41
OMS Ester Emanuele Lima Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi GUIA DE ESTUDOS

OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

OMS

Ester Emanuele LimaGiovanna Hassler

Juliano KosloskiLucas Rodrigues Gobbi

GUIA DE ESTUDOS

Page 2: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

Organização Mundial de SaúdeProtegendo Populações em Condições Precárias: Doenças Parasitárias e Saneamen-

to Básico.

Ester Emanuele Lima

Giovanna Hassler

Juliano Kosloski

Lucas Rodrigues Gobbi

“When it comes to global health, there is no them, only us.”

Global Health Council

Page 3: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

1. Introdução

Organização Mundial de SaúdeProtegendo Populações em Condições Precárias: Doenças Parasitárias e Saneamen-

to Básico.

Ester Emanuele Lima

Giovanna Hassler

Juliano Kosloski

Lucas Rodrigues Gobbi

A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos

incríveis, como a chegada do homem à Lua, próteses controladas por impulsos nervosos,

captação de ondas gravitacionais e tantos mais. Os avanços tecnológicos que surgem à

nossa mente quando pensamos em curiosidade e progresso científico são normalmente in-

tangíveis, distantes de nossa vida comum. Entretanto, os avanços que mais afetam nossa

vida são pequenos e invisíveis sem o deliberado esforço para enxergá-los. O simples ato

de lavar as mãos, tomar um banho e lavar a louça esconde o complexo sistema de encana-

mento e esgoto sob nossos pés. Alimentos limpos e a preocupação com sua procedência

parecem preocupações triviais para nós que temos condições e acesso a saneamento e

higiene. São essas pequenas coisas que permitiram a explosão demográfica dos séculos

XIX e XX e tornaram passado as assustadoras taxas de mortalidade para doenças hoje

consideradas facilmente tratáveis, como gripe, disenteria e parasitoses.

Ainda assim, grande parte da população mundial continua sem acesso à condi-

ções básicas de higiene e saneamento, o que vai de encontro ao 25º artigo da Declaração

Universal dos Direitos Humanos e ao senso comum do que consiste ser humano. A ONU

e outras organizações internacionais vêm tentando reverter essa situação ao longo das

últimas décadas, com algum sucesso, embora, neste âmbito, o sucesso seja diluído diante

da grande quantidade de pessoas em situações de risco. As medidas reduzem números,

melhoram taxas, mas não transformam a longo prazo. Parece que, neste esforço, enfren-

tamos nós mesmos. São humanos que sobem no poder e se corrompem, deixando de lado

suas promessas para com o povo. São humanos aqueles que vetam projetos, que encare-

cem produtos e que focam no benefício de si mesmos. Também são humanos aqueles que

Page 4: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

2. Histórico e a Organização

enfrentam cada dificuldade, saltam obstáculos e veem no outro o crescimento de toda a

sociedade. Não conseguimos abandonar um lado ou o outro. Somos cinzas, parte de algo

muito maior que nós, mas tentamos. Tentamos transformar realidades. Tentamos melho-

rar a nós mesmos e encontrar o brilho nos olhos dos outros. Mesmo que seja brincando de

discutir, no fim, estamos apenas sendo curiosos. E olhem onde isso já nos trouxe.

A origem da Organização Mundial da Saúde remete às Conferências Sanitárias

Internacionais, iniciadas em 1851 e finalizadas em 1938, uma série de reuniões que bus-

cavam combater doenças que perturbavam a comunidade internacional da época, espe-

cialmente a malária, a cólera e a peste bubônica. Após muitas reuniões, as resoluções das

convenções para combater a cólera e a peste bubônica foram liberadas para aplicação,

sendo surpreendentemente efetivas. Diante da eficácia das medidas criadas pelas Confe-

rências Sanitárias, outras organizações internacionais de saúde surgiram durante o início

do século XX.

Durante a primeira conferência das Nações Unidas, em 1945, delegados brasi-

leiros, noruegueses e chineses tentaram, sem sucesso, aprovar a criação da Organização

Mundial de Saúde (OMS). Entretanto, seguindo o conselho do Secretário-Geral da Con-

ferência, Alger Hiss, os delegados publicaram uma declaração clamando pela criação da

organização em uma posterior conferência sobre saúde. A escolha do termo “Mundial” ao

invés de “Internacional” denota a natureza global proposta para a OMS.

A constituição da OMS foi assinada em 22 de Julho de 1946 por cinquenta e um

países das Nações Unidas e mais dez outros países, sendo a primeira agência especiali-

zada da ONU com participação de todos os membros. As prioridades definidas no início

da organização foram: combater a expansão da malária, da tuberculose e das doenças

sexualmente transmissíveis, buscando também melhorar a saúde maternal e infantil.

Ao longo do século XX, a OMS se engajou em diferentes projetos, tanto focan-

do no tratamento e na erradicação de doenças quanto na melhoria da saúde pública e no

acesso a água potável e saneamento básico. Em 1950, a organização começou a trabalhar

na vacinação contra a tuberculose. Em 1955, o programa de erradicação da malária foi

lançado, embora seu objetivo tenha mudado posteriormente. O primeiro relatório sobre

Page 5: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

3. Análise das Condições de Vida e do Histórico Humano em Relação às Doenças Parasitárias e ao Saneamento Básico

diabete mellitus foi publicado em 1965, ao mesmo tempo que se criava a Agência Inter-

nacional de Pesquisa do Câncer. Em 1958, o trabalho para erradicar a varíola se iniciou,

momento no qual pereciam dois milhões de pessoas para a doença todo ano. Vinte e um

anos depois, a doença foi considerada erradicada, sendo a primeira doença a ser erradi-

cada por iniciativa humana. No ano de 1978 a organização assumiu o objetivo de saúde

para todos. Em 1986, a OMS iniciou seu programa para tratamento da AIDS, embora

tenha levado mais dois anos para publicar resoluções sobre a discriminação de vítimas

da doença. Desde o início de tal programa a organização continuou a liderar e incentivar

projetos focando em diversas doenças.

Levando em conta o histórico da OMS, suas diretrizes se mostram claras. A orga-

nização sempre buscou para o mundo a saúde mais elevada possível, ao liderar ações para

o desenvolvimento da saúde, moldar as prioridades de pesquisa, articular políticas basea-

das em evidências, propor normas e padrões para o atendimento à saúde, fornecer auxílio

técnico e monitorar a saúde no mundo. Com base nisso, a organização propõe resoluções

e planos de ação, ajudando a coordenar os esforços globais para melhorar a qualidade de

vida de todos (OMS, 2018).

Quando deixamos de ser caçadores-coletores por uma sociedade baseada na agri-

cultura, fontes permanentes de água potável se tornaram cruciais para o estabelecimento

das primeiras vilas. Assim, podemos notar o desenvolvimento de técnicas para canaliza-

ção, manejo e deposição de água desde as primeiras civilizações do Vale do rio Indo e

da Mesopotâmia. Com o tempo, outras civilizações expandiram o uso da irrigação e do

armazenamento de água, como no Egito Antigo e na Grécia (ANGELAKIS e ZHENG,

2015).

Ao mesmo tempo que a humanidade conquistava novas regiões do mundo e es-

tabelecia tecnologias para manejar os recursos hídricos, parasitas foram transportados

e evoluíram no ventre de nossa civilização. Embora a ideia de parasitas mais clara seja

aquela dada pela imagem de helmintos (vermes), como mostrado em imagens gregas

e egípcias de doenças e pragas, os parasitas constituem um grupo diverso que inclui

helmintos, protozoários e ectoparasitas, podendo ou não causar doenças (CDC, 2018).

Page 6: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

Na Antiguidade, surgiram as primeiras imagens retratando parasitas associados a febre,

disenteria, demência e outros problemas. De lá para cá, a humanidade adquiriu aproxi-

madamente 300 tipos de helmintos e mais de 70 espécies de protozoários. As doenças

parasitárias afetam uma grande parcela da população ainda hoje, mas estão mais presen-

tes nos trópicos e nos países em desenvolvimento e por isso necessitam de campanhas

que estimulem a pesquisa de tratamentos, como a criação da revista Neglected Tropical

Diseases.

A Ascaris lumbricoides, ou lombriga, aflige um billhão de pessoas no mundo, e,

embora seja uma infecção comum, se não tratada pode causar anemia severa e morte. Já

a esquistossomose e outras doenças similares, produz uma taxa de mortalidade mais alta,

tanto que foi uma grande preocupação nas regiões rurais dos Estados Unidos no início do

século XX, o que refletiu em pesquisas para o tratamento da doença. Outro exemplo é a

Trichinella spiralis, preocupação recorrente na fiscalização de carne de porco, que gerou

as doutrinas contrárias a ingestão de porco de algumas religiões. Temos ainda o verme

da Guiné (Dracunculus medinensis), que acomete humanos após a ingestão de água con-

taminada, uma das doenças mais extensamente registradas da história, com descrições

árabes, gregas, europeias e bíblicas do grande verme e das dores fulminantes que ele traz.

Outros patógenos, como a Entamoeba histoliyica, a Giardia lamblia e os tripanossomas

também afligem a humanidade desde sempre, com sintomas que vão de coceiras à febres

e diarreias fatais (COX, 2002).

Apenas com a revolução industrial e o consequente desenvolvimento da medicina

e do saneamento básico que a incidência das várias doenças parasitárias começou a re-

duzir. Nos séculos XVIII e XIX os países desenvolvidos viram a chegada de sistemas de

encanamento e esgoto (ainda que essa tecnologia tenha surgido milhares de anos antes em

outras civilizações), avanços que só começariam a chegar aos países em desenvolvimento

no século XX. Com isso, a população, antes restrita por altas taxas de mortalidade, sofreu

um boom, superlotando as novas cidades industriais. O despejo do lixo se tornou um pro-

blema, pois a poluição fluvial aumentou e a disponibilidade de água potável reduziu. Em

1977, os problemas crescentes relacionados à falta de água levaram a ONU a organizar a

Conferência da Água das Nações Unidas, que buscou soluções para o problema especial-

mente em países em desenvolvimento. Após esta e outras conferências, como a Rio92, se

Page 7: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

tornou clara a necessidade de promover um melhor manejo social da água, com uso cons-

ciente nas residências e despejo adequado pelas empresas (PHLUSH, 2012) (UNESCO,

2011).

Com isso, a incidência de diarreia e outras comorbidades relacionadas a parasitas

reduziu, embora algumas estatísticas ainda assustem. Da população mundial, 12% é por-

tadora da Entamoeba histolytica. Um milhão de pessoas morreram em decorrência direta

de parasitas em 2013, sendo 850.000 para a malária. Por volta de 5 milhões de casos de

diarreia ocorrem por ano, sendo mais comum em países em desenvolvimento, onde crian-

ças menores de 5 anos chegam a ter 3 casos da doença por ano. Em 2012, a diarreia foi

a segunda maior causa de morte para crianças menores de 5 anos de idade. Além disso,

pode causar má nutrição, problemas cognitivos e desenvolvimento retardado. Na África,

é a terceira maior causa de morte, com 643 mil mortes em 2015. Ainda assim, investir

em saneamento, o método preventivo mais eficaz para estas doenças, tem sido algo difícil

para países emergentes. A maior parte deles investe de 1 a 3% do PIB em saneamento de

baixa qualidade, enquanto pesquisas demonstram que saneamento de qualidade reduz em

até 70% os gastos com saúde de um país (para cada dólar investido em saneamento, eco-

nomizam-se 4,3 dólares investidos em saúde global). Alguns trabalhos apontam que essa

deficiência no investimento deve-se ao comprometimento do PIB com dívidas externas,

que, para alguns países, somam quase 60% do PIB anual (PLOS, 2015) (ANNAMRAJU;

CALAGUAS E GUTIERREZ, 2001).

Ainda assim, a comunidade internacional e a OMS tentaram, através de resolu-

ções e projetos, melhorar essas condições ao longo das últimas décadas. Em Julho de

2010, através da resolução 64/292, a Assembleia Geral da ONU reconheceu o direito

humano à água e saneamento, reconhecendo que esses elementos são indispensáveis para

viver uma vida digna e para a realização dos outros direitos humanos. Com essa decisão,

também houve o pedido para que países compartilhem tecnologias relacionadas ao ma-

nejo e tratamento da água e que invistam no acesso universal a água e saneamento para

suas populações (ONU, 2018). Outro documento interessante é o Relatório Regional de

Saúde Africano 2014, que descreve a importância do acesso a saneamento e higiene como

métodos de prevenção de doenças, além da falta de capacidade técnica de países africanos

para atender a população (OMS, 2014).

Page 8: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

Além disso, a OMS liberou seu primeiro relatório sobre as Doenças Tropicais Ne-

gligenciadas em 2010, notando que 900 milhões de pessoas não tem acesso a água limpa

para beber e 2,5 milhões não tem acesso a saneamento. Também ressalta a importância do

saneamento e da higiene na prevenção de nove das DTNs (OMS, 2010).

Page 9: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

Leishmaniose é uma doença parasitária resultado de uma infecção pelo proto-

zoário Leishimania. Manifesta-se em três formas principais: cutânea, muco cutânea e

visceral. É transmitida pelos mosquitos Phlebotemus e Lutzomyia (também conhecido

Os casos aqui descritos devem servir como orientação para o estudo dos delegados.

Tomamos como base alguns casos recentes de epidemias e problemáticas que tiveram ori-

gem nas condições precárias de saneamento da população destes países. Recomendamos

aos senhores que não só leiam o guia atentamente como procurem as referências utiliza-

das e as fontes da própria OMS, buscando expandir seu conhecimento sobre as condições

sanitárias no mundo, as doenças que surgem em ambientes de baixa sanitariedade e as

estratégias para combater tais problemas e melhorar as condições de vida de pessoas em

situações de risco.

Durante o comitê, buscaremos promover discussões sobre os avanços no sanea-

mento básico e no manejo da água global, além de cooperar para o desenvolvimento de

projetos e estratégias para o progresso da saúde como um todo no mundo, tendo como

foco as doenças parasitárias, que, embora de fácil profilaxia, ainda assolam grande parte

dos países em desenvolvimento.

Também foram discutidas estratégias para o controle dos vetores das doenças,

como no Global Vector Control Response 2017-2030, que traz como base do controle a

redução da hospitalidade residencial para os vetores (como exemplo, retirar água parada

para evitar a proliferação de mosquitos), o planejamento correto de cidades e de seus sis-

temas de drenagem, além do manejo correto do lixo e do esgoto (OMS, 2017).

Por fim, dois exemplos de projetos para combater doenças específicas: o projeto

bilateral da OMS com o CDC para eliminar a dracunculiasis em 1981, que buscava utili-

zar os esforços da época para melhorar o saneamento global como alavanca para a erradi-

cação da doença; e o projeto de controle de DTNs do CDC, que afirma que essas doenças

podem ter seu nível de incidência drasticamente reduzido e serem até erradicadas com

o controle dos vetores, acesso a medicação adequada e expansão do saneamento básico

(CDC, 2015) (OMS, 1981).

4. Estudos de Caso

4.1. Surto de Leishmaniose no sul do Sudão entre 2009 e 2012

Page 10: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

• Instabilidade social nas áreas do norte de Jonglei e em Upper Nile;

• Dificuldades logísticas como falta de acesso para certas regiões

(estradas escassas e poucas pistas de aterrisagem), especialmente

durante a estação de chuvas quando a maior parte da população não

tinha acesso aos centros de tratamento;

• A falta de espaço para armazenamento adequado (espaço, refrige-

ração, etc) que levava a necessidade de fornecimento mensal de

suprimentos, dificultado pela falta de infraestrutura;

• A falta do número necessário de profissionais de saúde e de profis-

sionais de saúde qualificados também foi notada.

como “mosquito-palha”), e está presente em mais de 88 países. A leishmaniose afeta

populações mundialmente, com focos na América do Sul, África Setentrional e Oriental,

Oriente Médio e no Sudeste Asiático (STANFORD, 2018)). A profilaxia consiste princi-

palmente no combate ao mosquito transmissor e em evitar o contato com o vetor (com o

uso de mosquiteiras, inseticidas, entre outros) (CDC, 2018).

Surtos da doença ocorrem periodicamente no Sudão, seguindo a tendência de uma

diminuição no número de casos no período entre abril a junho (estação das chuvas) e um

aumento significativo a partir de setembro (estação da seca). É endêmica nos estados de

Upper Nile, Unity, Jonglei e Eastern Equatoria.

No entanto a extensão do surto entre 2009 e 2012 não foi antecipada. Ocorreu um

aumento considerável no número de indivíduos infectados a partir de setembro de 2009,

chegando a um total de 28.328 de casos confirmados até dezembro de 2012.

A manifestação da Leishmaniose foi do tipo visceral, também conhecida como Kala-azar.

Seus sintomas são episódios irregulares de febre, perda de peso substancial, inchaço do

baço e fígado e anemia (STANFORD, 2018).

Entre as principais causas indicadas para a escala do surto está a grande quantida-

de de movimentação da população internamente e imigração de retorno ao país, resultado

da “Segunda Guerra Civil do Sudão”, iniciada em 1983 encerrada em 2005 com assi-

natura do “Comprehensive Peace Agreement (CPA)” (BBC, 2018). Outros fatores que

contribuíram foram malnutrição e uma baixa imunização da população em relação a esse

parasita (“herd immunity”).

Entre os desafios enfrentados no combate ao surto se encontram:

Page 11: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

• Houve investimento em infraestrutura, com o aumento do número

de centros de tratamento de 8 em 2008 para 25 em 2012 (23 admi-

nistrados por ONGs e 2 pelo Ministério da Saúde);

• O processo de coleta de informações foi padronizado e estas eram

compartilhadas semanalmente e mensalmente;

• A OMS treinou 320 profissionais da área de saúde para trabalhar na

observação entomológica e administração de casos;

• Foram desenvolvidos e padronizados procedimentos e diretrizes

para administração de casos e apoio nutricional;

• UNICEF (United Nations Children’s Fund) and WFP (World Food

Programme) forneceram suprimentos nutricionais para todos os

centros de tratamento.

• Foram registrados 28,328 casos;

• 72% eram de pacientes com menos de 17 anos de idade;

• A taxa de mortalidade observada foi de 3% durante o período, so-

mando um total de 855 mortes. (Não há dados sobre a quantidade

de pessoas que não conseguiram o acesso aos centros de tratamen-

tos).

A resposta ao surto foi um esforço apoiado pelo Ministério da Saúde sudanês, a

ONU e ONGs:

Dados adicionais:

Número de novos casos de Leishmaniose Visceral por mês no Sudão, entre 2009 e 2012.

Page 12: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

O combate ao surto obteve relativo sucesso, com a diminuição da taxa de mortali-

dade de 6% em 2009 para 1,5% em 2012. Assim como um declínio da média de casos de

1800 (2010) para 300 (2012) por mês.

A falta de informações entomológicas precisas não permitiu a instalação de um

programa de controle de vetores, que será necessário no futuro para o combate da doença.

Houve, no entanto, a distribuição de 2,309,991 mosquiteiros impregnados com insetici-

das (LLINs) para áreas endêmicas e 45,000 para centros de tratamento como medidas

para diminuir o contato de humanos com o vetor.

Malária é a principal causa de morte na Uganda, sendo responsável por mais de

27% das mortes no país e por 30-50% das visitas de pacientes hospitais. O país é o tercei-

ro com o maior número de infecções da doença na África Subsaariana (NEW VISION,

2016).

Malária é uma infecção parasitária que atinge os glóbulos vermelhos do sangue.

É transmitida pela fêmea do mosquito Anopheles infectado, sendo seus horários de maior

atividade entre o anoitecer e o amanhecer. Os sintomas da doença são febre, dor nas ar-

4.2. Malária na Uganda

Distribuição de Leishmaniose Visceral por caso no Sudão, entre 2009 e 2012

Page 13: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

ticulações, dores de cabeça, vômitos frequentes, convulsões e coma. Quando não tratada

pode tornar-se grave trazendo sério risco a vida do paciente (MSF, 2017).

Os métodos de profilaxia utilizados pelo Governo da Uganda são (MSRU, 2015):

O tratamento no país segue as seguintes diretrizes (MSF, 2017) (MSRU, 2015):

Uma iniciativa do Ministério da Saúde de Uganda com o Programa de Controle

Nacional da Malária (e apoio nacional e internacional) no combate da disseminação da

doença e de seu vetor resultou em uma significativa redução da doença em todo País

(MSRU, 2015):

• O uso de inseticidas, a borrifação residual intradomiciliar é usada

pelo Governo de Uganda no controle da doença;

• O uso de mosquiteiros, se destacando o uso de mosquiteiros tra-

tados com inseticida e de mosquiteiros tratados com inseticida a

longo prazo (LLIN);

• Controle ambiental onde possível assim como o monitoramento;

• A conscientização como instrumento de combate a disseminação

da doença.

• Terapia combinada à base de artemisinina (ACTs) é o tratamento

indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), já adotado

em Uganda;

• O tratamento preventivo intermitente da malária na gravidez (TI-

PMG) atua na prevenção da doença em gestantes, garantindo o nas-

cimento de bebês mais saudáveis. É recomendado e fornecido pelo

governo como importante tratamento pré-natal. No País 45% das

mulheres já receberam uma ou mais doses do tratamento quando

em período de gestação.

• Foram distribuídos pelo Governo 22.2 milhões de LLIN (21 mi-

lhões) e mosquiteiros tratados com inseticida no País entre 2013

e 2014. Atingindo aproximadamente 89% da população registrada

do País.

• A distribuição foi organizada com um LLIN doado a cada duas pes-

soas de uma família. Crianças menores de 5 anos e mulheres grávi-

das caracterizando os principais beneficiários.

Page 14: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

Programas como este e a melhora das estatísticas dos últimos anos tanto de mor-

talidade como das taxas de infecção trazem esperança para a erradicação da malária no

país no futuro. No entanto é necessário ressaltar que a doença ainda é responsável por um

grande número de mortes atualmente. A falta de medicamentos (ACTs) e de métodos de

diagnóstico que não sejam unicamente baseados na observação dos sintomas (que podem

levar a conclusões erradas), como o uso de microscópios ou do teste da tira reagente, é

uma realidade. Os primeiros passos na direção da erradicação vêm sendo prolíficos, mas

há a necessidade de se manter esse esforço e expandi-lo no combate a uma doença que

pode ser erradicada em um futuro próximo com o investimento e estratégia adequados

(MSF, 2017).

A disenteria hemorrágica é um caso de disenteria no qual há também a excreção

de sangue, causada pela infecção do cólon. Seus sintomas são dor abdominal, excreção

de muco e sangue, febre, vômito e desidratação. O tratamento é feito com antibióticos

para combater os patógenos e reidratação. Para evitar a doença, o saneamento básico e a

higiene alimentar adequada são cruciais (NIH, 2018).

Entre novembro de 1997 e abril de 1998 um surto de disenteria hemorrágica atin-

giu 298 pessoas em Camarões. Foram registradas 45 mortes (uma alta taxa de mortalida-

de de 16.4%, sendo esta de 23.5% para crianças com menos de 5 anos e 40% para adultos

de 50 anos ou mais). Os primeiros casos registrados se deram em dois pequenos vilarejos

(Dounzok e Lamson) perto de Ngoïla, um vilarejo de difícil acesso onde foi registrado

o maior número de casos, mais de um quarto da população sofrendo com a doença. Em

seguida se espalhou para o norte, atingindo a sede divisional do distrito, Lomié, em 3 de

abril de 1998, teve casos registrados em 28 vilarejos.

O padrão de transmissão sugere transmissão de pessoa para pessoa, seguindo as

4.3. O surto de Disenteria de 1998 em Camarões

• É importante constatar que a necessidade de se manter esse esforço

é crucial, pois com o tempo os LLIN se desgastam e precisam ser

trocados. Tendo isso em mente há planejamento para a distribui-

ção de aproximadamente mais de 25 milhões de LLIN. Fornecidos

principalmente pelo Fundo Global e também pelo DFID, PMI e a

Fundação Contra a Malária (AMF).

Page 15: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

• A dificuldade do acesso aos locais onde o surto ocorreu, pela dis-

tância e más condições das estradas;

• A resistência da bactéria Shigella dysenteriae tipo 1 (Sd1), identifi-

cada como o organismo responsável pelo surto, aos medicamentos,

assim como a presença de três organismos bacterianos nas amostras

coletadas, o que dificultou a identificação do patógeno correto e

exigiu a combinação de diferentes medicamentos para tratar a do-

ença efetivamente. Também é relevante destacar que este foi o se-

gundo caso da presença da bactéria E. coli O157 na África Central,

tornando mais complexo o diagnóstico dos pesquisadores da OMS

sobre o patógeno responsável pelo surto.

estradas ao se espalhar pela área. As mulheres foram o grupo mais afetado, provavelmen-

te por viverem juntas em grupos e serem responsáveis por cuidarem dos doentes (sendo

a taxa de mortalidade mais alta para esse grupo, 21.3%). Segundo os dados recolhidos é

provável que grande parte das mortes foram resultado da perda de fluídos, pois a mortali-

dade registrada entre pessoas que receberam reidratação próxima a zero.

As principais causas identificadas para o surto foram a falta de saneamento ade-

quado, a falta de recursos médicos e a demora no atendimento aos pacientes. A região não

possui latrinas ou água encanada, e a água não é tratada com cloro. Além disso, excre-

mentos humanos são utilizados como adubo.

Os principais desafios encontrados para combater o surto foram:

O combate ao surto foi complexo especialmente por motivo da alta resistência aos

medicamentos administrados. Houve ação das autoridades locais por meio do forneci-

mento de tratamento, até certo ponto se mostrando eficaz no combate ao surto, resultando

na diminuição da taxa de mortalidade durante o período. Após investigação da OMS, as

autoridades de saúde distribuíram medicamentos que reduziram a taxa de mortalidade

para 3.7%.

O tempo de resposta não foi ideal, pois o surto se estendeu por 6 meses e afetou

28 vilarejos antes que providências em maior escala fossem tomadas pelas autoridades.

Quando tomadas, após a orientação da OMS, as providências foram efetivas, diminuindo

consideravelmente a taxa de mortalidade (OMS, 1998).

Fica claro que o problema é resultado da falta de infraestrutura, crucial na preven-

Page 16: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

5. Posicionamentos

Localizada na zona endêmica de febre amarela, a República de Angola apresentou

a maior taxa de mortalidade infantil e a segunda menor de esperança de vida em 2015

(OMS). Apenas 41% da população angolana tem acesso a água potável e 39% dela rece-

be serviços de saneamento seguro (OMS/UNICEF JMP, 2015).

Na República da África do Sul, estima-se que 73% da população tenha acesso

a saneamento básico e 85% tenha acesso a água potável (OMS/UNICEF JMP, 2015).

Mesmo assim, o país apresenta alto índice de mortes causadas por doenças parasitárias,

como é o caso da disenteria, causa dos 39,5% dos óbitos registrados em 2016. Um bom

termômetro para saber a situação do saneamento no país é o rio Vaal, afluente do maior

rio sul africano e importante fonte para irrigação, que tem sido contaminado com esgoto

devido a falta de infraestrutura adequada. A gravidade da contaminação é extrema ao pon-

to de que uma agência local de água (Rand Water) emitiu uma declaração dizendo que o

contato com o rio pode levar a uma infecção grave.

A exiguidade sanitária ocorre principalmente em regiões rurais, o que favorece a

transmissão de doenças pela água, como cólera, esquistossomose, febre tifóide, hepatite,

em casos de contaminação dos alimentos, e outras doenças diarréicas. A incidência maior

de desinteria ocorre em crianças de 1 e 2 anos. Conforme a idade aumenta, menor é tal

estatística.

Esses problemas se agravam, principalmente na Cidade do Cabo e região, tendo

em vista a grave crise hídrica que tem afetado essa área. As reservas de água da cidade

podem durar apenas por mais alguns meses, segundo autoridades, até meados de maio

deste ano. Com essa situação, surge a preocupação com pessoas que vão buscar água em

fontes contaminadas.

5.1. Grupo Africano

5.1.1. África do Sul

5.1.2. Angola

ção de várias doenças facilmente evitadas com o saneamento básico adequado. Percebe-

-se a importância da atuação da OMS, que se mostrou de suma importância na resolução

desse surto (ONU, 1999).

Page 17: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

5.1.3. Egito

No país, somente 24% da população total tem noção básica de higiene, como a

necessidade do hábito de lavar as mãos (OMS/UNICEF JMP, 2015). O sistema de saúde

é composto de serviços públicos e privados. Por lei, serviços de saúde pública, que deve

ir desde cuidados primários até serviços especializados, estão disponíveis sem nenhum

custo. No entanto, o sistema público sofre de escassez de médicos, medicamentos, enfer-

meiros, além de treinamento inadequado e falta de um sistema informatizado de geren-

ciamento de informações para rastrear registros históricos de pacientes com eficiência.

Como resultado, o acesso aos serviços de saúde e aos produtos farmacêuticos para a

maioria da população é limitado.

Durante o verão de 2015/16, duas epidemias simultâneas de malária e febre ama-

rela atingiram o país. Essa situação foi devidamente combatida graças a uma campanha

de vacinação significativa e aquisição de medicamentos contra a malária, esforço liderado

pela OMS e apoiado pelo governo dos Estados Unidos, além de contribuições privadas

(OMS, 2016).

As doenças mais incidentes pela carência de adequado sistema sanitário são a

leptospirose, febre tifóide, hepatite, em casos onde há contaminação por alimentos, e

esquistossomose, além de doenças transmitidas por vetores como dengue, ainda a febre

amarela, leishmaniose cutânea, entre outras.

A República Árabe do Egito, é um dos países mais populosos da África e do Oriente

Médio. Para poder atender aos 95,69 milhões de habitantes, a cobertura das infraestru-

turas hídricas cresceu substancialmente nas últimas décadas. Em 2014, cerca de 91% da

população egípcia recebeu água diretamente em sua residência. No entanto, enquanto o

acesso à água é quase universal e confiável em áreas formais urbanas, um número signi-

ficativo de famílias ainda não estão conectadas com o sistema de água nas zonas de pe-

riferia. Cerca de 7.3 milhões de pessoas são privadas de acesso a água potável, dentre as

quais 5,8 milhões vivem em áreas rurais e 1,5 milhões em áreas urbanas (UNICEF, 2014).

A falta de acesso a água potável e instalações de saneamento adequadas, bem

como falta de higiene, contribuem para a disseminação de doenças, das quais a desinteria,

febre entérica, hepatite e esquistossomose são as mais frequentes. Isso afeta significativa-

Page 18: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

5.1.4. Madagascar

mente e negativamente a saúde e a nutrição dos habitantes. Segundo a UNICEF, 3.500 a

4.000 crianças menores de cinco anos morrem de diarréia todos os anos no país (2015).

O Egito tem a segunda maior taxa de incidência de insuficiência hepática no mun-

do, ao ponto da situação ser endêmica. A região mais afetada se encontra no delta do

rio Nilo, que foi, historicamente, o foco principal para a esquistossomose. Mesmo que

a solução mais efetiva seja o transplante, um conjunto de restrições sociais, religiosas e

legislativas fizeram transplantes uma solução irreal para muitos pacientes. O ministério

da saúde egípcio divulgou, em 2014, seu plano de ação para a prevenção e tratamento

da hepatite, em especial o tipo C, doença que está entre as 10 principais causas de morte

no país, conforme relatado pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças em 2010.

Dentre as medidas tomadas estão o fortalecimento dos métodos de detecção da doença, o

controle da transmissão e o tratamento dos pacientes afetados.

A República de Madagascar apresenta nível crítico de saúde pública. No país onde

apenas 10% da população total tem acesso a um saneamento básico e 51% tem acesso a

água potável, somente metade da população tem noções básicas de higiene, como lavar

as mãos (OMS/UNICEF JMP, 2015). Água não potável, falta de saneamento e a carência

de tais noções básicas de higiene foram considerados responsáveis por cerca de 98,6% do

total de mortes causadas por doenças diarréicas durante o ano de 2013. As doenças mais

comuns decorrentes da precariedade sanitária são a hepatite, febre tifóide, malária, raiva

e febre amarela.

Madagascar enfrenta uma epidemia de praga pneumônica e bubônica, que causou

mais de 200 mortes até novembro de 2017. Embora a fase aguda da epidemia tenha sido

declarada pelas autoridades de saúde no final de novembro do mesmo ano, a peste ocorre

sazonalmente no país, correntemente entre setembro e abril de cada ano. A preocupação

surgiu porque o surto alcançou áreas urbanas, regiões onde não costumava se manifestar,

incluindo a capital, Antananarivo. Uma cerimônia realizada pela população, chamada

Famadihana, em que familiares desenterram parentes mortos e dançam com eles antes de

voltar a enterrá-los, pode ter sido um dos fatores que acelerou a propagação da peste.

Quando o surto foi detectado em agosto de 2017, também em ajuda ao governo

Page 19: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

5.1.5. Sudão do Sul

local, a OMS mobilizou rapidamente o apoio financeiro, operacional e técnico a Mada-

gascar e países vizinhos - liberando fundos de emergência, entregando medicamentos e

suprimentos, compartilhando diretrizes sobre gerenciamento de casos e enterros segu-

ros, acompanhamento de vigilância e testes laboratoriais e fortalecimento de medidas de

saúde pública em portos e aeroportos. Através do programa de emergências de saúde, o

Fundo de Contingência para Emergências (CFE) da Organização e os governos da Itália,

Noruega e República da Coreia forneceram apoio financeiro para a resposta da OMS ao

surto de peste no país.

Na República do Sudão do Sul, a guerra civil (2013-2015) deslocou 2,2 milhões

de pessoas e ameaçou o sucesso de um dos países mais novos do mundo. O país está

enfrentando várias emergências sanitárias complexas, incluindo fome, conflitos e surtos

de doenças. O custo da prestação de serviços de água potável, saneamento e higiene é

uma preocupação de saúde pública para as autoridades. Para garantir o monitoramento e

vigilância da qualidade da água, o país recebe ajuda da OMS com contribuição do Fundo

Humanitário do Sudão do Sul.

No Sudão do Sul, o risco de um surto de cólera é elevado em razão do movimento

da população, superlotação, higiene e instalações sanitárias inadequadas, acesso limitado

a água potável, risco de contaminação de alimentos e práticas inseguras na manipulação

e preparação de alimentos. Desde janeiro de 2017, 16.706 casos de cólera e 378 mortes

foram confirmados. Dentre as doenças mais recorrentes que refletem a carência de sane-

amento estão a hepatite, malária, febre tifóide e febre amarela.

Atualmente, 50,51% da população tem acesso a água potável que também é indu-

bitavelmente exacerbada por sistemas de coleta e descarte de lixo humano inadequados,

que levaram a propagação de doenças infecciosas. A água contaminada também pode

causar Dracunculose, ou doença do verme da Guiné que pode ser altamente perigosa,

bastando apenas uma pessoa infectada para contaminar uma fonte de água segura. Ape-

nas 10,35% dos sul sudaneses tem acesso a um saneamento seguro (OMS/UNICEF JMP,

2015).

Page 20: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

A República Federativa do Brasil enfrenta um déficit em questões de saneamento

básico. No ano de 2007 o governo brasileiro promulgou a Lei Nacional de Saneamento

Básico com o objetivo de universalizar o acesso aos serviços de abastecimento de água e

saneamento até (após a prorrogação estabelecida pelo atual presidente) 2035. Porém, um

estudo da Confederação Nacional da Indústria(CNI) apontou que, com os investimentos

atuais, o acesso universal à água seria alcançado apenas em 2043 e em relação ao esgota-

mento sanitário, somente em 2054. Foi lançado em 2014 o Plano Nacional de Saneamen-

to, que estabelece metas de curto a longo prazo com base em indicadores de água, esgoto,

e gestão dos serviços de saneamento. Os intentos acabam ficando obsoletos, todavia, de-

vido aos diferentes índices previstos de inflação e de crescimento de PIB. Mesmo com to-

dos os esforços e avanços conquistados, 34 milhões de brasileiros ainda não têm acesso à

água tratada e estima-se que mais de 100 milhões de pessoas precisam recorrer a medidas

alternativas para lidar com os dejetos produzidos, em geral, medidas essas não seguras e

anti-higiênicas, como jogá-los em rios (SNIS, 2015). O país descarta, diariamente, cerca

de 5 mil piscinas olímpicas de esgoto não tratado na natureza, prejudicando diretamente

a saúde da população e causando transtornos ambientais (SNIS, 2013).

O fato de não haver água e sabão para a lavagem de mãos em casas, escolas ou

até mesmo em centros de saúde, mostra como é carente a higiene no país, em especial

em zonas periféricas urbanas e rurais. Segundo a UNICEF, 361 mil crianças menores de

5 anos morrem anualmente devido à diarreia. A cólera, disenteria, hepatite A e febre ti-

foide são doenças recorrentes, reflexo do saneamento precário. O risco de contaminação

aumenta entre os meses de outubro a meados de abril, época chuvosa, surgindo ainda a

possibilidade de contaminação de leptospirose, quando ocorre alagamentos. A estação de

chuvas agrava mais um problema: a atual epidemia de febre amarela. Mais de 770 casos

e 250 mortes já foram confirmados (THE GUARDIAN, 2018). As autoridades planejam

controlar a situação vacinando 21,8 milhões de pessoas, priorizando aquelas que moram

em zonas de risco (OMS, 2018).

5.2. Grupo das Américas

5.2.1. Brasil

Page 21: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

A República do Salvador, localizada na américa central, é um país com grande

vulnerabilidade a desastres e eventos adversos, segundo o Relatório Regional da Vulne-

rabilidade de Estado de Desastre e risco na América Central (2014). A água e saneamento

são, consequentemente, afetados por essa condição, e se tornaram um desafio para o go-

verno local, especialmente no que diz respeito a sustentabilidade.

Apesar dos avanços no fornecimento desses sistemas nos últimos 25 anos, existem

lacunas que, em geral, estão presentes nas zonas rurais mais afastadas e em regiões margi-

nais urbanas. Com isso, surgem problemas sanitários como a disseminação de epidemias,

por exemplo, dengue e chikungunya. O alto grau de morbidade dessas doenças na popu-

lação salvadorenha faz com que o país mantenha declarações frequentes de emergências

regionais. Outro obstáculo é também a febre tifóide, doença recorrente na população.

Tudo isso, aliado ao fato de que não há leis que regulam de forma apropriada os meca-

nismos necessários utilizados por esses setores, e combinado com uma visão de baixo

investimento por parte do governo, torna a cobertura sanitária universal um desafio, com

políticas e soluções de longo prazo.

Os Estados Unidos da América possui um sistema de saúde misto, que envolve

uma grande participação privada e auxílio governamental, que pode variar desde o for-

necimento de infraestrutura e pessoal ao subsídio de seguros saúde, sendo o único país

desenvolvido sem um sistema público de acesso universal à saúde. O atendimento é de

grande qualidade e utiliza tecnologia de ponta para diagnóstico e tratamento, o que torna

a falta de seguro saúde (aproximadamente 12% dos americanos adultos não possuem se-

guro), o maior fator associado À doenças e problemas de saúde. Ainda assim, é a nação

que investe a maior porcentagem do PIB em saúde, chegando a 17% (OMS, 2018).

Embora problemas como obesidade e câncer sejam mais preocupantes para a saú-

de americana, o país não está completamente livre de doenças parasitárias. O saneamento

e o acesso à água limpa são de qualidade, ainda que algumas discussões sobre a presença

de poluentes tenham sido levantadas nos últimos anos. O Centro de Controle de Doen-

ças americano afirma que aproximadamente 300 mil pessoas estão contaminadas com

5.2.2. El Salvador

5.2.3. Estados Unidos da América

Page 22: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

5.2.4. Nicarágua

T. cruzi, o causador da Doença de Chagas, e pelo menos mil pessoas morrem todo ano

de neurocisticercose. Além disso, mais de 60 milhões de americanos estão cronicamente

infectados por Toxoplasma gondii e um milhão por Trichomonas (CDC, 2018).

O país contribui significativamente com a ONU e órgãos internacionais buscando

melhorar a saúde global. O programa USAID tem projetos específicos para o desenvolvi-

mento do acesso a água que tem dado resultado, pois 7,6 milhões de pessoas já receberam

melhor acesso a água potável e mais de 4,3 milhões tiveram suas condições de saneamen-

to melhoradas. O programa investiu, em 2015, 500 milhões de dólares para o desenvolvi-

mento do acesso à água em 54 países. Além disso, os Estados Unidos buscam auxiliar a

saúde global, investindo mais de 10 bilhões de dólares em 2017, sendo este objetivo parte

de uma das diretrizes do país no âmbito internacional, acabar com a extrema pobreza.

Para tal, o país busca ajudar com suas doações a construir e desenvolver infraestrutura

para saúde, fornecer pessoal técnico, conduzir pesquisas e coordenar projetos (USAID,

2018) (KFF, 2017).

Entre o Oceano Pacífico e o Mar do Caribe, a população da República da Nicará-

gua tem de lidar com a devastação do serviço público no que diz respeito ao saneamento

por conta de conflitos e desastres naturais.

As longas estações de chuvas e os grandes lagos fazem o país ser rico em fontes

de água doce. O problema é que muitas vezes essa água é inapropriada para o consumo,

devido à contaminação de produtos químicos utilizados na mineração e na agricultura.

Como resultado, mais de um milhão de pessoas ainda não têm acesso a água limpa nem a

um saneamento seguro (apenas 59% da população tem acesso a água potável e 76% têm

acesso à rede sanitária -- OMS/UNICEF JMP, 2015). A hepatite, febre tifóide, malária e

zika são as doenças mais frequentes na região decorrente dessa situação. Muitas comuni-

dades nicaraguenses apresentam uma taxa de mortalidade infantil elevada, ao menos 100

crianças morrem anualmente por conta de doenças diarréicas.

O governo da Nicarágua tem buscado ajuda em bancos internacionais, usando

de empréstimos de milhões de dólares em projetos que visam proporcionar a melhora e

expansão do abastecimento de água potável e saneamento no país.

Page 23: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

5.2.5. Venezuela

5.3.1. China

5.3. Bloco Asiático

Na República Bolivariana da Venezuela, a situação política e a devastadora crise

econômica atuais não conseguem encobrir a grave crise humanitária que o país está en-

frentando. A escassez de água limpa e produtos de higiene pessoal tem ocasionado uma

variedade de doenças como sarampo, sarna, foliculite e doenças estomacais com enfoque

na disenteria. O aparecimento da sarna, em especial, é nitidamente um reflexo das condi-

ções precárias de limpeza e higiene(THE GUARDIAN, 2016). Na tentativa de contornar

a situação, muitos venezuelanos armazenam água em suas casas (prática essa que au-

menta o risco da proliferação do vetor de doenças como dengue, zika e chikungunya) ou

até mesmo a “reciclagem” da água usada na cozinha para o uso no banheiro. Segundo o

Programa de Monitorização Conjunta da OMS e UNICEF, apenas 19,11% da população

venezuelana tem acesso a um saneamento seguro(2015). O limitado acesso da população

a medicamentos também é um fator que dificulta o controle das doenças (BORGEN PRO-

JECT, 2017).

A República Popular da China enfrenta uma crise hídrica de largas proporções. A

rápida industrialização e intensa prática agrícola, aliados ao crescimento populacional, le-

varam à mudanças fundamentais na forma de como a China usa e polui a sua água. Dados

publicados pelo Ministério dos Recursos Hídricos informam que mais de 80% do abas-

tecimento de água rural no país agora é inseguro para o uso ou mesmo consumo (2016).

Mais de metade dos rios do país estão poluídos demais para serem usados como fontes de

água, em grande parte devido a derramamentos industriais e escoamento químico das ins-

talações de fabricação. Além da poluição, outro problema que agrava a crise hídrica são

as condições geográficas. Mais de 80% da água que está disponível vem de fontes no sul

do país, sendo que metade da população e dois terços das terras agrícolas se encontram

no norte. Por conta das circunstâncias, essa região acaba sendo mais dependente das re-

servas subterrâneas. Uma pesquisa do Ministério de Terras chinês divulgou que 70% das

águas subterrâneas da planície norte da China foram classificadas como não aptas para o

toque humano. Vários projetos ambiciosos são levados a discussão para contornar essa

Page 24: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

A saúde na República da Indonésia é precária e insatisfatória. Mesmo os tratamen-

tos mais básicos são impositivamente caros para a população em geral, além da corrupção

ser generalizada na maioria dos hospitais públicos. Uma das características mais notáveis

do sistema de saúde, em comparação com as de outras nações do Sudeste Asiático, é o

situação, contudo, nenhuma medida efetiva foi tomada.

No país, somente 59,69% da população total tem acesso a um saneamento seguro

(OMS/UNICEF JMP, 2015). Nesse cenário, apenas no mês de abril de 2016 foi registrado

cerca de 1285 mortes causadas por doenças infecciosas, nas quais se encaixam a hepati-

te, tuberculose, disenteria bacteriana e amébica, doença mão-pé-boca (HFMD, sigla em

inglês) (XINHUA, 2016).

A situação de segurança sanitária na República da Índia é crítica. A título de exem-

plo, observa-se o rio Ganges, considerado sagrado para a religião hinduísta. Segundo a

Fundação Sankat Mochan, em alguns pontos do rio o nível de bactérias fecais chega a 31

milhões para cada 100 mililitros. Na altura da cidade de Varanasi, havendo o contato com

as águas do Ganges é possível contrair cólera, hepatite A, febre tifóide, doenças gastrin-

testinais e disenteria (REVISTA INTERNACIONAL DE SAÚDE E MEIO AMBIENTE,

2006). Toda essa poluição é consequência da degradação humana por meio de rituais e

cerimônias fúnebres em suas margens, e resíduos que são depositados por indústrias ao

longo de seu percurso.

O país continua registrando uma das maiores taxas de mortalidade infantil do

mundo (crianças menores de cinco anos) devido a disenteria, com mais de 100.000 mor-

tes por ano (THE LANCET, 2015). Estima-se que 88% da população tenha acesso a água

potável e 44% a um saneamento seguro (OMS/UNICEF JMP, 2015).

Outro grave problema sanitário é a defecação a céu aberto, bem como o urinar e

o “escarrar” em locais públicos. Essas práticas são muito comuns e a causa não necessa-

riamente é a falta de banheiro sanitário. Por serem questões comportamentais e culturais,

alternativas para tentar contornar a situação de risco seriam ações e campanhas de cons-

cientização para que a população indiana possa refletir sobre noções de higiene.

5.3.2. Índia

5.3.3. Indonésia

Page 25: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

5.3.4. Japão

baixo nível de investimento por parte do governo.

Atualmente, o país enfrenta um surto de difteria, doença que afeta mais severa-

mente regiões com precariedade de saúde mas que também já alcançou a capital, Jacarta.

Entre janeiro e novembro de 2017, foram registrados 593 casos de difteria no país (THE

CONVERSATION, 2017). A gravidade da situação se deve ao fato da doença ser transmi-

tida pelo ar, tosse ou objetos contaminados. A falta de investimento do governo indonésio

em pesquisas dificulta o conhecimento da causa do surto.

No país, cerca de 89,52% da população tem acesso a uma fonte de água potável e

67,89% tem acesso a um saneamento seguro (OMS/UNICEF JMP, 2015).

O Japão obtém êxito em relação a cobertura de serviços sanitários, fazendo uso

de tecnologias apropriadas e rigorosa fiscalização a fim de evitar perdas e desperdícios.

Sendo vulnerável a desastres naturais, o país garante a resiliência de seus serviços através

de uma abordagem adaptativa baseada em aprendizados com os males passados. Cerca de

99,80% da população japonesa tem acesso a um saneamento seguro e 97,19% tem acesso

a água potável (OMS/UNICEF JMP, 2015). Os desafios para manter esses padrões são a

diminuição da população, o declínio do investimento, o envelhecimento das instalações

e da mão-de-obra, e a vulnerabilidade de partes do país às secas que têm se tornado mais

freqüentes devido às mudanças climáticas.

Através da Agência Japonesa de Cooperação Internacional (JICA, sigla em inglês)

são conduzidos vários projetos de cooperação internacional. O Ministério da Saúde, do

Trabalho e do Bem-Estar envia especialistas técnicos da JICA para países em desenvol-

vimento, a fim de contribuir para aumentar a capacidade humana central e local para uma

melhor gestão e administração de serviços de abastecimento de água (MHLW, 2015).

O país apresenta a terceira maior taxa de expectativa de vida do mundo e dispõe

de um sistema de saúde universal, esse classificado como um dos mais eficientes (BOR-

GEN PROJECT, 2017). Sendo assim, nos últimos 30 anos as doenças parasitárias foram

consideradas controladas. Apesar disso, o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar

tem se pronunciado ao longo dos anos quanto aos crescentes casos de infecções por Ani-

sakis, um parasita, ligadas à ingestão de peixe cru ou pouco cozido. O número de casos

Page 26: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

No Reino da Tailândia, são muitos os desafios que impedem a garantia de servi-

ços sanitários seguros. Mesmo com o aumento da cobertura básica de saneamento, há

má gestão e descaso por parte do governo tailandês no que diz respeito a fiscalização de

irregularidades e da qualidade do fornecimento dos recursos. A poluição da água é exa-

cerbada por matéria fecal não tratado, que é descarregado diretamente nos rios e também

por indústrias de mineração e grandes oficinas agrícolas, fato esse que tem um impacto

severo no meio ambiente e nos recursos hídricos do país. Tudo isso pode ser um bom

motivo para a crescente taxa de morbidade causada pela diarréia.

O fornecimento de serviços de água e esgoto na Federação da Rússia é um desafio.

Pelas condições climáticas e geográficas, é possível apenas usar os recursos dos lençóis

subterrâneos, rios e lagos. Os dois últimos podem ficar congelados por até oito meses

ou mais dependendo da região em que se encontram. Além dos desafios naturais, existe

uma má distribuição dos recursos hídricos. A parte européia, onde 80% da população e

indústria do país estão concentradas, tem cerca de 10% do total de recursos hídricos reno-

váveis (AQUASTAT, 2016). As grandes distâncias entre as bacias da Sibéria e da Europa

tornam praticamente impossível transferir a água de uma região para a outra. Os projetos

de transferência foram considerados no passado, mas encontraram vários problemas, in-

cluindo os ambientais. Estima-se que 70% da população russa obtenha água potável de

fontes superficiais. Nas áreas rurais, mais de um terço da população usa água potável de

fontes não centralizadas (DUDAREV et al, 2013).

A hepatite é um problema real na Rússia. As características epidemiológicas mo-

dernas da infecção são caracterizadas pela baixa incidência da forma aguda e um aumento

dramático nos casos crônicos de hepatite do tipo C. Em 2013, a taxa média nacional de

casos detectados foi de 39,3 por 100,000 (NCBI, 2016). Acredita-se que a doença deve

ser um foco do sistema de cuidados de saúde na Rússia, já que sérias epidemias de cirrose

hepática e carcinoma hepatocelular podem ser antevistas em um futuro próximo que exi-

girá medidas preventivas e terapêuticas urgentes.

da doença aumentou de 79, em 2013, para 126 em 2016 (JAPAN TIMES, 2017).

5.3.5. Rússia

5.3.6. Tailândia

Page 27: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

5.4.1. Alemanha

5.4. Grupo Europeu

5.3.7. Vietnam

Cerca de 98,23% da população tailandesa tem acesso a uma fonte de água e

95,01% a um serviço de saneamento (OMS/UNICEF JMP, 2015). Apesar da porcenta-

gem positiva, ainda há milhões de pessoas, incluindo apátridas e trabalhadores imigrantes

indocumentados, sem acesso a esses serviços (NEWS UN, 2013).

Devido à rápida urbanização e industrialização na República Socialista do Vietna-

me, a qualidade da água foi afetada juntamente com uma maior concentração de toxinas

na água. Mesmo 91,19% da população vietnamita tendo acesso a água encanada (OMS/

UNICEF JMP, 2015), grande parte das pessoas não consomem a água vinda diretamente

das torneiras por não confiarem na qualidade do recurso fornecido, mesmo em regiões ur-

banas. Os sistemas de abastecimento são degradados em todas as localidades, resultando

em desperdício e poluição. A segurança não é garantida quando se trata de água engarra-

fada, tendo em vista que várias fábricas foram fechadas após inspeções do governo. Após

a passagem de um tufão pelo país no final de 2017, a situação no país tornou-se delicada.

O abastecimento de água logicamente foi comprometido, piorando a situação de quase

400 mil pessoas que acabaram ficando desalojadas (THE GUARDIAN, 2017).

A segurança alimentar é outro desafio a ser superado. Um teste feito pelo Instituto

Pasteur, sobre amostras de aves e porcos retiradas dos mercados locais, revelou que 100%

da carne estava contaminada com E. coli devido a condições higiênicas em mercados e

matadouros (VIETNAM NEWS GATEWAY, 2017). Geralmente encontrada em dejetos

humanos, essa bactéria pode ser inofensiva ao mesmo tempo que pode causar diarréia,

pneumonia, problemas respiratórios, infecção do trato urinário e até mesmo sintomas que

ameaçam a vida, como insuficiência renal aguda ou convulsões. As amostras foram co-

letadas em mercados de cinco províncias e cidades do sul, mais especificamente, Ba Ria

- Vung Tau, Binh Duong, Binh Phuoc, Dong Nai e Cidade de Ho Chi Minh, entre abril e

agosto de 2017.

A República Federal da Alemanha é signatária de diversas convenções sobre sa-

neamento, saúde e poluição, incluindo a Convenção de Barcelona para Proteção contra a

Page 28: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

Doenças parasitárias são raras no Reino da Dinamarca, embora haja preocupação

em relação ao controle de Giardia sp., E. histolytica e zooparasitas. Até o século XIX, a

mortalidade em razão de uma variação nórdica da malária era alta, mas os casos reduzi-

5.4.2. Dinamarca

Poluição no Mediterrâneo (1976) a Convenção para Proteção e Uso Sustentável do Rio

Danúbio (1994) a Convenção sobre a Proteção e o Uso de Cursos D’água e Lagos Inter-

nacionais (1992) e o Protocolo sobre Cursos D’água compartilhados na Comunidade de

Desenvolvimento Sul-africano. O país também apoia países parceiros para o estabeleci-

mento de tratados e acordos sobre o manejo de água (BMZ, 2009). Através dos Ministé-

rios de Educação e Pesquisa (BMBF), Saúde (BMG) e Cooperação econômica e Desen-

volvimento (BMZ), além de outras doações e organizações internacionais, a Alemanha

investe fortemente na pesquisa básica e clínica em países em desenvolvimento, aliada ao

desenvolvimento da infraestrutura paralela de saneamento e atendimento à saúde (BMBF,

2015).

A Alemanha possui um sistema de distribuição de água universal, de baixo custo

e de boa qualidade (WIKIPEDIA, 2018). A maior parte dos investimentos no setor são

direcionados para a instalação e desenvolvimento de novas tecnologias (DW, 2013). O

país lidera as exportações de tecnologia de água e saneamento na Europa, somando 800

milhões de euros em 2011. Nos últimos anos, tem investido fortemente em pesquisas,

buscando adequar essa tecnologia à realidade de países em desenvolvimento. Ainda que

o país exporte muita tecnologia para a Europa e Ásia, nações africanas, por exemplo, não

possuem a estrutura para receber tais equipamentos (DW, 2013).

Em razão dos avanços tecnológicos ocorridos no século XX, a Alemanha é hoje

um país livre de doenças parasitárias, focando-se apenas no tratamento de parasitas do

gado (WACKER et al., 1999) e de outros animais de criação. A equinococose alveolar,

doença transmitida por raposas e roedores silvestres, é controlada, embora algumas pes-

quisas tenham detectado falhas na avaliação dos casos (JORGENSEN et al., 2008). A saú-

de é plena, com uma expectativa de vida de até oitenta e três anos e mortalidade zero de

crianças até os cinco anos de idade. Do PIB do país, 11% são aplicados em saúde (WHO,

2018).

Page 29: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

5.4.4. França

ram drasticamente no início do século XX (AKUFFO et al., 2002). O saneamento básico

e a distribuição de água é de qualidade, atendendo os requisitos da União Europeia e da

ONU e provendo saúde para a população. O país busca retirar toda sua água do solo e

manter estas reservas livres de poluição, ao invés de tratar a água já poluída (ONU, 2004).

Com relação aos outros países, a Dinamarca tem um longo histórico de doações e contri-

buição em projetos para o desenvolvimento sustentável de países em desenvolvimento.

Em 2017, definiu sua estratégia para desenvolvimento humanitário até 2030, focando em

segurança, migração, desenvolvimento sustentável e direitos humanos (UDENRIGSMI-

NISTERIET, 2018) Entretanto, com o aumento do influxo de imigrantes e a redução do

capital para investimento, o tamanho deste apoio tem reduzido (OECD, 2016).

A República Francesa garante acesso universal a água e saneamento à sua popu-

lação. Além disso, compreende como direito universal o acesso a água potável e sanea-

mento, advogando por tal no ambiente internacional. O país apoiou a adoção da resolução

A/RES/64/292 da Assembleia Geral da ONU, a primeira a afirmar este direito. Sua cor-

relata no Conselho de Direitos Humanos, a A/RES/21/1, também foi apoiada. Além de

contribuir financeiramente com projetos que visam transformar o panorama de saúde e

acesso à água em países em desenvolvimento (é o terceira maior financiadora de projetos

relacionados à água), a França formou o Blue Group, um grupo de países que promove

a discussão do acesso à água e saneamento no ambiente internacional, buscando criar

novos programas de ajuda e desenvolvimento (DIPLOMATIE, 2013).

Embora tenha um programa de saúde extensivo, a França ainda não eliminou completa-

mente as parasitoses de seu território. Em 2014, um surto de esquistossomose começou a

se espalhar a partir de Córsega. O Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças

entrou em ação e traçou o início da contaminação à região de um rio da ilha. Após estudos

epidemiológicos, campanhas foram lançadas para alertar turistas e moradores do sul da

França e da costa do Mediterrâneo, enquanto o surto ainda é monitorado (BMC, 2016).

Além disso, a França é o maior foco europeu de Taenia multiceps, verme que acomete

raposas e roedores em geral e que se propaga pela ingestão de alimentos contaminados

com as fezes de seus hospedeiros. Os ovos ingeridos geram larvas que comumente se

Page 30: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

5.4.5. Reino Unido

hospedam no sistema nervoso central, aumentando a letalidade da doença. A coenurose

foi diagnosticada pela primeira vez em 1913, quando a autópsia de um parisiense que

apresentava convulsões e falta de coordenação motora revelou dois cistos em seu cére-

bro. A doença está presente principalmente nos animais alpinos, embora se considerem

hipóteses de transmissão entre cães pastores e esses animais. Ainda que ocorram poucos

casos em humanos, o controle desta zoonose é essencial para a manutenção da saúde da

população (BOURGOIN et al., 2010). Outra parasitose transmitida por animais silvestres

na França é a equinococose alveolar, causada pelo E. multilocularis. De 1982 a 2007, 407

casos da doença foram identificados no país, principalmente na região central e próximo

a fronteira com a Alemanha. È uma doença por vezes letal, pois os cistos se instalam

no fígado e se propagam para o pulmão, tornando a respiração difícil e ocasionando fa-

lha hepática. Até 2000, a França concentrava 42 % dos casos europeus de equinococose

(PIARROUX et al., 2013).

O Reino Unido se comprometeu em levar o acesso a água potável, saneamento

e educação para a higiene a 60 milhões de pessoas até 2015, complementando os Obje-

tivos do Milênio. Para tal, investiu na construção de sistemas de distribuição de água,

instalações sanitárias e pesquisas com relação a tecnologias de tratamento de água. Al-

guns exemplos de projetos com envolvimento britânico são: Visão 2030, RIPPLE e NET.

Embora o foco das ações britânicas esteja direcionado à Ásia, o país também se envolveu

com a Iniciativa para a Água do Sul da Ásia, a Parceria Global para a Água e mediou dis-

cussões sobre o uso responsável das águas do Nilo (UK, 2015). Com relação às doenças

parasitárias, o tratamento da leishmaniose e das tripanossomíases receberam grande parte

dos investimentos de pesquisa (HEAD et al., 2016). Somando suas ações, o país se tornou

o terceiro maior investidor em saúde global em 2015, com mais de 125 milhões de dóla-

res investidos em doenças negligenciadas e condições precárias relacionadas à pobreza.

Tal marca foi conquistada utilizando-se de muitos parceiros públicos e privados, além de

diferentes abordagens para a melhoria da saúde no mundo (DONOR TRACKER, 2016).

O serviço de abastecimento de água do Reino Unido é universal e privado, em-

bora a coordenação do serviço seja governamental. O sistema de saúde público (NHS)

Page 31: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

5.4.6. Suíça

6. Organizações

6.1. Comitê Internacional da Cruz Vermelha

é mundialmente aclamado, provendo todo tipo de serviço para seus usuários. O governo

se compromete em promover a saúde pública, o preparo para situações emergenciais,

divulgar informações sobre saúde e promover pesquisas na área. Dessa forma, o país se

encontra praticamente livre de doenças parasitárias, embora controle algumas zoonoses

endêmicas (UK, 2018).

Doenças parasitárias na Confederação Suíça, fora a equinococose alveolar, que

afeta 0,001% da população, são restritas a animais silvestres e gado. O serviço de saúde

público inexiste, mas planos de saúde privados são compulsórios para todos os habitan-

tes, sendo regulados pela Swiss Federal Law on Health Insurance (OMICS ONLINE,

2018).

O país contribui para diversos programas internacionais relacionados à saúde,

saneamento e higiene, incluindo o HYSAWA (Hygiene, Sanitation and Water Supply),

programa que busca melhorar as condições de higiene e acesso à água em Bangladesh,

para o qual a Suíça enviou 9,5 milhões de dólares em 2013. Além disso, o Swiss TPH

contribui fortemente para reduzir as infecções por helmintos na África e Ásia (SWISS

TPH, 2018).

As atividades do Comitê Internacional da Cruz Vermelha têm como base as Con-

venções de Genebra de 1949, seus Protocolos Adicionais, seus Estatutos e as resoluções

das Conferências Internacionais da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho. Sendo uma

organização independente e neutra, o CICV assegura proteção humanitária e amparo às

vítimas de conflitos armados e catástrofes naturais quando em zonas de conflito.

Com cerca de 16,8 mil funcionários, a organização está presente em mais de 80

países por meio de delegações, subdelegações, escritórios e missões. As atividades fazem

parte do mandato da organização de proteger a vida e a dignidade das vítimas de guerra e

de promover o respeito pelo Direito Internacional Humanitário (CICV, 2018). Seu foco de

atuação se encontra principalmente na África e Oriente Médio, devido aos ininterruptos

conflitos, mas também em países em desenvolvimento.

Page 32: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

6.2. Human Rights Watch

6.3. Médicos Sem Fronteiras

A Cruz Vermelha tem interesse em participar das reuniões da OMS pois auxilia

em diversas ações de campo, além de desejar assegurar uma opinião neutra nas decisões

de intervenção e aconselhar com relação ao auxílio de emergência e ações de curto prazo.

A Human Rights Watch é uma organização não governamental de direitos huma-

nos, composta por cerca de 400 membros em todo o mundo (HRW, 2018). Sua equipe é

composta por profissionais de direitos humanos, incluindo especialistas em países, advo-

gados, jornalistas e acadêmicos de diversas origens e nacionalidades. Anualmente, a or-

ganização publica mais de 100 relatórios e relatórios sobre condições de direitos humanos

em cerca de 90 países (WRH, 2018). Com o objetivo de chamar a atenção da comunidade

global para abusos existentes, esses relatórios resultam em cobertura nos meios de comu-

nicação locais e internacionais.

A Human Rights Watch participa como observador em comitês internacionais

para garantir o cumprimentos dos Direitos Humanos, além de fornecer informações de-

mográficas e opinar sobre as ações para garantir tais direitos.

Atuando Desde 1980, a Médicos Sem Fronteiras abriu escritórios em 28 países

e emprega mais de 30 mil pessoas em todo o mundo. Desde a sua fundação, tratou mais

de 100 milhões de pacientes (DWB, 2018). A organização é composta de profissionais

recrutados para os projetos em campo e de um corpo de empregados permanente, sendo

majoritariamente financiada por contribuições de pessoas físicas. Segundo seu relatório

de prestação de contas para 2015, 92% das contribuições financeiras eram individuais,

7% de instituições públicas e 1% de outras fontes.

A organização atua em ações de longo prazo, na ajuda a refugiados, em casos de

conflitos prolongados, instabilidade crônica ou após a ocorrência de catástrofes naturais

ou provocadas pela ação humana. Sua assistência à saúde não é estritamente médica,

abrange também ações nas áreas de nutrição, prevenção, formação de profissionais na

área da saúde, água e saneamento, revitalização de hospitais e postos de saúde.

A Médicos Sem Fronteiras tem interesse em participar das reuniões da OMS pois

auxilia em diversas ações de campo, além de desejar a garantia de uma opinião neutra nas

Page 33: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

7. Referências Bibliográficas

decisões de intervenção e aconselhar com relação ao auxílio de emergência e ações de

curto prazo.

AKUFFO, H.; LJUNGSTR’’M, I.;LINDER, E.;WAHLGREN, M.. Parasites of the colder

climates. CRC Press, 2002.

ANGELAKIS, A. N.; ZHENG, X. Y.. Evolution of Water Supply, Sanitation, Wastewater,

and

Stormwater Technologies Globally. Water. v. 7, p. 455-463, 2015.

BBC. World Africa. Disponível em: <http://www.bbc.com/news/world-africa-14019202

> . Acesso em 17 fev 2018.

BMBF. Global health in the focus of research. Disponível em: <https://www.bmbf.de/

pub/Global_health.pdf>. Acesso em 1 fev 2018.

BMC. Schistosomiasis Outbreak in Corsica, France. Disponível em: <https://blogs.bio-

medcentral.com/bugbitten/2016/08/12/schistosomiasis-outbreak-corsica-france/>. Aces-

so em 1 fev 2018.

BMZ. German Development Cooperation in the Sanitation Sector. Disponível em: <ht-

tps://www.bmz.de/en/publications/archiv/type_of_publication/strategies/spezial157.

pdf>. Acesso em 24 jan 2018.

BORGOIN, G; MASTAIN, O; REYNAUD, M. ; GAME, Y.; GAUTHIER, D.; REVELLI,

P; MOINET, M.; GIBERT, P.. Cerebral coenurosis in mountain ungulates in French Alps:

an interaction between domestic life or evidence of a sylvatic cycle?. EWDA Conference.

p. 13-16, 2010.

CDC. Parasites. Disponível em: <https://www.cdc.gov/parasites/index.html> . Acesso

em 18 fev 2018.

CDC. Division of Parasitic Diseases and Malaria STRATEGIC PRIORITIES 2015-

2020. Disponível em: <https://www.cdc.gov/parasites/resources/pdf/dpdm_strategic_

plan_2015_2020.pdf

> . Acesso em 15 fev 2018.

COX, F. E. G.. History of Human Parasitology. Clin Microbial Rev. v. 15, n. 4, 2002.

DIPLOMATIE. Right to water and sanitation. Disponível em: <https://www.diplomatie.

Page 34: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

gouv.fr/en/french-foreign-policy/human-rights/right-to-water-and-sanitation/>. Acesso

em 1 fev 2018.

DONOR TRACKER. United Kingdom. Disponível em: <https://donortracker.org/UK/

globalhealthrd> . Acesso em 13 fev 2018.

DW. Germany leads the way in wastewater technology. Disponível em: <http://www.

dw.com/en/germany-leads-the-way-in-wastewater-technology/a-16599085>. Acesso em

24 jan 2018.

HEAD, M. G.; FITCHETT, J. R.; MAGESHWARAN, V.; KUMARI, N.; HAYWARD,

A.; ATUN, R.. Research Investments in Global Health: A Systematic Analysis of UK

Infectious Disease Research Funding and Global Health Metrics, 1997–2013. EBioMedi-

cine. v. 3, p. 180-190, 2016.

JORGENSEN, P.; HEIDEN, M.; KERN, P.; SCHONEBERG, I.; KRAUSE, G.; ALPERS,

K.. Underreport of Human Alveolar Echinococcosis, Germany. Emerg. Infect. Dis., v. 14,

n. 6, p. 935-937, 2008.

KFF. The US government and Global Health. Disponível em:<https://www.kff.org/glo-

bal-health-policy/fact-sheet/the-u-s-government-and-global-health/>. Acesso em 18 fev

2018.

MSF. Malária. Disponível em: <https://www.msf.org.br/o-que-fazemos/atividades-medi-

cas/malaria> . Acesso em 17 fev 2018.

MSRU. Malaria indicator survey 2014-2015. Disponível em: <http://health.go.ug/con-

tent/malaria-bulletin-2016

> . Acesso em 17 fev 2018.

NEW VISION. Malaria is the leading cause of death in Uganda. Disponível em: <https://

www.newvision.co.ug/new_vision/news/1423973/malaria-leading-cause-death-uganda

> . Acesso em 17 fev 2018.

PIARROUX, M.; PIARROUX, R.; KNAPP, J.; BARDONNET, K.; DUMORTIER, J.;

WATELET, J; GERARD, A.; BEYTOUT, J; ABERGEL, A; BRESSON-HADNI, S.;

GAUDART, G.. Populations at risk for Alveolar Echinococcosis, France. Emerg. Infect.

Dis., v.19, n. 5, p.721-728, 2013.

PHLUSH. A Rough History of Sanitation. Disponível em: <http://www.phlush.or-

g/2012/11/27/a-rough-history-of-sanitation-in-the-west/>. Acesso em 17 fev 2018.

Page 35: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

OECD. Denmark is a top donor but reduced budget and refugee costs pose risks. Dispo-

nível em:<http://www.oecd.org/newsroom/denmark-is-a-top-aid-donor-but-reduced-bu-

dget-and-refugee-costs-pose-risks.htm>. Acesso em 1 fev 2018.

OMICS ONLINE. Tapeworm infection. Disponível em: <https://www.omicsonline.org/

switzerland/tapeworm-infection-peer-reviewed-pdf-ppt-articles/> . Acesso em 13 fev

2018.

OMS. African Regional Health Report 2014. Disponível em:<http://apps.who.int/iris/

bitstream/10665/137377/4/9789290232612.pdf> . Acesso em 15 fev 2018.

OMS. Global Vector Control Response 2017-2030. Disponível em:<

http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/259205/1/9789241512978-eng.pdf?ua=1> .

Acesso em 17 fev 2018.

OMS. Relatório sobre Doenças Tropicais Negligenciadas. Disponível em:<http://bvsms.

saude.gov.br/bvs/publicacoes/primeiro_relatorio_oms_doencas_tropicais.pdf> . Acesso

em 15 fev 2018.

OMS. Resolution WHA 34.25. Disponível em:<www.who.int/dracunculiasis/eradication/

en/

> . Acesso em 15 fev 2018.

ONU. Human Right to Water. Disponível em:<http://www.un.org/waterforlifedecade/hu-

man_right_to_water.shtml> . Acesso em 15 fev 2018.

ONU. Sanitation Country Profile 2004 Denmark. Disponível em: <http://www.un.org/esa/

agenda21/natlinfo/countr/denmark/denmark_sanitation.pdf>. Acesso em 17 fev 2018.

STANFORD. Disponível em: <http://web.stanford.edu> . Acesso em 17 fev 2018.

SWISS TPH. Water, Sanitation and Hygiene. Disponível em: <https://www.swisstph.ch/

en/topics/environment-and-health/water-sanitation-and-hygiene/> . Acesso em 13 fev

2018.

UDENRIGSMINISTERIET. Strategies and priorities. Disponível em: <http://um.dk/en/

danida-en/Strategies%20and%20priorities/>. Acesso em 1 fev 2018.

UK. 2010 to 2015 government policy: water and sanitation in developing countries. Dis-

ponível em: <https://www.gov.uk/government/publications/2010-to-2015-government-

-policy-water-and-sanitation-in-developing-countries/2010-to-2015-government-policy-

-water-and-sanitation-in-developing-countries>. Acesso em 13 fev 2018.

Page 36: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

UK. Public Health England. Disponível em: <https://www.gov.uk/government/organisa-

tions/public-health-england/about> . Acesso em 13 fev 2018.

UNESCO. Water History for our times. UNESCO, 2012.

USAID. Water and Sanitation. Disponível em:<https://www.usaid.gov/what-we-do/wa-

ter-and-sanitation> . Acesso em 17 fev 2018.

WACKER, K.; ROFFEIS, M.; CONRATHS, F. J..Cow-calf herds in eastern Germany:

status quo of some parasite species and a comparison of chemoprophylaxis and pasture

management in the control of gastrointestinal nematodes. Zentralbl Veterinarmed B., v.

46, n. 7, p. 475-483, 1999.

WIKIPEDIA. Water supply and sanitation in Germany. Disponível em: <https://en.wi-

kipedia.org/wiki/Water_supply_and_sanitation_in_Germany>. Acesso em 24 jan 2018.

WHO. Germany. Disponível em: <http://www.who.int/countries/deu/en/>. Acesso em 1

fev 2018.

THE GUARDIAN. Brazil yellow fever crisis: dozens dead as São Paulo closes city gar-

dens and zoo. Disponível em: <https://www.theguardian.com/world/2018/jan/24/brazil-

-yellow-fever-crisis-dozens-dead-as-sao-paulo-closes-city-gardens-and-zoo> acesso em:

16 de fev. 2018.

OMS. Yellow fever – Brazil

Disponível em: <http://www.who.int/csr/don/22-january-2018-yellow-fever-brazil/en/>

acesso em: 16 fev. 2018.

PNUD BRASIL. Acesso à água e saneamento para o alcance da Agenda 2030. Disponí-

vel em:<http://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/presscenter/articles/2018/02/02/

acesso-gua-e-saneamento-para-o-alcance-da-agenda-2030.html> acesso em: 16 fev.

2018.

UNICEF. 6,2 milhões de brasileiros não têm água potável em casa e 29 milhões não

possuem saneamento seguro. Disponível em:<https://www.unicef.org/brazil/pt/me-

dia_36643.html> acesso em: 16 fev. 2018.

THE GUARDIAN. Brazil yellow fever crisis: dozens dead as São Paulo closes city gar-

dens and zoo. Disponível em:<https://www.theguardian.com/world/2018/jan/24/brazil-

-yellow-fever-crisis-dozens-dead-as-sao-paulo-closes-city-gardens-and-zoo> acesso em:

16 fev. 2018.

Page 37: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

UNICEF. 6,2 milhões de brasileiros não têm água potável em casa e 29 milhões não

possuem saneamento seguro. Disponível em: <https://www.unicef.org/brazil/pt/me-

dia_36643.html> acesso em: 16 fev. 2018.

G1. Crise exige soluções para se investir em saneamento básico. Disponível em: <https://

g1.globo.com/especial-publicitario/em-movimento/noticia/crise-exige-solucoes-para-se-

-investir-em-saneamento-basico.ghtml> acesso em: 16 fev. 2018.

THE STRAITSTIMES. China’s river diversions could have worrying regional impact:

The Kathmandu Post columnist. Disponível em: <http://www.straitstimes.com/asia/eas-

t-asia/chinas-river-diversions-could-have-worrying-regional-impact-the-kathmandu-post

> acesso em: 17 de fev. 2018.

SEEKER. Why China Is Running Out Of Water. Disponível em: <https://www.seeker.

com/why-china-is-running-out-of-water-1875603921.html

http://portuguese.people.com.cn/n3/2016/0512/c309810-9056877.html > acesso em: 17

de fev. 2018.

LIVE MINT. India continues to record high child mortality rate due to diarrhoea: Study

Disponível em: <http://www.livemint.com/Science/oWS5VjPoILlK0HG3TK3QSM/In-

dia-continues-to-record-high-child-mortality-rate-due-to-d.html > acesso em: 17 de fev.

2018.

G1. Poluição está matando o sagrado rio Ganges e intoxica os devotos hindus. Disponível

em: <https://g1.globo.com/natureza/noticia/poluicao-esta-matando-o-sagrado-rio-gan-

ges-e-intoxica-os-devotos-hindus.ghtml>

BBC. Why India’s sanitation crisis kills women. Disponível em: <http://www.bbc.com/

news/world-asia-india-27635363> acesso em: 17 de fev. 2018.

THE CONVERSATION. Indonesia’s diphtheria outbreak: problems in vaccination and

antibiotics efficacy. Disponível em: <http://theconversation.com/indonesias-diphtheria-

-outbreak-problems-in-vaccination-and-antibiotics-efficacy-89036

http://factsanddetails.com/indonesia/Education_Health_Energy_Transportation/

sub6_6b/entry-4076.html>

BORGEN PROJECT. Health Concerns Over Water Quality in Venezuela.

Disponível em: <https://borgenproject.org/water-quality-in-venezuela/> acesso: 15 de

fev. 2018.

Page 38: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

THE GUARDIAN. ‘Like doctors in a war’: inside Venezuela’s healthcare crisis. Dispo-

nível em: <https://www.theguardian.com/world/2016/oct/19/venezuela-crisis-hospitals-

-shortages-barcelona-caracas > acesso em: 15 de fev. 2018.

OMS/UNICEF. Disponível em: <https://washdata.org/data#!/ven> acesso em: 15 de fev.

2018.

BORGEN PROJECT. Common Diseases in Japan. Disponível em: <https://borgenpro-

ject.org/common-diseases-in-japan/>acesso em: 18 de fev. 2018.

EXAME. Popularização do sushi aumenta casos de infecção por parasitas. Disponível

em:<https://exame.abril.com.br/ciencia/numero-de-casos-de-infeccao-por-parasita-au-

menta-devido-ao-sushi/>acesso em: 18 de fev. 2018.

JAPAN TIMES. Anisakis infections from raw fish on rise, health ministry warns. Dis-

ponível em:<https://www.japantimes.co.jp/news/2017/05/12/national/science-health/

anisakis-infections-raw-fish-rise-health-ministry-warns/#.WoiE76jwbIV>acesso em: 18

de fev. 2018.

NCBI. The current status of parasitic diseases in Japan. Disponível em:<https://www.

ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12705786>acesso em: 18 de fev. 2018.

WIKIPEDIA. Water supply and sanitation in Japan. Disponível em:<https://en.wikipedia.

org/wiki/Water_supply_and_sanitation_in_Japan>acesso em: 18 de fev. 2018.

RELIEFWEB. Resilient Water Supply and Sanitation Services: The Case of Japan.

Disponível em: <https://reliefweb.int/report/japan/resilient-water-supply-and-sanitation-

-services-case-japan>acesso em: 18 de fev. 2018.

MHLW. International Contributions. Disponível em: <http://www.mhlw.go.jp/english/

policy/health/water_supply/5.html#c01> acesso em: 18 de fev. 2018.

NCBI. Hepatitis C in the Russian Federation: challenges and future directions. Disponí-

vel em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4861609/> acesso em: 18 de

fev. 2018.

AQUASTAT. Russian Federation. Disponível em: <http://www.fao.org/nr/water/aquas-

tat/countries_regions/RUS/> acesso em: 18 de fev. 2018.

UN NEWS. UN expert calls on Thailand to eliminate disparities on access to water

and sanitation. Disponível em: <https://news.un.org/en/story/2013/02/431582-un-exper-

t-calls-thailand-eliminate-disparities- access-water-and-sanitation> acesso em: 18 de fev.

Page 39: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

2018.

THE GUARDIAN. Vietnam braced for second storm after devastating impact of Typhoon

Damrey. Disponível em:<https://www.theguardian.com/global-development/2017/

nov/11/vietnam-braced-for-second-storm-after-devastating-impact-of-typhoon-damrey-

-kaikui> acesso em: 18 de fev. 2018.

VIETNAM NET. Water pollution getting worse: experts. Disponível em:<http://english.

vietnamnet.vn/fms/environment/192314/water-pollution-getting-worse--experts.html>

acesso em: 18 de fev. 2018.

IT OUR VIETNAM. It is safe to drink tap water in Vietnam? Disponível em: <https://

www.itourvn.com/blog/is-it-safe-to-drink-tap-water-in-vietnam>acesso em: 18 de fev.

2018.

THE WATER PROJECT. WATER IN CRISIS - VIETNAM. Disponível em:<https://

thewaterproject.org/water-crisis/water-in-crisis-vietnam> acesso em: 18 de fev. 2018.

TUOI TRE NEWS. Market pork, poultry test 100% positive for E.coli in Vietnam. Dis-

ponível em:<https://tuoitrenews.vn/news/society/20171211/market-pork-poultry-test-

-100-positive-for-ecoli-in-vietnam/43089.html>acesso em: 18 de fev. 2018.

HUMAN RIGHTS WATCH. About. Disponível em:<https://www.hrw.org/about>acesso

em: 18 de fev. 2018.

WIKIPEDIA. Human Rights Watch. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Hu-

man_Rights_Watch>acesso em: 18 de fev. 2018.

CICV. Disponível em:<https://www.icrc.org/pt>acesso em: 18 de fev. 2018.

WIKIPEDIA. Comitê Internacional da Cruz Vermelha. Disponível em:<https://pt.wikipe-

dia.org/wiki/Comit%C3%AA_Internacional_da_Cruz_Vermelha>acesso em: 18 de fev.

2018.

TERRA. Impressionante seca do lago Theewaterskloof na África do Sul. Disponí-

vel em:<https://www.terra.com.br/noticias/climatempo/impressionante-seca-do-lago-

-theewaterskloof-na-africa-do-sul,612fbb9a477367ba7616480d5e584facki6yryek.ht-

ml>acesso em 19 de fev. 2018.

BBC. South Sudan profile - overview. Disponível em: <http://www.bbc.com/news/worl-

d-africa-14019208>acesso em 19 de fev. 2018.

THE WATER PROJECT. WATER IN CRISIS - SOUTH AFRICA. Disponível em: <ht-

Page 40: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

tps://thewaterproject.org/water-crisis/water-in-crisis-south-africa>acesso em 19 de fev.

2018.

DANTAS, Tiago. “Aspectos naturais da África do Sul “; Brasil Escola. Disponível

em <http://brasilescola.uol.com.br/africa-do-sul/aspectos-naturais-africa-sul.htm>. aces-

so em 19 de

fev. 2018.

ALL AFRICA. South Africa: Water Crisis Intensifies in Cape Town. Disponível em:<ht-

tp://allafrica.com/stories/201801040599.html> acesso em 19 de fev. 2018

WHO. WHO in collaboration with the Ministry of Health established water quality con-

trol testing hub within the National Public Health Laboratory to guide water safety ma-

nagement and prevent water-borne diseases in South Sudan. Disponível em:<http://afro.

who.int/news/who-collaboration-ministry-health-established-water-quality-control-tes-

ting-hub-within> acesso em 19 de fev. 2018

THE GUARDIAN. Cape Town water crisis: 7 myths that must be bust. Disponível

em:<https://www.timeslive.co.za/news/south-africa/2017-11-08-cape-town-water-crisis-

-7-myths-that-must-be-bust/> acesso em 19 de fev. 2018

MSF. Sudão do Sul: triplica o número de pacientes tratados por MSF em Malakal. Dispo-

nível em:<https://www.msf.org.br/noticias/sudao-do-sul-triplica-o-numero-de-pacientes-

-tratados-por-msf-em-malakal> acesso em 19 de fev. 2018.

ONU BR. Conflito no Sudão do Sul afeta futuro de milhões de crianças, alerta chefe do

UNICEF em visita ao país. Disponível em:<https://nacoesunidas.org/conflito-no-sudao-

-do-sul-afeta-futuro-de-milhoes-de-criancas-alerta-chefe-do-unicef-em-visita-ao-pais/>

acesso em 19 de fev. 2018.

CDC. Global Health - Angola. Disponível em:<https://www.cdc.gov/globalhealth/coun-

tries/angola/default.htm> acesso em 19 de fev. 2018.

EXPORT. Angola - Healthcare. Disponível em:<https://www.export.gov/article?id=An-

gola-Healthcare> acesso em 19 de fev. 2018.

INDEX MUNDI. Angola Major infectious diseases. Disponível em:<https://www.in-

dexmundi.com/angola/major_infectious_diseases.html> acesso em 19 de fev. 2018.

RTP NOTÍCIAS. Angola tem a maior taxa de mortalidade infantil do mundo. Disponível

em:<https://www.rtp.pt/noticias/mundo/angola-tem-a-maior-taxa-de-mortalidade-infan-

Page 41: OMS · 2018. 3. 3. · Giovanna Hassler Juliano Kosloski Lucas Rodrigues Gobbi A humanidade é naturalmente curiosa. Nossa curiosidade nos levou a momentos incríveis, como a chegada

til-do-mundo_v1023203> acesso em 19 de fev. 2018.

UNICEF. Angola. Disponível em:<https://www.unicef.org/appeals/angola.html> acesso

em 19 de fev. 2018.

Diarrheal Diseases Relative to Other Diarrhea, Lower Respiratory, and Other Common

Infectious Diseases (Angola). Disponível em:<http://global-disease-burden.healthgrove.

com/l/2755/Diarrheal-Diseases-in-Angola#Explore%20More&s=yhT6n> acesso em 19

de fev. 2018.

EM. ESPECIAL: Tradição de dançar com os mortos pode estar ajudando a espalhar a pes-

te negra em Madagascar. Disponível em:<https://www.em.com.br/app/noticia/internacio-

nal/2017/11/01/interna_internacional,913500/especial-tradicao-de-dancar-com-mortos-

-espalha-peste-negra-madagascar.shtml> acesso em 19 de fev. 2018.

AFRIQUE. Un nouveau cas de peste détecté à Madagascar. Disponível em:<http://www.

rfi.fr/afrique/20180121-nouveau-cas-peste-detecte-madagascar-ankazobe> acesso em 19

de fev. 2018.

CLARIN. “La plaga”, una de las enfermedades más viejas del planeta, ataca en Ma-

dagascar y amenaza con llegar al continente. Disponível em:<https://www.clarin.com/

mundo/plaga-enfermedades-viejas-planeta-ataca-madagascar-amenaza-llegar-continen-

te_0_rynKsOdkM.html> acesso em 19 de fev. 2018.

BORGEN PROJECT. The Fatal Four: Top Diseases in Madagascar. Disponível em:<ht-

tps://borgenproject.org/top-diseases-in-madagascar/> acesso em 19 de fev. 2018.

THE WORLD BANK. Egypt, Arab Rep. - Demographic and Health Survey 2014. Dis-

ponível em:<http://microdata.worldbank.org/index.php/catalog/2269> acesso em 19 de

fev. 2018.

NCBI. The prevalence of hepatitis C virus infection in Egypt 2015: implications for fu-

ture policy on prevention and treatment. Disponível em:<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/

pmc/articles/PMC5145777/> acesso em 19 de fev. 2018.

HUFFPOST. Egypt is about to launch Universal Health Coverage. Disponível em:<ht-

tps://www.huffingtonpost.com/entry/egypt-is-about-to-launch-universal-health-covera-

ge_us_59f404b2e4b05f0ade1b5777> acesso em 19 de fev. 2018.

EGYPTIAN STREETS. The Fight Against Liver Epidemics in Egypt: Then and Now.

Disponível em:<https://egyptianstreets.com/2017/12/21/the-fight-against-liver-epidemi-

cs-in-egypt-then-and-now/ > acesso em 19 de fev. 2018.