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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL EDITAL PIBIC/CNPq Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do CNPq 2008/2009 PEDIDO DE RENOVAÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA Título: ESTÉTICA, SEDUÇÃO E IMAGINÁRIO: DIVERSIDADES ENTRE A PUBLICIDADE MODERNA E A PÓS-MODERNA Orientador Profª Drª Maria Beatriz Furtado Rahde Bolsista indicado para renovação Rogério Turelly Peixoto Júnior Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social / FAMECOS/PUCRS 2004

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL

EDITAL PIBIC/CNPq

Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do CNPq

2008/2009

PEDIDO DE RENOVAÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA

Título: ESTÉTICA, SEDUÇÃO E IMAGINÁRIO: DIVERSIDADES ENTRE A PUBLICIDADE

MODERNA E A PÓS-MODERNA

Orientador

Profª Drª Maria Beatriz Furtado Rahde

Bolsista indicado para renovação

Rogério Turelly Peixoto Júnior

Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social / FAMECOS/PUCRS

2004

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ÍNDICE

Pedido de renovação .................................................................................................. 3

Relatório parcial do projeto de pesquisa.................................................................... 5

Introdução .................................................................................................................. 6

Objetivo ..................................................................................................................... 7

Fundamentação teórica .............................................................................................. 8

Metodologia empregada ............................................................................................ 9

Resultados parciais alcançados .................................................................................. 10

Conclusões ................................................................................................................. 12

Sugestões ................................................................................................................... 13

Parecer da orientadora sobre o desempenho do bolsista ........................................... 14

Produção do bolsista .................................................................................................. 14

Revisões teóricas efetuadas pelo bolsista .................................................................. 14

Cronograma do projeto ............................................................................................. 15

Plano de trabalho detalhado e individualizado da aluna indicada ............................. 16

Bibliografia ................................................................................................................ 17

2005

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PEDIDO DE RENOVAÇÃO

Justificativa do orientador para dar continuidade do projeto de pesquisa

A solicitação de renovação do Projeto de Pesquisa aqui apresentado sob o título ESTÉTICA, SEDUÇÃO E IMAGINÁRIO: DIVERSIDADES ENTRE A PUBLICIDADE

MODERNA E A PÓS-MODERNA que foi aprovado e teve início em agosto de 2008, busca

conferir maior aprofundamento à pesquisa proposta naquela data, haja vista a

exiguidade do tempo de duração para finalizar o estudo das imagens divulgadas

principalmente pela mídia, e pelas quais consideramos possível perceber uma nova

visualidade do momento contemporâneo. Além da brevidade do tempo para executar

esta pesquisa, enfrentamos problemas graves de saúde da então bolsista Adriana Ferraz,

a qual necessitou diversas vezes de atendimento médico, conforme relatórios bimensais

enviados ao setor de Pesquisa. Apesar de ter contado com o auxílio e o interesse do

acadêmico Rogério Turelly Peixoto Júnior o tempo não foi suficiente para conclusões

dos novos achados da pesquisa. Ministrando aulas na Graduação e na Pós-Graduação

sobre Semiologia da Imagem e suas perspectivas de estéticas de sedução no imaginário

buscamos as diversidades entre a publicidade moderna e pós-moderna , seja em

anúncios publicitários, seja nas diversas visualidades iconográficas, como fotografia e

cinema, as orientações de dissertações de Mestrado e Doutorado, todos esses aspectos

ampliaram o panorama visual frente às novas tecnologias do digital, assim como os

questionamentos sobre essa visualidade de multifaces estéticas. Entretanto, para uma

compreensão mais aprofundada dos porquês dessas mudanças visuais, consideramos

pertinente estudar, nessa próxima etapa, se aprovado o pedido de renovação, além dos

imaginários estéticos pós-modernistas, os processos de sedução das diversidades dos

períodos Moderno e Pós-moderno, com base em ECO (2004/07) História da beleza e

História da feiura.

Na primeira etapa desse projeto foi confirmada a teoria de Kant, em sua obra

traduzida Crítica da faculdade do juizo (1995) de que a estética tem sido descrita como

transcendental, como a ciência de todos os princípios da sensibiliadade, a priori, o que

traduz que a harmonia estética vai além das muitas manifestações artísticas do homem.

Quanto ao imaginário, ratificamos, outrossim, seus processos de relações entre o

universo imagístico subjetivo e a realidade objetiva, nessa primeira etapa da pesquisa.

Foi também comprovada a assertiva de Durand (1998), de que a realidade é acionada

pela presença do imaginário, no qual está contida a fonte de possíveis novas imagens,

que irão depois se propagarem pelo mundo afora frente às novas visualidades

tecnológicas. Ao mesmo tempo o sociólogo Michel Maffesoli (2001a) declara que "o

imaginário [estético do contemporâneo] é alimentado por tecnologias". E, prossegue:

"não é por acaso que o termo imaginário encontra tanta repercussão neste momento

histórico de intenso desenvolvimento tecnológico [...] pois o imaginário, enquanto

comunhão, é sempre comunicação" (2001a, p.80).

Consultando Gilles Lipovetsky, Gastón Bachelard, Ferres, Gilbert Durand, Michel

Maffesoli, entre outros especificamente no seu artigo Sedução, publicidade e pós-

modernidade foi possível encontrar novas teorias sobre imagem e pós-modernidade na

forma das peças de anúncios publicitários. Listamos abaixo alguns achados

considerados relevantes para reflexão e análise.

Sedução pressupõe a liberação do imaginário humano de uma

contemporaneidade vivenciada sem o segmento de um modelo, outrora imposto.

2006

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Só se pode seduzir alguém que já esteja predisposto a ser seduzido. Logo, este

desejo de sedução, nasce no imaginario, que, “específicamente, é um conjunto

de representações, crenças, desejos, sentimentos em que o indivíduo ou um

grupo vê uma realidade e a si mesmo” - Gaston Bachelard (1990)

[...] muitos anúncios publicitários funcionam a partir da ausência da

racionalidade que as emoções impõem, em uma esfera que não se movimenta

pelos parâmetros da lógica racional, mas pela lógica da sedução. Não se vende

produtos, mas promessas (FERRÉS,1998, p.231).

O imaginário pode ser brevemente definido aqui como processo de relação entre

o universo subjetivo e a realidade objetiva. De acordo com Gilbert Durand

(1998), a realidade é acionada pela presença do imaginário, no qual está contida

a imaginação dos muitos processos criativos, que assolam a sociedade

contemporânea.

Diante dessas considerações, deparamo-nos com novos achados no decorrer da

pesquisa, tais como a visualidade de um novo imaginário estético, que se expressa com

modelos fragmentados, em que a sensibilidade coletiva aparece de forma relevante. Diz

Maffesoli (1995) que a emoção estética é o compartilhar e o cimentar do nosso estar

com o outro. Por outro aspecto, Muniz Sodré e Paiva (2002) consideram que se trata de

um “desnível entre o gosto das classes populares, ainda guiados por padrões estéticos

antiquados. É terreno propício [para explorar] o florescimento de manifestações

[estéticas] grotescas” (p. 100).

Dos muitos achados oriundos da revisão de literatura consideramos relevante dar

continuidade a essa pesquisa, estudando essas novas dimensões. Criou-se o diagrama

abaixo, da Publicidade Estética Moderna X Publicidade Estética Pós-moderna. Para

melhor investigar a Estética, a Sedução e o Imaginário que permeiam a Publicidade e a

Propaganda. Apresenta-se abaixo o caminho a ser percorrido.

2007

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Justificamos, dessa forma o pedido de Renovação do Projeto para aprofundar

essas idéias que se apresentam como opostas, procurando maior aprofundamento da

pesquisa em andamento, em busca de novos e instigantes achados dessa visualidade

estética transformada e transformadora do imaginário iconográfico, que vem permeando

as tendências da Publicidade e da Propaganda Moderna e Pós-moderna.

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL

Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do CNPq

RELATÓRIO PARCIAL DE PROJETO DE PESQUISA

PIBIC/CNPq – 2008/2009

ESTÉTICA, SEDUÇÃO E IMAGINÁRIO: DIVERSIDADES ENTRE A PUBLICIDADE

MODERNA E A PÓS-MODERNA

Orientador

Profª Drª Maria Beatriz Furtado Rahde

Bolsista

Adriana de Barros Falcão Ferraz

Novo bolsista indicado

Rogério Turelly Peixoto Júnior

Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social FAMECOS/PUCRS

2008

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Neste Relatório Parcial do projeto de Pesquisa “ESTÉTICA, SEDUÇÃO E IMAGINÁRIO:

DIVERSIDADES ENTRE A PUBLICIDADE MODERNA E A PÓS-MODERNA” aprovado

em Agosto de 2008 para ser concluído em agosto de 2009 apresentamos o resumo do mesmo

bem como as metas já alcançadas pela orientadora e pela bolsista durante a investigação: Obras

visuais, artigos e capítulos de livro publicados bem como pesquisas em andamento para novas

produções nos próximos meses.

RESUMO DO PROJETO: ESTÉTICA, SEDUÇÃO E IMAGINÁRIO: DIVERSIDADES

ENTRE A PUBLICIDADE MODERNA E A PÓS-MODERNA

Esta pesquisa vai procurar estudar o imaginário e a sedução estética modernista dos anúncios e peças

publicitárias do início do século XX em relação ao imaginário estético dos anúncios contemporâneos pós-

modernos.

O pós-moderno, em contraste com o moderno, vem abarcando as mais amplas polivalências do

imaginário humano. A busca da liberdade nas criações estéticas das imagens não obedecem a cânones,

como acontecia em muitas tendências modernistas, mas caminha noutras direções, numa hibridação entre

o real e o imaginário, que traduz, reinterpreta e, por isso mesmo, apresenta diversidades entre conceitos

estéticos, apresentando novas possibilidades imagísticas. Com base em Bauman (1998), Heidegger (

1989), Kant (1995), Paviani (1996) Maffesoli ( 1995), (2001a), (2001b), (2005), Merleau-Ponty (1997),

Plotino (1981), Porcher(1975), Ruiz (2003), Eco (2004-2007) entre outros, esta pesquisa vai procurar

estabelecer as transformações visuais estéticas que vêm ocorrendo no contemporâneo, na busca de

compreensão das diversidade imagéticas regidas pelo imaginário vivenciado.

É desta forma que a imagem não mais se preocupa em duplicar fielmente a realidade, diz Maffesoli

(1995), e desde há muito abandonou a pretensão de ser um reflexo desta: ela tornou-se um símbolo, ou

ainda, parte da própria realidade, um simulacro, em que novas formas visuais são produzidas pelas novas

tecnologias e oferecidas à identificação do sujeito. Assim, sem renunciar a anteriores construções

imagísticas, apoiadas nas imagens da modernidade, mas incorporando-as às possibilidades técnicas

visuais contemporâneas estudaremos, dando continuação a estudos anteriores, as imagens que vêm

compondo o imaginário estético pós-moderno e que se tornam facilmente signos de inclusões híbridas,

sendo transformadas e propostas como novas possibilidades simbólicas, pois, como refere Paviani (1996),

é preciso estabelecer relações entre imagem, imaginário, estética e meios de comunicação.

A) METAS JÁ ALCANÇADAS PELA ORIENTADORA E PELA BOLSISTA

Meses de agosto de 2008 a janeiro de 2009

Foram confeccionados pela bolsista, com a supervisão da orientadora, os seguintes Power Points

destinados a suporte estético/visual às aulas teóricas dos Cursos de Graduação, visando também

os cursos de Pós Graduação para 2009, com textos elaborados pela orientadora e imagens

pesquisadas pela bolsista

Arte aurática e tecnociência

Funções da Imagem

A Imagem e o simbólico

A criação de mitos na publicidade

A Publicidade Moderna e Pós-Moderna: Imagens, Estética e Transformações visuais

O Espelho da Época - Pós-Modernidade (Palestra PUC VIamão)

Para este fim foram realizadas Pesquisa e obtenção de imagens em:

a)Obras de Arte

bApropriações de obras de arte: na arte, na publicidade e na internet (photoshop)

c)Anúncios Publicitários Modernos e Pós Modernos

d)Comerciais Modernos e Pós Modernos

e)Jingles Modernos e Pós-modernos

2009

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Estes Power Points têm gerado trabalhos teórico/práticos de grande relevância pelos alunos dos

cursos de Graduação em PP e História da Arte, complementando leituras e seminários

elaborados pelos próprios acadêmicos . Os seminários têm sido realizados por pequenos grupos

para discussão dos textos e imagens

B) METAS JÁ ALCANÇADAS PELA ORIENTADORA E PELO NOVO BOLSISTA

INDICADO E ACEITO E METAS EM ANDAMENTO

Artigo Publicado:

RAHDE, Maria Beatriz Furtado. Comunicação e imaginário nos contos do cinema

contemporâneo: uma estética em transição.Comunicação, Mídia e Consumo/ Escola Superior de

Propaganda e Marketing. V. 5, nº 12. São Paulo: ESPM, 2008 p. 97-112

Capítulos de livro publicado

RAHDE, Maria Beatriz F., DALPIZOLLO, Jaqueline. Televisão, comunicação e educação: uma

visualidade crítica.In: VIVARTA, Veet (Coord). Infância & consumo: Estudos no campo da

comunicação Brasília, DF: ANDI ; Instituto Alana, 2009, p. 134-144, ISBN 97885-99118-4

AZEVEDO E SOUZA, Valdemarina Bidone de, RAHDE, Maria Beatriz F, AZEVEDO E

SOUZA, Renata Bidone de. A complexidade das relações comunicacionais

interdisciplinares/transdisciplinares entrte saúde e educação.In: SCHNEIDER, Rodolfo H.,

SCHWANKE, Carla Helena A. (ORGS) . Atualizações em Geriatria e Gerontologia: Da

pesquisa básica à prática clínica. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2008, p 45-62.

RAHDE, Maria Beatriz F. Ser, existir e o imaginário pós- moderno: A Universidade e a terceira

idade. In: SCHNEIDER, Rodolfo H., SCHWANKE, Carla Helena A. (ORGS) . Atualizações em

Geriatria e Gerontologia: Da pesquisa básica à prática clínica. Porto Alegre: EDIPUCRS,

2008, p 27-44

SEMANA FILOSÓFICA 2008 – Curso de Filosofia da Faculdade de Filosofia e Ciências

Humanas da PUC/RS --CAMPUS VIAMÃO 20 a 25 de outubro de 2008

Título do Evento: “FILOSOFIA E PÓS-MODERNIDADE”?

Palestrante: Rahde, Maria Beatriz Furtado

Título da Palestra: O Espelho da Época - Pós-Modernidade (Palestra PUC Viamão)-RS

Data: 24 de outubro de 2008

B) EM ANDAMENTO (Janeiro/2009)

Pesquisa e leitura de ECO, Umberto História da Beleza e Eco, Umberto História da Feiúra

para desenvolvimento do Artigo ( título provisório) Sedução, beleza e grotesco na iconografia

Porto Alegre, 29 de janeiro de 2009-01-29

Profª Drª Maria Beatriz Furtado Rahde

Acadêmico /Bolsista indicado Rogério Turelly Peixoto Júnior

2010

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INTRODUÇÃO

Na teoria de Kant, em sua obra traduzida Crítica da faculdade do juízo (1995)

há referências sobre a visualidade estética transcendental, vista como a ciência de todos

os princípios da sensibilidade, a priori. Para o autor, o juízo do gosto não se constitui

em juízo do conhecimento, não sendo, desta forma regido pela logicidade, mas pela

sensibilidade humana e, por conseguinte, não sendo lógico, é estético, e assim,

subjetivo. Desta forma a visão de uma estética transcendente tornou-se o estudo e a

reflexão filosófica sistemática, sobre arte e beleza. Certamente concordamos com essas

afirmativas de caráter filosófico, as quais são referendadas em obras clássicas, ou em

obras modernistas, em Merleau-Ponty, ou entre tantos autores consagrados sobre essa

temática, pois que em filosofia o belo, ou a beleza aplicam-se ao que desperta nos

sujeitos sentimentos particulares, que se pode denominar emoção estética. De fato,

Trevisan (1999) afirma que é no prazer estético que a pessoa obtém relativa plenitude

existencial, o que, em última análise, tem a ver com a felicidade. Diante dessas idéias

preliminares sobre a questão estética pode-se deduzir que o pensamento dos autores

consultados convergem para idéias de que é no sensível que pode ser encontrado o

prazer do sujeito que contempla, e/ou vive em harmonia consigo mesmo e com o

mundo.

Essas idéias encontraram eco no decorrer da modernidade, que abrange o

período da comunicação visual desde os primeiros cartazes de cunho moderno criados

por Henri de Toulouse-Lautrec (1864-1901), até aproximadamente o início dos anos 60,

quando um publicitário norte-americano, Andy Warhol (1928-1987) apresentou sua

primeira exposição na Ferus Gallery em Los Angeles exibindo suas 32 Campbell's Soup

Cans, entre 1961-62. Warhol contestava a arte moderna, considerando-as apenas para a

contemplação das elites e assim buscou aproximações com o espectador, exibindo uma

arte popular, o que deu início à uma nova tendência de arte/comunicação visual, que foi

denominada de Pop Art, ou Arte Pop. Foi desta forma que o início do pós-modernismo

passou a ser considerado, uma vez que diversos outros artistas, como Roy Lichtenstein,

passaram a utilizar-se da comunicação de massa para representar trabalhos artístico/

visuais. Com essa nova visualidade, a estética também sofreu mudanças sensíveis e o

mundo contemporâneo que hoje vivenciamos pode ser chamado de pós-moderno

(Maffesoli, 1995).

2011

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Enquanto na modernidade as artes visuais representavam a ruptura com o

passado, buscando o novo e, muitas vezes o racional, no contemporâneo pós-moderno,

as imagens passaram a tender para a representação indefinida, à indeterminação,

questionando paradigmas que sustentavam a superioridade da aura e da cultura

artísticas modernistas. A ambigüidade ou a multiplicidade de significados se

manifestam na comunicação visual do contemporâneo, com tendências ao cultivo da

polissemia. A “aceitação desse estado, não é, na realidade, senão o reconhecimento do

aspecto complexo, polissêmico” que as imagens do contemporâneo vêm apresentando

(Maffesoli, 2001, p.80-81).

Nos mais diversos meios de comunicação da contemporaneidade, novas culturas

da imagem se sobressaem, vêm explorando os jornais e revistas, o cinema, a publicidade

e a propaganda, com imagens midiáticas para a massa, “jogando com uma vasta gama

de emoções, sentimentos e idéias. A cultura da mídia é industrial; organiza-se com base

no modelo de produção de massa... (J Kellner, 2001, p. 9). É dessa forma que, nas

culturas da mídia contemporânea, os sujeitos recebem um novo fluxo de imagens como

entretenimento informação e sedução, uma vez que essa cultura se apresenta como

dominante, diminuindo processos culturais de elite (Kellner, 2001). Ainda refere o autor

que a cultura social da pós-modernidade vem conduzindo a sociedade e a cultura para

mudanças significativas, num estado de efervescência, que estão desafiando teóricos

para explicar o ecletismo, as bricolagens, os hibridismos.

Essas são algumas das muitas características da publicidade e da propaganda da

atualidade vivenciada, que seu poder sedutor vem apresentando transformando. Por essa

razão consideramos que estética não se constitui apenas em conceito de beleza

universalizada, uma vez que esse conceito se relativizou: ela é subjetiva, envolvendo

nossas relações com os universos do real e do imaginário. É desta forma que o

imaginário estético é passível de transformações e de redefinições e essas tendências

estão cada vez mais explícitas visual e textualmente, principalmente nas peças

publicitárias e nos processos da propaganda do momento vivenciado.

Refere Ruiz (2003) que a multiplicidade estética tornou a imagem um outro

reflexo do já existente na simbologia iconográfica, quando, então, o imaginário constrói

e se torna presente ao se expressar em imagens simbólicas, com novas visualidades

estéticas.

2012

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Não sendo um estilo, mas uma condição do contemporâneo o pós-moderno, é

regido por idéias que poderiam ser classificadas como paradigmáticas, e nas quais

perpassam termos como hibridação, ambigüidade, polissemia, heterogeneidade,

poluição e imperfeição, pastiche, entre outras, conforme ressaltamos e procuramos

comprovar em pesquisas anteriores buscando ampliá-las na presente proposta desta

pesquisa. De acordo com Minois (2003) existem novas tendências estéticas indutoras do

sarcástico, do humor, da ironia, do grotesco, tornando a estética também ambígua e

ambivalente.

Observamos que cada cultura representou e representa ainda hoje, na

contemporaneidade conceitos de Beleza ou idéias do Feio, mas em geral, refere Eco

(2004) é necessário grande esforço para considerar essas representações visuais como

distantes do que é considerado belo.

Se a imagem é bem elaborada, bem construída, não representaria essa imagem um

conceito estético de beleza? Consideramos que aqui se apresenta um relativismo na

estrutura dos conceitos canônicos do que é belo e do que é feio. Assim, cabe ressaltar

que esse problema.

“... já havia sido enfrentado por Santo Agostinho em um

parágrafo de sua Cidade de Deus: também os monstros são

criaturas divinas e de algum modo pertencem, eles

também, à ordem providencial da natureza. Caberá aos

muitos místicos, teólogos e filósofos medievais

demonstrar de que maneira, no grande concerto sinfônico

da harmonia cósmica, mesmo os monstros contribuem,

nem que seja por contraste...para a Beleza do conjunto.”

(Eco, 2004, p. 147)

Justificamos dessa forma este Projeto de pesquisa para aprofundar essas idéias

que se apresentam como opostas, procurando maior aprofundamento de possíveis

instigantes e novos achados estéticos dessa visualidade transformada e transformadora

do imaginário iconográfico, que vem permeando as tendências da comunicação visual

contemporânea. A pós-modernidade, sem dúvida, vem trazendo maior liberdade,

2013

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maiores possibilidades de argumentações, se formos educados a questionar para

obtermos compreensão mais ampla da complexidade que nos cerca, ausente de padrões

e regras que regiam alguns aspectos da comunicação visual da modernidade, mas,

ressaltamos, ainda se faz presente em nossos dias. Desta forma acreditamos da

necessidade de convivência, melhor compreensão e busca de aceitação destas

contradições que nos cercam. Teixeira Coelho (1995) considera um atrevimento estudar

e refletir no presente sobre fenômenos e ou situações que estão acontecendo neste

mesmo presente. No entanto o autor reflete que muito maior e bem mais perigoso é o

risco de vermos o tempo passar sem dele participarmos, o que, certamente há de

enrijecer o pensamento e a sensibilidade humanas.

Ministrando aulas de Semiologia e de Semiótica em Cursos de Graduação em

Comunicação Social na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, bem

como seminário de pesquisa sobre Imagens, Imaginário, Modernidade e Pós

Modernidade nos cursos de Mestrado e de Doutorado na mesma Universidade,

disciplinas que abordam as diversas leituras e interpretações das imagens, consideramos

relevante a reflexão e o estudo dessas manifestações iconográfica da Pós-Modernidade.

Assim, sem esquecer os significados das obras auráticas da modernidade, que tendiam

ao absoluto, consideramos que a realidade pós-moderna que vem se manifestando num

jogo de interpretações sem significados estáveis necessita de maior investigação para

reflexão, estudo e divulgação entre pesquisadores da Comunicação Visual.

OBJETIVO

Obter exemplos paradigmáticos que permitam a busca e a compreensão de uma

estética do imaginário contemporâneo, associado às mídias e representações visuais na

publicidade e na propaganda. Desta forma procuraremos proporcionar ao aluno bolsista

de IC, aprendizagens de métodos de pesquisa, incentivando a participação do aluno de

graduação no desenvolvimento do pensamento científico, por meio da pesquisa

bibliográfica e análises documentais, de acordo com Azevedo e Souza 1995 A pesquisa

bibliográfica.

2014

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Esta pesquisa utilizará a maior parte da Bibliografia apresentada ao final desse

Projeto de Pesquisa, com maior apoio em Bauman (1998), Heidegger (1989), Kant

(1995), Maffesoli (1995), (2001a), (2001b), (2005), Merleau-Ponty (1997), Paviani

(1996) Plotino (1981), Porcher (1975), Ruiz (2003) Eco, (2004 e 2007).

Com relação à especificidade da temática que pretendemos desenvolver

buscaremos também referências nos autores que conferem maior ênfase à estética

contemporânea, a saber: SANCHÉZ VÁZQUEZ, Adolfo. Convite à estética. Rio de

Janeiro: Civilização Brasileira, 1999; SODRÉ, Muniz e PAIVA, Raquel. O império do

grotesco. Rio de Janeiro: MAUAD, 2002; SOURIAU, Étienne A Correspondência das

Artes: Elementos de Estética Comparada, São Paulo, Cultrix/EDUSP, 1999; MINOIS,

Georges. História do riso e do escárnio. São Paulo, SP: UNESP, 2003; ECO, Umberto.

História da beleza. Rio de Janeiro: Record, 2004; ECO, Umberto. História da feiúra.

Rio de Janeiro: Record, 2007.

METODOLOGIA

Esta pesquisa se constituirá como bibliográfica, com base em Azevedo e Souza

(1995), qualitativa, descritiva e interpretativa, perpassada pela Hermenêutica de

Profundidade (HP) de John Thompson (1995).

A pesquisa bibliográfica estudada por Azevedo e Souza refere:

1. Identificação de problemática procedendo recorte da totalidade mais ampla;

2. Contextualização de problemática e definição dos objetivos;

3. Definição da forma de organização para análise e exposição;

4. Resgate crítico da produção teórica sobre o assunto, identificando diferentes

perspectivas de análise e conclusões:

a. delineamento de hipóteses e indagações;

b. descrição e interpretação dos diferentes posicionamentos teóricos buscando

semelhanças e divergências subjacentes;

c. sistematização e refinamento das interpretações.

2015

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5. Síntese coerente e concisa que esclareça sobre a problemática e possibilite descobrir

ligações do assunto com outros problemas para ampliação da visão.

Estes passos deverão ser analisados com a utilização de técnicas específicas que

contribuam para o desenvolvimento da pesquisa.

Thompson, por sua vez propõe a qualquer tipo de pesquisa, o procedimentos de

análise sóciohistórica das formas simbólicas - como a imagem, - isto é o período em que

ela foi produzida, qual sua conceituação estética, sua análise discursiva, que refere à fala

estético/iconográfica, inserida no período histórico para posterior

interpretação/reinterpretação dessas formas simbólicas representadas pelos mais

diversos tipos de imagens, da modernidade à contemporaneidade, investigando,

interpretando e aperfeiçoando as hipóteses desta pesquisa. Para identificar os processos

imaginários que regem a iconografia estética contemporânea, com foco na publicidade e

propaganda, fotografias, bem como imagens das artes plásticas, investigaremos os

paradoxos das imagens pós-modernas, efetuando um levantamento dos conceitos

iconográficos estéticos da modernidade nas suas diversas manifestações e visualidades

e, após o levantamento desses conceitos vamos procurar verificar, por meio de

levantamento bibliográfico e documental, a possibilidade de existência de novos

conceitos do imaginário estético na pós-modernidade. A análise sóciohistórica, primeira

etapa da pesquisa, aliada à análise do discurso da imagem (2ªetapa) complementaram-se

com a interpretação/reinterpretação do método hermenêutico proposto por Thompson

(1995), que desvelou novos caminhos de descoberta de uma outra estética. Vivendo a

pluralidade, a beleza antes sacralizada e bem definida como tal, tornou-se polissêmica, e

dessa forma com características polivalentes, o que significa que as grandes verdades

são questionáveis e passíveis de reinterpretação, conduzindo a reflexões sobre a

complexidade e a ambivalência. A emoção e os sentimentos humanos podem tornar

belo, e, portanto, estético, o objeto comunicante de arte. Por ser diferenciado dos

cânones estabelecidos na modernidade, não serão esses objetos ou formas

representativas menos belos aos nossos olhos, se assim o desejarmos. Seguindo esses

passos metodológicos, vamos buscar o estabelecimento de relações entre o que é e o que

poderá vir a ser, procurando estabelecer a união entre conhecimento, emoção,

imaginário, participação, interação do próprio eu com o objeto ou a forma visual.

2016

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RELATÓRIO PARCIAL DO PROJETO DE PESQUISA

Identificação do Projeto:

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL

EDITAL PIBIC/CNPq

Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do CNPq

2006/2007

PROJETO DE PESQUISA

Título:

TRANSFORMAÇÕES ICONOGRÁFICAS PÓS-MODERNAS: TIPIFICAÇÃO DO

IMAGINÁRIO ESTÉTICO

Orientador

Profª Drª Maria Beatriz Furtado Rahde

Bolsista

Vanderson Rodrigues de Quadros

Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social / FAMECOS/PUCRS

2017

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INTRODUÇÃO

Complexo e desconstruído, o pós-moderno, em contraste com o moderno, abarca

as mais amplas polivalências do imaginário humano. A busca da liberdade nas criações

estéticas das imagens não obedecem a cânones, como acontecia em muitas tendências

modernistas, mas caminha noutras direções, numa hibridação entre o real e o

imaginário, que traduz, reinterpreta e, por isso mesmo, transforma tradicionais conceitos

estéticos em novas possibilidades imagísticas. Com base em Bauman (1998), Heidegger

(1989), Kant (1995), Paviani (1996) Maffesoli (1995), (2001a), (2001b), (2005),

Merleau-Ponty (1997), Plotino (1981), Porcher (1975), Ruiz (2003) entre outros, esta

pesquisa procurou estabelecer as transformações visuais estéticas que vêm ocorrendo no

contemporâneo, na busca de uma tipologia imagética regida pelo imaginário vivenciado.

É desta forma que a imagem não mais se preocupa em duplicar fielmente a

realidade, diz Maffesoli (1995), e desde há muito abandonou a pretensão de ser um

reflexo desta: ela tornou-se um símbolo, ou ainda, parte da própria realidade, um

simulacro, em que outras formas visuais são produzidas pelas novas tecnologias e

oferecidas à identificação do sujeito. Assim, sem renunciar a anteriores construções

imagísticas, apoiadas nas imagens da modernidade, mas incorporando-as às

possibilidades técnicas visuais contemporâneas estudamos, as imagens que vêm

compondo o imaginário estético pós-moderno e que se tornam facilmente signos de

inclusões híbridas, sendo transformadas e propostas como novas possibilidades

simbólicas, pois, como refere Paviani (1996), é preciso estabelecer relações entre

imagem, imaginário, estética e meios de comunicação.

2018

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OBJETIVO

Obter exemplos paradigmáticos que permitam a busca e a tipificação de uma

estética do imaginário contemporâneo, associado às diversas mídias e representações

visuais – fotografia, cinema, artes plásticas, publicidade, computação gráfica, etc.

Vamos procurar investigar se as transformações visuais estéticas do contemporâneo

apresentam uma estética e/ou traços comuns à nova visualidade, seguindo nossas

hipóteses de trabalho, segundo as classificações encontradas nas pesquisas anteriores,

tais como: hibridações, ambigüidades, polissemias, heterogeneidades, poluição e

imperfeições, pastiche, entre outras.

2019

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Esta pesquisa utilizou grande parte da Bibliografia apresentada ao final desse

relatório, com maior apoio em Bauman (1998), Heidegger (1989), Kant (1995),

Maffesoli (1995), (2001a), (2001b), (2005), Merleau-Ponty (1997), Paviani (1996)

Plotino (1981), Porcher (1975), Ruiz (2003).

Ao mesmo tempo buscaram-se as referências em SANCHÉZ VÁZQUEZ,

Adolfo.Convite à estética. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1999, SODRÉ, Muniz

e PAIVA, Raquel. O império do grotesco. Rio de Janeiro: MAUAD, 2002, SOURIAU,

Étienne A Correspondência das Artes: Elementos de Estética Comparada, São Paulo,

Cultrix/EDUSP, 1999 e MINOIS, Georges. História do riso e do escárnio. São Paulo,

SP: /UNESP, 2003.

ECO UMBERTO ACRESCENTAR!!!!!

2020

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METODOLOGIA EMPREGADA

Esta pesquisa apresentou cunho qualitativo, descritivo e interpretativo, com base

em duas vertentes: Em primeiro lugar, um estudo dos fenômenos da cultura e da

comunicação, de acordo com Maria Immacolata Vassalo Lopes (1994), seguindo seus

componentes sintagmáticos de modelo metodológico A segunda vertente buscou reforço

metodológico na Hermenêutica de Profundidade (HP) de John Thompson (1995) que

propõe o procedimentos de análise sócio histórica da imagem, isto é o período em que

ela foi produzida, qual sua conceituação estética, sua análise discursiva, que refere à fala

estético/iconográfica, inserida no período histórico para posterior

interpretação/reinterpretação dessas formas simbólicas representadas pelos mais

diversos tipos de imagens, da modernidade à contemporaneidade, investigando,

interpretando e aperfeiçoando as hipoteses desta pesquisa. Para identificar os processos

imaginários que regem a iconografia estética contemporânea, com foco na publicidade e

propaganda, fotografias e foto-montagens, bem como o cinema contemporâneo,

investigamos os paradoxos das imagens pós-modernas, efetuando um levantamento dos

conceitos iconográficos estéticos da modernidade nas suas diversas manifestações e

visualidades e, após o levantamento desses conceitos procuramos verificar, por meio de

levantamento bibliográfico e documental, a possibilidade de existência de um novo

conceito do imaginário estético na pós-modernidade. A análise sócio histórica, primeira

etapa da pesquisa, aliada à análise do discurso da imagem (2ªetapa) complementaram-se

com a interpretação/reinterpretação do método hermenêutico proposto por Thompson

(1995), que desvelou novos caminhos de descoberta de uma outra estética. Vivendo a

pluralidade, a beleza antes sacralizada e bem definida como tal tornou-se polissêmica e

dessa forma com características polivalentes, o que significa que as grandes verdades

deixaram de existir para dar lugar à complexidade e à ambivalência. A emoção e os

sentimentos humanos podem tornar belo, e, portanto, estético, o objeto comunicante de

arte. Por ser diferenciado dos cânones estabelecidos na modernidade, não serão esses

objetos ou formas representativas menos belos aos nossos olhos, se assim o desejarmos.

O estabelecimento de relações entre o que é e o que poderá vir a ser, não mais

dependerá apenas das teorias desenvolvidas, mas da união entre conhecimento, emoção,

imaginário, participação, interação do próprio eu com o objeto ou a forma visual.

2021

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RESULTADOS PARCIAIS ALCANÇADOS

Na primeira etapa desse projeto confirmamos a teoria de Kant, em sua obra

traduzida Crítica da faculdade do juízo (1995) de que a estética tem sido descrita como

transcendental, como a ciência de todos os princípios da sensibiliadade, a priori, o que

traduz que a harmonia estética vai além das muitas manifestações artísticas do homem.

Quanto ao imaginário, sustentaram-se, outrossim, seus processos de relações entre o

universo imagístico subjetivo e a realidade objetiva, nessa primeira etapa da pesquisa.

Foi também corroborada a assertiva de Durand (1998), de que a realidade é

acionada pela presença do imaginário, no qual está contida a fonte de possíveis novas

imagens, que irão depois se propagarem pelo mundo afora, por meio de artigos e

capítulos de livros publicados no país e no exterior, artigos já aceitos para publicação,

bem como nas atuações como docente em salas de aula de graduação, pós-graduação,

teses e dissertações orientadas, confecção de áudios-visuais etc.

A maioria das hipóteses apresentadas foram passíveis de comprovação, referindo

que:

A estética visual contemporânea ou pós-moderna tende à multimídia, à

mistura, à hibridação;

cultiva a ambigüidade, a indefinição, a indeterminação, a polissemia das

mais diversas formas visuais;

busca ampliar ao máximo as suas possibilidades conotativas, procurando

a participação ativa do espectador num jogo indecidível de interpretação;

manifesta visualidades efêmeras, descartáveis;

tolera a imperfeição, a imprecisão, a poluição, e as interferências

externas pós-produção;

valoriza a comunicação e as emoções dos grupos;

ironiza sutilmente cânones e estereótipos visuais hegemônicos e

banalizados da alta cultura.

As aulas ministradas na Graduação e na Pós-Graduação sobre Semiologia da

Imagem e suas perspectivas estéticas contemporâneas, seja por meio de anúncios

publicitários, seja nas diversas visualidades iconográficas, como fotografia e cinema,

ampliaram o panorama visual, frente às novas tecnologias do digital, assim como os

questionamentos sobre essa visualidade de multifaces estéticas. Entretanto, para uma

compreensão mais aprofundada dos porquês dessas mudanças visuais, consideramos

pertinente estudar, nessa próxima etapa, além dos imaginários estéticos pós-

modernistas, através de suas manifestações nas representações das artes visuais e da

comunicação social, a nova estética que vem se configurando e que está sendo proposta

por Muniz Sodré e Paiva (2002) na obra O império do grotesco. Por meio das

diferentes características visuais do moderno e do pós-moderno, em parte já

identificadas na pesquisa, procedemos à análise das críticas e desconstruções pós-

modernistas que os principais expoentes das artes plásticas e da comunicação visual

articularam para defender ou criticar as propostas mais significativas de ambas as

correntes durante o século XX e início do século XXI, buscando identificar os interesses

e os valores estéticos que os inspiram.

2022

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Dos muitos achados oriundos da revisão de literatura consideramos relevante dar

continuidade a essa pesquisa, estudando essas novas dimensões que são explicitadas por

Étienne Souriau (1999), na busca de desvelamentos de novos horizontes estéticos da

contemporaneidade, de acordo com que o autor propõe em sua obra: A Correspondência

das Artes: Elementos de Estética Comparada, São Paulo, Cultrix/EDUSP, 1999, bem

como um estudo mais aprofundado de Muniz Sodré e Raquel Paiva na obra acima

referida O império do grotesco. Rio de Janeiro: MAUAD, 2002.

2023

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CONCLUSÕES

Além das aulas ministradas sobre a temática nos cursos de Graduação e de Pós-

Graduação, das e monografias dissertações e teses orientadas nessa Linha de Pesquisa,

as hipóteses e os objetivos propostos nesse projeto deram origem às publicações

científicas abaixo listadas:

Artigos

RAHDE, Maria Beatriz Furtado. Comunicação visual e imaginários iconográficos do

contemporâneo. Revista E-Compós, Brasília: Compós, Edição 5, p.1-13, 2006.

(Eletr)

RAHDE, Maria Beatriz Furtado, DALPIZZOLO, Jaqueline. Considerações sobre uma

estética contemporânea. Revista E-Compós, Brasília: Compós, Edição 8, p.1-16,

2007. (Eletr)

Capítulos de Livros

RAHDE, Maria Beatriz Furtado. Imaginários tecnológicos no cinema de ficção

científica: A estética do pós-moderno. In: ROZADOS, Silvia; PEREIRO, Maria

Perez (orgs). Comunicación local: da pesquisa á produción. Santiago de

Compostela: USC Publicacións, v.1, 2006, p. 4234-4256 (CD-Rom).

__________________________. O professor e a arte na modernidade e na pós-

modernidade. In: ENRICONE, D. (org). Ser Professor. Porto Alegre: EDIPUCRS,

5ªed., 2006, p. 125-141.

__________________________. En quête de l‟imaginaire esthétique dans um monde

postmoderne. In: JORON, Philippe (org).Les Cahiers D’Irsa. Institut de

Recherches Sociologiques et Anthropologiques. Montpellier III, France:

Université Paul-Valéry, decembre, 2006, p. 273-284.

2024

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SUGESTÕES

Dar continuidade à Pesquisa frente aos novos achados, conforme explicitado na

justificativa de renovação;

Aprofundar leituras dos autores, indicados nos Resultados Parciais Alcançados;

Indicação de novo bolsista que demonstre maior compreensão e

comprometimento com esse estudo.

2025

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PARECER DA ORIENTADORA SOBRE O DESEMPENHO DO BOLSISTA

As condições do bolsista foram favoráveis para elaboração da pesquisa como um

todo. Através das referências bibliográficas encontradas na Biblioteca Central da

PUCRS, assim como nas imagens pesquisadas em sites e revistas, o bolsista de

Iniciação Cientifica efetuou as leituras programadas para o desenvolvimento do

pensamento estético estudado. Durante as sessões de trabalho, as investigações foram

oportunas, possibilitando debates e discussões sobre as imagens estéticas

contemporâneas. O bolsista demonstrou boa vontade para a compreensão da temática e

o cronograma está sendo cumprido.

PRODUÇÃO DO BOLSISTA

QUADROS, Vanderson Rodrigues.

Seleção de imagens, tratamento em Photoshop e produção gráfica do cartaz para

o VII Salão de Iniciação Científica da PUCRS.

VII Salão de Iniciação Científica da PUCRS. Participação/apresentação e

exposição de cartaz. Porto Alegre: PUCRS, 25, 26 e 27 de Outubro de 2006.

Seleção de imagens para áudio-visual: Imaginário Estético da Semana de Arte

Moderna de 1922, São Paulo, Brasil.

Seleção de imagens para audio-visual “Estética Pós-moderna”.

Tratamento das imagens selecionadas em Photoshop.

REVISÕES TEÓRICAS EFETUADAS PELO BOLSISTA

Ficha de leitura da obra de VÁZQUEZ, Adolfo Sanchéz.Convite à estética. Rio de

Janeiro: Civilização Brasileira, 1999.

Ficha de leitura da obra de SODRÉ, Muniz e PAIVA, Raquel. O império do grotesco.

Rio de Janeiro: MAUAD, 2002.

Ficha de leitura de MAFFESOLI, Michel. O imaginário é uma realidade. Revista

Famecos. Porto Alegre: nº 15, agosto 2001, p.74-81.

2026

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CRONOGRAMA DO PROJETO

agosto/2007 a julho/2008

TAREFAS ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul

Revisão de Literatura ____ ____ ____ ____ ____ ____ ____ ____ ____ ____ ____

Pesquisa ____ ____ ____ ____ ____ ____ ____ ____ ____ ____

Coleta de dados ____ ____ ____ ____ ____ ____ ____ ____

Produção Teórica

(artigos/audiovisuais/etc.)

____ ____ ____ ____ ____ ____

Participação em

Seminários/Salões,etc.

____ ____ ____ ____ ____

Elaboração de Relatório ____ ____

Revisão e

Entrega de relatório

____

2027

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PLANO DE TRABALHO DETALHADO E INDIVIDUALIZADO DA ALUNA

INDICADA

Período 08/2007 a 09/2007

- Leitura da bibliografia de referência da pesquisa;

- Pesquisa de sites s/ imagens da estética pós-moderna na Web;

- Discussão e análise de conceitos e dúvidas com a orientadora;

- Produção de audiovisuais para aulas de Graduação e de Pós-Graduação.

Período 10/2007 a 11/2007

- Sumarização das principais questões;

- Preparação da apresentação da pesquisa para o Salão de IC;

- Apresentação (Salão Iniciação Científica da PUCRS).

Período 12/2007 a 01/2008

- Pesquisa de referências, em bibliotecas locais, s/ a temática do Projeto;

- Pesquisa de sites s/ imagens contemporâneas e sua tipologia;

- Discussão e análise de conceitos e achados com a orientadora;

- Produção de textos para artigos.

Período de 02/2008 a 04/2008

- Pesquisa de referências s/ imagens contemporâneas;

- Discussão e análise de conceitos e descobertas com a orientadora;

- Produção de textos para artigos;

- Produção de audiovisuais para aulas de Graduação sobre o contexto da

Pesquisa.

Período 05/2008 a 07/2008

- Sumarização das principais questões;

- Preparação do Relatório Técnico da Pesquisa.

Período 08/2008

- Elaboração e entrega do Relatório Técnico da Pesquisa.

2028

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2029

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE

DO SUL

Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do CNPq

PEDIDO DE RENOVAÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA

TRANSFORMAÇÕES ICONOGRÁFICAS PÓS-

MODERNAS: TIPIFICAÇÃO DO IMAGINÁRIO ESTÉTICO

Orientador

Profª Drª Maria Beatriz Furtado Rahde

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