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PRESERVANDO BRASÍLIA PARA OS 60 Praça dos Três Poderes

PRESERVANDO BRASÍLIA PARA OS 60 - STF · nº 166-IPHAN, de 11/05/2016. Para tanto, partimos do estudo realizado no âmbito da Superintendência do Iphan no Distrito Federal, o “Inventárioda

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PRESERVANDO

BRASÍLIA PARA OS 60

Praça dos Três Poderes

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PRESERVANDO

BRASÍLIA PARA OS 60

Praça dos Três Poderes

Brasília

Iphan

2020

Superintendência do Iphan no Distrito Federal

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Fotografia - ArPDF

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O Iphan é a autarquia federal vinculada ao Ministério do

Turismo que há mais de oitenta anos responde pela preservação

do Patrimônio Cultural Brasileiro. Cabe ao Iphan proteger e

promover os bens culturais do País, assegurando sua

permanência e seu usufruto para as gerações presentes e futuras.

O Iphan responde também pela conservação, pela salvaguarda e

pelo monitoramento dos bens culturais brasileiros inscritos na

Lista do Patrimônio Mundial, como é o caso do Conjunto

Urbanístico de Brasília.

O Iphan tem por missão “promover e coordenar o

processo de preservação do patrimônio cultural brasileiro para

fortalecer identidades, garantir o direito à memória e contribuir

para o desenvolvimento socioeconômico do país”. Parte desta

prática consiste em assessorar os gestores dos bens na

construção de uma consistente política patrimonial que resulte em

eficiente manutenção e preservação do objeto em questão.

Visando a atender a este propósito, foi concebida a ação

Preservando Brasília para os 60, que tem por objetivo

conscientizar os gestores dos bens da importância de um plano de

manutenção condizente com a preservação dos valores

patrimoniais. Adicionalmente, a ação visa a criar uma

aproximação entre o Iphan e os agentes responsáveis pelos bens,

externando o desejo desta instituição de fortalecer a construção de

uma gestão compartilhada, desempenhando o seu papel de

assessoramento para o Patrimônio Cultural.

Nesse sentido, viemos por meio deste apresentar nossas

considerações sobre este importantíssimo espaço de grande

interesse patrimonial, a Praça dos Três Poderes, que está inserida

no perímetro tombado do Conjunto Urbanístico de Brasília, inscrito

no Livro do Tombo Histórico sob nº 532, em 14/03/1990. O

referido tombamento foi regulamentado pela Portaria nº 314-

IPHAN, de 08/10/1992; esta, por sua vez, detalhada pela Portaria

nº 166-IPHAN, de 11/05/2016. Para tanto, partimos do estudo

realizado no âmbito da Superintendência do Iphan no Distrito

Federal, o “Inventário da Praça dos Três Poderes” (2019),

segundo o qual:

“A praça foi construída como uma vasta esplanada plana, com

piso de mosaico português branco, abrigando inicialmente as

sedes dos três poderes da república, Legislativo, Judiciário e

Executivo e o Museu da Cidade (1959); posteriormente foram

agregados o pequeno pavilhão semienterrado, conhecido como

Casa de Chá (1960); o Pombal (1961); o “Panteão da

Liberdade e Democracia Tancredo Neves” (1985); o Espaço

Lucio Costa (1988/89); o marco Brasília Patrimônio da

Humanidade (1987); e o Monumento a Israel Pinheiro (1991);

todos projetados por Oscar Niemeyer. Complementam a praça

as esculturas Os Guerreiros, de Bruno Giorgi; e A Justiça, de

Alfredo Ceschiatti; além do Mastro da Bandeira Nacional,

projetado pelo arquiteto Sérgio Bernardes (1969).”

Ao longo dos anos, a praça foi consolidada como

importante marco da arquitetura moderna e espaço icônico de

Brasília. E assim como outros importantes monumentos da

cidade, hoje a Praça dos Três Poderes aproxima-se dos 60 anos e

incorpora marcas temporais. No seu processo de envelhecimento,

o espaço passou por várias intervenções, algumas realizadas de

modo responsável, importantes para a permanência de seu

espírito no tempo, outras refletiram em certa descaracterização do

espaço.

São alguns dos problemas encontrados que

consideramos importante destacar:

▪ Má conservação do piso característico em pedra portuguesa

branca, com partes faltantes, pedras de coloração diferente e

argamassa inadequada (fruto de intervenções sem o devido

controle), presença de óleos e graxas (depositados na praça

por automóveis que frequentemente utilizam o espaço como

estacionamento), além da presença de sujidades nas

superfícies dos monumentos e problemas de manutenção

como, por exemplo, o crescimento cíclico de vegetação em

partes do piso da praça;

▪ Danos decorrentes do tempo e do uso nos monumentos de

relevância histórica para a cidade. O Museu da Cidade, em seu

revestimento externo, apresenta fissuras, sujidades, manchas,

peças faltantes, rejuntamento ausente e descolamentos.

Também encontramos entulhos, pedras e dejetos acumulados

em frestas abaixo da rampa e no espelho d’água;

▪ As grelhas dos poços de ventilação do Espaço Lucio Costa

apresentam deformações e, em alguns pontos, foram

removidas parcialmente. O Monumento a Israel Pinheiro

apresenta uma trinca horizontal que o secciona;

▪ A escultura Os Guerreiros apresenta aberturas pontuais de

dimensões consideráveis que entendemos justificar uma ação

de restauração.

Isto posto, vimos com grande interesse e entusiasmo a

assinatura do Acordo de Cooperação Técnica firmado entre o

Supremo Tribunal Federal e o Governo do Distrito Federal para o

compartilhamento da gestão da Praça dos Três Poderes, visando

sua manutenção, bem como os recentes esforços da Secretaria

de Estado de Cultura e Economia Criativa do DF, no sentido de

estudar e propor medidas de readequação dos espaços e

equipamentos culturais da Praça, tais como o Museu da Cidade, o

Espaço Lucio Costa e o Panteão da Pátria.

O Iphan, enquanto responsável pela proteção e

preservação do patrimônio, coloca-se à disposição para colaborar

nesse processo e aguardamos o encaminhamento do

planejamento do STF referente à manutenção e à conservação da

Praça.

Com a união desses esforços, estamos certos de que a

principal praça cívica do país será resguardada para a presente e

para as futuras gerações de brasileiros.

APRESENTAÇÃO

Saulo Santos Diniz

Superintendente do Iphan no DF

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PRESERVANDO BRASÍLIA PARA OS 60

Praça dos Três Poderes

A seguir, buscamos evidenciar o estado de conservação da Praça

dos Três Poderes e destacamos alguns dos problemas que serão objeto de

ação emergencial por parte dos gestores desse Bem Cultural, sob

acompanhamento do Iphan.

Abaixo, consta o mapa geral da Praça dos Três Poderes, com a

identificação dos elementos que a compõem e, na sequência, fotografias que

evidenciam o já citado estado de conservação:

1. Congresso Nacional

2. Palácio do Planalto

3. Palácio do Supremo Tribunal Federal

4. Panteão da Pátria Tancredo Neves

5. Mastro e Pavilhão Nacional

6. Museu Histórico da Cidade

7. Espaço Lucio Costa

8. Casa de Chá

9. Pombal

10. Escultura “A Justiça”

11. Escultura “Herma de Israel Pinheiro”

12. Escultura “Marco Brasília Patrimônio Cultural da Humanidade”

13. Escultura “Os Guerreiros”

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Figura 01. Piso em mosaico português apresenta proliferação de

gramíneas.

Figura 02. Piso em mosaico português apresenta partes faltantes;

invasão por gramíneas nas áreas próximas às junções com outros

elementos (grelhas, outros revestimentos etc.)

Figura 03. Piso em mosaico português apresenta pedras soltas e

partes faltantes; piso severamente desnivelado.

Figura 04. Piso em mosaico português apresenta pedras soltas e

partes faltantes.

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Figura 05. Manchas do óleo oriundo dos veículos que trafegam e

permanecem irregularmente sobre a praça.

Figura 06. Piso em mosaico português apresenta manchas de

tinta.

Figura 07. Museu da Cidade apresenta manchas e fissuras no

revestimento em mármore da fachada.

Figura 08. Museu da Cidade apresenta manchas e fissuras no

revestimento em mármore da fachada.

Figura 09. Museu da Cidade apresenta manchas e fissuras no

revestimento em mármore da fachada.

Figura 10. Museu da Cidade apresenta manchas no revestimento

em mármore da fachada, possivelmente causadas pelo material

impermeabilizante aplicado sobre a laje de cobertura.

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Figura 11. Placa de inauguração do Panteão da Pátria: marcas de

desgaste na superfície de mármore e nos caracteres em baixo

relevo.

Figura 12. Manchas/sujidades na Escultura “Marco Brasília

Patrimônio Cultural da Humanidade”.

Figura 14. Manchas/sujidades e fissuras na Escultura “Os

Guerreiros”.

Figura 13. Sujidades na Placa com a indicação dos Monumentos.

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Figura 15. Sujidades e danos pontuais na Placa com Mapa do

Plano Piloto e do DF.

Figura 17. Piso em mosaico português apresenta partes faltantes,

reparos em argamassa, nas áreas próximas às junções com

outros elementos (grelhas, outros revestimentos etc.); deformação

na grelha metálica em razão do tráfego irregular de veículos sobre

a praça.

Figura 18. Existência de caixa sem tampa.

Figura 16. Piso em mosaico português apresenta partes faltantes,

reparos em argamassa, nas áreas próximas às junções com

outros elementos (grelhas, outros revestimentos).

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Figura 19. O Pombal apresenta sujidades na superfície do

concreto e proliferação de gramíneas no piso da praça,

principalmente sob o pombal.

Figura 20. Sujidades e danos pontuais na escultura A Justiça.

Figura 21. Necessidade de laudo técnico para verificação de

possíveis comprometimentos estruturais na laje do Espaço Lucio

Costa.

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