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Pico Marumbi: Retratos da Serra do Mar Paranaense 4.10.12 Geografia da Serra do Mar , Montanhas , Montanhismo , Serra do Marumbi O Pico do Marumbi, com seus paredões de granito, a séculos encanta os viajantes que percorrem os caminhos que ligam a planície litorânea paranaense ao planalto de Curitiba. As fotografias a seguir retratam a Serra do Marumbi a partir da borda do planalto, entre as Serras da Baitaca e da Farinha Seca, na região do Monte Alegre, Quatro Barras, Paraná. O acesso ao local das fotografias á feito através da estrada velha da Graciosa (D. Pedro II) e estrada do Monte Alegre (ou estrada da "Diana"), antigo caminho que ligava a estrada da Graciosa com a Ferrovia Curitiba- Paranaguá, nas proximidades da atual estação km 70 (na ponte do rio Ipiranga). Há também ligações da estrada do Monte Alegre com o Caminho Colonial do Itupava, entre o Morro Pão de Loth e a Casa do Ipiranga. Foto: Ceusnei Simão, 2012

Pico Marumbi

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Pico Marumbi: Retratos da Serra do Mar Paranaense

4.10.12  Geografia da Serra do Mar, Montanhas, Montanhismo, Serra do Marumbi  O Pico do Marumbi, com seus paredões de granito, a séculos encanta os viajantes que percorrem os caminhos que ligam a planície litorânea paranaense ao planalto de Curitiba. As fotografias a seguir retratam a Serra do Marumbi a partir da borda do planalto, entre as Serras da Baitaca e da Farinha Seca, na região do Monte Alegre, Quatro Barras, Paraná. O acesso ao local das fotografias á feito através da estrada velha da Graciosa (D. Pedro II) e estrada do Monte Alegre (ou estrada da "Diana"), antigo caminho que ligava a estrada da Graciosa com a Ferrovia Curitiba- Paranaguá, nas proximidades da atual estação km 70 (na ponte do rio Ipiranga). Há também ligações da estrada do Monte Alegre com o Caminho Colonial do Itupava, entre o Morro Pão de Loth e a Casa do Ipiranga.

Foto: Ceusnei Simão, 2012

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Foto: Ceusnei Simão, 201

Pico Marumbi: Estação de Engenheiro Lange

21.9.12  Ferrovia Curitiba - Paranaguá, Ferrovias, Montanhas, Parques Estaduais, Serra do

Mar, Serra do Marumbi  A caminho do Pico Marumbi, para quem segue por Prainhas subindo a estrada do rio Nhundiaquara até o fim, por cerca de 8 km, encontra-se a estação de trem Engenheiro Lange. A estação propicia uma bela vista do conjunto Pico Marumbi (1.539 m s.n.m.). A estação Marumbi fica a mais 800 metros de caminhada por trilha pavimentada.

Imagem: Estação Engenheiro Lange, Morretes, ParanáFoto: Ceusnei Simão, 2012

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Imagem: Conjunto Pico Marumbi, com o Pico Abrolhos ao centro, visto da Estação Engenheiro Lange

Foto: Ceusnei Simão, 2012

Imagem: Picos Esfinge e Ponta do Tigre, Conjunto Marumbi visto da Estação Engenheiro Lange

Foto: Ceusnei Simão, 2012

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Viagem ao Conjunto Marumbi - ParanáContato: [email protected] dia: 29/10/2007

Olá meus amigos!

Nesta matéria mostrarei um pouco de um belo lugar para se acampar ou passar um dia gostoso sozinho ou acompanhado e vou contar um pouco de minha experiência no primeiro contato com esta linda região. O lugar em questão é o Parque Estadual do Marumbi que está localizado no coração da serra do mar Paranaense, com 2.342 hectares de área preservada. Mais conhecido como Conjunto Marumbi, o berço domontanhismo no Brasil. Ali encontram-se formações que vão de 625m a 1539m de altitude.

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Existem formas variadas de se chegar ao parque e relacionarei todas no final do relato. Nós optamos por uma forma barata, mas que exige um pouco de disposição. Partimos de Curitiba de ônibus, pela estrada da Graciosa até chegar em Porto de Cima, região de Morretes. A partir dali foram alguns km percorridos a pé com um pouco de peso nas costas, caminhando por uma estrada de terra que segue paralela ao rio Nhundiaquara em quase toda sua extensão. 

Depois de algumas horas divididas entre a caminhada e algumas paradas, tanto para descansar quanto contemplar uma bela paisagem, chegamos na Estação Engenheiro Langue. É chegada a hora de largar as mochilas e admirar um pouco da formação de montanhas, que parecia tímida e escondia uma parte de seu conjunto em meio às nuvens. A partir dali apenas alguns metros que nos separavam da Estação Marumbi, que é a base do parque, percorridos por uma trilha tranqüila de pedras, em meio à mata. 

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Ao chegar no parque, o primeiro passo foi fazer o cadastro na sede do IAP (Instituto Ambiental do Paraná). Este cadastro é essencial para que o IAP possa, não só controlar o número de visitantes no parque, mas também trabalhar em prol da segurança do visitante, tanto na área de camping quanto em possíveis operações de salvamento em montanha com o auxílio do Cosmo (Corpo de Socorro em Montanha - grupo demontanhistas voluntários que se dedicam à preservação da área e segurança dos visitantes).

Após o cadastro era a hora de arrumarmos a nossa barraca, que seria nossa aconchegante “casa de campo” pelos próximos três dias. Claro que é impossível caminhar até o camping e não parar pra admirar a vista do conjunto de montanhas do Marumbi, que naquele momento nos dava as boas vindas. A vista é maravilhosa de qualquer posição que esteja, sendo no camping, na estação ou no mirante.

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Depois de montar a barraca, é hora de esperar o toque feminino na arrumação interna da “casa de campo”. É impressionante como no final cabem muito bem os dois isolantes, sacos de dormir, mochilas e ainda sobra algum espaço. Como dizem, é a tal organização e paciência que nós homens definitivamente não temos quando acampamos sozinhos. E vale uma dica muito importante: Caso esteja acompanhado você nunca, jamais, em hipótese alguma deve entrar de tênis na barraca. Isso pode lhe causar sérios problemas (rsrsrs). 

O camping é bem estruturado sem pontos de possíveis “alagamentos” e possui banheiros com chuveiro de água quente. Na parte externa dos banheiros, existem pias onde é permitido utilizá-las para fazer as refeições. 

Neste primeiro dia ainda nos sobrou um pouco de tempo para “lavar a alma” nas águas cristalinas das piscinas que se formam próximo a estação, no chamado “Cemitério dos

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Grampos”. 

O dia chega ao fim e como não podia deixar de ser, tivemos uma noite maravilhosa de chuva. Um clima perfeito para dormir muito bem, ao som das gostas d’água sobre a barraca e um friozinho muito bem aceito. Claro que o ronco de nosso amigo na barraca da frente atrapalhou um pouco, mas é um detalhe que faz parte da brincadeira.

Acordamos bem cedo e para nossa alegria, fomos presenteados com um dia lindo, com muito poucas nuvens no céu. O dia perfeito para subirmos até o ponto mais alto do Abrolhos, montanha com 1.200m de altitude, que planejávamos conhecer naquele dia. 

Pode-se dizer que a trilha tem um nível de dificuldade médio, principalmente por seu início, onde a subida é bem acentuada e exige um pouco de preparo de quem se propõe a fazê-la. Existem muitos trechos escorregadios que merecem bastante atenção. Mas sempre existem

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cordas, correntes e ou degraus como auxílio. 

Em vários momentos fomos obrigados a parar e em muitas destas paradas o motivo é óbvio... a vista de qualquer ponto da montanha é belíssima. Existem trechos onde é impossível resistir e temos que parar por alguns minutos. Sobre estes locais, não existem palavras que definam com exatidão o que cada um sentia.

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Vale a dica para levar uma boa reserva de água. Caso não tenha este cuidado, existe um ponto onde é possível encher a garrafa para continuar a caminhada. Se optar em tomar água geladinha ali mesmo na “fonte”, também é possível, mas você terá que fazer algum “malabarismo” e com certeza será um bom alvo de fotos e gozações futuras.

Depois de aproximadamente 3 horas de caminhada chegamos ao ponto mais alto da montanha. O prazer que aquela vista nos proporcionou, com certeza compensou qualquer esforço e gota de suor derramada. Ali sentados conseguíamos ver, ao leste o litoral do Paraná e ao norte boa parte da serra do mar e suas formações, bem como toda a formação de montanhas que compõem o Conjunto Marumbi. 

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Ficamos ali sentados durante umas duas horas, talvez mais ou menos. Não sei exatamente o tempo que dispensamos àquele lugar. Só posso dizer que se você leitor, se propuser a estar neste local, o que menos vai importar será o tempo, pois ali você esquecerá completamente deste detalhe e a única coisa que vai querer é se acomodar diante daquela imensidão, relaxar seu corpo e sentir o sopro de Deus em forma de vento, passando por seu corpo e lhe “transportando” a um estado de realização inexplicável.

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Energias renovadas é chegada a hora de voltar. A trilha de volta foi muito tranqüila, sem nenhum imprevisto. Quando estávamos próximos a estação, fomos surpreendidos por uma garoa gostosa, que não tirou nossa animação e mais uma vez terminamos o dia nas águas cristalinas do “Cemitério dos Grampos”.

À noite de sábado também foi bastante chuvosa e depois de um dia cheio de atividade, era o que realmente queríamos para dormir tranqüilos. Acordamos tarde no domingo, com o dia fechado, mas ainda aproveitamos algumas cachoeiras nas proximidades da estação, depois retornamos para preparar algo pra comer e esperar o trem que nos levaria até Curitiba. 

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Já na estação prontos pra partir, a montanha nos da um ultimo presente, aparecendo rapidamente em meio a névoa que a cobria. Todos ali paralisados, contemplando os últimos momentos naquele lugar mágico. Um cenário que merecia ser registrado. 

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Espero que através destas linhas e fotos, eu consiga despertar em vocês a vontade de passar ao menos um dia neste local. Lembrando sempre que o respeito com a natureza é sempre necessário. No Marumbi não é permitido acampar fora do camping, fazer fogueira e todo o lixo gerado durante sua estada no parque, deve ser guardado em uma sacola e este retornará com o visitante, não podendo ser depositado no parque. Esta consciência sempre deverá existir entre os visitantes.

Bom passeio a todos...

Como chegar:

Partindo de Curitiba tem as seguintes opções. Ir até Morretes, de ônibus ou de carro e chegar até Porto de Cima. Quem vai de ônibus, tem um horário via estrada da Graciosa, que sai às 7h45 da manhã, o único horário. É só pedir pra parar em Porto de Cima. Se perder este

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horário, conseguirá apenas o ônibus via BR277 e irá parar na rodoviária de Morretes. A partir daí, você terá que buscar uma condução até Porto de Cima.

Uma vez em Porto de Cima, segue a pé até Engenheiro Langue, sempre seguindo pela estrada principal. Depois passa para a estação do Marumbi por uma trilha, que se inicia mais ou menos 50 metros à direita da estação, depois do trilho. 

Se estiver de carro, pode-se deixar o carro em Engenheiro Langue e seguir a pé dali. Mas não é aconselhável tentar chegar em Engenheiro com carro de passeio. No caminho existem muitos pontos com pedras altas em subidas e aconselha-se somente seguir se estiver com carro apropriado para o terreno.

Outra opção é através do caminho do Itupava, ou seja, fazer o caminho todo a pé, partindo da região metropolitana de Curitiba e chegando na estrada que liga Porto de Cima ao Marumbi. É um passeio muito bonito, mas aconselha-se estar com um bom condicionamento físico.

A última opção e mais cômoda, é pegar o trem que sai de Curitiba as 8h00 da manhã e descer exatamente na estação do Marumbi. São aproximadamente 2 horas de viagem e o visitante poderá contemplar toda a beleza da serra do mar.

Antes de viajar, informe-se sobre os valores. Você pode viajar na classe econômica, pagando em torno de R$ 20,00 ou pode optar por algo um pouco mais “luxuoso”, por um valor aproximado de R$ 100,00. A vista é a mesma e fica a critério de cada um a escolha. O trem de volta para Curitiba passa na estação do Marumbi por volta de 16h00.

Tudo sobre o Pico ParanáO Pico Paraná é a maior montanha do Brasil meridional, com exatos 1.877,32m, de acordo com a última medição oficial. O PP, abreviatura pela qual também é conhecido, é uma montanha ícone para os montanhistas paranaenses, hoje freqüentada por dezenas, às vezes centenas de pessoas em cada final de semana. Está localizado na porção central da Serra do Ibitiraquire, e de seu cume se avista toda a serra na qual está inserido, além das adjacentes, sem contar trechos do litoral, de Curitiba e das demais cidades do primeiro planalto paranaense.

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Pico Paraná visto do Taipabuçu

Pois bem, antes de continuar com este artigo, cujo título dá a entender que será exposto realmente tudo sobre o Pico Paraná, eu pergunto:

Você sabe como se comportar em região de montanha e de proteção ambiental?

Como lá na Fazenda Pico Paraná é dado nenhum tipo de orientação ao visitante, eu usarei deste canal para a tarefa. Digamos que é o mínimo que eu posso fazer, já que tenho um site de montanhismo. Não é nenhum favor. E digo mais: o que segue abaixo vale para qualquer montanha, inclusive para os também muito freqüentados Caratuva e Itapiroca.

Então vamos por partes. Pico Paraná é uma montanha da Serra do Ibitiraquire. Caratuva e Itapiroca são duas montanhas próximas, no caminho de quem vai para o Pico Paraná. Getúlio é um morro cuja passagem é obrigatória para acessar qualquer uma das três montanhas citadas. Dito isto, continuemos.

Pico Paraná visto do Itapiroca

Primeiro, amigo turista ou montanhista experiente, atente para o fato de que é importante não sobrecarregar a trilha. Evite acampar em um número grande de pessoas, pois quanto mais gente acampada, maior o número de barracas, maior o espaço necessário na região da trilha, maior a devastação. Eu diria, e essa é uma opinião minha, que 6 é um número que não deve ser ultrapassado. Já presenciei clube de escoteiros ou desbravadores levando todos os seus sócios para acampar no Pico Paraná, coisa de 40 ou 50 pessoas, como se aquilo ali fosse um camping de recreação ou campo de provas. Ensinam a fazer fogueira com gravetos, mas não ensinam técnicas de mínimo impacto?

Segundo, já que toquei no assunto: Em hipótese alguma faça uma fogueira. Para cozinhar seu alimento, use um fogareiro. Para se aquecer do quase sempre presente frio, use roupas adequadas. Em 2007 houve um grande incêndio na região, mais especificamente para os lados do Getúlio e do Caratuva, que segundo

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consta foi causado por pessoas sem noção alguma, que fizeram uma fogueira e a coisa saiu do controle. Se você não possui fogareiro, nem desenvoltura para cozinhar sua comida usando um fogareiro num ambiente difícil, cheio de vento, com insetos saltando em sua panela, sugiro comprar um e aprender a usar antes. Ou nem ir pra lá.

Terceiro, mas não menos importante. Não deixe lixo. Não digo na trilha, digo em qualquer lugar. E me refiro a qualquer tipo de lixo. Por favor, é sério. Se você tiver que cagar, saia da trilha, se afaste dos cursos de água, e tente cagar num buraco feito na hora. Enterre o papel higiênico junto. Nada mais desagradável do que caminhar na trilha e sentir aquele leve odor fecal empestando o ambiente, ou encontrar aqueles restos de papel higiênico usado jogados ao léu. Se for dispensar cascas de fruta, sementes ou ossos, tenha a fineza de jogar longe. É de uma porquice sem tamanho deixar esse tipo de resíduo largado no cume ou na trilha. E jamais, de maneira alguma, deixe outros tipos de lixo. Papel de bala, sacos plásticos, tampinhas de garrafa, bitucas de cigarro; nada disso deve ficar por lá. Acostume-se a sempre levar um saquinho de plástico com a finalidade de reunir o seu lixo, para depois dar um fim adequado na cidade.

Quarto, e agora é uma reunião de várias coisas. É óbvio que você não deve caçar ou colher plantas. Mesmo que você tenha visto no Discovery Channel aquele carinha matando bicho pra comer, é PROIBIDO fazer isso na região do Pico Paraná, assim como também é PROIBIDO fazer fogueiras. Lembre-se que esta área é de preservação ambiental permanente, um parque estadual que ainda está só no papel. Evite barulheira desnecessária, pois você não está num estádio de futebol, muito menos nesses shows sertanejos da moda. Respeite os outros visitantes, que provavelmente estão ali buscando o mesmo que você. Não piche, não risque. Não abra atalhos, use o caminho estabelecido. Tenha consciência de seus limites e da sua ignorância. Procure ir com quem conhece bem o meio.

Se você perceber alguma pessoa desrespeitando qualquer uma das observações acima, repreenda e denuncie. Ligue pra Polícia Ambiental, fotografe o incidente, avise alguém na Fazenda Pico Paraná.

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Agora falemos sobre o Pico Paraná propriamente dito. O que acho importante saber:

1. O Pico Paraná é uma montanha, e como tal, está sujeito a variações atmosféricas que podem surpreender o turista ou o montanhista desatento. Fique alerta. Você não está no Everest, mas também não está passeando no Parque Barigüi.

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Pico Paraná visto do Tucum

2. É cobrado um pedágio para atravessar a Fazenda Pico Paraná. O preço é de R$10 por pessoa, das 6h às 20h. Fora deste horário o valor sobe para R$15. Há refrigerante e cerveja, que são vendidos a R$2 a unidade. Para estacionar o carro não há cobrança de taxas.

3. A trilha é toda sinalizada, inclusive com algumas placas nos cruzamentos importantes. Mas isso não significa que eu esteja incentivando quem nunca foi para o Pico Paraná, a tentar fazer isso por conta. É muito importante ir com quem conhece, exceto se você tiver desenvoltura no montanhismo. Os pontos de referência até o cume são: início da trilha, Pedra do Grito, lago morto à esquerda, cume do Getúlio, cruzo para a trilha do Caratuva à esquerda, bica, cruzo para a trilha do Itapiroca à direita, primeira visão do Pico Paraná, abrigo 01, descida e subida da crista, abrigo 02, abrigo 03, e finalmente a pedra do cume.

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Pico Paraná visto do Abrigo 02

4. Água tem no início da trilha, ainda na fazenda. O próximo ponto fica depois do Getúlio, na bica entre o Caratuva e o Itapiroca. Após passar o cruzo para a trilha do Itapiroca, há mais dois riozinhos antes de chegar no abrigo 01. Lá é possível colher água também. Depois destes pontos, apenas no abrigo 02, próximo à Casa de Pedra, pegando uma trilha que sai por trás.

5. Acampamento você pode fazer na própria Fazenda Pico Paraná. Lá existe um grande camping pra isso. Depois de iniciada a jornada, existem os pontos antes da Pedra do Grito ou ao lado do lago morto. Logo após passar o cume do Getúlio também existe espaço para umas 4 barracas. Depois, apenas no abrigo 01, para talvez 5 ou 6 barracas; no abrigo 02, para 6 ou 7; no abrigo 03, para umas 2; e finalmente no cume, para 3 barracas. Recomendo acampar no abrigo 02, que é o local com mais espaço e o que melhor acomoda as barracas, sem contar que o visual é belíssimo. No abrigo 01 também é interessante. Não recomendo acampar antes do Getúlio, porque é cedo demais pra parar; nem no cume, pra evitar degradação e porque não é lá muito seguro em caso de tempestades.

Acampamento no Itapiroca, com vista para o Pico Paraná

6. Leva-se em torno de 6 horas para subir o Pico Paraná de mochila cargueira, ou melhor, para chegar até o Abrigo 02. Evidente que este tempo pode variar, de acordo com a condição física da pessoa. Mas o tempo é geralmente por aí. Planeje sua empreitada para não ser surpreendido pela noite.

7. Para chegar até a Fazenda Pico Paraná, pegue a BR116 em direção a São Paulo. Depois de passar o Posto Tio Doca, à esquerda, siga mais uns 2km até avistar uma placa indicando a entrada, que fica exatamente antes da ponte sobre o Rio Tucum. Atenção neste ponto, pois como disse, a entrada fica na cabeceira da ponte, e é meio difícil perceber isso, exceto quando já se está em cima dela. Depois, siga pela estrada de terra por uns 7km, sempre seguindo as placas da Fazenda Pico Paraná ou da Fazenda Rio das Pedras. Há um pedágio na BR116 entre Curitiba e o Pico Paraná, que atualmente custa R$1,70. É possível ir de ônibus também. A passagem

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é vendida pela Princesa dos Campos. O destino é Terra Boa, e custa em torno de R$12.

Esquema Pico Paraná

8. O telefone do Dilson, responsável pela administração da Fazenda Pico Paraná é 41-9906-5574. Este artigo foi atualizado em 31/01/2011.

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Se por ventura você tiver alguma outra dúvida que eu possa responder, use o espaço de comentários abaixo. Mas leia o que já foi perguntado e respondido, inclusive no texto acima, pra não termos conteúdo repetido. De tempos em tempos irei atualizar o texto, assim como os valores. Obrigado.

Pico Paraná visto do Cerro Verde

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Itupava e MarumbiPublicado em 05/05/2013 na categoria diárioMarcado como: abrolhos,diário,itupava,marumbi,montanhismo«   Anterior: Escalada no Canal  | Próxima: Jantar da Montanha, Torre do Vigia e Canal   » Desci o Itupava. No Santuário de Nossa Senhora do Cadeado peguei os trilhos do trem, passei a ponte sobre o Rio São João e o Viaduto Carvalho, e me dirigi ao Marumbi. De lá, segui até o cume do Abrolhos 1200m, na minha opinião, o cume mais legal do conjunto. Depois desci até o posto do IAP em Prainhas, tomei um refresco em Porto de Cima e voltei pra casa. Resumidamente foi isso. Já tinha feito algo similar em 2011.O dia estava perfeito, quente, céu azul, com bastante vento. O Marumbi é outro quando o tempo é seco. E por conta do calor, quase fiquei cego de tanto suor que molhou meus olhos. No retorno, contei com a camaradagem do Emerson e do Fernando, além de suas respectivas, que me ofereçam carona e me deixaram no Terminal do Santa Cândida, em Curitiba, de onde peguei um Ligeirinho pra desembarcar no Portão e voltar caminhando até a minha casa.

De Borda do Campo ao MarumbiPublicado em 07/02/2011 na categoria diárioMarcado como: diário,itupava,marumbi,montanhismo«   Anterior: Queimando na Serra do Papanduva  | Próxima: Atacão no Pico Paraná   » Somente com Deus ao meu lado e o sol nervoso no céu, resolvi descer o Itupava e ir até o Marumbi. Comecei a jornada às 9h30, já tarde. Fui ligeiro e apesar do calor, às 12h estava no Santuário de Nossa Senhora do Cadeado. De lá, peguei os trilhos do trem em direção ao Marumbi, e aí o sol passou a bater direto em minha cabeça. Atravessei pontes, viadutos e túneis, e às 13h cheguei à estação. Descansei por meia hora, tomei água, comi 2 asas de frango. Ao ficar sabendo que o trem passava entre 15h30 e 15h45, me decepcionei, pois mesmo estando animado não conseguiria fazer um cumezinho sequer no pouco tempo que me restava. Então resolvi subir ao menos até a Janela da Noroeste, de onde já se tem um visual bacana das Serras do Ibitiraquire, Graciosa e Farinha Seca, sem contar a Baía de Antonina e região. Iniciei a subida às 13h45 e exatamente 1 hora depois estava onde queria. Tirei umas fotos e às 15h comecei a descer. Meia hora depois estava novamente na estação, conversando com novos amigos e aguardando o trem que me levaria pra casa.

PARQUE ESTADUAL PICO DO MARUMBIAproveitando a caminhada pelo Caminho do Itupava, outro ponto de parada e reduto dos adeptos ao turismo de aventura é o Parque Estadual do Marumbi. Para quem gosta de subir montanha e escalar esse é o lugar certo!! Confira...

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(Obs.: as informações a seguir possuem como fonte o site do Corpo de Socorro em Montanha em Montanha - COSMO)

 

Conjunto Marumbi. Foto: Harvey F. Schlenker.

 

O Parque Estadual Pico do Marumbi é uma Unidade de Conservação do Estado do Paraná. Dessa maneira, o Parque é administrado pelo Governo do Estado do Paraná através do IAP - Instituto Ambiental do Paraná, vinculado à SEMA - Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos.

LOCALIZAÇÃO E ACESSOS:

A Unidade de Conservação possui uma área de 8.745 hectares e está localizada entre os municípios de Morretes, Quatro Barras, Piraquara.

O acesso ao parque é feito principalmente pela Ferrovia Paranaguá-Curitiba, podendo também ser feito a pé pelo Caminho do Itupava ou pela estrada que liga Porto de Cima a Engenheiro Lange.

Para quem vai de trem o passeio já começa no ponto de partida, na cidade de Curitiba, onde se inicia a centenária ferrovia Curitiba-Paranaguá. Em quase duas horas de viagem descendo a serra, por dentro da mata e passando por túneis de pedra, chega-se à estação Marumbi, onde

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se localiza a administração do parque. Para maiores informações sobre horários de saída e chegada acessar o site da Serra Verde Express.

Trem Serra Verde Express. Foto: Suelen Marquardt.

Para chegar a pé deve-se seguir de carro pela BR-277 ou pela Estrada da Graciosa até o distrito de Porto de Cima, em Morretes. Beirando ao Rio Nhundiaquara está a Estrada de Prainhas, que levará até a Estação Engenheiro Lange, esse trecho compreende aproximadamente 8 km de estrada de chão. Com veículos de tração nas quatro rodas é possível chegar até a Estação Eng. Lange. Porém, para veículos baixos, é recomendável deixar o carro estacionado próximo ao Centro de Visitantes do IAP, em Prainhas, em locais autorizados. Da Estação Engenheiro Lange até a administração do Parque são mais 900 metros de trilha, percorridas em meia hora aproximadamente.

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Estrada das Prainhas. Foto: Suelen Marquardt.

Para os mais ousados, é possível também acessar o Parque Estadual Pico do Marumbi através do Caminho do Itupava. A caminhada tem início no município de Quatro Barras (Distrito de Borda do Campo) e tem uma extensão de aproximadamente 25 km percorrida entre 08 à 10 horas de caminhada em meio à Serra do Mar. É uma caminhada pesada que requer um bom preparo físico. Para maiores informações acessar no Blog as dicas de caminhadas desse roteiro.

Caminho do Itupava. Foto: Harvey F. Schlenker.

INFRAESTRUTURA DO PARQUE:

Assim que você e seu grupo chegarem ao Parque passe primeiro na administração e preencha o cadastro de visitação e receba informações sobre a Unidade de Conservação, regras de uso, normas de seguranças, além de informações sobre as condições das trilhas e escaladas. O cadastramento é um procedimento fundamental para sua segurança!

Além da Administração, o Parque possui a seguinte infraestrutura: camping; museu; alojamento para pesquisadores e voluntários; sede do COSMO; biblioteca; casa do gerente; Estação Marumbi.

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Infraestrutura do Parque. Fonte: Harvey F. Schlenker.

Para maiores informações sobre a Unidade de Conservação, entre em contato com o Instituto Ambiental do Paraná (telefones de contato ao final do texto).

O CONJUNTO MARUMBI:

O Conjunto Marumbi ou Serra Marumbi é formado pelas montanhas: Olimpo (1.539 m.), Boa Vista (1.491 m.); Gigante (1.487 m.); Ponta do Tigre (1.400 m.); Esfinge (1.378 m.); Torre dos Sinos (1.280 m.); Abrolhos (1.200 m.); Facãozinho (1.100 m.) e pelo Morro Rochedinho (625 m).

Conjunto Marumbi. Fonte: site do COSMO; desenho de Márcia Foltran, 1994.

OPÇÕES DE CAMINHADA:

Existem cinco trilhas de acesso ao Conjunto Marumbi: Noroeste, Crista do Gigante, Frontal, Facãozinho e Rochedinho. Atualmente, a trilha da Crista do Gigante, a

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trilha do Facãozinho e a trilha do Rochedinho encontram-se interditadas em função de recuperação ambiental.

As trilhas seguem, na maior parte do tempo, dentro da floresta, sobre raízes e rochas. São estreitas, com predominância de solos rasos e matéria orgânica. Em determinados locais existe exposição completa sobre abismos; em outros a subida só é possível com o auxílio de correntes ou escadas (degraus) fixado nas rochas.

Trilha Noroeste

Antes de chegar ao cume do Olimpo esta trilha dá acesso aos cumes do Abrolhos, da Esfinge, da Ponta do Tigre, da Torre dos Sinos e do Gigante. É a mais cansativa das trilhas (nível pesado) tendo o tempo médio de ascensão variando de 3:30 a 4:30 hrs até o topo. A trilha é sinalizada com fitas e setasvermelhas.

Trilha Frontal

Passa pela Cachoeira dos Marumbinistas e vai direto ao cume do Olimpo. O nível da trilha é médio-pesado e pode ser feita em 2:30 a 3:30 hrs. A trilha é sinalizada com fitas e setas brancas.

OPÇÕES DE ESCALADA: 

O Conjunto Marumbi é um dos grandes centros de escalada em rocha do Brasil. As vias de escalada começaram a surgir em 1940, e hoje existem cerca de 80 vias, com comprimentos que variam de 20 a 350 metros. As escaladas são exigentes, pouco protegidas e bastante expostas. Então, é muito bom preparar-se bem antes de escalar um de seus paredões.

Informe-se a respeito das vias, material necessário, grau de dificuldade, duração, entre outras informações, direto na Administração do Parque e/ou através do COSMO.

... MAIS DICAS:

* Lembre-se: não é permitido o acampamento nos cumes do conjunto, somente no camping próximo à Administração do Parque;

* Não retire plantas e animais silvestres do seu habitat natural. Procure desfrutar seu lazer com o mínimo de impacto ambiental.

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* Não arranque as fitas e não danifique a sinalização e instalações de segurança. Elas são importantíssimas para orientar pessoas que não conhecem a trilha.

* Planeje sua caminhada ou escalada: o tempo de subida varia de acordo com o preparo físico de cada um, sendo comum não se conseguir alcançar o cume a tempo e ter que iniciar a descida, sob o risco de perder o trem da volta;

* Se você está pensando em abrir uma nova via no Marumbi converse antes com a Gerência do Parque.

* Não adicione proteções nas vias sem antes consultar os respectivos conquistadores. Respeite a ética local e não destrua os refúgios naturais onde os escaladores fazem bivaque. Avise à Gerência e o COSMO qualquer alteração que ocorrer, tais como grampos enferrujados, quebra de agarras, queda de blocos soltos, etc.

* Escalar com montanhistas experientes, observar suas técnicas e fazer perguntas é a melhor maneira de aprender. Alguns conselhos detalhados sobre rotas são conseguidos em conversas com as pessoas locais, moradores, montanhistas e guarda-parques. Tenha certeza de ter todas as informações necessárias para realizar a via pretendida com segurança.

* Enquanto você estiver escalando mantenha um olho voltado para possíveis locais de acampamento de emergência, fontes de água ou qualquer coisa que possa tornar o seu retorno mais fácil e seguro.

* Não danifique a vegetação da base das vias. Ela é indispensável para a estabilizar todo o platô que forma a base.

* Não arranque mato da parede. O que você chama de mato pode ser um endemismo valioso que só ocorre naquele paredão ou uma espécie ainda não conhecida pela ciência.

* Não danifique as proteções fixas existentes e não coloque outras sem antes consultar a Administração do Parque Marumbi. Lembre-se que os grampos velhos das vias fazem parte de uma história, de uma cultura. Valorize o que é nosso!

Page 28: Pico Marumbi

CORPO DE SOCORRO EM MONTANHA - COSMO:

O COSMO, Corpo de Socorro em Montanha, criado em 1996, é uma associação civil sem fins lucrativos. É formada por montanhistas voluntários que prestam serviços de prevenção de acidentes, resgate de acidentados, busca de perdidos, manutenção e conservação de trilhas e vias de escalada. Sua área de atuação compreende o Parque Estadual Marumbi e área de entorno, na Serra do Mar paranaense.

PARA MAIORES INFORMAÇÕES:

Parque Estadual do Marumbi

Gerente: Lothário H. Stoltz Jr - KIKKO

(41) 3462-2954 (Parque) ou (41) 3462-3598 (Público)

E-mail: [email protected]

Funcionamento do Parque: quarta-feira à segunda-feira e Feriados 8h30 às 18h00.

Caminho do Itupava – Base Borda do Campo (Quatro Barras)

(41) 3554-1531

Corpo de Socorro em Montanha - COSMO:

http://sites.google.com/a/cosmo.org.br/cosmo/

Prefeitura Municipal de Morretes:

www.morretes.pr.gov.br

Serra Verde Express:

www.serraverdeexpress.com.br