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PLANO DE MANEJO PARQUE NATURAL MUNICIPAL SALTO DO SUCURIÚ 1 a . REVISÃO ENCARTE II DIAGNÓSTICO DA UC Março/2018

PLANO DE MANEJO PARQUE NATURAL MUNICIPAL SALTO … · Periquito-de-encontro-amarelo (Brotogeris chiriri) registrado no Parque Natural Municipal do Salto do Sucuriú, município de

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PLANO DE MANEJO

PARQUE NATURAL MUNICIPAL SALTO DO SUCURIÚ

1a. REVISÃO

ENCARTE II – DIAGNÓSTICO DA UC

Março/2018

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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CRÉDITOS TÉCNICOS E INSTITUCIONAIS

Prefeito Municipal: Waldeli dos Santos Rosa

Vice-prefeito: Roberto Rodrigues

Secretarias:

Secretaria de Administração e Finanças

Paulo Renato Andriani

Secretaria de Saúde

Adriana Maura Maset Tobal

Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento

Ailton Martins de Amorim

Secretaria de Educação

Manuelina Martins da Silva Arantes

Cabral

Secretaria de Transportes, Urbanização e

Obras Públicas

Renato Barbosa de Melo

Secretaria de Turismo, Meio

Ambiente, Esporte e Cultura

Keyler Simey Garcia Barbosa

Secretaria de Assistência Social

Aurea Maria Frezarin Rosa

Dados da Empresa Consultora:

Razão Social: FIBRAcon Consultoria, Perícias e Projetos Ambientais S/S Ltda.

Endereço: Rua Dr. Michel Scaff, 105, sala 9, Bairro Chácara Cachoeira

Município: Campo Grande/MS – CEP: 79040-860

Telefone para contato: (67) 3026 3113

Home Page: www.fibracon.com.br

E-mail: [email protected]

Coordenação do Plano de Manejo: José Milton Longo - Biólogo, Doutor em Ecologia e

Conservação

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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Equipe Técnica FIBRAcon

Coordenador da Avaliação Ecológica Rápida: José Carlos Chaves dos Santos – Biólogo,

Mestre em Ecologia e Conservação (Mastofauna; Uso Público)

Eliane Santos Breda - Administradora de empresas (Socioeconomia)

José Alexandre Agiova da Costa - Eng. Agrônomo, Doutor em Plantas Forrageiras (Meio

Físico)

Daniele Louise Cesquin Campos - Cientista Social e Bióloga (Socioeconomia e Uso Público)

José Milton Longo – Biólogo, Doutor em Ecologia e Conservação (Vegetação; Uso Público;

OPP)

Ricardo Anghinoni Bocchese - Biólogo, M.Sc. Meio Ambiente, Especialista em Gestão

Florestal (Vegetação)

Ana Luiza Cesquin Campos – Bióloga, Mestre em Ecologia e Conservação (Herpetofauna)

Thiago Matheus Breda – Biólogo (Avifauna)

Fábio Ricardo da Rosa – Biólogo, Doutor em Ecologia e Conservação (Ictiofauna)

Guilherme Hollo de Andrade – Engenheiro Ambiental (SIG)

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ÍNDICE

CRÉDITOS TÉCNICOS E INSTITUCIONAIS ....................................................................... 2

DIAGNÓSTICO DA UC ......................................................................................................... 11

1. CARACTERIZAÇÃO DA PAISAGEM ............................................................................. 11

1.1. Características físicas ................................................................................................. 12

1.1.1. Clima ......................................................................................................... 12

1.1.2. Geologia e geomorfologia ......................................................................... 12

1.1.3. Solos .......................................................................................................... 13

1.1.4. Bacia Hidrográfica .................................................................................... 14

2. CARATERÍSTICAS BIOLÓGICAS ............................................................................... 16

2.1. Vegetação ....................................................................................................................... 16

2.2. Avifauna ......................................................................................................................... 22

2.3. Herpetofauna .................................................................................................................. 31

2.4. Mastofauna ..................................................................................................................... 36

2.5. Ictiofauna ....................................................................................................................... 45

3. CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS .............................................................. 52

3.1. Características da população .......................................................................................... 52

3.2. Uso e Ocupação da terra ................................................................................................ 53

3.3. Aspectos Econômicos .................................................................................................... 57

3.4. Infra-estrutura econômica e social ................................................................................. 59

3.4.1. Energia Elétrica ............................................................................................. 59

3.4.2. Saneamento Básico ........................................................................................ 60

3.4.3. Comunicação Social ...................................................................................... 60

3.4.4. Estabelecimentos de Serviços ........................................................................ 61

3.4.5. Agências Bancárias ........................................................................................ 61

3.4.6. Frota de Veículos ........................................................................................... 61

3.4.7. Saúde .............................................................................................................. 62

3.5. Indicadores Sociais de Emprego e Renda, Educação e Saúde ....................................... 63

3.5.1. Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) .................................................. 63

3.5.2. Índice FIRJAN de Desenvolvimento dos Municípios ................................... 63

3.6. Emprego e Renda ........................................................................................................... 64

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3.7. Educação ........................................................................................................................ 65

3.8. Visão da Comunidade local sobre a UC (PNM Salto do Sucuriú) ................................ 68

4. SITUAÇÃO ATUAL DE GESTÃO DA UNIDADE ....................................................... 71

5. ANÁLISE INTEGRADA DO DIAGNÓSTICO .............................................................. 71

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 74

ANEXO 1. LISTA DE ESPÉCIES LENHOSAS .............................................................. 83

ANEXO 2. LISTA DAS ESPÉCIES DE AVIFAUNA ..................................................... 90

ANEXO 3. LISTA DAS ESPÉCIES DE HERPETOFAUNA .......................................... 97

ANEXO 4. LISTA DAS ESPÉCIES DE MASTOFAUNA NÃO VOADORA ............. 102

ANEXO 5. LISTA DAS ESPÉCIES AMEAÇADAS DA MASTOFAUNA NÃO-

VOADORA ................................................................................................................... 105

ANEXO 6. LISTA DAS ESPÉCIES DE MASTOFAUNA VOADORA ....................... 106

ANEXO 7. LISTA DAS ESPÉCIES DE ICTIOFAUNA ............................................... 107

ANEXO 8. ROTEIRO DE ENTREVISTA ..................................................................... 109

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Encarte II – Diagnóstico da UC

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Solos do município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul. .................................. 14

Figura 2. Regiões hidrográficas do Estado de Mato Grosso do Sul. ................................. 15

Figura 3. Localização de Unidades de Conservação e pontos de levantamentos de dados

secundários. ............................................................................................................................ 18

Figura 4. Martim-pescador-verde (Chloroceryle amazona) registrado no Parque Natural

Municipal do Salto do Sucuriú, município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul. Outubro de

2017. ............................................................................................................................ 24

Figura 5. Sovi (Ictinia plumbea) registrado no Parque Natural Municipal do Salto do

Sucuriú, município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul. Outubro de 2017............................. 26

Figura 6. Periquito-de-encontro-amarelo (Brotogeris chiriri) registrado no Parque Natural

Municipal do Salto do Sucuriú, município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul. Outubro de

2017. ............................................................................................................................ 27

Figura 7. Taperuçu-velho (Cypseloides senex) registrado no Parque Natural Municipal do

Salto do Sucuriú, município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul. Outubro de 2017. ............. 28

Figura 8. Tucanuçu (Ramphastos toco) registrado no Parque Natural Municipal do Salto do

Sucuriú, município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul. Outubro de 2017............................. 29

Figura 9. Sabiá-do-campo (Mimus saturninus) registrado no Parque Natural Municipal do

Salto do Sucuriú, município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul. Outubro de 2017. ............. 30

Figura 10. Perereca Hypsiboas lundii, anfíbio endêmico e restrito a matas ciliares e de

galeria, registrado em Costa Rica, Mato Grosso do Sul. ......................................................... 33

Figura 11. Anfíbio do gênero Pristimantis registrado em Costa Rica, Mato Grosso do Sul. .

............................................................................................................................ 33

Figura 12. Mata de galeria no interior do PNM Salto do Sucuriú, exemplo de ambiente que

abriga espécies da herpetofauna exclusivas de áreas florestadas. ............................................ 34

Figura 13. Papa-vento Norops meridionalis, lagarto endêmico que habita áreas abertas,

registrado em Costa Rica, Mato Grosso do Sul. ...................................................................... 34

Figura 14. Vereda, ambiente higrófilo rico em anfíbios, em Costa Rica, Mato Grosso do Sul.

............................................................................................................................ 35

Figura 15. Quati Nasua nasua, uma das espécies pertencentes a ordem Carnivora,

registrado no Parque Natural Municipal Salto do Sucuriú, município de Costa Rica, Mato

Grosso do Sul. ........................................................................................................................ 38

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Figura 16. Vestígio de tamanduá-bandeira Myrmecophaga trydactyla registrado no

Parque Natural Municipal Salto do Sucuriú, município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul.

Escala=5cm. ........................................................................................................................ 40

Figura 17. Vestígio de lobo-guará Chrysocyon brachyurus registrado no Parque Natural

Municipal Salto do Sucuriú, município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul. Escala=4cm. .... 41

Figura 18. Anta Tapirus terrestris registrada no Parque Natural Municipal Salto do

Sucuriú, município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul. ......................................................... 42

Figura 19. Macaco-prego Sapajus cay registrado no Parque Natural Municipal Salto do

Sucuriú, município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul. ......................................................... 43

Figura 20. Salto do Sucuriú, no PNM Salto do Sucuriú, em Costa Rica, MS. Fotografia de

Fábio Rosa, dezembro de 2017................................................................................................. 46

Figura 21. Localização dos principais pontos de referência e locais de registros de

ictiofauna no PNM Salto do Rio Sucuriú e sua área de amortecimento................................... 47

Figura 22. Registro de Leporinus octofasciatus (piau-vermelho) próximo na foz do

córrego Ribeirão de Baixo, no PNM Salto do Rio Sucuriú, em Costa Rica, MS. Fotografia de

Guilherme Carvalho, dezembro de 2017. ................................................................................. 49

Figura 23. Registro de Salminus hilarii (tabarana) próximo ao Salto do Sucuriú, no PNM

Salto do Rio Sucuriú, em Costa Rica, MS. Fotografia de Fábio Rosa, dezembro de 2017. .... 49

Figura 24. Estrutura etária da população residente de acordo com o Censo Demográfico

2010, Costa Rica, MS. .............................................................................................................. 53

Figura 25. Propriedade rural com atividade de pecuária extensiva no entorno da UC, Costa

Rica, MS. ............................................................................................................................ 56

Figura 26. Plantio de cana-de-açúcar em propriedade rural no entorno da UC, Costa Rica,

MS. ........................................................................................................................ 56

Figura 27. Plantio de eucaliptos em propriedade rural no entorno da UC, Costa Rica, MS. ..

............................................................................................................................ 57

Figura 28. Composição do Produto Interno Bruto (PIB) para o Município de Costa Rica, MS.

............................................................................................................................ 57

Figura 29. Primeiros colocados do Ranking Nacional do IFDM Geral e colocação do

município de Costa Rica com os respectivos valores do índice. .............................................. 64

Figura 30. Primeiros colocados do Ranking Estadual do IFDM Geral e colocação do

município de Costa Rica com os respectivos valores do índice. .............................................. 64

Figura 31. Primeiros colocados do Ranking Nacional do IFDM Emprego & Renda e

colocação do município de Costa Rica com os respectivos valores do índice. ........................ 65

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Figura 32. Primeiros colocados do Ranking Estadual do IFDM Emprego & Renda e

colocação do município de Costa Rica com os respectivos valores do índice. ....................... 65

Figura 33. Primeiros colocados do Ranking Nacional do IFDM Educação e colocação do

município de Costa Rica com os respectivos valores do índice. ............................................. 66

Figura 34. Primeiros colocados do Ranking Estadual do IFDM Educação e colocação do

município de Costa Rica com os respectivos valores do índice. ............................................. 66

Figura 35. Primeiros colocados do Ranking Nacional do IFDM Saúde e colocação do

município de Costa Rica com os respectivos valores do índice. ............................................. 67

Figura 36. Primeiros colocados do Ranking Estadual do IFDM Saúde e colocação do

município de Costa Rica com os respectivos valores do índice. ............................................. 67

Figura 37. Visitação da UC pelos moradores entrevistados no município de Costa Rica, Mato

Grosso do Sul. .......................................................................................................................... 69

Figura 38. Atrativos da UC na visão dos moradores entrevistados no município de Costa

Rica, Mato Grosso do Sul. ....................................................................................................... 69

Figura 39. Importância das Unidades de Conservação pela visão dos moradores do

município de Costa Rica, MS. ................................................................................................. 70

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Número da população residente, por sexo e situação de domicílio de acordo com

o IBGE, Costa Rica. MS. ......................................................................................................... 52

Tabela 2. População residente por grupo de idade de acordo com o Censo Demográfico

2010, Costa Rica, MS. ............................................................................................................. 53

Tabela 3. Número de estabelecimentos agropecuários por tamanho no município de acordo

com o Censo Agropecuário 2006, Costa Rica, MS. ................................................................. 54

Tabela 4. Principais rebanho e produtos pecuários e entre os anos de 2010 e 2014 no

município de Costa Rica, MS. ................................................................................................. 54

Tabela 5. Principais produtos agrícolas, quantidade produzida e área colhida entre os anos

de 2011 e 2015 no município de Costa Rica, MS. ................................................................... 55

Tabela 6. Valor arrecadado de ICMS por atividade econômica no período de 2011 a 2015,

Costa Rica, MS. ....................................................................................................................... 58

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Tabela 7. Número de estabelecimentos industriais por ramo de atividade, de acordo com a

Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) nos anos de 2014 e 2015 no

município de Costa Rica, MS. .................................................................................................. 58

Tabela 8. Números de estabelecimentos comerciais instalados entre os anos de 2009 a 2013

no município de Costa Rica, MS. ............................................................................................. 59

Tabela 9. Consumo de energia elétrica (Mwh) por categoria de consumo no ano de 2015 no

município de Costa Rica, MS. .................................................................................................. 60

Tabela 10. Saneamento Básico entre os anos de 2009 a 2013 no município de Costa Rica,

MS. ........................................................................................................................ 60

Tabela 11. Estabelecimentos de Serviços no ano de 2015 no município de Costa Rica, MS. .

............................................................................................................................ 61

Tabela 12. Frota de veículos, por tipo, no ano de 2015 em Costa Rica, MS. ...................... 62

Tabela 13. Estabelecimentos de saúde no ano de 2016 em Costa Rica, MS. ....................... 62

Tabela 14. Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) entre os anos de 1991

a 2010 em Costa Rica, MS. ...................................................................................................... 63

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LISTA DE ABREVIATURAS

APA – Área de Proteção Ambiental.

APP – Área de Proteção Permanente.

CAR – Cadastro Ambiental Rural.

CITES – The Convention on International Trade in Endangered Species of Wild Fauna and

Flora.

CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

ICMBIO – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

IDEB - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.

IDH – Índice de Desenvolvimento Humano.

IFDM - Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal.

IMASUL – Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul.

IUCN – The International Union for Conservation of Nature.

MEC – Ministério da Educação.

MMA – Ministério do Meio Ambiente.

ONG – Organização Não Governamental.

PANMSS – Parque Natural Municipal Salto do Sucuriú.

PERH – Plano Estadual de Recursos Hídricos.

PNM – Plano Nacional de Mineração.

PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.

RPPN – Reserva Particular de Patrimônio Natural.

SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.

SNUC – Sistema Nacional de Unidades de Conservação.

UC – Unidade de Conservação.

UPG – Unidade de Planejamento e Gerenciamento.

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1A REVISÃO DO PLANO DE MANEJO DO PARQUE NATURAL MUNICIPAL SALTO DO SUCURIÚ

ENCARTE II

DIAGNÓSTICO DA UC

1. CARACTERIZAÇÃO DA PAISAGEM

O PNMSS é uma Unidade de Conservação que contempla grande beleza cênica, proporcionada

por seus elementos físicos e bióticos, em um ambiente cuja altitude varia entre 630m a 690m.

O clima da região é classificado como Tropical Úmido de Savana (Aw) (Kottek et al., 2006),

com chuvas de setembro a maio e secas de junho a setembro devido à atuação de dois sistemas

de circulação atmosférica: Os Sistemas de Correntes Perturbadas de Oeste e os Sistemas de

Correntes Perturbadas de Sul (IBAMA, 2005). A região está localizada próxima ao divisor de

águas entre as bacias do Tocantins-Araguaia (nascentes do rio Araguaia), do Alto Paraguai (rio

Taquari e Jauru) e do Paraná (rios Sucuriú, Corrente e nascentes do rio Aporé). Na área do

Parque encontram-se o córrego Ribeirão de Baixo e as nascentes do Córrego Grota Funda, que

convergem para o Sucuriú, localizado no limite norte da Unidade de Conservação. O rio Sucuriú

é um dos afluentes do rio Paraná, e apresenta transições abruptas com desníveis de 150 a 200

metros.

A região do PNMSS possui terrenos ondulados e solos arenosos o que não permite o

desenvolvimento de agricultura mecanizada. Dessa forma, a principal atividade desenvolvida

na região é a pecuária, com os terrenos utilizados principalmente para pastagens. Por essa razão,

é mais comum a ocorrência de fragmentos de vegetação natural de tamanho pequeno, embora

ainda existam remanescentes de cerrado e cerradão em quantidade razoável, conectados por

matas de galeria ao longo das drenagens (IBAMA, 2005).

A vegetação da região é típica de Cerrado, cuja riqueza de espécies existentes pode chegar a

33% da diversidade biológica do Brasil (Aguiar et al., 2004) e 5% da biota mundial (MMA,

1999). Embora apresente baixo grau de endemismo para os grupos animais, 44% da flora

vascular do Cerrado é considerada endêmica (Myers et al., 2000). Devido à sua riqueza

biológica e à forte pressão antrópica a que está submetido, o Cerrado é considerado um dos

hotspots mundiais de biodiversidade (Myers et al., 2000).

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1.1. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

1.1.1. Clima

O clima na região do PNMSS é classificado como tropical de altitude e se caracteriza como

Úmido a Sub-úmido (10%) e úmido (90%). O clima Úmido a Sub-Úmido apresenta índice anual

efetivo de umidade variando de 20 a 40% e precipitação total anual: entre 1.500 e 1.750 mm.

Seu excedente hídrico total anual varia entre 800 e 1.200 mm, por 5 a 6 meses no ano. A

deficiência hídrica total anual oscila entre 350 e 500 mm, por cerca de 4 meses ao ano. O clima

Úmido, por sua vez, apresenta índice efetivo de umidade anual de 40 a 60%, com precipitação

total anual de 1.750 a 2.000 mm. O excedente hídrico total anual ocorre entre 1.200 e 1.400

mm, por 7 a 8 meses. Sua deficiência hídrica total anual varia entre 250 e 350 mm, por 3 meses

por ano.

1.1.2. Geologia e geomorfologia

O município de Costa Rica conta com as seguintes unidades litológicas: Grupo São Bento, de

idade juro-cretácica, representado pelas formações Botucatu e Serra Geral, Grupo Caiuá, de

idade cretácica, representado pela Formação Santo Anastácio e com uma porção indivisa,

Grupo Bauru, de idade cretácica, representado pela Formação Vale do Rio do Peixe e

finalmente, Formação Cachoeirinha, de idade cenozoica. Depósitos aluvionares são observados

nos vales dos rios do município. No PNMSS ocorre o Grupo São Bento, Formação Serra Geral.

Abaixo segue a descrição da Unidade Litológica presente no município de Costa Rica e PNM

do Salto do Sucuriú, Mato Grosso do Sul.

1.1.2.1. Grupo São Bento (Era Mesozóica, Período Jurássico)

JKsg – Formação Serra Geral (Período Juro-Cretáceo)

A Formação Serra Geral compreende um espesso pacote de rochas vulcânicas na Bacia do

Paraná, formado por uma ampla sucessão de derrames, distribuída desde a borda norte, em

Goiás e Mato Grosso até o extremo sul, já fora do território brasileiro. Em Goiás estende-se por

uma faixa de aproximadamente 200km de comprimento por 100km de largura, da cidade de

Itumbiara até as proximidades de Paraúna. Ocorre ocupando faixas lineares nos leitos dos rios

Claro, Corrente, Aporé e Verde, e em porções reduzidas distribuídas no restante da bacia. Os

derrames vulcânicos possuem principalmente natureza basáltica, com pequenos pulsos de

composição ácida e intermediária.

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

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As rochas basálticas possuem aspecto maciço, bastante fraturado, cor cinza-escura, granulação

fina a média, eventualmente com a presença de amígdalas. Ocorrem também disjunções

colunares, indicando derrames mais espessos. Sills e diques de diabásio associados a esta

unidade são bastante frequentes e caracterizados por cor escura, granulação média a fina e

homogênea, e presença de esfoliação esferoidal quando submetidos a intemperismo.

Observações e estudos realizados a fim de definir a idade desta formação, indicam idades

correspondentes ao fim do Jurássico e início do Cretáceo.

1.1.3. Solos

No município de Costa Rica predominam Latossolos Vermelho-Escuro de textura média, na

porção centro-leste e Neossolos quartzarênicos na porção central, com alta concentração de

alumínio e baixa fertilidade natural. Solos litólicos (Neossolos litólicos) ocorrem a Noroeste do

município (Figura 1).

Os solos na da região UC são principalmente Latossolos Vermelho Distroférricos e Neossolos

hidromórficos e Luvissolos próximos aos córregos e nascentes (Atlas Multirreferencial, 1990;

ZEE-MS, 2009).

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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Figura 1. Solos do município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul.

1.1.4. Bacia Hidrográfica

A UC está localizada em uma região pertencente à Bacia do Rio Paraná. No território de Mato

Grosso do Sul ocorrem duas das doze Regiões Hidrográficas do Brasil, definidas pela

Resolução nº 32/2003 do Conselho Nacional de Recursos Hídricos: a Região Hidrográfica do

Paraguai, constituída pela bacia do rio Paraguai a oeste, e a Região Hidrográfica do Rio Paraná,

constituída pela bacia do rio Paraná a leste (Figura 2). Nesta bacia está inserido o rio Sucuriú e

suas nascentes.

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Figura 2. Regiões hidrográficas do Estado de Mato Grosso do Sul.

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2. CARATERÍSTICAS BIOLÓGICAS

2.1. VEGETAÇÃO

Na bacia hidrográfica do Rio Sucuriú são presentes dois biomas brasileiros, o Cerrado

predomina em quase sua totalizadade, existindo uma estreita faixa de Mata Atlântica na faixa

da planície do Rio Paraná, na divisa de Mato Grosso do Sul com São Paulo. A região do PNM

do Salto do Sucuriú está localizada em domínio do Cerrado.

É importante destacar que a elevada diversidade de espécies e os altos índices de endemismo

que existem no Cerrado colocaram o bioma como a Savana mais biologicamente diversificada

do mundo (Sawyer, 2002), sendo considerado um dos 34 hotspots mundiais para a conservação

da biodiversidade (Mittermeier et al., 2005).

Por isto, levantamentos e estudos florísticos como subsídio para Planos de Manejo a serem

implantados no Cerrado, e especificamente na bacia do Rio Sucuriú, tornam-se de grande

importância. O objetivo deste diagnóstico foi inventariar e caracterizar a vegetação nativa desta

Unidade de Conservação, elencando espécies sensíveis e descrever os principais aspectos

relevantes ligados à sua preservação.

Caracterização da vegetação nativa

A classificação das fisionomias vegetais ocorrentes na Unidade de Conservação segue a

caracterização de IBGE (2012). A listagem da flora lenhosa aqui apresentada contempla a

utilização de dados secundários provenientes de listagens de estudos técnicos ambientais

desenvolvidos nos domínios da APA das Nascentes do Rio Sucuriú bem como em suas

adjacências, abrangendo os municípios de Costa Rica e Paraíso das Águas (Figura 3), a saber:

o levantamento florístico para o Plano de Manejo da APA Paraíso-Sucuriú (Bocchese, 2018),

o projeto de inventário florestal da PCH Fundãozinho (Bocchese & Azeredo, 2017), o Programa

de Monitoramento da Flora da IACO Agrícola (Bocchese, 2014), o Programa de

Monitoramento da Flora da Odebrecht Brenco unidade Costa Rica (Bocchese, 2013), o

Programa de Monitoramento da Flora Terrestre da PCH Alto Sucuriú (Longo, 2009), o

levantamento florístico do Parque Natural municipal da Lage (Silva & Silva, 2008), o

levantamento florístico do Salto do Sucuriú (Fibracon, 2007), os sítios 3 e 4 de amostragem do

Complexo Aporé-Sucuriú (Pagotto & Souza, 2006) e o estudo da vegetação da PCH Porto das

Pedras (Bastos, 2002).

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A taxonomia das espécies seguiu o sistema de classificação botânica APG-III, considerando o

nome científico, o nome popular e a família botânica. Os grupos ecológicos foram definidos

em: espécies pioneiras (necessitam de luz e as sementes só germinam em condições que

recebem radiação direta do sol em pelo menos parte do dia), secundárias (parcialmente

tolerantes às condições de luminosidade e de sombreamento) e tardias (necessitam de condições

de microclima mais estáveis, sendo tolerantes à sombra, as sementes germinando apenas sob

sombra do dossel). A caracterização dos grupos ecológicos das espécies seguiu a classificação

de Budowski (1965).

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Encarte II – Diagnóstico da UC

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Figura 3. Localização de Unidades de Conservação e pontos de levantamentos de dados

secundários.

Na área do Parque ocorrem dois grupos de domínios fitogeográficos, sendo uma formação

campestre, a Savana Arborizada e outra florestal, a Floresta Estacional Semidecidual.

A Savana Arborizada (campo-cerrado, cerrado ralo, cerrado típico, cerrado denso) é um

subgrupo da tipologia de Savana (Cerrado), a qual é definida como uma fisionomia típica e

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Encarte II – Diagnóstico da UC

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característica restrita a solos arenosos, ocorrendo em clima tropical eminentemente estacional

(mais ou menos seis meses secos). Apresenta espécimes lenhosos tortuosos com ramificação

irregular, geralmente com ritidoma (caule) corticoso rígido e órgãos de reserva subterrâneos.

Extremamente repetitiva, sua florística reflete-se em uma fisionomia caracterizada por espécies

dominantes típicas, tais como angicos (Anadenanthera spp.) sucupira (Bowdichia sp.), pequi

(Caryocar brasiliense), faveiro (Dimorphandra mollis) e paus-terra (Qualea spp.), por

exemplo.

A Savana Arborizada possui formação natural ou antrópica que se caracteriza por apresentar

uma fisionomia arbórea rala e um estrato graminóide contínuo, sujeito ao fogo anual. Os

indivíduos arbóreos dominantes formam fisionomias ora mais abertas (campo-cerrado), ora

com a presença de um scrub adensado em uma estrutura próxima ao cerradão. Vários são os

fatores que podem influir na densidade das populações que compõe estes ambientes, como as

condições edáficas, pH e saturação de alumínio, fertilidade, profundidade e condições de

drenagem do solo, além do fogo e ações antrópicas (Ribeiro & Walter, 1998).

As porções da Floresta Estacional Semidecidual neste caso referem-se às formações florestais

ligadas aos corpos d’água que cruzam a Unidade de Conservação, como a mata ciliar às

margens do rio Sucuriú e a mata de galeria do córrego afluente do Sucuriú. A diferenciação

destes subtipos florestais está ligada à largura dos corpos d’água em questão.

Mata de galeria é a vegetação florestal que acompanha córregos e rios de pequeno porte do

Brasil Central, onde a vegetação arbórea forma “galerias” sobre o curso d’água. Já as matas

ciliares é a vegetação marginal dos rios de médio e grande porte (Ribeiro & Walter, 1998), sem

a formação das galerias verdes. Floristicamente, muitas espécies são compartilhadas nestes dos

ambientes, principalmente quando estão inseridas em uma mesma unidade de paisagem como

é o caso do Parque do Salto do Sucuriú.

Das espécies vegetais

O Anexo 1 apresenta uma listagem com 205 espécies lenhosas distribuídas em 50 famílias

botânicas, registradas a partir dos estudos com a flora nativa desenvolvidos na região de Costa

Rica e Paraíso das Águas.

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O intuito foi elaborar uma listagem de espécies representativa e satisfatória para a flora da

região. Espécies endêmicas, raras ou ameaçadas estiveram baseadas nas listas oficiais IUCN,

MMA e Resolução SEMADE nº. 09/2015. Espécies inseridas nestas listagens serão as

recomendadas para estudo de manejo e pesquisa científica, tendo em vista a necessidade da sua

conservação.

A utilização das espécies lenhosas foi estabelecida como: potencial ecológico (uso da fauna

silvestre como alimentação/abrigo); econômico (valor financeiro agregado à madeira);

medicinal (raízes, casca, folhas e/ou frutos utilizados na medicina popular); alimentício (frutos

que podem ser utilizados como recursos alimentares para o homem) e ornamental (paisagístico).

Das espécies registadas, Bocageopsis mattogrossenssis, Caryocar brasiliense, Cedrela fissilis,

Hancorna speciosa, Dipteryx alata, Myracrodruon urundeuva, Ocotea porosa e Schinopsis

brasiliensis são espécies de valor conservacionista.

Cedrela fissilis é uma espécie vulnerável à extinção (MMA, 2014, IUCN, 2017), e Ocotea

porosa encontra-se em perigo de extinção (MMA, 2014). Caryocar brasiliense, Hancorna

speciosa, Dipteryx alata, Myracrodruon urundeuva e Schinopsis brasiliensis são consideradas

protegidas e/ou de interesse ambiental em Mato Grosso do Sul (Resolução SEMADE nº.

09/2015). Bocageopsis mattogrossensis é uma espécie com distribuição restrita a fragmentos

florestais do Cerrado do Centro-Oeste do Brasil, abrangendo os Estados de Mato Grosso do

Sul, Mato Grosso, Tocantins, Goiás e sul do Pará (Lorenzi, 2009). Esta espécie é

exclusivamente florestal, não sendo registrada em formações abertas, como o cerrado típico.

Ocorrência de fogo

Muitas formas fisionômicas de áreas abertas do Cerrado caracterizam-se por possuir um estrato

rasteiro constituído por gramíneas (Ribeiro & Walter, 1998), e que na estação seca tendem a

ficar inativas devido à perda da sua biomassa aérea, o que favorece a ocorrência dos incêndios

(Klink & Solbrig, 1996). Em áreas onde o fogo é frequente, uma simplificação da estrutura da

comunidade pode ocorrer, tornando a fisionomia gradualmente mais aberta, e dessa forma, a

densidade do estrato arbóreo estaria determinada mais pela habilidade das espécies em

sobreviver ao fogo e regenerar, do que pela própria competição pelos recursos ambientais

(Durigan et al., 1994, Hoffmann & Moreira, 2002).

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De acordo com Medeiros & Miranda (2005), as influências das queimadas sobre a vegetação

estão ligadas em alterações na densidade e taxas de crescimento de espécies lenhosas e no

estabelecimento de plântulas, o que pode favorecer o estabelecimento de espécies generalistas

e podendo eliminar determinadas espécies sensíveis. Ao reduzir a biomassa vegetal e a

serapilheira, o fogo também pode alterar os fluxos de energia, nutrientes e água do sistema.

É importante destacar que, além da ocorrência natural do fogo, a região do Parque pode sofrer

influência de queimadas originadas pela ação antrópica. O ateamento de fogo de forma

proposital ou acidental deve ser considerado. Outro fator de risco de queimadas pode estar

ligado à eventuais linhas de transmissão/distribuição das redes elétricas locais. Espécies

vegetais de rápido crescimento, como ervas, lianas e cipós, acabam utilizando os cabos de

sustentação dos postes como apoio, e acabam emaranhando-se ao longo da fiação, o que pode

ocasionar queimadas, principalmente nos períodos de elevada temperatura e período de

estiagem.

Para minimizar as possibilidades de ocorrência de queimadas sugere-se o manejo da vegetação

nativa abaixo das redes elétricas, que pode ser feita por roçada ou capinada manual. Além disto,

ações de educação ambiental, como palestras instrutivas, panfletos e placas orientadoras,

podem ser utilizadas, principalmente nas áreas de visitação pública do Parque.

Considerações

No domínio do Cerrado, em função da fertilidade do solo e disponibilidade hídrica, e

consequentemente altura do dossel e cobertura vegetal, as diferentes fisionomias identificadas

podem ser consideradas sucessivas. O primeiro estágio, os campos limpos, são campos secos,

com predomínio de gramíneas, sem arbustos ou arvoretas, hábitos já observados no estágio

seguinte, os campos sujos. O cerrado típico é caracterizado pela cobertura superior a 30%, com

árvores e arbustos de 3-8m permeados por vegetação herbácea, seguido pelo cerradão, onde

prevalecem árvores de 8-12m ou mais, cobrindo de 50 a 90% da área, com estrato herbáceo

reduzido (Oliveira-Filho & Ratter, 2002).

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De um modo geral, as fisionomias naturais apresentam certa descaracterização promovida pelo

histórico de atividades agropecuárias, pastoreio e plantio, antes da implantação da área como

Unidade de Conservação.

O Parque favorece a contínua conservação destes remanescentes de vegetação e,

consequentemente, conduz a proteção das espécies da flora regional, pela preservação de

diversos espécimes.

Todas as espécies levantadas apresentam, pelo menos, um tipo de uso potencial,

desempenhando função ecológica e de uso para o homem, seja no fornecimento de produtos

madeireiros ou não madeireiros. A exploração madeireira está na confecção de vigas e mourões

como estruturas internas e externas, além da marcenaria em geral. Como não madeireiros,

muitas espécies são utilizadas na medicina popular, para tratamento de inflamações dos

sistemas urogenital, digestivo e vascular, além de doenças de pele e até câncer. O conhecimento

popular acerca de plantas medicinais, tendo em vista sua diversidade e potencial para a

bioprospecção de fármacos, especialmente de doenças incuráveis ou de difícil tratamento,

atualmente é bastante valorizado.

2.2. AVIFAUNA

Foram registradas 192 espécies de aves divididas em 25 ordens e 53 famílias, na região do

PNMSS e seu entorno. Destas famílias, 20 pertencem a ordem dos Passeriformes (Anexo 2). O

levantamento de espécies da avifauna no Plano de Manejo é um importante aliado na gestão,

orientando a definição de áreas prioritárias para manejo e conservação na UC, visto que dados

como categorias de ameaça, endemismo, sensibilidade a ações antrópicas, potencial migratório

e cinegético, podem subsidiar futuras ações benéficas à UC.

Unidades de Conservação representam um bem de uso comum à sociedade destinada à visitação

recreativa, esportiva, turística, histórico-cultural, pedagógica, artística, científica ou

interpretação e conscientização ambiental. Além de seu potencial social/econômico,

proporciona também benefícios em termos de conservação de ambientes importantes para a

avifauna, a exemplo de nascentes, brejos, áreas úmidas e matas ciliares. Baseado na proteção

que a UC oferece contra ações antrópicas, espécies de aves no local podem ser mantidas e

perpetuadas nessas importantes áreas, através da conservação das mesmas.

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Uso Público, Turismo e Educação Ambiental

Uso público e zoneamento

O zoneamento ambiental proporciona a capacidade de gerir eficientemente a UC, determinando

locais propícios para o uso público e sustentável e locais de proteção integral. Para as áreas de

uso público e sustentável, de manejo dos recursos naturais e da biodiversidade, recomenda-se

atividades recreativas, de navegação e balneabilidade sempre atentando o desenvolvimento

destas atividades à conservação da avifauna local e gerando a menor quantidade de distúrbios

possível a flora e fauna.

Algumas áreas, entretanto, necessitam ser protegidos integralmente, resguardando a

biodiversidade existente. Entre eles se destacam os que abrigam ninhais, áreas de forrageio,

áreas utilizadas por aves migratórias, nascentes, brejos, tributários, matas de galeria e florestas

ciliares. Outro fator importante é a conservação das APPs e controle e tratamento do lançamento

de efluentes domésticos.

Turismo voltado para a Avifauna

O Birdwatch, ou, atividade de observação de aves silvestres, representa uma boa opção a ser

incentivada dentro da UC pelos benefícios que pode proporcionar ao meio ambiente e

conservação das espécies. As áreas de interesse para o turismo de observação de aves

apresentam particularidades em relação à biodiversidade local, resultados de uma gestão e

manejo adequado, o que resulta em áreas bem conservadas. Dessa forma, além de ser um

segmento do ecoturismo em crescimento no Brasil, a atividade coincide aos objetivos de

conservação das UCs. Devido à abundância e deslocamento facilitado, aves são uma ferramenta

bastante útil para a educação ambiental. Esses animais transmitem valores a respeito da natureza

e à condição em que se encontra o ecossistema com facilidade, contribuindo com a divulgação

da necessidade de preservação e para a sustentabilidade financeira da UC.

A atividade de birdwatch pode ser desenvolvida por guias de campo com qualificação e

conhecimento empírico da área, representando um potencial campo de geração de renda para a

cidade e seus moradores enquanto promove a conscientização ambiental local sobre o uso

sustentável dos recursos naturais da UC e sua importância. Algumas espécies de interesse ao

Birdwatch encontradas no local são: anhuma (Anhima cornuta), tuiuiú (Jabiru mycteria),

surrucuá-de-barriga-vermelha (Trogon curucui), martim-pescador-verde (Chloroceryle

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amazona) (Figura 4), udu-de-coroa-azul (Momotus momota), tucanuçu (Ramphastos toco),

Falconídeos em geral, Psittacídeos em geral, taperuçus, choró-boi (Taraba major), entre outros.

Figura 4. Martim-pescador-verde (Chloroceryle amazona)

registrado no Parque Natural Municipal do Salto do Sucuriú, município

de Costa Rica, Mato Grosso do Sul. Outubro de 2017.

Educação ambiental

Atualmente a educação ambiental é uma ferramenta fundamental à conservação da diversidade

de aves e seus locais de alimentação e reprodução. O desenvolvimento de atividades de

educação ambiental com crianças é essencial, pois nessa fase de formação de caráter e ideias

sobre o mundo, é possível salientar a importância de preservação da natureza. Dessa forma, é

importante incentivar atividades educativas na UC e no seu entorno voltadas aos estudantes,

ampliando seu conhecimento sobre a avifauna.

Atividades de educação ambiental e conscientização também podem ser realizadas com turistas,

visitantes e moradores do entorno da UC e do município de Costa Rica, auxiliando na

elucidação de dúvidas sobre a conservação do meio ambiente e das aves e sua

representatividade para a região. Deve-se salientar sempre que a caça é proibida e reforçando

que ações que afugentem ou impeçam a presença destes animais na proximidade da UC são

prejudiciais para a recuperação do ambiente. Ações dessa natureza colaboram com a redução

dos impactos sobre as espécies existentes no local e auxiliam na manutenção das mesmas.

Pesquisas científicas/biológicas

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A realização de pesquisas científicas/biológicas é uma atividade importante de ser estimulada

na UC. Estudos com abordagens de ecologia de populações (como técnicas de captura,

marcação, soltura e recaptura) assim como propostas de manejo e conservação da avifauna, são

importantes para ampliar os conhecimentos sobre as aves da região, originando oportunidades

de conservação das mesmas na UC e seu entorno.

Aves ameaçadas de extinção

Entre as espécies registradas no município de Costa Rica, conforme consta na Red List da IUCN

(2017), a ema (Rhea americana) e o papagaio-galego (Alipiopsitta xanthops) são classificadas

como quase ameaçada de extinção. A ema (Rhea americana) é caçada por agricultores devido

à sua presença indesejável em plantações. O papagaio-galego (Alipiopsitta xanthops), por sua

vez, é impactado pela rápida e extensiva modificação de áreas de Cerrado e Pantanal, o que

resulta em perda de hábitat e causa acelerada redução no tamanho populacional desta espécie.

Outra espécie presente na lista como vulnerável, o mutum-de-penacho (Crax fasciolata) é assim

classificada pela perda de seu habitat devido ao desmatamento e principalmente por ser muito

caçada.

Segundo o Plano de Ação Nacional para Conservação das Aves do Cerrado e Pantanal

(ICMBio, 2014), as principais ameaças às aves do Cerrado/Pantanal são perda de habitat,

provocadas tanto pelo agronegócio como pela expansão urbana, instalações de

empreendimentos de infraestrutura, caça e o tráfico de algumas espécies. Entre as espécies

atingidas estão o papagaio-galego (Alipiopsitta xanthops) e o papagaio-verdadeiro (Amazona

aestiva), que constam como quase ameaçadas de extinção. As espécies ema (Rhea americana),

gavião-peneira (Elanus leucurus), sovi (Ictinia plumbea) (Figura 5), gavião-caramujeiro

(Rostrhamus sociabilis), gavião-caboclo (Heterospizias meridionalis), gavião-carijó (Rupornis

magnirostris), gavião-de-rabo-branco (Geranoaetus albicaudatus), gavião-de-cauda-curta

(Buteo brachyurus), suindara (Tyto furcata), corujinha-do-mato (Megascops choliba), caburé

(Glaucidium brasilianum), coruja-buraqueira (Athene cunicularia), coruja-orelhuda (Asio

clamator), rabo-branco-acanelado (Phaethornis pretrei), beija-flor-tesoura (Eupetomena

macroura), beija-flor-de-veste-preta (Anthracothorax nigricollis), besourinho-de-bico-

vemelho (Chlorostilbon lucidus), beija-flor-tesoura-verde (Thalurania furcata), beija-flor-

dourado (Hylocharis chrysura), tucanuçu (Ramphastos toco), araçari-castanho (Pteroglossus

castanotis), carcará (Caracara plancus), pinhé (Milvago chimachima), acauã (Herpetotheres

cachinnans), quiriquiri (Falco sparverius), falcão-de-coleira (Falco femoralis), arara-canindé

(Ara ararauna), maracanã-pequena (Diopsittaca nobilis) periquitão-maracanã (Psittacara

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leucophthalmus), maracanã-do-buriti (Orthopsittaca manilatus), periquito-rei (Eupsittula

aurea), periquito-de-encontro-amarelo (Brotogeris chiriri) (Figura 6), papagaio-galego

(Alipiopsitta xanthops) e o papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) constam no anexo II da

CITES (CITES, 2015), onde são posicionadas as espécies que embora atualmente não se

encontrem necessariamente em perigo de extinção, poderão chegar a esta situação, a menos que

o comércio de tais espécies esteja sujeito a regulamentação e fiscalização rigorosa.

Figura 5. Sovi (Ictinia plumbea) registrado no Parque Natural

Municipal do Salto do Sucuriú, município de Costa Rica, Mato Grosso

do Sul. Outubro de 2017.

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Encarte II – Diagnóstico da UC

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Figura 6. Periquito-de-encontro-amarelo (Brotogeris chiriri)

registrado no Parque Natural Municipal do Salto do Sucuriú, município

de Costa Rica, Mato Grosso do Sul. Outubro de 2017.

Sensibilidade aos distúrbios

Foram registradas espécies com alta sensibilidade aos distúrbios do meio, entre elas saracura-

três-potes (Aramides cajaneus) e o araçari-castanho (Pteroglossus castanotis). Estas espécies

respondem negativamente a ambientes perturbados pelo homem e não habitam áreas com

grandes interferências antrópicas. Dessa forma, são interessantes estudos quanto à relação do

habitat com estas populações mais frágeis (Stotz et al., 1996). Na UC foram registradas espécies

de taperuçus. O taperuçu-velho (Cypseloides senex) (Figura 7) e o taperuçu-de-coleira-branca

(Streptoprocne zonaris). Estas espécies apesar de não estarem elencadas em nenhuma categoria

de ameaça a extinção e de alta sensibilidade a distúrbios antrópicos em seu habitat, merecem

atenção especial por terem ocorrência localizada em quedas d’água, onde fazem seus ninhos.

Seus bandos podem chegar a centenas e foram registrados nas cachoeiras do Parque. Pressões

antrópicas sobre estas quedas d’água devem ser evitadas para que estas espécies não sofram

com estes impactos.

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Figura 7. Taperuçu-velho (Cypseloides senex) registrado no

Parque Natural Municipal do Salto do Sucuriú, município de Costa

Rica, Mato Grosso do Sul. Outubro de 2017.

Espécies importantes para conservação da flora

Os Psitacídeos encontrados na UC necessitam atenção especial, uma vez que sofrem com o

efeito da fragmentação e redução do seu habitat, dependendo de fragmentos florestais mais

consolidados. Esse grupo necessita de uma ampla variedade de frutos em copas de árvores para

manter populações locais durante todo ano. Indivíduos desta ordem habitam locais onde existe

suporte para seu crescimento, desenvolvimento e reprodução, próprios de áreas que possuem

importantes recursos sazonais para espécies frugívoras de dossel, os quais devem ser

preservados para que estes indivíduos continuem a habitar a região. O mesmo é válido para o

tucanuçu (Ramphastos toco) e o araçari-castanho (Pteroglossus castanotis) que por possuírem

alta sensibilidade aos distúrbios do meio e serem efetivos dispersores de sementes, ajudam na

regeneração e manutenção da mata. Os beija-flores também são importantes devido a sua

participação na polinização e auxilio na conservação das florestas.

Aves de caça ou cinegéticas

As principais espécies consideradas como “aves de caça” ou cinegéticas, fazem parte de

famílias como a Tinamidae (inhambus), Cracidae (jacus e mutuns), Columbidae (pombas e

rolinhas) e alguns Anatídeos (patos). São assim denominadas por apresentar massa corporal

significativa quando comparadas a outras espécies. A caça de aves e a captura das mesmas para

servir como espécie cativa é relatada no Brasil desde o descobrimento (Sick, 1997). Como

exemplo temos os tinamídeos como o jaó (Crypturellus undulatus), inhambu-chororó

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Encarte II – Diagnóstico da UC

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(Crypturellus parvirostris) e codorna-amarela (Nothura maculosa), cracídeos, como o mutum-

de-penacho (Crax fasciolata) e alguns columbídeos como a pomba-galega (Patagioenas

cayennensis) e o pombão (Patagioenas picazuro). Algumas aves também podem ser caçadas

devido a sua beleza cênica ou canto elaborado, sendo aprisionadas em gaiolas ou vendidas pelos

traficantes de animais silvestres. Esta atividade é crime e está sujeita a sanções penais e

administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas previstas na Lei nº 9.605, de 12 de

fevereiro de 1998. Como exemplos dessas espécies temos: o tucanuçu (Ramphastos toco)

(Figura 8), o araçari-castanho (Pteroglossus castanotis), a arara-canindé (Ara ararauna),

papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), corruíra (Troglodytes musculus), sabiá-laranjeira

(Turdus rufiventris), pula-pula (Basileuterus culicivorus), canário-da-terra-verdadeiro (Sicalis

flaveola), entre outros.

Figura 8. Tucanuçu (Ramphastos toco) registrado no Parque

Natural Municipal do Salto do Sucuriú, município de Costa Rica, Mato

Grosso do Sul. Outubro de 2017.

Aves migratórias

Aves migratórias são aquelas que efetuam deslocamentos sazonais de uma região para outra

podendo ser anual, de áreas de alimentação para áreas de reprodução e descanso, onde

posteriormente retornam a sua região original (Alerstam & Hedenström, 1998). Entre elas

temos as consideradas localmente migratórias, efetuando curtas migrações ao longo do ano, as

que realizam migrações regionais abrangendo áreas dentro do território nacional e algumas

poucas fora do país, outras que realizam migrações setentrionais oriundas das Américas do

Norte e Central e aves que realizam migrações meridionais oriundas do sul da América do Sul.

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Encarte II – Diagnóstico da UC

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Dessa forma, estas espécies podem utilizar a UC como local para reprodução, alimentação e

descanso em suas rotas de migração, representando importantes indicadores da relevância da

região para estes deslocamentos.

Espécies mais abundantes e generalistas

O pombão (Patagioenas picazuro) e o gavião-carijó (Rupornis magnirostris), são exemplos de

espécies generalistas que usam, tanto áreas abertas, como florestadas para se alimentar e

nidificar, possuem alta capacidade de dispersão e são menos afetadas pela supressão florestal.

O bem-te-vi (Pitangus sulphuratus), a rolinha-roxa (Columbina talpacoti), a pomba-galega

(Patagioenas cayennensis), o neinei (Megarhynchus pitanguá) e o sabiá-do-campo (Mimus

saturninus) (Figura 9), são algumas das espécies favorecidas pela fragmentação florestal, uma

vez que estes indivíduos são mais adaptados a locais abertos e com menos vegetação, possuindo

uma grande abundância local nestes ambientes.

Outras espécies que aumentam sua abundância nas áreas desmatadas ou com menos

adensamento de vegetação são aquelas associadas a ambientes degradados, abertos e cultivados

como o anu-preto (Crotophaga ani), o anu-branco (Guira guira) e o quero-quero (Vanelus

chilensis).

Figura 9. Sabiá-do-campo (Mimus saturninus) registrado no

Parque Natural Municipal do Salto do Sucuriú, município de Costa

Rica, Mato Grosso do Sul. Outubro de 2017.

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2.3. HERPETOFAUNA

A herpetofauna é representada por anfíbios e répteis e apresenta ampla distribuição geográfica,

com mais de 7.780 espécies de anfíbios (Frost, 2018) e cerca de 10.600 espécies de répteis

(Uetz & Hošek, 2017). Destas, o Brasil compreende 1.080 anfíbios e 773 répteis (Segalla et al.,

2016; Costa & Bérnils, 2015), com parte significante dessa diversidade representada em regiões

de Cerrado. Anteriormente, a literatura científica considerava a herpetofauna do Cerrado como

pouco rica e pobre em endemismos. Entretanto, novas interpretações têm questionado essas

ideias e atualmente, com o aumento do conhecimento científico e taxonômico e com a utilização

de novas ferramentas para análise biogeográfica, trabalhos recentes apontam 209 espécies de

anfíbios (108 endêmicos), 109 lagartos (52 endêmicos) e 158 serpentes (51 endêmicas), 10

quelônios e cinco crocodilianos (Colli et al., 2002; Nogueira et al., 2011; Valdujo et al., 2012).

Recentemente foram adicionados à esta listagem mais oito espécies de répteis squamatas e 11

anuros endêmicos (Azevedo et al., 2016).

Apesar da alta diversidade na região centro-oeste, inventários sobre a herpetofauna regional são

escassos (e.g. Strüssmann et al., 2000; Bastos et al., 2003; Uetanabaro et al., 2007; Costa et al.,

2007; Valdujo et al., 2009; Silva Júnior et al., 2009; Nogueira et al., 2011; Valdujo et al., 2012),

o que resulta na falta de conhecimentos biológicos para a maioria das espécies e, na descrição

frequente de novas espécies, entre elas várias endêmicas, para essa região (e.g. Pombal &

Bastos, 1996; Colli et al., 2003; Caramaschi & Niemeyer, 2003). Somente no último ano foi

elaborada a listagem de anfíbios e répteis de Mato Grosso do Sul, que levantou 97 espécies de

anfíbios e 188 espécies de répteis (Ferreira et al., 2017; Souza et al., 2017).

Apesar do aumento no número de estudos sobre este grupo no Cerrado e no MS, os padrões de

distribuição e composição de anfíbios e répteis ainda permanecem praticamente desconhecidos.

Entretanto, a produção de listas de espécies de uma determinada localidade é essencial para

indicar lacunas de conhecimento e subsidiar planos de manejo e estudos que possam indicar

áreas prioritárias à conservação das espécies.

Caracterização da Herpetofauna regional

Para o município de Costa Rica ainda existem poucos trabalhos científicos publicados. O

inventário mais completo realizado para a região foi o Inventário da Biodiversidade do

complexo Aporé-Sucuriú (Pagotto & Souza, 2006), com 78 espécies levantadas para a sub-

bacia do Rio Sucuriú (Uetanabaro et al., 2006). As espécies citadas foram confirmadas em

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Encarte II – Diagnóstico da UC

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campo, nas expedições realizadas entre 2011 e 2017, que constataram 20 espécies da

herpetofauna no PNM Salto do Sucuriú e 17 na PNM da Laje (Anexo 3). Dessa forma, são

registradas 80 espécies de anfíbios e répteis para as UCs do município de Costa Rica - MS, das

quais algumas ainda aguardam identificação.

Espécies ameaçadas e endêmicas

Não foram levantadas espécies ameaçadas de extinção, nas UCs de Costa Rica (MMA, 2014;

IUCN, 2017), embora seis espécies estão inseridas no apêndice II da CITES - Convention on

International Trade in Endangered Species of Wild Fauna and Flora (2017), convenção

internacional que visa proteger espécies silvestres comercializadas. O apêndice II inclui as

espécies que no momento não estão ameaçadas, mas que podem vir a ficar se o comércio não

for controlado, como os lagartos iguana Iguana iguana e teiú (Salvator merianae e Tupinambis

teguixin), a sucuri Eunectes murinus, o jacaré-paguá Paleosuchus palpebrosus e o cágado-de-

barbicha Mesoclemmys vanderhaegei.

A proporção de espécies endêmicas, entretanto, é relativamente alta comparada a outras regiões

do Cerrado, e a outros grupos da fauna, como aves e mamíferos. Aproximadamente 23% das

espécies registradas e de provável ocorrência para a área são endêmicas do Bioma. A

complexidade estrutural do Cerrado e o mosaico de ambientes abertos e florestados são fatores

que explicam sua alta diversidade e endemismo.

Espécies de interesse para conservação

A maioria das espécies registradas para a UC é comum em áreas abertas, entretanto destacam-

se algumas restritas a habitats específicos, que são fortemente afetadas pela supressão vegetal

e fragmentação de habitat. Entre elas estão a perereca Hypsiboas lundii, restrita a matas ciliares

e de galeria de riachos (Figura 10), e as rãzinhas do gênero Pristimantis, anfíbio de

desenvolvimento direto que habita solos de florestas (Figura 11). Outras espécies associadas a

ambientes florestados (Figura 12) são os répteis Salvator marianae e Bothrops moojeni, que

apesar de serem capazes de ocupar também ambientes abertos, preferem fragmentos florestais

ou suas bordas.

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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Figura 10. Perereca Hypsiboas lundii, anfíbio endêmico e restrito a

matas ciliares e de galeria, registrado em Costa Rica, Mato Grosso do

Sul.

Figura 11. Anfíbio do gênero Pristimantis registrado em Costa Rica,

Mato Grosso do Sul.

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Encarte II – Diagnóstico da UC

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Figura 12. Mata de galeria no interior do PNM Salto do Sucuriú,

exemplo de ambiente que abriga espécies da herpetofauna exclusivas

de áreas florestadas.

A preservação de formações abertas e savânicas, como campos limpos, campos sujos e Cerrado

típico, também são importantes para a conservação da herpetofauna local, considerando o

grande número de espécies associadas a elas, como os lagartinhos do gênero Ameivula e o papa-

vento Norops meridionalis (Figura 13), que são espécies campestres.

Figura 13. Papa-vento Norops meridionalis, lagarto endêmico que

habita áreas abertas, registrado em Costa Rica, Mato Grosso do Sul.

A preservação de ambientes higrófilos, tanto no interior da UC quanto na região de entorno, é

igualmente importante para a manutenção das populações locais da herpetofauna, uma vez que

a maioria das espécies de anfíbios do Cerrado dependem de água para a reprodução e ocorrem

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Encarte II – Diagnóstico da UC

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em maior densidade em áreas úmidas ou com solo encharcado. Entre esses ambientes destacam-

se as “veredas” (Figura 14) e campos úmidos, onde ocorrem espécies de distribuição restrita,

como as rãs Leptodactylus furnarius e Leptodactylus cf. jolyi.

Figura 14. Vereda, ambiente higrófilo rico em anfíbios, em Costa

Rica, Mato Grosso do Sul.

Propostas de pesquisa

A região apresenta grande potencial para diversidade de espécies da herpetofauna,

principalmente com relação aos répteis squamata (lagartos e serpentes). Ao contrário do que é

observado para aves e mamíferos, a maior parte da riqueza de répteis e anfíbios está concentrada

na diagonal de áreas abertas da América do Sul (caatinga-cerrado-chaco) (Strüssmann, 2000;

Costa et al., 2007; Silva Júnior et al., 2009). Estudos recentes apontam que o Cerrado possui

alta riqueza e endemismo (Costa et al., 2007; Vaz-Silva et al., 2007; Valdujo et al., 2009), à

medida que novas espécies estão sendo descritas. Estudos em longo prazo ainda são necessários

para se avaliar adequadamente a composição da herpetofauna do Cerrado, e a conservação das

várias fitofisionomias que compõem o Bioma, como Cerrado sentido restrito, Campo sujo,

Campos naturais e Veredas, são importantes para a conservação das espécies desse grupo.

Em todo o Estado existem lacunas de conhecimento para anfíbios e répteis, até mesmo regiões

com elevada importância biológica, como o complexo Aporé-Sucuriú. Essas áreas são

consideradas insuficientemente amostrados (Strüssmann et al., 2000; Uetanabaro et al., 2006),

sendo que das UCs de proteção integral e de uso sustentável de MS, somente o Parque Nacional

da Serra da Bodoquena (Cerrado), RPPN Estância Caiman e Parque do Rio Negro (ambos no

Pantanal) estão em áreas consideradas melhor amostradas (Ferreira, et al., 2017; Souza et al.,

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2017). Neste contexto, tanto a realização de inventários rápidos quanto estudos ecológicos em

longo prazo são necessários para a complementação de informações básicas e da ecologia de

espécies e/ou populações, e para o diagnóstico e manejo adequado.

Educação ambiental

A maior parte das espécies da herpetofauna é críptica e possuem hábitos secretivos, ou seja, são

difíceis de serem detectadas em campo, passando desapercebidas pela maioria das pessoas.

Entretanto espécies de maior porte devem receber atenção por possuírem densidade

populacional naturalmente mais baixas e sofrerem maior pressão antrópica, a exemplo do

jacaré-paguá Paleosuchus palpebrosus e da serpente sucuri Eunectes murinus, portanto é de

interesse que campanhas de educação ambiental sejam voltadas para estas espécies.

2.4. MASTOFAUNA

O Brasil abriga a mais elevada diversidade biológica conhecida em sua extensa área territorial

(Mittermeier et al., 1997). O fato de apresentar seis grandes biomas somado a sua localização

geográfica, aliada ao maior sistema fluvial do mundo (Brandon et al., 2005) são fatores que

favorecem a presença deste complexo de fitofisionomias existentes.

Dos biomas presentes no Brasil, o Cerrado é a segunda maior formação vegetal, presente em

cerca de 21% do território nacional (Klink & Machado, 2005). A fragmentação do cerrado é

um dos fatores que mais ameaçam sua flora e fauna.

A fauna do cerrado possui 251 espécies de mamíferos catalogadas, entre elas 32 exclusivas do

bioma. Estudos recentes apontam que a Mastofauna do Cerrado contém 35% dos mamíferos

registradas para o Brasil (Paglia et al., 2012). A mastofauna de médio e grande porte,

amplamente distribuída pelo cerrado (Marinho-Filho et al., 2002), apesar da sua alta riqueza,

encontra-se ameaçada devido ao processo de degradação e supressão de habitats ao longo dos

anos. Calcula-se que em média 20% das espécies endêmicas e ameaçadas permanecem fora das

reservas e unidades de conservação (Machado et. al., 2004).

No Mato Grosso do Sul ocorrem 151 espécies de mamíferos, entre eles 90 terrestres não-

voadores e 61 espécies voadoras, distribuídas em 10 ordens e 29 famílias (Cáceres et al., 2008).

Atividades como agricultura e pecuária, amplamente desenvolvidas no estado, causam a

diminuição da cobertura natural existente e a fragmentação dos habitats, podendo implicar no

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isolamento e alteração da densidade populacional e da estrutura das comunidades de animais

presentes (Cademartori et al, 2008). A criação e manutenção de parques e reservas são fatores

que atenuam a perda de biodiversidade crescente ao longo dos anos devida a ação antrópica no

Cerrado.

Objetivo do estudo

- Caracterizar a mastofauna do PNMSS e entorno;

- Relacionar as espécies ameaçadas de extinção presentes na UC e entorno;

- Propor ações de manejo para espécies endêmicas, raras e ameaçadas encontradas na UC e

entorno;

Metodologia

Os dados foram obtidos através de levantamentos primário e secundários, com verificação dos

dados registrados para o PNMSS e entorno, e a região de Costa Rica.

A busca de dados primários foi realizada por meio de procura visual, através de transectos em

trilhas preexistentes, com a identificação de registros diretos e indiretos, como visualização

através de binóculo, vocalização, pegadas, fezes, tocas e restos alimentares.

Também foram utilizadas armadilhas fotográficas (câmera trap) com auxílio de atrativos em

trilhas de acesso às áreas de alimentação ou dessedentação, em busca de registros da mastofauna

críptica.

Resultados e discussão

Foram registradas 36 espécies distribuídas em 9 ordens e 18 famílias conforme Anexo 4. Os

dados obtidos neste estudo uso do hábitat e ocorrência das espécies segue o padrão encontrado

em estudos para a região, com a maioria das espécies registradas sendo de ampla distribuição

geográfica, sem apresentar maiores especificidades, porém foram espécies que necessitam de

ambientes mais restritos, como é o caso dos primatas que vivem em lugares mais florestados, e

da lontra e ariranha, que necessitam estar próximas a cursos d’água para alimentação.

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Dentre as espécies listadas, a ordem carnívora é a mais representativa na UC e entorno (Figura

15). Os carnívoros são importantes nos ecossistemas, controlando as populações de suas presas

e participando dos processos de dispersão de sementes, sendo espécies chaves por manter e

restaurar a diversidade e a resiliência dos ecossistemas (Terborgh & Estes, 1999).

Figura 15. Quati Nasua nasua, uma das espécies pertencentes a

ordem Carnivora, registrado no Parque Natural Municipal Salto do

Sucuriú, município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul.

Os felinos, predadores de topo, demandam um amplo território para sua sobrevivência. Espécies

como a onça-pintada possuem uma extensa área de vida, podendo chegar até 50km². O grande

porte e a alta demanda de recursos ambientais desses animais acabam por demandar fragmentos

maiores e mais conectados para a sua sobrevivência, para que não ocorra o isolamento e

consequentemente a diminuição de suas populações (Bordignon et al., 2006).

Além da perda de habitat e recursos naturais, o contato com área antropizadas é outro fator que

ameaça as populações dos felinos. Devido a fragmentação dos habitas, esses animais acabam

circulando em áreas urbanas e rurais em busca de alimentos ou para cruzar até outro fragmento.

Dessa forma tornam-se alvo de caça por parte dos donos de criações que consideram os animais

uma ameaça às suas produções, além do contato com animais domésticos que podem transmitir

doenças, resultando na morte dos indivíduos (Chiarello et al., 2008).

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Outras espécies são diretamente ameaçadas pela caça quando em contato com áreas urbanas e

rurais, como é o caso da anta, os lobos e os Artiodactyla (catetos, queixada e veados). Esses

últimos também são afetados por zoonoses adquiridas em contato com animas domésticos.

Espécies Endêmicas, Raras e Ameaçadas de Extinção

Algumas espécies de mamíferos registradas no estudo encontram-se sob risco de extinção.

Porém, no Cerrado algumas espécies ocorrem em alta densidade, a exemplo do tamanduá-

bandeira (M. tridactyla) (Anexo 5), a anta e o lobo-guará (Costa et al. 2005).

Foram registradas 14 espécies ameaçadas de extinção em âmbito nacional (MMA), e 10

espécies em categoria de ameaça pela IUCN (2017). As espécies endêmicas registradas no

estudo foram a raposinha e o macaco-prego Sapajus cay. Não foram registradas espécies

exóticas.

Myrmecophaga trydactyla tamanduá-bandeira

O tamanduá-bandeira (Myrmecophaga trydactyla) (Figura 16) é uma espécie encontrada de

Belize, Guatemala, ao sul do Chaco paraguaio e nordeste da Argentina (Eisenberg & Redford,

1999). Ocupa ampla variedade de habitat, de floresta tropical a áreas secas como o Cerrado.

São encontrados com maior frequência em áreas abertas. Espécie de hábito solitário, com

exceção da fêmea com filhote, após uma gestação de 190 dias, a fêmea gera um único filhote,

que fica em seu dorso por volta de um mês (Hannibal et al, 2015). Sua dieta é composta

principalmente de cupins e formigas (Nowak, 1991), mas também consome besouros e outros

invertebrados. A espécie é considerada vulnerável de extinção pelo MMA e IUCN em âmbito

internacional. É uma das vítimas mais comuns de atropelamentos por veículos automotivos em

estradas e rodovias por apresentar olhos e ouvidos pouco desenvolvidos, além de sofrer pela

ação dos incêndios florestais e pela perda de habitat.

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Figura 16. Vestígio de tamanduá-bandeira Myrmecophaga

trydactyla registrado no Parque Natural Municipal Salto do Sucuriú,

município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul. Escala=5cm.

Chrysocyon brachyurus lobo-guará

No Brasil ocorre nos domínios mais secos como Cerrado, Pantanal e Campo Sulinos (Figura

17). Sua distribuição tem se estendido em resposta às transformações de áreas de Mata Atlântica

em pastagens e culturas (Cheida et al., 2006). É um animal monogâmico, de grande porte,

pesando de 20 a 30 kg. Os casais vivem na mesma área e se comunicam através de marcas de

cheiro e um uivo característico (Hannibal et al., 2015). Após uma gestação de em média 60

dias, a fêmea concebe de dois a cinco filhotes. A época reprodutiva ocorre de abril a julho. O

lobo-guará é onívoro consumindo frutos, pequenos vertebrados, répteis e insetos (Pagotto &

Souza, 2006). Está ameaçado no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção

(MMA, 2014), em âmbito internacional encontra-se quase ameaçado (IUCN, 2017). As

principais ameaças são os atropelamentos, perda de habitat e caça (Cheida et al., 2006).

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Figura 17. Vestígio de lobo-guará Chrysocyon brachyurus

registrado no Parque Natural Municipal Salto do Sucuriú, município de

Costa Rica, Mato Grosso do Sul. Escala=4cm.

Lycalopex vetulus raposa-do-campo

A raposa-do-campo (Lycalopex vetulus) é o menor e único canídeo endêmico do Cerrado, sendo

considerada vulnerável pela lista brasileira de espécies ameaçadas. Desempenha importante

papel como dispersor de sementes e controlador de formigas, cupins e pequenos roedores

(Dalponte, 1995). Destruição de hábitat e outros efeitos antrópicos negativos diretos e indiretos

estão entre as maiores ameaças à conservação da raposa-do-campo (Lemos et al., 2011),

enquanto as principais causas da queda populacional da espécie são atropelamentos (Lemos et

al., 2011), predação por cães domésticos (Lemos & Azevedo, 2009), doenças transmitidas por

animais domésticos (Megid et al., 2010) e retaliação à suposta predação de animais domésticos

(Dalponte, 2003).

Tapirus terrestris anta

A anta (Figura 18) é o maior mamífero terrestre neotropical e ocorre da Venezuela ao sul do

Paraguai (Eisenberg & Redford, 1999). Pode ser encontrada em florestas tropicais assim como

em áreas secas no Paraguai e Chaco argentino, embora tenha hábitat fortemente ligado a água.

Primariamente uma espécie herbívora, consome folhas e brotos de plantas próximas a água,

frutos estão inclusos em sua dieta, que varia de acordo com a disponibilidade regional. A anta

está ligada a importante papel na comunidade vegetal e estrutura dos ecossistemas. Possui

hábito diurno ou noturno, dependendo da ocupação humana na área (Voss & Emmons, 1996).

A anta está classificada como vulnerável de extinção segundo as listas da fauna ameaçada do

Ministério do Meio Ambiente e da União Internacional para a Conservação da Natureza.

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Encarte II – Diagnóstico da UC

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Entretanto algumas regiões do Amazônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul apresentam

grandes populações desta espécie.

Figura 18. Anta Tapirus terrestris registrada no Parque Natural

Municipal Salto do Sucuriú, município de Costa Rica, Mato Grosso do

Sul.

Sapajus cay macaco-prego

O macaco-prego tem sua distribuição restrita ao Cerrado e Pantanal (Figura 19). Vivem em

grupos de 8 a 16 indivíduos, pesam em média três kg. Ocupam fitofisionomias com

predominância de dossel e cobertura arbórea, sendo encontrados preferencialmente no Cerradão

e em matas ciliares, porém podem deslocar-se longas distâncias pelo solo por áreas abertas. Sua

dieta é onívora, composta por frutos, sementes, flores, gomas, ovos, insetos, entre outros (Bicca-

Marques et al., 2006). A maturidade sexual da espécie se inicia aos quatro anos nas fêmeas e

aos sete anos nos machos, podem se reproduzir até os 25 anos. Com o passar da idade o volume

e a coloração do pelo modificam-se, principalmente nos machos dominantes. Apesar da sua

rápida reprodução e tolerância a diferentes tipos de ambientes, como a espécie necessita de

áreas florestadas para sobreviver, a fragmentação ambiental é um dos fatores que ameaçam a

manutenção de suas populações. O Sapajus cay encontra-se listado como vulnerável pela Lista

Vermelha da Fauna Amaçada do Ministério do Meio Ambiente.

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Encarte II – Diagnóstico da UC

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Figura 19. Macaco-prego Sapajus cay registrado no Parque Natural

Municipal Salto do Sucuriú, município de Costa Rica, Mato Grosso do

Sul.

Puma concolor onça-parda

A onça-parda é o segundo maior felídeo do Brasil e o de maior distribuição nas Américas,

ocorrendo do oeste do Canadá ao extremo sul da América do Sul. No Brasil ocorre em todos os

domínios (Emmons & Feer, 1999). Sua dieta é composta por mamíferos de médio porte, como

veados, porcos-do-mato, quatis e capivaras. Entretanto, animais menores também podem ser

consumidos (Cheida et al., 2006). A caça e alteração de habitats, com consequente redução da

disponibilidade de presas são as principais ameaças à onça-parda (Emmons & Feer, 1999). A

espécie é considerada como criticamente em perigo de extinção em Minas Gerais e Espírito

Santo, em perigo no Rio Grande do Sul, e vulnerável no Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e na

Lista da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção.

Considerações Finais

Sugestões de manejo, conservação e educação ambiental

O conhecimento sobre a riqueza, distribuição e a abundância dos organismos que ocorrem em

um determinado local é indispensável para se desenvolver projetos de manejo e conservação

(Santos, 2003). Avaliações Ecológicas Rápidas não caracterizam de forma definitiva a

distribuição dos espécimes e os processos ecológicos (Sayre et al., 2000), sendo necessários

estudos de longo prazo para a obtenção de informações acerca dos grupos a serem protegido.

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Atenção especial deve ser direcionada as espécies inseridas em categorias de ameaça de acordo

com as listas atuais e espécies cinegéticas. Neste caso é interessante a realização de atividades

de educação ambiental, fator chave na conservação da biodiversidade, que podem ser

desenvolvidas em parceria com instituições de ensino, divulgando as espécies que ocorrem na

região e a importância delas para o ambiente, principalmente com relação as espécies mais

visadas como caça.

Com relação a conservação de mamíferos no Cerrado, a perda de hábitat e a fragmentação são

as principais ameaças. Portanto, a existência de fragmentos de vegetação original, assim como

as conexões entre esses fragmentos e entre diferentes fitofisionomias são de extrema

importância para a manutenção de populações naturais.

São sugeridas as seguintes proposições:

- Realizar estudos de inventário das espécies de pequenos mamíferos e com maior esforço

amostral para mamíferos de médio e grande portes.

- Realizar monitoramento das espécies ameaçadas.

- Elaborar programa de Educação e Interpretação ambiental atingindo a comunidade local e

visitante, de modo a enfocar a importância da conservação das espécies de mamíferos.

- Propor atividades de ecoturismo e educação ambiental com base sustentada em pesquisas.

- Definir e implementar medidas mitigatórias aos atropelamentos de fauna nos limites e

internamente ao PANMSS, tais como, instalação de placas, maior sinalização, indicação para

diminuição de velocidade, entre outras.

- Estudar os impactos ambientais sobre a comunidade de mamíferos decorrentes da visitação

pública.

- Evitar a permanência de espécies de mamíferos exóticas e domésticas no PANMSS, tais como

gato, cachorro e gado bovino.

- Utilizar as espécies de mamíferos como elementos de contemplação para o ecoturismo,

estimulando o visitante a conhecer o modo de vida natural das espécies silvestres.

- Recuperar matas ciliares as quais proporcionam hábitats e/corredores para várias espécies de

mamíferos;

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- Criação de novas UCs no entorno proporcionando maior extensão em área conservada que

permitam a manutenção de populações mastofaunísticas

- Ampliação da UC;

- Fiscalização efetiva que garanta a proteção da UC buscando coibir principalmente a atividade

de caça sobre as populações de mamíferos que habitam o PANMSS;

- Elaborar um guia de campo ilustrado sobre as espécies de mamíferos presentes no PANMSS,

para conhecimento da comunidade local e para potencializá-las enquanto elementos de

contemplação para o ecoturismo.

2.5. ICTIOFAUNA

Dentre as grandes bacias hidrográficas brasileiras, a bacia do Alto Rio Paraná contém a

ictiofauna mais conhecida (Langeani et al., 2007), mas ainda ocorre descrição de novas espécies

de peixes em riachos de cabeceiras (Castro, 1999).

A ictiofauna da sub-bacia do rio Sucuriú também está entre as mais conhecidas de MS, pois

além de estudos acadêmicos (e. g. Froehlich et al., 2006), é inventariada por vários estudos

ambientais aplicados à empreendimentos, como a Brenco – Costa Rica (Taveira / Arater, 2017)

e empreendimentos hidrelétricos (e. g. Rosa / Fibracon, 2017).

Este estudo tem como objetivos apresentar os dados disponíveis sobre a ictiofauna e discutir

características ambientais da área.

Área de Estudos

O PNM Salto do Sucuriú está próximo à cachoeira homônima (Figura 20), limítrofe e à jusante

da área urbana de Costa Rica. O PNM é limitado a oeste pelo rio Sucuriú, por cerca de 200 m,

depois acompanha o córrego Ribeirão de Baixo limita, por cerca de um quilômetro. Desde o

córrego Ribeirão de Baixo, o PNM se estende cerca de um quilômetro a leste, até a rodovia

MS-316.

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A zona de amortecimento do PNM (Figura 21), contudo, estende-se desde o canyon do rio

Sucuriú e MS-306, a norte, até o rio Formiga, ao sul e oeste, além de incluir as nascentes do

córrego Ribeirão de Baixo.

Figura 20. Salto do Sucuriú, no PNM Salto do Sucuriú, em Costa

Rica, MS. Fotografia de Fábio Rosa, dezembro de 2017.

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Figura 21. Localização dos principais pontos de referência e locais de registros de ictiofauna

no PNM Salto do Rio Sucuriú e sua área de amortecimento.

Metodologia de revisão

O PNM Salto do Sucuriú recebeu amostragens diretas de ictiofauna pelo menos em duas

situações: Froehlich et al. (2006) e Rosa / Fibracon (2018) realizaram esforços de coleta sob o

Salto do Sucuriú (Figura 20) e na foz do córrego Ribeirão de Baixo (Figura 21), dentro do PNM.

A Zona de Amortecimento (ZA) do PNM também recebeu coletas de ictiofauna, no córrego

Ribeirão de Baixo, na interseção com a rodovia MS-316 por Froehlich et al. (2006).

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Para este estudo, foram compilados dados de amostragens realizadas num raio de 10 Km a partir

da ZA do PNM (conforme ilustrado pela Figura 21), o que selecionou em parte dos dados

apresentados por Froehlich et al. (2006), parte dos dados de Taveira / Arater (2017) e parte dos

dados de Rosa / Fibracon (2018), apresentados no próximo item.

A nomenclatura de algumas espécies foi atualizada conforme Graça & Pavanelli (2007), com o

intuito de reduzir sinônimos, que representariam duplicidade de registros dos táxons. Graça &

Pavanelli (2007) e Júlio Júnior et al. (2009) também apresentam informações sobre quais

espécies foram introduzidas na bacia do Alto Rio Paraná. Foram consideradas espécies

migradoras de longas distâncias (reofílicas) aquelas citadas por de Agostinho et al. (2003) e

Graça & Pavanelli (2007). Para apresentar o status de conservação das espécies foram

considerados os critérios do MMA (2014) e as informações de Abilhoa & Duboc (2004).

Ictiofauna do PNM Salto do Sucuriú, em Costa Rica, MS

Há registros de 35 espécies de peixes na área do PNM Salto do Sucuriú e entorno (Anexo 7),

com predomínio Characiformes (conhecidos como “peixes de escamas”, Figura 22 e Figura 23)

de pequeno e médio porte, a seguir Siluriformes (bagres e cascudos), Perciformes (carás,

joaninhas, tilápia e tucunarés), Gymnotiformes (tuviras) e outras ordens menores. Esta

proporção coincide com o esperado para ictiofauna. Neotropical (Lowe-Mcconnell, 1999).

A maioria das espécies registradas é nativa, há registro de apenas uma espécie exótica na área

do PNM, a tilápia (Tilapia rendalli), introduzida a partir da África (Graça & Pavanelli, 2007).

Contudo, há registros de outras espécies exóticas e introduzidas, no contexto de toda a sub-

bacia do Alto Rio Sucuriú (Rosa / Fibracon, 2018).

Pelos critérios de MMA (2014) e de Abilhoa & Duboc (2004) apenas a tabarana (Salminus

hilarii, Figura 23) é considerada ameaçada de extinção, dentre as espécies da área do PNM.

S. hilarii também é a única espécie migradora de longas distâncias e Leporinus octofasciatus

(piau-vermelho), realizam migrações de curta distância ao longo do rio segundo os critérios de

Agostinho et al. (2003). Essas espécies também são as de maior importância à pesca, e as que

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apresentam maior exigência de recursos ambientais para completar seus ciclos de vida, como

discutido no próximo tópico.

Figura 22. Registro de Leporinus octofasciatus (piau-vermelho)

próximo na foz do córrego Ribeirão de Baixo, no PNM Salto do Rio

Sucuriú, em Costa Rica, MS. Fotografia de Guilherme Carvalho,

dezembro de 2017.

Figura 23. Registro de Salminus hilarii (tabarana) próximo ao Salto

do Sucuriú, no PNM Salto do Rio Sucuriú, em Costa Rica, MS.

Fotografia de Fábio Rosa, dezembro de 2017.

Recursos ambientais importantes para a ictiofauna e possíveis impactos na região do

PNM

O PNM Salto do Sucuriú protege um dos mais importantes sítios reprodutivos do rio Sucuriú,

nas corredeiras a jusante do Salto do Sucuriú. Além disso, em conjunto com sua área de

amortecimento, contém riachos e ribeirões importantes à ictiofauna residente. A visitação ao

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parque tem baixa probabilidade de provocar impactos sobre a ictiofauna, pois a vegetação

marginal está íntegra ou em avançada recuperação e a disposição/construção das trilhas e

passarelas diminui a incidência de erosão marginal.

Os maiores potenciais de impactos sobre a ictiofauna e outras comunidades aquáticas na área

do PNM, são, em ordem de importância: assoreamento, pesca ilegal, poluição da água,

interrupção de rotas migratórias e de dispersão de peixes e introdução de espécies alóctones de

peixes.

Há sinais de aceleração de processos erosivos marginais e decorrente assoreamento do rio

Sucuriú e afluentes a montante do PNM, originados pelo revolvimento intensivo do solo,

desmatamento da vegetação marginal pelo acesso de gado para dessedentação nos corpos de

água. O assoreamento é considerado o mais atuante impacto sobre ambientes aquáticos

tropicais, principalmente em riachos (Wantzen, 2006). Um de seus mecanismos de impacto é o

soterramento de micro-habitat (poções, fendas e espaços entre rochas em corredeiras e lajedos)

e soterramento de itens alimentares de fundo (invertebrados bentônicos, algas e detritos de

biomassa morta). Outro mecanismo de impacto é o “efeito jato de areia” (Wantzen, 1998) que

remove o biofilme composto por algas, bactérias, fungos e invertebrados que crescem sobre

substratos e servem de alimento para peixes.

A incidência de assoreamento deve ser evitada e mitigada em qualquer escala. As medidas mais

importantes para tal são: manter e recuperar APPs; evitar drenagens e atividades em veredas e

pindaíbas; evitar o acesso direto de gado aos corpos de água; usar curvas de nível; aplicar

atividades de educação ambiental sobre esse aspecto.

A pesca é ilegal no trecho a jusante do salto (Portaria IBAMA nº 132) e deve ser evitada no

PNM, com atuação conjunta com fiscais/polícia ambientais estaduais e federais. A

concentração de peixes migradores a jusante do salto ocorre não apenas durante o período de

defeso (piracema), apesar de mais intensa no período chuvoso. Devido a essa concentração,

muitos adultos com gônadas desenvolvidas, aptos a reproduzir podem ser subtraídos do

ecossistema pela pesca.

A poluição da água pode ter origem em várias atividades antrópicas, urbanas ou rurais. A

eutrofização é o impacto mais indesejável da poluição, causado pelo enriquecimento de

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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nutrientes da água, levando a queda na disponibilidade de oxigênio dissolvido e mortandade de

peixes e outros organismos aquáticos. A eutrofização do rio Sucuriú é pouco provável no

cenário atual, pois dependeria de poluição intensa, como por exemplo, esgoto urbano e/ou

carreamento de fertilizantes agrícolas ou vinhaça para os corpos de água. Mas toda fonte de

enriquecimento trófico do rio Sucuriú deve ser evitada, com atuação tanto do setor público (por

meio de tratamento de efluentes urbanos), como do setor privado (tratamento de efluentes

industriais, agrícolas e controle de escoamento/percolação de fertilizantes).

Há empreendimentos hidrelétricos já instalados e outros em estudos na sub-bacia do rio

Sucuriú. Do ponto de vista de interrupção de rotas migratórias e da dispersão de peixes, são

mais importantes os empreendimentos a jusante do PNM, pois o salto em si é uma barreira

natural. Há indicativos de que os exemplares de Salminus hilarii e Leporinus octofasciatus que

migram para o PNM necessitam das varjões e lagoas marginais do rio Sucuriú localizados no

município de Paraíso das Águas (Rosa / Fibracon, 2018). Esses ambientes são importantes tanto

para o amadurecimento gonadal e engorda de jovens e adultos dessas espécies, como para o

crescimento de formas juvenis, levados pela água. Os mecanismos para previsão, discussão e

mitigação desses impactos são os Estudos de Impactos Ambientais (EIAs) e decorrentes

Audiências Públicas necessárias para o licenciamento de cada empreendimento. Por esses

mecanismos, e como requisito para o licenciamento, devem ser estabelecidas medidas para

evitar a interrupção das rotas migratórias e a perda de hábitats-chave, ou forma de compensação

ambiental.

Os registros e potencial de introdução e espécies exóticas e de formas alóctones (de fora da

bacia) são preocupantes, pois apresentam grande potencial de impacto sobre a ictiofauna nativa

e deve ser evitada. As introduções ocorrem frequentemente em tentativas frustradas de

piscicultura, rompimentos de açudes e mais raramente em “peixamento” de reservatórios. Tais

introduções de espécies/morfotipos pela iniciativa privada são puníveis, dependendo da

fiscalização Estadual e Federal. Eventuais políticas públicas voltadas para “peixamento” de

corpos de água e o fomento da piscicultura devem ser criteriosos, exigindo uso de matrizes

locais, da própria sub-bacia do rio Sucuriú e instalação de filtros biológicos de represas.

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Encarte II – Diagnóstico da UC

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3. CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS

3.1. CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃO

O município de Costa Rica possui população estimada de 20.159 habitantes para o ano de 2017

em uma área de 4.526,38 Km², da qual 3,64km2 é urbanizada.

A Densidade Demográfica do município de Costa Rica de acordo com o censo demográfico de

2010 é de 3,67 hab/km2 e no ano de 2015 a densidade já havia subido para 4,68 hab/km2.

De acordo com o Censo Demográfico 2010 o número de pessoas de 10 anos ou mais

alfabetizadas no município era de 15.350 habitantes (Tabela 1). A taxa de Crescimento Anual

pelos Censos de 2000 e 2010 para Alcinópolis é de 2,43%.

Tabela 1. Número da população residente, por sexo e situação de domicílio de acordo com o IBGE, Costa Rica.

MS.

População Residente, por Sexo e Situação de Domicílio

Anos População Total Homens Mulheres Urbana Rural

1991 (1) 13.973 7.348 6.625 9.005 4.968

1996 (2) 14.551 7.621 6.930 10.138 4.413

2000 (1) 15.488 8.083 7.405 11.483 4.005

2007 (2) 18.277 9.634 8.606 14.708 3.569

2010 (1) 19.695 10.246 9.449 16.848 2.847

(1) Censo Demográfico, (2) Estimativa

A estrutura etária da população de do município de Costa Rica (Tabela 2; Figura 24), pode ser

dividida em três grandes grupos etários: jovens de 0 a 14 anos (24%), adultos de 15 a 60 anos

(67%) e idosos, acima de 60 anos (9%). A grande maioria dos moradores está na faixa adulta

composta por 52% de homens e 48% de mulheres (IBGE, 2010).

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Tabela 2. População residente por grupo de idade de acordo com

o Censo Demográfico 2010, Costa Rica, MS.

População Residente por Grupos de Idade – 2010

Grupos de Idade População Residente

0 a 4 anos 1459

5 a 9 anos 1446

10 a 14 anos 1748

15 a 19 anos 1770

20 a 24 anos 1816

25 a 29 anos 1893

30 a 39 anos 3200

40 a 49 anos 2659

50 a 59 anos 1864

60 a 69 anos 1073

70 anos ou mais 767

Figura 24. Estrutura etária da população residente de acordo com o Censo Demográfico 2010, Costa Rica, MS.

3.2. USO E OCUPAÇÃO DA TERRA

De acordo com o Censo Agropecuário 2006 o município contém 579 estabelecimentos

agropecuários somando uma área de 303.577 hectares (Tabela 3) dos quais 80.903 hectares são

destinados à preservação permanente ou reserva legal.

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Tabela 3. Número de estabelecimentos agropecuários por tamanho no município de acordo com o Censo

Agropecuário 2006, Costa Rica, MS.

Estabelecimentos Agropecuários

Mais de 0 a menos de 0,1 ha De 10 a menos de 20 ha 37

De 0,1 a menos de 0,2 ha De 20 a menos de 50 ha 75

De 0,2 a menos de 0,5 ha 1 De 50 a menos de 100 ha 85

De 0,5 a menos de 1 ha De 100 a menos de 200 ha 109

De 1 a menos de 2 ha 8 De 200 a menos de 500 ha 150

De 2 a menos de 3 ha 8 De 500 a menos de 1.000 ha 97

De 3 a menos de 4 ha 8 De 1.000 a menos de 2.500 ha 68

De 4 a menos de 5 ha 4 De 2.500 ha e mais 62

De 5 a menos de 10 ha 14 Produtor sem área 7

As maiores produções agrícolas municipais no período de 2011 a 2015 foram a criação de

bovinos (Tabela 4) e plantio de soja e milho. A cultura temporária no município de Costa Rica

se concentrou, em 2016, nos cultivos de soja, milho e cana-de-açúcar, que ocuparam, juntos,

88% da área de culturas temporárias. As culturas permanentes limitam-se a cultivo de banana

e de coco-da-baía (Tabela 5).

Tabela 4. Principais rebanho e produtos pecuários e entre os anos de 2010 e 2014 no município de Costa Rica,

MS.

Principais Rebanhos

Rebanhos 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Bovinos

283.11

0 251.804 251.730

207.09

0 196.838

200.8

20

206.0

00

Suínos 13.473 7.380 7.011 6.580 6.234 6.105 5.850

Equinos 5.129 4.725 4.688 4.260 4.130 4.185 4.110

Ovinos 5.418 5.430 5.158 4.800 4.727 4.785 5.012

Aves (galinhas, galos, frangos (as) e pintos) - em

mil cabeças 68 67 62 51 50 48 50

Principais Produtos da Pecuária

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Lã (kg) 470 474 485 442 446 452 480

Leite (mil litros) 8.596 8.201 7.791 6.505 6.501 6205 6000

Mel de Abelhas (kg) 36.908 30.000 28.000 18.000 25.300 26100 25000

Ovos de Galinha (mil dúzias) 138 131 127 107 103 98 100

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Tabela 5. Principais produtos agrícolas, quantidade produzida e área colhida entre os anos de 2011 e 2015 no

município de Costa Rica, MS.

Produção Agrícola Municipal (Área Colhida em Hectares)

Produtos 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Algodão Herbáceo 26.575 27.188 22.536 22.189 18.597 19.392

Arroz - 117 - - - -

Banana 75 75 75 75 61 -

Cana-de-açúcar 14.842 23.533 32.767 35.753 47.174 48.358

Coco-da-Baia 5 7 7 7 - -

Feijão 80 115 400 - - -

Girassol 750 120 180 - -

Mandioca 50 50 50 50 50 20

Milho 26.500 30.000 38.000 36.265 41.900 41.720

Soja 75.000 73.500 70.000 72.500 75.000 72.000

Sorgo 2.000 - 2.000 2.000 2.000 3.000

Uva 2 - - - - -

Produção Agrícola Municipal (Toneladas)

Produtos 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Algodão Herbáceo 103.643 101.955 107.422 101.515 83.609 79.204

Arroz - 772 - - - -

Banana 645 645 645 645 525

Cana-de-açúcar 1.164.180 1.546.428 2.237.918 2.727.364 3.721.661 3.304.633

Coco-da-Baia 60 84 70 70 - -

Feijão 192 276 936 - - -

Girassol 750 231 324 - -

Mandioca 750 750 750 750 750 300

Milho 145.200 204.000 223.600 261.103 299.380 259.092

Soja 225.000 242.550 231.000 245.700 270.000 246.240

Sorgo 4.800 12.000 6.000 6.600 7.200 9.000

Uva 18 - - - - -

A área de entorno da Unidades de Conservação é ocupada predominantemente por médias e

grandes propriedades rurais cujas atividades principais são a pecuária extensiva (Figura 25) e

cultivo de cana-de-açúcar (Figura 26), milho e algodão. Porém são encontradas propriedades

com outras atividades como plantio de eucaliptos (Figura 27).

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Figura 25. Propriedade rural com atividade de pecuária extensiva no

entorno da UC, Costa Rica, MS.

Figura 26. Plantio de cana-de-açúcar em propriedade rural no

entorno da UC, Costa Rica, MS.

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Figura 27. Plantio de eucaliptos em propriedade rural no entorno da

UC, Costa Rica, MS.

3.3. ASPECTOS ECONÔMICOS

A economia do município de Costa Rica é voltada principalmente para a agricultura e pecuária.

O Produto Interno Bruto (PIB) representa a soma, em valores monetários, de todos os bens e

serviços finais produzidos em uma determinada região, durante um ano (SEBRAE, 2017). O

setor que mais gera valor no município é o de Agropecuária, que vem aumentando a sua

participação, principalmente nos últimos anos (Figura 28).

Figura 28. Composição do Produto Interno Bruto (PIB) para o Município de

Costa Rica, MS.

47,447,952,654,355,343,7

29,926,439,738,435,1

46,947,750,647,848,9

10,512,3 7,2 9,2 8,5

11,4

14,213,5

8,4 8,7 11,6

9,9 10,710,817,415,7

31,831,230,527,827,231,1

40,744,637,437,939,3

30,028,928,025,526,7

10,3 8,7 9,7 8,6 8,9 13,815,215,514,614,913,913,112,610,6 9,3 8,7

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

199

8

199

9

200

0

200

1

200

2

200

3

200

4

200

5

200

6

200

7

200

8

200

9

201

0

201

1

201

2

201

3

201

4

201

5

Rep

res

enta

tiv

ida

de

(%)

Agropecuária Indústria Serviços Impostos

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) é um tributo que

incide sobre a movimentação de mercadorias em geral, o que inclui produtos dos mais variados

segmentos como eletrodomésticos, alimentos, cosméticos, e sobre serviços de transporte

interestadual e intermunicipal e de comunicação (CONTAAZUL, 2017).

Os maiores valores de ICMS arrecadados pelo município são dos setores de agricultura,

comércio e pecuária (Tabela 6).

Os produtos agrícolas com maiores valores de produção no município são a soja, o algodão e o

milho. Em relação ao setor industrial, segundo último levantamento do IBGE, no ano de 2015

Costa Rica contava com 77 estabelecimentos industriais em funcionamento. O setor comercial

de Costa Rica contava em 2015 com 513 estabelecimentos comerciais varejistas e 23 atacadista

(Tabela 7; Tabela 8).

Tabela 6. Valor arrecadado de ICMS por atividade econômica no período de 2011 a 2015, Costa Rica, MS.

Arrecadação de ICMS por Atividade Econômica

Especificação 2011 2012 2013 2014 2015

Comércio 5.017.095,79 4.980.679,52 6.200.598,44 6.899.113,71 7.134.481,86

Indústria 938.411,00 749.522,43 754.250,76 989.404,75 1.028.684,68

Pecuária 2.095.180,70 2.167.037,85 2.489.550,03 1.547.111,18 998.649,88

Agricultura 27.967.090,16 26.983.898,63 32.317.157,43 35.068.719,04 30.387.010,28

Serviços 295.146,72 391.022,67 308.864,93 269.064,39 292.648,18

Eventuais 171.650,53 107.922,56 117.006,27 124.063,75 194.087,77

Tabela 7. Número de estabelecimentos industriais por ramo de atividade, de acordo com a Classificação Nacional

de Atividades Econômicas (CNAE) nos anos de 2014 e 2015 no município de Costa Rica, MS.

Estabelecimentos Industriais por Ramos de Atividades

Atividades Quantidade

2014 2015

Celulose, papel e produtos de papel - 1

Combustíveis e biocombustíveis - Fabricação de álcool 1 1

Confecção de roupas e artigos vestuário e acessórios, exceto roupas íntimas - 2

Construção de edifício 2 5

Construção de Rodovias e Ferro 4 2

Construção de obras de infraestrutura em geral - 3

Construção - outras obras de engenharia civil 3 3

Diversos 16 16

Impressão e reprodução de gravações 4 5

Metalúrgica – exceto máquinas e equipamentos - esquadrias de metal 2 2

Metalúrgica, exceto. máquinas. e equipamentos - ferro-gusa 1 1

Minerais não-metálicos - prod. de concreto, cimento, gesso e semelhantes 5 5

Minerais não-metálicos - extração, britamento e aparelhamento de pedras 1 1

Minerais não-metálicos - estruturas pré-moldadas de concreto armado 1 1

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Estabelecimentos Industriais por Ramos de Atividades

Atividades Quantidade

2014 2015

Móveis com predominância de madeira 8 8

Produtos alimentícios - abate de bovinos 1 1

Produtos alimentícios - laticínios 6 8

Produtos alimentícios - sorvetes e outros gelados comestíveis 4 4

Produção florestal - carvão vegetal - florestas plantadas 1 1

Produção de madeira - serrarias sem desdobramento de madeira 2 2

Produção de madeira - serrarias com desdobramento de madeira 1 1

Produtos químicos 3 3

Produtos têxteis - produtos diversos 1 1

Veículos automotores, peças e acessórios, reboques e carrocerias 1 -

Tabela 8. Números de estabelecimentos comerciais instalados entre os anos de 2009 a 2013 no município de Costa

Rica, MS.

Estabelecimentos Comerciais

Especificação Quantidade

2009 2010 2011 2012 2013

Atacadista 24 25 22 24 23

Varejista 399 439 464 485 513

3.4. INFRAESTRUTURA ECONÔMICA E SOCIAL

3.4.1. Energia Elétrica

Na área do município de Costa Rica existem três empreendimentos geradores de energia

elétrica, sendo uma termelétrica e duas hidrelétricas (SEBRAE, 2017).

De acordo com o último levantamento o consumo direto total de energia elétrica no município

de Costa rica no ano de 2015 foi de 35.482 Mwh. O maior consumo de energia elétrica no

município foi pelas residências (13.019 Mwh) seguido pelas propriedades rurais (8.803 Mwh)

(Tabela 9).

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

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Tabela 9. Consumo de energia elétrica (Mwh) por categoria de consumo no ano de 2015 no município de Costa

Rica, MS.

Energia Elétrica – 2015 Consumo Direto (Mwh): Consumidor Direto

Residencial 13.019 7.567

Industrial 1.705 82

Comercial 7.171 676

Rural 8.803 787

Poder Público 1.608 91

Iluminação Pública 1.902 37

Serviço Público 1.238 17

Próprio 37 4

3.4.2. Saneamento Básico

O saneamento básico no Brasil vem apresentando avanços nos últimos anos, porém ainda se

mostra como um problema em diversas regiões do País. A carência de abastecimento de água

e tratamento e coleta de esgoto são um dos fatores que deixam o Brasil em atraso no índice de

desenvolvimento humano. No município de Costa Rica o fornecimento de água tratada e serviço

de esgoto apresentaram aumento entre os anos de 2013 a 2015 (Tabela 10).

Tabela 10. Saneamento Básico entre os anos de 2009 a 2013 no município de Costa Rica, MS.

Abastecimento de Água

2013 2014 2015

Número de Ligações Reais 7.637 9.119 8.565

Número de Economias Reais 7.637 9.119 8.565

Extensão da Rede (Metros) 132.554,50 137.298,21 144.886,00

Volume Produzido no Ano (m³) ... 1.219.765 1.230.925

Volume Consumido (m³) 1.136.557 1.219.765 1.230.925

Volume Faturado (m³) 1.304.897 1.432.868 1.465.571

Volume Tratado (m³) ... 1.219.765,00 1.230.925,00

Serviço de Esgoto

2013 2014 2015

Número de Ligações 2.423 3.351 3.381

Número de Economia (Metros) 2.423 3.351 3.381

Volume Faturado (m³) - - -

Extensão da Rede (Metros) 40.511,50 41.018,50 41.319,50

3.4.3. Comunicação Social

Na área de comunicações, o município de Costa Rica dispõe de seis prestadoras de banda larga

fixa, em relação à telefonia fixa em 2014 a cidade tinha 3.177 terminais instalados e em 2016

existiam 2.458 terminais de serviços. O município dispõe de uma emissora comercial de rádio

FM e uma de AM, assim como de três retransmissoras de TV comercial (Ministério das

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Comunicações, 2015). O município de Costa Rica conta com uma agência de Correios própria

e uma agência comunitária.

3.4.4. Estabelecimentos de Serviços

Tabela 11. Estabelecimentos de Serviços no ano de 2015 no município de Costa Rica, MS.

Estabelecimentos de Serviços - 2015

Tipos de Atividade Quant.

Alojamento - hotéis 4

Armazenagem e ativ. auxiliar transportes 4

Atividades de Rádio 1

Diversos - leiloeiros 1

Estética/tratamento de beleza 8

Geração de energia elétrica 4

Inform. e serv. na web (provedor e etc.) 1

Op. de televisão por assinatura por cabo 1

Outros serviços de comunicação 3

Outros Serviços de Transporte 2

Reparo, manut.de equipamentos e máquinas 2

Saúde 2

Serv. arq. engenharia; analises técnica 6

Serviço especial p/construção 7

Transporte rod. coletivo passageiros 3

Transporte rodoviário de carga 29

Diversos 54

3.4.5. Agências Bancárias

O município de Costa Rica conta com três agências bancárias estão instaladas no município:

Banco do Brasil, SICRED e Banco Bradesco.

3.4.6. Frota de Veículos

A frota total de veículos registrados em Costa Rica em 2015 era de 11.964 veículos sendo em

sua maioria composta por motos e carros (Tabela 12).

Entre os anos 2002 e 2014, a população do município de Costa Rica aumentou 21%, enquanto

a frota total de veículos cresceu 245%, o acesso das famílias a meios de transporte é indicador

da evolução favorável da qualidade de vida (SEBRAE, 2017).

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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Tabela 12. Frota de veículos, por tipo, no ano de 2015 em Costa Rica, MS.

Veículos Registrados no Detran - dez /2013

Tipos de Veículos Quant.

Automóvel 4.676

Motociclo 2.996

Caminhonete 1.623

Motoneta 1.194

Caminhão 529

Reboque 226

Semirreboque 217

Ônibus 135

Camioneta 132

Caminhão-Trator 129

Utilitário 66

Micro-ônibus 21

Ciclo moto 12

Sidecar 4

Trator De Rodas 4

3.4.7. Saúde

A infraestrutura de saúde do município contava, em 2015, com seis centros de saúde, cinco

clínicas e dois hospitais gerais, totalizando 51 leitos hospitalares disponíveis, sendo 32 do

Sistema Único de Saúde – SUS (Tabela 13) (BDE/Semac).

Tabela 13. Estabelecimentos de saúde no ano de 2016 em Costa Rica, MS.

Estabelecimentos de Saúde – abril/2016

Especificação Quant.

Unid. De vigilância em saúde 1

Centro de saúde/unid. Básica 6

Central gestão em saúde 1

Hospital geral 2

Centro de atenção psicossocial 1

Consultório isolado 18

Polo academia da saúde 1

Clínica/centro de especialidade 5

Central regulação do acesso 1

Unid. De apoio diagn. E terapia (sadt isolado) 4

Leitos 69

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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3.5. INDICADORES SOCIAIS DE EMPREGO E RENDA, EDUCAÇÃO E SAÚDE

3.5.1. Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)

O índice IDH varia entre zero e um, sendo que quanto mais próximo a 1, mais desenvolvida é

a região. No Brasil a metodologia adaptada para os municípios gerou o IDH Municipal (IDHM),

cujos resultados são divididos em cinco classificações: de 0,000 a 0,499 é considerado grau de

desenvolvimento Muito Baixo; de 0,500 a 0,599 é considerado Baixo; de 0,600 a 0,699 é

considerado Médio; de 0,700 a 0,799 é considerado alto e de 0,800 a 1,000 é considerado Muito

Alto (PNUD, 2013).

O município de Costa Rica, em 1991, possuía um IDH considerado muito baixo. Em 2010, em

termos de ranking, melhorou a sua posição e em termos de desenvolvimento, o município de

Costa Rica apresentou melhorias nas condições de vida da população. O fator principal que

levou ao aumento do IDH foi a melhoria na educação (Tabela 14) (SEBRAE, 2017).

Tabela 14. Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) entre os anos de 1991 a 2010 em Costa Rica,

MS.

Ano Ranking IDHM IDHM IDHM IDHM

Estadual Renda Longevidade Educação

1991 23º 0,450 0,587 0,721 0,215

2000 14º 0,596 0,649 0,773 0,421

2010 20º 0,706 0,717 0,811 0,606

3.5.2. Índice FIRJAN de Desenvolvimento dos Municípios

O IFDM (Índice FIRJAN de Desenvolvimento dos Municípios) é um estudo anual do sistema

FIRJAN com o objetivo de acompanhar o desenvolvimento de dados dos mais de 5.000

municípios brasileiros nas áreas de emprego e renda, educação e saúde. O IFDM é uma forma

de quantificar, em um único valor, aspectos dessas áreas avaliadas, sendo considerado o IFDM

como alto desenvolvimento (superiores a 0,8 pontos), desenvolvimento moderado (entre 0,6 e

0,8 pontos), desenvolvimento regular (entre 0,4 e 0,6 pontos) e baixo desenvolvimento

(inferiores a 0,4 pontos) (FIRJAN, 2015). O município de Alcinópolis possui um IFDM de alto

desenvolvimento 0,8506, valor considerado acima do mediano no âmbito nacional (FIRJAN

2015). O município de Costa Rica ocupa o 1º lugar em relação ao índice IFDM municipal, e a

92º posição no âmbito nacional (Figura 29; Figura 30).

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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Figura 29. Primeiros colocados do Ranking Nacional do IFDM Geral e

colocação do município de Costa Rica com os respectivos valores do índice.

Figura 30. Primeiros colocados do Ranking Estadual do IFDM Geral e colocação

do município de Costa Rica com os respectivos valores do índice.

3.6. EMPREGO E RENDA

O IFDM – Emprego & Renda leva em consideração duas dimensões, cada uma representando

50% do índice: Emprego - que avalia a geração de emprego formal e a capacidade de absorção

da mão-de-obra local - e Renda - que acompanha a geração de renda e sua distribuição no

mercado de trabalho do município. Os dados para este índice são extraídos dos registros da

Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e do Cadastro Geral de Empregados e

Desempregados (CAGED), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego, e projeções oficias

de população do IBGE.

0,9050 0,90460,9009 0,9006 0,8994

0,8506

Ranking Nacional IFDM Geral

1º Extrema-MG 2º São José do Rio Preto-SP

3º Indaiatuba-SP 4º São Caetano do Sul-SP

5º Vinhedo-SP 92º Costa Rica-MS

0,8506 0,8494

0,81950,8134

0,7896

Ranking Estadual IFDM Geral

1º Costa Rica 2º Três Lagoas

3º Campo Grande 4º São Gabriel do Oeste

5º Naviraí

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Encarte II – Diagnóstico da UC

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Segundo o mesmo índice, o índice de desenvolvimento nacional para o emprego e renda é de

0,7023, Costa Rica apresentou desenvolvimento moderado, com um índice de 0,7626, ficando

acima da média dos municípios do Brasil que é de 0,5404. Costa Rica ocupa a 3º posição no

ranking estadual e a 168º no âmbito nacional (Figura 31; Figura 32).

Figura 31. Primeiros colocados do Ranking Nacional do IFDM Emprego & Renda

e colocação do município de Costa Rica com os respectivos valores do índice.

Figura 32. Primeiros colocados do Ranking Estadual do IFDM Emprego & Renda

e colocação do município de Costa Rica com os respectivos valores do índice.

3.7. EDUCAÇÃO

Em se tratando da variável Educação são levados em conta dados oficiais da educação infantil

e do ensino fundamental, fornecidos pelo Ministério da Educação (MEC) com diferentes

0,8962 0,8955 0,89270,8732 0,8688

0,7626

Ranking Nacional IFDM Emprego & Renda

1º Itabirito-MG 2º Três Lagoas-MS

3º Navegantes-SC 4º Mariana-MG

5º Sinop-MT 168º Costa Rica-MS

0,8955

0,80130,7626 0,7525 0,7447

Ranking Estadual IFDM Emprego & Renda

1º Três Lagoas 2º Angélica

3º Costa Rica 4º Ribas do Rio Pardo

5º Campo Grande

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Encarte II – Diagnóstico da UC

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ponderações, a saber: taxa de matrícula (20%), taxa de distorção idade-série (10%), percentual

de docentes com curso superior (15%), média de horas-aulas diárias (15%), taxa de abandono

(15%) e média do Índice de Desempenho da Educação Básica (IDEB) (25%). Não são

consideradas as taxas relacionadas ao ensino médio e ao ensino superior.

Segundo o mesmo índice, o índice de desenvolvimento nacional para a educação é de 0,7615,

Costa Rica apresentou desenvolvimento alto, com um índice de 0,9268, ficando acima da média

dos municípios do Brasil que é de 0,7555. Costa Rica ocupa a 1º posição no ranking estadual e

a 288º no âmbito nacional (Figura 33; Figura 34).

Figura 33. Primeiros colocados do Ranking Nacional do IFDM Educação e

colocação do município de Costa Rica com os respectivos valores do índice.

Figura 34. Primeiros colocados do Ranking Estadual do IFDM Educação e

colocação do município de Costa Rica com os respectivos valores do índice.

1,0000 1,0000 1,0000 1,0000 0,9993

0,9268

Ranking Nacional IFDM Educação

1º Taguaí-SP 1º Turmalina-SP

1º Santa Salete-SP 1º Floreal-SP

5º Juqueirópolis-SP 288º Costa Rica-MS

0,9268

0,86280,8530

0,84030,8263

Ranking Estadual IFDM Educação

1º Costa Rica 2º Nova Andradina

3º Chapadão do Sul 4º Naviraí

5º Taquarussu

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2.5.2 Saúde

O índice Firjan para a saúde utiliza as seguintes informações: quantidade de consultas pré-natal

e taxas de óbito por causas mal definidas e taxas de óbito infantis por causas evitáveis. O índice

de desenvolvimento nacional para a saúde é de 0,7684, Costa Rica apresentou desenvolvimento

alto, com um índice de 0,8624, ficando acima da média dos municípios do Brasil que é de

0,7485. Costa Rica ocupa a 15º posição no ranking estadual e a 991º no âmbito nacional (Figura

35; Figura 36).

Figura 35. Primeiros colocados do Ranking Nacional do IFDM Saúde e

colocação do município de Costa Rica com os respectivos valores do índice.

Figura 36. Primeiros colocados do Ranking Estadual do IFDM Saúde e

colocação do município de Costa Rica com os respectivos valores do índice.

1,0000 0,9946 0,9916 0,9861 0,9846

0,8624

Ranking Nacional IFDM Saúde

1º Linha nova-RS 2º Barra do Rio Azul-RS

3º Presidente Lucena-RS 4º Novo Itacolomi-PR

5º Cunhataí-SC 991º Costa Rica-MS

0,93040,9248

0,91860,9138

0,9086

0,8624

Ranking Estadual IFDM Saúde

1º Alcinópolis 2º Itaporã 3º Rochedo

4º Vicentina 5º Rio Brilhante 15º Costa Rica

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3.8. VISÃO DA COMUNIDADE LOCAL SOBRE A UC (PNM SALTO DO SUCURIÚ)

Para revisão do Plano de Manejo do PNM Salto do Sucuriú foi realizado um levantamento para

identificar a visão e perspectivas da população residente em relação à Unidade de Conservação.

Para os estudos relativos à comunidade local foi realizada uma pesquisa através de coletas de

dados primários com aplicação de questionário semiestruturado direcionado à população

residente no município de Costa Rica. O roteiro de entrevista (Anexo 8) contou com perguntas

abertas e fechadas, de modo a enriquecer a análise dos dados e contextualizar melhor as

informações obtidas. Segundo Hill & Hill (2005), as perguntas abertas possuem a vantagem de

fornecer informações mais ricas e detalhadas, entretanto as respostas são mais difíceis de

analisar estatisticamente. Por outro lado, as perguntas fechadas permitem uma melhor aplicação

da análise estatística, trabalhando os dados de maneira sofisticada, porém as informações não

são tão ricas e as respostas conduzem a conclusões mais simples.

Foram coletadas 15 amostras atendendo ao roteiro de perguntas divididas por blocos do perfil

do entrevistado, vínculo com o local, imagem da UC, atividades econômicas, ambientais,

extrativismo vegetal, caça, potencial turístico e educação ambiental. Também foram utilizados

dados secundários fornecidos pelos órgãos competentes do município, além de pesquisa

bibliográfica.

O diagnóstico socioeconômico levantou questões para avaliar a opinião dos moradores locais

entrevistados a respeito das Unidades de Conservação existentes no município. Os moradores

da região das Unidades de Conservação mostraram que desconhecem aspectos referentes a

criação e objetivos das UCs.

De acordo com os resultados obtidos todos os entrevistados têm conhecimento sobre a

existência de Unidades de Conservação no município e 93% já visitaram alguma (Figura 37) e

acreditam que a cachoeira e os esportes de aventura são os principais atrativos (Figura 38),

apesar disso a maioria dos entrevistados tem dificuldade em dizer qual a importância da UC,

quais os atrativos turísticos que existem na UC, quais atividades podem ser realizadas e quais

as mudanças que a criação das UCs trouxeram ou podem trazer para a região.

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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Figura 37. Visitação da UC pelos moradores entrevistados no município de Costa

Rica, Mato Grosso do Sul.

Figura 38. Atrativos da UC na visão dos moradores entrevistados no município

de Costa Rica, Mato Grosso do Sul.

Quando questionados sobre a importância das UCs para o município de Costa Rica, 26% dos

entrevistados disseram que o lazer e a preservação ambiental são os principais aspectos,

seguidos do turismo (20%) e economia (6%), 20% não souberam responder (Figura 39).

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Sim Não

En

trev

ista

do

s (%

)

Visitação na UC

0

5

10

15

20

25

30

35

En

trev

ista

do

s (%

)

Atrativos da UC

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Encarte II – Diagnóstico da UC

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Figura 39. Importância das Unidades de Conservação pela visão dos moradores

do município de Costa Rica, MS.

Quando comparados os resultados com os obtidos na elaboração do Plano de Manejo do PNM

Salto do Sucuriú em 2008, onde apenas a metade dos entrevistados afirmou saber o que é

Unidade de Conservação e 49% perceberam o Parque como balneário e apenas 31% perceberam

o Parque como reserva ecológica ou área protegida e 20% como local para prática de esportes,

percebemos que os entrevistados continuam associando a importância do Parque Salto do

Sucuriú com o lazer para população e com o turismo deixando em segundo plano a conservação

ambiental.

Os resultados obtidos através das entrevistas com os moradores indicam que a população tem

conhecimento da UC, porém não de seus principais objetivos, que são a preservação dos seus

ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e notável beleza cênica. O lazer e o

turismo ecológico devem ser compatibilizados com a preservação ambiental, porém a

população local vê nas atividades de lazer e turismo os principais objetivos tirando do foco a

preservação ambiental, muitas vezes tratam o Parque não como uma Unidade de Conservação,

mas sim como um local meramente recreativo. A falta de informação se deve principalmente

pela a falta de divulgação e envolvimento da população nas discussões que envolvem a UC.

Considerando os resultados obtidos a partir do diagnóstico realizado pode-se concluir que a

gestão bem-sucedida de áreas protegidas precisa basear-se na inclusão da população local,

relacionando a conservação da diversidade biológica das áreas protegidas com

desenvolvimento local, tanto econômico, quanto social. A proteção ambiental envolve não só a

0

5

10

15

20

25

30

Lazer Preservação Turismo Economia Não sabe

dizer

En

trev

ista

do

s (%

)

Importância das UCs

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conservação de recursos naturais, mas também a promoção das potencialidades sociais,

culturais e econômicas (Brandon & Wells, 1992; CRIBB, 2013).

É necessário o envolvimento das representações locais e inserção dos moradores no

desenvolvimento de programas e projetos complementares à ação de preservação ambiental da

Unidade de Conservação, principalmente àqueles referentes à Educação Ambiental. Segundo

Schaller (1993) todo e qualquer programa voltado a conservação ambiental deve envolver a

população local, levando em consideração seus interesses, habilidades, autoconfiança e

tradições.

Dessa forma recomenda-se o desenvolvimento programas de educação ambiental,

sustentabilidade e consciência ambiental com abordagem participativa da população nos temas

relacionados às necessidades da UC.

4. SITUAÇÃO ATUAL DE GESTÃO DA UNIDADE

A gestão da UC é realizada pela Secretaria Municipal de Turismo, Meio Ambiente, Esporte e

Cultura de Costa Rica – MS (SEMTMA) e o Conselho de Administração do Parque Natural

Municipal Salto do Sucuriú está legalmente instituído desde 2015 por meio da Portaria nº

11.400/2015 e teve sua composição alterada pela portaria nº 13.236, de 17 de maio de 2017.

O Conselho Gestor do PNM Salto do Sucuriú é de caráter consultivo, e que assim deverá exercer

suas funções mais efetivamente com a implementação dos programas e ações previstas no Plano

de Manejo da UC.

5. ANÁLISE INTEGRADA DO DIAGNÓSTICO

O relevo da região é ondulado e o solo é arenoso o que não permite o desenvolvimento de

agricultura mecanizada, sendo a pecuária a principal atividade desenvolvida na região. A

hidrografia da UC compreende o córrego Ribeirão de Baixo e as nascentes do Córrego Grota

Funda, que convergem para o Sucuriú, localizado no limite norte da Unidade de Conservação.

Quanto aos domínios fitogeográficos, na área do Parque ocorrem dois grupos, sendo uma

formação campestre, a Savana Arborizada e outra florestal, a Floresta Estacional Semidecidual.

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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De um modo geral, as fisionomias naturais apresentam certa descaracterização promovida pelo

histórico de atividades agropecuárias, pastoreio e plantio, antes da implantação da área como

Unidade de Conservação. Atualmente, o Parque favorece a contínua conservação destes

remanescentes de vegetação e, consequentemente, conduz a proteção das espécies da flora

regional, pela preservação de diversos espécimes, das quais se destacam as espécies de valor

para a conservação: Bocageopsis mattogrossenssis, Caryocar brasiliense, Cedrela fissilis,

Hancorna speciosa, Dipteryx alata, Myracrodruon urundeuva, Ocotea porosa e Schinopsis

brasiliensis.

Para as aves foram registradas 192 espécies de aves divididas em 25 ordens e 53 famílias, na

região do PNMSS e seu entorno. Entre as espécies registradas a ema (Rhea americana) e o

papagaio-galego (Alipiopsitta xanthops) são classificadas como quase ameaçada de extinção.

Outra espécie presente na lista como vulnerável, o mutum-de-penacho (Crax fasciolata) é assim

classificada pela perda de seu habitat devido ao desmatamento e principalmente por ser muito

caçada. Também se descatam para a avifauna, as espécies de interesse turístico, principalmente

para a atividade de Birdwatch, como anhuma (Anhima cornuta), tuiuiú (Jabiru mycteria),

surrucuá-de-barriga-vermelha (Trogon curucui), martim-pescador-verde (Chloroceryle

amazona), udu-de-coroa-azul (Momotus momota), tucanuçu (Ramphastos toco), Falconídeos

em geral, Psittacídeos em geral, taperuçus, choró-boi (Taraba major), entre outros.

Com relação a herpetofauna a região apresenta grande potencial para diversidade de espécies,

principalmente com relação aos répteis squamata (lagartos e serpentes), os dados primários e

secundários indicam a ocorrência de 80 espécies de anfíbios e répteis para a UC, das quais

algumas ainda aguardam identificação taxonômica. Apsear de não terem sido registradas

espécies ameaçadas, algumas tem importância para a conservação, como como os lagartos

iguana Iguana iguana e teiú (Salvator merianae e Tupinambis teguixin), a sucuri Eunectes

murinus, o jacaré-paguá Paleosuchus palpebrosus e o cágado-de-barbicha Mesoclemmys

vanderhaegei, inseridas nos apêndices da CITES. Também se destacam as espécies

consideradas endêmicas do Bioma, que soman aproximadamente 23% das das espécies

registradas e de provável ocorrência para a área.

Os dados obtidos com relação ao uso do hábitat pela mastofauna indicam que a maioria das

espécies registradas são de ampla distribuição geográfica e genelaristas, entretanto a

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importância da UC para a conservação de espécies desde grupo da fauna fica evidente quando

consideramos que das 36 espécies levantadas para o Parque, 14 estão ameaçadas de extinção

em âmbito nacional (MMA), e 10 espécies em categoria de ameaça pela IUCN (2017).

Quanto a ictiofauna há registros de 35 espécies de peixes na área do PNM Salto do Sucuriú e

entorno, com predomínio Characiformes (conhecidos como “peixes de escamas”) de pequeno

e médio porte, a seguir Siluriformes (bagres e cascudos), Perciformes (carás, joaninhas, tilápia

e tucunarés), Gymnotiformes (tuviras) e outras ordens menores. A maioria das espécies

registradas é nativa, há registro de apenas uma espécie exótica na área, a tilápia (Tilapia

rendalli), introduzida a partir da África. Apesar de abrigar somente uma espécie em extinção,

o PNM Salto do Sucuriú tem importância conservacionista significativa para este grupo de

vertebrados, pois protege um dos mais importantes sítios reprodutivos do rio Sucuriú, nas

corredeiras a jusante do Salto do Sucuriú. Além disso, em conjunto com sua área de

amortecimento, contém riachos e ribeirões importantes à ictiofauna residente.

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

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Anexo 1. Lista de Espécies lenhosas

Espécies lenhosas registradas para a região do Parque Natural Municipal Salto do Sucuriú. Legenda: G.E. = Grupo Ecológico: P (pioneira), S (secundária), T (tardia); Usos: ALI (alimentar),

ECL (ecológico), ECN (econômico), MÉD (medicinal), ORN (ornamental). *Espécies sugeridas para estudos de manejo e pesquisa científica.

FAMÍLIA Nome científico Nome-comum GE Usos

Bocch

ese

(201

8)

Bocch

ese

e

Azered

o

(201

7)

Bocch

ese

(201

4)

Bocch

ese

(201

3)

Lo

ng

o

(200

9)

Sil

va

e

Sil

va

(200

8)

Pag

ott

o

e

So

uza

(200

6)

Ba

sto

s

(200

2)

FIB

RA

CO

N

(200

7)

ANACARDIACEAE Astronium sp. gonçalo X

Myracrodruon urundeuva* aroeira T ECN, MÉD X

Schinopsis brasiliensis* quebracho S ECN

Lithraeae molleoides aroeirinha S ECN, ECL, ORN X

Tapirira guianensis peito-de-pombo P ECN, ECL X X

Vellozia flavicans canela-de-ema S ECL

ANNONACEAE Annona coriacea marolo P ECL, ALI, MÉD X

Annona crassiflora araticum P ECL, ALI, MÈD X

Annona phaeoclados araticum P ECL X

Bocageopsis mattogrossensis* embira-preta S ECL X

Cardiopetalum calophylum imbira S ECL X

Duguetia furfucata ata S ECN, ECL X

Duguetia lanceolata araticunzinho P ECN, ECL X

Guatteria sellowiana chal-chal S ECL X

Rollinia sylvatica araticum P ECN, ECL X

Rollinia sylvatica araticum-do-mato P ECL, ALI, MÉD

Unonopsis lindmanii pindaíva-preta P ECL

Xylopia emarginata pindaíba-d'água P ECL X

Xypolia aromatica pimenteira P ECL X

APOCYNACEAE Aspidosperma macrocarpum guatambu S ECN X

Aspidosperma subincanum guatambuzinho S ECN X

Hancornia speciosa* mangaba S ECL X

Himananthus obovatus pau-de-leite P ECN, ECL X

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

____________________________________________________________________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________________________________________ 84/110

ARALIACEAE Dendropanax cuneatum maria-mole S ECL X

Schefflera morototoniI mandiocão P ECL, ECN X

ARECACEAE Acrocomia aculeata bocaiúva P ECL, ALI X

Desmoncus cf. cuyabensis jacitara P ECL X

Syagrus oleracea guariroba S ECL, ALI, ORN X

Syagrus rommanzoffianus gerivá S ECL, ALI, ORN X

BIGNONIACEAE Cybistax antisyphilitica ipê-verde S ECN, ORN X

Handroanthus aureus paratudo S ECN, MÉD, ORN X

Handroanthus durus ipê-banco-do-brejo P ECL, ORN X

Handroanthus impetiginosus ipê-roxo T ECN, MÉD, ORN X

Handroanthus roseo-albus ipê-branco S ECN, ORN X

Handroanthus serratifolius pau-d'arco T ECN, ORN

Jacaranda cuspidifoila carobinha S ECN, ORN

Zeyheria montana bolsinha-de-pastor P ECL X

BORAGINACEAE Cordia alliodora louro-branco P ECN X

Cordia glabrata louro-pardo P ECN X

Cordia sellowiana louro P ECN X

Cordia trichotoma louro P ECN X

BURSERACEAE Protium heptaphyllum amescla-bréu S ECN, ECL X

CARYOCARACEAE Caryocar brasiliense* pequi P ECL, ECN, ALI, MÉD X

CHRYSOBALANACEAE Hirtella gracilipes bosta-de-cabra P ECL X

Licania humilis oiti S ECN, ECL X

Couepia gardneri oiti-de-ema S ECN, ECL X

CLUSIACEAE Calophyllum brasilienis guanandi S ECN, ECL, ALI, MÉD X

Kielmeyera speciosa pau-santo S ECN, ECL X

COMBRETACEAE Buchenavia tomentosa tarumarana S ECN X

Terminalia argentea capitão-do-campo S ECN, MÉD X

Terminalia fagifolia orelha-de-cachorro P ECN X

CONNARACEAE Connarus suberosus araruta-do-campo P ECL X

Rourea induta botica inteira P ECL X

DILLENIACEAE Curatella americana lixeira P ECL MÉD X

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

____________________________________________________________________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________________________________________ 85/110

Davilla elliptica lixeirinha P ECL X

EBENACEAE Diospyros brasiliensis fruta-de-boi P ECL, ALI X

ELAEOCARPACEAE Sloanea lasiocoma sapopema S ECL X

ERYTHROXYLACEAE Erythroxylum suberosum muxiba S ECN, ECL X

Erythroxylum tortuosum cabriteiro P ECL X

EUPHORBIACEAE Alchornea triplinervia tapiá P ECL X

Croton bonplandianus sangra-d'água P ECL X

Croton urucurana sangra-d'água P ECL X

Maprounea guianensis vaquinha S ECN, ECL X

Sebastiana membranifolia sarandi S ECL X

FABACEAE Acacia paniculata cássia S ECL, ORN X

Albizia sp. monjolo S ECN, ORN X

Amburana cearensis imburana T ECN, MÉD X

Anadenanthera colubrina angico-branco S ECN, ORN X

Anadenanthera falcata angico-do-cerrado S ECN X

Andira cuyabensis morcegueira S ECN, ECL X

Apuleia leiocarpa garapa T Ecn, ECL X

Bauhinia glabra pata-de-vaca P ECN X

Bauninia mollis espinheira P ECN X

Bauhinia forficata pata-de-vaca P ECN X

Bowdichia virgilioides sucupira S ECN, MÉD X

Centrolobium cf. tomentosum araribá T ECN, ECL X

Copaifera langsdorffii copaiba S ECN, MÉD, ORN X

Dalbergia cuyabensis rabo-de-bugiou S ECN, MÉD X

Dalbergia miscolobium rabo-de-macaco S ECN X

Dimorphandra mollis fava-de-anta P ECN, ECL, MÉD X

Dipteryx alata* cumbaru S ECN, ECL, ALI, MÉD, ORN X

Diptychandra aurantiaca balsaminho S ECN X

Enterolobium contortisiliquum orelha-de-macaco T ECN, ECL, ORN X

Erythrina dominguezii mulungu S ECN, ORN X

Erythrina falcata eritrina S ECN, ORN X

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

____________________________________________________________________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________________________________________ 86/110

Hymenaea courbaril jatobá-da-mata T ECL, ECN, ALI, MÉD, ORN X

Inga laurina ingá-branco S ECN, ECL X

Inga uruguaiensis ingá-feijão S ECN, ECL X

Inga edulis ingá-liso S ECN, ECL X

Lonchocarpus sp. embira S ECN, ECL X

Machaerium aculeatum jacarandá-bico-de-papagaio S ECN X

Machaerium opacum jacarandá-do-cerrado S ECN X

Ormosia arborea olho-de-cabra P ECN, ORN X

Piptadenia gonoacantra monjoleiro S ECN X

Plathymenia reticulada vinhático-do-campo S ECN, ORN

Platypodium elegans amendoim-do-campo S ECN X

Pterodon emarginatus sucupira-branca S ECN, MÉD, ORN X

Pterogyne nitens amendoim S ECN X

Sclerolobium aureum carvoeiro S ECN, MÉD, ORN X

Senna alata aleluia S ECN, ORN X

Senna silvestris aleluia S ECN, ORN X

Stryphnodendron obovatum barbatimão P ECL X

Vatairea macrocarpa angelim-do-cerrado P ECN, ECL

FLACOURTIACEAE Casearia gossypiosperma espeteiro P ECL X

ICACINACEAE Emmotum nitens Faia S ECN, ECL X

LAURACEAE Nectandra sp. canela S ECN X

Ocotea diospyrifolia canela S ECN, ECL X

Ocotea sp. canela S ECN, ECL X

Ocotea porosa* canelinha S ECN, ECL X

LECYTHIDACEAE Eschweilera nana ovo-frito P ECL X

LOGANIACEAE Strychnos pseudoquina quina-do-cerrado P ECL X

LYTHRACEAE Lafoensia pacari dedaleira P ECL X

MALPIGHIACEAE Byrsonima coccolobifolia muricizão P ECL X

Byrsonima crassifolia murici P ECL X

Byrsonima intermedia murici P ECL X

Byrsonima umbellata murici-do-brejo P ECL

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

____________________________________________________________________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________________________________________ 87/110

Byrsonima serica muricizinho P ECL X

MALVACEAE Apeiba tibourbou pau-jangada S ECN, ECL X

Chorisia speciosa paineira S ECN, ORN X

Eriotheca pubescens paina-do-cerrado S ECN, ECL, ORN X

Luehea divaricata açoita-cavalo P ECN X

Luehea grandiflora açoita-cavalo P ECN X

Luehea paniculata açoita-cavalo P ECN X

Pseudobombax longiflorum embiruçu S ECN, ECL, ORN X

Pseudobombax tomentosum paineira T ECN, ORN X

MELASTOMATACEAE Cabralea canjerana canjerana T ECN X

Miconia burchellii pixirica P ECL X

Miconia tiliaefolia pixirica P ORN X

Tibouchina granulosa quaresmeira P ECL, ORN X

MELIACEAE Cedrela fissilis* cedro T ECN, ORN X

Guarea guidonea marinheiro T ECL X

Guarea kunthiana marinheiro T ECL X

Guarea macrophylla marinheiro S ECL X

Miconia sp. micônia P ECL, ORN X

Trichilia hirta carrapeta S ECN

Trichilia pallida catiguá S ECN, ECL

Trichilia silvatica cachuá S ECN, ECL X

MORACEAE Brosimum gaudichaudii mama-cadela S ECN, ORN X

Ficus carica figueira S ECN, ECL X

Ficus gardneriana figueira S ECN, ECL X

Ficus grandis figueira S ECN, ECL X

Ficus cf. insipida figueira S ECN, ECL X

Maclura tinctoria amora-de-espinho P ECN, ECL X

Sorocea bonplandii falsa-espinheira S ECL X

MYRTACEAE Blepharocalyx salicifolius maria-preta P ECL X

Campomanesia pubescens guavira P ECL, ALI X

Campomanesia sp. araçá P ECL X

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

____________________________________________________________________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________________________________________ 88/110

Eugenia aurata cabeludinho P ECL X

Eugenia sonderiana araçazinho P ECL X

Eugenia cf. dysenterica araçá-do-mato P ECL X

Eugenia sp. araçazinho P ECL X

Gomidesia palustris araçá P ECL X

Myrcia bella* mercurinho P ECL

Myrcia rostrata goiabinha P ECL X

Myrcia camapuaensis goiabinha-do-mato P ECL X

Myrcianthes cf. pungens guabiju P ECL

Psidium australe araçá P ECL, ALI, ORN X

Siphoneugena densiflora maria-preta P ECL

OPILIACEAE Agonandra brasiliensis cerveja-de-pobre P ECL X

PAPILIONOIDEAE Dalbergia miscolobium jacarandá S ECN, ORN X

POLYGONACEAE Coccoloba mollis falso-novateiro S ECN X

PRIMULACEAE Myrsine guianensis cafezinho P ECL

Rapanea ferruginea pororoca P ECL X

Virola urbaniana virola-do-brejo S ECL

PROTEACEAE Roupala montana carne-de-vaca S ECL X

RHAMNACEAE Rhamnidium elaeocarpum cabriteira S ECL X

RUBIACEAE Alibertia edulis marmelo P ECN, ECL X

Alibertia sessilis marmelinho P ECN, ECL X

Coussarea hydrangeaefolia falsa-quina S ECN

Genipa americana jenipapo P ECN, ECL, ALI, MÈD X

Psycotria carthagenensis cafezinho S ECL

Randia armata limãozinho S ECL X

Rudgea viburnoides congonha S ECL X

Tocoyena formosa olho-de-boi S ECN, ECL X

RUTACEAE Esenbeckia cf. febrifuga guarantã S ECN, ECL X

Zanthoxylum riedelianum mamica-de-porca S ECN, ECL

Zanthoxylum rhoifolium mamica-de-cadela S ECN, ECL X

Zanthoxylum rigidum mamica-de-porca S ECN, ECL X

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

____________________________________________________________________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________________________________________ 89/110

SAPINDACEAE Allophylus edulis cun-cun S ECL X

Cupania castaneifolia camboatá-vermelho S ECN, ECL X

Cupania vernalis saboneteira S ECN, ECL X

Diatenopteryx sorbifolia maria-preta S ECN, ECL

Dilodendron bipinnatum maria-pobre S ECN, ECL X

Cupania vernalis camboatá S ECN, ECL

Magonia pubescens timbó S ECN, MÉD, ORN X

Matayba guianensis camboatá S ECN, ECL X

Talisia esculenta pitombeira S ECN, ECL, ORN X

SAPOTACEAE Pouteria ramiflora grão-de-galo P ORN

Pouteria torta abiu S ECN X

SIMAROUBACEAE Simarouba versicolor perdizeira S ECN, ECL X

SOLANACEAE Solanum lycocarpum lobeira P ECN X

STERCULIACEAE Helicteres guazumifolia Helicteres P ECN, ECL X

Guazuma ulmifolia chico-magro P ECN, ECL, MÉD X

STYRACACEAE Styrax ferrugineus laranjinha-do-cerrado P ECL

ULMACEAE Trema micantra taleira P ECL

URTICACEAE Cecropia pachystachya embaúba P ECL

Cecropia hololeuca embaúba P ECL

VERBENACEAE Vitax polygama tarumã T ECN, ECL, MÈD X

VOCHYSIACEAE Qualea grandiflora pau-terra P ECN X

Qualea multiflora pau-terrinha S ECN X

Qualea parviflora pau-terra-mirim S ECL

Salvertia convallariodora chapéu-de-couro P ECN, ECL X

Vochysia cinnamoea cinzeiro P ECN X

Vochysia tucanorum caixeta S ECN, ORN X

Vochysia rufa pau-doce S ECN, ORN X

WINTERACEAE Drimys winteri cataia S ECN, ECL X

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

_________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________ 90/110

Anexo 2. Lista das Espécies de Avifauna

Listagem de espécies da avifauna. Legenda: SD - Sensibilidade a distúrbios: B – Baixa, M – Média, A – Alta. D

– Dieta: O – Onívoro, G – Granívoro, P – Piscívoro, I – Insetívoro, D – Detritívoro, C – Carnívoro, M –

Malacófago, F – Frugívoro, N – Nectarívoro. Habitat: Ca = Campo; Ce = Cerrado; Pa = Pastagem cultivada; F =

Ambiente florestado; Ci = Mata ciliar; Ga = Floresta de galeria; Br = Vereda/Nascente; Aq = Aquático; AA = Área

antropizada. PNM do Salto do Sucuriú, município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul.

Ordem/Família/Espécie Nome Popular SD D Habitat

Struthioniformes

Rheidae

Rhea americana ema B O Ca, Ce, Pa

Tinamiformes

Tinamidae

Crypturellus undulatus jaó B O Ci, F, Ga

Crypturellus parvirostris inhambu-chororó B O Ce

Rynchotus rufescens perdiz B O Ca, Pa

Nothura maculosa codorna-amarela B O Ca, Pa

Anseriformes

Anhimidae

Anhima cornuta anhuma M G Ci, Br

Anatidae

Dendrocygna viduata irerê B O Ci, Aq, AA

Cairina moschata pato-do-mato M O Ci, Aq, AA

Amazonetta brasiliensis pé-vermelho B O Ci, Aq, AA

Galliformes

Cracidae

Penelope superciliaris jacupemba M O F

Crax fasciolata mutum-de-penacho M O F, Ga

Ciconiiformes

Ciconiidae

Jabiru mycteria tuiuiú M P Ci, Br

Mycteria americana cabeça-seca B P Ci, Br

Suliformes

Phalacrocoracidae

Phalacrocorax brasilianus biguá B P Aq

Anhingidae

Anhinga anhinga biguatinga M P Aq

Pelecaniformes

Ardeidae

Tigrisoma lineatum socó-boi M O Br

Nycticorax nycticorax savacu B O Aq, Br

Butorides striata socozinho B O Br

Bubulcus ibis garça-vaqueira B I Pa, Ca

Ardea cocoi garça-moura B P, I Aq, Br

Ardea alba garça-branca-grande B P, I Aq, Br

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

_________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________ 91/110

Ordem/Família/Espécie Nome Popular SD D Habitat

Syrigma sibilatrix maria-faceira M O Br, Ca

Egretta thula garça-branca-pequena B O Aq, Br

Threskiornithidae

Mesembrinibis cayennensis coró-coró M O Ci, Aq, Br

Theristicus caudatus curicaca B O Ca, Pa, F, AA

Cathartiformes

Cathartidae

Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha B D Pa, Ga, F

Cathartes burrovianus urubu-de-cabeça-amarela M D F, Br

Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta B D F, Pa, Ci, AA

Sarcoramphus papa urubu-rei M D F, Ga

Accipitriformes

Accipitridae

Elanus leucurus gavião-peneira B O F, Pa

Ictinia plumbea sovi M C, I F, Ga

Rostrhamus sociabilis gavião-caramujeiro B M Br

Heterospizias meridionalis gavião-cabloco B C Ca, AA

Rupornis magnirostris gavião-carijó B C, I F, Ci, Ga, AA

Geranoaetus albicaudatus gavião-de-rabo-branco B C F, Ca

Buteo brachyurus gavião-de-cauda-curta M C F, Ci, Ga

Gruiformes

Aramidae

Aramus guarauna carão M M Br

Rallidae

Aramides cajaneus saracura-três-potes A O F, Br, Ga

Porzana albicollis sanã-carijó M O Ca, Br

Gallinula galeata frango-d'água-comum B O Aq, Ci, Br

Charadriiformes

Charadriidae

Vanellus chilensis quero-quero B O Ca, Br, AA

Jacanidae

Jacana jacana jaçanã B O Br

Columbiformes

Columbidae

Columbina talpacoti rolinha-roxa B G Ca, Pa, AA

Columbina squammata fogo-apagou B G Ca, AA

Columbina picui rolinha-picui B G Ca

Patagioenas picazuro pombão M O Ga, Ca, Pa, AA

Patagioenas cayennensis pomba-galega M O F, Ga, Ci, AA

Zenaida auriculata pomba-de-bando B G Ca, Pa, AA

Leptotila verreauxi juriti-pupu B G F, Ci, Ga, AA

Leptotila rufaxilla juriti-gemedeira B G F, Ci, Ga, AA

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

_________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________ 92/110

Ordem/Família/Espécie Nome Popular SD D Habitat

Cuculiformes

Cuculidae

Piaya cayana alma-de-gato B O F, Ga

Crotophaga major anu-coróca M O F, Ga, Ci

Crotophaga ani anu-preto B O Ca, Br, AA

Guira guira anu-branco B O Ca, Br, AA

Tapera naevia saci B O Ca, Br, F

Strigiformes

Tytonidae

Tyto furcata suindara B C Ca, Ce, Pa, AA

Strigidae

Megascops choliba corujinha-do-mato B C, I F, Ci, Ga, AA

Glaucidium brasilianum caburé B C, I F, Ca, AA

Athene cunicularia coruja-buraqueira M O Ca, Ce, AA

Asio clamator coruja-orelhuda B O F, Ci

Nyctibiiformes

Nyctibiidae

Nyctibius griseus mãe-da-lua B I F, Ci, Ga, AA

Caprimulgiformes

Caprimulgidae

Antrostomus rufus joão-corta-pau B I F, Ga, Br

Hydropsalis albicollis bacurau B I F, Ce, Ca, AA

Hydropsalis parvula bacurau-chintã B I F, Ga, AA

Apodiformes

Apodidae

Cypseloides senex taperuçu-velho B I F, Ce, Ga, Ci

Streptoprocne zonaris taperuçu-de-coleira-branca B I F, Ce, Ga, Ci

Trochilidae

Phaethornis pretrei rabo-branco-acanelado B N F, Ce, AA

Eupetomena macroura beija-flor-tesoura B N Ce, AA

Anthracothorax nigricollis beija-flor-de-veste-preta B N F, Ga, AA

Chlorostilbon lucidus besourinho-de-bico-vemelho B N F, Ce, Ci, AA

Thalurania furcata beija-flor-tesoura-verde M N F

Hylocharis chrysura beija-flor-dourado M N Ce, Ga, AA

Trogoniformes

Trogonidae

Trogon curucui surrucuá-de-barriga-vermelha M I, F F

Coraciiformes

Alcedinidae

Megaceryle torquata martim-pescador-grande B P Aq, Ci, Br

Chloroceryle amazona martim-pescador-verde B P Aq, Br

Chloroceryle americana martim-pescador-pequeno B P Aq, Br

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

_________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________ 93/110

Ordem/Família/Espécie Nome Popular SD D Habitat

Momotidae

Momotus momota udu-de-coroa-azul M I, F F, Ga

Galbuliformes

Galbulidae

Brachygalba lugubris ariramba-preta B I F, Ci, Ga, AA

Galbula ruficauda ariramba-de-cauda-ruiva B I F, Ci, Ga, AA

Bucconidae

Nystalus chacuru joão-bobo M I Ce, F, Ga, AA

Monasa nigrifrons chora-chuva-preto M I F, Ga, AA

Piciformes

Ramphastidae

Ramphastos toco tucanuçu M O Ce, Ca, Ci, Ga

Pteroglossus castanotis araçari-castanho A F F, Ci

Picidae

Picumnus albosquamatus pica-pau-anão-escamado B I F, Ga, AA

Melanerpes candidus birro B I F, Ga, Ca, AA

Veniliornis passerinus picapauzinho-anão B I F, Ci, Ga

Colaptes melanochloros pica-pau-verde-barrado B I F, Ga, AA

Colaptes campestris pica-pau-do-campo B I Ce, Ca, Pa, AA

Dryocopus lineatus pica-pau-de-banda-branca B I F, Ci, Ga, AA

Campephilus melanoleucos pica-pau-de-topete-vermelho M I F, Ci, Ga, AA

Cariamiformes

Cariamidae

Cariama cristata seriema M O Ca, F, AA

Falconiformes

Falconidae

Caracara plancus carcará B O Ca, F, Pa, AA

Milvago chimachima pinhé B O Ca, Pa, AA

Herpetotheres cachinnans acauã B C, I Ci, Ga, F, AA

Falco sparverius quiriquiri B C, I Ca, Ga

Falco femoralis falcão-de-coleira B C, I Ca

Psittaciformes

Psittacidae

Ara ararauna arara-canindé M F F, Ga, Br

Diopsittaca nobilis maracanã-pequena M F Ga, Br

Orthopsittaca manilatus maracanã-do-buriti M F Ga, Br

Psittacara leucophthalmus periquitão-maracanã B F F, Ga, Ci, AA

Eupsittula aurea periquito-rei M F Ce, Ga, F

Brotogeris chiriri periquito-de-encontro-amarelo M F F, Ga, AA

Alipiopsitta xanthops papagaio-galego M, E F Ce, Ga

Amazona aestiva papagaio-verdadeiro M F Ce, Ga

Passeriformes

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

_________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________ 94/110

Ordem/Família/Espécie Nome Popular SD D Habitat

Thamnophilidae

Formicivora rufa papa-formiga-vermelho B I Ce, Ci

Herpsilochmus longirostris chorozinho-de-bico-comprido M, E I Ga, Ce

Thamnophilus doliatus choca-barrada B I Ce, Ci, AA

Taraba major choró-boi B I F, Ci, Ga, AA

Dendrocolaptidae

Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde M I F

Lepidocolaptes angustirostris arapaçu-de-cerrado M I F, Ce

Dendrocolaptes platyrostris arapaçu-grande M I F, Ga, Ci

Furnariidae

Furnarius rufus joão-de-barro B I Ca, Pa, AA

Phacellodomus ruber graveteiro B I F, Pa, Ca

Synallaxis frontalis petrim B I F, Ga, AA

Synallaxis albescens uí-pi B I Ca, Pa, Ce

Tityridae

Tityra inquisitor anambé-branco-de-bochecha-parda M I, F F

Tityra cayana anambé-branco-de-rabo-preto M I, F F

Tityra semifasciata anambé-branco-de-máscara-negra M I F, Ga, Ci

Pachyramphus validus caneleiro-de-chapéu-preto M I F

Rhynchocyclidae

Todirostrum cinereum ferreirinho-relógio B I F, Ga, AA

Hemitriccus margaritaceiventer sebinho-de-olho-de-ouro M I F, Ga

Tyrannidae

Camptostoma obsoletum risadinha B I F, Ci, Ga, AA

Elaenia flavogaster guaracava-de-barriga-amarela B I, F F, Ce, Ci, AA

Elaenia spectabilis guaracava-grande B I, F F, Ce, Ci, AA

Legatus leucophaius bem-te-vi-pirata B I, F F, Ga, AA

Myiarchus ferox maria-cavaleira B I F, Ci, Ga, AA

Myiarchus tyrannulus maria-cavaleira-de-rabo-enferrujado B I F, Ce, Ga

Casiornis rufus maria-ferrugem B I F, Ci, Ga, AA

Pitangus sulphuratus bem-te-vi B O F, Ga, Ce, AA

Philohydor lictor bentevizinho-do-brejo B I Ci, Br

Machetornis rixosa suiriri-cavaleiro B I Pa, Ca, AA

Myiodynastes maculatus bem-te-vi-rajado B O F, Ci, Ga, AA

Megarynchus pitangua neinei B I F, Ci, Ga, AA

Myiozetetes cayanensis bentevizinho-de-asa-ferrugínea B O F, Ce, AA

Tyrannus melancholicus suiriri B I F, Ci, Ga, AA

Tyrannus savana tesourinha B I Ce, Ca, Pa, AA

Empidonomus varius peitica B I F, Ga, AA

Colonia colonus viuvinha B I F, Ci, AA

Pyrocephalus rubinus príncipe B I Pa, Ca, Ga, AA

Arundinicola leucocephala freirinha M I Ci, Br

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

_________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________ 95/110

Ordem/Família/Espécie Nome Popular SD D Habitat

Gubernetes yetapa tesoura-do-brejo M I Ca, Br, AA

Cnemotriccus fuscatus guaracavuçu B I F, Ci, Ga, AA

Xolmis cinereus primavera B I Ca, Pa, AA

Xolmis velatus noivinha-branca M I Ce, Pa, Ca

Vireonidae

Cyclarhis gujanensis pitiguari B I F, Ci, Ga, AA

Corvidae

Cyanocorax cyanomelas gralha-pantanal B O F, Ga, Ci

Cyanocorax cristatellus gralha-do-campo M, E O Ce

Cyanocorax chrysops gralha-picaça M O F, Ci, Ga

Hirundinidae

Stelgidopteryx ruficollis andorinha-serradora B I Aq, Ca, Pa

Progne tapera andorinha-do-campo B I Aq, Ce, Ca

Progne chalybea andorinha-doméstica-grande B I Ce, Pa, Ca

Tachycineta albiventer andorinha-do-rio B I Aq

Tachycineta leucorrhoa andorinha-de-sobre-branco B I Ce, Ca, Pa

Troglodytidae

Troglodytes musculus corruíra B O F, Ce, Ca, AA

Donacobiidae

Donacobius atricapilla japacanim M O Ci, Br

Turdidae

Turdus leucomelas sabiá-barranco B O F, Ga, AA

Turdus rufiventris sabiá-laranjeira B O F, AA

Turdus amaurochalinus sabiá-poca B I, F F, Ga, AA

Mimidae

Mimus saturninus sabiá-do-campo B O F, Ce, Ca, AA

Motacillidae

Anthus lutescens caminheiro-zumbidor B I Ca, Pa, AA

Passerellidae

Ammodramus humeralis tico-tico-do-campo B G Ca, Pa, AA

Parulidae

Setophaga pitiayumi mariquita M I F, Ci, Ga

Geothlypis aequinoctialis pia-cobra B I F, Ci, Ga, Br

Basileuterus culicivorus pula-pula B I F, Ga

Myiothlypis flaveola canário-do-mato M I F, Ga

Icteridae

Cacicus haemorrhous guaxe B O F, Ci, AA

Icterus pyrrhopterus encontro B O F, Ci, Ga, AA

Icterus croconotus joão-pinto B O F, Ga, Ci

Gnorimopsar chopi passaro-preto B O Ca, Pa, AA

Pseudoleistes guirahuro chopim-do-brejo B O Ca, Ci, Br

Sturnella superciliaris polícia-inglesa-do-sul B G Ca, Pa, Ci, AA

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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___________________________________________________________________________ 96/110

Ordem/Família/Espécie Nome Popular SD D Habitat

Thraupidae

Coereba flaveola cambacica B N, I F, Ce, Ca, AA

Saltatricula atricollis bico-de-pimenta M, E G F, Ce

Saltator similis trinca-ferro-verdadeiro B G F, Ci, Ga, AA

Tachyphonus rufus pipira-preta B F F, Ci, Ga

Ramphocelus carbo pipira-vermelha B F F, Ci, Ga, AA

Lanio cucullatus tico-tico-rei B G F, Ce, AA

Lanio penicillatus pipira-da-taoca M I, F F, Ga

Tangara sayaca sanhaçu-cinzento B F F, Ga, AA

Tangara palmarum sanhaçu-do-coqueiro B F F, Ga, AA

Tangara cayana saíra-amarela M I, F F, Ga, Ce, Ca

Tersina viridis saí-andorinha B F F, Ci, Ga, AA

Dacnis cayana saí-azul B F F, Ci, Ga, AA

Conirostrum speciosum figuinha-de-rabo-castanho B I, F F, Ci, Ga

Sicalis flaveola canário-da-terra-verdadeiro B G F, Ci, Ga, AA

Emberizoides herbicola canário-do-campo B G Ca, Pa, Br

Volatinia jacarina tiziu B G Pa, Ca, Ce, AA

Sporophila collaris coleiro-do-brejo B G Ci, Ca, Pa, Br

Sporophila lineola bigodinho B G Ca, Ci, Pa, AA

Sporophila caerulescens coleirinho B G Ca, Pa, AA

Fringillidae

Euphonia chlorotica fim-fim B F F, Ci, Ga, AA

Passeridae

Passer domesticus pardal B O AA

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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Anexo 3. Lista das Espécies de herpetofauna

Espécies de anfíbios e répteis com ocorrência confirmada para as Unidades de Conservação do munícipio de Costa Rica, MS (APA das nacentes do Sucuriú, PNM Salto do Sucuriú

e PMN da Laje) e espécies de provável ocorrência (PO), com respectivos nomes populares, ocorrência, hábito, atividade, distribuição geográfica e conservação. Legenda: Ocorrência

APA=Área de Proteção Ambiental Das Nascentes do rio Sucuriú, Salto=PNM Salto do Sucuriú; Laje=PNM Salto da Laje; DS=dados secundários, espécies de provável ocorrência

(Uetanabaro et al., 2006). Hábito Ab=arborícola; Aq=aquático; Cr=criptozóico; Fo=fossorial; Te=terrestre. Ativ (atividade) D=diurna; N=noturna. Distrib (distribuição)

End=espécie endêmica do Cerrado; Conserv (conservação) C2=espécie inserida no apêndice II da Cites.

ORDEM/Família/Espécie Nome popular

Ocorrência

Habito Ativ Distrib Conserv APA DS

Salto Laje

CLASSE AMPHIBIA

ORDEM ANURA

Família Bufonidae

Rhinella schneideri (Werner, 1894) sapo-cururu X X X Te N

Rhinella gr. granulosa cururuzinho X Te N

Família Craugastoridae

Pristimantis cf. dundeei (Heyer & Muñoz, 1999) rãzinha-do-folhiço X Ab D/N End.

Pristimantis fenestratus (Steindachner, 1864) rãzinha-do-folhiço X X X Ab D/N

Família Hylidae

Dendropsophus sp. pererequinha-do-brejo X

Dendropsophus cruzi (Pombal & Bastos, 1998) pererequinha-do-brejo X Ab N End.

Dendropsophus elianeae (Napoli and Caramaschi, 2000) pererequinha-do-brejo X Ab N End.

Dendropsophus jimi (Napoli & Caramaschi, 1999) pererequinha-do-brejo X Ab N End.

Dendropsophus minutus (Peters, 1872) pererequinha-do-brejo X X Ab N

Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889) pererequinha-do-brejo X X Ab N

Dendropsophus rubicundulus (Reinhardt & Lütken, 1861) pererequinha-do-brejo X Ab N End.

Dendropsophus soaresi (Caramaschi & Jim, 1983) pererequinha-do-brejo X Ab N

Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824) perereca-amarela X X X Ab N

Hypsiboas lundii (Burmeister, 1856) perereca X X X Ab N End.

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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ORDEM/Família/Espécie Nome popular

Ocorrência

Habito Ativ Distrib Conserv APA DS

Salto Laje

Hypsiboas punctatus (Schneider, 1799) perereca X Ab N

Hypsiboas raniceps (Cope, 1862) perereca-amarela X Ab N

Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925) pererequinha X X X Ab N

Scinax fuscovarius (A. Lutz, 1925) perereca-de-banheiro X X X Ab N

Scinax nasicus (Cope, 1862) perereca X Ab N

Scinax sp. (gr. ruber) perereca X Ab N

Pithecopus azureus Cope, 1862 perereca-folha X Ab N End.

Pseudis bolbodactyla A. Lutz, 1925 rã-boiadeira X Aq N

Pseudis paradoxa (Linnaeus, 1758) rã-boiadeira X Aq N

Trachycephalus typhonius (Linnaeus, 1758) perereca X X X Ab N

Família Leptodactylidae

Adenomera sp.1 rãzinha X Cr D/N

Adenomera sp.2 rãzinha X Cr D/N

Adenomera cf. diptyx (Boettger, 1885) rãzinha X X Cr D/N

Leptodactylus cf. furnarius Sazima & Bokermann, 1978 rã X Te N End.

Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799) rã X X X Te N

Leptodactylus cf. jolyi Sazima & Bokermann, 1978 rã X Te N End.

Leptodactylus labyrinthicus (Spix, 1824) rã-pimenta X X X Te N

Leptodactylus latrans (Linnaeus, 1758) rã-manteiga X X X Te N

Leptodactylus podicipinus (Cope, 1862) rãzinha-gota-de-chuva X X X Cr D/N

Physalaemus nattereri (Steindachner, 1863) rãzinha-quatro-olhos X Te N End.

Physalaemus centralis Bokermann, 1962 rãzinha X Te N End.

Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826 rã-cachorro X X X Te N

Physalaemus biligonigerus (Cope, 1861) rã-chorona X Te N

Pseudopaludicola cf. falcipes (Hensel, 1867) rãzinha X Cr D/N

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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ORDEM/Família/Espécie Nome popular

Ocorrência

Habito Ativ Distrib Conserv APA DS

Salto Laje

Pseudopaludicola mystacalis (Cope, 1887) rãzinha X X X Cr D/N

Família Microhylidae

Dermatonotus muelleri (Boettger, 1885) sapo X Fo N

Elachistocleis sp. sapo-guarda X Fo N

Elachistocleis bicolor (Valenciennes in Guérin-Menéville, 1838) sapo-guarda X Fo N

Elachistocleis aff. ovalis Schneider, 1799 sapo-guarda X Fo N

Família Odontophrynidae

Odontophrynus sp. sapo-boi X Te N

CLASSE REPTILIA

ORDEM CROCODYLIA

Família aligatorideae

Paleosuchus palpebrosus (Cuvier, 1807) jacaré-paguá X Aq/Te D/N C2

ORDEM SQUAMATA

Família Amphisbaenidae

Amphisbaena alba Linnaeus, 1758 cobra-cega X Fo D

Amphisbaena mertensi Strauch, 1881 cobra-cega X Fo D

Amphisbaena roberti Gans, 1964 cobra-cega X Fo D

Amphisbaena silvestrii Boulenger, 1902 cobra-cega X Fo D End.

Família Anguidae

Ophiodes striatus (Spix, 1824) cobra-de-vidro X Te D

Família Dactyloidae

Norops meridionalis Boettger, 1885 papa-vento X Te D End.

Família Gekkonidae

Hemidactylus mabouia (Moreau de Jonnès, 1818) lagartixa-de-parede X AB N Ex.

Família Gymnophthalmidae

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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ORDEM/Família/Espécie Nome popular

Ocorrência

Habito Ativ Distrib Conserv APA DS

Salto Laje

Cercosaura schreibersii Wiegmann, 1834 lagartinho-do-folhiço X Te D

Micrablepharus atticolus Rodrigues, 1996 lagartinho-da-cauda-azul X Te D End.

Micrablepharus maximiliani (Reinhardt & Luetken, 1862) lagartinho-da-cauda-azul X Te D

Bachia bresslaui (Amaral, 1935) lagartinho-sem-pernas X Te D End.

Família Iguanidae

Iguana iguana (Linnaeus, 1758) iguana X Te/Ab D C2

Família Phyllodactylidae

Phyllopezus pollicaris (Spix, 1825) lagartixa X Ab N

Família Sphaerodactylidae

Coleodactylus brachystoma (Amaral, 1935) lagartinho-do-folhiço X Te D End.

Família Teiidae

Ameiva ameiva (Linnaeus, 1758) lagarto-verde X X X Te D

Ameivula sp. lagartinho X Te D

Ameivula ocellifera (Spix, 1825) lagartinho X Te D

Salvator merianae (Duméril & Bibron, 1839) teiú X X Te D C2

Tupinambis teguixin (Linnaeus, 1758) teiú X Te D C2

Família Tropiduridae

Tropidurus torquatus (Wied, 1820) lagarto X X X Ab D

Família Boidae

Eunectes murinus (Linnaeus, 1758) sucuri X Aq/Te D/N C2

Família Colubridae

Chironius flavolineatus (Boettger, 1885) cobra-cipó X Ab/Te D End.

Família Dipsadidae

Erythrolamprus poecilogyrus (Wied, 1824) cobra-de-capim X Te D/N

Erythrolamprus taeniogaster (Jan, 1863) coral-falsa X Aq/Te D

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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ORDEM/Família/Espécie Nome popular

Ocorrência

Habito Ativ Distrib Conserv APA DS

Salto Laje

Helicops angulatus (Linnaeus,1758) cobra-d'água X Aq D

Lygophis meridionalis (Schenkel, 1901) cobra-capim X Te

Oxyrhopus trigeminus Duméril, Bibron e Duméril, 1854 coral-falsa X Te N

Pseudoboa nigra (Duméril, Bibron & Duméril, 1854) cobra-arco-íris X Te N

Taeniophallus occiptalis (Jan, 1863) corre-campo X Te D

Xenodon merremii (Wagler, 1824) capitão-do-campo X Te D

Família Viperidae

Bothrops mattogrossensis Amaral, 1925 jararaca-pintada X TE N

Bothrops moojeni Hoge, 1966 jararaca-das-veredas X TE N End.

Crotalus durissus Linnaeus, 1758 cascavel X TE N

Família Typhlopidae

Amerotyphlops brongersmianus (Vanzolini, 1976) cobra-cega X Fo N

ORDEM TESTUDINES

Família Chelidae

Mesoclemmys vanderhaegei (Bour, 1973) cágado-de-barbicha X Aq D C2

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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Anexo 4. Lista das Espécies de mastofauna não voadora

Lista de espécies de mastofauna terrestre não voadora da área do PNM Salto do Sucuriú, município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul. Hábito: Ar=arbóreo; Te=terrestre; SA=semi-

aquático; Sc = escansorial; Sf=semi-fossorial. Dieta: Fr=frugívoro; Hb=herbívoro pastador; In=insetívoro; Myr=mirmecófogo; On=onívoro; Ca=carnívoro; Gr=granívoro. Tipo de

Registro: A=avistamento; CT=camera trap; V=vestígio. Status da espécie: (NT) quase ameaçada, (EN) ameaçada, (VU) vulnerável. IUCN1, MMA2

ORDEM/Família/Espécie Nome popular EAP PANMSS Dieta Hábito Registro Status

DIDELPHIMORPHIA

Didelphidae

Didelphis albiventris gambá x x In/On Te CT

Gracilinanus agilis cuíca

x In/On Ar

Lutreolina crassicaudata cuíca x Ps Te

PILOSA

Myrmecophagidae

Myrmecophaga tridactyla tamanduá-bandeira x x Myr Te CT VU¹VU²

Tamandua tetradactyla tamanduá-mirim

x Myr Sc

CINGULATA

Dasypodidae

Cabassous unicinctus tatu-do-rabo-mole x x Myr SF V

Dasypus novemcinctus tatu-galinha x x In/On SF CT

Euphractus sexcinctus tatu-peba x x In/On SF V

Priodontes maximus tatu-canastra

x Myr SF

VU¹VU²

Tolypeutes matacus tatu-bola

x In/On SF

NT¹EN²

PERISSODACTYLA

Tapiridae

Tapirus terrestris anta x x Hb/Fr Te CT, V VU¹VU²

ARTIODACTYLA

Cervidae

Mazama americana veado-mateiro

x Fr/Hb Te

Mazama gouazoubira veado-catingueiro

x Fr/Hb Te

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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ORDEM/Família/Espécie Nome popular EAP PANMSS Dieta Hábito Registro Status

Ozotoceros bezoarticus vead-campeiro x x Fr/Hb Te CT, V NT¹VU²

Tayassuidae

Pecari tajacu cateto x x Fr/Hb Te V

Tayassu pecari queixada

x Fr/Hb Te

VU¹VU²

PRIMATES

Atelidae

Alouatta caraya bugio

x Fo/Fr Ar

NT²

Cebidae

Sapajus cay macaco-prego x x Fr/On Ar A VU²

CARNIVORA

Canidae

Cerdocyon thous lobinho x x In/On Te CT, V

Chrysocyon brachyurus lobo-guará

x Ca/On Te

NT¹VU²

Felidae

Leopardus pardalis jaguatirica

x Ca Te

Puma concolor onça-parda

Ca Te

VU²

Puma yaguarondi gato-mourisco

x Ca Te

VU²

Panthera onca onça-pintada

x Ca Te

NT¹VU²

Mephetidae

Conepatus semistriatus jaratataca

x In/On Te

Mustelidae

Eira barbara irara

x Fr/On Te

Galictis cuja furão

x Ca Te

Lontra longicaudis lontra

x Ps SA

NT¹NT²

Pteronura brasiliensis ariranha

x Ps SA

EN¹VU²

Procyonidae

Nasua nasua quati x x Fr/On Te A, CT

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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ORDEM/Família/Espécie Nome popular EAP PANMSS Dieta Hábito Registro Status

Procyon cancrivorus mão-pelada x x Fr/On Sc A

LAGOMORPHA

Leporidae

Silvilagus brasiliensis tapiti

x Hb Te

RODENTIA

Caviidae

Hydrochoerus hydrochaeris capivara x x Hb SA V

Cuniculidae

Cuniculus paca paca

x Fr/Hb Te

Dasyproctidae

Dasyprocta azarae cutia x

Fr/Gr Te A, CT

Erethizontidae

Coendou prehensilis ouriço-cacheiro x Fr/Fo/Se Ar

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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Anexo 5. Lista das Espécies ameaçadas da mastofauna não-voadora

Espécies de mamíferos não-voadores listadas como ameaçadas pelo MMA 2014 e IUCN, 2017. Legenda: Status

de conservação (NT) quase ameaçada, (EN) ameaçada, (VU) vulnerável, para área do PNM Salto do Sucuriú,

município de Costa Rica, Mato Grosso do Sul.

ORDEM/Família/Espécie Nome popular Dieta Hábito IUCN MMA

PILOSA

Myrmecophagidae

Myrmecophaga tridactyla tamanduá-bandeira Myr Te vulnerável vulnerável

CINGULATA

Dasypodidae

Priodontes maximus tatu-canastra Myr SF vulnerável vulnerável

Tolypeutes matacus tatu-bola In/On SF quase-ameaçada ameaçada

PERISSODACTYLA

Tapiridae

Tapirus terrestris anta Hb/Fr Te vulnerável vulnerável

ARTIODACTYLA

Cervidae

Ozotoceros bezoarticus veado-campeiro Fr/Hb Te quase-ameaçada vulnerável

Tayassuidae

Tayassu pecari queixada Fr/Hb Te vulnerável vulnerável

PRIMATES

Atelidae

Alouatta caraya bugio Fo/Fr Ar quase-ameaçada

Cebidae

Sapajus cay macaco-prego Fr/On Ar vulnerável

CARNIVORA

Canidae

Chrysocyon brachyurus lobo-guará Ca/On Te quase-ameaçada vulnerável

Felidae

Puma concolor onça-parda Ca Te vulnerável

Puma yaguarondi gato-mourisco Ca Te vulnerável

Panthera onca onça-pintada Ca Te quase-ameaçada vulnerável

Mustelidae

Lontra longicaudis lontra Ps SA quase-ameaçada quase-ameaçada

Pteronura brasiliensis ariranha Ps SA ameaçada vulnerável

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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Anexo 6. Lista das Espécies de mastofauna voadora

Espécies da quirópterofauna registradas para área do PNM Salto do Sucuriú, município de Costa Rica, Mato

Grosso do Sul (Pagoto et al., 2006).

Família Nome Científico Dieta

Phyllostomidae

Anoura caudifer (E. Geoffroy, 1818) Nectarívoro

Artibeus jamaicensis (Leach, 1821) Frugívoro

Artibeus lituratus (Olfers, 1818) Frugívoro

Carollia perspicillata (Linnaeus, 1758) Frugívoro

Glossophaga soricina (Pallas, 1766) Nectarívoro

Platyrrhinus helleri (Peters, 1866) Frugívoro

Platyrrhinus lineatus (E. Geoffroy, 1810) Frugívoro

Sturnira lilium (E. Geoffroy, 1810) Frugívoro

Natalidae

Natalus stramineus (Gray, 1838) Frugívoro

Vespertilionidae

Myotis nigricans (Schinz, 1821) Insetívoro

Mollossidae

Cynomops planirostris (Peters, 1865) Insetívoro

Eumops bonariensis (Peters, 1874) Insetívoro

Molossus molossus (Pallas, 1766) Insetívoro

Molossus rufus (E. Geoffroy, 1805) Insetívoro

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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Anexo 7. Lista das Espécies de ictiofauna

Registros de espécies de peixes no PNM Salto do Sucuriú e entorno, segundo dados bibliográficos disponíveis,

com nomenclatura atualizada, nomes populares abundâncias e fonte do registro. “Rosa/Fibra_18” refere-se aos

dados obtidos por ROSA / FIBRACON (2018) diretamente no PNM. “Froehlich_06” representam os dados obtidos

por FROEHLICH et al. (2006) no PNM e entorno. “Taveira/Ara_4a” e “Taveira/Ara_4b” são dados disponíveis

de TAVEIRA / ARATER (2017) para o córrego Imbiruçú, “Taveira/Ara_6” são dados disponíveis de TAVEIRA

/ ARATER (2017) para um afluente do rio Sucuriú e “Taveira/Ara _7” para o córrego São Luís.

Táxons Nomes populares

Ro

sa/F

ibra

_1

8

Fro

ehli

ch_

06

Ta

vei

ra/A

ra_

4a

Ta

vei

ra/A

ra_

4b

Ta

vei

ra/A

ra_

6

Ta

vei

ra/A

ra_

7

CHARACIFORMES

Anostomidae

Leporinus octofasciatus Steindachner, 1915 piau-vermelho 6 2

Parodontidae

Parodon nasus Kner, 1859 canivete 16

Characidae

Astyanax aff. eigenmanniorum lambari 1

Astyanax altiparanae (Garutti & Britski, 2000) tambiú 3 126 43 15 76 33

Astyanax cf. paranae Eigenmann, 1914 lambari 373 2 4 9

Astyanax fasciatus (Cuvier, 1819) lambari 2 1

Bryconamericus aff. iheringii (Boulenger, 1887) piquira 19 9 5

Bryconamericus stramineus (Eigenmann, 1908) lambari 309 17 7

Moenkhausia intermedia (Eigenmann, 1908) lambari 2

Piabina argentea (Reinhardt, 1866) piquira 150 34 53

Salminus hilarii (Valenciennes, 1850) tabarana 2

Serrapinnus heterodon (Eigenmann, 1915) piquira 1

Serrapinnus notomelas (Eigenmann, 1915) piquira 35 1202 3

Crenuchidae

Characidium aff. zebra Eigenmann, 1909 canivetinho 51 7 2

Characidium gomesi Travassos, 1956 canivetinho 12 7

Characidium sp. canivetinho 2 2

Lebiasinidae

Pyrrhulina australis Eigenmann & Kennedy, 1903 mocinha 1

Erythrinidae

Hoplias aff. malabaricus (Bloch, 1794) traíra 5 3

SILURIFORMES

Heptapteridae

Cetopsorhamdia iheringi Schubart & Gomes, 1959 bagrinho 1 1

Imparfinis borodini Mees & Cala, 1989 bagrinho 1

Imparfinis schubarti (Gomes, 1956) bagrinho 1

Loricariidae

Hisonotus cf. insperatus Britski & Garavello, 2003 cascudinho 7 1

Hypostomus albopunctatus (Regan, 1908) cascudo 1

Hypostomus ancistroides (Ihering, 1911) cascudo 1 9 1 1

Hypostomus margaritifer (Regan, 1908) cascudo 1

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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Táxons Nomes populares

Ro

sa/F

ibra

_1

8

Fro

ehli

ch_

06

Ta

vei

ra/A

ra_

4a

Ta

vei

ra/A

ra_

4b

Ta

vei

ra/A

ra_

6

Ta

vei

ra/A

ra_

7

Hypostomus nigromaculatus (Schubart, 1964) cascudo 12 1

Hypostomus regani (Ihering, 1905) cascudo 26

Hypostomus sp. rapa-canoa 1 3

Microlepidogaster sp. cascudinho 27

CYPRINODONTIFORMES

Rivulidae

Rivulus aff. punctatus Costa, 1989 barrigudinho 4 6 1

GYMNOTIFORMES

Gymnotidae

Gymnotus sp. tuvira 2

PERCIFORMES

Cichlidae

Cichlasoma paranaense Kullander, 1983 cará 4

Cichlasoma britskii Kullander, 1982 cará 2

Tilapia rendalli (Boulenger, 1897) tilápia 3

SYNBRANCHIFORMES

Synbranchidae

Synbranchus marmoratus Bloch, 1795 muçum 1

Registros 13 1184 67 27 1364 116

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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Anexo 8. Roteiro de entrevista

Local de Aplicação:_____________________________ BLOCO 1 – PERFIL DO ENTREVISTADO 1) Nome do Entrevistado: ______________________ 2) Idade? _____ 3) Sexo? 1( )F 2( )M 2) Naturalidade: _________________ 3) Escolaridade: ( ) Fundamental_________ ( ) Médio ___________ ( ) Superior ___________ 4) Profissão? 1( ) agricultor(a) 2( ) dona de casa 3( ) aposentado(a) ( ) outra __________ 5) Tem filhos? ( ) Sim Quantos?_____________ ( ) Não 5.1) Quantos anos tem seus filhos? _____/_____/____/_____ 6) Seus filhos freqüentam a escola? ( ) Sim ( ) Não 6.1) Quantas pessoas moram na sua casa? _________ BLOCO 2 – VÍNCULO COM O LUGAR 7) Quantos anos reside no local? ______________________________________________ 8) O que mudou neste local desde que mora aqui? ________________________________ 9) Gosta de morar aqui? ( ) Sim Por que? _________________ ( ) Não 10) Já ouviu falar na UC? ( ) Sim ( )Não 11) Através de quem 1( )Vizinhos 2( ) Prefeitura 3( ) familiares 4( ) TV 5( ) rádio 6( )jornal 7( ) outro_______________________________________ 12) Você já foi a UC? Já fez alguma atividade? ____________________________________ BLOCO 3 – IMAGEM DA UC 13) Descreva como era a paisagem alguns anos atrás: ____________________________________________________________________________ 14) Sr.(a) já viu animais na UC? Que animais são vistos? ____________________________________________________________________________ 15) Quais animais que ocorriam na região que não são mais vistos? ____________________________________________________________________________ 16) Qual a importância da UC para no seu ponto de vista? ____________________________ 17) A implantação da UC ajudou ou atrapalhou? ____________________________________ 18) Teria interesse em realizar alguma atividade de lazer na UC? Que Tipo?______________ BLOCO 4 – ATIVIDADES ECONÔMICAS 19) Possui propriedade próxima a UC? ( ) Sim Que tipo?_________________ ( ) Não 20) Qual a área total da propriedade (ha)?________________________________________ 21) Possui atividade que gera renda na sua propriedade? ( ) sim ( ) não Qual? ____________ 22) Qual atividade principal da propriedade? ______________________________________ BLOCO 5 - AMBIENTAL 23) É frequente a ocorrência de fogo na região? ( ) Sim ( ) Não 24) Na sua propriedade tem pomar, horta, mandioca (Permacultura)? ( ) Sim ( ) Não ______ 25) Tem problemas com animais que se alimentam de seus produtos (papagaios, periquitos, etc..)? ( ) Sim ( ) Não 26) Possui animais domésticos? ( ) Sim Qual?___________ É criado solto? ( )Sim ( ) Não 5.1 PERGUNTAS GERAIS PARA CHÁCARA, FAZENDAS E RESIDÊNCIAS 27) Tem acesso ao credito rural? ( ) Sim ( ) Não 28) Recebe algum auxílio do governo? ( ) Sim ( ) Não Qual?_________________________ 29) Qual a origem da água utilizada? ( ) Bica (mina d’água) ( ) Rede pública ( ) rio/córrego ( ) Poço (artesiano ou manilha) ( ) Outro________________ 30) O que é feito com o esgoto (tipo de fossa)? _____________________________________ 31) O que é feito com o lixo? ___________________________________________________ 32) Usa corretivos do solo ou adubos? ( ) Sim ( ) Não 33) Usa curvas de nível? ( ) Sim ( ) Não 34) Tem notado escassez de água (seca)? ( ) Sim ( ) Não 5.2 EXTRATIVISMO VEGETAL 35) Faz uso de lenha para forno, fogão, etc...? ( ) Sim ( ) Não 36) Qual origem da lenha? __________________________________________________ 37) Como faz a extração?______________________________________________________

Plano de Manejo PNM Salto do Sucuriú – Costa Rica/MS

Encarte II – Diagnóstico da UC

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Soube de alguém que pega lenha na área da UC? 5.3) CAÇA 38) Você encontra muita carcaça de animais mortos? ( ) Sim ( ) Não 39) Quais animais? __________________________________________________________ 40) De que eles morrem normalmente? __________________________________________ 5.4)PESCA 41) Pesca dentro da UC? ( )Sim ( )Não 42) Qual o tipo da pesca? ( )barranco ( )barco 43) Quais petrechos usa? Ou conhece quem usa ( )anzol ( )rede ( )tarrafa ( )outros ________________ 44) Quais as principais espécies?_________________________________________ BLOCO 6 - POTENCIAL TURISTICO 45) Qual atrativo da UC interessa os visitantes (turistas)? 1( ) nada 2( ) cachoeira 3( ) algo histórico4( ) trilhas 5( ) esportes 6( ) outras ________________ 46) Dentro da UC, conhece algum potencial turístico? O quê?_________________________ 47) O que acha da infraestrutura dos Parques? _____________________________________ 48) Tem alguma sugestão de melhoria? __________________________________________ 49) O número de funcionários é suficiente? _______________________________________ 50) Você acha que o turismo trouxe mudanças para a comunidade? 1( ) Não 2( ) mais emprego 3( )mais renda 4( ) mais transporte 5( ) mais comércio 6( ) menos tranquilidade 7( ) outros_________________________________ 51) Você tem conhecimento de outra área que recebe turistas na região? 1( ) Não 2( ) camping 3( )local para banho 4( ) trilhas 5( ) lanchonete 6( ) algo histórico 7( ) outros _________________________________ BLOCO 7 – EDUCAÇÃO AMBIENTAL 52) Você já participou de alguma atividade de educação ambiental? ( ) Sim ( ) Não 53) O que foi abordado? _______________________ Gostou? _______________________ 54) Quais temas gostaria de participar? ( ) Resíduos sólidos ( ) Reciclagem ( )Água ( )Biodiversidade ( )Biomas ( )Caça e pesca ( )Consumo ( ) outros____________________________________ Você participa de alguma associação comunitária/grupos? 1()Clube de mães_____________________ 4 ( ) Cooperativa/_________________________ 2( ) Ass. de agricultores________________5 ( ) Organização de Mulheres_______________ 3 ( ) Igreja___________________________6( ) outras _______________________________ Data: ______ / _____ / ______ Entrevistadores: _______________________________ Confidencialidade Este roteiro de entrevista constitui em propriedade da Fibracon – Consultoria, não sendo permitida sua reprodução total ou parcial para qualquer fim.