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PLANO DE MANEJO
PARQUE NATURAL MUNICIPAL SALTO DO SUCURIÚ
1a. REVISÃO
ENCARTE II – DIAGNÓSTICO DA UC
Março/2018
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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CRÉDITOS TÉCNICOS E INSTITUCIONAIS
Prefeito Municipal: Waldeli dos Santos Rosa
Vice-prefeito: Roberto Rodrigues
Secretarias:
Secretaria de Administração e Finanças
Paulo Renato Andriani
Secretaria de Saúde
Adriana Maura Maset Tobal
Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento
Ailton Martins de Amorim
Secretaria de Educação
Manuelina Martins da Silva Arantes
Cabral
Secretaria de Transportes, Urbanização e
Obras Públicas
Renato Barbosa de Melo
Secretaria de Turismo, Meio
Ambiente, Esporte e Cultura
Keyler Simey Garcia Barbosa
Secretaria de Assistência Social
Aurea Maria Frezarin Rosa
Dados da Empresa Consultora:
Razão Social: FIBRAcon Consultoria, Perícias e Projetos Ambientais S/S Ltda.
Endereço: Rua Dr. Michel Scaff, 105, sala 9, Bairro Chácara Cachoeira
Município: Campo Grande/MS – CEP: 79040-860
Telefone para contato: (67) 3026 3113
Home Page: www.fibracon.com.br
E-mail: [email protected]
Coordenação do Plano de Manejo: José Milton Longo - Biólogo, Doutor em Ecologia e
Conservação
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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Equipe Técnica FIBRAcon
Coordenador da Avaliação Ecológica Rápida: José Carlos Chaves dos Santos – Biólogo,
Mestre em Ecologia e Conservação (Mastofauna; Uso Público)
Eliane Santos Breda - Administradora de empresas (Socioeconomia)
José Alexandre Agiova da Costa - Eng. Agrônomo, Doutor em Plantas Forrageiras (Meio
Físico)
Daniele Louise Cesquin Campos - Cientista Social e Bióloga (Socioeconomia e Uso Público)
José Milton Longo – Biólogo, Doutor em Ecologia e Conservação (Vegetação; Uso Público;
OPP)
Ricardo Anghinoni Bocchese - Biólogo, M.Sc. Meio Ambiente, Especialista em Gestão
Florestal (Vegetação)
Ana Luiza Cesquin Campos – Bióloga, Mestre em Ecologia e Conservação (Herpetofauna)
Thiago Matheus Breda – Biólogo (Avifauna)
Fábio Ricardo da Rosa – Biólogo, Doutor em Ecologia e Conservação (Ictiofauna)
Guilherme Hollo de Andrade – Engenheiro Ambiental (SIG)
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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ÍNDICE
CRÉDITOS TÉCNICOS E INSTITUCIONAIS ....................................................................... 2
DIAGNÓSTICO DA UC ......................................................................................................... 11
1. CARACTERIZAÇÃO DA PAISAGEM ............................................................................. 11
1.1. Características físicas ................................................................................................. 12
1.1.1. Clima ......................................................................................................... 12
1.1.2. Geologia e geomorfologia ......................................................................... 12
1.1.3. Solos .......................................................................................................... 13
1.1.4. Bacia Hidrográfica .................................................................................... 14
2. CARATERÍSTICAS BIOLÓGICAS ............................................................................... 16
2.1. Vegetação ....................................................................................................................... 16
2.2. Avifauna ......................................................................................................................... 22
2.3. Herpetofauna .................................................................................................................. 31
2.4. Mastofauna ..................................................................................................................... 36
2.5. Ictiofauna ....................................................................................................................... 45
3. CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS .............................................................. 52
3.1. Características da população .......................................................................................... 52
3.2. Uso e Ocupação da terra ................................................................................................ 53
3.3. Aspectos Econômicos .................................................................................................... 57
3.4. Infra-estrutura econômica e social ................................................................................. 59
3.4.1. Energia Elétrica ............................................................................................. 59
3.4.2. Saneamento Básico ........................................................................................ 60
3.4.3. Comunicação Social ...................................................................................... 60
3.4.4. Estabelecimentos de Serviços ........................................................................ 61
3.4.5. Agências Bancárias ........................................................................................ 61
3.4.6. Frota de Veículos ........................................................................................... 61
3.4.7. Saúde .............................................................................................................. 62
3.5. Indicadores Sociais de Emprego e Renda, Educação e Saúde ....................................... 63
3.5.1. Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) .................................................. 63
3.5.2. Índice FIRJAN de Desenvolvimento dos Municípios ................................... 63
3.6. Emprego e Renda ........................................................................................................... 64
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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3.7. Educação ........................................................................................................................ 65
3.8. Visão da Comunidade local sobre a UC (PNM Salto do Sucuriú) ................................ 68
4. SITUAÇÃO ATUAL DE GESTÃO DA UNIDADE ....................................................... 71
5. ANÁLISE INTEGRADA DO DIAGNÓSTICO .............................................................. 71
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 74
ANEXO 1. LISTA DE ESPÉCIES LENHOSAS .............................................................. 83
ANEXO 2. LISTA DAS ESPÉCIES DE AVIFAUNA ..................................................... 90
ANEXO 3. LISTA DAS ESPÉCIES DE HERPETOFAUNA .......................................... 97
ANEXO 4. LISTA DAS ESPÉCIES DE MASTOFAUNA NÃO VOADORA ............. 102
ANEXO 5. LISTA DAS ESPÉCIES AMEAÇADAS DA MASTOFAUNA NÃO-
VOADORA ................................................................................................................... 105
ANEXO 6. LISTA DAS ESPÉCIES DE MASTOFAUNA VOADORA ....................... 106
ANEXO 7. LISTA DAS ESPÉCIES DE ICTIOFAUNA ............................................... 107
ANEXO 8. ROTEIRO DE ENTREVISTA ..................................................................... 109
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Solos do município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul. .................................. 14
Figura 2. Regiões hidrográficas do Estado de Mato Grosso do Sul. ................................. 15
Figura 3. Localização de Unidades de Conservação e pontos de levantamentos de dados
secundários. ............................................................................................................................ 18
Figura 4. Martim-pescador-verde (Chloroceryle amazona) registrado no Parque Natural
Municipal do Salto do Sucuriú, município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul. Outubro de
2017. ............................................................................................................................ 24
Figura 5. Sovi (Ictinia plumbea) registrado no Parque Natural Municipal do Salto do
Sucuriú, município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul. Outubro de 2017............................. 26
Figura 6. Periquito-de-encontro-amarelo (Brotogeris chiriri) registrado no Parque Natural
Municipal do Salto do Sucuriú, município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul. Outubro de
2017. ............................................................................................................................ 27
Figura 7. Taperuçu-velho (Cypseloides senex) registrado no Parque Natural Municipal do
Salto do Sucuriú, município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul. Outubro de 2017. ............. 28
Figura 8. Tucanuçu (Ramphastos toco) registrado no Parque Natural Municipal do Salto do
Sucuriú, município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul. Outubro de 2017............................. 29
Figura 9. Sabiá-do-campo (Mimus saturninus) registrado no Parque Natural Municipal do
Salto do Sucuriú, município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul. Outubro de 2017. ............. 30
Figura 10. Perereca Hypsiboas lundii, anfíbio endêmico e restrito a matas ciliares e de
galeria, registrado em Costa Rica, Mato Grosso do Sul. ......................................................... 33
Figura 11. Anfíbio do gênero Pristimantis registrado em Costa Rica, Mato Grosso do Sul. .
............................................................................................................................ 33
Figura 12. Mata de galeria no interior do PNM Salto do Sucuriú, exemplo de ambiente que
abriga espécies da herpetofauna exclusivas de áreas florestadas. ............................................ 34
Figura 13. Papa-vento Norops meridionalis, lagarto endêmico que habita áreas abertas,
registrado em Costa Rica, Mato Grosso do Sul. ...................................................................... 34
Figura 14. Vereda, ambiente higrófilo rico em anfíbios, em Costa Rica, Mato Grosso do Sul.
............................................................................................................................ 35
Figura 15. Quati Nasua nasua, uma das espécies pertencentes a ordem Carnivora,
registrado no Parque Natural Municipal Salto do Sucuriú, município de Costa Rica, Mato
Grosso do Sul. ........................................................................................................................ 38
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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Figura 16. Vestígio de tamanduá-bandeira Myrmecophaga trydactyla registrado no
Parque Natural Municipal Salto do Sucuriú, município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul.
Escala=5cm. ........................................................................................................................ 40
Figura 17. Vestígio de lobo-guará Chrysocyon brachyurus registrado no Parque Natural
Municipal Salto do Sucuriú, município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul. Escala=4cm. .... 41
Figura 18. Anta Tapirus terrestris registrada no Parque Natural Municipal Salto do
Sucuriú, município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul. ......................................................... 42
Figura 19. Macaco-prego Sapajus cay registrado no Parque Natural Municipal Salto do
Sucuriú, município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul. ......................................................... 43
Figura 20. Salto do Sucuriú, no PNM Salto do Sucuriú, em Costa Rica, MS. Fotografia de
Fábio Rosa, dezembro de 2017................................................................................................. 46
Figura 21. Localização dos principais pontos de referência e locais de registros de
ictiofauna no PNM Salto do Rio Sucuriú e sua área de amortecimento................................... 47
Figura 22. Registro de Leporinus octofasciatus (piau-vermelho) próximo na foz do
córrego Ribeirão de Baixo, no PNM Salto do Rio Sucuriú, em Costa Rica, MS. Fotografia de
Guilherme Carvalho, dezembro de 2017. ................................................................................. 49
Figura 23. Registro de Salminus hilarii (tabarana) próximo ao Salto do Sucuriú, no PNM
Salto do Rio Sucuriú, em Costa Rica, MS. Fotografia de Fábio Rosa, dezembro de 2017. .... 49
Figura 24. Estrutura etária da população residente de acordo com o Censo Demográfico
2010, Costa Rica, MS. .............................................................................................................. 53
Figura 25. Propriedade rural com atividade de pecuária extensiva no entorno da UC, Costa
Rica, MS. ............................................................................................................................ 56
Figura 26. Plantio de cana-de-açúcar em propriedade rural no entorno da UC, Costa Rica,
MS. ........................................................................................................................ 56
Figura 27. Plantio de eucaliptos em propriedade rural no entorno da UC, Costa Rica, MS. ..
............................................................................................................................ 57
Figura 28. Composição do Produto Interno Bruto (PIB) para o Município de Costa Rica, MS.
............................................................................................................................ 57
Figura 29. Primeiros colocados do Ranking Nacional do IFDM Geral e colocação do
município de Costa Rica com os respectivos valores do índice. .............................................. 64
Figura 30. Primeiros colocados do Ranking Estadual do IFDM Geral e colocação do
município de Costa Rica com os respectivos valores do índice. .............................................. 64
Figura 31. Primeiros colocados do Ranking Nacional do IFDM Emprego & Renda e
colocação do município de Costa Rica com os respectivos valores do índice. ........................ 65
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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Figura 32. Primeiros colocados do Ranking Estadual do IFDM Emprego & Renda e
colocação do município de Costa Rica com os respectivos valores do índice. ....................... 65
Figura 33. Primeiros colocados do Ranking Nacional do IFDM Educação e colocação do
município de Costa Rica com os respectivos valores do índice. ............................................. 66
Figura 34. Primeiros colocados do Ranking Estadual do IFDM Educação e colocação do
município de Costa Rica com os respectivos valores do índice. ............................................. 66
Figura 35. Primeiros colocados do Ranking Nacional do IFDM Saúde e colocação do
município de Costa Rica com os respectivos valores do índice. ............................................. 67
Figura 36. Primeiros colocados do Ranking Estadual do IFDM Saúde e colocação do
município de Costa Rica com os respectivos valores do índice. ............................................. 67
Figura 37. Visitação da UC pelos moradores entrevistados no município de Costa Rica, Mato
Grosso do Sul. .......................................................................................................................... 69
Figura 38. Atrativos da UC na visão dos moradores entrevistados no município de Costa
Rica, Mato Grosso do Sul. ....................................................................................................... 69
Figura 39. Importância das Unidades de Conservação pela visão dos moradores do
município de Costa Rica, MS. ................................................................................................. 70
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Número da população residente, por sexo e situação de domicílio de acordo com
o IBGE, Costa Rica. MS. ......................................................................................................... 52
Tabela 2. População residente por grupo de idade de acordo com o Censo Demográfico
2010, Costa Rica, MS. ............................................................................................................. 53
Tabela 3. Número de estabelecimentos agropecuários por tamanho no município de acordo
com o Censo Agropecuário 2006, Costa Rica, MS. ................................................................. 54
Tabela 4. Principais rebanho e produtos pecuários e entre os anos de 2010 e 2014 no
município de Costa Rica, MS. ................................................................................................. 54
Tabela 5. Principais produtos agrícolas, quantidade produzida e área colhida entre os anos
de 2011 e 2015 no município de Costa Rica, MS. ................................................................... 55
Tabela 6. Valor arrecadado de ICMS por atividade econômica no período de 2011 a 2015,
Costa Rica, MS. ....................................................................................................................... 58
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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Tabela 7. Número de estabelecimentos industriais por ramo de atividade, de acordo com a
Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) nos anos de 2014 e 2015 no
município de Costa Rica, MS. .................................................................................................. 58
Tabela 8. Números de estabelecimentos comerciais instalados entre os anos de 2009 a 2013
no município de Costa Rica, MS. ............................................................................................. 59
Tabela 9. Consumo de energia elétrica (Mwh) por categoria de consumo no ano de 2015 no
município de Costa Rica, MS. .................................................................................................. 60
Tabela 10. Saneamento Básico entre os anos de 2009 a 2013 no município de Costa Rica,
MS. ........................................................................................................................ 60
Tabela 11. Estabelecimentos de Serviços no ano de 2015 no município de Costa Rica, MS. .
............................................................................................................................ 61
Tabela 12. Frota de veículos, por tipo, no ano de 2015 em Costa Rica, MS. ...................... 62
Tabela 13. Estabelecimentos de saúde no ano de 2016 em Costa Rica, MS. ....................... 62
Tabela 14. Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) entre os anos de 1991
a 2010 em Costa Rica, MS. ...................................................................................................... 63
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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LISTA DE ABREVIATURAS
APA – Área de Proteção Ambiental.
APP – Área de Proteção Permanente.
CAR – Cadastro Ambiental Rural.
CITES – The Convention on International Trade in Endangered Species of Wild Fauna and
Flora.
CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
ICMBIO – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.
IDEB - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.
IDH – Índice de Desenvolvimento Humano.
IFDM - Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal.
IMASUL – Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul.
IUCN – The International Union for Conservation of Nature.
MEC – Ministério da Educação.
MMA – Ministério do Meio Ambiente.
ONG – Organização Não Governamental.
PANMSS – Parque Natural Municipal Salto do Sucuriú.
PERH – Plano Estadual de Recursos Hídricos.
PNM – Plano Nacional de Mineração.
PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.
RPPN – Reserva Particular de Patrimônio Natural.
SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.
SNUC – Sistema Nacional de Unidades de Conservação.
UC – Unidade de Conservação.
UPG – Unidade de Planejamento e Gerenciamento.
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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1A REVISÃO DO PLANO DE MANEJO DO PARQUE NATURAL MUNICIPAL SALTO DO SUCURIÚ
ENCARTE II
DIAGNÓSTICO DA UC
1. CARACTERIZAÇÃO DA PAISAGEM
O PNMSS é uma Unidade de Conservação que contempla grande beleza cênica, proporcionada
por seus elementos físicos e bióticos, em um ambiente cuja altitude varia entre 630m a 690m.
O clima da região é classificado como Tropical Úmido de Savana (Aw) (Kottek et al., 2006),
com chuvas de setembro a maio e secas de junho a setembro devido à atuação de dois sistemas
de circulação atmosférica: Os Sistemas de Correntes Perturbadas de Oeste e os Sistemas de
Correntes Perturbadas de Sul (IBAMA, 2005). A região está localizada próxima ao divisor de
águas entre as bacias do Tocantins-Araguaia (nascentes do rio Araguaia), do Alto Paraguai (rio
Taquari e Jauru) e do Paraná (rios Sucuriú, Corrente e nascentes do rio Aporé). Na área do
Parque encontram-se o córrego Ribeirão de Baixo e as nascentes do Córrego Grota Funda, que
convergem para o Sucuriú, localizado no limite norte da Unidade de Conservação. O rio Sucuriú
é um dos afluentes do rio Paraná, e apresenta transições abruptas com desníveis de 150 a 200
metros.
A região do PNMSS possui terrenos ondulados e solos arenosos o que não permite o
desenvolvimento de agricultura mecanizada. Dessa forma, a principal atividade desenvolvida
na região é a pecuária, com os terrenos utilizados principalmente para pastagens. Por essa razão,
é mais comum a ocorrência de fragmentos de vegetação natural de tamanho pequeno, embora
ainda existam remanescentes de cerrado e cerradão em quantidade razoável, conectados por
matas de galeria ao longo das drenagens (IBAMA, 2005).
A vegetação da região é típica de Cerrado, cuja riqueza de espécies existentes pode chegar a
33% da diversidade biológica do Brasil (Aguiar et al., 2004) e 5% da biota mundial (MMA,
1999). Embora apresente baixo grau de endemismo para os grupos animais, 44% da flora
vascular do Cerrado é considerada endêmica (Myers et al., 2000). Devido à sua riqueza
biológica e à forte pressão antrópica a que está submetido, o Cerrado é considerado um dos
hotspots mundiais de biodiversidade (Myers et al., 2000).
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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1.1. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS
1.1.1. Clima
O clima na região do PNMSS é classificado como tropical de altitude e se caracteriza como
Úmido a Sub-úmido (10%) e úmido (90%). O clima Úmido a Sub-Úmido apresenta índice anual
efetivo de umidade variando de 20 a 40% e precipitação total anual: entre 1.500 e 1.750 mm.
Seu excedente hídrico total anual varia entre 800 e 1.200 mm, por 5 a 6 meses no ano. A
deficiência hídrica total anual oscila entre 350 e 500 mm, por cerca de 4 meses ao ano. O clima
Úmido, por sua vez, apresenta índice efetivo de umidade anual de 40 a 60%, com precipitação
total anual de 1.750 a 2.000 mm. O excedente hídrico total anual ocorre entre 1.200 e 1.400
mm, por 7 a 8 meses. Sua deficiência hídrica total anual varia entre 250 e 350 mm, por 3 meses
por ano.
1.1.2. Geologia e geomorfologia
O município de Costa Rica conta com as seguintes unidades litológicas: Grupo São Bento, de
idade juro-cretácica, representado pelas formações Botucatu e Serra Geral, Grupo Caiuá, de
idade cretácica, representado pela Formação Santo Anastácio e com uma porção indivisa,
Grupo Bauru, de idade cretácica, representado pela Formação Vale do Rio do Peixe e
finalmente, Formação Cachoeirinha, de idade cenozoica. Depósitos aluvionares são observados
nos vales dos rios do município. No PNMSS ocorre o Grupo São Bento, Formação Serra Geral.
Abaixo segue a descrição da Unidade Litológica presente no município de Costa Rica e PNM
do Salto do Sucuriú, Mato Grosso do Sul.
1.1.2.1. Grupo São Bento (Era Mesozóica, Período Jurássico)
JKsg – Formação Serra Geral (Período Juro-Cretáceo)
A Formação Serra Geral compreende um espesso pacote de rochas vulcânicas na Bacia do
Paraná, formado por uma ampla sucessão de derrames, distribuída desde a borda norte, em
Goiás e Mato Grosso até o extremo sul, já fora do território brasileiro. Em Goiás estende-se por
uma faixa de aproximadamente 200km de comprimento por 100km de largura, da cidade de
Itumbiara até as proximidades de Paraúna. Ocorre ocupando faixas lineares nos leitos dos rios
Claro, Corrente, Aporé e Verde, e em porções reduzidas distribuídas no restante da bacia. Os
derrames vulcânicos possuem principalmente natureza basáltica, com pequenos pulsos de
composição ácida e intermediária.
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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As rochas basálticas possuem aspecto maciço, bastante fraturado, cor cinza-escura, granulação
fina a média, eventualmente com a presença de amígdalas. Ocorrem também disjunções
colunares, indicando derrames mais espessos. Sills e diques de diabásio associados a esta
unidade são bastante frequentes e caracterizados por cor escura, granulação média a fina e
homogênea, e presença de esfoliação esferoidal quando submetidos a intemperismo.
Observações e estudos realizados a fim de definir a idade desta formação, indicam idades
correspondentes ao fim do Jurássico e início do Cretáceo.
1.1.3. Solos
No município de Costa Rica predominam Latossolos Vermelho-Escuro de textura média, na
porção centro-leste e Neossolos quartzarênicos na porção central, com alta concentração de
alumínio e baixa fertilidade natural. Solos litólicos (Neossolos litólicos) ocorrem a Noroeste do
município (Figura 1).
Os solos na da região UC são principalmente Latossolos Vermelho Distroférricos e Neossolos
hidromórficos e Luvissolos próximos aos córregos e nascentes (Atlas Multirreferencial, 1990;
ZEE-MS, 2009).
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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Figura 1. Solos do município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul.
1.1.4. Bacia Hidrográfica
A UC está localizada em uma região pertencente à Bacia do Rio Paraná. No território de Mato
Grosso do Sul ocorrem duas das doze Regiões Hidrográficas do Brasil, definidas pela
Resolução nº 32/2003 do Conselho Nacional de Recursos Hídricos: a Região Hidrográfica do
Paraguai, constituída pela bacia do rio Paraguai a oeste, e a Região Hidrográfica do Rio Paraná,
constituída pela bacia do rio Paraná a leste (Figura 2). Nesta bacia está inserido o rio Sucuriú e
suas nascentes.
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
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Figura 2. Regiões hidrográficas do Estado de Mato Grosso do Sul.
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2. CARATERÍSTICAS BIOLÓGICAS
2.1. VEGETAÇÃO
Na bacia hidrográfica do Rio Sucuriú são presentes dois biomas brasileiros, o Cerrado
predomina em quase sua totalizadade, existindo uma estreita faixa de Mata Atlântica na faixa
da planície do Rio Paraná, na divisa de Mato Grosso do Sul com São Paulo. A região do PNM
do Salto do Sucuriú está localizada em domínio do Cerrado.
É importante destacar que a elevada diversidade de espécies e os altos índices de endemismo
que existem no Cerrado colocaram o bioma como a Savana mais biologicamente diversificada
do mundo (Sawyer, 2002), sendo considerado um dos 34 hotspots mundiais para a conservação
da biodiversidade (Mittermeier et al., 2005).
Por isto, levantamentos e estudos florísticos como subsídio para Planos de Manejo a serem
implantados no Cerrado, e especificamente na bacia do Rio Sucuriú, tornam-se de grande
importância. O objetivo deste diagnóstico foi inventariar e caracterizar a vegetação nativa desta
Unidade de Conservação, elencando espécies sensíveis e descrever os principais aspectos
relevantes ligados à sua preservação.
Caracterização da vegetação nativa
A classificação das fisionomias vegetais ocorrentes na Unidade de Conservação segue a
caracterização de IBGE (2012). A listagem da flora lenhosa aqui apresentada contempla a
utilização de dados secundários provenientes de listagens de estudos técnicos ambientais
desenvolvidos nos domínios da APA das Nascentes do Rio Sucuriú bem como em suas
adjacências, abrangendo os municípios de Costa Rica e Paraíso das Águas (Figura 3), a saber:
o levantamento florístico para o Plano de Manejo da APA Paraíso-Sucuriú (Bocchese, 2018),
o projeto de inventário florestal da PCH Fundãozinho (Bocchese & Azeredo, 2017), o Programa
de Monitoramento da Flora da IACO Agrícola (Bocchese, 2014), o Programa de
Monitoramento da Flora da Odebrecht Brenco unidade Costa Rica (Bocchese, 2013), o
Programa de Monitoramento da Flora Terrestre da PCH Alto Sucuriú (Longo, 2009), o
levantamento florístico do Parque Natural municipal da Lage (Silva & Silva, 2008), o
levantamento florístico do Salto do Sucuriú (Fibracon, 2007), os sítios 3 e 4 de amostragem do
Complexo Aporé-Sucuriú (Pagotto & Souza, 2006) e o estudo da vegetação da PCH Porto das
Pedras (Bastos, 2002).
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Encarte II – Diagnóstico da UC
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A taxonomia das espécies seguiu o sistema de classificação botânica APG-III, considerando o
nome científico, o nome popular e a família botânica. Os grupos ecológicos foram definidos
em: espécies pioneiras (necessitam de luz e as sementes só germinam em condições que
recebem radiação direta do sol em pelo menos parte do dia), secundárias (parcialmente
tolerantes às condições de luminosidade e de sombreamento) e tardias (necessitam de condições
de microclima mais estáveis, sendo tolerantes à sombra, as sementes germinando apenas sob
sombra do dossel). A caracterização dos grupos ecológicos das espécies seguiu a classificação
de Budowski (1965).
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Figura 3. Localização de Unidades de Conservação e pontos de levantamentos de dados
secundários.
Na área do Parque ocorrem dois grupos de domínios fitogeográficos, sendo uma formação
campestre, a Savana Arborizada e outra florestal, a Floresta Estacional Semidecidual.
A Savana Arborizada (campo-cerrado, cerrado ralo, cerrado típico, cerrado denso) é um
subgrupo da tipologia de Savana (Cerrado), a qual é definida como uma fisionomia típica e
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característica restrita a solos arenosos, ocorrendo em clima tropical eminentemente estacional
(mais ou menos seis meses secos). Apresenta espécimes lenhosos tortuosos com ramificação
irregular, geralmente com ritidoma (caule) corticoso rígido e órgãos de reserva subterrâneos.
Extremamente repetitiva, sua florística reflete-se em uma fisionomia caracterizada por espécies
dominantes típicas, tais como angicos (Anadenanthera spp.) sucupira (Bowdichia sp.), pequi
(Caryocar brasiliense), faveiro (Dimorphandra mollis) e paus-terra (Qualea spp.), por
exemplo.
A Savana Arborizada possui formação natural ou antrópica que se caracteriza por apresentar
uma fisionomia arbórea rala e um estrato graminóide contínuo, sujeito ao fogo anual. Os
indivíduos arbóreos dominantes formam fisionomias ora mais abertas (campo-cerrado), ora
com a presença de um scrub adensado em uma estrutura próxima ao cerradão. Vários são os
fatores que podem influir na densidade das populações que compõe estes ambientes, como as
condições edáficas, pH e saturação de alumínio, fertilidade, profundidade e condições de
drenagem do solo, além do fogo e ações antrópicas (Ribeiro & Walter, 1998).
As porções da Floresta Estacional Semidecidual neste caso referem-se às formações florestais
ligadas aos corpos d’água que cruzam a Unidade de Conservação, como a mata ciliar às
margens do rio Sucuriú e a mata de galeria do córrego afluente do Sucuriú. A diferenciação
destes subtipos florestais está ligada à largura dos corpos d’água em questão.
Mata de galeria é a vegetação florestal que acompanha córregos e rios de pequeno porte do
Brasil Central, onde a vegetação arbórea forma “galerias” sobre o curso d’água. Já as matas
ciliares é a vegetação marginal dos rios de médio e grande porte (Ribeiro & Walter, 1998), sem
a formação das galerias verdes. Floristicamente, muitas espécies são compartilhadas nestes dos
ambientes, principalmente quando estão inseridas em uma mesma unidade de paisagem como
é o caso do Parque do Salto do Sucuriú.
Das espécies vegetais
O Anexo 1 apresenta uma listagem com 205 espécies lenhosas distribuídas em 50 famílias
botânicas, registradas a partir dos estudos com a flora nativa desenvolvidos na região de Costa
Rica e Paraíso das Águas.
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O intuito foi elaborar uma listagem de espécies representativa e satisfatória para a flora da
região. Espécies endêmicas, raras ou ameaçadas estiveram baseadas nas listas oficiais IUCN,
MMA e Resolução SEMADE nº. 09/2015. Espécies inseridas nestas listagens serão as
recomendadas para estudo de manejo e pesquisa científica, tendo em vista a necessidade da sua
conservação.
A utilização das espécies lenhosas foi estabelecida como: potencial ecológico (uso da fauna
silvestre como alimentação/abrigo); econômico (valor financeiro agregado à madeira);
medicinal (raízes, casca, folhas e/ou frutos utilizados na medicina popular); alimentício (frutos
que podem ser utilizados como recursos alimentares para o homem) e ornamental (paisagístico).
Das espécies registadas, Bocageopsis mattogrossenssis, Caryocar brasiliense, Cedrela fissilis,
Hancorna speciosa, Dipteryx alata, Myracrodruon urundeuva, Ocotea porosa e Schinopsis
brasiliensis são espécies de valor conservacionista.
Cedrela fissilis é uma espécie vulnerável à extinção (MMA, 2014, IUCN, 2017), e Ocotea
porosa encontra-se em perigo de extinção (MMA, 2014). Caryocar brasiliense, Hancorna
speciosa, Dipteryx alata, Myracrodruon urundeuva e Schinopsis brasiliensis são consideradas
protegidas e/ou de interesse ambiental em Mato Grosso do Sul (Resolução SEMADE nº.
09/2015). Bocageopsis mattogrossensis é uma espécie com distribuição restrita a fragmentos
florestais do Cerrado do Centro-Oeste do Brasil, abrangendo os Estados de Mato Grosso do
Sul, Mato Grosso, Tocantins, Goiás e sul do Pará (Lorenzi, 2009). Esta espécie é
exclusivamente florestal, não sendo registrada em formações abertas, como o cerrado típico.
Ocorrência de fogo
Muitas formas fisionômicas de áreas abertas do Cerrado caracterizam-se por possuir um estrato
rasteiro constituído por gramíneas (Ribeiro & Walter, 1998), e que na estação seca tendem a
ficar inativas devido à perda da sua biomassa aérea, o que favorece a ocorrência dos incêndios
(Klink & Solbrig, 1996). Em áreas onde o fogo é frequente, uma simplificação da estrutura da
comunidade pode ocorrer, tornando a fisionomia gradualmente mais aberta, e dessa forma, a
densidade do estrato arbóreo estaria determinada mais pela habilidade das espécies em
sobreviver ao fogo e regenerar, do que pela própria competição pelos recursos ambientais
(Durigan et al., 1994, Hoffmann & Moreira, 2002).
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De acordo com Medeiros & Miranda (2005), as influências das queimadas sobre a vegetação
estão ligadas em alterações na densidade e taxas de crescimento de espécies lenhosas e no
estabelecimento de plântulas, o que pode favorecer o estabelecimento de espécies generalistas
e podendo eliminar determinadas espécies sensíveis. Ao reduzir a biomassa vegetal e a
serapilheira, o fogo também pode alterar os fluxos de energia, nutrientes e água do sistema.
É importante destacar que, além da ocorrência natural do fogo, a região do Parque pode sofrer
influência de queimadas originadas pela ação antrópica. O ateamento de fogo de forma
proposital ou acidental deve ser considerado. Outro fator de risco de queimadas pode estar
ligado à eventuais linhas de transmissão/distribuição das redes elétricas locais. Espécies
vegetais de rápido crescimento, como ervas, lianas e cipós, acabam utilizando os cabos de
sustentação dos postes como apoio, e acabam emaranhando-se ao longo da fiação, o que pode
ocasionar queimadas, principalmente nos períodos de elevada temperatura e período de
estiagem.
Para minimizar as possibilidades de ocorrência de queimadas sugere-se o manejo da vegetação
nativa abaixo das redes elétricas, que pode ser feita por roçada ou capinada manual. Além disto,
ações de educação ambiental, como palestras instrutivas, panfletos e placas orientadoras,
podem ser utilizadas, principalmente nas áreas de visitação pública do Parque.
Considerações
No domínio do Cerrado, em função da fertilidade do solo e disponibilidade hídrica, e
consequentemente altura do dossel e cobertura vegetal, as diferentes fisionomias identificadas
podem ser consideradas sucessivas. O primeiro estágio, os campos limpos, são campos secos,
com predomínio de gramíneas, sem arbustos ou arvoretas, hábitos já observados no estágio
seguinte, os campos sujos. O cerrado típico é caracterizado pela cobertura superior a 30%, com
árvores e arbustos de 3-8m permeados por vegetação herbácea, seguido pelo cerradão, onde
prevalecem árvores de 8-12m ou mais, cobrindo de 50 a 90% da área, com estrato herbáceo
reduzido (Oliveira-Filho & Ratter, 2002).
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De um modo geral, as fisionomias naturais apresentam certa descaracterização promovida pelo
histórico de atividades agropecuárias, pastoreio e plantio, antes da implantação da área como
Unidade de Conservação.
O Parque favorece a contínua conservação destes remanescentes de vegetação e,
consequentemente, conduz a proteção das espécies da flora regional, pela preservação de
diversos espécimes.
Todas as espécies levantadas apresentam, pelo menos, um tipo de uso potencial,
desempenhando função ecológica e de uso para o homem, seja no fornecimento de produtos
madeireiros ou não madeireiros. A exploração madeireira está na confecção de vigas e mourões
como estruturas internas e externas, além da marcenaria em geral. Como não madeireiros,
muitas espécies são utilizadas na medicina popular, para tratamento de inflamações dos
sistemas urogenital, digestivo e vascular, além de doenças de pele e até câncer. O conhecimento
popular acerca de plantas medicinais, tendo em vista sua diversidade e potencial para a
bioprospecção de fármacos, especialmente de doenças incuráveis ou de difícil tratamento,
atualmente é bastante valorizado.
2.2. AVIFAUNA
Foram registradas 192 espécies de aves divididas em 25 ordens e 53 famílias, na região do
PNMSS e seu entorno. Destas famílias, 20 pertencem a ordem dos Passeriformes (Anexo 2). O
levantamento de espécies da avifauna no Plano de Manejo é um importante aliado na gestão,
orientando a definição de áreas prioritárias para manejo e conservação na UC, visto que dados
como categorias de ameaça, endemismo, sensibilidade a ações antrópicas, potencial migratório
e cinegético, podem subsidiar futuras ações benéficas à UC.
Unidades de Conservação representam um bem de uso comum à sociedade destinada à visitação
recreativa, esportiva, turística, histórico-cultural, pedagógica, artística, científica ou
interpretação e conscientização ambiental. Além de seu potencial social/econômico,
proporciona também benefícios em termos de conservação de ambientes importantes para a
avifauna, a exemplo de nascentes, brejos, áreas úmidas e matas ciliares. Baseado na proteção
que a UC oferece contra ações antrópicas, espécies de aves no local podem ser mantidas e
perpetuadas nessas importantes áreas, através da conservação das mesmas.
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Uso Público, Turismo e Educação Ambiental
Uso público e zoneamento
O zoneamento ambiental proporciona a capacidade de gerir eficientemente a UC, determinando
locais propícios para o uso público e sustentável e locais de proteção integral. Para as áreas de
uso público e sustentável, de manejo dos recursos naturais e da biodiversidade, recomenda-se
atividades recreativas, de navegação e balneabilidade sempre atentando o desenvolvimento
destas atividades à conservação da avifauna local e gerando a menor quantidade de distúrbios
possível a flora e fauna.
Algumas áreas, entretanto, necessitam ser protegidos integralmente, resguardando a
biodiversidade existente. Entre eles se destacam os que abrigam ninhais, áreas de forrageio,
áreas utilizadas por aves migratórias, nascentes, brejos, tributários, matas de galeria e florestas
ciliares. Outro fator importante é a conservação das APPs e controle e tratamento do lançamento
de efluentes domésticos.
Turismo voltado para a Avifauna
O Birdwatch, ou, atividade de observação de aves silvestres, representa uma boa opção a ser
incentivada dentro da UC pelos benefícios que pode proporcionar ao meio ambiente e
conservação das espécies. As áreas de interesse para o turismo de observação de aves
apresentam particularidades em relação à biodiversidade local, resultados de uma gestão e
manejo adequado, o que resulta em áreas bem conservadas. Dessa forma, além de ser um
segmento do ecoturismo em crescimento no Brasil, a atividade coincide aos objetivos de
conservação das UCs. Devido à abundância e deslocamento facilitado, aves são uma ferramenta
bastante útil para a educação ambiental. Esses animais transmitem valores a respeito da natureza
e à condição em que se encontra o ecossistema com facilidade, contribuindo com a divulgação
da necessidade de preservação e para a sustentabilidade financeira da UC.
A atividade de birdwatch pode ser desenvolvida por guias de campo com qualificação e
conhecimento empírico da área, representando um potencial campo de geração de renda para a
cidade e seus moradores enquanto promove a conscientização ambiental local sobre o uso
sustentável dos recursos naturais da UC e sua importância. Algumas espécies de interesse ao
Birdwatch encontradas no local são: anhuma (Anhima cornuta), tuiuiú (Jabiru mycteria),
surrucuá-de-barriga-vermelha (Trogon curucui), martim-pescador-verde (Chloroceryle
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amazona) (Figura 4), udu-de-coroa-azul (Momotus momota), tucanuçu (Ramphastos toco),
Falconídeos em geral, Psittacídeos em geral, taperuçus, choró-boi (Taraba major), entre outros.
Figura 4. Martim-pescador-verde (Chloroceryle amazona)
registrado no Parque Natural Municipal do Salto do Sucuriú, município
de Costa Rica, Mato Grosso do Sul. Outubro de 2017.
Educação ambiental
Atualmente a educação ambiental é uma ferramenta fundamental à conservação da diversidade
de aves e seus locais de alimentação e reprodução. O desenvolvimento de atividades de
educação ambiental com crianças é essencial, pois nessa fase de formação de caráter e ideias
sobre o mundo, é possível salientar a importância de preservação da natureza. Dessa forma, é
importante incentivar atividades educativas na UC e no seu entorno voltadas aos estudantes,
ampliando seu conhecimento sobre a avifauna.
Atividades de educação ambiental e conscientização também podem ser realizadas com turistas,
visitantes e moradores do entorno da UC e do município de Costa Rica, auxiliando na
elucidação de dúvidas sobre a conservação do meio ambiente e das aves e sua
representatividade para a região. Deve-se salientar sempre que a caça é proibida e reforçando
que ações que afugentem ou impeçam a presença destes animais na proximidade da UC são
prejudiciais para a recuperação do ambiente. Ações dessa natureza colaboram com a redução
dos impactos sobre as espécies existentes no local e auxiliam na manutenção das mesmas.
Pesquisas científicas/biológicas
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A realização de pesquisas científicas/biológicas é uma atividade importante de ser estimulada
na UC. Estudos com abordagens de ecologia de populações (como técnicas de captura,
marcação, soltura e recaptura) assim como propostas de manejo e conservação da avifauna, são
importantes para ampliar os conhecimentos sobre as aves da região, originando oportunidades
de conservação das mesmas na UC e seu entorno.
Aves ameaçadas de extinção
Entre as espécies registradas no município de Costa Rica, conforme consta na Red List da IUCN
(2017), a ema (Rhea americana) e o papagaio-galego (Alipiopsitta xanthops) são classificadas
como quase ameaçada de extinção. A ema (Rhea americana) é caçada por agricultores devido
à sua presença indesejável em plantações. O papagaio-galego (Alipiopsitta xanthops), por sua
vez, é impactado pela rápida e extensiva modificação de áreas de Cerrado e Pantanal, o que
resulta em perda de hábitat e causa acelerada redução no tamanho populacional desta espécie.
Outra espécie presente na lista como vulnerável, o mutum-de-penacho (Crax fasciolata) é assim
classificada pela perda de seu habitat devido ao desmatamento e principalmente por ser muito
caçada.
Segundo o Plano de Ação Nacional para Conservação das Aves do Cerrado e Pantanal
(ICMBio, 2014), as principais ameaças às aves do Cerrado/Pantanal são perda de habitat,
provocadas tanto pelo agronegócio como pela expansão urbana, instalações de
empreendimentos de infraestrutura, caça e o tráfico de algumas espécies. Entre as espécies
atingidas estão o papagaio-galego (Alipiopsitta xanthops) e o papagaio-verdadeiro (Amazona
aestiva), que constam como quase ameaçadas de extinção. As espécies ema (Rhea americana),
gavião-peneira (Elanus leucurus), sovi (Ictinia plumbea) (Figura 5), gavião-caramujeiro
(Rostrhamus sociabilis), gavião-caboclo (Heterospizias meridionalis), gavião-carijó (Rupornis
magnirostris), gavião-de-rabo-branco (Geranoaetus albicaudatus), gavião-de-cauda-curta
(Buteo brachyurus), suindara (Tyto furcata), corujinha-do-mato (Megascops choliba), caburé
(Glaucidium brasilianum), coruja-buraqueira (Athene cunicularia), coruja-orelhuda (Asio
clamator), rabo-branco-acanelado (Phaethornis pretrei), beija-flor-tesoura (Eupetomena
macroura), beija-flor-de-veste-preta (Anthracothorax nigricollis), besourinho-de-bico-
vemelho (Chlorostilbon lucidus), beija-flor-tesoura-verde (Thalurania furcata), beija-flor-
dourado (Hylocharis chrysura), tucanuçu (Ramphastos toco), araçari-castanho (Pteroglossus
castanotis), carcará (Caracara plancus), pinhé (Milvago chimachima), acauã (Herpetotheres
cachinnans), quiriquiri (Falco sparverius), falcão-de-coleira (Falco femoralis), arara-canindé
(Ara ararauna), maracanã-pequena (Diopsittaca nobilis) periquitão-maracanã (Psittacara
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leucophthalmus), maracanã-do-buriti (Orthopsittaca manilatus), periquito-rei (Eupsittula
aurea), periquito-de-encontro-amarelo (Brotogeris chiriri) (Figura 6), papagaio-galego
(Alipiopsitta xanthops) e o papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) constam no anexo II da
CITES (CITES, 2015), onde são posicionadas as espécies que embora atualmente não se
encontrem necessariamente em perigo de extinção, poderão chegar a esta situação, a menos que
o comércio de tais espécies esteja sujeito a regulamentação e fiscalização rigorosa.
Figura 5. Sovi (Ictinia plumbea) registrado no Parque Natural
Municipal do Salto do Sucuriú, município de Costa Rica, Mato Grosso
do Sul. Outubro de 2017.
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Figura 6. Periquito-de-encontro-amarelo (Brotogeris chiriri)
registrado no Parque Natural Municipal do Salto do Sucuriú, município
de Costa Rica, Mato Grosso do Sul. Outubro de 2017.
Sensibilidade aos distúrbios
Foram registradas espécies com alta sensibilidade aos distúrbios do meio, entre elas saracura-
três-potes (Aramides cajaneus) e o araçari-castanho (Pteroglossus castanotis). Estas espécies
respondem negativamente a ambientes perturbados pelo homem e não habitam áreas com
grandes interferências antrópicas. Dessa forma, são interessantes estudos quanto à relação do
habitat com estas populações mais frágeis (Stotz et al., 1996). Na UC foram registradas espécies
de taperuçus. O taperuçu-velho (Cypseloides senex) (Figura 7) e o taperuçu-de-coleira-branca
(Streptoprocne zonaris). Estas espécies apesar de não estarem elencadas em nenhuma categoria
de ameaça a extinção e de alta sensibilidade a distúrbios antrópicos em seu habitat, merecem
atenção especial por terem ocorrência localizada em quedas d’água, onde fazem seus ninhos.
Seus bandos podem chegar a centenas e foram registrados nas cachoeiras do Parque. Pressões
antrópicas sobre estas quedas d’água devem ser evitadas para que estas espécies não sofram
com estes impactos.
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Figura 7. Taperuçu-velho (Cypseloides senex) registrado no
Parque Natural Municipal do Salto do Sucuriú, município de Costa
Rica, Mato Grosso do Sul. Outubro de 2017.
Espécies importantes para conservação da flora
Os Psitacídeos encontrados na UC necessitam atenção especial, uma vez que sofrem com o
efeito da fragmentação e redução do seu habitat, dependendo de fragmentos florestais mais
consolidados. Esse grupo necessita de uma ampla variedade de frutos em copas de árvores para
manter populações locais durante todo ano. Indivíduos desta ordem habitam locais onde existe
suporte para seu crescimento, desenvolvimento e reprodução, próprios de áreas que possuem
importantes recursos sazonais para espécies frugívoras de dossel, os quais devem ser
preservados para que estes indivíduos continuem a habitar a região. O mesmo é válido para o
tucanuçu (Ramphastos toco) e o araçari-castanho (Pteroglossus castanotis) que por possuírem
alta sensibilidade aos distúrbios do meio e serem efetivos dispersores de sementes, ajudam na
regeneração e manutenção da mata. Os beija-flores também são importantes devido a sua
participação na polinização e auxilio na conservação das florestas.
Aves de caça ou cinegéticas
As principais espécies consideradas como “aves de caça” ou cinegéticas, fazem parte de
famílias como a Tinamidae (inhambus), Cracidae (jacus e mutuns), Columbidae (pombas e
rolinhas) e alguns Anatídeos (patos). São assim denominadas por apresentar massa corporal
significativa quando comparadas a outras espécies. A caça de aves e a captura das mesmas para
servir como espécie cativa é relatada no Brasil desde o descobrimento (Sick, 1997). Como
exemplo temos os tinamídeos como o jaó (Crypturellus undulatus), inhambu-chororó
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(Crypturellus parvirostris) e codorna-amarela (Nothura maculosa), cracídeos, como o mutum-
de-penacho (Crax fasciolata) e alguns columbídeos como a pomba-galega (Patagioenas
cayennensis) e o pombão (Patagioenas picazuro). Algumas aves também podem ser caçadas
devido a sua beleza cênica ou canto elaborado, sendo aprisionadas em gaiolas ou vendidas pelos
traficantes de animais silvestres. Esta atividade é crime e está sujeita a sanções penais e
administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas previstas na Lei nº 9.605, de 12 de
fevereiro de 1998. Como exemplos dessas espécies temos: o tucanuçu (Ramphastos toco)
(Figura 8), o araçari-castanho (Pteroglossus castanotis), a arara-canindé (Ara ararauna),
papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), corruíra (Troglodytes musculus), sabiá-laranjeira
(Turdus rufiventris), pula-pula (Basileuterus culicivorus), canário-da-terra-verdadeiro (Sicalis
flaveola), entre outros.
Figura 8. Tucanuçu (Ramphastos toco) registrado no Parque
Natural Municipal do Salto do Sucuriú, município de Costa Rica, Mato
Grosso do Sul. Outubro de 2017.
Aves migratórias
Aves migratórias são aquelas que efetuam deslocamentos sazonais de uma região para outra
podendo ser anual, de áreas de alimentação para áreas de reprodução e descanso, onde
posteriormente retornam a sua região original (Alerstam & Hedenström, 1998). Entre elas
temos as consideradas localmente migratórias, efetuando curtas migrações ao longo do ano, as
que realizam migrações regionais abrangendo áreas dentro do território nacional e algumas
poucas fora do país, outras que realizam migrações setentrionais oriundas das Américas do
Norte e Central e aves que realizam migrações meridionais oriundas do sul da América do Sul.
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Dessa forma, estas espécies podem utilizar a UC como local para reprodução, alimentação e
descanso em suas rotas de migração, representando importantes indicadores da relevância da
região para estes deslocamentos.
Espécies mais abundantes e generalistas
O pombão (Patagioenas picazuro) e o gavião-carijó (Rupornis magnirostris), são exemplos de
espécies generalistas que usam, tanto áreas abertas, como florestadas para se alimentar e
nidificar, possuem alta capacidade de dispersão e são menos afetadas pela supressão florestal.
O bem-te-vi (Pitangus sulphuratus), a rolinha-roxa (Columbina talpacoti), a pomba-galega
(Patagioenas cayennensis), o neinei (Megarhynchus pitanguá) e o sabiá-do-campo (Mimus
saturninus) (Figura 9), são algumas das espécies favorecidas pela fragmentação florestal, uma
vez que estes indivíduos são mais adaptados a locais abertos e com menos vegetação, possuindo
uma grande abundância local nestes ambientes.
Outras espécies que aumentam sua abundância nas áreas desmatadas ou com menos
adensamento de vegetação são aquelas associadas a ambientes degradados, abertos e cultivados
como o anu-preto (Crotophaga ani), o anu-branco (Guira guira) e o quero-quero (Vanelus
chilensis).
Figura 9. Sabiá-do-campo (Mimus saturninus) registrado no
Parque Natural Municipal do Salto do Sucuriú, município de Costa
Rica, Mato Grosso do Sul. Outubro de 2017.
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2.3. HERPETOFAUNA
A herpetofauna é representada por anfíbios e répteis e apresenta ampla distribuição geográfica,
com mais de 7.780 espécies de anfíbios (Frost, 2018) e cerca de 10.600 espécies de répteis
(Uetz & Hošek, 2017). Destas, o Brasil compreende 1.080 anfíbios e 773 répteis (Segalla et al.,
2016; Costa & Bérnils, 2015), com parte significante dessa diversidade representada em regiões
de Cerrado. Anteriormente, a literatura científica considerava a herpetofauna do Cerrado como
pouco rica e pobre em endemismos. Entretanto, novas interpretações têm questionado essas
ideias e atualmente, com o aumento do conhecimento científico e taxonômico e com a utilização
de novas ferramentas para análise biogeográfica, trabalhos recentes apontam 209 espécies de
anfíbios (108 endêmicos), 109 lagartos (52 endêmicos) e 158 serpentes (51 endêmicas), 10
quelônios e cinco crocodilianos (Colli et al., 2002; Nogueira et al., 2011; Valdujo et al., 2012).
Recentemente foram adicionados à esta listagem mais oito espécies de répteis squamatas e 11
anuros endêmicos (Azevedo et al., 2016).
Apesar da alta diversidade na região centro-oeste, inventários sobre a herpetofauna regional são
escassos (e.g. Strüssmann et al., 2000; Bastos et al., 2003; Uetanabaro et al., 2007; Costa et al.,
2007; Valdujo et al., 2009; Silva Júnior et al., 2009; Nogueira et al., 2011; Valdujo et al., 2012),
o que resulta na falta de conhecimentos biológicos para a maioria das espécies e, na descrição
frequente de novas espécies, entre elas várias endêmicas, para essa região (e.g. Pombal &
Bastos, 1996; Colli et al., 2003; Caramaschi & Niemeyer, 2003). Somente no último ano foi
elaborada a listagem de anfíbios e répteis de Mato Grosso do Sul, que levantou 97 espécies de
anfíbios e 188 espécies de répteis (Ferreira et al., 2017; Souza et al., 2017).
Apesar do aumento no número de estudos sobre este grupo no Cerrado e no MS, os padrões de
distribuição e composição de anfíbios e répteis ainda permanecem praticamente desconhecidos.
Entretanto, a produção de listas de espécies de uma determinada localidade é essencial para
indicar lacunas de conhecimento e subsidiar planos de manejo e estudos que possam indicar
áreas prioritárias à conservação das espécies.
Caracterização da Herpetofauna regional
Para o município de Costa Rica ainda existem poucos trabalhos científicos publicados. O
inventário mais completo realizado para a região foi o Inventário da Biodiversidade do
complexo Aporé-Sucuriú (Pagotto & Souza, 2006), com 78 espécies levantadas para a sub-
bacia do Rio Sucuriú (Uetanabaro et al., 2006). As espécies citadas foram confirmadas em
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
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campo, nas expedições realizadas entre 2011 e 2017, que constataram 20 espécies da
herpetofauna no PNM Salto do Sucuriú e 17 na PNM da Laje (Anexo 3). Dessa forma, são
registradas 80 espécies de anfíbios e répteis para as UCs do município de Costa Rica - MS, das
quais algumas ainda aguardam identificação.
Espécies ameaçadas e endêmicas
Não foram levantadas espécies ameaçadas de extinção, nas UCs de Costa Rica (MMA, 2014;
IUCN, 2017), embora seis espécies estão inseridas no apêndice II da CITES - Convention on
International Trade in Endangered Species of Wild Fauna and Flora (2017), convenção
internacional que visa proteger espécies silvestres comercializadas. O apêndice II inclui as
espécies que no momento não estão ameaçadas, mas que podem vir a ficar se o comércio não
for controlado, como os lagartos iguana Iguana iguana e teiú (Salvator merianae e Tupinambis
teguixin), a sucuri Eunectes murinus, o jacaré-paguá Paleosuchus palpebrosus e o cágado-de-
barbicha Mesoclemmys vanderhaegei.
A proporção de espécies endêmicas, entretanto, é relativamente alta comparada a outras regiões
do Cerrado, e a outros grupos da fauna, como aves e mamíferos. Aproximadamente 23% das
espécies registradas e de provável ocorrência para a área são endêmicas do Bioma. A
complexidade estrutural do Cerrado e o mosaico de ambientes abertos e florestados são fatores
que explicam sua alta diversidade e endemismo.
Espécies de interesse para conservação
A maioria das espécies registradas para a UC é comum em áreas abertas, entretanto destacam-
se algumas restritas a habitats específicos, que são fortemente afetadas pela supressão vegetal
e fragmentação de habitat. Entre elas estão a perereca Hypsiboas lundii, restrita a matas ciliares
e de galeria de riachos (Figura 10), e as rãzinhas do gênero Pristimantis, anfíbio de
desenvolvimento direto que habita solos de florestas (Figura 11). Outras espécies associadas a
ambientes florestados (Figura 12) são os répteis Salvator marianae e Bothrops moojeni, que
apesar de serem capazes de ocupar também ambientes abertos, preferem fragmentos florestais
ou suas bordas.
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Figura 10. Perereca Hypsiboas lundii, anfíbio endêmico e restrito a
matas ciliares e de galeria, registrado em Costa Rica, Mato Grosso do
Sul.
Figura 11. Anfíbio do gênero Pristimantis registrado em Costa Rica,
Mato Grosso do Sul.
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Figura 12. Mata de galeria no interior do PNM Salto do Sucuriú,
exemplo de ambiente que abriga espécies da herpetofauna exclusivas
de áreas florestadas.
A preservação de formações abertas e savânicas, como campos limpos, campos sujos e Cerrado
típico, também são importantes para a conservação da herpetofauna local, considerando o
grande número de espécies associadas a elas, como os lagartinhos do gênero Ameivula e o papa-
vento Norops meridionalis (Figura 13), que são espécies campestres.
Figura 13. Papa-vento Norops meridionalis, lagarto endêmico que
habita áreas abertas, registrado em Costa Rica, Mato Grosso do Sul.
A preservação de ambientes higrófilos, tanto no interior da UC quanto na região de entorno, é
igualmente importante para a manutenção das populações locais da herpetofauna, uma vez que
a maioria das espécies de anfíbios do Cerrado dependem de água para a reprodução e ocorrem
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em maior densidade em áreas úmidas ou com solo encharcado. Entre esses ambientes destacam-
se as “veredas” (Figura 14) e campos úmidos, onde ocorrem espécies de distribuição restrita,
como as rãs Leptodactylus furnarius e Leptodactylus cf. jolyi.
Figura 14. Vereda, ambiente higrófilo rico em anfíbios, em Costa
Rica, Mato Grosso do Sul.
Propostas de pesquisa
A região apresenta grande potencial para diversidade de espécies da herpetofauna,
principalmente com relação aos répteis squamata (lagartos e serpentes). Ao contrário do que é
observado para aves e mamíferos, a maior parte da riqueza de répteis e anfíbios está concentrada
na diagonal de áreas abertas da América do Sul (caatinga-cerrado-chaco) (Strüssmann, 2000;
Costa et al., 2007; Silva Júnior et al., 2009). Estudos recentes apontam que o Cerrado possui
alta riqueza e endemismo (Costa et al., 2007; Vaz-Silva et al., 2007; Valdujo et al., 2009), à
medida que novas espécies estão sendo descritas. Estudos em longo prazo ainda são necessários
para se avaliar adequadamente a composição da herpetofauna do Cerrado, e a conservação das
várias fitofisionomias que compõem o Bioma, como Cerrado sentido restrito, Campo sujo,
Campos naturais e Veredas, são importantes para a conservação das espécies desse grupo.
Em todo o Estado existem lacunas de conhecimento para anfíbios e répteis, até mesmo regiões
com elevada importância biológica, como o complexo Aporé-Sucuriú. Essas áreas são
consideradas insuficientemente amostrados (Strüssmann et al., 2000; Uetanabaro et al., 2006),
sendo que das UCs de proteção integral e de uso sustentável de MS, somente o Parque Nacional
da Serra da Bodoquena (Cerrado), RPPN Estância Caiman e Parque do Rio Negro (ambos no
Pantanal) estão em áreas consideradas melhor amostradas (Ferreira, et al., 2017; Souza et al.,
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2017). Neste contexto, tanto a realização de inventários rápidos quanto estudos ecológicos em
longo prazo são necessários para a complementação de informações básicas e da ecologia de
espécies e/ou populações, e para o diagnóstico e manejo adequado.
Educação ambiental
A maior parte das espécies da herpetofauna é críptica e possuem hábitos secretivos, ou seja, são
difíceis de serem detectadas em campo, passando desapercebidas pela maioria das pessoas.
Entretanto espécies de maior porte devem receber atenção por possuírem densidade
populacional naturalmente mais baixas e sofrerem maior pressão antrópica, a exemplo do
jacaré-paguá Paleosuchus palpebrosus e da serpente sucuri Eunectes murinus, portanto é de
interesse que campanhas de educação ambiental sejam voltadas para estas espécies.
2.4. MASTOFAUNA
O Brasil abriga a mais elevada diversidade biológica conhecida em sua extensa área territorial
(Mittermeier et al., 1997). O fato de apresentar seis grandes biomas somado a sua localização
geográfica, aliada ao maior sistema fluvial do mundo (Brandon et al., 2005) são fatores que
favorecem a presença deste complexo de fitofisionomias existentes.
Dos biomas presentes no Brasil, o Cerrado é a segunda maior formação vegetal, presente em
cerca de 21% do território nacional (Klink & Machado, 2005). A fragmentação do cerrado é
um dos fatores que mais ameaçam sua flora e fauna.
A fauna do cerrado possui 251 espécies de mamíferos catalogadas, entre elas 32 exclusivas do
bioma. Estudos recentes apontam que a Mastofauna do Cerrado contém 35% dos mamíferos
registradas para o Brasil (Paglia et al., 2012). A mastofauna de médio e grande porte,
amplamente distribuída pelo cerrado (Marinho-Filho et al., 2002), apesar da sua alta riqueza,
encontra-se ameaçada devido ao processo de degradação e supressão de habitats ao longo dos
anos. Calcula-se que em média 20% das espécies endêmicas e ameaçadas permanecem fora das
reservas e unidades de conservação (Machado et. al., 2004).
No Mato Grosso do Sul ocorrem 151 espécies de mamíferos, entre eles 90 terrestres não-
voadores e 61 espécies voadoras, distribuídas em 10 ordens e 29 famílias (Cáceres et al., 2008).
Atividades como agricultura e pecuária, amplamente desenvolvidas no estado, causam a
diminuição da cobertura natural existente e a fragmentação dos habitats, podendo implicar no
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isolamento e alteração da densidade populacional e da estrutura das comunidades de animais
presentes (Cademartori et al, 2008). A criação e manutenção de parques e reservas são fatores
que atenuam a perda de biodiversidade crescente ao longo dos anos devida a ação antrópica no
Cerrado.
Objetivo do estudo
- Caracterizar a mastofauna do PNMSS e entorno;
- Relacionar as espécies ameaçadas de extinção presentes na UC e entorno;
- Propor ações de manejo para espécies endêmicas, raras e ameaçadas encontradas na UC e
entorno;
Metodologia
Os dados foram obtidos através de levantamentos primário e secundários, com verificação dos
dados registrados para o PNMSS e entorno, e a região de Costa Rica.
A busca de dados primários foi realizada por meio de procura visual, através de transectos em
trilhas preexistentes, com a identificação de registros diretos e indiretos, como visualização
através de binóculo, vocalização, pegadas, fezes, tocas e restos alimentares.
Também foram utilizadas armadilhas fotográficas (câmera trap) com auxílio de atrativos em
trilhas de acesso às áreas de alimentação ou dessedentação, em busca de registros da mastofauna
críptica.
Resultados e discussão
Foram registradas 36 espécies distribuídas em 9 ordens e 18 famílias conforme Anexo 4. Os
dados obtidos neste estudo uso do hábitat e ocorrência das espécies segue o padrão encontrado
em estudos para a região, com a maioria das espécies registradas sendo de ampla distribuição
geográfica, sem apresentar maiores especificidades, porém foram espécies que necessitam de
ambientes mais restritos, como é o caso dos primatas que vivem em lugares mais florestados, e
da lontra e ariranha, que necessitam estar próximas a cursos d’água para alimentação.
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Dentre as espécies listadas, a ordem carnívora é a mais representativa na UC e entorno (Figura
15). Os carnívoros são importantes nos ecossistemas, controlando as populações de suas presas
e participando dos processos de dispersão de sementes, sendo espécies chaves por manter e
restaurar a diversidade e a resiliência dos ecossistemas (Terborgh & Estes, 1999).
Figura 15. Quati Nasua nasua, uma das espécies pertencentes a
ordem Carnivora, registrado no Parque Natural Municipal Salto do
Sucuriú, município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul.
Os felinos, predadores de topo, demandam um amplo território para sua sobrevivência. Espécies
como a onça-pintada possuem uma extensa área de vida, podendo chegar até 50km². O grande
porte e a alta demanda de recursos ambientais desses animais acabam por demandar fragmentos
maiores e mais conectados para a sua sobrevivência, para que não ocorra o isolamento e
consequentemente a diminuição de suas populações (Bordignon et al., 2006).
Além da perda de habitat e recursos naturais, o contato com área antropizadas é outro fator que
ameaça as populações dos felinos. Devido a fragmentação dos habitas, esses animais acabam
circulando em áreas urbanas e rurais em busca de alimentos ou para cruzar até outro fragmento.
Dessa forma tornam-se alvo de caça por parte dos donos de criações que consideram os animais
uma ameaça às suas produções, além do contato com animais domésticos que podem transmitir
doenças, resultando na morte dos indivíduos (Chiarello et al., 2008).
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Outras espécies são diretamente ameaçadas pela caça quando em contato com áreas urbanas e
rurais, como é o caso da anta, os lobos e os Artiodactyla (catetos, queixada e veados). Esses
últimos também são afetados por zoonoses adquiridas em contato com animas domésticos.
Espécies Endêmicas, Raras e Ameaçadas de Extinção
Algumas espécies de mamíferos registradas no estudo encontram-se sob risco de extinção.
Porém, no Cerrado algumas espécies ocorrem em alta densidade, a exemplo do tamanduá-
bandeira (M. tridactyla) (Anexo 5), a anta e o lobo-guará (Costa et al. 2005).
Foram registradas 14 espécies ameaçadas de extinção em âmbito nacional (MMA), e 10
espécies em categoria de ameaça pela IUCN (2017). As espécies endêmicas registradas no
estudo foram a raposinha e o macaco-prego Sapajus cay. Não foram registradas espécies
exóticas.
Myrmecophaga trydactyla tamanduá-bandeira
O tamanduá-bandeira (Myrmecophaga trydactyla) (Figura 16) é uma espécie encontrada de
Belize, Guatemala, ao sul do Chaco paraguaio e nordeste da Argentina (Eisenberg & Redford,
1999). Ocupa ampla variedade de habitat, de floresta tropical a áreas secas como o Cerrado.
São encontrados com maior frequência em áreas abertas. Espécie de hábito solitário, com
exceção da fêmea com filhote, após uma gestação de 190 dias, a fêmea gera um único filhote,
que fica em seu dorso por volta de um mês (Hannibal et al, 2015). Sua dieta é composta
principalmente de cupins e formigas (Nowak, 1991), mas também consome besouros e outros
invertebrados. A espécie é considerada vulnerável de extinção pelo MMA e IUCN em âmbito
internacional. É uma das vítimas mais comuns de atropelamentos por veículos automotivos em
estradas e rodovias por apresentar olhos e ouvidos pouco desenvolvidos, além de sofrer pela
ação dos incêndios florestais e pela perda de habitat.
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Figura 16. Vestígio de tamanduá-bandeira Myrmecophaga
trydactyla registrado no Parque Natural Municipal Salto do Sucuriú,
município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul. Escala=5cm.
Chrysocyon brachyurus lobo-guará
No Brasil ocorre nos domínios mais secos como Cerrado, Pantanal e Campo Sulinos (Figura
17). Sua distribuição tem se estendido em resposta às transformações de áreas de Mata Atlântica
em pastagens e culturas (Cheida et al., 2006). É um animal monogâmico, de grande porte,
pesando de 20 a 30 kg. Os casais vivem na mesma área e se comunicam através de marcas de
cheiro e um uivo característico (Hannibal et al., 2015). Após uma gestação de em média 60
dias, a fêmea concebe de dois a cinco filhotes. A época reprodutiva ocorre de abril a julho. O
lobo-guará é onívoro consumindo frutos, pequenos vertebrados, répteis e insetos (Pagotto &
Souza, 2006). Está ameaçado no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção
(MMA, 2014), em âmbito internacional encontra-se quase ameaçado (IUCN, 2017). As
principais ameaças são os atropelamentos, perda de habitat e caça (Cheida et al., 2006).
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Figura 17. Vestígio de lobo-guará Chrysocyon brachyurus
registrado no Parque Natural Municipal Salto do Sucuriú, município de
Costa Rica, Mato Grosso do Sul. Escala=4cm.
Lycalopex vetulus raposa-do-campo
A raposa-do-campo (Lycalopex vetulus) é o menor e único canídeo endêmico do Cerrado, sendo
considerada vulnerável pela lista brasileira de espécies ameaçadas. Desempenha importante
papel como dispersor de sementes e controlador de formigas, cupins e pequenos roedores
(Dalponte, 1995). Destruição de hábitat e outros efeitos antrópicos negativos diretos e indiretos
estão entre as maiores ameaças à conservação da raposa-do-campo (Lemos et al., 2011),
enquanto as principais causas da queda populacional da espécie são atropelamentos (Lemos et
al., 2011), predação por cães domésticos (Lemos & Azevedo, 2009), doenças transmitidas por
animais domésticos (Megid et al., 2010) e retaliação à suposta predação de animais domésticos
(Dalponte, 2003).
Tapirus terrestris anta
A anta (Figura 18) é o maior mamífero terrestre neotropical e ocorre da Venezuela ao sul do
Paraguai (Eisenberg & Redford, 1999). Pode ser encontrada em florestas tropicais assim como
em áreas secas no Paraguai e Chaco argentino, embora tenha hábitat fortemente ligado a água.
Primariamente uma espécie herbívora, consome folhas e brotos de plantas próximas a água,
frutos estão inclusos em sua dieta, que varia de acordo com a disponibilidade regional. A anta
está ligada a importante papel na comunidade vegetal e estrutura dos ecossistemas. Possui
hábito diurno ou noturno, dependendo da ocupação humana na área (Voss & Emmons, 1996).
A anta está classificada como vulnerável de extinção segundo as listas da fauna ameaçada do
Ministério do Meio Ambiente e da União Internacional para a Conservação da Natureza.
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Entretanto algumas regiões do Amazônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul apresentam
grandes populações desta espécie.
Figura 18. Anta Tapirus terrestris registrada no Parque Natural
Municipal Salto do Sucuriú, município de Costa Rica, Mato Grosso do
Sul.
Sapajus cay macaco-prego
O macaco-prego tem sua distribuição restrita ao Cerrado e Pantanal (Figura 19). Vivem em
grupos de 8 a 16 indivíduos, pesam em média três kg. Ocupam fitofisionomias com
predominância de dossel e cobertura arbórea, sendo encontrados preferencialmente no Cerradão
e em matas ciliares, porém podem deslocar-se longas distâncias pelo solo por áreas abertas. Sua
dieta é onívora, composta por frutos, sementes, flores, gomas, ovos, insetos, entre outros (Bicca-
Marques et al., 2006). A maturidade sexual da espécie se inicia aos quatro anos nas fêmeas e
aos sete anos nos machos, podem se reproduzir até os 25 anos. Com o passar da idade o volume
e a coloração do pelo modificam-se, principalmente nos machos dominantes. Apesar da sua
rápida reprodução e tolerância a diferentes tipos de ambientes, como a espécie necessita de
áreas florestadas para sobreviver, a fragmentação ambiental é um dos fatores que ameaçam a
manutenção de suas populações. O Sapajus cay encontra-se listado como vulnerável pela Lista
Vermelha da Fauna Amaçada do Ministério do Meio Ambiente.
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Figura 19. Macaco-prego Sapajus cay registrado no Parque Natural
Municipal Salto do Sucuriú, município de Costa Rica, Mato Grosso do
Sul.
Puma concolor onça-parda
A onça-parda é o segundo maior felídeo do Brasil e o de maior distribuição nas Américas,
ocorrendo do oeste do Canadá ao extremo sul da América do Sul. No Brasil ocorre em todos os
domínios (Emmons & Feer, 1999). Sua dieta é composta por mamíferos de médio porte, como
veados, porcos-do-mato, quatis e capivaras. Entretanto, animais menores também podem ser
consumidos (Cheida et al., 2006). A caça e alteração de habitats, com consequente redução da
disponibilidade de presas são as principais ameaças à onça-parda (Emmons & Feer, 1999). A
espécie é considerada como criticamente em perigo de extinção em Minas Gerais e Espírito
Santo, em perigo no Rio Grande do Sul, e vulnerável no Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e na
Lista da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção.
Considerações Finais
Sugestões de manejo, conservação e educação ambiental
O conhecimento sobre a riqueza, distribuição e a abundância dos organismos que ocorrem em
um determinado local é indispensável para se desenvolver projetos de manejo e conservação
(Santos, 2003). Avaliações Ecológicas Rápidas não caracterizam de forma definitiva a
distribuição dos espécimes e os processos ecológicos (Sayre et al., 2000), sendo necessários
estudos de longo prazo para a obtenção de informações acerca dos grupos a serem protegido.
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Atenção especial deve ser direcionada as espécies inseridas em categorias de ameaça de acordo
com as listas atuais e espécies cinegéticas. Neste caso é interessante a realização de atividades
de educação ambiental, fator chave na conservação da biodiversidade, que podem ser
desenvolvidas em parceria com instituições de ensino, divulgando as espécies que ocorrem na
região e a importância delas para o ambiente, principalmente com relação as espécies mais
visadas como caça.
Com relação a conservação de mamíferos no Cerrado, a perda de hábitat e a fragmentação são
as principais ameaças. Portanto, a existência de fragmentos de vegetação original, assim como
as conexões entre esses fragmentos e entre diferentes fitofisionomias são de extrema
importância para a manutenção de populações naturais.
São sugeridas as seguintes proposições:
- Realizar estudos de inventário das espécies de pequenos mamíferos e com maior esforço
amostral para mamíferos de médio e grande portes.
- Realizar monitoramento das espécies ameaçadas.
- Elaborar programa de Educação e Interpretação ambiental atingindo a comunidade local e
visitante, de modo a enfocar a importância da conservação das espécies de mamíferos.
- Propor atividades de ecoturismo e educação ambiental com base sustentada em pesquisas.
- Definir e implementar medidas mitigatórias aos atropelamentos de fauna nos limites e
internamente ao PANMSS, tais como, instalação de placas, maior sinalização, indicação para
diminuição de velocidade, entre outras.
- Estudar os impactos ambientais sobre a comunidade de mamíferos decorrentes da visitação
pública.
- Evitar a permanência de espécies de mamíferos exóticas e domésticas no PANMSS, tais como
gato, cachorro e gado bovino.
- Utilizar as espécies de mamíferos como elementos de contemplação para o ecoturismo,
estimulando o visitante a conhecer o modo de vida natural das espécies silvestres.
- Recuperar matas ciliares as quais proporcionam hábitats e/corredores para várias espécies de
mamíferos;
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- Criação de novas UCs no entorno proporcionando maior extensão em área conservada que
permitam a manutenção de populações mastofaunísticas
- Ampliação da UC;
- Fiscalização efetiva que garanta a proteção da UC buscando coibir principalmente a atividade
de caça sobre as populações de mamíferos que habitam o PANMSS;
- Elaborar um guia de campo ilustrado sobre as espécies de mamíferos presentes no PANMSS,
para conhecimento da comunidade local e para potencializá-las enquanto elementos de
contemplação para o ecoturismo.
2.5. ICTIOFAUNA
Dentre as grandes bacias hidrográficas brasileiras, a bacia do Alto Rio Paraná contém a
ictiofauna mais conhecida (Langeani et al., 2007), mas ainda ocorre descrição de novas espécies
de peixes em riachos de cabeceiras (Castro, 1999).
A ictiofauna da sub-bacia do rio Sucuriú também está entre as mais conhecidas de MS, pois
além de estudos acadêmicos (e. g. Froehlich et al., 2006), é inventariada por vários estudos
ambientais aplicados à empreendimentos, como a Brenco – Costa Rica (Taveira / Arater, 2017)
e empreendimentos hidrelétricos (e. g. Rosa / Fibracon, 2017).
Este estudo tem como objetivos apresentar os dados disponíveis sobre a ictiofauna e discutir
características ambientais da área.
Área de Estudos
O PNM Salto do Sucuriú está próximo à cachoeira homônima (Figura 20), limítrofe e à jusante
da área urbana de Costa Rica. O PNM é limitado a oeste pelo rio Sucuriú, por cerca de 200 m,
depois acompanha o córrego Ribeirão de Baixo limita, por cerca de um quilômetro. Desde o
córrego Ribeirão de Baixo, o PNM se estende cerca de um quilômetro a leste, até a rodovia
MS-316.
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A zona de amortecimento do PNM (Figura 21), contudo, estende-se desde o canyon do rio
Sucuriú e MS-306, a norte, até o rio Formiga, ao sul e oeste, além de incluir as nascentes do
córrego Ribeirão de Baixo.
Figura 20. Salto do Sucuriú, no PNM Salto do Sucuriú, em Costa
Rica, MS. Fotografia de Fábio Rosa, dezembro de 2017.
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Figura 21. Localização dos principais pontos de referência e locais de registros de ictiofauna
no PNM Salto do Rio Sucuriú e sua área de amortecimento.
Metodologia de revisão
O PNM Salto do Sucuriú recebeu amostragens diretas de ictiofauna pelo menos em duas
situações: Froehlich et al. (2006) e Rosa / Fibracon (2018) realizaram esforços de coleta sob o
Salto do Sucuriú (Figura 20) e na foz do córrego Ribeirão de Baixo (Figura 21), dentro do PNM.
A Zona de Amortecimento (ZA) do PNM também recebeu coletas de ictiofauna, no córrego
Ribeirão de Baixo, na interseção com a rodovia MS-316 por Froehlich et al. (2006).
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Para este estudo, foram compilados dados de amostragens realizadas num raio de 10 Km a partir
da ZA do PNM (conforme ilustrado pela Figura 21), o que selecionou em parte dos dados
apresentados por Froehlich et al. (2006), parte dos dados de Taveira / Arater (2017) e parte dos
dados de Rosa / Fibracon (2018), apresentados no próximo item.
A nomenclatura de algumas espécies foi atualizada conforme Graça & Pavanelli (2007), com o
intuito de reduzir sinônimos, que representariam duplicidade de registros dos táxons. Graça &
Pavanelli (2007) e Júlio Júnior et al. (2009) também apresentam informações sobre quais
espécies foram introduzidas na bacia do Alto Rio Paraná. Foram consideradas espécies
migradoras de longas distâncias (reofílicas) aquelas citadas por de Agostinho et al. (2003) e
Graça & Pavanelli (2007). Para apresentar o status de conservação das espécies foram
considerados os critérios do MMA (2014) e as informações de Abilhoa & Duboc (2004).
Ictiofauna do PNM Salto do Sucuriú, em Costa Rica, MS
Há registros de 35 espécies de peixes na área do PNM Salto do Sucuriú e entorno (Anexo 7),
com predomínio Characiformes (conhecidos como “peixes de escamas”, Figura 22 e Figura 23)
de pequeno e médio porte, a seguir Siluriformes (bagres e cascudos), Perciformes (carás,
joaninhas, tilápia e tucunarés), Gymnotiformes (tuviras) e outras ordens menores. Esta
proporção coincide com o esperado para ictiofauna. Neotropical (Lowe-Mcconnell, 1999).
A maioria das espécies registradas é nativa, há registro de apenas uma espécie exótica na área
do PNM, a tilápia (Tilapia rendalli), introduzida a partir da África (Graça & Pavanelli, 2007).
Contudo, há registros de outras espécies exóticas e introduzidas, no contexto de toda a sub-
bacia do Alto Rio Sucuriú (Rosa / Fibracon, 2018).
Pelos critérios de MMA (2014) e de Abilhoa & Duboc (2004) apenas a tabarana (Salminus
hilarii, Figura 23) é considerada ameaçada de extinção, dentre as espécies da área do PNM.
S. hilarii também é a única espécie migradora de longas distâncias e Leporinus octofasciatus
(piau-vermelho), realizam migrações de curta distância ao longo do rio segundo os critérios de
Agostinho et al. (2003). Essas espécies também são as de maior importância à pesca, e as que
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apresentam maior exigência de recursos ambientais para completar seus ciclos de vida, como
discutido no próximo tópico.
Figura 22. Registro de Leporinus octofasciatus (piau-vermelho)
próximo na foz do córrego Ribeirão de Baixo, no PNM Salto do Rio
Sucuriú, em Costa Rica, MS. Fotografia de Guilherme Carvalho,
dezembro de 2017.
Figura 23. Registro de Salminus hilarii (tabarana) próximo ao Salto
do Sucuriú, no PNM Salto do Rio Sucuriú, em Costa Rica, MS.
Fotografia de Fábio Rosa, dezembro de 2017.
Recursos ambientais importantes para a ictiofauna e possíveis impactos na região do
PNM
O PNM Salto do Sucuriú protege um dos mais importantes sítios reprodutivos do rio Sucuriú,
nas corredeiras a jusante do Salto do Sucuriú. Além disso, em conjunto com sua área de
amortecimento, contém riachos e ribeirões importantes à ictiofauna residente. A visitação ao
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parque tem baixa probabilidade de provocar impactos sobre a ictiofauna, pois a vegetação
marginal está íntegra ou em avançada recuperação e a disposição/construção das trilhas e
passarelas diminui a incidência de erosão marginal.
Os maiores potenciais de impactos sobre a ictiofauna e outras comunidades aquáticas na área
do PNM, são, em ordem de importância: assoreamento, pesca ilegal, poluição da água,
interrupção de rotas migratórias e de dispersão de peixes e introdução de espécies alóctones de
peixes.
Há sinais de aceleração de processos erosivos marginais e decorrente assoreamento do rio
Sucuriú e afluentes a montante do PNM, originados pelo revolvimento intensivo do solo,
desmatamento da vegetação marginal pelo acesso de gado para dessedentação nos corpos de
água. O assoreamento é considerado o mais atuante impacto sobre ambientes aquáticos
tropicais, principalmente em riachos (Wantzen, 2006). Um de seus mecanismos de impacto é o
soterramento de micro-habitat (poções, fendas e espaços entre rochas em corredeiras e lajedos)
e soterramento de itens alimentares de fundo (invertebrados bentônicos, algas e detritos de
biomassa morta). Outro mecanismo de impacto é o “efeito jato de areia” (Wantzen, 1998) que
remove o biofilme composto por algas, bactérias, fungos e invertebrados que crescem sobre
substratos e servem de alimento para peixes.
A incidência de assoreamento deve ser evitada e mitigada em qualquer escala. As medidas mais
importantes para tal são: manter e recuperar APPs; evitar drenagens e atividades em veredas e
pindaíbas; evitar o acesso direto de gado aos corpos de água; usar curvas de nível; aplicar
atividades de educação ambiental sobre esse aspecto.
A pesca é ilegal no trecho a jusante do salto (Portaria IBAMA nº 132) e deve ser evitada no
PNM, com atuação conjunta com fiscais/polícia ambientais estaduais e federais. A
concentração de peixes migradores a jusante do salto ocorre não apenas durante o período de
defeso (piracema), apesar de mais intensa no período chuvoso. Devido a essa concentração,
muitos adultos com gônadas desenvolvidas, aptos a reproduzir podem ser subtraídos do
ecossistema pela pesca.
A poluição da água pode ter origem em várias atividades antrópicas, urbanas ou rurais. A
eutrofização é o impacto mais indesejável da poluição, causado pelo enriquecimento de
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nutrientes da água, levando a queda na disponibilidade de oxigênio dissolvido e mortandade de
peixes e outros organismos aquáticos. A eutrofização do rio Sucuriú é pouco provável no
cenário atual, pois dependeria de poluição intensa, como por exemplo, esgoto urbano e/ou
carreamento de fertilizantes agrícolas ou vinhaça para os corpos de água. Mas toda fonte de
enriquecimento trófico do rio Sucuriú deve ser evitada, com atuação tanto do setor público (por
meio de tratamento de efluentes urbanos), como do setor privado (tratamento de efluentes
industriais, agrícolas e controle de escoamento/percolação de fertilizantes).
Há empreendimentos hidrelétricos já instalados e outros em estudos na sub-bacia do rio
Sucuriú. Do ponto de vista de interrupção de rotas migratórias e da dispersão de peixes, são
mais importantes os empreendimentos a jusante do PNM, pois o salto em si é uma barreira
natural. Há indicativos de que os exemplares de Salminus hilarii e Leporinus octofasciatus que
migram para o PNM necessitam das varjões e lagoas marginais do rio Sucuriú localizados no
município de Paraíso das Águas (Rosa / Fibracon, 2018). Esses ambientes são importantes tanto
para o amadurecimento gonadal e engorda de jovens e adultos dessas espécies, como para o
crescimento de formas juvenis, levados pela água. Os mecanismos para previsão, discussão e
mitigação desses impactos são os Estudos de Impactos Ambientais (EIAs) e decorrentes
Audiências Públicas necessárias para o licenciamento de cada empreendimento. Por esses
mecanismos, e como requisito para o licenciamento, devem ser estabelecidas medidas para
evitar a interrupção das rotas migratórias e a perda de hábitats-chave, ou forma de compensação
ambiental.
Os registros e potencial de introdução e espécies exóticas e de formas alóctones (de fora da
bacia) são preocupantes, pois apresentam grande potencial de impacto sobre a ictiofauna nativa
e deve ser evitada. As introduções ocorrem frequentemente em tentativas frustradas de
piscicultura, rompimentos de açudes e mais raramente em “peixamento” de reservatórios. Tais
introduções de espécies/morfotipos pela iniciativa privada são puníveis, dependendo da
fiscalização Estadual e Federal. Eventuais políticas públicas voltadas para “peixamento” de
corpos de água e o fomento da piscicultura devem ser criteriosos, exigindo uso de matrizes
locais, da própria sub-bacia do rio Sucuriú e instalação de filtros biológicos de represas.
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Encarte II – Diagnóstico da UC
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3. CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS
3.1. CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃO
O município de Costa Rica possui população estimada de 20.159 habitantes para o ano de 2017
em uma área de 4.526,38 Km², da qual 3,64km2 é urbanizada.
A Densidade Demográfica do município de Costa Rica de acordo com o censo demográfico de
2010 é de 3,67 hab/km2 e no ano de 2015 a densidade já havia subido para 4,68 hab/km2.
De acordo com o Censo Demográfico 2010 o número de pessoas de 10 anos ou mais
alfabetizadas no município era de 15.350 habitantes (Tabela 1). A taxa de Crescimento Anual
pelos Censos de 2000 e 2010 para Alcinópolis é de 2,43%.
Tabela 1. Número da população residente, por sexo e situação de domicílio de acordo com o IBGE, Costa Rica.
MS.
População Residente, por Sexo e Situação de Domicílio
Anos População Total Homens Mulheres Urbana Rural
1991 (1) 13.973 7.348 6.625 9.005 4.968
1996 (2) 14.551 7.621 6.930 10.138 4.413
2000 (1) 15.488 8.083 7.405 11.483 4.005
2007 (2) 18.277 9.634 8.606 14.708 3.569
2010 (1) 19.695 10.246 9.449 16.848 2.847
(1) Censo Demográfico, (2) Estimativa
A estrutura etária da população de do município de Costa Rica (Tabela 2; Figura 24), pode ser
dividida em três grandes grupos etários: jovens de 0 a 14 anos (24%), adultos de 15 a 60 anos
(67%) e idosos, acima de 60 anos (9%). A grande maioria dos moradores está na faixa adulta
composta por 52% de homens e 48% de mulheres (IBGE, 2010).
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Tabela 2. População residente por grupo de idade de acordo com
o Censo Demográfico 2010, Costa Rica, MS.
População Residente por Grupos de Idade – 2010
Grupos de Idade População Residente
0 a 4 anos 1459
5 a 9 anos 1446
10 a 14 anos 1748
15 a 19 anos 1770
20 a 24 anos 1816
25 a 29 anos 1893
30 a 39 anos 3200
40 a 49 anos 2659
50 a 59 anos 1864
60 a 69 anos 1073
70 anos ou mais 767
Figura 24. Estrutura etária da população residente de acordo com o Censo Demográfico 2010, Costa Rica, MS.
3.2. USO E OCUPAÇÃO DA TERRA
De acordo com o Censo Agropecuário 2006 o município contém 579 estabelecimentos
agropecuários somando uma área de 303.577 hectares (Tabela 3) dos quais 80.903 hectares são
destinados à preservação permanente ou reserva legal.
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Tabela 3. Número de estabelecimentos agropecuários por tamanho no município de acordo com o Censo
Agropecuário 2006, Costa Rica, MS.
Estabelecimentos Agropecuários
Mais de 0 a menos de 0,1 ha De 10 a menos de 20 ha 37
De 0,1 a menos de 0,2 ha De 20 a menos de 50 ha 75
De 0,2 a menos de 0,5 ha 1 De 50 a menos de 100 ha 85
De 0,5 a menos de 1 ha De 100 a menos de 200 ha 109
De 1 a menos de 2 ha 8 De 200 a menos de 500 ha 150
De 2 a menos de 3 ha 8 De 500 a menos de 1.000 ha 97
De 3 a menos de 4 ha 8 De 1.000 a menos de 2.500 ha 68
De 4 a menos de 5 ha 4 De 2.500 ha e mais 62
De 5 a menos de 10 ha 14 Produtor sem área 7
As maiores produções agrícolas municipais no período de 2011 a 2015 foram a criação de
bovinos (Tabela 4) e plantio de soja e milho. A cultura temporária no município de Costa Rica
se concentrou, em 2016, nos cultivos de soja, milho e cana-de-açúcar, que ocuparam, juntos,
88% da área de culturas temporárias. As culturas permanentes limitam-se a cultivo de banana
e de coco-da-baía (Tabela 5).
Tabela 4. Principais rebanho e produtos pecuários e entre os anos de 2010 e 2014 no município de Costa Rica,
MS.
Principais Rebanhos
Rebanhos 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Bovinos
283.11
0 251.804 251.730
207.09
0 196.838
200.8
20
206.0
00
Suínos 13.473 7.380 7.011 6.580 6.234 6.105 5.850
Equinos 5.129 4.725 4.688 4.260 4.130 4.185 4.110
Ovinos 5.418 5.430 5.158 4.800 4.727 4.785 5.012
Aves (galinhas, galos, frangos (as) e pintos) - em
mil cabeças 68 67 62 51 50 48 50
Principais Produtos da Pecuária
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Lã (kg) 470 474 485 442 446 452 480
Leite (mil litros) 8.596 8.201 7.791 6.505 6.501 6205 6000
Mel de Abelhas (kg) 36.908 30.000 28.000 18.000 25.300 26100 25000
Ovos de Galinha (mil dúzias) 138 131 127 107 103 98 100
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Tabela 5. Principais produtos agrícolas, quantidade produzida e área colhida entre os anos de 2011 e 2015 no
município de Costa Rica, MS.
Produção Agrícola Municipal (Área Colhida em Hectares)
Produtos 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Algodão Herbáceo 26.575 27.188 22.536 22.189 18.597 19.392
Arroz - 117 - - - -
Banana 75 75 75 75 61 -
Cana-de-açúcar 14.842 23.533 32.767 35.753 47.174 48.358
Coco-da-Baia 5 7 7 7 - -
Feijão 80 115 400 - - -
Girassol 750 120 180 - -
Mandioca 50 50 50 50 50 20
Milho 26.500 30.000 38.000 36.265 41.900 41.720
Soja 75.000 73.500 70.000 72.500 75.000 72.000
Sorgo 2.000 - 2.000 2.000 2.000 3.000
Uva 2 - - - - -
Produção Agrícola Municipal (Toneladas)
Produtos 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Algodão Herbáceo 103.643 101.955 107.422 101.515 83.609 79.204
Arroz - 772 - - - -
Banana 645 645 645 645 525
Cana-de-açúcar 1.164.180 1.546.428 2.237.918 2.727.364 3.721.661 3.304.633
Coco-da-Baia 60 84 70 70 - -
Feijão 192 276 936 - - -
Girassol 750 231 324 - -
Mandioca 750 750 750 750 750 300
Milho 145.200 204.000 223.600 261.103 299.380 259.092
Soja 225.000 242.550 231.000 245.700 270.000 246.240
Sorgo 4.800 12.000 6.000 6.600 7.200 9.000
Uva 18 - - - - -
A área de entorno da Unidades de Conservação é ocupada predominantemente por médias e
grandes propriedades rurais cujas atividades principais são a pecuária extensiva (Figura 25) e
cultivo de cana-de-açúcar (Figura 26), milho e algodão. Porém são encontradas propriedades
com outras atividades como plantio de eucaliptos (Figura 27).
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Figura 25. Propriedade rural com atividade de pecuária extensiva no
entorno da UC, Costa Rica, MS.
Figura 26. Plantio de cana-de-açúcar em propriedade rural no
entorno da UC, Costa Rica, MS.
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Figura 27. Plantio de eucaliptos em propriedade rural no entorno da
UC, Costa Rica, MS.
3.3. ASPECTOS ECONÔMICOS
A economia do município de Costa Rica é voltada principalmente para a agricultura e pecuária.
O Produto Interno Bruto (PIB) representa a soma, em valores monetários, de todos os bens e
serviços finais produzidos em uma determinada região, durante um ano (SEBRAE, 2017). O
setor que mais gera valor no município é o de Agropecuária, que vem aumentando a sua
participação, principalmente nos últimos anos (Figura 28).
Figura 28. Composição do Produto Interno Bruto (PIB) para o Município de
Costa Rica, MS.
47,447,952,654,355,343,7
29,926,439,738,435,1
46,947,750,647,848,9
10,512,3 7,2 9,2 8,5
11,4
14,213,5
8,4 8,7 11,6
9,9 10,710,817,415,7
31,831,230,527,827,231,1
40,744,637,437,939,3
30,028,928,025,526,7
10,3 8,7 9,7 8,6 8,9 13,815,215,514,614,913,913,112,610,6 9,3 8,7
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
199
8
199
9
200
0
200
1
200
2
200
3
200
4
200
5
200
6
200
7
200
8
200
9
201
0
201
1
201
2
201
3
201
4
201
5
Rep
res
enta
tiv
ida
de
(%)
Agropecuária Indústria Serviços Impostos
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O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) é um tributo que
incide sobre a movimentação de mercadorias em geral, o que inclui produtos dos mais variados
segmentos como eletrodomésticos, alimentos, cosméticos, e sobre serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação (CONTAAZUL, 2017).
Os maiores valores de ICMS arrecadados pelo município são dos setores de agricultura,
comércio e pecuária (Tabela 6).
Os produtos agrícolas com maiores valores de produção no município são a soja, o algodão e o
milho. Em relação ao setor industrial, segundo último levantamento do IBGE, no ano de 2015
Costa Rica contava com 77 estabelecimentos industriais em funcionamento. O setor comercial
de Costa Rica contava em 2015 com 513 estabelecimentos comerciais varejistas e 23 atacadista
(Tabela 7; Tabela 8).
Tabela 6. Valor arrecadado de ICMS por atividade econômica no período de 2011 a 2015, Costa Rica, MS.
Arrecadação de ICMS por Atividade Econômica
Especificação 2011 2012 2013 2014 2015
Comércio 5.017.095,79 4.980.679,52 6.200.598,44 6.899.113,71 7.134.481,86
Indústria 938.411,00 749.522,43 754.250,76 989.404,75 1.028.684,68
Pecuária 2.095.180,70 2.167.037,85 2.489.550,03 1.547.111,18 998.649,88
Agricultura 27.967.090,16 26.983.898,63 32.317.157,43 35.068.719,04 30.387.010,28
Serviços 295.146,72 391.022,67 308.864,93 269.064,39 292.648,18
Eventuais 171.650,53 107.922,56 117.006,27 124.063,75 194.087,77
Tabela 7. Número de estabelecimentos industriais por ramo de atividade, de acordo com a Classificação Nacional
de Atividades Econômicas (CNAE) nos anos de 2014 e 2015 no município de Costa Rica, MS.
Estabelecimentos Industriais por Ramos de Atividades
Atividades Quantidade
2014 2015
Celulose, papel e produtos de papel - 1
Combustíveis e biocombustíveis - Fabricação de álcool 1 1
Confecção de roupas e artigos vestuário e acessórios, exceto roupas íntimas - 2
Construção de edifício 2 5
Construção de Rodovias e Ferro 4 2
Construção de obras de infraestrutura em geral - 3
Construção - outras obras de engenharia civil 3 3
Diversos 16 16
Impressão e reprodução de gravações 4 5
Metalúrgica – exceto máquinas e equipamentos - esquadrias de metal 2 2
Metalúrgica, exceto. máquinas. e equipamentos - ferro-gusa 1 1
Minerais não-metálicos - prod. de concreto, cimento, gesso e semelhantes 5 5
Minerais não-metálicos - extração, britamento e aparelhamento de pedras 1 1
Minerais não-metálicos - estruturas pré-moldadas de concreto armado 1 1
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Estabelecimentos Industriais por Ramos de Atividades
Atividades Quantidade
2014 2015
Móveis com predominância de madeira 8 8
Produtos alimentícios - abate de bovinos 1 1
Produtos alimentícios - laticínios 6 8
Produtos alimentícios - sorvetes e outros gelados comestíveis 4 4
Produção florestal - carvão vegetal - florestas plantadas 1 1
Produção de madeira - serrarias sem desdobramento de madeira 2 2
Produção de madeira - serrarias com desdobramento de madeira 1 1
Produtos químicos 3 3
Produtos têxteis - produtos diversos 1 1
Veículos automotores, peças e acessórios, reboques e carrocerias 1 -
Tabela 8. Números de estabelecimentos comerciais instalados entre os anos de 2009 a 2013 no município de Costa
Rica, MS.
Estabelecimentos Comerciais
Especificação Quantidade
2009 2010 2011 2012 2013
Atacadista 24 25 22 24 23
Varejista 399 439 464 485 513
3.4. INFRAESTRUTURA ECONÔMICA E SOCIAL
3.4.1. Energia Elétrica
Na área do município de Costa Rica existem três empreendimentos geradores de energia
elétrica, sendo uma termelétrica e duas hidrelétricas (SEBRAE, 2017).
De acordo com o último levantamento o consumo direto total de energia elétrica no município
de Costa rica no ano de 2015 foi de 35.482 Mwh. O maior consumo de energia elétrica no
município foi pelas residências (13.019 Mwh) seguido pelas propriedades rurais (8.803 Mwh)
(Tabela 9).
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
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Tabela 9. Consumo de energia elétrica (Mwh) por categoria de consumo no ano de 2015 no município de Costa
Rica, MS.
Energia Elétrica – 2015 Consumo Direto (Mwh): Consumidor Direto
Residencial 13.019 7.567
Industrial 1.705 82
Comercial 7.171 676
Rural 8.803 787
Poder Público 1.608 91
Iluminação Pública 1.902 37
Serviço Público 1.238 17
Próprio 37 4
3.4.2. Saneamento Básico
O saneamento básico no Brasil vem apresentando avanços nos últimos anos, porém ainda se
mostra como um problema em diversas regiões do País. A carência de abastecimento de água
e tratamento e coleta de esgoto são um dos fatores que deixam o Brasil em atraso no índice de
desenvolvimento humano. No município de Costa Rica o fornecimento de água tratada e serviço
de esgoto apresentaram aumento entre os anos de 2013 a 2015 (Tabela 10).
Tabela 10. Saneamento Básico entre os anos de 2009 a 2013 no município de Costa Rica, MS.
Abastecimento de Água
2013 2014 2015
Número de Ligações Reais 7.637 9.119 8.565
Número de Economias Reais 7.637 9.119 8.565
Extensão da Rede (Metros) 132.554,50 137.298,21 144.886,00
Volume Produzido no Ano (m³) ... 1.219.765 1.230.925
Volume Consumido (m³) 1.136.557 1.219.765 1.230.925
Volume Faturado (m³) 1.304.897 1.432.868 1.465.571
Volume Tratado (m³) ... 1.219.765,00 1.230.925,00
Serviço de Esgoto
2013 2014 2015
Número de Ligações 2.423 3.351 3.381
Número de Economia (Metros) 2.423 3.351 3.381
Volume Faturado (m³) - - -
Extensão da Rede (Metros) 40.511,50 41.018,50 41.319,50
3.4.3. Comunicação Social
Na área de comunicações, o município de Costa Rica dispõe de seis prestadoras de banda larga
fixa, em relação à telefonia fixa em 2014 a cidade tinha 3.177 terminais instalados e em 2016
existiam 2.458 terminais de serviços. O município dispõe de uma emissora comercial de rádio
FM e uma de AM, assim como de três retransmissoras de TV comercial (Ministério das
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Comunicações, 2015). O município de Costa Rica conta com uma agência de Correios própria
e uma agência comunitária.
3.4.4. Estabelecimentos de Serviços
Tabela 11. Estabelecimentos de Serviços no ano de 2015 no município de Costa Rica, MS.
Estabelecimentos de Serviços - 2015
Tipos de Atividade Quant.
Alojamento - hotéis 4
Armazenagem e ativ. auxiliar transportes 4
Atividades de Rádio 1
Diversos - leiloeiros 1
Estética/tratamento de beleza 8
Geração de energia elétrica 4
Inform. e serv. na web (provedor e etc.) 1
Op. de televisão por assinatura por cabo 1
Outros serviços de comunicação 3
Outros Serviços de Transporte 2
Reparo, manut.de equipamentos e máquinas 2
Saúde 2
Serv. arq. engenharia; analises técnica 6
Serviço especial p/construção 7
Transporte rod. coletivo passageiros 3
Transporte rodoviário de carga 29
Diversos 54
3.4.5. Agências Bancárias
O município de Costa Rica conta com três agências bancárias estão instaladas no município:
Banco do Brasil, SICRED e Banco Bradesco.
3.4.6. Frota de Veículos
A frota total de veículos registrados em Costa Rica em 2015 era de 11.964 veículos sendo em
sua maioria composta por motos e carros (Tabela 12).
Entre os anos 2002 e 2014, a população do município de Costa Rica aumentou 21%, enquanto
a frota total de veículos cresceu 245%, o acesso das famílias a meios de transporte é indicador
da evolução favorável da qualidade de vida (SEBRAE, 2017).
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Encarte II – Diagnóstico da UC
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Tabela 12. Frota de veículos, por tipo, no ano de 2015 em Costa Rica, MS.
Veículos Registrados no Detran - dez /2013
Tipos de Veículos Quant.
Automóvel 4.676
Motociclo 2.996
Caminhonete 1.623
Motoneta 1.194
Caminhão 529
Reboque 226
Semirreboque 217
Ônibus 135
Camioneta 132
Caminhão-Trator 129
Utilitário 66
Micro-ônibus 21
Ciclo moto 12
Sidecar 4
Trator De Rodas 4
3.4.7. Saúde
A infraestrutura de saúde do município contava, em 2015, com seis centros de saúde, cinco
clínicas e dois hospitais gerais, totalizando 51 leitos hospitalares disponíveis, sendo 32 do
Sistema Único de Saúde – SUS (Tabela 13) (BDE/Semac).
Tabela 13. Estabelecimentos de saúde no ano de 2016 em Costa Rica, MS.
Estabelecimentos de Saúde – abril/2016
Especificação Quant.
Unid. De vigilância em saúde 1
Centro de saúde/unid. Básica 6
Central gestão em saúde 1
Hospital geral 2
Centro de atenção psicossocial 1
Consultório isolado 18
Polo academia da saúde 1
Clínica/centro de especialidade 5
Central regulação do acesso 1
Unid. De apoio diagn. E terapia (sadt isolado) 4
Leitos 69
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Encarte II – Diagnóstico da UC
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3.5. INDICADORES SOCIAIS DE EMPREGO E RENDA, EDUCAÇÃO E SAÚDE
3.5.1. Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)
O índice IDH varia entre zero e um, sendo que quanto mais próximo a 1, mais desenvolvida é
a região. No Brasil a metodologia adaptada para os municípios gerou o IDH Municipal (IDHM),
cujos resultados são divididos em cinco classificações: de 0,000 a 0,499 é considerado grau de
desenvolvimento Muito Baixo; de 0,500 a 0,599 é considerado Baixo; de 0,600 a 0,699 é
considerado Médio; de 0,700 a 0,799 é considerado alto e de 0,800 a 1,000 é considerado Muito
Alto (PNUD, 2013).
O município de Costa Rica, em 1991, possuía um IDH considerado muito baixo. Em 2010, em
termos de ranking, melhorou a sua posição e em termos de desenvolvimento, o município de
Costa Rica apresentou melhorias nas condições de vida da população. O fator principal que
levou ao aumento do IDH foi a melhoria na educação (Tabela 14) (SEBRAE, 2017).
Tabela 14. Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) entre os anos de 1991 a 2010 em Costa Rica,
MS.
Ano Ranking IDHM IDHM IDHM IDHM
Estadual Renda Longevidade Educação
1991 23º 0,450 0,587 0,721 0,215
2000 14º 0,596 0,649 0,773 0,421
2010 20º 0,706 0,717 0,811 0,606
3.5.2. Índice FIRJAN de Desenvolvimento dos Municípios
O IFDM (Índice FIRJAN de Desenvolvimento dos Municípios) é um estudo anual do sistema
FIRJAN com o objetivo de acompanhar o desenvolvimento de dados dos mais de 5.000
municípios brasileiros nas áreas de emprego e renda, educação e saúde. O IFDM é uma forma
de quantificar, em um único valor, aspectos dessas áreas avaliadas, sendo considerado o IFDM
como alto desenvolvimento (superiores a 0,8 pontos), desenvolvimento moderado (entre 0,6 e
0,8 pontos), desenvolvimento regular (entre 0,4 e 0,6 pontos) e baixo desenvolvimento
(inferiores a 0,4 pontos) (FIRJAN, 2015). O município de Alcinópolis possui um IFDM de alto
desenvolvimento 0,8506, valor considerado acima do mediano no âmbito nacional (FIRJAN
2015). O município de Costa Rica ocupa o 1º lugar em relação ao índice IFDM municipal, e a
92º posição no âmbito nacional (Figura 29; Figura 30).
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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Figura 29. Primeiros colocados do Ranking Nacional do IFDM Geral e
colocação do município de Costa Rica com os respectivos valores do índice.
Figura 30. Primeiros colocados do Ranking Estadual do IFDM Geral e colocação
do município de Costa Rica com os respectivos valores do índice.
3.6. EMPREGO E RENDA
O IFDM – Emprego & Renda leva em consideração duas dimensões, cada uma representando
50% do índice: Emprego - que avalia a geração de emprego formal e a capacidade de absorção
da mão-de-obra local - e Renda - que acompanha a geração de renda e sua distribuição no
mercado de trabalho do município. Os dados para este índice são extraídos dos registros da
Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (CAGED), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego, e projeções oficias
de população do IBGE.
0,9050 0,90460,9009 0,9006 0,8994
0,8506
Ranking Nacional IFDM Geral
1º Extrema-MG 2º São José do Rio Preto-SP
3º Indaiatuba-SP 4º São Caetano do Sul-SP
5º Vinhedo-SP 92º Costa Rica-MS
0,8506 0,8494
0,81950,8134
0,7896
Ranking Estadual IFDM Geral
1º Costa Rica 2º Três Lagoas
3º Campo Grande 4º São Gabriel do Oeste
5º Naviraí
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Encarte II – Diagnóstico da UC
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Segundo o mesmo índice, o índice de desenvolvimento nacional para o emprego e renda é de
0,7023, Costa Rica apresentou desenvolvimento moderado, com um índice de 0,7626, ficando
acima da média dos municípios do Brasil que é de 0,5404. Costa Rica ocupa a 3º posição no
ranking estadual e a 168º no âmbito nacional (Figura 31; Figura 32).
Figura 31. Primeiros colocados do Ranking Nacional do IFDM Emprego & Renda
e colocação do município de Costa Rica com os respectivos valores do índice.
Figura 32. Primeiros colocados do Ranking Estadual do IFDM Emprego & Renda
e colocação do município de Costa Rica com os respectivos valores do índice.
3.7. EDUCAÇÃO
Em se tratando da variável Educação são levados em conta dados oficiais da educação infantil
e do ensino fundamental, fornecidos pelo Ministério da Educação (MEC) com diferentes
0,8962 0,8955 0,89270,8732 0,8688
0,7626
Ranking Nacional IFDM Emprego & Renda
1º Itabirito-MG 2º Três Lagoas-MS
3º Navegantes-SC 4º Mariana-MG
5º Sinop-MT 168º Costa Rica-MS
0,8955
0,80130,7626 0,7525 0,7447
Ranking Estadual IFDM Emprego & Renda
1º Três Lagoas 2º Angélica
3º Costa Rica 4º Ribas do Rio Pardo
5º Campo Grande
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Encarte II – Diagnóstico da UC
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ponderações, a saber: taxa de matrícula (20%), taxa de distorção idade-série (10%), percentual
de docentes com curso superior (15%), média de horas-aulas diárias (15%), taxa de abandono
(15%) e média do Índice de Desempenho da Educação Básica (IDEB) (25%). Não são
consideradas as taxas relacionadas ao ensino médio e ao ensino superior.
Segundo o mesmo índice, o índice de desenvolvimento nacional para a educação é de 0,7615,
Costa Rica apresentou desenvolvimento alto, com um índice de 0,9268, ficando acima da média
dos municípios do Brasil que é de 0,7555. Costa Rica ocupa a 1º posição no ranking estadual e
a 288º no âmbito nacional (Figura 33; Figura 34).
Figura 33. Primeiros colocados do Ranking Nacional do IFDM Educação e
colocação do município de Costa Rica com os respectivos valores do índice.
Figura 34. Primeiros colocados do Ranking Estadual do IFDM Educação e
colocação do município de Costa Rica com os respectivos valores do índice.
1,0000 1,0000 1,0000 1,0000 0,9993
0,9268
Ranking Nacional IFDM Educação
1º Taguaí-SP 1º Turmalina-SP
1º Santa Salete-SP 1º Floreal-SP
5º Juqueirópolis-SP 288º Costa Rica-MS
0,9268
0,86280,8530
0,84030,8263
Ranking Estadual IFDM Educação
1º Costa Rica 2º Nova Andradina
3º Chapadão do Sul 4º Naviraí
5º Taquarussu
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2.5.2 Saúde
O índice Firjan para a saúde utiliza as seguintes informações: quantidade de consultas pré-natal
e taxas de óbito por causas mal definidas e taxas de óbito infantis por causas evitáveis. O índice
de desenvolvimento nacional para a saúde é de 0,7684, Costa Rica apresentou desenvolvimento
alto, com um índice de 0,8624, ficando acima da média dos municípios do Brasil que é de
0,7485. Costa Rica ocupa a 15º posição no ranking estadual e a 991º no âmbito nacional (Figura
35; Figura 36).
Figura 35. Primeiros colocados do Ranking Nacional do IFDM Saúde e
colocação do município de Costa Rica com os respectivos valores do índice.
Figura 36. Primeiros colocados do Ranking Estadual do IFDM Saúde e
colocação do município de Costa Rica com os respectivos valores do índice.
1,0000 0,9946 0,9916 0,9861 0,9846
0,8624
Ranking Nacional IFDM Saúde
1º Linha nova-RS 2º Barra do Rio Azul-RS
3º Presidente Lucena-RS 4º Novo Itacolomi-PR
5º Cunhataí-SC 991º Costa Rica-MS
0,93040,9248
0,91860,9138
0,9086
0,8624
Ranking Estadual IFDM Saúde
1º Alcinópolis 2º Itaporã 3º Rochedo
4º Vicentina 5º Rio Brilhante 15º Costa Rica
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3.8. VISÃO DA COMUNIDADE LOCAL SOBRE A UC (PNM SALTO DO SUCURIÚ)
Para revisão do Plano de Manejo do PNM Salto do Sucuriú foi realizado um levantamento para
identificar a visão e perspectivas da população residente em relação à Unidade de Conservação.
Para os estudos relativos à comunidade local foi realizada uma pesquisa através de coletas de
dados primários com aplicação de questionário semiestruturado direcionado à população
residente no município de Costa Rica. O roteiro de entrevista (Anexo 8) contou com perguntas
abertas e fechadas, de modo a enriquecer a análise dos dados e contextualizar melhor as
informações obtidas. Segundo Hill & Hill (2005), as perguntas abertas possuem a vantagem de
fornecer informações mais ricas e detalhadas, entretanto as respostas são mais difíceis de
analisar estatisticamente. Por outro lado, as perguntas fechadas permitem uma melhor aplicação
da análise estatística, trabalhando os dados de maneira sofisticada, porém as informações não
são tão ricas e as respostas conduzem a conclusões mais simples.
Foram coletadas 15 amostras atendendo ao roteiro de perguntas divididas por blocos do perfil
do entrevistado, vínculo com o local, imagem da UC, atividades econômicas, ambientais,
extrativismo vegetal, caça, potencial turístico e educação ambiental. Também foram utilizados
dados secundários fornecidos pelos órgãos competentes do município, além de pesquisa
bibliográfica.
O diagnóstico socioeconômico levantou questões para avaliar a opinião dos moradores locais
entrevistados a respeito das Unidades de Conservação existentes no município. Os moradores
da região das Unidades de Conservação mostraram que desconhecem aspectos referentes a
criação e objetivos das UCs.
De acordo com os resultados obtidos todos os entrevistados têm conhecimento sobre a
existência de Unidades de Conservação no município e 93% já visitaram alguma (Figura 37) e
acreditam que a cachoeira e os esportes de aventura são os principais atrativos (Figura 38),
apesar disso a maioria dos entrevistados tem dificuldade em dizer qual a importância da UC,
quais os atrativos turísticos que existem na UC, quais atividades podem ser realizadas e quais
as mudanças que a criação das UCs trouxeram ou podem trazer para a região.
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Figura 37. Visitação da UC pelos moradores entrevistados no município de Costa
Rica, Mato Grosso do Sul.
Figura 38. Atrativos da UC na visão dos moradores entrevistados no município
de Costa Rica, Mato Grosso do Sul.
Quando questionados sobre a importância das UCs para o município de Costa Rica, 26% dos
entrevistados disseram que o lazer e a preservação ambiental são os principais aspectos,
seguidos do turismo (20%) e economia (6%), 20% não souberam responder (Figura 39).
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Sim Não
En
trev
ista
do
s (%
)
Visitação na UC
0
5
10
15
20
25
30
35
En
trev
ista
do
s (%
)
Atrativos da UC
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Encarte II – Diagnóstico da UC
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Figura 39. Importância das Unidades de Conservação pela visão dos moradores
do município de Costa Rica, MS.
Quando comparados os resultados com os obtidos na elaboração do Plano de Manejo do PNM
Salto do Sucuriú em 2008, onde apenas a metade dos entrevistados afirmou saber o que é
Unidade de Conservação e 49% perceberam o Parque como balneário e apenas 31% perceberam
o Parque como reserva ecológica ou área protegida e 20% como local para prática de esportes,
percebemos que os entrevistados continuam associando a importância do Parque Salto do
Sucuriú com o lazer para população e com o turismo deixando em segundo plano a conservação
ambiental.
Os resultados obtidos através das entrevistas com os moradores indicam que a população tem
conhecimento da UC, porém não de seus principais objetivos, que são a preservação dos seus
ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e notável beleza cênica. O lazer e o
turismo ecológico devem ser compatibilizados com a preservação ambiental, porém a
população local vê nas atividades de lazer e turismo os principais objetivos tirando do foco a
preservação ambiental, muitas vezes tratam o Parque não como uma Unidade de Conservação,
mas sim como um local meramente recreativo. A falta de informação se deve principalmente
pela a falta de divulgação e envolvimento da população nas discussões que envolvem a UC.
Considerando os resultados obtidos a partir do diagnóstico realizado pode-se concluir que a
gestão bem-sucedida de áreas protegidas precisa basear-se na inclusão da população local,
relacionando a conservação da diversidade biológica das áreas protegidas com
desenvolvimento local, tanto econômico, quanto social. A proteção ambiental envolve não só a
0
5
10
15
20
25
30
Lazer Preservação Turismo Economia Não sabe
dizer
En
trev
ista
do
s (%
)
Importância das UCs
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Encarte II – Diagnóstico da UC
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conservação de recursos naturais, mas também a promoção das potencialidades sociais,
culturais e econômicas (Brandon & Wells, 1992; CRIBB, 2013).
É necessário o envolvimento das representações locais e inserção dos moradores no
desenvolvimento de programas e projetos complementares à ação de preservação ambiental da
Unidade de Conservação, principalmente àqueles referentes à Educação Ambiental. Segundo
Schaller (1993) todo e qualquer programa voltado a conservação ambiental deve envolver a
população local, levando em consideração seus interesses, habilidades, autoconfiança e
tradições.
Dessa forma recomenda-se o desenvolvimento programas de educação ambiental,
sustentabilidade e consciência ambiental com abordagem participativa da população nos temas
relacionados às necessidades da UC.
4. SITUAÇÃO ATUAL DE GESTÃO DA UNIDADE
A gestão da UC é realizada pela Secretaria Municipal de Turismo, Meio Ambiente, Esporte e
Cultura de Costa Rica – MS (SEMTMA) e o Conselho de Administração do Parque Natural
Municipal Salto do Sucuriú está legalmente instituído desde 2015 por meio da Portaria nº
11.400/2015 e teve sua composição alterada pela portaria nº 13.236, de 17 de maio de 2017.
O Conselho Gestor do PNM Salto do Sucuriú é de caráter consultivo, e que assim deverá exercer
suas funções mais efetivamente com a implementação dos programas e ações previstas no Plano
de Manejo da UC.
5. ANÁLISE INTEGRADA DO DIAGNÓSTICO
O relevo da região é ondulado e o solo é arenoso o que não permite o desenvolvimento de
agricultura mecanizada, sendo a pecuária a principal atividade desenvolvida na região. A
hidrografia da UC compreende o córrego Ribeirão de Baixo e as nascentes do Córrego Grota
Funda, que convergem para o Sucuriú, localizado no limite norte da Unidade de Conservação.
Quanto aos domínios fitogeográficos, na área do Parque ocorrem dois grupos, sendo uma
formação campestre, a Savana Arborizada e outra florestal, a Floresta Estacional Semidecidual.
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
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De um modo geral, as fisionomias naturais apresentam certa descaracterização promovida pelo
histórico de atividades agropecuárias, pastoreio e plantio, antes da implantação da área como
Unidade de Conservação. Atualmente, o Parque favorece a contínua conservação destes
remanescentes de vegetação e, consequentemente, conduz a proteção das espécies da flora
regional, pela preservação de diversos espécimes, das quais se destacam as espécies de valor
para a conservação: Bocageopsis mattogrossenssis, Caryocar brasiliense, Cedrela fissilis,
Hancorna speciosa, Dipteryx alata, Myracrodruon urundeuva, Ocotea porosa e Schinopsis
brasiliensis.
Para as aves foram registradas 192 espécies de aves divididas em 25 ordens e 53 famílias, na
região do PNMSS e seu entorno. Entre as espécies registradas a ema (Rhea americana) e o
papagaio-galego (Alipiopsitta xanthops) são classificadas como quase ameaçada de extinção.
Outra espécie presente na lista como vulnerável, o mutum-de-penacho (Crax fasciolata) é assim
classificada pela perda de seu habitat devido ao desmatamento e principalmente por ser muito
caçada. Também se descatam para a avifauna, as espécies de interesse turístico, principalmente
para a atividade de Birdwatch, como anhuma (Anhima cornuta), tuiuiú (Jabiru mycteria),
surrucuá-de-barriga-vermelha (Trogon curucui), martim-pescador-verde (Chloroceryle
amazona), udu-de-coroa-azul (Momotus momota), tucanuçu (Ramphastos toco), Falconídeos
em geral, Psittacídeos em geral, taperuçus, choró-boi (Taraba major), entre outros.
Com relação a herpetofauna a região apresenta grande potencial para diversidade de espécies,
principalmente com relação aos répteis squamata (lagartos e serpentes), os dados primários e
secundários indicam a ocorrência de 80 espécies de anfíbios e répteis para a UC, das quais
algumas ainda aguardam identificação taxonômica. Apsear de não terem sido registradas
espécies ameaçadas, algumas tem importância para a conservação, como como os lagartos
iguana Iguana iguana e teiú (Salvator merianae e Tupinambis teguixin), a sucuri Eunectes
murinus, o jacaré-paguá Paleosuchus palpebrosus e o cágado-de-barbicha Mesoclemmys
vanderhaegei, inseridas nos apêndices da CITES. Também se destacam as espécies
consideradas endêmicas do Bioma, que soman aproximadamente 23% das das espécies
registradas e de provável ocorrência para a área.
Os dados obtidos com relação ao uso do hábitat pela mastofauna indicam que a maioria das
espécies registradas são de ampla distribuição geográfica e genelaristas, entretanto a
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importância da UC para a conservação de espécies desde grupo da fauna fica evidente quando
consideramos que das 36 espécies levantadas para o Parque, 14 estão ameaçadas de extinção
em âmbito nacional (MMA), e 10 espécies em categoria de ameaça pela IUCN (2017).
Quanto a ictiofauna há registros de 35 espécies de peixes na área do PNM Salto do Sucuriú e
entorno, com predomínio Characiformes (conhecidos como “peixes de escamas”) de pequeno
e médio porte, a seguir Siluriformes (bagres e cascudos), Perciformes (carás, joaninhas, tilápia
e tucunarés), Gymnotiformes (tuviras) e outras ordens menores. A maioria das espécies
registradas é nativa, há registro de apenas uma espécie exótica na área, a tilápia (Tilapia
rendalli), introduzida a partir da África. Apesar de abrigar somente uma espécie em extinção,
o PNM Salto do Sucuriú tem importância conservacionista significativa para este grupo de
vertebrados, pois protege um dos mais importantes sítios reprodutivos do rio Sucuriú, nas
corredeiras a jusante do Salto do Sucuriú. Além disso, em conjunto com sua área de
amortecimento, contém riachos e ribeirões importantes à ictiofauna residente.
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Anexo 1. Lista de Espécies lenhosas
Espécies lenhosas registradas para a região do Parque Natural Municipal Salto do Sucuriú. Legenda: G.E. = Grupo Ecológico: P (pioneira), S (secundária), T (tardia); Usos: ALI (alimentar),
ECL (ecológico), ECN (econômico), MÉD (medicinal), ORN (ornamental). *Espécies sugeridas para estudos de manejo e pesquisa científica.
FAMÍLIA Nome científico Nome-comum GE Usos
Bocch
ese
(201
8)
Bocch
ese
e
Azered
o
(201
7)
Bocch
ese
(201
4)
Bocch
ese
(201
3)
Lo
ng
o
(200
9)
Sil
va
e
Sil
va
(200
8)
Pag
ott
o
e
So
uza
(200
6)
Ba
sto
s
(200
2)
FIB
RA
CO
N
(200
7)
ANACARDIACEAE Astronium sp. gonçalo X
Myracrodruon urundeuva* aroeira T ECN, MÉD X
Schinopsis brasiliensis* quebracho S ECN
Lithraeae molleoides aroeirinha S ECN, ECL, ORN X
Tapirira guianensis peito-de-pombo P ECN, ECL X X
Vellozia flavicans canela-de-ema S ECL
ANNONACEAE Annona coriacea marolo P ECL, ALI, MÉD X
Annona crassiflora araticum P ECL, ALI, MÈD X
Annona phaeoclados araticum P ECL X
Bocageopsis mattogrossensis* embira-preta S ECL X
Cardiopetalum calophylum imbira S ECL X
Duguetia furfucata ata S ECN, ECL X
Duguetia lanceolata araticunzinho P ECN, ECL X
Guatteria sellowiana chal-chal S ECL X
Rollinia sylvatica araticum P ECN, ECL X
Rollinia sylvatica araticum-do-mato P ECL, ALI, MÉD
Unonopsis lindmanii pindaíva-preta P ECL
Xylopia emarginata pindaíba-d'água P ECL X
Xypolia aromatica pimenteira P ECL X
APOCYNACEAE Aspidosperma macrocarpum guatambu S ECN X
Aspidosperma subincanum guatambuzinho S ECN X
Hancornia speciosa* mangaba S ECL X
Himananthus obovatus pau-de-leite P ECN, ECL X
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________ 84/110
ARALIACEAE Dendropanax cuneatum maria-mole S ECL X
Schefflera morototoniI mandiocão P ECL, ECN X
ARECACEAE Acrocomia aculeata bocaiúva P ECL, ALI X
Desmoncus cf. cuyabensis jacitara P ECL X
Syagrus oleracea guariroba S ECL, ALI, ORN X
Syagrus rommanzoffianus gerivá S ECL, ALI, ORN X
BIGNONIACEAE Cybistax antisyphilitica ipê-verde S ECN, ORN X
Handroanthus aureus paratudo S ECN, MÉD, ORN X
Handroanthus durus ipê-banco-do-brejo P ECL, ORN X
Handroanthus impetiginosus ipê-roxo T ECN, MÉD, ORN X
Handroanthus roseo-albus ipê-branco S ECN, ORN X
Handroanthus serratifolius pau-d'arco T ECN, ORN
Jacaranda cuspidifoila carobinha S ECN, ORN
Zeyheria montana bolsinha-de-pastor P ECL X
BORAGINACEAE Cordia alliodora louro-branco P ECN X
Cordia glabrata louro-pardo P ECN X
Cordia sellowiana louro P ECN X
Cordia trichotoma louro P ECN X
BURSERACEAE Protium heptaphyllum amescla-bréu S ECN, ECL X
CARYOCARACEAE Caryocar brasiliense* pequi P ECL, ECN, ALI, MÉD X
CHRYSOBALANACEAE Hirtella gracilipes bosta-de-cabra P ECL X
Licania humilis oiti S ECN, ECL X
Couepia gardneri oiti-de-ema S ECN, ECL X
CLUSIACEAE Calophyllum brasilienis guanandi S ECN, ECL, ALI, MÉD X
Kielmeyera speciosa pau-santo S ECN, ECL X
COMBRETACEAE Buchenavia tomentosa tarumarana S ECN X
Terminalia argentea capitão-do-campo S ECN, MÉD X
Terminalia fagifolia orelha-de-cachorro P ECN X
CONNARACEAE Connarus suberosus araruta-do-campo P ECL X
Rourea induta botica inteira P ECL X
DILLENIACEAE Curatella americana lixeira P ECL MÉD X
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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______________________________________________________________________________________________________________________ 85/110
Davilla elliptica lixeirinha P ECL X
EBENACEAE Diospyros brasiliensis fruta-de-boi P ECL, ALI X
ELAEOCARPACEAE Sloanea lasiocoma sapopema S ECL X
ERYTHROXYLACEAE Erythroxylum suberosum muxiba S ECN, ECL X
Erythroxylum tortuosum cabriteiro P ECL X
EUPHORBIACEAE Alchornea triplinervia tapiá P ECL X
Croton bonplandianus sangra-d'água P ECL X
Croton urucurana sangra-d'água P ECL X
Maprounea guianensis vaquinha S ECN, ECL X
Sebastiana membranifolia sarandi S ECL X
FABACEAE Acacia paniculata cássia S ECL, ORN X
Albizia sp. monjolo S ECN, ORN X
Amburana cearensis imburana T ECN, MÉD X
Anadenanthera colubrina angico-branco S ECN, ORN X
Anadenanthera falcata angico-do-cerrado S ECN X
Andira cuyabensis morcegueira S ECN, ECL X
Apuleia leiocarpa garapa T Ecn, ECL X
Bauhinia glabra pata-de-vaca P ECN X
Bauninia mollis espinheira P ECN X
Bauhinia forficata pata-de-vaca P ECN X
Bowdichia virgilioides sucupira S ECN, MÉD X
Centrolobium cf. tomentosum araribá T ECN, ECL X
Copaifera langsdorffii copaiba S ECN, MÉD, ORN X
Dalbergia cuyabensis rabo-de-bugiou S ECN, MÉD X
Dalbergia miscolobium rabo-de-macaco S ECN X
Dimorphandra mollis fava-de-anta P ECN, ECL, MÉD X
Dipteryx alata* cumbaru S ECN, ECL, ALI, MÉD, ORN X
Diptychandra aurantiaca balsaminho S ECN X
Enterolobium contortisiliquum orelha-de-macaco T ECN, ECL, ORN X
Erythrina dominguezii mulungu S ECN, ORN X
Erythrina falcata eritrina S ECN, ORN X
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________ 86/110
Hymenaea courbaril jatobá-da-mata T ECL, ECN, ALI, MÉD, ORN X
Inga laurina ingá-branco S ECN, ECL X
Inga uruguaiensis ingá-feijão S ECN, ECL X
Inga edulis ingá-liso S ECN, ECL X
Lonchocarpus sp. embira S ECN, ECL X
Machaerium aculeatum jacarandá-bico-de-papagaio S ECN X
Machaerium opacum jacarandá-do-cerrado S ECN X
Ormosia arborea olho-de-cabra P ECN, ORN X
Piptadenia gonoacantra monjoleiro S ECN X
Plathymenia reticulada vinhático-do-campo S ECN, ORN
Platypodium elegans amendoim-do-campo S ECN X
Pterodon emarginatus sucupira-branca S ECN, MÉD, ORN X
Pterogyne nitens amendoim S ECN X
Sclerolobium aureum carvoeiro S ECN, MÉD, ORN X
Senna alata aleluia S ECN, ORN X
Senna silvestris aleluia S ECN, ORN X
Stryphnodendron obovatum barbatimão P ECL X
Vatairea macrocarpa angelim-do-cerrado P ECN, ECL
FLACOURTIACEAE Casearia gossypiosperma espeteiro P ECL X
ICACINACEAE Emmotum nitens Faia S ECN, ECL X
LAURACEAE Nectandra sp. canela S ECN X
Ocotea diospyrifolia canela S ECN, ECL X
Ocotea sp. canela S ECN, ECL X
Ocotea porosa* canelinha S ECN, ECL X
LECYTHIDACEAE Eschweilera nana ovo-frito P ECL X
LOGANIACEAE Strychnos pseudoquina quina-do-cerrado P ECL X
LYTHRACEAE Lafoensia pacari dedaleira P ECL X
MALPIGHIACEAE Byrsonima coccolobifolia muricizão P ECL X
Byrsonima crassifolia murici P ECL X
Byrsonima intermedia murici P ECL X
Byrsonima umbellata murici-do-brejo P ECL
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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______________________________________________________________________________________________________________________ 87/110
Byrsonima serica muricizinho P ECL X
MALVACEAE Apeiba tibourbou pau-jangada S ECN, ECL X
Chorisia speciosa paineira S ECN, ORN X
Eriotheca pubescens paina-do-cerrado S ECN, ECL, ORN X
Luehea divaricata açoita-cavalo P ECN X
Luehea grandiflora açoita-cavalo P ECN X
Luehea paniculata açoita-cavalo P ECN X
Pseudobombax longiflorum embiruçu S ECN, ECL, ORN X
Pseudobombax tomentosum paineira T ECN, ORN X
MELASTOMATACEAE Cabralea canjerana canjerana T ECN X
Miconia burchellii pixirica P ECL X
Miconia tiliaefolia pixirica P ORN X
Tibouchina granulosa quaresmeira P ECL, ORN X
MELIACEAE Cedrela fissilis* cedro T ECN, ORN X
Guarea guidonea marinheiro T ECL X
Guarea kunthiana marinheiro T ECL X
Guarea macrophylla marinheiro S ECL X
Miconia sp. micônia P ECL, ORN X
Trichilia hirta carrapeta S ECN
Trichilia pallida catiguá S ECN, ECL
Trichilia silvatica cachuá S ECN, ECL X
MORACEAE Brosimum gaudichaudii mama-cadela S ECN, ORN X
Ficus carica figueira S ECN, ECL X
Ficus gardneriana figueira S ECN, ECL X
Ficus grandis figueira S ECN, ECL X
Ficus cf. insipida figueira S ECN, ECL X
Maclura tinctoria amora-de-espinho P ECN, ECL X
Sorocea bonplandii falsa-espinheira S ECL X
MYRTACEAE Blepharocalyx salicifolius maria-preta P ECL X
Campomanesia pubescens guavira P ECL, ALI X
Campomanesia sp. araçá P ECL X
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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Eugenia aurata cabeludinho P ECL X
Eugenia sonderiana araçazinho P ECL X
Eugenia cf. dysenterica araçá-do-mato P ECL X
Eugenia sp. araçazinho P ECL X
Gomidesia palustris araçá P ECL X
Myrcia bella* mercurinho P ECL
Myrcia rostrata goiabinha P ECL X
Myrcia camapuaensis goiabinha-do-mato P ECL X
Myrcianthes cf. pungens guabiju P ECL
Psidium australe araçá P ECL, ALI, ORN X
Siphoneugena densiflora maria-preta P ECL
OPILIACEAE Agonandra brasiliensis cerveja-de-pobre P ECL X
PAPILIONOIDEAE Dalbergia miscolobium jacarandá S ECN, ORN X
POLYGONACEAE Coccoloba mollis falso-novateiro S ECN X
PRIMULACEAE Myrsine guianensis cafezinho P ECL
Rapanea ferruginea pororoca P ECL X
Virola urbaniana virola-do-brejo S ECL
PROTEACEAE Roupala montana carne-de-vaca S ECL X
RHAMNACEAE Rhamnidium elaeocarpum cabriteira S ECL X
RUBIACEAE Alibertia edulis marmelo P ECN, ECL X
Alibertia sessilis marmelinho P ECN, ECL X
Coussarea hydrangeaefolia falsa-quina S ECN
Genipa americana jenipapo P ECN, ECL, ALI, MÈD X
Psycotria carthagenensis cafezinho S ECL
Randia armata limãozinho S ECL X
Rudgea viburnoides congonha S ECL X
Tocoyena formosa olho-de-boi S ECN, ECL X
RUTACEAE Esenbeckia cf. febrifuga guarantã S ECN, ECL X
Zanthoxylum riedelianum mamica-de-porca S ECN, ECL
Zanthoxylum rhoifolium mamica-de-cadela S ECN, ECL X
Zanthoxylum rigidum mamica-de-porca S ECN, ECL X
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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SAPINDACEAE Allophylus edulis cun-cun S ECL X
Cupania castaneifolia camboatá-vermelho S ECN, ECL X
Cupania vernalis saboneteira S ECN, ECL X
Diatenopteryx sorbifolia maria-preta S ECN, ECL
Dilodendron bipinnatum maria-pobre S ECN, ECL X
Cupania vernalis camboatá S ECN, ECL
Magonia pubescens timbó S ECN, MÉD, ORN X
Matayba guianensis camboatá S ECN, ECL X
Talisia esculenta pitombeira S ECN, ECL, ORN X
SAPOTACEAE Pouteria ramiflora grão-de-galo P ORN
Pouteria torta abiu S ECN X
SIMAROUBACEAE Simarouba versicolor perdizeira S ECN, ECL X
SOLANACEAE Solanum lycocarpum lobeira P ECN X
STERCULIACEAE Helicteres guazumifolia Helicteres P ECN, ECL X
Guazuma ulmifolia chico-magro P ECN, ECL, MÉD X
STYRACACEAE Styrax ferrugineus laranjinha-do-cerrado P ECL
ULMACEAE Trema micantra taleira P ECL
URTICACEAE Cecropia pachystachya embaúba P ECL
Cecropia hololeuca embaúba P ECL
VERBENACEAE Vitax polygama tarumã T ECN, ECL, MÈD X
VOCHYSIACEAE Qualea grandiflora pau-terra P ECN X
Qualea multiflora pau-terrinha S ECN X
Qualea parviflora pau-terra-mirim S ECL
Salvertia convallariodora chapéu-de-couro P ECN, ECL X
Vochysia cinnamoea cinzeiro P ECN X
Vochysia tucanorum caixeta S ECN, ORN X
Vochysia rufa pau-doce S ECN, ORN X
WINTERACEAE Drimys winteri cataia S ECN, ECL X
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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Anexo 2. Lista das Espécies de Avifauna
Listagem de espécies da avifauna. Legenda: SD - Sensibilidade a distúrbios: B – Baixa, M – Média, A – Alta. D
– Dieta: O – Onívoro, G – Granívoro, P – Piscívoro, I – Insetívoro, D – Detritívoro, C – Carnívoro, M –
Malacófago, F – Frugívoro, N – Nectarívoro. Habitat: Ca = Campo; Ce = Cerrado; Pa = Pastagem cultivada; F =
Ambiente florestado; Ci = Mata ciliar; Ga = Floresta de galeria; Br = Vereda/Nascente; Aq = Aquático; AA = Área
antropizada. PNM do Salto do Sucuriú, município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul.
Ordem/Família/Espécie Nome Popular SD D Habitat
Struthioniformes
Rheidae
Rhea americana ema B O Ca, Ce, Pa
Tinamiformes
Tinamidae
Crypturellus undulatus jaó B O Ci, F, Ga
Crypturellus parvirostris inhambu-chororó B O Ce
Rynchotus rufescens perdiz B O Ca, Pa
Nothura maculosa codorna-amarela B O Ca, Pa
Anseriformes
Anhimidae
Anhima cornuta anhuma M G Ci, Br
Anatidae
Dendrocygna viduata irerê B O Ci, Aq, AA
Cairina moschata pato-do-mato M O Ci, Aq, AA
Amazonetta brasiliensis pé-vermelho B O Ci, Aq, AA
Galliformes
Cracidae
Penelope superciliaris jacupemba M O F
Crax fasciolata mutum-de-penacho M O F, Ga
Ciconiiformes
Ciconiidae
Jabiru mycteria tuiuiú M P Ci, Br
Mycteria americana cabeça-seca B P Ci, Br
Suliformes
Phalacrocoracidae
Phalacrocorax brasilianus biguá B P Aq
Anhingidae
Anhinga anhinga biguatinga M P Aq
Pelecaniformes
Ardeidae
Tigrisoma lineatum socó-boi M O Br
Nycticorax nycticorax savacu B O Aq, Br
Butorides striata socozinho B O Br
Bubulcus ibis garça-vaqueira B I Pa, Ca
Ardea cocoi garça-moura B P, I Aq, Br
Ardea alba garça-branca-grande B P, I Aq, Br
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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Ordem/Família/Espécie Nome Popular SD D Habitat
Syrigma sibilatrix maria-faceira M O Br, Ca
Egretta thula garça-branca-pequena B O Aq, Br
Threskiornithidae
Mesembrinibis cayennensis coró-coró M O Ci, Aq, Br
Theristicus caudatus curicaca B O Ca, Pa, F, AA
Cathartiformes
Cathartidae
Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha B D Pa, Ga, F
Cathartes burrovianus urubu-de-cabeça-amarela M D F, Br
Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta B D F, Pa, Ci, AA
Sarcoramphus papa urubu-rei M D F, Ga
Accipitriformes
Accipitridae
Elanus leucurus gavião-peneira B O F, Pa
Ictinia plumbea sovi M C, I F, Ga
Rostrhamus sociabilis gavião-caramujeiro B M Br
Heterospizias meridionalis gavião-cabloco B C Ca, AA
Rupornis magnirostris gavião-carijó B C, I F, Ci, Ga, AA
Geranoaetus albicaudatus gavião-de-rabo-branco B C F, Ca
Buteo brachyurus gavião-de-cauda-curta M C F, Ci, Ga
Gruiformes
Aramidae
Aramus guarauna carão M M Br
Rallidae
Aramides cajaneus saracura-três-potes A O F, Br, Ga
Porzana albicollis sanã-carijó M O Ca, Br
Gallinula galeata frango-d'água-comum B O Aq, Ci, Br
Charadriiformes
Charadriidae
Vanellus chilensis quero-quero B O Ca, Br, AA
Jacanidae
Jacana jacana jaçanã B O Br
Columbiformes
Columbidae
Columbina talpacoti rolinha-roxa B G Ca, Pa, AA
Columbina squammata fogo-apagou B G Ca, AA
Columbina picui rolinha-picui B G Ca
Patagioenas picazuro pombão M O Ga, Ca, Pa, AA
Patagioenas cayennensis pomba-galega M O F, Ga, Ci, AA
Zenaida auriculata pomba-de-bando B G Ca, Pa, AA
Leptotila verreauxi juriti-pupu B G F, Ci, Ga, AA
Leptotila rufaxilla juriti-gemedeira B G F, Ci, Ga, AA
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
_________________________________________________________________________________________
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Ordem/Família/Espécie Nome Popular SD D Habitat
Cuculiformes
Cuculidae
Piaya cayana alma-de-gato B O F, Ga
Crotophaga major anu-coróca M O F, Ga, Ci
Crotophaga ani anu-preto B O Ca, Br, AA
Guira guira anu-branco B O Ca, Br, AA
Tapera naevia saci B O Ca, Br, F
Strigiformes
Tytonidae
Tyto furcata suindara B C Ca, Ce, Pa, AA
Strigidae
Megascops choliba corujinha-do-mato B C, I F, Ci, Ga, AA
Glaucidium brasilianum caburé B C, I F, Ca, AA
Athene cunicularia coruja-buraqueira M O Ca, Ce, AA
Asio clamator coruja-orelhuda B O F, Ci
Nyctibiiformes
Nyctibiidae
Nyctibius griseus mãe-da-lua B I F, Ci, Ga, AA
Caprimulgiformes
Caprimulgidae
Antrostomus rufus joão-corta-pau B I F, Ga, Br
Hydropsalis albicollis bacurau B I F, Ce, Ca, AA
Hydropsalis parvula bacurau-chintã B I F, Ga, AA
Apodiformes
Apodidae
Cypseloides senex taperuçu-velho B I F, Ce, Ga, Ci
Streptoprocne zonaris taperuçu-de-coleira-branca B I F, Ce, Ga, Ci
Trochilidae
Phaethornis pretrei rabo-branco-acanelado B N F, Ce, AA
Eupetomena macroura beija-flor-tesoura B N Ce, AA
Anthracothorax nigricollis beija-flor-de-veste-preta B N F, Ga, AA
Chlorostilbon lucidus besourinho-de-bico-vemelho B N F, Ce, Ci, AA
Thalurania furcata beija-flor-tesoura-verde M N F
Hylocharis chrysura beija-flor-dourado M N Ce, Ga, AA
Trogoniformes
Trogonidae
Trogon curucui surrucuá-de-barriga-vermelha M I, F F
Coraciiformes
Alcedinidae
Megaceryle torquata martim-pescador-grande B P Aq, Ci, Br
Chloroceryle amazona martim-pescador-verde B P Aq, Br
Chloroceryle americana martim-pescador-pequeno B P Aq, Br
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
_________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________ 93/110
Ordem/Família/Espécie Nome Popular SD D Habitat
Momotidae
Momotus momota udu-de-coroa-azul M I, F F, Ga
Galbuliformes
Galbulidae
Brachygalba lugubris ariramba-preta B I F, Ci, Ga, AA
Galbula ruficauda ariramba-de-cauda-ruiva B I F, Ci, Ga, AA
Bucconidae
Nystalus chacuru joão-bobo M I Ce, F, Ga, AA
Monasa nigrifrons chora-chuva-preto M I F, Ga, AA
Piciformes
Ramphastidae
Ramphastos toco tucanuçu M O Ce, Ca, Ci, Ga
Pteroglossus castanotis araçari-castanho A F F, Ci
Picidae
Picumnus albosquamatus pica-pau-anão-escamado B I F, Ga, AA
Melanerpes candidus birro B I F, Ga, Ca, AA
Veniliornis passerinus picapauzinho-anão B I F, Ci, Ga
Colaptes melanochloros pica-pau-verde-barrado B I F, Ga, AA
Colaptes campestris pica-pau-do-campo B I Ce, Ca, Pa, AA
Dryocopus lineatus pica-pau-de-banda-branca B I F, Ci, Ga, AA
Campephilus melanoleucos pica-pau-de-topete-vermelho M I F, Ci, Ga, AA
Cariamiformes
Cariamidae
Cariama cristata seriema M O Ca, F, AA
Falconiformes
Falconidae
Caracara plancus carcará B O Ca, F, Pa, AA
Milvago chimachima pinhé B O Ca, Pa, AA
Herpetotheres cachinnans acauã B C, I Ci, Ga, F, AA
Falco sparverius quiriquiri B C, I Ca, Ga
Falco femoralis falcão-de-coleira B C, I Ca
Psittaciformes
Psittacidae
Ara ararauna arara-canindé M F F, Ga, Br
Diopsittaca nobilis maracanã-pequena M F Ga, Br
Orthopsittaca manilatus maracanã-do-buriti M F Ga, Br
Psittacara leucophthalmus periquitão-maracanã B F F, Ga, Ci, AA
Eupsittula aurea periquito-rei M F Ce, Ga, F
Brotogeris chiriri periquito-de-encontro-amarelo M F F, Ga, AA
Alipiopsitta xanthops papagaio-galego M, E F Ce, Ga
Amazona aestiva papagaio-verdadeiro M F Ce, Ga
Passeriformes
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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Ordem/Família/Espécie Nome Popular SD D Habitat
Thamnophilidae
Formicivora rufa papa-formiga-vermelho B I Ce, Ci
Herpsilochmus longirostris chorozinho-de-bico-comprido M, E I Ga, Ce
Thamnophilus doliatus choca-barrada B I Ce, Ci, AA
Taraba major choró-boi B I F, Ci, Ga, AA
Dendrocolaptidae
Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde M I F
Lepidocolaptes angustirostris arapaçu-de-cerrado M I F, Ce
Dendrocolaptes platyrostris arapaçu-grande M I F, Ga, Ci
Furnariidae
Furnarius rufus joão-de-barro B I Ca, Pa, AA
Phacellodomus ruber graveteiro B I F, Pa, Ca
Synallaxis frontalis petrim B I F, Ga, AA
Synallaxis albescens uí-pi B I Ca, Pa, Ce
Tityridae
Tityra inquisitor anambé-branco-de-bochecha-parda M I, F F
Tityra cayana anambé-branco-de-rabo-preto M I, F F
Tityra semifasciata anambé-branco-de-máscara-negra M I F, Ga, Ci
Pachyramphus validus caneleiro-de-chapéu-preto M I F
Rhynchocyclidae
Todirostrum cinereum ferreirinho-relógio B I F, Ga, AA
Hemitriccus margaritaceiventer sebinho-de-olho-de-ouro M I F, Ga
Tyrannidae
Camptostoma obsoletum risadinha B I F, Ci, Ga, AA
Elaenia flavogaster guaracava-de-barriga-amarela B I, F F, Ce, Ci, AA
Elaenia spectabilis guaracava-grande B I, F F, Ce, Ci, AA
Legatus leucophaius bem-te-vi-pirata B I, F F, Ga, AA
Myiarchus ferox maria-cavaleira B I F, Ci, Ga, AA
Myiarchus tyrannulus maria-cavaleira-de-rabo-enferrujado B I F, Ce, Ga
Casiornis rufus maria-ferrugem B I F, Ci, Ga, AA
Pitangus sulphuratus bem-te-vi B O F, Ga, Ce, AA
Philohydor lictor bentevizinho-do-brejo B I Ci, Br
Machetornis rixosa suiriri-cavaleiro B I Pa, Ca, AA
Myiodynastes maculatus bem-te-vi-rajado B O F, Ci, Ga, AA
Megarynchus pitangua neinei B I F, Ci, Ga, AA
Myiozetetes cayanensis bentevizinho-de-asa-ferrugínea B O F, Ce, AA
Tyrannus melancholicus suiriri B I F, Ci, Ga, AA
Tyrannus savana tesourinha B I Ce, Ca, Pa, AA
Empidonomus varius peitica B I F, Ga, AA
Colonia colonus viuvinha B I F, Ci, AA
Pyrocephalus rubinus príncipe B I Pa, Ca, Ga, AA
Arundinicola leucocephala freirinha M I Ci, Br
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
_________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________ 95/110
Ordem/Família/Espécie Nome Popular SD D Habitat
Gubernetes yetapa tesoura-do-brejo M I Ca, Br, AA
Cnemotriccus fuscatus guaracavuçu B I F, Ci, Ga, AA
Xolmis cinereus primavera B I Ca, Pa, AA
Xolmis velatus noivinha-branca M I Ce, Pa, Ca
Vireonidae
Cyclarhis gujanensis pitiguari B I F, Ci, Ga, AA
Corvidae
Cyanocorax cyanomelas gralha-pantanal B O F, Ga, Ci
Cyanocorax cristatellus gralha-do-campo M, E O Ce
Cyanocorax chrysops gralha-picaça M O F, Ci, Ga
Hirundinidae
Stelgidopteryx ruficollis andorinha-serradora B I Aq, Ca, Pa
Progne tapera andorinha-do-campo B I Aq, Ce, Ca
Progne chalybea andorinha-doméstica-grande B I Ce, Pa, Ca
Tachycineta albiventer andorinha-do-rio B I Aq
Tachycineta leucorrhoa andorinha-de-sobre-branco B I Ce, Ca, Pa
Troglodytidae
Troglodytes musculus corruíra B O F, Ce, Ca, AA
Donacobiidae
Donacobius atricapilla japacanim M O Ci, Br
Turdidae
Turdus leucomelas sabiá-barranco B O F, Ga, AA
Turdus rufiventris sabiá-laranjeira B O F, AA
Turdus amaurochalinus sabiá-poca B I, F F, Ga, AA
Mimidae
Mimus saturninus sabiá-do-campo B O F, Ce, Ca, AA
Motacillidae
Anthus lutescens caminheiro-zumbidor B I Ca, Pa, AA
Passerellidae
Ammodramus humeralis tico-tico-do-campo B G Ca, Pa, AA
Parulidae
Setophaga pitiayumi mariquita M I F, Ci, Ga
Geothlypis aequinoctialis pia-cobra B I F, Ci, Ga, Br
Basileuterus culicivorus pula-pula B I F, Ga
Myiothlypis flaveola canário-do-mato M I F, Ga
Icteridae
Cacicus haemorrhous guaxe B O F, Ci, AA
Icterus pyrrhopterus encontro B O F, Ci, Ga, AA
Icterus croconotus joão-pinto B O F, Ga, Ci
Gnorimopsar chopi passaro-preto B O Ca, Pa, AA
Pseudoleistes guirahuro chopim-do-brejo B O Ca, Ci, Br
Sturnella superciliaris polícia-inglesa-do-sul B G Ca, Pa, Ci, AA
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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Ordem/Família/Espécie Nome Popular SD D Habitat
Thraupidae
Coereba flaveola cambacica B N, I F, Ce, Ca, AA
Saltatricula atricollis bico-de-pimenta M, E G F, Ce
Saltator similis trinca-ferro-verdadeiro B G F, Ci, Ga, AA
Tachyphonus rufus pipira-preta B F F, Ci, Ga
Ramphocelus carbo pipira-vermelha B F F, Ci, Ga, AA
Lanio cucullatus tico-tico-rei B G F, Ce, AA
Lanio penicillatus pipira-da-taoca M I, F F, Ga
Tangara sayaca sanhaçu-cinzento B F F, Ga, AA
Tangara palmarum sanhaçu-do-coqueiro B F F, Ga, AA
Tangara cayana saíra-amarela M I, F F, Ga, Ce, Ca
Tersina viridis saí-andorinha B F F, Ci, Ga, AA
Dacnis cayana saí-azul B F F, Ci, Ga, AA
Conirostrum speciosum figuinha-de-rabo-castanho B I, F F, Ci, Ga
Sicalis flaveola canário-da-terra-verdadeiro B G F, Ci, Ga, AA
Emberizoides herbicola canário-do-campo B G Ca, Pa, Br
Volatinia jacarina tiziu B G Pa, Ca, Ce, AA
Sporophila collaris coleiro-do-brejo B G Ci, Ca, Pa, Br
Sporophila lineola bigodinho B G Ca, Ci, Pa, AA
Sporophila caerulescens coleirinho B G Ca, Pa, AA
Fringillidae
Euphonia chlorotica fim-fim B F F, Ci, Ga, AA
Passeridae
Passer domesticus pardal B O AA
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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Anexo 3. Lista das Espécies de herpetofauna
Espécies de anfíbios e répteis com ocorrência confirmada para as Unidades de Conservação do munícipio de Costa Rica, MS (APA das nacentes do Sucuriú, PNM Salto do Sucuriú
e PMN da Laje) e espécies de provável ocorrência (PO), com respectivos nomes populares, ocorrência, hábito, atividade, distribuição geográfica e conservação. Legenda: Ocorrência
APA=Área de Proteção Ambiental Das Nascentes do rio Sucuriú, Salto=PNM Salto do Sucuriú; Laje=PNM Salto da Laje; DS=dados secundários, espécies de provável ocorrência
(Uetanabaro et al., 2006). Hábito Ab=arborícola; Aq=aquático; Cr=criptozóico; Fo=fossorial; Te=terrestre. Ativ (atividade) D=diurna; N=noturna. Distrib (distribuição)
End=espécie endêmica do Cerrado; Conserv (conservação) C2=espécie inserida no apêndice II da Cites.
ORDEM/Família/Espécie Nome popular
Ocorrência
Habito Ativ Distrib Conserv APA DS
Salto Laje
CLASSE AMPHIBIA
ORDEM ANURA
Família Bufonidae
Rhinella schneideri (Werner, 1894) sapo-cururu X X X Te N
Rhinella gr. granulosa cururuzinho X Te N
Família Craugastoridae
Pristimantis cf. dundeei (Heyer & Muñoz, 1999) rãzinha-do-folhiço X Ab D/N End.
Pristimantis fenestratus (Steindachner, 1864) rãzinha-do-folhiço X X X Ab D/N
Família Hylidae
Dendropsophus sp. pererequinha-do-brejo X
Dendropsophus cruzi (Pombal & Bastos, 1998) pererequinha-do-brejo X Ab N End.
Dendropsophus elianeae (Napoli and Caramaschi, 2000) pererequinha-do-brejo X Ab N End.
Dendropsophus jimi (Napoli & Caramaschi, 1999) pererequinha-do-brejo X Ab N End.
Dendropsophus minutus (Peters, 1872) pererequinha-do-brejo X X Ab N
Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889) pererequinha-do-brejo X X Ab N
Dendropsophus rubicundulus (Reinhardt & Lütken, 1861) pererequinha-do-brejo X Ab N End.
Dendropsophus soaresi (Caramaschi & Jim, 1983) pererequinha-do-brejo X Ab N
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824) perereca-amarela X X X Ab N
Hypsiboas lundii (Burmeister, 1856) perereca X X X Ab N End.
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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ORDEM/Família/Espécie Nome popular
Ocorrência
Habito Ativ Distrib Conserv APA DS
Salto Laje
Hypsiboas punctatus (Schneider, 1799) perereca X Ab N
Hypsiboas raniceps (Cope, 1862) perereca-amarela X Ab N
Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925) pererequinha X X X Ab N
Scinax fuscovarius (A. Lutz, 1925) perereca-de-banheiro X X X Ab N
Scinax nasicus (Cope, 1862) perereca X Ab N
Scinax sp. (gr. ruber) perereca X Ab N
Pithecopus azureus Cope, 1862 perereca-folha X Ab N End.
Pseudis bolbodactyla A. Lutz, 1925 rã-boiadeira X Aq N
Pseudis paradoxa (Linnaeus, 1758) rã-boiadeira X Aq N
Trachycephalus typhonius (Linnaeus, 1758) perereca X X X Ab N
Família Leptodactylidae
Adenomera sp.1 rãzinha X Cr D/N
Adenomera sp.2 rãzinha X Cr D/N
Adenomera cf. diptyx (Boettger, 1885) rãzinha X X Cr D/N
Leptodactylus cf. furnarius Sazima & Bokermann, 1978 rã X Te N End.
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799) rã X X X Te N
Leptodactylus cf. jolyi Sazima & Bokermann, 1978 rã X Te N End.
Leptodactylus labyrinthicus (Spix, 1824) rã-pimenta X X X Te N
Leptodactylus latrans (Linnaeus, 1758) rã-manteiga X X X Te N
Leptodactylus podicipinus (Cope, 1862) rãzinha-gota-de-chuva X X X Cr D/N
Physalaemus nattereri (Steindachner, 1863) rãzinha-quatro-olhos X Te N End.
Physalaemus centralis Bokermann, 1962 rãzinha X Te N End.
Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826 rã-cachorro X X X Te N
Physalaemus biligonigerus (Cope, 1861) rã-chorona X Te N
Pseudopaludicola cf. falcipes (Hensel, 1867) rãzinha X Cr D/N
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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ORDEM/Família/Espécie Nome popular
Ocorrência
Habito Ativ Distrib Conserv APA DS
Salto Laje
Pseudopaludicola mystacalis (Cope, 1887) rãzinha X X X Cr D/N
Família Microhylidae
Dermatonotus muelleri (Boettger, 1885) sapo X Fo N
Elachistocleis sp. sapo-guarda X Fo N
Elachistocleis bicolor (Valenciennes in Guérin-Menéville, 1838) sapo-guarda X Fo N
Elachistocleis aff. ovalis Schneider, 1799 sapo-guarda X Fo N
Família Odontophrynidae
Odontophrynus sp. sapo-boi X Te N
CLASSE REPTILIA
ORDEM CROCODYLIA
Família aligatorideae
Paleosuchus palpebrosus (Cuvier, 1807) jacaré-paguá X Aq/Te D/N C2
ORDEM SQUAMATA
Família Amphisbaenidae
Amphisbaena alba Linnaeus, 1758 cobra-cega X Fo D
Amphisbaena mertensi Strauch, 1881 cobra-cega X Fo D
Amphisbaena roberti Gans, 1964 cobra-cega X Fo D
Amphisbaena silvestrii Boulenger, 1902 cobra-cega X Fo D End.
Família Anguidae
Ophiodes striatus (Spix, 1824) cobra-de-vidro X Te D
Família Dactyloidae
Norops meridionalis Boettger, 1885 papa-vento X Te D End.
Família Gekkonidae
Hemidactylus mabouia (Moreau de Jonnès, 1818) lagartixa-de-parede X AB N Ex.
Família Gymnophthalmidae
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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ORDEM/Família/Espécie Nome popular
Ocorrência
Habito Ativ Distrib Conserv APA DS
Salto Laje
Cercosaura schreibersii Wiegmann, 1834 lagartinho-do-folhiço X Te D
Micrablepharus atticolus Rodrigues, 1996 lagartinho-da-cauda-azul X Te D End.
Micrablepharus maximiliani (Reinhardt & Luetken, 1862) lagartinho-da-cauda-azul X Te D
Bachia bresslaui (Amaral, 1935) lagartinho-sem-pernas X Te D End.
Família Iguanidae
Iguana iguana (Linnaeus, 1758) iguana X Te/Ab D C2
Família Phyllodactylidae
Phyllopezus pollicaris (Spix, 1825) lagartixa X Ab N
Família Sphaerodactylidae
Coleodactylus brachystoma (Amaral, 1935) lagartinho-do-folhiço X Te D End.
Família Teiidae
Ameiva ameiva (Linnaeus, 1758) lagarto-verde X X X Te D
Ameivula sp. lagartinho X Te D
Ameivula ocellifera (Spix, 1825) lagartinho X Te D
Salvator merianae (Duméril & Bibron, 1839) teiú X X Te D C2
Tupinambis teguixin (Linnaeus, 1758) teiú X Te D C2
Família Tropiduridae
Tropidurus torquatus (Wied, 1820) lagarto X X X Ab D
Família Boidae
Eunectes murinus (Linnaeus, 1758) sucuri X Aq/Te D/N C2
Família Colubridae
Chironius flavolineatus (Boettger, 1885) cobra-cipó X Ab/Te D End.
Família Dipsadidae
Erythrolamprus poecilogyrus (Wied, 1824) cobra-de-capim X Te D/N
Erythrolamprus taeniogaster (Jan, 1863) coral-falsa X Aq/Te D
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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ORDEM/Família/Espécie Nome popular
Ocorrência
Habito Ativ Distrib Conserv APA DS
Salto Laje
Helicops angulatus (Linnaeus,1758) cobra-d'água X Aq D
Lygophis meridionalis (Schenkel, 1901) cobra-capim X Te
Oxyrhopus trigeminus Duméril, Bibron e Duméril, 1854 coral-falsa X Te N
Pseudoboa nigra (Duméril, Bibron & Duméril, 1854) cobra-arco-íris X Te N
Taeniophallus occiptalis (Jan, 1863) corre-campo X Te D
Xenodon merremii (Wagler, 1824) capitão-do-campo X Te D
Família Viperidae
Bothrops mattogrossensis Amaral, 1925 jararaca-pintada X TE N
Bothrops moojeni Hoge, 1966 jararaca-das-veredas X TE N End.
Crotalus durissus Linnaeus, 1758 cascavel X TE N
Família Typhlopidae
Amerotyphlops brongersmianus (Vanzolini, 1976) cobra-cega X Fo N
ORDEM TESTUDINES
Família Chelidae
Mesoclemmys vanderhaegei (Bour, 1973) cágado-de-barbicha X Aq D C2
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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Anexo 4. Lista das Espécies de mastofauna não voadora
Lista de espécies de mastofauna terrestre não voadora da área do PNM Salto do Sucuriú, município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul. Hábito: Ar=arbóreo; Te=terrestre; SA=semi-
aquático; Sc = escansorial; Sf=semi-fossorial. Dieta: Fr=frugívoro; Hb=herbívoro pastador; In=insetívoro; Myr=mirmecófogo; On=onívoro; Ca=carnívoro; Gr=granívoro. Tipo de
Registro: A=avistamento; CT=camera trap; V=vestígio. Status da espécie: (NT) quase ameaçada, (EN) ameaçada, (VU) vulnerável. IUCN1, MMA2
ORDEM/Família/Espécie Nome popular EAP PANMSS Dieta Hábito Registro Status
DIDELPHIMORPHIA
Didelphidae
Didelphis albiventris gambá x x In/On Te CT
Gracilinanus agilis cuíca
x In/On Ar
Lutreolina crassicaudata cuíca x Ps Te
PILOSA
Myrmecophagidae
Myrmecophaga tridactyla tamanduá-bandeira x x Myr Te CT VU¹VU²
Tamandua tetradactyla tamanduá-mirim
x Myr Sc
CINGULATA
Dasypodidae
Cabassous unicinctus tatu-do-rabo-mole x x Myr SF V
Dasypus novemcinctus tatu-galinha x x In/On SF CT
Euphractus sexcinctus tatu-peba x x In/On SF V
Priodontes maximus tatu-canastra
x Myr SF
VU¹VU²
Tolypeutes matacus tatu-bola
x In/On SF
NT¹EN²
PERISSODACTYLA
Tapiridae
Tapirus terrestris anta x x Hb/Fr Te CT, V VU¹VU²
ARTIODACTYLA
Cervidae
Mazama americana veado-mateiro
x Fr/Hb Te
Mazama gouazoubira veado-catingueiro
x Fr/Hb Te
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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ORDEM/Família/Espécie Nome popular EAP PANMSS Dieta Hábito Registro Status
Ozotoceros bezoarticus vead-campeiro x x Fr/Hb Te CT, V NT¹VU²
Tayassuidae
Pecari tajacu cateto x x Fr/Hb Te V
Tayassu pecari queixada
x Fr/Hb Te
VU¹VU²
PRIMATES
Atelidae
Alouatta caraya bugio
x Fo/Fr Ar
NT²
Cebidae
Sapajus cay macaco-prego x x Fr/On Ar A VU²
CARNIVORA
Canidae
Cerdocyon thous lobinho x x In/On Te CT, V
Chrysocyon brachyurus lobo-guará
x Ca/On Te
NT¹VU²
Felidae
Leopardus pardalis jaguatirica
x Ca Te
Puma concolor onça-parda
Ca Te
VU²
Puma yaguarondi gato-mourisco
x Ca Te
VU²
Panthera onca onça-pintada
x Ca Te
NT¹VU²
Mephetidae
Conepatus semistriatus jaratataca
x In/On Te
Mustelidae
Eira barbara irara
x Fr/On Te
Galictis cuja furão
x Ca Te
Lontra longicaudis lontra
x Ps SA
NT¹NT²
Pteronura brasiliensis ariranha
x Ps SA
EN¹VU²
Procyonidae
Nasua nasua quati x x Fr/On Te A, CT
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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ORDEM/Família/Espécie Nome popular EAP PANMSS Dieta Hábito Registro Status
Procyon cancrivorus mão-pelada x x Fr/On Sc A
LAGOMORPHA
Leporidae
Silvilagus brasiliensis tapiti
x Hb Te
RODENTIA
Caviidae
Hydrochoerus hydrochaeris capivara x x Hb SA V
Cuniculidae
Cuniculus paca paca
x Fr/Hb Te
Dasyproctidae
Dasyprocta azarae cutia x
Fr/Gr Te A, CT
Erethizontidae
Coendou prehensilis ouriço-cacheiro x Fr/Fo/Se Ar
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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Anexo 5. Lista das Espécies ameaçadas da mastofauna não-voadora
Espécies de mamíferos não-voadores listadas como ameaçadas pelo MMA 2014 e IUCN, 2017. Legenda: Status
de conservação (NT) quase ameaçada, (EN) ameaçada, (VU) vulnerável, para área do PNM Salto do Sucuriú,
município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul.
ORDEM/Família/Espécie Nome popular Dieta Hábito IUCN MMA
PILOSA
Myrmecophagidae
Myrmecophaga tridactyla tamanduá-bandeira Myr Te vulnerável vulnerável
CINGULATA
Dasypodidae
Priodontes maximus tatu-canastra Myr SF vulnerável vulnerável
Tolypeutes matacus tatu-bola In/On SF quase-ameaçada ameaçada
PERISSODACTYLA
Tapiridae
Tapirus terrestris anta Hb/Fr Te vulnerável vulnerável
ARTIODACTYLA
Cervidae
Ozotoceros bezoarticus veado-campeiro Fr/Hb Te quase-ameaçada vulnerável
Tayassuidae
Tayassu pecari queixada Fr/Hb Te vulnerável vulnerável
PRIMATES
Atelidae
Alouatta caraya bugio Fo/Fr Ar quase-ameaçada
Cebidae
Sapajus cay macaco-prego Fr/On Ar vulnerável
CARNIVORA
Canidae
Chrysocyon brachyurus lobo-guará Ca/On Te quase-ameaçada vulnerável
Felidae
Puma concolor onça-parda Ca Te vulnerável
Puma yaguarondi gato-mourisco Ca Te vulnerável
Panthera onca onça-pintada Ca Te quase-ameaçada vulnerável
Mustelidae
Lontra longicaudis lontra Ps SA quase-ameaçada quase-ameaçada
Pteronura brasiliensis ariranha Ps SA ameaçada vulnerável
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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Anexo 6. Lista das Espécies de mastofauna voadora
Espécies da quirópterofauna registradas para área do PNM Salto do Sucuriú, município de Costa Rica, Mato
Grosso do Sul (Pagoto et al., 2006).
Família Nome Científico Dieta
Phyllostomidae
Anoura caudifer (E. Geoffroy, 1818) Nectarívoro
Artibeus jamaicensis (Leach, 1821) Frugívoro
Artibeus lituratus (Olfers, 1818) Frugívoro
Carollia perspicillata (Linnaeus, 1758) Frugívoro
Glossophaga soricina (Pallas, 1766) Nectarívoro
Platyrrhinus helleri (Peters, 1866) Frugívoro
Platyrrhinus lineatus (E. Geoffroy, 1810) Frugívoro
Sturnira lilium (E. Geoffroy, 1810) Frugívoro
Natalidae
Natalus stramineus (Gray, 1838) Frugívoro
Vespertilionidae
Myotis nigricans (Schinz, 1821) Insetívoro
Mollossidae
Cynomops planirostris (Peters, 1865) Insetívoro
Eumops bonariensis (Peters, 1874) Insetívoro
Molossus molossus (Pallas, 1766) Insetívoro
Molossus rufus (E. Geoffroy, 1805) Insetívoro
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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Anexo 7. Lista das Espécies de ictiofauna
Registros de espécies de peixes no PNM Salto do Sucuriú e entorno, segundo dados bibliográficos disponíveis,
com nomenclatura atualizada, nomes populares abundâncias e fonte do registro. “Rosa/Fibra_18” refere-se aos
dados obtidos por ROSA / FIBRACON (2018) diretamente no PNM. “Froehlich_06” representam os dados obtidos
por FROEHLICH et al. (2006) no PNM e entorno. “Taveira/Ara_4a” e “Taveira/Ara_4b” são dados disponíveis
de TAVEIRA / ARATER (2017) para o córrego Imbiruçú, “Taveira/Ara_6” são dados disponíveis de TAVEIRA
/ ARATER (2017) para um afluente do rio Sucuriú e “Taveira/Ara _7” para o córrego São Luís.
Táxons Nomes populares
Ro
sa/F
ibra
_1
8
Fro
ehli
ch_
06
Ta
vei
ra/A
ra_
4a
Ta
vei
ra/A
ra_
4b
Ta
vei
ra/A
ra_
6
Ta
vei
ra/A
ra_
7
CHARACIFORMES
Anostomidae
Leporinus octofasciatus Steindachner, 1915 piau-vermelho 6 2
Parodontidae
Parodon nasus Kner, 1859 canivete 16
Characidae
Astyanax aff. eigenmanniorum lambari 1
Astyanax altiparanae (Garutti & Britski, 2000) tambiú 3 126 43 15 76 33
Astyanax cf. paranae Eigenmann, 1914 lambari 373 2 4 9
Astyanax fasciatus (Cuvier, 1819) lambari 2 1
Bryconamericus aff. iheringii (Boulenger, 1887) piquira 19 9 5
Bryconamericus stramineus (Eigenmann, 1908) lambari 309 17 7
Moenkhausia intermedia (Eigenmann, 1908) lambari 2
Piabina argentea (Reinhardt, 1866) piquira 150 34 53
Salminus hilarii (Valenciennes, 1850) tabarana 2
Serrapinnus heterodon (Eigenmann, 1915) piquira 1
Serrapinnus notomelas (Eigenmann, 1915) piquira 35 1202 3
Crenuchidae
Characidium aff. zebra Eigenmann, 1909 canivetinho 51 7 2
Characidium gomesi Travassos, 1956 canivetinho 12 7
Characidium sp. canivetinho 2 2
Lebiasinidae
Pyrrhulina australis Eigenmann & Kennedy, 1903 mocinha 1
Erythrinidae
Hoplias aff. malabaricus (Bloch, 1794) traíra 5 3
SILURIFORMES
Heptapteridae
Cetopsorhamdia iheringi Schubart & Gomes, 1959 bagrinho 1 1
Imparfinis borodini Mees & Cala, 1989 bagrinho 1
Imparfinis schubarti (Gomes, 1956) bagrinho 1
Loricariidae
Hisonotus cf. insperatus Britski & Garavello, 2003 cascudinho 7 1
Hypostomus albopunctatus (Regan, 1908) cascudo 1
Hypostomus ancistroides (Ihering, 1911) cascudo 1 9 1 1
Hypostomus margaritifer (Regan, 1908) cascudo 1
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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Táxons Nomes populares
Ro
sa/F
ibra
_1
8
Fro
ehli
ch_
06
Ta
vei
ra/A
ra_
4a
Ta
vei
ra/A
ra_
4b
Ta
vei
ra/A
ra_
6
Ta
vei
ra/A
ra_
7
Hypostomus nigromaculatus (Schubart, 1964) cascudo 12 1
Hypostomus regani (Ihering, 1905) cascudo 26
Hypostomus sp. rapa-canoa 1 3
Microlepidogaster sp. cascudinho 27
CYPRINODONTIFORMES
Rivulidae
Rivulus aff. punctatus Costa, 1989 barrigudinho 4 6 1
GYMNOTIFORMES
Gymnotidae
Gymnotus sp. tuvira 2
PERCIFORMES
Cichlidae
Cichlasoma paranaense Kullander, 1983 cará 4
Cichlasoma britskii Kullander, 1982 cará 2
Tilapia rendalli (Boulenger, 1897) tilápia 3
SYNBRANCHIFORMES
Synbranchidae
Synbranchus marmoratus Bloch, 1795 muçum 1
Registros 13 1184 67 27 1364 116
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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Anexo 8. Roteiro de entrevista
Local de Aplicação:_____________________________ BLOCO 1 – PERFIL DO ENTREVISTADO 1) Nome do Entrevistado: ______________________ 2) Idade? _____ 3) Sexo? 1( )F 2( )M 2) Naturalidade: _________________ 3) Escolaridade: ( ) Fundamental_________ ( ) Médio ___________ ( ) Superior ___________ 4) Profissão? 1( ) agricultor(a) 2( ) dona de casa 3( ) aposentado(a) ( ) outra __________ 5) Tem filhos? ( ) Sim Quantos?_____________ ( ) Não 5.1) Quantos anos tem seus filhos? _____/_____/____/_____ 6) Seus filhos freqüentam a escola? ( ) Sim ( ) Não 6.1) Quantas pessoas moram na sua casa? _________ BLOCO 2 – VÍNCULO COM O LUGAR 7) Quantos anos reside no local? ______________________________________________ 8) O que mudou neste local desde que mora aqui? ________________________________ 9) Gosta de morar aqui? ( ) Sim Por que? _________________ ( ) Não 10) Já ouviu falar na UC? ( ) Sim ( )Não 11) Através de quem 1( )Vizinhos 2( ) Prefeitura 3( ) familiares 4( ) TV 5( ) rádio 6( )jornal 7( ) outro_______________________________________ 12) Você já foi a UC? Já fez alguma atividade? ____________________________________ BLOCO 3 – IMAGEM DA UC 13) Descreva como era a paisagem alguns anos atrás: ____________________________________________________________________________ 14) Sr.(a) já viu animais na UC? Que animais são vistos? ____________________________________________________________________________ 15) Quais animais que ocorriam na região que não são mais vistos? ____________________________________________________________________________ 16) Qual a importância da UC para no seu ponto de vista? ____________________________ 17) A implantação da UC ajudou ou atrapalhou? ____________________________________ 18) Teria interesse em realizar alguma atividade de lazer na UC? Que Tipo?______________ BLOCO 4 – ATIVIDADES ECONÔMICAS 19) Possui propriedade próxima a UC? ( ) Sim Que tipo?_________________ ( ) Não 20) Qual a área total da propriedade (ha)?________________________________________ 21) Possui atividade que gera renda na sua propriedade? ( ) sim ( ) não Qual? ____________ 22) Qual atividade principal da propriedade? ______________________________________ BLOCO 5 - AMBIENTAL 23) É frequente a ocorrência de fogo na região? ( ) Sim ( ) Não 24) Na sua propriedade tem pomar, horta, mandioca (Permacultura)? ( ) Sim ( ) Não ______ 25) Tem problemas com animais que se alimentam de seus produtos (papagaios, periquitos, etc..)? ( ) Sim ( ) Não 26) Possui animais domésticos? ( ) Sim Qual?___________ É criado solto? ( )Sim ( ) Não 5.1 PERGUNTAS GERAIS PARA CHÁCARA, FAZENDAS E RESIDÊNCIAS 27) Tem acesso ao credito rural? ( ) Sim ( ) Não 28) Recebe algum auxílio do governo? ( ) Sim ( ) Não Qual?_________________________ 29) Qual a origem da água utilizada? ( ) Bica (mina d’água) ( ) Rede pública ( ) rio/córrego ( ) Poço (artesiano ou manilha) ( ) Outro________________ 30) O que é feito com o esgoto (tipo de fossa)? _____________________________________ 31) O que é feito com o lixo? ___________________________________________________ 32) Usa corretivos do solo ou adubos? ( ) Sim ( ) Não 33) Usa curvas de nível? ( ) Sim ( ) Não 34) Tem notado escassez de água (seca)? ( ) Sim ( ) Não 5.2 EXTRATIVISMO VEGETAL 35) Faz uso de lenha para forno, fogão, etc...? ( ) Sim ( ) Não 36) Qual origem da lenha? __________________________________________________ 37) Como faz a extração?______________________________________________________
Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS
Encarte II – Diagnóstico da UC
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Soube de alguém que pega lenha na área da UC? 5.3) CAÇA 38) Você encontra muita carcaça de animais mortos? ( ) Sim ( ) Não 39) Quais animais? __________________________________________________________ 40) De que eles morrem normalmente? __________________________________________ 5.4)PESCA 41) Pesca dentro da UC? ( )Sim ( )Não 42) Qual o tipo da pesca? ( )barranco ( )barco 43) Quais petrechos usa? Ou conhece quem usa ( )anzol ( )rede ( )tarrafa ( )outros ________________ 44) Quais as principais espécies?_________________________________________ BLOCO 6 - POTENCIAL TURISTICO 45) Qual atrativo da UC interessa os visitantes (turistas)? 1( ) nada 2( ) cachoeira 3( ) algo histórico4( ) trilhas 5( ) esportes 6( ) outras ________________ 46) Dentro da UC, conhece algum potencial turístico? O quê?_________________________ 47) O que acha da infraestrutura dos Parques? _____________________________________ 48) Tem alguma sugestão de melhoria? __________________________________________ 49) O número de funcionários é suficiente? _______________________________________ 50) Você acha que o turismo trouxe mudanças para a comunidade? 1( ) Não 2( ) mais emprego 3( )mais renda 4( ) mais transporte 5( ) mais comércio 6( ) menos tranquilidade 7( ) outros_________________________________ 51) Você tem conhecimento de outra área que recebe turistas na região? 1( ) Não 2( ) camping 3( )local para banho 4( ) trilhas 5( ) lanchonete 6( ) algo histórico 7( ) outros _________________________________ BLOCO 7 – EDUCAÇÃO AMBIENTAL 52) Você já participou de alguma atividade de educação ambiental? ( ) Sim ( ) Não 53) O que foi abordado? _______________________ Gostou? _______________________ 54) Quais temas gostaria de participar? ( ) Resíduos sólidos ( ) Reciclagem ( )Água ( )Biodiversidade ( )Biomas ( )Caça e pesca ( )Consumo ( ) outros____________________________________ Você participa de alguma associação comunitária/grupos? 1()Clube de mães_____________________ 4 ( ) Cooperativa/_________________________ 2( ) Ass. de agricultores________________5 ( ) Organização de Mulheres_______________ 3 ( ) Igreja___________________________6( ) outras _______________________________ Data: ______ / _____ / ______ Entrevistadores: _______________________________ Confidencialidade Este roteiro de entrevista constitui em propriedade da Fibracon – Consultoria, não sendo permitida sua reprodução total ou parcial para qualquer fim.