:
Diretora: Professora Neiva Simone Heller
Coordenadora: Professora Paula Wildner
Presidente do Conselho Escolar: Sr. Vander Gilson Pagliarini
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
Versão: 2020
Atualizado pela Equipe: Direção, Coordenadora, Professores, Funcionários, Alunos e Pais.
Escola Sinodal
Sete de Setembro Valores para a Vida,
Conhecimento para o Mundo!
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APRESENTAÇÃO:
O Projeto Político-Pedagógico (PPP) da escola de Ensino Fundamental Sinodal Sete de
Setembro, além de ser uma exigência legal, expressa na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, permite a revelação da identidade da
Instituição, de suas concepções e de seus sonhos. Além disso, define a natureza e o papel
socioeducativo, cultural, político e ambiental da Escola, bem como sua organização e gestão
curricular.
O Projeto-Político-Pedagógico de toda escola deve ser inicialmente entendido como um
processo de mudança e de antecipação do futuro, que estabelece princípios, diretrizes e
propostas de ação para melhor organizar, sistematizar, significar e ressignificar as atividades
desenvolvidas pela escola como um todo.
Sua dimensão política e pedagógico pressupõe uma construção participativa que
envolve ativamente os diversos segmentos escolares e da sociedade. Dimensão esta que se
caracteriza como um dos eixos de trabalho proposto pela nossa escola. Ao desenvolver o Projeto
Político Pedagógico, as pessoas ressignificam suas experiências, refletem suas práticas,
resgatam, reafirmam e atualizam valores, explicitam seus sonhos e utopias, demonstram seus
saberes, dão sentido aos seus projetos individuais e coletivos, reafirmam suas identidades,
estabelecem novas relações de convivência e indicam um horizonte de novos caminhos,
possibilidades e propostas de ação.
Muitos problemas sociais, com os quais convivemos são objetos de estudos na
sociedade atual e a escola, como instituição formadora, não tem como se desvincular dessas
questões. Assim, reafirmamos a importância e finalidades do Projeto Político Pedagógico, o
qual se constitui como a alma da escola, simbolizando a vida e o trabalho de todas as pessoas
que fazem a educação no dia-a-dia (direção, equipe pedagógica, professores, alunos, pais,
funcionários da escola e a comunidade em que ela está inserida).
Um dos desafios a ser enfrentados pela escola contemporânea diz respeito às mudanças
proporcionadas na sociedade pelos últimos avanços tecnológicos, as quais tornaram instantânea
a comunicação no planeta e globalizaram a economia em um grande mercado, onde o
diferencial das nações depende da educação e a capacidade de iniciativa de suas populações.
Aspectos que são tidos como comuns no mundo atual, como o pluralismo político, a
multiculturalidade, a intolerância nas relações inter e intrapessoais, as diferenças de classe e de
oportunidades, o combate a toda forma de exclusão e a necessidade de inclusão social, são
dominantes, o que exige maior autonomia, novas formas de participação social e um novo tipo
de formação educacional.
Por tudo isso, o Projeto Político Pedagógico proposto pela nossa instituição, pretende
possibilitar e introduzir mudanças planejadas e compartilhadas coletivamente, pressupondo um
compromisso com a aprendizagem do aluno e com uma educação para a cidadania. Apresenta
também como referência, envolver todos os atores desse processo numa construção coletiva,
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em busca da excelência da educação, partindo de valores, concepções, princípios e crenças
presentes em todo o grupo e que dizem respeito ao futuro do homem e da sociedade, sua melhor
maneira de adquirir, transmitir e produzir conhecimentos capazes de orientar a sua caminhada
no dia-a-dia.
O Projeto Político Pedagógico aqui proposto está fundamentado numa metodologia
participativa, de uma responsabilidade assumida coletivamente e embasado nos pressupostos
teóricos da pedagogia histórico crítico, na qual se enfatiza os seguintes aspectos: a
aprendizagem significativa, onde todo conhecimento deve ser questionado; o interesse pelas
múltiplas dimensões do saber, a importância da aprendizagem para a vida e sua possível
aplicabilidade para a solução dos problemas sociais.
Assim, a visão a ser trabalhada em nossa escola em relação ao conhecimento é a de que
este deve responder aos desafios presentes na sociedade contemporânea, fazendo com que o
aluno possa integrar o que foi aprendido na construção de uma nova realidade social, retornando
à prática cotidiana com novas propostas de ação e mudanças, estabelecendo a relação prática-
teoria-prática.
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Sumário
1. CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA ................................................................................. 6
1.1. Histórico ....................................................................................................................... 6
1.2. Contextualização .......................................................................................................... 7
1.3. Objetivos da Escola ...................................................................................................... 8
1.4. Organização ESCOLAR .................................................................................................. 9
2. PERSPECTIVA PEDAGÓGICO-FILOSÓFICA DA ESCOLA ..................................... 11
2.1. Concepção de Educação e Escola .............................................................................. 15
2.2. Concepção sobre o Fazer Pedagógico ........................................................................ 15
2.3. Concepção de Inclusão ............................................................................................... 16
2.4. Concepção de Avaliação ............................................................................................ 16
2.5. Concepção sobre Perfil de Discentes ......................................................................... 17
2.6. Concepção de Educador e Funcionário Escolar ......................................................... 19
2.7. Sobre As Relações Entre Profissionais Da Escola E Discentes ................................ 22
3. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO ..................................................... 22
3.1. Pressupostos Pedagógicos Da Educação Infantil ....................................................... 22
3.2. Pressupostos Pedagógicos do Ensino Fundamental ................................................... 25
3.3. Atividades Extracurriculares ...................................................................................... 26
3.4. Projetos Institucionais ................................................................................................ 28
3.5. Atendimento Educacional Especializado ................................................................... 31
3.6. Formação Continuada ................................................................................................ 32
4. AVALIAÇÃO ................................................................................................................... 33
4.1. Avaliação da Aprendizagem ...................................................................................... 33
4.2. Avaliação Institucional ............................................................................................... 35
4.3. Avaliação de Desempenho Profissional ..................................................................... 35
5. REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 35
6. ANEXOS .......................................................................................................................... 37
6.1. Anexo 1: Matriz Curricular da Educação Infantil ...................................................... 37
6.2. Anexo 2: Matriz Curricular do Ensino Fundamental ................................................. 38
6.3. Anexo 3: Tabela de Profissionais que atuam na Escola Sinodal Sete de Setembro... 40
Escola Sinodal
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1. CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA
A Escola de Ensino Fundamental Sinodal Sete de Setembro tem mais de 100 anos de
história e tradição em nosso município e atende turmas Educação Infantil e Ensino
Fundamental.
1.1. Histórico
Em 1903 passa a residir em Não-Me-Toque o Pastor Peter Heirich Peterson pertencente
ao Sínodo Missouri.
Neste ano foi fundada a comunidade Luterana Alemã e em 1904 foi fundada uma escola
paroquial que recebeu o nome “Evangelischem Schule”, Escola Evangélica, este foi então o
primeiro nome da Escola Sete de Setembro.
As primeiras aulas foram dadas em um galpão onde hoje se encontra a residência do Dr.
Diether Schmiedt, e depois na capela recém construída.
Em 1909, o Pastor Brandt tocava violino e dava aulas de música e canto aos seus alunos.
Em 1914, o Pastor Theophil Diestch iniciou seus trabalhos em Não-Me-Toque.
Em 1916, foi fundada pelo Pastor juntamente com a colaboração de algumas famílias
da época como: Roese Kissmann, Fleck, Sturmm, Scherer, Nipp, Müller e outras, a Sociedade
Escolar Sete de Setembro, sendo eleito para presidente o senhor Gottfried Kissmann. Esta
Sociedade Escolar preocupou-se em divulgar o nome da Escola e construir um prédio próprio.
Com isso a Escola foi crescendo e chegaram sempre mais famílias ao povoado de Não-Me-
Toque.
O Pastor Theophil Dietsch além de trabalhar nas comunidades tinha que lecionar na
Escola, sendo diretor e professor. Por este motivo foi necessário pedir auxílio de um professor
que pudesse dedicar mais tempo à Escola. Com o apoio da Sociedade Escolar em 1918, foi
convidada a professora Emma Schmitt Rodrigues de Freitas que lecionava em Bom Sucesso.
Iniciou seus trabalhos em 01/03/1918 no velho galpão cedido pelo Sr. Antônio Graeff.
Em 1917, o número de alunos havia aumentado bastante, pois chegavam mais famílias
ao povoado de Não-Me-Toque.Nessa época as meninas e moças cujos pais residiam longe da
Escola passaram a morar na casa do Pastor Theophil Dietsch, que havia se casado há pouco
tempo com Lydia Dohms. Elas passaram a frequentar as aulas que muitas vezes eram à tarde.
Depois das aulas iam até a casa do Pastor onde ajudavam sua esposa nas tarefas da cozinha e
recebiam aulas de tricô e bordados.
Iniciou-se então em 1918, o internato feminino com algumas moças morando junto à
residência pastoral. Em 1919, foi ampliada a atividade de internato e a Sociedade Escolar
alugou uma casa para o internato feminino, onde também a professora Emma residia. Em 1920,
foi chamado para auxiliar a Dona Emma, o professor Schloesser, natural da Alemanha.
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Assim sob a direção do professor Schloesser, foi possível implantar o internato
masculino que no mesmo ano se iniciou a construção do prédio próprio. Este primeiro prédio
servia para aulas durante o dia e a noite para abrigar o internato masculino.
Para conseguir dinheiro para a construção do primeiro prédio sob a direção de Dona
Emma foram realizados teatros que eram apresentados na cidade de Não-Me-Toque, interior e
municípios vizinhos, a língua oficial era o alemão. Realizavam-se também, os famosos “Kerbs”
promovidos pelas comunidades religiosas.
Nos dias 25 de Julho e 7 de setembro as Escolas participavam de desfiles, faziam
bandeirinhas e enfeitavam parte das ruas onde esses passavam.
No ano de 1993 a Escola passou a fazer parte da Rede Sinodal de Educação que tem sua
sede no Morro do Espelho na cidade de São Leopoldo, tendo como mantenedora a ISAEC –
Instituição Sinodal de Assistência, Educação e Cultura localizadas em São Leopoldo/RS.
No ano de 2011, o Colégio Sinodal Sete de Setembro passou a ser chamado de Escola
de Ensino Fundamental Sinodal Sete de Setembro, decisão tomada e registrada em ata pelo
Conselho Escolar.
1.2. Contextualização
A Escola de Ensino Fundamental Sinodal Sete de Setembro, doravante denominada
Escola Sete, é um estabelecimento de ensino comunitário, filantrópico e confessional,
orientando-se pela doutrina luterana oferece Educação Infantil e Ensino Fundamental. A Escola
localiza-se na Rua Coronel Alberto Schmitt, 681 na cidade de Não-Me-Toque/RS e integra-se
à Rede Sinodal de Educação e tem como Instituidora e apoiadora a Comunidade Evangélica
Martin Luther de Não Me Toque e como mantenedora legal a Instituição Sinodal de Assistência,
Educação e Cultura– ISAEC, com sede na Avenida Doutor Mario Sperb, 872 na cidade de São
Leopoldo, RS.
Esta Instituição de ensino é reconhecida pelo seu trabalho frente a comunidade e vem
construindo uma história que se consolida a cada dia que passa, conforme apontam os seus
aspectos históricos, o contexto em que se encontra inserida, seus objetivos e as ações
desenvolvidas. Para o atendimento a Educação Infantil e Anos Iniciais, a Escola disponibiliza
Turno Inverso com recreação e momentos de aprendizagens. Ainda, na sedimentação da
formação das crianças e dos estudantes, oferece Oficinas Extracurriculares opcionais, no contra
turno na área da música, esportes e da tecnologia. Quanto ao suporte à integração família-escola,
a Escola Sete reconhece e respeita as diferentes formas de organização das famílias e prioriza
momentos de diálogo e escuta, buscando, em seu cotidiano, estabelecer estreita comunicação,
fazendo uso, para tanto, de meios adequados.
Cabe destaque a associação da Escola Sete à Rede Sinodal de Educação, que promove,
entre as comunidades docentes e discentes das escolas a ela integradas, intercâmbio e formação
de diretores, professores, coordenadores pedagógicos e estudantes. Assim como a Mantenedora
ISAEC (Instituição Sinodal De Assistência, Educação e Cultura) que dá todo apoio e formação
administrativa.
As Escolas da Rede Sinodal são reconhecidas historicamente por sua preocupação com
o fazer pedagógico diferenciado e qualificado, onde há a valorização de forma especial à
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formação humanística, interagindo, em decorrência, com o contexto econômico, político, social
e cultural em que se insere.
A Escola possui um vasto espaço físico destinados para aprendizagens significativas e
momentos de socialização com pracinhas infantis, salão de esporte para a prática de Educação
Física e uma ampla área verde. Conta-se com computadores conectados à internet e sala de
leitura com amplo acervo bibliográfico para pesquisa e atividades diversificadas. Há também
um Laboratório de Ciências da Natureza, um Laboratório de Matemática, Laboratório de
Linguagens e um Laboratório de Ciências Humanas. Estes laboratórios são utilizados pelos
Anos Finais, onde os alunos mudam de sala na troca de períodos.
As salas de aula dos Anos Iniciais e Educação Infantil são organizadas por séries e
possuem banheiro em cada sala. A escola possui também sala específica para direção, sala de
coordenação pedagógica, secretaria, cantina, sala dos professores e Sala de Recursos
Multifuncionais. Os ambientes internos e externos têm condições adequadas e permanentes de
conservação da higiene, da salubridade e da segurança conforme sugere a lei e com acesso
facilitado aos portadores de deficiência física. Todas as salas possuem iluminação e ventilação
direta, com mobiliários e equipamentos adequados à faixa etária. Os sanitários são individuais
e em número suficiente. Existe um banheiro exclusivo para na sala dos professores e na
secretaria para professores e funcionários.
Nas proximidades da escola encontramos pontos de comércio, os hospitais e a praça
municipal Dr. Otto Schmiedt (distante apenas duas quadras). O ginásio onde são realizadas
atividades recreativas e físicas (Pavilhão Evangélico) localiza-se a uma quadra do educandário.
As casas próximas são todas muito bem conservadas, pertencentes a moradores de classe média
alta e há preocupação de manter as ruas e calçadas limpas e floridas.
Contamos com alguns alunos matriculados no turno da manhã que residem na zona
rural, estes utilizam o transporte escolar, mantido pela prefeitura.
As ruas de acesso são pavimentadas e de boa conservação, possuem iluminação pública,
saneamento básico, coleta seletiva de lixo.
Com o objetivo de intensificar ainda mais a importância dos valores morais, a Escola
Sete, realiza desde o ano de 2007 o Projeto Social “Pelos Caminhos da Solidariedade” que tem
como objetivo reconhecer que a partir de ações solidárias estabelecemos vínculos entre valores
que são sólidos e renovamos posturas que podem gerar novas possibilidades. Deste projeto
fazem parte inúmeras atividades que acontecem durante o ano letivo, entre elas está a Doação
de Material escolar, Páscoa Solidária e Recital Solidário.
1.3. Objetivos da Escola
A Escola Sete concretiza as suas finalidades propostas através de um trabalho orientado
dentro dos princípios da confessionalidade luterana aberta para toda a sociedade com a Missão
de promover uma educação de qualidade que oportunize aos alunos o desenvolvimento de um
potencial criativo e responsável, para que eles se identifiquem, se auto realizem e assumam um
compromisso social.
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A partir da Visão de ser uma instituição de referência, com profissionais qualificados,
reconhecida por excelência, investindo na formação integral da criança e do adolescente, que
serão os gestores do amanhã, comprometidos e atuantes na sociedade. Para isso a Escola se
propõem a:
• Proporcionar uma formação multidisciplinar e interdisciplinar, promovendo a liberdade de
criação e de expressão, oportunizando atividades pedagógicas que desenvolvam habilidades e
competências, transformando informações em conhecimento;
• Oportunizar o crescimento de um cidadão transformador e atuante, preparado para um futuro
promissor, sendo exemplo de ética, integridade moral e comprometimento social;
• Investir em profissionais qualificados que promovam uma educação de qualidade,
beneficiando a formação integral dos alunos;
• Desenvolver um currículo conforme os princípios de liberdade, justiça, amor e fraternidade,
de modo que o educando possa compreender esses valores, desenvolvendo assim, uma postura
crítica diante do meio em que vive;
• Orientar os alunos para que sejam capazes de pesquisar, observar, analisar, interpretar e
posicionar-se criticamente frente a sua realidade;
• Oportunizar os alunos a compreenderem o cotidiano que os cerca, por meio de relações
individuais e sociais, ampliando assim, seus conhecimentos nas diferentes áreas integrando-os
junto ao contexto social em que vive.
• Educar para que transformem a realidade social adquirindo a capacidade de questionar a
realidade, formular hipótese acerca de problemas, verificar a sua validade por meio da
observação, da coleta e da análise de dados, chegando a conclusões e até mesmo a
generalizações;
• Proporcionar aos alunos instrumentos para que possam desenvolver a responsabilidade e o
gosto pelo trabalho em equipe; desenvolver a argumentação e a crítica; desenvolver a atenção,
a concentração, a percepção, a autonomia e a memória; desenvolver a confiança nas suas
próprias capacidades, identificando seus limites.
1.4. Organização ESCOLAR
A estrutura do ensino na Escola Sete segue em sintonia com o que apresenta a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDB nº 9.394/96. Lembrando que as diferentes etapas
têm uma função social e uma finalidade educativa a ser desenvolvida junto aos estudantes que
se complementam e integram-se com o propósito de contribuir na formação do indivíduo, ou
seja, no seu processo de aquisição gradativa e integralizada do saber.
A Escola Sete atende Alunos da Educação Infantil(alunos de 2 a 5 anos) com as turmas:
Pré- Kinder 1 e 2, Kinder, Jardim 1 e Jardim 2; e Ensino Fundamental do 1º ao 9º ano; Turno
Inverso optativo para alunos da Educação Infantil e Anos Iniciais.
1.4.1. Horário de Atendimento
As aulas na Escola Sete são divididas nos turnos da manhã (7h40min às 11h40min) e
tarde (13h20min às 17h20min) conforme segue:
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- Educação Infantil: as aulas acontecem no turno da tarde totalizando 20h semanais.
- Ensino Fundamental está dividido em: Anos Iniciais (1º ao 5º ano): Aulas são ministradas
pela unidocência onde as turmas do 1º ao 3º ano frequentam as aulas no turno da tarde
totalizando 20h semanais e as turmas do 4º e 5º anos no turno da manhã e uma tarde
totalizando 24h semanais; Anos Finais(6º ao 9º ano) Aulas serão ministradas por
componentes curriculares no turno da manhã e uma tarde e meia totalizando 26h semanais.
O Turno Inverso é atendido no horário das 7h10min às 12h10min no turno da manhã e
das 13h20min às 17h20min no turno da tarde.
Como forma de atender as necessidades das famílias contamos com o horário estendido
que recebe alguns a alunos da Educação Infantil às 12h50min e ficam com os alunos do turno
da tarde que necessitam deste tempo, até as 18h30min.
1.4.2. Organização Administrativa e Pedagógica
A administração geral da Escola Sete é exercida pelo Conselho Escolar, que é o órgão
responsável pelo estabelecimento da política educacional e administrativa da Escola, bem como
pelo controle e avaliação do sistema escolar. Este Conselho é composto por 07(sete) membros
indicados pelo Presbitério da Comunidade Evangélica de Não-Me-Toque, e nomeado pela
Diretoria da ISAEC. As atribuições e a forma de funcionamento do Conselho Escolar estão
definidas em regimento próprio, aprovado pela mantenedora.
A Direção da Escola é exercida pelo Diretor legalmente habilitado, designados pela
Entidade Mantenedora, cabe a ele coordenar e supervisionar todas as atividades administrativas
e técnico-pedagógicas da Escola. Esse profissional une conhecimentos administrativos,
pedagógicos e cuida da educação dos alunos, mantendo igualdade nos pilares administrativo,
pedagógico e comunitário
O Setor técnico-administrativo mantém na Escola Sete uma secretaria a cargo de um
Assistente Administrativo devidamente habilitado. A Secretaria é o centro de todo o
processamento de registro das atividades escolares, mantendo a escrituração escolar de acordo
com as exigências legais de modo a possibilitar, a qualquer tempo, a verificação de sua
regularidade e autenticidade, bem como, a identidade de cada aluno em relação aos registros a
ele pertinentes.
A Equipe Pedagógica é formada pela Coordenação Pedagógica e pela Orientação
Educacional que realizam um trabalho de liderança que ajuda a escola a desempenhar melhor
o seu processo de ensino-aprendizagem, em função de uma educação de qualidade oferecida
aos alunos. Na Escola Sete essa Equipe é formada por uma Coordenadora Pedagógica
devidamente habilitada que é responsável pela coordenação das ações didático-pedagógicas,
que acontecem na instituição escolar como mediador entre o currículo e os professores, bem
como entre pais de alunos e corpo docente. A Orientação Educacional no Sete é assumida pela
Coordenadora Pedagógica com auxílio da Direção Escolar, que tem por objetivo trabalhar as
questões intrapessoais e interpessoais com alunos, pais e professores da Escola. Acompanha o
aluno em seus diferentes estágios de desenvolvimento biopsicossocial e faz as intervenções
necessárias. Apoia o aluno para que ele possa se sentir fortalecido em seus posicionamentos e
em suas tomadas de decisão; a Orientação educacional na Escola Sete tem nos Professores
Conselheiros de turmas uma instância importante no processo de execução de sua proposta de
trabalho.
O Setor de Apoio Pedagógico se constitui com a Sala de Leitura, Sala de Recursos
Multifuncionais e Conselho de Classe. Este setor com seus responsáveis, que possui suas
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atribuições descritas no Regimento Escolar, auxiliam a Equipe Pedagógica de forma
significativa, pois ajudam a pensar e organizar as estratégias de aprendizagem eficientes. Neste
apoio também se inclui o Professor Conselheiro que é um dos professores da classe que mantém
maior contato hora-aula semanal com os alunos e coopera com o serviço de Coordenação
Pedagógica e Orientação Educacional no desenvolvimento das atividades.
A Equipe de Docentes é formada pelos Professores que atuam na escola promovendo
nos alunos uma postura crítica diante do meio em que vivem, sendo capazes de: observar,
analisar, interpretar e se posicionar criticamente.
Os Funcionários da Escola Sete, além dos acima citados, são contratados para o
exercício de funções específicas definidas. Pertencem a este grupo as Auxiliares Pedagógicas,
as Monitoras, os Auxiliares de Limpeza, os Auxiliares de Manutenção e Inspetor de Alunos.
Todos os colaboradores possuem formação em suas áreas específicas conforme a
legislação vigente, assim como buscam a formação continuada, pois tão importante quanto a
formação inicial dos profissionais que atuam na Escola Sete é a continuação dos estudos.
1.4.3. Integração da Comunidade Escolar
A Comunidade Escolar é formada pelos professores e profissionais que atuam na escola,
por alunos matriculados que frequentam as aulas regularmente e por pais e/ou responsáveis dos
alunos.
Quanto ao suporte à integração família-escola, a Escola Sete reconhece e respeita as
diferentes formas de organização das famílias e prioriza momentos de diálogo e escuta,
buscando, em seu cotidiano, estabelecer estreita comunicação, fazendo uso, para tanto, de meios
adequados. Nesse sentido, também concorre para essa integração o grupo de Madrinhas e
Padrinhos das turmas e o Grêmio Estudantil Sete de Setembro - GESS, que, além da
participação, possui papel relevante na integração com a comunidade em geral.
Diferentes atividades são planejadas e organizadas durante o ano, onde a interação de
toda comunidade Escolar aconteça.
2. PERSPECTIVA PEDAGÓGICO-FILOSÓFICA DA ESCOLA
A escola, enquanto instituição formativa deve decidir-se por seus rumos e questionar
constantemente sua função. Uma escola que não consegue se decidir por um projeto
educacional, caminha sem direção e tem poucas chances de contribuir para a formação cidadã,
atendendo aos anseios contemporâneos e ao desenvolvimento pleno das atuais e futuras
gerações.
A Escola Sete assume sua condição confessional luterana e qualidade comunitária
ancorada nos princípios históricos e teológicos que refletem a mensagem cristã. É nessa
condição que os elementos indicativos da ética social de Lutero concorrem para a construção
de um fazer pedagógico que respeita a vida, onde o ser ético, é ser capaz de atuar de forma
democrática, como um princípio que abrange as dimensões pedagógica, administrativa e
financeira, implicando na democracia, no poder compartilhado e na participação efetiva do
Escola Sinodal
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coletivo como compromisso que supera o individualismo e que está voltada para a formação de
um comprometimento do estudante com o outro ser humano.
Contudo, a Escola Sete, independentemente de sua dimensão confessional luterana,
prima pelo respeito aos direitos de cada um seguir sua própria crença, e firma-se sobre a
necessidade de compreender e respeitar tal contexto, não pretendendo o doutrinamento
religioso.
Quando a escola assume a responsabilidade de atuar na transformação e na busca do
desenvolvimento social, seus agentes devem empenhar-se na elaboração de uma proposta para
a realização desse objetivo. Na dimensão pedagógica, reside a intencionalidade da escola.
A escola é um espaço de formação no qual se transmite um conceito específico de
pessoa, de mundo e de história. É um lugar privilegiado para o diálogo. Para tanto, deve orientar
e investir nos valores e normas que fortaleçam o sentido de coletividade. O regramento social
com o compartilhamento de vivências busca a construção de um espaço solidário.
Por isso, a educação preconizada no Projeto Político Pedagógico de nossa Escola,
fundamenta-se no princípio de ofertar um modelo de educação que dê conta de contribuir para
a formação de cidadãos conscientes do seu papel na sociedade, através da construção,
disseminação do conhecimento (re)leitura de mundo, num processo contínuo de aprendizado e
envolvendo professores, alunos, funcionários e toda a comunidade. O projeto enfatiza também
a intencionalidade da realização de um desafio: promover ações educativas, no sentido de
desvelar as causas da exclusão, de possibilitar a vivência de práticas inclusivas, tanto no que se
refere ao conhecimento que é trabalhado, quanto nas formas de participação no espaço escolar.
Portanto, sentimos a necessidade de empreender uma proposta de trabalho coletivo, a
qual possa ofertar subsídios para vencer as barreiras e entraves que inviabilizam a construção
de uma Escola que eduque de fato para o exercício pleno da cidadania e seja instrumento real
de transformação social. Neste processo é fundamental um currículo fundamentado nos quatro
pilares da educação: Aprender a Conhecer, Aprender a Fazer, Aprender a Viver Juntos,
Aprender a Ser.
• Aprender a Conhecer: Através da ação-reflexão-ação a escola favorece espaço para a
curiosidade desenvolvendo o espírito de busca, de pesquisa, do prazer da própria descoberta e
de novas fontes de saber. O conhecimento é percebido como o resultado entre a interação do
sujeito com a informação e o significado que este lhe atribui. No processo de construção do
conhecimento o educando é o protagonista, sendo o processo mediado pelo educador.
• Aprender a Fazer: Consiste essencialmente em aplicar, na prática, seus conhecimentos
teóricos. É fundamental que o educando saiba se comunicar, não apenas reter e transmitir
informações, mas também interpretar e selecionar, desenvolvendo habilidades e competências
para o trabalho. O aprender a conhecer e o aprender a fazer são indissociáveis, sendo que o
aprender a fazer está ligado à formação profissional.
• Aprender a Conviver: Trata-se do campo das atitudes e valores. A Escola é um espaço
social onde se aprende a acolher e respeitar as diferenças, através da vivência de relações
pautadas no diálogo em atitude de cooperação, solidariedade e responsabilidade na busca de
uma cultura de paz, tolerância e compreensão.
• Aprender a Ser: Direcionada à formação individual no que se refere à educação de
valores e atitudes. A Escola oportuniza vivências para o autoconhecimento, entendendo o
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sujeito como corpo, espiritualidade, inteligência, sensibilidade, sentido estético,
responsabilidade pessoal individual e ética. Pretende-se formar sujeitos autônomos,
intelectualmente ativos e independentes, capazes de estabelecer relações interpessoais, de
comunicarem e evoluírem permanentemente, intervindo de forma consciente e proativa na
sociedade.
Refletindo também sobre o “cuidar e educar” na Educação Infantil, vimos que de um
lado, as crianças necessitam dos cuidados essenciais ligados às questões de alimentação,
vestuário, saúde. De outro, necessitam também da interferência do adulto, para a realização
destes cuidados e outras tarefas do dia-a-dia. Com esta análise concluímos que os atos ligados
aos cuidados são extremamente importantes.
Porém, a partir dos avanços já ocorridos em relação ao atendimento de crianças, vindos
de novas formas de concepção do desenvolvimento infantil ocorridas em nível mundial,
repassa-se aos adultos a responsabilidade em questão dos direitos das crianças pequenas de
forma integral.
Entende-se que, a organização do tempo e do espaço nas instituições, deve partir das
necessidades de desenvolvimento e das diferenças individuais apresentadas pelos alunos. Para
que a estruturação espaço-temporal tenha significado, acreditamos ser de fundamental
importância o educador conhecer como as crianças se desenvolvem brincam, como estas
brincadeiras se desenvolvem, o que mais gostam de fazer, em que espaços preferem ficar, o que
lhes chama mais a atenção, em que momento do dia está mais tranqüilo ou mais agitado.
De acordo com as DCNEI, em seu Artigo 9º, os eixos estruturantes das práticas
pedagógicas dessa etapa da Educação Básica são as interações e a brincadeira, experiências nas
quais as crianças podem construir e apropriar-se de conhecimentos por meio de suas ações e
interações com seus pares e com os adultos, o que possibilita aprendizagens, desenvolvimento
e socialização.
Para isso vários tipos de atividades devem envolver a jornada diária dos infantes, como
o horário da chegada, a alimentação, a higiene, as brincadeiras, os jogos diversificados (como
o de faz-de-conta, os jogos imitativos e motores), a exploração de materiais gráfico e plástico
(os livros de histórias, as atividades coordenadas pelo adulto) e outros. Da mesma forma é de
suma importância à interação entre as crianças, esta interação acontece em todos os momentos
bem planejados, o qual os docentes poderão escolher e organizar estas situações. Da mesma
forma tão importante quanto será também a interação sozinha com o meio.
Para atingirmos todos os objetivos na Educação Infantil devemos levar em consideração
os direitos de aprendizagem e desenvolvimento citados na BNCC que asseguram, na Educação
Infantil, as condições para que as crianças aprendam em situações nas quais possam
desempenhar um papel ativo em ambientes que as convidem a vivenciar desafios e a sentirem-
se provocadas a resolvê-los, nas quais possam construir significados sobre si, os outros e o
mundo social e natural. Conforme a Base Nacional Curricular Comum para a Educação Infantil
são seis os direitos de aprendizagem: Conviver, Brincar, Participar, Explorar, Expressar e o
Conhecer-se.
O Ensino Fundamental, com nove anos de duração, é a etapa mais longa da Educação
Básica, atendendo estudantes entre 6 e 14 anos. Há, portanto, crianças e adolescentes que, ao
longo desse período, passam por uma série de mudanças relacionadas a aspectos físicos,
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cognitivos, afetivos, sociais, emocionais, entre outros. Como já indicado nas Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de Nove Anos (Resolução CNE/CEB nº
7/2010)28, essas mudanças impõem desafios à elaboração de currículos para essa etapa de
escolarização, de modo a superar as rupturas que ocorrem na passagem não somente entre as
etapas da Educação Básica, mas também entre as duas fases do Ensino Fundamental: Anos
Iniciais e
Anos Finais.
Embasados com a Base Nacional Curricular Comum e o Referencial Curricular Gaúcho
acredita-se que nos Anos Iniciais, ao valorizar as situações lúdicas de aprendizagem, aponta
para a necessária articulação com as experiências vivenciadas na Educação Infantil. Dessas
experiências devem resultar as novas formas de relação com o mundo, as novas possibilidades
de ler e formular hipóteses sobre os fenômenos, de testá-las, de refutá-las, de elaborar
conclusões, em uma atitude ativa na construção de conhecimentos.
As características dessa faixa etária demandam um trabalho, no ambiente escolar, que
se organize em torno dos interesses manifestos pelas crianças, de suas vivências mais imediatas
para que, com base nessas vivências, elas possam, progressivamente, ampliar essa
compreensão, o que se dá pela mobilização de operações cognitivas, cada vez mais complexas
e pela sensibilidade para apreender o mundo, expressar-se sobre ele e nele atuar.
Nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental, a ação pedagógica deve ter como foco
a alfabetização, a fim de garantir amplas oportunidades para que os alunos se apropriem do
sistema de escrita alfabética de modo articulado ao desenvolvimento de outras habilidades de
leitura e de escrita e ao seu envolvimento em práticas diversificadas de letramentos. Ao longo
dos anos iniciais ampliam-se a autonomia intelectual, a compreensão de normas e os interesses
pela vida social, o que lhes possibilita lidar com sistemas mais amplos, que dizem respeito às
relações dos sujeitos entre si, com a natureza, com a história, com a cultura, com as tecnologias
e com o ambiente.
Nos Anos Finais, que os estudantes se deparam com desafios de maior complexidade,
sobretudo devido à necessidade de se apropriarem das diferentes lógicas de organização dos
conhecimentos relacionados às áreas. Tendo em vista essa maior especialização, é importante,
nos vários componentes curriculares, retomar e ressignificar as aprendizagens do Ensino
Fundamental – Anos Iniciais no contexto das diferentes áreas, visando ao aprofundamento e à
ampliação de repertórios dos estudantes.
Neste segmento a escola pode contribuir para o delineamento do projeto de vida dos
estudantes, ao estabelecer uma articulação não somente com os anseios desses jovens em
relação ao seu futuro, como também com a continuidade dos estudos. Esse processo de reflexão
sobre o que cada jovem quer ser no futuro, e de planejamento de ações para construir esse
futuro, pode representar mais uma possibilidade de desenvolvimento pessoal e social.
.O professor/educador deve prever mecanismos, recursos didáticos e ferramentas que
atendam todos os alunos e com muita atenção e cuidado. Este atendimento deve sempre ser de
inclusão e ter como objetivo resgatar e respeitar o potencial que cada criança tem,
proporcionando aos alunos aprendizagens significativas com métodos de ensino que focam
tanto no desenvolvimento do aluno quanto na formação de valores.
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2.1. Concepção de Educação e Escola
A ideia-chave do trabalho de nossa instituição respalda-se na relação que se pretende
estabelecer com os professores, alunos e os conteúdos de aprendizagem através de atividades
planejadas cuidadosamente. Essas deverão ser significativas, voltadas para os alunos; e os
professores deverão ter como propósito ensinar, pensar e preparar os alunos para um futuro de
resolução de problemas, de tomada de consciência, de decisões e de aprendizagem.
Quando pronunciamos a expressão “ensino aprendizagem”, criamos a imagem de que
estes dois termos constituem uma unidade indissociável, dividida apenas por questões
gramaticais, mas na realidade vemos que não existe esta unidade inseparável, pois, pode haver
ensino sem aprendizagem como também pode haver aprendizagem sem ensino.
Por assumir a ideia de que ensinar equivale a aprender, a educação tem se centrado
tradicionalmente no ponto de vista do ensino, tirando a partir daí conclusões sobre a
aprendizagem. Preocupados com a ideia de que a pedagogia tem girado fundamentalmente em
torno dos métodos de ensino, e não de aprendizagem, crendo que os métodos de ensino
coincidem com os de aprendizagem, o que nem sempre acontece, faz-se necessário pensar na
formação integral aproveitando todo potencial do aluno.
Em vista ao exposto, entendemos que uma escola de qualidade só será efetivada no
ambiente escolar se todos assumirem o compromisso de lutar pelos anseios e sonhos idealizados
pela educação. A Escola deve buscar, em conjunto com a família, formar cidadãos do bem,
felizes e responsáveis em um espaço acolhedor, onde há ensino de qualidade com a busca
constante pelo crescimento e uma aprendizagem forte.
O contato efetivo e afetivo entre Escola, alunos e famílias passa a concretizar uma
parceria, onde acontece a valorização de cada um prezando os direitos iguais um onde busca-
se cada vez mais a formação humana tornando a escola de excelência e aberta ao diálogo.
2.2. Concepção sobre o Fazer Pedagógico
Oferecemos uma proposta pedagógica que sustenta uma visão de educação que parte
das atividades significativas do cotidiano à consciência cientifica e social sistematizada e, assim
auxilia na construção da consciência baseada na interação, na busca da verdade, da realização
humana, do respeito, da solidariedade, da responsabilidade, do senso crítico e criatividade, para
uma educação transformadora do ser humano e da coletividade em que está inserido. Isto tudo
em um ambiente educacional estimulante, valorizando a aprendizagem como um processo de
construção seguindo o interesse da criança, o qual se origina no interior do indivíduo.
Organizar e dirigir situações de aprendizagem exige do professor competências
específicas, como conhecer os conteúdos a serem trabalhados com os alunos e sua tradução em
objetivos de aprendizagem. Fundamental também neste processo é saber a qual tendência
pedagógica a instituição se identifica. A Escola Sete se identifica com a tendência construtivo-
interacionista, onde o conhecimento é entendido não apenas como uma coleção de informações
ou como o desenvolvimento espontâneo de aspectos biopsicológicos, mas como o
desenvolvimento de estruturas mentais, uma estrutura organizada que permite a transformação
da informação em conhecimento.
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Neste sentido as atividades são realmente significativas para os alunos, pois os
professores tem como propósito orientar, com metodologias ativas os alunos a construir os seus
conhecimentos preparando-os para um futuro de resolução de problemas, de tomada de
consciência, de decisões e de aprendizagem. Esta construção só acontece quando há a interação
e a reflexão, por acreditarmos que todos os mecanismos didáticos e os recursos pedagógicos
ajudam muito, porém, sozinhos, não são o núcleo de um ensino autêntico.
Contudo, para alcançarmos este propósito teremos que usar a avaliação como forte
aliada neste processo, pois a avaliação da aprendizagem orienta a situação didática que envolve
o educando e professor, com a pretensão de servir de base para a reflexão e tomada de
consciência sobre a prática educativa. Avaliação consiste em atribuir aspectos relevantes de
conhecimento e da aprendizagem do aluno, visando uma tomada de decisão.
2.3. Concepção de Inclusão
A inclusão nos remete às diferenças no meio social em que se vive e com o qual se
estabelecem relações. É preciso conhecer as particularidades do outro para, então, orientá-lo de
maneira adequada onde se percebe a forma como o estudante se desenvolve, brinca, aprende,
age e reage aos estímulos e ao meio que o cerca traz elementos para melhor entendê-lo e intervir
positivamente.
Na Escola Sete, o compromisso de educar está aliado à responsabilidade do estudante,
da família e dos profissionais externos que o acompanham, ao compartilhamento de
informações e recursos que beneficiam o desenvolvimento do estudante e ao fornecimento de
uma avaliação formal, do profissional habilitado, a respeito da deficiência e/ou síndrome que
apresenta.
Considerar as diferentes características, interesses, habilidades e necessidades de
aprendizagem são de fundamental importância, sendo, porém, preciso verificar as condições de
aprendizagem que a Escola pode oferecer. A Escola Sete prioriza o bem-estar dos estudantes,
estabelecendo critérios que visam beneficiar a aprendizagem e o desenvolvimento de todos.
A presente política justifica-se pelo compromisso da Escola em alinhar os
procedimentos pela busca da qualificação e fortalecimento da prática inclusiva. Avaliar cada
situação de acordo com a necessidade do estudante conduz a Escola a estratégias de intervenção
no que se refere às necessidades educacionais específicas, seja por meio das orientações
recebidas por profissionais especializados e/ou pelo conhecimento e prática adquiridos na
relação diária entre Escola e estudante. A partir disso, são apresentados os possíveis
encaminhamentos para os casos que a Escola atende.
2.4. Concepção de Avaliação
No cenário atual, a avaliação serve como instrumento para verificação da aprendizagem.
Por meio dela, é possível saber se a turma assimilou os conhecimentos e apresentou bons
resultados, se é necessário fazer algum trabalho individual e até se as estratégias de ensino
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precisam ser modificadas. A ideia é desenvolver o estudante em suas mais diversas dimensões,
como física, intelectual, cultural e emocional.
Realmente neste cenário novo a avaliação vai muito além de apenas provas escritas, que
deverão existir também, porém novos instrumentos devem ser inseridos neste processo. Entre
as diferentes possibilidades de avaliação encontra-se também a avaliação em grupo que tem o
objetivo de analisar os estudantes em âmbitos individual e grupal: Elaborando formulários com
perguntas que estimulem a reflexão; orientando os alunos a fazerem uma autoavaliação com
base nas perguntas; solicitando a apresentação das respostas; indicando à turma para avaliar os
colegas. Assim é possível avaliar o desenvolvimento do estudante em um projeto ou período,
ou sua colaboração entre os membros da equipe.
Organizar arquivos pessoais de atividades armazena as produções dos alunos com o
passar do tempo. Com isso, é possível verificar o desenvolvimento de habilidades e
competências. Entre suas facilidades está a possibilidade de trabalhar com: resenhas, narrativas,
dissertações, desenhos, imagens, coleção de notícias e reflexão sobre informações.
A ideia é fazer da avaliação uma forma para identificar as expectativas de aprendizagem
e torná-las visíveis para saber se o desenvolvimento esperado está sendo atingido e quando o
mesmo não acontece encontrar formas de recuperação para suprir as dificuldades encontradas.
Por isso, o foco é o processo e o desenvolvimento das atividades. Entre as possibilidades de
avaliação estão: dimensões de esforço e dedicação, proficiência ou avanço pelas etapas da
atividade, e habilidades e competências exercidas.
Com o aumento da inserção da tecnologia, segundo a BNCC , aumenta-se também a
construção do conhecimento por meio desta ferramenta, pois esta está muito presente no
cotidiano dos alunos, assim como facilita a elaboração de provas e avaliações e ter estudantes
mais engajados e capazes de analisar diferentes situações. Isso contribui para a melhoria do
processo decisório e desenvolvimento de habilidades. Esta proposta está determinada na
Competência 5 da BNCC, que sinaliza:
Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e
comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas
diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar,
acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver
problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
A avaliação passa a ser um instrumento valioso para a ampliação da aprendizagem onde
deve acontecer o desenvolvimento da criatividade, do autoconhecimento, da cooperação e da
resiliência. Essa é uma maneira do aluno estar preparado para continuar os estudos, cuidar de
sua saúde física e mental, além de ter uma renda mais estável.
2.5. Concepção sobre Perfil de Discentes
O aluno da Escola Sete deverá ser responsável, crítico, criativo, autônomo, curioso,
pesquisador, participativo, educado, entusiasmado, que respeite normas e regras básicas de
comportamento e conduta da instituição, bem como o espaço físico, sabendo se localizar nas
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dependências da escola. É importante que o aluno aprenda a se organizar com os horários da
escola, seu lanche, seu material, higiene, o que vai fazendo com que sua autonomia seja mais
desenvolvida.
O aluno deverá se responsabilizar pelas tarefas em sala de aula e de casa, assim como
pelos materiais escolares, horários, regras e rotinas estabelecidas. Deverá ser capaz de levantar
hipóteses, tendo interesse de buscar a descoberta, a experiência, a solução de problemas, de
observar e explorar o mundo que a cerca, atuando com liberdade, espontaneidade, criatividade.
Construir conhecimentos sobre o mundo compartilhando saberes e descobertas,
expressando suas ideias e posições, ouvindo os colegas e professores ampliando seus interesses
valorizando o próprio pensamento e o de cada um no grupo, tendo tolerância com os próprios
erros e dos outros. O aluno deverá ter a capacidade de realizar trabalhos individuais e coletivos,
pois ambos são indispensáveis para o seu desenvolvimento psicossocial. Ao trabalhar em
equipe, o aluno deve respeitar as diferenças e os limites de cada um, compartilhando ideias e
conhecimentos, facilitando assim o convívio social. Da mesma forma surge a importância de
saber lidar com suas necessidades afetivas e buscar sempre resolver conflitos quando surgem.
O aluno deverá se responsabilizar pelo patrimônio da instituição, zelando por toda a
estrutura e materiais, mantendo organizado e limpo os ambientes que utiliza pelo seu próprio
bem estar e coletivo. Isto consiste em ser ciente de sua responsabilidade em relação ao
patrimônio escolar, tendo consciência que este é de uso coletivo, zelando e mantendo sua
conservação, tendo pleno conhecimento de seus direitos e deveres.
O aluno deve ser comprometido com a escola como um todo, ou seja, deve ser assíduo,
responsável, pontual, crítico, participativo, autônomo, questionador, pesquisador, um líder positivo,
organizado, que saiba respeitar as regras pré- estabelecidas e ser comprometido com seu estudo, sendo
autônomo na construção de seus conhecimentos.
Tanto na relação entre professor e aluno, aluno e aluno, o princípio norteador deve ser
o respeito mútuo num processo de socialização, de construção de normas e regras sociais. Saiba
ultrapassar sua timidez e não tenha medo de ser corrigido, respeitando professores, funcionários
e colegas.
Que o aluno tenha a capacidade de ser participativo em todos os momentos de
aprendizagem, onde aproveita as oportunidades de troca de conhecimentos e convivências. Que
ele realize estudos com horários diários tendo como objetivo fixar os conteúdos trabalhados em
aula, buscando atividades relacionadas com a aprendizagem para complementar o programa
regular.
Para alcançar seus objetivos é necessário que o aluno identifique junto com o professor
sua forma de aprender e desenvolva técnicas que contribuam para a aprendizagem, sendo
conscientes da importância do estudo para sua formação.
Ao final do segmento, o aluno deve dominar os conteúdos estabelecidos pelos Planos
de Estudos em cada área do conhecimento, além disso, compreender, analisar com criticidade,
fazendo uma leitura de mundo relacionando fatos polêmicos vivenciados atualmente e
interpretar o contexto onde estão inseridos. Que conheçam a importância do estudo e a prática
de valores morais que visem o bem comum, pois estes são destacados na formação de
profissionais de sucesso, assim como atitudes de respeito e valorização do meio ambiente.
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Destaca-se como valores morais de maior relevância o respeito, carinho, bondade,
solidariedade, amizade, responsabilidade, dignidade.
2.6. Concepção de Educador e Funcionário Escolar
Ser educador, formador de pessoas, exige vivência plena com consciência e
sensibilidade. Ensinar a pensar, saber comunicar-se, saber pesquisar, ter raciocínio lógico, fazer
sínteses e elaborações teóricas, saber organizar o seu próprio trabalho, ter disciplina para o
trabalho, ser independente e autônomo, saber articular o conhecimento com a prática, ser
aprendiz autônomo e à distância requer um educador que seja sempre um aprendiz, construtor
de sentidos, cooperador e acima de tudo um dinamizador da aprendizagem.
A sociedade da informação possibilita múltiplas oportunidades de aprendizagem, tendo
várias consequências para a educação e afeta diretamente o papel do educador. Portanto, para
atuar nesta instituição, o educador precisa estar centrado na sua missão, buscando dar sentido
para a vida como um todo.
Com a implantação da BNCC faz-se necessário uma formação contextualizada, atenta
ao território, que prioriza o protagonismo estudantil e os interesses individuais. Além disso, a
formação inicial dos professores precisa mirar na aprendizagem por meio de pesquisa,
experiências práticas e promover comunidades de aprendizagem, envolvendo também as
famílias. Ou seja, é preciso aposentar a formação voltada inteiramente para as aulas expositivas,
pois o professor não é mais apenas aquele que ensina, mas aquele que aprende ao dialogar com
os alunos que, por sua vez, também ensinam.
Diante do contexto de desafios e dedicação que cercam os professores encontram-se
inúmeras qualidades que este necessita ter. Para Garcia (2001. p.8) os verdadeiros professores
são os que: ”[...] tiram de quase nada formas criativas, amorosas, inovadoras, estimulantes, que
mobilizam a curiosidade das crianças de aprender, o que as faz a cada dia retornar à escola com
brilho nos olhos, cheias de perguntas, cheias de descobertas, ansiando por compartilhar com a
professora e com as outras crianças os seus novos saberes e novos desejos de saber.”
Então, o profissional de educação neste educandário, deve ter um perfil de professor
pesquisador, questionador, reflexivo, criativo, sensível e afetivo, além de dominar as novas
tecnologias e ser um conhecedor das fases do desenvolvimento das crianças e dos objetivos a
serem atingidos e conteúdos a serem trabalhados em cada uma destas fases. O professor deve
trabalhar com projetos, interagindo com todos os profissionais da Escola, ser observador para
poder avaliar o desenvolvimento individual e integral dos alunos. O Professor necessita também
assumir sua responsabilidade com a instituição no que tange a horários, ética e organização nas
tarefas inerentes ao ofício.
O professor deverá planejar sua atuação de maneira criativa, cativante e flexível aos
interesses e as necessidades das crianças, onde esse passa a ter o papel de mediador na sala de
aula, ou seja, vai viabilizando e organizando o trabalho através de constantes observações da
turma para assim perceber o que está despertando o interesse das crianças.
O trabalho dos educadores deve ser norteado por objetivos claros quanto ao sócio-
emocional e cognitivo de seus alunos, onde deve ser um profissional atualizado no pós-
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modernismo, usuário crítico e criativo da tecnologia, ser cidadão atento aos desafios,
envolvidos no contexto pedagógico atual, sendo humilde, tendo coragem e tolerância que
possibilite aprender com o diferente, demonstrando amor, respeito, disciplina e ética.
Sabe-se que o educador não deve trabalhar somente o intelectual do aluno, pois a todo
o momento vemos sentimentos e nos dispomos a proporcionar aos alunos momentos que lhes
façam crescer, refletir, tomar decisões direcionadas ao aprendizado com coerência e
exercitando sua autonomia. Sendo assim será necessário à escola ter profissionais preparados
com conhecimentos científicos básicos e conhecimentos necessários para trabalhar com seus
alunos, baseando-se sempre nos quatro pilares da educação de Jacques Delores (2004):
“Aprender a conhecer, a fazer, a conviver e a ser”. Para atuar como Educador nesta escola, o
profissional deverá ter como formação mínima nível superior no nível que atua e buscar por
uma especialização na sua área.
Ser educador exige, nos dias de hoje, permanente formação, busca contínua de
aperfeiçoamento e superação. A formação continuada acontece na busca constante de
atualizações para adaptarem-se as mudanças que a educação exige, passando assim a ser um
grande pesquisador e crítico da realidade. Esta busca deve partir da consciência dos
profissionais e não apenas das formalidades e exigências da lei.
O profissional de sucesso precisa avivar em si mesmo o compromisso de uma constante
busca do conhecimento como alimento para o seu crescimento pessoal e profissional. Isto
poderá gerar-lhe segurança e confiabilidade na realização do seu trabalho. Esta busca poderá
instrumentalizá-lo para assumir seus créditos, seus ideais, suas verdades, contribuindo para
referendar um corpo teórico que dê sustentação para a realização do seu fazer.
Para tanto o professor deste educandário a cada ano letivo deverá participar dos
seminários organizados pela equipe pedagógica da Escola, realizar no mínimo um curso do
segmento em que atua, oferecido ou não pela Rede Sinodal, assim como os funcionários
também devem participar dos planejamentos e das formações solicitadas pela Escola.
O trabalho em equipe também deve fazer parte do perfil do profissional tanto nas tarefas
que envolvam pais, como nas outras atividades realizadas na Escola, ter boa relação inter e
intrapessoal, devendo participar com muita responsabilidade dos planejamentos, cooperando,
acrescentando, executando. O trabalho em equipe deve ser uma constante no grupo, sendo
fundamental que cada um se esforce para ter bons resultados, deve conhecer o regimento e a
proposta pedagógica antes de fazer parte da equipe, para estar ciente do grupo que irá encontrar.
A Escola deve garantir um ambiente de aprendizagem cujos princípios são o
conhecimento e a construção de uma autoimagem positiva do aluno diante do saber escolar.
Esses princípios se concretizam por meio de ações pedagógicas que possibilitem ao aluno
encontrar sentido naquilo que está sendo ensinado e num ambiente que considera a importância
das regras sociais, a flexibilidade de pensamento, o convívio com a diversidade e a tolerância.
O professor e os demais funcionários são autoridade em sala de aula e devem exercê-la com
educação e respeito, tanto no que se refere aos alunos como, aos pais dos mesmos.
Na escola é preciso haver regras, que se constituem em um instrumento imprescindível
da educação moral, cabendo ao professor impô-la através da construção e execução de regras.
O professor precisa ter consciência de sua autoridade em sala de aula, domínio de turma e usar
uma linguagem clara e igual para todos. O professor em sala de aula tem autonomia para
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resolver os conflitos, quebras de regras e combinados, hábitos e atitudes inadequadas. Quando
houver casos de indisciplina, será resolvido primeiramente com os alunos, se não resolver, o
professor entrará em contato com os pais e se ainda persistir o problema, haverá intervenção
da equipe pedagógica da escola. Para as regras da Escola estarem claras para os pais, os
professores devem comunicá-los nas reuniões ou por comunicado escrito fixados na agenda do
aluno.
A autoridade do professor deriva também de sua postura profissional, da firmeza com
que esclarece conceitos, dos planos de aula bem pensados e produzidos, de sua capacidade de
ouvir, de seus estudos e atualização constantes e da clara consciência de que, naquele espaço
sagrado chamado sala de aula, deve exercer um comando que demonstre sua paciência,
persistência, capacidade de argumentação e diálogo e principalmente, experiência e
inteligência.
O profissional para atuar na Escola Sinodal Sete de Setembro deve ser crítico e reflexivo
e responder, por meio da sua prática, às situações que surgem no dia-a-dia profissional, não se
esquecendo de cumprir seus deveres, valorizar-se enquanto profissional, buscar ajuda quando
necessário, pois deve lembrar que é um ser humano sujeito a falhas e limitações.
2.6.1. Perfil dos professores
Conhecer o universo do educando; ter bom senso; permitir e proporcionar o
desenvolvimento da autonomia dos alunos; ter entusiasmo e paixão pela sua função; vibrar com
as conquistas de cada um de seus alunos; ser politicamente participativo, mostrando opiniões
que possam ter sentido para os alunos, sabendo sempre que é um líder que tem nas mãos a
responsabilidade de conduzir um processo de crescimento humano, de formação de cidadãos,
de fomento de novos líderes; organizar e dirigir situações de aprendizagem, dominando os
conteúdos, dominando as mais diversas metodologias de ensino; domine o uso de diferentes
tecnologias; ter postura pessoal e profissional adequada, tendo domínio de classe com respeito
e dignidade; cumprir com suas obrigações em sala de aula (ensinar e aprender); ser pontual no
cumprimento dos horários; cativar e respeitar os pais, alunos, colegas e direção.
2.6.2. Perfil dos funcionários
Ser responsável com suas tarefas; ser organizado com seus afazeres e materiais da
Escola; relacionar-se com respeito com todas as pessoas da Instituição; demonstrar-se
prestativo sabendo trabalhar em equipe; ter uma visão pró ativa e assumir uma postura ética
comprometendo-se com a Escola; dominar o uso de diferentes tecnologias necessárias a sua
função.
2.6.3. Perfil da equipe diretiva
Ter a capacidade de liderança com determinação; ter conhecimento pedagógico e visão
pró ativa e abrangente da Instituição; ser um empreendedor baseado na ética e no bom senso;
ser humilde nas relações enfatizando sempre o diálogo; trabalhar em equipe, assumindo seu
papel de liderança; ser organizado em suas tarefas.
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2.7. Sobre As Relações Entre Profissionais Da Escola E Discentes
Na relação entre os profissionais que atuam na Escola Sete e os alunos não se separa
afetividade e cognição, as interações entre as docentes e os alunos não se limitam apenas aos
aspectos cognitivos. Elas são impregnadas de afetividade e esta orienta o processo e se torna
aliada de qualquer professor.
Será importante a existência do diálogo, da afetividade, confiança, empatia e respeito
entre todos para que melhor se desenvolva a aprendizagem. É impossível desvincular a
realidade escolar da realidade de mundo vivenciada pelos discentes, uma vez que essa relação
é uma “rua de mão dupla”, pois ambos (professores, funcionários e alunos) podem ensinar e
aprender através de suas experiências.
Portanto, a construção do conhecimento acontece como uma interação mediada por
várias relações, onde não podemos esquecer de que “somos iguais”, e a Educação tem por
finalidade o desenvolvimento integral de “todos” os alunos, inclusive as com necessidades
especiais, promovendo seus aspectos físico, psicológico, social, intelectual e cultural.
3. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
A Escola Sete parte da premissa de que as experiências escolares abrangem todos os
aspectos do ambiente escolar, tanto aqueles que compõem a parte explícita do currículo, como
os que contribuem de forma implícita para a aquisição dos conhecimentos socialmente
relevantes.
É, portanto, imprescindível organizar os processos educativos de modo a acompanhar e
atender às exigências de aprendizagens em cada etapa do percurso formativo, uma vez que estes
se dão em diferentes e insubstituíveis momentos da vida dos estudantes. (BRASIL, 2010).
O respeito às crianças e aos estudantes, bem como aos seus tempos mentais,
socioemocionais e culturais, é o que orienta a ação educativa em toda a Educação Básica na
Escola Sete, visando possibilitar a essas crianças e a esses estudantes uma formação que
corresponda às idades e consequentes especificidades de cada percurso, de modo a que tenha e
faça sentido.
3.1. Pressupostos Pedagógicos Da Educação Infantil
A Educação Infantil, como primeira etapa da Educação Básica, é reconhecida pela
Escola Sete como importante aliada na promoção do desenvolvimento da criança pequena. A
escola, como instituição educativo-pedagógica, revela-se como espaço privilegiado para as
crianças viverem, também, de diferentes modos, a sua infância.
Refletindo sobre o “cuidar e educar” na Educação Infantil, vimos que de um lado, as
crianças necessitam dos cuidados essenciais ligados às questões de alimentação, vestuário,
saúde. De outro, necessitam também da interferência do adulto, para a realização destes
cuidados e outras tarefas do dia-a-dia. Com esta análise concluímos que os atos ligados aos
cuidados são extremamente importantes.
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Porém, a partir dos avanços já ocorridos em relação ao atendimento de crianças, vindos
de novas formas de concepção do desenvolvimento infantil ocorridas em nível mundial,
repassa-se aos adultos a responsabilidade em questão dos direitos das crianças pequenas de
forma integral.
Realizar um trabalho de qualidade com as crianças desta faixa etária é fundamental, pois
precisamos desmistificar a visão em relação às creches e escolas de Educação Infantil: crianças
vão para serem somente “cuidadas”. Na realidade esta é apenas uma das funções, aliada a ela
existe todo um olhar pedagógico.
Juntamente com as questões de sobrevivência, encontra-se a necessidade da criança
interagir, sentir, aprender. Partindo deste ponto que surgem os grandes desafios dos educadores,
Oliveira (1992, p. 123) enfatiza a importância da figura do educador de creche, afirmando que
“ele que deverá ser a constante recriação da proposta pedagógica da creche, criando um suporte
afetivo básico e cuidando para que a frágil estruturação do coletivo infantil não ameace seus
integrantes”. Considerando o educador como um elemento essencial que deve se adequar e se
preparar para ser o mediador verbal do grupo, o organizador do espaço e do tempo das
atividades.
Entende-se que, a organização do tempo e do espaço nas instituições, deve partir das
necessidades de desenvolvimento e das diferenças individuais apresentadas pelas crianças. Para
que a estruturação espaço-temporal tenha significado, acreditamos ser de fundamental
importância o educador conhecer como as crianças brincam, como estas brincadeiras se
desenvolvem, o que mais gostam de fazer, em que espaços preferem ficar, o que lhes chama
mais a atenção, em que momento do dia está mais tranqüilo ou mais agitado.
Vários tipos de atividades devem envolver a jornada diária dos infantes, como o horário
da chegada, a alimentação, a higiene, o repouso, as brincadeiras, os jogos diversificados (como
o de faz-de-conta, os jogos imitativos e motores), a exploração de materiais gráfico e plástico
(os livros de histórias, as atividades coordenadas pelo adulto) e outros.
Conforme o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil é de suma
importância à interação entre as crianças, o qual os docentes poderão escolher e organizar estas
situações. Tão importante quanto será também a interação sozinha com o meio. As capacidades
de interação, porém são também desenvolvidas quando as crianças podem ficar sozinhas,
quando elaboram suas descobertas e sentimentos e constroem um sentido de propriedade para
as ações e pensamentos já compartilhados com outras crianças e com adultos, o que vai
potencializar novas interações.(RCNEI, p.31)
A Escola Sete considera como objetivo central da ação pedagógica na Educação Infantil
a ampliação do repertório cultural das crianças, tendo como eixos curriculares as interações e
as brincadeiras, permeadas pelas linguagens visual, musical, oral e escrita, matemática e
corporal. Orienta-se que os professores planejem atividades desafiadoras para e com as
crianças; atividades que as desafiem a fazer narrativas, descrições, comparações, relações,
construções em várias dimensões, explorando diferentes espaços e materiais; atividades que as
provoquem a pensar, tomar decisões e resolver problemas; atividades que tomem como
referência conceitos fundamentais que precisam ser explorados em espaços coletivos de
Educação Infantil.
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Essas dimensões sinalizam a necessidade de um planejamento que seja centrado na
partilha entre adulto e criança por meio de Projetos, onde os professores deverão planejar sua
atuação de maneira criativa, cativante e flexível aos interesses e as necessidades das crianças,
onde este passa a ter o papel de mediador na sala de aula, ou seja, vai viabilizando e organizando
o trabalho através de constantes observações da turma para assim perceber o que está
despertando o interesse das crianças.
Viver plenamente o brincar na instituição de Educação Infantil é fundamental, pois
possibilita a inserção da criança na cultura adulta, onde o educador pode ser elemento integrante
funcionando hora como observador, hora como aquele que problematiza as situações, Cunha
cita:
A ludicidade, tão importante para a saúde mental do ser humano,
precisa ser mais considerado; é o espaço lúdico da criança está
merecendo mais atenção, pois é o espaço para a expressão mais genuína
do ser, é o espaço do exercício da relação afetiva com o mundo, com as
pessoas e com os objetivos. (1988, p.8)
Na Educação Infantil da Escola Sete, os planos de aula são organizados a partir de
projetos cuidadosamente elaborados a partir da curiosidade e interesse dos alunos envolvendo
todos os Campos de Experiências e a parte diversificada, citados na Matriz Curricular da
Educação Infantil (anexo 1) e explicados no Plano Orientador das Práticas Pedagógicas (POPP)
que organiza o currículo da Educação Infantil para as diferentes faixas etárias, em consonância
com a Base Nacional Comum Curricular.
Com base entre saberes e fazeres inovadores e na valorização do lúdico para a
constituição de ambientes de aprendizagem. Esta forma de trabalho vislumbra ações que
possibilitam o enriquecimento da prática pedagógica. Os temas transversais são fortes aliados
para a realização destes projetos (ética, meio ambiente, pluralidade cultural, trabalho e
consumo, sexualidade, saúde, inclusão...). Desta forma, os conhecimentos e as relações
interpessoais no contexto escolar e na sociedade, são aperfeiçoados.
Para auxiliar os trabalhos com a Educação Infantil, são adotadas “oficinas” diárias, que
são momentos em que se adota as diferentes linguagens para alcançar os objetivos pedagógicos,
assim como contamos com aulas de Inglês, Educação Física e Música proporcionando maior
desenvolvimento, sensibilidade cultural, ampliação da visão de mundo e aquisição de novos
conceitos científicos e tecnológicos.
A Educação Infantil trabalha, prioritariamente, com o intuito de atender ao que
preconizam a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9394/96) e as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (Resolução CNE/CEB nº 05/2009), garantindo
o desenvolvimento integral das crianças quanto aos Direitos de Aprendizagem e
Desenvolvimento, conforme a BNCC, “Conviver, Brincar, Participar, Explorar, Expressar,
Conhecer-se”.
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3.2. Pressupostos Pedagógicos do Ensino Fundamental
As ações pedagógicas no Ensino Fundamental estão pautadas na Resolução CNE/CEB
nº 07/2010, que fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 anos
(BRASIL, 2010b) e nos Princípios Pedagógicos da Rede Sinodal de Educação (IECLB, 2005).
De acordo com a Resolução CNE/CEB nº 07/2010, o Ensino Fundamental representa o
direito à educação, entendido como bem inalienável para a formação do Ser Humano, tendo
como norteadores das ações pedagógicas princípios éticos, políticos e estéticos. (BRASIL,
2010b).
Com base nos Princípios Pedagógicos da Rede Sinodal de Educação (IECLB, 2005), o
fazer pedagógico deve valorizar, de forma especial, a formação humanística, considerando o
contexto econômico, político, social e cultural em que se insere.
Em conformidade com as Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental de 9 anos
(BRASIL, 2010b), a proposta pedagógica do Ensino Fundamental, na Escola Sete, considera
essa etapa de educação como aquela capaz de assegurar a cada um e a todos o acesso ao
conhecimento e aos elementos da cultura, imprescindíveis para o desenvolvimento pessoal e
para a vida em sociedade.
Nessa etapa de ensino, na Escola Sete realiza ações integradas entre os diversos setores
e os serviços disponíveis na Escola se articulam para assegurar a aprendizagem, o bem-estar e
o desenvolvimento do estudante em todas as suas dimensões. Na área sócio emocional se
desenvolve no estudante, a formação de valores e o fortalecimento da autonomia, necessários
para a participação cidadã num mundo. Também pretende desenvolver e aprimorar a identidade
dos estudantes como pessoas humanas comprometidas com o bem comum, tendo como foco a
formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico.
Neste segmento a Escola Sete propõe-se a realizar seu trabalho usando metodologias
ativas, onde o aprendizado se baseia em diversas frentes, como em problemas reais, que
desafiam os estudantes a encontrarem soluções para eles; dividindo os alunos em grupos,
priorizando o “fazer em conjunto” e, assim, o compartilhamento de ideias; pela sala de aula
invertida, quando os jovens estudam o conteúdo em casa antes de terem contato com ele na
escola, usando a aula para tirar as dúvidas com o professor. Essas metodologias buscam
incentivar os estudantes a aprender de maneira autônoma e participativa, para que eles se sintam
responsáveis pela construção do conhecimento.
Na Escola Sete também há o uso da tecnologia em sala de aula, onde o papel do
professor passa a ser o facilitador na construção do conhecimento, parceiro e orientador do
aluno no processo de ensino e aprendizagem. Uma das principais vantagens no uso da
tecnologia em sala de aula é a possibilidade de captar a atenção e engajar os alunos nas práticas
pedagógicas, surgindo assim, a possibilidade de transformar uma aula estática e expositiva em
uma prática mais dinâmica. O professor abraça o seu papel de mediador, criando um ambiente
de interação e construção coletiva do conhecimento e fomentando o protagonismo dos jovens
alunos.
Além disso, também é papel do professor ser a ponte entre os valores e objetivos
elencados no Projeto Político Pedagógico da escola e o estudante. Por ser a figura mais próxima
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do aluno no dia a dia, ele é capaz de transmitir em suas atitudes e interações cotidianas aquilo
que a comunidade escolar definiu como diretrizes para a atuação da instituição de ensino.
Os professores elaboram seus Planos de Trabalho a partir do Plano de Estudos, que é um
documento organizado pela Coordenação Pedagógica, juntamente com os professores de cada
componente curricular ou regentes, sendo, após, encaminhados para aprovação pelo Conselho
Escolar. O plano de estudos é o plano curricular que se aplica a todos os Componentes
Curriculares, citados na Matriz Curricular do Ensino Fundamental (anexo 2), oferecendo
diretrizes que competem aos docentes instruir/ensinar aos estudantes, ao passe que os alunos se
comprometem a aprender os referidos conteúdos se pretenderam concluir os seus estudos.
Além dos Componentes curriculares citados na BNCC a Escola também inclui em seu
currículo alguns conteúdos da parte diversificada, pois o parágrafo único do Art. 7º da
Resolução CNE/CP nº 02/2017 diz:
Os currículos da Educação Básica, tendo como referência a BNCC,
devem ser complementados em cada instituição escolar e em cada rede
de ensino, no âmbito de cada sistema de ensino, por uma parte
diversificada, as quais não podem ser consideradas como dois blocos
distintos justapostos, devendo ser planejadas, executadas e avaliadas
como um todo integrado.
A parte diversificada complementa e enriquece a BNCC, respeitando características
regionais e locais da sociedade. Isso não significa alterar aquilo que já está previsto no
documento da BNCC, e sim inserir novos conteúdos integrados a ele, que estejam de acordo
com as competências já estabelecidas.
Os temas transversais como o processo de envelhecimento, respeito e valorização do
idoso; direitos da criança e do adolescente; educação para o trânsito; educação ambiental;
educação alimentar e nutricional; educação em direitos humanos; educação das relações étnico-
raciais e ensino de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena; bem como saúde,
sexualidade e gênero, vida familiar e social, educação digital, educação para o consumo,
educação financeira e fiscal, trabalho, ciência e tecnologia e diversidade cultural são
trabalhados na escola Sete.
3.3. Atividades Extracurriculares
A proposta pedagógica da Escola, na tentativa de garantir um percurso formativo
articulado nas etapas de ensino oferecidas, entende que os princípios éticos, estéticos, políticos
e, ainda, os preceitos do luteranismo são balizadores do seu fazer pedagógico. Ainda assim,
para além da Educação Básica, acredita que a arte e a cultura e o esporte permitem a ampliação
do repertório cultural das crianças e dos estudantes, garantindo-lhes uma formação integral.
A Escola também oferece atividades e oficinas extracurriculares, que desenvolve a
sensibilidade cultural, ampliação da visão de mundo e aquisição de novos conceitos científicos
e tecnológicos por livre adesão.
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3.3.1. Turno Inverso
O Turno Inverso propõe-se atender os alunos no sentido de Educar e Cuidar, ofertando
aprendizagens, por meio de oficinas, projetos e atividades permanentes que deem conta da
formação integral das crianças e estudantes. Além disso, o educar também passa a ser
preocupação constante, na medida do tempo de permanência na escola, exigindo que a
convivência e as rotinas de alimentação, higiene, estudo, descanso e brincadeiras proporcionem
o apoio e o encorajamento das relações estabelecidas entre os seus pares.
A dinâmica de trabalho no Turno Inverso oferecido pela Escola Sete vai ao encontro das
necessidades de cada grupo etário, para o qual busca o desenvolvimento, tendo como
expectativas de aprendizagem:
- autonomia para realizar tarefas;
- valorização de hábitos de cuidado com a própria saúde e bem-estar;
- estabelecimento de vínculos afetivos e de trocas, ampliando sua rede de relacionamento e de
sua convivência social;
- observação e exploração do ambiente tendo atitudes que contribuam para sua conservação;
- apropriação e utilização de diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita).
Para garantir as expectativas de aprendizagem anteriormente elencadas, a Escola se
organiza e planeja suas atividades articuladas com o ensino regular e por meio de oficinas,
projetos e atividades permanentes. A avaliação do desenvolvimento de cada criança e estudante
acontece sistematicamente, pela observação, diálogo e registro, como também pela troca com
os professores regentes do ensino regular.
Dessa forma, o Período Integral com atendimento todos os dias da semana é ofertado
nas etapas da Educação Infantil e Anos Iniciais.
3.3.2. Oficinas extracurriculares
A Escola Sete oferece aos seus estudantes oficinas esportivas em diferentes modalidades
para os alunos dos Anos Iniciais. Essas práticas desportivas, muito além dos aspectos biológicos
e desempenho físico, visam ao desenvolvimento integral de seus estudantes, respeitando seus
estágios e fases de crescimento em direção ao exercício da participação, da cooperação, da
autonomia, da solidariedade, enfim, da cidadania. Portanto, é função básica proporcionar a
aprendizagem para a promoção da sociabilidade, do amadurecimento emocional e psicomotor.
As oficinas de Música são momentos privilegiados que buscam, por meio das diferentes
formas de expressão, do cultivo da sensibilidade, da valorização das diferentes manifestações
culturais e do exercício da criatividade, desenvolver habilidades, como também maneiras de o
estudante olhar o mundo e com ele se relacionar. As oficinas são ofertadas para os alunos do
Ensino Fundamental, entre elas encontramos as Oficina de Violão, Oficina de Canto, Banda
7+(grupo instrumental), Banda Marcial.
Com o intuito de estimular o raciocínio lógico, trabalho colaborativo e criatividade a
escola oferece oficinas de robótica para os alunos do Ensino Fundamental. Muitos são os
benefícios trazidos pela robótica aplicada à educação de crianças e adolescentes. A metodologia
de ensino, voltada para o estudo, planejamento e elaboração de projetos relacionados à criação
e programação, gera impactos na aprendizagem do aluno como um todo, indo muito além de
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conteúdos curriculares da área de exatas. Uma oportunidade para as crianças e adolescentes
aprenderem de uma maneira mais prática, facilitada e divertida.
A oficina de Língua Alemã é oferecida para os alunos dos Anos Finais como proposta
de continuidade, pois esta língua adicional faz parte da Matriz Curricular nos Anos Iniciais.
Estas oficinas tem uma estrutura diferenciada e profissionais qualificados, que contribuem para
o conhecimento e interação do sujeito com outras culturas, motivando-o para o aprendizado.
3.4. Projetos Institucionais
Os princípios e valores defendidos pela Escola Sete perpassam o currículo das etapas de
ensino, assim como os projetos curriculares e extracurriculares, justamente para garantir uma
formação sólida e integral para todas as crianças e estudantes da escola. Para tanto, planejam
projetos que considera imprescindíveis para despertar a consciência crítica, ampliar o repertório
cultural e a visão de mundo, pois entende que, no percurso formativo da Educação Básica, é
necessário que a Escola assuma essa tarefa junto da família.
3.4.1. Semana do Conhecimento
Suporte teórico e prático, a partir de temas significativos para os estudantes, através da
organização de uma semana com palestras, oficinas ou quaisquer atividades que tenham como
intuito a promoção da educação.
3.4.2. Projeto Releitura de Obras de Arte
O objetivo deste Projeto é expressar e saber comunicar-se através das artes mantendo
uma atitude de busca pessoal e/ou coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a
sensibilidade e a reflexão ao realizar e fruir produções artísticas. É de suma importância que os
estudantes saibam integrar-se com materiais, instrumentos e procedimentos variados,
experimentando-os e conhecendo-os de modo a utilizá-los nos trabalhos pessoais. Durante um
semestre alunos de toda a Escola trabalham com diferentes obras de arte e diferentes artistas
fazendo um estudo aprofundado sobre o conceito de Releitura, e passam a fazer sua própria
leitura por meio de trabalhos artísticos utilizando os materiais, instrumentos e técnicas que
escolheram.
3.4.3. Feira do Livro
A leitura é fundamental na formação do pensamento crítico e criativo do ser humano.
Saber ler é uma habilidade que estabelece relações entre as experiências próprias do leitor e a
dos outros, alimentando a capacidade de questionar, analisar, acessar, pesquisar e argumentar.
Pensando assim, a formação de leitor é um compromisso de todos os componentes curriculares
e de todos os professores nas diferentes etapas de ensino, assumindo uma dimensão inter e
transdisciplinar. Por isso, a Escola Sete realiza a Feira do Livro, criando oportunidades e
sentidos para a leitura como um desafio cotidiano e um convite à construção do conhecimento.
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3.4.4. Feira do Conhecimento
A Feira do Conhecimento objetiva a apresentação de alguns conhecimentos construídos
pelos alunos durante o ano letivo nas diferentes áreas do conhecimento. Momentos
significativos que apresentam a comunidade Escolar e convidados práticas que realizaram.
Como diz Cortella "o conhecimento serve para encantar as pessoas..."
3.4.5. Gincana Farroupilha
A Gincana Farroupilha na Escola Sete acontece com os alunos do 4º ao 9º ano com o
objetivo de proporcionar a comunidade escolar oportunidades de realizar atividades diversas
(práticas, teóricas, recreativas e culturais) explorando a história do Rio Grande do Sul e buscar,
em alguns episódios e períodos, indicadores da identidade do povo gaúcho, bem como rebuscar
a história e retirar dela os aspectos que melhor retratem a formação sociocultural do nosso
Estado. Esta atividade justifica-se a partir da necessidade de resgatar e viver a nossa cultura
gaúcha para que possamos construir nossa identidade, bem como conhecer as raízes da
formação sociocultural do gaúcho sul-rio-grandense.
3.4.6. Projeto “Pelos Caminhos da Solidariedade”
O projeto social da Escola Sete acontece desde o ano de 2007 e tem como objetivo
reconhecer que a partir de ações solidárias estabelecemos vínculos entre valores que são sólidos
e renovamos posturas que podem gerar novas possibilidades.
Neste projeto inúmeras atividades sociais acontecem durante o ano letivo e envolvem
todos os alunos e professores, entre elas temos a Páscoa Solidária, Varal de Uniformes,
Arrecadação de Material Escolar e o Recital Solidário.
3.4.7. Educação Financeira
O projeto interdisciplinar Educação Financeira tem por objetivo construir a cultura do
planejamento e da administração dos recursos disponíveis, objetivando o consumo responsável
e a qualidade de vida. Esse projeto acontece de forma sistemática no Ensino Fundamental e
Educação Infantil.
3.4.8. Educação Ambiental
A Educação Ambiental é um projeto com diferentes ações realizadas durante o ano pelos
alunos da Educação Infantil e Ensino Fundamental. Estas ações tem como intuito o estudo da
dinâmica realizada pelos humanos nos ambientes da biosfera, promovendo e mantendo a vida
no planeta. Esta atividade se envolve diretamente com a política ambiental da Escola Sete,
visando ao desenvolvimento de atividades que culminem, de forma objetiva, com ações que
interfiram na qualidade ambiental.
3.4.9. Projeto “Valores para a Vida”
Com base nos princípios filosóficos e éticos da escola, o trabalho pedagógico contempla
os valores como tema transversal. Nas ações, dentro e fora da sala de aula, a tônica dos valores
está sempre presente, visando promover a educação para a convivência sócio emocional de
todos os envolvidos.
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Nesse sentido, a escola coloca o estudante como centro do seu processo, e constrói
mecanismos para que, por meio do diálogo amoroso, a cultura do respeito e da ética sejam
efetivados. Por isso, é preciso se colocar no lugar do outro para entendê-lo e compreendê-lo
melhor. É preciso partilhar pensamentos, sentimentos, conhecimentos e atitudes, tanto nas
atividades com os pais, como nos momentos com os alunos e colegas, onde os valores precisam
ser refletidos.
A escola se tornaria vazia e ineficiente caso se omitisse de resgatar certos valores já
"adormecidos”, mais ineficiente seria se não partilhasse com a família dessa reflexão. Assim, a
Escola Sete elege o Projeto Valores para a Vida como o pilar de suas ações pedagógicas e
entende que pode e deve tratar o tema em todas as turmas e em diferentes componentes
curriculares de forma transversal.
3.4.10. Olimpíada de Sudoku
A Matemática está presente na vida cotidiana de todo cidadão, por vezes de forma
explicita e por vezes de forma sutil. No momento em que abrimos os olhos pela manhã e
olhamos a hora do despertador, estamos “lendo” na linguagem matemática, exercitando nossa
abstração e utilizando conhecimentos matemáticos que a humanidade levou séculos para
construir. Pensando em incentivar o aluno a construir seu conhecimento e despertar ainda mais
o interesse pela Matemática a Escola Sete realiza anualmente uma Olimpíada de Sudoku com
alunos do Ensino Fundamental.
3.4.11. Desafio do Saber
Com o objetivo de desenvolver nos alunos da Educação Infantil a partir dos 3 anos de
idade o raciocínio lógico, a atenção e a concentração, assim como avaliar os alunos
individualmente, acontece anualmente uma manhã de atividades com os alunos
individualmente. Estas atividades são planejadas cuidadosamente e envolvem todos os Campos
de Experiências.
3.4.12. Projetos Colaborativos
Trabalhar com projetos colaborativos na escola torna o aprendizado mais rico e
abrangente. Afinal, os alunos podem contribuir para a construção do conhecimento de maneira
mais dinâmica e contextualizada, tornando a aprendizagem mais interessante, pois envolve,
efetivamente, a participação de estudantes e educadores de diferentes níveis e idades em um
processo de troca de experiências.
3.4.13. Grêmio Estudantil
A Escola Sete, com o intuito de proporcionar o desenvolvimento de lideranças que
contribuam para a reflexão e a preservação dos valores éticos e despertem o espírito de
solidariedade, proporciona aos alunos dos Anos Finais a organização e a participação do
Grêmio Estudantil. Esta programação tem por finalidade a preparação de estudantes para o
exercício da liderança, na escola e em sua comunidade, incentivando e motivando os alunos a
lidarem com os desafios contemporâneos.
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3.4.14. Chimarrão com Ideias
Como instituição comunitária Luterana, a escola Sete propõe-se a caminhar com as
famílias, alunos e colaboradores para pensar e dialogar sobre assuntos que dizem respeito à
educação dos estudantes e seu compromisso social.
Para esse caminhar, a proposta da Escola é reunir os pais em grupos de diálogo, assim
como os alunos líderes de turmas e colaboradores fomentando, no espaço da escola, encontros
para discussão de temas significativos para o âmbito escolar. Com o propósito de estreitar os
laços e solidificar a parceria da família e da escola, estas ações se justificam com o intuito de
alargar o espaço de tempo para o diálogo fraterno de sua comunidade escolar acerca do
desenvolvimento dos estudantes como também debater assuntos que dizem respeito à educação
das crianças, dos adolescentes e jovens.
3.4.15. Viagens e Passeios de Estudos
Com o objetivo de promover a relação dos conhecimentos vividos na escola e o
cotidiano da sociedade, a escola oferece como oportunidade para os estudantes do 4º ao 9º ano
as viagens de estudo. Tal projeto pretende incluir roteiros que possibilitem a ampliação do
repertório cultural, a história, a geografia e as artes em geral, a fim de garantir a continuidade
dos estudos e, consequentemente, um percurso formativo que viabilize o desenvolvimento de
cada criança e estudante.
Os alunos da Educação Infantil, 1º ao 3º anos na companhia dos professores e dos
colegas, realizam passeios de estudos, relacionando o passeio com os conteúdos abordados e,
ao mesmo tempo, o exercício da convivência social.
3.4.16. Aulas Complementares
A Escola Sete compreende que as aulas complementares são momentos de
aprendizagem que possibilitam, no processo de ensino-aprendizagem, uma ação educativa de
recuperação e auxílio aos alunos. Dessa forma, a Escola investe em momentos dirigidos por
profissionais habilitados para realização de aulas complementares para alunos com dificuldades
de aprendizagens, momentos ricos de estímulos para a melhoria da aprendizagem. A Escola
conta com a Sala de Leitura e Laboratório de Informática como ambientes de aprendizagem
para a realização destas atividades.
3.5. Atendimento Educacional Especializado
A Inclusão de alunos, conforme a Resolução CNE/CEB nº 02/2001, com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação na Escola acontece
de acordo com as normas vigentes. Nessa perspectiva, a escola responde às necessidades
educacionais especiais de seus alunos, considerando a complexidade e heterogeneidade de
estilos e ritmos de aprendizagem. Para tanto, os alunos com necessidades educacionais especiais
são matriculados em turmas de AEE (Atendimento Educacional Especializado) na Sala de
Recursos Multifuncionais, para realizar atividades de natureza pedagógica, no turno inverso,
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conduzidas por um professor especializado. Este atendimento pode ser realizado
individualmente ou em pequenos grupos.
Estas estratégias de aprendizagem utilizadas, centradas em um novo fazer pedagógico
favorecerá a construção de conhecimentos dos alunos, pois terão o PDI( Plano de
Desenvolvimento Individual) para que desenvolvam o currículo e participem da vida escolar.
A avaliação pedagógica para o ingresso na turma de AEE são feita pela equipe técnico-
pedagógica da Escola, juntamente com o professor especializado para este atendimento. A
Escola poderá solicitar laudos, pareceres e demais documentos de especialistas para instruir
este processo.
A permanência e a frequência do Estudante no AEE dependerão da avaliação qualitativa
do aluno. De acordo com o Parecer CEEd nº 251/2010, será definido entre os professores da
sala de aula regular e o profissional encarregado desse atendimento.
O professor da Sala de aula regular buscará “[...] flexibilizar a ação pedagógica nas
diferentes áreas do conhecimento; avaliar continuamente a eficácia do processo educativo;
atuar em equipe, inclusive com professores especializados em educação especial” – Parecer
CEEd nº 56/2006.
Quando se fizer necessário, o professor da sala de aula regular e o professor do AEE,
farão coletivamente o currículo personalizado, que é o plano de trabalho do professor da sala
de aula regular, dimensionado conforme as possibilidades e as necessidades educacionais
específicas do estudante.
3.6. Formação Continuada
De acordo com a LDB n° 9.394/96, Título VI, Artigo. 63. III, 67. II, a formação
continuada é um direito de todos os profissionais que atuam na instituição educacional e deve
estar centrada na escola e fazer parte do Projeto Pedagógico. A escola deve oportunizar espaços
destinados para a reflexão do professor sobre sua ação pedagógica, levando-o a perceber que a
profissão docente constantemente se refaz e, ao mesmo tempo, ele próprio vai se modificando.
Para Nóvoa(1995:25) “(...) estar em formação implica um investimento pessoal, um trabalho
livre e criativo sobre os percursos e os projetos próprios, com vistas à construção de uma
identidade, que é também identidade profissional.”
Os profissionais que atual na Escola Sete, conforme tabela em anexo 3 possuem acesso
e são estimulados as buscar pela formação continuada de diferentes formas durante o ano.
Os professores devem participar dos encontros promovidos pela Rede Sinodal de
Educação e os diferentes seminários organizados pela própria escola que tem destacado e
valorizado a importância da reflexão e da ação pedagógica em particular e no conjunto dos
profissionais e escolas que a integram. Todos os professores desta instituição a cada ano, devem
participar dos três seminários, realizando as leituras prévias e respondendo os questionários.
Devem participar também de, no mínimo, um curso de formação do segmento que trabalha,
oferecidos ou não pela Rede Sinodal de Educação.
Os Auxiliares Pedagógicos e Monitores são convidados a participar, pois acreditamos
que estes momentos são riquíssimas oportunidades de crescimento profissional.
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Para os Funcionários também são destinados momentos de formação, com reuniões
internas, assim como formações organizadas ou não pela Rede Sinodal de Educação.
4. AVALIAÇÃO
Partindo dos princípios defendidos pela Escola Sete nesse documento, em defesa do
desenvolvimento integral das crianças e dos estudantes em todo o seu percurso formativo,
fazem parte desse contexto, a avaliação que poderá revelar o que está sendo ensinado e
aprendido. Assim, as dimensões da avaliação dão-se, no contexto da escola, a partir da avaliação
da aprendizagem, da avaliação institucional e da avaliação externa, para assegurar “[...] a
relação pertinente que estabelece o elo entre a gestão escolar, o professor, o estudante, o
conhecimento e a sociedade em que a escola se situa.” (BRASIL, 2010a, p. 47).
4.1. Avaliação da Aprendizagem
A avaliação da aprendizagem, na Escola Sete, é entendida como parte do processo de
ensinar e aprender. Por isso, ganha um caráter formativo, uma vez que redimensiona o
planejamento do professor e, consequentemente, sua prática. Por isso, se apresenta como
elemento de identificação e diagnóstico, mais do que elemento determinante de valores ou
julgamentos. Sob essa perspectiva, a avaliação consiste em atribuir aspectos relevantes de
conhecimento e da aprendizagem do aluno, visando uma tomada de decisão.
A avaliação da aprendizagem orienta a situação didática que envolve o educando e
professor, com a intenção de servir de base para a reflexão e tomada de consciência sobre a
prática educativa serão realizados pelos alunos trabalhos de pesquisa com o objetivo de formar
alunos que construam seu conhecimento utilizando diferentes fontes, sejam autônomos e
tenham uma aprendizagem significativa.
A avaliação se dá também através da observação constante, nos momentos das
atividades individuais e de grupo, observando as ações e reações dos participantes assim como
a participação, o envolvimento, a criatividade, a construção e a autonomia.
A aprendizagem é considerada parte de uma ação coletiva que busca a formação das
crianças e dos estudantes em seu percurso formativo, garantindo o desenvolvimento em todos
os aspectos. Essa concepção parte da premissa de que todos podem aprender a partir de seu
ritmo e no seu tempo e, para que as aprendizagens sejam significativas, a Escola oferece
oportunidades, ações e estratégias.
Na Educação Infantil, a avaliação está integrada à documentação pedagógica e busca
orientar por meio do registro onde passa a ser um instrumento que visa à comparação de cada
criança com ela mesma, verificando sua evolução no decorrer do tempo, não sendo classificatória
e não tem objetivo de promoção do aluno. Neste segmento, quando os alunos apresentam
dificuldade em realizar as atividades propostas, os pais são comunicados pela equipe
pedagógica e são sugeridas atividades extras para serem realizadas em casa. Os alunos do
Jardim 2, por estarem se preparando para o processo da alfabetização, quando apresentam
dificuldade, poderão ser convidados para virem em turno inverso para aulas complementares.
Como forma de estreitar os laços com as famílias, acontecem entregas de pareceres dos alunos
individualmente a cada semestre.
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No Ensino Fundamental o processo se dá, também, pela observação e registro, com a
utilização de diferentes instrumentos avaliativos, com critérios definidos no planejamento de
cada professor. A organização do registro e os resultados da avaliação estão descritos no
Regimento da Escola. Da mesma forma que a Educação Infantil, neste segmento também se
organiza entregas de pareceres pelos professores regentes, aos familiares antes das avaliações
trimestrais, com o intuito de contar com o apoio ainda maior dos mesmos na intensificação dos
estudos.
Quando diagnosticada alguma dificuldade, os alunos dos Anos Iniciais poderão ser
convocados para aulas complementares em turno inverso. Alunos dos Anos Finais quando se
encontram em alguma defasagem na aprendizagem, após os pais serem comunicados, recebem
atividades extras para fazerem em casa além das recuperações que acontecem em sala de aula
paralelamente.
A Escola participa, pela sua condição institucional, de avaliações externas onde se passa
a ter condições de analisar os resultados para refletir sobre as práticas pedagógicas da escola e
aprimorar o ensino e a aprendizagem. Com base no diagnóstico e nas reflexões realizadas,
preparara-se um plano para transformar tudo isso em trabalho efetivo na escola.
4.1.1. Conselho de Classe
Procurando ser coerente com o processo de avaliação, o Conselho de Classe se apresenta
como parte importante do processo avaliativo, pelo fato de reunir diferentes pareceres
profissionais sobre cada estudante, que servirão de subsídios para os diagnósticos e as
recomendações deles decorrentes. O Conselho de Classe é um órgão de natureza consultiva e
deliberativa que deverá reunir-se ordinariamente uma vez por trimestre (Ensino Fundamental)
e uma vez por semestre (Educação Infantil) e ao final do ano letivo, ou quando convocado pelo
diretor para acompanhar o crescimento do aluno e da turma, analisando as aprendizagens
propostas e realizadas nos diferentes níveis, componentes curriculares, anos/séries, e
estabelecendo estratégias para sua qualificação.
O Conselho de Classe presume que os professores, com base nos objetivos estabelecidos
nos componentes curriculares, se autoavaliem quanto a seu desempenho e ao desempenho dos
estudantes, buscando propostas alternativas, regras e estratégias que visem à superação das
necessidades detectadas e à adoção de medidas preventivas no decorrer do ano letivo.
Dessa forma, o Conselho de Classe constitui-se como um espaço de discussão,
conferindo à ação educativa rigor metodológico e dimensão participativa, com registro em ata
de todas as suas decisões, caracterizando-se como documento orientador da dinâmica educativa.
O Conselho de Classe tem autonomia de deliberar, em seu parecer final, não cabendo
recurso em outra instância da Escola. É constituído pelos professores da turma e de área, pela
Coordenação Pedagógica de cada etapa de ensino e pela Direção.
A partir do 6º ano um representante de cada turma participa da parte inicial do Conselho
de Classe trimestral onde possuem a oportunidade de em nome de sua turma, apontar os
aspectos positivos e os aspectos a melhorar de cada área, da mesma forma que estes também
recebem o diagnóstico geral da turma.
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4.2. Avaliação Institucional
A Escola Sinodal Sete de Setembro entende a Avaliação Institucional como um
instrumento de acompanhamento contínuo e permanente dos processos administrativos e
pedagógicos, bem como das atividades e da implementação de mudanças definidas
estrategicamente. É compreendida como processo formativo cujos dados e informações
gerados, acerca do desenvolvimento dos processos administrativos e de ensino, reorientam a
prática dos envolvidos e orientam propostas de mudanças.
Por ser realizada periodicamente, a avaliação institucional, tem como principal função
inventariar, orientar, reforçar e/ou corrigir os aspectos avaliados. Assim, é incorporada à cultura
organizacional e integrada à ação de formação profissional, caracterizando-se como um
importante instrumento de melhoria da qualidade do ensino.
Na medida em que permite identificar problemas, assegura a proposição de soluções mais
assertivas, orienta a tomada de decisões e posições que proporcionem mudanças, estabelecendo
alternativas de melhorias e ampliações. Para tanto, considera as formas de participação de toda
a comunidade escolar, comprometendo-a com um futuro que pode ser transformado, a partir do
autoconhecimento da própria realidade.
4.3. Avaliação de Desempenho Profissional
A Avaliação do Desempenho Profissional (ADP) consiste em um processo periódico de
verificação do desempenho dos profissionais que identifica em que medida o desempenho de
cada um contribui para atingir os propósitos da organização.
A ADP tem como objetivo identificar o potencial dos profissionais; contribuir para o
processo de planejamento organizacional e o alcance das metas institucionais; incentivar o
comprometimento dos profissionais com os objetivos da instituição; estimular o
desenvolvimento profissional e pessoal dos profissionais; fornecer informações que
possibilitem ao profissional avaliado conhecer o que a instituição espera de seu desempenho;
identificar a necessidade de capacitação e qualificação para melhoria do desempenho individual
e coletivo; identificar mecanismos de motivação para os profissionais, promovendo o auto
aperfeiçoamento, inclusive com cursos de formação. Sendo assim, a ADP não é, portanto,
instrumento de punição, mas de busca de aperfeiçoamento individual, coletivo e organizacional.
5. REFERÊNCIAS
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Educação Infantil e Ensino Fundamental.
Brasília: MEC/Secretaria de Educação Básica. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em 18/12/2019.
_______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes
curriculares nacionais para a educação infantil / Secretaria de Educação Básica. – Brasília :
MEC, SEB, 2010. Disponível em: https://ndi.ufsc.br/files/2012/02/Diretrizes-Curriculares-
para-a-E-I.pdf. Acesso: 18/12/2019.
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______. Lei nº 9.394, de 23 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e bases da
educação nacional. Disponível em: <
<http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/viw_identificacao/lei%209.394-
1996?opendocument>. Acesso em: 18/12/2019.
_______. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. 2009. Fixa as Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação Infantil. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/. Acesso em:
20/12/2019.
_____. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação Básica Nacional. 2010a. Disponível em: < www.
portal.mec.gov.br/index.php?...diretrizes...educacao-basica>. Acesso em: 14 maio 2012.
______. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 anos. 2010b. Fixa as Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 anos. Disponível em:
<www.portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task>. Acesso em: 12 maio 2012.
CUNHA, Susana Rangel Vieira da. Pintando, bordando, rasgando, desenhando e
melecando na educação infantil. In: Cor, som e movimento: a expressão plástica, musical e
dramática no cotidiano da criança. Porto Alegre: Mediação, 1999. p. 07-36. Referencial
Curricular Para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998.
DELORS, Jacques. Educação – Um tesouro a descobrir. 9ª ed.,São Paulo: Cortez
Editora;DF: MEC:UNESCO, 2004.
GARCIA, R.L. Em defesa da educação infantil. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.
IECLB – Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil. Textos orientadores para
a educação evangélico-luterana. Rede Sinodal. São Leopoldo-RS: Editora Sinodal, 2005.
LIBANEO, José Carlos. Organização e gestão da escola:teoria e prática. Goiânia:
Alternativa, 2004.
NÓVOA, Antônio (coord). Os professores e sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1995.
OLIVEIRA, Z. M. R.; Vitória, T.& Ferreira, M.C.R. Crianças, creche, faz de conta &
cia. Petrópolis: Editora Vozes. 1992.
PERRENOUD, Philippe. 10 Novas competências para ensinar. Artmed, 2000.
VASCONCELLOS, C.S. Planejamento: Projeto Político Pedagógico. São Paulo:
Libertad, 2000.
VYGOTSKY, L. S. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins
Fontes, 2000.
VYGOTSKY, L. S. Psicologia Pedagógica. Porto Alegre: Artmed, 2003.
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6. ANEXOS
6.1. Anexo 1: Matriz Curricular da Educação Infantil
ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL SINODAL SETE DE SETEMBRO
MATRIZ CURRICULAR DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Turno da Tarde
Pré Kinder
1 e 2
Kinder Jardim 1 Jardim 2
Cam
pos
de
Exp
eriê
nci
as
O eu, outro e o nós X X X X
Corpo, gestos e movimentos X X X X
Traços, sons, cores e formas X X X X
Escuta, fala, pensamento e
imaginação
X X X X
Espaços, tempos, quantidades,
relações e transformações
X X X X
Part
e
Div
ersi
fica
da
Educação Física X X X X
Inglês X X
Música X X
Carga horária semanal 20h/s 20h/s 20h/s 20h/s
Carga horária anual 800h/a 800h/a 800h/a 800h/a
Dias Letivos Mínimos 200 200 200 200
OBSERVAÇÕES:
Todos os Campos de Experiências são trabalhados diariamente a partir de temáticas e
projetos.
A parte diversificada é ministrada por professores especialistas na área em 1h semanal por
turma.
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6.2. Anexo 2: Matriz Curricular do Ensino Fundamental
ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL SINODAL SETE DE SETEMBRO
MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL
ANOS INICIAIS
1º, 2º e 3º ano: turno da tarde
4º e 5º ano: turno da manhã 20h/semanais mais 4h/semanais no turno da tarde
Áreas do
Conhecimento
Componentes
Curriculares
1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano
LINGUAGENS Língua
Portuguesa
5 5 5 5 5
Arte
1 1 1 1 1
Educação Física
1 1 1 2 2
Língua Inglesa
1 1 1 1 1
Tecnologias
1 1
Música
1 1 1 1 1
Alemão
1 1 1 1 1
MATEMÁTICA Matemática
5 5 5 5 5
CIÊNCIAS DA
NATUREZA
Ciências 2 2 2 2 2
CIÊNCIAS HUMANAS
História
1 1 1 2 2
Geografia
1 1 1 2 2
ENSINO RELIGIOSO
Ensino Religioso 1 1 1 1 1
Carga horária semanal
20h/s 20h/s 20h/s 24h/s 24h/s
Carga horária anual
800h/a 800h/a 800h/a 960h/a 960h/a
Dias Letivos Mínimos
200 200 200 200 200
OBSERVAÇÃO:
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Conhecimento para o Mundo!
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ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL SINODAL SETE DE
SETEMBRO
MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL
ANOS FINAIS
20h semanais no turno da manhã
6h semanais no turno da tarde
Áreas do
Conhecimento
Componentes
Curriculares
6º ano 7º ano 8º ano 9º ano
LINGUAGENS Língua Portuguesa
6 6 5 5
Arte
1 1 1 1
Educação Física
2 2 2 2
Língua Inglesa
2 2 2 2
Espanhol
1 1 1 1
Metodologia de Pesquisa
1 1 1 1
MATEMÁTICA Matemática
5 5 5 5
CIÊNCIAS DA
NATUREZA
Ciências 3 3 3 3
CIÊNCIAS
HUMANAS
História
2 2 3 3
Geografia
2 2 2 2
ENSINO
RELIGIOSO
Ensino Religioso 1 1 1 1
Carga horária semanal
26h/s 26h/s 26h/s 26h/s
Carga horária anual
1.040h/a 1.040h/
a
1.040h/
a
1.040h/
a
Dias Letivos Mínimos
200 200 200 200
OBSERVAÇÃO:
Escola Sinodal
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6.3. Anexo 3: Tabela de Profissionais que atuam na Escola Sinodal Sete de Setembro
NOME CARGO
1. Neiva Simone Heller Direção Escolar
2. Paula Wildner Coordenadora Pedagógica
3. Luana Bruna Neitzke Assistente Administrativa
4. Cristiane Staggmeier Professora Pré Kinder 1
5. Adriana Raquel Baumgratz Professora do Pré Kinder 2
6. Nádia Maria de Carvalho Amann Professora do Kinder
7. Sandra Maria Santin Professora Jardim 1
8. Patrícia Silva de Quadros Professora Jardim 2 A
9. Carine de Souza Professora Jardim 2 B
10. Pâmela Tainá Görgen Professora 1º ano, Prof. AEE e Auxiliar Pedagógica
11. Solange Cristina Fries Professora 2º e 4º anos e Alemão
12. Leila Fernandes Grahl Professora 3º e 5º ano
13. Sulvana Wandescheer Professora de Língua Inglesa Jardim 1 e 2, e A.I.
14. Cássia Marie Goettems Professora de Música do Jardim 1 e 2, e dos A.I.
15. Elaine Fruhauf Professora de Educação Física da E.I. e A. I.
16. Fabiana Surkamp Professora de Língua Portuguesa dos Anos Finais
17. Natália Aline Castoldi Ficagna Professora de Matemática dos Anos Finais
18. Maria Elisabete Siqueira Rocha Professora Ciências dos Anos Finais
19. Graciela Fabiana Fontanella Professora de Geografia e Mat. de Pesquisa dos A.F.
20. Ana Paula Dalpian da Costa Professora História dos Anos Finais
21. Marinaura de Lima Mertins Professor de Língua Inglesa dos Anos Finais
22. Ana Carolina Batistella Professora de Espanhol dos Anos Finais
23. Márcia Cristina dos Santos de Souza Professora Artes dos Anos Finais
24. Andrea Albuquerque Professora Educação Física dos Anos Finais
25. Fábio Staggmeier Professor Ensino Religioso dos Anos Finais
26. Tiago Silva Professor das Oficinas de Música
27. Andressa Teichmann Auxiliar Pedagógica
28. Helenira de Vargas Witzel Auxiliar Pedagógica
29. Fabiana Cristina Krahl Auxiliar Pedagógica
30. Kamila Bianca Osvald Barboza Monitora (estagio CIEE – Ens. Superior)
31. Cristiane Petry Monitora (estagio CIEE – Ens. Superior)
32. Bruna Ekstein Monitora (estagio CIEE – Ens. Superior)
33. Giovana Vieira Monitora (estagio CIEE – Ens. Superior)
34. Fabiana Nienow Monitora (estagio CIEE – Ens. Médio)
35. Nelci Terezinha Gehrke Auxiliar de Limpeza
36. Marcia da Roza Auxiliar de Limpeza
37. Gabriela da Silva Auxiliar de Limpeza
38. Nelson Turati Auxiliar de Manutenção
39. Rafael Rodrigo Winter Inspetor de Aluno