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Instituto Teológico Semeando Amor de Deus “Formando Obreiros Aprovados” Procura apresentar-te diante de Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” 2 Timóteo 2.15 PANORAMA DO NOVO E ANTIGO TESTAMENTO

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Instituto Teológico Semeando Amor de Deus

“Formando Obreiros Aprovados”

“Procura apresentar-te diante de Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” 2 Timóteo 2.15

PANORAMA DO NOVO E ANTIGO TESTAMENTO

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Aplicação no estudo

Você deve estar perguntando qual a melhor maneira de es- tudar este livro e extrair o

máximo possível de proveito. Ao pensar nisso, elaboramos alguns métodos que poderão lhe

ser úteis.

Seja Motivado

Motivação é um princípio peculiar na vida de todos os que anseiam alcançar um

objetivo. É impossível alguém atingir o ápice de um grande sonho sem ter em sua bagagem

o item motivação. Muitos já iniciaram alguma coisa, mas só obtiveram o êxito aque- les que

se mantiveram motivados até o final.

Seja motivado para orar, para ler, para meditar, para pes- quisar, para elaborar

trabalhos e estudos bíblicos. Se sentir-se sem motivação busque-a através do Espírito

Santo. Faça petições a Deus e leia sua Palavra, pois são fontes inesgotáveis para sua reno-

vação, e por final procure mantê-la acesa até findar o curso.

“Se não existe esforço, não existe progresso.” Fredrick Douglas

Seja Organizado e Disciplinado

a) Ore a Deus ao iniciar seus estudos e peça que lhe ajude a ter um maior proveito do

assunto em pauta.

b) Estude em lugares reservados.

c) Evite ambientes com sons, ruídos e falatórios. Pois você pode perder sua

concentração no estudo.

d) Procure adicionar outros importantes materiais à cada lição a ser estudada, como

por exemplo:

• Bíblias de Estudos: se possível, com traduções que sejam difer- entes.

• Dicionários.

• Concordância Bíblica.

• Livros: cujos assuntos sejam relacionados ao tema de cada lição.

• Lápis/caneta e bloco para anotações. e) Leia e estude cada matéria durante a semana, reserve pelo

menos 1 hora por dia para fazer isso.

f ) Faça anotações, especialmente àquelas que lhe causarem dúvidas.

Em suma, todos esses itens elaborados cuidadosamente pelo departamento de

pedagogia do IB, são de um valor ines- timável para você, desde que procure segui-los

conforme se seg- uem

g) Responda aos questionários assim que terminar de es- tudar cada lição. Eles irão

fortalecer o assunto em sua mente.

h) Reserve períodos da semana para você elaborar trabalhos voltados à matéria

estudada em cada mês.

i) Formule perguntas ao professor, assim tanto você como ele fi- carão cada vez mais

abalizados no aprendizado.

Deus abençoe!

Pastores Alexandre e Rosileni Mansano

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ÍNDICE UNIDADE I: AS DIVISÕES DO NOVO TESTAMENTO UNIDADE II: OS LIVROS DO NOVO TESTAMENTO UNIDADE III: A PERFEITA UNIDADE DAS ESCRITURAS UNIDADE IV: EFEITO DAS ESCRITURAS NA VIDA DOS HOMENS UNIDADE V: BIBLIOLOGIA: DOUTRINA DA BÍBLIA Unidade 1 AS DIVISÕES DO NOVO TESTAMENTO TEXTOS BÍBLICOS: Jo 20:21-31; At 4:1-4; II Pe 1:5-11; Ap 2:10. 1. Os grupos de Livros do Novo Testamento. Como há quatro espécies de livros no Antigo Testamento, há quatro no Novo Testamento. São eles: Evangelhos, 4; História, 1; Cartas, 21; Profecia, 1. 2. Propósitos dos Quatro Grupos. Cada um dos quatro grupos de livros tem um propósito geral, que devemos entender para compreendermos corretamente sua mensagem. Em geral, os propósitos dos quatro grupos são os seguintes: Os Evangelhos fornecem-nos a evidência sobre a qual podemos crer que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo, nosso único Salvador e leva-nos a desejar obedecê-lo. Jo 20:31 sumariza o propósito. O livro de Atos dá-nos um resumo de algumas das conversões do Novo Testamento sob a pregação de homens inspirados, e então responde, por exemplo, a pergunta: Como tornar-me cristão? Também este livro dá-nos a história da fundação e dos primeiros dias da igreja. As Cartas, enviadas aos cristãos contém instruções completas para todas as classes cristãs, sobre como viver a vida cristã. (II Pedro 1:5-11 é um bom exemplo desta instrução). O livro de Apocalipse é dado para relatar-nos sobre o viver cristão e admoestar-nos a guardá-lo. Sua mensagem é resumida no seguinte: “Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida”, (Ap.2:10). Contém o último e mais sentimental convite: “Quem quiser receba de graça da água da vida”. (Ap 22:17) contém a mais solene admoestação contra qualquer aumento ou subtração das Escrituras como foram dadas pelo Espírito Santo de Deus. (Veja Ap 22:18-19).

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3. Razões para Conhecer os Propósitos das Divisões. As Escrituras devem ser conhecidas, entendidas e aplicadas corretamente. Na aplicação das Escrituras, a primeira regra que aprendemos é proveitosa. A regra é: lembre quem está falando, para quem está falando, em qual dispensação está falando e para que propósito está falando. O conhecimento das divisões do Novo Testamento muito ajudar-nos-á responder para quem qualquer porção dele foi endereçada. Por exemplo: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado” (At.2:38), não está endereçado a quem tem aceito e obedecido ao Senhor, mas àquele que não tem. Por outro lado, “A religião pura, sem mácula, para com o nosso Deus e Pai é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e a si mesmo guarda-se incontaminado e liberto dos manjares oferecidos pelo mundo”(Tg 1:27). É dirigido àqueles que têm aceito e obedecido o Evangelho de Cristo. Isto quer dizer: é endereçado a todos os cristãos. Aquele que despreza Atos 2:38 mas toma Tiago 1:27 como sua escritura guia está tomando uma escritura que ainda não está dirigida a ele, e não se aplica a ele. 4. Uma Peculiaridade dos Evangelhos. Os Evangelhos são arrolados, propriamente, como uma parte do Novo Testamento mas o período que eles abrangem é ainda da dispensação Mosaica. São preparados para a nova dispensação que haveria de vir e que foi iniciada no dia de Pentecostes, cinquenta dias depois da ressurreição. Jesus cresceu debaixo da dispensação Judaica ou Mosaica. Foi circuncidado, freqüentava a sinagoga e quando alguém perguntou-lhe o que fazer para herdar a Vida Eterna, Ele citou ou Dez Mandamentos. O período abrangido pelos Evangelhos é transitório de uma dispensação para outra e é preparatória para a mensagem de salvação como temos agora no Novo Testamento. Durante o período dos Evangelhos, Jesus estava aqui na carne e andava entre os homens como Senhor e Mestre. Ele podia dizer e disse a alguém “Teus pecados estão perdoados...” a outro “Tua fé te salvou...”, a outro “Levanta, toma tua cama e vá...” e ao ladrão na cruz “Hoje estarás comigo no paraíso”. Mas quando seu trabalho de preparação foi completo pela sua morte na cruz, e sua ressurreição, então Ele enviou o Espírito Santo para dar, através de homens, escolhidos, os grandes e universais termos de salvação para todos os homens, em todas as regiões e em todos os tempos. Isso temos, em sua totalidade, no Novo Testamento.

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5. Alguns Fatos Sobre as Cartas. Enquanto as cartas são, em geral, aos cristãos para relatar-lhes como viver a vida cristã, nem todas as instruções se aplicam a qualquer pessoa num dado tempo. Por exemplo: Há instruções para novos cristãos ou “meninos em Cristo”. Então, há instruções para aqueles que de há muito vivem em Cristo. Há instruções para diáconos e anciãos (presbíteros) que se aplicam somente a eles. Há instruções para as viúvas da igreja, para as crianças, para os pais, para as mães, para os ministros. Algumas das instruções são gerais e se aplicam a todos os cristãos, em qualquer lugar, e em todos os tempos. II Pe 1:5-11 ilustra isto. 6. Peculiaridades do Livro de Apocalipse. Este livro é menos lido e menos entendido do que qualquer outro do Novo Testamento. Isto se deve a duas razões: Primeiro, grande parte dele é profecia sobre o futuro, e tem a ver com a parte de Deus na salvação e julgamento final dos homens. Algumas das profecias do Antigo Testamento não foram entendidas e não podiam ser, possivelmente nem mesmo pelos profetas. Quando foram proferidas somente foram entendidas depois de cumpridas. Assim, algumas do Apocalipse serão completamente compreendidas somente nos últimos grandes dias. A outra razão é que muitas delas são escritas em linguagem apocalíptica e altamente figurativa como, o livro de Daniel, para o qual é necessário uma chave de interpretação. O livro , como um todo, entretanto, pode ser tomado, pois é um livro sobre fidelidade, julgamento final e vitória final da retidão. 7. Sumário e Revisão dos Grupos da Bíblia. As grandes divisões da Bíblia são duas: O Antigo Testamento, com trinta e nove livros e o Novo Testamento, com vinte e sete livros. Vivemos hoje debaixo do Novo Testamento e não debaixo do Antigo. O Antigo Testamento possui quatro tipos, ou espécies, de livros: Lei, História, Poesia e Profecia. O Novo Testamento possui também quatro espécies de livros: Evangelhos, Atos dos Apóstolos (História), Epístolas (Cartas) e Profecia. O Antigo Testamento foi nosso mestre para guiar-nos a fé em Cristo; Os Evangelhos guiam-nos a crer n’Ele e a tornar-nos cristãos; Os Atos relatam-nos os primeiros dias da igreja; As cartas nos recomendam como viver a vida cristã e o Apocalipse fala-nos sobre como fazer permanecer a vida cristã até o fim. NOTA: Para melhor compreensão do que estamos expondo nessa matéria verifique as referências indicadas no início deste tema. Lendo-as na ordem em que elas estão, você notará que as mesmas descrevem na íntegra, os propósitos de cada uma das quatro divisões do Novo Testamento.

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Unidade 2 OS LIVROS DO NOVO TESTAMENTO TEXTOS BÍBLICOS: 2 Tm 3:14-17; 1Pd 4:10-11 1. Os Evangelhos. Certamente todos podem nomear os Evangelhos a biografia de Jesus, mas, para efeito de ilustração, novamente, sugerimos que você analise as Divisões expostas no título anterior. Note que estes quatro livros são biografias distintas. Logo surge a pergunta: Por que quatro biografias? A resposta é que na apresentação da evidência que Jesus é o Cristo, Deus não deixou de fazer nada para que a evidência fosse completa. Quatro testemunhas presenciaram o caso, cada uma em sua própria maneira e num sentido mais completo do que uma só testemunha. 2. Marcas Especiais dos Evangelhos. Mateus é assim chamado, por razão do nome do seu escritor, como é o caso dos outros Evangelhos. Mateus, entretanto, escreve particularmente aos judeus, para dar provas de que Jesus é o Cristo, o esperado Messias da profecia. Ele trata mais das profecias judaicas do que os outros. Traça a genealogia de Jesus de uma forma mais apurada. A característica de Mateus pode ser encontrada em expressões como: “Então se cumpriu o que fora dito, por intermédio do profeta Jeremias” etc. (Mt 2: 17). Marcos e Lucas dão biografias de Jesus, mas descrevem mais para o tipo de mente greco-romano. Deve ser lembrado que em dias do Novo Testamento três civilizações se encontravam na Terra Santa. Foram elas: Grega, representando a cultura e o saber, Romana, representando lei e poder; e a judaica representando a religião e a justiça. Lucas diz em Atos 17: 21 “Pois todos os de Atenas e os estrangeiros residentes, de outra coisa não cuidavam senão dizer ou ouvir as últimas novidades”. Eles estavam interessados no homem que podia comandar a natureza. A mente romana estava interessada no homem que podia comandar homens. Marcos e Lucas escreveram mais particularmente para o tipo de mente grego e romano para mostrar-lhes Jesus como o homem de poder sobre os homens e a natureza. Mas os milagres e as obras maravilhosas de Jesus são registrados por Mateus. Esses três Evangelhos são chamados de Evangelhos Sinóticos, por razão da semelhança deles no resumo dos acontecimentos na vida de Cristo. O Evangelho de João é diferente. É mais geral e trata com princípios e conclusões. Biograficamente é menos completo escolhendo somente aqueles incidentes necessários para trazer à mente, o que ele tem para apresentar. João

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é conhecido como o apóstolo do amor e é em João 3: 16 que se encontra o verso chamado “o texto de ouro do Novo Testamento”. 3. O Livro de Atos. A segunda divisão do Novo Testamento consiste de um só livro. É um livro, que relata a história da fundação e os primeiros dias na Igreja. Relembrando que a Igreja é de Cristo e não nossa, que Ele a comprou com seu sangue, que Ele é seu fundador e cabeça, naturalmente, estamos interessados em Atos dos Apóstolos, pois é a única história divinamente dada da fundação e dos primeiros dias da Igreja do Deus Vivo. Lucas, o companheiro de Paulo, é o escritor. Deve ser também lembrado que este livro de modo algum relata os atos dos apóstolos, mas simplesmente alguns dos atos de alguns dos apóstolos. Há relatos suficientes, entretanto, nos capítulos 2, 8, 9, 10 e 16 para dar-nos divinos inspirados exemplos da conversão do povo de praticamente cada tipo e condição de mente, para que possamos ter a resposta de como tornar-nos cristãos. Em adição ao exposto, devemos conhecer o livro de Atos dos Apóstolos como uma das maiores crônicas missionárias já escritas. Nele encontramos o motivo e método missionário. Também o livro de Atos contém proveitosas sugestões a respeito do culto e da vida dos primeiros cristãos sob a direção dos Apóstolos. Quatro fatores marcavam o culto deles: “A doutrina dos Apóstolos - a comunhão - o partir do pão - as orações”. Quando espalhados pela amarga perseguição, foram pregando a Palavra de Deus. 4. As Cartas (Epístolas). Há vinte e uma cartas, cujos nomes devemos aprender em ordem. Se dispostos de um modo como se segue, serão facilmente aprendidos e decorados. É geralmente atribuída a Paulo a autoria das catorze primeiras. Estas são: Romanos. I Coríntios, II Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, I e II Tessalonicenses, I e II Timóteo, Tito, Filemon e Hebreus. As sete últimas são de quatro autores: Tiago, Pedro, João e Judas. Estas sete, da mesma maneira, são fáceis de lembrar. Tiago I Pedro I João Judas II Pedro II João III João 5. Os Escritores do Novo Testamento. Os escritores dos livros do Novo Testamento são oito. Seus nomes prontamente ditos a qualquer hora. São eles: Mateus, Marcos, Lucas, João, Paulo, Tiago e Judas. Mateus, Marcos, Tiago e Judas, cada um escreveu um livro. Pedro e Lucas, cada um escreveu dois, João escreveu cinco e Paulo catorze.

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Estes homens sofreram incontáveis perseguições por razão da fé. Enquanto nada é definitivamente conhecido sobre a morte deles, é muito provável que a maioria deles, senão todos, sofreram morte de mártir. Foram martirizados. Lendo e ensinando os escritos de Paulo, devemos lembrar que muitos deles foram escritos com as mãos algemadas ou enviados de uma imunda prisão. 6. Porções do Novo Testamento que Devemos Tomar para Nós Mesmos. * O Sermão da Montanha - Mateus 5:6-7. * A Oração do Senhor - Mateus 6:9-13. * A Grande Comissão - Mateus 28:18-20. * A Fundação da Igreja - Atos 2. * O Pecado - Romanos 6:23. * A Fé - Romanos 10:9-19. * O Arrependimento - Atos 17:30. * O Batismo - Atos 2:38. * O Texto de Ouro da Bíblia - João 3:16. * O Capítulo de Amor - I Coríntios 13. * A Vida Cristã - Romanos 12. * A Vida Cristã - II Pedro 1: 5-11. * A Fidelidade - Apocalipse 2: 10. * O Convite Final - Apocalipse 22:17. Unidade 3 A PERFEITA UNIDADE DAS ESCRITURAS TEXTOS BÍBLICOS: Jo 1: 1-13; Hb 1: 1-2 I. POR QUE CREMOS QUE A BÍBLIA É A PALAVRA DE DEUS?

1. Como Sabemos que a Bíblia é de Deus? 2.

Se a Bíblia é de Deus, ela sobrepuja a todos os outros livros. Como pudemos saber que as escrituras são algo mais do que escritos de homens? Tudo o que cremos e tudo o que sabemos é baseado em evidência. Há sólidas evidências que as escrituras não poderiam ter sido produzidas por homens sem a direção de um ser que vê todas as coisas, e é sapientíssimo. Este ser não é outro senão Deus.

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2. Enumeração de Algumas das Evidências. Algumas das provas, que as escrituras procedem de Deus são: a) A inexplicável unidade dos sessenta e seis livros, na estrutura, matéria e propósito. b) A sobrevivência deles a despeito das condições, através das quais chegaram até nós. c) O modelo de caráter deles, sobrepujando longe os modelos da era em que foram produzidos. d) Os efeitos deles nos homens e nas nações. e) O inexplicável fenômeno das centenas de profecias feitas e cumpridas. f) O fato que homens sozinhos não poderiam ter produzido um tal grupo de livros, combinando nestas únicas características completamente diferentes de todos os outros livros. II. A MARAVILHOSA UNIDADE DAS ESCRITURAS. 1. A Unidade Estrutural da História das Escrituras. a) As escrituras sagradas é a única coleção de livros por um ou mais autores, os quais, quando combinados resultaram o que é propriamente chamado “um livro”. b) A história é uma, iniciando com tempo e terminando com a eternidade. A história é a história universal das grandes nações, começando por um novo agricultor ou pastor e terminando na cidade. A história da Bíblia principia no belo jardim e termina com a bela cidade. c) A Bíblia é um livro de perfeito progresso. Começa com o caos ou confusão e termina com a perfeição. d) Começa com a criação da vida e termina com a perpetuação da vida. e) Começa com a introdução do pecado e termina com a destruição do pecado. f) São mais de trinta autores e atitude de cada um e de todos os livros é exatamente a mesma para com Deus: pecado e retidão. Deus é reverenciado e o pecado é sempre combatido. 2. A Unidade no Propósito e Disposição. Já dissemos nos capítulos anteriores, tudo aquilo que tem conexão com os assuntos deste capítulo. Há uma unidade de estrutura como foi mostrado no propósito dos grupos: a) As Leis (ou Antigo Testamento) para preparar a vinda de Cristo, o Messias, o Redentor e Salvador (veja Gálatas 3:23-29). b) Os Evangelhos para apresentar Salvador prometido pelos profetas, cumprindo de modo perfeito e completo suas profecias de séculos antes. (veja João 20:30-

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31). c) Os Atos para contar-nos como guardar-nos ou sermos úteis ao nosso Salvador (veja Atos 2, 8, 9 e 10). d) As Epístolas para relatar-nos como viver a Vida Cristã (veja II Pedro 1:15- 11). e) O Apocalipse para admoestar-nos a ser fiéis até o fim. Portanto há unidade perfeita e lógica em todos os grupos de livros e em suas disposições. 3. O Fenômeno da Unidade dos Autores. Quando lembramos que haviam mais de trinta escritores trabalhando num período de mil e seiscentos anos, desconhecidos uns dos outros, e que ainda seus livros se juntaram formar uma unidade perfeita e lógica na estrutura, no alvo, propósito e apresentação, só pode haver uma conclusão lógica; e esta é: Houve uma “mente “ com todos e, que esta mente não podia ser outra senão a de Deus. 4. Respostas a Objeções. Por quase dois mil anos, os homens têm procurado achar e apontar desarmonia, discrepâncias, erros em história, contradições em afirmações, outras faltas que pudessem provar que uma agência puramente humana produziu estes escritos. Investigações cuidadosas, feitas por estudiosos, descobertas pelos arqueólogos que contribuíram para o estudo das escrituras e aclamaremos de nossos conhecimentos obtidos da história e dos povos antigos, têm provado que os objetos estão errados e as escrituras corretas. Considerando que nenhum livro mereceu tão prolongadas, minuciosas e severas investigações como a Bíblia tem sido e que nenhuma falta tem sido achada, exceto um erro ocasional na transcrição ou tradução e, considerando que nenhum crítico ou grupos de críticos tem dado resposta satisfatória para as evidências de procedências divina, não há senão uma conclusão. As escrituras não vieram de outro senão Deus. As provas são abundantes demais para serem desprezadas.

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Unidade 4 EFEITOS DAS ESCRITURAS NA VIDA DOS HOMENS. TEXTOS BÍBLICOS: Hb 2:1-4; At 2:41; 6:7; At 14:1 1. O Poder da Bíblia na Vida do Povo Escolhido. Pediram a alguém para dar uma prova concreta da autenticidade e inspiração da Bíblia. Ele atendeu para responder em duas palavras: Sua resposta foi: “Os Judeus”. Os Judeus eram um povo do Antigo Testamento, mantiveram-se unidos como um povo durante trinta séculos. Eles têm feito e moldado características próprias, embora tenham sido conquistados e dispersos sempre e sempre. Têm guardados a compreensão de um só Deus. Têm mantido os princípios da retidão, embora sempre sujeitos às influências de todo o mal ao redor deles. A completa dispersão e nacionalização deles é uma confirmação das profecias bíblicas. Nenhum livro ou grupo de livros tem exercido tal poder sobre qualquer outro povo. 2. A Influência da Bíblia sobre os Grandes Líderes. A influência da Bíblia é um testemunho de que ela tem vindo de uma fonte superior ao homem. Grandes nomes da história foram por ela influenciados. “O Paraíso Perdido” é conceituado como um dos mais famosos livros da literatura inglesa. Foi o poder da Bíblia que levou Milton a escrevê-lo. Benjamin Flanklin citou a Bíblia como “O livro superior a todos os livros”. Isaac Newton, cientista e filósofo citou o evangelho como “a mais sublime filosofia da terra”. Gladstone, um dos famosos cidadãos ingleses dos séculos recentes disse; “Há um só problema internacional, e este é entregar o Evangelho a cada homem, mulher e criança, em cada nação”. Washington, Lincoln, Clay, Webster e centenas de outros líderes famosos têm pagado tributo ao poder da Bíblia em suas vidas. 3. O Poder da Bíblia na Música e na Arte. É fato digno de nota que os maiores compositores tais como Beethoven, Hazdn e Handel, foram manejados pelo poder da Bíblia e até seus maiores oratórios foram compostos de temas da Bíblia. Por exemplo: “Israel no Egito”, “A Criação”, “Jefté”, “Ester”, “Saul” e “O Messias”. As mais famosas pinturas dos famosos artistas são

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pinturas da Bíblia. 4. A Influência da Bíblia sobre seus Inimigos. Lew Wallace, autor de “Ben Hur”, foi céptico e começou a escrever sua grande novela para refutar o cristianismo. Ele leu o Novo Testamento para colher dados, porém, durante sua leitura foi convertido e escreveu sua novela “Ben Hur” como homenagem suprema a Jesus Cristo. Goethe, um grande autor alemão, também céptico, escreveu muito para refutar a Bíblia. Finalmente ele escreveu, “Minha fé na Bíblia salvou minha vida literária e moral”. Rousseau, embora um grande campeão da descrença, foi compelido pelo poder da Bíblia e escreveu: “Fico atônito pela majestade das Escrituras”. Voltaire, talvez o mais notável adversário da Bíblia, que escreveu 250 publicações para a refutar, finalmente capitulou ao seu poder e nos seus últimos dias suplicou perdão e pediu sepultamento cristão. Estes são apenas uns poucos exemplos da influência da Bíblia, sobre aqueles que combateram com todas as suas forças. 5. A Influência da Bíblia Sobre Pecadores. Nenhum livro pode ser escrito que possa enumerar nomes daqueles cujas vidas foram transformadas completamente pela Bíblia. Alguns desses nomes, naturalmente, serão de valor para o professor de Bíblia. Jerry McAuley foi transformado de beberrão miserável a um homem de Deus que serviu seus semelhantes. John B. Gough foi um bêbado caído na valeta. A Bíblia sozinha mudou-o em pregador eloquente de retidão e sobriedade. A Bíblia transformou Africanos de criminoso, canibal e bárbaro a um homem cristão de cultura, que pediu a Rainha Vitória que enviasse o evangelho ao seu povo. Tomé, aquele que duvidou; Pedro o vacilante e Paulo o perseguidor dos cristãos foram completamente transformados em homens prontos a morrer por Cristo e pelo evangelho. 6. A Influência da Bíblia para com seus Amigos. Um livro pode conter aquilo que interesse ao homem, ou o instrui, mas a Bíblia contém o que nutre os homens a ponto de eles se esforçarem para viver por ela e desejarem morrer por ela. Paulo, Policarpo, Savanarola, Wycliffe, Lutero, Huss e milhares de mártires antigos e de eras recentes são um testemunho de existe alguma coisa no livro que não pode ser encontrado em nenhum outro lugar e é mais poderoso que a vida. A Bíblia não somente transforma a vida daqueles que apreciam e baseiam-se nela, mas da-lhes um poder tal, que habilita-os a enfrentar a morte por ela, com

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satisfação. Nenhum poder, tal como este, poderia vir de escritos de homens não inspirados. Unidade 5 BIBLIOLOGIA: DOUTRINA DA BÍBLIA I. REVELAÇÃO: É a operação divina que comunica ao homem fatos que a razão humana é insuficiente para conhecer. É, portanto, a operação divina que comunica a verdade de Deus ao homem (I Co.2:10). A) Provas da Revelação: O diabo foi o primeiro ser a pôr em dúvida a existência da revelação: “É assim que Deus disse?” (Gn 3:1). Mas a Bíblia é a Palavra de Deus. Vejamos alguns argumentos: 1) A Indestrutibilidade da Bíblia: Uma porcentagem muito pequena de livros sobrevive além de um quarto de século, e uma porcentagem ainda menor dura um século, e uma porção quase insignificante dura mil anos. A Bíblia, porém, tem sobrevivido em circunstâncias adversas. Em 303 A.D. o imperador Dioclécio decretou que todos os exemplares da Bíblia fossem queimados. A Bíblia é hoje encontrada em mais de mil línguas e ainda é o livro mais lido do mundo. 2) A Natureza da Bíblia: a) Ela é superior: Ela é superior a qualquer outro livro do mundo. O mundo, com sua sabedoria e vasto acúmulo de conhecimento nunca foi capaz de produzir um livro que chegue perto de se comparar a Bíblia. b) É um livro honesto: Pois revela fatos sobre a corrupção humana, fatos que a natureza humana teria interesse em acobertar. c) É um livro harmonioso: Pois embora tenha sido escrito por uns quarenta autores diferentes, por um período de 1.600 anos, ela revela ser um livro único que expressa um só sistema doutrinário e um só padrão moral, coerentes e sem contradições. 3) A Influência da Bíblia: O Alcorão, o Livro dos Mórmons, o Zenda Avesta, os Clássicos de Confúcio, todos tiveram influência no mundo. Estes, porém, conduziram a uma idéia apagada de Deus e do pecado, ao ponto de ignorá-los. A Bíblia, porém, tem produzido altos resultados em todas as esferas da vida: na arte, na arquitetura, na literatura, na música, na política, na ciência etc.

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4) Argumento da Analogia: Os animais inferiores expressam com suas vozes seus diferentes sentimentos. Entre os racionais existe uma presença correspondente, existe comunicação direta de um para o outro, uma revelação de pensamentos e sentimentos. Consequentemente é de se esperar que exista, por analogia da natureza, uma revelação direta de Deus para com o homem. Sendo o homem criado à Sua imagem, é natural supor que o Criador sustente relação pessoal com Suas criaturas racionais. 5) Argumento da Experiência: O homem é incapaz por sua própria força descobrir que: a) Precisa ser salvo. b) Pode ser salvo. c) Como pode ser salvo. d) Se há salvação. Somente a revelação pode desvendar estes mistérios eternos. A experiência do homem tem demonstrado que a tendência da natureza humana é degenerar-se e seu caminho ascendente se sustém unicamente quando é voltado para cima em comunicação direta com a revelação de Deus. 6) Argumento da Profecia Cumprida: Muitas profecias a respeito de Cristo se cumpriram integralmente, sendo que a mais próxima do primeiro advento, foi pronunciada 165 anos antes de seu cumprimento. As profecias a respeito da dispersão de Israel também, se cumpriram (Dt.28; Jr.15:4;l6:13; Os.3:4 etc); da conquista de Samaria e preservação de Judá (Is.7:6-8; Os.1:6,7; I Rs.14:15); do cativeiro babilônico sobre Judá e Jerusalém (Is.39:6; Jr.25:9-12); sobre a destruição final de Samaria (Mq.1:6-9); sobre a restauração de Jerusalém (Jr.29:10-14), etc. 7) Reivindicações da Própria Escritura: A própria Bíblia expressa sua infalibilidade, reivindicando autoridade. Nenhum outro livro ousa fazê-lo. Encontramos essa reivindicação nas seguintes expressões: “Disse o Senhor a Moisés” (Ex.14:1,15,26;16:4;25:1; Lv.1:1;4:1;11:1; Nm.4:1;13:1; Dt.32:48) “O Senhor é quem fala” (Is.1:2); “Disse o Senhor a Isaías” (Is.7:3); “Assim diz o Senhor” (Is.43:1). Outras expressões semelhantes são encontradas: “Palavra que veio a Jeremias da parte do Senhor” (Jr.11:1); “Veio expressamente a Palavra do Senhor a Ezequiel” (Ez.1:3); “Palavra do Senhor que foi dirigida a Oséias” (Os.1:1); “Palavra do Senhor que foi dirigida a Joel” (Jl.1:1), etc. Expressões como estas são encontradas mais de 3.800 vezes no Velho Testamento. Portanto o A.T. afirma ser a revelação de Deus, e essa mesma reivindicação faz o Novo Testamento (ICo.14:37; ITs.2:13; IJo.5:10; IIPe.3:2).

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B) Natureza da Revelação: Deus se revelou de sete modos: 1) Através da Natureza: (Sl 19:1-6; Rm l:19-23). 2) Através da Providência: A providência é a execução do programa de Deus das dispensações em todos os seus detalhes (Gn 48:15;50:20; Rm 8:28; Sm.57:2; Jr 30:11; Is 54:17). 3) Através da Preservação: (Cl.1:17; Hb.1:3; At.17:25,28). 4) Através de Milagres: (Ex.4:1-9). 5) Através da Comunicação Direta: (Nm.12:8; Dt.34:10). 6) Através da Encarnação: (Hb.1:1; Jo.8:26;15:15). 7) Através das Escrituras: A Bíblia é a revelação escrita de Deus e, como tal, abrange importantes aspectos: a) Ela é variada: Variada em seus temas, pois abrange aquilo que é doutrinário, devocional, histórico, profético e prático. b) Ela é parcial: (Dt.29:29). c) Ela é completa: Naquilo que já foi revelado (Cl.2:9,10); d) Ela é progressiva: (Mc.4:28). e) Ela é definitiva: (Jd.3). II. AUTORIDADE: Dizemos que a bíblia é um livro que tem autoridade porque ela tem influência, prestígio e credibilidade (quanto a pureza na transcrição ou tradução), por isso deve ser obedecida porque procede de fonte infalível e autorizada. A autoridade está vinculada a inspiração, canonicidade e credibilidade, sem os quais a autoridade da Bíblia não se estabeleceria. Assim, por ser inspirado, determinado trecho bíblico possui autoridade; por ser canônico, determinado livro bíblico possui autoridade, e por ter credibilidade, determinadas informações bíblicas possuem autoridade, sejam históricas, geográficas ou científicas. Entretanto, nem tudo aquilo que é inspirado é autorizado, pois a autoridade de um livro trata de sua procedência, de sua autoria, e, portanto, de sua veracidade. Deus é o Autor da Bíblia, e como tal ela possui autoridade, mas nem tudo que está registrado na Bíblia procedeu da boca de Deus. Por exemplo, o que Satanás disse para Eva foi registrado por inspiração, mas não é a verdade (Gn.3:4,5); o conselho que Pedro deu a Cristo (Mt.16:22); as acusações que Elifaz fez contra Jó (Jó.22:5-11), etc. Nenhuma dessas declarações representam o pensamento de Deus ou procedem dEle (procedem apenas por inspiração), e por isso não têm autoridade. Um texto também perde sua autoridade quando é retirado de seu contexto e lhe é atribuído um significado totalmente diferente daquele que tem quando inserido no contexto. As palavras ainda são inspiradas, mas o novo significado não tem autoridade.

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III. CREDIBILIDADE OU VERACIDADE: Um livro tem credibilidade se relatou veridicamente os assuntos como aconteceram ou como eles são; e quando seu texto atual concorda com o escrito original. Nesse caso credibilidade relaciona-se ao conteúdo do livro (original), e a pureza do texto atual (cópia ou tradução). Por exemplo, as palavras de Satanás em Gn.3:4,5 são inspiradas, mas não possuem autoridade, porque não é verdade, porém tem credibilidade ou veracidade (quanto a sua transcrição) porque foram registradas exatamente como Satanás disse. A veracidade das palavras de Satanás não se relaciona ao o que ele pronunciou, mas sim como ele as pronunciou. A) Credibilidade do A.T.: Estabelecida por três fatos: 1) Autenticado por Jesus Cristo: Cristo recebeu o A.T. como relato verídico. Ele endossou grande número de ensinamentos do A.T., como, por exemplo: A criação do universo por Deus (Mc.3:19), a criação do homem (Mt.19:4,5), a existência de Satanás (Jo.8:44), o dilúvio (Lc.17:26,27), a destruição de Sodoma e Gomorra (Lc.17:28-30), a revelação de Deus a Moisés na sarça (Mc.12:26), a dádiva do maná (Jo.6:32), a experiência de Jonas dentro do grande peixe (Mt.12:39,40). Como Jesus era Deus manifesto em carne, Ele conhecia os fatos, e não podia se acomodar a idéias errôneas, e, ao mesmo tempo ser honesto. Seu testemunho deve, portanto, ser aceito como verdadeiro ou Ele deve ser rejeitado como Mestre religioso. 2) Prova Arqueológica e Histórica: a) Arqueológica: Através da arqueologia, a batalha dos reis registrada em Gn.14 não pode mais ser posta em dúvida, já que as inscrições no Vale do Eufrates “mostram indiscutivelmente que os quatro reis mencionados na Bíblia como tendo participado desta expedição não são, como era dito displicentemente, ‘invenções etnológicas’, mas sim personagens históricos reais. Anrafel é identificado como o Hamurábi cujo maravilhoso código de leis foi tão recentemente descoberto por De Morgan em Susa”. (Geo. F. Wright, O Testemunho dos Monumentos à Verdade das Escrituras). As tábuas Nuzi esclarecem a ação de Sara e Raquel ao darem suas servas aos seus maridos (Jack Finegan, Ligth from the Ancient Past = Luz de um Passado Antigo). Os hieróglifos egípcios indicam que a escrita já era conhecida mais de 1.000 anos antes de Abraão (James Orr, The Problem of the Old Testament = O Problema do Velho Testamento). A arqueologia também confirma o fato de Israel ter vivido no Egito, como escravo,

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e ter sido liberto (Melvin G. Kyle, The Deciding Voice of the Monuments = A Voz Decisória dos Monumentos). Muitas outras confirmações da veracidade dos relatos das Escrituras poderiam ser apresentados, mas esses são suficientes e devem servir como aviso aos descrentes com relação às coisas para as quais ainda não temos confirmação; podemos encontrá-la a qualquer hora. b) Histórica: A história fornece muitas provas da exatidão das descrições bíblicas. Sabe-se que Salmanezer IV sitiou a cidade de Samaria, mas o rei da Assíria, que sabemos ter sido Sargom II, carregou o povo para a Síria (IIRs.17:3-6). A história mostra que ele reinou de 722-705 a.C. Ele é mencionado pelo nome apenas uma vez na Bíblia (Is.20:1). Nem Beltsazar (Dn.5), nem Dario, o Medo (Dn.6) são mais considerados como personagens fictícios. 3) As Escrituras possuem Integridade: a) Integridade Topográfica e Geográfica: As descobertas arqueológicas provam que os povos, línguas, os lugares e os eventos mencionados nas Escrituras são encontrados justamente onde as Escrituras os localizam, no local exato e sob as circunstâncias geográficas exatas descritas na Bíblia. b) Integridade Etnológica ou Racial: Todas as afirmações bíblicas sobre raças têm sido demonstradas como corretas com os fatos etnológicos revelados pela arqueologia. c) Integridade Cronológica: A identificação bíblica de povos, lugares e acontecimentos com o período de sua ocorrência é corroborada pela cronologia síria e pelos fatos revelados pela arqueologia. d) Integridade Histórica: O registro dos nomes e títulos dos reis está em harmonia perfeita com os registros seculares, conforme demonstrados por descobertas arqueológicas. e) Integridade Canônica: A aceitação pela igreja em toda a era cristã, dos livros incluídos nas Escrituras que hoje possuímos, representa o endosso de sua integridade. Exemplares do A.T. e do N.T. impressos em 1.488 e 1.516 d.C., concordam com os exemplares atuais. Portanto a Bíblia como a possuímos hoje, já existia há 400 anos passados. Quando essas Bíblias foram impressas, certo erudito tinha em seu poder mais de 2.000 manuscritos. Esse número é sem dúvida suficiente para estabelecer a genuinidade e credibilidade do texto sagrado, e tem servido para restaurar ao

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texto sua pureza original, e fornecem proteção contra corrupções futuras (Ap.22:18-19; Dt.4:2;12:32). Enquanto a integridade canônica da Bíblia se baseia em mais de 2.000 manuscritos, os escritos seculares, que geralmente são aceitos sem contestação, baseiam-se em apenas uma ou duas dezenas de exemplares. As quatro Bíblias mais antigas do mundo, datadas entre 300 e 400 d.C., correspondem exatamente a Bíblia como a possuímos atualmente. B) Credibilidade do N.T.: Estabelecida por cinco fatos: 1) Escritores Competentes: Possuíam as qualificações necessárias, receberam investidura do Espírito Santo e assim escreveram não somente guiados pela memória, apresentações de testemunho oral e escrito, e discernimento espiritual, mas como escritores qualificados pelo Espírito Santo. 2) Escritores Honestos: O tom moral de seus escritos, sua preocupação com a verdade, e a circunstância de seus registros indicam que não eram enganadores intencionais mais sim homens honestos. O seu testemunho pôs em perigo seus interesses materiais, posição social, e suas próprias vidas. Por quê razão inventariam uma estória que condena a hipocrisia e é contrária a suas crenças herdadas, pagando com suas próprias vidas?. 3) Harmonia do N.T.: Os sinópticos não se contradizem mas suplementam um ao outro. Os vinte e sete livros do N.T. apresentam um quadro harmonioso de Jesus Cristo e Sua obra. 4) Prova Histórica e Arqueológica: a) Histórica: O recenseamento quando Quirino era Governador da Síria (Lc.2:2), os atos de Herodes o Grande (Mt.2:16-18), de Herodes Antipas (Mt.14:1-12), de Agripa I (At.12:1), de Gálio (At.18;12-17), de Agripa II (At.25:13-26:32) etc. b) Arqueológica: As descobertas arqueológicas confirmam a veracidade do N.T. Quirino (Lc.2:2) foi Governador da Síria duas vezes (16-12 e 6-4 a.C.), sendo que Lucas se refere ao segundo período. Lisânias, o Tetrarca é mencionado em uma inscrição no local de Abilene na época a que Lucas se refere. Uma inscrição em Listra registra a dedicação da estátua Zeus (Júpiter) e Hermes (Mercúrio), o que mostra que esses deuses eram colocados no mesmo nível, no culto local, conforme descrito em At 14:12. Uma inscrição de Pafos faz referência ao Proconsul Paulo, identificado como Sergio Paulo (At.13:7).

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IV. INERRÂNCIA OU INFALIBILIDADE: Inerrância significa que a verdade é transmitida em palavras que, entendidas no sentido em que foram empregadas, entendidas no sentido que realmente se destinavam a ter, não expressam erro algum. A inspiração garante a inerrância da Bíblia. Inerrância não significa que os escritores não tinham faltas na vida, mas que foram preservados de erros os seus ensinos. Eles podem ter tido concepções errôneas acerca de muitas coisas, mas não as ensinaram; por exemplo, quanto à terra, às estrelas, às leis naturais, à geografia, à vida política e social etc. Também não significa que não se possa interpretar erroneamente o texto ou que ele não possa ser mal compreendido. A inerrância não nega a flexibilidade da linguagem como veículo de comunicação. É muitas vezes difícil transmitir com exatidão um pensamento por causa desta flexibilidade de linguagem ou por causa de possível variação no sentido das palavras. A Bíblia vem de Deus. Será que Deus nos deu um livro de instrução religiosa repleto de erros? Se ele possui erros sob a forma de uma pretensa revelação, perpetua os erros e as trevas que professa remover. Pode-se admitir que um Deus Santo adicione a sanção do seu nome a algo que não seja a expressão exata da verdade? Diz-se que a Bíblia é parcialmente verdadeira e parcialmente falsa. Se é parcialmente falsa, como se explica que Deus tenha posto o seu selo sobre toda ela? Se ela é parcialmente verdadeira e parcialmente falsa, então a vida e a morte estão a depender de um processo de separação entre o certo e o errado, que o homem não pode realizar. Cristo declara que a incredulidade é ofensa digna de castigo. Isto implica na veracidade daquilo que tem de ser crido, porque Deus não pode castigar o homem por descrer no que não é verdadeiro (Sl.119:140,142; Mt.5:18; Jo.10:35; Jo.17:17). Aqueles que negam a infalibilidade da Bíblia, geralmente estão prontos a confiar na falibilidade de suas próprias opiniões. Como exemplo de opinião falível encontramos aqueles que atribuem erro à passagem de I Rs.7:23 onde lemos que o mar de fundição tinha dez côvados de diâmetro de uma borda até a outra, ao passo que um cordão de trinta côvados o cingia em redor. Sendo assim, tem-se dito que a Bíblia faz o valor do Pi ser 3 em vez de 3,1416. Mas uma vez que não sabemos se a linha em redor era na extremidade da borda ou debaixo da mesma, como parece sugerir o versículo seguinte (v.24) não podemos chegar a uma conclusão definitiva, e devemos ser cautelosos ao atribuir erro ao escritor. Outro exemplo utilizado para contrariar a inerrância da Bíblia, encontra-se em ICo.10:8 onde lemos que 23.000 homens morreram no deserto, enquanto que Nm.25:9 diz que morreram 24.000. Acontece que em Números nós temos o número total dos mortos, ao passo que em I aos Coríntios nós temos o número

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parcial que somado ao restante dos homens relacionados nos versículos 9 e 10, deverá contabilizar o total de 24.000. A inerrância não abrange as cópias dos manuscritos, mas atinge somente os autógrafos, isto é, os originais. V. AUTENTICIDADE OU GENUINIDADE: Dizemos que um livro é genuíno ou autêntico quando ele é escrito pela pessoa ou pessoas cujo nome ele leva, ou, se anônimo, pela pessoa ou pessoas a quem a tradição antiga o atribui, ou, se não for atribuído a algum autor ou autores específicos, à época que a tradição lhe atribui. O Credo Apostólico não é genuíno porque não foi composto pelos apóstolos. As Viagens de Gulliver é genuíno, tendo sido escrito por Dean Swift, embora seus relatos sejam fictícios. Atos de Paulo não é genuíno, pois foi escrito por um sacerdote contemporâneo de Tertuliano. Desse modo a autenticidade relaciona-se ao autor e à época do livro, e todos os livros da Bíblia possuem autenticidade comprovada pela tradição histórica e pela arqueologia (Gl.6:11; Cl.4:18). VI. CANONICIDADE: Por canonicidade das Escrituras queremos dizer que, de acordo com “padrões” determinados e fixos, os livros incluídos nelas são considerados partes integrantes de uma revelação completa e divina, a qual, portanto, é autorizada e obrigatória em relação à fé e à prática. A palavra grega kanon derivou do hebraico kaneh que significa junco ou vara de medir (Ap.21:15); daí tomou o sentido de norma, padrão ou regra (Gl.6:16; Fp.3:16). A) A fonte da Canonização: A Canonização de um livro da Bíblia não significa que a nação judaica ou a igreja tenha dado a esse livro a sua autoridade canônica; antes significa que sua autoridade, já tendo sido estabelecida em outras bases suficientes, foi consequentemente reconhecida como pertencente ao cânon e assim declarado pela nação judaica e pela igreja cristã. B) O Critério Canônico (do Novo Testamento): Adotam-se 5 critérios canônicos. 1) Apostolicidade: O livro deveria ter sido escrito por um dos apóstolos ou por autor que tivesse relacionamento com um dos apóstolos (imprimatur apostólico). 2) Universalidade: Quando era impossível demonstrar a autenticidade apostólica, o critério de uso e circulação do livro na comunidade cristã universal

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era considerado para sua aferição canônica. O livro deveria ser aceito universalmente pela igreja para dela receber o seu imprimatur. 3) Conteúdo do Livro: O livro deveria possuir qualidades espirituais, e qualquer ficção que nele fosse encontrada tornava o escrito inaceitável. 4) Inspiração: O livro deveria possuir evidências de inspiração. 5) Leitura em Público: Nenhum livro seria admitido para leitura pública na igreja se não possuísse características próprias. Muitos livros eram bons e agradáveis para leitura particular, mas não podiam ser lidos e comentados publicamente, como se fazia com a lei e os profetas na sinagoga. É a esta leitura que Paulo exorta Timóteo a praticar (ITm.4:13). C) Conclusão da Canonização (do Novo Testamento) 1) Concílio Damasino de Roma em 382 d.C. 2) Concílio de Cartago em 397 d.C. CONCLUSÃO Esperamos que o estudante tenha extraído e se apropriado do conteúdo deste estudo de Bibliologia, sintetizando assim o Novo Testamento. Procure ler outras obras sobre o assunto, sugerimos adquirir os livros indicados abaixo.

REFERÊNCIAS PEARLMAN, Myer. Através da Bíblia Livro por Livro. Tradução: N. Lawrence Olson. Rio de Janeiro, RJ : Editora Vida, 1989. MANUAL BÍBLICO SBB. Tradução de Lailah de Noronha. Barueri, SP : Sociedade Bíblica do Brasil, 2008. TEOLOGIA SISTEMÁTICA PENTECOSTAL. Antônio Gilberto, Claudionor de Andrade, Ciro Sanches Ziborni, Elienai Cabral, Elinaldo Renovato, Ezequias Soares, Geremias do Couto, Severino Pedro da Silva, Wagner Gabi. Rio de Janeiro, RJ : CPAD, 2009. BANCROFT, Emery H. Teologia Elementar – Doutrinária e Conservadora. São Paulo, SP : Editora Batista Regular, 2001. GRUDEM, Wayne A. Teologia Sistemática. São Paulo, SP : Edições Vida Nova, 1999.

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SÍNTESE DO ANTIGO TESTAMENTO NOMES ESCRITURAIS PARA A BÍBLIA. Há pelo menos três nomes escriturais para a Bíblia. São eles: A Palavra de Deus, As Escrituras e Os Oráculos de Deus. (Ef 6.10-17; Mt 21.42; Jo 5.39; At 17.11-38; 2 Tm 3.15; Hb 4.12).

AS DIVISÕES DO ANTIGO TESTAMENTO. Os livros do A.T. reúnem-se naturalmente em quatro grupos fáceis de serem lembrados. Em ordem são: Lei (5); História (12); Devoção ou Poesia (5); e, Profecia (17).

A MENSAGEM GERAL DO PRIMEIRO GRUPO CONTENDO AS LEIS. O primeiro grupo relata a história das comunicações de Deus e Seu trato direto com seus filhos, no princípio dos tempos, durante a época dos patriarcas, como Abraão, Isaque e Jacó e até a morte de Moisés pouco antes da ida à Terra Prometida, sob a direção de Josué. Nestes livros está contido tudo o que é conhecido como Lei, inclusive os Dez Mandamentos (encontrados em Êxodo 20.3-17). Entretanto, lembramos que, incidentemente, ainda hoje, Moisés, permanece como o maior dos legisladores, mais do que Drácon, Solon ou outro qualquer. Muitas de nossas leis comuns vêm das leis Portuguesas que por sua vez vieram das romanas, das quais muitas vieram de Moisés. Todo o grupo de livros, revela Deus como a primeira grande causa e Criador, mas vai além disto, e O revela como Pai paciente, amoroso, interessado e sempre tentando abençoar o homem que Ele criou à sua própria imagem.

LIVROS HISTÓRICOS. Os doze livros de História começam com o de Josué e terminam com o de Ester. O mundo registrou muitas Histórias de muitas nações, mas considerando a influência que a Bíblia e Cristo têm tido no mundo inteiro, lembrando que esta História é a que registra a preparação para a vinda de Cristo, será facilmente notada que esta é a História mais significante na vida do mundo, de suas civilizações e religiões do que qualquer outra história já registrada. Estes livros de História cobrem um período de mais de mil anos da conquista da Terra Santa, em 1400 a.C. ao ano 400 a.C. Naturalmente daí só as altas luzes e os elevados picos das montanhas ainda existem, os quais tiveram comunicação

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direta com o cuidado e preparação de Deus para dar ao mundo o Redentor, o Cristo, Senhor.

OS LIVROS DEVOCIONAIS. Os livros do culto e devoção dos Hebreus formam o centro do culto e da música sacra do mundo até os dias presentes. Os salmos são cantados em mais de oitocentos línguas, por seiscentos milhões de cristãos, sem dizer os milhões de judeus. A poesia lírica dos hebreus estava no auge mil anos antes das líricas de Horácio. Débora cantou uma canção modelo cem anos antes do nascimento de Sapho. O escritor de Eclesiastes discutiu o problema do mal 500 anos antes de Sócrates escrever seus diálogos. Os Salmos são quase mil anos mais velhos do que Ovídio, e hoje esses poemas líricos são lidos e cantados por mais pessoas do que antes. Quem quiser usar levianamente qualquer porção da Bíblia, incluindo o Antigo Testamento, deve considerar estes fatos.

O GRUPO PROFÉTICO.

Os críticos literários das grandes universidades classificam o primeiro livro de profecia (Isaías) como um dos maiores trabalhos de literatura de todos os tempos. Não é isto, entretanto, que o estudante da Bíblia está principalmente interessado. A questão é: esses livros são, realmente, mensagens de Deus; e qual é a mensagem contida neles? Responder tais perguntas em apenas um parágrafo é impossível, mas pode ser dito que uma das convincentes provas da inspiração divina do A.T. e da divina filiação de Cristo, está contida nestes livros. Esses livros foram escritos aproximadamente, do ano 800 a 400 a.C. Ao lado de suas mensagens ardentes para as gerações, e de suas valiosas lições de retidão, que foram cumpridas, em seus mínimos detalhes em Cristo, estão nos acontecimentos do Novo Testamento. Por exemplo: Oitocentos anos antes de Cristo, a época em que nenhuma nação praticava a punição capital pela crucificação, foi profetizado que Cristo morreria pela crucificação. Era para Ele iniciar sua missão na Galiléia. Era para confirmar Sua missão por milagres. Era para ser homem sensível; era para entrar em Jerusalém com triunfo; era para ser rejeitado pelos judeus; era para ser traído e até o preço (trinta moedas de prata) foi predito. Seu procedimento durante o julgamento foi predito; era para sofrer abusos, era para morrer sob sentença judicial; era para ser escarnecido; suas vestes haveriam de ser rasgadas, e sortes sobre elas haveriam de ser lançadas pelos transgressores; era para perecer em meio de crueldades e zombarias; nenhum de seus ossos deveria ser quebrado; era para ser traspassado; era para fazer sua sepultura com o rico. Estas são algumas das coisas que foram preditas e cumpridas em seus mínimos detalhes. Nenhuma outra explicação razoável pode ser dada, a não ser a que Deus existe antes e depois dos escritos do Antigo

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e Novo Testamentos, e que os homens que manejaram as penas tiveram a mente do Senhor atrás de si.

O PENTATÊUCO

GÊNESIS.

Tema . Este livro é bem definido pelo seu título, Gênesis, que significa “princípio”, porque é a história do princípio de todas as coisas – o princípio do céu e da terra, o princípio de todas as formas de vida e de todas as instituições e relações humanas. Tem sido chamado o “viveiro “ das gerações da Bíblia pelo fato de nele se encontrarem todos os começos de todas as grandes doutrinas referentes a Deus, ao homem, ao pecado e à salvação. O primeiro versículo anuncia o propósito do livro. “No princípio criou Deus os céus e a terra”. Ora, sendo ele o Deus e Criador de toda a terra, devia por fim tornar-se o Redentor de toda a terra. O livro relata como se tornou necessária a redenção, devido ter o homem pecado e caído nas trevas; e como Deus escolheu uma nação a fim de que levasse a luz da verdade divina às demais nações.

Autor. Moisés.

Esfera de ação. Da criação até à morte de José, abrangendo um período de 2.315 anos, de cerca de 4004 a 1689 antes de Cristo.

ÊXODO.

Título. Êxodo vem do grego, significando “sair”, e foi assim chamado porque registra a saída de Israel do Egito.

Tema. Em Gênesis lemos acerca do princípio da redenção. No livro do Êxodo lemos acerca do progresso da redenção. Em Gênesis a redenção é efetuada através de indivíduos; em Êxodo, é efetuada através de uma nação inteira: Israel. A idéia central do livro é a redenção pelo sangue. Em torno dessa idéia concentra-se a história de um povo salvo pelo sangue, amparado pelo sangue e tendo acesso a Deus pelo sangue. Essa redenção se apresenta suprindo todas as necessidades da nação. Oprimido pelos egípcios, Israel necessita de libertação. Deus provê essa libertação. Tendo sido salva, a nação necessita de uma revelação de Deus para orientá-la na conduta e no culto de sua nova vida. Deus lhe dá a Lei. Convencidos do pecado pela santidade da Lei, os israelitas sentem a necessidade de purificação. Deus provê sacrifícios. Tendo uma revelação de Deus, o povo sente a necessidade de culto. Deus lhe dá o

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tabernáculo e estabelece um sacerdócio.

Autor. Moisés.

Esfera de ação. Os acontecimentos registrados em êxodo abrangem um período de 216 anos, cerca de 1706 a 1490 antes de Cristo. Começa com um povo escravizado habitando na presença da idolatria egípcia e termina com um povo redimido habitando na presença de Deus.

LEVÍTICO.

Título. Chama-se Levítico pelo fato de ser um registro de leis referentes aos levitas e seu serviço.

Tema. No livro do êxodo vimos Israel redimido; a redenção de um povo escravizado. Levítico diz-nos como um povo redimido pode aproximar-se de Deus pela adoração e como pode ser mantida a comunhão assim estabelecida. A mensagem de Levítico é: o acesso a Deus é somente por meio do sangue e o acesso assim obtido exige a santidade do adorador. A maioria dos tipos no livro refere-se à obra expiatória de Cristo e manifesta-se nas diferentes oferendas que ali se escrevem. Êxodo da-nos o relato da oferenda única que redimiu Israel de uma vez e para sempre. Levítico dá-nos muitos quadros dessa oferenda no que se relaciona com os diferentes aspectos da redenção. A mensagem do livro está muito bem exposta no versículo 2 do capítulo 19. Observe o propósito prático do livro: contém um código de leis divinamente determinado e designado para tornar Israel diferente de todas as demais nações, espiritual, moral, mental e fisicamente. Em outras palavras, Israel tornar-se-ia uma nação santa – uma nação separada dos modos e costumes das nações que a cercavam, e consagrada ao serviço do único e verdadeiro Deus.

Autor. Moisés.

Esfera de ação. O livro abrange o período de um ano da jornada de Israel no Sinai.

NÚMEROS.

Título. O livro de Números tem este título porque trata do registro dos dois censos de Israel antes de entrar em Canaã.

Tema. Em Êxodo vimos Israel redimido; em Levítico vimos Israel em adoração; e agora em Números vemos Israel servindo. O serviço do Senhor não devia ser

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feito de uma maneira casual, razão por que o livro nos apresenta o quadro de um acampamento, onde tudo é feito segundo a primeira lei do céu – a ordem. O povo é numerado conforme as tribos e famílias; a cada tribo é designado o seu lugar no acampamento; a marcha e o acampamento são regulados com precisão militar; e no transporte do Tabernáculo cada levita tem a sua tarefa especial. Além de ser um livro de serviço e ordem, Números é um livro que registra o fracasso de Israel que, por não crer nas promessas de Deus, não entrou em Canaã, e, consequentemente, peregrinou no deserto por castigo. Contudo, foi uma falta que não frustou os planos de Deus, porque o fim do livro deixa Israel nas fronteiras da Terra Prometida, aonde a nova geração de israelitas espera entrar. Desta maneira quatro palavras – serviço, ordem, falha e peregrinação – resumem a mensagem de Números.

Autor. Moisés. Esfera de ação. 39 anos de jornada do povo de Israel no deserto, desde cerca de 1490 até 1451 antes de Cristo.

DEUTERONÔMIO. Título. Deuteronômio origina-se de duas palavras gregas que significam “segunda lei”, e chama-se assim pelo fato de registrar a repetição das leis dadas no Sinai. Tema. Moisés cumpriu a sua missão. Conduziu Israel do Egito às fronteiras da Terra Prometida. Agora que o tempo de sua partida chegou, ele resume perante a nova geração, numa série de discursos, a história passada de Israel, e nesse resumo baseia as admoestações e exortações que tornam Deuteronômio um grande sermão exortativo para Israel. Exorta a recordar o amor de Jeová para com eles durante as jornadas no deserto, para que pudessem estar seguros da continuação do seu cuidado quando entrassem em Canaã. Admoesta-os a observar a lei a fim de prosperarem. Lembra-lhes as suas apostasias e rebeliões passadas e os adverte das consequências da desobediência futura. A mensagem de Deuteronômio pode resumir-s em três exortações: Recorda! Obedece! Cuidado! Autor. Moisés. Esfera de ação. Dois meses nas planícies de Moabe, 1451 antes de Cristo.

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OS LIVROS HISTÓRICOS

JOSUÉ. Tema. Israel está agora em condições de tomar posse de Canaã e cumprir sua missão de ser testemunha às nações quanto à sua unidade, e defensor da palavra e Lei de Deus. Nos livros históricos, começando com Josué, veremos se Israel cumpriu ou não a sua missão. Josué é livro de vitória e de possessão, que apresenta o quadro de Israel, outrora rebelde, agora transformado num exército disciplinado de guerreiros, subjugando nações, que lhe eram superiores em número e poder. O segredo de seu êxito não é difícil de conhecer – “O Senhor pelejou por eles”. Tomando a fidelidade de Deus como pensamento central, poderíamos fazer um resumo da mensagem de Josué nas palavras de 21.45: “Nenhuma promessa falhou de todas as boas palavras que o Senhor falara à casa de Israel: tudo se cumpriu.” Autor. Josué. O Talmude diz que Josué escreveu todo o livro com exceção dos últimos cinco versículos. Foi escrito durante o tempo em que vivia Raabe (6.25). Esfera de ação. Desde a morte de Moisés até a morte de Josué, cobrindo um período de 24 anos, de 1451 1 1427 antes de Cristo.

JUÍZES. Tema. Josué é o livro da vitória; Juizes, o livro do fracasso. Depois da morte de Josué, a nova geração de israelitas fez uma aliança com as nações que a antiga geração havia deixado na terra, atitude que resultou em idolatria e imoralidade. Isso lhes trouxe o juízo de Deus na forma de servidão às mesmas nações que deviam ter subjugado. Quando clamaram a Deus, foi-lhes enviado um libertador; durante o tempo em que esse viveu, permaneceram fiéis a Deus, mas depois da sua morte tornaram a seguir os velhos pecados. Nos últimos capítulos do livro, o escritor nos dá uma descrição detalhada daqueles tempos de apostasia e anarquia e explica o fenômeno pelo fato de que “Naqueles dias não havia rei em Israel: cada qual fazia o que achava mais reto”. A história do livro pode resumir-se em quatro palavras: Pecado, Servidão, Arrependimento, Salvação. Autor. Segundo a tradição judaica, o autor foi Samuel. Esfera de ação. Abrange o período que vai da morte de Josué à magistratura de Samuel.

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Lista dos Juízes. O estudante deve fazer uma lista de todos os juizes, com os seguintes fatos a respeito de cada um: (1) De quem ele livrou Israel? (2) Por quanto tempo ocupou ele o cargo? (3) Quais os fatos importantes referentes a ele? Note que houve 12 juizes (excluindo Abimeleque que foi um usurpador).

RUTE. Tema. O livro de Juizes fornece, como se vê, um quadro muito triste de Israel, sob o ponto de vista nacional; Rute apresenta-nos um quadro luminoso desse período em relação à fidelidade e beleza do caráter de certos indivíduos. A história, uma das mais formosas da Bíblia, é duplamente interessante pelo fato de ser uma gentia a sua heroína. A última palavra do livro – Davi – revelará seu valor principal. Seu propósito é traçar a linhagem de Davi, o progenitor do Messias. O livro inteiro tem seu clímax na genealogia que se encontra no último capítulo. Autor. A tradição judaica atribui a Samuel a autoria deste livro. Esfera de ação. O livro abrange um período de dez anos, provavelmente durante a época de Gideão.

PRIMEIRO LIVRO DE SAMUEL. Tema. O Livro de Samuel é um livro de transição. É o registro da passagem do governo de Israel por juizes ao governo por reis, e da passagem do governo de Deus, ao governo de um rei visível. O conteúdo pode agrupar-se ao redor de três pessoas: Samuel, um patriota e juiz de coração humilde e consagrado, que servia a Deus obedientemente; Saul, um rei egoísta, pródigo, ciumento e obstinado, faltoso e infiel na lealdade a seu Deus; Davi um homem segundo o coração de Jeová, o doce cantor de Israel, um varão de oração e louvor, provado, disciplinado, perseguido e finalmente coroado monarca de todo Israel”. Autor. Supõe-se, geralmente, que Samuel escreveu os primeiros 24 capítulos; e pelo fato de serem os profetas Natã e Gade mencionados juntamente com Samuel em 1 Crônicas 29.29, como biógrafos dos acontecimentos da vida de Davi, conclui-se que eles foram os autores dos capítulos restantes. Esfera de ação. Vai desde o nascimento de Samuel até a morte de Saul, abrangendo um período de 115 anos; de mais ou menos 1171 a 1056 a.C.

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SEGUNDO LIVRO DE SAMUEL. Tema. “O livro todo concentra-se na figura de Davi; É o quadro do ungido de Deus, para quem nossos olhos se dirigem. É o quadro do homem segundo o coração de Deus que iremos estudar. E começamos o nosso estudo com esta pergunta: o que há em Davi que mereça um título tão honorífico? Não o observamos de longe de modo a vê-lo como rei, em posição elevada, rodeado por toda insígnia da realeza, mas sim observamo-lo de perto, na sua familiaridade de homem. Vemo-lo, não somente no trono, mas também no lar. Vemo-lo nas suas tristezas mais profundas, e na hora de seus maiores triunfos; sua justa indignação, e sua palavras de bondade, ternura e generosidade. Somos testemunhas do seu pecado, arrependimento, momentos de impaciência e dignidade real. O quadro todo, apesar de partes sombreadas, apresenta-nos um homem em cuja vida Deus ocupava o primeiro plano. Para Davi, acima de todas as demais coisas, Deus é uma gloriosa realidade. Em suma, Davi é um homem que está profundamente consciente de sua própria debilidade, erro e pecado, mas que conhece a Deus, e confia nele de todo o seu coração”. – Markham. Autor. Os acontecimentos registrados em 2 Samuel foram acrescentados provavelmente ao livro de Samuel por Natã ou Gade. Esfera de ação. Vai desde a morte de Saul até a compra do local do templo, abrangendo um período de 37 anos.

PRIMEIRO LIVRO DOS REIS. Tema. Em 1 e 2 Samuel relata-se que a nação judaica exigiu um rei a fim de tornar-se como as demais nações. Embora contrária à sua perfeita vontade, Deus lhe concedeu essa petição. Neste livro aprendemos a história de Israel sob os reis. Apesar de governarem muitos reis de caráter reto, a história da maior parte deles é a de governos mais iníquos. De acordo com a sua promessa em 1 Samuel 12.18-24, o Senhor não deixou de abençoar o seu povo quando o buscava, mas, por outra parte, nunca deixou de castigá-lo quando se separava dele. Autor. O autor é desconhecido. Acredita-se que Jeremias tenha compilado dos registros escritos por Natã, Gade e outros. (1 Cr 29.29). Esfera de ação. Vai desde a morte de Davi até o reinado de Jorão sobre Israel, cobrindo um período de 118 anos, de 1015 a 897 a.C.

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Sobre a Divisão e Declínio do Reino. A maneira mais proveitosa para o aluno aprender esta seção é fazer uma lista dos reis de Judá e de Israel, anotando em resumo os seguintes fatos: o caráter do rei, o tempo que reinou, os nomes dos profetas mencionados em conexão com seu reinado, e os acontecimentos principais de seu reino. Por exemplo:

JUDÁ ISRAEL Jeroboão Jeroboão Insensato e injusto; reinou 17 anos Idólatra, etc. O reino dividido; o povo comete Idolatria; invasão pelo rei do Egito. A lista que se segue dos reis de Judá e Israel, agrupados tanto quanto

possível em ordem cronológica, servirá de guia ao estudante. JUDÁ ISRAEL Roboão Jeroboão Abias Asa Nabade Baasa Elá Zinri Josafá Onri Acabe Jeorão Acazias.

SEGUNDO LIVRO DOS REIS. Tema. O segundo livro dos Reis é uma continuação da história da queda de Judá e Israel, culminando no cativeiro de ambos. Temos aqui a mesma história de fracasso do rei e do povo, uma história de apostasia e idolatria. Embora este tenha sido o grande período profético de Israel, a mensagem dos profetas não foi ouvida. As reformas que se realizaram sob reis como Ezequias e Josias foram superficiais. O povo logo voltou a seus pecados e continuou neles até que mais nenhum remédio houve (2 Cr 36.15,16). Autor. O autor humano é desconhecido. Acredita-se que Jeremias tenha compilado os registros feitos por Natã, Gade e outros.

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Esfera de ação. Desde o reinado de Jorão em Judá e Acazias em Israel, até o cativeiro, cobrindo um período de 308 anos de 896 a 588 a.C. Enquanto o aluno lê os capítulos, deve fazer uma lista dos reis de Judá e de Israel, como fez no primeiro livro. Anexamos aqui uma lista paralela desses reis:

REIS DE JUDÁ PROFETAS DE JUDÁ REIS DE ISRAEL PROF. ISRAEL

Acazias Jorão Elizeu Atalia Jeú Joás Jonas Amazias Jeoacaz Azarias Ezequias Isaías Amós Jeroboão II Oséias Zacarias

Joel Salum Menaém Pecaías Jotão Peca Acaz Miquéias Oséias

Ezequias Naum Manassés Amom Josias Sofonias Jeremias Jeoacaz Jeoiaquim Habacuque Joaquim Zedequias

PRIMEIRO E SEGUNDO LIVRO DAS CRÔNICAS. Introdução. Como os livros das crônicas abrangem, na sua maioria, a matéria que se encontra em 2 Sm e 1 e 2 Rs, cremos que é suficiente dar uma introdução apenas a estes livros. Tema. Os tradutores gregos da Bíblia referem-se a estes livros como “as coisas omitidas”, porque fornecem muitas informações que não se encontram nos livros dos Reis. Embora Reis e Crônicas demonstrem grande similaridade de conteúdo,

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foram escritos sob diferentes pontos de vista, o primeiro sob o ponto de vista humano, o último, sob o divino. Para exemplificar: 1 Reis 14.20, relatando a morte de Jeroboão, diz que “descansou com seus pais”. É esse o ponto de vista humano. 2 Crônicas 13.20, relatando o mesmo acontecimento, nos diz que “feriu o Senhor a Jeroboão, que morreu.” Este é o ponto de vista divino. Autor: “Não se sabe ao certo quem foi o autor de Crônicas, mas o Talmude declara que Esdras foi o redator dos registros deixados por Samuel, Natã, Gade, Ido, etc. Esfera de ação. Desde a morte de Saul até o decreto de Ciro, abrangendo um período de 520 anos; de 1056 a 536 a.C.

ESDRAS. Introdução. Por serem os livros de Esdras, Neemias e Ester tão intimamente relacionados, e tratarem do mesmo período, damos aqui os acontecimentos principais contidos nestes livros, para que o aluno possa ver de relance a história do período que seguiu ao cativeiro.

1. O regresso dos desterrados sob Zorobabel – 536 a.C. 2. A reconstrução do templo – 535 a.C. 3. O ministério dos profetas Ageu e Zacarias – 520 a.C. 4. A dedicação do templo – 515 a.C. 5. Os acontecimentos relatados no livro de Ester – 478 a 473 a.C. 6. Esdras visita Jerusalém – 458 a.C. 7. Neemias enviado a Jerusalém como governador – reconstrói o muro –

446 a.C. 8. Malaquias profetiza.

Tema. A idéia predominante de Esdras é a restauração. Uma comparação entre Reis e Crônicas exporá isto. Reis e Crônicas registram a destruição do templo de Israel; o último, a sua reconstrução. Esdras dá uma lição admirável da fidelidade de Deus. Fiel à sua promessa (Jr 29.10-14) ele estende a mão para reconduzir o povo à sua terra, e ao fazê-lo, usa os reis pagãos – Ciro, Dario, Artaxerxes – como seus instrumentos. Autor. O fato de ser o livro escrito na primeira pessoa, por Esdras, indica que ele foi o autor.

Esfera de ação. Desde a volta da Babilônia até o estabelecimento na Palestina, abrangendo um período de 79 anos mais ou menos, de 536 a 457 antes de Cristo.

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NEEMIAS. Tema. Este livro gira em torno de uma pessoa – Neemias. É a autobiografia de um homem que sacrificou uma vida de luxo e prazeres para poder ajudar a seus irmãos necessitados em Jerusalém. Descreve um homem que combinou a espiritualidade com a prática – alguém que sabia tanto orar como trabalhar. Absolutamente destemido, ele recusou fazer pactos com os inimigos externos e com o pecado interno. Depois de reconstruir o muro de Jerusalém e efetuar muitas reformas gerais entre o povo, humildemente deu glória a Deus por tudo o que tinha realizado. A lição principal que ensina a sua vida é que a oração e perseverança vencem todos os obstáculos. Autor. Neemias. Esfera de ação. Desde a viagem de Neemias a Jerusalém até a restauração do culto no templo, cobrindo um período de mais ou menos 12 anos, de 446 a 434 antes de Cristo. ESTER. Tema. O livro de Ester não menciona o nome de Deus, entretanto, há nele abundantes sinais de que ele estivesse operando e cuidando de seu povo. Assim como Deus salvou o seu povo do poder de Faraó, ele livrou Israel da mão do malvado Hamã. Podemos resumir a mensagem do livro da maneira seguinte: a realidade da providência divina. Autor. Desconhecido. Provavelmente Mordecai (veja 9.20). Alguns acreditam que foi Esdras. Esfera de ação. Entre os capítulos 6 e 7 de Esdras, antes de este partir para Jerusalém.

OS LIVROS POÉTICOS JÓ. Tema. O livro de Jó trata de um dos maiores mistérios – o do sofrimento. A pergunta que ressoa por todo o livro é: Por que sofrem os justos? Jó, um homem descrito como perfeito, é despojado da riqueza, dos filhos e da saúde. Suporta estas aflições com paciência.

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Jó não compreende a causa dessas calamidades, mas resigna-se com o pensamento de que Deus envia aos homens tanto o mal como o bem, e que tem o direito de fazer com as suas criaturas o que lhe aprouver. Assim, pois, os homens devem aceitar o mal sem fazer queixa. Os amigos de Jó argumentam que, sendo o sofrimento o resultado do pecado, e sendo Jó o mais aflito dos homens, deveria ele ser o mais ímpio de todos. Jó fica indignado e nega a acusação de ter cometido pecado, levando sua negação até o ponto da autojustiça. Na conclusão da discussão entre Jó e seus amigos, Eliú fala, condenando Jó por sua autojustiça e os outros por sua áspera condenação de Jó. Continua, explicando que Deus tem um propósito ao enviar o sofrimento aos homens; que ele castiga o homem com a intenção de trazê-lo para mais perto de si mesmo. Deus usou as aflições para experimentar o caráter de Jó e como um meio de revelar-lhe um pecado do qual até então não se tinha dado conta: autojustiça. Autor. O autor de Jó é desconhecido. Acredita-se que Eliú pode tê-lo escrito (32.16).

OS SALMOS. Tema. O livro dos salmos é uma coleção de poesia hebraica inspirada, que mostra a adoração e descreve as experiências espirituais do povo judaico. É a parte mais íntima do Antigo Testamento; dá-nos uma revelação do coração do judeu santo, e percorre todas as escalas de suas experiências com Deus e a humanidade. Podemos resumir desta maneira o tema dos Salmos: Deus deve ser louvado em todas as circunstâncias da vida; e isto por causa da sua fidelidade no passado, que é uma garantia de sua fidelidade no futuro. Autores. Muitos dos Salmos são anônimos e tem-se dúvida quanto a autoria de alguns. Davi é considerado autor de 71 Salmos que levam o seu nome. Asafe, Salomão, Moisés, Hemã, Esdras, Etã, Ezequias, Os filhos de Coré, Jedutum e outros.

PROVÉRBIOS. Tema. O livro de Provérbios é uma coleção de expressões curtas e concisas que contêm lições morais. O propósito do livro é declarado logo no princípio, a saber: dar sabedoria aos jovens (1.1-7). É o livro prático do A.T., que aplica os princípios de justiça, pureza e piedade à vida diária. A sabedoria ensinada em Provérbios não é meramente carnal, ou prudência comum, mas sim, baseada no temor do Senhor (1.7). Podemos assim, resumir o seu tema: sabedoria prática,

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tendo como fonte e base o caráter religioso. “O temor do Senhor é o princípio do saber”. Autores: O próprio Salomão escreveu a maioria dos provérbios (1 Rs 4.32; Ec 1.13; 12.9). Agur e Lemuel escreveram os últimos dois capítulos do livro.

ECLESIASTES. Título. A palavra “eclesiastes” significa “o pregador”. Pode Ter sido assim chamado pelo fato de ter Salomão, depois de sua triste experiência de desviar-se, ensinado publicamente as suas experiências e as lições aprendidas. Tema. No livro dos Provérbios tomamos conhecimento da sabedoria que tem o seu princípio em Deus. Agora, em Eclesiastes, tratamos da sabedoria meramente natural, que, à parte de Deus procura encontrar a verdade e a felicidade. Ambos os livros foram escritos por Salomão; o primeiro, durante a primeira parte de seu reinando, quando andava com Deus; o segundo, durante a última parte de seu reinado quando o pecado o separava de seu Criador. Nos Provérbios se ouve dos seus lábios uma nota de gozo e contentamento ao meditar sobre as bênçãos da sabedoria divina; em Eclesiastes um tom de tristeza, desalento e perplexidade, ao ver o fracasso da sabedoria natural ao tentar resolver os problemas humanos e obter a perfeita felicidade. Depois de seu afastamento de Deus (1 Rs 11.1-8), Salomão ainda tinha riquezas e sabedoria. Possuído destas, começou a sua investigação da verdade e da felicidade sem Deus. O resultado dessa pesquisa tem sua expressão na sentença sempre citada, “tudo é vaidade” (Vaidade aqui significa “vazio, sem valor”). Salomão aprendeu a seguinte verdade que resume o tema do livro: sem a bênção de Deus, sabedoria, posição e riquezas não satisfazem, muito pelo contrário, trazem cansaço e decepção. Autor. (Veja 1.1, 16; 12.9).

CANTARES DE SALOMÃO. Título. O nome deste livro na Bíblia hebraica é “Cântico dos Cânticos” chamado evidentemente assim, pelo fato de ser este cântico o principal de todos os Cânticos de Salomão (1 Rs 4). Tema. Cantares de Salomão é uma história de amor, que glorifica o amor puro e natural e focaliza a simplicidade e a santidade do matrimônio. O significado típico desta história pode inferir-se do fato de que sob a figura da relação matrimonial se descreve o amor de Jeová para com Israel (veja Oséias

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caps. 1-3; Isaías 62.4), e o amor de Cristo para com a Igreja (Mt 9.15; 2 Co 11.2; Ef 5.25; Ap 19.7; 21.2). Sugere-se o seguinte tema: o amor do Senhor para com seu povo é tipificado pelo amor da esposa e do esposo. Note. Ao ler este livro o estudante deve recordar-se de que está lendo um poema oriental, e que os orientais usam uma linguagem clara nas mais íntimas das questões – uma clareza de linguagem estranha e algumas vezes desagradável à maioria dos ocidentais. Por mais delicada e íntima que seja a linguagem em muitas partes do livro, deve notar-se que não há nada que ofenderia ao mais modesto oriental. O Dr. Campbell Morgan disse: “Em primeiro lugar era indubitavelmente um canto de amor terrestre, mas muito puro e muito lindo. Pessoas há que encontrariam indecências no céu – se por acaso chegassem lá – mas às ocultariam em suas almas corrompidas. Para aqueles que vivem vida simples, estes cânticos são cheios de formosura e expressam a linguagem do amor humano. Finalmente, nas experiências espirituais, expressam a relação daqueles que tem sido ganhos por Deus em Cristo, a quem amam e conhecem" Autor. Salomão.

OS LIVROS PROFÉTICOS

ISAÍAS. Tema. De todas as escrituras proféticas o livro de Isaías é a mais formosa e sublime. Em nenhum dos outros livros obtemos uma visão tão gloriosa do Messias e de seu reino. Por causa da ênfase dada à graça de Deus e à sua obra redentora com relação a Israel e às nações, o livro de Isaías tem sido chamado “O Quinto Evangelho”, e seu autor “o Evangelista do Antigo Testamento”. As duas divisões principais do livro ajudar-nos-ão a encontrar o seu tema. A chave da primeira divisão (caps. 1-39), é “Denúncia”. Ao ler esta seção sentimos os estrondos da ira divina contra o apóstata Israel e contra as nações idólatras que o rodeiam. Nestes capítulos são profetizados o cativeiro de Babilônia, as tribulações e os julgamentos dos últimos dias. A chave da segunda segunda seção (caps. 40-66) é “Consolação”. Esta seção contém profecias do regresso de Israel do cativeiro babilônico, de sua restauração e reunião na Palestina, nos últimos dias. Baseando-nos nessas duas divisões, podemos resumir o tema de Isaías da seguinte maneira: a ira de Deus resultando na condenação e tribulação de Israel; a graça de Deus resultando na sua salvação e exaltação.

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Autor. Isaías. Profetizou durante os reinados de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias e talvez durante o reinado de Manassés (entre 757 a 697 a.C). Esfera de ação. Os acontecimentos históricos registrados em Isaías abrangem um período de mais ou menos 62 anos. De 760 a 698 a.C.

JEREMIAS. Tema. Tanto Isaías como Jeremias levaram mensagens de condenação ao Israel apóstata. Enquanto que o tom de Isaías é vigoroso e severo, o de jeremias é moderado e suave. O primeiro leva uma expressão da ira de Jeová contra o pecado de Israel; o último, uma expressão de seu pesar por causa dele. Ao repreeender Israel, Isaías imergiu sua pena no fogo e Jeremias, nas lágrimas. Isaías, depois de denunciar a iniquidade de Israel, prorrompe em êxtases de alegria ao ver a antecipação da independência vindoura. Jeremias teve um vislumbre do mesmo acontecimento feliz, mas esse vislumbre não foi suficiente para enxugar-lhe as lágrimas ou dissipar a névoa de seu pesar pelo pecado de Israel. Por causa deste último fato Jeremias é conhecido como “o profeta das lágrimas”. O que abaixo se segue servirá como tema de seu livro: o amor imutável de Jeová ao seu povo apóstata e sua tristeza por causa da condição deste. Autor. Jeremias. Foi chamado ao ministério quando era jovem ainda (1.6), no ano décimo-terceiro do rei Josias, mais ou menos setenta anos depois da morte de Isaías. Esfera de ação. Desde o ano 13 de Josias até a primeira parte do cativeiro da Babilônia, cobrindo um período de mais ou menos 40 anos.

LAMENTAÇÕES. Tema. Lamentações é um apêndice à profecia de Jeremias, que registra a tristeza aguda e dolorosa do profeta pelas misérias e desolações de Jerusalém, resultantes de seu sítio e destruição. O objetivo principal do livro era ensinar aos judeus a reconhecerem a mão castigadora de Deus em suas calamidades e que se voltassem a ele com arrependimento sincero. Os judeus cantam este livro todas as sextas-feiras junto ao Muro das Lamentações, em Jerusalém, e o lêem na sinagoga, em jejum, no dia 09 de agosto, o dia destinado à lamentação das cinco grandes calamidades que sobrevieram à nação. Resumiremos o tema de Lamentações da seguinte maneira: as desolações de Jerusalém, o resultado de seus pecados, e o castigo de um Deus fiel, que visava conduzi-los ao arrependimento.

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Autor. Jeremias.

EZEQUIEL. Tema. Ezequiel exerceu seu ministério de profeta na Babilônia, começando-o sete anos antes da destruição de Jerusalém, e encerrando-o cerca de quinze anos depois. Como a de Isaías, a sua mensagem foi de denúncia e consolação. “O ponto central das predições de Ezequiel é a destruição de Jerusalém. Antes deste acontecimento seu motivo principal era chamar ao arrependimento aqueles que viviam em segurança descuidada, admoestando-os a que não abrigassem a esperança de que, com a ajuda dos egípcios, sacudiram o jugo da babilônia (17.15-17), e assegurando-lhes que a destruição da cidade e do templo eram inevitáveis e se aproximavam rapidamente. Depois desse acontecimento, seu cuidado principal foi consolar os judeus desterrados, dando-lhes promessas de libertação futura e restauração na sua terra; animando-os com a certeza de bênçãos futuras.” – Angus-Green. Faremos um resumo do tema, como segue: o afastamento da glória de Deus de Israel, em vista do juízo vindouro e a volta da sua glória em vista da restauração futura. Autor. Ezequiel. Foi levado cativo juntamente com o rei Jeoiaquim, por Nabucodonosor, cerca de dez anos antes da destruição de Jerusalém. Seu lar era Telabib na Babilônia. Ali ministrou aos desterrados, a maioria dos quais resistiam às suas palavras aderindo à esperança falsa de um regresso rápido. Esfera de ação. Os acontecimentos históricos registrados neste livro abrangem um período de cerca de 21 anos – de 595 a 574 a.C.

DANIEL. Tema. O livro de Daniel é, na maior parte, uma história profética dos poderes gentílicos mundiais desde o reinado de Nabucodonosor até a vinda de Cristo. Os profetas em geral salientam o poder e a soberania de Deus com relação a Israel, e o revelam como aquele que determina os destinos de seu povo escolhido através dos séculos até a restauração final. Daniel, por outra parte, destaca a soberania de Deus com relação aos impérios gentílicos do mundo, e revela Deus como aquele que domina e governa os negócios desses impérios até a época de sua destruição, na vinda de seu Filho.

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“A visão é a de um Deus que governa, cheio de sabedoria e poder; de reis que desaparecem; de dinastias e impérios que surgem e caem enquanto Deus, entronizado no céu, governa seus movimentos.”- Campbell Morgan. O tema de Daniel pode ser resumido da seguinte maneira: Deus revelado como o que domina a elevação e a queda dos reinos deste mundo até a sua destruição final e que estabelece seu próprio reino. Por causa de suas muitas visões, o livro de Daniel tem sido chamado “O Apocalipse do Antigo Testamento”. Autor. Daniel. Quando ainda muito jovem, foi levado cativo à Babilônia no 3º ano de Jeoaquim (2 Cr 36.4-7), e oito anos antes de Ezequiel. Profetizou durante todo o cativeiro, sendo proferida a sua última profecia no reinado de Ciro, dois anos antes do regresso dos judeus à Palestina. Esfera de ação. Desde Nabucodonosor até Ciro, abrangendo um período de cerca de 73 anos – de 607 a 534 a.C.

OSÉIAS. Tema. O livro de Oséias é uma grande exortação ao arrependimento dirigida às dez tribos, durante os cinquenta ou sessenta anos antes do cativeiro destas. Seu cálice de iniquidade enchia-se rapidamente. Os reis e sacerdotes eram assassinos e libertinos; os sacerdotes idólatras desviavam o povo do culto a Jeová; em dificuldades, o governo se voltava ao Egito ou à Assíria pedindo ajuda; em muitos casos o povo imitava a vileza moral dos cananeus; viviam numa segurança descuidada, interrompida somente em tempos de perigo por um arrependimento fingido; sobretudo, Deus e sua Palavra eram esquecidos. Esses pecados da nação, no seu estado de separação de Deus, são resumidos pelo profeta como o pecado de adultério espiritual, ilustrado pela própria experiência do profeta ao se casar com uma mulher impudica que o abandonou por outro amante. O pecado de Israel é mais grave que o das nações vizinhas. Os pecados dessas nações são ofensas cometidas por aqueles que não tinham relação com Jeová. O pecado de Israel é o de infidelidade a seu esposo, Jeová, que a libertou do Egito, cuidou dela e com quem fez votos sagrados de obediência e fidelidade no Monte Sinai. Mas em lugar de matar a esposa adúltera, como prescrevia a lei, Jeová manifesta para com ela um amor que vai além do humano – ele a acolhe novamente. É o seguinte o tema de Oséias: Israel, a esposa infiel abandona seu esposo compassivo, que a acolhe novamente. Autor. Oséias foi um profeta do reino do Norte. Profetizou na mesma época que Amós, Isaías e Miquéias em Judá. Seus ministério, de cerca de 60 anos, é o mais longo de todos os profetas.

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Esfera de ação. Os acontecimentos históricos a que se refere o livro de Oséias cobrem um período de mais ou menos 60 anos – desde 785 a.C., até o tempo do cativeiro das dez tribos.

JOEL. Tema. A ocasião da profecia de Joel foi uma invasão extraordinariamente calamitosa de insetos destrutivos – o gafanhoto – que devastou a terra, destruiu as colheitas, e trouxe a fome geral. O profeta vê nessa calamidade uma visitação do Senhor e se refere a ela como um tipo do castigo final do mundo – o dia do Senhor (1.15). Como muitos dos outros profetas, Joel predisse o futuro à luz do presente, considerando um acontecimento atual e iminente como símbolo de um acontecimento futuro. Por isso ele vê na invasão dos gafanhotos um indício da invasão vindoura do exército assírio (2.1-27; comparar com Isaías caps. 36, 37). Projetando sua visão ainda mais para o futuro, vê a invasão final da Palestina pelos exércitos confederados do Anticristo. Tomando o “Dia do Senhor” como o pensamento central e tendo em mente que a mesma expressão é usada com referência à invasão dos gafanhotos e dos assírios, resumiremos o tema de Joel da seguinte maneira: o dia do Senhor visto como imediato (na invasão dos gafanhotos), como iminente (na invasão assíria), e como futuro (na invasão final). Autor. Pouco se sabe acerca de Joel. Acredita-se que profetizou durante o tempo de Joás, rei de Judá (2 Rs, cap. 12).

AMÓS. Tema. Podemos apresentar o tema de Amós da seguinte maneira: exposição dos pecados de um povo privilegiado, cujos privilégios lhes trouxeram grande responsabilidade e cujas faltas sob essa responsabilidade lhes acarretaram um castigo de acordo com a luz que tinham recebido. Autor. Amós. Seu ministério foi especialmente às Dez Tribos, embora tivesse também uma mensagem para Judá e para os países vizinhos. Profetizou durante os reinados de Uzias, rei de Judá e de Jeroboão II, rei de Israel, cerca de 60 a 80 anos antes do cativeiro das Dez Tribos.

OBADIAS. Tema. Podemos notar claramente o tema de Obadias com a primeira leitura do livro. É o grande pecado de Edom – violência contra Judá; seu castigo – extinção nacional. Os versículos 10-14, indicam que o livro foi escrito depois da destruição de Jerusalém.

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Autor. Não se sabe absolutamente nada acerca de Obadias. Há muitos com este nome no Antigo Testamento.

JONAS. Tema. O livro de Jonas é diferente das outras profecias, por não conter uma mensagem direta a Israel, sendo a mensagem do profeta dirigida aos ninivitas. O livro de Jonas é uma repreensão contra o exclusivismo dos judeus que se conservavam a certa distância dos gentios e consideravam-se superiores a eles. É considerado o livro missionário do Antigo testamento. O tema do livro pode ser resumido da seguinte maneira: o amor de Deus para com os gentios revela-se ao enviar-lhes um profeta que os chama ao arrependimento. Autor. Jonas era galileu, da cidade de Gatehefer, perto de Nazaré. Pregou às Dez Tribos no reinado de Jeroboão II, durante o qual profetizou a restauração de algum território israelita (2 Rs 14.25-27). MIQUÉIAS. Tema. Miquéias profetizou, mais ou menos na mesma época de Isaías, com o qual provavelmente teve contato, havendo semelhanças notáveis nas suas profecias. (compare, por exemplo, Isaías 2.1-4 com Miquéias 4.1-5). Podemos resumir o tema da seguinte maneira: Israel destruído pelos chefes falsos e salvo pelo Chefe verdadeiro, o Messias. Autor. Miquéias era natural de Moresete-gate, uma aldeia cerca de 32 quilômetros ao sudoeste de Jerusalém. Era um profeta do campo. Miquéias profetizou durante os reinados de Pecaías, peca e Oséias em Israel, e de Jotão, Acaz e Ezequias, em Judá (2 Rs 15.23-30).

NAUM. Tema. O livro de Naum tem um único tema saliente: a destruição de Nínive. É a sequencia da mensagem do profeta Jonas, por cujo ministério os ninivitas foram conduzidos ao arrependimento e salvos do castigo iminente. É evidente que mudaram de opinião a respeito de seu primeiro arrependimento e de tal maneira se entregaram à idolatria, crueldade e opressão, que 120 anos mais tarde, Naum pronunciou contra eles o julgamento de Deus em forma de uma destruição completa. Autor. Praticamente nada se sabe a respeito de Naum. Crêem alguns que ele era nativo de El-kosh, uma aldeia da Galiléia. Ele profetizou durante o reinado de

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Ezequias e foi testemunha do sítio de Jerusalém por Senaqueribe, acontecimento esse que pode Ter sido a ocasião da sua profecia.

HABACUQUE. Tema. O livro de Habacuque apresenta o quadro de um homem de Deus, embaraçado com a aparente tolerância de Deus pela iniquidade. O profeta está rodeado por todos os lados da injustiça triunfante e não castigada. A princípio seu clamor pelo julgamento, aparentemente não é ouvido por Deus. Quando, finalmente, é respondida a sua oração e pronunciado o julgamento, ele fica ainda mais surpreso, porque os agentes do julgamento de Deus, os caldeus, são mais ímpios e mais dignos de castigo do que suas vítimas. Habacuque está cheio de dúvidas. Mas, felizmente ele leva a sua inquietação a Deus que logo a dissipa, e apresenta uma solução dos seus problemas resumida na declaração que é o coração do livro – “O justo viverá pela sua fé” (2.4). Isso quer dizer que, por mais tenebroso que se apresente o futuro e por mais triunfante que pareça o mal, o justo não deve julgar pelas aparências, mas sim pela Palavra de Deus. O profeta muito aprendeu com esta lição, porque, embora sua profecia comece com mistérios, perguntas e dúvidas, termina com certeza e afirmações de fé. Resumiremos o tema da seguinte maneira: o conflito e o triunfo final da fé. Autor. Habacuque profetizou durante os reinados de Jeoacaz e Jeoiaquim.

SOFONIAS. Tema. A repetição frequente da frase “o dia do Senhor” sugere imediatamente que Sofonias tinha uma mensagem de julgamento. Mas, como acontecia com quase todos os demais profetas, tem também uma mensagem de restauração. Resumiremos o tema da seguinte maneira: a noite do juízo sobre Israel e sobre as nações, seguida da manhã da restauração do primeiro e da conversão das últimas. Autor. Sofonias era bisneto de Ezequias. Ele profetizou durante o reinado de Josias, rei de Judá.

AGEU. Tema. Ageu é o primeiro dos profetas conhecidos como profetas pós-exílicos; quer dizer que profetizou depois do cativeiro. Zacarias e Malaquias são os outros dois. Sob o decreto favorável de Ciro, o restante dos judeus voltou à sua terra sob a

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direção de Zorobabel, o governador, e Josué, o sumo sacerdote. Resumiremos o tema da seguinte maneira: o resultado do relaxamento no término do templo – desagrado divino e castigo; o resultado do término do templo – bênção divina e promessa de glória futura. Autor. Pouco se sabe da vida de Ageu, “o profeta do segundo templo”, exceto que profetizou depois do cativeiro e que sua missão era animar o povo na reconstrução do templo.

ZACARIAS. Tema . O fundo histórico da profecia de Zacarias é o mesmo de Ageu, sendo que ambos os profetas ministraram no mesmo período e tiveram missão semelhante. A missão de Zacarias era animar, por meio da promessa do êxito atual e da glória futura, o resto do povo judeu, que estava desanimado pelas aflições atuais e que hesitava em reconstruir o seu templo. O povo tinha bons motivos para estar desanimado. Antes eles foram uma nação livre, com um rei e uma constituição. Mas agora, tinham regressado a esse país sob um governo estrangeiro, um país sem rei e despojado de poder. A sua atual condição apresentava um quadro triste, mas Zacarias transformou essa situação calamitosa em uma cena gloriosa, enquanto ele, por meio de uma série de visões e profecias, descreve uma Jerusalém restaurada, protegida e habitada pelo Messias, sendo ela a capital de uma nação elevada acima de todas as demais nações. Além da promessa de glória futura, o profeta fez promessas de êxitos e empreendimentos atuais, porque assegurava ao remanescente que o seu templo seria reconstruído, apesar da oposição. Resumiremos o tema da seguinte maneira: um estímulo à nação para servir fielmente ao seu Deus por meio da aflição atual, com a visão das glórias futuras do tempo do Messias. Autor. Zacarias.

MALAQUIAS. Tema. Em Neemias lemos a última página da história do Antigo Testamento; no livro do profeta Malaquias, contemporâneo de Neemias, lemos a última página da profecia do A.T. Malaquias, o último dos profetas, testifica, como fazem os que vieram antes dele, o triste fato do fracasso de Israel. Ele apresenta o quadro de um povo religioso externamente, mas interiormente indiferente e falso, um povo para o qual o culto a Jeová se transformou em formalismo vazio, desempenhado por um sacerdócio corrupto que não o respeitava. Sob o ministério de Ageu e Zacarias, o povo estava disposto a reconhecer suas faltas e a corrigi-las, mas agora, endureceram-se tanto que negam insolentemente as acusações de Jeová

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(1.1,2; 2.17; 3.7). Pior ainda, muitos professam ceticismo quanto à existência de um Deus de juízo e outros perguntam se valerá a pena servir ao Senhor (2.17; 3.14,15). Qual raio de luz nesta cena escura, brilha a promessa da vinda do Messias, que chegará para libertar o resto dos fiéis e julgar a nação. O livro termina com uma profecia da vinda de Elias, o precursor do Messias, e então cerra-se a cortina sobre a revelação do A.T., para não mais se levantar até quatrocentos anos mais tarde, quando o anjo do Senhor anunciou a vinda daquele que irá adiante dele e que virá com o espírito e a virtude de Elias (Lc 1.17). Resumiremos o tema de Malaquias da seguinte maneira: a última profecia do Antigo Testamento, a revelação de um povo rebelde e falso, de um remanescente fiel e do Messias vindouro que julgará e purificará a nação. Autor. Nada se sabe da história pessoal de Malaquias. Crê-se que tenha profetizado no tempo de Neemias e o apoiou, como Ageu e Zacarias apoiaram Zorobabel. Escreveu tanto acerca de Cristo que alguém disse: “A profecia do Antigo Testamento expirou com o Evangelho já em sua língua!”

REFERÊNCIAS E FONTES:

PEARLMAN, Mayer. Através da Bíblia Livro por Livro. Editora Vida. 12ª Edição. 1977. HALLEY, Henry H. Manual Bíblico. Edições Vida Nova. 11ª Edição. 1993. SILVA, Antônio Gilberto da. A Bíblia Através dos Séculos. CPAD. 6ª Edição. 1997.

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