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    RECUPERADORES, RESIDUOS Y MEDIACIONES. ANÁLISIS DESDE LOS INTERIORES

    DE LA COTIDIANEIDAD, LA GESTIÓN Y LA ESTRUCTURACIÓN SOCIAL

     Gabriela Vergara 

    Compiladora 

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    Diseño de apa: Romina BaldoFoto de tapa: Gabriela Vergara 

    Diagramación: Carla BlancoCorrector: Juan Ignacio Ferreras

    © 2015 Estudios Sociológicos Editora Mail: [email protected] Web: www.estudiosociologicos.com.ar

    Primera edición: abril de 2015.Hecho el depósito que establece la Ley 11723.Libro de edición argentina.

    El presente libro puede ser descargado desde el sitio web de nuestra editorial

    Recuperadores, residuos y mediaciones : análisis desde los interiores de lacotidianeidad, la gestión y la estructuración social / Victoria D´hers

    ... [et.al.] ;compilado por Gabriela Vergara. - 1a ed. - Ciudad Autónoma de

    Buenos Aires :Estudios Sociológicos Editora, 2015.

      E-Book.

      ISBN 978-987-3713-05-7

    1. Estructura Social. 2. Residuo. I. D´hers, Victoria II. Vergara,Gabriela, comp.  CDD 304.2

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    RECUPERADORES, RESIDUOS Y MEDIACIONES. ANÁLISIS DESDE LOS INTERIORES

    DE LA COTIDIANEIDAD, LA GESTIÓN Y LA ESTRUCTURACIÓN SOCIAL

     Gabriela Vergara 

    Compiladora 

    Santiago BachillerSebastián Carenzo

    Cecilia CrossVictoria D’hers

    Hernando Herrera Mauro Koury 

    Claudia Irene Marinsalta  Adrián Scribano

    Cinthya ShammahSantiago Sorroche

    Gabriela Vergara 

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    Estudios Sociológicos Editora:Estudios Sociológicos Editora es un emprendimiento de Centro de

    Investigaciones y Estudios Sociológicos (Asociación Civil – Leg. 1842624) pensadopara la edición, publicación y difusión de trabajos de Ciencias Sociales en so¬porte

    digital. Como una apuesta por democratizar el acceso al conocimiento a través delas nuevas tecnologías, nuestra editorial apunta a la difusión de obras por canalesy soportes no convencionales. Ello con la finalidad de hacer de Internet y de laedición digital de textos, medios para acercar a lectores de todo el mundo a escritosde producción local con calidad académica.

    Comité Editorial / Referato- Pedro Matías Lisdero (Dr. en Estudios Sociales de América Latina - CEAUNC.Coordinador editorial de ESEditora. Integrante del Programa de Estudiossobre Acción Colectiva y Conflicto Social - CIECS-CONICE-UNC)- Graciela Magallanes (Directora de Estudios Sociales sobre Subjetividades yConflictos -GGESSYCO- y docente de la Universidad Nacional de Villa María.Directora de la Revista Latinoamericana de Metodología de la Investigación Social-RELMIS-)- Claudia Liliana Gandía Doctora en Nuevos Lenguajes de la Comunicación

    (Universidad de La Laguna - España). Licenciada en Psicología (UniversidadNacional de Córdoba). Integrante del Grupo de Estudios sobre Subjetividades yConflictos (GESSyCo-UNVM). Profesora Adjunta en la Universidad Nacionalde Villa María (UNVM). Integrante del Centro de Investigaciones y EstudiosSociológicos (CIES). Editora y Coordinadora general de los Documentos derabajo del CIES.

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    Índice

    Prólogo: Lixo, sujeira e sociabilidade Mauro Koury   ................................................................................................. 11

    Introducción.Gabriela Vergara  ............................................................................................. 13

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    Políticas y prácticas en torno a la gestión de los RSU.Un estudio de cinco ciudades de Argentina Victoria D'hers y Cinthia Shammah  ................................................................ 25

    Líderes, residuos y lugares: Reflexiones sobre la gubernamentalidadglobal del reciclaje desde la experiencia de una cooperativade cartoneros de La Matanza Santiago Sorroche   ........................................................................................... 51

    Clausura de un basural a cielo abierto e imaginarios sobre el futuropor parte de los recolectores informales de resuduosSantiago Bachiller  ........................................................................................... 79

    rabajo, rebusque, changa: Experiencias de trabajo alrededorde la basura en el Área Reconquista 

    Cecilia Cross  ................................................................................................. 101

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    Consumo, Disfrute Inmediato y Desechos: hacia una caracterización metonímicade unas sociedades depredatorias Adrián Scribano ........................................................................................... 135

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    Materialidades de la “basura” y praxis creativa: aportespara una etnografía de tecnologías cartonerasSebastián Carenzo  ........................................................................................ 157

    La cosmovisión natural relativa de los cirujas y su cotidianidad en Villa María Hernando Herrera ........................................................................................ 175

    G

    Supervivencia, relaciones intergenéricas y trabajo informalen la vida cotidiana de las cartoneras bahienses frentea la crisis socio-económica de 2001Claudia Marinsalta  ...................................................................................... 201

    Mujeres recuperadoras de residuos entre familias y trabajo:la percepción de proveer como amas de casa (Córdoba, 2006-2013)Gabriela Vergara ........................................................................................... 229

    Epílogo: Pertencimento, Fronteiras e Estranhamento: sobre a noção de sujeira  Mauro Koury ............................................................................................... 261

    Datos de los autores ..................................................................................... 295

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    Prólogo

    Lixo, sujeira e sociabilidade

    Mauro Guilherme Pinheiro Koury 

     A coletânea que agora faço o prólogo, organizada pela Dra. Gabriela Vergara,pesquisadora adjunta do CONICE, sob o título de Recuperadores, residuos ymediaciones: analises desde los interiores de la cotidianeidad, la gestión y la es-tructuración social, trata sobre resíduos sólidos e sobre sua significação em umasociedade de consumo, como a ocidental. Sociedade esta, onde a produção emmassa, o descartável e o desperdício são partes integrantes de sua cultura e dasformas e dos modos de vida que nela se formam e se impõem como condiçãonecessária de pertencimento.

     A produção do lixo, a convivência com o descartável e com o desperdício, des-

    ta maneira, fundamentam as bases de construção de um imaginário da ‘boa vida’ edo sentimento de integração dos indivíduos nesta sociabilidade. Indivíduos estesinseridos em uma lógica do possuir e do querer ter sempre mais e sempre em umprazo mais curto; o que, cada vez mais, os coloca em um ritmo atemporal de umabusca desenfreada por um futuro cada vez mais individualizado e individualista.

    Ritmo atemporal de busca descomedida e desregrada que pulveriza o sentido depúblico, da res pública, enfraquece o sentido de responsabilidade para com o outro epara com a natureza, e gera uma insatisfação crescente de uma ânsia nunca satisfeita, emuma formação e em um cultivo crescente de um homem cada vez mais melancólico e

    presentificado. Quer dizer, de um homem instituído dentro de um sentido de presente,a cujo passado renega, e a cujo futuro nunca alcança; e, onde o presente se encontrarecheado de tensão e de uma ânsia do possuir sempre e sempre mais. O que gera uma in-completude, um sentimento de insatisfação pessoal pleno, e uma melancolia sem volta.

    Falo do sentimento de melancolia aqui, pensando junto a Freud (1980),quando este atesta a noção de melancolia como expressa em um sentimento deque se perdeu algo ou alguém, mas que não mais se sabe onde, nem o que e nemo porquê dessa perda. O que resta, portanto, nessa busca de algo que não mais sesabe o que, nem o porquê e nem o onde foi deixado, é a ansiedade continuada, é

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    a depressão, e o não poder olhar para trás. É, ainda, o correr infinito para um pos-suir sem jamais ter, e sem jamais alcançar a satisfação ou um final. A felicidade,

    nesse processo é confundida, então, com esse correr desesperado para um lugarnenhum, nesse desejo incômodo do só ir sem volta, sem poder olhar para trás, esem retorno ou diminuição de ritmo ou parada possível.

    Essa sociedade do desperdício, porém, por outro lado, trás em si um outrosegundo e terrível aspecto, ao lado da melancolia dos que se acham incluídosem suas teias, nesse sentimento de pertencimento fragmentado e angustiado docorrer para um ter sempre provisório e não satisfatório. Esse terrível segundo as-pecto se encontra na produção, ao lado da fartura e da abundância, e da lógica dodescartável, de uma imensa quantidade de indivíduos que são colocados de forada lógica da abundância, mas que sobrevivem com os seus restos, e deles fazemsuas vidas e organizam os seus modos de existência singulares.

    Esses indivíduos excluídos da lógica consumista da sociedade capitalista sãoincluídos nesta mesma lógica através das formas de vida marginal e miserávelcom que habitam esse ‘jardim de éden’ do consumo. São abarcados através dasformas de participação social como escória dessa sociabilidade, - quer dizer, comonão-sujeitos. São incluídos, portanto, nesta lógica, de uma forma contrária, istoé, como indivíduos que habitam o resto e nele, e através dele, constroem suas

    existências e se pensam como homens menores, quase intocáveis, que habitam osujo e em cuja sujeira se permite organizar suas existências.O lixo, na sociedade de consumo, assim, ao estabelecer o indivíduo blasé,

    simmeliano (Simmel, 2005), ou a formação do indivíduo melancólico (Koury,1996, 2014), corroendo a res pública e construindo o indivíduo individualistaque só existe no e para o mercado e para o consumo introduz, também, o indi-víduo à margem, a pobreza em sua mais degradante espécie, - aquela que vivedos restos do consumo desta sociedade. Este indivíduo à margem, que vive dosrestos da sociedade de consumo, como escória social, e que trata dos resíduos

    sólidos e do lixo produzido às toneladas pela sociedade, contudo, também sepensa no interior desta sociedade como um ser desejante, mas, contudo, nointerior de uma melancolia às avessas. Melancolia, esta, expressa na impossibili-dade de um ter e da suspeita de que não tem e nunca terá condições de possuirou de concorrer no seu interior, a não ser pela frustração e pelo sentimento defracasso pessoal e social.

    O lixo, porém, ao se tornar um elemento propulsor do ter e do nunca poderter, a não ser os resíduos, vai além nessa centralidade, pois, também, provoca a ne-cessidade de organização de sua produção indiscriminada. Esse terceiro elemento

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    de produção da sociedade de consumo, para além do indivíduo blasé ou melancó-lico, e do indivíduo à margem, em sua pobreza degradante , pode ser encontrado

    nas buscas de organização e nas busca de solução para as grandes ‘montanhas’ deresíduos produzidos diariamente pela sociabilidade consumista.

     A coleta dos resíduos, as formas de sua reciclagem, as formas de organiza-ção em cooperativas, a indústria do lixo, entre outras maneiras de compor esseterceiro elemento, põem em relação às duas fases da sociabilidade capitalista dasociedade de consumo. Assim, os que produzem o lixo e os que coletam o lixo serelacionam de forma tensa, mas complementar como peças de um grande jogoarmado em cenários e situações cotidianas.

     Jogo relacional este por onde operam ânsias, sofrimentos, desejos, sensações denojo, entre outros sentimentos e sensações, - de uma maneira intermitente e, aomesmo tempo, contínua, - no interior do tabuleiro estabelecido sobre e para ossentidos e para os significados atribuídos ao sujo e a sujeira, na estruturação da so-ciabilidade organizada pela lógica do consumo. E, se pode dizer, até, em relação aodescobrimento do sujo e da sujeira como produzindo novas formas para e de ondese pensar os excrementos e os seus participantes – isto é, os que vivem de recolherlixo, e os que produzem lixo – como economia, como política e até mesmo comoarte. O que coloca a produção em excesso e os seus resíduos correlacionados aos

    mais diversos aspectos da vida social, política e econômica das sociedades ocidentais.O lixo, - e a sujeira e o nojo a ele associados, - tornaram-se, assim, uma dasprincipais fontes de reflexão por onde se pode pensar a sociedade capitalista porinteiro. Fontes de reflexão não apenas os elementos do excesso de produção e dodescartável, dos indivíduos blasés, dos indivíduos à margem, do sem sentido dasociabilidade do desejo sem fim; ou ainda, através da lógica de fragmentação dasociedade e do mundo comum, do público, no interior de um mercado tenso deconcorrência sem limites, mas, também, através das possibilidades de se refletiro sofrimento do indivíduo por inteiro na sociedade contemporânea ocidental:

    quer dos indivíduos incluídos, quer dos excluídos. E também da reflexão sobre aspossibilidades de transformação e de reorganização social, bem como das formasde relação possíveis entre os indivíduos, entre os indivíduos e a sociedade, entreos indivíduos e a natureza e, enfim, entre a sociedade e a natureza.

    Esta coletânea, assim, se coloca no interior desse intenso debate e desse vivo ealarmante sem sentido da lógica consumista da sociedade capitalista, tendo o lixo,a sua produção e os seus coletores e as formas de organização social nesse processocomo o ponto nefrálgico das reflexões nela contidas. É um esforço salutar, também,de juntar diversos profissionais das ciências sociais argentina de distintas universi-

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    dades e de quase todas as regiões do país, que trabalham com o lixo, com os seuscoletores, com as formas e os modos de viver e de lidar com o sofrimento social

    entre os que sobrevivem do lixo como organização de vida e experiência pessoal esocial, tanto quanto das questões de reciclagem, da gestão, das formas de denúnciase das propostas de reorganização social a partir da experiência de marginalizaçãocrescente de largas camadas da sociedade argentina e latino-americana hoje.

    Uma coletânea importante e oportuna que abre um diálogo não apenas com asociedade argentina, mas com a sociedade latino-americana no geral, bem comocom toda a sociabilidade ocidental contemporânea. Uma coletânea que extrapolaas análises puramente econômicas ou políticas sobre o que fazer com os resíduosproduzidos em excesso na sociabilidade de consumo em sociedades periféricas (ounão), e enfrenta questões ligadas às experiências sociais dos indivíduos e no jogodas emoções e dos sentidos organizados na lógica interacional dos indivíduos emuma sociabilidade, a argentina, e do disciplinamento dos corpos e do sofrimentoproduzido e as suas marcas de submissão nessa relação continuada do viver à mar-gem ou do viver sem sentido da sociabilidade de consumo capitalista.

      Recife/João Pessoa, 06 de novembro de 2014.

    Bilbiografía BENJAMIN, Walter (1985) “Experiência e Pobreza”, en: Obras escolhidas, Vol. 1, Ma-

     gia e técnica, arte e política . São Paulo: Brasiliense. pp. 114-119.FREUD, Sigmund (1980) “Luto e melancolía”, en: Obras completas, Vol. XIV . Rio de

     Janeiro: Imago. pp.2 75-292.KOURY, Mauro Guilherme Pinheiro (1996) “A Formação do homem melancólico:

    luto e sociedade no Brasil”. Cadernos de Ciências Sociais  Vol. 38, pp. 1-37.___________ (2010) “Fotografia e pobreza”, en: Relações delicadas. Ensaios em foto-

     grafia e sociedade . João Pessoa: EdUFPB. pp. 61-70.___________ (2014) “Estilos de vida e individualidade”, en: Estilos de Vida e indi-vidualidade. Escritos em antropologia e sociologia das emoções. Curitiba: Appris. pp.53-68.

    SIMMEL, George (2005) “As grandes cidades e a vida do espírito”. Mana  Vol. 11,N° 2, pp. 577-591.

    SONAG, Susan (1977) On photography . Middlesex: Penguin Books.

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    Introducción1

    Gabriela Vergara 

    Los trabajos reunidos en esta compilación comparten el interés y las prácti-cas de investigación respectivas por un universo heterógeneo y complejo, que tal

    como se muestra aquí, puede ser abordado desde distintas disciplinas de las cien-cias sociales, desde diversas perspectivas teóricas y metodológicas.ambién comparten el interés por indagar en los sinuosos e impredecibles ca-

    minos de los interiores . Interiores que pueden ser entendidos al menos desde tresformas diferentes. En un sentido geopolítico a partir de las tramas que se armanentre los centros-periferias de los países latinoamericanos. Un segundo significa-do remite a los abordajes que toman como escenario principal a la subjetividad,a sus experiencias cotidianas -sin dejar por ello de desconocer que siempre estánconstituidas intersubjetivamente. Otro sentido se asocia con los pliegues internos,

    con las dimensiones analizadas en los reversos de los procesos sociales, las políti-cas públicas, las (inter)subjetividades. Por uno o por varios de estos senderos losinvestigadores articulan sus miradas epistemológicas, teóricas y metodológicas enlos complejos cruces con la política y el Estado, con el conflicto, con lo corporal-sensorial, con los imaginarios, significados y percepciones, con las relaciones degénero, con el consumo, con la suciedad, con el capitalismo, entre otros nodostransversales posibles.

    Como todo objeto de investigación que se construye, el abordaje de la recupe-ración de residuos tiene múltiples aristas.

    En otro lugar (Vergara, 2012) propuse inscribir esta actividad en su relacióncon tres procesos de carácter estructural.2 

    1 Agradezco a Vanina Fraire y María Noel Sbodio por los comentarios realizados a una versiónpreliminar de estas páginas.2 Sigo aquí lo propuesto por Adrián Scribano, en torno a caracterizar al capitalismo neocolonial actualcomo un aparato que extrae energías naturales y sociales, que cuenta con dispositivos de regulación de lassensaciones y mecanismos de soportabilidad social, y que opera como un aparato represivo. Este últimoaspecto lo he soslayado, en virtud de considerar que para la recuperación de residuos tiene una mayor

    capacidad interpretativa la relación objetos-sujetos (CFR. Scribano, 2007; 2009).

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    a) la ex–propiación de energías de una naturaleza socializada (es decir, tantolos denominados recursos naturales o bienes comunes, como la fuerza

    física que se consume en el trabajo);b) una suerte de reinscripción del fetichismo de la mercancía, sensu Marx,

    donde los objetos-residuos-desechados gobiernan la vida de los sujetos3-recuperadores-desechables; y,

    c) por último con la configuración de prácticas y percepciones que contri-buyen a la reproducción del sistema con un nivel considerable de acepta-ción, naturalización, resistencia.

    En relación a la expropiación de energías, el capitalismo muestra en esta déca-da y media del siglo XXI su afán extractivista que hace inevitable la explotaciónintensiva y excesiva de recursos naturales. El mismo énfasis se orienta a los resi-duos, desde donde se puede obtener no sólo la reutilización de plásticos, cauchos,cartones, papeles y vidrio sino además la generación de compost, de gas metano,y la recuperación de minerales y metales (por ejemplo, los residuos electrónicosque ingresan en la denominada “minería urbana”). odos estos residuos (orgáni-cos o inorgánicos) se convierten en nuevos nichos de mercado con sus respectivasofertas, demandas, precios, rentabilidades. Esto ha ido de la mano de desarrollos

    científicos y tecnológicos que van desde el diseño de una picadora de PE, hastamaquinarias para la captación de gas metano. Junto a esto, la necesaria e inevita-ble expropiación de fuerza física (Vergara, 2011) de quienes, sea caminando enlas calles, pedaleando, empujando carros, arrastrando bolsones o moviendo losbrazos rápidamente en la cinta para clasificar, hacen posible el reciclaje.

    Como otrora Marx lo advertía, eran los obreros del siglo XIX, en plena etapade industrialización, los que hacían posible que los objetos tuvieran un “valor”que sólo podía ser dado por la fuerza socialmente humana de trabajo. Comoentonces, pero en virtud de la heterogeneidad del mundo del trabajo actual y de

    sus metamorfosis, en el que conviven desde las novedosas formas de prestación deservicios, terciarización, hasta los modos tradicionales de producción, el trabajohumano sigue siendo el eje central para la creación de valor.

    Si reparamos en la relación entre sujetos y objetos advertimos una inversiónpor la cual éstos últimos son los que “mandan” a los primeros. Por caso, el dilemade qué juntar y en qué época del año se determina en gran parte en función de lacotización y disponibilidad del objeto, y no de aquello que pueda o logre con-

    3 Utilizo este término a fin de dar mayor fuerza a la dicotomía con los objetos.

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    seguir con mayor facilidad quien recupera. A lo largo de casi 8 años en distintasciudades, con distintos actores, advertí las “sensatas” explicaciones de muchos

    de los recuperadores, en virtud de esa especie de familiaridad que van tejiendoen el correr del tiempo con los residuos, a quienes se les conoce sus secretos, sussonidos, sus texturas, sus formas, sus caprichos. Sin embargo, los residuos, objetosdesechados, mercancías muertas, a punto casi de ser enterradas para siempre (lassemejanzas con el ciclo de vida y los rituales de sepultura son más que evidentes)encuentran la posibilidad de resucitar y ascender al “reino de las mercancías”.Vuelven a tener vida, vuelven a ser pesables, valuables, comercializables, es decir,recuperan y actualizan todas estas potencialidades que se convierten efectivamen-te en el hecho de que son pesadas, valuadas, comercializadas. Los sujetos mientrastanto sobre-viven de las sobras.

    En cuanto a las prácticas y percepciones, es posible identificar al menos tresconjuntos que pueden brindar indicios de ciertas naturalizaciones:

    Por un lado, la de quienes siendo recuperadores, circulan por las calles o in-gresan a basurales a cielo abierto, sin participar en ningún tipo de organizacióncolectiva. Dado su alto grado de fragmentación, no trabajan de manera explícitaen articulación con otros (aunque sí, en muchas ocasiones se conocen las zonas delos otros, o los negocios, los cuales pueden ser objeto de respecto o disputa), a ex-

    cepción de los que integran el núcleo familiar. Aquí también debemos considerarlas relaciones con los dueños de depósitos particulares, que a veces pueden brin-dar beneficios en función de la antigüedad, de la confianza, de las deudas con-traídas, entre otros. Esta situación que se inscribe en la  percepción del trabajadorindependiente  (Vergara, 2012), se articula en muchos casos con la naturalizaciónde determinadas condiciones de precariedad, informalidad y a veces, explotaciónque reducen el campo de posibilidades para que se hagan visibles demandas, pro-testas, conflicto. Estas prácticas anudadas en la lógica del ‘si no salís no comés’,hacen que claramente las urgencias diarias de quienes no tienen garantizado un

    ‘salario’ a fin de mes, sea el principal problema a resolver.Por otra parte, encontramos a quienes trabajando de la recuperación integran

    colectivos, básicamente cooperativas lo cual significa muchas veces una especie de“nominación” que les da prestigio, reconocimiento social, en tanto son “vistos”-pese a la invisibilidad que los atraviesa dadas sus condiciones de vida- por unactor gubernamental o no gubernamental. Son llamados  casi como emulando elsentido de vocación que Weber encuentra en el pensamiento calvinista, tendien-te a salvar la angustia frente a lo incierto de la predestinación. Su ingreso, en lamayoría de los casos supone una no conflictividad hacia afuera, que en muchos

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    casos se metamorfosea en conflictos internos, intergrupales, interpersonales, deproductividad, por las vacaciones, por los horarios, pero que son fragmentados,

    aislados, temporarios.El cierre espacial establecido por los municipios de mano de empresas privadas

    de seguridad que muchos de los rellenos sanitarios tienen, impiden el ingreso de“ajenos” al lugar, a fin de evitar incendios, o que se roben materiales previamen-te separados por las cooperativas. Esto también contribuye a cierta sensación-percepción de ser “diferentes” y distinguidos al menos, en relación con los otrosrecuperadores que quedan fuera de estos espacios.

    Por último, podemos considerar las percepciones y prácticas de organismosinternacionales, dependencias estatales, organizaciones no gubernamentales quealientan la cooperativización de la pobreza. Es decir, se busca una manera de darformalidad a lo informal, inclusión a los excluidos, ocupación a los inempleables,resguardar el trabajo infantil presente en esta actividad. Con esto, se desanclala actividad de los procesos estructurales que la han configurado, a partir de lastransformaciones promovidas por los mismos organismos internacionales. Enotros términos, los Programas de Ajuste Estructural reconfiguraron gran partede la estructura productiva, la legislación laboral, y fomentaron en parte el desa-rrollo del sector privado vinculado a los residuos. De hecho, la privatización de

    los servicios municipales de recolección de residuos en las principales ciudadesargentinas puede constituirse en una de las primeras inserciones de importantesempresas de ingeniería y construcción de obras que van desde autopistas hastarellenos sanitarios (Vergara, 2014c).

    Desde esta trama conformada por tales procesos identifiqué a la “paradoja de larecuperación”, como ese juego contradictorio que casi siempre da como ganadoresa los objetos-residuos-desechados. Son ellos los que se recuperan, son ellos los queingresan a la economía formal como mercancías, son ellos los que absorben eseplus de trabajo humano que les devuelve la vida y los resucita de su condición de

    “basura”. Esto se hace evidente al menos, tanto en términos económicos a partir delas desigualdades que presentan las cadenas de valor de cada uno de los materialesreciclables, como así también en virtud de las condiciones materiales de existenciade quienes viven de los desechos. La suciedad y sus astutas formas de contagiar todolo que toca se convierte allí, para quienes recuperan residuos en la forma habitualde cercanía, conexión y dependencia. Unos se vuelven tan sucios y feos como aque-llos. Sujetos y objetos parecieran hacer posible el “rol playing” pero solo duranteun tiempo, hasta que los segundos logran dejar el juego, dejar a los sujetos, paraingresar al circuito formal de los materiales reciclables. Los primeros, en virtud de

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    procesos estructurales, de trayectorias biográficas, quedan imposibilitados de con-vertirse en prestadores de servicios de higiene ambiental, en generadores de valor

    adicional, en empresarios de la basura: apenas hacen lo que el mercado les deja,apenas recuperan en los estrechos y exiguos resquicios de una cadena de acopiado-res, depósitos y políticas públicas. Aún, cooperativizados, aún bajo cierto “amparo”por parte de los municipios, los mayores y más importantes sectores del negocio dela basura son manejados por importantes empresas, que disponen de capital parainvertir en tecnología de punta para el reciclaje de residuos.

    La paradoja de la recuperación se articula con la “colonización de lo domésti-co” (Vergara, 2014b), que se da particularmente en los recuperadores que buscanmateriales en las calles y utilizan sus viviendas como pequeños depósitos transi-torios. La colonización supone un proceso de invasión del espacio del hogar ylas respectivas modificaciones en las prácticas y percepciones de lo cotidiano quehacen que muchas familias vivan y se hagan a la medida de los residuos, en virtudde su potencial valor mercantil.

    Estas categorías se (re)arman con una particular “sensibilidad de los desecha-bles” (Vergara, 2014a) por la cual, el mundo se percibe y siente desde lo feo, loagrio, lo sucio, lo roto, lo gastado, lo que ya fue tirado por otros y hay que juntar,cargar y cuidar.

    Esta es una mirada posible de la recuperación de residuos que intenta conectarlas experiencias cotidianas con lógicas propias del capitalismo actual, donde eltrabajo, la desigualdad y la soportabilidad (Scribano, 2010; Cervio, 2010; D’hers,2011) siguen jalonando sus posibilidades de sostenimiento.

    En este sentido, podríamos preguntarnos además, si el reciclaje instalado ennuestras sociedades opera como una especie de fantasía social, sensu Scribano,4 que viene a remediar muchos de los efectos nocivos que la producción, el con-sumo, la disposición final de residuos generan en la naturaleza. Y que, ademástendría la capacidad de generar fuentes de trabajo (las únicas posibles para ciertos

    agentes sociales con particulares biografías y trayectorias laborales).Una de las astucias de una fantasía que operara así, sería la de borronear los

    procesos estructurales que condujeron a un importante grupo de la poblaciónlatinoamericana a vivir inevitablemente de las sobras (del consumo) del resto. Sea

    4 El autor ha desarrollado esta categoría en diversos artículos de revistas y capítulos de libros. Entreellos se pueden citar Scribano (2004, 2005, 2008). La preocupación por las fantasías sociales estápresente en Norbert Elias, y el análisis ligado a los imaginarios sociales aparece en los estudios de

    Bronislaw Baczko.

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    por las transformaciones de las estructuras productivas que generaron desempleotanto en las industrias como en el campo; sea por las flexibilizaciones y nuevas

    formas en que se reguló desregulando el mercado laboral.Otra de las astucias sería la de volver difusos los vínculos entre capitalismo-

    naturaleza-sociedad, dejando en el trasfondo intacto al primero y, sosteniendo laescisión entre los otros dos abogar por aquello que la sociedad puede hacer por lanaturaleza (como si la naturaleza no estuviese ya, socializada y como si lo huma-namente social, no fuera parte de esa naturaleza).

    Siguiendo esta inquietud, o por qué no, una hipótesis de trabajo, cabría laposibilidad de sospechar en una serie de fantasmas que perpetúan el miedo, lainacción. El fantasma del desempleo, la expulsión y la imposibilidad de con-sumir se tornan cómplices de la fantasía del reciclaje para quienes viven de losresiduos.5 

    No estaría demás, pensar que entre estos fantasmas y fantasías, los organismosinternacionales han sostenido y promueven acciones tendientes a la conforma-ción de cooperativas a los fines de consolidar una estructura ‘productiva’ de insu-mos para las industrias, de bajo costo (dado que quienes recuperan sólo cobranpor el peso de los materiales y no por el trabajo/servicio realizado) y de baja con-flictividad laboral. Aquí el Estado además parece intervenir vía subsidios, planes

    sociales, aportes para el mantenimiento de plantas de reciclaje, cuya rentabilidadde otra forma, las haría económicamente inviables.En este marco, otro actor insoslayable está constituido por los vecinos cuyas

    prácticas, después de consumir y desechar facilitan o dificultan la labor de quienesrecuperan residuos. Otra línea de estudios se abre desde aquí y podríamos tam-bién interrogarnos acerca de cuáles fantasmas y fantasías operan en estos sectores,en relación a lo feo, lo sucio, lo que tiene olor, lo que está roto, lo que ya no sirve,lo que puedo “dar” como “nuevo” porque lo usé mucho tiempo. Y cómo aparecela pulcritud, la blancura, la limpieza en relación a los distintos lugares de nuestras

    ciudades fragmentadas.6  Recuerdo por ejemplo, que una recuperadora me co-mentó que en su barrio no pasaba la recolección diferenciada que sí funcionabaen el resto de la ciudad, y por esta razón ella no clasificaba en origen. Residuos,vecinos y barrios diferentes y diferenciados.

    5 En otro lugar hemos trabajado estas líneas de análisis de fantasmas y fantasías en los recuperadoresde residuos. CFR Lisdero y Vergara (2010).6 Frantz Fanon (2007) muestra cómo se configuran dicotómicamente las ciudades en tiempos

    colonización. Podríamos pensar en algunas similitudes con lo que intento mostrar aquí.

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    En los pliegues de estas tramas estructurales, de muchos condicionamientos ylimitaciones, es posible encontrar sin embargo, prácticas, percepciones y emocio-

    nes que van más allá de la instrumentalidad de la acción, que escapan de la lógicamercantil. Prácticas, percepciones y emociones ligadas al amor filial, al amor con-yugal, a la reciprocidad que no solo ayudan a soportar la vida cotidiana, sino quepermiten advertir otras potencialidades, senderos y porvenires.

    En los capítulos que integran esta compilación heterogénea en muchos sen-tidos, se abordan muchas de estas dimensiones, de allí que una forma de organi-zación interna fue el agrupamiento de los escritos en cuatro ejes que se articulancon un Interludio y conducen hasta el Epílogo.

    El primer eje se denomina Gestión de residuos y política. Allí se incluye el artí-culo de Victoria D’hers y Cinthia Shammah, en torno a la gestión de residuos anivel municipal, en tanto esta esfera estatal es la primera receptora de las deman-das por residuos, lo que supone un rol destacado en cuanto a la gestión. A partirde la comparación de las gestiones en 5 municipios de Argentina, las autorasconstruyen categorías que abarcan desde lo normativo hasta la identificación delos actores intervinientes.

    Santiago Sorroche, por su parte, nos abre las puertas de los entretelones de lasarticulaciones políticas en una cooperativa y su participación en una red interna-

    cional. Siguiendo el enfoque de la Economía Política en Antropología, se interesapor las circulaciones, fricciones y conexiones entre representantes de cooperativasy otras organizaciones a nivel internacional. Así busca mostrar no sólo lo queaprenden, sino lo que pueden aportar desde experiencias locales.

    El segundo eje, rabajo, comprende las experiencias de recuperadores en doscircunstancias diferentes. Santiago Bachiller aborda el caso de los recolectoresante la clausura de un basural a cielo abierto en Comodoro Rivadavia, explorandosus imaginarios respecto al trabajo, al futuro, a lo que se pierde, a lo que vendrá.

    Cecilia Cross por su parte, presenta dos dimensiones en relación al significado

    de lo que es trabajar para los recuperadores. Una, es el análisis de la construccióny puesta en marcha de una planta de clasificación de residuos sólidos urbanos enel Área Reconquista desde donde se vislumbran las demandas y los conflictos entrelos recuperadores, el CEAMSE y el Estado, cuyo saldo es la negación del reconoci-miento a su condición de trabajadores. Por otro, las experiencias laborales de una joven hasta el ingreso a la planta, desde donde la autora se permite construir una jerarquía de valoraciones ascendente desde la changa hasta el trabajo asalariado.

     Adrián Scribano, en su “Interludio”, reflexiona en torno a los desechos,el consumo y el disfrute, tomando en forma metonímica la actividad de los

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    recuperadores para dar cuenta de lógicas particulares de la sociedad capitalis-ta actual en términos de depredación y sacrificios. Esto permite repensar la

    marginalidad. En las tramas que forman consumo-desecho-depredación esposible comprender ciertas prácticas sociales que se performan en la sociedadcapitalista actual, cuyo estado de normalización pasa por el disfrute inmedia-to vía el consumo.

    En el tercer eje, titulado Subjetividades , encontramos la propuesta de SebastiánCarenzo quien muestra cómo aparecen ciertas materialidades incómodas que seimbrican con praxis creativas por parte de integrantes de una cooperativa de La Ma-tanza. En esta línea se explicita una relación novedosa entre sujetos y objetos. El au-tor se propone ir más allá del análisis de los objetos que circulan para dar paso a unaprovocadora pregunta respecto del lugar de la materialidad como mediación, quepermite constituir esquemas de clasificación sensoriales pero además tecnologíasque desafían el conocimiento científico-tecnológico formal y la lógica mercantil.

    Hernando Herrera, por su parte, da cuenta de lo cotidiano en los recuperado-res de residuos de Villa María (Córdoba), considerando un periodo reciente de laactividad del reciclaje. Parte para ello, del supuesto de que el contexto social operacomo trasfondo, brindando elementos imprescindibles para conocer y dominar elmundo. Este contexto moldea el mundo subjetivo, sus sentidos y significaciones.

    De este modo, analiza ciertos ejes temáticos en relación al trabajo, a la relacióncon otros en las calles, los acopiadores, la familia, que dan cuenta de las per-cepciones y significados que se construyen en el marco de desventajas laborales,educativas, precarias condiciones de vida, entre otros.

    El cuarto eje, Género y residuos, presenta con mayor énfasis el lugar de lasmujeres en esta actividad. Claudia Marinsalta  da cuenta de las relaciones intergé-neros de quienes recuperan residuos en Bahía Blanca, en el marco de un procesosocio-económico que, al menos desde los ’90 en Argentina se vio atravesado porla globalización, el neoliberalismo y la crisis de 2001. En este marco, establece

    una relación entre trabajo informal y feminización de la fuerza de trabajo quedeja a un importante sector de las mujeres en lugares deteriorados, subordinados,discriminados. Esto permite advertir las tensiones entre mujeres y varones enrelación al modelo predominante de varón proveedor.

    Quien escribe, presenta una propuesta teórica del abordaje de las percepcio-nes, analizando en particular una, que se observa de manera recurrente en lasmujeres. La percepción de proveer como ama de casa constituye una zona gris,intermedia, tensional, entre los ámbitos de trabajo en las calles o rellenos y eldoméstico-hogareño.

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    El libro culmina con un Epílogo que pretende ser apertura para nuevas re-flexiones e indagaciones y que atraviesa transversalmente a todos los capítulos a

    partir de la noción de suciedad, que examina Mauro Koury . Antes de abandonar estas primeras páginas quiero agradecer de manera es-

    pecial a Adrián Scribano por el apoyo brindado desde el momento cero, para laconcreción de esta publicación.

    Otro agradecimiento especial a Mauro Koury, por su amable disposición aformar parte de esta compilación.

    Finalmente, a los investigadores y a las investigadoras que aceptaron y confia-ron en esta propuesta, sumando a este libro sus contribuciones.

    Bibliografía CERVIO, Ana (2010) “Recuerdos, silencios y olvidos sobre ‘lo colectivo que supimos

    conseguir’. Memoria(s) y olvido(s) como mecanismos de soportabilidad social”.RELACES (Revista Latinoamericana de Estudios sobre Cuerpos, Emociones y Socie-dad) Nº 2, pp.71-83. Disponible en: http://www.relaces.com.ar/index.php/rela-ces/article/view/59/42. Fecha de consulta, 15/01/2015.

    D’HERS, Victoria (2011) “La materialidad de la sombra. Abyección y cuerpo

    en la definición de la basura”. RELACES (Revista Latinoamericana de Estudiossobre Cuerpos, Emociones y Sociedad)  N° 5, pp.62-74. Disponible en: http://www.relaces.com.ar/index.php/relaces/article/view/92/76. Fecha de consulta,15/01/2015.

    FANON, Frantz (2007 [1961]) Los condenados de la tierra . México: FCE.LISDERO, Pedro y VERGARA, Gabriela (2010). “Promesas y desencantos de los

    ’nuevos’ trabajos. Un análisis de los mecanismos de sujeción en los recuperadoresde residuos”. Pensamento Plural  N° 6, pp. 97-121.

    SCRIBANO, Adrián (2004) Combatiendo fantasmas . Chile: Ediciones MAD.

    ___________ (2005) Itinerarios de la protesta y del conflicto social . Córdoba: Copiar-UNVM,

    CEA-UNC.___________ (2007) “La sociedad hecha callo: conflictividad, dolor social y regula-

    ción de las sensaciones”. En Adrián Scribano (comp.), Mapeando interiores . Cór-doba: Universitas. pp. 119-143.

    ___________ (2008) “Fantasmas y fantasías sociales: notas para un homenaje a .W. Adorno desde Argentina”. Intersticios  Vol. 2, pp. 87-97. Disponible en: www.in-tersticios.es/article/download/2791/2129. Fecha de consulta, 15/01/2015.

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    ___________ (2009) “A modo de epílogo ¿Por qué una mirada sociológica de loscuerpos y las emociones?”, en: Adrián Scribano y Carlos Figari (comps.), Cuerpo(s),

    Subjetividad(es) y Conflicto(s). Buenos Aires: CLACSO-Ciccus. pp. 141-151.___________ (2010) “Primero hay que saber sufrir…!!! Hacia una Sociología de la

    ‘espera’ como mecanismo de soportabilidad social”, en: Adrián Scribano y PedroLisdero (comps.), Sensibilidades en juego: miradas múltiples desde los estudios socialesde los cuerpos y las emociones. Córdoba: CEA-CONICE. E-book, pp.169-192.

    VERGARA, Gabriela (2011) “Capitalismo, cuerpos y energías en contextos de ex-pulsión. Experiencias de trabajo en las mujeres recuperadoras de residuos de Cór-doba y San Francisco”. Astrolabio Nueva É poca  N° 7, pp. 115-142. Disponibleen: http://revistas.unc.edu.ar/index.php/astrolabio/article/view/492/533. Fechade consulta, 10/12/2013.

    ___________ (2012) “Experiencias de la doble jornada en mujeres recuperadorasde residuos de Córdoba en la actualidad. Un análisis de sus tramas corporales,percepciones y emociones”, tesis de doctorado en Ciencias Sociales, Universidadde Buenos Aires, inédito.

    ___________ (2014a) “Emociones, cuerpos, residuos: un análisis de la soportabili-dad social”. RSBE - Revista Brasileira de Sociologia da Emoçã o Vol. 13, N°.37, pp.43-58. ISSN 1676-8965.

    ___________ (2014b) “La ‘colonización de lo doméstico’. ransformaciones espa-ciales y subjetivas en las mujeres recuperadoras de residuos en Córdoba (Argenti-na)”. Revista OBES  Vol. 9, N° 1, pp.195-218. Disponible en: http://hdl.handle.net/10045/39562. Fecha de consulta, 06/12/2014.

    ___________ (2014c) “Estructuración, prácticas y sensibilidades en los recuperado-res de residuos (Córdoba, Argentina)”. Boletín Científico Sapiens Research, secciónSociologando, editado por Angélica De Sena (UBA-Argentina) y Begoña Enguix(UOC-España). ema del llamado a artículos: «Neoliberalismo, marcas y procesossociales en el siglo XXI».pp. 45-49.

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    GESTIÓN DE RESIDUOS  Y  POLÍTICA 

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    Políticas y prácticas en torno a la gestión de los RSU.Un estudio de cinco ciudades de Argentina 1

    Victoria D’hers y Cinthia Shammah

    Introducción

    La gestión de residuos sólidos urbanos2

     ha estado a lo largo de los últimos diezaños tanto en la agenda del gobierno como en la agenda pública. Por parte delgobierno, apuntando a dar respuesta a una problemática urbana que se acrecientaa diario, impacta sobre la gobernabilidad y genera un alto presupuesto con altoscostos ambientales. Respecto a la sociedad, se han generado demandas por laminimización de residuos y por la negativa al enterramiento masivo y la accióncolectiva de recuperadores incidiendo y participando del proceso de gestión.

    Este proceso se viene desarrollando desde lo formal-informal (Pírez, 1994) haciaincentivos de dar mayor formalidad al tratamiento y recuperación (Carré, D’hers,

    Shammah y Verrastro, 2013). De este modo, la “gestión” se ha convertido en lapunta de lanza para trabajar en una agenda ambiental municipal y poder diseñar eimplementar un plan donde se superponen en el territorio local, diversos niveles deEstado y la articulación de diversos actores tanto públicos como privados.

    Dicho esto, podemos observar que en los últimos años se produjeron cambiossustantivos en la gestión de residuos en diversas ciudades del país que apuntan adisminuir el impacto ambiental, valorizar los residuos y formalizar los circuitosde recuperadores urbanos. En diversas ciudades se desarrollaron distintas políticaspúblicas, ya sea por variables de contextos socio-económicos, por las distintas

    trayectorias en la gestión ambiental, por la modalidad particular con la que searticulan los vínculos entre el sector público y privado, entre otras cuestiones.

    Esto ha implicado por parte de los diversos niveles de gobierno avancesen normativas de distinta índole, subsidios para apoyar la acción municipal,

    1 Agradecemos la inestimable colaboración para este artículo de España Verrastro y María Comelli,grandes compañeras en el trabajo.2 Definida por la ENGIRSU como un sistema basado en el “desarrollo sostenible“, con el objetivo

    primordial de mejorar la salud de la población, y la preservación ambiental.

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    asistencia técnica, programas de capacitación, educación e inclusión social,entre otros.

    En este escenario, el municipio, receptor de las demandas ambientales por supotestad sobre los residuos, presenta un rol clave y complejo, alta responsabili-dad en el diseño e implementación de la gestión que exceden su capacidad y seconvierten en demandantes de recursos tecnológicos, económicos y técnicos. Lagestión implica tanto la coordinación interjurisdiccional, como también entrediversos actores por fuera del Estado. Es por esto que las políticas municipalesson y seguirán siendo estudiadas desde diversos ejes y relacionadas con múltiplescuestiones. Existen diferentes trabajos que han realizado diagnósticos sobre lagestión de residuos en Argentina (Rossi, Sarafián, Cittadino y Castiglione, 2002;González, 2010), otros han analizado el rol del gobierno local en la gestión deresiduos en Argentina (Pírez, 1994; Bertolino, Fogwill, Chidiak, Cinquangelis yForgione, 2007; Schejtman y Irurita, 2012).

     A nivel general, según indica Vergara (2014),

    Los programas de ajuste estructural reconfiguraron gran parte de laestructura productiva, la legislación laboral, y fomentaron en parte eldesarrollo del sector privado vinculado a los residuos. De hecho, la pri-

    vatización de los servicios municipales de recolección de residuos en lasprincipales ciudades argentinas puede constituirse en una de las prime-ras inserciones de importantes empresas de ingeniería y construcción deobras que van desde autopistas hasta rellenos sanitarios (47).

     Así, en el nivel nacional se producen cambios normativos que explicitan lascompetencias y obligaciones del gobierno municipal y establecen las pautas deproyección, sin considerar los mecanismos de puesta en práctica (Verrastro, 2009;Schejtman e Irurita, 2012). En términos de política pública, se plantea el formato

    de un diseño de programas , pero con escasos métodos para su implementación. Anivel económico, el Estado Nacional generó mecanismos desiguales frente a la de-manda municipal, los principales subsidios son dados por bancos internacionalespara la construcción de plantas y la creación de rellenos sanitarios con tecnologíade ingeniería sanitaria.

    Entendiendo que hay al menos dos sistemas en disputa, uno basado en la dis-posición, y otro de recuperación definido como R (Carré et al., 2013), el primerocon intereses de mayor traslado, transporte y enterramiento; el segundo con mirasa la valorización del residuo desde una visión de sustentabilidad ambiental, encon-

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    tramos en este interjuego de intereses dos actores aparecen como relevantes: losmunicipios/los recuperadores.

    El objetivo del trabajo se dirige a identificar y describir la  gestión de residuossólidos urbanos en cinco ciudades seleccionadas en función del peso significativo3 que tiene esa ciudad para la provincia: Mendoza (Mendoza), Córdoba (Córdoba),CABA, Rosario (Santa Fe) y Bariloche (Río Negro). Las ciudades citadas corres-ponden a la zona centro, Cuyo y Patagonia que han desarrollado diversas iniciativaslocales, avanzado en ordenanzas respecto a residuos, planes de gestión integrales yproyectos que apuntan a la minimización y disposición controlada de residuos.

    eniendo en cuenta la dinámica en la cual son los recuperadores quienes rein-sertan los residuos al circuito de valorización nos preguntamos ¿hasta qué puntoesto implica un cambio de modelo? ¿La presencia de cooperativas indica unamayor inclusión social y participación real? Las preguntas de investigación apun-tan a: ¿cuáles son las acciones desplegadas por los municipios? ¿Cómo se puedencaracterizar los modelos de gestión en las ciudades? ¿Qué actores intervienen enel proceso? ¿Qué indicadores permiten explicar los avances  respecto a la GIRSU?¿Cómo se caracteriza el diseño e implementación de políticas de RSU? En parti-cular, se intenta explicar en qué medida las políticas reflejan el proceso de cambiohacia mayor minimización y tratamiento de los residuos, con inclusión de diver-

    sos actores y con diversos modos de trabajo. A modo preliminar, y guiado por estas preguntas, en este artículo se analiza lagestión en base a los siguientes ejes: planes de gestión de residuos, marco normativo yestructura municipal, sistemas de recolección, tratamiento y disposición final y acto-res que intervienen. Finalmente, se propone un cierre provisorio hacia nuevos análisis.

    La gestión de residuos en cinco ciudadesEn el presente escrito se seleccionaron 5 ciudades relevantes de la Argentina,

    que permiten dar cuenta del avance en la gestión de residuos. Dichas ciudadescorresponden a la zona centro, Cuyo y Patagónica, que han avanzado en diversosejes: ordenanzas respecto a residuos, planes integrales de gestión y proyectos queapuntan a la minimización y disposición controlada de residuos, y a la participa-ción de recuperadores en el proceso de gestión.

    3 Estos municipios son relevantes para estas provincias por diversas cuestiones: tres son ciudades

    capitales de provincias, todas generan importantes recursos económicos para la provincia.

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    Tabla 1: Los municipios en datos

    Habitantes1 Superficie(en Km2)oneladas diarias

    dispuestas Plan GIRSU

    Mendoza  114.822 57,57 390 2004

    Bariloche 112.887 220,27 48852

    2008

    Córdoba 1.329.604 576 1800 a 2000 2008

    Rosario 948.312 178,69 830 2001 actualizado al2004 y 2008

    2006 (Plan máximareducción)

    CABA 2.776.138 202 4500 20051Datos del censo 2010 INDECFuente: elaboración propia 

     A grandes rasgos, la emergencia de la gestión de residuos en estas ciudadestiene características comunes que se deben tener en cuenta: por un lado, la pre-sencia de recuperadores generando valor en el residuo, y las protestas sociales de

    comunidades próximas a sitios de disposición final. Por otro, observamos que segeneran avances legislativos en distintos niveles de gobierno que plantean unapresión sobre la gestión local.

    La presencia de recuperadores se visualiza notablemente en el caso de Rosario,Ciudad de Buenos Aires y Córdoba, donde durante el 2001 emergieron recuperado-res que pusieron en escena la valorización de los residuos. Esta expresión se plasmó enpolíticas y legislación que apuntaron a la minimización. anto en CABA como en Ro-sario se plantearon propuestas de Basura 0 . Rosario pareciera corporizar la vanguardia

    de la separación en origen de residuos en el territorio argentino, aunque con impactopoco efectivo. En 1994 implementa el programa Separe  y comienza un avance en lagestión de residuos apuntando diversos hitos: la conteinerización, la inclusión socialde los recuperadores, la progresiva disminución de residuos dispuestos en rellenos. Enla Ciudad de Buenos Aires este proceso comienza en 2002 con legislaciones que re-conocen la acción de recuperadores y establecen metas de disminución progresiva deresiduos. Con diversos conflictos4 en la última licitación dividió los residuos húmedos

    4 La disposición de residuos en la provincia de Buenos Aires obligó a la CABA a desarrollar un

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    de los secos y para estos últimos incorpora a la tarea formal a los recuperadores. A lavez incorpora la tarea articulada de recolección formal de residuos entre las empresas y

    las cooperativas en todas las villas y asentamientos. Así como en la Ciudad de Buenos Aires se generó una fuerte tensión con la provincia de Buenos Aires por la disposiciónde residuos en el relleno sanitario de CEAMSE que llevó a generar una estrategia dedisminución con el diseño y desarrollo de plantas de tratamiento, en Rosario se mo-vilizaron barrios lindantes al sitio de disposición junto a organizaciones ambientalistaspara exigir la ejecución de metas de minimización pautadas en la legislación.

    Córdoba, Mendoza y Bariloche apuntan a un sistema de gestión de residuosa partir de protestas sociales generadas en torno a los sitios de disposición final . Entodos los casos disponían residuos en basurales a cielo abierto: Córdoba y Men-doza disponen sus residuos en sitios afuera de la ciudad (Córdoba junto a 25 mu-nicipios, y Mendoza junto a 3 municipios en Las Heras El Borbollón). Bariloche, junto a Dina Huapi, dispone en su propio territorio.

    La adecuada disposición de residuos en las ciudades analizadas ha sido el ini-cio para desplegar un plan de acción integral. Las protestas sociales han visibiliza-do la problemática desarrollada por barrios lindantes a sitios de disposición. Losrecursos de amparo, cortes de ruta y bloqueos en el acceso al basural, caracterizana las tres ciudades en lo referente a los conflictos sociales; la contaminación es el

    eje que aglutina a los actores movilizados. A partir de esto surgen proyectos paradesarrollar rellenos sanitarios con proximidad de plantas de tratamiento en dondetrabajaran cooperativas de recuperadores.

    Según hemos analizado la gestión de residuos en las cinco ciudades, se pue-den plantear tres etapas clave a partir de la instalación de la problemática delos residuos: a. valorización/conflictos, b. legalización/GIRSU, c. formalización/inclusión. Si bien varían los años se pueden sostener los siguientes períodos, elprimero va desde 1994 a 2001, el segundo desde 2002 a 2010, y el último desde2010 a la actualidad.

    plan de minimización como método para mantener el sistema de enterramiento. ambién segeneraron conflictos con organizaciones ambientalistas por la falta de cumplimiento de las metasBasura 0, y de los procesos de licitación. Los recuperadores urbanos han demandado la necesidadde participar en el proceso de recupero del residuo y las villas y asentamientos han exigido el sistema

    de recolección en sus barrios.

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    Tabla 2: Etapas en la GIRSU en cinco ciudades argentinas

    Conflictos-Valorización1994-2001

    • Está marcada por conflictos tanto de organizaciones ambientalesque se enfrentan al enterramiento masivo, recuperadores que lu-chan por la inclusión y la valorización de residuos y las demandasambientales de barrios próximos a basurales.

    • Los municipios presentan una estructura ligada a la higiene ur-bana, articulan fuertemente con empresas que desarrollan la re-colección.

    Legalización-GIRSU2002-2010

    •  Aparecen la mayoría de los planes GIRSU con varias modificacio-nes en algunas ciudades.

    • Se desarrolla una nueva normativa que apunta a formalizar el recu-

    pero, el tratamiento y el saneamiento de sitios de disposición final.• Se establecen programas de separación en zonas circunscriptas dela ciudad, comienzan proyectos de articulación con recuperado-res. Sin embargo, continúan los conflictos por su participación yformalización.

    • Los municipios avanzan en fortalecer sus áreas ambientales y enconseguir financiamiento para la GIRSU.

    Formalización-InclusiónDesde 2010

    • Las estructuras municipales sostienen dos perspectivas: el higienis-mo y el ambientalismo.

    • Se intenta llevar el sistema de recolección diferenciada a todo elterritorio, los recuperadores comienzan a participar en alguna eta-

    pa de la gestión.• Los conteiners y las Plantas de tratamiento son el modelo a seguirpara la recuperación.

    • Se exige a los municipios la aplicación de los planes y de rendiciónde cuentas ante órganos y ciudadanos.

    • Existen mayores exigencias para las empresas que recolectan, tratan yoperan en los sitios de disposición final.

    Fuente: elaboración propia.

    En estos tres períodos nos interesa la acción de dos actores: los gobiernos

    locales en tanto decisores públicos, los recuperadores como emergentes de la valo-rización. Encontramos similitudes y diferencias entre ambos actores que conside-ramos relevante considerar a los fines de comprender la posibilidad de aplicaciónde los planes GIRSU como están planteados hoy en día.

    Similitudes en tanto se encuentran con capacidad -por su rol- de generar uncambio en el modelo, pero con amplias dificultades para hacer sostenible y expan-sible a todo el territorio la aplicación del modelo GIRSU.

    Diferencias en el sentido de que los municipios tienen una mirada decorto plazo, del mismo modo que los recuperadores requieren para su subsis-

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    tencia sortear el cortoplacismo. Por otro lado, mientras que los municipios sedebaten entre el higienismo –la invisibilización del residuo- y la perspectiva

    sustentable de recuperar y minimizar los residuos, los recuperadores intentanincluir la mirada ambiental a la relación del trabajo con la valorización delresiduo.

    En los apartados siguientes veremos cómo estas problemáticas se despliegan enel nivel de las normas, y de la participación de los recuperadores.

    Distancias y proximidades entre las normas y su aplicaciónLuego de esta breve contextualización general, en este apartado enfocamos

    en el estado actual de la legislación a nivel de cada una de las ciudades referidas.En concreto, vemos que todas las ciudades cuentan con legislación referente ala gestión en sus diferentes momentos. A su vez, si bien se fueron incorporandodiferentes modos de tratamiento, recuperación y disposición diferenciada, aúnestablecen la disposición final por enterramiento. Asimismo, veremos cómo laexistencia de normativa fuerza relativamente, al menos, la tendencia a la formali-zación de esta transformación.

     A nivel nacional, uno de los principales antecedentes institucionales para lagestión de los RSU la encontramos en la Reforma Constitucional de 1994 donde

    se comenzaron a articular las relaciones entre Nación y provincia, sentando basespara cumplimiento en toda la república que pudieran ser complementadas por las jurisdicciones locales. En principio, los mecanismos para la división y articulaciónde funciones fueron parcialmente fijados a partir de la Ley General de AmbienteN° 25.675 del 2002 que reforzó la primacía de las provincias en la aplicación de lapolítica ambiental con la creación de un organismo controlado por las mismas, elConsejo Federal de Medio ambiente (COFEMA) que da origen al sistema federalde coordinación interjurisdiccional.

    En lo que hace a la gestión de los RSU específicamente, en 2004 se sancionó

    la Ley de Gestión de Residuos Domiciliarios N° 25.916. odo esto dio paso almodelo de Gestión Integral de los residuos que amplió la cadena de tratamientoa las nuevas demandas: generación, disposición inicial, recolección, transferen-cia, transporte, tratamiento y disposición final. En sintonía en 2005, la SAyDS5 

    5 La SAyDS establece una política de RSU diferencial en el territorio de la Región Metropolitana de Buenos Aires (RMBA). La principal acción se desarrolla en la Cuenca Matanza Riachuelo, en la cual opera la Autoridad de Cuenca Matanza Riachuelo (ACUMAR) -organismo público que se creó en 2006 mediante

    la Ley N° 26.168 atendiendo a la preocupante situación de deterioro ambiental de la cuenca.

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    publica la Estrategia Nacional para la Gestión Integral de Residuos Sólidos Urbanos(ENGIRSU) que sienta las bases para la implementación de los contenidos legis-

    lativos e instala la noción de Gestión Integral de los Residuos Sólidos Urbanos.Luego, la GIRSU se impuso como el método adecuado para el manejo de los

    RSU tras años de estudio, de numerosas experiencias realizadas en el mundo y delconcurso de las ciencias exactas, médicas, naturales, sociales, económicas y el de-sarrollo tecnológico. Sin embargo, en todas las ciudades siguen vigentes muchosmecanismos asociados al enterramiento masivo de los residuos aunque se aplicanmétodos diferenciales que marcan una tendencia al cambio de modelo, como serla recuperación de materiales reciclables, la generación de biodiesel, y las plantasde compostaje entre otros.

    En los casos en estudio podemos ver diversas formas de incorporación dedicha legislación, las ciudades más avanzadas son Rosario y Buenos Aires. Lagestión de los residuos en la Ciudad de Buenos Aires encuentra una marca signi-ficativa a partir del Decreto N° 9.111, en 1977 bajo el gobierno de facto se creala Coordinación Ecológica Área Metropolitana Sociedad del Estado (CEAMSE),que implicó una fuerte regionalización junto a la provincia de Buenos Aires dela disposición final en rellenos sanitarios.6 Una de las principales legislaciones del2002 que abre paso a una profunda reforma es la ley N° 992 que incorpora a los

    recuperadores de residuos reciclables a la recolección diferenciada en el serviciode higiene urbana, de esta forma legalizaron su actividad. En el marco de la crisiseconómica, social y política argentina del 2001, en donde miles de individuos yfamilias marginados por la pobreza y el desempleo aparecen masivamente en lascalles de la ciudad de Buenos Aires. Los hoy denominados recuperadores urbanos, tomaron la recuperación de residuos reciclables como actividad de supervivencia. A partir de su visibilidad y su accionar aliado a organizaciones de la sociedad civilpusieron en cuestión el modo de gestión de residuos. Así, durante el primer lapsoque va desde el año 2002 al 2005 se abre una disputa legislativa que involucra no

    sólo a la administración pública, sino también a los más grandes grupos econó-micos y a los representantes de los recuperadores urbanos. Luego se sanciona en

    6 Ésta se presenta entonces como una solución integral de ordenamiento, basada en principiostecnológicos que se vinculaban con el progreso y desarrollo local según el sistema de los paísescentrales. El sistema completo de recolección-transporte-tratamiento consiste en que camionesrecolectan los residuos; se trasladan a estaciones de transferencia ubicadas en puntos neurálgicosde la ciudad, próximas a las autopistas urbanas proyectadas. La carga se transfiere a camiones delarga distancia y la transportan por autopista hasta rellenos sanitarios ubicados a aproximadamente

    quince a treinta kilómetros en la Región Metropolitana de Buenos Aires (Carré et al., 2013).

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    2005 la Ley de Gestión Integral de los RSU N° 1854, conocida como “Ley deBasura Cero”.7 

    En este mismo sentido, en 2003 se aprueba en Rosario la Ordenanza 7600que contiene pautas relativas a la disposición inicial, obligaciones de los grandesgeneradores, normas de higiene urbana, infracciones, etc. empranamente, en el2001 la Municipalidad elaboró el Plan GIRSU, el cual fue actualizado en los años2004 y 2008 (a su vez, a nivel provincial, en el año 2009 se aprobó la Ley Provincial13.055, que establece la adopción del Principio de Basura Cero).8 En 2006 la mu-nicipalidad anuncia el Plan Máxima Reducción, que adhiere al concepto de BasuraCero, y contiene metas de reducción de la disposición final (reducción en un 50%para 2015). En noviembre de 2008 se aprueba la Ordenanza 8335 de Basura Cero,la cual plantea metas progresivas de reducción de la disposición final de residuos.9 10

    La gestión de RSU de la Ciudad de Córdoba está enmarcada dentro de laConstitución provincial  (se destacan los Arts. 11; 38; 53; 66; 68). La Ley Pro-vincial del Ambiente Nº 7343, sus modificatorias y decretos reglamentarios,regula las actividades de gestión de RSU. Específicamente, la Ley ProvincialNº 9.088 Regula la Gestión de Residuos Sólidos Urbanos (RSU) y residuosasimilables. Rigen varias leyes ligadas al ordenamiento territorial, en el marcode la evaluación de sitios para crear un sitio de disposición final (Secretaría de

     Ambiente/UNC, 2012: 233). De manera temprana, en 1996, la Ordenanza N°961211 regula la gestión a nivel municipal, con una perspectiva que incorpora la

    7 Los principales aspectos de esta ley son: Ley de gestión integral de residuos sólidos urbanos;adopción del concepto de Basura Cero; metas de reducción; prohibición de la incineración;programas de educación permanentes; separación en origen; principio de responsabilidadextendida del productor; recolección diferenciada; tecnología de transporte; centro de selección;registros de operadores y de cooperativas de recuperadores; tecnologías de tratamiento y disposiciónfinal; régimen de promoción de compra, de incentivos y de créditos; Infracciones; Comisión deSeguimiento de la Sociedad Civil.

    8 Si bien el Plan en sí nunca fue publicado, los ejes del mismo eran: concientización y participaciónde la comunidad; mejorar la Higiene Urbana; disminuir la generación de residuos enviados adisposición final; incorporar el sector informal potenciando la recuperación; lograr un sistema detransporte y disposición final de residuos a nivel metropolitano eficiente y de mínimo impactoambiental.9 Cabe destacar que dicha ordenanza fue elaborada e impulsada por organizaciones ambientalistasde la ciudad y por vecinos de localidades aledañas movilizados ante la posibilidad de recibir basurade Rosario.10 Organismo integrado por la Municipalidad, comunas del Gran Córdoba y el Sindicato deRecolectores de Residuos (Surbac).11 exto completo disponible en: http://www2.cordoba.gov.ar/portal/wp-content/uploads/downloads/

    2013/02/ORDENANZA-N%C2%BA-9612.pdf. Fecha de consulta, 5/11/2014.

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    Tabla 3: Legislación y Estructura Municipal.

    Legislación Estructura municipal

    CABA  N°992/2002Incorpora Recuperadores.1.828/05 – Crea el programa Buenos Aires limpia y 1.854/05 Ley de Ges-tión Integral de los Residuos SólidosUrbanos “Basura Cero”

    Ministerio de Ambiente y EspacioPúblico

    Rosario Plan de Gestión Integral de ResiduosSólidos Urbanos (PIGRSU) 2001

    Subsecretaría de Medio Ambiente

    Córdoba  9.088/03, dentro de Proyecto CórdobaLimpia, Agencia Córdoba Ambiente –Ordenanza 12.107 -Ordenanza N° 9612/06

    Secretaría de Ambiente

    Mendoza  Ley General de Ambiente N°5961/92 -Ley Erradicación basurales N°5970/92

    Ministerio de ierras, Ambiente yRecursos Naturales

    Bariloche Ordenanza GIRSU - 2062-CM- 2010.Ordenanza 2147-CM-11 Emergenciadel vertedero municipal

    Secretaria de Desarrollo Estratégico-Dir. Gral. de M. Ambiente

    Fuente: elaboración propia.

    En cuanto a la estructura municipal, se observa que todas las ciudades han

    centralizado las competencias relativas a la GIRSU. La gestión de los residuosen la Ciudad de Buenos Aires está a cargo del Ministerio de Ambiente y EspacioPúblico. Entre sus funciones se encuentran la responsabilidad de plasmar la GIR-SU con el fin de preservar los recursos ambientales y mejorar las condiciones detrabajo de los recuperadores urbanos.

    En Córdoba, actualmente, la Secretaría de Ambiente lleva adelante el ProyectoRSU, con un convenio entre el Gobierno de la Provincia de Córdoba, la Munici-palidad de Córdoba y Gobiernos Locales del conurbano de la Ciudad de Córdoba,que establece el compromiso de constituir un ente para materializar el equilibrio y

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    la conservación ecológica, la eliminación de la polución ambiental, el saneamientode los acuíferos y de los suelos, constituyendo un objetivo particular la gestión del

    tratamiento y disposición final de los RSU (Secretaría de Ambiente/UNC, 2012: 4).En Rosario, ciudad considerada de vanguardia, con la asunción del nuevo in-

    tendente en 2003 se reformuló el organigrama municipal, uno de los cambios fuela creación de la Subsecretaría de Medio Ambiente, dependiente de la Secretaríade Servicios Públicos y Medio Ambiente. En el ámbito específico de gestión de losresiduos, han existido del período de 2003 a 2012, planes, programas y norma-tivas que han pretendido al menos discursivamente incorporar, tanto, cuestionesambientales (particularmente la separación en origen) como sociales (en cuanto alabordaje realizado hacia la actividad de los recuperadores informales).

    El área de dependencia de la GIRSU en Bariloche es la Secretaría de Desa-rrollo Estratégico. En Mendoza, la autoridad de aplicación es el Ministerio deierras, Ambiente y Recursos Naturales, Unidad de proyectos críticos, DirecciónRSU, que tiene a su cargo el citado Plan Consorcios Municipales con el objetivode lograr la implementación de un sistema GIRSU en todo el territorio provin-cial. Como objetivos particulares, el Plan se propone construir las infraestructurasnecesarias para el tratamiento y/o disposición final de los residuos; y conformarconsorcios intermunicipales.

    De este modo, podemos afirmar que encontramos amplia legislación sobreel tema, con sus especificidades. En general, se ve la situación de Emergencia(2002), resultando en normativa local (2003/2005), y articulándose finalmenteen los planes GIRSU hacia la década del 2010. En esta línea, en todas las ciuda-des vemos una mirada higienista, ligada a la disposición en rellenos sanitarios ylimpieza de basurales a cielo abierto, en superposición con legislación tendiente ala minimización, con referencias a una gestión integral .

     Aunque las ordenanzas fueron sumando a la idea de las 3 R (Reducir, Reciclar,Reutilizar) y formalizándolo de diversas maneras, aún se mantienen dos modelos:

    el tendiente al enterramiento controlado, y el de reducción en origen, con ten-dencias a la formalización de la actividad de los recuperadores.

    Consideramos que hay tres componentes que deben profundizarse en la nor-mativa de cada ciudad: a) el rol del recuperador y su grado de participación realen la GIRSU, b) los marcos en los que deben establecerse las inversiones, la apli-cación de tecnologías “limpias” y c) definir las estrategias de remediación y lasresponsabilidades de los impactos ambientales.

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    Los recuperadores en la dinámica de la gestión.¿Realidad o ficción de participación en la recolección?

    En esta configuración de la gestión de residuos, un actor “de base” se convirtióen un colectivo con poderes variables según la ciudad, pero con cierta participaciónen el ámbito municipal y con la exigencia desde el ámbito nacional de su inclusiónsocial. Ahora bien, aunque se ve su incidencia en el proceso político, se abre lapregunta básica por cuál es el modo de participación real desde el momento en quelos recuperadores urbanos se convierten en parte del servicio municipal en cuantotal. ¿Cuáles son sus intereses? ¿Cómo se establece la toma de decisiones? Así, nosinteresa revisar el sistema de recolección de residuos y a la vez el rol que adquierenlos recuperadores en el proceso, en pos de reflexionar hasta qué punto este modode inclusión (como una de las metas centrales de la GIRSU) no termina por apa-ciguar el trasfondo de conflicto e intereses contrapuestos, funcionando así comouna fantasía  de participación ocultando que las decisiones descansan básicamenteen las empresas ligadas a la gestión, y su reverso, un “mecanismo fantasmático”.En palabras de Scribano, “La eficiencia de los mecanismos fantasmáticos se debeen parte, a su capacidad para ocultar antagonismos. La fantasías operan ocultandoconflictos, haciéndolos visibles sin su antagonismo inherente. Las fantasías socia-les ocultan mostrando. Hacen aceptables conflictos estructurales invisibilizándolos,

    desplazando la mirada social hacia otros objetos de la escenificación fantasmática”(Scribano, 2004: 9, destacado nuestro).En las cinco ciudades el servicio de recolección tiene dos modalidades, la reco-

    lección general y la recolección diferenciada. Los municipios son los responsablesde la recolección, barrido y limpieza de los residuos en sus territorios. El serviciopuede ser público, privado o combinar ambas modalidades. Mientras que en Ba-riloche el servicio de recolección de residuos es público, en Córdoba privado yen Mendoza, Buenos Aires y Rosario es mixto. Cabe aclarar que tanto Rosariocomo la Ciudad de Buenos Aires poseen una zona con recolección municipal para

    poder comparar y evaluar el servicio privado.En Bariloche, el sistema de recolección municipal está compuesto por 13 rutas, de

    las cuales siete poseen una frecuencia de recolección de seis días a la semana mientrasque en las rutas restantes se realiza tres veces por semana. Para ello, el municipio cuentacon siete camiones compactadores operados por un chofer y tres cargadores cada uno.

    En Córdoba, el servicio de recolección está a cargo de empresas privadas di-vididas en dos zonas. La prestación del servicio público de higiene urbana seencuentra dividida en la zona norte y sur del río Suquía y se realiza una vez aldía seis veces por semana, a excepción del área Central donde se realiza dos veces

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    todos los días de la semana. Durante dos años estuvo en manos de la empresaestatal y volvió a privatizarse el servicio, con una mirada por parte del gobierno

    local fuertemente empresarial con una tendencia de costos ascendente constante(ver Levstein, Martos y Pleitavino, 2012).

    anto en Mendoza y Rosario como en la Ciudad de Buenos Aires existe másde una empresa privada operando en cada territorio. En el caso de Mendoza, dosempresas se encargan de recoger los residuos sólidos domiciliarios de la jurisdic-ción municipal todos los días de la semana.

    El servicio de recolección en Ciudad de Buenos Aires se encuentra dividido enseis zonas, una es la zona operada por el Ente de Higiene Urbana (zona testigo) ylas otras zonas están a cargo de empresas privadas. El sistema de recolección com-prende tanto carga manual como carga de contenedores y se realiza una vez por día,siete veces por semana, excepto en la zona céntrica de la ciudad que se recogen losresiduos dos veces al día. anto en Rosario, Mendoza, como en Buenos Aires, lacontratación del servicio privado de recolección es por cuadra limpia.

    Por otra parte, en Rosario la recolección de residuos domiciliarios está divididaen tres zonas, cada una de ellas es responsabilidad de empresas diferentes. Comoparte del Programa Rosario Más Limpia, se municipaliza el servicio de recolecciónde residuos en la zona centro y avenidas de la ciudad en pos de una importante

    mejora en el servicio. Así, SUMAR (Servicio Urbano de Mantenimiento AmbientalRosario), provee el servicio de recolección de residuos domiciliarios en la zona demayor densidad poblacional con la incorporación de contenedores metálicos decarga lateral y una frecuencia diaria. Cabe destacar que Rosario, al igual que Buenos Aires pero muchos años antes, ha llevado adelante un importante proceso de contei-nerización, ya en el 2012 se habían instalado más de 10.000 contenedores, aunquesólo alrededor de 600 eran para materiales reciclables.

    De los casos que analizamos en este artículo, Rosario ha sido la primera ciu-dad que ha intentado avanzar en una GIRSU que articula con una perspectiva

    de economía social. A través del Programa Separe, que desde 1994 impulsa laseparación y la minimización de la basura a través de distintas modalidades (islasde separación en la vía pública, recolección puerta a puerta y centros de recepciónen instituciones), junto con una fuerte política de educación ambiental. Así, estamayor experiencia en el servicio de recolección diferenciada se ve reflejado nosólo en el trabajo coordinado entre el ente autárquico SUMAR y las empresasprivadas de recolección con la Planta de Separación de residuos “Bella Vista”,sino también por la importante participación de recuperadores urbanos a travésde cooperativas de trabajo. Estos son los encargados de recolectar, clasificar y

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    recuperar los materiales reciclables como el papel, cartón, vidrio, metal, plástico,telas e informáticos.

    En los últimos años, la ciudad de Buenos Aires ha impulsado un plan gra-dual de recolección diferenciada que consta de una fuerte campaña de difusión. Además, se han comenzado a instalar contenedores y campanas verdes para losmateriales reciclables, también se han construido cuatro centros verdes y se hanfortalecido las doce cooperativas de recuperadores urbanos encargadas de recolec-tar y recuperar los materiales reciclables en la ciudad.

    Por su parte, Córdoba también posee una política de recolección diferenciadadesde el año 2012 que era coordinado por el Proyecto CRESE Córdoba Recicla 13 dela que participan tanto empresas privadas como el Ente municipal y cooperativasde recuperadores urbanos. Las empresas realizan la recolección domiciliaria de ma-teriales “secos” que son trasladados a los Centros Verdes y al Centro de RecicladoCRESE, donde son separados y clasificados por los recuperadores urbanos parasu posterior comercialización. De esta manera, la recuperación de residuos en losdistintos sectores de la ciudad se efectúa a través de un programa de inclusión enel que participan ocho asociaciones que involucran a más de 300 personas. Con laintención por parte del municipio de ir avanzando en recolección diferenciada sepodrá vislumbrar la participación dada a los recuperadores en el proceso, como la

    perspectiva del municipio que pareciera más favorable al sector privado que a lascooperativas de recuperadores (Levstein et al., 2012). El proyecto CRESE, al crearseel Cormecor, subsistirá con una tarea acotada al funcionamiento de los centros deseparación y reciclado. El Cormecor apunta al tratamiento y disposición de resi-duos para la ciudad de Córdoba y la región metropolitana. Para ello se planifican5 plantas de tratamiento (separación mecánica, neumáticos, compostaje, áridos,voluminosos valorizables).14 Cada planta está pensada para una recuperación inicialy aumentar gradualmente su capacidad, en el caso de la separación mecánica seiniciará con 350 por día y se podrá llegar a 900.

    En cambio, Bariloche y Mendoza cuentan con un servicio de recolección dife-renciada domiciliaria específico. Por un lado, en Bariloche se está comenzando atrabajar en la recolección diferenciada por rutas a través de talleres de divulgacióny concientización además de haber instalado contenedores en algunos sectores

    13 Véase : http://crese.info/; http://www2.cordoba.gov.ar/portal/index.php/secretaria-de-ambiente/crese/. Fecha de consulta, 5/11/2014.14 Véase: http://www.lavoz.com.ar/ambiente/el-complejo-para-la-basura-se-construiria-mediados-

    de-2015. Fecha de consulta, 5/11/2014.

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    de la ciudad para residuos secos y húmedos. Por el otro, en Mendoza a travésde la Dirección de Gestión Ambiental y Desarrollo junto con el Ministerio de

     Ambiente y Obras Públicas, desarrolla algunos programas de recolección diferen-ciada y reciclado de PE, pilas, papel, aceites vegetales a través de la disposiciónde distintos puntos. Mientras que en Mendoza no parece haber articulación concooperativas de recuperadores urbanos, la municipalidad de Bariloche mantieneun estrecho vínculo con la Asociación de Recicladores Bariloche (ARB), en la quetrabajan alrededor de setenta recuperadores realizando actividades de reciclaje enforma de cooperativa. El municipio le otorga un subsidio mensual para gastosadministrativos, insumos y elementos de seguridad personal. Si bien no realizanla recolección puerta a puerta, poseen un galpón, máquinas enfardadoras paraplástico y cartón, chipeadoras, montacargas y camioneta.

    Tabla 4: Dos modalidades de recolección: generalizada y diferenciada 

    Recolección generalizada Recolección diferenciada  

    Córdoba  Privada Varias empresas privadasContratación: cuadra limpia 

    Proyecto CRESE Córdoba ReciclaEmpresas + Ente + recuperadoresInicios de contenerización gradual

    Mendoza  Mixta Varias empresas privadasContratación: cuadra limpia  Programas de recolección diferenciaday reciclado de residuos puntuales.Puntos de recolección en la ciudad.

    Rosario Rosario más limpia Mixta Varias empresas privadasContratación: cuadra limpia Conteinerización 100%

    Programa SEPARE islas de separaciónen la vía pública, recolección puerta apuerta y centros de recepción en insti-tucionesEnte + empresas + recuperadores

    CABA  Mixta Varias empresas privadasContratación: cuadra limpia Conteinerización gradual

    Licitación de Secos a través de contei-ners y puerta a puertaRecuperadores

    Bariloche Publica Inicio de recolección diferenciada concontainers para residuos secosRecuperadores

    Fuente: elaboración propia.

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    camiones municipales y enviados a una empresa que se encarga de su respectivotratamiento.

    En la ciudad de Buenos Aires, el tratamiento se realiza en los Centros Verdes,en las plantas de tratamiento ubicadas en el CEAMSE y en las Plantas Sociales.En la última licitación pública se separaron los residuos secos (recolectados porrecuperadores) de los húmedos (recolectados por empresas privadas/EHU). Porotra parte se planea colocar campanas en toda la ciudad y se está generando tra-tamiento de diversos residuos, además de los reciclables, para los áridos, poda.Esto le permitió disminuir hasta un 30% la cantidad de residuos dispuestos enCEAMSE.

     Al considerar la disposición final, el escenario se torna conflictivo. En todaslas ciudades analizadas, la problemática de los basurales a cielo abierto es una delas más acuciantes. En Rosario, los esfuerzos se concentraron en cerrar 20 micro-basurales e instalar Puntos Verdes para la recolección ordenada de los residuos.ambién se recuperaron espacios para el esparcimiento de los vecinos. Para ladisposición final cuenta con el relleno sanitario de Ricardone que si bien hubouna leve disminución,17 los programas implementados tienen escasa incidencia enla recuperación efectiva de residuos (Geary et al., 2011).

    En Córdoba los residuos eran enterrados en el predio denominado Potrero del

    Estado, desde hace aproximadamente 30 años. Su cierre en el año 2010 generóun problema para la deposición para la ciudad y los 17 Municipios, y desde elprimero de abril de 2010 los residuos se están disponiendo en el predio transito-rio denominado Piedra Blanca (referido como de acotada vida útil), por decisiónde la Municipalidad de Córdoba, a la vera de la Ruta Nacional 36. El pueblo deBouwer, donde está el predio a 17 km. de la ciudad de Córdoba, está afectado porla contaminación y es fuente de fuertes conflictos sociales -con un pico a media-dos de 2013-. Si bien fue preclausurado no tiene etapa de clausura y posclausura,a la vez que los residuos están siendo depositados a escasos km. de allí. Según el

    Informe GIRSU la disposición se plantea como “la problemática más sensible

    Vendimias Distritales y Acto Central Municipal se realizó una entrega de folletos destinados agenerar conciencia ambiental, sobre la problemática de los Residuos Sólidos Urbano y sobre elPrograma de Recolección de Pilas y Baterías; Programa de Recolección Diferenciada de Pilas yBaterías (153 puntos de recolección, se han retirado más de 3.320 Kg de pilas); Campaña paraconmemorar el 5 de Junio - Día Mundial del Medio Ambiente; Programa de Reciclado del Papelde la Municipalidad. (convenio con la Fundación CONIN para la donación del residuo de papelgenerado en las oficinas del edificio municipal); entre otros.17 Véase: http://www.lacapital.com.ar/la-ciudad/Rosario-envia-cada-vez-menos-basura-al-relleno-

    sanitario-de-Ricardone-20130929-0013.html. Fecha de consulta, 06/12/2014.

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    de la gestión municipal (…) Se observa que los esfuerzos implementados porla municipalidad han resultado no satisfactorios, toda vez que no se resuelve su

    erradicación. Entendemos que con la gestión integral de los RSU se disminuirásu generación, permitiendo paulatinamente la erradicación de los mismos.” (In-forme GIRSU, 2012: 19)”. La creación del Cormecor SA creada para la gestiónde los residuos con mayoría accionaria de la Municipalidad, pretende resolver lagestión integral de los residuos:se expropiarán dos sitios, uno al norte de JuárezCelman y otro a cuatro kilómetros de la localidad de Bouwer.18 El proyecto contócon l