Processo e Vazio Budismo e Whitehead

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    Processo e vazio:

    Uma Comparao de Filosofia Whitehead Processo e budista Mahayana Filosofia

    Thomas J. McFarlane

    Primavera de 2000Revisado e editado para a web maro 2004

    www.integralscience.org

    RESUMO: A filosofia de Alfred North Whitehead processo comparada com afilosofia budista Mahayana. Aps introduzir brevemente as filosofias de Whitehead edo budismo, algumas semelhanas entre eles so examinados. As principais reas deconvergncia so (1) impermanncia e processo como aspectos fundamentais darealidade, (2) o vazio ea falta de substncia das coisas, (3) a natureza relacional edependente das coisas, (4) a noo da ignorncia e do engano percepo, (5) a

    possibilidade de liberdade da ignorncia e da percepo equivocada, (6) a nfase emaspectos subjetivos e experiencial da realidade, e (7) as limitaes fundamentais dalinguagem e sistemas filosficos para caracterizar a realidade. O artigo conclui comuma discusso sobre uma caracterstica distintiva importante da filosofia budista, ouseja, seu mtodo dialtico de crtica.

    Introduo

    Grande obra de Alfred North Whitehead filosfica,Process and Reality, apresenta umquadro complexo e original metafsico, que inicialmente um grande desafio deentender. Este trabalho representa meus esforos individuais para entender a filosofiade Whitehead mais profundamente, relacionando-a filosofia budista Mahayana. Haviaduas razes principais para que eu selecionei filosofia budista como uma forma deenvolver a filosofia de Whitehead mais profundamente. Em primeiro lugar, desde queeu tinha alguma familiaridade com a filosofia budista, senti que relativa filosofia deWhitehead para este conhecimento e experincia existentes seria uma forma eficaz deintegr-lo em meu entendimento. Em segundo lugar, depois de perceber algumassemelhanas intrigantes entre a filosofia de Whitehead e filosofia budista, senti-meatrado para ver o que outras semelhanas que possam existir, e em que medida essassemelhanas se levantar sob rigoroso escrutnio. Embora eu queria ver de que formaestas filosofias podem convergir, ao mesmo tempo eu senti que era importante para

    honrar as suas diferenas, e reconhece que algumas de suas semelhanas pode serapenas semelhanas superficiais. Antes de discutir as semelhanas entre a filosofia deWhitehead e filosofia budista, no entanto, vou introduzir brevemente essas filosofiasseparadamente.

    Whitehead e da filosofia do organismo

    Alfred North Whitehead (1861-1947) foi um matemtico que mais tarde virou-se para afilosofia. De 1900 a 1911, em Cambridge, ele colaborou com seu ex-aluno BertrandRussell em seuPrincipia Mathematica, que tentou deduzir toda a matemtica a partir de

    bases estritamente lgicos. Durante o perodo de 1910-1924 Whitehead fez um trabalho

    na filosofia da cincia na Universidade de Londres e do Colgio Imperial de Cincia eTecnologia. Em 1924 na idade de 63, Whitehead aceitou uma posio na Universidade

    http://translate.googleusercontent.com/translate_c?hl=pt-BR&langpair=en%7Cpt&rurl=translate.google.com.br&u=http://www.integralscience.org/&usg=ALkJrhiHdp4NklNSYxsFefF9xvhGr_ULNwhttp://translate.googleusercontent.com/translate_c?hl=pt-BR&langpair=en%7Cpt&rurl=translate.google.com.br&u=http://www.integralscience.org/&usg=ALkJrhiHdp4NklNSYxsFefF9xvhGr_ULNwhttp://translate.googleusercontent.com/translate_c?hl=pt-BR&langpair=en%7Cpt&rurl=translate.google.com.br&u=http://www.integralscience.org/&usg=ALkJrhiHdp4NklNSYxsFefF9xvhGr_ULNw
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    de Harvard, onde se concentrou no desenvolvimento de seu sistema metafsico, que elechamou de filosofia do organismo. Hoje, a filosofia de Whitehead muitas vezesreferida como a filosofia do processo.

    Segundo Whitehead, "o mundo real um processo, e ... o processo o devir de

    entidades reais" (PR, p. 22). Estas entidades reais "so as coisas finais reais de que omundo composto. No h como ir atrs de entidades reais para encontrar algo maisreal "(PR, p. 18). Uma entidade real no uma substncia inerte e permanente, mas um

    processo relacional de tornar-se: "como entidade real e torna-se constitui o que essaentidade real. Sua ... "ser" constitudo por sua 'transformao' "(PR, p. 23). Este

    processo de se tornar uma sntese criativa em uma entidade real de suas muitas relaescom outras entidades reais. Whitehead chama o processo de unificao concrescencede preenses, ondepreenses so as maneiras em que outras entidades so tomadas por,e sentiu-se dentro da entidade, e onde o concrescence o processo criativo de reuniressas preenses diversas outras entidades reais em um romance, unidade orgnica.Assim, "entidades reais envolvem um ao outro em razo das suas preenses do outro"

    (PR, p. 20). Devido a essa mtua co-constituio ", voc no pode o universo abstratode qualquer entidade ... de forma a considerar que a entidade em completo isolamento.... Em certo sentido, cada entidade permeia o mundo inteiro "(PR, p. 28).

    Budismo Mahayana e da Escola

    O Budismo foi fundado na ndia por volta do quinto sculo aC por Sidarta Gautama,que tambm conhecido como o Buda (ou seja, o Desperto). Ao longo de centenas deanos, vrias formas de budismo desenvolveu e se espalhou da ndia em grande parte dasia Oriental. A escola Theravada do Budismo a mais tradicional das vrias escolasdo budismo, e baseia suas doutrinas sobre os ensinamentos originais do Buda. Asvrias escolas Mahayana, ao contrrio, tm mais livremente adaptado e elaborado nosensinamentos do Buda histrico. Todas as escolas do budismo, no entanto,compartilham certas doutrinas bsicas. Central para o ensino bsico (dharma) doBudismo as Quatro Nobres Verdades: 1) h sofrimento, 2) h uma causa desofrimento, 3) h um fim ao sofrimento, e 4) h um caminho para o fim do sofrimento.O Buda ensinou que toda experincia impermanente fundamentalmente na natureza, eque ns sofremos porque temos o hbito de resistir a essa impermanncia. Ansiamosaps uma permanncia que no pode ser encontrado, de modo que, inevitavelmente,sofrer. Ao cultivar a compaixo abnegada, e por refletir e meditar sobre a nossaexperincia, ele ensinou que podemos abandonar nosso desejo aps a sua permanncia

    e, assim, alcanar a liberdade do sofrimento (nirvana).Uma das doutrinas centrais da filosofia budista que tudo existe como uma surgindo

    dependente (pratityasamutpada). De acordo com o Buda, todos os fenmenos sosurgimentos dependentes, o que significa no apenas que qualquer processo desurgimento depende de causas e condies anteriores, mas tambm que a existncia ou acriao de qualquer fenmeno dependente de outros fenmenos. Na escolaMadhyamika ("Caminho do Meio") do Budismo Mahayana, o conceito de surgimentodependente tambm tomado para significar que tudo existe na dependncia de suas

    prprias peas, e que tudo o que existe na dependncia do pensamento que o designa.Em todos esses casos, a noo de surgimento dependente implica que os fenmenos no

    tm existncia independente. Esta implicao freqentemente expressa em termos dadoutrina do vazio (shunyata): todos os fenmenos so vazios de qualquer essncia,

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    independente e separada da sua prpria. Esta ausncia de existncia inerente, noentanto, no implica que as coisas no existem. Eles existem, mas sua existncia umdependente, no uma existncia independente. A doutrina do surgimento dependente,

    portanto, evita os extremos de substancialismo (ou seja, as coisas existe comoindependentes, essncias separadas) e niilismo (isto , as coisas no existem).

    Surgimento dependente tambm est intimamente relacionada com a doutrina daimpermanncia: se as coisas existem independente de causas e condies, que seria

    permanente e imutvel, mas uma vez que os fenmenos so impermanentes e capaz demudana, que deve surgir em dependncia de causas e condies. Outra conseqnciado surgimento dependente a lei de causa e efeito que rege toda a aco (karma).Porque todos os fenmenos surgem na dependncia de outras coisas, todos os eventosso os efeitos de eventos anteriores. A conseqncia moral que as nossas intenesresultar em aes que tm inevitveis consequncias causais. Intenes perniciosas eaes resultam em uma perpetuao do sofrimento, enquanto as intenes e aessaudveis resultam em efeitos benficos, que culminaram na libertao do ciclo de

    sofrimento.

    Semelhanas entre o budismo e Whitehead

    Depois de uma breve introduo as filosofias de Whitehead e do budismo, vamos agoraexaminar algumas de suas semelhanas. As principais reas de convergncia que serodiscutidas so (1) impermanncia e processo como aspectos fundamentais da realidade,(2) o vazio ea falta de substncia das coisas, (3) a natureza relacional e dependente dascoisas, (4) a noo percepo de ignorncia e equivocada, (5) a possibilidade deliberdade da ignorncia e da percepo equivocada, (6) a nfase em aspectos subjetivose experiencial da realidade, e (7) as limitaes fundamentais da linguagem e sistemasfilosficos para caracterizar a realidade. Kenneth Inada (1971, 1975) tambm apontoualgumas semelhanas entre o budismo ea filosofia de Whitehead. Como eu gostaria desalientar, no entanto, as correspondncias que ele faz diferir em alguns aspectos do meu.

    1. Processo e impermanncia

    Talvez a semelhana mais bvia entre a filosofia de Whitehead e doutrinas budistas que a existncia vista tanto como fluindo e no esttico. No budismo, essa idia expressa em termos da impermanncia de todos os fenmenos, o fato de que nossaexperincia real est sempre mudando e que todos os fenmenos surgem e desaparecem.

    Ns nunca encontrar nada constante ou permanente em nossa experincia. ParaWhitehead, "a elucidao do significado envolvido em 'coisas fluem todos" a frase uma tarefa do chefe da metafsica "(PR, p. 208). Em sua filosofia processo, o fluxo ou

    processo das coisas tem um lugar central. Na verdade, as coisas finais reais do mundo,de acordo com Whitehead, so entidades reais (PR, p 18.), E estas entidades no soessncias permanentes, mas sim processos de tornar-se: "como entidade real e torna-seconstitui o que essa entidade real . Sua ... "ser" constitudo por sua 'transformao'"(PR, p. 23). As entidades reais da realidade so, portanto, nunca esttica, mas esto emum processo de transformao e "perpetuamente perecer."

    Como Inada (1971) salienta, no entanto, entidades reais Whitehead no so apenas

    processos do devir. Eles tambm tm uma "objetivamente imortal" aspecto querepresenta o seu potencial para ser prehended por outras entidades reais. Uma entidade

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    real, de acordo com Whitehead, tanto um assunto que preside seu prprio processo detornar-se, e um superject exercer a sua funo de forma objectiva a imortalidade. Estesdois aspectos irredutveis da entidade real se relacionam com o problema filosfico dereconhecer tanto permanncia e mudana na realidade. "No o mero problema defluncia e permanncia. H o problema duplo: a realidade com a permanncia, exigindo

    fluncia como a sua concluso; e atualidade com fluncia, exigindo permanncia comoa sua concluso "(PR, p 347.). Existe uma correlao budista, porm, para o superjectque representa o aspecto permanente da realidade? Inada sugere que existe, uma vezque o Buda ensinou no s a doutrina da impermanncia, mas tambm ensinou que hcertas caractersticas estruturais da experincia, tais como "os cinco agregados, doze edezoitoAyatanas dhatus"(Inada, 1971). Estas estruturas experienciais, no entanto, nocorrespondem realmente bem com a noo de Whitehead de imortalidade objetiva. Porexemplo, considere os cinco componentes de fenmenos (skandhas): forma e matria(rupa), sensao (vedana), as percepes (sanna), disposies psquicas ou construes(samkhara), e da conscincia ou o pensamento consciente (Viana). Estas estruturas

    budistas de experincia mais parecida com vrias fases concrescence no devir de uma

    entidade real. O objectivo da imortalidade uma entidade real, por outro lado, representao potencial da entidade para preenso por outras entidades, no fases do seuconcrescncia. Ao invs de seguir a sugesto Inada, eu gostaria de sugerir que um

    budista mais preciso correlacionar o conceito de Whitehead de superject a noo deque todo fenmeno impermanente, cada gota fugaz de experincia, no simplesmentedesaparecem sem qualquer vestgio, mas sempre deixa para trs conseqncias queentram em outros momentos da experincia. Em outras palavras, as conseqnciascrmicas de cada fenmeno impermanente constituem a sua imortalidade objetiva.Outra maneira de dizer isso que relacionamento de uma entidade a outras entidades(ou seja, seu vazio de existncia independente) o seu aspecto permanente.

    2. Vazio e falta de substncia

    A doutrina da impermanncia est intimamente relacionada com a doutrina de quetodas as coisas no tm substancialidade inerente. O filsofo budista Nagarjunaargumentou que as coisas no podem ter essncias separadas, porque isso resultaria emum mundo imutvel: "Se no a essncia, o mundo inteiro ser unarising, incessante, eesttico. O mundo inteiro fenomenal seria imutvel "(FWMW, p. 72). Em outras

    palavras, se algo tem a sua prpria essncia separada, ento totalmente separado e semdependncia de qualquer outra coisa para a sua existncia. Como resultado, nunca podeser afetado ou alterado. Assim, se as coisas tivessem essncias, ento o mundo inteiro

    seria imutvel e esttico, que obviamente falso. A concluso que todas as coisas sovazias de qualquer essncia tal. Esta doutrina do vazio (shunyata) fundamental para afilosofia budista Mahayana. Da mesma forma, Whitehead afirma que " fundamental

    para a doutrina metafsica da filosofia do organismo, que a noo de uma entidade realcomo o sujeito imutvel da mudana est completamente abandonado" (PR, p. 29).Processo de Filosofia afasta da filosofia substncia, negando qualquer essncia,indivduo isolado s coisas. A idia de que as coisas tm essncias a melhor abstraotil, e na pior das hipteses um equvoco profundo da realidade: "A simples noo deuma substncia duradoura sustentar qualidades persistentes, seja essencial ouacidentalmente, expressa um resumo til para muitos propsitos na vida. Mas sempreque tentamos us-lo como uma declarao fundamental da natureza das coisas, ele se

    mostra equivocada "(PR, p. 79).

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    Um exemplo importante desse equvoco o pressuposto cartesiano que o sujeitohumano uma essncia fundamental anterior ao pensamento humano. Whiteheadinverte a prioridade: "A filosofia do organismo ... concebe o pensamento como umaoperao constituinte na criao do pensador ocasional. O pensador o fim final queno o pensamento. Nesta inverso, temos o contraste entre o final de uma filosofia de

    substncia e uma filosofia do organismo "(PR, p. 151). Da mesma forma, umacaracterstica distintiva da filosofia budista a doutrina da no auto-(annata). Comobudista praticante estudioso B. Alan Wallace explica, o auto "no uma substnciafsica, psquica ou espiritual impulsionado atravs do tempo, sim, uma seqncia deeventos relacionados dependente. dependente do corpo e da mente que so a sua basede designao, sobre outras causas e condies que do origem ao estado actual da suacontnuo, e sobre a designao mental do auto "(CR, p. 160). O auto, no entanto, no uma mera vacuidade. Embora no tem uma essncia, independente separado, noentanto, ainda tem uma existncia, dependente interrelacionados. Whitehead ecoa istocom sua afirmao de que uma entidade real no faltam ser inteiramente sim ", seu 'ser' constitudo por sua 'transformao'" (PR, p. 23). Assim, tanto a doutrina budista ea

    filosofia de Whitehead evitar os extremos de substancialismo e do niilismo, e proporque as coisas tm um tipo relacional, interdependente da existncia.

    3. Nature, relacional Dependente de existncia e as causas

    No budismo, o vazio ea impermanncia dos fenmenos so conseqncias do fato deque eles so surgimentos dependentes (pratityasamutpada). O conceito de surgimentodependente tem vrios significados. O significado principal do surgimento dependente que qualquer processo de surgimento depende de causas e condies. Por exemplo, ooriginal resultante do meu corpo no ventre de minha me era dependente de vriascausas eficientes, como certos eventos que ocorreram nove meses antes do meunascimento. Os surgimentos subseqentes do meu corpo tambm eram dependentes decausas, como a alimentao contnua, ar e gua que eram necessrias para sustent-la.Um senso de surgimento dependente, portanto, o ntimo eficientes conexes causaisentre as coisas. Na filosofia de Whitehead, esta a interdependncia real de entidades anvel de eficcia causal: "O nexo de causalidade determinista eficiente o influxo domundo real .... Na medida em que h energia insignificante autnoma, o sujeito apenasrecebe as sensaes fsicas, confirma as suas avaliaes de acordo com a "ordem" dapoca, e transmite, em razo de sua imortalidade prprio objetivo "(PR, p. 245). Emuma de suas poucas menes explcitas do budismo, Whitehead explica que este influxo

    para uma entidade real de sensaes fsicas "na fase inicial do seu objectivo um dom

    que o sujeito herda da ordem inevitvel das coisas conceitualmente realizada nanatureza de Deus . Esta funo ... de Deus anlogo ao trabalho sem remorsos dascoisas no pensamento grego e budista "(PR, p. 244). Alm disso, a dependncia causaldas coisas uns sobre os outros implica que no existe nada alm da web de eficciacausal, e que tudo contm todas as outras coisas: "Uma entidade real no pode ser ummembro de um" mundo comum ", exceto no sentido de que o "mundo comum" umconstituinte de sua prpria constituio. Segue-se que cada item do universo, incluindotodas as outras entidades reais, um componente na constituio de qualquer entidadereal "(Pv. p. 148)

    Eficcia causal, no entanto, apenas uma das duas formas principais em que uma

    entidade real apreende outras entidades reais: "Em cada concrescence h um duploaspecto do impulso criativo. Em um aspecto, h a originao de simples sentimentos

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    causais, e no outro aspecto que a origem dos sentimentos conceituais. Estes aspectoscontrastantes ser chamado a fsica e os plos mentais de uma entidade real. Nenhumaentidade real desprovida de qualquer plo "(PR, p. 239). Os plos fsicos e mentais daentidade real, em outras palavras, corresponde dependncia da entidade apseficientes, causas fsicas e sobre as causas finais, conceituais, respectivamente. Como

    explica Whitehead, "o processo criativo rtmica: que oscila da publicidade de muitascoisas para a privacidade individual; e balana volta a partir do particular para apublicidade do indivduo objetivada. O balano do antigo dominada pela causa final,que o ideal; eo balano ltimo dominada pela causa eficiente, que efectivo "(PR, p151.).

    Ns j vimos que surgimento dependente, no sentido de dependncia de causaseficientes o correlato no budismo a causa eficiente de Whitehead que domina o plofsico de uma entidade real. Existe um budista correlacionar a causa final deWhitehead, que domina o plo mental de uma entidade real? De fato, uma idia muitosemelhante encontrada em outros significados do conceito budista de surgimento

    dependente. Alm decorrentes da dependncia de causas eficientes, a doutrina dosurgimento dependente tambm significa que as coisas existem ou esto estabelecidosna dependncia designao conceitual: "Os eventos so dependentes de sua existnciamuito sobre o poder da mente e da conveno de que os designa" ( CR, p. 145). Assim,

    para alm de em funo das suas causas eficientes fsicas, as coisas tambm existir nadependncia de designao mental. Em outras palavras, uma entidade real depende,

    para sua determinao muito como um existente particular sobre o ingresso de objetoseternos atravs preenses intelectual.

    A noo de surgimento dependente no Budismo, portanto, abrange ambas as formasfsicas e mentais de preenso. Porque abrange todas as maneiras em que as coisasdependem uns dos outros, Inada (1975) sugere que este conceito budista quaseidntico ao princpio de Whitehead de Criatividade, que representa a integrao da

    pluralidade de entidades reais em uma teia de interdependncia. Embora hajacertamente uma semelhana entre os dois conceitos, o conceito budista de surgimentodependente no tem o aspecto de novidade, que essencial o princpio de Whitehead deCriatividade. Em outras palavras, o princpio da Criatividade implica mais do queapenas a interdependncia das coisas-se tambm implica que o processo deaparecimento um avano em novidade, e este aspecto do princpio da criatividade noest presente na doutrina budista de resultantes dependente.

    4. A ignorncia ea percepo equivocada

    Segundo o budismo, a raiz de todo sofrimento nossa ignorncia de surgimentodependente. Com base nesse erro fundamental, imaginamos que as coisas sejam

    permanentes quando eles so impermanentes, imaginamos que as coisas tm existnciaisolada e independente quando eles so realmente vazia de qualquer existncia comoindependente, e ignorar as relaes causais entre as coisas. Em seguida, sofrer quandoas coisas mudam ou morrer, ou quando experimentamos as conseqnciasdesagradveis de nossas aes anteriores. Essa ignorncia to profunda que est emfuncionamento normalmente abaixo do nvel de conscincia. A finalidade ltima da

    prtica budista tomar conscincia dessa ignorncia e alterar os padres habituais de

    ao que nela se baseiam.

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    Embora a filosofia de Whitehead no teve origem em um contexto soteriolgico, que,no entanto, contm idias muito semelhantes doutrina budista da ignorncia. Primeirode tudo, como o budismo, Whitehead associa a experincia do sofrimento ou o mal coma perda de coisas para o fluxo de tornar-se: "O mundo assim confrontado com o

    paradoxo de que, pelo menos nas suas realidades mais elevadas, que anseia por

    novidades e ainda assombrada pelo terror com a perda do passado, com as suasfamiliaridades e seus entes queridos. Ele procura fuga do tempo em seu carter de"perpetuamente perecendo" (PR, p. 340) "O mal absoluto no mundo temporal ... est nofato de que os ltimos se desvanece, que o tempo um" perecimento perptuo '" (PR, p.340). Embora tanto o budismo quanto Whitehead associar o mal eo sofrimento com aimpermanncia, eles diferem em que as razes do mal Whitehead na impermanncia emsi, enquanto as razes da doutrina budista que sofrem no tanto na impermanncia, masna nossa incapacidade de chegar a um acordo com ele.

    Outra semelhana entre a doutrina budista da ignorncia e da filosofia de Whitehead aidia de que nossa experincia normal consciente est enganado ou enganador. No

    budismo, devido nossa ignorncia profunda do surgimento dependente, temos o hbitode perceber as coisas como se fossem essncias separadas. Este erro de percepo, diz

    Nagarjuna, est intimamente relacionada ao fato de que ns no vemos as conexescausais entre as coisas: "Se voc perceber a existncia de todas as coisas em termos desua essncia, ento essa percepo de todas as coisas sero, sem a percepo de causas econdies "(FWMW, p. 69). Whitehead apresenta uma viso muito semelhante. Paraele, as preenses mais fundamentais relacionais no modo de eficcia causal no somais evidentes ao nvel derivado do imediatismo de apresentao associado com aconscincia normal: "O modo antigo [de eficcia causal] produz percepta que so vagos,

    para no ser controlado, pesado com emoo: ele produz uma sensao de derivao apartir de um passado imediato, e de passagem para um futuro imediato. O percepta ...no modo de imediatismo apresentao tem as caractersticas opostas. Em comparao,eles so distintos, definitiva, controlvel, apto para o prazer imediato, e com o mnimode referncia ao passado ou ao futuro "(PR, pp 178-179). Em outras palavras, o

    percepta distinto, definido e isolado do imediatismo de apresentao so criadas por umprocesso de ignorar a interdependncia das coisas ao nvel da eficcia causal."Conscincia apenas o ltimo e maior de tal [formativa] elementos pelos quais ocarter seletivo do indivduo obscurece a totalidade externa a partir do qual se origina eque ele encarna" (PR, p. 15). O resultado desta obscurecimento que a "conscinciaapenas fracamente ilumina as preenses no modo de eficcia causal" (PR, p. 162).

    When the level of causal efficacy is ignored, the abstract, derivative percepta ofpresentational immediacy are mistaken as being the original concrete aspects ofexperience. This 'fallacy of misplaced concreteness'...consists in neglecting the degree

    of abstraction involved when an actual entity is considered merely so far as itexemplifies certain categories of thought. There are aspects of actualities which aresimply ignored so long as we restrict thought to these categories. (PR, p. 7). These

    ignored aspects of actualities are exactly their dependence upon causes and conditions.Thus, the fallacy of misplaced concreteness is none other than the ignorance of the truthof dependent arising.

    5. Freedom and Emancipation

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    The Buddha taught that it is possible to become free of suffering by cutting the root ofour ignorance. This is possible because the truth of dependent arising implies that ourvery habits of ignorance are themselves impermanent, and thus all sentient beings willultimately be liberated. In the Buddhist context, this liberation cannot be attained bymere intellectual understanding. It requires a profound transformation of the mind,

    typically over many years of contemplative practice.

    Filosofia de Whitehead no foi criado como uma filosofia religiosa, como o budismofoi, com um propsito explicitamente soteriolgico. No entanto, Whitehead faz afirmarque a filosofia deve revelar o que foi obscurecido, e deve servir para corrigir nossas

    percepes equivocadas: "A filosofia a auto-correo pela conscincia de seu prprioexcesso inicial de subjetividade. ... A tarefa da filosofia recuperar a totalidadeobscurecida pela seleo [de conscincia]. Ele substitui na experincia racional que foisubmergido na maior experincia sensvel e foi afundado ainda mais profundo pelasoperaes iniciais da prpria conscincia "(PR, p. 15). Em outras palavras, as

    proposies da filosofia representa na experincia racional que tem sido ignorada ou

    obscurecida pela conscincia. Transformao ento executada pelo poder inerente dasproposies como um chamariz para se sentir em um nvel mais profundo daexperincia: "A proposio se torna um chamariz para o condicionamento da aocriativa. Em outras palavras, a sua preenso efectua uma modificao do objectivosubjectiva "(PR, p. 273). Assim, a possibilidade da nossa prpria transformao baseia-se o ingresso criativa de sentimentos intelectual acima e para alm preenses fsicas nomodo de eficcia causal. "A doutrina da filosofia do organismo que, no entanto, longeda esfera de causalidade eficiente ser empurrado na determinao dos componentes deum concrescence ... alm da determinao desses componentes, permanece sempre areaco final da unidade de auto-criativa de o universo "(PR, p. 47). Nome deWhitehead para esta unidade a natureza primordial de Deus. In addition to providingus with our potentiality for creative transformation, the consequent nature of God is alsothe great companionthe fellow-sufferer who understands (PR, p. 351). Inada (1975)suggests that the Buddha or Tathagata corresponds to the primordial nature of God,while the Bodhisattva corresponds to the consequent nature of God, whose purpose isthe attainment of value and intensity of feeling in the temporal world. Thiscorrespondence seems accurate insofar as the Bodhisattva is dedicated to compassionateaction in the world for the benefit of all sentient beings. The Bodhisattva, however, isnot God but a highly evolved sentient being. As for the correspondence between theBuddha and the primordial nature of God, this would be more accurately stated as thecorrespondence betweenBuddha nature and the primordial nature of God, since the

    Buddha Gautama was also not God but an awakened sentient being.6. Natureza experimental e subjetiva das Coisas

    Em contraste s filosofias materialistas da substncia, filosofias budistas e processo delevar a realidade para ser fundamentalmente experiencial na natureza. Whitehead deixa

    pouco espao para a dvida em sua posio sobre esta matria: "alm das suasexperincias de sujeitos que no h nada, nada, nada, nada nua" (PR, p 167.). Almdisso, Whitehead "final coisas reais" (PR, p. 18), as entidades reais, so descritas como"gotas de experincia" (PR, p. 18). Como para o budismo, como uma tradio religiosacontemplativa, a experincia o fundamento ltimo da realidade. Alm da importncia

    dada experincia comum, Whitehead e Buda tambm compartilhou uma visosemelhante sobre a relao entre filosofia e experincia. Para tanto, a experincia a

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    pedra de toque da verdade para qualquer sistema filosfico ou conceito. ComoWhitehead expressou, "o que encontrado em" prtica "deve situar-se no mbito dadescrio metafsica. Quando a descrio no inclui a "prtica", a metafsica inadequada e requer reviso "(PR, p. 13). Como para o budismo, o praticante contada

    para testar as doutrinas contra a experincia, e no cegamente lev-los para concedido.

    7. Limites de conceitos e sistemas filosficos

    Filosofia budista formulado como um meio para o final de libertao do sofrimento, eno como um sistema dogmtico ltimo metafsico. Embora a filosofia de Whiteheadno foi formulado para fins explicitamente religiosas, ele ainda tem uma atitudesemelhante para o dogmatismo: "Em discusso filosfica, o mais leve indcio de certezadogmtica como a finalidade da declarao uma exposio de loucura" (PR, p xiv.).Whitehead e do budismo tambm compartilham uma viso semelhante das limitaesinerentes linguagem. No budismo, a verdade suprema inefvel, e no pode serformulado ou expressa em pensamento ou conceito. Quanto Whitehead, ele nos

    assegura que "os filsofos nunca pode esperar, finalmente, para formular essesprincpios metafsicos primeiros. Fraqueza de discernimento e deficincias de suportede idioma no caminho inexoravelmente "(PR, p. 4). "A linguagem, em seus usoscomuns, penetra, mas a uma curta distncia para os princpios da metafsica" (PR, p.167).

    O Buda e Whitehead, no entanto, tiveram respostas diferentes para essas limitaes dafilosofia e da linguagem. Para Whitehead, que implicava que a metafsica foi sempresujeitas a reviso luz da experincia mais profunda, percepo e entendimento. OBuda foi mais longe, porm, afirmar que possvel experimentar a verdade de umaforma imediata, no-conceitual. " possvel experimentar uma realidade que transcendetodas as estruturas conceituais, uma vez a mente est livre de toda conceituao.Quando a primeira permanece em tal realizao, no se tem conscincia da realidadeconvencional, em tudo. Como se procede para despertar completo, o desafio integraresse insight profundo com a prpria experincia da verdade relativa, em toda suadiversidade "(CR, p. 150). Esta sabedoria, incompreensvel integrado sensibilizada dovalor nico de cada ponto de vista particular, e ao mesmo tempo no se limita aqualquer ponto de vista. ainda reconhecido que o dharma budista em si no pode serapresentada como uma verdade absoluta. Como o ensino do caminho para acabar como sofrimento, o ensinamento budista no , portanto, estabelecidos de maneiraindependente como uma verdade final e absoluta, mas sim um compassivo, sensvel,

    dependente que surjam em relao ignorncia e do sofrimento. Para agarrar-se sdoutrinas budistas como absolutos, portanto, incompatvel com os princpios maisfundamentais que esto na base dessas doutrinas prprias. Nas palavras de Nagarjuna(FWMW, p 83.):

    Eu me prostro a GautamaQuem atravs da compaixoEnsinou a verdadeira doutrina,O que leva renncia de todos os pontos de vista.

    A diferena crtica

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    Em contraste com a filosofia de Whitehead, a filosofia budista incorpora um mtodocrtico dialtico que dinamicamente se transforma em suas prprias categorias edoutrinas. O ndio sbio budista Nagarjuna (cerca de sculo 2, CE) aplicou esta tcnica

    para as diversas categorias de pensamento na filosofia budista, com o objetivo delibertar a mente do apego a construes filosficas. Atravs argumento dialtico sutil,

    Nagarjuna demonstrou que qualquer conceito ou posio filosfica, se tomada comodefinitiva e absoluta, em ltima anlise leva a uma contradio lgica. O sucesso daaplicao desta tcnica revela que o conceito ou a posio vazia de qualquer verdadefinal ou final. Porque a mesma tcnica pode ser usada para mostrar que o conceitooposto ou posio tambm vazia de qualquer verdade final ou final, o resultado queambos os extremos do pensamento so abandonadas, revelando um meio-termo entre osextremos da afirmao dogmtica e rejeio dogmtica. Tcnica dialtica de Nagarjunaaplicada a fenmenos da experincia, bem como os pontos de vista filosficos mostraque quando a realidade rigorosa e cuidadosamente examinadas, nenhuma entidade

    permanente, absoluto ou independente, a existncia, ou a verdade conceitual encontrada. Este "no-descoberta" a descoberta do vazio. No uma concluso

    positiva ou fenmeno experimental novo, mas uma viso no-conceitual sobre o queno est realmente presente na natureza da experincia.

    O processo dialtico no termina a mesmo. If the discovery of emptiness is itselfgrasped and reduced to a conceptual conclusion or final experience, then Nagarjuna'smethod can be applied again to reveal the emptiness of this object of grasping (ie, theemptiness of emptiness). Another very subtle form of grasping can take place when

    Nagarjuna's critical technique is itself grasped onto as a final truth. A consistentapplication of the dialectical method then will reveal that the technique is itselfdependent on grasping. If there is no grasping to extremes, there can be no criticism.Therefore, even Nagarjuna's own technique is empty. The dialectical method, therefore,has the ultimate effect of undermining itself, just as the successful application of anymedicine will result in a state of health wherein the medicine is no longer useful. Ifthere is no fixity or grasping, then Nagarjuna's method is unnecessary, just a medicine isno longer necessary after an illness is cured. As long as we are poisoned with habits ofgrasping and suffer its consequences, however, the medicine of emptiness is relevantand valuable.

    Thus, to the extent that Whitehead's philosophy has medicinal powers to dispel ourignorance of dependent arising, it is essentially in harmony with the spirit of theBuddhist teachings, even if it differs in some of its details. In spite of their differences,

    however, there are many significant similarities between these two philosophies. It ismy hope that this paper will foster deeper understanding of both Whitehead's processphilosophy and Buddhist teachings, and help all sentient beings in their creativeadvance toward Buddhahood.

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    (c) 2000 Thomas J McFarlane