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O verdadeiro conhecimento Kant introdução introdução

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O verdadeiro O verdadeiro conhecimentconheciment

ooKant Kant

introdução introdução

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O verdadeiro conhecimentoO verdadeiro conhecimento Síntese a priori:Síntese a priori:

– Qual é o fundamento ou a natureza que Qual é o fundamento ou a natureza que torna possível a síntese a priori?torna possível a síntese a priori?

– Com esse fundamento: Com esse fundamento: Responder: se é ou não possível uma Responder: se é ou não possível uma

metafísica como ciência?metafísica como ciência?– Se não é possível, por que a razão se Se não é possível, por que a razão se

sente tão irresistivelmente atraída pelas sente tão irresistivelmente atraída pelas questões metafísicas?questões metafísicas?

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Conhecimento científico ou o verdadeiro conhecimento:

• Proposições universais e necessárias (ou juízos);

• Incrementa continuamente o conhecer.• Qual é o juízo da ciência?

– Juízo:• Consiste na conexão de dois conceitos;• Sujeito (A) e outro compre a função de predicado (B);

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Exemplos O predicado (B) pode estar contido no sujeito (A):

Neste caso, o predicado pode ser extraído analiticamente do sujeito;

“Todo corpo é extenso”: Extensão é sinônimo de corporeidade O juízo é analítico

Mas, o predicado (B) também pode não estar implícito no sujeito (A) e, no entanto, ser-lhe conveniente.

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Juízo é sintético:

O predicado (B) acrescenta ao sujeito (A) algo que não é extraído dele por mera análise.

Exemplo: Todo corpo é pesado

O conceito de pesado não pode ser extraído por pura análise do conceito corpo (por natureza pesados (terra e água) – por natureza leves (ar e fogo)).

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“Juízo analítico”• A priori – ‘independente da experiência’

• Universal e necessário

• Não amplificador do conhecer

• Não pode ser o juízo da ciência

• Tem como base:– O princípio de Identidade e de não contradição– Exemplo:

• O corpo não é extenso (contradição)• O corpo não é corpo (não identidade).

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Juízo Sintético Amplia sempre o conhecimento

A posteriori: depende da ‘experiência’

Não são universais e necessários Extraídos algumas generalizações, não a

universalidade e a necessidade. Sua base está na experiência.

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“Juízo sintético a priori”

• Une a aprioridade, isto é:– Universalidade– Necessidade

• Operações aritméticas:– São sínteses a priori

• Ex: 5+7=12 = não é analítica, mas sintético.

Com a fecundidade, ou seja, A sinteticidade.

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Juízos da geometria: “A linha reta é a mais breve entre dois

pontos”. É sintética: ‘o conceito de reta não contém

determinações de quantidade, mas só de qualidade’. Conhecimento por intuição.

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• Juízos da metafísica:– Em suas pretensões opera com juízos

sintéticos a priori• Seria tal pretensão legítima?

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Juízos sintéticos a priori:

Sua base: ‘incógnita’

O que seria este X? No qual se apóia o intelecto quando crê encontrar

fora do conceito (A) um predicado (B), estranho a ele e que, apesar disso, acredita estar conjugado a ele?

O que dá valor de verdade aos juízos sintéticos a priori?

X

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Tarefa Kantiana:

Se o saber científico é constituído por juízos sintéticos a priori.

Devemos estabelecer: Qual é o fundamento da síntese a priori; Saberemos resolver todos os problemas

relativos ao conhecimento humano: Sua estrutura Seus âmbitos legítimos Seus limites e seu horizonte.

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Revolução Copernicana Kantiana

• O sujeito deve girar em torno do objeto?– Kant supôs que o objeto é que deveria girar

em torno do sujeito!

Kant considera que não é o sujeito que, conhecendo, descobre as leisDo objeto, mas sim, ao contrário, que é o objeto, quando é conhecido,

Que se adapta às leis do sujeito que o recebe cognoscitivamente.

Em suma: das coisas, nós só conhecemos a priori aquiloQue nós mesmos nelas colocamos.

Fundamento dosJuízos sintéticos a Priori: É o sujeito com as leis da sua sensibilidade

E do seu intelecto.

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“Não é o sujeito que, conhecendo, descobre as leis do objeto, mas sim, ao contrário, que é o objeto, quando conhecido, que se adapta às leis do sujeito que o recebe cognoscitivamente”.

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Intuição Sensível:

‘Não é a nossa intuição sensível que se regula pela natureza dos objetos, mas são os objetos que se regulam pela natureza de nossa faculdade intuitiva’.

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Intelecto

Não é o intelecto que deve se regular pelos objetos para extrair os conceitos mas, ao contrário, são os objetos, enquanto são pensados, que se regulam pelos conceitos do intelecto e se coadunam com eles.

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Conclusão

• “Das coisas, nós só conhecemos a priori aquilo que nós mesmo nelas colocamos”.

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Fundamento dos juízos sintéticos a priori

“É o próprio sujeito que ‘sente’ e ‘pensa’, ou melhor, é o sujeito com as leis da sensibilidade e do seu intelecto”.

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Transcendental Afirma Kant “Chamo ‘transcendental’ todo conhecimento que

Não se relaciona com objetos, mas sim com o Nosso modo de conhecer os objetos, enquanto

For possível a priori”.

Chamo ainda de transcendentais os modosOu as estruturas da sensibilidade e do intelecto.

Modos de conhecer a priori do sujeito são: sensibilidade

Intelecto

Transcendental é a condição da cognoscibilidadeDos objetos (a condição da intuibilidade e

Da pensabilidade dos objetos).

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Esclarecimento

“Os modos de conhecer a priori do sujeito são a ‘sensibilidade e o intelecto’; portanto, Kant chama de transcendentais os modos ou as estruturas da sensibilidade e do intelecto”. São as condições de possibilidade do

conhecimento; Transcendental é a condição da

cognoscibilidade dos objetos – a condição da intuibilidade e da pensabilidade dos objetos;

Transcendental é aquilo que o sujeito põe nas coisas no ato mesmo de conhecê-los.

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Estética Transcendental (Formas a Priori)

O conhecimento se divide: Conhecimento dos sentidos: (Estética Transcendental) Conhecimento do intelecto: (Analítica Transcendental)

Os objetos nos são:Dados pelos sentidos

Pensados pelo intelecto

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Porque estética: Significado etimológico:

Em grego, aísthesis significa ‘sensação’ e ‘percepção sensorial’.

Estética Transcendental: “É a doutrina que estuda as estruturas da sensibilidade, o

modo como o homem recebe as sensações e como forma o conhecimento sensível”.

Princípios a priori da sensibilidade: As estruturas ou o modo de funcionamento da sensibilidade:

Espaço e tempo

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• Pesquisar o significado dos conceitos:– Sensação:

– É uma impressão ou modificação que o sujeito recebe do objeto

– Sensibilidade:– É a faculdade que recebe a sensação

– Intuição: – É a o conhecimento imediato a sensação

– Fenômeno:– São os objetos da intuição sensível– Coisas que aparecem:

» Matéria: dada pelas sensações = produzidas pelos objetos

» Forma: é do sujeito: sendo aquilo pelo qual os múltiplos dados sensoriais são ordenados em determinadas relações.

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– Intuição empírica: Intuição empírica: Conhecimento sensível (a posteriori)Conhecimento sensível (a posteriori)

– Intuição pura:Intuição pura: É a forma da sensibilidade (a priori)É a forma da sensibilidade (a priori) Intuições puras ou formas da Intuições puras ou formas da

sensibilidade:sensibilidade: Espaço

Tempo

Tudo isso, é claro, para Kant.

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Espaço Tempo

Não são determinações ontológicas ou estruturas dos objetos

Tornam-se modos e funções próprios do sujeito, formas purasDa intuição sensível como princípio do conhecimento

Espaço Modo de funcionamento do sentido externoTempo Modo de funcionamento do sentido interno

O espaço abarca todas as coisas que podem aparecer Exteriormente e o tempo abarca todas as coisas que Podem aparecer internamente.

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Observação:Captamos as coisas como ‘espacial’ e ‘temporalmente’

determinadas porque temos uma sensibilidade assim configurada

Espaço Tempo

Realidade empírica: Todos os objetos estão submetidos a eles.

Realidade transcendental:São formas da nossa intuição sensível

(São formas do sujeito e não dos objetos)

Assim, a forma do conhecimento sensível depende deNós, mas o conteúdo não depende de nós, sendo nos dado.

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Espaço e Tempo Deixam de ser determinações ‘ontológicas’ ou estruturas dos

objetos e tornam-se modos e funções próprias do sujeito, formas puras da intuição sensível como princípio do conhecimento;

O espaço abarca todas as coisas que podem aparecer exteriormente e o tempo abarca todas as coisas que podem aparecer interiormente;

Têm “realidade empírica” porque nenhum objeto pode ser dado aos nossos sentidos sem se submeter a eles;

Têm “idealidade transcendental” porque não são inerente às coisas como suas condições, mas são apenas formas da nossa intuição sensível.

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Citação Reale, V. II, 880.

“Assim, nós quisemos dizer que toda intuição nossa nada mais é do que a representação de um fenômeno, que as coisas que nós intuímos, em si mesmas, não são aquilo pelo qual nós as intuímos nem as suas relações são tais quais como nos aparecem e que, se suprimíssemos o nosso sujeito ou até somente a natureza subjetiva dos sentidos em geral, toda a natureza, todas as relações dos objetos no espaço e no tempo e inclusive o próprio espaço e o próprio tempo desapareceriam, pois, como fenômenos, não podem existir em si, mas somente em nós.

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• Aquilo que possa existir nos objetos em si, separados da receptividade dos nossos sentidos, permanece inteiramente ignorado por nós. Nós não conhecemos senão o nosso modo de captá-los, que nos é peculiar e que não é nem necessário que pertença a todo ser (= também a outros seres racionais, mas não humanos), embora pertença a todos os homens. Somente com ele é que nós temos a ver. O espaço e o tempo são as formas puras dele (= do modo de perceber os objetos); a sensação, em geral, é a matéria. Aquela (=a forma) nós só a podemos conhecer a priori, ou seja, antes de toda real percepção e, por isso, a chamamos de intuição pura; esta (= a matéria), ao contrário, é aquilo que, em nosso conhecimento, faz com que digamos conhecimento a posteriori, isto é, intuição empírica.

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Aqueles (= espaço e tempo) pertencem em absoluto à nossa sensibilidade, qualquer que seja a espécie das nossas sensações; estas (= as sensações) podem ser muito diversas. Assim, ainda que levássemos essa nossa intuição ao mais alto grau de clareza, não estaríamos nos aproximando mais da natureza dos objetos em si; já que, em todo caso, nós só poderíamos conhecer completamente o nosso modo de intuição, ou seja, a nossa sensibilidade e sempre nas condições originariamente inerentes ao sujeito, de espaço e de tempo; mas, por mais iluminado que seja o conhecimento dos seus fenômenos, nunca se tornaria conhecido para nós o que poderiam ser os objetos em si mesmos”.

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A analítica transcendental

Sensibilidade

Intelecto

Os objetos nos são dados

Os objetos são pensados

Os elementos do conhecimentoAs ‘intuições’ e os ‘conceitos’ constituem os elementos de todo o nosso conhecimento,

de modo que nem os conceitos, sem que dealguma forma lhes corresponda uma intuição,nem a intuição, sem os conceitos, podem, nos

dar o conhecimento.

• Analítica = análysis: • Decompor uma coisa em seus elementos constitutivos

Observação:A analítica transcendental dos conceitos é a decomposição da própria

faculdade intelectiva, para pesquisar a possibilidade dos conceitos a priori.

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A lógica é a ciência do intelecto em geral:

Lógica geral Estuda as leis e os princípios do pensamentoPrescinde do conteúdo

Lógica Transcendental

Conteúdo = não prescinde do conteúdo

Conceitos empíricos

Conceitos puros

Mesmo prescindindo de todo conteúdo empírico, o Intelecto pode pelo menos ter como conteúdo as

Intuições puras de ‘espaço e tempo’.

A lógica transcendental estuda a origem dos conceitosE se ocupa especificamente com aqueles conceitos queNão provêm dos objetos, mas que provêm a priori do

Intelecto e, no entanto, se referem a priori aosPróprios objetos.

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Citemos Kant:

“Nenhuma dessas duas faculdades deve ser anteposta à outra. Sem sensibilidade, nenhum objeto nos seria dado; sem intelecto, nenhum objeto seria pensado. Sem conteúdo, os pensamentos são vazios; sem conceitos, as intuições são cegas”.

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A ciência do intelecto:

• A lógica é a ciência do intelecto em geral:– Lógica geral: (lógica de Aristóteles)

• Estuda as leis e os princípios do pensamento, sem os quais não existiria uso do intelecto. (prescinde dos conteúdos).

– Lógica transcendental (lógica kantiana)• Não prescinde do conteúdo, isto é, trabalha com conteúdos;• Qual é o conteúdo que tem por objeto além das próprias formas do

pensamento?• Distinção:

– Conceitos empíricos = contêm elementos sensíveis– Conceitos puros = não estão vinculados à sensação

• Mesmo prescindindo de todo conteúdo empírico, o intelecto pode pelo menos ter como conteúdo as intuições puras de espaço e de tempo.

• Lembramos ainda que Kant distingue a lógica transcendental em:

Analítica Dialética

Lógica transcendental

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A Analítica Analítica:Analítica:

Citação Reale, V. II, 884:Citação Reale, V. II, 884:– ““Entendo por analítica dos conceitos não a sua análise

ou o procedimento, comum nas pesquisas filosóficas, de decompor em seu conteúdo os conceitos que se apresentam e esclarecê-los, mas sim a decomposição, ainda pouco tentada, da própria faculdade intelectiva, para pesquisar a possibilidade dos conceitos a priori, graças ao fato de procurá-los somente no intelecto como em seu lugar de origem, e de analisar o seu uso puro em geral, já que essa é a única função própria de uma filosofia transcendental (...)”. (...)”.

Analítica deriva do grego analyo(análysis), que significa decompor

Uma coisa em seus elementosConstitutivos.

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As categorias• Somente a sensibilidade é intuitiva• O intelecto é discursivo:

– Os conceitos do intelecto não são intuições, mas funções:

Sua função consisteunificar

ordenar

Um múltiplo sob uma Representação

comum

Portanto, o intelecto é a faculdade de julgar, Precisamente porque unificar um múltiplo sob uma

Representação comum é julgar.

Na lógica transcendental o múltiplo a unificar é apenas o múltiplo puro dado pela intuição pura (espaço e tempo).

O intelecto atua sobre esse múltiplo com uma ação unificadora, que Kant chama de síntese.

Os vários modos com que o intelecto unifica

e sintetiza são os conceitos puros ou

categorias

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Categorias: Aristóteles X Kant

Categorias de Aristóteles: Leges entis: (modos de ser)

Categorias de Kant: Leges mentis (modos de funcionamento do pensamento).

Os conceitos puros kantianos ou categorias não são conteúdos, mas sim formas: formas sintetizadoras.

Assim como as coisas, para serem conhecidas sensivelmente,Devem se adequar às formas da sensibilidade, da mesmaForma, para serem pensadas, devem necessariamente se

Adequar às leis do intelecto e do pensamento.

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A Tábua das Categorias

Observação: Como pensar é julgar, deve haver tantas ‘formas do

pensamento puro’, quantas são as ‘formas do juízo’!!!

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Tábua dos Juízos Tábua das CategoriasQuantidade:• Universais• Particulares• singulares

Quantidade:• Unidade• Pluralidade• Totalidade

Qualidade:• Afirmativos• Negativos• Infinitos

Qualidade:• Realidade• Negação• Limitação

Relação:• Categóricos• Hipotéticos• Disjuntivos

Relação:• Substância e acidente• Causa e efeito• Agente e paciente

Modalidade:• Problemáticos• Assertivos• Apodíticos

Modalidade:• Possibilidade – impossibilidade• Existência – inexistência• Necessidade - contingência

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Como é que conceitos puros a priori devem se referir de maneira necessária aos objetos?

• Responde Kant:Assim como as coisas, para

Serem conhecidas sensivelmente,Devem se adequar às formas daSensibilidade, da mesma forma

Não é de modo algum estranho que,Para serem pensadas, devam

Necessariamente se adequar àsLeis do intelecto e do pensamento.

Assim como o Sujeito, Captando sensivelmente

As coisas, as espacializa e Temporaliza, da mesmaForma, pensando-as, as

Ordena e determina Conceitualmente

Segundo os Modos Próprios do

Pensamento.

Os conceitos puros ou categorias são as condições pelas quais e somente pelasquais é possível que algo seja pensado como objeto de experiência, assim como o espaço e o tempo são as condições pelas quais e somente pelas quais é possível

que algo seja captado sensivelmente como objeto de intuição.

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Citemos nosso filósofo:• “Há somente dois caminhos pelos quais se pode pensar

numa concordância necessária da experiência com os conceitos dos seus objetos: ou a experiência torna possível esses conceitos ou estes tornam possível a experiência. O primeiro não se verifica em relação às categorias (e nem mesmo em relação à intuição sensível pura), porque elas são conceitos a priori e, portanto, independentes da experiência (a afirmação de uma origem empírica seria uma espécie de generatio aequivoca). Assim, resta somente o segundo caminho (por assim dizer, um sistema de epigênese da razão pura [= geração da experiência das categorias}), ou seja, de que as categorias, do lado do intelecto, contêm os fundamentos da possibilidade de toda experiência em geral”.

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Criticismo kantianoImmanuel Kant (1724-1804)

Racionalismo dogmático(Descartes – Spinoza – Leibniz – Wolff)

Empirismo cético(Bacon – Locke – Hume)

Criticismo (Kant)

Racionalismo = conhecimento – produto da Razão

Empirismo = conhecimento = produto da Sensibilidade

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