Personal Training-Livro Walace Monteiro

Embed Size (px)

Citation preview

http://www.thegenius.us

PERSONAL TRAININGWallace Monteiro

Manual para Avaliao e Prescrio de Condicionamento Fsico4a edio

Direitos exclusivos para a lngua portuguesa copyright 1998 by EDITORA SPRINT LTDA. Rua Guafiara, 45 - Tijuca CEP- 20551-180 - Rio de Janeiro - RJ Telefax.: OXX-21-2264-8030 / OXX-21-2567-0285 / OXX-21-2284-9380 ____________________________________________________________________ Reservados todos os direitos. Proibida a duplicao ou reproduo desta obra, ou de suas partes, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrnico, mecnico, gravao, fotocpia ou outros) sem o consentimento expresso, por escrito, da Editora. ____________________________________________________________________ Capa: Joo Renato Teixeira Editorao: Riotexto

CIP-Brasil. Catalogao na fonte. Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ.

MONTEIRO, Walace D. Personal training Manual para avaliao e prescrio de condicionamento fsico / Walace D. Monteiro - Rio de Janeiro: 4a edio inclui bibliografia ISBN 85-7332-064-8 1. Educao Fsica 3. Condicionamento fsico I. Ttulo 2. Aptido fsica 4. Avaliao funcional Sprint, 2004

Depsito Legal na Biblioteca Nacional, conforme Decreto n 1.825 de 20 de dezembro de 1967. Impresso no Brasil Printed in Brazil

Dedicatria ________________________

Este livro dedicado a todos os professores de Educao Fsica que procuram aprimorar seus conhecimentos, desempenhando a profisso com competncia, tica e responsabilidade.

Agradecimentos _____________________

Algumas pessoas sero sempre merecedoras de agradecimentos. Seja pelo incentivo, apoio ou crticas nos momentos importantes da nossa vida. Contudo, alguns amigos merecem ser especialmente lembrados devido sua contribuio mais direta na confeco deste material. Em primeiro lugar, gostaria de agradecer ao meu grande amigo Vitor Lira, pelo incentivo e incondicional apoio em todas as etapas de redao deste livro. Aos amigos Marcos Santos e Paulo Farinatti, pelas relevantes crticas a este texto e pela constante disponibilidade para ajudar-me, sempre que requisitados. A Julia Hermeto e Guilherme Martins, o meu muito obrigado, pela pacincia e dedicao com que posaram para as fotos. A amiga Stella Torreo, pela valorizao do meu trabalho e pela oportunidade de retomar minhas atividades em academia, fato que me incentivou a escrever este livro. Aos amigos Paulo Sotter, Paulo Roberto Amorim, Marco Antnio Barreto e Sidney Silva, companheiros do Laboratrio de Fisiologia do Exerccio, pelo incentivo e pelas alegrias na convivncia diria.

Sobre o Autor _______________________

Walace Monteiro professor de Educao Fsica, especialista em Treinamento Desportivo e mestre em Educao Fsica pela Universidade Gama Filho. professor-convidado dos cursos de Ps-graduao LatuSensu das Universidades Gama Filho e Castelo Branco, onde atua na formao de professores de Educao Fsica e fisioterapeutas. Tambm integra o corpo docente do curso de Especializao em Medicina do Exerccio e do Esporte da Universidade Estcio de S. Atualmente, exerce a funo de coordenador do Laboratrio de Fisiologia do Exerccio do Ncleo do Instituto de Cincias da Atividade Fsica da Aeronutica. Aps alguns anos afastado do trabalho em academias, retomou suas atividades na rea, coordenando os setores de avaliao funcional e musculao da academia Stella Torreo Hydro Center. Sua presena constante em cursos de avaliao funcional e de prescrio de exerccios para atletas e no-atletas, alm da atuao como consultor para vrios personal trainers, foi motivo e inspirao para a elaborao deste manual.

Sumrio __________________________Prefcio ............................................................................... 13 Introduo........................................................................... 15

1

Aspectos Preliminares Prtica de Atividade Fsica .. 19Avaliao Clnica ................................................................ 19 Avaliao da Prontido para a Prtica de Atividade fsica - Questionrio PAR-Q ................................................ 22

2

Avaliao da Aptido Fsica ............................................ 27Anamnese .......................................................................... 29 Avaliao das Caractersticas Morfolgicas ......................... 33 Avaliao da Flexibilidade................................................... 62 Avaliao da Aptido Cardiorrespiratria............................ 87 Avaliao da Resistncia Muscular .................................... 100

3

Treinamento de Fora ...................................................... 109Princpios Bsicos e Conceitos Introdutrios ...................... 109 Treinamento da Fora Esttica........................................... 122 Treinamento da Fora Dinmica......................................... 126 Trabalho de Fora Aplicado a Crianas............................... 135 Trabalho de Fora Aplicado a Idosos .................................. 139 Principais Exerccios que Devem Constar no Repertrio do Treinamento de Fora ................................... 142 Mecanismos da Dor Tardia Aps os Exerccios ................... 151

4

Treinamento Aerbio......................................................... 155Aspectos Introdutrios ....................................................... 155 Aspectos Metodolgicos do Treinamento Aerbio ................ 158 Treinamento Contnuo........................................................ 169

Treinamento Intervalado .......................................... 173 Exerccio Fsico Direcionado Perda Ponderal ......... 177 Exerccios Aerbios e Sistema Imunolgico .............. 182

5

Treinamento de Flexibilidade .......................................... 187Conceitos Bsicos e Aspectos Introdutrios ........................ 187 Fatores Limitantes da Flexibilidade. ................................... 188 Fatores Intervenientes na Flexibilidade............................... 190 Mecanismos Proprioceptivos e sua Importncia no Trabalho de Flexibilidade............................................... 194 Aspectos Metodolgicos do Treinamento de Flexibilidade. ................................................................. 197 Principais Mtodos para o Treinamento de Flexibilidade .................................................................. 200 Exerccios para o Trabalho da Flexibilidade........................ 205

Apndice 1Medidas antropomtricas mais utilizadas na avaliao da morfologia corporal em no-atletas .............................................. 213

Apndice 2A Informtica como instrumento de auxlio no trabalho do personal trainer................................................................................ 223

Apndice 3Descrio dos movimentos do flexiteste ....................................... 239

Referncias Bibliogrficas ................................................ 249

Prefcio _____________________________

O tempo voa. Nem parece que j fazem mais de 15 anos, quando um jovem e animado aluno no me deixava acabar as aulas de Biometria e Fisiologia do Exerccio na Escola de Educao Fsica de Volta Redonda, sem ter sempre uma ou duas perguntas adicionais. Este interesse e curiosidade diferenciadas foram sempre acompanhadas de excelente rendimento acadmico e de uma enorme vontade de crescer e se desenvolver, no no sentido fsico mas sim na esfera cognitiva. Monitor em uma primeira fase, estagirio no Programa de Reabilitao Cardaca do Hospital Clementino Fraga Filho na UFRJ em outra, era sempre o mesmo irrequieto e motivado indivduo. Diligente, organizado e responsvel, dominava a tcnica do flexisteste e foi um dos colaboradores no processo de determinao da fidedignidade interobservadores ao avaliar mais de 1200 fotos de crianas sendo submetidas medida e avaliao da flexibilidade. Alou vo prprio, ingressou, cursou e concluiu o seu mestrado em Educao Fsica na Universidade Gama Filho e ao mesmo tempo, se aprofundou nas reas de cineantropometria e avaliao funcional. Enquanto continuava na batalha da vida profissional, teve a oportunidade de engajar na atividade do Instituto de Cincias da Atividade Fsica da Aeronutica, inicialmente como colaborador e pesquisador e mais recentemente como coordenador do Laboratrio de Fisiologia do Exerccio, onde vem realizando uma srie de atividades profcuas.

Possuidor de uma base slida, no foi difcil para ele, apaixonado pela leitura cientfica regular, de escrita fcil e um excelente usurio avanado da informtica, aproveitar um perodo de algumas semanas de repouso relativo provocado por uma cirurgia eletiva, para escrever mais um livro. Em uma abordagem ao mesmo tempo concisa, abrangente e muito bem organizada, ele discute a avaliao e a prescrio de exerccios ao alcance do personal trainer. Apresenta e traz solues, algumas clssicas e outras bastante originais, que certamente representaro um avano e uma contribuio para a atividade profissional de um personal trainer srio. Um dos prazeres da docncia poder avaliar o impacto favorvel de sua ao sobre o discente. Ter estimulado e de certo modo influenciado a formao e trajetria de Walace Monteiro motivo para mim de orgulho e satisfao, mais ainda por ter a certeza de que muitos outros frutos ainda viro desta rvore. Ao leitor, desejo que curta a possibilidade de ampliar os seus conhecimentos, de ver a primeira verso integral (correta) do flexiteste e seus mapas publicada em um livro brasileiro e de se beneficiar com a farta bibliografia oferecida ao final.

Dr. Cludio Gil Soares de Arajo

Introduo __________________________

Devido constante evoluo da mecanizao, os estilos de vida sedentria tornam-se cada vez mais prevalentes. As evidncias demonstram que a atividade fsica regular, se realizada de forma adequada, pode proteger os praticantes contra o desenvolvimento e a progresso de diversos tipos de doenas crnicas. Todavia, preciso reconhecer que os indivduos, ao iniciarem um programa de condicionamento fsico, necessitam de cuidados para que a prtica sistemtica das atividades possam realmente trazer benefcios sua sade. Nesse sentido, Pollock & Wilmore (1993) destacam que necessrio compreender claramente as necessidades pessoais, a histria e as condies clnicas e fisiolgicas atuais para prescrever atividades fsicas de forma adequada e segura. As pessoas podem variar muito suas condies de sade, condicionamento fsico, estrutura fsica, idade, aspectos motivacionais uma e necessidades. individual na Conseqentemente, recomenda-se abordagem

elaborao dos programas de treinamento que tenham como objetivo principal a promoo da sade. Os componentes da aptido fsica que devem constar em qualquer programa regular de condicionamento fsico voltado para a promoo da sade so: fora/resistncia muscular, flexibilidade e aptido cardiorrespiratria. Existe uma forte base na literatura que apia esses componentes como os mais importantes no processo de aquisio e manuteno da sade orgnica, levando tambm melhoria de vrios aspectos da sade psicolgica e social. Mas estruturar e monitorar um programa de exerccios pode ser um tanto quanto

complexo,

principalmente

em

funo

da

variabilidade

de

caractersticas exibidas pelos praticantes. Por isso, o profissional envolvido na arquitetura do treinamento deve estar preparado para modificar suas prescries, de acordo com as respostas e adaptaes observadas. Ainda, deve-se reconhecer que os resultados desejveis podem ser atingidos com atividades que variem consideravelmente quanto ao tipo, freqncia semanal, durao, intensidade do esforo e ritmo de progresso. Atividades elaboradas de forma rgida e matemtica podem ser inadequadas e desmotivantes, levando os praticantes evaso dos programas de exerccios. Uma adequada prescrio de atividade fsica deve ser embasada cientificamente. Entretanto, programas de sucessso aplicam os princpios cientficos de forma flexvel. Logo, o conhecimento terico deve ser pesado e analisado com bom senso na hora de colocarmos em prtica seus fundamentos. A prescrio dos programas de condicionamento fsico tanto uma arte quanto uma cincia, onde a teoria deve aliar-se prtica, complementando-a e interando-a para a obteno de um mesmo objetivo. Recentemente, o aumento da demanda no mercado de trabalho ampliou as possibilidades para a atuao personalizada do professor de Educao Fsica. Embora a prtica de aulas personalizadas j ocorra h muitos anos, atualmente, um maior nmero de indivduos tem procurado os servios de um especialista em prescrio individualizada de condicionamento fsico. O que antes era traduzido por aulas particulares, convencionou-se chamar de treinamento personalizado ou Personal Training. Reconhecemos que, embora muitos preguem esta forma de trabalho como algo inovador, ela j se faz presente na atuao de muitos profissionais, h muitos anos. Mudou-se a roupagem do nome, aprimoraram-se alguns aspectos inerentes metodologia do treinamento, acrescentando-se tambm estratgias de marketing como

forma de vender o trabalho do profissional. Ao nosso ver, nada h de errado nisso, desde que o trabalho prestado seja pautado dentro de uma metodologia correta, respaldada cientificamente. Dessa forma, o presente livro tem como propsito abordar os principais aspectos fisiolgicos e metodolgicos da avaliao e prescrio de exerccios direcionados ao trabalho dos treinadores personalizados, principalmente daqueles que iniciam a sua atuao nesta rea. Procuramos, com base na nossa experincia, dar ao texto um enfoque prtico e aplicado, fundamentado em bases cientficas para atender s peculiaridades que envolvem o trabalho do treinador personalizado. Embora reconheamos que muito ainda tenha que ser adicionado a este contedo, acreditamos que a forma pela qual o texto foi organizado pode contribuir para a prxis dos professores de Educao Fsica que atuam nesta rea.

Captulo1

Aspectos Preliminares Prtica de Atividade Fsica

Antes de iniciar qualquer programa regular de exerccios, algumas condutas devem ser tomadas de modo a oferecer maior segurana e controle na aplicao dos treinamentos. A tabela 1 apresenta algumas sugestes preliminares que podem ser adotadas nesse sentido.

Avaliao ClnicaA avaliao clnica constitui um passo muito importante na elaborao dos programas de atividade fsica. Em funo dela, podem ser obtidas diversas informaes acerca do estado de sade do avaliado, bem como dos possveis riscos de desenvolvimento de doenas. Isso confere maior segurana ao profissional responsvel pela elaborao e acompanhamento dos programas de exerccios. De acordo com Wilmore & Costill (1994), o exame clnico pode trazer os seguintes benefcios para os candidatos a um programa regular de atividades fsicas: a) identificar as pessoas que apresentam maiores riscos e que devem se exercitar mediante superviso mdica; b) as informaes obtidas na avaliao clnica podem ser usadas na

prescrio do exerccio; c) os valores obtidos em certas variveis clnicas podem ser utilizadas para motivar os praticantes a aderirem aos programas de exerccios; d) uma avaliao clnica global, particularmente para as pessoas saudveis, pode fornecer parmetros com os quais modificaes subseqentes no estado de sade podero ser comparadas.

Tabela 1 Sugestes Preliminares para Prescrio dos Programas de Condicionamento Fsico1 - Avaliao Clnica Histria Clnica Exame Fsico Exames Complementares (direcionados pelo mdico) 2 - Avaliao da aptido Fsica Anamnese voltada para a prtica de exerccios Avaliao das Caractersticas Morfolgicas Avaliao Avaliao Metablicas 3 - Estabelecer objetivos a curto, mdio e longo prazo. 4 - Esclarecer ao avaliado os procedimentos envolvidos na prescrio das atividades. das das Caractersticas Caractersticas Neuromusculares

A avaliao clnica realizada por um mdico, se possvel com formao em Medicina do Esporte. Caso isto no seja vivel, importante que o mdico envolvido na avaliao possua conhecimentos de cardiologia e ortopedia. Um exame clnico consta, basicamente, de duas partes. Na primeira conduzida uma anamnese, tambm chamada de histria

clnica, e na segunda, um exame fsico. Segundo o ACSM (1991) os aspectos a serem investigados nas duas partes que constituem o exame clnico incluem os seguintes procedimentos:

AnamneseNesta etapa, os indivduos deve ser questionados sobre sua histria pregressa ou presente quanto aos seguintes sinais, sintomas ou doenas: infarto do miocrdio, angioplastia coronariana ou cirurgia cardaca; desconforto torcico, principalmente com o exerccio; tontura e desmaios durante o exerccio; dispnia no exerccio; palpitaes ou taquicardia; sopros cardacos, cliques ou achados cardacos pouco habituais; presso arterial elevada; acidente vascular enceflico; edema maleolar; doena arterial perifrica ou claudicao; flebite, embolia; doenas pulmonares, no doena incluindo lipdico; importante, asma, enfisema ou e bronquite; problemas anormalidades emocionais; perfil diabetes; anemia;

hospitalizao

procedimento

cirrgico recentes; medicamentos em uso; alergia a drogas; problemas ortopdicos; artrite; histria familiar de doena coronariana, morte sbita, anormalidades no perfil lipdico; hbitos como ingesto de cafena, ingesto de lcool, tabagismo, problemas alimentares; histria de exerccios, incluindo-se o tipo de exerccio, a durao, a freqncia semanal e a intensidade.

Exame FsicoNesta etapa, dever ser realizado um exame sumrio

abrangendo aspectos cardiovasculares, pulmonares e ortopdicos, incluindo-se a os seguintes tpicos: freqncia e regularidade de pulso; presso arterial deitado, sentado e de p; ausculta pulmonar com ateno especial para a uniformidade dos sons respiratrios em todas as reas (ausncia de

estertores, roncos e sibilos); palpao do impulso cardaco apical; ausculta cardaca com ateno especial para os sopros, galopes, cliques e atritos; palpao e ausculta das artrias cartidas, abdominais e femorais; palpao e inspeo dos membros inferiores para verificao da presena de edema e de pulsos arteriais; ausncia ou presena de xantomas ou xantelasmas; problemas ortopdicos. Para grande parte dos candidatos a um programa regular de exerccios, o exame clnico suficiente para realizar uma triagem do estado de sade. Todavia, em funo dos dados evidenciados na avaliao clnica, podero ser solicitados alguns exames complementares que, em geral, enquadram-se em quatro categorias bsicas: exames de bioqumica sangnea; exames de imagem, prova espiromtrica e teste de esforo. Os exames complementatres podem ser muito importantes, atuando de forma preventiva e/ou confirmando diagnsticos, aumentando desta forma a sensibilidade na deteco dos praticantes com maiores riscos.

Avaliao da Prontido para a Prtica de Atividade Fsica - Questionrio PAR-QEst bem reportado na literatura que o exerccio fsico tem se mostrado um excelente coadjuvante na preveno e no tratamento de doenas, assim como fator de promoo da sade em seu sentido mais amplo (ACSM, 1991; PAFFEM-BARGER et al, 1993; THOMPSON, 1994; WHO/FIMS, 1995; PATE et al. 1995; VIRU & SMIRNOVA, 1995; BLAIR et al, 1996; FLETCHER, 1997). Para os indivduos que possuem o hbito de se exercitar regularmente, o incio de um programa de atividades fsicas deve cercar-se de cuidados. Exerccios cujas intensidade no seja condizente com as condies do praticante podem vir a se

constituir em risco para a sua integridade (VAN MECHELEN, 1992; NIEMAN, 1994; BLAIR et al., 1996; WAYNE et al, 1996; BRINES et al., 1997). Dessa forma, os riscos inerentes ao exerccio devem ser sopesados quando de sua prescrio, seja formal ou informalmente. Este problema foi e vem sendo alvo de preocupaes por parte da comunidade cientfica que lida com a prescrio das atividades fsicas para a populao em geral. comum encontrarmos como aconselhamento (principalmente a partir dos trinta e cinco anos) a qualquer pessoa que queira comear a se exercitar, a necessidade de se consultar com profissionais de medicina, de forma a precaver-se de acidentes que possam advir do exerccio (ACSM, 1991). Como descrito anteriormente, a consulta a um mdico inclui um exame clnico e, se necessrio, exames complementa res. Porm, a obrigatoriedade de consultas mdicas prvias (como teramos em situao ideal), antes do engajamento em programas de atividades fsicas, poderia afastar grandes parcelas da populao deste hbito. Alm disso, francamente inexeqvel a pretenso de levar-se a bom termo tais consultas, quando lidamos com grandes escalas populacionais. Em muitas situaes, no possvel o praticante realizar um exame clnico antes de iniciar um programa regular de exerccio:. Nesses casos, o professor de educao fsica pode lanar mo de um instrumento que seja capaz de fornecer dados sobre o estado de sade do avaliado, bem como dos possveis riscos que um programa de exerccios pode representar. Visando identificar, de forma inicial, os indivduos para os quais uma avaliao mdica seria realmente aconselhvel, e aqueles que poderiam prescindir desta avaliao antes de iniciarem um programa de exerccios, foi desenvolvido e validado pelo British Columbia Ministry of Health (Canad)

(BAILEY et al, 1976), um questionrio bastante simples e autoadministrvel, composto de sete perguntas de mltipla escolha. Atravs deste instrumento, possvel destacar de uma populao aqueles que necessitariam de uma avaliao mdica preliminar ou acompanhamento mdico durante programas de atividade fsica, bem como aqueles que poderiam inici-los sem tal acompanhamento, com razovel margem de segurana. O questionrio foi denominado "Questionrio de Prontido para a Atividade Fsica" (Physical Activity Readiness Questionnarie) ou "PAR-Q" (tabela 2). O PAR-Q possui uma sensibilidade de 100% para deteco de contra- indicaes mdicas ao exerccio e uma especificidade de 80% (SHEPHARD et al, 1981; SHEPHARD, 1988; ACSM, 1991). No Canad, o PAR-Q tem sido recomendado como padro mnimo de triagem prativi-dade antes do incio de programas de atividade fsica leve a moderada (FITNESS SAFETY STANDARDS COMMITTEE, 1990). Nas ltimas duas dcadas, o PAR-Q foi administrado com sucesso em diversos pases, e mais de um milho de pessoas foram submetidas a atividades fsicas aps triagem feita pelo questionrio, sem nenhum problema cardiovascular srio relatado (SHEPHARD, 1988; 1994). No Brasil, alguns estudos de validao deste questionrio tambm foram conduzidos mostrando resultados satisfattios (KAWAZOE et al., 1993; FARINATTI & MONTEIRO, 1996; MONTEIRO et al, 1997a). Em 1992, o PAR-Q sofreu modificaes visando melhorar a sua validade. Aps a realizao de estudos comparativos entre o questionrio original e o revisado, o PAR-Q revisado passou a ser adotado como um screening para avaliao de candidatos prtica regular de atividades fsicas, visto sua maior sensibilidade e especificidade (THOMAS et al, 1992; CARDINAL & CARDINAL, 1995; CARDINAL et al', 1996).

Pode-se dizer que o questionrio PAR-Q avalia trs principais parmetros, a saber: a) cardiovascular (perguntas 1, 2, 3, e 6); b) steomio-articular (pergunta 5) e c) outros problemas, onde geralmente esto inseridos os problemas de ordem metablica e/ou pulmonares (perguntas 4 e 7). A avaliao das respostas ao questionrio realizada da seguinte forma: a) PAR-Q Positivo: uma ou mais respostas positivas. Nesse caso, o avaliado deve consultar um mdico antes de aderir a um programa regular de atividades fsicas. b) PAR-Q Negativo: todas as perguntas negativas. O avaliado tem uma razovel garantia de apresentar condies adequadas para a participao em um programa regular de atividades fsicas. O PAR-Q pode se constituir em instrumento til na deteco daqueles que realmente necessitam de orientao ou superviso mdica, para manterem-se fisicamente ativos, otimizando o aproveitamento de pessoal mdico e de instrumental de exame. Por constituir-se em um instrumento til, de baixo custo e grande aplicabilidade, o questionrio pode e deve ser utilizado pelo treinador personalizado, quando no for possvel realizar exames clnicos precedendo a prtica de atividade fsica.

Tabela 2 - Questionrio PAR-Q1 - Alguma vez um mdico lhe disse que voc possui um problema do corao e recomendou que s fizesse atividade fsica sob superviso mdica? ( ) SIM fsica? ( ) SIM ( ) SIM tonteira? ( ) SIM ( ) NO 5 - Voc tem algum problema sseo ou muscular que poderia ser agravado com a prtica de atividade fsica? ( ) SIM ( ) NO 6 - Algum mdico j recomendou o uso de medicamentos para a sua presso arterial ou condio cardiovascular? ( ) SIM ( ) NO 7 - Voc tem conscincia, atravs da sua prpria experincia ou aconselhamento mdico, de alguma outra razo fsica que impea sua prtica de atividade fsica sem superviso mdica? ( ) SIM ( ) NO ( ) NO ( ) NO 3 - Voc sentiu dor no peito no ultimo ms? 4 - Voc tende a perder a conscincia ou cair, como resultado de ( ) NO 2 - Voc sente dor no peito causada pela prtica de atividade

Captulo 2 Avaliao da Aptido FsicaO desempenho fsico resultado de uma complexa combinao de fatores fisiolgicos, biomecnicos e psicolgicos. A interao do material gentico paterno e materno (gentipo), com o ambiente e suas influncias (fentipo), desempenha um papel fundamental na prtica do exerccio. Respeitando este princpio, a definio das potencialidades e deficincias relacionadas aptido fsica se faz necessria, no sentido de diagnosticar e orientar o treinamento individualizado (FARI-NATTI & MONTEIRO, 1992). A avaliao da aptido fsica constitui um importante elemento no processo de condicionamento fsico. Segundo Monteiro (1996), existem pelo menos cinco grandes objetivos que norteiam este tipo de avaliao: a) obter parmetros sobre o estado de sade do avaliado; b) diagnosticar potencialidades e deficincias referentes s

valncias fsicas a serem trabalhadas; c) orientar o trabalho individualizado; d) servir como feedback durante todo o processo de

treinamento;

e) integrar o processo educacional pelo qual o avaliado aprende a compreender melhor suas necessidades, levando-o a uma maior aplicao nos treinamentos e obteno de melhores resultados. A bateria de testes que compe a avaliao da aptido fsica deve ser estruturada em funo dos objetivos e necessidades dos praticantes, bem como dos recursos materiais e tempo disponvel para a testagem. Neste texto, embora de forma simples e resumida, so apresentadas algumas tcnicas e protocolos que podem ser utilizados na avaliao da aptido fsica. O processo de medida e avaliao da aptido fsica pode ser dividido em trs etapas. A primeira diz respeito seleo de testes, devendo ser conduzida em funo dos objetivos da testagem, dos critrios de possibilidades autenticidade cientfica inerentes administrativas. Este ltimo aos testes item e das a engloba

disponibilidade de tempo, bem como os recursos materiais e financeiros para a realizao dos testes. A segunda etapa corresponde aplicao dos testes. Nesse contexto, destacam-se o treinamento dos avaliadores, a determinao da seqncia para aplicao dos testes, o controle e registro dos dados e das condies que possam influenciar nos resultados. Por fim, a terceira etapa envolve a interpretao dos resultados. Para que ela seja processada com sucesso, necessrio que o avaliador integre o conhecimento de vrias reas para analisar os fenmenos biolgicos que so expressos atravs de variveis numricas. Destacamos a a importncia das seguintes reas: anatomia aplicada, fisiologia do exerccio, nutrio e metodologia do treinamento fsico. Assim como no exame clnico, pode-se permitir um determinado grau de flexibilidade nas baterias de testes que avaliam a aptido fsica, na dependncia do estado de sade, idade, sexo e nvel de condicionamento fsico dos praticantes.

Alm, disso, os recursos disponveis e a funcionalidade dos testes devem ser levados em conta. Entre as diversas metodologias empregadas na avaliao da aptido fsica, procuramos citar neste guia aquelas que possuem grande aplicabilidade e baixo custo, para serem utilizadas no trabalho do treinador personalizado. Para os interessados em um aprofundamento envolvendo questes mais especficas sobre o processo de medida e avaliao da aptido fsica, literatura complementar pode ser consultada (HEYWARD, 1991; 1996; MC DOWGALL et al, 1991; ADAMS, 1994; MORROW et al, 1995; SAFRIT &c WOOD, 1995; MAUD & FOSTER, 1995; DOCHERTY, 1996; RO-CHEetaL, 1996).

1 AnamneseA palavra anamnese vem do grego e significa recordar. A anamnese ocorre na forma de entrevista, representando uma importante etapa na coleta de dados. Seu direcionamento deve ser voltado para diagnosticar alguns dos principais aspectos que podero ajudar a prescrever o programa de atividades fsicas. FARINATTI & MONTEIRO (1992) ressaltam que um dos ingredientes mais importantes da anamnese o bom relacionamento entre o avaliador e o avaliado. Para os autores, a narrativa do avaliado necessita ser atenta e especialmente ouvida, e o avaliador deve despertar a confiana do seu entrevistado atravs da ateno e interesse pelos dados relatados. O avaliador deve ser suficientemente treinado para, frente ansiedade, limitao de memria, inibio e aspectos scio-culturais do entrevistado, fornecer condies de relato dos dados, atravs de uma conduta mais eu menos informal. Para conduzir uma anamnese voltadr. para a investigao dos aspectos relevantes prtica de atividade fsica, sistematizamos aqui o seu desenvolvimento em cinco etapas distintas:

1 - Objetivos do entrevistado: conhecer os objetivos que levaram o aluno a procurar o professor constitui o primeiro passo do trabalho do treinador personalizado. 2 - Atividades fsicas: esta parte dedicada investigao do passado e presente de atividades fsicas do avaliado, bem como de suas atividades preferidas. 3 - Aspectos gerais da nutrio do aluno: esta parte pode ser subdividida em dois tpicos. O avaliador poder investigar quais as refeies realizadas pelos alunos, bem como seus principais hbitos alimentares. Conhecer as caractersticas alimentares dos alunos constitui um passo relevante na elaborao e acompanhamento dos programas de atividades fsicas. importante destacar que esta etapa da anamnese extremamente complexa e difcil de ser realizada por um professor de educao fsica. Seu objetivo no substituir o trabalho de um especialista em nutrio, mas obter informaes bsicas sobre as caractersticas que regem a alimentao do aluno. A partir desses dados, o professor poder desenvolver um trabalho educacional, orientando de nutrio. 4 - Dados clnicos relevantes prtica de atividade fsica: antes de realizar a avaliao da aptido fsica, o avaliado deve passar por um exame clnico, de preferncia realizado por um mdico especalista em Medicina do Esporte. Em funo dos dados fornecidos pelo mdico, o avaliador poder registrar em sua anamnese os seguintes tpicos: a) fatores de risco para doenas coronariana; b) medicamentos em uso; c) problemas steo-mio-articulares que possam interferir na prtica do exerccio; d) quaisquer outras caractersticas descritas pelo mdico que se faam necessrias. seu aluno sobre algumas condutas bsicas sobre alimentao ou, se for o caso, encaminh-lo a um profissional da rea

5 - Consideraes finais- este tpico pode ser dividido em duas partes. Inicialmente, o avaliador poder anotar os dados referentes disponibilidade de dias e horrios para a prtica de atividades fsicas. Por fim, poder ser incorporado anamnese qualquer relato noabordado anteriormente que seja importante para a elaborao do programa de atividades fsicas. Geralmente, o avaliador pergunta ao entrevistado se existe algum aspecto no indagado que ele julgue relevante relatar. A seguir, apresentamos um modelo bsico de anamnese que pode ser empregado por um treinador personalizado. Apesar de um tanto quanto simplista em alguns aspectos, a proposta pode servir como ponto de partida para a organizao de uma triagem adequada realidade de cada profissional.

Modelo de Anamnese Aplicado ao Treinamento PersonalizadoNome:_________________________ Data do Nasc: Idade:_____anos Sexo: ( ) M ( ) F / /

Profisso:____________

Estado civil:______________________ Telefone: ____________ Endereo:______________________________________________ Objetivos do aluno:______________________________________ Passado de atividade fsica: ______________________________ Atividades fsicas atuais: _________________________________ Esportes e/ou atividades fsicas preferidas: Quais as refeies que voc normalmente realiza ao dia? ( ) caf ( ) colao ( ) almoo ( ) lanche ( ) jantar ( ) ceia

Voc geralmente segue alguma rotina alimentar em suas refeies? ( ) Sim ( ) No Caso siga, descreva suscintamente de que se alimenta nas refeies que realiza: Caf:____________________________________________________ Colao: _______________________________________________ Almoo: _________________________________________________ Lanche: ________________________________________________ Jantar: _________________________________________________ Ceia:_____________________________________________________ Caso no tenha um esquema regular de alimentao, descreva algumas caractersticas gerais que envolvem seus hbitos alimentares: _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ Fatores de risco para doena coronariana( ) Fumo ( ) Sedentarismo ( ) Hipertenso Arterial ( ) Hiperuricemia ( ) Hiperlipidemias ( ) Estresse Familiar ( ) Menopausa ( ) Outros ( ) Diadetes Mellitus ( ) Histria ( ) Contraceptivo oral ( ) Perfil tipo A

Obs: _________________________________________________________ Foi referido pelo seu mdico algum problema sseo, articular ou muscular que possa ser agravado pela prtica de atividades fsicas? ( ) Sim( ) No Se sim, qual (ais)? _____________________________________________ Voc j se lesionou praticando exerccios? ( ) Sim ( ) No Se sim, qual(ais) a(s) leso(es) e h quanto tempo?_____________ _______________________________________________________________

Atualmente voc est utilizando alguma medicao? ( )Sim ( )No Caso esteja, qual (ais) e durante quanto tempo vem utilizando? _______________________________________________________________ Voc tem conhecimento de algum outro problema mdico no perguntado que possa influenciar na sua prtica de exerccios? ( ) Sim ( ) No Caso tenha, qual (ais)? ________________________________________ Qual a sua disponibilidade quanto aos horrios e freqncia semanal para a prtica de atividades fsicas? Existe algum fator no referido nesta anamnese que possa influenciar no seu programa de atividades fsicas? ( )Sim ( )No Se existe, qual (ais)? ___________________________________________ _______________________________________________________________

2 - Avaliao das Caractersticas MorfolgicasAs caractersticas morfolgicas podem ser avaliadas atravs de tcnicas antropomtricas simples ou procedimentos mais sofisticados em laboratrio. As medidas antropomtricas apresentam grande aplicabilidade, alm de serem rpidas e de baixo custo. Mtodos laboratoriais geralmente so caros, o que inviabiliza a sua utilizao em larga escala. Por isto, adotaremos algumas medidas antropomtricas que podem ser utilizadas na avaliao das principais caractersticas morfolgicas aplicadas ao trabalho do treinador personalizado. Para os

maiores interessados, a visualizao das medidas pode ser vista no apndice 1.

Medidas Antropomtricas Peso corporal - Para a sua realizao, a balana deve estarpreviamente calibrada e o avaliado, com a menor quantidade de roupa possvel. A seqncia sugerida para a medida do peso corporal a seguinte: 1) Aps a calibragem, trava-se a balana; 2) Pergunte ao avaliado qual o seu peso aproximado e ajuste os cilindros correspondentes carga no local citado. Este procedimento tende a evitar o "tranco" da balana, quando a trava for retirada; 3) Pea ao avaliado para subir na balana, colocando-se no centro da plataforma e somente depois retire a trava; 4) Efetue a leitura; 5) Trave a balana novamente e pea que o avaliado saia da plataforma; 6) Retorne os cilindros ao ponto zero.

Estatura - Esta medida consiste na distncia entre o vrtex e aregio plantar, estando a cabea posicionada com o plano de Frankfurt paralelamente ao solo, e o corpo, na posio anatmica. Sua aferio deve ser realizada com o corpo o mais alongado possvel. Alguns autores preconizam que seja realizada uma inspirao mxima, seguida de uma apnia, para ento neste momento, efetuar-se a leitura. Com ou sem apnia, o importante que o corpo esteja o mais alongado possvel. Observao: importante citar que as medidas do peso corporal e da estatura so influenciadas pela hora do dia. A ao da gravidade, no caso da estatura, bem como o estado de

alimentao, no caso do peso corporal, podem influenciar na obteno dos resultados. Dessa forma, condies e horrios de medidas devem ser padronizados.

Permetros ou Circunferncias CorporaisOs permetros ou circunferncias so principalmente aplicados na avaliao do grau de simetria dos segmentos corporais e no acompanhamento dos efeitos das diversas formas de treinamento sobre a morfologia corprea. Para a mensurao dos permetros necessrio que a fita mtrica seja ajustada no ponto anatmico adequado, sem no entanto pression-lo demasiadamente, de forma a no comprimir o tecido mole subjacente. Da mesma forma, a fita no deve circundar o ponto com uma presso muito reduzida, evitando folgas entre o instrumento e a pele. Existem vrias metodologias que podem ser empregadas para aquisio das circunfernciais. Citaremos neste texto uma padronizao bsica envolvendo medidas de fcil realizao, que possuem aplicao direta no trabalho do treinador personalizado. Em funo das necessidades encontradas, outras circunferncias podero ser adotadas. Os interessados em um maior aprofundamento neste aspecto podem consultar Callaway et al, 1988; Ross & Marfell-Jones (1991); Ross (1996); Heyward & Stolarczyk (1996).

Descrio das Medidas Trax - Medida tomada no plano horizontal logo abaixo daaxila, ao nvel da prega axilar. Para homens, esta medida tambem poder ser obtida ao nvel dos mamilos.

Abdome - Medida tomada no plano horizontal, ao nvel dacicatriz umbilical.

Quadril - Medida tomada no plano horizontal, na rea de maiorcircunferncia do quadril.

Brao relaxado - Medida tomada na rea de maiorcircunferncia, estando o brao posicionado no plano horizontal, com a articulao do cotovelo em extenso.

Brao contrado - Medida tomada na rea de maiorcircunferncia do brao, com o mesmo posicionado no plano horizontal e antebrao fletido em supino, num ngulo de 90. Neste caso, pode-se utilizar o brao contra-lateral para fazer oposio contrao. Se for desejado, o avaliado poder fazer uma contrao mxima, com flexo total da articulao do cotovelo.

Antebrao - Medida tomada na rea de maior circunferncia,devendo a articulao do cotovelo encontrar-se em extenso. A medida pode ser realizada com a palma das mos abertas (relaxado) ou com flexo dos dedos e punhos (contrado).

Coxa - Medida tomada no plano horizontal, logo abaixo daprega gltea. O peso corporal deve estar igualmente distribudo nos membros inferiores.

Perna - Medida tomada no plano horizontal, na rea de maiorcircunferncia da panturrilha, estando o peso corporal igualmente distribudo nos membros inferiores.

Dobras CutneasAs medidas de dobras cutneas so muito utilizadas em estudos antropomtricos, fundamentalmente pela sua grande aplicabilidade e baixo custo. Ao contrrio dos permetros, as

dobras cutneas apresentam maiores dificuldades para sua mensurao, avaliadores. A importncia das dobras cutneas na avaliao da composio corporal reside na possibilidade de estimar a quantidade total de gordura e conhecer o seu padro de distribuio em diferentes regies do corpo. O excesso de gordura, bem como uma distribuio da mesma na regio central do corpo, pode representar riscos sade. Para que as medidas de dobras cutneas sejam realizadas corretamente algumas normas devem ser seguidas (tabela 3). fato que demanda um exaustivo treinamento dos

Tabela 3 Normas Bsicas para a Realizao de Medidas de Dobras Cutneas_______________________________________________________________ 1 - Todas as dobras so realizadas do lado direito; 2 - A dobra deve ser pinada com os dedos polegar e indicador; 3 - O compasso deve estar perpendicular dobra ao efetuar o pinamento; 4 - Aps o pinamento, deve-se aguardar um tempo aproximado de dois segundos para efetuar a leitura; 5 As pontas do compasso devero se localizar aproximadamente , a um centmetro do ponto de reparo. _______________________________________________________________ Na tentativa de minimizar as possibilidades de erros nas medidas, sugerimos uma seqncia de procedimentos que podem ser adotados na realizao das mesmas: a) identificar os pontos de referncia; b) demarcar o local; c) destacar a dobra;

d) pinar a dobra; e) realizar a leitura; f) retirar o compasso; g) soltar a dobra.

Descrio das Medidas Trax ou peitoral - O avaliado dever estar em p, de frentepara o avaliador, em posio ortosttica. O local a ser mensurado o ponto mdio entre a linha axilar anterior direita e o mamilo. A dobra cutnea dever ser destacada obliquamente, um centmetro acima do local demarcado, e o compasso dever ser colocado perpendicularmente mesma. Essa medida geralmente empregada na avaliao de indivduos do sexo masculino. Entretanto, caso seja desejado, a mesma poder ser tomada em mulheres. Nesse caso, o ponto de medida consiste no tero superior entre a linha axilar anterior e o mamilo.

Abdome - O avaliado dever estar de frente para o avaliador,em posio ortosttica. O local a ser mensurado fica dois centmetros direita da cicatriz umbilical. A dobra dever ser destacada no sentido longitudinal e o compasso colocado perpendicularmente mesma.

Coxa - O avaliado dever estar em posio ortosttica. O local aser medido a regio anterior da coxa, na metade da distncia entre a prega inguinal e a borda proximal da rtula. Para facilitar a medida, aconselha-se que o avaliado deixe o peso do corpo sobre a perna esquerda e flexione ligeiramente as articulaes do quadril e joelho direito, mantendo os ps sobre o solo. Isso ajuda a relaxar os msculos do quadrceps, facilitando a realizao da medida.

Trceps - O avaliado dever estar em p, de costas para oavaliador, em posio ortosttica. O local a ser mensurado a projeo posterior do ponto meso-umeral. A dobra dever ser destacada no sentido longitudinal e o compasso dever ser colocado perpendicularmente mesma, em cima do local demarcado.

Suprailaca - O avaliado dever estar em p, de frente para oavaliador em posio ortosttica. O local a ser mensurado aproximadamente dois centmetros acima da crista ilaca, no ponto de interseo imaginria com o prolongamento da linha axilar mdia. A dobra dever ser destacada no sentido transversal e o compasso colocado perpendicularmente mesma.

Subescapular - O avaliado dever estar em p, de costas parao avaliador, em posio ortosttica. O local a ser mensurado situa-se um a dois centmetros abaixo do ngulo inferior da escapula. A dobra dever ser destacada no sentido oblquo e o compasso colocado perpendicularmente mesma.

Perna medial - O avaliado dever estar sentado com o joelhoflexionado a 90. O local a ser mensurado o ponto de maior circunferncia na face medial da perna. A dobra dever ser destacada no sentido longitudinal e o compasso colocado perpendicularmente mesma.

Composio Corporal - Estimativa do Percentual de GorduraO estudo da composio corporal muito importante, devido necessidade de se conhecerem os efeitos que diversas variveis como o crescimento, a prtica de exerccios, a nutrio e a presena de doenas exercem sobre a morfologia humana. Apesar do peso corporal receber influncia direta destas variveis, seu acompanhamento isolado no suficiente para fornecer dados consistentes acerca das modificaes que

ocorrem nas distintas estruturas que compem o corpo. Dessa forma, necessrio fracionar a composio corporal em gordura corprea e massa corporal magra, para melhor entendermos os efeitos de diversas variveis sobre a morfologia. Est bem estabelecido na literatura que o excesso de gordura prejudicial sade (KISSEBAH et al, 1989; MC ARDLE et al, 1992; POLLOCK & WILMORE, 1993; WIL-MORE & COSTILL, 1994; KATCH & MC ARDLE, 1996), ... e sua avaliao tipicamente includa como parte integrante de una triagem de sade e aptido fsica (ACSM, 1991). A gordura corporal pode ser estimada de vrias formas. Em situaes de campo, verifica-se um maior emprego de equaes preditivas envolvendo a espessura do tecido subcutneo e as medidas circunferenciais. Devido sua melhor correlao com procedimentos laboratoriais, como a pesagem hidrosttica, a espessura do tecido subcutneo tem sido a tcnica preferida pela maior parte dos avaliadores. Entretando, quando no for possvel lanar mo desse procedimento, as medidas circunferenciais podero ser de grande utilidade.

Estimativa do Percentual de Gordura Atravs da Espessura de Dobras CutneasVrias equaes podem ser empregadas para estimar a

densidade corporal e o percentual de gordura. Os modelos mais citados na literatura so propostos por Jackson & Pollock (1978) e Jackson, Pollock & Ward (1980), sendo aqui referidos.

Densidade Corporal para Homens = 1,1093800-0,0008267(X2) + 0,0000016 (X2)2 - 0,0002574 (X3)

Densidade Corporal para Mulheres = 1,0994921 0,0009929 (X4) + 0,0000023 (X4)2 - 0,0001392 (X3)

onde: X2 = somatrio das dobras cutneas do trax, abdome e coxa X3 = idade (expressa em anos) X4 = e coxa Aps a obteno da densidade corporal, o valor do percentual de gordura poder ser facilmente obtido atravs da equao de SIRI (1961) descrita a seguir: Percentual de gordura: [(4,95/DC) - 4,5] x 100 onde: DC = densidade corporal Para facilitar o trabalho na estimativa da gordura corporal, foram desenvolvidas tabelas onde possvel obter os valores atravs do somatrio de trs dobras cutneas, sexo e faixa etria (tabelas 4 e 5). somatrio das dobras cutneas de trceps, suprailaca

Tabela 4 - Estimativa do Percentual de Gordura para Homens a Partir da Idade e do Somatrio das Dobras Cutneas do Trax, Abdome e Coxa Idade at o ltimo anoSomatrio das Dobras Cutneas (mm)8 - 10 11-13 14-16 17-19 20-22 23-25 26-28 29-31 32-34 35-37 38-40 41-43 44-46 47-49 50-52 53-55 56-58 59-61 62-64 65-67 68-70 71-73 74-76 77-79 80-82 83-85 86-88 89-91 92-94 95-97 98-100 101-103 104-106 107-109 110-112 113-115 116-118 119-121 122-124 125-127

Abaixo de 221,3 2,2 3,2 4,2 5,1 6,1 7,0 8,0 8,9 9,8 10,7 11,6 12,5 13,4 14,3 15,1 16,0 16,9 17,6 18,5 19,3 20,1 20,9 21,7 22,4 23,2 24,0 24,7 25,4 26,1 26,9 27,5 28,2 28,9 29,6 30,2 30,9 31,5 32,1 32,7

23 a 271,8 2,8 3,8 4,7 5,7 6,6 7,6 8,5 9,4 10,4 11,3 12,2 13,1 13,9 14,8 15,7 16,5 17,4 18,2 19,0 19,9 20,7 21,5 22,2 23,0 23,8 24,5 25,3 26,0 26,7 27,4 28,1 28,8 29,5 30,2 30,8 31,5 32,1 32,7 33,3

28 a 322,3 3,3 4,3 5,3 6,2 7,2 8,1 9,1 10,0 10,9 11,8 12,7 13,6 14,5 15,4 16,2 17,1 17,9 18,8 19,6 20,4 21,2 22,0 22,8 23,6 24,4 25,1 25,9 26,6 27,3 28,0 28,7 29,4 30,1 30,8 31,4 32,1 32,7 33,3 33,9

33 a 372,9 3,9 4,8 5,8 6,8 7,7 8,7 9,6 10,5 11,5 12,4 13,3 14,2 15,1 15,9 16,8 17,7 18,5 19,4 20,2 21,0 21,8 22,6 23,4 24,2 25,0 25,7 26,5 27,2 27,9 28,6 29,3 30,0 30,7 31,4 32,0 32,7 33,3 33,9 34,5

38 a 423,4 4,4 5,4 6,3 7,3 8,3 9,2 10,2 11,1 12,0 12,9 13,8 14,7 15,6 16,5 17,4 18,2 19,1 19,9 20,8 21,6 22,4 23,2 24,0 24,8 25,5 26,3 27,1 27,8 28,5 29,2 29,9 30,6 31,3 32,0 32,6 33,3 33,9 34,5 35,1

43 a 473,9 4,9 5,9 6,9 7,9 8,8 9,8 10,7 11,6 12,6 13,5 14,4 15,3 16,2 17,1 17,9 18,8 19,7 20,5 21,3 22,2 23,0 23,8 24,6 25,4 26,1 26,9 27,6 28,4 29,1 29,8 30,5 31,2 31,9 32,6 33,2 33,9 34,5 35,1 35,8

48 a 524,5 5,5 6,4 7,4 8,4 9,4 10,3 11,3 12,2 13,1 14,1 15,0 15,9 16,8 17,6 18,5 19,4 20,2 21,1 21,9 22,7 23,6 24,4 25,2 25,9 26,7 27,5 28,2 29,0 29,7 30,4 31,1 31,8 32,5 33,2 33,8 34,5 35,1 35,8 36,4

53 a 574,0 6,0 7,0 8,0 8,9 9,9 10,9 11,8 12,8 13,7 14,6 15,5 16,4 17,3 18,2 19,1 20,0 20,8 21,7 22,5 23,3 24,1 25,0 25,8 26,5 27,3 28,1 28,8 29,6 30,3 31,0 31,7 32,4 33,1 33,8 34,5 35,1 35,7 36,4 37,0

Acima de 585,5 6,5 7,5 8,5 9,5 10,5 11,4 12,4 13,3 14,3 15,2 16,1 17,0 17,9 18,8 19,7 20,5 21,4 22,2 23,1 23,9 24,7 25,5 26,3 27,1 27,9 28,7 29,4 30,2 30,9 31,6 32,3 33,0 33,7 34,4 35,1 35,7 36,4 37,0 37,6

Tabela 5 - Estimativa do Percentual de Gordura para Mulheres a Partir da Idade e do Somatrio das Dobras Cutneas do Trceps, Suprailaca e Coxa Idade at o ltimo anoSomatrio das Dobras Cutneas (mm)23-25 26-28 29-31 32-34 35-37 38-40 41-43 44-46 47-49 50-52 53-55 56-58 59-61 62-64 65-67 68-70 71-73 74-76 77-79 80-82 83-85 86-88 89-91 92-94 95-97 98-100 101-103 104-106 107-109 110-112 113-115 116-118 119-121 122-124 125-127 128-130

Abaixo de 229,7 11,0 12,3 13,6 14,8 16,0 17,2 18,3 19,5 20,6 21,7 22,7 23,7 24,7 25,7 26,6 27-5 28,4 29,3 30,1 30,9 31,7 32,5 33,2 33,9 34,6 35,3 35,8 36,4 37,0 37,5 38,0 38,5 39,0 39,4 39,8

23 a 279,9 11,2 12,5 13,8 15,0 16,3 17,4 18,6 19,7 20,8 21,9 23 24 25,0 25,9 26,9 27,8 28,7 29,5 30,4 31,2 32,0 32,7 33,4 34,1 34,8 35,4 36,1 36,7 37,2 37,8 38,3 38,7 39,2 39,6 40,0

28 a 3210,2 11,5 12,8 14,0 15,3 16,5 17,7 18,8 20,0 21,1 22,1 23,2 24,2 25,2 26,2 27,1 28,0 28,9 29,8 30,6 31,4 32,2 33,0 33,7 34,4 35,1 35,7 36,3 36,9 37,5 38,0 38,5 39,0 39,4 39,9 40,3

33 a 3710,4 11,7 13,0 14,3 15,5 16,7 17,9 19,1 20,2 21,3 22,4 23,4 24,5 25,5 26,4 27,4 28,3 29,2 30,0 30,9 31,7 32,5 33,2 33,9 34,6 35,3 35,9 36,6 37,1 37,7 38,2 38,8 39,2 39,7 40,1 40,5

38 a 4210,7 12,0 13,3 14,5 15,8 17,0 18,2 19,3 20,5 21,6 22,6 23,7 24,7 25,7 26,7 27,6 28,5 29,4 30,3 31,1 31,9 32,7 33,5 34,2 34,9 35,5 36,2 36,8 37,4 38,0 38,5 39,0 39,5 39,9 40,4 40,8

43 a 4710,9 12,3 13,5 14,8 16,0 17,2 18,4 19,6 20,7 21,8 22,9 23,9 25,0 26,0 26,9 27,9 28,8 29,7 30,5 31,4 32,2 32,9 33,7 34,4 35,1 35,8 36,4 37,1 37,6 38,2 38,7 39,3 39,7 40,2 40,6 41,0

48 a 5211,2 12,5 13,8 15,0 16,3 17,5 18,7 19,8 21,0 22,1 23,1 24,2 25,2 26,7 27,2 28,1 28,0 29,9 30,8 31,6 32,4 33,2 33,9 34,7 35,4 36,0 36,7 37,3 37,9 38,5 39,0 39,5 40,0 40,4 40,9 41,3

53 a 5711,4 12,7 14,0 15,3 16,5 17,7 18,9 20,1 21,2 22,3 23,4 24,4 25,5 26,4 27,4 28,4 29,3 30,2 31,0 31,9 32,7 33,4 34,2 34,9 35,6 36,3 36,9 37,5 38,1 38,7 39,2 39,7 40,2 40,7 41,1 41,5

Acima de 5811,7 13,0 14,3 15,5 16,8 18,0 19,2 20,3 21,5 22,6 23,6 24,7 25,7 26,7 27,7 28,6 29,5 30,4 31,3 32,1 32,9 33,7 34,4 35,2 35,9 36,5 37,2 37,8 38,4 38,9 39,5 40,0 40,5 40,9 41,4 41,8

Estimativa do Percentual de Gordura Atravs de CircunfernciasMedidas circunferenciais so fceis de serem obtidas, no exigindo treinamento rigoroso dos avaliadores. Alm disso, apresentam custos reduzidos, necessitando apenas de fitas mtricas para a sua realizao. Para maior acurcia das medidas, sugerimos a adoo das trenas flexveis metlicas que, alm da maior durabilidade, no distendem conforme o uso. Para a tomada das medidas, a trena deve circundar a pele nua, sem contudo pression-la demasiadamente, de modo a no comprimir o tecido mole subjacente. Caso isso acontea, pode-se subestimar os resultados. Katch & Mc Ardle (1983) preconizam que sejam feitas duas medidas, usando-se a mdia entre elas como valor final das circunferncias. Na mesma publicao, os autores apresentam uma proposta que pode ser utilizada na predio do percentual de gordura. Foram estudados dois grupos compostos por indivduos de ambos os sexos. No primeiro, a idade variava de dezessete a vinte e seis anos e no segundo, de vinte e sete a cinqenta anos. Os stios das medidas empregados so apresentados a seguir (Quadro 1).

Quadro 1 - Medidas Adotadas na Estimativa da Gordura Corporal em Homens e Mulheres com Idades entre 17 e 50 anosCircunferncias Mulheres 17 a 26 27 a 50 anos anos X X X X X X Homens 17 a 26 27 a 50 anos anos X X X X

Abdome Coxa direita Brao direito Antebrao direito Glteos Panturrilha direita

X X

A descrio dos stios das medidas, bem como sua ilustrao (Figura 1) so apresentadas a seguir: a) Abdome: uma polegada acima da cicatriz umbilical; b) Ndegas: protuberncia mxima, estando os ps unidos; c) Brao direito: ponto mdio entre o ombro e o cotovelo,

estando o brao abduzido a 90 e o cotovelo, estendido; d) Coxa direita: regio logo abaixo da prega gltea; e) Antebrao direito: rea de maior circunferncia, estando o

cotovelo em extenso e o brao, abduzido a 90; f) Perna direita: rea de maior circunferncia da panturrilha.

Figura 1 - Circunferncias utilizadas na estimativa do percentual de gordura A gordura corporal calculada a partir de uma equao, na qual so consideradas trs constantes, determinadas em funo dos resultados das medidas de circunferncias (Quadros 2,3,4 e 5). Alm das constantes, utilizado um fator de correo, escolhido em funo das caractersticas dos avaliados (Tabela 6). A equao adotada na estimativa do percentual de gordura apresentada a seguir:

% de gordura = Constante A + Constante B - Constante C -Fator de correo

Tabela 6 - Fator de Correo para Indivduos Treinados e Destreinados ______________________________________________________POPULAO FATOR DE CORREO Destreinados Mulheres - 17 a 26 anos Mulheres - 27 a 50 anos Homens -17 a 26 anos Homens -27 a 50 anos 19,6 18,4 10,2 15,0 Treinados 22,6 21,4 14,2 19,0

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

Quadro 2 - Constantes de Converso para a Estimativa da Gordura Corporal em Mulheres de 17 a 26 AnosABDOME Pol Constante A 20,00 50,80 26,74 20,25 51,43 27,07 20,50 52,07 27,41 20,75 52,70 27,74 21,00 53,34 28,07 21,25 53,97 28,41 21,50 54,61 28,74 21,75 55,24 29,08 22,00 55,88 29,41 22,25 56,51 29,74 22,50 57,15 30,08 22,75 57,78 30,41 23,00 58,42 30,75 23,25 59,05 31,08 23,50 59,69 31,42 23,75 60,32 31,75 24,00 60,96 32,08 24,25 61,59 32,42 24,50 62,23 32,75 24,75 62,86 33,09 Cm Pol 14,00 14,25 14,50 14,75 15,00 15,25 15,50 15,75 16,00 16,25 16,50 16,75 17,00 17,25 17,50 17,75 18,00 18,25 18,50 18,75 COXA Cm Constante B 35,56 29,13 36,19 29,65 36,83 30,17 37,46 30,69 38,10 31,21 38,73 31,73 39,37 32,25 40,00 32,77 40,64 33,29 41,27 33,81 41,91 34,33 42,54 34,85 43,18 35,37 43,81 35,89 44,45 36,41 45,08 36,93 45,72 37,45 46,35 37,97 46,99 38,49 47,62 39,01 ANTEBRAO Pol 6,00 6,25 6,50 6,75 7,00 7,25 7,50 7,75 8,00 8,25 8,50 8,75 9,00 9,25 9,50 9,75 10,00 10,25 10,50 10,75 Cm Constante C 15,24 25,86 15,87 26,94 16,51 28,02 17,14 29,10 17,78 30,17 18,41 31,25 19,05 32,33 19,68 33,41 20,32 34,48 20,95 35,56 21,59 36,64 22,22 37,72 22,86 38,79 23,49 39,87 24,13 40,95 24,76 42,03 25,40 43,10 26,03 44,18 26,67 45,26 27,30 46,34

Quadro 2 ContinuaoABDOME Pol 25,00 25,25 25,50 25,75 26,00 26,25 26,50 26,75 27,00 27,25 27,50 27,75 28,00 28,25 28,50 28,75 29,00 29,25 29,50 29,75 30,00 30,25 30,50 30,75 31,00 31,25 31,50 31,75 32,00 32,25 32,50 32,75 33,00 33,25 33,50 33,75 34,00 34,25 34,50 Cm 63,50 64,13 64,77 65,40 66,04 66,67 67,31 67,94 68,58 69,21 69,85 70,48 71,12 71,75 72,39 73,02 73,66 74,29 74,93 75,56 76,20 76,83 77,47 78,10 78,74 79,37 80,01 80,64 81,28 81,91 82,55 83,18 83,82 84,45 85,09 88,72 86,36 86,99 87,63 Constante A 33,42 33,76 34,09 34,42 34,76 35,08 35,43 35,76 36,10 36,43 36,76 37,10 37,43 37,77 38,10 38,43 38,77 39,10 39,44 39,77 40,11 40,44 40,77 41,11 41,44 41,78 42,11 42,45 42,78 43,11 43,55 43,78 44,12 44,45 44,78 45,12 45,45 45,79 46,12 COXA Pol 19,00 19,25 19,50 19,75 20,00 20,25 20,50 20,75 21,00 21,25 21,50 21,75 22,00 22,25 22,50 22,75 23,00 23,25 23,50 23,75 24,00 24,25 24,50 24,75 25,00 25,25 25,50 25,75 26,00 26,25 26,50 26,75 27,00 27,25 27,50 27,75 28,00 28,25 28,50 Cm Constante B 48,26 39,53 48,89 40,05 49,53 40,57 50,16 41,09 50,80 41,61 51,43 42,13 52,07 42,65 52,70 43,17 53,34 43,69 53,97 44,21 54,61 44,73 55,24 45,25 55,88 45,77 56,51 46,29 57,15 46,81 57,78 47,33 58,42 47,85 59,05 48,37 59,69 48,89 60,32 49,41 60,96 49,93 61,59 50,45 62,23 50,97 62,86 51,49 63,50 52,01 64,13 52,53 64,77 53,05 65,40 53,57 66,04 54,09 66,67 54,61 67,31 55,13 67,94 55,65 68,58 56,17 69,21 56,69 69,85 57,21 70,48 57,73 71,12 58,26 71,75 58,78 72,39 59,30 ANTEBRAO Pol Cm Constante C 47,41 48,49 49,57 50,65 51,73 52,80 53,88 54,96 56,04 57,11 58,19 59,27 60,35 61,42 62,50 63,58 64,66 65,73 66,81 67,89 68,97 70,04 71,12 72,20 73,28 74,36 75,43 76,51 77,59 78,67 79,74 80,82 81,90 82,98 84,05 85,13 86,21 87,29 88,34

11,00 27,94 11,25 28,57 11,50 29,21 11,75 29,84 12,00 30,48 12,25 31,11 12,50 31,75 12,75 32,38 13,00 33,02 13,25 33,65 13,50 34,29 13,75 34,92 14,00 35,56 14,25 36,19 14,50 36,83 14,75 37,46 15,00 38,10 15,25 38,73 15,50 39,37 15,75 40,00 16,00 40,64 16,25 41,27 16,50 41,91 16,75 42,54 17,00 43,18 17,25 43,81 17,50 44,45 17,75 45,08 18,00 45,72 18,25 46,35 18,50 46,99 18,75 47,62 19,00 48,26 19,25 49,89 19,50 49,53 19,75 50,16 20,00 50,80 20,25 51,44 20,50 52,07

Quadro 2 ContinuaoABDOME. Pol Constante A 34,75 88,26 46,46 35,00 88,90 46,79 35,25 89,53 47,12 35,50 90,17 47,46 35,75 90,80 47,79 36,00 91,44 48,13 36,25 92,07 48,46 36,50 92,71 48,80 36,75 93,34 49,13 37,00 93,98 49,46 37,25 94,61 49,80 37,50 95,25 50,13 37,75 95,88 50,47 38,00 96,52 50,80 38,25 97,15 51,13 38,50 97,79 51,47 38,75 98,42 51,80 39,00 99,06 52,14 39,25 99,69 52,47 39,50 100,33 52,81 39,75 100,96 53,14 40,00 101,60 53,47 Cm Pol 28,75 29,00 29,25 29,50 29,75 30,00 30,25 30,50 30,75 31,00 31,25 31,50 31,75 32,00 32,25 32,50 32,75 33,00 33,25 33,50 33,75 34,00 COXA ANTEBRAO

Cm Constante Pol Cm Constante B C 73,02 59,82 20,75 52,71 92,42 73,66 60,34 21,00 53,34 93,50 74,29 60,86 74,93 61,38 75,56 61,90 76,20 62,42 76,83 62,94 77,47 63,46 78,10 63,98 78,74 64,50 79,37 65,02 80,01 65,54 80,64 66,06 81,28 66,58 81,91 67,10 82,55 67,62 83,18 68,14 83,82 68,66 84,45 69,18 85,09 69,70 85,72 70,22 86,36 70,74

Quadro 3 - Constantes de Converso para a Estimativa da Gordura Corporal em Mulheres de 27 a 50 AnosABDOME Constante Pol Pol CmA

COXA PANTURRILHA Cm Constante Pol Cm ConstanteB C

25,50 25,25 25,50 25,75 26,00 26,25

63,50 64,13 64,77 65,40 66,04 66,67

29,69 29,98 30,28 30,58 30,87 31,17

14,00 14,25 14,50 14,75 15,00 15,25

35,56 36,19 36,83 37,46 38,10 38,73

17,31 17,62 17,93 18,24 18,55 18,86

10,00 10,25 10,50 10,75 11,00 11,25

25,40 26,03 26,67 27,30 27,94 28,57

14,46 14,82 15,18 15,54 15,91 16,27

Quadro 3 ContinuaoABDOME Pol 26,50 26,75 27,00 27,25 27,50 27,75 28,00 28,25 28,50 28,75 29,00 29,25 29,50 29,75 30,00 30,25 30,50 30,75 31,00 31,25 31,50 31,75 32,00 32,25 32,50 32,75 33,00 33,25 33,50 33,75 34,00 34,25 34,50 34,75 35,00 35,25 35,50 35,75 36,00 Cm 67,31 67,94 68,58 69,21 69,85 70,48 71,12 71,75 72,39 73,02 73,66 74,29 74,93 75,56 76,20 76,83 77,47 78,10 78,74 79,37 80,01 80,64 81,28 81,91 82,55 83,18 83,82 84,45 85,09 85,72 86,36 86,99 87,63 88,26 88,90 89,53 90,17 90,80 91,44 Constante A 31,47 31,76 32,06 32,36 32,65 32,95 33,25 33,55 33,84 34,14 34,44 34,73 35,03 35,33 35,62 35,92 36,22 36,51 36,81 37,11 37,40 37,70 38,00 38,30 38,59 38,89 39,19 39,48 39,78 40,08 40,37 40,67 40,97 41,26 41,56 41,86 42,15 42,45 42,75 Pol 15,50 15,75 16,00 16,25 16,50 16,75 17,00 17,25 17,50 17,75 18,00 18,25 18,50 18,75 19,00 19,25 19,50 19,75 20,00 20,25 20,50 20,75 21,00 21,25 21,50 21,75 22,00 22,25 22,50 22,75 23,00 23,25 23,50 23,75 24,00 24,25 24,50 24,75 25,00 COXA Cm 39,37 40,00 40,64 41,27 41,91 42,54 43,18 43,81 44,45 45,08 45,72 46,35 46,99 47,62 48,26 48,89 49,53 50,16 50,80 51,43 52,07 52,70 53,34 53,97 54,61 55,24 55,88 56,51 57,15 57,78 58,42 59,05 59,69 60,32 60,96 61,59 62,23 62,86 63,50 Constante B 19,17 19,47 19,78 20,09 20,40 20,71 21,02 21,33 21,64 21,95 22,26 22,57 22,87 23,18 23,49 23,80 24,11 24,42 24,73 25,04 25,35 25,66 25,97 26,28 26,58 26,89 27,20 27,51 27,82 28,13 28,44 28,75 29,06 29,37 29,68 29,98 30,29 30,60 30,91 PANTURRILHA Pol 11,50 11,75 12,00 12,25 12,50 12,75 13,00 13,25 13,50 13,75 14,00 14,25 14,50 14,75 15,00 15,25 15,50 15,75 16,00 16,25 16,50 16,75 17,00 17,25 17,50 17,75 18,00 18,25 18,50 18,75 19,00 19,25 19,50 19,75 20,00 20,25 20,50 20,75 21,00 Cm Constante C 29,21 16,63 29,84 16,99 30,48 17,35 31,11 17,71 31,75 18,08 32,38 18,44 33,02 18,80 33,65 19,16 34,29 19,52 34,92 19,88 35,56 20,24 36,19 20,61 36,83 20,97 37,46 21,33 38,10 21,69 38,73 22,05 39,37 22,41 40,00 22,77 40,64 23,14 41,27 23,50 41,91 23,86 42,54 24,22 43,18 24,58 43,81 24,94 44,45 25,31 45,08 25,67 45,72 26,03 46,35 26,39 46,99 26,75 47,62 27,11 48,26 27,47 48,89 27,84 49,53 28,20 50,16 28,56 50,80 28,92 51,43 29,28 52,07 29,64 52,70 30,00 53,34 30,37

Quadro 3 ContinuaoABDOME Pol 36,25 36,50 36,75 37,00 37,25 37,50 37,75 38,00 38,25 38,50 28,75 39,00 39,25 39,50 39,75 40,00 40,25 40,50 40,75 41,00 41,25 41,50 41,75 42,00 42,25 42,50 42,75 43,00 43,25 43,50 43,75 44,00 44,25 44,50 44,75 45,00 Cm 92,07 92,71r 93,35 93,98 94,62 95,25 95,89 96,52 97,16 97,79 98,43 99,06 99,70 100,33 100,97 101,60 101,24 102,87 103,51 104,14 104,78 105,41 106,05 106,68 107,32 107,95 108,59 109,22 109,86 110,49 111,13 111,76 112,40 113,03 113,67 114,30 Constante A 43,05 43,34 43,64 43,94 44,23 44,53 44,83 45,12 45,42 45,72 46,01 46,31 46,61 46,90 47,20 47,50 47,79 48,09 48,39 48,69 48,98 49,28 49,58 49,87 50,17 50,47 50,76 51,06 51,36 51,65 51,95 52,25 52,54 52,84 53,14 53,44 Pol 25,25 25,50 25,75 26,00 26,25 26,50 26,75 27,00 27,25 27,50 27,75 28,00 28,25 28,50 28,75 29,00 29,25 29,50 29,75 30,00 30,25 30,50 30,75 31,00 31,25 31,50 31,75 32,00 32,25 32,50 32,75 33,00 33,25 33,50 33,75 34,00 COXA Cm Constante B 64,13 31,22 64,77 31,53 65,40 31,84 66,04 32,15 66,67 32,46 67,31 32,77 67,94 33,08 68,58 33,38 69,21 33,69 69,85 34,00 70,48 34,31 71,12 34,62 71,75 34,93 72,39 35,24 73,02 35,55 73,66 35,86 74,29 36,17 74,93 36,48 75,56 36,79 76,20 37,09 76,83 37,40 77,47 37,71 78,10 38,02 78,74 38,33 79,37 38,64 80,01 38,95 80,64 39,26 81,28 39,57 81,91 39,88 82,55 40,19 83,18 40,49 83,82 40,80 84,45 41,11 85,09 41,42 85,72 41,73 86,36 42,04 PANTURRILHA Pol 21,25 21,50 21,75 22,00 22,25 22,50 22,75 23,00 23,25 23,50 23,75 24,00 24,25 24,50 24,75 25,00 Cm Constante C 53,97 30,73 54,61 31,09 55,24 31,45 55,88 31,81 56,51 32,17 57,15 32,54 57,78 32,90 58,42 33,26 59,05 33,62 59,69 33,98 60,32 34,34 60,96 34,70 61,59 35,07 62,23 35,43 62,86 35,79 63,50 36,15

Quadro 4 - Constantes de Converso para a Estimativa da Gordura Corporal em Homens de 17 a 26 AnosBRAO Pol 7,00 7,25 7,50 7,75 8,00 8,25 8,50 8,75 9,00 9,25 9,50 9,75 10,00 10,25 10,50 10,75 11,00 11,25 11,50 11,75 12,00 12,25 12,50 12,75 13,00 13,25 13,50 13,75 14,00 14,25 14,50 14,75 15,00 15,25 15,50 15,75 Cm 17,78 18,41 19,05 19,68 20,32 20,95 21,59 22,22 22,86 23,49 24,13 24,76 25,40 26,03 26,67 27,30 27,94 28,57 29,21 29,84 30,48 31,11 31,75 32,38 33,02 33,65 34,29 34,92 35,56 36,19 36,83 37,46 38,10 38,73 39,37 40,00 Constante A 25,91 26,83 27,78 28,68 29,61 30,53 31,46 32,38 33,31 34,24 35,16 36,09 37,01 37,94 38,86 39,79 40,71 41,64 42,56 43,49 44,41 45,34 46,26 47,19 48,11 49,04 49,96 50,89 51,82 52,74 53,67 54,59 55,52 56,44 57,37 58,29 59,22 Pol 21,00 21,25 21,50 21,75 22,00 22,25 22,50 22,75 23,00 23,25 23,50 23,75 24,00 24,25 24,50 24,75 25,00 25,25 25,50 25,75 26,00 26,25 26,50 26,75 27,00 27,25 27,50 27,75 28,00 28,25 28,50 28,75 29,00 29,25 29,50 29,7 5 30,0 0 ABDOME Cm 53,34 53,97 54,61 55,24 55,88 56,51 57,15 57,78 58,42 59,05 59,69 60,32 60,96 61,59 62,23 62,86 63,50 64,13 64,77 65,40 66,04 66,67 67,31 67,94 68,58 69,21 69,85 70,48 71,12 71,75 72,39 73,02 73,66 74,29 74,93 75,56 76,20 Constante B 27,56 27,88 28,21 28,54 28,87 29,20 29,52 29,85 30,18 30,51 30,84 31,16 31,49 31,82 32,15 32,48 32,80 33,13 33,46 33,79 34,12 34,44 34,77 35,10 35,43 35,76 36,09 36,41 36,74 37,07 37,40 37,73 38,05 38,38 38,71 39,04 39,37 Pol 7,00 7,25 7,50 7,75 8,00 8,25 8,50 8,75 9,00 9,25 9,50 9,75 10,00 10,25 10,50 10,75 11,00 11,25 11,50 11,75 12,00 12,25 12,50 12,75 13,00 13,25 13,50 13,75 14,00 14,25 14,50 14,75 15,00 15,25 15,50 15,75 16,00 ANTEBRAO Cm Constante C 17,78 38,01 18,41 39,37 19,05 40,72 19,68 42,08 20,32 43,44 20,95 44,80 21,59 46,15 22,22 47,51 22,86 48,87 23,49 50,23 24,13 51,58 24,76 52,94 25,40 54,30 26,03 55,65 26,67 57,01 27,30 58,37 27,94 59,73 28,57 61,08 29,21 62,44 29,84 63,80 30,48 65,16 31,11 66,51 31,75 67,87 32,38 69,23 33,02 70,59 33,65 71,94 34,29 73,40 34,92 74,66 35,36 76,02 36,19 77,37 36,83 78,73 37,46 80,09 38,10 81,45 38,73 82,80 39,37 84,16 40,00 85,52 40,64 86,88

16,00 40,64

16,25 41,27

60,14 5

30,2

76,83

39,69

16,25

41,27

88,23

Quadro 4 ContinuaoBRAO ABDOME ANTEBRAO

Pol16,5 16,75 17,00 17,25 17,5 17,75 18,00 18,25 18,50 18,75 19,00 19,25 19,50 19,75 20,00 20,25 20,50 20,75 21,00 21,25 21,5 21,75 22,00 22,25 22,50 22,75 23,00

Cm41,91 42,54 43,18 43,81 44,45 45,08 45,72 46,35 46,99 47,62 48,26 48,89 49,53 50,16 50,80 51,43 52,07 52,70 53,34 53,97 54,61 55,24 55,88 56,52 57,15 57,79 58,42

Constante Pol A61,07 61,99 62,92 63,84 64,77 65,69 66,62 67,54 68,47 69,4 70,32 71,25 72,17 73,1 74,02 74,95 75,87 76,8 77,72 78,65 79,57 80,50 81,42 82,34 83,26 84,18 85,10 30,5 30,75 31,00 31,25 31,5 31,75 32,00 32,25 32,5 32,75 33,00 33,25 33,50 33,75 34,00 34,25 34,50 34,75 35,00 35,25 35,50 35,75 36,00 36,25 36,50 36,75 37,00 37,25 37,50 37,75 38,00 38,25 38,50 38,75 39,00 39,25 39,50 39,75 40,00 40,25 40,50 40,75 41,00

Cm77,47 78,10 78,74 79,37 80,01 80,64 81,28 81,91 82,55 83,18 83,82 84,45 85,29 85,72 86,36 86,99 87,63 88,26 88,90 89,53 90,17 90,80 91,44 92,07 92,71 93,34 93,98 94,61 95,25 95,88 96,52 97,15 97,79 98,42 99,06 99,69 100,33 100,96 101,60 102,23 102,87 103,50 104,14

Constante B40,02 40,35 40,68 41,01 41,33 41,66 41,99 42,32 42,65 42,97 43,30 43,63 43,96 44,29 44,61 44,94 45,27 45,60 45,93 46,25 46,58 46,91 47,24 47,57 47,89 48,22 48,55 48,88 49,21 49,54 49,86 50,19 50,52 50,85 51,18 51,50 51,83 52,16 52,49 52,82 53,14 53,47 53,80

Pol16,5 16,75 17,00 17,25 17,50 17,75 18,00 18,25 18,50 18,75 19,00 19,25 19,50 19,75 20,00 20,25 20,50 20,75 21,00 21,25 21,50 21,75 22,00 22,25 22,50 22,75 23,00

Cm41,91 42,54 43,18 43,81 44,45 45,08 45,72 46,35 46,99 47,62 48,26 48,89 49,53 50,16 50,80 51,43 52,07 52,70 53,34 53,97 54,61 55,24 55,88 56,52 57,15 57,79 58,42

Constante C89,59 90,95 92,31 93,66 95,02 96,38 97,74 99,09 100,45 101,81 103,17 104,52 105,88 107,24 108,60 109,95 111,31 112,67 114,02 115,38 116,74 118,10 119,45 120,80 122,15 123,50 124,85

41,25 41,50 41,75 42,00

104,77 105,41 106,04 106,68

54,13 54,46 54,78 55,11

Quadro 5 - Constantes de Converso para a Estimativa da Gordura Corporal em Homens de 27 a 50 AnosNDEGA S Pol28,00 28,25 28,50 28,75 29,00 29,25 29,50 29,75 30,00 30,25 30,50 30,75 31,00 31,25 31,50 31,75 32,00 32,25 32,50 32,75 33,00 33,25 33,50 33,75 34,00 34,25 34,50 34,75 35,00 35,25 35,50 35,75 36,00 36,25 36,50 36,75 37,00

ABDOME Constante Pol A29,34 29,60 29,87 30,13 30,39 30,65 30,92 31,18 31,44 31,70 31,96 32,22 32,49 32,75 33,01 33,27 33,54 33,80 34,06 34,32 34,58 34,84 35,11 35,37 35,63 35,89 36,16 36,42 36,68 36,94 37,20 37,46 37,73 37,99 38,25 38,51 38,78 25,50 25,75 26,00 26,25 26,50 26,75 27,00 27,25 27,50 27,75 28 00 28,25 28,50 28,75 29,00 29,25 29,50 29,75 30,0 0 30,2 5 30,5 0 30,75 31,00 31,25 31,50 31,75 32,00 32,25 32,50 32,75 33,00 33,25 33,50 33,75 34,00 34,25 34,50

ANTEBRAO Pol Cm7,00 7,25 7,50 7,75 8,00 8,25 8,50 8,75 9,00 9,25 9,50 9,75 10,00 10,25 10,50 10,75 11,00 11,25 11,50 11,75 12,00 12,25 12,50 12,75 13,00 13,25 13,50 13,75 14,00 14,25 14,50 14,75 15,00 15,25 15,50 15,75 16,00

Cm71,12 71,75 72,39 73,02 73,66 74,29 74,93 75,56 76,20 76,83 77,47 78,10 78,74 79,37 80,01 80,64 81,28 81,91 82,55 83,18 83,82 84,45 85,09 85,72 86,36 86,99 87,53 88,26 88,90 89,53 90,17 90,80 91,44 92,07 92,71 93,34 93,98

Cm64,77 65,40 66,04 66,67 67,31 67,94 68,58 69,21 69,85 70,48 71,12 71,75 72,39 73,02 73,66 74,29 74,93 75,56 76,20 76,93 77,47 78,10, 78,74 79,37 80,01 80,64 81,28 81,91 82,55 83,18 83,82 84,45 85,09 85,72 86,36 86,99 87,63

Constante B22,84 23,06 23,29 23,51 23,73 23,96 24,18 24,40 24,63 24,85 25,08 25,29 25,52 25,75 25,97 26,19 26,42 26,64 26,87 27,09 27,32 27,54 27,76 27,98 28,21 28,43 28,66 28,88 29,11 29,33 29,55 29,78 30,00 30,22 30,45 30,67 30,89

Constante C21,01 21,76 22,57 23,26 24,02 24,76 25,52 26,26 27,02 27,76 28,52 29,26 30,02 30,78 31,52 32,27 33,02 33,77 34,52 35,27 36,02 36,77 37,53 38,27 39,03 39,77 40,53 41,27 42,03 42,77 43,53 44,27 45,03 45,77 46,53 47,28 48,03

17,78 18,41 19,05 19,68 23,32 20,95 21,59 22,22 22,86 23,49 24,13 24,76 25,40 26,03 26,67 27,30 27,94 28,57 29,21 29,84 30,48 31,11 31,75 32,38 33,02 33,65 34,29 34,92 35,56 36,19 36,83 37,46 38,10 38,73 39,37 40,00 40,64

37,25 37,50 37,75 38,00

94,61 95,25 95,88 96,52

39,04 39,30 39,56 39,82

34,75 35,00 35,25 35,50

88,26 88,90 89,53 90,17

31,12 31,35 31,57 31,79

16,25 16,50 16,75 17,00

41,27 41,91 42,54 43,18

48,78 49,53 50,28 51,03

Quadro 5 ContinuaoNDEGA S Pol38,25 38,50 38,75 39,00 39,25 39,50 39,75 40,00 40,25 40,50 40,75 41,00 41,25 41,50, 41,75 42,00 42,25 42,50 42,75 43,00 43,25 43,50 43,75 44,00 44,25 44,50 44,75 45,00 45,25 45,50 45,75 46,00 46,25 46,50 46,75 47,00 47,25 47,50

ABDOME Constante Pol A40,08 40,35 40,61 40,87 41,13 41,39 41,66 41,92 42,18 42,44 42,70 42,97 43,23 43,49 43,75 44,02 44,28 44,54 44,80 45,06 45,32 45,59 45,85 46,12 46,37 46,64 46,86 47,18 47,42 47,66 47,94 48,21 48,47 48,73 48,99 49,26 49,52 49,78 35,75 36,00 36,25 36,50 35,75 37,00 37,25 37,50 37,75 38,00 38,25 38,50 38,75 39,00 39,25 39,50 39,75 40,00 40,25 40,50 40,75 41,00 41,25 41,50 41,75 42,00 42,25 42,50 42,75 43,00 43,25 43,50 43,75 44,00 44,25 44,50 44,75 45,00

ANTEBRAO Pol Cm17,25 17,50 17,75 18,00 18,25

Cm97,15 97,79 98,42 99,06 99,69 100,33 100,96 101,60 102,23 102,87 103,50 104,14 104,77 105,41 106,04 106,68 107,31 107,95 108,58 109,22 109,85 110,49 111,12 111,76 112,39 113,03 113,66 114,30 114,93 115,57 116,20 116,84 117,47 118,11 118,74 119,38 120,01 120,65

Cm90,80 91,44 92,07 92,71 93,34 93,98 94,61 95,25 95,88 96,52 97,15 97,79 98,42 99,06 99,69 100,33 100,96 101,60 102,23 102,87 103,50 104,14 104,77 105,41 106,04 106,68 107,31 107,95 108,58 109,22 109,85 110,49 111,12 111,76 112,39 113,03 113,66 114,30

Constante B32,02 32,24 32,46 32,69 32,91 33,14 33,36 33,58 33,81 34,03 34,26 34,48 34,70 34,93 35,15 35,38 35,59 35,82 36,05 36,27 36,49 36,72 36,94 37,17 37,39 37,62 37,87 38,06 38,28 38,51 38,73 38,96 39,18 39,41 39,63 39,85 40,08 40,30

Constante C51,78 52,54 53,28 54,04 54,78

43,81 44,45 45,08 45,72 46,35

47,75 48,00 48,25 48,50 48,75 49,00

121,28 121,92 122,55 123,19 123,82 124,46

50,04 50,30 50,56 50,83 51,09 51,35

Estimativa do Percentual de Gordura em Obesos, Atravs de CircunfernciasVrios estudiosos concordam que a tcnica de dobras cutneas no deve ser utilizada na estimativa da gordura corporal em obesos. Com o aumento dos nveis de adiposidade, a proporo entre o tecido adiposo subcutneo e o total se modifica, afetando conseqentemente a relao entre o somatrio de dobras cutneas e a densidade corporal (HEY-WARD & STOLARCZYK, 1996). Alm disso, a aplicabilidade do mtodo de dobras cutneas em indivduos obesos limitada pelas seguintes razes: a) a identificao do stio de medida e a palpao dos acidentes sseos so mais difceis em indivduos obesos (BRAY & GRAY, 1988); b) a espessura da dobra cutnea pode ser maior do que a abertura mxima da maioria dos compassos e pode no ser possvel destacar a dobra cutnea dos tecidos abaixo da mesma (GRAY et al, 1990); c) do h uma maior variao na profundidade em que as pontas devem ser colocadas na dobra (HEYWARD & compasso d) e) Em

STOLARCZYK, 1996); a variabilidade na composio do tecido adiposo pode afetar h uma maior variabilidade entre avaliadores ao medirem funo das limitaes apresentadas, a utilizao de a compressibilidade da dobra cutnea (CLARYS et al, 1987); maiores espessuras de dobra cutnea (BRAY & GRAY, 1988); circunferncias pode ser extremamente til na avaliao da gordura

corporal em indivduos extremamente obesos, visto a sua maior aplicabilidade e acurcia. Uma interessante proposta, neste sentido, foi apresentada por Weltman et al (1987). Esses autores desenvolveram uma equao para homens obesos (de 30 a 45% de gordura corporal), com idade entre vinte e quatro a sessenta e oito anos, utilizando circunferncias abdominais e peso corporal como preditores. Posteriormente, Weltman et al (1988) em estudo similar envolvendo mulheres de vinte a sessenta anos, desenvolveram outra equao antropomtrica para estimar a gordura corporal em obesas. Esta equao envolveu uma combinao e circunferncias abdominais, peso corporal e estatura. As equaes utilizam dois stios de medidas. O primeiro consiste na circunferncia abdominal entre o processo xifide e o umbigo e o segundo, na circunferncia abdominal ao nvel do umbigo. A seguir apresentamos as equaes de Weltman et al. (1987,1988), que podem ser teis para os treinadores personalizados que necessitam acompanhar os efeitos dos programas de exerccios e dietas sobre a composio corporal de alunos obesos. Lembramos que as mesmas s devem ser aplicadas em indivduos com percentual de gordura a partir de 30%. Equao para Homens % gordura = 0,31457 (MCA) - 0,10969 (PC) + 10,8336 Equao para Mulheres % gordura = 0,11077 (MCA) - 0,17666 (E) + 0,14354 (PC) + 51,03301 onde: MCA = mdia das circunferncias abdominais (cm) PC = peso corporal (kg) E = estatura (cm)

Interpretao dos Dados de Composio Corporal1 - Devido falta de equaes para a estimativa da densidade corporal e do percentual de gordura que atendam s peculiaridades da

populao brasileira, os modelos propostos por Jackson & Pollock (1978) e Jackson, Pollock & Ward (1980) podem ser utilizados para a estimativa da densidade corporal. Posteriormente, o clculo do percentual de gordura poder ser efetuado pela equao de Siri (1961). As medidas circunferenciais tambm podem ser usadas na predio da gordura corporal. Entretanto, a no ser nas obesidades severas onde no possvel medir as dobras cutneas, as circunferncias podem ser mais fidedignas. 2 - Em se tratando de no-atletas, a literatura sugere como padres mdios de gordura valores que esto em torno de 16% e 23% para homens e mulheres, respectivamente (POLLOCK & WILMORE, 1993). No entanto, a quantidade de gordura pode variar bastante em funo da idade, dos padres de sade, da prtica de atividade fsica e do que se entenda por uma esttica corporal adequada. Mais importante que determinar o percentual de gordura ideal, ter o conhecimento das faixas onde poderemos classificar o indivduo e, dentro das mesmas, encontrar o valor que mais se adequa a ele. Com esse objetivo, adotaremos como referncia a descrio apresentada a seguir (tabelas 7 e 8). Por vezes, valores expressos em tabelas especficas podem no ser a melhor forma para determinarmos qual o percentual de gordura adequado ao nosso aluno. Quando os dados de uma tabela no se ajustarem realidade em questo, devemos realizar um acompanhamento longitudinal para ento estabelecermos qual a meta final a ser atingida quanto reduo da gordura. Um conselho prtico no exagerar na hora de estabelecer o quanto o avaliado dever perder. Dessa forma, pode-se trabalhar com objetivos a curto, mdio e longo prazo. Em funo dos resultados obtidos com o treinamento, poder ser determinado com maior exatido o valor alvo de gordura a ser alcanado pelo praticante. A partir do momento em que o avaliador j conhece seu aluno, fica mais fcil precisar as suas metas.

Tabela 7 - Padres de % de Gordura para HomensClassificao 18-25 Excelente Boa Na Mdia Ac. da Mdia Excessivo 4-9 10-12 13-16 17-21 22-28 Idade (anos) 26-35 36-45 46-55 8-13 10-16 12-18

56-65 13-19

14-17 17-20 19-22 20-22 18-21 21-23 23-25 23-26 22-25 24-27 26-28 27-29 26-30 28-32 29-34 30-35 (Adaptado de Golding et al, 1989)

Tabela 8 - Padres de % de Gordura para Mulheres

Classificao Excelente Bom Na Mdia Ac. da Mdia Excessivo 18-25 13-17 18-21 22-25 26-29 30-37

Idade (anos) 26-35 36-45 46-55 56-65 14-18 16-20 17-23 18-24 19-22 21-25 24-27 25-28 23-26 26-29 28-31 29-32 27-31 30-34 32-35 33-36 32-39 35-41 36-42 37-41 (Adaptado de Golding et al, 1989)

3

- Valores percentuais que caracterizam um excesso de

gordura devem ser analisados com cautela. Vejamos um exemplo. Para um indivduo que possui 10% de gordura, o fato desse valor subir para 15% representa um aumento de 50%. Para esse indivduo, 15% pode significar um elevado percentual de gordura. J para um sujeito que possua 25% de gordura e chegou a 15%, esse valor pode no ser considerado excessivo. Nos dois casos, o mesmo valor teve interpretaes distintas, o que nos leva a sugerir uma anlise individualizada dos resultados. 4 - Deve-se ter muito cuidado ao estabelecer o peso ideal. Cada pessoa apresenta caractersticas prprias e o percentual

de gordura ideal pode variar entre indivduos do mesmo sexo e faixa etria. Alm disso, a massa magra influenciada pela prtica do exerccio e pelo estado nutricional, o que concorre para a alterao do peso corporal. Em termos prticos, aconselhamos estabelecer o peso terico ideal a mdio e a longo prazos. Atravs das reavaliaes poderemos ajustar o trabalho prescrito, detectando com maior exatido qual a relao ideal entre gordura e desenvolvimento muscular. 5 Para minimizar os erros na predio da gordura, aconselhamos empregar conjuntamente ao valor percentual, um somatrio de dobras cutneas. Para tanto, preconizamos as dobras cutneas de trceps, subescapular, suprailaca, abdominal, coxa e perna medial. No caso dos homens, tambm poder ser adicionada a dobra de peitoral. Alm do somatrio, o monitorao dos valores de cada dobra poder ser til no acompanhamento da distribuio regional de gordura. 6- O desejo de ficar forte e/ou magro pode levar os praticantes a cometerem excessos no treinamento. Uma correta metodologia de trabalho consiste na aplicao adequada das cargas seguida de perodos de recuperao satisfatrios. Indivduos que desejam modificar suas caractersticas corporais de forma significativa devem ser orientados de que algumas alteraes necessitam de tempo para que sejam promovidas. O excesso de treinamento, alm de predispor os praticantes a leses, pode ser desmotivante, levando os alunos evaso dos programas de atividades fsicas. 7 - Os conceitos de sade e esttica muitas vezes no so convergentes. Valores de gordura e massa muscular necessrios a uma boa sade podem no ser compatveis com padres de esttica. preciso ter cuidado, pois a busca de um 'corpo perfeito' pode levar a prejuzos na sade. 8 - Cabe ainda ressaltar que os objetivos dos alunos muitas vezes no so condizentes s suas necessidades.

O treinador deve realizar um trabalho educativo, no sentido de orientar e conscientizar os alunos quanto s suas reais necessidades para o alcance de seus objetivos. Determinao das Estruturas da Composio Corporal a partir do Clculo do Percentual de Gordura Aps estabelecido o percentual de gordura, pode-se facilmente obter os valores absolutos dos componentes da composio corporal, utilizando-se as seguintes equaes: - Peso gordura = (% de gordura/100) x peso corporal total - Massa corporal magra = peso corporal total - peso gordura - Peso terico ideal - Peso gordura em excesso = peso total - peso terico ideal

3 - Avaliao da FlexibilidadeA flexibilidade um dos mais importantes componentes da aptido fsica relacionado sade. Esta qualidade fsica pode ter implicaes na reabilitao teraputica ou profiltica de casos diversos como lombalgias, dismenorrias e tenses neuromusculares (BADLEY & WOOD, 1982; SUZUKI & ENDO, 1983, FOX et al. 1992; POLLOCK & WILMORE, 1993), bem como na manuteno de nveis de condicionamento necessrios vida cotidiana (GERSTEN et al., 1970; LAUBENTHAL et al. 1972). Indivduos que exibem melhores nveis de flexibilidade so menos suscetveis a leses quando submetidos a esforos intensos e geralmente apresentam menor incidncia de problemas steomioarticulares (CORBIN & NOBLE, 1980). Em contrapartida, baixos nveis de flexibilidade nas regies do

tronco e quadril esto relacionados a problemas de ordem postural (KRAUS, 1970; MELLEBY, 1982; RIIHIMAKI, 1991). Os msculos, tendes, ligamentos e tecidos conectivos tendem a melhorar sua propriedade de elasticidade mediante programas regulares de atividade fsica que englobem exerccios de alongamento. Isso sugere que os efeitos positivos provenientes de uma boa flexibilidade incidem diretamente na eficincia do aparelho locomotor (MONTEIRO, 1996). Alm disso, verifica-se um maior gasto energtico quanto menores os nveis de mobilidade articular envolvidos em um determinado movimento (JOHNSON, 1982). A flexibilidade especfica para cada articulao e movimento. Este o pressuposto bsico que deve reger os testes que tm por objetivo medir e avaliar esta qualidade fsica. Segundo Arajo (1987), os mtodos para quantificar a flexibilidade podem ser determinados em funo da unidade de mensurao dos resultados. Neste contexto, o autor descreve trs categorias bsicas de medida: a) b) c) angulares: expressam os resultados em ngulos (exemplo lineares: expressam os resultados atravs de escalas de admensionais: no existe unidade convencional de medida

goniometria e flexometria); distncia (teste de sentar e alcanar); (exemplo flexiteste). Entre as vrias formas de medir e avaliar a flexibilidade, apresentaremos neste texto o Flexiteste, proposto por Pavel & Arajo (1980), que se constitui de um teste simples, rpido, de baixo custo e grande aplicabilidade. Para os interessados em um maior aprofundamento sobre os aspectos que envolvem a medida da flexibilidade, outras fontes podem ser consultadas (ARAJO, 1987; HUBLEY-KOZEY, 1991; HEY-

WARD, 1991; ADAMS, 1994, MAUD & CORTEZ-COOPER, 1995; SAFRIT &c WOOD, 1995; ACHOUR JNIOR, 1996). O flexiteste um mtodo de medida e avaliao da amplitude articular passiva mxima, compreendendo vinte movimentos articulares. A medida da flexibilidade obtida atravs da comparao entre a amplitude articular obtida em cada um dos movimentos, com desenhos existentes nos mapas de avaliao. Cada movimento retratado em graduaes que variam de 0 a 4, perfazendo um total de cinco valores possveis de classificao. Somente nmeros inteiros podem ser atribudos aos resultados, de forma que as amplitudes de movimento intermedirios entre duas gradaes so sempre consideradas pelo valor inferior. O teste mede a flexibilidade nas articulaes do tornozelo, joelho, quadril, tronco, ombro, cotovelo e punho. Oito movimentos so feitos nos membros inferiores, trs no tronco e nove nos membros superiores. A descrio cinesiolgica dos movimentos que compem o flexiteste pode ser observada na tabela 9. Padronizou-se a realizao dos movimentos do lado direito, mas se for necessrio, o flexiteste poder ser aplicado bilateralmente. O teste realizado sem aquecimento e recomenda-se que os movimentos sejam conduzidos lentamente, a partir da posio demonstrada no desenho (usualmente 0), indo at o ponto onde haja dor ou grande restrio mecnica ao movimento. As medidas so avaliadas de acordo com a seguinte escala: 0 = Muito pequena; 1 = Pequena; 2 = Mdia; 3 = Grande; 4 = Muito grande.

Tabela 9 Descrio Cinesiolgica dos Movimentos do Flexiteste _____________________________________________________I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII XIII XIV XV XVI XVII XVIII XIX XX flexo do tornozelo extenso do tornozelo flexo do joelho extenso do joelho flexo do quadril extenso do quadril aduo do quadril abduo do quadril flexo do tronco extenso do tronco flexo lateral do tronco flexo do punho extenso do punho flexo do cotovelo extenso do cotovelo aduo posterior do ombro com 180 graus de abduo extenso com aduo posterior do ombro extenso posterior do ombro rotao lateral do ombro com 90 graus de abduo* rotao medial do ombro com 90 graus de abduo*

_______________________________________________________________ * com cotovelo flexionado a 90 graus

Muito embora a anlise do Flexiteste deva ser feita para cada um dos movimentos em separado, possvel somar os resultados obtidos e obter-se um ndice geral de flexibilidade denominado flexndice, variando de 0 a 80. Apesar de dever ser considerado com cuidado, tal ndice pode ser til quando de estudos comparativos em geral (ARAJO, 1987). A descrio do flexndice realizada da seguinte forma: 20 21 a 30 31 a 40 41 a 50 51 a 60 60 Muito pequena; Pequena; Mdia (-); Mdia ( + ); Grande; Muito grande.

Com o intuito de se agilizar a coleta de dados, pode ser adotada na execuo do teste uma seqncia proposta por Arajo (1987), que obedece seguinte ordenao: I, II, V, III, VI, X, XI, XVII, XVIII, XIX, XX, VIII, IX, VII, XVI, XII, XIII, XIV, XV, IV. Em alguns casos, o flexiteste pode ser adaptado. Com esse intuito, Farinatti & Monteiro (1992) apresentaram uma verso com oito movimentos para ser utilizada em academias. Contudo, ressaltamos que o tempo para coleta de dados dos vinte movimentos que compem o flexiteste pequeno. Alm disso, quanto mais movimentos forem avaliados, maior ser a discriminao para o treinamento, o que nos leva a recomendar a aplicao do teste completo. Os mapas para avaliao da flexibilidade so apresentados a seguir. Para facilitar o trabalho do avaliador, Arajo (1987) realizou uma descrio dos movimentos (anexo 3).

Flexiteste

Flexiteste

Flexiteste

Flexiteste

Flexiteste

Flexiteste

Flexiteste

Flexiteste

Flexiteste

Flexiteste

Flexiteste

Flexiteste

Flexiteste

Flexiteste

Flexiteste

Flexiteste

Flexiteste

Flexiteste

Flexiteste

Flexiteste

4 - Avaliao da Aptido CardiorrespiratriaA aptido cardiorrespiratria aceita como o mais importante componente da aptido fsica relacionada sade (SKIN-NER & OJA, 1994) e capacitao para o trabalho (ZWART et al, 1995). Sua melhoria e manuteno situam-se entre os principais objetivos de qualquer programa sistemtico de exerccios. Uma adequada aptido cardiorrespiratria est associada a uma menor ocorrncia de distrbios orgnicos. Entre eles, podem ser citados a hipertenso arterial, a doena arterial coronariana, o diabetes melito, as hiperlipidemias e a obesidade (ACSM, 1991; POLLOCK & WILMORE, 1993; BLAIR et al, 1996). Autores como Guedes & Guedes (1995) relatam que os indivduos cuja aptido cardiorrespiratria exibe nveis mais elevados tendem a apresentar maior eficincia nas atividades do cotidiano e a recuperar-se mais rapidamente, aps a realizao de esforos fsicos mais intensos. De fato, uma boa condio cardiorrespiratria diminui as demandas miocrdica e geral para atividades submximas, representando uma economia que se traduz por uma maior capacidade de trabalho e aproveitamento das horas de lazer com reduo dos riscos de doenas (DE VRIES, 1980; MORRIS et al, 1980; BLAIR et al, 1989; ZWART et al, 1995). A funo cardiorrespiratria depende de trs importantes sistemas: o respiratrio, que capta o oxignio do ar inspirado e o transporta para o sangue; o cardiovascular, que, bombeia e distribui o oxignio carregado pelo sangue; o musculo-esqueltico, que utiliza este oxignio para converter substratos armazenados em trabalho, durante a atividade fsica. Um importante preditor da capacidade cardiorrespiratria o VO2 mx., tambm chamado de potncia aerbia

mxima. O VO2 mx. reflete a maior quantidade de oxignio que um indivduo capaz de utilizar em um esforo fsico, respirando ao nvel do mar (ASTRAND & RODAHL, 1986). Como o VO2 mx. resume o que est ocorrendo no sistema de transporte de oxignio durante o exerccio mximo ou extenuante, alm de poder ser facilmente medido, ele tem sido empregado como a medida mais representativa da condio cardiorrespiratria (POLLOCK & WILMORE, 1993). Desta forma, sero ilustrados a seguir alguns protocolos de teste ergomtrico que podem ser utilizados na estimativa desta varivel, to importante para a elaborao e acompanhamento dos programas de condicionamento fsico. Durante um esforo fsico, o VO2 tende a aumentar com a carga de trabalho, at atingir um ponto onde verifica-se um plat, no mais aumentando. Este ponto chamado de VO2 de pico, constituindo um dos principais critrios utilizados na deteco do ponto onde obtido VO2 mx. Aps a obteno do VO2 de pico, o exerccio poder ser mantido s custas do metabolismo da gliclise anaerbia. Todavia, quando isso acontecer haver um acmulo de cido ltico que logo levar o indivduo exausto. importante citar que a determinao do VO2 mx. no necessariamente realizada atravs de testes com intensidades mximas de esforo. Muitas metodologias de teste envolvem esforos submximos. Um teste mximo aquele em que o indivduo levado exausto voluntria mxima, ou o protocolo interrompido devido a sinais ou sintomas que impeam o seu desenvolvimento. O teste submximo pode ser conceituado como aquele em que o indivduo levado a atingir um nvel de esforo prestabelecido (FARINATTI & MONTEIRO, 1992). O VO2 mx. pode ser medido diretamente ou estimado atravs de equaes preditivas que se baseiam nas respostas da FC em cargas padronizadas de esforo, no tempo de permanncia em um protocolo,

nas distncias percorridas em testes com tempos fixados, ou mesmo no tempo gasto para percorrer determinada distncia ou estmulo. Apesar das limitaes que envolvem a estimativa do VO2 mx., ela amplamente empregada em avaliaes de grandes massas populacionais devido ao baixo custo e fcil aplicao. Testes que utilizam a anlise direta de gases envolvem equipamentos sofisticados e dispendiosos, impossibilitando sua aplicao em larga escala. Existem diversos protocolos que podem ser empregados na quantifica