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SOCIEDADE ASSISTENCIAL E EDUCACIONAL “FONTE NO DESERTO” OS OBREIROS DA CASA DE DEUS ELAETEM – Escola Latino Americana de Educ. Teológica e Missiológica CNPJ. 01.447.260/0001-72 – Banco do Brasil Ag. 2981-5 C/C 27048-2 Rua Fátima, 1.140 – Sala 302 – Fátima – Joinville/SC – 9229-101 – Tel 47– 3454-8356 Página 1

OBREIROS DA CASA DE DEUS

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SOCIEDADE ASSISTENCIAL E EDUCACIONAL

“FONTE NO DESERTO”

OS OBREIROS DA CASA DE DEUS

ELAETEM – Escola Latino Americana de Educ. Teológica e MissiológicaCNPJ. 01.447.260/0001-72 – Banco do Brasil Ag. 2981-5 C/C 27048-2

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Apresentação

Este Seminário Bíblico nasceu da imperiosa vontade do Espírito Santo, que fez ferver o coração do grande homem de Deus Pr. Jayro Fontes Ferreira (In Menorian) e levou o Pr. Abimael Fontes Ferreira, seu filho, a pensar no melhoramento do conhecimento Bíblico de homens e mulheres de Deus, que compreendendo mais o verdadeiro significado das Escrituras, possam enriquecer a divulgação do evangelho e assim fortalecer o Reino de Deus.

Espero que todos possam aproveitar essa grande oportunidade dada pelo ELAETEM aos seus alunos.

Certo de que a idoneidade do Ministério a quem este Instituto pertence seja a garantia de sua atuação.

Sejam Bem Vindos

Nos Laços do Calvário

Pr. Misael Fontes Ferreira Diretor Administrativo

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OS OBREIROS DA CASA DE DEUS

I – Introdução:

Sentimo-nos prazerosos em levar adiante a visão de trabalho que o Espírito Santo colocou em nossos corações. Na verdade, é apenas o início de um plano que visa o preparo de obreiros para servirem melhor a causa do Mestre.

Sempre fico pensando no tempo que Jesus gastou para preparar doze homens que revolucionariam o mundo com a pregação do Evangelho. Sua missão principal foi buscar e salvar o perdido e para isto, Ele investiu todo seu Ministério, capacitando doze homens que seriam seus respectivos representantes depois de sua partida, aliás, Ele só partiu, depois que esses homens deram as evidências necessárias de que assimilaram seu ensino.

Creio ser esse, um dos motivos que nos impulsionaram a formar a “Escola de Líderes e Obreiros” ELO, se é que posso usar essa expressão, mas sinto-me na liberdade de usá-la , pelas razões que foram expostas acima. Apesar da popularidade de Cristo através de multidões que o cercavam por todos os lados, fica bem patente o fato de que, sua missão concentrava-se naqueles doze homens. Havia uma prioridade notável em tudo que fazia, centralizada nos doze. O ensino foi tão penetrante, que tiveram condições sobejas de documentarem os feitos e ensinos mais importantes de Cristo, que até hoje é de grande valia, para todo o povo de Deus na terra.

Em segundo lugar, o próprio Cristo, nos chamou, nos capacitou, e, nos enviou a pregar e a ensinar; mas, para ensinar, é necessário primeiramente aprender. Só podemos ensinar aquilo que aprendemos e, se aprendemos errado, também ensinaremos errado. Lamentavelmente encontramos muitos “obreiros”, que, apesar de serem bem intencionados, não conseguem desenvolver bem seus ministérios, exatamente pela ausência de conhecimento, no exercício do ministério.

Nosso propósito nessa “Escola” preparatória é abrir as cortinas, e focalizar os pré-requisitos básicos de um obreiro Cristão, pois há um mundo em nossa volta, sem esperança e sem projeção nenhuma para a vida eterna, ou até mesmo, para a vida. Essas pessoas esperam por nós, e estão cegas: não podem ver o que vemos, ouvir o que ouvimos. Mas, certamente, poderão ouvir através de cristãos autênticos, pois temos o antídoto para esse mal que assola a sociedade.

Acredito que, partindo de uma conscientização vocacional, destacando as implicações de um ministério sadio, as responsabilidades de um obreiro, a ética, o culto, as doutrinas, e a visão de trabalho da Igreja a que pertencemos, já é um bom avanço para a formação de um ministério unido.

Se ao final dessa Escola de Lideres e Obreiros – ELO, você não tiver nada a acrescentar à sua visão de trabalho e modo de agir, então cometeremos um leve engano ao convocá-lo; mas, se sua visão foi despertada, a ponto de preocupá-lo e lhe deixar pensativo a respeito do ministério, então já conseguimos grandes proezas e, certamente Deus está lhe moldando para uma Segunda chamada.

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II – A CHAMADA MINISTERIAL – Ef. 4:11,12

1. A Chamada Ministerial:

1.1. “Ele mesmo concedeu uns para...” (v.11). Essa expressão destaca a necessidade de uma conscientização da chamada. É usada pelo Apóstolo Paulo em Rm. 1:1 “Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para apóstolo, separado para o evangelho de Deus””Doulos” , traduzido como servo, é aquele que não tem vontade própria, sua vontade é a vontade de seu Senhor. A tradução normal para essa palavra é “escravo”.

Uma outra palavra significativa em Rm.1:1 é “chamado” do Grego Kletòs =

1) chamado, convidado a obter eterna salvação no reino por meio de Cristo. 1b) chamado a algum ofício.

1b1) Selecionado e designado divinamente.

Uma terceira palavra significativa em Rm.1:1 é “separado” do Grego Aphorizo =

1) separar de outros pelo estabelecimento de limites ou uso de critérios, limitar, separar. No bom sentido: apontar, separar para algum propósito.

Essa separação indica que o obreiro não pode se auto-proclamar. Deve haver um reconhecimento divino e humano em sua chamada.

1.2. Porque é importante a chamada divina? Qual a razão da chamada? Resumindo, podemos dizer que a chamada divina tem alguns propósitos importantes:

1.2.1. Esclarecer que o ministério, seja qual for, nunca foi uma profissão na antiga aliança, e muito menos na atual dispensação. O ministério neotestamentário é um Dom e uma vocação de Deus. “E Ele mesmo concedeu...” (Ef.4:11). A partir dessa premissa básica, o homem chamado pelo Senhor deve estar consciente de que:

a) – Do Senhor vem a recompensa. (1 Pe. 5:2-4).b) – Pelo Senhor ele será julgado. (1Co.4:3-5)

1.3. A certeza da chamada de Deus faz o servo do Senhor superar obstáculos considerados, pelo homem comum, insuperáveis ou além de qualquer possibilidade humana, pelo contrário, como poderíamos compreender a posição de Moisés diante das rebeliões e tumultos que ele enfrentou no deserto? (Nm.12:1 – 16; 14:1 – 9; 16: 1 – 19). Como entender a poderosa oração intercessória quando Deus quis destruir o povo israelita e fazer dele (Moisés) um novo e grande povo? (Nm. 14:10 – 19). Só um homem vocacionado por Deus poderia ter capacidade, calma e equilíbrio para vencer nesses momentos críticos. Moisés não era um Super-Homem, mas era um homem chamado pelo Senhor.

Como entender a perseverança de Paulo, que foi dado por morto, depois de ser apedrejado pelos judeus opositores do evangelho da graça, em continuar na sua missão de pregar essas boas-novas? (Atos 14:19-22).

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Inúmeros outros exemplos poderiam ser citados. Homens, que, no dizer do escritor da Carta aos Hebreus, “... pela fé, venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões, apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fugida os exércitos dos estranhos”. (Hb.11:33,34).

1.4. A chamada é acompanhada da missão. Ninguém que é chamado pelo Senhor vive de um lado para o outro, de um trabalho para outro sem ter certeza da vontade de Deus. Deus, quando chama, comissiona seu servo para uma missão especifica.

1.5. A ocasião da chamada:

Se Deus chama como quer, isto é, de modo soberano, é lógico que Ele também chama quando quer. Não há faixa etária privilegiada, como vemos a seguir:

a) – Desde o ventre, o Senhor chamou Jeremias (Jr.1:5) e Paulo (Gl. 1:15,16).b) – O Senhor chamou Samuel, sendo este bem jovem (1 Sm. 3:3,4,20); Também Davi (1 Sm. 16;11-

13) e, possivelmente Timóteo (Atos 16:1-3). Em qualquer época de nossa existência, o Senhor pode nos chamar para o ministério ou para o cumprimento de uma missão em particular.

Quanto às circunstancias das chamadas registradas no texto sagrado, são as mais variadas possíveis:

O Senhor chamou Davi quando cuidava do rebanho de seu pai (1 Sm.16:11); Eliseu quando andava lavrando com doze juntas de bois (1 Rs.19:19-21); Paulo a caminho de Damasco, com o objetivo de prender os cristãos (At.26;12-16).

1.6. A Natureza da chamada Quanto à natureza intrínseca, a chamada para o ministério neotestamentário apresenta as seguintes características:

a) – Divina. A responsabilidade da chamada ministerial é do Senhor. “E Ele mesmo concedeu uns para...”(Ef.4:11). Não se trata de uma incumbência dada por convenção, ou concilio; pois estes órgãos apenas confirmam, reconhecendo a chamada divina depois de um exame. É o que o apóstolo Paulo recomendou a Timóteo: “Procura apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a Palavra da Verdade” (2 Tm.2:15). A palavra grega “Dókimos” , traduzida por aprovado, quer dizer “aprovado depois do exame”. Quando os gregos escolhiam pedras para construção, uma pedra que não satisfizesse as necessárias especificações, era marcada com um “A”, significando que fora testada e não encontrada perfeita. Uma pedra perfeita, por outro lado, era chamada de “Dókimos”, ou seja, a que passou pelo teste.

Existem chamadas que Deus não tem participação nenhuma tais como:

- Chamada humana. Do tipo “vem pra cá!”. É um simples convite humano, sem Deus

ter qualquer participação. Podemos tomar como exemplo Abraão e Ló. Abraão foi, de fato, chamado por Deus (Gn.12;4), mas, Ló simplesmente foi “com ele”, diz a Bíblia. Há obreiros nessa situação: apenas seguindo alguém, sem terem qualquer chamada

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individual. Em 1 Sm. 16:6,7, Samuel quase ungiu Eliabe por si próprio, quando o homem de Deus era Davi.

- Camada própria. È aquela chamada em que a própria pessoa se oferece, sem nenhuma participação divina.

b) – Pessoal. A chamada para salvação é universal, é para todos, no entanto a chamada ministerial é pessoal e específica.

1.7. Sinalização da chamada:

a) – Aquele que vê as dificuldades do ofício, mas não se intimida.b) – Aquele que olha as perseguições, mas contempla a promessa de Deus.c) – Aquele que quer se ocupar em ganhar almas para o Senhor, ainda que pague o preço de abusos,

desprezos, perseguições ou até a própria viva.d) – Aquele que deseja ensinar as verdades preciosas de Deus, consolar os tristes, dar direção às

vidas que estão vagando sem rumo.e) – Aquele que sente a voz de Deus ecoando dentro de si para o ministério.f) – Não há outra função ou carreira que lhe ofereça tão grande oportunidade de poder servir sua

geração. Os resultados de sua obra são eternos. Sobram-lhe ocasiões para fazer o bem. O gozo de ver as almas salvas, não pode comparar-se com a satisfação que produz êxito em outra carreira.

A chamada Ministerial também carece de uma verdadeira piedade, requisito indispensável para um obreiro Cristão. Seja qual for a “vocação” que um homem simule possuir, “se não foi vocacionado para a santidade não foi vocacionado para o ministério”. C.H.Spurgeon. É de suma importância que antes de alguém ingressar no ministério cristão, tenha certeza de que a seleção foi imposta imperativamente pelo Deus eterno.

O chamado do “Eterno” tem que ressoar através das recamaras de sua alma de modo tão claro como os sons dos sinos. Sua escolha não é uma preferência entre alternativas. Em última instância, ele não tem alternativa.

Todas as outras possibilidades se calaram, permanece apenas um chamado inconfundível, ecoando como a imperiosa intimação do Deus Eterno; “Porque Ele mesmo concedeu...”

III – O MINISTÉRIO CRISTÃO

1. Definição: A Palavra “Ministro”, usada por Paulo em 1 Co.4:1, vem do termo grego: huperetes = criado - remador subordinado.

Havia três fileiras de remadores: a primeira, dos bancos superiores, a segunda, dos bancos mais escondidos e a terceira dos remos inferiores. Estes remadores estavam sujeitos até desmaiarem de exaustão. Posteriormente, esse vocábulo passou a ser usado em sentido técnico no vocabulário eclesiástico. O Apóstolo dos gentios assume sua correta posição, como servo de Jesus Cristo, em sua menção ao termo: “Ministros de Cristo”, pois os ministros do “mar”, isto é, os “remadores”, eram escravos acorrentados aos seus remos; e o Apóstolo Paulo estava dominado pelo seu Senhor; pois sua identificação nas epistolas segue sempre essa ordem de servo, de ministro de Jesus Cristo.

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Como o Senhor é nosso legítimo proprietário, e a igreja foi edificada n’Ele, dentre seus servos, Ele fez a sua escolha mais seleta, e deu os obreiros para sua Igreja, como dádiva do seu próprio amor com um objetivo específico.

2. OS OBJETIVOS DO MINISTÉRIO CRISTÃO:

2.1 Para o aperfeiçoamento dos santos (Ef.4:12). O termo grego para aperfeiçoamento é “Katartismós” = Capacitação. A palavra era um termo técnico para “consertar um osso quebrado” ou seja correção de ossos partidos ou restauração de algo ao seu estado primitivo.A raiz dessa palavra é “artios”, que significa: “ perfeito, completo, totalmente adaptado”, conf. Russel Norman Champlim. Ele nos chamou para aperfeiçoar santos.

a) – A responsabilidade do Ministro: Spurgeon chama a atenção de seus ouvintes para tomarem cuidado com o “Ministerialismo”, no qual era definido por ele como aquele que lê a Bíblia como ministro e ora como ministro, mas somente para pregar aos outros e não para si. O Ministro não deve se contentar em estar no mesmo nível dos soldados rasos nas fileiras cristãs. Tem que ser um cristão amadurecido e adiantado, pois o ministério de Cristo tem sido com acerto denominado: sua escolha mais seleta. Os eleitos de sua eleição. Dizem que os egípcios escolhiam seus sacerdotes dentre seus melhores filósofos, mais doutos e depois os tinham em alta estima e dentre eles escolhiam seus reis. Almejamos que os ministros de Deus sejam a nata, de todos os que formam os exércitos de Cristo. Homens tais que, se a nação quisesse reis, não poderia fazer melhor do que eleva-los ao trono. Portanto, para tal, Ele nos chamou, nos responsabilizou e nos capacitou. Aleluia!

b) – Os santos são aperfeiçoados através do ministério da Palavra. Todos os ministros da Palavra recebem do comandante da Igreja o dom que é a qualificação essencial para seu ministério. Não é o seu talento natural. Ninguém deve escolher o ministério cristão como carreira simplesmente porque tem o dom de falar. O ministro é escolhido por Cristo, vocacionado por Cristo, e recebe o seu Dom Ministerial de Cristo.”...Não é razoável que nós deixemos a Palavra de Deus e sirvamos as mesas” (Atos 6:2b). “Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da Palavra”. (Atos 6:4) . Os santos são

aperfeiçoados através da pregação e do ensino por meio dos dons ministeriais, daí, a necessidade da Igreja valorizar cada vez mais os seus ministros, principalmente seus pastores, porque foram dados por Cristo. “...Sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina”. (1 Tm.5:17). (2 Tm 4:2; 1 Tm 1:3; 2:1; 4:6,11, 13-16; 2 Tm. 2:15; Tt.1:5; 2,6; 2:15; 3:1; Hb.13:7) Etc.

2.2 para a obra do ministério (Ef.4:12). Grego: “Ergon diakonias” A diaconia está relacionada com distribuição, administração. Quando Jesus disse que o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos (Mc.10:45, usou o verbo “Diakonéo”, para descrever sua própria missão. O maior pregador segundo o critério de Cristo é aquele que serve melhor no lugar que ocupa.

2.3 Para edificação do corpo de Cristo (Ef.4:12). Grego: “Oikodomé” = Construção, edificação. A palavra é uma expressão de desenvolvimento. Essa edificação de ordem espiritual faz do corpo místico de Cristo um templo habitado pelo Espírito de Deus, porque se torna lugar apropriado para sua residência. Tal como noutros lugares, encontramos aqui, nessa expressão, a combinação das idéias

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de edificação de um templo e desenvolvimento de um organismo vivo, de tal modo que a edificação é, ao mesmo tempo, o crescimento de um organismo vivo. Essa mesma combinação aparece no trecho de Ef.3:17, no que respeita ao fato da Igreja ser ao mesmo tempo “arraigada” como uma árvore e, firmada como um edifício levantado sobre seus alicerces. A passagem de 1 Pe. 2:5 refere-se a esse templo espiritual como algo composto de “pedras vivas”; e isso também combina duas metáforas, a do estado de crescimento e de vida de um organismo e a de um edifício em formação. Ora, os dons ministeriais e espirituais têm pôr fim promover o crescimento, o bem-estar e a edificação, ou seja, o progresso e o desenvolvimento contínuo da Igreja.

2.4 Para que haja unidade na fé (v.13). Grego: “Katantésomen”. O termo grego indica: “chegar a um alvo”. A unidade requer humildade e concordância doutrinária. “Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa e que não haja entre vós dissensões; antes, sejais unidos, em um mesmo sentido e em um mesmo parecer” (1 Co.1:10). A unidade conduz ao conhecimento (v.13).Quando o texto refere-se ao conhecimento, logicamente não está em foco o conhecimento histórico, mas o conhecimento experimental. O efeito da unidade é a perfeição. “...Até que todos cheguemos a unidade da fé e ao pleno conhecimento do filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo” (v.13) Grego: “Epignósis” = “compreensão, percepção, entendimento, consciência“ ; um conhecimento específico”.Equivale a dizer que quem recebe tal conhecimento, recebe experimentalmente o filho de Deus.

2.5 Para firmeza Espiritual e doutrinária dos crentes. “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente”. (v.14). Esse verso deixa bem claro que os dons ministeriais promovem crescimento na Igreja, evita que o crente seja bebê espiritual, que qualquer um o leva para onde quer, isto é, aqueles que são levados por todos os ventos de doutrinas. A palavra vento Grego: “anémo”, dá idéia de uma atmosfera má, onde várias correntes de doutrinas exercem suas forças. Essa firmeza

espiritual gera esclarecimento e proteção contra os falsos mestres, que são praticamente atores. A palavra engano nesse verso é a tradução do termo grego “kybeía”, sinalizando que esses falsos mestres são habilidosos em convencer os homens de suas doutrinas. Esse termo nos dá idéia de uma “fraude intencional”

2.6 Para que haja um bom ajustamento (v.16) grego: “Synarmologúmenon” = Ajustado. O verbo também quer dizer: “juntar, unir, vincular” (Synarmologéo). Refere-se a um corpo unido pelas juntas e ligaduras. Esse corpo se caracteriza pela maravilhosa cooperação de muitos elementos que são perfeitamente unidos uns aos outros. Nesse corpo nenhum membro fica isolado, e há uma dependência mútua do corpo inteiro à cabeça. Um corpo bem ajustado: Coopera uns com os outros, vive unido, rejeita isolamento, cresce adequadamente.

“É melhor abolir os púlpitos do que enchê-los de homens que não tem conhecimento experimental daquilo que ensinam” C.H.Spurgeon

3. CLASSIFICAÇÃO DOS DONS MINISTERIAIS

3.1 Apóstolo. (enviado, delegado, mensageiro, missionário). Certamente, em razão de sua importância, o apóstolo vem em primeiro lugar na ordem dos dons ministeriais. A palavra apóstolo ocorre mais de oitenta vezes no N.T., com o sentido de enviado com uma missão específica.

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Correspondente com o sentido ou significado deste título ministerial, vamos encontrar no Novo Testamento três tipo de apóstolo. Jesus, o Apóstolo enviado pelo Pai (Hb.3:1); Os doze Apóstolos enviados pelo Filho (João.20:21b); Paulo, Barnabé e outros Apóstolos enviados pelo Espírito Santo (At. 13:2,4).

3.2 Profetas.Profeta é aquele que proclama as verdades inspiradas; ou aquele que fala a outrem da parte de

alguém. Nesta sentido, Arão foi profeta de Moisés (Ex. 7:1,2).

A mensagem do profeta pode ser predição de eventos futuros como no caso de Ágabo (At.21:10,11) ou de Paulo ao predizer a manifestação do “...homem do pecado, com sinais e prodígios de mentira...” (2 Ts.2:1,2), ou inspirações doutrinárias “...para o aperfeiçoamento dos santos... e edificação do corpo de Cristo cf. (1 Co.14:3,4).

De todos os dons ministeriais estabelecidos por Cristo em sua Igreja, encontramos em sua própria pessoa o excelente modelo e o mais elucidativo exemplo.

a) Um dom Ministerial: O profeta no N.T. é um dom ministerial distinto, completamente diferente do dom de profecia. É um Dom ministerial concedido à Igreja depois que Cristo “Subiu às alturas (Ef.4:7-11; 1 Co. 12:18).

Em Atos 13:1-3, temos o profeta representando um dom ministerial com o devido reconhecimento da Igreja. Havia nessa reunião, um grupo de profetas, por quem “disse o Espírito Santo: Separai-me agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado”. O texto em seguida nos dá clara idéia da autoridade ministerial que tinham. (Atos 13:3). “Então jejuando e orando e, impondo sobre eles as mãos os despediram”. Isto nunca teria acontecido se não se tratasse de pessoas de reconhecida autoridade ministerial.

b) O Profeta como pregador: Na Igreja Primitiva, sem dúvida os profetas desempenharam um papel muito importante no ministério da prédica com a devida autoridade e poder divino que abalava e arrastava os ouvintes. Para reconhecermos hoje esse ministério, temos de voltar nossa vista para os pregadores que em geral falam por inspiração à medida que pregam.

É certo que alguns pensam que um profeta seja um homem ajoelhado, com os olhos fechados, a proferir sob o impulso do Espírito Santo, uma mensagem predita ou de advertência. Este conceito, entretanto não corresponde ao profeta do A .T. nem do N.T.

O mais correto é pensar em um homem sentado a uma mesa, a escrever a mensagem que Deus lhe vai colocando na mente ou mesmo ditando para outro escrever, como no caso de Jeremias e Baruque (Jr. 45), falando ao povo para determinadas ocasiões. Outras vezes falando ao rei, às autoridades de seu país, em audiências obtidas propositadamente, e ainda transpondo as fronteiras de seu país, andando quilômetros e mais quilômetros levando a mensagem de Deus a outros povos, exortando-os ao arrependimento e à conversão a Deus como faz em nossos dias, um pregador do Evangelho, movido pelo Espírito Santo. O profeta como pregador, portanto, edifica, exorta e consola (1Co.14;4). O profeta como pregador cativa os corações dos ouvintes com uma declaração da verdade que convence a consciência (1 Co.14:4).

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c) Objetivos do Ministério Profético: Um dos principais objetivos do ministério profético do Antigo Testamento era o de trazer aos homens a preciosa revelação das verdades eternas encerradas nas escrituras. O conjunto dessas revelações encerra-se com Malaquias. Esse período foi aquele: “ Deus falou muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais pelos profetas” (Hb.1:1)

Da mesma maneira que os profetas do A .T. contribuíram para a formação do A .T., assim também veio a revelação divina, do N.T. Verdades que o Apóstolo Paulo denomina “...mistério de Cristo, o qual em outras gerações não foi dado a conhecer aos filhos dos homens, como agora foi revelado aos seus santos apóstolos e profetas no Espírito Santo” (Ef.3:4,5; Rm. 16:25,26).

Como se pode observar, o profeta ocupa lugar de destaque como contribuinte para o “...Aperfeiçoamento dos santos...” (Ef. 4:11,12). Foram participantes com os apóstolos na consolidação da estrutura doutrinária da Igreja, mediante a revelação do plano de Deus para salvação dos gentios (Ef.3:3-6). Nesse sentido o Apóstolo Paulo afirma que a Igreja está “edificada sobre o fundamento dos apóstolos e profetas...” (Ef.2:20). “Assim foram completadas es Escrituras do AT.e NT. Desde então o ofício de profeta permanece, não para acrescentar algo à perfeita revelação das Escrituras, mas para edificar o corpo de Cristo mediante o inspirado e inspirador Dom de um ministério que interpreta e aplica essas Escrituras como nova luz, vida e poder a cada geração e a cada operação do Espírito Santo” Toda profecia deve ser conferida com o texto definitivo. A Palavra de Deus sempre será o meio, o equilíbrio, o manual para testar veracidades proféticas hodiernas. Nesse sentido devemos imitar os Bereanos.

d) Diferenças entre o ministério profético e o Dom de profecia: Convém destacar que o ministério profético do Novo Testamento difere do Dom de profecia, pois este, todos podem possuir, mas dom ministerial de profeta é fruto de uma chamada específica. Como exemplo podemos verificar Atos 21:8-11. Felipe tinha quatro filhas que profetizavam, ou melhor, que tinham dom de profecia, mas Ágabo era um profeta, isto é, tinha um ministério profético. As manifestações proféticas do dom de profecia diferem das manifestações do profeta do N.T. Ambos são dons, só que um é ministerial e outro espiritual.

e) Profetas do Novo Testamento:

1. Barnabé, Simeão etc (Atos 13: 1) 2. Ágabo. (Atos 11:27) . Este verso fala de profetas de Jerusalém que foram para

Antioquia. Veja (Atos 21:10,11).3. Judas e Silas (Atos 15:32).4. Segundo o que diz o Apóstolo Paulo em 1 Co. 12:18, o Profeta está em

segundo lugar na Igreja. Onde estão eles? Onde se encaixa o ministério profético na Igreja de hoje? Certamente em grande parte na exposição da Palavra de Deus. O Profeta não é aquele que necessariamente recebe a mensagem momentânea, mas também aquele que recebe enquanto medita, estuda a Palavra e posteriormente a entrega na unção do Espírito.

3.3 Evangelistas.

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O vocábulo evangelista aparece apenas três vezes no Novo Testamento: Filipe, o Evangelista (Atos 21:8); “Ele mesmo concedeu uns... para Evangelistas”. (Ef.4:11); “Faze a obre de um Evangelista” (2 Tm. 4:5). Portanto significa aquele que leva o Evangelho, que prega o Evangelho, é, literalmente “mensageiro de Boas-Novas”. Apesar das referências a esse ofício serem escassas, Ef. 4:11, torna claro que os Evangelistas constituíam na Igreja primitiva uma ordem de ministério distinto e bem caracterizado, separado dos Apóstolos, Profetas, Pastores e Mestres.

a) Dom de Evangelista: Filipe foi sem dúvida um dos mais destacados Evangelistas aos quais o Novo Testamento faz referência. Por seu intermédio o Eunuco Etíope foi conduzido a Cristo e batizado. Graças ao Ministério desse abnegado Evangelista, muitos samaritanos foram conduzidos ao conhecimento de Deus e à salvação. E na qualidade de Evangelista que Filipe é encontrado na estrada entre Jerusalém e Gaza (Atos 8:26), nas cidades ao norte de Azoto (Atos8:40), na cidade de Cesaréia (Atos 21:8). Ele fora um dos sete primeiros diáconos da Igreja, mas agora elevado a Evangelista. (Atos 6:5).

Convém-nos afirmar que o ministério de Evangelista continua em evidência hoje. Nomes de grandes Evangelistas como Moody, Wesley, Spurgeon e tantos outros poderosos e

conhecidos homens de Deus que ilustram a história da Igreja dos tempos modernos, é uma prova mais do que evidente da existência do ministério do Evangelista na Igreja hoje. A Assembléia de Deus no Brasil, particularmente sabe o quanto deve ao trabalho do Evangelista.

Devido à incorreta concepção do ministério de Evangelista, vemos às vezes, um Evangelista ocupado com uma pequena Igreja, completamente fora de sua função, ou mesmo sem qualquer evidência deste dom ministerial. É Evangelista simplesmente porque alguém o determinou ou porque lhe deram este nome. Isto nada tem a ver com o verdadeiro ministério de Evangelista, como também não tem fundamento Bíblico. Lamentavelmente, temos muitos Evangelistas e ao mesmo tempo, grande carência dos mesmos.

b) Características do Evangelista: Um Evangelista no verdadeiro sentido da palavra deve ter as seguintes qualidades:

1) Amor pelas almas a ponto de buscá-las uma a uma. A palavra Evangelista temestado tão associada aos pregadores de grandes multidões, que aqueles que tem tido este privilégio, correm sério risco de centralizar o seu ministério e amor nas multidões, se esquecendo dos indivíduos que as compõem. Porém, Jesus, o Evangelista ímpar de toda a história da Igreja, nos deu exemplo diferente: amou as almas uma a uma. Não importando o tamanho das multidões às quais falava. Ele as encarava como se estivesse falando a um só indivíduo. O maior sermão evangelístico de toda a Bíblia (Jo 3), foi proferido diante de uma só pessoa. Qualquer Evangelista não é digno do ministério que tem, se não é capaz de amar as almas uma a uma.

2) Convicção de sua chamada. O ministério não é uma aventura à qual devemos nos lançar sem nenhum propósito definido. Acima de qualquer outro sentimento deve prevalecer a certeza da chamada divina.

3) Confiança na eficácia do Evangelho. O Evangelho é a arma do Evangelista. Um Evangelista sem o Evangelho é como um soldado sem arma. Segundo Paulo o Evangelho é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, (Rm.1:16). O Evangelho é praticamente o resumo final de toda mensagem cristã.

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O Evangelho é o selo que patenteia o começo, o meio e o fim do autêntico Evangelista. Tire-se o Evangelho da boca de Paulo e ele não será mais do que um Fariseu melhorado.

4) Intimidade com Deus. A mensagem do Evangelista deve emanar da suacomunhão com Deus através da Oração e manuseio diário da Bíblia Sagrada. A vocação divina o inspira e anima. Ele é capaz de exclamar como Paulo “...sobre mim pesa a obrigação...e ai de mim, se não pregar o Evangelho” (1 Co.9:16).

5) Empenha-se por alcançar resultados: D.L.Moody, o famoso Evangelista leigo americano que viveu no final do século 19, costumava pregar e no final da mensagem dizer aos ouvintes que fossem para casa meditando no que acabavam de ouvir e que desejassem aceitar a Jesus que voltassem a procura-lo no culto da noite seguinte. Certa noite, após pregar na cidade de Chicago, terminando o culto ele fez esta recomendação, aconteceu que naquela mesma noite a cidade de Chicago foi semidestruida por um grande incêndio, quando milhares de pessoas morreram, entre as quais muitas daquelas que haviam ouvido Moody pregar no último Culto. Sentindo-se responsável pelo destino dessas pessoas, Moody passou a nunca mais concluir uma mensagem sem fazer um apelo. O Evangelista deve lembrar-se de que quando está pregando, está trabalhando com pessoas que possuem uma alma eterna; e, levá-las a Cristo, é sem dúvidas, o maior resultado que ele pode auferir do seu trabalho.

3.4 Pastor.

“De todos os ofícios do Ministério Cristão, o pastorado é o mais conhecido em nossos dias. O título é dado até mesmo aos ministros em diferentes funções ministeriais. A função é tão honrosa, que o Antigo Testamento, freqüentemente atribui a Deus o Título de Pastor de Israel” (Jr.23:4 Sl. 23:1; Sl. 80:1). O verbo técnico da terminologia pastoral em hebraico é “Ra’ah”, “apascentar”, do qual vem o termo “Ro’eh”, pastor; que indica “caminho”, “condutor e guia”. Já no Novo Testamento a palavra pastor é oriunda do termo grego: “poimen” que significa: apascentador, guarda, aquele que conduz um rebanho ao pasto, um sustentador.

a) O tema Deus-Pastor está presente nas três partes da Bíblia hebraica: Na Tora, Nos Profetas e nos Escritos (especialmente nos Salmos). Ele é expressão da cultura nômade que em decorrência da destruição de Jerusalém e da deportação para Babilônia, aparece, especialmente em Ezequiel, a figura do Messias pastor e príncipe, Cf. (Ez.34:23,24). O uso do verbo apascentar e seus sinônimos é freqüente. Entre eles, temos o verbo “raah” – “apascentar”, que é um dos mais importantes.

b) O Dom de Pastor. Como já foi dito, os títulos às vezes correspondem aos dons ministeriais, e estes se

revelam na prática. Uma coisa é ter o nome de “pastor”, outra é “exercer o pastorado”. Tem se dito que o Pastor deve ter por fora o couro duríssimo de um rinoceronte e por dentro a moleza de uma pomba, o celebro de Salomão; a força de uma águia; a graça de um cisne, a afabilidade de um pardal; as horas noturna do búfalo” Conf. Donald Turner. Em seu livro “A Prática do Pastorado”

O Pastorado eficiente é um dom de cristo. Creio que o coração de um Pastor é diferente do coração dos demais homens, pois com a chamada, Deus também muda o coração (Veja 1 Sm. 10:6, e o contexto). Esse dom jamais será fruto de curso especial ou produto de treinamento. Ele vem direto de

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Cristo. Não podemos confundir o estudo teológico com a aquisição do Dom. O estudo apenas aperfeiçoa, ajuda no exercício do Dom. (Tg.1:17).

Os dons ministeriais tanto habilitam e capacitam para o trabalho, como impulsionam a realizá-lo zelosamente. Disto se conclui que o ministro cujo trabalho é infrutífero, é assinalado por constantes fracassos, possui apenas o título e não o Dom. O Evangelista que não tem mensagem e não ganha almas recebeu um título inadequado. O Pastor que com pouco tempo no pastorado de uma Igreja não pode mais ser tolerado pelos desacertos ou imprudências demonstra a ausência do Dom ministerial. Decidiram sobre sua separação ministerial, mas Deus não estava nesta decisão. O Dom ministerial de Pastor se qualifica por diversas virtudes para este ofício. O trabalho do Senhor requer todas as boas qualidades que um homem possa ter. O homem consciente disto, convicto da chamada de Deus, não aceitará o ministério pelas honras que dele lhe advirão. Ao contrário, deverá sentir o peso da responsabilidade a ponto de exclamar como Moisés: “Quem sou eu...?” (Ex.3:11); ou como Isaias: “Ai de mim...!” (Is.6:5)

c) Qualificações do Pastor. Como parte dessa função, o ministério pastoral abrange osseguintes encargos:

Doutrinar os crentes (1 Tm.3:2); Apascentar o rebanho de Deus com cuidado e com amor (1 Pe.5:1-3); Exercer vigilância espiritual sobre o mesmo (At.20:28); Admoestar com longanimidade, com amor (At.20:31; 2 Tm.4:2); Cuidar dos necessitados (Gl. 2:9,10); Visitar os enfermos e ajudá-los com oração da fé (Tg.5:14,15); Cumprir o papel de despenseiro dos mistérios de Deus (1 Co.4:1,2). Etc.

O Pastor que observa as normas divinas nunca estará só; terá sempre a mão divina a ajudá-lo na solução de todos os problemas na Igreja. Terá paz e estará tranqüilo, na esperança de que, logo que o Supremo Pastor se manifestar, receberá a incorruptível coroa de glória (1 Pe.5:2-4).

3.5 Mestres. Mestre é a última categoria de ministros arrolados em Ef. 4:11, pelo Apóstolo Paulo. A palavra no original grego é “Didáskalos”, e significa: “Ensinador, Professor”. A importância deste Dom Ministerial se vê na repetição nas três listas de ministérios apresentados no NT (Rm.12:6-8; 1 Co. 12:28; Ef.4:11).

a) Jesus, O Mestre por excelência: No Evangelho de João 3:2, Nicodemos chamou Jesus de “Rabi”, que significa grande homem em matéria de ensino, como de fato, Ele tem sido o grande modelo dos dons ministeriais. Ele é o Mestre Supremo, sem igual, que se identificou através de sua capacidade doutrinária. Seu ensino era acompanhado de “autoridade” e sabedoria singular. Seu método pedagógico pode ser exemplificado da seguinte maneira:

1) Simplicidade na linguagem e no estilo (Jo 7:46);2) Ensinos universais;3) Ensinava com autoridade (Mt. 7:28,29).

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“A doutrina de Jesus ara transmitida no poder do Espírito Santo, ao espírito dos seus ouvintes, qual resplendor de luz a dissipar-lhes as trevas e a desfazer-lhes as dúvidas, implantando neles profunda convicção da verdade. Ele mesmo disse: “As palavras que vos tenho dito são espírito e vida” (Jo 6:63)

b) A finalidade do Dom de Mestre: Mestre é o ministro que recebe de Deus o Dom paraEnsinar. A exposição clara e fundamentada da doutrina de Cristo constitui a mais autêntica prova da veracidade do Evangelho e o mais eficiente meio para edificação dos fieis. Para isso aqueles que possuem este importante Dom do Ensino, devem dedicar-se e fazê-lo com diligência.

Nas referencias de Paulo e Apólo e outros Mestres em Corinto, ensinar significa também regar onde outro plantou, ou seja, ajudar para o crescimento. Significa também edificar sobre o fundamento insubstituível da pessoa de Cristo e, para tanto nos adverte: “...Cada um veja como edifica”, levando em conta o fundamento e os materiais a serem empregados, os quais deverão ser testados pelo fogo do julgamento divino, no dia do Senhor (1 Co. 3:10-15). Através do Dom de Mestre, o Espírito Santo traz luz às mais preciosas e profundas verdades divinas. Todas, entretanto, são reveladas ou retiradas do tesouro insondável das Escrituras Sagradas. O ensino Bíblico requer que o Dom seja concedido por Deus . As referências citadas tais como: (Rm 12:6,7; 1 Co. 12:28; Ef. 4:11) mostram que não é um dom natural, apesar de que o dom natural oferece uma base, mas brilhando acima de tudo está o notável Dom como dádiva de Cristo. Convém enfatizar que existe hoje grande número de indivíduos ensinando nas Igrejas unicamente porque possuem o dom natural, no entanto, não possuem o Dom Ministerial de Cristo para tal ensino. Tais mestres podem até promover divisões no corpo de Cristo, daí, a necessidade de se conservar no ministério somente aqueles que realmente são chamados. Nenhum Ministério na unção do Espírito Santo poderia ser árido. Dele “...fluirão rios de água viva” (Jo 7:38), seja qual for o Dom que haja recebido, tanto na evangelização, no ensino, como na profecia. O Apóstolo Paulo nos descreve o modo feliz, do ministério de ensino de Apolo, chamando de irrigação (1 Co.3:6), e na verdade todo ensino que provem de um Dom Ministerial produz bons resultados. Os santos, com tal ensino ficarão refrescados e reavivados, porque se diz de Apólo que “auxiliou muito aqueles que mediante a graça haviam crido” (At.18:27). A obra do Mestre é edificar o corpo, e nunca dividi-lo. Para que tal ministério seja realizado com real poder, requer-se mais do que dons naturais, por mais santos que esses possam ser. Necessita-se de graça especial dada por Deus. O Mestre sempre depende da unção do Espírito Santo. Seu ensino sempre é lembrado e há certamente organização no desenvolvimento das idéias e pensamentos apresentados.

c) A Importância do trabalho do Mestre:

1) Prevenir contra a tentação e o pecado. A doutrina não é apenas remédiocurativo; é, antes preventivo. Na Igreja em que a doutrina é ministrada com segurança, há crentes sempre firmes e fiéis e não perdem a oportunidade de receber instrução. Parece-nos que a falta de Mestres e, conseqüentemente da doutrina fundamentada nas Escrituras é a causa da instabilidade de muitas Igrejas.

2) Corrigir atitudes e costumes errados (Tg.1:21; Ef.5:25,26). A Palavraministrada pelo Mestre que vive e trabalha na dependência do Espírito Santo é poderosa para iluminar o raciocínio, para tocar as faculdades lógicas, para despertar a consciência adormecida; enfim, para transportar a alma às realidades da vida, na santa vontade de Deus, pois a palavra nos torna sábios para a salvação. (2 Tm 3:15)

3) Produzir convicções fortes: Com este objetivo, Paulo orava pelos Colossenses:

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“para que os seus corações fossem confortados da forte convicção do entendimento, para compreenderem plenamente o mistério de Deus” (Cl. 2:2). Esta sempre foi a necessidade da Igreja e dos cristãos em particular. Crentes sem convicção são como árvores sem raízes. Igrejas sem Mestres da parte de Deus, aministrar a doutrina cristã, são edificações sem alicerce. Eis porque Deus tem provido à sua Igreja deste importante ministério, “com vista ao aperfeiçoamento dos santos, para o desempenho do seu serviço”(Ef.4:12).

4) Preparar para o serviço cristão. Ter a oportunidade de aprender com um Mestre da parte de Deus é uma grande bênção. Os resultados são incomparavelmente superiores aos que pode proporcionar os educandários, até de nível superior. A resposta a esta tese pode ser encontrada nos insucessos de muitas Igrejas, que desprezam os “dons”. Seus educandários produzem poucos obreiros e estes produzem pouco para o reino de Deus. Se o seu preparo intelectual fosse subordinado às diretrizes e à dinâmica dos dons sobrenaturais do Espírito Santo, seria o associar das habilidades divinas e humanas, para um trabalho duplamente proveitoso. A Palavra de Deus, apresentada na sabedoria do Espírito Santo, promove o preparo para o seu serviço, pois “...é útil para o ensino... a fim de que todo o homem de Deus seja perfeitamente instruído para toda boa obra” (2 Tm. 3:16, 17).

3.6.1 Presbíteros: A palavra Presbítero ou ancião deriva da palavra grega “Presbyteros” e originalmente significa apenas um homem de idade. Entre os hebreus, os homens avançados em idade, com experiência na vida, mereciam respeito e honra. Os juizes e conselheiros foram escolhidos desse grupo de homens idosos. Sabendo que todas as pessoas devem aprender pela experiência, julgavam que os anciãos eram os mais sábios e mais preparados para servirem como juízes e conselheiros. Encontra-se a palavra pela primeira vez no N.T. em Atos 11:30 para designar um oficial da Igreja que presidia as suas assembléias. Em Mt. 15:2; Mc. 7:3 e Hb. 11:2, o termo se refere aos anciãos do passado. Há também referências no N.T. especialmente aos membros do Sinédrio como Anciãos, especialmente quando da sua perseguição a Jesus e seus discípulos. Obs. Nem sempre são sábios os homens de idade. No uso técnico, a palavra se refere apenas à posição oficial, sem qualquer referência à idade. Em Atos 15:2, 22 e Fp. 1:1, os Presbíteros se distinguem dos Apóstolos e Diáconos. Apesar de nós “Assembleianos”, já termos definido de acordo com o nosso contexto, o termo “Presbítero e Bispo”, o Novo Testamento mostra em várias referências que os Presbíteros não se distinguem dos Bispos ou pastores, como oficiais ou ministros das Igrejas. Dependendo da versão da Escritura que estivermos usando, as palavras “Presbítero”, “Bispo” e “Pastor” eram usadas em referência à mesma pessoa. Em Atos 20, os oficiais da Igreja em Éfeso são chamados tanto “Presbíteros” v 17, como “Bispos”, v 18. O mesmo acontece em 1 Pe. 5:1,2, onde os Presbíteros tem a função de pastorear o rebanho de Deus. Portanto a palavra Pastor é a forma mais comum de designação do Bispo e Presbítero. Nenhuma das três palavras têm a ver com o desenvolvimento hierárquico do assunto ocorrido na Igreja a partir do séc. II. Na atualidade o Presbítero exerce as mesmas atividades do Pastor, quando por este autorizado. Assim ele pode batizar, efetuar casamentos, celebrar a ceia, ungir os enfermos, dirigir congregações, etc, etc., devendo, porém ter sempre em mente que ele não é o pastor da Igreja, mas que deve trabalhar sob sua direção e orientação e dos seus atos prestar-lhe conta.

3.6.2 Bispo: A expressão grega é “Episkopo” que significa: curador, superintendente, administrador, feitor, governante, guarda. Usa-se este termo no sentido de guardião de almas, aquele que cuida do bem-estar espiritual do seu rebanho. É neste sentido quase igual o termo “Pastor”. O Bispo, como Pastor , tem a responsabilidade de ver que o serviço de outras pessoas seja bem feito. Não se encontra no NT. O uso deste vocábulo para designar um oficial eclesiástico que tenha autoridade sobre outros ministros do Evangelho. É evidente que trabalhadores zelosos, como Pedro, Paulo Timóteo e Tito, exerceram grande

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influência sobre comunidades cristãs e seus obreiros no século I; não por força do título que ostentavam, mas pelo desvelo e prontidão que mostraram no cumprimento do ministério. O próprio Apóstolo Paulo recomendou que assim fossem tratados: “ Os Presbíteros que governam bem, sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina”(I Tm.5:17).

3.6.3 Diáconos. No texto grego: “servo, ministro, garçom”. O espírito cristão revela-se no fato de que Jesus tomou palavras humildes, que significava qualidades desprezadas pelos orgulhosos do mundo, enobrecendo o seu sentido e usando-os. Usou o verbo “Diakonéo” para descrever a sua própria missão . (Mc.10:45). No sentido teológico da palavra todos somos diáconos, independentemente de seus cargos, pois, o próprio Cristo tomou o título para si. Porém, há o ministério específico do Diácono. No contexto de Atos 6: 1 a 4, Diácono é alguém encarregado de servir às mesas.

De acordo com o Capítulo 6 de Atos, o diaconato foi instituído como um ministério efetivo na Igreja do Novo Testamento, em decorrência de uma crise surgida no atendimento às necessidades materiais das viúvas pobres, que vivia sob os cuidados da Igreja em Jerusalém. As exigências para o ofício eram as seguintes:

a) Ter boa reputação.b) Ser cheio do Espírito Santo.c) Ser cheio de sabedoria.

a) O Diácono na Igreja atual: As qualidades já mostradas, necessárias àqueles que ainda hoje são escolhidos como diáconos, somaríamos ainda aquelas que são requisitadas pelo Apóstolo Paulo , àqueles que eram escolhidos para exercer este ofício nos seus dias, conforme 1 Tm. 3:8-12. No entanto, o diácono da Igreja atual exerce funções até certo ponto diferentes das funções que os diáconos exerciam no NT. Isto não quer dizer que eles sejam inferiores. O Diácono na Igreja primitiva tinha inicialmente o seu ministério geralmente ligado à área da assistência social aos crentes carentes. Filipe e Estevão, além do diaconato se projetaram como evangelistas, cf. (At.8:26-39; 8:4-8).

O trabalho do diácono na Igreja hoje é muito diversificado. Ele serve como porteiro, professor da Escola Dominical, recepcionista, etc. Ajuda cuidar do patrimônio da Igreja, distribuição da Santa Ceia e uma série de outras atividades.

Muitos daqueles que começaram servindo como Diáconos, face à dedicação, habilidade, idoneidade e amor demonstrado, galgara, posições de dignidade vindo a se tornarem valorosos Ministros do Evangelho. Temos uma grande promessa para os diáconos em 1 Tm. 3:13.

Portanto, aqueles que hoje compõem o quadro diaconal aconselhamos o seguinte:

Incumbir-se de suas funções com todas as forças da sua alma, certo que seu trabalho não será vão no Senhor.

Viver em humildade, sem pretensões, sem presunção, de sorte a agradar a Deus e ao ministério. Evidenciar provas de um espírito serviçal, fazendo-se da sua Igreja servo não só do Senhor, mas

também dos homens. Evitar o espírito de murmuração e insatisfação com o ministério que tem, evitando, portanto,

compara-lo com os ministérios que se mostram mais evidentes na Igreja.

3.6.4 Cooperadores (Cl. 4:11). No original grego “Synergós”, traduzido como cooperador, ajudador,co-obreiro, conf. Dicionário da Língua Grega. (Rm.16:3; 1 Co. 3:9; 2 Co. 1:24; Fp. 2:25; 1 Ts.3:2; Fp.1:24).

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Os Cooperadores tem uma função importantíssima na Igreja atual. Assim como na Igreja primitiva. Paulo faz menção de seus cooperadores; isto é, aqueles obreiros que estavam auxiliando como descreve em Cl.4:11. Os Cooperadores, na atualidade, ajudam o ministério diaconal; auxiliam na portaria da Igreja; no desempenho do culto e Escola dominical, enfim, como se define a palavra Cooperam, auxiliam naquilo que for necessário, e estão submissos ao pastorado da Igreja. Na verdade, todos os membros cooperam no trabalho, mas existe o cooperador oficial, assim como todos têm o dever de evangelizar, entretanto há o Evangelista oficial. O Cooperador deve ser um membro maduro e submisso, e que preencha os requisitos necessários de um obreiro cristão.

IV – A RESPONSABILIDADE DO OBREIRO DE DEUS

A palavra responsabilidade está imbuída de obrigações por atos individuais ou coletivos,de acordo com o âmbito de cuidados que lhe foi delegado. É aquela obrigação de responder pelos seus atos e de outrem. A responsabilidade do obreiro inclui diversos deveres.

Quando falamos sobre a responsabilidade do obreiro, nos vem a memória uma enormelista de cuidados, nos quais podemos citá-los abreviadamente, tais como: individuais, espirituais, familiares, sociais, educacionais, teológicas, eclesiológicas etc. Não temos condições de descrevê-las minuciosamente, todavia, discorreremos mais amiúde, sobre as responsabilidade do obreiro na casa do Senhor.

Por falta de formação, alguns imaginam que o pastor é aquele ministro que faz tudo na Igreja, entretanto, esse pensamento é equivocado; mas, temos vestígios de que está diminuindo, através da ênfase que constantemente está se dando ao trabalho participativo sob a liderança dopastor.

Desde o princípio, como se verifica na Igreja Primitiva, a Igreja sempre foi composta de obreiros que assumiram responsabilidades. Temos exemplos sobejos, na Igreja de Jerusalém como se verifica na escolha de um Apóstolo para assumir o lugar de Judas. Posteriormente, os Apóstolos estavam se envolvendo com o serviço diaconal e prejudicando o Ministério da Palavra e da Oração, então o Espírito Santo lhes orientou na eleição dos diáconos cf. At. Cap.6. Encontramos esta prática em todo o NT e por conseguinte em toda a história da Igreja.

1. As Responsabilidades do Obreiro na Igreja Local.

Essas responsabilidades começam com os membros. Se eles são constantemente instruídos de seus deveres para com a Igreja, no que tange à fidelidade no horário, pensamento doutrinário, costumes locais, e acima de tudo, o compromisso com a Igreja; isto é fundamental para a Igreja hodierna, pois há um crescimento desajustado de Igrejas, e de aventureiros que se autoproclamam “pastores”, sem ordenação e o devido preparo para o exercício da função, quanto maior não deve ser o compromisso dos obreiros! Compromisso é a palavra de ordem para membros e obreiros, pois, esses movimentos modernos estão sempre adocicando a boca de ovelhas de outros rebanhos, chamando-os, e até oferecendo “consagrações”. Acredito que o crescimento da Igreja deve-se a essa conscientização de todos, mas, principalmente dos obreiros. Que tipo de compromisso temos com a Igreja? Se qualquer motivo for razão para abandoná-la, trocando-a por outra mais adiante, ou até argumentando mudança de endereço para transparecer o abandono mais legítimo, então, nunca tivemos compromisso.

2. Responsabilidades Para Com Os Trabalhos Oficiais.

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Os trabalhos oficiais da Igreja são fundamentais para a edificação, evangelismo e crescimento em geral. Uma Igreja que não pode contar com seus obreiros nos trabalhos oficiais, não terá condições de levar adiante seus planos, pois, sem a cooperação desse grupo seleto,o trabalho fica prejudicado. É exatamente por isso que, para ser obreiro é necessário ter consciência da chamada e, saber quais são as prioridades ministeriais.

O fato de ser obreiro gera em alguns, a ansiedade por maiores cargos e, isso é prejudicial à ascensão ministerial. Esses problemas se avolumam, quando não há um equilíbrio administrativo, em relação a convites de igrejas co-irmãs, para pregações. Não quero afirmar com isso, que não se deva atender aos convites dentro das condições viáveis; todavia, quando não há esse equilíbrio, pode subir ao coração o fato de que o Pastor está segurando sua chamada para funções mais elevadas, ou então chegar a drástica conclusão de que não há chances para ele no Ministério a que pertence.

Existe ainda, outro fator interessante, relacionado à responsabilidade do obreiro; isto é, a ausência sem justificativa de muitos obreiros nos trabalhos. Tenho a impressão de que muitos obreiros levam mais a sério, seus negócios e sua vida particular, do que a obra de Deus. Como exemplo, podemos citar que se alguns fizessem no seu emprego, o que fazem na Igreja em relação a responsabilidades e ausências etc. já teriam sido demitidos a muito. Urge, pois, a necessidade de comprometimento real com os trabalhos oficiais da Igreja.

3. Responsabilidades Específicas.

As responsabilidades específicas referem-se àqueles cargos liderados por obreiros. Há um compromisso natural como obreiro, como já nos referimos, entretanto, há também o compromisso específico, quando esse obreiro lidera departamentos da Igreja, tais como: Professor da Escola Dominical, Superintendente, Cultos no Lares, Secretaria, Tesouraria, Liderança de Mocidade, etc. Essas funções são diversificadas de acordo com os departamentos da Igreja. E não são permanentes, são funções delegadas pelo pastor da Igreja. Nessas responsabilidades específicas os obreiros terão oportunidade de demonstrarem zêlo especial pelo trabalho. Acredito, que é em decorrência dessa dedicação do obreiro, que Deus vai elevando-o ministerialmente e espiritualmente. Existem situações dentro de uma Igreja que geram promoções espirituais e ministeriais.

3.1 Freqüência nas Reuniões de Ministério. As Reuniões Ministeriais acontecem geralmente uma vez por mês. Sempre no Segundo Sábado de cada mês, isto é, no Campo da Assembléia de Deus em Joinville. Todo obreiro tem a obrigação de participar, salvo raras exceções, como no caso de trabalho ou doença. Quando um obreiro não participa das reuniões e nem dá justificativas, certamente suas atitudes estão dizendo que não está mais no Ministério ou então desistiu da idéia de ser obreiro. Já temos uma norma interna a esse respeito, no qual o obreiro que faltar três reuniões sem justificativas, será automaticamente suspenso do quadro de obreiros.Essa suspensão do quadro de obreiros acarretará prejuízos espirituais na vida do displicente obreiro. Não estamos interessados nos desinteressados. Isso não acrescente nada.

4. Responsabilidades com o Templo.

Essa responsabilidade relaciona-se com o zelo que o obreiro deve ter para com o templo. Existem detalhes, que se o pastor não puder contar com os obreiros, os gastos se avolumam. Esse zelo se destaca quando o obreiro tem aquele cuidado especial, para verificar as torneiras dos banheiros, após o término dos cultos, ou luzes que não foram apagadas, etc. Aconselha-se aos Diáconos fazerem as verificações necessárias após os cultos, em todos os sentidos possíveis. Incluem-se os reparos necessários do templo nessa responsabilidade. Existem reparos que carece de um técnico e outros que todos podem fazer. Ex.

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Trocar uma lâmpada queimada, trocar uma tomada, etc. Que esse zelo pela casa do Senhor, esteja no coração de cada obreiro.

Seria interessante fazer uma escala mensal para não cairmos no erro, de imaginar que todos deveriam fazer, o que todos imaginaram que todos fizessem, quando nada foi feito.

5. Responsabilidades durante o culto.

Existem situações diversificadas em um culto. O culto pode transcorrer dentro da maior tranqüilidade, como também, podem ocorrer transtornos. Não podemos esquecer que o culto cristão enfurece os demônios; e é possível cair pessoas endemoninhadas. Para isso, é necessário que os obreiros estejam atentos durante o culto. Isto é, aqueles que estiverem na nave da Igreja. É possível também entrar um embriagado e querer tumultuar o culto se dirigindo ao púlpito, e para isto, necessita-se atenção redobrada dos obreiros para esses detalhes. Não é difícil identificar essas pessoas, porque já demonstram de longe seu estado. Querem falar demasiadamente, e às vezes até atrapalham os cultos. Nesses casos, dependendo da situação, não é possível tolerá-los no culto.

Acredito que uma das tarefas mais difíceis relaciona-se a certas crianças, que infelizmente são indisciplinadas, e querem andar pelo templo. Algumas mães acham isso normal e não dão a mínima. É uma situação que carece de um cuidado especial do obreiro no trato com a criança e com a mãe.

Inclui-se nessa responsabilidade, o dever de iniciar os cultos, na ausência do Pastor, ou de outros oficiais escalados para esta tarefa. Quando os mesmos chegarem, então se passa o trabalho, de acordo com o seu grau ministerial.

Outro fator primordial durante o culto, relaciona-se aos visitantes. É fundamental que os obreiros os acomodem e lhes dêem toda a atenção devida, anotando seus nomes, igrejas ou religiões a que pertencem. No caso de serem membros, é aconselhável solicitarem seus cartões de membros ou credencial, no caso de serem obreiros. Acima de tudo, o visitante deve ser bem tratado e no final do culto expressar aquela tradicional expressão: “Volte Sempre!”

V - O OBREIRO E A ÉTICA. (Tt.1:5-11; 2:1, 7-10; 2 Tm.2:15;4:16)

Ética é uma palavra que a principio podemos defini-la como: “estudo dos juízos e apreciação referente à conduta humana”. Origina-se do grego “Ethos”, que significa: “Costume” e tem uma atimologia significativa; idêntica ao radical latino “mos”, donde se origina a expressão “Moral”.

a) A Ética é também uma parte da filosofia que estuda os deveres do homem, para com a sociedade.b) Ética é na prática aquilo que você pensa e faz.c) Ética Cristã é a somatória de princípios que dão sentido a vida cristã normal.d) Ética Bíblica é a maneira de vida que a Bíblia prescreve e aprova.e) Ética Ministerial relaciona-se à conduta dos obreiros e do ministério em geral. A essa conduta

soma-se a ética cristã ou a ética Bíblica. Quando falamos de ética Pastoral, estamos falando de uma ética direcionada ao pastor ou ministro, assim coma falamos de “ética médica”, ética do direito, ética profissional, etc.

1. As Responsabilidades Éticas dos Obreiros:

A Ética Pessoal: traje; unhas; cabelos; sapatos; asseio corporal (barba cabelos dentes, etc). Não usar dificuldades financeiras para se desculpar. Obs. Uso de gravata e roupas

adequadas como é nosso costume. Evitar comer cebola ou alho em certas ocasiões.

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Nosso corpo é o templo do Espírito Santo. Relaxo não é sinônimo de humildade.

2. A ética e a família:

Não confundir as coisas. Saber separar o ministério de assuntos familiares.

Tomar cuidado com certos comentários ministeriais em família. Não confunda o ministério da Igreja com a sua família.

Nem todo assunto de reunião ministerial deve ser comentado em família. Esse é um fator muito difícil. Saibamos fazer a devida separação.

3. A Ética durante a Pregação: Não conversar. Portar-se com reverência.

4. A Ética na Oração: Dependendo da oração, devemos tomar cuidado na pronuncia de certas palavras próximo de outros irmãos. Altura de voz, tipo de oração, etc.

5. Atitudes Antiéticas no culto:

Chamar a atenção do púlpito; Demonstrar nervosismo; Deixar transparecer situações embaraçosas; Fazer queixas de obreiros ou da direção da Igreja. Para estas questões existem reuniões

administrativas. Não podemos confundir o sentido do culto. Dormir durante o culto. Levantar-se constantemente durante o culto. Conversar durante o culto. Mascar chicletes durante o culto. Não participar dos cânticos ou leitura Bíblica. Sentar-se irreverentemente. O Culto Cristão é lugar de demonstrar ética; principalmente por parte dos obreiros. Nunca

agrida adultos ou crianças. O culto não é para isso.

6. A Ética Comportamental:

Respeito mútuo para com os companheiros; Evitar murmurações de uns contra os outros; Submissão aos líderes da Igreja. Cumprir com as obrigações e determinações do ministério: freqüência às reuniões.

7. A Ética nas Reuniões Ministeriais

O exemplo dos líderes. Não fazer comentários sobre assuntos internos. Respeitar o Pastor da Igreja e os demais Obreiros; Maneiras adequadas de se dirigir ao Pastor da Igreja ou ao Pastor Presidente.

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Não atropelar a reunião com comentários paralelos. Respeitar os oradores e aguardar o término da fala de cada um.

8. A Ética Parlamentar.

O presidente da Assembléia. O pedido de palavra. O orador. Os apartes. Necessidade de obedecer ao regimento interno.

9. Posturas Éticas:

No controle do nervosismo. Necessidade de equilíbrio para resolver assuntos polêmicos. Esse equilíbrio justifica-se na nomenclatura: “Homens de Deus, Ministros de Deus”.

No ouvir as pessoas. “Quem não sabe ouvir também não sabe falar com os outros”. É a prática mais negligenciada na comunicação. O problema não é conseguir que os homens falem. O problema é conseguir que a liderança ouça”.

10. Ética nas críticas. Aceite-as com calma. Não se irrite. Não fique nervoso. Se você atua na vida pública como escritor, professor, pastor, obreiro, ser criticado faz parte do trabalho. Acalme-se!

11. Dez mandamentos éticos para os obreiros:

1º - Fale com as pessoas. Nada há tão agradável e animado quanto uma palavra de saudação, particularmente hoje em dia, quando precisamos mais de “sorrisos amáveis”.

2º - Sorria para as pessoas. Lembre-se de que acionamos 72 músculos para franzir a testa, e somente 14 para sorrir.

3º - Chame as pessoas pelo nome. A musica mais suave para muitos ainda é ouvir o seu nome.

4º - Seja amigo prestativo. Se você quiser ter amigos, seja amigo.

5º - Seja cordial. Fale e aja com toda sinceridade. Tudo que você fizer, faça com todo prazer.

6º - Interesse-se sinceramente pelos outros.

7º - Seja generoso ao elogiar, cauteloso ou criticar. Os líderes elogiam. Sabem encorajar, dar confiança e elevar ou outros.

8º - Saiba considerar os sentimentos dos outros. Existem três lados em uma controvérsia: O seu, o da outra pessoa e o lado de quem está certo.

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9º - Preocupe-se com a opinião dos outros. Três comportamentos verdadeiros do líder: a) – Ouça; b) – Aprenda; c) – Saiba elogiar.

10º - Procure apresentar um excelente serviço. O que realmente vale em nossa vida é aquilo que fazemos para os outros.

12. A ÉTICA CRISTÃ NOS RELACIONAMENTOS. (1 Co.10;31-33; Cl.13:12-15).

A pessoa que aceita a Jesus como seu Salvador tem a sua maneira de agirtotalmente modificada, pelo fato de, com o novo nascimento, tornar-se uma nova criatura, que passa a atuar de uma maneira diferente e freqüentar ambientes também diferentes. No dizer de Paulo, o cristão é uma carta lida pela sociedade. “Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações”, “Conhecida e lida por todos os homens, porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo”, “Ministrada por nós e escrita não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração.” (2 Co,3:2,3)

1º O Comportamento Humano. Uma série de fatores atua no ser humano e dá motivo para que a pessoa venha agir ou reagir desta ou daquela maneira. Estes agentes atuantes podem ser de natureza interna, isto é, partindo do próprio indivíduo, como pode também ser de natureza externa, partindo de estímulos ambientais. Seja de uma ou de outra, o homem tem sempre condições de reagir aos estímulos com uma resposta, que é seu comportamento, através do qual ele ficará conhecido no seu meio ambiente (Pv.12:8).

Além do Lar e da escola, outras instituições sociais tem o dever de cooperar com o crescimento e desenvolvimento do ser humano. Cabe, portanto, à Igreja a responsabilidade de influenciar na educação do indivíduo para que nele seja formado um caráter cristão, impregnado das virtudes e dos valores espirituais que foram concedidos ao homem pelo Criador (Gn.1:26) e que foram atingidos de maneira terrível pela impureza do pecado.

a) O Homem é Dotado de Livre Arbítrio. O Livre Arbítrio é a liberdade de escolha. Ele pode preferir o obedecer ou o desobedecer a Deus, através de suas palavras, de seus atos, de suas ações. Entretanto, deve ser notado que liberdade implica em responsabilidade. O mesmo Deus que criou o homem dotando-o de livre arbítrio declarou que o uso dessa liberdade dependeria da sua fidelidade (Dt. 30:19; Gl.5:13)

A Bíblia está repleta de exemplos, tanto de pessoas que viveram em harmonia com Deus como também de exemplos negativos daqueles que rejeitaram as leis divinas.

No primeiro grupo podemos citar: Abraão, José, Samuel, os vários Profetas, Paulo, Timóteo e muitos outros. No segundo grupo podem ser destacados: Saul, Acabe, Acazias, Pecaías e outros.

b) O Comportamento do Cristão Frente ao Mundo. O verdadeiro cristão Procura comportar-se de maneira a agradar a Deus. Por essa razão, procura ser um imitador de Cristo, pois sabe que o mundo e a Igreja são dois grupos distintos. O mundo está sob o domínio de Satanás (Jo.12:31); a Igreja pertence exclusivamente a Deus (Ef.5:23,24: Ap.21:2). Amar ao mundo significa dedicar-se aos seus valores, interesses e prazeres. Significa ter satisfação naquilo que ofende a Deus.O próprio povo de Israel, que se tornou uma Nação respeitada, teve seus bons e maus momentos. Quando se comportava de acordo com a vontade divina, era bem sucedido. Caso contrário, sofria as conseqüências de seu mau comportamento. Quando Deus chamou Abraão e fez com

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ele um concerto e lhe prometeu muitas bênçãos, mas também exigiu alguma coisa ao dizer-lhe: “Eu sou Deus Todo Poderoso; anda na minha presença e sê perfeito”(Gn.17:1).

c) Andar em Integridade. O cristão deve ser íntegro tanto em suas ações (Mt.12;33; Rm.6:22) como em suas palavras (Cl.4:6; Mt.5:37). Cabe ao mesmo, andar com sabedoria e ter uma palavra sempre agradável e temperada. A conversa do crente deve ser cativante, amável e graciosa. Os filhos de Deus devem ter uma linguagem originada na graça de Deus e marcada pela pureza (Ef.4:29). Linguagem e atitudes indecentes podem se tornar em hábitos tão arraigados que estouram subitamente em circunstâncias inesperadas (Mc.14:71).

O apóstolo Pedro recomenda o seguinte: “Porque quem quer amar a vida e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano “ (1 Pe.3:10), também: (1 Pe.2:21,22; Sl.39:1).

2º O Amor como Fonte de Conduta. O amor deve ser alicerce de toda conduta do cristão pelo fato de ser um sentimento sublime, envolvente, que produz bem estar e felicidade tanto aos que oferecem como aos que recebem. Foi o próprio Deus quem criou a lei do amor para o bem da humanidade (Lv.19:18).

Acreditamos ser ainda esta a vontade de Deus em relação aos filhos, quando o Apóstolo Paulo foi inspirado pelo Espírito Santo a escrever aos Efésios: “até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo “ (Ef.4:13). O crescimento, o amadurecimento espiritual se dá a medida que a pessoa vai se comportando cada vez mais coerente à vontade de Deus.

a) Amor a Deus. Jesus disse: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento” (Mt.22:37). Significa que devemos amar a Deus com todo nosso ser e quando isso acontece a nossa conduta passa a ser influenciada por tal amor. Amar a Deus é, sem dúvida alguma, a motivação para uma vida equilibrada, feliz e próspera (Sl.1).

b) Amor ao Próximo. A Bíblia é rica em referencias a esse respeito (Mt.22:39; Mc.12:31), significando que esse assunto tem muita relação com a conduta do filho de Deus. O amor ao próximo não deve ser apenas mencionado, mas deve ser, acima de tudo, exercido, e isso pode ser feito de diversas formas, quer seja em ajuda material, quer em ajuda espiritual.

Respeitar as pessoas, o seu ponto de vista, as intenções, os seus propósitos ou mesmo discordar das pessoas, sem agressividade ou ironia, são atitudes que demonstram amor (Rm.12:18). Um amor sem barreiras ou preconceitos é a força de vontade que concederá ao indivíduo a condição necessária para que seu caráter seja solidificado. O amor, a vontade, o senso de justiça e de obediência, o espírito de sinceridade e a condição de selecionar entre o bem e o mal são os fatores que concorrerão grandemente para a formação do caráter. Deve ser levado em conta que a influencia do meio atua em tais fatores.

c) Amor a si Próprio. Jesus ensinou que o individuo deve amar ao próximo como ama a si mesmo. E, ninguém quer o mal para si, nem deseja fracassos ou derrotas em sua própria vida (Pv.11:17). Gostar de si mesmo, sem extremismos, sem adoração ao próprio eu, é um referencial para se gostar do próximo (Fp.2:3,4)

3º A Natureza Moral do Homem. O homem possui valores e virtudes em sua própria natureza que lhe conferem condições de bem-viver, desde que esses valores e virtudes sejam considerados

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e bem administrados. O hábito é uma disposição adquirida pela experiência. O hábito é uma aptidão que a pessoa adquire e quanto mais é praticado, mais perfeito e mais automático se torna.

A pessoa que se comporta com integridade não sente prazer em praticar o mal ao próximo, não usa de leviandades, nem de mentiras ou desonestidade e engano, não alimenta mexericos e muito menos intrigas ou dissensões, visto que tais comportamentos, não são condizentes com aqueles previstos para a vida do cristão, e, portanto, condenados por Deus (I Co.6:10). Andar em integridade significa ter o comportamento moldado na Palavra de Deus.

a) Os Maus Hábitos. Devem ser evitados. Os hábitos exercem grande influência na formação do caráter, sendo necessário que haja um certo cuidado a fim de que os maus hábitos que, mesmo depois de aprendidos, podem e devem ser evitados ou mudados para que os bons hábitos possam ser instalados e vivenciados, segundo Paulo (Cl.3:8-10)

A mentira traz conseqüências malévolas, destrói, contamina, perverte, leva as pessoas ao fracasso, provoca desconfiança, atrai o mal. A prática da mentira dá provas de desamor não só ao próximo, mas também à própria pessoa que a concebe. O mentiroso não terá parte no reino dos céus (Ap.22:15), porquanto a mentira foi gerada por Satanás (Jo 8:44) e é usada por aqueles que o seguem.

b) Os bons hábitos. Devem ser desenvolvidos e cultivados, pois são próprios a uma vida transformada pelo poder do Evangelho de Jesus (Ef.5:1-21). Dentre as muitas virtudes e as qualidades morais que devem enriquecer o indivíduo, o amor é a principal. Ao adquirirmos os hábitos salutares, que só servirão para enobrecer nosso viver, vamos nos tornar agradáveis e de “boa-fama”. Sempre será melhor para nós falar bem de alguém, que mal, ajudar ao invés de prejudicar, bendizer em lugar de amaldiçoar. Mas para agirmos assim, temos que seguir o verdadeiro padrão divino (Tg.4:7-12).

Todos nós temos inúmeras oportunidades de demonstrar amor ao próximo no nosso dia-a-dia, mas muitas vezes deixamos de fazê-lo por egoísmo ou por esperar oportunidades especiais, ocasiões em que possamos ser elogiados por nossas boas ações. Por exemplo, até mesmo quando paramos para ouvir o que uma pessoa sente necessidade de dizer, nesta nossa atitude estamos demonstrando amor através da consideração que dispensamos à alguém. O novo nascimento é, em grande parte, caracterizado pela mudança de hábitos e atitudes. Pois a pessoa que recebe a luz divina do Evangelho e aceita a Jesus como Salvador, arrepende-se de seus pecados e recebe pleno perdão. Daí em diante, ela participa de um meio ambiente sadio, como membro de uma Igreja e assim vai deixar de exercitar certos maus hábitos, porque os bons hábitos vão solidificar o seu caráter cristão, como está escrito:”as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo” (II Co.5:17).

c) A Temperança. Significa usar com sabedoria e moderação as coisas relativas ao corpo e ao espírito, significa sobriedade, moderação, comedimento. (I Tm.3:2, 11; Tt.2:2; Rm.12:3; Gl. 22). O equilíbrio do é algo que se pode evidenciar na vida do crente. É preciso controle de seus impulsos, apetites e seus atos, isto é, negar a si mesmo e seguir a Jesus.

4º Resultados da Ética no Ser Humano. Dentre as muitas virtudes que enriquecem ao homem, o caráter do indivíduo é fundamental na sua honradez. Para se alcançar respeito, admiração e, sobretudo, confiança tanto nas pessoas mais próximas como daquelas que só, em negócios ou mesmo socialmente nos rodeiam, temos que viver eticamente.

O sábio Salomão em um de seus provérbios ensinou que: “Fazer justiça e julgar com retidão é mais aceitável ao Senhor do que lhe oferecer sacrifício” (Pv.21:3). Também o salmista adverte que Deus ama a justiça (Sl. 33:5). Quando Deus, através de Moisés, deu estatutos e preceitos que deveriam ser observados pelo povo de Israel, recomendou com ênfase o trato que deveria ser dado ao

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povo pelos governantes e juizes (Dt.16:18-22). Esse interesse pela justiça também foi preocupação do Senhor Jesus. Ele ensinou que a cada um deve ser dado o que é de direito (Mt.22:21).

a) A Justiça. Consiste oferecer a cada um aquilo que lhe compete, aquilo que lhe é por direito, mesmo que sejam pequenas e insignificantes. A Bíblia é rica em conselhos à esse respeito. “Os tesouros da impiedade de nada aproveitam; mas a justiça livra da morte” (Pv.10;2; Sl 82:3,4).

b) A Prudência. Como prudência entende-se a maneira de agir com moderação e Cautela. Significa procurar o caminho reto e segui-lo, evitando o que considera ser fonte de erro ou de dano, não só para si mesmo como também para outrem (Pv.9:10; 13:16; 14:15; 27:12; Mt.7:24; 10:16; Ef.5:15).

c) A perseverança. É a qualidade que consiste na firmeza, na constância, de se perseguir um objetivo até conquistá-lo. Ser perseverante é estar envolvido de uma coragem especial para prosseguir, conservar-se firme no propósito, persistir, permanecer fiel, mesmo que para isso, tenha que sofrer dificuldades. A Bíblia aconselha: “Sede firmes e constantes” (I Co.15;58). O céu será o ganho para aquele que for fiel, para aquele que perseverar na fé (Mc.13:13).A Bíblia é o único livro que tem por autor o próprio Deus. Ela é um instrumento útil para ensinar o homem a comportar-se de maneira correta em relação a Deus, ao seu próximo e até com relação a si mesmo. A pessoa que aplica os ensinamentos da Palavra de Deus à sua vida profissional, certamente terá um comportamento exemplar. Esse equilíbrio moral é que conduz a vida à uma existência mais feliz, porque a Bíblia prevê uma vida de bom comportamento, de pureza, de santidade (Sl. 34:12-14).

13. ÉTICA MINISTERIAL. (I Tm. 3:1-16)

Quando nos referimos à Ética Ministerial, estamos falando de um comportamento direcionado que é peculiar do Ministro e Obreiros em geral, assim como comumente ouvimos referência à Ética Médica, do Direito, e de outras profissões. Assim sendo, essa disciplina rege a conduta esperada de um Ministro de Deus que é incalculável. (I Co.4:1,2).

1º Princípios Básicos da Ética Ministerial. A Ética nos ensina que, “sendo a veracidade a base de todo o bom intercurso entre os homens, a lei de conservação social exige de todo homem obediência estrita à esta lei, em todas as relações com os seus semelhantes”. O colega de Ministério é nosso irmão e próximo também. (Lc.10:29) e, como tal, devemos-lhe respeito e conservação de seu caráter e reputação, para uma pura e tranqüila consciência com Deus (Rm.13:7). As epístolas pastorais representam um verdadeiro código de Ética Ministerial direcionada a todos os Ministros do Senhor.

a) O Princípio da Vocação Divina. O Ministro deve estar consciente de que seu ministério é uma vocação divina, e que o alcançou não por seus próprios méritos, mas através da convicção de sua chamada por Deus (Ef.3:7; Hb.5:4; II Co.3:5,6; Gl.1:15,16; Mt.4:21; I Tm. 1:12). Apesar da posição elevada que exerce, deve sempre se lembrar que está na condição de servo do Senhor Jesus Cristo. (Tt. 1:1; Fp.1:1; Ap.22:6; Rm.1:1).

b) O Principio da Mordomia. A Mordomia por si só, já é uma doutrina vasta e precisa. E, dentre tantos tópicos que abrangem esta doutrina, destacamos a “Mordomia do Tempo”, que deve ser administrada com pleno domínio sobre o seu uso, e com denodada sabedoria (Gn.24:1; 39:4-6; Lc. 12:42-44; Ef.5:15,17). O tempo é a parte crítica de nossas vidas. Uma vida bem sucedida não é resultado do

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acaso, nem é determinada pelo destino ou boa sorte, mas por uma sucessão de dias bem sucedidos. Encontramos uma vida genuinamente bem-sucedida na oração que Jesus fez ao Pai em João 17:4 “Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer.” Se esse deve ser nosso testemunho, então devemos administrar nosso tempo com sabedoria. Em outras palavras, temos de aprender a administrar a nós mesmos.

c) O Princípio da Reputação e da Atividade. O Ministro deve zelar pela sua reputação, pois ele é o único que pode manchar o seu próprio caráter. Portanto, deve “garantir” por sua conduta, a melhor reputação possível do Ministério pastoral (João 1:47; II Pd. 3:14; I Tm. 3:2,7; Cl.1:22; Fp. 2:15). Suas atividades são de cunho espiritual e eclesiológico e para isto, deve esmerar-se no exercício de sua vocação, confiando que fará com que seu trabalho prospere. Seu grande negócio é a obra de Deus. Jesus disse: “O Reino de Deus é semelhante ao homem negociante que busca boas pérolas” (Mt.13:45; 25:14-26).

2º A Ética da Vida Pessoal do Ministro. A vida pública e privada do Ministro deve estar em harmonia. Charles Spurgeon exorta os Ministros a se empenharem a fim de que o caráter se harmonize, sob todos os aspectos, com o Ministério que Deus lhes confiou. Ele conta a história de uma pessoa que pregava tão bem e vivia tão mal, que quando estava no púlpito, todos diziam que nunca devia sair dali, e quando não estava no púlpito, todos diziam que nunca deveria voltar a subir nele. Depois Spurgeon desafia-nos com esta analogia: “Que nunca sejamos sacerdotes de Deus no altar e filhos de Belial fora das portas do tabernáculo”. Os homens deste mundo podem viver uma vida hipócrita impunemente, mas o homem de Deus nunca! Aquele que estiver entre os pastores deve estar entre os maiores homens. (I Tm.4:16).

a) Conservar-se Fisicamente Saudável e Cultivar seu Crescimento Espiritual. Deve conservar-se fisicamente saudável e viver no equilíbrio do sentimento, porque o corpo é o templo do Espírito Santo, para que possa cumprir a gloriosa Missão que lhe foi confiada por Deus nesta vida (ICo.6:19, II Tm.4:7; Rm.12:1). Deve também, cultivar seu crescimento espiritual diário, orando, estudando, meditando e possuindo um coração cheio do fruto e dons do Espírito Santo de Deus e consagrar toda sua vida ao trabalho do Evangelho (João 21:15-17; II Co.5:7; Hb.12:14; I Ts.5:14; Gl.5:22; I Co.12:1-11, 30,31;13:1-9).

b) Deve Cultivar uma Vida Irrepreensível. A Primeira qualificação de um Ministro é ter uma vida “irrepreensível” (I Tm.3:2), não só vivendo de maneira a não ser repreendido, mas sendo de fato sem repreensão. Ser irrepreensível significa não ter nada em sua vida que Satanás, ou qualquer pessoa, possa se valer para atacá-lo ou censurá-lo. Isto não denota perfeição, mas diz respeito a viver de modo que a reputação seja imaculada. É viver uma vida “Como convém a Santos” (Ef.5:3), não permitindo que os pecados do mundo sejam nomeados por ele ou identificados nele. Como Donald Stamps escreveu: “O caráter provado daqueles que buscam a liderança na Igreja é mais importante do que a personalidade, o talento para pregar, a capacidade administrativa ou as realizações acadêmicas. O ponto central das qualificações incide no comportamento que tem perseverado na sabedoria piedosa e nas escolhas certas”.

c) Deve Cultivar uma Conduta Virtuosa. Um Ministro deve exibir diversas virtudes positivas: vigilância, sobriedade, honestidade, hospitalidade e aptidão para ensinar. Ser vigilante significa ser cauteloso e estar sempre alerta. Manter a calma em situações difíceis e tomar decisões sensatas é a marca distintiva de uma pessoa equilibrada. Ser sóbrio, quer dizer ser discreto, prudente, sério, solene acerca do trabalho dos outros. Dar séria atenção aos negócios e trabalhar para Deus são características influentes. Ser honesto diz respeito a ser disciplinado, organizado nos pensamentos e no viver, metódico e

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modesto. Reunir As coisas mental, emocional, física e espiritualmente é sinal característico de uma pessoa bem educada etc.

Deve abster-se dos costumes rudimentares adquiridos que prejudicam a eficácia de seu Ministério ou na sua influência pessoal (Hb.5:12; 6:1; Gl.4:9).

d) Outras Virtudes Importantes. Deve esforçar-se para viver dentro dos limites de seu orçamento e com honestidade saldar integralmente seus compromissos financeiros (II Co.8:20,21; 12:14; Mt.22:21; Rm.13:8). Deve ter o coração cheio de confiança na providência paterna de Deus, em todas as circunstâncias , sabendo que esta é a vontade d’Ele para sua vida (I Co.1:8-10; Dn 3: 17,18, Mt. 6:30; I Ts.5:18). Certificar-se de que suas relações familiares são justas e que se constituem exemplo de viver piedoso para toda a comunidade (I Tm. 3:4-7; Lc.1:6; Ef.5:28). Ter a Bíblia como a Palavra de Deus, a única regra de fé e prática e usá-la como a substância de seu Ministério docente e profético; bem como zelar pelo Ministério da Palavra. (II Tm.2:15; 4:1-5; Rm.11:13; I Co.4:1).

3º A Ética nas Relações Eclesiásticas. Em virtude do conhecimento da Palavra de Deus que possuem os Ministros e da necessidade de entrosamento nas convenções ou ministérios, na dependência mútua, devem eles ter mais cuidado no relacionamento interpessoal, para que evite o desgaste da imagem do Pastor diante do rebanho. O amor e o respeito entre os Pastores devem ser o primeiro exemplo a ser recebido pelo rebanho do Senhor . Infelizmente nem sempre isso acontece. O amor entre os Ministros deve-se expressar na ajuda mútua, no desejo espontâneo e sincero de ver o progresso do seu colega de Ministério. Amar nosso companheiro é um mandamento do Senhor Jesus (João 13:34,35; 15:12; 1 João 4:7, 20,21).

a) Em Relação à Denominação. Uma vez que tenha abraçado a Denominação a que pertence, deve o Ministro manter-se leal a ela (Rm.14:22). Jamais deve criticá-la publicamente, e, se assim desejar fazê-lo, use a tribuna Convencional e nunca ir a juízo contra ela ou contra qualquer irmão (I Co.6:1-9). Deve esforçar-se para promover o desenvolvimento de sua Denominação, honrando-a como o seu próprio testemunho e auxiliando-a nas grandes realizações (At.2:41-47). Esforçar-se para conhecer a História de sua Denominação, não só no Brasil como suas origens no exterior, manter-se informado como funciona e extrair lições dos que fizeram a história.

b) Em Relação à Convenção. O Ministro deve ser filiado à Convenção do Estado onde reside, sujeitando-se às normas regimentares estabelecidas, bem como, conhecer a origem e a história de sua Convenção. Deve estender as “tendas” de sua congregação, no campo que trabalha, sem que isto signifique contenda entre irmãos, mas dentro do espírito de entendimento cristão. (Rm.15:20,21; Gn.13:6-12). Participar das Assembléias Convencionais, usar a linguagem cristã no referir-se aos demais companheiros, respeitando sempre seus pontos de vistas, embora, aos seus olhos limitados (Rm15:1,2; Ef.4:2; Cl.3:13).

c) Em Relação à Igreja. Sendo a Igreja o corpo de Cristo, da qual Ele é o cabeça, o e Pastor um membro em particular, portador de um dom especial, deve tratá-la com grande estima (Ef.5:23; I Co.12:27; I Pe.5:2; Ef.4:8-11). Deve se dedicar e ser absolutamente imparcial no seu trabalho pastoral, não deixando se levar por indivíduos ou facções, bem como não pretender levar a Igreja a fazer tão-somente a sua vontade. (I Pe.5:1-3). Deve manter o respeito com os membros de sua Igreja, e reservado quanto às confidências dos que se aconselham em aflições ou problemas pessoais (Tg.3:2,8).

4º A Ética nas Atividades Ministeriais. São inúmeras as atividades Ministeriais de um Pastor: desde a apresentação de um bebê à uma cerimônia fúnebre. Entretanto, é fundamental que o Ministro

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conserve a boa Ética diante dos Ministros de sua Denominação e de outras. Cada Obreiro ou Ministro tem sua Denominação, sua forma de governo, seu Ministério local ou geral, seu próprio sistema doutrinário, sua Ética e seus princípios próprios. Cada um tem o sagrado dever de tratar o outro com o Maximo respeito e com a mais acurada cortesia e fraternidade cristã.

a) Em Relação ao Antecessor. O Ministro que deixa o pastorado da Igreja, por motivos cristãos, deve ser alvo de honra e crédito de seu sucessor. Ao assumir o Pastorado, o novo pastor deve ser prudente nas mudanças de estilo deixados pelo seu antecessor. Sempre que possível, o sucessor deve dar continuidade aos projetos iniciados pelo seu antecessor. Não deve desprezar o seu antecessor, nem tampouco a sua família, mormente se recebeu da Igreja sua jubilação.

b) Em Relação ao Sucessor. Deve se cuidar para que a passagem do pastorado da Igreja, a seu sucessor, seja com inteira lisura e a mais transparente possível. Deve entregar todos os bens da Igreja, através de relatórios completos, ao seu sucessor, bem como lhe dar ciência do que existe em andamento (Mt.25:14,15). Ao deixar o pastorado, evidenciará sua humildade em Cristo assistindo ao culto de posse de seu sucessor, ocasião em que receberá as justas homenagens. Excetuam-se os casos em que o afastamento deu-se por pecado ou erros doutrinários.

c) Em Relação aos Colegas. Zelar pela reputação dos seus colegas quando ela se baseia num caráter bom, por ser uma das coisas mais preciosas que se possui, e não permitir comentários desabonadores a seu respeito (João 15:17; I Ts.4:9). Zelar pela natureza, pela moral, pela dignidade e pela espiritualidade do Ministério Evangélico, tomando, para isso, as providências que a Ética Cristã lhe indicar (I Tm.5:19-21). Ficar à parte das questões que surjam nas Igrejas de seus colegas, e não se aproveitar da ocasião para arrebanhar os descontentes, salvo quando for convidado por aquele ou pela Convenção a que estiver filiado (Pv.26:17; Mt.7:12). Só aceitar convide para pregar em outra Igreja quando formulado pelo Pastor ou seu substituto legal, respeitando os princípios éticos e bíblicos. Não interferir nos assuntos da Igreja de um colega ou exercer proselitismo entre seus membros e, muito menos, abrir ou apoiar trabalhos nas áreas imediatas a sua Igreja, lembrando-se de que o campo é o mundo e não as igrejas ou jurisdição dos outros (Rm.15:20). Etc.

O tema Ética Ministerial é vasto e pode ser pesquisado em livros específicos na área de Teologia Pastoral. A abordagem condensada foi apenas o intento de instigar a mente daqueles que se sentirem atraídos pelo assunto. O Apóstolo Paulo nos legou praticamente um manual de Ética Ministerial em suas epístolas pastorais, que está a disposição de todos que queiram aprofundar-se um pouco mais no tema. Esperamos que com essas pinceladas sobre os princípios básicos da Ética Ministerial, vida pessoal do Ministro, Relações eclesiásticas e atividades Ministeriais, sejam os suficientes para reiterarmos nossos compromissos Éticos.

VI – O OBREIRO E O CULTO CRISTÃO

1. O Culto Cristão: (Sl.89:7; Sl. 148; João 4:24; Ef.5:19)

O culto em si, seja público (evangelístico) ou oferecido “Á portas fechadas” (com os membros) é TRIBUTADO e oferecido À DEUS. É também uma HOMENAGEM à divindade e, portanto deve o obreiro contribuir ao máximo para que essa ADORAÇÃO seja oferecida sem empecilho algum. A DIREÇÃO DE UM CULTO É DE MUITA RESPONSABILIDADE.

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Segundo o nosso “costume” ao dirigir um culto deve-se obedecer a seguinte ordem; salvo se o Espírito Santo não DISPOR ao contrário:

a) – Com uma ORAÇÃO objetiva.b) – Cânticos OFICIAIS (de acordo com a mensagem, se for o caso).c) – Leitura Devocional Bíblica.d) – Apresentação Geral (sem pormenores)e) – Testemunhos e Hinos avulsos.f) – Ofertório: É necessário ministrar o ofertório com incentivos e testemunhos positivos.g) – Mensagem e apelo.h) – Avisos e Bênção Apostólica – Conf. 2 Co.13:13.

Obs. As oportunidades de participações com louvores ou testemunhos deverão ser sabiamente administradas. Para uma padronização dessas participações aconselhamos o seguinte:

Solo/Louvor: Que seja somente o louvor. A oportunidade será somente para louvor. Testemunho: O tempo Maximo de um testemunho deverá ser de 5 minutos; salvo raras

exceções. Existem muitos testemunhos que tomam um tempo precioso, que é o tempo da palavra. Existem irmãos, que carecem de capacidade de síntese de seus testemunhos. São muito detalhistas. Necessitam de orientação.

Palavra: Normalmente para uma Palavra estabelece-se, um tempo de 7 a 10 minutos, que difere fundamentalmente de um testemunho.

O Padrão Bíblico para o culto evangélico está registrado em I Co.14:26:

1. “SALMOS” (Louvor em Geral)2. “DOUTRINA” (Mensagem)3. “REVELAÇÃO “4. “LÍNGUAS”5. “INTERPRETAÇÃO” (Manifestações do Espírito Santo).

O culto não é uma reunião social ou um mero ajuntamento de pessoas, é um momento de “Estrito Contato” com o Ser Supremo, “DEUS”.

2. O Púlpito Cristão:

Todas as grandes organizações do mundo moderno possuem o seu ponto alto, o qual só pode ser ocupado por alguém que seja capaz e que tenha sido preparado especialmente para ocupa-lo. O Templo Evangélico tem seu ponto alto, o Púlpito.

O Púlpito é um lugar “Sagrado” assim como o Templo. Figurativamente representa o Santo do Santo do Tabernáculo do AT. Por isso é mister aprender, qual deve ser o comportamento do obreiro no Púlpito, ou o que deve ser evitado estando nesse lugar Santo, admitindo que os maus hábitos no Púlpito são vistos com lente de aumento pela congregação e desviam a atenção do que é importante.

2.1 O que deve ser evitado:

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a) – Relaxo no traje, aparência e asseio (Sua apresentação geral – II Tm.2:15ª). O púlpito não é lugar para um espantalho, nem tampouco para um pavão.

b) – Toda espécie de maneirismo ( Hábito e cacoetes) desmazelo e descompostura não deve ter lugar no púlpito.

c) – Não usar no Púlpito expressões grotescas e obscenas. “O Púlpito Evangélico é o lugar de se pregar a Palavra de Deus”

d) – Tudo que possa impedir a manifestação do Espírito Santo. Preocupações e angústias devem ficar de fora do lugar sagrado.

VII – O OBREIRO E AS DOUTRINAS BÁSICAS:

Dentre as pormenorizadas variações doutrinárias, temos a grande responsabilidade de saber distinguir entre a doutrina bíblica e a extrabíblica e saber quando os supostos doutrinadores usam a Bíblia para dizer o que a Bíblia não diz. No objetivo de aclarar as doutrinas fundamentais da fé cristã, procuraremos fornecer através deste Seminário, um esboço contendo as doutrinas que consideramos mais importantes. (Mt.28:18-20; At.2:42).

Primeiramente, achamos necessário definir a palavra doutrina, que no sentido comum significa ensino ou instrução. Antônio Gilberto define como ”as verdades fundamentais da Bíblia dispostas em forma sistemática”. Aurélio Buarque de Holanda define como “Conjunto de Princípios que servem de base a um sistema religioso, político, filosófico, cientifico, etc. Catequese Cristã. Ensinamento ou pregação. Opinião de autores. Regra, preceito ou norma. Ex. “Tal procedimento fez doutrina”. Convém também destacar que segundo o Novo Testamento Grego como se verifica em I Tm. 4:16, a palavra “Doutrina” é a tradução do termo Grego “Didáskalos” = Mestre, (conforme Ef.4:11).

O Apóstolo Paulo nos informa em sua Carta a Timóteo que “se alguém ensina “OUTRA DOUTRINA” e não concorda com as sãs palavra de Nosso Senhor Jesus Cristo, e com o ensino que é segundo a piedade, é soberbo, e nada sabe mas delira acerca de questões e palavras , das quais nascem invejas, porfias, blasfêmias e ruins suspeitas” (I Tm.6:3,4) “OUTRA DOUTRINA” é o que muitos estão ensinando conforme o próprio texto Paulino: “Heterodidaskalei” que é: “Ensinar outra doutrina ou ensinar uma doutrina completamente diferente, ensinar uma doutrina falsa ou herética”. Temos também nesse texto, a defesa de uma “Doutrina que é segundo a piedade”. O texto diz: “Eusébia”, que é “Devoção” religiosa. Refere-se à verdadeira reverência a Deus que surge do conhecimento. É a atitude certa para com Deus e para com a santidade, majestade e amor a Deus.

Essas “outras doutrinas” são oriundas de um conjunto de erros introduzidos por “Pseudodidaskaloi”, (falsas doutrinas de falsos mestres ou “Pseudoprofetai” , falsos doutrinadores das verdades bíblicas. (1 Tm 1:20; 4: 1-4; 2 Tm. 2:14-18; Tt. 1:9-15).

O mais lamentável é que, às vezes, até mesmo alguns crentes sinceros, por causa destas irregularidades, chegam a ponto de vacilarem quanto a fé e galardão que há em Cristo Jesus. Felizmente isso acontece com todos. Aqueles que estão em Cristo, a Rocha dos Séculos, não se abalam, pois, acerca deles está escrito que as portas do inferno não prevalecerão contra eles. (Mt.16:18).

O apóstolo Paulo, já nos primórdio do cristianismo, teve de lutar contra esses perturbadores, designados por “bestas”, “cães”, e “falsos apóstolos” e “falsos obreiros”, que demonstra cabalmente o seu caráter (1 Co.15:32; 2 Co.11:13; Fp.3:2).

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Portanto, não é de admirar que em nossos dias surjam pessoas com as mesmas características e sentimentos perturbadores.

Com a Bíblia aberta, não teremos dúvidas em responder aos que desejarem, sinceramente, receber luz, esclarecendo-os sobre todos sos pontos errados, doutrinas esdrúxulas e textos em que os falsos doutrinadores se apóiam para semearem suas idéias.

Paulo ensinou que ao servo do Senhor não convém contender e que devemos ser pacientes com todos, prontos a ensinar e esclarecer, conforme determina a Palavra do Senhor.

(1 Co.11:16; 1 Tm.4:6).

O Evangelho de Jesus Cristo consiste em pregação e ensino. O mesmo que disse “ide e pregai”, também disse: “ide e ensinai”. Podemos observar que a perseverança na doutrina era uma característica da Igreja Primitiva. (At.2:42)

1. Diferença entre doutrina e costume: Há costumes bons e ruins. A doutrina bíblica sempre conduz aos bons costumes. (1 Co.15:33).

a) – Quanto à origem: A doutrina é divina o costume é humano.b) – Quanto ao alcance: A doutrina é geral, o costume é local.c) – Quanto ao tempo: A doutrina é imutável, o costume é temporário.

2. A Importância da Doutrina para a Igreja e o crente em particular:

(1 Tm.4:16) “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina...” (2 Tm.4:3) “Tempo em que não suportarão a sã doutrina...” (Tt. 2:7) “Na doutrina mostre incorrupção...” (Tt. 1:9) “ Palavra fiel que é segundo a doutrina...” (Hb.13:9) “Doutrinas várias e estranhas...” (Gl.1:8) “...Outro evangelho seja anátema”.

3. Doutrinas falsas e doutrinas verdadeiras:

3.1 Há pelo menos três formas de doutrinas: Uma é sublime e santa, duas são perniciosas e deletérias.

a) – Doutrina de Deus: (At.13:12; Lc.4:32; Pv.4:2; Mt. 7:28; Tt.2:10; João 7:16)b) – Doutrinas de homens: (Mt.15:16; 16:12; Cl.2:22; Jr.23:16; Tt.1:14)c) – Doutrina de demônios: (1 Tm.4:1; Tg.2:19; 1 Co.10:21; João 8:44). Há demônios cuja

atividade não é espalhar violência ou outros males ostensivos, mas ocupar-se com o ensino maléfico, falso, errôneo e enganoso.

4. Podemos classificar as doutrinas bíblicas segundo Antônio Gilberto da Seguinte forma:a) – Doutrinas da salvação: São mais fáceis de entender.b) – Doutrinas da fé cristã: Requer um estudo mais profundo da revelação divina.c) – Doutrinas das coisas futuras: Escatologia.

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d) – Teologia Sistemática: Bibliologia; (Estudo dos Livros da Bíblia) Deus (Teologia); Homem (Antropologia) ; Cristo (Cristologia) ; Anjos (Anjeologia); Salvação

(Soterologia); Espírito Santo (Paracletologia; Pecado (Harmatiologia); Igreja (Eclesiologia) ; Escatologia, etc.

VIII – O OBREIRO E A VISÃO DE TRABALHO DO MINISTÉRIO:

Esse tópico não é uma mera sugestão, mas uma explanação sintética do direcionamento que almejamos no nosso campo de trabalho. Também não estamos querendo insinuar que em outras Igrejas não há visão. Somente queremos ser mais específicos para os obreiros do campo de Joinville.

De acordo com o avanço das denominações, também houve um avanço de estratégias missionárias e evangelísticas; tanto é, que podemos verificar essas tendências nas diversas denominações existentes aqui no Brasil.

1. Oração. Tudo que fizermos deve ser com muita oração. Aconselhamos que cada irmão ore

no mínimo uma hora por dia. Essa foi a exigência mínima do Senhor Jesus aos seus discípulos. Os trabalhos da Igreja devem ser precedidos com um período de oração no mínimo de trinta minutos. Essa norma foi instituída na Convenção de Madureira em Taguatinga em 1.989. Entendo que muitos não a observam; entretanto faremos dessa norma um costume em nosso campo. Os obreiros deverão ser exemplos dessa prática. Aconselhamos o jejum pelo menos uma vez por semana. É Bíblico e necessário para os dias difíceis que vivemos. Sempre com o devido cuidado para não cairmos no fanatismo que se torna um empecilho na obra de Deus.

2. Ensino. O ensino é a base de um ministério sadio. Jesus mesmo disse: Ide e ensinai. Não adianta

planejar muito ou sonhar sem que haja estrutura e fundamento. O que segura um cristão na Igreja é o que ele sabe a respeito de sua fé, isto é, o conhecimento adquirido a respeito da Palavra. Infelizmente, existem muitos que querem ensinar sem nunca terem aprendido. Esses se esqueceram de que Jesus, antes de partir preparou doze homens, e para isto, gastou toda sua vida. Nossa estratégia de ensino engloba os cultos de doutrinas. Escolas Dominicais, Cursos Específicos, como Escolas Bíblicas; Escola de Obreiros que acontecerá uma vez por ano, direcionada aos aspirantes do Ministério; Cursos de atualização Ministerial para obreiros antigos; Liderança, e um novo curso de adaptação ministerial destinado aos obreiros de outros Ministérios que se unirão conosco.

Na atualidade exige-se de todos os candidatos ao Ministério o Curso Básico em Teologia, que pode ser ministrado pela própria Sede do Ministério. Estamos convencidos de que nossa missão, não é somente pregar, mas principalmente a de ensinar. É com o ensino que teremos condições de estimular nossos irmãos a leitura, a pesquisa Bíblica, enfim, estimularemos o crescimento verdadeiro.

3.Evangelismo e Missões. Não podemos comungar com aquela idéia do passado, em que se imaginava os pecadores

entrando na Igreja sem que houvesse muito esforço. Isso só ocorre em ocasiões de grandes avivamentos. Muitos imaginam que só devemos orar e o resto o Espírito Santo faz. Isso não é verdade. Esse método de ficar na Igreja clamando ao Senhor para mandar as almas é contrário ao ensino do NT. O Senhor Jesus mandou-nos ir as almas. Claro que não vamos dispensar a oração, mas não vamos ficar somente nesse passo.

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3.1 Evangelismo Pessoal. A Igreja e as congregações deverão criar grupos específicos de evangelismo. Esses grupos deverão ter um líder e secretários para um bom desempenho. É fundamental que haja reuniões periódicas e palestras específicas. Pode-se usar todos os métodos possíveis, tais como filmes, palestras, etc., sempre com o objetivo de uma conscientização evangelística.

3.2 O Discipulado cristão: Essa tradição existente na Igreja de que quando um pecador levanta sua mão e vem a frente, já se resolveu todo seu problema de conversão, é muito antiquada. O levantamento de uma das mãos é apenas um começo, que se não tomarmos o devido cuidado, não passa desse simples levantamento de mãos. Daí, a necessidade de discipulado.

Devido à urgência desse trabalho, instituímos a função de membros discipuladores. Esses membros discipuladores deverão acompanhar o Novo Convertido até que ele possa caminhar sozinho. O ideal é fazê-lo crescer até que ele se torne um discipulador. Para isso, é necessário persistência e muito amor ao novo convertido.

Imagine comigo se tivéssemos um grupo de doze irmãos, comprometidos com o Evangelho em todos os sentidos. Com o mesmo propósito, com a mesma doutrina, com o mesmo compromisso, que acreditasse que sua missão na terra seria só uma; a de ganhar almas para Cristo e ensina-las nos caminhos do Senhor. Um grupo que se comprometesse de fazer todos os meios possíveis para ganhar apenas uma alma por ano. Ensinar essa vida a dar os primeiros passos; acompanhando-a na oração, nos estudos bíblicos, até que ela se transformasse numa ganhadora de almas com a mesma visão do discipulador. Que esse grupo fosse preparado durante o tempo suficiente para não desistirem desse pensamento. Um grupo que realmente fosse preparado para essa missão. Isto é, ganhar uma alma por ano e treina-la a tal ponto que fizesse o mesmo com outros assumindo esse mesmo compromisso. Com apenas doze, teríamos os seguintes números nos anos seguintes:

1° Ano122º Ano 243º Ano 484º Ano 965º Ano 1926º Ano 3847º Ano 7688º Ano 15369º Ano 3072

10º Ano 614411º Ano 1228812º Ano 24576

Parece até utopia, imaginar uma possibilidade dessa natureza, entretanto, isso é possível, desde que, tenhamos um grupo coeso, que olhe para mesma direção. Se todos os cristãos assumissem seus compromissos evangelísticos já teríamos evangelizado o mundo.

A indicação do discipulador deverá ser no mesmo dia de sua conversão, isto é de suma importância. Convém ressaltar ainda que é necessário ministrar um curso aos discipuladores para consolidar a visão de trabalho, estratégias etc.

3.3 A Carta ao Novo Convertido: Essa carta tem uma importância capital; pois estamos mostrando nosso interesse, e ao mesmo tempo estaremos estabelecendo nosso primeiro contato após sua conversão. Motivo que obrigará a secretária do grupo enviá-la no dia seguinte. É necessário que se tenha uma carta padrão para esse fim. No momento em que uma pessoa recebe a Cristo, é necessário tomar

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todos os cuidados necessários para esse fim: endereço completo; apresentá-lo ao discipulador etc. Com essas anotações, surge a necessidade de um fichário de novos convertidos na Igreja, para facilitar o trabalho dos discipuladores e do Pastor da Igreja. Esse fichário, pode ser chamado de Cadastro de Novos Convertidos.

3.4 Missões. Entendemos que a Missão da Igreja é fazer missões, mas essa missão começa aqui, não nos confins da terra. Primeiro devemos ganhar almas em nosso País, para depois ganharmos outras nos confins da terra. Mas, sobretudo, quando falo a palavra “missões”, refiro-me àquela missão que começa com o preparo, com a conscientização, com a contribuição; em síntese, com aquele pensamento que todos já sabem: “Orando, indo, e contribuindo”. A missão da Igreja é abrangente, não se restringe somente ao envio de missionários transculturais como insinuam alguns que ensinam sobre o assunto. A Igreja que não se conscientizar de que sua tarefa é a tarefa missionária, pode fechar suas portas. Temos aquela visão de missionários nos confins da terra e nos inícios da terra. Abramos nossos corações e nossas mãos!

3.5 O Trabalho “Cristo nos Lares”. Uma maneira de envolver a igreja na reprodução de almas e no crescimento sadio e sistemático. Não é simplesmente uma reunião nos lares. São reuniões com objetivos definidos. Estudos e palestras evangelísticas objetivando a salvação das almas. Esses grupos são compostos de líderes e secretárias, que farão uma síntese do conteúdo da reunião. É necessário anotar a presença dos membros normais do grupo e de outros que estarão aderindo. Inicialmente, adotamos o número de cinco membros para início de um grupo, e quando chegar a vinte divide-se. Cada membro do grupo deverá assumir um compromisso de fidelidade com o trabalho. Justificar ausências, não sair sem que tenha outro em seu lugar, convidar amigos e vizinhos para as reuniões. Jejuar nos dias de reuniões e acompanhar os novos convertidos integrando-os a Igreja.

Antes do início de um grupo, é necessário realizar uma série de encontros com o grupo inicial para conscientização e determinação de estratégias. Os grupos deverão ser volantes de sete encontros em cada lar. Se faz necessário dar ênfase a oração dentro do grupo. Os Estudos Bíblicos são feitos com a Bíblia de Estudo Pentecostal editada pela CPAD.

4. Cultos:4.1 Culto da Esperança:Incentivar os irmãos a fazerem campanhas de sete quintas ou sete

quartas de acordo com o dia do culto. É importante não esquecer de que no final de cada culto deve-se fazer um apelo para novas campanhas. Dessa maneira sempre haverá um grupo em campanha, outro iniciando e outro encerrando. Esse cultos deverão ser com testemunhos objetivos e aconselhamos cada congregação formar um grupo de louvor para adoração congregacional. Quando envolvemos a Igreja na adoração e no louvor, o Espírito Santo tem mais liberdade de operação.

4.2 Outros Cultos Importantes: Culto da Ovelha desgarrada para os afastados; Culto de Pentecostes; Culto do Amigo; Culto com os Jovens; Culto com as Crianças; Culto das Senhoras; Culto dos Vizinhos. São muitos nomes que poderemos usar, esta é apenas uma estratégia para atrair as pessoas para ouvirem a Mensagem do Evangelho.

5. LIDERANÇA.Somos responsáveis por nossa geração e para arregimentarmos um exército de discípulos,

necessitamos com urgência gerar líderes, treinando-os para melhor servirem ao Senhor.

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É possível imaginar que liderança seja um assunto somente para pastores e obreiros, entretanto, o tema é pertinente a todos, visto que todos temos tarefas pessoais ou coletivas. De alguma forma, todos lideram alguma coisa. A liderança começa com a administração pessoal de nossos afazeres, isto é, negócios, famílias, escola, deveres etc. Alguns não vão muito além disso pelo fato de não possuírem outros talentos que lhe dariam capacidade de se destacarem como líderes, tais como, a oratória ou comunicação de grupo etc. Os líderes normalmente deixam transparecer seus dotes.

Quando falamos de liderança cristã, estamos enfocando a capacidade que Deus dá a alguns membros de seu corpo para comandar. Esses líderes não estão necessariamente nos púlpitos das Igrejas, mas também nos departamentos das Igrejas. Uma Igreja que cresce é composta de bons líderes, alias, o crescimento tão esperado por muitos pastores depende muito da valorização que se dá à liderança da Igreja através de treinamentos constantes. Nosso propósito nessa Escola de Líderes e Obreiros ELO é fornecer aos diletos obreiros, luzes de liderança, visando um crescimento sadio da Igreja.

Entendemos que esse acontecimento só ocorrerá quando a liderança estiver olhando para a mesma direção. A visão do Ministério não pode ser bipartida; é necessário que se tenha uma visão clara, e que os líderes saibam qual é essa visão, para que os liderados aprendam. Em outras palavras, a liderança da Igreja, deve estar afinada com a visão do Pastor da mesma. Acredito que esta questão é praticamente o cerne de todo crescimento almejado por muitos pastores.

É com este propósito que Ministramos a Escola de Líderes e Obreiros, porque temos consciência de que precisamos nos unir em torno de um ideal comum e isso somente acontecerá quando toda liderança entender a realidade desses fatos.

5.1 O Conceito de Liderança.

O conceito de liderança é tão diversificado quanto o próprio oficio. Dentre os diversos livros existentes, conforme verifiquei, há uma variedade de conceitos e definições infindas. O conceito depende muito da formação cultural de cada individuo, todavia, dentre muitas definições, destacaremos aquelas que julgamos mais importantes.

Liderança é influência, isto é, a habilidade de uma pessoa de influenciar a outros. Um homem pode liderar outros apenas na medida em que influenciá-los a segui-lo. Este fato é apoiado por definições de lideranças feitas por homens que exerceram grande influência. Lorde Montgomery como líder militar, define como “a capacidade e desejo de unir homens e mulheres num propósito comum, e o caráter que inspira confiança” O Almirante Nimitz disse que liderança pode ser definida como sendo aquela qualidade, num homem, que inspira suficiente confiança a seus subordinados de modo a aceitarem suas idéias e obedecerem a seu comando.

O General Charles Gordon perguntou certa vez a Li Hung Chang, um velho líder chinês: “Que é Liderança?” “Como se divide a humanidade?” Ele recebeu a seguinte resposta enigmática: “Há apenas três tipos de pessoas no mundo: Aquelas que não se mexem, as que são movíveis, e as que movem os outros”.

Na área da religião, um líder mundial em círculos estudantis, deu a seguinte definição: ‘Líder é o homem que conhece o caminho, e sabe manter-se à frente, trazendo outros após si”. Outro líder hindu, define liderança cristã como uma vocação em que há perfeita mistura de qualidades humanas e divinas, ou um trabalho harmonioso entre o homem e Deus destinado ao ministério e bênção das demais pessoas”.

Do ponto de vista político um líder deu a seguinte definição: “Líder é a pessoa que tem a habilidade de fazer com que os outros façam o que não queriam fazer, e gostem de faze-lo”.

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Liderança Cristã é uma mistura de qualidades naturais e espirituais. Até mesmo as qualidades naturais não são oriundas do individuo, mas de Deus, e, portanto, alcança maior afetividade quando empregadas no serviço de Deus, e para sua glória. As definições acima se referem à liderança em geral. Embora a liderança cristã exija aquelas qualidades, há outros elementos que suplementam e levam precedência sobre elas. Personalidade é um fator primordial na liderança natural. “O grau de influência dependerá da personalidade do homem”., escreveu Lord Montgomery, “da incandescência de que ele é capaz, da chama que queima dentro dele, do magnetismo que atrairá os corações dos homens para ele”.

Entretanto, o líder cristão influencia aos outros não apenas pelo poder de sua personalidade, mas, pela personalidade irradiada interpenetrada, e fortalecida pelo Espírito Santo. Visto que ele permite que o Espírito tome controle integral de sua vida, o poder desse Espírito flui livremente através dele, para os outros.

A Liderança espiritual é assunto de poder espiritual superior, o qual jamais é gerado pelo próprio homem. Não existe, de modo algum, um líder espiritual feito por si mesmo. Ele só é capaz de influenciar os outros espiritualmente porque o Espírito é capaz de trabalhar através dele, num grau superior ao daqueles a quem ele lidera.

Um princípio geral de liderança, é que só podemos influenciar e liderar outros até o ponto a que nós mesmos chegamos. A pessoa mais susceptível de sucesso não é aquela que lidera meramente apontando o caminho, mas a que percorreu pessoalmente. Nós lideramos a medida em que inspiramos outros a seguir-nos .

O líder é alguém de destaque. Sobre ele estão olhares e esperanças de realizações. Normalmente, é ele quem vai ajudar o grupo a seguir seu caminho, orientando, sugerindo, trabalhando com a equipe.

O problema é que nós entendemos mal o conceito de líder. Ou é alguém que faz tudo sozinho e o grupo fica na arquibancada observando para ver se vai dar certo ou não e onde estão as suas falhas e fraquezas, ou é aquele que dá ordens.

IX – TERMO DE CONPROMISSO MINISTERIAL

1º - Honrar em tudo, na minha vida pessoal, sob a direção do Espírito Santo os sagrados compromissos do Ministério que me foi concedido, tendo sempre presente as minhas responsabilidades perante a Igreja e perante o mundo.

2º - Promover a paz e o desenvolvimento espiritual, moral e patrimonial da Igreja a que sirvo, sendo o exemplo na doutrina, fortalecendo o espírito e praticando a fraternidade e cooperando com as instituições, obreiros e membros que estiverem sob minha direção, promovendo a boa ordem dos serviços eclesiásticos e a comunhão espiritual do povo de Deus.

3º - Ser fiel no zelo e nas atribuições a mim conferidas pela Igreja ou por delegação pastoral.

4º - Ter em elevada conta o espírito e a prática da comunhão em lealdade aos meus companheiros de Ministério, orando em seu favor, amando-os com o amor de Cristo, aconselhando-os e sendo aconselhado, e zelando de todos os modos, pela pureza do Ministério perante o mundo e a Igreja.

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5º - Obedecer aos Estatutos e Regimento Interno, da Igreja e da Convenção, bem como acatar com humildade as observações e as restrições disciplinares da Igreja, do ministério Geral a que estou sujeito, e das Convenções Filiadas (Estadual e Nacional).

6º - Em caso de objeções de consciência, de divergências doutrinárias ou por qualquer outro motivo que leve a desligar-me ou ser desligado da Igreja, processar normal e pacificamente esse desligamento, não provocando, sob qualquer pretexto, perturbação, cismas no seio da Igreja e da entidade que esteja jurisdicionado ou dirigindo, não levantar questões jurídicas contra a Igreja ou Convenção, em qualquer circunstância.

7º - Honrar, com soluções honestas, os compromissos assumidos para com a Igreja, a Convenção, a sociedade e o indivíduo.

8º - Praticar a fidelidade nos Dízimos e a generosidade nas ofertas para com a obra de Deus, sendo o exemplo dos fieis.

9º - Ser observador das necessidades da Igreja atendendo sempre que possível para suprir carências zelando para manter a ordem a harmonia e manutenção dos locais de culto.

X – CONCLUSÃO

Como conclusão, salientamos que o ELO – Escola de Líderes e Obreiros não é tudo. É apenas uma parda visão de como os obreiros e aspirantes devem encarar o ministério. Acredito que toda organização que deseja o crescimento faz questão de mostrar a visão desse crescimento aos seus líderes e liderados e, a compreensão é fundamental para que se vá adiante.

Tenho plena certeza de que, o doador dos dons ministeriais esteve presente, ministrando aos nossos corações e nos revelando a profundidade e a extensão do ministério que Ele tem com cada um de nós.

Espero que essas notinhas sobre a chamada ministerial, o ministério cristão, a responsabilidade do obreiro; a ética do obreiro; o obreiro e o culto cristão; o obreiro e as doutrinas básicas;o obreiro e a visão de trabalho do ministério sirvam como mola propulsora para um ministério profícuo; e como uma triagem separando os vocacionados para o trabalho do Senhor.

Certamente um aventureiro não resistiria as provações e nem se inclinaria às verdades ministeriais esboçadas neste curso. Infelizmente, já cometemos alguns erros no passado em relação a recebimento de obreiros, mas temos aprendido muito com a experiência. Se no passado tivéssemos os cursos que temos, e em especial o ELO, já teríamos evitado muitos problemas. Por incrível que pareça, alguns não passariam nem no simples teste de freqüentar as aulas de um curso preparatório, quanto mais em ser obreiro. Não estou me referindo àqueles que responsavelmente justificam suas ausências por motivos justos.

Além dessa Escola, cujo propósito é dar uma visão panorâmica do Ministério cristão; convém relembrar que os aspirantes ao ministério deverão preencher os seguintes pré-requisitos:

1. Ser membro maduro;2. Ter uma vida consagrada;3. Ter compromisso com sua Igreja, e com seu ministério;

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4. Ser dizimista;5. Freqüentar regularmente as reuniões ministeriais aos segundos sábados de cada mês e

as convocações do Pastor Presidente da Igreja e outras que forem necessárias.6. Ser batizado com o Espírito Santo.7. Comprometer-se a fazer a Escola de Líderes e Obreiros – ELO

Não tenho dúvidas de que o Senhor está nos moldando para grandes coisas nestes últimos dias que estamos vivendo nessa terra. Deus pode contar com você?

“Um grande compromisso com o grande mandamento e com a grande comissão fará nascer uma grande Igreja”. (Rick Warren).

XI – BIBLIOGRAFIA

FRISTZ, Rienecker/RIGERS, Cleon, Chave línguistica do Novo Testamento Grego. Tradução de Gordon Chown e Júlio Paulo T. Zabatiero, Edições Vida Nova, São Paulo, 1988

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MENDES, José Demerval, Esboço de Teologia Pastoral, CPAD – Rio de Janeiro – RJ 1988.

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CROCE, José Elias, Liderança Cristã, Primeira Escola Bíblica da Assembléia de Deus do Guacurí, São Paulo – SP Nov. de 1999.

CROCE, José Elias, Dons Ministeriais e Espirituais, XI Escola Bíblica da Fraternal do ABCD – São Paulo, Julho de 1998.

Autor Pr. José Elias Croce – IEAD – Vila Guacuri – São Paulo – SP

Adaptada por Pr. Abimael Fontes Ferreira – IEAD – Joinville – SC

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Coordenação Geral

Pr. Abimael Fontes Ferreira

Bacharel em Teologia Pela Faculdade FAITA.Presidente da IEAD – Joinville/SC

Presidente do ELAETEM – Escola Latino Americana de Ensino Teológico e MissõesPresidente da Sociedade Assistencial e Educacional Fonte no Deserto

Secretário Executivo da CONEMAD-SC

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