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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS CASTURINA CAMPANHARO BONFIM Ensino Fundamental e Médio Pitanga 2010

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EDUCAÇÃO DE JOVENS E … · objetivos do projeto polÍtico pedagÓgico ... o reconhecimento dos sujeitos da eja e de sua centralidade ... – e.f ii

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS

CASTURINA CAMPANHARO BONFIM

Ensino Fundamental e Médio

Pitanga

2010

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ............................................................................................................... 04

CURSOS AUTORIZADOS/RECONHECIDOS ............................................................... 06

HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO ...................................................................................... 07

OBJETIVOS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ............................................ 08

ATO SITUACIONAL .......................................................................................................... 08

SINOPSE DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES REALIZADAS OU EM

ANDAMENTO NO CEEBJA .............................................................................................

15

PERFIL DO ALUNO ........................................................................................................... 16

ANÁLISE CRÍTICA DOS PROBLEMAS EXISTENTES NA ESCOLA ...................... 18

PRESENÇA DOS ADOLESCENTES ................................................................................ 19

MATERIAL DIDÁTICO ................................................................................................... 20

MARCO CONCEITUAL .................................................................................................... 21

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO NA ÓTICA DO PROJETO

SOCIAL NEOLIBERAL .....................................................................................................

22

O TRABALHO PEDAGÓGICO NA ÓTICA DAS TEORIAS CRÍTICAS ................... 23

A FUNÇÃO SOCIAL DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ............................. 24

O RECONHECIMENTO DOS SUJEITOS DA EJA E DE SUA CENTRALIDADE

NO PROCESSO EDUCACIONAL EMANCIPATÓRIO ...............................................

24

EIXOS ARTICULADORES DO CURRÍCULO NA EJA: CULTURA, TRABALHO

E TEMPO .............................................................................................................................

27

ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS ............................................................................ 30

AS CINCO ETAPAS DO MÉTODO DIALÉTICO ......................................................... 31

1. PRÁTICA SOCIAL INICIAL ....................................................................................... 31

2. PROBLEMATIZAÇÃO .................................................................................................. 31

3. INSTRUMENTALIZAÇÃO ........................................................................................... 32

4. CATARSE ....................................................................................................... 32

5. PRÁTICA SOCIAL FINAL ............................................................................... 32

MÉTODO MATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICO ............................................ 33

AVALIAÇÃO ........................................................................................................................ 34

MARCO OPERACIONAL ................................................................................................. 36

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO – PROPOSTA PEDAGÓGICA

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CURRICULAR, PLANO DE TRABALHO DOCENTE E PLANO DE AÇÃO DA

ESCOLA ...............................................................................................................................

37

PLANO DE TRABALHO PEDAGÓGICO ...................................................................... 39

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES DO TRABALHO PEDAGÓGICO ..................... 39

PLANO DE AÇÃO DO DIRETOR .................................................................................... 40

AÇÕES PEDAGÓGICAS DESCENTRALIZADAS – APEDS ...................................... 42

PLANO DE AÇÃO DAS APEDS ....................................................................................... 42

DIVERSIDADE ................................................................................................................... 44

PLANO DE TRABALHO EQUIPE MULTIDISCIPLINAR .......................................... 45

PRONTIDÃO ESCOLAR PREVENTIVA – PEP ............................................................. 48

ANEXOS ............................................................................................................................. 49

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APRESENTAÇÃO

O Projeto Político Pedagógico do Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e

Adultos – Casturina Campanharo Bonfim, construído coletivamente, está dividido em três

atos, e procura, ao longo do seu texto , revelar ao leitor o perfil de seus alunos e de seus

educadores, a organização do seu espaço físico, as ações que desenvolve, enfim seu contexto,

sua história, suas articulações, dificuldades e acertos. Estes elementos estão explicitados no

marco situacional, o qual através desses elementos busca fazer um diagnóstico da situação

que a escola se encontra na organização e desenvolvimento do seu trabalho pedagógico.

O marco conceitual esforça-se em definir e explicitar o conjunto de ideias, de opções

e teorias que orientarão a prática da escola. Analisa o contexto que o CEEBJA está inserido,

define e explicita com que tipo de sociedade a escola se compromete, que sujeito ela buscará

formar, qual é a sua intencionalidade política, social, cultural e educativa.

Por último o marco operacional do documento, procura pensar estratégias, linhas de

ação, normas, ações concretas permanentes e temporárias para responder às necessidades

apontadas a partir do diagnóstico, tendo por referência a intencionalidade assumida.

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CEEBJA – CASTURINA C. BONFIM

Ensino Fundamental e Médio

QUADRO DEMONSTRATIVO DA INSTITUIÇÃO

IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

1 - Denominação da instituição

Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos Casturina Campanharo Bonfim –

Ensino Fundamental e Médio

2 – Endereço completo

Rua Visconde de Guarapuava, 106

3 – Bairro/Distrito

Centro

4 – Município

Pitanga

5 – NRE

Pitanga

6 – CEP

85.200.000

7 – Caixa Postal 8 – DDD

42

9 – Telefone

3646 3513

10 – Fax

3646 3513

11 – e-mail

[email protected]

12 – Site

www.ceebja.br30.com

13 – Entidade mantenedora

Governo do Estado do Paraná (SEED)

14 – CNPJ/MF

76.416.965/0001-21

15 – Local e data

Pitanga, 09 de novembro de 2010

16 – Assinatura

______________________________

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CEEBJA CASTURINA C. BONFIM

Ensino Fundamental e Médio

CURSOS AUTORIZADOS/RECONHECIDOS

1 – Cursos autorizados

Cursos autorizados Número das autorizações

Ensino Fundamental Resolução nº 2003/91

Ensino Médio Resolução nº 3633/96

2 – Cursos reconhecidos

Cursos reconhecidos Número dos reconhecimentos

Ensino Fundamental Resolução nº 2120/10

Ensino Médio Resolução nº 2120/10

3 – Observações

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HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO

O Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos Casturina Campanharo

Bonfim, jurisdicionado ao Núcleo Regional de Educação de Pitanga, situado à Rua Visconde

de Guarapuava, número 106, Centro, teve sua autorização de funcionamento para o Ensino

Fundamental – Fases I através da Resolução 4163/91 de 26/12/91, Fase II em 11/06/1991,

através da Resolução n º 2003/91, ainda com a denominação Centro de Estudos Supletivos –

CES. O reconhecimento deste grau de ensino se deu através da Resolução n. 5319/93, de

29/09/1993, do Conselho Estadual de Educação.

O Ensino Médio foi autorizado pelo Conselho Estadual de Educação através da

Resolução n. 3633/96, de 016/06/1996 e reconhecido pela Resolução n. 3893/98 de

10/11/1998.

Em 1999, através da Resolução Secretarial nº 3.120/98, passou a denominar-se Centro

de Educação Aberta, Continuada e à Distância – CEAD. A partir do início do ano de 2000,

atendendo ao artigo 28 da Deliberação n. 012/99 do Conselho Estadual de Educação, através

da Resolução n. 4561/99 de 15/12/1999, passou a denominar-se Centro Estadual de Educação

Básica para Jovens e Adultos – CEEBJA.

Em 2001, foi autorizado o funcionamento do Ensino Fundamental – Fase I e II e

Médio – na modalidade de Educação de Jovens e Adultos semipresencial, através da

Resolução 2968/01 de 04/12/01, que também reconhece os cursos.

No ano de 2006 altera-se para presencial – Fase II e Ensino Médio através da

Resolução nº 3957/06, DOE 22/08/2006, sendo renovado em 2010 através da Resolução Nº

2010/10 de 20 de maio de 2010.

ATOS

AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO:

Resolução nº 2003/91, DOE 25/06/1991.

RECONHECIMENTO DO CURSO:

Resolução nº 2120/10, DOE 20/05/2010.

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OBJETIVOS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Superar a relação direta da educação com a demanda de trabalho;

Contemplar metodologias que levem o respeito à diversidade do perfil dos sujeitos

envolvidos no processo ensino-aprendizagem;

Oportunizar aos adolescentes, jovens, adultos e idosos o acesso aos saberes, em suas

diferentes linguagens, intimamente articulados com as suas expectativas e trajetórias

de vida;

Proporcionar a reflexão coletiva sobre os sujeitos da EJA, bem como sobre questões

teórico-metodológicos pertinentes ao processo educativo nessa modalidade;

Coordenar o trabalho pedagógico fundamentado nos três eixos: cultura, trabalho e

tempo, por meio de ações que contribuam para a efetivação do conhecimento:

Considerar a diversidade cultural como elemento fundamental para se pensar e fazer

educação;

Permitir aos educandos da EJA, percorrerem trajetórias de aprendizagem não

padronizadas, respeitando o ritmo próprio de cada um no processo de aprendizagem

dos saberes.

ATO SITUACIONAL

O Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos – Casturina C. Bonfim

– E.F II e Médio, está situado na Avenida Visconde de Guarapuava nº 106, município de

Pitanga.

Este estabelecimento tem como mantenedor o governo do Estado do Paraná através da

SEED (Secretaria de Estado da Educação) e funciona em prédio locado.

Não é um prédio adequado para o funcionamento de uma escola pois quase todos os

ambientes onde funcionam as salas de aula são pequenos e irregulares.

O laboratório de informática, sala dos professores, diretoria e secretaria foram

distribuídos no piso térreo, os vários ambientes foram separados com divisórias de madeira,

em anexo nesse mesmo piso funciona a cozinha e o refeitório que é utilizado como pátio. No

subsolo está a biblioteca que é utilizada como sala de aula, e mais duas salas de aula

separadas por divisórias.

No segundo pavimento temos mais quatro salas de aula (as melhores) onde funciona o

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atendimento coletivo (Blocos). No terceiro piso temos mais 5 salas de aula (pequenas)

destinadas quase que exclusivamente para o atendimento individual.

O acesso a esses pavimentos dá se por uma longa escada, que em vários momentos

desencadeia queixas dos professores e alunos devido ao esforço físico necessário para

transpô-la. Isso demonstra a falta de acessibilidade para alunos cadeirantes, deficientes visuais

e idosos.

Um outro problema que enfrentamos é a falta de segurança, pois a porta principal do

prédio tem acesso livre para a rua, sem portão nem muro, o que dificulta o trabalho do

funcionário que controla o fluxo de entrada e saída das pessoas, tudo isso torna este

estabelecimento de ensino bastante vulnerável a entrada de estranhos.

Apesar de todos esses problemas relacionados a estrutura física do prédio, ainda é o

melhor local, uma vez que não existe outro na cidade para ser locado e que atenda às

necessidades de uma escola.

A solução para este problema só ocorrerá se a SUDE/SEED disponibilizar recursos

para a construção da sede do CEEBJA, ou então a mudança do CEEBJA para uma escola

estadual atualmente ocupada pela prefeitura municipal, onde funciona os anos iniciais do E.F .

O CEEBJA, funciona no turno vespertino e noturno. A área de atuação desse centro

corresponde aos municípios de Pitanga, Boa Ventura de São Roque, Nova Tebas e Mato Rico,

com a implantação do Projovem Campo Saberes da Terra, ampliou-se o raio de atuação do

CEEBJA, abarcando também os municípios de Palmital e Laranjal.

No turno vespertino estamos atendendo 120 alunos do E.F II e Médio, e no turno

noturno 338 alunos do E.F II e Médio, tanto no atendimento individual, como no coletivo,

totalizando aproximadamente 458 alunos.

Além dos alunos da sede do CEEBJA temos 11 turmas de APEDs (Ação Pedagógica

Descentralizada) e 5 turmas do Projovem Campo Saberes da terra, assim distribuídas:

APEDs

Município Localidade Escola Nível Nº de

alunos

Boa Ventura de S. Roque Boa Ventura Col. Est. Adonis Morski E.F II 16

Boa Ventura de S. Roque Boa Ventura Col. Est. Adonis Morski E.M 15

Nova Tebas Barreirinho Col. Est. Ari Kffuri E.M 19

Nova Tebas Cidade Col. Est. Carlos D. de

Andrade

E.F II 25

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Nova Tebas Cidade Col. Est. Carlos D. de

Andrade

E.F II 20

Nova Tebas Catuporanga Col. Est. Vinícius de

Morais

E.F II 13

Pitanga Vila Nova (alemães) Col. Est. B. de Holanda E.F II 20

Pitanga São João da Colina Col. Est. São João da

Colina

E.F II 18

Pitanga Barra Bonita Col. Est. Zélio Dziubate E.F II 17

Pitanga Vila Planalto Esc. Mun. Reinaldo N.

Ferreira

E.F II 19

Pitanga Vila Planalto Esc. Mun. Reinaldo N.

Ferreira

E.M 17

Total de alunos 189

Projovem Campo Saberes da Terra

Município Localidade Escola Nivel Nº de

alunos

Boa Ventura de S. Roque Cachoeirinha Col. Rural Est. Natal Pontarolo E.F II 38

Laranjal Laranjal Col. Est. de Laranjal E.F II 34

Laranjal Chapadão Col. Est. Chapadão E.F II 23

Laranjal Pinhal Grande Col. Est. de Pinhal Grande E.F II 24

Palmital Palmital Col. Est. João Paulo II E.F II 34

Total de alunos 153

Nosso corpo docente é composto por professores(as) que atuam na sede do centro, nas

APEDs e no Projovem.

Professores da sede vínculo QPM/SCO2

Nome Disciplina Vínculo Formação Pós-

graduação

Adalton Krupek Química QPM Química Especialização

Arlete Probst de Lima Educação Especial SCO2 Pedagogia Especialização

Carlos Miranda Geografia QPM Geografia/História PDE

Claudete Dziubate Ciências/Biologia QPM Ciências

Biológicas

Especialização

Edicleia Aparecida Kulik Educação Física QPM Educação Física Especialização

Gislaine Becher Matemática QPM/SC

O2

Ciênc. C/ licen.

Matemática

Especialização

Glaucia Dziubate Língua Portuguesa QPM Letras Literatura Especialização

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Ivete Karoluz Portugal Ciências SCO2 Ciências

Biológicas

Especialização

Joselba Marcia de Andrade Língua Portuguesa QPM Letras Anglo Especialização

Lidinalva Pinheiro de Oliveira Língua Portuguesa SCO2 Letras Especialização

Liliane Cinara Michels Ciências/Química SCO2 Ciências c/ licenc.

em Química

Especialização

Lucia Ester Mattielo Geografia QPM Geografia PDE

Lucia de Cassia de Andrade Sociologia SCO2 Pedagogia Especialização

Luiz Carlos Mendes Matemática SCO2 Matemática Especialização

Marcos Henrique Pereira Matemática QPM/SC

O2

Matemática Especialização

Margarete Ferreira Silva Matemática QPM/SC

O2

Matemática PDE

Maria de Fatima Bedani Filosofia SCO2 Pedagogia Especialização

Maria Ione Anzolim Sociologia SCO2 Pedagogia Especialização

Maria Joana Machado de

Andrade

História SCO2 História PDE

Maria Olanda Nunes Bonfim Biologia SCO2 Ciências

Biológicas

Especialização

Marlene Knaut Inglês QPM Letras Anglo PDE

Mauricia Carla Pittner Artes SCO2 Letras Literatura Mestrado

Neusa Maria Vidotto P.

Ferraresi

Educação Física QPM Educação Física Especialização

Rosana Pereira Lopes Inglês SCO2 Letras Anglo Especialização

Rosilene Sprot dos Santos Física QPM Matemática/Física Especialização

Rozane de Fatima Lins Matemática SCO2 Matemática Especialização

Sergina Andrade Inglês SCO2 Letras Anglo Especialização

Sidiane Rissi Artes SCO2 Artes Visuais Especialização

Sirlei da Aparecida Kurcrevski Matemática QPM Matemática PDE

Sirley Costa Zanetti Língua Portuguesa QPM Letras Anglo Especialização

Soeli Aparecida Dalla Rosa Professora

readaptada

QPM Letras/ português

/Inglês e

Literatura

Especialização

Tania Nairde Rebequi Prof. Itinerante

Ed. Especial

QPM Pedagogia Especialização

Zenóbia Cedorak de Godoy Língua Portuguesa QPM Letras Literatura Especialização

Zilman do Rocio Martins Geografia QPM Geografia PDE

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Professores da sede vínculo PSS

Nome Disciplina Vínculo Formação Pós Graduação

Ausdry Viviane Vanzela Matemática PSS Matemática Especialização

Catia Angela Iurkiu História PSS História Especialização

Eder Augusto Stimer Informática PSS Sistemas de

Informação

Edina Maria Maciel Bertol Educação

Especial

PSS Pedagogia Especialização

Eloy de Lurdes Ottoni Ciências/Biolo

gia

PSS Ciências Biológicas Especialização

Franciele Gallo Alenski

Brischiliari

Educação

Física

PSS Educação Física Especialização

Ivonete Terezinha de Lima

Bueno

História/Geogr

a-

fia/Filosofia

PSS História Especialização

Juliane Bereze Geografia PSS Geografia(em curso)

Luciane Terezinha Kuhn Matemática PSS Física

Meily Franciely de Almeida Educação

Física

PSS Educação Física Especialização

Rosana Poluha Geografia PSS Geografia Especialização

Rosane Fortunato História PSS História Especialização

Roseleia Kloster Ciências PSS Ciências Biológicas

c/ hab. Matemática

Especialização

Viviane Dziubate Biologia PSS Ciências Biológicas Especialização

Professores APED

Nome Disciplina Vínculo Formação Pós Graduação

Adalton Krupek Química QPM Química Especialização

Clarinda dos Santos Aguiar Inglês PSS Letras Anglo

Dirce Resnizek Mendes Inglês QPM Letras Anglo Especialização

Ilma Alves dos Santos Língua

Portuguesa

PSS Letras Anglo Especialização

Kelly Adriane Colonhense Matemática QPM Ciências com

hab.

Matemática

QPM

Lilia Balbino Peres PSS História Especialização

Liliane Aparecida da Silva Física PSS Administração Especialização

Marinês Moschen Sartori Matemática PSS Física Especialização

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Salete Seroiska Geografia PSS Geografia Especialização

Sandra Carla Gois Matemática

Ciências

PSS Ciências/habil.

Matemática

Especialização

Valéria Novac da Silva PSS História

Professores Projovem

Nome Disciplina Vínculo Formação Pós

Graduação

Cezar da Silveira Guazi Língua Portuguesa PSS Letras Especialização

Claudia Gabriela Tomen Agricultura Familiar PSS Medicina

Veterinária

Claudia Kruger Geografia PSS História

Decio Machado Agricultura Familiar PSS Medicina

Veterinária

Edinalva Machado Geografia PSS História

Jessé de Matos Agricultura Familiar PSS Técnico

Agroecologia

João Kaczoroski Agricultura Familiar PSS Técnico em

Agropecuária

José Aparecido de Morais Matemática/Ciências PSS Ciências c/

hab. em

Matemática

Luiz Carlos Maciel Matemática SCO2 Administraçã

o

Especialização

Maria Manchur Stoski Língua Portuguesa SCO2 Letras Especialização

Marta Aparecida de Freitas Geografia PSS História e

Pedagogia

Especialização

Neura de Morais Iagla Matemática SCO2 Ciências Especialização

Robson Carneiro Menezes Matemática PSS Matemática/

Ciências

Especialização

Rodrigo Matozo de Melo Agricultura Familiar PSS Técnico em

Agropecuária

Roseli Mara Cristof Língua Portuguesa SCO2 Letras Especialização

Silvana Taborda de Miranda Língua Portuguesa PSS Letras Especialização

Sonia Meri Rodrigues dos

Santos

Matemática PSS Matemática Especialização

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A direção e equipe técnica-pedagógica e de apoio está assim constituída.

Equipe técnica – pedagógica e de apoio

Nome Função Vínculo Formação

Anderson Adriano Trojan Secretário QFEB Profuncionário

Eva Aparecida Ferreira da Silva Serviços Gerais QFEB Ensino Médio

Everli Padilha Téc. Administ. QFEB Ciências Contábeis

Profuncionário

Glaucia Dziubate Coordenadora

itinerante de APED

QPM Especialização

Inês do Carmo Kaspchak Gomes

de Lima

Téc. Administ. QFEB Especialização

Ivone Daudt Colaços Rebequi Serviços Gerais QFEB Pedagogia/Profuncionário

incompleto

José Roberto Gonçalves Serviços Gerais QFEB Profuncionário

Marcos Freitas Coordenador de

Exames Supletivos

QPM Especialização

Olívia Stange Soethe Téc. Administ. QFEB Especialização

Rosa Leandro Serviços Gerais QFEB Profuncionário incompleto

Roseni Batista de Lima Serviços Gerais QFEB Profuncionário

incomp./história incomp.

Terezinha Aparecida Hrysyk Pedagoga QPM Especialização

Vacilina Kovalski da Silva Diretora QPM Especialização

Vagner Reciote Ribeiro Téc. Administ. QPM Profuncionário/Pedagogia

incomp.

A equipe técnica-pedagógica e de apoio, juntamente com os professores(as) conta

ainda com a participação da comunidade por meio do Conselho Escolar e da APAF.

MEMBROS CONSELHO ESCOLAR

Nome Função

Vacilina Kovalski da Silva Presidente

Terezinha Aparecida Hrysyk

Glaucia Dziubate

Representante Equipe Pedagógica

Suplente

Neusa Maria Vidotto P. Ferraresi

Joselba Marcia de Andrade Faust

Represente do corpo docente – E.F

Suplente

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Rosilene Sprot dos Santos Represente do corpo docente – E.M

Anderson Adriano Trojan

Everli Padilha

Representante Equipe Téc. Adm.

Suplente

Ivone D. Colaços Rebequi

Eva Aparecida Ferreira da Silva

Auxiliar operacional

Suplente

Lindisdalva dos Santos Petrechen

Solange Snak

Representante do corpo discente

Suplente

Neide Torres

Elizabeth Aparecida

APMF

Suplente

Maria de Jesus Schon

Nilton Jumes

Representante do comércio

Suplente

Antonio Telles de Andrade

João Rodrigues Ribeiro

Representante da Igreja

Suplente

Mauro Hirose

Patrick Hirose

Representante da saúde

Suplente

MEMBROS DA APAF

Nome Função

Lindisdalva dos Santos Petrechen Presidente

Terezinha Aparecida do Nascimento Tesoureira

Fernando Florindo 2º Tesoureiro

Anderson Adriano Trojan 1º Secretário

Glaucia Dziubate Canova 2ª Secretária

José Roberto Gonçalves 1º Diretor Sociocultural Esportivo

Terezinha Aparecida Hrysyk Conselheira

Arlete Probst de Lima Conselheira

SINOPSE DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES REALIZADAS OU EM

ANDAMENTO NO CEEBJA:

Programa Viva Escola em mídias conectando-se com o mundo a atividade realiza-

se no laboratório de informática com 24 educandos, adolescentes, jovens, adultos e idosos,

cujo objetivo é a inclusão digital e o contato com outras tecnologias midiáticas.

Revelando Almas de Poetas, os/as alunos/as do centro orientados/as pelo/a professor

(a) de Língua Portuguesa produzem textos poéticos, que vão integrar o livro “Revelando

Alma de Poeta” protagonizado pelo NRE.

Olimpíadas de Matemática (OBMEP) Evento de nível nacional que oportuniza os

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educandos da rede pública participar de provas para evidenciar o conhecimento de

matemática.

Inter salas entre os alunos do Centro e das APEDs trata-se de um torneio de Futsal,

realizado anualmente no ginásio de Esporte, objetivando o lazer e a integração entre os alunos

do Centro e das APEDs.

Festa Junina evento tradicional aguardado pelos alunos tanto do Centro como das

APEDs, proporciona momentos de lazer entre os educandos e seus familiares, professores e

funcionários, quando são realizadas as atividades típicas dessas festas.

Projeto “A Força e o Brilho da Luz Negra” realizado desde de 2006 sempre nos

dias 20 e 21 de novembro, tem como objetivo a culminância de todas as atividades realizadas

ao longo do ano com o objetivo de implementar a Lei 10.639/03, a qual trata da

obrigatoriedade das escolas trabalharem com conteúdos da história e cultura Afro Brasileira e

Africana e as relações etnocorraciais. Este trabalho promoveu o CEEBJA – Casturina C.

Bonfim como escola referência na região Sul do Brasil na implementação da referida Lei,

cuja menção foi publicado no relatório da UNESCO, que catalogou através de uma pesquisa

capitaneada pelas universidades federais de todas as regiões do Brasil, as escolas que

desenvolvem ações relevantes, que evidenciam a implementação desta Lei, numa perspectiva

comprometida com a superação do preconceito racial e a desigualdade social no Brasil.

Exames de Suplência: Este estabelecimento escolar oferta Exames de Suplência,

atendendo ao disposto na Lei 9694/96, autorizado e credenciado pela SEED, por meio de

edital próprio, emitido pelo Departamento de Educação e Trabalho (DET).

Os exames on-line também são disponibilizados para os candidatos que por algum

motivo, não puderam participar das provas convencionais na data marcada.

Formação continuada: A formação continuada dos professores(as) e equipe técnico

pedagógica, vem acontecendo através dos Grupos de Estudo aos sábados, Semana

Pedagógica, Grupo de Trabalho em Rede (GTR), PDE Programa de Desenvolvimento

Educacional, DEB Itinerante, NRE Itinerante, e Itinerante 2010, simpósios, encontros, cursos

presenciais e on-line nas disciplinas e temáticas relacionadas com os desafios educacionais

contemporâneos, mídias, educação fiscal entre outros.

PERFIL DO ALUNO

“Compreender o perfil do educando da EJA requer conhecer a sua história, cultura e

costumes, entendendo-o como um sujeito com diferentes experiências de vida e que em algum

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momento afastou-se da escola devido a fatores sociais, econômicos, políticos e/ou culturais.

Entre esses fatores, destacam-se o ingresso prematuro no mundo do trabalho, a evasão ou a

repetência escolar”. Nossos educandos são, preferencialmente, pessoas maiores de 18 anos,

geralmente migrantes provenientes de áreas rurais empobrecidas, ou filhos de trabalhadores

rurais não qualificados e com baixo nível de instrução escolar, ele próprio com uma passagem

curta e acidentada pela escola, que trabalha em ocupações urbanas não qualificadas, ou na

economia informal e que busca a escola tardiamente para dar prosseguimento a seus estudos

geralmente nos últimos 4 anos do E.F.

Nossos educandos jovens e adolescentes, assim como os adultos também não possuem

uma história de escolaridade tranquila e regular, não é o vestibulando ou o aluno em busca de

enriquecimento pessoal. Como o adulto anteriormente descrito ele é também um excluído da

escola, porém com pouco mais de escolaridade, com maiores chances portanto de concluir o

E.F, ou o Médio. É bem mais ligado ao mundo urbano, envolvido em atividades de trabalho e

lazer mais relacionadas com a sociedade urbana e seus valores culturais.

Há de se elencar também uma grande presença da mulher que, durante anos, sofreu e

ainda sofre as consequências de uma sociedade machista que a tem historicamente excluído

das oportunidades educativas. Além disso, é também na questão feminina que se manifestam

as contradições entre os direitos civis, políticos e sociais, à medida que as conquistas

femininas, não foram suficientes para superar aspectos da exploração econômica e moral que

marcam as relações de gênero em nossa sociedade.

Não poderíamos também deixar de considerar a presença de vários representantes da

população idosa tanto no CEEBJA como nas APEDs. A sociedade capitalista ao transformar

todos os sujeitos em mercadorias, reserva para esses sujeitos o estigma da improdutividade,

precisamos estar atentos em reconhecer o/a idoso(a) como sujeitos de conhecimento e de

cultura, para os quais o acesso à educação formal, mesmo em idades avançadas é um direito

vinculado à formação humana e, por isto inegociável. Ademais é preciso considerar o

patrimônio cultural dos idosos (as) de modo que as trocas intergeracionais possam se

constituir como mais uma mediação educativa na EJA.

Pode-se constatar, também neste centro, o atendimento aos educandos com

necessidades educacionais especiais nas áreas de: deficiência intelectual, auditiva, visual,

neuromotora. Para esses educandos contamos com duas professoras itinerantes que

oportunizam ações educativas específicas para atender as necessidades desses educandos de

forma inclusiva. Para o educando com deficiência neuromotora que é cadeirante contamos

com uma professora de apoio permanente.

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Não poderíamos deixar de elencar também nossos educandos das APEDs e do

Projovem Campo Saberes da Terra, (16 turmas) aproximadamente 300 alunos, espalhados por

toda região Central do Paraná, em localidades de difícil acesso com muitos problemas

relacionados ao transporte escolar. Estes educandos são agricultores(as) familiares,

assalariados(as) rurais, meieiros, posseiros, arrendatários, assentados enfim povos do campo,

que precisam de uma escola não circunscrita apenas a um espaço geográfico, mas vinculada

aos povos do campo, seja os que vivem no meio rural, seja os que vivem nas sedes dos

municípios rurais do nosso núcleo.

O campo é heterogêneo, agrega sujeitos de diferentes gerações, etnias, gêneros,

crenças e distintas experiências de trabalho, de organização de vida. Dessa forma, a educação

para o campo deve estar relacionada com a cultura e os saberes desses sujeitos resgatando

suas identidades muitas vezes esfaceladas pelo modelo social hegemônico.

Por último destacamos também a presença em nossa escola de educandos

afrodescendentes, estes representam no Brasil a maioria entre aqueles que não tiveram acesso,

ou foram excluídos da escola. Para estes que tiveram esse direito negado, a EJA, representa

talvez a última tentativa de escolarização, sendo assim é essencial observar o que preconiza a

Lei 10.639/03, como possibilidade de ampliar o acesso e a permanência desta população no

sistema educacional, visando a equidade social.

Enfim, conhecer mesmo que minimamente cada um desses sujeitos, bem como suas

necessidades, é um subsídio para a formulação de uma PPC, contendo estratégias para

superação dos problemas dentro da escola bem como enriquecê-la com outros conhecimentos

e valores que ampliem sua dimensão cultural, num movimento de valorização dessas

diversidades que compõe a EJA.

ANÁLISE CRÍTICA DOS PROBLEMAS EXISTENTES NA ESCOLA

Um dos mais sérios, senão o maior problema enfrentado pela EJA, é sem dúvida

alguma a evasão escolar. Muitos são os motivos que levam os educandos da EJA a

abandonarem a escola, entre eles destacam-se: a necessidade de trabalhar para o sustento da

família ou do seu próprio, a pobreza absoluta, os conflitos familiares (ciúmes), a distância da

moradia da escola, a falta de transporte, etc. Os altos índices de evasão devem-se também aos

muitos fracassos vivenciados pelos alunos ao longo de sua vida, e quando retornam aos

bancos escolares sentem-se constrangidos, assumem que são culpados pela situação

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indesejável em que se encontram, e neste momento é preciso muito acolhimento, muita

valorização, a qualquer sinal que eles estão “incomodando” a professora, se eles perceberem

que não são bem vindos, a baixa autoestima os levará inevitavelmente a mais um abandono.

Assim como a vida do nosso educando é instável, a EJA também é, isto significa que a

ausência do nosso educando por um longo período nem sempre representa um abandono

definitivo, muitas vezes essa ausência é o tempo que ele está envolvido com um trabalho

sazonal, e tão logo termine, ele voltará, para cursar mais uma disciplina ou terminar aquela já

iniciada. No ano seguinte a história se repete e é assim que ele vai buscando estratégias de

sobrevivência e de escolarização.

Corpo docente: O problema mais sério em relação ao corpo docente é a rotatividade,

pois a falta de professores efetivos leva inevitavelmente a contratação de professores

temporários que no ano seguinte dificilmente voltarão. A rotatividade aliada a falta de

capacitação específica para a EJA, são dois problemas que decrescem a qualidade do ensino,

pois para o docente se apropriar das especificidades do currículo da EJA, formas de

atendimento, metodologia, perfil dos alunos, enfim toda complexidade diferencial dessa

modalidade de ensino, demanda tempo e estudo. Jamais um professor aligeirado ou motivado

apenas pela boa vontade conseguirá assimilar todos os conceitos e mediações que esta

modalidade requer.

PRESENÇA DOS ADOLESCENTES

A EJA como o próprio nome diz, trata-se de educação de jovens e adultos, portanto a

presença de adolescentes na EJA, não pode ser vista com naturalidade. Natural é a presença

desses educandos no ensino regular, portanto se existem alunos indisciplinados, com a

defasagem idade/série devido as múltiplas repetências, e muitos outros motivos, não é

problema da EJA, é problema do ensino regular que deveria dar conta de resolver esses

problemas, não a EJA. Porém o parecer nº 626/08 do CEE abriu algumas brechas para o

ingresso de adolescentes no segundo segmento do E.F na EJA, por conta disso o número de

adolescentes transferidos do regular para a EJA, mediante encaminhamento do Conselho

Tutelar, teve um grande acréscimo neste ano (2010) e esta tendência deverá permanecer ainda

mais forte em 2011, pois a instrução normativa nº 05/2010 do DAE (Diretoria de

Administração Escolar) libera a matrícula tanto para a sede como para as APEDs, para

menores com no mínimo 15 anos completos para o E.F, a partir do ano que vem sem nenhuma

restrição ou encaminhamento de autoridade competente. Tivemos neste ano também vários

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adolescentes encaminhados pelo Juiz da Vara da Família, para cumprir medida socioeducativa

com liberdade assistida.

Como dá para perceber, o CEEBJA acaba se tornando o escoadouro, para onde tudo

conflui, e por conta disso os problemas se alargam. Um dos maiores desafios em relação aos

adolescentes é a frequência escolar, ou seja sua presença efetiva em sala de aula, estudando e

cumprindo a carga horária diária. O que se constata através de minucioso acompanhamento

feito pela equipe pedagógica, com raras exceções, é via de regra frequências esporádicas,

irregulares sem nenhuma periodicidade.

Porém quando os pais são avisados da situação esses dizem que os filhos saem

religiosamente todos os dias dizendo que vão para a escola. Esta situação é preocupante pois

estes adolescentes ficando na rua estão se colocando em situação de risco e vulnerabilidade. E

a EJA desta forma acaba assumindo um problema, que o regular aparentemente resolveu, só

que na realidade o problema longe de ser resolvido agravou-se pois dá a falsa impressão que

estes sujeitos estão socialmente cobertos pela educação formal.

MATERIAL DIDÁTICO

Um sério problema enfrentado tanto pelo professores da sede do CEEBJA como das

APEDs é a falta de material específico para educação de jovens e adultos.

Nesses 18 anos de funcionamento da nossa escola o assunto material didático nunca

foi tranquilo, pois sempre foi “dado um jeito” de contornar o problema. Ora o material era

esticado, ora encolhido. Houve um tempo que era reproduzido pela própria escola e cobrado o

custo do aluno. Há aproximadamente 10 anos a SEED mandou um estoque razoável desse

material novamente “reformulado”. Mas a bem da verdade sempre o mesmo “bom e velho”

material que ao longo do tempo foi sendo adaptado à medida que a proposta pedagógica da

EJA sofria alguma modificação (só atendimento individual, semipresencial, depois

atendimento coletivo e individual semipresencial, atualmente só presencial).

Hoje este material praticamente já acabou, só restam alguns exemplares de algumas

disciplinas, porém o conteúdo e o formato estão defasados em relação as DCEs e a proposta

curricular.

Em 2008 recebemos uma quantidade razoável da coleção caderno de EJA do

MEC/SECAD, porém devido ao seu formato multidisciplinar, poucos professores(as) os

utilizam.

Para o E.M recebemos também uma boa quantidade do livro didático público

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elaborado pelos professores da rede pública do Estado do Paraná, porém observa-se grande

resistência dos professores(as) em adotá-lo como material principal, alguns o utilizam apenas

como apoio.

Para o próximo ano pelo que tudo indica um grande sonho se realizará pois o PNLD

(Programa Nacional do Livro Didático) pela primeira vez incluirá a EJA, fornecendo material

didático produzido especificamente para essa modalidade.

MARCO CONCEITUAL

O marco conceitual implica em definir e explicitar o conjunto de ideias, de opções e

teorias que orientarão a prática da escola. Portanto este é o momento de analisar em que

contexto o CEEBJA está inserido, para assim podermos definir e explicitar com que tipo de

sociedade a escola se compromete, qual sujeito ela buscará formar qual a sua intencionalidade

política, social, cultural e educativa.

“... A educação só pode se realizar através de mediações práticas que se desenvolvem a partir

de um projeto educacional, vinculado, por sua vez, a um projeto histórico e social e que a

instituição escolar é lugar por excelência desse projeto...”

Antonio Joaquim Severino

Pensar o papel político e pedagógico que a escola cumpre no interior de uma

sociedade historicamente situada, dividida em classes sociais, dentro de um modo de

produção capitalista, implica em reconhecer a educação como um ato político, que possui uma

intencionalidade e, contraditoriamente, vem contribuindo, ou para reforçar o modelo de

sociedade, sua ideologia, a cultura e os saberes que são considerados relevantes para os

grupos que possuem maior poder, ou para desvelar a própria forma como a escola se articula

com a sociedade e seu projeto político, constituindo-se num espaço emancipatório, de

construção de uma contra-ideologia, onde a cultura e os saberes dos grupos sociais que

historicamente tem sua história negada, silenciada, distorcida, esteja em diálogo permanente

com os saberes historicamente acumulados e sistematizados na história da humanidade.

Neste sentido, podemos afirmar que a educação, como trabalho não material, é

necessariamente intencional. Vincula-se a uma concepção de sociedade, de mulher e homem,

de cultura, de conhecimento. Para Vieira Pinto (2000), a educação é necessariamente

intencional. Não se pode formar um homem sem um prévio conceito ideal de homem. Este

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modelo, contudo, é um dado de consciência e, portanto, pertence à consciência de alguém.

Reforça nesse sentido, a importância de compreender que o PPP traz as marcas da

concepção de mundo, humanidade e educação dos gestores das políticas públicas, dos

gestores de escola, dos educadores, uma vez que não existe neutralidade no fazer pedagógico.

A este respeito FREIRE afirma:

“Não posso ser professor se não percebo cada vez melhor que, por não ser neutra, minha

prática exige de mim uma definição. Uma tomada de posição. Decisão. Ruptura. Exige de

mim que escolha entre isto e aquilo. Não posso ser professor a favor de quem quer que seja e a

favor de não importa o quê. Não posso ser professor a favor simplesmente do Homem ou da

Humanidade, frase de uma vaguidade demasiado contrastante com concretude da prática

educativa. Sou professor a favor da decência contra o despudor, a favor da liberdade contra o

autoritarismo, da autoridade contra a licenciosidade, da democracia contra a ditadura de direita

ou de esquerda. Sou professor a favor da lista constante contra qualquer forma de

discriminação, contra a dominação econômica dos indivíduos ou das classes sociais. Sou

professor contra a ordem capitalista vigente que inventou esta aberração: a miséria na

fartura.”

(FREIRE, 1996, p.115).

Nesta direção é necessário pensar qual é o nosso projeto educacional para o CEEBJA

Casturina C. Bonfim, pois é este que lhe confere identidade. Projeto este que deverá estar

presente em todos os espaços e tempos escolares, pois é no todo de sua organização que a

escola assume e revela a sua função social na sociedade. Ela assume sua função não só

através dos conhecimentos sistematizados que socializa, mas pela experiência social, cultural

e intelectual que oportuniza ao educando, ao educador, ao gestor, aos funcionários, enfim a

todos.

Compreender o papel político da escola, a forma como ela contraditoriamente se

vincula a um determinado projeto de sociedade, é fundamental para discutir a importância e o

significado que o PPP assume na organização do trabalho pedagógico escolar.

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO NA ÓTICA DO

PROJETO SOCIAL NEOLIBERAL.

Para ilustrarmos o projeto neoliberal de sociedade o qual transposta para a escola

trouxe muitas consequências, transcreveremos um fragmento do texto 1, analisado na semana

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pedagógica de agosto 2010.

As tendências neoliberais, presentes no mundo moderno a partir da década de 90,

trouxeram como conseqüência para a escola o caráter empresarial, meritocrático, competitivo,

personificado na figura do diretor formado aos moldes do programa gerencialista de qualidade

total 1. O currículo, sob influência dessas tendências, foi organizado na lógica das

competências e habilidades propostas pela política federal e pelos bancos internacionais de

financiamento. A lógica neoliberal responsabiliza o sujeito individualmente sobre sua

condição econômica e social. Observamos isso no discurso que ouvimos, com certa

frequência, diretamente das pessoas e, indiretamente, nos meios de comunicação: - É pobre

porque não trabalha. – Não trabalha porque não quer. – Não aprende porque não se dedica. –

Fica doente porque não se cuida. – Reprova porque não estuda. Etc.

E, mais que isso, nessa lógica, coloca para a escola a obrigação de resolver os problemas

sociais, econômicos, ambientais, da saúde, do trânsito, da violência, etc. Problemas estes que

não foram criados por ela, mas que nela desembocam. Assim, a escola passa a ter que lidar

com estes problemas reais de tal modo que corre o risco de não conseguir dar conta de seu

papel primeiro, que é ensinar.

O TRABALHO PEDAGÓGICO NA ÓTICA DAS TEORIAS CRÍTICAS

O desvelamento da lógica neoliberal e seus condicionantes, revelada pelas teorias

críticas, como a Pedagogia Histórico Crítica (Saviani) Libertadora (Paulo Freire), a

Pedagogia Crítico Social dos Conteúdos (Libâneo) todas com base no filósofo italiano

Antonio Gramsci, vão sustentar que a escola deveria transmitir a todos que a ela teem acesso,

sem discriminação, o saber sistematizado e historicamente acumulado, necessário ao processo

de tomada de consciência, à emancipação e a formação do cidadão.

Estes dois breves conceitos, colocados de forma genérica tem o objetivo de ao

relembrarmos mesmo que superficialmente suas propostas, reafirmarmos nossa opção pelo

materialismo histórico dialético tendo em vista que esse método será o nosso leme, que nos

guiará em direção ao nosso projeto de escola, homem, mulher, mundo, sociedade, educação,

ensino-aprendizagem, tecnologia, avaliação, currículo, princípios didáticos pedagógicos,

vinculada à concepção da educação pública, aquela que expressa as necessidades daqueles/as

que dependem da educação escolar como via de acesso aos conhecimentos culturais,

universais, científicos, artísticos e filosóficos.

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A FUNÇÃO SOCIAL DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

As Diretrizes Curriculares da EJA afirmam que “historicamente, a educação dos

diferentes grupos sociais de trabalhadores objetivou habilitá-los técnica, social e

ideologicamente para o trabalho, tratando a função social da educação de forma controlada

para responder às necessidades de produção”. (SEED -PR, 2006, p.28) afirma, também, que

“a fim de superar esta relação direta da educação com a demanda de trabalho, torna-se

fundamental compreender o sentido desse processo na vida dos educandos que não tiveram

acesso ou continuidade da escolarização na denominada idade própria”. (SEED p. 28). O

CEEBJA, concorda com essa perspectiva e assume que a finalidade da educação e a formação

de sujeitos ativos, críticos, criativos e democráticos, na perspectiva da formação humana, não

subordinada a fatores econômicos. Portanto o grande propósito da educação implica em

proporcionar aos trabalhadores e a seus filhos, a consciência e, em consequência, a motivação

que lhes permitiriam o engajamento em movimentos coletivos, visando tornar a sociedade

mais livre e igualitária.

Para que isso ocorra segundo Ramos 2008, torna-se fundamental possibilitar ao

educando trabalhador, apropriar-se do saber que fundamenta os processos de produção e se

inserir, de forma autônoma e emancipada nesses processos, como sujeito histórico-social

responsável pela construção do conhecimento e da riqueza social. Se, por um lado, a educação

restrita à dimensão econômica nega o princípio antológico de que o homem, em relação com a

natureza e com os outros homens, constrói sua própria existência, a educação como questão

de cidadania não pode ser concebida sem considerar essas relações sociais de produção e,

portanto, descoladas do plano da política e da economia ainda segundo Ramos 2008: É esta a

síntese, o horizonte perseguido no resgate da educação como direito nunca mais negado e

como processo permanente de aprimoramento do homem em todas as suas dimensões: Física,

intelectual, psíquica e social. Um processo de aprimoramento humano que seja, efetivamente

omnilateral, ou seja integral.

O RECONHECIMENTO DOS SUJEITOS DA EJA E DE SUA CENTRALIDADE NO

PROCESSO EDUCACIONAL EMANCIPATÓRIO.

De acordo com as Diretrizes curriculares para EJA 2006, o universo da EJA contempla

diferentes culturas que devem ser priorizadas no PPP e na prática docente. Nesse sentido,

segundo Soares (1986), o educando passa a ser visto como sujeito sócio-historicocultural,

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com conhecimentos e experiências acumuladas. Cada sujeito possui um tempo próprio de

formação, com colaboração entre saberes locais e universais, a partir de uma perspectiva de

ressignificação da concepção de mundo e de si mesmo. Tendo em vista a diversidade destes

educandos, com situações socialmente diferenciadas, é necessário que a educação de Jovens e

Adultos proporcione seu atendimento aproveitando outras formas de socialização como

expressão de cultura própria.

Considerando-se o diálogo entre as diversas culturas e saberes é necessário retirar esta

modalidade de ensino de uma estrutura rígida pré-estabelecida, ou adequá-la a estruturas de

ensino já existentes, levando-se em conta suas especificidades.

A EJA deve constituir-se de uma estrutura flexível, capaz de contemplar inovações

que tenham conteúdos significativos. Nesta perspectiva, há um tempo diferenciado de

aprendizagem e não um tempo único para todos bem como os limites de possibilidades de

cada educando devem ser respeitados. Portanto, é desafio deste Centro de educação dar ênfase

ao educando, atendendo suas necessidades individuais e construindo propostas viáveis para

que o acesso, a permanência e o sucesso nos estudos estejam assegurados.

Desta forma, a Lei nº 9394/96 incorpora uma concepção de forma mais ampla e abre

outras perspectivas para a educação de jovens e adultos, desenvolvida na pluralidade das

vivências humanas. Conforme aponta o artigo 1º da Lei vigente:

A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na

convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos

sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. A educação escolar

deverá vincular-se ao mundo do trabalho e a prática social.

O educando da EJA torna-se sujeito na construção do conhecimento mediante a

compreensão dos processos de trabalho, de criação, de produção e de cultura. Os jovens e

adultos passam a se reconhecer como sujeitos do processo, confirmando saberes adquiridos

para além da educação escolar, na própria vida, numa consistente comprovação de que esta

modalidade de ensino é uma forma de construir e se apropriar de conhecimentos para o

mundo do trabalho e para o exercício da cidadania, ressignificando as experiências sócio-

culturais trazidas pelos educandos.

A identidade de homens e mulheres é formada pelas experiências do meio em que

vivem, sendo modificada conforme se alteram as relações sociais, diferenciando assim, uma

sociedade da outra pela produção do seu trabalho.

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O trabalho é o processo social pelo qual o homem se modifica, alterando o que é

necessário e desenvolvendo novas ideias. Dessa forma, por meio do pensamento crítico, o

educando pode desmistificar a divisão social do trabalho, como por exemplo, a divisão entre

trabalho manual e intelectual, conceitos opressores estabelecidos pelos modelos de

organização do sistema produtivo.

A compreensão das contradições inerentes ao processo da divisão social do trabalho

possibilitará ao educando da EJA melhor entendimento de sua relação com o mundo do

trabalho e com as demais relações sociais que permeiam o mundo atual.

Cabe ao processo educacional da EJA evidenciar possíveis mudanças que apontem

para uma nova relação entre ciência, trabalho e cultura, por meio de uma base sólida de

formação científica e histórica, que ajudem os educandos a desenvolverem todas as suas

dimensões enquanto seres humanos. Assim , o conhecimento adquirido mantém-se inter-

relacionado com a sua vida, possibilitando-lhe interferir na sociedade, para transformá-la.

No transcorrer do processo educativo , a autonomia intelectual do educando deve ser

estimulada, para que o/a estudante possa dar continuidade aos seus estudos, independente da

educação formal. Cabe ao educador, incentivar esta busca constante pelo conhecimento

historicamente produzido pela humanidade, presente em outras fontes de estudo ou de

pesquisa. Esta forma de estudo individual é necessária, quando se trata da administração do

tempo de permanência deste educando no espaço escolar e é também importante na

construção da autonomia.

Com relação às perspectivas dos educandos e seus projetos de vida, a EJA poderá

colaborar para que os mesmos ampliem seus conhecimentos de forma crítica, viabilizando a

busca pelos direitos de melhoria de sua qualidade de vida. Além disso, contribuirá para que

eles compreendam as dicotomias e complexidades do mundo do trabalho contemporâneo e do

contexto global.

A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a capacidade de pensar,

ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da atividade reflexiva. A ação da escola

será de mediação entre o educando e os saberes, de forma que o mesmo assimile estes

conhecimentos como instrumentos de transformação de sua realidade social.

A busca da autonomia intelectual e moral deve ser um constante exercício com os

educandos da EJA. A emancipação humana será decorrência da construção dessa autonomia

com a qual contribui a educação escolar. O exercício de uma cidadania democrática, pelos

educandos da EJA, será o reflexo de um processo cognitivo, crítico e emancipatório, com

base em valores como respeito mútuo, solidariedade e justiça.

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A educação de Jovens Adultos, enquanto processo educativo, tem um papel

fundamental na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores que os levem à

emancipação e à afirmação de sua identidade cultural.

O tempo que este educando permanecerá no processo educativo da EJA terá valor

próprio e significativo e, portanto, a escola deve superar o ensino de caráter enciclopédico,

centrado mais na quantidade de informações do que na relação com o conhecimento. Quanto

aos conteúdos específicos de cada disciplina, deverão estar articulados à realidade,

considerando sua dimensão sócio-histórica, articulada ao mundo do trabalho, à ciência, às

novas tecnologias, dentre outros.

EIXOS ARTICULADORES DO CURRÍCULO NA EJA: CULTURA,

TRABALHO E TEMPO

A partir das reflexões durante o processo de elaboração das Diretrizes Curriculares

Estaduais para a Educação de Jovens e Adultos, identificaram-se os eixos cultura, trabalho e

tempo como os que deverão articular toda ação pedagógico-curricular nas escolas. Tais eixos

foram definidos tendo em vista a concepção de currículo como um processo de seleção da

cultura, bem como pela necessidade de se atender ao perfil do educando da EJA.

A cultura compreende toda forma de produção da vida material e imaterial e compõe

um sistema de significações envolvido em todas as formas de atividade social. (Willians,

1992). Por ser produto da atividade humana, não se pode ignorar sua dimensão histórica. No

terreno da formação humana, a cultura é o elemento de mediação entre o indivíduo e a

sociedade, e nesse sentido, possui um duplo caráter: remete o indivíduo à sociedade e é,

também, o intermediário entre a sociedade e formação do indivíduo. (Adorno, 1996).

A cultura compreende, portanto, “desde a mais sublime música ou obra literária, até as

formas de destruir-se a si mesmo, as técnicas de tortura, a arte, a ciência, a linguagem, os

costumes, os hábitos de vida, os sistemas morais, as instituições sociais, as crenças, as formas

de trabalhar” (Sacristán, 2001, p.105). Como elemento de mediação da formação humana,

torna-se objeto da educação que se traduz, na escola, em atividade curricular. Desse modo,

podemos compreender o currículo como a porção da cultura – em termos de conteúdos e

práticas de (ensino, avaliação, etc.) - que, por ser considerada relevante num dado momento

histórico, é trazida para a escola, isso é, é escolarizada (Williams, 1984). De certa forma,

então, um currículo guarda estreita correspondência com a cultura na qual dele se originou, de

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modo que ao analisarmos um determinado currículo, poderemos inferir não só nos conteúdos

que, explícita ou implicitamente, são vistos como importantes naquela cultura, como,

também, de que maneira aquela cultura, prioriza alguns conteúdos em detrimentos de outros,

isso é, podemos inferir quais foram os critérios de escolha que guiaram os professores,

administradores, curriculistas, etc, que montaram aquele currículo. (Veiga-Neto, 1995)

Se a cultura abarca toda produção humana, inclui também, o trabalho e todas as

relações que ele perpassa. O trabalho compreende, assim, uma forma de produção da vida

material a partir do qual se produzem distintos sistemas de significação. É a ação pela qual o

homem transforma a natureza e, nesse processo, transforma-se a si mesmo. É, portanto,

produção histórico-cultural que atribui à formação de cada novo indivíduo, também, essa

dimensão histórica. A ênfase no trabalho como princípio educativo não deve ser reduzida à

preocupação em preparar o trabalhador apenas para atender às demandas do industrialismo e

do mercado de trabalho, nem apenas destacar as dimensões relativas à produção e às suas

transformações técnicas (Arroyo, 2001). Os vínculos entre educação, escola e trabalho

situam-se numa perspectiva mais ampla, tendo em vista a constituição histórica do ser

humano, de sua formação intelectual e moral, sua autonomia de liberdade individual e

coletiva e sua emancipação.

Um dos fatores que leva os educandos da EJA a retornarem para a escola está

relacionado à elevação do nível de escolaridade para atender ao contexto atual do mundo do

trabalho. No entanto, cada educando que procura a EJA apresenta, em sua particularidade, um

tempo social e um tempo escolar vivido no decorrer de sua vida, o que implica na

reorganização curricular, dos tempos e espaços escolares para atender o perfil daqueles que

buscam a sua emancipação.

Do ponto de vista da dimensão social, pode-se dizer que os educandos viveram e

vivem tempos individuais e coletivos, os quais compreendem os momentos da infância, da

juventude, da vida adulta, no contexto das múltiplas relações sociais.

Na dimensão escolar, o tempo de cada educando compreende um tempo definido pelo

período de escolarização e um tempo singular de aprendizagem, que no caso dos educandos

da EJA é bem diversificado, tendo em vista a especificidade dessa modalidade de ensino que

busca atender, ainda, o tempo de que o educando dispõe para se dedicar aos estudos.

O tempo e o espaço são aspectos da cultura escolar e, portanto, fazem parte da ação

pedagógica, uma vez que regulam e disciplinam educandos e educadores de formas

diferenciadas de escola para escola ou mesmo de sistema educacional para sistema

educacional.

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A organização do tempo escolar compreende três dimensões: o tempo físico, o tempo

vivido e o tempo pedagógico. O primeiro está relacionado ao calendário escolar organizado

em dias letivos, horas/aula e disciplinas que organizam e controlam o tempo da ação

pedagógica. O segundo, diz respeito ao tempo vivido pelo professor nas suas experiências

pedagógicas, nos cursos de formação, na ação docente propriamente dita, bem como o tempo

vivido pelos educandos nas experiências sociais e escolares. O último compreende o tempo

que a organização escolar disponibiliza para a escolarização e socialização do conhecimento,

e ainda, o tempo de que o aluno dispõe para se dedicar aos afazeres escolares internos e

externos exigidos pelo processo educativo.

Na escola, a organização dos tempos está articulada com os espaços escolares

preenchidos pelos educandos em toda ação educativa. A organização desses tempos e espaços

compreende características que devem ser entendidas como discursos que revelam, por

exemplo, um espaço autoritário ou um espaço democrático. Cabe destacar que a organização

dos tempos e dos espaços escolares interfere na formação dos educandos, seja para conformar

ou para produzir outras práticas de significação.

Pensar as práticas de significação que se devem gerar na escola, impõe estar atento à

dinâmica das relações sociais com o objetivo de “democratizar o saber, a cultura e o

conhecimento, bem como conduzir o educando a aprender o significado social e cultural dos

símbolos construídos, tais como as palavras, as ciências, as artes, os valores, dotados da

capacidade de propiciar-nos meios de orientação, de comunicação e de participação ”(Arroyo,

2001, p.144).

Cultura e conhecimento são produzidos nas e pelas relações sociais. Desse modo, o

currículo não pode ser pensado fora dessas relações. Nessa perspectiva, de acordo com Silva

(2000a, p. 13), o currículo, tal como a cultura, é compreendido como prática de significação, e

como tal, vinculado à prática produtiva, às relações sociais e de poder, enfim, uma prática que

produz identidades sociais.

Historicamente, a cultura curricularizada tem privilegiado uma forma mecânica e

instrumental de organização dos saberes. A lógica disciplinar que hierarquiza e fragmenta o

conhecimento, limita a possibilidade de uma aprendizagem reflexiva, crítica e, portanto,

significativa.

Para que ocorram mudanças na forma de organizar o conhecimento na escola,

imprescindível que toda a ação educativa esteja voltada para os educandos. É preciso rever a

cultura escolar em seus aspectos limitadores, como por exemplo, nas práticas formais de

planejamento que desconsideram a dinamicidade e a concretude dos processos de ensino e

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aprendizagem, nas aulas distanciadas da realidade de referência do educando, nas práticas de

avaliação coercitivas e burocráticas, na ausência de interlocução entre a escola e a

comunidade, dentre outras.

O currículo, entendido como seleção da cultura, como processo ordenador da

socialização do conhecimento que engloba toda a ação pedagógica, é o principal elemento de

mediação da prática dos educadores e educandos. Por isso, a organização dos espaços, dos

tempos escolares e da ação pedagógica deve ser objeto de reflexão entre os educadores e

educandos para que o currículo seja significativo.

Nessa perspectiva, o currículo não é neutro e deve ser compreendido em suas três

dimensões: currículo formal ou prescrito, currículo vivo ou real e currículo oculto.

O currículo formal tem suas bases assentadas na regulação prévia estabelecida seja

pela escola, seja pelo sistema educacional. É o que se prescreve como intenção na formação

dos indivíduos.

O currículo real ou vivo, é aquele que acontece na sala de aula e produz e reproduz

usos e significados, por vezes, distintos das intenções pré-determinadas no currículo formal.

Nele se explicitam, com maior nitidez, as visões de mundo e as ações dos diferentes sujeitos

da prática educativa no espaço escolar.

O currículo oculto é inerente a toda e qualquer ação pedagógica que media a relação

entre educador e educando no cotidiano escolar, sem estar, contudo, explicitado no currículo

formal. Desde a organização do horário das aulas, a organização da entrada dos educandos na

escola, os métodos, as ideologias, a organização do espaço e do tempo, bem como todas as

atividades que, direta ou indiretamente disciplinam, regularizam por meio de normas as

atitudes, os valores e comportamentos do educandos.

Se o currículo orienta toda a ação pedagógica, ele deve expressar os interesses dos

educadores e educandos: o conhecimento necessário para a compreensão histórica da

sociedade; metodologias que deem voz a todos os envolvidos nesse processo; bem como uma

avaliação que encaminhe para a emancipação.

ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

A teoria que melhor atende aos três grandes passos do método dialético de construção

do conhecimento: prática – teoria – prática, entende Gasparin (2003 p.115), ser viável a

junção da concepção psicológica Histórico-cultural à teoria Histórico-crítica na realidade da

sala de aula.

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Assim, com ênfase em Gasparin (2003-2005), descreveremos, resumidamente, os

cinco passos metodológicos dessa teoria evidenciando como entendemos que cada uma dessas

fases deve ser traduzida para a prática social.

AS CINCO ETAPAS DO MÉTODO DIALÉTICO

1 - PRÁTICA SOCIAL INICIAL

Saviani, apud Gasparin (2005) ao explicitar o primeiro passo de seu método

pedagógico afirma ser ele o ponto de partida de todo o trabalho docente. Evidencia que a

prática social é comum a professores e alunos. Consiste este passo, no primeiro contato que o

aluno mantém com o conteúdo trabalhado pelo professor. Sendo a visão do aluno, uma visão

de senso comum, empírica, geral, uma visão um tanto confusa, ou seja, sincrética, onde tudo

de certa forma, aparece como natural. Nesta fase, deve, então o professor, posicionar-se em

relação à mesma realidade de maneira mais clara e, ao mesmo tempo, com uma visão mais

sintética. A fim de conduzir o processo pedagógico com maior segurança e realizar o

planejamento de suas atividades antecipadamente. Ao dialogar com seus alunos sobre o tema

a ser estudado mostrará a eles o quanto já conhecem sobre o assunto, evidenciando, que a

temática desenvolvida em sala de aula, está presente na prática social, ou seja, em seu dia a

dia.

Sendo assim, a assimilação das características fundamentais de um conceito será muito

mais fácil para o aluno quando os traços definidores desse conceito se apresentarem com as

imagens visuais correspondentes.

2 – PROBLEMATIZAÇÃO

O segundo passo, constitui o elo entre a prática e a instrumentalização. “Trata-se de

detectar que questões precisam ser resolvidas no âmbito da prática social, e em consequência,

que conhecimento é necessário dominar” (Saviani, 1999, p.80).

A problematização é o elemento-chave na transição entre prática e teoria, torna-se

fundamental para o encaminhamento de todo o processo docente-discente.

Os principais problemas são as questões fundamentais que foram apreendidas

anteriormente pelo professor e alunos e que precisam ser resolvidos, não pela escola, ou na

escola, mas no âmbito da sociedade como um todo. A problematização é, então, o fio condutor

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de todas as atividades que os alunos desenvolverão no processo de construção do

conhecimento.

3 - INSTRUMENTALIZAÇÃO

Esta fase, segundo Saviani (1991, p.103) consiste na apreensão, “dos instrumentos

teóricos e práticos necessários ao equacionamento dos problemas detectados na prática social

(…) Apud Gasparin (2003, p.54), trata-se da apropriação pelas camadas populares das

ferramentas culturais necessárias à luta que travam diuturnamente para se libertar das

condições de exploração em que vivem”. É o momento do método que passa da síncrese a

síntese a visão do aluno sobre o conteúdo escolar presente em sua vida social.

A tarefa do professor e dos alunos, nesta fase, desenvolve-se através de ações didático-

pedagógicas necessárias à efetiva construção conjunta do conhecimento das dimensões

científica, social e histórica. Consiste em realizar as operações mentais de analisar, comparar,

criticar, levantar hipóteses, julgar, classificar, conceituar, deduzir, generalizar, discutir,

explicar, etc. Na instrumentalização o educando e o educador efetivam o processo dialético de

construção do conhecimento que vai do empírico ao abstrato chegando, assim, ao concreto, ao

realizável.

4 - CATARSE

Esta é uma fase em que o educando mostra que de uma síncrise inicial sobre a

realidade social do conteúdo que foi trabalhado, chega agora à síntese, que é o momento em

que ele estrutura, em nova forma, seu pensamento sobre as questões que o conduziram a

construção do conhecimento. Segundo Saviani (1999 p.80-81), “o momento catártico pode ser

considerado como ponto culminante do processo educativo, já que é aí que se realiza pela

mediação da análise levada a cabo no processo de ensino, a passagem da síncrise à síntese”. É

o momento que se assemelha a um grito de gol. É a conclusão de todo um trabalho, mas que

deverá continuar sempre em construção, através dos tempos e de novos conhecimentos.

5 - PRÁTICA SOCIAL FINAL

Conforme Saviani (1999, p.82), a prática social inicial e final é a mesma, embora não

o seja. É a mesma enquanto se constitui “o suporte e o contexto, pressuposto e o alvo, o

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fundamento e a finalidade da prática pedagógica. E não é a mesma, se considerarmos que o

modo de nos situarmos em seu interior se alterou qualitativamente pela mediação da ação

pedagógica...”. Professor e alunos se modificam intelectualmente e qualitativamente em

relação as suas concepções sobre o conteúdo que reconstruíram, passando de um estágio de

menor compreensão científica, social e história a uma fase de maior clareza e compreensão.

Essa proposta de trabalho pode referir-se tanto as ações intelectuais, quanto aos

trabalhos manuais físicos. A prática social final é assim, o momento da ação consciente do

educando dentro da realidade em que vive. É uma proposta metodológica de apropriação e de

reconstrução do conhecimento sistematizado buscando evidenciar que todo o conteúdo que é

trabalhado na escola e pelo aluno, através do processo pedagógico, retorna agora, de maneira

nova e compromissada, para o cotidiano social a fim de ser nele um instrumento a mais na

transformação da realidade. Seus passos, aqui apresentados, embora de formal, aparecem

como se fossem independentes e estanques , mas na realidade prática eles constituem um todo

indissociável e dinâmico, onde cada fase interpreta as demais. Assim, a prática social inicial e

final é conteúdo reelaborado pelo processo escolar. A problematização, a instrumentalização

e a cartase são os três passos de efetiva construção do conhecimento na e para a prática social.

Segundo Gasparin (2003), o primeiro passo da pedagogia histórico-crítica diz respeito

ao nível de desenvolvimento real do educando; prática social inicial; o segundo, constitui o

elo entre a prática social e a instrumentalização; é a problematização; o terceiro, relaciona-se

às ações didático-pedagógicas para a aprendizagem; instrumentalização; o quarto, a expressão

elaborada da nova forma de entender a prática social; cartase; é o quinto e último, ao nível de

desenvolvimento atual do educando; prática social final. Sendo que os três passos

intermediários compõem a zona de desenvolvimento atual do educando, (Vygotsky, 1991).

MÉTODO MATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICO

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AVALIAÇÃO

No contexto de uma cultura avaliativa classificatória e excludente, faz-se necessário

repensar se, no discurso de uma “escola libertadora”, esta concepção está contemplada em sua

prática, ou seja, se a escola ainda utiliza os conselhos de classe com o único objetivo de

aprovação e reprovação, se as provas são feitas para mediação e atribuição de notas,

privilegiando apenas a memorização. Todo o processo avaliativo que a escola pratica está

fundamentado em uma concepção teórica que a comunidade escolar necessita ter clareza da

mesma, para não dicotomizar discurso e prática.

Mudar a forma de avaliação, pressupõe mudar também a relação ensino-aprendizagem

e a relação educador-educando, tendo em vista que esta mudança, para muitos, pressupõe a

perda de poder. Os educadores que ainda estão presos a essas concepções e se utilizam da

coerção por meio da avaliação confundem o silêncio e a submissão do educando com

aprendizagem e reforçam a permanência de uma sociedade excludente e seletiva.

Diante disso, Vasconcelos (1993, p.45) nos instiga a repensar o fazer pedagógico,

quando afirma que as “novas ideias abrem possibilidades de mudanças, mas não mudam. O

que muda a realidade é a prática”.

É preciso construir uma nova cultura avaliativa, que propicie à escola questionar o seu

papel e comprometer-se com a construção e socialização de um conhecimento emancipatório.

A avaliação é um meio e não um fim em si mesmo. É um processo contínuo,

diagnóstico, dialético e deve ser tratada como parte integrante das relações de ensino-

aprendizagem.

Segundo Luckesi (2000), a avaliação da aprendizagem, é um recurso pedagógico útil e

necessário para auxiliar cada educador e cada educando na busca e na construção de si mesmo

e do seu melhor modo de ser na vida.

Na relação dialética, presente na avaliação, o educando confronta-se com o objeto do

conhecimento, que o levará a participação ativa, valorizando o fazer e o refletir. Assim, o erro

no processo ensino-aprendizagem assume caráter mediador, permitindo tanto ao educando

como ao educador rever os caminhos para compreender e agir sobre o conhecimento, sendo

um ponto de partida para o avanço na investigação e suporte para a internalização.

O erro serve para direcionar a prática pedagógica, assumindo papel diagnóstico e

permitindo aos envolvidos no processo, a percepção do conhecimento construído. Com isso,

descaracteriza-se o processo de controle enquanto instrumento de aprovação ou reprovação.

Por outro lado, o acerto desencadeia no educando ações que sinalizam possibilidades de

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superação dos saberes apropriados para novos conhecimento.

Nessa perspectiva, é necessário repensar os instrumentos de avaliação, reavaliá-los

ressignificá-los para que, de fato, possam atingir seus objetivos, ou seja, que tenham

significado para o educando, que não exijam somente memorização ou conteúdo específico

para uma prova, que sejam reflexivos, relacionais e compreensíveis.

Os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados como ponto de partida real,

realizando a avaliação a partir das experiências acumuladas e das transformações que

marcaram o seu trajeto educativo. A avaliação será significativa se estiver voltada para a

autonomia dos educandos.

A avaliação perpassa e é perpassada pelo coletivo da escola e possibilita a indicação de

caminhos mais adequados e satisfatórios para a ação pedagógica. Em outras palavras, a

avaliação não pode ser um mecanismo para classificar, excluir ou promover o aluno, mas um

parâmetro da práxis pedagógica, tomando os erros e os acertos como elementos sinalizadores

para o seu replanejamento.

Assim, a prática avaliativa deve superar o autoritarismo, o conteudismo e o ato de

avaliar como objeto de punição, estabelecendo-se uma nova perspectiva, marcada pela

autonomia do educando. Como afirma Vasconcelos:

O professor que quer superar o problema da avaliação precisa, a partir de uma autocrítica:

abrir mão do uso autoritário da avaliação que o sistema lhe faculta, lhe autoriza; rever a

metodologia do trabalho em sala de aula; redimensionar o uso da avaliação (tanto do ponto de

vista da forma como do conteúdo); alterar a postura diante dos resultados da avaliação; criar

uma nova mentalidade junto aos alunos, aos colegas educadores e aos pais.

(VASCONCELOS, 1994, p.54)

A avaliação não pode ser um processo meramente técnico, porém avaliar exige o

domínio de conhecimentos e técnicas com a utilização, dentre outros, de critérios claros e

objetivos.

O sistema educacional deve ser orientado para se constituir, cada vez mais, como

agente concretizador de mudanças, e essas devem estar comprometidas com os interesses das

classes populares, as quais buscam uma progressiva autonomia com participação,

preocupando-se especialmente em não corroborar com o processo excludente.

Com o objetivo de refletir sobre a prática de avaliação atual é necessário um olhar

crítico e uma projeção de metas definidas pela comunidade escolar, dentro de um processo

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gradual de mudanças, que tenham como fim o aperfeiçoamento da avaliação escolar, devendo

se respeitar os tempos individuais e a cultura de cada educando para que, com isso, ele seja

sujeito nas relações sociais, essa expectativa de reformular a prática de fato e de direito,

necessita algumas reflexões no tocante ao que se tem e ao que se almeja conseguir.

Pautados no princípio da educação que valoriza a diversidade e reconhece as

diferenças, propõe-se refletir sobre a flexibilização da proposta de avaliação para que a

mesma possa contemplar as necessidades de todos os educandos.

Assim o processo avaliativo é parte integrante da práxis pedagógica e deve estar

voltado para atender as necessidades dos educandos, considerando seu perfil e a função social

da EJA, isto é, seu papel na formação da cidadania e na construção da autonomia.

MARCO OPERACIONAL

O marco operacional consiste no momento em que se procura pensar estratégias,

linhas de ação, normas, ações concretas permanentes e temporárias para responder às

necessidades apontadas a partir do diagnóstico tendo por referência a intencionalidade

assumida.

A intencionalidade assumida pelo CEEBJA – Casturina C. Bonfim, expressa-se

resumidamente nos conceitos elencados nos itens abaixo e indica concomitantemente algumas

linha de ação para sua implementação, na prática pedagógica ou na práxis geral da escola.

Trabalho, educação e função social da escola.

A categoria trabalho, deve ser compreendida como princípio de trabalho educativo por

excelência, haja vista ser por meio do trabalho que: compreendemos a função social da escola,

nos mantemos vivos, produzimos a riqueza e nossa própria existência. Ter o trabalho como

princípio educativo implica referir-se a uma formação baseada no processo histórico e

antológico de produção da existência humana. Por isto, os processos de produção como

dissemos anteriormente, seja de bens e serviços, seja cultura, ou de satisfação de necessidades

cotidianas, podem ser o objeto em torno do qual se faça a seleção dos conteúdos de ensino,

promovendo-se entre os professores e, posteriormente, com os alunos, sua análise em

múltiplas dimensões. O método Histórico-dialético já explicitado no marco conceitual é o

que melhor responde na aplicação dessa teoria.

Dentro dessa concepção trabalho como princípio educativo se define o papel da escola

em relação à transmissão do conhecimento.

Segundo Michael Young (2007, p.04) para sabermos qual é a função da escola, basta

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sabermos responder essa pergunta: “Para que servem as escolas?” Se conseguirmos responder

mesmo que de forma simplista que: as escolas capacitam ou podem capacitar jovens a

adquirirem o conhecimento que para a maioria deles, não pode ser adquirido em casa ou em

sua comunidade, e para adultos, em seus locais de trabalho. Isso não quer dizer que o

conhecimento empírico e espontâneo dos educandos deve ser desconsiderado, este deve ser o

ponto de partida do trabalho pedagógico.

É compromisso das escolas e particularmente deste CEEBJA, não permitir que o aluno

permaneça no mesmo nível (compreensão e visão de mundo) de quando iniciou o processo de

aprendizagem, pois sua prática social precisa ser compreendida reelaborada pela via do

conhecimento real. Cabe portanto à escola, através da ação docente fazer a passagem, como

nos diz Saviani, do senso comum ao conhecimento mais elaborado sobre a realidade. Isso é

garantir o acesso ao conhecimento.

O professor, enquanto detentor dos fundamentos do conhecimento científico, cabe o

papel de mediador, ou seja, de desenvolver procedimentos adequados para viabilizar a

apropriação desse conhecimento pelo aluno.

Para que isso se efetive, (e se isso realmente for efetivado, estamos garantindo a

função social da escola), é preciso que o professor domine consistentemente os fundamentos

da própria prática pedagógica, e assim viabilizar o método e as estratégias mais pertinentes

para o processo de ensino-aprendizagem e que melhor promovam a participação ativa dos

alunos (Klem, s.d., p.15)

Portanto, tomar o trabalho como princípio educativo implica – através do

conhecimento – possibilitar a compreensão das contradições da sociedade capitalista, seus

processos de exclusão e exploração das relações de trabalho e instrumentalizar o sujeito para

agir de forma consciente sobre sua prática social no sentido de cumprir e fazer cumprir seus

direitos. (SEED, 2010)

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO – PROPOSTA PEDAGÓGICA

CURRICULAR, PLANO DE TRABALHO DOCENTE E PLANO DE AÇÃO DA

ESCOLA.

Planejar o ensino é algo muito amplo e abrange a elaboração, execução e avaliação de

planos de ensino.

A proposta pedagógica curricular é parte integrante do PPP, se constitui de um

documento que fundamenta e sistematiza a organização do conhecimento no currículo, os

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fundamentos conceituais, metodológicos e avaliativos de cada disciplina da Matriz

Curricular, bem como os conteúdos de ensino nela dispostos de acordo com as DCEs por

nível e modalidade.

A PPC e as DCEs são subsídios para a elaboração do PTD, que representa a

operacionalização do que foi planejado no PPP.

O Plano de Trabalho Docente é expressão da PPC, a qual por sua vez expressa o PPP.

O PTD é a representação escrita do professor, ele contempla o recorte do conteúdo

selecionado para um dado período (bimestral, trimestral ou semestral), de acordo com o

sistema de avaliação do estabelecimento de Ensino.

O PTD se constitui nos conteúdos de ensino, na justificativa ou objetivos dos

conteúdos previstos (intencionalidade), nos encaminhamentos metodológico e nos critérios e

instrumentos de avaliação. E através do PTD materializado no trabalho pedagógico que a

escola cumpre a sua função.

Hora atividade é o período reservado para a formação dos docentes, por meio da

realização de estudo, planejamento, elaboração de atividades e instrumentos avaliativos que

promovam a melhoria da prática pedagógica. Neste Centro de Educação pretende-se

implantar a partir do próximo ano (2011) a hora atividade coletiva, e concentrada (4 horas

semanais em contra turno) as demais horas podem ser realizadas durante a semana em horário

normal. A adoção dessa organização significará o retorno de uma prática histórica do

CEEBJA que foi interrompida em 2009, por conta de alguns motivos que inviabilizaram a

continuidade dessa prática naquele momento, mas que agora acreditamos ser possível a sua

retomada. A hora atividade coletiva e concentrada fez muita falta, pois a escola perdeu a

oportunidade de discutir e planejar suas ações coletivamente.

Além da hora atividade concentrada, o trabalho coletivo também se dará nas demais

reuniões pedagógicas, previstas em calendário, de modo a possibilitar a construção de uma

prática pedagógica que envolvendo professores, direção, equipe pedagógica e agentes

educacionais, aponte para uma mesma direção, ou seja um ensino de qualidade.

O professor pedagogo responde pela mediação, organização, integração e articulação

do trabalho pedagógico. A equipe pedagógica deve garantir a efetivação de um projeto de

escola que cumpra com sua função social, pedagógica e política. Portanto ao pedagogo dar

suporte teórico-metodológico ao trabalho docente com relação aos aspectos da prática

pedagógica que ocorre neste estabelecimento de ensino.

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PLANO DE TRABALHO PEDAGÓGICO

A Equipe Pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e implementação,

no estabelecimento de ensino, das Diretrizes Curriculares definidas no Projeto Político

Pedagógico e no Regimento Escolar, em consonância com a política de Estado da Educação.

O professor pedagogo desenvolve um trabalho com todo o coletivo da escola, traçando

estratégias de ação que favoreçam a atuação em grupo, de forma a diagnosticar a situação da

escola, propondo encaminhamentos para melhoria no processo de ensino aprendizagem,

assessorando o trabalho pedagógico de forma dialética possibilitando tanto o avanço docente

quanto discente.

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES DO TRABALHO PEDAGÓGICO

Ação Data/Período

Construção e implementação do Projeto Político

Pedagógico da Escola.

Durante o ano letivo

Elaborar o Plano de Ação da Equipe Pedagógica Início do ano letivo

Organizar o cronograma de turmas e horário

semanal de aulas.

Início do ano letivo

Organizar a hora-atividade dos professores do

estabelecimento de ensino, de maneira a garantir

que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho

pedagógico.

Início do ano letivo

Orientar o processo de elaboração dos Planos de

Trabalho Docente junto ao Coletivo de

professores do estabelecimento de ensino.

Durante o ano letivo

Orientar e acompanhar a elaboração dos guias

de estudos para cada disciplina.

Durante o ano letivo

Colaborar com a direção na distribuição das

aulas, conforme orientação da Secretaria de

Estado da Educação.

Início do ano letivo

Acompanhar os estagiários das instituições de

ensino quanto as atividades a serem

desenvolvidas.

Durante o ano letivo

Acompanhar a frequência e aproveitamento dos

(as) alunos (as) do estabelecimento que fazem

Estágio Remunerado e fornecer informações,

quando solicitadas, à parte concedente de

Estágio.

Durante o ano letivo

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Subsidiar a Direção, com critérios, para

definição do Calendário Escolar, de acordo com

as orientações do NRE.

Início do ano

Participar de cursos, seminários, encontros e

grupos de estudos.

Durante o ano letivo

Assessorar o professor na identificação e

planejamento para o atendimento às dificuldades

de aprendizagem.

Durante o ano letivo

Acompanhar e avaliar a implementação das

ações estabelecidas nos planos de trabalho.

Durante o ano letivo

Participar de análise e discussão dos critérios de

avaliação e suas consequências no desempenho

dos educandos.

Durante o ano letivo

Acompanhar o processo de ensino, atuando

junto aos professores e educandos, no sentido de

analisar os resultados da aprendizagem e traçar

planos de recuperação.

Durante o ano letivo

Executar a Avaliação Institucional conforme

orientação da mantenedora.

Orientar, acompanhar e vistar periodicamente os

livros de Registro de Classe

Durante o ano letivo

Gestão Escolar – segundo Paro (2008) a especificidade da gestão escolar só pode dar-

se pela oposição a administração capitalista, pois em termos políticos, o que possa haver de

próprio de específico numa Gestão Escolar voltada a transformação social, tem de ser

necessariamente antagônico ao modo de administrar a empresa, visto que tal modo de

administrar serve a propósitos conservadores e elitista.

PLANO DE AÇÃO DO DIRETOR

Objetivos:

Acreditar e lutar pela educação como direito de todos;

Aprofundar as bases e fundamentos teóricos que sustentam a prática;

Reconhecer e valorizar os profissionais da educação;

Manter e gerenciar o espaço escolar e seu patrimônio;

Implantar e implementar a gestão democrática na escola;

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Articular o micro e o macro sistema educacional;

Fazer a leitura dos dados dos dados e números educacionais;

Administrar o uso das tecnologias da informação e comunicação;

Administrar conflitos;

Planejar e avaliar o processo educacional;

Cumprir e fazer cumprir a legislação vigente;

Acompanhar a implementação do PPP da escola.

A partir desses objetivos, a direção juntamente com o Conselho Escolar desenvolverá

um plano de trabalho visando sua implementação, através dessas ações.

O Conselho Escolar - É a instância máxima de decisão da escola e na escola, é

formado pelos diferentes segmentos, respeitando o princípio da representatividade e da

proporcionalidade. Com isso, o Conselho Escolar passa a ter legitimidade para deliberar,

fiscalizar, avaliar, e ser consultado pela comunidade escolar (o Conselho Escolar é regido por

estatuto próprio aprovado por 2/3 de seus integrantes).

A APAF – Associação de Professores Alunos e Funcionários do CEEBJA, é um órgão

de representação dos alunos, professores e funcionários do estabelecimento de ensino, sem

caráter político partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os

seus dirigentes e conselheiros, sendo constituída por prazo determinado ( a APAF é regida por

estatuto próprio).

A Avaliação da aprendizagem – está expressa detalhadamente no regimento escolar

aprovado pelo NRE. Ela é processual e não pontual, ou seja a avaliação processual tem antes

de tudo, o objetivo de diagnosticar o que se aprendeu ou não para enfim proceder a retomada

dos conteúdos, a recuperação de estudos e, consequentemente, a reavaliação. As não são o fim

último, o fim é a aprendizagem. Compor nota, portanto, é uma responsabilidade do professor,

sobre a qual está toda uma compreensão da concepção de avaliação, de ensino-aprendizagem,

bem como da própria educação. A luz desse conceitos da PPC, do PTD e Regimento Escolar,

certamente nos fornecerão fundamentos e critérios necessários para bem avaliar ou

redimensionar nossas práticas avaliativas.

Educação Especial – A EJA, contempla também, o atendimento a educandos com

necessidades educativas especiais, inserindo estes no conjunto de educandos da organização

coletiva ou individual, priorizando ações que oportunizem o acesso, a permanência e êxito dos

mesmos no espaço escolar, considerando a situação em se encontram individualmente estes

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educandos.

É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as alternativas e as

estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover barreiras para a aprendizagem

e participação de todos os alunos.

Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando para o enfoque do

especial atribuído à educação. Mesmo que os educandos apresentem características

diferenciadas decorrente não apenas de deficiências mas, também de condições sócio-

culturais diversas e econômica desfavoráveis, eles terão direito a receber apoios diferenciados

daqueles normalmente oferecidos pela educação escolar.

Para garantir esse direito contamos com duas professoras especializadas em Educação

Especial, sendo uma por turno, as quais também elaboraram um plano de ação, que está sendo

desenvolvido na perspectiva da inclusão, assegurando o direito a igualdade com equidade de

oportunidades, garantindo os apoios e serviços especializados para que cada um prenda,

resguardando-se suas singularidades.

AÇÕES PEDAGÓGICAS DESCENTRALIZADAS – APEDs

O CEEBJA Casturina C. Bonfim, desenvolve ações pedagógicas descentralizadas,

efetivadas em locais de evidente necessidade, dirigidas a grupos sociais com perfis e

necessidades próprias, as APEDs orientam-se pelo mesmo PPP e Regimento Escolar. Para a

efetivação e acompanhamento pedagógico das APEDs, contamos com uma coordenadora

itinerante, que atua mediante operacionalização deste plano de ação:

PLANO DE AÇÃO DAS APEDS

COORDENAÇÃO ITINERANTE

AÇÕES PEDAGÓGICAS DESCENTRALIZADAS

2010

À Coordenação Itinerante cabe a função de zelar pedagógica e burocraticamente pelo

cumprimento do direito à educação a todas as pessoas que não tiveram acesso ao Ensino

Fundamental e/ou Médio e que procuram a modalidade de Educação de Jovens e Adultos

para concluir sua escolarização básica.

É função da coordenação itinerante:

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Organizar o cronograma de oferta de disciplinas nas turmas de Ações Pedagógicas

Descentralizadas (APEDs);

Solicitar à direção do estabelecimento de ensino a abertura de demanda de professor e

de alunos para as APEDs;

Orientar lideranças comunitárias quanto aos procedimentos quando há existência de

demanda;

Acompanhar o funcionamento in loco de Ações Pedagógicas Descentralizadas;

Fazer reuniões com assuntos pedagógicos e burocráticos com as/os docentes,

periodicamente;

Interagir com as/os estudantes para conhecer as suas realidades e assegurar-lhes a

garantia do cumprimento do direito à educação e do dever do Estado em oportunizar a

quem tiver interesse;

Dar suporte pedagógico a professoras/es em suas disciplinas;

Acompanhar pelo Plano de Trabalho Docente a observância das Diretrizes

Curriculares do Estado do Paraná;

Zelar pelo cumprimento do calendário escolar, dos dias letivos e horas-aula exigidos

para cada disciplina;

Pesquisar e fornecer materiais didáticos a professoras/es para enriquecimento

curricular;

Impulsionar a reflexão constante entre docente e discente sobre os Desafios

Educacionais Contemporâneos: Educação Ambiental, Enfretamento à Violência na

Escola; Prevenção ao uso indevido de drogas; Educação Fiscal;

Orientar ações e acompanhar o cumprimento das leis 10.639/03 e 11.645/08;

Orientar e visar os Livros Registros específicos para a Educação de Jovens e Adultos;

Organizar grupos de estudos para reflexão de temas pertinentes à Educação de Jovens

e Adultos;

Promover a superação de formas de discriminação, preconceito e exclusão social;

Reiterar a observância das estratégias para erradicação de todas as formas de

discriminação, incluindo a de gênero e orientação sexual;

Organizar o trabalho pedagógico durante a hora-atividade;

Acompanhar o rodízio de professoras/es nas APEDs.

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DIVERSIDADE

Segundo dados do IDEB /2009, observa-se a elevação no índice de matrículas nas

escolas públicas do Paraná, no entanto, ao se analisarem os dados de evasão escolar, percebe-

se o grande desafio de incluir a todos. Nessa perspectiva, assumimos o compromisso político

e social de garantir a todas e todos o direito ao acesso à escolarização e ao saber sistematizado

historicamente. Na análise dos dados das pesquisas educacionais constata-se que são as

populações do campo, faxinalenses, agricultores familiares, trabalhadores rurais temporários,

quilombolas, acampados, assentados, ribeirinhos, ilhéus, negras e negros, povos indígenas,

jovens, adultos e idosos não alfabetizados, pessoas lésbicas, gays, travestis e transexuais,

historicamente excluídos do processo educacional, restando para estes sujeitos a EJA, como

última esperança de inclusão. Sendo assim a nossa responsabilidade com estes sujeitos torna-

se maior, porque se a EJA, também o excluir, não restará nenhuma alternativa possível para

esses sujeitos que independentemente do nosso preconceito ou pré-julgamento, são pessoas

portadoras de direitos, e no caso da educação: direito subjetivo.

Entendemos que é no PPP da escola que essas questões devem estar presentes,

devendo ser pautadas e debatidas constantemente, pois cada vez mais torna-se imprescindível

o respeito e o reconhecimento recíprocos dos indivíduos e grupos que convivem nos mesmos

espaços. Entretanto, percebe-se que é muito mais fácil chegarmos a um consenso sobre a

necessidade do respeito às diferenças entre os humanos, do que termos, de fato, uma prática

cotidiana de respeito aos seres humanos que consideramos diferentes. “Os indivíduos e

grupos sociais que estão no poder, com acesso privilegiado aos bens materiais, às

manifestações culturais e à educação escolar de qualidade, e que assim garantem o seu

conforto narcisista, não concedem gentilmente uma redistribuição dos recursos que

concentram para si” (Alencar, 2010, p.3)

Para que exista o respeito à diversidade e a diferença na escola é necessário aceitarmos

que as pessoas que nela interagem tem interesses, visões de mundo e culturas diferentes e

nenhum de nós tem o monopólio da verdade, da inteligência, e da beleza. Assim para que

todos façam concessões e tenham ao menos parte dos seus interesses e valores contemplados

no espaço público da escola, são necessárias negociações permanentes. Para que esses

conceitos saiam do plano teórico e comecem a se configurar no campo da prática, a equipe

multidisciplinar do CEEBJA elaborou este plano de ação, que tem por objetivo a

implementação da Lei 10.639/03 e 11.645/08, e outras questões relacionadas às demais

diversidades.

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PLANO DE TRABALHO

EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

IMPLEMENTAÇÃO DAS LEIS 10.639/03 e 11.645/08

OBJETIVO GERAL

Assegurar o cumprimento da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que

teve seu artigo 26 modificado pela Lei 10.639/03, cujo texto determina a inclusão do

ensino da História da África e africana, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra

brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do

povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.

Atender à Lei 11.645/08 que orienta um tratamento de igualdade na diversidade

cultural do povo indígena.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Promover uma prática político-pedagógica de igualdade racial entre os professores,

despertando a consciência política sobre o tema;

Ampliar a discussão e as ações pedagógicas que privilegiem igualdade entre os povos;

Pesquisar elementos da cultura africana, que embasam a identidade brasileira;

combater manifestações preconceituosas e/ou discriminatórias seja de raça, gênero,

sexo, etnia, etc.

Divulgar as manifestações africana e indígena como cultura e não como rituais

primitivos;

Valorizar igualmente as diferentes e diversificadas raízes das identidades dos distintos

grupos que constituem o povo brasileiro;

Buscar compreender e ensinar a respeitar diferentes modos de ser, viver, conviver e

pensar;

Discutir as relações étnicas no Brasil e analisar as conseqüências da suposta

“democracia racial”;

Buscar formas de refazer concepções relativas à população negra, que subestimam sua

capacidade de realizar e de participar da sociedade material e intelectualmente.

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JUSTIFICATIVA

Considerando que:

“a grande tarefa no campo da Educação” há de ser a busca de “caminhos e métodos

para rever o que se ensina e como se ensinam, nas escolas públicas e privadas, as

questões que dizem respeito ao mundo da comunidade negra. A educação é um

campo com seqüelas profundas de racismo, para não dizer o veículo de comunicação

da ideologia branca”. (Rocha, 1998, p.56).

Portanto, é através dela também que o reverso para esta história deve acontecer, Assim

para fazer cumprir as Leis 10.639/08 e 11.645/08, que o CEEBJA Casturina Campanharo

Bonfim, organiza-se em prol de uma comunidade escolar singular e que entende essa

singularidade como condição humana e irredutível. Logo é a escola que deve construir uma

mentalidade que não admita a exclusão e que através de seus recortes culturais, do acervo do

conhecimento e saberes, tecnologias e linguagens possa concretizar uma cultura de igualdade

na diversidade. A aplicação destas leis justifica-se ainda pelo autoconhecimento, uma vez que

a África tem a segunda maior parte de seus descendentes no Brasil. Há que reconhecermos

também o povo indígena como parte do alicerce nacional e cultural, neste país.

AÇÕES DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

Solicitação aos professores da inclusão da Cultura Africana, Afro-Brasileira e

Indígena, nos planos de trabalho docente;

Explanação aos professores da Escola sobre as Leis 10.639/03 e 11.645/08, com

implicações históricas e sociais e da necessidade de sua implantação, para um

resgate humano e identitário;

OBS.: Será utilizada a TV multimídia para esta ação.

Subsídio teórico e pedagógico a fim de atender o dispositivo legal, para tanto será

entregue a cada professor, em sua respectiva disciplina, sugestões de atividades para

que todas as áreas do conhecimento, de forma interdisciplinar ou não, trabalhem com a

temática das relações raciais e a influência africana para as conquistas da humanidade;

Acompanhamento pedagógico para que se assegure o trabalho pedagógico, acerca das

africanidades e também do povo indígena;

Desenvolvimento da 4ª edição do Projeto “A Força e o Brilho da Luz Negra”,.

Nesta atividade são trabalhados ao longo do ano letivo, elementos da Cultura africana,

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história do negro no Brasil e algumas de suas contribuições culturais para

nacionalidade brasileira, pesquisas estas que têm culminância na semana de 20 de

novembro.

Estudo de material sobre a temática de História e Cultura Africana, Afro-Brasileira e

Indígena.

CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

ATIVIDADE MESES

fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Solicitação aos professores X

Explanação do tema X X

Material p/ Subsídio teórico X

Acompanham. pedagógico X X X X X X X X X X X

Projeto “A Força e o Brilho da Luz

Negra”

X X X X X

Estudo de material afim X X X X X X X X X X X

AVALIAÇÃO

O acompanhamento das práticas acontecerá continuamente, pois durante os momentos

de planejamento pedagógico, haverá conversas coletivas e individuais com os docentes que

sempre terão oportunidade de relatar o que foi trabalhado em sala de aula, acerca do tema em

questão. Haverá ainda a observância de exposição de trabalhos ao público escolar sobre as

discussões e pesquisas realizadas em sala de aula.

Desafios educacionais contemporâneos – Estas demandas não devem ser colocadas ser

colocadas na escola em forma de “projeto” ou “tema transversal” descolado de um projeto de

sociedade, de escola, e de aluno, numa visão utilitária e pontual, será uma opção de

fragmentação do próprio ato de ensinar, privilegiando a construção individual e a histórica do

conhecimento. Segundo (Duarte, 2001) é negação de sua totalidade, além da própria função

social da escola, que é garantir a todos e a todas a apropriação dos conhecimentos produzidos

historicamente pela humanidade, em sua totalidade e a partir do necessário movimento

dialético que as questões apontadas como “demandas” podem e devem ser discutidas.

Sendo assim as questões relacionadas com a educação ambiental, relações

etnicorraciais, uso indevido de drogas, sexualidade, educação fiscal e direitos humanos, não

serão negados pela escola, pois entendemos que são marcos legais, que tem seus princípios e

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história determinados pela cobrança da sociedade civil organizada e, mais pontualmente dos

movimentos sociais.

Estas demandas integrarão o currículo, porque fazem parte da totalidade de um

conteúdo nele presente, não permitindo dessa forma a fragmentação do conhecimento, porque

conhecimento fragmentado, utilitário e pontual não supera o senso comum, e se não

ultrapassamos o senso comum, não estamos produzindo conhecimento sólido, e a escola desta

feita não cumpre sua função social, explicitada neste PPP.

PRONTIDÃO ESCOLAR PREVENTIVA - PEP

O Programa Prontidão Escolar Preventiva – PEP é um programa de natureza

pedagógica que visa preparar os profissionais que atuam nas escolas e o corpo discente a

executar ações de prevenção de incêndios, desastres naturais e situações de risco nas escolas.

É importante que docentes, discentes e toda a comunidade escolar estejam preparados para, de

maneira eficaz, enfrentar esses acontecimentos. Na eventualidade de um sinistro é de grande

valia que todos saibam os primeiros passos de enfrentamento de princípios de incêndio,

procedimentos de segurança pessoal, bem como noções de primeiros socorros a serem

utilizados até que o socorro especializado chegue ao loca.

Neste CEEBJA a implantação e implementação da PEP, estão em andamento. Das

etapas obrigatórias já realizamos:

* Reunião de partida com a direção, pedagoga e secretário, para planejamento da implantação

da PEP.

* Reunião de apresentação do Programa PEP com todos os professores e funcionários do

estabelecimento de ensino.

Nesta reunião foram escolhidos os membros da comissão de gerenciamento da PEP a

qual ficou assim constituída:

Coordenador Geral da Brigada de Emergência – Vacilina Kovalski da Silva;

Responsável pela comunicação e recepção – Anderson Adriano Trojan;

Líder de turno – Vacilina Kovalski da Silva;

Coordenador de bloco/pavimento – Terezinha Aparecida Hrysyk, Everli Padilha,

Gláucia Dziubate;

Líder de combate – Vagner Reciote Ribeiro, José Roberto Gonçalves;

Primeiros socorros – Edicleia K. de Campos Leal, Neusa Maria Vidotto.

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MATRIZ CURRICULAR

Ensino Fundamental – Fase II

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II

ESTABELECIMENTO: CEEBJA – Casturina C. Bonfim

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

MUNICÍPIO: Pitanga NRE: PItanga

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2009 FORMA: Simultânea

CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1452 H/A ou 1200/1210 HORAS

DISCIPLINAS Total de

Horas

Total de

horas/aula

LÍNGUA PORTUGUESA 226 272

ARTES 54 64

LEM - INGLÊS 160 192

EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64

MATEMÁTICA 226 272

CIÊNCIAS NATURAIS 160 192

HISTÓRIA 160 192

GEOGRAFIA 160 192

ENSINO RELIGIOSO* 10 12

Total de Carga Horária do Curso 1200/1210 horas ou 1440/1452 h/a

*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO E

DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.

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Ensino Médio

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ENSINO MÉDIO

ESTABELECIMENTO: CEEBJA – Casturina C. Bonfim

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

MUNICÍPIO: Pitanga NRE: Pitanga

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2010 FORMA: Simultânea

CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1568 H/A ou 1200/1306 HORAS

DISCIPLINAS Total de

Horas

Total de

horas/aula

LÍNGUA PORT. E

LITERATURA 174 208

LEM – INGLÊS 106 128

ARTE 54 64

FILOSOFIA 54 64

SOCIOLOGIA 54 64

EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64

MATEMÁTICA 174 208

QUÍMICA 106 128

FÍSICA 106 128

BIOLOGIA 106 128

HISTÓRIA 106 128

GEOGRAFIA 106 128

LÍNGUA ESPANHOLA* 106 128

TOTAL

1200/1306 1440/1568

*LÍNGUA ESPANHOLA, DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA E DE MATRÍCULA FACULTATIVA

PARA O EDUCANDO.