Upload
diego-hebert
View
33
Download
2
Embed Size (px)
Citation preview
11/14/2013
1
MATERIAIS TERROSOS PARA PAVIMENTAÇÃO
Prof. Dr. Ricardo A. de Melo
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
Centro de Tecnologia
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental
Laboratório de Geotecnia e Pavimentação (LAPAV)
UFPB/CT/DECA. Disciplina (cód.): Pavimentação (1703145 e 1703194). Materiais terrosos para pavimentação. Prof. Ricardo Melo.
INTRODUÇÃO
Definições:
Solo é todo tipo de material orgânico ou inorgânico, inconsolidado ou parcialmente cimentado, encontrado na superfície da terra
Solo é qualquer material que possa ser escavado com pá, picareta, escavadeiras, entre outros, sem necessidade de explosivos
Solo é material resultante da decomposição das rochas pela ação de agentes de intemperismo
Fonte: DNIT (2006)
UFPB/CT/DECA. Disciplina (cód.): Pavimentação (1703145 e 1703194). Materiais terrosos para pavimentação. Prof. Ricardo Melo.
ORIGEM DOS SOLOS
Com base na origem de seus constituintes, os solos podem ser divididos em:
Solo residual
Solo transportado: aluvião, orgânico, coluvião, eólico
A origem do solo determina as propriedades de engenharia
Fonte: DNIT (2006)
UFPB/CT/DECA. Disciplina (cód.): Pavimentação (1703145 e 1703194). Materiais terrosos para pavimentação. Prof. Ricardo Melo.
Solo residual
Decomposição das rochas
Fonte: DNIT (2006)
UFPB/CT/DECA. Disciplina (cód.): Pavimentação (1703145 e 1703194). Materiais terrosos para pavimentação. Prof. Ricardo Melo.
Solo transportado sobre solo residual, aflorando no talude de corte de estrada
Solo transportado
Solo residual
Linha de seixos
Estruturação de rocha com veios
de quartzo
Fonte: http://www.cprm.gov.br (2008)
Talude com 4 m de altura
UFPB/CT/DECA. Disciplina (cód.): Pavimentação (1703145 e 1703194). Materiais terrosos para pavimentação. Prof. Ricardo Melo.
Solo orgânico (solo mole)
Duplicação da BR101 - Paraíba
Fonte: acervo do autor (2006)
11/14/2013
2
UFPB/CT/DECA. Disciplina (cód.): Pavimentação (1703145 e 1703194). Materiais terrosos para pavimentação. Prof. Ricardo Melo.
DESCRIÇÃO DOS SOLOS
Os solos são identificados por textura (granulometria), plasticidade, consistência ou compacidade, além de: estrutura, forma dos grãos, cor, cheiro, friabilidade, presença de outros materiais (concha, material vegetal, mica...)
Textura é uma das mais importantes propriedades para identificar o solo, embora não seja suficiente para definir e caracterizar o material
Fonte: DNIT (2006)
UFPB/CT/DECA. Disciplina (cód.): Pavimentação (1703145 e 1703194). Materiais terrosos para pavimentação. Prof. Ricardo Melo.
Textura dos solos
Pedregulho: fração de solo que passa na peneira de 76 mm (3”) e retido na peneira 2,0 mm (no. 10)
Areia grossa: fração de solo compreendida entre peneiras 2,0 mm (no. 10) e 0,42 mm (no. 40)
Areia fina: fração de solo compreendida entre peneiras 0,42 mm (no. 40) e 0,075 mm (no. 200)
Silte e argila : fração de solo constituída por grãos de diâmetro abaixo de 0,075 mm
Fonte: DNIT (2006)
UFPB/CT/DECA. Disciplina (cód.): Pavimentação (1703145 e 1703194). Materiais terrosos para pavimentação. Prof. Ricardo Melo.
Textura dos solos
Pedregulho: ...
Areia grossa: ...
Areia fina: ...
Silte e argila : ...
Especificações para solos: DNER-ME 041/94 - preparação de amostras para ensaios
de caracterização
DNER-ME 051/94 - análise granulométrica
DNER-ME 080/94 - análise granulométrica por peneiramento
Fonte: DNIT (2006)
UFPB/CT/DECA. Disciplina (cód.): Pavimentação (1703145 e 1703194). Materiais terrosos para pavimentação. Prof. Ricardo Melo.
Fonte: geotecnia.ufjf.br [2008?]; wikipedia.org (2008)
Ensaios de granulometria
Granulometria por peneiramento com lavagem do material na peneira de 2,0 mm (no. 10) e de 0,075 mm (no. 200)
UFPB/CT/DECA. Disciplina (cód.): Pavimentação (1703145 e 1703194). Materiais terrosos para pavimentação. Prof. Ricardo Melo.
Ensaios de granulometria
Granulometria por peneiramento...
Granulometria por sedimentação: amostra de solo que passa na peneira no. 10
Fonte: geotecnia.ufjf.br [2008?]; wikipedia.org (2008)
UFPB/CT/DECA. Disciplina (cód.): Pavimentação (1703145 e 1703194). Materiais terrosos para pavimentação. Prof. Ricardo Melo.
Granulometria dos solos
Solo bem graduado
Solo de graduação uniforme
Solo de graduação aberta (ou mal graduado)
Fonte: Baesso e Gonçalves (2003)
11/14/2013
3
UFPB/CT/DECA. Disciplina (cód.): Pavimentação (1703145 e 1703194). Materiais terrosos para pavimentação. Prof. Ricardo Melo.
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
0,01 0,1 1 10 100
Abertura da malha da peneira (mm)
% p
ass
an
do
argila/silte fina grossa fino grosso
200 100 50 40 30 16 10 4 3/8" ¾" 1" 1 ½
areia pedregulho
peneiras
Curvas granulométricas
Curva uniforme Curva mal graduada Curva bem graduada
Fonte: acervo do autor
UFPB/CT/DECA. Disciplina (cód.): Pavimentação (1703145 e 1703194). Materiais terrosos para pavimentação. Prof. Ricardo Melo.
Faixas granulométricas para camadas estabilizadas granulometricamente
Fonte: DNIT (2006)
UFPB/CT/DECA. Disciplina (cód.): Pavimentação (1703145 e 1703194). Materiais terrosos para pavimentação. Prof. Ricardo Melo.
Limites de consistência
Permitem avaliar a plasticidade do solo
Em que: LL = limite de liquidez; LP = limite de
plasticidade; LC = limite de contração
Índice de plasticidade, IP = LL – LP
Quanto maior o IP, mais plástico é o solo
Solos muitos compressíveis possuem LL elevado
Fonte: DNIT (2006)
UFPB/CT/DECA. Disciplina (cód.): Pavimentação (1703145 e 1703194). Materiais terrosos para pavimentação. Prof. Ricardo Melo.
Ensaios: limites de consistência
Fonte: http://dec.isec.pt (2005)
Limite de liquidez (DNER-ME 122/94)
Limite de plasticidade (DNER-ME 082/94)
UFPB/CT/DECA. Disciplina (cód.): Pavimentação (1703145 e 1703194). Materiais terrosos para pavimentação. Prof. Ricardo Melo.
Índice de grupo
Valor numérico, entre 0 e 20, que retrata duplo aspecto da plasticidade (limite de liquidez, LL; índice de plasticidade, IP) e granulometria (porcentagem de material que passa na peneira no. 200, p)
Expressão usada para o cálculo:
IG = 0,2.a + 0,005.a.c + 0,01.b.d
Fonte: DNIT (2006)
UFPB/CT/DECA. Disciplina (cód.): Pavimentação (1703145 e 1703194). Materiais terrosos para pavimentação. Prof. Ricardo Melo.
Índice de grupo
IG = 0,2.a + 0,005.a.c + 0,01.b.d a = p – 35
(se p > 75 adota-se 75; se p < 35 adota-se 35)
b = p – 15
(se p > 55 adota-se 55; se p < 15 adota-se 15)
c = LL – 40
(se LL > 60 adota-se 60; se LL < 40 adota-se 40)
d = IP – 10 (se IP > 30 adota-se 30; se IP < 10 adota-se 10)
Fonte: DNIT (2006)
11/14/2013
4
UFPB/CT/DECA. Disciplina (cód.): Pavimentação (1703145 e 1703194). Materiais terrosos para pavimentação. Prof. Ricardo Melo.
Equivalente de areia
Relação entre a altura de areia depositada após 20 minutos de sedimentação e a altura total de areia depositada mais a de finos (silte e argila) em suspensão, após aquele tempo de sedimentação, em solução aquosa de cloreto de cálcio (DNER-ME 054/97)
Utilizado no controle de finos de materiais granulares
Fonte: DNIT (2006)
UFPB/CT/DECA. Disciplina (cód.): Pavimentação (1703145 e 1703194). Materiais terrosos para pavimentação. Prof. Ricardo Melo.
Equivalente de areia (EA)
Fonte: Bernucci et al. (2006)
UFPB/CT/DECA. Disciplina (cód.): Pavimentação (1703145 e 1703194). Materiais terrosos para pavimentação. Prof. Ricardo Melo.
Índice de suporte Califórnia
Índice de suporte Califórnia (ISC) ou California bearing ratio (CBR) – ensaio de resistência mecânica
Relação entre pressões aplicadas
em corpos de prova do solo em estudo e de uma brita padronizada, para produzir mesma penetração (DNER-ME 049/94)
Fonte: DNIT (2006)
Prensa para realização do ensaio
UFPB/CT/DECA. Disciplina (cód.): Pavimentação (1703145 e 1703194). Materiais terrosos para pavimentação. Prof. Ricardo Melo.
Ensaio de ISC
Ensaio em andamento Corpo de prova após o ensaio
Fonte: acervo do autor (2010)
UFPB/CT/DECA. Disciplina (cód.): Pavimentação (1703145 e 1703194). Materiais terrosos para pavimentação. Prof. Ricardo Melo.
Curva pressão x penetração ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
PENETRAÇÃO (polegada)
PR
ES
SÃ
O (
kg
/cm2
)
10070
1,0PISC
100105
2,0PISC
Cálculo do ISC
Fonte: acervo do autor (2010)
UFPB/CT/DECA. Disciplina (cód.): Pavimentação (1703145 e 1703194). Materiais terrosos para pavimentação. Prof. Ricardo Melo.
Compactação dos solos
Aumento da massa específica aparente e redução do índice de vazios para reduzir a variação da umidade do material, durante o período de serviço do pavimento (Especificação do ensaio: DNER - ME 129/94)
Objetivos: dar estabilidade às camadas do pavimento e atenuar os recalques devido ao tráfego
Fonte: DNIT (2006); http://dec.isec.pt (2005)
11/14/2013
5
UFPB/CT/DECA. Disciplina (cód.): Pavimentação (1703145 e 1703194). Materiais terrosos para pavimentação. Prof. Ricardo Melo.
Compactação dos solos
Teor de umidade, h (%)
Mass
a e
specí
fica
apare
nte
seca
, s
(kg/m
3)
s, máx e hot
Energias:
• normal
• intermediária
• modificada
Fonte: DNIT (2006)
UFPB/CT/DECA. Disciplina (cód.): Pavimentação (1703145 e 1703194). Materiais terrosos para pavimentação. Prof. Ricardo Melo.
Compactação no campo
Fatores que influem na compactação:
Teor de umidade
Número de passadas do equipamento
Fonte: DNIT (2006); Ricardo e Catalani (1990)
UFPB/CT/DECA. Disciplina (cód.): Pavimentação (1703145 e 1703194). Materiais terrosos para pavimentação. Prof. Ricardo Melo.
Compactação no campo
Fatores que influem na compactação:
Teor de umidade
Número de passadas do equipamento
Espessura da camada compactada
Características do
equipamento
Fonte: DNIT (2006)
Compactação
do aterro – entroncamento
Via Oeste e BR101-PB.
Fonte: acervo do autor (2010)
Fonte: acervo
do autor (2006)
UFPB/CT/DECA. Disciplina (cód.): Pavimentação (1703145 e 1703194). Materiais terrosos para pavimentação. Prof. Ricardo Melo.
Controle da compactação no campo
Serve para comprovar o serviço executado, em termos da umidade e massa específica aparente
Controles:
Determinação da umidade com speedy (DNER-ME 052/94)
Determinação da massa específica pelo frasco de areia (DNER-ME 092/94)
Fonte: DNIT (2006)
UFPB/CT/DECA. Disciplina (cód.): Pavimentação (1703145 e 1703194). Materiais terrosos para pavimentação. Prof. Ricardo Melo.
Controle da compactação no campo
Fonte: http://viatest.com.br[2011?]; http://topsealbrasil.blogspot.com/ (2010)
Determinação da umidade com speedy (DNER-ME 052/94)
Determinação da massa específica pelo frasco de areia (DNER-ME 092/94)
UFPB/CT/DECA. Disciplina (cód.): Pavimentação (1703145 e 1703194). Materiais terrosos para pavimentação. Prof. Ricardo Melo.
Controle da compactação no campo
Grau de compactação
Não sendo atingida a compactação desejada, a
qual não deverá ser inferior a determinado valor de grau de compactação (fixada pela especificação adotada), o material será revolvido e recompactado
Fonte: DNIT (2006)
11/14/2013
6
UFPB/CT/DECA. Disciplina (cód.): Pavimentação (1703145 e 1703194). Materiais terrosos para pavimentação. Prof. Ricardo Melo.
Uso do solo em camadas de pavimento
Especificações:
DNIT 139/2010-ES: Pavimentação – Sub-base estabilizada granulometricamente
DNIT 141/2010-ES: Pavimentação – Base estabilizada granulometricamente
DNIT 098/2007-ES - Pavimentação – base estabilizada granulometricamente com utilização de solo laterítico
Fonte: http://ipr.dnit.gov.br/ (2011)
UFPB/CT/DECA. Disciplina (cód.): Pavimentação (1703145 e 1703194). Materiais terrosos para pavimentação. Prof. Ricardo Melo.
Seção transversal do pavimento
UFPB/CT/DECA. Disciplina (cód.): Pavimentação (1703145 e 1703194). Materiais terrosos para pavimentação. Prof. Ricardo Melo.
Reforço do subleito
UFPB/CT/DECA. Disciplina (cód.): Pavimentação (1703145 e 1703194). Materiais terrosos para pavimentação. Prof. Ricardo Melo.
Sub-base estabilizada granulometricamente
UFPB/CT/DECA. Disciplina (cód.): Pavimentação (1703145 e 1703194). Materiais terrosos para pavimentação. Prof. Ricardo Melo.
Base estabilizada granulometricamente
UFPB/CT/DECA. Disciplina (cód.): Pavimentação (1703145 e 1703194). Materiais terrosos para pavimentação. Prof. Ricardo Melo.
Mistura de solo e areia
Fonte: Bernucci et al. (2006)
11/14/2013
7
UFPB/CT/DECA. Disciplina (cód.): Pavimentação (1703145 e 1703194). Materiais terrosos para pavimentação. Prof. Ricardo Melo.
Solo arenoso fino laterítico
Fonte: Melo [2008?]
Av. do Contorno, vizinha ao CCEN/UFPB